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Processo de Comissionamento em Instalações Industriais
Professor: Alexandre Guimarães
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Capítulo 1 ‐ APRESENTAÇÃO
Bem vindo!
Você está iniciando o curso sobre Comissionamento em Instalações Industriais On e Offshore oferecido pela FUNCEFET.
O termo “Comissionamento” pode despertar em você lembranças de longas experiências de trabalho ou ser apenas um nome meio misterioso. Não se preocupe. Se você é um veterano desta área, fique certo de que o curso trará conhecimentos novos e poderá até mesmo surpreendê‐lo; se está sendo apresentado ao comissionamento agora, este nome estranho irá adquirir um significado e perder o mistério. Mas para isso, sua participação é indispensável. Não deixe de perguntar e de contribuir com sua vivência, pois a troca de conhecimentos entre os presentes é importante para a consolidação dos conceitos que serão apresentados.
Ao final do curso teremos esclarecido o papel desta disciplina em um empreendimento e apresentado uma metodologia para sua aplicação, desenvolvida por vários especialistas da Petrobras e adotada como procedimento padronizado pela Engenharia da empresa. A amplitude do tema e a limitação de tempo impedirão que os tópicos abordados sejam todos discutidos no nível de detalhe que você provavelmente gostaria, mas os demais módulos do programa existem para suprir essa demanda.
Bom curso!
ORGANIZAÇÃO
Com o crescente volume de novos investimentos no segmento de Oil&Gas, a falta de mão‐de‐obra qualificada têm sido uma das principais dificuldades na implantação e desenvolvimento de novos projetos. Especialmente na área de Engenharia Industrial, apresenta‐se uma carência de engenheiros e técnicos qualificados que atendam ao perfil multidisciplinar necessário para atuação neste segmento, tornando‐se desta forma indispensável à busca por uma especialização profissional.
Este curso sobre o Processo de Comissionamento tem como objetivo atender a esta demanda por qualificação de novos profissionais, que pretende proporcionar ao participante o conhecimento multidisciplinar necessário dos conceitos e técnicas aplicadas ao Planejamento e Gerenciamento de Comissionamento e Partida de Plantas Industriais, apresentando a metodologia do processo e as ferramentas utilizadas para a execução das atividades de Comissionamento, considerando os aspectos gerenciais, técnicos e de segurança de processo, de forma clara e objetiva permitindo ao aluno o domínio do conhecimento teórico e das melhoras práticas aplicadas a projetos industriais.
O método de condução das atividades em sala será conduzir um processo de conscientização dos participantes sobre a importância do comissionamento para o sucesso do empreendimento, apresentando os conceitos básicos do comissionamento, necessários para o gerenciamento dessa área de conhecimento e os elementos básicos para o planejamento, a coordenação e o controle do processo.
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EMENTA
1. Introdução ao Comissionamento
a. Conceitos do Processo
b. Principais Definições
2. Metodologia de Comissionamento
a. Etapas do Processo
b. Condições de Operabilidade
c. Gestão de Pendências
3. Engenharia, Planejamento e Controle do Processo
a. Manual do Comissionamento
b. Divisão de Sistemas e Sub‐Sistemas Operacionais
c. Rede de Precedência
d. EAP do Processo de Comissionamento
e. Cronogramas Master do Processo e de Atividades
4. Organização e Documentação do Processo
a. Estrutura Organizacional e Perfil Profissional
b. FVI – Folha de Verificação de Itens
c. FVM – Folha de Verificação de Malhas
d. Pastas de Trabalho
e. Pastas de Sistemas
5. Preservação de Equipamentos
a. Programação e Controle das Atividades
b. Medição dos Serviços de Preservação
6. Condicionamento
a. TAF – Teste de Aceitação de Fábrica
b. Inspeção de Recebimento
c. Inspeção de Completação Mecânica
d. Testes de Certificação
e. CCM – Certificação de Completação Mecânica de Sub‐Sistemas
7. Pré‐Operação & Partida
a. Testes de Funcionamento
b. TAP – Testes de Aceitação de Performance
c. Testes de Confiabilidade, Teste de Desempenho da Instalação.
8. Transferência de Sistemas Operacionais
a. TTAS – Termo de Transferência e Aceitação de Sistema – Provisório e Definitivo
b. Operação Assistida
c. TTI – Termo de Transferência de Instalação
9. Ferramentas de Gestão
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Plano de Aula ‐ COMISSIONAMENTO, PRÉ‐OPERAÇÃO E OPERAÇÃO ASSISTIDA
1ª AULA 2ª AULA 3ª AULA
1º tempo Introdução ao Comissionamento
Engenharia, Planejamento e Controle do Processo Condicionamento
Intervalo
2º tempo Introdução ao Comissionamento
Engenharia, Planejamento e Controle do Processo Pré‐Operação & Partida
Almoço
3º tempo Metodologia de Comissionamento
Organização e Documentação do Processo
Transferência de Sistemas Operacionais
Intervalo
4º tempo Metodologia de Comissionamento
Preservação de Equipamentos Ferramentas de Gestão
CARGA HORÁRIA
30 horas‐aula
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Os participantes serão avaliados através trabalhos em sala de aula, onde a participação em grupo será avaliada.
COORDENAÇÃO ACADÊMICA: PROF. RINALDO SODRÉ AGUIAR
DOCÊNCIA: PROF. ALEXANDRE DE MORAES GUIMARÃES
Engenheiro de Mecânico formado pela Universidade Gama Filho, com MBAs realizados na Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ em Gestão Empresarial, Gestão de Negócios em Petróleo e Gás e Gerência de Energia.
Atua há mais de 25 anos na área de projetos industriais e trabalha atualmente como Consultor na Engenharia da PETROBRAS, responsável pelo Programa de Treinamentos em Comissionamento das novas instalações, tendo participado na elaboração e implantação da Metodologia de Comissionamento para aplicação em todos os empreendimentos da Engenharia da PETROBRAS, enfocando o desenvolvimento do processo nas áreas de E&P, Abastecimento (Refino) e Gás & Energia, atribuindo indicadores de desempenho, definição dos critérios de planejamento do processo e apoio às equipes de fiscalização nas obras.
Participação em desenvolvimento de metodologias de Gestão de Projetos em empreendimentos da Engenharia da PETROBRAS, enfocando as práticas de implementações, controle de custos, escopos e prazos de execução.
Possui larga experiência acadêmica, tendo ministrado disciplinas no Curso de Graduação para Tecnólogos em Petróleo e Gás pela Universidade Estácio de Sá, além de cursos específicos pelo PROMINP, Instituto SENAI de Educação Superior (ISES), e Fundação Getúlio Vargas.
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CONTEXTO DO COMISSIONAMENTO
Em um fim de tarde qualquer do século XVII, três homens conversam à beira do cais de um porto europeu. O comandante de um navio que deverá zarpar no dia seguinte para uma viagem ao Oriente acerta os últimos detalhes com o armador e o mestre dos carpinteiros navais. Ele passará vários meses no mar, e uma de suas poucas certezas é que este será um tempo difícil em que terá de enfrentar situações imprevisíveis, que exigirão o máximo dele, de sua tripulação e de seu equipamento. Em caso de problemas provavelmente não terá como receber ajuda e deverá contar apenas com seus próprios recursos. Por isso, o comandante se preocupa com todos os detalhes. Quer saber se o mestre verificou o navio por completo – o cabrestante está engraxado? As velas de reserva estão no paiol? Os cabos de controle do leme foram testados? Cobra do armador os alimentos, os remédios, as vestimentas, e não se esquece das cartas de navegação, manuais náuticos, etc. Seus dois interlocutores são, em última análise, os fiadores do sucesso da viagem, pois uma bomba de porão que não funcione durante a tempestade pode significar a diferença entre a vida e a morte. Não por acaso, ambos são muito experientes e conceituados em seus ofícios, e possuem grande conhecimento das realidades e necessidades desse tipo de empreendimento. Não por acaso, também, a relação entre esses três homens é marcada por uma grande confiança mútua. Só assim os enormes riscos de tal viagem são trazidos a níveis menos insuportáveis e os banqueiros de Antuérpia e da Liga Hanseática aceitam financiá‐la.
Se tudo estiver a contento o comandante dirá, em seu jargão naval, que o navio está “comissionado”, ou seja, preparado para cumprir sua missão.
Em um final de tarde qualquer do século XXI, três homens conversam à beira do cais de um porto europeu. O diretor de uma usina termelétrica que deverá entrar em operação comercial no mês seguinte para alimentar todo o complexo portuário discute com um dos sócios da empresa e com o gerente da construtora responsável pela implantação da usina. Ele aceitou assumir o cargo por pelo menos três anos, e uma de suas poucas certezas é que este será um tempo difícil em que terá de enfrentar situações imprevisíveis, que exigirão o máximo dele, de sua equipe e de seu equipamento. Em caso de problemas, provavelmente não haverá tempo de esperar por ajuda e terá de resolvê‐los com seus próprios recursos. Por isso, o diretor está profundamente preocupado. Quer saber se a construtora atendeu a todos os requisitos técnicos, pois até agora não recebeu evidências de que isso seja verdade. Cobra do sócio da empresa as licenças, contratos de apoio operacional e outros recursos prometidos e ainda não materializados. Seus dois interlocutores são, em última análise, os fiadores do sucesso da operação da usina, pois um simples sensor defeituoso pode causar graves danos aos grupos geradores e até acidentes fatais. Deveriam ser ambos muito experientes e conceituados em seus ofícios e deveriam possuir grande conhecimento das realidades e necessidades deste tipo de empreendimento. A relação entre os três homens deveria, também, ser marcada por uma grande confiança mútua. Estas são condições básicas para que os riscos do empreendimento sejam adequadamente administrados e os acionistas tenham uma razoável certeza de que seu investimento dará o retorno previsto.
Mas não é o que acontece. Há controvérsias, desinformação, incerteza técnica, desconfiança e acusações. A usina tem que partir, pois o cronograma já está atrasado, mas as condições operacionais ainda são precárias. Por trás dos discursos, as equipes de campo sabem que estão recebendo uma instalação industrial semi‐acabada, insegura, que ainda exigirá muito esforço e tempo para ser colocada em ordem de marcha. A curva de subida em produção prevista não será respeitada, os custos de operação & manutenção descolam do planejado, e é melhor nem pensar no que vai acontecer com o fluxo de caixa e a taxa de retorno.
O que mudou? Por que o comandante do século XVII, apesar de todas as limitações da época, estava comparativamente em melhores condições para iniciar sua missão do que o diretor do
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século XXI com seu aparato tecnológico? A resposta é complexa e transcende o escopo deste artigo, mas um de seus componentes pode ser identificado nos cenários acima e será brevemente comentado aqui: o Comissionamento.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
BENDIKSEN, T. e YOUNG, G. – Commissioning of Offshore Oil and Gas Projects – USA, AuthorHouse, 2005
CONSTRUCTION BUILDING INSTITUTE – Planning for Start‐Up – USA, Texas University, 1998
HORSLEY, D. – Process Plant Commissioning – UK, Institution of Chemical Engineers, 1998
HARTER, K. – Power System Commissioning and Maintenance Practice – USA, Institute of Electrical Engineers, 1998
PETROBRAS/ENGENHARIA/AG‐PIE – Manual de Gestão da Engenharia (MAGES), Volume II, Capítulo 15 (Comissionamento e Transferência de Instalações), Rio de Janeiro, AG‐COM, 2011
U.S.ARMY – TBM5‐697 Commissioning of Mechanical Systems for C4ISR Facilities – USA, Department of the Army, 2006
U.S. GENERAL SERVICES ADMINISTRATION / PUBLIC BUILDING SERVICE – The Building Commissioning Guide – USA, GSA, 2005
WILKINSON, R.‐ Cx Then and Now – Apresentação feita no NE Chapter da Building Commissioning Association, Nevada, USA, 2005
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Capítulo 2 – INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO
PROCESSO DE COMISSIONAMENTO E TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES
O processo de comissionamento é um conjunto estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades aplicáveis a um produto de engenharia (ativo) visando torná‐lo operacional dentro dos requisitos de desempenho especificados
O objetivo central do processo de comissionamento é assegurar a transferência de um ativo (instalação industrial, edificação, etc.) do responsável pela sua implantação para o usuário final de forma rápida, ordenada e segura, certificando sua operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e conformidade normativa.
ORIGEM DO TERMO
Em suas origens, o termo latino committere significava “confiar”, e por extensão “atribuir cargo ou missão de confiança”. Passou para o idioma anglo‐saxão como “commissioning” e de longa data adquiriu a conotação, no meio marinheiro, de “entregar um navio ao serviço ativo”, indicando claramente o componente de confiança embutido neste ato. À medida que a tecnologia naval avançava, a entrega dos navios foi ganhando características de uma atividade específica, conhecida como Provas de Cais e Mar. Hoje, embarcações de alto conteúdo tecnológico como, por exemplo, navios de combate exigem planejamento elaborado, tempo considerável e muitos profissionais altamente qualificados para vencer essa etapa e para que seus comandantes possam considerá‐los “prontos para cumprir sua missão”.
Esta evolução por muito tempo não teve correspondente claro em terra firme. A situação começou a mudar apenas a partir dos grandes programas de engenharia posteriores à Segunda Guerra Mundial, que exigiram novos padrões de segurança e de confiabilidade para equipamentos complexos que deveriam operar corretamente na primeira vez em que fossem acionados. Essa necessidade levou, por um lado, ao desenvolvimento dos conceitos da Garantia da Qualidade hoje indispensáveis; por outro, induziu à adaptação das práticas do comissionamento naval para as implantações de ativos industriais e a fabricação de equipamentos sofisticados como aviões e satélites.
A transposição dessa metodologia não se fez, porém, de forma rápida ou inconteste. O assunto manteve‐se restrito a setores de ponta, e somente a partir do final da década de 1980 surgem às primeiras iniciativas de normalização (ASHRAE Standard 1‐1989R e normas NORSOK). A literatura especializada aparece no final dos anos 1990 (mantendo‐se até hoje bastante reduzida) e a partir do ano 2000 tem‐se notícia da primeira legislação contemplando o uso de técnicas de comissionamento (programa GBC / LEED para a construção civil, nos Estados Unidos). Essa evolução, mesmo que significativa, está longe, porém, de significar consolidação conceitual ou disseminação ampla no mercado. Não existe ainda um padrão metodológico aceito pela maioria da indústria, e a aplicação prática do comissionamento, na grande maioria dos casos, deixa muito a desejar. Nesse sentido, e respeitadas às proporções, pode‐se estabelecer um paralelo entre o comissionamento, a Qualidade e a Gestão de Projetos. Há cerca de trinta anos atrás, as duas últimas já tinham sua importância reconhecida, havia normas ou boas práticas em uso, mas ainda não existiam padrões que nivelassem o conhecimento e estabelecessem uma base comum para a sua aplicação. A família de normas ISO 9000 e os guias metodológicos publicados por entidades como o PMI, o IPMA e o OGC atingiram esse objetivo em ambas as áreas de conhecimento. O comissionamento carece ainda de algo semelhante, embora esforços estejam sendo feitos nesse sentido e existam inclusive estudos visando torná‐lo uma atividade passível de certificação por órgãos credenciados (Sociedades Classificadoras, por exemplo).
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ABORDAGEM
O comissionamento, como já exposto, pode ser definido como um conjunto estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades, aplicável a produtos complexos de engenharia com o objetivo de assegurar sua operabilidade e garantir sua transferência ordenada e segura do construtor para o operador (ou da fase de construção e montagem para a fase de operação estável). O comissionamento representa hoje, claramente, uma transição de velhas práticas de implantação de ativos físicos em direção a novos conceitos que enfatizam a operação comercial bem sucedida, e não apenas a obra encerrada, como o verdadeiro fator crítico de sucesso de um empreendimento. O valor agregado pelo comissionamento a um empreendimento já foi bem identificado por vários estudiosos do assunto, assim como os ganhos econômicos proporcionados por sua aplicação correta, conforme pode ser constatado pela leitura das referências sugeridas nesta apostila.
Porque, então, o comissionamento ainda é relativamente mal conhecido e mal aplicado? Para entender isso, cabe traçar um perfil da situação típica da implantação de um ativo físico, tal como ainda ocorre em boa parte dos empreendimentos. Verifica‐se nesses casos um fenômeno que se resume em um ditado bem conhecido no mundo da engenharia: “Uma obra não se termina, abandona‐se.” Essa percepção cínica, porém verdadeira, expressa a realidade de um projeto mal planejado e mal gerenciado onde, após vários prazos e orçamentos estourados, chega o momento em que é mais barato “deixar como está” e passar o problema à frente para os futuros operadores / usuários do que concluir o escopo do empreendimento.
Declarar um ativo pronto nessas condições é uma falsa solução, acarretando uma transferência de responsabilidades e custos para o operador / usuário, mascarando com isso os verdadeiros custos e prazos e comprometendo o sucesso do empreendimento. A observação mostra que em projetos conduzidos dessa maneira, o comissionamento é efetuado segundo um roteiro relativamente padrão:
Início tardio e pouco planejado;
Entendido apenas como um conjunto de testes pré‐operacionais, o comissionamento se torna um processo isolado do restante do empreendimento;
Subordinação às prioridades da Construção & Montagem (C&M);
Uso freqüente de conhecimento não‐estruturado;
Falta de integração com a operação subseqüente.
A equipe de comissionamento se vê, assim, diante de um contexto bastante desfavorável no qual é cobrada pela solução de todos os problemas que aparecem durante os testes (muito embora a grande maioria desses problemas não seja sua responsabilidade e as soluções estejam fora de seu alcance), é pressionada para atender a prazos irreais e descumprir procedimentos na tentativa de recuperar atrasos que não provocou, e recebe toda a descarga de insatisfação do cliente e dos operadores apenas porque é a última a permanecer no ativo.
Sua capacidade de alterar a situação do ativo nesse estágio é pequena, sua participação nas etapas anteriores do projeto (onde esta influência poderia ter sido mais produtiva) é reduzida quando não inexistente, o valor financeiro atribuído ao seu trabalho não estimula maiores atenções por parte dos responsáveis do projeto, e o comissionamento fica assim relegado a um papel secundário, muito diverso daquele que tinha em suas origens.
Seria então o caso de afirmar que um bom comissionamento é a resposta para todos os males que afligem os projetos industriais? Evidentemente, não! Porém há evidências que indicam o comissionamento como uma das técnicas mais eficazes para assegurar uma transição suave entre as fases de Construção & Montagem (C&M) e de Operação de um ativo, mitigando riscos
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e proporcionando uma entrada em serviço rápida e segura. De fato, o comissionamento tem sido interpretado por vários especialistas como uma grande ação de garantia da qualidade.
Para entender essa capacidade do comissionamento, deve‐se voltar ao início e lembrar as bases desta atividade: competência, experiência e confiança. Esperava‐se que os responsáveis pela sua realização possuíssem:
Conhecimento, habilidades e atitude de alto nível em suas áreas de atividade (em outras palavras, deviam ser líderes por competência);
Visão abrangente das necessidades e do funcionamento do empreendimento (visão de negócio);
Credibilidade advinda da competência, da experiência e do comportamento (autoridade moral).
Essas qualidades angariavam para esses profissionais o respeito das equipes e dos principais interessados e, associadas às posições que ocupavam na hierarquia, asseguravam‐lhes autonomia para exercer suas funções sem interferências, além de uma visão de conjunto que era indispensável para que pudessem ter sucesso em sua atividade. Este quadro contrasta com a situação comumente encontrada nos dias de hoje, e aponta um primeiro caminho para que o comissionamento possa aumentar sua contribuição aos projetos atuais:
Nível de qualificação dos profissionais responsáveis por essa atividade;
Posicionamento adequado da atividade e de seus responsáveis na organização do empreendimento.
O primeiro quesito pode ser atendido através da seleção de profissionais que possuam as características citadas acima. Claro está que profissionais com este perfil são seniores, não se encontram pelas esquinas, e custam relativamente caro. Por outro lado, não é preciso um grande número deles; uma equipe de gestão de comissionamento normalmente não terá mais do que cinco ou seis pessoas desse nível. O que deve ser entendido pelos responsáveis do empreendimento é que o custo / benefício desta equipe é amplamente favorável, e não tê‐la é sinônimo de problemas na fase crítica de transferência do ativo para o cliente / operador.
A posição do comissionamento na organização do projeto não é ponto pacífico, gerando polêmicas entre clientes, construtores e comissionadores. Essa polêmica é alimentada por dois pontos mal compreendidos: o método de trabalho do comissionamento e as relações que se formam no ambiente do projeto entre construtores, comissionadores e cliente. Sem entrar em detalhes, cabe notar que o método de trabalho do comissionamento difere conceitualmente do método da C&M, e que a ação do comissionamento coloca‐o amiúde em desacordo com o construtor e alinhado com os interesses do cliente. Essas constatações sugerem que a subordinação usual do comissionamento à C&M merece reavaliação, de modo a não apenas eliminar as causas de conflito observadas como também devolver ao comissionamento a capacidade de integração que representa uma das maiores contribuições que esta disciplina pode oferecer a um empreendimento.
Ter responsáveis com qualificação sênior, dotados de prestígio e qualidades de liderança, posicionados na organização de modo a poder atuar com autoridade e autonomia, é, portanto o primeiro passo para que o comissionamento possa produzir resultados significativos. Mas não basta. São precisos metodologia, procedimentos e infraestrutura. Para avançar neste terreno, é conveniente retornar à questão do método de trabalho apontada acima. Este método pode ser definido por três elementos, a saber:
Visão Operacional – o ativo existe para efetuar operações de forma estável e confiável, dentro de requisitos de desempenho especificados;
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Abordagem por Sistemas Operacionais – o ativo é composto por sistemas operacionais interligados de forma lógica e que desempenham etapas delimitadas de um processo e/ ou função conhecido;
Execução Progressiva Ascendente – as ações de campo são executadas seguindo uma seqüência que se inicia nos componentes isoladamente até a instalação como um todo, e cada passo desta seqüência só pode ser realizado se as ações precedentes tiverem sido efetuadas com sucesso.
Este método pode ser desdobrado em metodologias diversas, ajustadas à natureza variada dos empreendimentos. Todas, no entanto, devem partilhar algumas características comuns, tais como:
Ter como objetivo assegurar a operabilidade do ativo
Ênfase em planejamento
Início de aplicação pelo menos na fase de projeto executivo do empreendimento
Emprego de técnicas de garantia da qualidade
Integração (não subordinação) com a C&M
Estímulo à participação do cliente / operador
Transferência gradual do ativo do construtor para o operador
O primeiro tópico traz um conceito aparentemente novo, mas que se alinha com a noção de que o ativo é um instrumento a serviço de um negócio, e que o fator de sucesso é o negócio bem sucedido. Assegurar a operabilidade significa fazer com que o ativo não apenas funcione no sentido “eletro‐mecânico” do termo, mas que seja transferido ao cliente com todas as condições necessárias à sua operação normal atendidas. Treinamento, sobressalentes, contratos de apoio, licenças, etc. fazem parte da operabilidade de um ativo.
O planejamento é a essência do comissionamento. Muitas das atividades de campo típicas desta área podem ser executadas por equipes de C&M ou mesmo de Operação & Manutenção (O&M), mas o planejamento da entrada em serviço de um ativo é algo que deve ser feito por profissionais especializados. É um grande equívoco achar que este planejamento cobre apenas a fase final da C&M, por um período curto de tempo. Ao contrário, para que a fase de entrada em operação de um ativo seja bem sucedida é necessário iniciar sua preparação muito antes, ainda na fase de Projeto Executivo ou mesmo antes. É neste ponto que as informações de engenharia começam a ser estruturadas de modo a atender não apenas às necessidades de Suprimentos e C&M, mas também às de entrada em operação do ativo. O planejamento deve ser consolidado em um Plano ou Manual, elaborado o mais cedo possível, e que defina como o comissionamento será organizado, coordenado, executado e controlado. A partir daí o planejamento evolui junto com o empreendimento, chegando ao nível de programação (folha tarefa) no campo.
Em paralelo com o planejamento ocorre o desenvolvimento da documentação de apoio, atividade chamada por alguns de “Engenharia de comissionamento”. Trata‐se da elaboração de um conjunto de documentos definidores do universo de aplicação do comissionamento no empreendimento, da definição das lógicas de processo e de partida do ativo, dos procedimentos de execução das atividades de campo, dos registros dessas atividades e de certificação dos resultados. Em especial, destacam‐se pela sua importância a Lista de Sistemas Operacionais, a Rede de Precedência de Partida, os Certificados de Completação Mecânica e os de Termos de Transferência e Aceitação. A Lista define como um ativo terá seu processo dividido logicamente e quais os elementos que irão compor a seqüência de partida do mesmo; a Rede estabelece esta seqüência; os Certificados indicam que os sistemas ou subsistemas
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operacionais encontram‐se aptos a iniciar seus testes funcionais; os Termos, finalmente, marcam o final desses testes e indicam que os sistemas estão prontos para operação normal. Esses documentos podem ter diversos títulos, mas seu conceito permanece o mesmo em qualquer metodologia de comissionamento.
A gestão do comissionamento deve ser feita segundo o princípio da garantia da qualidade que estabelece a relação procedimento aprovado / ação executada / resultado certificado / registro efetuado. Outro princípio a ser respeitado é o da rastreabilidade das informações.
O histórico das ações efetuadas sobre cada item comissionável, subsistema e sistema deve ser preservado e colocado à disposição do cliente / operador em formatos que permitam a recuperação e uso das informações, especialmente pelas equipes de manutenção. Nesse particular, deve ser ressaltado que as informações produzidas pelas ações de comissionamento são entradas para os sistemas de gestão de manutenção dos ativos e devem ser organizadas / formatadas com essa finalidade em vista. Ainda sob o ângulo da qualidade, note‐se que não se aplica ao comissionamento o critério de amostragem. Se um determinado tipo de item comissionável (classe de itens) deve ser submetido a um dado teste, então todos os itens daquela classe serão testados. A aplicação destes conceitos com rigor é um dos elementos básicos para dar ao comissionamento a componente de confiança que é a sua essência.
Outro elemento básico para estabelecer a relação de confiança essencial é a participação do cliente / operador. As metodologias de comissionamento atuais preconizam que o cliente / operador acompanhe o planejamento desde o início, com oportunidade para opinar sobre aspectos que afetarão a rotina futura de O&M como, por exemplo, a organização do ativo em sistemas e subsistemas operacionais. Durante a fase de testes funcionais o acompanhamento transforma‐se em participação ativa, pois o ideal é que os operadores realizem os testes de desempenho (mantida a responsabilidade dos trabalhos com o construtor). Esse procedimento atende a dois objetivos: corresponde à parte prática do treinamento dos operadores e promove o comprometimento destes com os resultados do trabalho. As observações mostram que dessa forma os atritos entre construtor e cliente / operador diminuem drasticamente e as condições de operabilidade são mais facilmente atingidas. No entanto, as observações mostram também que esse resultado exige quase sempre um esforço de comunicação e negociação por parte dos responsáveis do comissionamento, no sentido de vencer resistências e pré‐conceitos de ambos os lados.
A participação dos operadores também é indispensável para permitir a aplicação do princípio da transferência gradual do ativo. Esse princípio estabelece que o cliente / operador aceite e assuma a responsabilidade por cada sistema operacional à medida que os respectivos testes de aceitação de desempenho / confiabilidade sejam executados com sucesso e as demais condições de operabilidade correspondentes estejam atendidas. Dessa forma a transferência se distribui ao longo de um intervalo de tempo, tornando‐se mais gerenciável para ambas as partes.
Finalmente, cabe esclarecer um ponto básico que foi propositalmente deixado paro o final: a Operabilidade. Em termos sucintos, este conceito pode ser descrito como a capacidade de um ativo de atender a seus requisitos de desempenho especificados enquanto operando de forma estável e confiável.
A operabilidade de um ativo é comprovada através do atendimento às seguintes condições:
1. Todos os sistemas operacionais do ativo estão transferidos para o operador, livres de pendências;
2. O controle das energias utilizadas no ativo está inteiramente transferido para o operador;
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3. As equipes de operação e de manutenção receberam todo o treinamento necessário para guarnecer o ativo;
4. A documentação necessária à operação & manutenção do ativo está atualizada e disponível para os usuários;
5. As dotações previstas de sobressalentes, ferramentas e consumíveis de processo estão aprovisionadas;
6. O ativo está conforme a todas as normas e regulamentos aplicáveis;
7. As interfaces externas do ativo, necessárias ao seu funcionamento, estão operacionais;
8. O ativo dispõe de todas as licenças e contratos necessários ao seu funcionamento;
9. Os dispositivos e instalações temporárias de obra foram retirados, a área ocupada está reconstituída e não há mais empreiteiras no perímetro do ativo;
10. O sistema de gestão de manutenção do ativo está operacional.
As responsabilidades pelo atendimento das condições de operabilidade listadas para um empreendimento devem estar esclarecidas em contrato de forma clara antes do início das atividades, detalhando‐as quando necessário em sub‐tarefas.
A certificação das condições de operabilidade atribuídas ao projeto corresponde ao fim do escopo técnico do projeto, e conseqüentemente do processo de comissionamento, e permite a transferência do ativo (conhecida como Transferência das Instalações) ao operador.
O processo de comissionamento opera na interface entre a operação de um empreendimento, responsável por sua implantação, e os agentes executores do mesmo, conforme representado pelo esquema abaixo, possuindo um caráter integrador e agregando a visão operacional à gestão do empreendimento.
Figura 1
Processo de Comissionamento de um Empreendimento com foco na Operabilidade da Instalação
Os responsáveis pela gestão e execução do processo de Comissionamento e Transferência de Instalações, devem estar definidos dentro dos limites contratuais entre as partes, e o escopo dos serviços necessários à realização do processo deve ser distribuído entre a equipe do projeto, as contratadas e o operador de acordo com a estratégia de implantação definida para o empreendimento.
O comandante do navio do século XVII teria dificuldades para entender os termos modernos da lista acima, mas certamente concordaria com seu significado. Ela define os mesmos
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objetivos que ele perseguia quando se preparava para a longa viagem. Hoje, como ontem, estes são os objetivos a atingir na implantação de um empreendimento, pois são os que asseguram aos que recebem a missão de operá‐los que poderão fazê‐lo em segurança e com eficácia. O gerente de projeto e o construtor são os fiadores modernos do sucesso, e o comissionamento é um instrumento poderoso de que podem dispor para oferecer ao cliente a operabilidade desejada. Sua aplicação correta em um empreendimento não irá garantir o sucesso do negócio, mas dará uma grande contribuição neste sentido.
INÍCIO DO PROCESSO
O Front End Loading ou simplesmente FEL é um processo muito utilizado em projetos de mega empreendimentos, tecnicamente denominados de projetos de capital. Estes projetos requerem grandes investimentos e os processos FEL são utilizados com o objetivo de minimizar os riscos de investimentos em projetos não viáveis e sem atratividade para a organização. Normalmente o FEL é utilizado no setor industrial como, por exemplo, mineração, energia e petroquímica onde os projetos são de alta complexidade e de altos custos.
FEL é um processo que visa esclarecer os objetivos empresariais e potencializar o alinhamento estratégico entre as iniciativas (empreendimento, objeto ou trabalho a ser desenvolvido) e estes objetivos, visando otimizar a produtividade através da eliminação de investimentos em projetos não rentáveis e desalinhados com a estratégia do negócio. O FEL ajuda a definir bem o escopo e gerar um planejamento detalhado que garanta o mínimo de retrabalho e mudanças durante a fase de execução dos componentes (projetos, programas e outros trabalhos) do portfólio ou carteira de projetos da organização.
Figura 2
Ciclo de vida do empreendimento segundo a Metodologia FEL – Front End Loading
O FEL é dividido em três fases com pontos de análise e aprovação, chamados de gates, entre estas fases. Estas fases são:
FEL I – corresponde à fase de análise do negócio, cujo objetivo é avaliar a atratividade e oportunidade de investimento. Nesta fase os objetivos do projeto são alinhados aos objetivos estratégicos da organização.
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FEL II – corresponde à fase de estudo de viabilidade técnica e econômica. Esta fase é responsável em selecionar as alternativas (opções para desenvolver as iniciativas), estratégia de contratação e seleção tecnológica.
FEL III – corresponde à fase de engenharia básica (primeira fase da implantação de um projeto onde são revistos os trabalhos de engenharia preliminar que consiste em estudos de viabilidade, lista de equipamentos, fluxogramas e layouts) e visa o desenvolvimento do projeto básico e do planejamento da execução do projeto. Nesta fase, o escopo é fechado através do detalhamento do produto.
FEL IV – implantação do projeto
FEL V – operação
Segundo a metodologia FEL, o processo de comissionamento se inicia na Fase III (projeto básico do empreendimento) e se estende até o final da Fase IV (implantação), sendo o esforço principal realizado nesta última fase, conforme mostrado na figura a seguir.
Figura 3
Posicionamento do comissionamento e transferência de instalações em um empreendimento
Durante a Fase III o comissionamento atua de forma complementar, gerando pelo menos os seguintes resultados:
Identificação e definição preliminar dos sistemas operacionais;
Definição preliminar da seqüência de partida do ativo;
Análise do projeto básico com vistas à operabilidade do ativo;
Definição da estratégia de contratação e execução do comissionamento na Fase IV
Na Fase IV o comissionamento exerce papel integrador no empreendimento, atuando nas seguintes frentes:
Apoio ao projeto executivo para assegurar a funcionalidade e a mantenabilidade do ativo;
Apoio aos suprimentos para assegurar que a aquisição de materiais e serviços contemple os aspectos necessários de comissionamento;
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Apoio à gestão para assegurar que o planejamento incorpore todas as informações relativas às atividades de comissionamento, em especial as de pré‐operação e partida do ativo;
Apoio à construção & montagem para assegurar a integração entre as atividades desta área e as do comissionamento;
Apoio ao operador para assegurar que as condições de operabilidade sob responsabilidade dele sejam atendidas, e que os subsídios necessários ao comissionamento, em especial à pré‐operação & partida, sejam colocados à disposição conforme planejado;
Apoio às empresas contratadas para assegurar que suas responsabilidades em relação ao comissionamento sejam entendidas e cumpridas.
As principais atividades de comissionamento na Fase IV são:
• Contratação:
o Definição da estratégia de contratação do comissionamento
• Gerenciais:
o Planejamento e Gestão
o Documentação
• Campo:
o Preservação
o Condicionamento
o Pré‐Operação & Partida
o Gestão de Pendências
o Operação Assistida
Estas atividades e seu encadeamento são mostrados na figura abaixo.
Figura 4
As atividades de comissionamento na Fase IV
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Nota‐se, de início, a duração preconizada para o processo de comissionamento. Ele se inicia durante a fase de desenvolvimento do projeto de Engenharia (Executivo ou Básico) e se estende até a completa entrega do ativo, bem após o encerramento da C&M. É o processo mais longo do empreendimento, embora isso não signifique que seja o mais caro ou o maior consumidor de recursos. Essa duração corresponde à conveniência de inserir no empreendimento, o mais cedo possível, os conceitos, o planejamento e as informações que servirão para atingir a meta da Operabilidade e, no outro extremo, de assegurar essa mesma Operabilidade.
O Comissionamento verifica e registra o funcionamento e o desempenho de componentes (itens), equipamentos e sistemas, identificando e solucionando as pendências, não conformidades, defeitos e falhas, quando existirem, desde a fase de projeto até a transferência das instalações ao operador.
A transferência de instalações do construtor para o operador deve ser ordenada e segura, assegurando a confiabilidade operacional e a rastreabilidade das informações.
O eixo principal do processo é composto pelas atividades de Condicionamento, Preservação e de Pré‐Operação & Partida, que conduzem à operação do ativo. Este eixo é balizado por quatro documentos: Relatórios de Inspeção de Recebimento (RIR), Certificados de Completação Mecânica (CCM), Teste de Aceitação de Performance (TAP) e Termos de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS), os quais marcam os limites de início e fim de cada atividade.
A Transferência de Instalações se conclui com a emissão do Termo de Transferência de Instalações (TTI).
Uma ação que precede o efetivo início do processo de comissionamento é a definição do seu modo de execução. Dependendo da estratégia adotada para o empreendimento, este processo poderá ser assumido, em todo ou em parte, pela própria equipe do empreendimento ou contratado de diferentes formas e em diferentes momentos. Como diretrizes, cabe ressaltar a conveniência de contratar a empresa responsável pelo comissionamento o mais cedo possível, as prováveis dificuldades advindas da subordinação do comissionador ao construtor / montador e a função de assessoria que esta empresa pode assumir junto à equipe do empreendimento nos aspectos relativos à qualidade do produto (ativo físico). Como apoio à contratação dos serviços de comissionamento foi elaborado um conjunto de Diretrizes Contratuais, alinhado com a metodologia aqui apresentada e aplicável aos diversos tipos de empreendimentos da Petrobras mediante a configuração de uma matriz de responsabilidades e de alguns dados de entrada.
Outro ponto relevante é a terminologia. A multiplicidade de práticas de comissionamento traz consigo uma variedade de nomenclaturas, o que evidentemente dificulta a transmissão do conhecimento e o debate. Nomes diferentes para os mesmos conceitos e definições pouco rigorosas exigiram que a construção da nova metodologia se iniciasse pela criação de um glossário preciso para as várias etapas e atividades do comissionamento. Os termos utilizados na metodologia aqui apresentada procuram respeitar o uso comum, evitam na medida do possível expressões em inglês e buscam associações claras entre termos e significados. Este glossário encontra‐se no Capítulo 2 desta apostila.
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Capítulo 2 – TERMINOLOGIA DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO
ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE FORNECEDORES Assistência prestada pelo fornecedor, estabelecida contratualmente no momento da aquisição do componente, que deverá ser executada mediante programação de atividades realizada pela Contratada para a instalação e entrada em operação.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE ENGENHARIA É a assistência executada pela empresa ou área de engenharia por solicitação do operador após a transferência das instalações, ou seja, na conclusão do processo de comissionamento.
O escopo da Assistência Técnica não deverá ser contemplado no contrato de serviços, uma vez que, conforme definição acima, os serviços de Assistência Técnica serão executados após o encerramento do Empreendimento (Transferência das Instalações) e, portanto, não estarão cobertos pelo contrato por conta do mesmo já ter sido encerrado.
ATIVIDADES DE PRESERVAÇÃO DEFINIDAS Conjunto de atividades efetuadas sobre os itens comissionáveis visando mantê‐los em boas condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de sua preparação para Partida (quando é substituída pela manutenção).
As atividades de preservação deverão ser exercidas de acordo com as recomendações dos fabricantes sempre que estas existirem, ou conforme as melhores práticas reconhecidas dessa atividade, sendo pré‐requisito para que a garantia do fabricante seja assegurada.
Havendo necessidade, as atividades de preservação podem iniciar durante a preparação para o transporte entre o fornecedor e o canteiro de obras.
AUTORIZAÇÃO PARA TESTES DE FUNCIONAMENTO (ATF) Documento emitido pela engenharia solicitando ao operador de uma unidade em operação autorize o início da fase de Pré‐Operação & Partida de um subsistema operacional (SSOP), sempre que os testes deste SSOP interferirem com o funcionamento ou a segurança daquela unidade.
BLANK TEST Teste efetuado sobre todas as malhas elétricas de uma instalação (potência, controle, comunicação e dados), na fase de Condicionamento, com o objetivo de confirmar sua continuidade através da injeção de sinal de baixa potência.
CERTIFICAÇÃO DA OPERABILIDADE Aplicação da Lista de Verificação de Operabilidade ao ativo de modo a atestar que o mesmo se encontra em condições de ser transferido para a operação.
A certificação da operabilidade deve ser efetuada pela engenharia responsável ou, opcionalmente, por uma terceira parte.
CERTIFICADO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA (CCM) Documento emitido pelo executante do Condicionamento de uma instalação atestando que um SSOP atende aos quesitos da Lista de Verificação de Completação Mecânica e se encontra apto a iniciar seus testes de funcionamento, não possuindo pendências impeditivas à completação mecânica.
A aceitação de um CCM pela engenharia assinala o final da fase de Condicionamento para o SSOP correspondente e, por conseguinte, a aceitação de todos os CCM previstos para a
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instalação (conforme a Lista de Sistemas Operacionais) marca o encerramento da etapa de Condicionamento daquela instalação.
CERTIFICADOS DE TESTES E CALIBRAÇÕES Documento que comprova a execução de um teste ou calibração dentro de parâmetros previamente definidos.
CERTIFICADOS DE TESTES E CALIBRAÇÕES PREENCHIDOS Registros da aplicação de procedimentos de teste a itens comissionáveis, preenchidos conforme previsto no procedimento correspondente, contendo os resultados da aplicação do procedimento e assinados pelo executante, pela área da Qualidade do executante e pela fiscalização da engenharia contratada pelo operador.
CLASSE DE ITENS COMISSIONÁVEIS Grupo de itens comissionáveis de um ativo que executam funções similares e que possuem características técnicas semelhantes. Sinônimo de Família de Itens Comissionáveis.
COMISSIONAMENTO Conjunto estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades aplicáveis de forma integrada a uma instalação, visando torná‐la operacional, dentro dos requisitos de desempenho desejados, tendo como objetivo central assegurar a transferência da instalação do construtor para o operador de forma rápida, ordenada e segura, certificando sua operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações.
COMPLETAÇÃO MECÂNICA Evento que assinala o final da fase de Condicionamento de um SSOP, caracterizado pela emissão do respectivo Certificado.
COMPROVAÇÃO DO ATENDIMENTO AS ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO Evidências obtidas através de testes que comprovam que os Sistemas Operacionais (SOPs) operam de acordo com as especificações de projeto.
CONDICIONAMENTO Conjunto de atividades realizadas em todos os itens comissionáveis e malhas da instalação, com o objetivo de torná‐los aptos a iniciar seus testes de funcionamento.
O Condicionamento inclui, tipicamente, testes de aceitação em fábrica, inspeções estáticas (recebimento, conformidade física, etc.), atendimento a normas reguladoras, aferições e calibrações, testes de pressão, preparação de tubulações para receber fluidos, testes de componentes elétricos desenergizados, e similares.
CONTRATO E SEUS ANEXOS Documento formal acordado entre as partes (contratada e contratante) que define os requisitos, premissas e restrições para a execução do escopo, sendo a principal fonte de informação para o gerenciamento do contrato. Inclui a documentação técnica e correspondências circulares trocadas na fase licitatória.
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DA PRESERVAÇÃO DEFINIDOS Definição da sistemática para medição e pagamento das atividades de preservação no campo.
CRONOGRAMA DO EMPREENDIMENTO Documento que mostra os marcos principais e as atividades que serão realizadas em escala de tempo, sendo representado normalmente através de um Diagrama de Barras (também
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chamado Gráfico de Gantt) ou Diagrama de Rede. Também conhecido como Cronograma Físico.
CRONOGRAMAS DO COMISSIONAMENTO Documentos de planejamento e controle das atividades de comissionamento que contém informações físicas e/ou financeiras relativas ao projeto, usado para elaboração de projeções e análises que possam subsidiar a gerência do empreendimento na tomada de decisões.
DADOS DE FABRICANTES DE ITENS COMISSIONÁVEIS Dados sobre as características e o desempenho dos itens comissionáveis, fornecidos por seus fabricantes e necessários para identificá‐los, preservá‐los, condicioná‐los, mantê‐los, testá‐los e colocá‐los em operação.
DEFINIÇÃO DE REPRESENTANTES DA ENGENHARIA, OPERAÇÃO E CONTRATADA(S) Definição dos profissionais que representarão a Engenharia, o Operador a(s) Contratada(s) para desenvolvimento do planejamento do comissionamento. Estas dados devem estar inclusos no Plano de Comunicação do empreendimento.
DESMOBILIZAÇÃO DE PESSOAL Encerramento das etapas do projeto e/ou das atividades com a devida desmobilização das equipes
DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL E CONFORME OS REQUISITOS Conjunto de documentos técnicos em conformidade com os requisitos do cliente e específicos da Engenharia.
DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS ENVIADOS PARA A OPERAÇÃO A partir do momento da transferência do último SOP pertencente à instalação, toda a documentação de Engenharia deve estar atualizada (as‐built, relatórios de não‐conformidade, documentação de Construção & Montagem, pastas de Sistemas, etc.).
EAP DO COMISSIONAMENTO A Estrutura Analítica de Projeto (EAP) é o agrupamento de elementos do projeto orientados ao resultado principal que organiza e define o escopo total do trabalho do projeto. Cada nível descendente representa uma definição cada vez mais detalhada do trabalho do projeto, até o nível que permita o gerenciamento e controle adequado do trabalho pelo empreendimento.
Este documento é acompanhamento do avanço das atividades e de controle de valores. Seu modelo pode variar em função das práticas do usuário, mas deverá conter no mínimo a mesma subdivisão de valores existente no contrato, e a distribuição das parcelas no tempo de acordo com o Cronograma do Comissionamento.
EQUIPE DE COMISSIONAMENTO São os técnicos e engenheiros da empresa de contratada para a execução das atividades de comissionamento nos canteiros.
ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS DESMONTADAS E/OU REMOVIDAS Andaimes, tapumes, contêineres, todas as estruturas e/ou objetos que não sejam necessários à operação da instalação devem ser desmontados e/ou removidos após a conclusão da obra. A instalação deve ser entregue em condições adequadas de limpeza, conforme acordado com o cliente. É um dos requisitos para a Certificação da Operabilidade.
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FERRAMENTAS E MATERIAIS PARA APLICAÇÃO DAS ROTINAS AOS ITENS Coletânea de equipamentos, ferramentas coletivas e individuais, materiais de aplicação e consumíveis necessários para executar as rotinas de preservação ou de manutenção aos itens que devam recebê‐las.
FERRAMENTA DE INTEGRAÇÃO E COMISSIONAMENTO (FIC) Ferramenta de Integração & Comissionamento é um software da Petrobras que provê suporte ao processo de planejamento e gestão do Comissionamento. Gerencia as informações dos itens comissionáveis, contendo informações de identificação do item e histórico das atividades de comissionamento a que foi submetido, inclusive a Preservação. Cada item comissionável é identificado por um TAG e vinculado a um subsistema e sistema aos quais pertence e é caracterizado por um conjunto padronizado de dados técnicos, de acordo com sua natureza.
FICHAS DE VERIFICAÇÃO Formulários espelho dos registros de itens comissionáveis e de malhas da ferramenta de controle do comissionamento, onde são registradas as ações de comissionamento e que servem como evidência objetiva de sua execução.
FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM (FVI) Formulário espelho dos registros de itens comissionáveis, onde são registradas as ações de comissionamento efetuadas sobre cada item e que serve como evidência objetiva de sua execução.
FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE MALHA (FVM) Formulário espelho dos registros de malhas da ferramenta de controle do comissionamento, onde são registradas as ações de comissionamento efetuadas sobre cada malha e que serve como evidência objetiva de sua execução.
GESTÃO DE ENERGIAS Conjunto de ações efetuadas durante as fases de Condicionamento e Pré‐Operação & Partida com o objetivo de assegurar que todos os testes que envolvam o uso de energias sejam executados dentro de condições adequadas de segurança.
GESTÃO DE PENDÊNCIAS Conjunto de ações efetuadas durante a implantação física do ativo com o objetivo de assegurar a identificação e o tratamento das pendências em tempo hábil, evitando interferências sobre o andamento do trabalho.
ÍNDICE DE PERFORMANCE OPERACIONAL (IPO) O indicador IPO mede o nível de operabilidade da instalação através da relação entre a quantidade de produto entregue pela instalação e a capacidade de produção nominal de projeto, decorridos um ano da entrega de cada instalação.
INSPEÇÃO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA Aplicação da Lista de Verificação de Completação Mecânica a um SSOP de um ativo, com o objetivo de atestar sua aptidão para início dos testes de funcionamento (Pré‐Operação & Partida).
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO Verificação da conformidade quantitativa e das condições de entrega (por inspeção visual) dos itens comissionáveis recebidos em seu local de aplicação.
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INSPEÇÕES DE NORMAS REGULADORAS Inspeções executadas em atendimento às Normas Reguladoras Brasileiras (NR) do Ministério do Trabalho.
ITEM COMISSIONÁVEL Qualquer componente físico associado a uma função ou suporte de processo. O mesmo que item “tagueado” no fluxograma de processo.
ITENS DE CONHECIMENTO Pontos de atenção, boas práticas, ou lições aprendidas, que necessitam ser cadastradas de forma a agregar valor a serem absorvidos e aplicáveis em empreendimentos futuros.
ITENS E EQUIPAMENTOS PRESERVADOS Qualquer componente classificado como instrumento, equipamento, acessório, tubulação, área ou loop de controle na função automação “tagueados”, que possa alterar qualquer processo ou que esteja sujeito a Inspeção por entidade governamental ou certificadora, em boas condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de sua preparação para Partida.
LIMPEZA DE TUBULAÇÕES Ação realizada na fase de Condicionamento efetuada pela Construção & Montagem sobre uma tubulação (ou trecho de tubulação) com o objetivo de retirar de seu interior os resíduos de fabricação e montagem e eliminar a corrosão.
LISTA DE ITENS COMISSIONÁVEIS Relação de todos os itens comissionáveis de um ativo, normalmente organizada por classes de itens (itens tecnicamente similares).
LISTA DE PENDÊNCIAS Relação de pendências e desvios decorrentes dos não atendimentos aos requisitos contratuais, identificadas durante a execução de uma obra, contendo sua classificação, ações corretivas, prazos de saneamento, responsáveis e status de resolução.
São identificados por meio da observação das atividades rotineiras, aplicação de LVs, verificação dos RDO auditorias, dentre outros.
São classificadas como não‐impeditivas e impeditivas e necessitam de tratamento para o atendimento da conformidade com os requisitos do contrato.
Deve estar consolidada em um único Sistema de Gestão de Pendências, acessível a todos s envolvidos no processo.
LISTA DE SISTEMAS OPERACIONAIS Relação estruturada de todos os sistemas e subsistemas operacionais que compõem a instalação.
LISTAS DE ITENS COMISSIONÁVEIS, SOBRESSALENTES, CONSUMÍVEIS E SIMILARES Relações de materiais a ser submetidos aos procedimentos de comissionamento, sobressalentes de partida e de operação, consumíveis necessários à PO&P, e outras similares que se façam necessárias para planejar, organizar e controlar a transferência do ativo.
LOOP TEST Teste de funcionamento efetuado sobre uma malha elétrica, hidráulica ou pneumática.
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MALHA Conjunto interligado de itens comissionáveis que deva sofrer atividades de comissionamento como uma unidade funcional.
MANUAL DE COMISSIONAMENTO Coletânea de documentos que estabelece como o processo de comissionamento deverá ser organizado, coordenado, executado e controlado em um empreendimento.
Trata‐se de um documento contratual, elaborado pela contratada e aprovado pela fiscalização da engenharia, cujo objetivo é estabelecer as condições de realização dos serviços de comissionamento, em termos de organização, responsabilidades, procedimentos gerenciais, gestão do tempo e dos recursos, entre outros.
MANUAL DE EQUIPAMENTO Coletânea de documentos de especificação, operação e manutenção de um equipamento ou componente, fornecida pelo seu fabricante.
MANUAL DE MANUTENÇÃO Coletânea de documentos que estabelece como as atividades de manutenção de um ativo devem ser planejadas, organizadas, executadas e controladas.
MANUAL DE OPERAÇÃO Coletânea de documentos que estabelece como a operação de um ativo deve ser planejada, organizada, executada e controlada.
MATRIZ DE RESPONSABILIDADES Documento que relaciona os processos as atividades vinculados a cada integrante da força de trabalho.
Nela deverá conter relação nominal de todos os membros da equipe e a distribuição dos seus níveis de responsabilidade.
MEMORIAL DESCRITIVO (MD) O memorial descritivo é o documento onde devem estar concentradas as informações geradas por todas as disciplinas envolvidas no projeto. Este documento tem por objetivo apresentar uma descrição geral do projeto e das instalações envolvidas.
NORMAS E REGULAMENTOS TÉCNICOS APLICÁVEIS Conjunto de normas e regulamentos externos ou internos que se apliquem por força de lei ou de contrato ao processo de comissionamento.
NORMAS TÉCNICAS Documentos normativos estabelecidos por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.
OPERABILIDADE É a medida da qualidade da operação de uma instalação industrial, através do atendimento à seus requisitos de desempenho especificados enquanto funcionando de forma estável e confiável
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OPERAÇÃO ASSISTIDA Atividade de apoio às equipes de operação e manutenção do operador após a transferência de um SOP, com o objetivo de assegurar que o início da operação seja a continuação segura da pré‐operação & partida.
OPERADOR Proprietário da instalação, ou cliente final do ativo em implantação. Não deve ser confundido com a atividade funcional de operar uma instalação. Não deve ser confundido com funcionário da operação.
FUNCIONÁRIOS DA OPERAÇÃO TREINADOS Qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção para executar atividades de operação e manutenção nos Sistemas Operacionais testados.
ORIENTAÇÕES DE PRESERVAÇÃO DOS FORNECEDORES / FABRICANTES Orientações passadas pelos fabricantes com as recomendações básicas para preservação de equipamentos / itens. O atendimento a essas atividades é pré‐requisito para que a garantia do fabricante seja assegurada.
PARTIDA Conjunto de testes de desempenho e de confiabilidade aplicados aos SSOP e SOP de um ativo com o objetivo de comprovar sua plena funcionalidade e avaliar seu desempenho em condições reais.
PASTA DE SISTEMA Coletânea ordenada de todos os documentos de comissionamento relativos a um dado sistema ou subsistema operacional.
PASTA DE TRABALHO Conjunto de documentos e informações necessários para orientar e apoiar a realização de uma ou mais tarefas de campo, e que deve ser portada pelo respectivo executante.
PENDÊNCIA Qualquer atividade pertencente ao escopo do projeto, não realizada conforme planejado ou realizado de maneira não conforme.
PENDÊNCIAS SANADAS E ACEITAS Pendências verificadas em conjunto com o operador devidamente resolvidas por parte do executante.
PLANEJAMENTO DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM Conjunto de documentos que definem como a C&M de um ativo deverá ser organizada, coordenada, executada e controlada.
PLANEJAMENTO DE TREINAMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA Atividade elaborada pelo responsável pelo processo de comissionamento para planejar, organizar e controlar as atividades de treinamento de operação & manutenção, assistência técnica de fornecedores e outras atividades similares.
PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO Atividade que define as diretrizes para organização, coordenação, execução e controle das atividades de comissionamento e gerencia sua aplicação ao longo de todo o processo.
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PLANEJAMENTO E GESTÃO DE TREINAMENTOS Atividade de identificar as necessidades, planejar, coordenar e controlar a aplicação dos treinamentos operacionais e de manutenção necessários ao funcionamento do ativo. O responsável pelo comissionamento aplica diretamente os treinamentos relativos aos SSOP e SOP, cabendo normalmente aos fabricantes os treinamentos dos itens comissionáveis.
PLANO DE DOCUMENTAÇÃO Documento que descreve as atividades desenvolvidas nas etapas de execução e controle do processo de gestão da documentação técnica de um empreendimento. Tem como objetivo permitir maior agilidade na execução das atividades de documentação técnica e garantir sua entrega ao operador, no padrão acordado.
PLANO DE GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Documento formal que integra e coordena os demais planos do empreendimento (escopo, prazo, custos, riscos, qualidade, etc.), em uma base sólida e coesa.
PLANO DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO Documento que define como um empreendimento deverá ser planejado, organizado, coordenado, executado e controlado de modo a atender ao respectivo documento contratual.
PLANO DE TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES Documento formal que contém os requisitos para a transferência da instalação negociados entre o operador e a engenharia contratada.
PRÉ‐OPERAÇÃO & PARTIDA Conjunto de atividades de campo executadas sobre itens, malhas, subsistemas e sistemas com o objetivo de levá‐los da Completação Mecânica até o estágio de operação plena.
PRESERVAÇÃO Conjunto de atividades efetuadas sobre o material do ativo visando mantê‐lo em boas condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de sua utilização.
PRESERVAÇÃO DE ITENS COMISSIONÁVEIS Conjunto de atividades efetuadas sobre os itens comissionáveis do ativo com o objetivo de mantê‐los nas condições em que foram liberados nas instalações dos fornecedores até o momento da preparação para partida (início dos testes de funcionamento).
PROCEDIMENTOS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM Roteiros descritivos da forma de execução das atividades de C&M, elaborados pela empresa responsável por esta atividade e liberados para uso pela engenharia.
PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ENERGIAS Documentos de caráter orientador voltado para o controle de atividades que envolvam energias perigosas, visando à segurança dos executantes dos testes, da instalação testada e do meio ambiente.
PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE TESTES Documento de caráter orientador voltado para execução de testes, que apresenta a sistemática de execução e registro dos resultados dos testes nos itens, malhas, subsistemas e sistemas.
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PROCEDIMENTOS DE PRESERVAÇÃO DEFINIDOS Documento de caráter orientativo voltado para o processo de comissionamento, que apresenta a sistemática de execução das atividades de preservação.
Os Procedimentos de preservação devem ser detalhados de forma a permitir a execução da atividade de preservação de itens detalhando as ações de curto, médio e longo prazo, e orientando o executante quanto ao acesso à documentação dos fabricantes.
PROCEDIMENTOS DE PRESERVAÇÃO LIBERADOS PARA USO Roteiros descritivos da forma de execução das atividades de preservação, elaborados pela empresa responsável por esta atividade e liberados para uso pela engenharia.
PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES DE CAMPO DE COMISSIONAMENTO Conjunto de atividades relativas ao detalhamento do planejamento de comissionamento, com o objetivo de atingir um grau de detalhamento adequado à realização das tarefas de campo de preservação, manutenção, condicionamento e PO&P.
PROJETO DE ENGENHARIA (BÁSICO, FEED OU EXECUTIVO) Conjunto de dados relativos ao projeto básico, ao FEED (Front End Engineering Design) ou ao projeto executivo. Para o gerenciamento e fiscalização de contratos verificam‐se os requisitos necessários para definição do produto a ser contratado, dependendo da natureza do contrato.
No processo de comissionamento são utilizadas as informações referentes ao projeto em andamento, por exemplo, lista preliminar de sistemas operacionais, Rede de Precedência preliminar e P&ID preliminares.
PRONTUÁRIOS DE NORMAS REGULADORAS Compilação dos documentos e registros requeridos pelas Normas Reguladoras Brasileiras (NR) ou outros regulamentos similares aplicáveis ao ativo, normalmente organizados por equipamento ou por SOP de acordo com os requisitos das normas.
PT ASSINADAS PELA OPERAÇÃO Permissões de Trabalho (PT) são autorizações, emitidas por escrito pelo operador, para execução de trabalhos de manutenção, montagem, desmontagem, construção, inspeção e reparo de instalações, equipamentos ou sistemas a serem realizados nos Empreendimentos.
REDE DE PRECEDÊNCIA DE PARTIDA DE SOP / SSOP Diagrama que apresenta a seqüência de entrada em operação dos sistemas / subsistemas operacionais do empreendimento, levando‐se em conta sua dependência funcional e a seqüência lógica de partida.
REGISTROS DE EXECUÇÃO DAS ROTINAS Conjunto de documentos contendo as evidências de aplicação das rotinas de preservação ou de manutenção sobre os itens que devam recebê‐las, assim como os campos correspondentes da Ferramenta de Integração & Comissionamento preenchidos.
SISTEMA DE PENDÊNCIAS Sistema informatizado que provê suporte ao processo de identificação, classificação e saneamento das pendências surgidas na implantação do ativo.
SISTEMA OPERACIONAL (SOP) Conjunto integrado de itens comissionáveis e equipamentos, malhas capazes de efetuar uma função produtiva ou de apoio ao processo, cujo funcionamento produz ou mantém uma determinada situação, processo, utilidade, ou facilidade operacional em condição segura.
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SUBSISTEMA OPERACIONAL (SSOP) Subconjunto de um SOP, capaz de efetuar a mesma etapa de processo com capacidade, redundância ou funcionalidades reduzidas.
TERMO DE RESPONSABILIDADE OPERACIONAL (TRO) Documento emitido pela engenharia executante que, uma vez assinado pela mesma e pelo operador, transfere a responsabilidade pela operação de um Subsistema Operacional, mantendo‐se as demais responsabilidades com a engenharia.
TERMO DE TRANSFERÊNCIA DA INSTALAÇÃO – TTI Documento emitido pela engenharia executante onde se oficializa a transferência da instalação, atestando o atendimento às condições de operabilidade colocadas sob sua responsabilidade contrato de serviços do empreendimento e que, uma vez aceito pela operação, marca a transferência do ativo para o operador, representado pela responsabilidade sobre o patrimônio e a gerência da instalação passa a ser da operação, não eximindo terceiros de suas responsabilidades contratuais.
TERMO DE TRANSFERÊNCIA E ACEITAÇÃO DE SISTEMAS – TTAS O Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas é um documento emitido pela engenharia executante para a operação, onde se oficializa a transferência de um Sistema Operacional (bem como todos os documentos a ele correlacionados, inclusive as pastas de sistemas).
Este documento atesta a operabilidade do SOP em conformidade com os requisitos de performance estabelecidos no projeto. A partir da assinatura deste termo toda responsabilidade pela operação e manutenção do SOP passa a ser do operador.
Para que a unidade possa ser definitivamente transferida, é pré‐requisito que todos os SOPs tenham sidos transferidos e todos os TTAS assinados.
TESTE DE ACEITAÇÃO DE PERFORMANCE – TAP Testes que visam garantir que o desempenho de cada SSOP seja compatível com as especificações e requisitos de projeto. Estes testes devem ser executados em condições de operação as mais próximas possíveis das condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando possível.
Nesta avaliação operacional de um SSOP, todas as suas funcionalidades são testadas em conjunto e seu desempenho é medido e comparado com as referências especificadas, de modo a comprovar sua capacidade em todas as condições previstas de operação.
TESTE DE ACEITAÇÃO EM FÁBRICA – TAF Avaliação de funcionamento de um equipamento efetuada nas dependências de seu fabricante ou em instalações de teste especializadas, com o objetivo de demonstrar sua conformidade com as especificações contratadas e permitir sua liberação para entrega.
TESTE DE CERTIFICAÇÃO Qualquer teste aplicado a um item comissionável ou malha durante a fase de Condicionamento. Substitui o termo “Teste a Frio”.
TESTE DE CONFIABILIDADE Teste efetuado sobre um SOP, durante a fase de Pré‐Operação & Partida, com o objetivo de verificar sua estabilidade de funcionamento em condições normais de operação por um período de tempo prolongado, que quando requerido, é realizado após o TAP.
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TESTE DE FUNCIONAMENTO Conjunto de testes realizados em um SSOP ou SOP durante a fase de Pré‐Operação e Partida, iniciando‐se após a emissão do CCM e concluindo‐se na aprovação dos TAP aplicáveis. Substitui o termo “Teste a Quente”.
TESTES DE MALHA Verificações efetuadas sobre as malhas elétricas, de instrumentação, de telecom e de tubulação com o objetivo de atestar sua funcionalidade.
As verificações de continuidade das malhas, realizadas na fase de Condicionamento, são conhecidas como “blank test”, e as verificações de funcionamento, realizadas na fase de Pré‐Operação & Partida, como “loop test”.
TESTES FUNCIONAIS Teste realizado sobre itens comissionáveis ou malhas na fase de Pré‐Operação & Partida, precedendo os Testes de Aceitação de Performance (TAP) do SSOP ou SOP e tendo como objetivo atestar o correto funcionamento em vazio daquele item ou malha.
TRANSFERÊNCIA DE SISTEMA OPERACIONAL Evento da entrega de um SOP à operação pela engenharia executante.
TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES A transferência da instalação é um processo que visa ao encerramento da implementação de empreendimento e compreende a transferência pela engenharia executante para o operador da instalação (ativo) e da responsabilidade integral e única pela gestão da Instalação, sendo a assinatura do Termo de Transferência de Instalações (TTI) o principal marco do processo.
TRATAMENTO DE PENDÊNCIAS Execução das ações corretivas determinadas para cada pendência identificada.
TREINAMENTOS REGISTRADOS Treinamentos devidamente registrados para Qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção.
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Capítulo 3 – ETAPAS DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO
3.1 DOCUMENTAÇÃO Esta atividade inclui a obtenção de todas as informações necessárias à preparação dos documentos de apoio às atividades de campo, a elaboração destes documentos, a criação dos registros das tarefas de campo, a compilação dos documentos de apoio fornecidos junto com os itens comissionáveis e a elaboração dos documentos de entrega das instalações.
Configuram‐se elementos de entrada para elaboração da documentação do processo de comissionamento os seguintes pacotes mínimos de informações:
Contrato e seus anexos
Projeto de Engenharia (Básico ou FEED ou Executivo)
Plano de Gestão do Empreendimento
Procedimentos de Construção e Montagem
Plano de documentação
Dados de fabricantes de itens comissionáveis
Durante o processo de preparação da documentação, os produtos (documentos) de saída, produzidos pela empresa contratada e pela engenharia serão obtidos após o levantamento das normas e procedimentos aplicáveis ao empreendimento, e compreende a elaboração, a distribuição, a atualização e o arquivamento dos documentos necessários à realização e ao registro das atividades de campo do comissionamento. Os tipos de documentos elaborados, tipicamente, são:
Listas de itens comissionáveis, sobressalentes, consumíveis e similares
Lista de Sistemas e Subsistemas Operacionais
Rede de Precedência de Partida
Manuais de Operação e de Manutenção
Prontuários de normas reguladoras
Pastas de trabalho (coletâneas de documentos necessários à realização de uma atividade de campo)
Pastas de sistemas (coletâneas dos registros e certificados emitidos para um dado sistema operacional durante o processo de comissionamento).
Planejamento de treinamento e assistência técnica
Planos (de treinamento, de assistência técnica, etc);
Procedimentos (de testes de certificação, de testes funcionais, de testes de desempenho, etc);
Registros (atestados de realização de testes);
A elaboração destes documentos depende de informações provenientes de duas fontes: a empresa projetista de engenharia e os fornecedores de equipamentos. Sem o projeto executivo das instalações e os manuais dos equipamentos (também conhecidos como “data books”) não é possível preparar a maior parte dos documentos do comissionamento, inviabilizando sua execução. A qualidade e a elaboração em tempo hábil destes documentos depende, evidentemente, dos primeiros, e isto faz com que também no processo de
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preparação da documentação seja necessário um planejamento integrado entre, principalmente, as equipes de engenharia e de comissionamento. O exercício descrito no item anterior para a integração dos planejamentos de comissionamento e de C&M deve estender‐se à empresa de engenharia, e as necessidades de informações do comissionamento devem ser claramente especificadas nos contratos de fornecimento de equipamentos. Como boa prática neste sentido, cabe incluir no Manual de Comissionamento a lista de documentos de engenharia necessários ao comissionamento e a partir daí iniciar a integração dos planejamentos de emissão de documentos.
Outras atividades deste processo de preparação da documentação visam colaborar com as áreas de engenharia e de suprimentos do empreendimento no sentido de reduzir as chances de problemas no comissionamento do ativo, em uma típica ação de garantia da qualidade. A colaboração com a engenharia se traduz pela participação em estudos como HAZOP e no uso sistemático de maquetes eletrônicas para antecipar dificuldades operacionais das futuras instalações. Sugestões para introdução de pequenas modificações no projeto executivo de modo a facilitar os testes e a operação / manutenção das instalações também fazem parte desta colaboração. Em relação aos suprimentos, a equipe de comissionamento deve ser incluída no circuito de análise dos memoriais descritivos, convites, requisições de materiais, ou similares de modo a sinalizar eventuais carências ou inconsistências em itens tais como documentação de entrega, sobressalentes, serviços de assistência técnica, e outros pertinentes ao campo do comissionamento.
Os registros dos testes são documentos de valor legal que comprovam a adequação de um componente, equipamento ou sistema ao emprego a que se destinam. Acidentes ou falhas graves podem ser investigados com base nesses registros, e apenas isso seria suficiente para definir sua importância. Além disso, os registros são dados de entrada para o sistema de gestão de manutenção do ativo, constituindo‐se nas primeiras informações sobre a vida útil de cada item. A rastreabilidade das atividades executadas também depende da qualidade dos registros.
Boa parte dos documentos produzidos pelo comissionamento, como prontuários, manuais e pastas de sistemas fazem parte do escopo do ativo, ou seja, devem ser entregues ao cliente / operador no momento da transferência das instalações. Essa entrega é uma das condições da Operabilidade.
3.2 PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO
O comissionamento tem início por esta etapa, que se divide em duas sub‐etapas:
Planejamento de Gestão;
Planejamento Executivo.
A primeira corresponde ao início das atividades de comissionamento e tem como produto o Manual de Comissionamento do empreendimento. Este documento define as estratégias e procedimentos para planejar, organizar, coordenar, executar e controlar o comissionamento, servindo como regra geral para a realização de todo o processo. Requer validação pelas principais partes interessadas que estejam envolvidas ou sejam diretamente afetadas por este processo.
O Manual do Comissionamento deve conter no mínimo os seguintes documentos típicos:
Matriz de Responsabilidades;
Cronograma Geral de Comissionamento;
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EAP (Estrutura Analítica do Projeto) de Comissionamento;
Lista de documentos de comissionamento;
Lista de sistemas e subsistemas;
Rede de Precedência;
Plano de Treinamento;
Plano de Assistência Técnica;
Plano de Comunicação;
Plano de Mobilização;
Plano de QSMS de Comissionamento;
Plano de Contingência de Comissionamento;
Plano de Preservação de Itens Comissionáveis;
Plano de Gestão e Controle de Energias.
O Manual de Comissionamento deverá abranger o escopo completo dos serviços, a ser realizados pela contratada, fabricantes de equipamentos e/ou subcontratadas. A inter‐relação entre a contratada e esses intervenientes, no que concerne ao comissionamento, também deverá ser claramente explicitada no plano.
Uma vez elaborado e aceito, o Manual será a regra principal para o comissionamento, devendo ser mantido atualizado em relação às condições de realização desse trabalho.
A fase executiva desta etapa consiste na aplicação do Manual de Comissionamento no planejamento e gestão do empreendimento, com a elaboração / detalhamento / atualização de todos os documentos necessários à gestão do comissionamento e o gerenciamento de todo o processo.
Prever em contrato o prazo no qual a Contratada deverá apresentar no mínimo os seguintes documentos típicos do Planejamento Executivo:
Estrutura Analítica do Projeto atualizada;
Lista final de itens comissionáveis;
Ferramenta de Integração & Comissionamento carregada e atualizada;
Registro do treinamento dos operadores e dos usuários na Ferramenta de Integração & Comissionamento;
Folha de Verificação de Itens e Malhas;
Rede de Precedência detalhada e atualizada por sistema;
Conjunto de Fluxogramas de Processo (P&ID) com identificação dos sistemas operacionais;
Conjunto de Fluxograma por Sistema Operacional;
Cronograma de Comissionamento detalhado por atividades sistemas e subsistemas, e incluindo a confirmação do planejamento de emissão de documentos de comissionamento;
Cronogramas com a programação de atividades por disciplina e por sistemas;
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Certificado de Testes Funcionais;
Pedidos / ordens de compras revisados;
Lista de Malhas;
Lista NR‐13 e Dossiês NR‐13;
Lista de Assistência Técnica;
Tabelas de interface com a produção;
Controle de emissão de documentos de comissionamento;
Procedimentos de Comissionamento (Certificação e Funcionamento);
Pastas de sistemas e/ou subsistemas;
Listas de sobressalentes, de consumíveis e de ferramentas especiais;
Manuais de Operação e de Manutenção;
Disponibilizar dados para carregamento do Sistema de Gestão de Manutenção.
Um ponto central desta etapa (e de resto de todo o processo de comissionamento) é a integração dos planejamentos de comissionamento e de C&M. Este último é normalmente elaborado em uma seqüência direta, tendo como origem a data de abertura de um canteiro de obras ou equivalente e prosseguindo até a conclusão do trabalho; o primeiro segue uma seqüência inversa, começando na data desejada de entrada em operação comercial do ativo e seguindo até a data de início do processo de comissionamento.
Atividades típicas desta etapa são:
programação e controle de atividades de campo,
gestão de pendências,
acompanhamento da implantação das interfaces externas ao ativo que afetam o processo,
gestão do treinamento operacional,
gestão da assistência técnica de fornecedores e similares.
É freqüente que estes dois planejamentos não sejam inteiramente compatíveis em suas versões iniciais, tornando‐se necessário um esforço conjunto, via de regra liderado pela equipe de comissionamento, para integrá‐los. O resultado será um planejamento único para o empreendimento onde as necessidades de partida do ativo serão levadas em conta pela C&M, sem prejuízo das boas práticas desta disciplina. Cabe enfatizar a importância desta integração para o sucesso do empreendimento. Sem um planejamento integrado retorna‐se à situação em que o comissionamento fica refém da C&M, sem conseguir realizar sua missão, e a C&M avança em direção ao fim da obra, mas não ao objetivo de negócio do operador.
3.3. PRESERVAÇÃO
Entende‐se por preservação o conjunto de tarefas realizadas com o propósito de manter os itens comissionáveis nas condições em que foram entregues por seus fornecedores, garantindo‐os em bom estado de conservação até a entrada em operação do ativo, evitando gastos com reparos ou novas aquisições, permitindo uma partida rápida, ordenada e segura.
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A etapa tem início após a conclusão dos testes de fabricação, desde a saída destes itens das instalações do fornecedor (preservação de transporte) e prossegue durante os períodos de recebimento e armazenagem no canteiro de obras e de C&M, até o começo dos testes funcionais, sendo concluída com o início das rotinas de manutenção.
Envolve um conjunto de rotinas aplicáveis a cada tipo (classe) de item comissionável e técnicas de preservação em campo. O término de aplicação da preservação a um item corresponde ao início de aplicação das rotinas de manutenção previstas para o mesmo, o que implica na preparação destas rotinas durante a fase de C&M. Também o sistema de gestão de manutenção deve ser colocado em condições de uso a tempo de permitir a programação e o registro das ações de manutenção do primeiro subsistema a iniciar seus testes funcionais. Falhas na aplicação da preservação e da manutenção podem implicar na perda da garantia contratual de um item.
Os procedimentos de preservação a serem empregados dependem do tipo do item comissionável e das recomendações dos respectivos fornecedores e/ou fabricantes sempre que estas existirem, ou conforme as melhores práticas já reconhecidas e aplicadas dessa atividade.
Os procedimentos de preservação deverão explicitar cada caso, detalhando as ações para curto, médio e longo prazo, além de especificar os materiais a serem utilizados em cada tipo de rotina de preservação (gerar lista de material e insumos para preservação).
As condições de preservação deverão ser mantidas durante a montagem do item, ou refeitas imediatamente após o encerramento desta. Medidas adicionais de proteção devem estar especificadas e as rotinas de preservação aos itens já montados definida com o objetivo de identificar e reparar possíveis avarias.
Todas as atividades e rotinas da preservação deverão ser gerenciadas através de um programa informatizado de controle e evidenciadas através de registros.
Faz‐se necessário realizar auditorias no processo de preservação e nas reais condições de preservação dos itens. Os resultados destas auditorias devem servir como referencial para medição, avaliação de desempenho e eventuais ações corretivas a serem aplicadas junto à contratada.
Quando detectada, a falta de preservação de um item deve ser informada à empresa responsável, que deverá tomar as devidas ações corretivas.
Os procedimentos de Preservação devem prever a progressiva passagem das rotinas de preservação para as rotinas de Manutenção, sendo que o carregamento dos dados no sistema de Gestão de Manutenção da Operação já deverá estar executado nesta fase.
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A emissão do Certificado de Completação Mecânica (CCM) de um sistema não interrompe a emissão e execução das rotinas de preservação.
Seguem alguns exemplos de itens sujeitos as rotinas de preservação:
Mecânica
• Equipamentos Estáticos: Vaso, Torre, Permutador, Reator, Forno, Tanque, Filtro, Esfera e outros.
• Equipamentos Dinâmicos: Máquinas, Bomba, Compressor, Turbina, Ventilador, Exaustor, Misturador/Agitador, Guindaste, Ponte Rolante, e outros.
• Acessórios de Tubulação: Válvula Manual, Filtro de Y, junta de expansão, Válvula de Retenção, Suporte de Mola, Purgador, e outros.
Elétrica
Equipamentos e Dispositivos Elétricos tais como: Painéis Elétricos, Motores (CC ou CA), Transformadores (de corrente, potências ou de iluminação), Barramentos, Reatores, Disjuntores, Baterias, Carregadores de Bateria, Instrumentos (indicadores, medidores, registradores), Relés, Retificadores, Luminárias de emergência, Botoeiras dentre outros;
Instrumentação e Automação
Instrumentos e Componentes tais como: Válvulas (On/Off e de controle, solenóides e de segurança PSV), Chaves de Nível, Vazão, Temperatura, Pressão, Seletoras, Fim de Curso; Transmissores de Nível, Vazão, Temperatura, Pressão, Disco de Ruptura, Chave Seletora; Rotâmetros, Termômetros, Manômetros, Termopares, Analisadores, Sensores, Sistemas de Controle e de Intertravamento, Cartões Lógicos, Shelter dentre outros.
Segurança
Canhões monitores, Câmaras de monitoramento (CFTV), Detectores de gases, Salvatagem, Extintores químicos, Sinalização náutica, dentre outros.
Definição dos procedimentos e atividades de preservação
As tarefas de preservação e sua freqüência de execução variam conforme os tipos (classe) de equipamentos ou componentes envolvidos e devem observar recomendações especiais de fabricantes e requisitos específicos do cliente. Os itens preservados devem ser identificados no campo por uma etiqueta indicando as datas de execução e da próxima preservação, além da identificação do executante. Os procedimentos de preservação devem definir a periodicidade da intervenção de preservação, a quantidade de recursos, serviços, ferramentas, materiais e insumos necessários para cada atividade de preservação.
Rotinas de Preservação
As rotinas de preservação são aplicadas em diversas etapas da fase construtiva do empreendimento, iniciando‐se ainda no fabricante é concluindo‐se na transferência dos
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equipamentos juntos com os SOPs ao término do escopo técnico, sendo que as atividades de preservação passam a ser realizadas pela operação, pela gestão de manutenção dos equipamentos.
Rotinas e transporte – Aplicadas no trajeto entre as instalações do fornecedor e o canteiro de obra.
Rotinas de almoxarifado – Aplicadas durante o período em que o item permanece no canteiro em local abrigado, fora das atividades de construção & montagem.
Rotinas de campo – Aplicadas a partir do momento em que o item é transferido do local de armazenagem para o de montagem, sendo mantidas até o início dos testes de funcionamento.
Rotinas de operação – Aplicadas durante o período de pré‐operação & partida.
Rotinas de hibernação – Rotinas especiais aplicáveis a itens que devam ser mantidos em espera por períodos longos e (possivelmente) em condições desfavoráveis.
Procedimentos de preservação de transporte
Elaborado pelo fabricante ou respeitando suas recomendações;
Comentado pelo transportador ou pelo fabricante, conforme o caso;
Levam em conta os planos de embarque e de manobra de pesos (“rigging”);
Adequado às condições esperadas de transporte (modal, trajetos, clima, inspeções em trânsito);
Levam em conta eventuais necessidades de hibernação do material (local e prazo previstos para esta condição).
Observação: A correta execução deste procedimento é pré‐condição para a liberação do transporte.
Procedimentos de preservação em canteiro
Elaborado pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as recomendações do fabricante;
Comentado pela empresa contratante ou pelo comissionador, conforme o caso;
Identifica as rotinas de preservação aplicáveis a cada classe de itens comissionáveis, e as respectivas freqüências de aplicação;
Define os materiais de preservação a serem utilizados;
Define a forma de identificação física dos itens preservados (etiquetas) e de registro no campo da execução das rotinas.
Observação: A correta execução destes procedimentos é pré‐condição para a emissão do Certificado de Completação Mecânica (CCM) e para a transferência de um SOP.
Programação e controle de preservações
A programação das atividades de preservação consiste em organizar no tempo as rotinas de preservação de acordo com as recomendações dos fabricantes e boas práticas de engenharia.
A programação visa também nivelar os recursos e serviços necessários de forma a otimizar o tempo e custo destas operações.
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As responsabilidades pela preservação devem estar explicitadas na matriz de responsabilidades, determinado quais envolvidos realizam cada atividade, sendo estas:
Fase de preparação para contratação de serviços
• Requerer que estejam incluídas as recomendações de preservação nas contratações de equipamentos e materiais para as aquisições de responsabilidade da contratante, assim como nas de responsabilidade das contratadas;
• Estabelecer claramente as informações a serem transferidas para a manutenção;
• Definir a metodologia de transferências das atividades de preservação para as atividades de manutenção;
• Verificar se as recomendações de preservação constam de todas as minutas e anexos dos contratos;
• Verificar, nas Requisições de Materiais (RM), se as recomendações de preservação foram incluídas antes das contratações.
Fabricação e entrega
• Cabe ao setor responsável pela liberação de fábrica garantir que os itens sejam preservados para transporte conforme as recomendações aplicáveis;
• Implementar a preservação para transporte conforme as recomendações aplicáveis.
Construção & Montagem
• Verificar e registrar as condições de recebimento dos itens;
• Implementar a preservação conforme as recomendações aplicáveis a partir da Inspeção de Recebimento;
• Preservar os itens não aceitos na Inspeção de Recebimentos enquanto estiverem sob sua guarda;
• Fiscalizar e auditar os procedimentos e a execução da preservação pela contratada.
Pré‐Operação & Partida
• Retirar o equipamento das condições de preservação e prepará‐lo para os testes de funcionamento;
Transição para Manutenção
• Certificar a qualidade dos dados para carregamento no sistema de gestão de manutenção do cliente;
• Colocar à disposição da Operação os dados certificados;
• Carregar os dados certificado no sistema de gestão de manutenção.
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Critérios de medição dos serviços de preservação
Tipos de contrato
Formação do preço Medição Vantagens Inconvenientes
Preço unitário
Tarifas horárias ou por
atividade
RDO endossado pelo fiscal
Flexibilidade em quantidade e
tempo
Dificuldade de medição e de controle da qualidade
Preço fechado
Valor fixo para um dado escopo
Parcelas mensais fixas
Transferência do risco e facilidade
de medição
Controle da qualidade e
ajustes de escopo
Preço fechado
Valor fixo para um dado escopo
Parcelas mensais variáveis em função de auditorias
Transferência do risco, facilidade de
medição e controle da qualidade
Ajustes de escopo
Perfil da equipe de preservação de canteiro
Coordenador – técnico sênior com experiência mínima de cinco anos em Preservação e formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação, tendo também experiência em planejamento & controle.
Supervisores – técnicos plenos com pelo menos três anos de experiência na atividade de Preservação, com formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação, tendo a capacitação para organizar a equipe com um de cada especialidade.
Técnicos – formação em Mecânica, Eletricidade e Instrumentação.
Ajudantes – carpinteiros, lubrificadores e auxiliares de serviços gerais
3.4. CONDICIONAMENTO
Conjunto de tarefas, conhecidas coletivamente como Testes de Certificação, realizadas em todos os itens comissionáveis e malhas da instalação, com o objetivo de certificar que os itens comissionáveis e os subsistemas operacionais encontram‐se aptos a iniciar seus testes funcionais, na fase de Pré‐operação & Partida, visando anteriormente a Certificação de Completação Mecânica.
Esta fase desenvolve‐se durante a C&M, e engloba também os Testes de Aceitação em Fábrica dos equipamentos e sistemas principais, sendo a conclusão das tarefas de condicionamento organizada por subsistemas operacionais (SSOP), e quando todos os itens e malhas de um dado SSOP foram submetidos satisfatoriamente a todas as tarefas previstas de condicionamento a primeira condição para a emissão do Certificado de Completação Mecânica deste SSOP é atendida. A
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emissão do CCM é condição necessária para declarar encerrada a atividade de Condicionamento sobre um SSOP.
As demais condições para a declaração da Completação Mecânica de um SSOP são:
encerramento das atividades de montagem;
disponibilidade da documentação;
meios físicos e dos recursos humanos necessários para a execução da Pré‐operação & Partida;
inexistência de pendências impeditivas ao início dos testes de funcionamento previstos.
Esta fase engloba tipicamente as atividades:
teste de aceitação de fábrica (TAF);
inspeção de recebimento calibrações de válvulas e instrumentos;
inspeção física;
testes de malhas com injeção de sinais (“blank tests”);
limpeza e recomposição;
atendimento as normas regulatórias tais como NR‐10 e NR‐13, portarias do INMETRO, entre outras;
aferição e calibração de instrumentos e de componentes elétricos;
testes estáticos de tubulações, componentes mecânicos e cabos elétricos, entre outros.
testes hidrostáticos e de estanqueidade de tubulações;
testes de continuidade e de isolamento de cabos elétricos;
testes de válvulas;
testes de bancada, calibração e parametrização de componentes elétricos.
O Condicionamento se completa com tarefas documentais, particularmente ligadas à montagem de prontuários e à compilação de documentos de fornecedores com vistas à fase de testes.
A completação mecânica, por sua vez, consiste em uma ação de verificação de conformidade que atesta o final de todas as tarefas de montagem, de todos os testes de certificação e de todos os requisitos documentais e organizacionais necessários para que um subsistema seja declarado apto a iniciar seus testes funcionais.
Os dados necessários para a realização da fase de condicionamento, entre outros, são obtidos em:
Procedimentos de execução de testes
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Lista de Sistemas Operacionais
Cronograma do empreendimento
Listas de itens comissionáveis, sobressalentes, consumíveis e similares
EAP detalhada
E os registros do condicionamento são encontrados em:
Certificados de completação mecânica assinados
Certificados de Testes e Calibrações preenchidos
Pendências sanadas e aceitas
Informações atualizadas na FIC
Fichas de Verificação de Item e de Malha
Perfil da equipe de Condicionamento
Coordenador – Engenheiro com experiência mínima de cinco anos em Comissionamento, com formação de base em Mecânica, Tubulações, Eletricidade ou Instrumentação, além de experiência em planejamento & controle;
Supervisores – engenheiros ou técnicos com pelo menos três anos de experiência em Preservação, com formação de base em Mecânica, Tubulações, Eletricidade ou Instrumentação, tendo a capacitação para organizar a equipe com um de cada especialidade.
Técnicos – formação em Mecânica, Tubulações, Eletricidade e Instrumentação.
Ajudantes – mecânicos, eletricistas e auxiliares de serviços gerais
Procedimentos de Condicionamento
São elaborados pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as recomendações do fabricante, devendo ser comentados pela empresa contratante dos serviços ou pelo comissionador, especificando os testes de certificação aplicáveis a cada família de itens comissionáveis, e as respectivas condições de aplicação.
A correta execução destes procedimentos é pré‐condição para a emissão do Certificado de Completação Mecânica.
O conteúdo típico dos procedimentos de condicionamento pode ser listado como abaixo:
Normas e regulamentos de referência (obrigatórios e eletivos), com transcrição dos itens diretamente utilizados;
Lista de equipamentos, ferramentas e materiais necessários ao teste, juntamente com as respectivas especificações;
Lista de documentos de apoio necessários ao teste;
Equipe necessária, incluindo suas qualificações;
Condições ambientais e de segurança necessárias ao teste;
Atividades predecessoras e interfaces necessárias ao teste;
Passo a passo de realização do teste, incluindo a forma de registrar seus resultados.
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Procedimentos de TAF – Teste de Aceitação em Fábrica
Os Testes de Aceitação em Fábrica englobam as verificações finais de componentes / equipamentos nas instalações dos fornecedores, tendo como objetivo atestar a sua funcionalidade antes da liberação para embarque dos mesmos para o empreendimento.
Os critérios para a identificação e requisitos que determinam quais os itens a serem submetidos à TAF é de responsabilidade do planejamento do Comissionamento e o procedimento de teste é normalmente elaborado pelo fabricante, mas deve ser comentado pelo comissionador.
Normalmente, os critérios que determinam a quais os item passarão por TAF são semelhantes aos que determinam se um item comissionável é crítico, sendo alguns destes motivos:
Alta complexidade;
Importância crucial para o processo da instalação;
Exclusivo ou nova tecnologia;
Longo prazo de entrega;
Alto custo;
Logística complexa para entrega
O registro de um TAF faz parte do histórico do item e deve ser arquivado na Pasta de Sistema respectiva.
Inspeções de Recebimento
É a verificação quantitativa e qualitativa, realizada por ocasião do recebimento dos itens comissionáveis e módulos, quando de sua chegada ao local de aplicação e antes de sua admissão nas áreas de armazenagem, tendo como finalidade atestar sua conformidade com a documentação contratual e de projeto, bem como a ausência de avarias e as condições especificadas de preservação.
Tipicamente verifica a conformidade com a respectiva Ordem de Compra, a condição física do material e dos documentos, não tendo como atribuição verificar funcionamento nem desempenho.
Inspeção quantitativa:
• Verificação da documentação técnica que acompanha o item, conforme definido na Requisição de Material (RM);
• Verificação da entrega de todos os itens que constam no romaneio;
• Conferência dos sobressalentes e de ferramentas especiais conforme Lista de Documentos (LD) de contrato.
Inspeção qualitativa:
• Verificação das condições de embalagem e de preservação;
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• Verificação visual das condições do equipamento e verificação da existência de avarias.
A Inspeção de Recebimento é registrada nas Folhas de Verificação de Itens (FVI) incluídos no fornecimento, e as rotinas de preservação devem ser iniciadas a partir deste registro.
As pendências de recebimento devem ser registradas no Controle de Pendências para as ações corretivas cabíveis, e os itens com pendências devem ser mantidos em local segregado até que as mesmas tenham sido sanadas.
Atendimento a normas e regulamentos
Os procedimentos de condicionamento devem estar em conformidade com todas às Normas Reguladoras (NR) do Ministério do Trabalho aplicáveis ao empreendimento, mas, particularmente, devem atender obrigatoriamente em registros específicos as normas:
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão
NR 26 – Sinalização de Segurança
Além das normas NR, os procedimentos devem estar em conformidade com normas e regulamentos de outras entidades que sejam adotadas no empreendimento (Sociedades Classificadoras, ASME, ∙ASHRAE, etc), e explicitadas em contrato.
Procedimentos de certificação de tubulações e equipamentos
Os testes de pressão de tubulações e equipamentos deverão ser definidos em procedimentos pela empresa contratada a serem comentados e aprovados pela fiscalização da empresa contratante, sendo que a fiscalização acompanhará e testemunhará a execução de todos os testes de pressão (hidrostáticos ou pneumáticos).
Estes testes têm como objetivo garantir a integridade estrutural das tubulações e equipamentos quando submetidas às respectivas pressões de teste.
Os certificados dos testes deverão ser assinados por todas as partes envolvidas.
Testes hidrostáticos – realizados sobre trechos isobáricos de tubulações (linhas) com o objetivo de atestar a resistência mecânica do conjunto montado;
Testes pneumáticos – utilizados em situações especiais onde um teste hidrostático não possa ser realizado, e sob condições controladas;
Testes de estanqueidade – realizados após o final da montagem de uma linha, para a verificação das condições de vedação da mesma. Podem ser aplicados em acessórios de fechamento como portas de visita e similares;
Limpeza (“flushing”) – procedimentos que buscam assegurar a ausência de detritos, contaminantes e corrosão no interior das tubulações montadas. A sopragem de circuitos de vapor é um tipo específico de limpeza de tubulações;
Procedimentos para limpeza interna tubulações e equipamentos
Os métodos de limpeza interna de tubulações e equipamentos deverão ser definidos em procedimentos pela empresa contratada a serem comentados e aprovados pela fiscalização da
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empresa contratante, sendo que a limpeza deverá ser certificada através de atestado específico.
Para casos específicos e previamente definidos em contrato pela fiscalização, as evidências deverão ser certificadas por meio de registros com a utilização de Sistema de Circuito de Controle de TV (CCTV), ou videoboroscopia.
Procedimentos de certificação para calibração de válvulas e instrumentos
Válvulas de segurança e alívio deverão ter sua calibração verificada antes da montagem independentemente da existência de certificados de calibração emitidos pelo fabricante, em conformidade com a NR‐13. As válvulas reprovadas na verificação de campo devem ser reparadas ou substituídas conforme Procedimento Específico previamente aprovado pela fiscalização.
Todos os instrumentos a serem instalados deverão ser aferidos antes da montagem, de acordo com as normas aplicáveis. Cabe à fiscalização definir eventuais exceções a este critério, assim como o tratamento a ser dado aos instrumentos integrantes de equipamentos ou conjuntos montados (skids) que sejam entregues certificados pelos fabricantes.
Caso estes instrumentos tenham sido removidos ou sujeitos a ações que possam comprometer sua calibração os mesmos deverão ser necessariamente aferidos.
Testes de válvulas – realizados sobre válvulas de segurança, de alívio de pressão, de estanqueidade total e similares com o objetivo de atestar suas condições de operação;
Aferição – efetuada sobre os instrumentos de medição de temperatura, pressão, vazão e nível com o objetivo de certificar sua calibração. Instrumentos não aprovados devem ser calibrados.
Procedimentos de certificação de equipamentos mecânicos
Verificações de conformidade – realizadas sobre equipamentos como bombas, compressores, dosadores e similares para atestar a conformidade de aspectos como:
• Nivelamento e alinhamento
• Suportação e fixação
• Acessibilidade
• Elementos filtrantes, vedantes e isolantes
• Conexões
• Acessórios
• Limpeza
Procedimentos de certificação de componentes elétricos
Testes de cabeamento
• Testes de Isolamento – verificação da resistência de isolamento de cabos, motores e outros componentes elétricos, tais como: todos os condutores e cabos de potência, controle, intertravamento e comunicações, que deverão
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ter sua condição de isolamento atestada após o seu lançamento no leito conforme projeto.
• Testes de continuidade – confirmação de que os condutores elétricos estão íntegros e conectados nos terminais corretos em ambas as extremidades, tais como os condutores e cabos de potência, controle, intertravamento, comunicações e aterramento, que deverão ter sua condição de continuidade elétrica atestada. Os testes de continuidade deverão ser executados após a realização dos testes de isolamento.
Testes de aterramento – verificação das condições de aterramento de todos os equipamentos elétricos, que deverão estar conectados à terra conforme especificado, tais como: equipamentos, tubulações e estruturas metálicas.
Sentido de rotação – verificação da correta conexão dos terminais dos motores elétricos (sem operação dos mesmos);
Calibração / parametrização – ajuste dos parâmetros de operação de componentes como relés e disjuntores
Transformadores – conferência da conformidade entre a polaridade de placa e da polaridade real dos enrolamentos, existência de curto circuitos ou circuitos abertos;
Carga de baterias – verificação das condições de baterias recarregáveis;
Condições mecânicas – verificação do estado dos elementos mecânicos e do funcionamento correto das partes móveis dos componentes.
Procedimento de testes de certificação em malhas de controle e comunicação
Simulação operacional – aplicada a malhas de potência e de controle através da simulação de sinais, para verificação de seu funcionamento conforme especificado.
Testes com injeção de sinal (Blank tests)
• Na fase de Condicionamento, após a montagem e interligação de equipamentos elétricos, todas as malhas de potência, aterramento, controle, intertravamento e comunicações deverão ser testadas através da injeção de sinal ou outra forma que garanta sua continuidade. O conjunto destas atividades é denominado como blank test.
• Estes testes são aplicados conforme planejamento antecipado e após a conclusão das malhas respectivas do sistema a ser testado.
Testes de simulação (Loop Tests) • Após a completação mecânica, ou
seja, somente na fase de Pré‐Operação & Partida, todas as malhas de potência, controle, intertravamento e comunicações deverão ter seu funcionamento simulado, desde as conexões ao processo dos instrumentos e válvulas, incluindo os sistemas de controle e intertravamento, passando pelo sistema supervisório.
• Esta simulação pode ser executada de diversas formas, tais como: simulação de processo, simulação de variáveis, atuação nas válvulas e motores, e simulação dinâmica através de uso de softwares para este fim.
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Certificado de Completação Mecânica – CCM
A Completação Mecânica representa a transição entre as fases de Condicionamento e Pré‐Operação & Partida, sendo caracterizada ao nível de sistema ou subsistema operacional.
Um sistema ou subsistema operacional receberá um Certificado de Completação Mecânica (CCM) quando atendidas no mínimo as seguintes condições:
Todas as ações de Construção e Montagem previstas, incluindo a identificação dos itens comissionáveis (tubulações, equipamentos, instrumentos, etc.) para este sistema ou subsistema operacional terem sido concluídas e certificadas, sem pendências impeditivas ao início da Pré‐Operação & Partida;
Todas as ações de condicionamento previstas para os itens comissionáveis deste sistema ou subsistema terem sido executadas, certificadas e registradas na Ferramenta de Integração & Comissionamento;
Os Registros e Certificados correspondentes às ações acima estarem assinados e arquivados na Pasta de Sistema correspondente;
Os comprovantes de atendimento a requisitos legais estarem disponíveis e arquivados na Pasta de Sistema;
Prontuários referentes a Normas Regulamentadoras aplicáveis estarem concluídos, tais como NR‐10 e NR‐13, inclusive para materiais e equipamentos importados;
Documentação de projeto dos itens comissionáveis proveniente dos fabricantes deste sistema ou subsistema.
A partir da emissão deste Certificado, ações de Construção & Montagem neste sistema ou subsistema só poderão ser executadas mediante prévia autorização da fiscalização incluindo saneamento de pendências não‐impeditivas.
Os componentes sujeitos a testes de certificação devem ser identificados por etiquetas, com data e responsável pela execução dos serviços.
Caso ocorram novas ações de Construção & Montagem que afetem as atividades de Condicionamento já efetuadas, um novo Certificado de Completação Mecânica deverá ser emitido.
Certificados cancelados ou substituídos deverão ser mantidos na Pasta do Sistema, para fins de rastreabilidade.
Os Certificados de Completação Mecânica deverão ser emitidos pela empresa contratada após aplicação de Lista de Verificação (LV) pela fiscalização, sendo que o CCM não poderá ser emitido caso existam pendências impeditivas ao prosseguimento do Processo de Comissionamento.
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3.5 PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA
A Pré‐operação & Partida é o conjunto de atividades efetuadas sobre itens comissionáveis, malhas, SSOP e SOP com o objetivo de avaliar suas condições de funcionamento e de desempenho e permitir a transferência dos SSOP / SOP para a operação.
A PO&P é organizada em torno dos SSOP / SOP e da Rede de Precedência de Partida e se inicia, para cada SSOP, a partir do encerramento formal do condicionamento do mesmo, ou seja, após a emissão do Certificado de Completação Mecânica – CCM.
Quando necessário, o início da Pré‐operação & Partida requer também a emissão da Autorização de Testes Funcionais (ATF), o qual tem como pré‐requisito a existência do CCM do SSOP correspondente assinado. A emissão do ATF consiste em uma autorização para entrada em pré‐operação dos SSOPs em testes que apresentem interfaces críticas com outros SOPs / SSOPs em operação contínua.
As atividades típicas de PO&P incluem:
testes de funcionamento em vazio de equipamentos dinâmicos;
testes de equipamentos elétricos com uso de energia;
testes de funcionamento de malhas;
testes de intertravamento lógico;
testes de desempenho
Os testes de desempenho avaliam as condições operacionais e o atendimento aos parâmetros especificados de desempenho de SSOP e SOP nas condições mais próximas possíveis das normais de operação, sendo consolidados nos Testes de Aceitação de Performance (TAP).
A realização satisfatória dos TAPs de todos os SSOP que compõem um SOP é a primeira condição para que o respectivo Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) seja emitido e assinado, caracterizando o final da atividade de PO&P naquele SOP e sua transferência para a operação.
Para permitir a partida mais rápida do ativo o TTAS é dividido em Provisório (TTAS 1) e Definitivo (TTAS 2), sendo a diferença entre ambos a existência ou não de pendências impeditivas à transferência final do ativo para a operação (pendências impeditivas à operação normal do SOP, constatadas nos TAP, impedem a emissão do TTAS 1).
O conjunto de documentos e informações necessários à execução da fase de Pré‐Operação & Partida, são entre outras:
Certificados de completação mecânica assinados
Autorizações para Teste de Funcionamento (ATF) quando aplicável
Lista de Sistemas Operacionais
Rede de Precedência de Partida
Manuais de Operação e de Manutenção
Cronograma do empreendimento
EAP detalhada
Procedimentos de execução de testes
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Manuais de equipamentos
Sendo o conjunto de resultados desta etapa listada abaixo:
Operadores treinados
Teste de Aceitação de Performance (TAP)
Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS)
Itens de conhecimento para registros de lições aprendidas
Como mencionado anteriormente, as atividades de Pré‐Operação & Partida são executadas sobre itens, malhas, sistemas e subsistemas operacionais (SOP e SSOP).
A PO&P é composta pelo conjunto de atividades executadas com o objetivo de realizar verificações e testes nas condições de funcionamento do SOP, sendo a Partida dos SSOPs caracterizada pela realização dos testes finais de performance (TAP), estendendo‐se até a comprovação do atendimento às especificações de projeto.
A transição para o início e término da etapa de Partida deve ser negociada entre a empresa contratada e a operação, com as condições definidas anteriormente em contrato.
Em função das relações de dependência entre sistemas, as atividades desta fase devem seguir a seqüência definida no cronograma de comissionamento, que tem como referência básica a rede de precedência de subsistemas e sistemas operacionais.
A seguir são descritas atividades típicas a serem desenvolvidas durante esta fase:
Preparação de Equipamentos
Após a emissão e assinatura do CCM para um determinado SSOP, são iniciadas as rotinas e procedimentos necessários para colocar os equipamentos que pertencem ao respectivo SSOP em condição de Testes de Funcionamento.
Quando a preparação implicar na interrupção das atividades de preservação, as atividades e os registros de manutenção deverão ser iniciados.
A preparação compreende, no mínimo, as seguintes atividades:
Retirada da preservação;
Aplicação do plano de raqueteamento;
Instalação / remoção de itens ou acessórios temporários;
Carregamento de consumíveis;
Atendimento ao plano de Controle de Energias.
Uma vez preparados os equipamentos para a execução dos Testes de Funcionamento, deve ser emitido o documento ATF (Autorização Para Testes de Funcionamento), que comunica as partes envolvidas e autoriza o início das atividades em um SSOP e malhas Devido a particularidades do projeto este documento pode ser não aplicável, entretanto a dispensa do mesmo deve estar prevista em cláusula contratual.
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Testes de intertravamento lógico
Os testes de intertravamento lógico são executados para cada SSOP, de modo a assegurar que todos os recursos e dispositivos de intertravamento e segurança estejam em funcionamento adequado, antes da liberação das instalações para a execução dos Testes Funcionais.
Testes funcionais
Testes funcionais consistem nos acionamentos de equipamentos e instalações, alimentados pelas energias definitivas.
Os testes funcionais devem atestar a correta operação das funcionalidades dos itens, conjunto de itens, malhas, sistemas e subsistemas operacionais. Devem fazer parte dos testes funcionais pelo menos:
Atuação dos dispositivos de segurança e controle;
Movimentação em vazio de todos os atuadores mecânicos, hidráulicos e pneumáticos;
Rotação em vazio de motores e demais equipamentos dinâmicos;
Atuação de disjuntores, relés e contatores;
Os testes funcionais devem ser realizados no sistema supervisório, a partir da sala de controle, e somente serão considerados satisfatórios quando todas as funções desse sistema tiverem sido avaliadas com sucesso.
Teste de Aceitação de Performance (TAP)
Os Testes de Aceitação de Performance (TAP) têm como objetivo garantir que o desempenho de cada SSOP seja compatível com as especificações e requisitos de projeto.
A liberação para execução dos Testes de Aceitação de Performance (TAP) requer, ao menos, os seguintes itens:
Registros dos testes funcionais dos componentes do SSOP;
Registro dos testes de intertravamento lógico;
Inexistência de pendências impeditivas.
Estes testes devem ser executados em condições de operação o mais próximo possível das condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando possível.
Os resultados dos TAP devem ser registrados e comparados aos parâmetros de projeto, os quais poderão ser analisados conjuntamente pela fiscalização, pela operação e, quando aplicável, por entidade classificadora / reguladora.
Uma vez concluídos satisfatoriamente os TAP1 (por exemplo, quando da conclusão e aceitação dos testes com fluido seguro) para um determinado SSOP, o usuário final da instalação pode optar por assumir a operação do mesmo para a execução dos TAP subseqüentes (com fluido de processo, por exemplo). Para estes casos, recomenda‐se a utilização do documento Termo de Responsabilidade Operacional (TRO), que transfere a responsabilidade operacional do SSOP, mantendo a responsabilidade técnica com a empresa contratada. A assinatura deste termo, entretanto, não exime a necessidade de assinatura dos Termos de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) após a conclusão de todos os testes aplicáveis ao respectivo SSOPs / SOP.
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Teste de Longa Duração (TLD)
O teste de longa duração de um determinado SOP consiste no acompanhamento do funcionamento em operação normal durante um período pré‐definido contratualmente. Nestes testes é avaliada a ocorrência de falhas relevantes pré‐definidas em documentos contratuais. No caso de ocorrência de falhas relevantes, após a correção das mesmas, o período de duração do teste deve ser reiniciado.
Treinamento de operadores
Os treinamentos para qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção deverão ser previamente definidos no Plano de Treinamento. Os treinamento teóricos deverão ser realizados previamente aos Testes Funcionais e complementados com treinamento prático durante os Testes de Aceitação de Performance.
Para a realização dos treinamentos, a empresa contratada deverá informar o operador previamente, com a antecipação definida em contrato, a programação de testes de forma a permitir ao usuário da instalação contratar ou prover operadores para o evento, bem como serão necessários que os Manuais de Operação & Manutenção dos SOPs / SSOPs em questão estejam prontos e aprovados pela Operação.
3.6. TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Premissas
Durante FEL III do empreendimento, na elaboração dos documentos contratuais para a contração de serviços em FEL IV, a empresa contratante deve determinar uma relação de critérios para transferência e aceitação dos SOPs.
Estes critérios devem levar em consideração alguns dos seguintes aspectos:
Lista preliminar de SOPs, se possível com SSOP;
Rede de Precedência preliminar dos SOPs;
Definição dos critérios para a divisão dos SOPs em SSOPs;
Elaboração de Rede de Precedência preliminar de SSOPs, quando possível;
Definição prévia dos SSOPs que deverão ser previamente operados de modo a permitir a continuidade dos testes, antes mesmo do SOP estar pronto para partida, e conseqüentemente para a operação estável e segura;
Quando ocorrer em um empreendimento já em andamento, sem que as premissas acima tenham sido efetivadas em FEL III do projeto, pode‐se restabelecer o planejamento e execução das atividades e as condições necessárias que possibilitem realinhar o escopo do projeto, e promover a correção do Processo de Comissionamento, visando atender às necessidades de início de operação estável e segura pela operação, e às características construtivas e de testes.
Planejamento
Considerando que um SOP deve ser transferido quando o mesmo estiver operando de forma estável e segura, após ter atingido a performance em todos os testes realizados, deve‐se o planejamento de Pré‐Operação & Partida dos SOPs a partir da rede de precedência preliminar previamente estabelecida.
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A importância do planejamento de Pré‐operação & Partida dos SOPs é grande na medida em que este permite à elaboração dos demais planos necessários tais como:
Plano de Mobilização de Operadores;
Plano de Treinamento dos Operadores;
Plano de Entrega de Manuais de O&M dos SOPs;
Plano de Testes de Aceitação de Performance (TAP).
Estes documentos deverão estar incluídos no Manual do Comissionamento
Fluxo de transferência de sistemas recomendável
A transferência de um SOP consiste na troca de responsabilidades entre a empresa contradata e a contratante (usuário final responsável pela Operação do ativo), a partir da data de assinatura do documento de transferência, as atividades de operação e manutenção passam a ser de total responsabilidade da operação, assim como a guarda dos equipamentos, ferramentas especiais, sobressalentes e documentação técnica.
Todavia, a transferência não exime a empresa contratada, seus fornecedores, subcontratados e terceiros das responsabilidades contratuais e/ou civis.
Figura 5
Sistemática Recomendável para Transferência de SOP
Onde:
CCM = Certificado de Completação Mecânica
ATF = Autorização para Testes de Funcionamento
TAP = Testes de Aceitação de Performance
TTAS = Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas
TLD = Teste de Longa Duração
A assinatura do Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas Definitivo de um dado SOP poderá ser efetuada a partir do momento em que este SOP tiver atendido aos seguintes requisitos:
Testes de Aceitação de Performance, de todos os SSOP pertencentes ao SOP, tenham sidos realizados e aceitos;
Não existam pendências de qualquer natureza atribuídas ao SOP;
Toda a documentação pertinente tenha sido fornecida e atualizada (as‐built);
Todos os sobressalentes contratuais e ferramentas especiais tenham sido transferidos para a operação;
Todos os treinamentos acordados e contratados tenham sido fornecidos.
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O Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) é o documento que formaliza a transferência da responsabilidade sobre um Sistema Operacional e pode ser dividido em duas etapas:
Quando os Testes de Aceitação de Performance (TAP) dos SSOPs de um SOP tiverem sido executados satisfatoriamente, porém existirem pendências não‐impeditivas de qualquer natureza e/ou for previsto um teste de longa duração (TLD), será emitido um Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Provisório (TTAS‐1). O TTAS‐1 deverá conter obrigatoriamente a lista de pendências não‐impeditivas correspondente.
A emissão do TTAS‐1 caracteriza a transmissão da responsabilidade de operação e manutenção para a Operação, mantendo‐se, porém a responsabilidade de solução das pendências com a empresa contratante. A partir da emissão do TTAS‐1, inicia‐se a etapa de Operação Assistida deste SOP.
O Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Definitivo (TTAS‐2) será emitido após a solução de todas as pendências e, quando aplicável, a finalização do teste de longa duração (TLD). O TTAS‐2 não encerra a as atividades de Operação Assistida do SOP.
Recomenda‐se que a transferência de Sistemas Operacionais siga o fluxo conforme descrito na Figura 4 anterior. Porém, existirão casos em que ocorrerá a necessidade de adequação deste processo devido às especificidades de cada empreendimento. Para estes casos, é sugerida a utilização de fluxos de transferência alternativos, conforme item a seguir.
Fluxos de transferência de sistemas alternativos
O objetivo deste item é apresentar alternativas para possibilitar o atendimento às necessidades específicas de cada projeto.
Estes fluxos alternativos são resultado de características técnicas específicas dos projetos, e, portanto conhecidas deste a elaboração do projeto executivo, podendo ser previsto com a antecedência necessária durante a etapa de planejamento, além de ter feito parte da Matriz de Responsabilidades presente no Plano de Transferência da Instalação contido nos documentos contratuais.
A seguir serão apresentadas as possibilidades que podem ser aplicadas, conforme as especificidades de cada empreendimento:
Especificidade 1
Caso o documento ATF não for aplicável ao processo, desde que acordado entre as partes em documento contratual, e com as responsabilidades pela execução dos Testes de Funcionamento esclarecidas na Matriz de Responsabilidades, o fluxo deve ser alterado conforme Figura 5 abaixo.
Figura 6 Caso seja negociado entre as partes que o ATF não será aplicável
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Especificidade 2
Quando houver a necessidade de que os SSOP sejam operados pelo usuário final (Operação) antes da transferência e aceitação completa do SOP através de TTAS, deve ser utilizado o documento Termo de Responsabilidade Operacional (TRO) para o mesmo, de forma a permitir a continuidade dos Testes de Aceitação de Performance dos SSOPs do mesmo ou de outros SOPs.
Este documento transfere a responsabilidade operacional do SSOP, mantendo a responsabilidade técnica e manutenção do SSOP com a empresa contratada. Recomenda‐se a utilização deste documento quando a operação optar por executar TAP2 e/ou TLD com o acompanhamento da empresa contratada. Assim sendo, o fluxo deve ser alterado conforme Figura 7 abaixo.
Figura 7 Caso o TRO seja necessário
Especificidade 3
Caso a Operação opte por assumir a operação & manutenção integral dos SOPs a partir da conclusão satisfatória dos TAP1 (exemplo, após a conclusão dos testes com fluido seguro em todos os SSOPs) e, desde que esta decisão esteja firmada em cláusula do contrato, o fluxo deve ser alterado da seguinte forma:
Figura 8 Caso a Operação opte por assumir integralmente a
responsabilidade pelo SOP após TAP‐1
Neste caso específico, caberá à empresa contratada iniciar a Operação Assistida do SOP mantendo as responsabilidades técnicas e pelo saneamento das pendências não‐impeditivas.
As pendências impeditivas, que porventura surgirem durante a execução do TAP‐2, deverão ser solucionadas conforme as responsabilidades acordadas em contrato. O Termo de Transferência e Aceitação Definitivo (TTAS‐2) só poderá ser assinado quando os requisitos estabelecidos para TAP2 e/ou TLD forem comprovados.
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IMPORTANTE: É permitido a empresa contratada adotar combinações entre as três especificidades
Responsabilidades e composição mínima dos documentos de transferência de SOPs
O Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Provisório (TTAS‐1) é de responsabilidade da empresa contratada, devendo ser assinado após a comprovação dos requisitos de transferência de um SOP estabelecidos no contrato.
O TTAS‐1 deve conter minimamente os seguintes anexos, previamente acordados em contrato:
Lista de Equipamentos – Lista contendo relação dos equipamentos pertencentes ao SOP;
Lista de documentos – Lista contendo relação de:
• Documentos comprobatórios de treinamentos dos operadores;
• Procedimentos e Manuais de O&M do respectivo SOP;
• Relação de consumíveis, sobressalentes e ferramentas especiais pertencentes ao SOP e igualmente transferidos.
Lista de pendências não impeditivas – Lista contendo relação de pendências não‐impeditivas sob responsabilidade da empresa contratada;
Lista de TAPs aprovados – Lista contendo a relação dos TAPs de todos os SSOPs que compõem os SOP aprovados.
O documento deve conter a informação sobre a responsabilidade da empresa contratada no tratamento de todas as pendências contidas na lista anexada ao TTAS‐1, sendo que esta não deverá ser alterada ou sofrer inclusões de novas pendências, exceto nos casos de realização de testes previstos após a emissão do TTAS‐ 1, visando à emissão do TTAS‐2.
Na emissão do Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Definitivo (TTAS‐2), o mesmo será assinado após a solução de todas as pendências de responsabilidade da empresa contratada, listadas no TTAS‐1, e atendido aos demais itens mínimos estabelecidos em prévio e comum acordo no contrato.
A assinatura destes documentos não exime a empresa contratada, seus fornecedores, subcontratados e terceiros de responsabilidades contratuais e/ou civis quanto à garantia funcional e técnica do projeto e sua execução.
Após a realização dos TAPs dos SSOPs que compõem o SOP, e a eventual inexistência de pendências de qualquer natureza e atendimento integral aos demais itens mínimos definidos em contrato, a transferência definitiva do SOP poderá ser feita diretamente através da assinatura dos campos do TTAS‐1 e TTAS‐2 simultaneamente. Apesar de não ocorrer a transferência provisória, todos os demais anexos, excetuando‐se a lista Ed pendências inexistente, deverão estar anexos ao formulário e apresentados.
3.7 OPERAÇÃO ASSISTIDA
A operação assistida é a atividade de apoio da empresa contratada às equipes de operação e manutenção, por especialistas das diversas competências necessárias ao funcionamento por sistemas operacionais e pela instalação, após a transferência, mesmo que provisória (TTAS‐1)
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de um SOP, com o objetivo de assegurar que o início da operação seja a continuação segura da Pré‐Operação & Partida. O encerramento da Operação Assistida de cada SOP ocorre ao término do prazo estabelecido em contrato.
Os dados necessários e documento de entrada nesta etapa são:
Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS)
Rede de Precedência de Partida
Cronograma do empreendimento
EAP detalhada
E o resultado esperado ao término do prazo das atividades de Operação Assistida de cada SOP consiste em um SOP em operação normal.
As qualificações e as condições de nível de serviço devem ser definidas por meio de instrumentos contratuais, de forma a garantir a continuidade operacional do sistema.
Deve‐se registrar que a Operação Assistida inicia‐se após a emissão do TTAS‐1, e portanto, até a emissão do TTAS‐2 a empresa contratada deverá manter distintas as equipes de Operação Assistida, que deve estar à disposição da Operação, e a equipe de solução de pendências.
A conclusão da Operação Assistida marca a conclusão do escopo do Comissionamento.
Orientações adicionais
A empresa contratada deve prestar os serviços de Operação Assistida durante os horários de funcionamento do Sistema Operacional, em três níveis:
Através de atendimento remoto, com a colocação à disposição dos operadores de correio eletrônico e número de telefone específicos para essa finalidade.
Através de atendimento local emergencial, através do comparecimento do especialista à presença dos operadores quando solicitado.
Através de atendimento local programado através da presença do especialista durante a realização de atividades ou operações específicas onde a necessidade de sua participação seja previsível (desde que esta programação seja feita com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas).
3.8 TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÃOES
A Transferência da Instalação é o processo que visa ao encerramento da implementação de empreendimento e compreende a transferência da instalação para o usuário final e da responsabilidade integral e única pela gestão da Instalação, sendo a assinatura do Termo de Transferência de Instalações (TTI) o principal marco do processo.
O processo se inicia após a transferência definitiva do último SOP e a conclusão do prazo de Operação Assistida do mesmo, incluso também o início da desmobilização das equipes envolvidas no projeto, remoção de Infra‐estruturas da instalação, entrega dos documentos contratuais e demais documentação técnica para entrega ao Operador.
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Planejamento da Transferência das Instalações
Compreende a etapa de definição dos requisitos, atribuições e responsabilidades para a transferência da instalação, que devem ser estabelecidos em contrato.
Este planejamento deve abordar, no mínimo, os seguintes assuntos:
Rede de Precedência Preliminar de Sistemas Operacionais (SOP);
Critérios para aceitação de TAF (Testes de Aceitação no Fornecedor);
Treinamento das Equipes de Operação e Manutenção;
Critérios de aceitação de Testes de Performance a serem adotados;
Requisitos e prazos com relação à etapa de Operação Assistida pela empresa contratada;
Transferência de sobressalentes e ferramentas especiais e utilização de consumíveis de processo;
Definição das responsabilidades para transferência de dados para o Sistema de Gestão de Manutenção da Operação;
Requisitos para transferência da documentação técnica e legal;
Requisitos para assistência técnica e manutenção da unidade após a Transferência das Instalações.
Preparação para Transferência das Instalações
Quando todos os Sistemas Operacionais tiverem sido transferidos, ou seja, todos os TTAS‐2 assinados, e a Operação Assistida estiver concluída, a empresa contratada deve se preparar para a conclusão do processo de transferência das instalações executando atividades como, por exemplo:
Desmontagem e remoção de estruturas temporárias da obra como andaimes, tapumes, contêineres, embalagens, alojamentos, etc., ou o gerenciamento destas atividades quando a execução for de responsabilidade da empresa contratada. As instalações também devem estar limpas, organizadas e prontas para o trabalho normal da Operação;
Identificação e tratamento dos passivos ambientais;
Substituição da sistemática utilizada para o Controle de Energias;
Formatação da documentação técnica e legal para a entrega, atendendo aos requisitos estabelecidos no Plano de Documentação;
Preparação para desmobilização das equipes envolvidas no projeto;
Verificar se os dados sobre itens comissionáveis foram transferidos para o Sistema de Gestão de Manutenção da Operação durante a transferência dos SOPs.
Conclusão da Transferência das Instalações
A conclusão da Transferência das Instalações é a etapa que se caracteriza pela formalização da aceitação das instalações pela empresa contratante, formalizado pela aceitação formal da instalação através do Termo de Transferência da Instalação (TTI), que deverá ser assinado pelas partes envolvidas.
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Processo de Transferência da Documentação Técnica e Legal
Quando aplicável, os requisitos para transferência da documentação devem estar contidos no Plano de Documentação do empreendimento.
Nos eventos de Transferência dos Sistemas Operacionais, devem ser transferidos os documentos de projeto como, por exemplo, “as‐built”, “data‐books”, registros de Não‐Conformidades, etc.
Os Manuais de Operação e Manutenção dos Sistemas deve estar entregues ao operador desde antes do início da etapa da Pré‐Operação & Partida dos mesmos.
Documentos não transferidos
Recomenda‐se às empresas contratadas, responsáveis pela Construção e Montagem de um ativo / instalação, manter, por um período de 5 (cinco) anos a partir da data de emissão do Termo de Transferência da Instalação, todos os registros da qualidade gerados durante a Obra e não transferidos.
3.9 GESTÃO DO CONTROLE DE ENERGIAS
Definição
Gestão do Controle de Energias deve ser adotada nos empreendimentos e visa garantir a segurança entre a instalação existente em operação e os novos sistemas e subsistemas operacionais que serão interligados a esta ao longo dos trabalhos de construção e montagem, através do travamento mecânicos e/ou elétricos.
Este travamento deverá ser efetuado por meio de dispositivo mecânico apropriado para garantir o isolamento das energias (correntes, multibloqueios, cadeados, raquetes, flanges cegos, figura 8, trava disjuntor, etc.). As chaves dos cadeados e/ou travas utilizados neste bloqueio, deverão ser guardados em local adequado que será trancado por um cadeado sob a responsabilidade da empresa contratante definida em contrato de serviços. Além do dispositivo de travamento, uma etiqueta padronizada deverá ser utilizada para fornecer dados sobre o travamento.
A empresa contratada deverá elaborar matrizes de travamento e de Gestão do Controle de Energias de acordo com padrão estabelecido em contrato e prover de um banco de dados específico para o Controle de Energias.
Todo o processo deve estar bem detalhado em uma Análise Preliminar de Riscos – APR, que deve ser elaborada antes do início das atividades e de preferência em conjunto com as matrizes de travamento e de gestão de controle de energias.
Este controle deverá ser aplicado em todos os pontos onde ocorrerão novas interligações mecânicas ou elétricas, aos sistemas já em operação ou que poderão antecipadamente serem acionados e só poderá ser removido quando a gestão do controle de energia da instalação, for transferido para o usuário final, responsável pela operação.
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Os colaboradores envolvidos diretamente na execução de novas interligações nos empreendimentos deverão utilizar seu cadeado individual de travamento, como dispositivo mecânico de isolamento de energia pessoal.
Todo o material necessário para efetuar a Gestão de Energias deverá ser fornecido pela empresa contratada, por tanto deverá constar como item contratual.
Plano de Gestão do Controle de Energias
O plano deverá ser elaborado pela empresa contratada especificando os objetivos e os resultados esperados, além do nível de autoridade, responsáveis, métodos e meios necessários para o isolamento e controle das fontes de energia, etc. Este plano deve ser aprovado pela empresa contratante e deverá conter no mínimo o seguinte:
Todas as etapas necessárias para a parada ou intervenção, isolamento e bloqueio de um equipamento ou sistema com fins de assegurar o controle das fontes de energia;
Todas as etapas necessárias para a colocação, e remoção de dispositivos de travamento (cadeados, raquetes, figura 8, travas, correntes, etc.);
Exigências específicas para testes de verificação da eficácia dos dispositivos de bloqueio, identificação, aviso e de outras medidas de controle de energia;
A indicação de um local específico para guarda das etiquetas, cadeados, correntes, pinos, cintas e outros dispositivos capazes de bloquear máquinas e equipamentos de fontes de energia, com a finalidade de mantê‐los disponíveis e em condições adequadas de uso;
Todas as intervenções e isolamentos deverão ser planejadas e analisadas através da APR, com a participação da das partes envolvidas no contrato e as áreas de QSMS, utilizando‐se projetos, esquemas e diagramas atualizados e outros documentos que se façam necessário. Na APR além das medidas mitigadoras dos riscos, devem estar bem definidos e detalhados todos os equipamentos de proteção individual – EPI, necessários para a realização segura das atividades;
Deverão ser identificados todos os pontos que serão bloqueados e quais os tipos de bloqueio que serão utilizados.
Processo para a Gestão de Controle Energias
Treinamento e Comunicação
Deve existir um processo de comunicação e treinamento que garanta que os objetivos e propósitos do Controle de Fontes de Energias sejam entendidos pelos empregados que atuarão direta ou indiretamente aos trabalhos e que eles tenham os conhecimentos necessários para aplicação dos procedimentos.
Todo responsável pelo isolamento deve receber treinamento no reconhecimento das fontes de energias, o tipo e magnitude das fontes de energias existentes em seu local de trabalho, os métodos e meios necessários para o isolamento e controle das fontes de energias.
Todo empregado executante deve receber treinamento a respeito do Controle de Fontes de Energias.
Todos os demais empregados cujo trabalho seja realizado na área onde os procedimentos estabelecidos pelo Programa de Controle de Fontes de Energias são
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empregados devem receber informação a respeito do Controle de Fontes de Energias e a respeito da proibição de energizar máquinas ou equipamentos que estejam isolados ou etiquetados.
Matrizes de Isolamento
A elaboração das Matrizes de Isolamento e Bloqueio é de responsabilidade da gerência de C&M a que pertence o equipamento ou sistema. As matrizes devem ser previamente elaboradas por empregados treinados. A matriz de isolamento é utilizada para orientar o isolamento, bloqueio e aviso dos equipamentos ou sistemas nos quais é necessário realizar intervenções.
Uma Matriz de Isolamento deve ser específica para o objetivo (serviço) nela descrito, e restrita a um único equipamento ou sistema, perfeitamente identificado e delimitado.
Antes de ser utilizada, a matriz de isolamento deve ser analisada quanto a sua atualização e existência de modificações (mudanças) realizadas no equipamento ou sistema.
Deve verificar a eficiência com que a energia foi isolada depois de concluído o isolamento e bloqueio das fontes de energias pelo empregado autorizador responsável.
Dispositivos de isolamento de energia
Os dispositivos mecânicos de isolamento de energia e dispositivos de manobras são utilizados para isolar as energias dos equipamentos ou sistemas.
Cada dispositivo de isolamento deve receber um dispositivo de bloqueio. O uso desses dispositivos garante que os dispositivos mecânicos de isolamento de energia e de manobra não sejam movimentados acidentalmente. Tais dispositivos devem ser instalados juntamente com suas respectivas etiquetas.
Alguns dispositivos de isolamento não possuem recursos para instalação de dispositivos de bloqueio. Nestes casos, podem ser instalados lacres metálicos, juntamente com sua respectiva etiqueta.
Nota 1: Quando se utilizar raquetes, figura 8 e flange cego, não é necessária a instalação de cadeado e corrente.
Nota 2: As exceções serão definidas após Análise de Riscos com equipe multidisciplinar e com a aprovação do gestor da atividade onde devem ficar definidas ações que ofereçam o mesmo grau de segurança que os dispositivos de isolamentos.
Etiqueta de Advertência
Etiquetas de advertência devem ser instaladas em todos os pontos de bloqueio e/ou isolamento, sendo o modelo da etiqueta ser definido em procedimento específico.
Remoção de Bloqueios e Isolamentos
Antes da remoção dos dispositivos de bloqueio, a área de trabalho deve ser inspecionada por responsável pelo isolamento e todos envolvidos diretamente ao bloqueio devem ser informados.
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A remoção dos dispositivos de bloqueio, aviso e isolamento, deve ser realizada apenas pelo empregado responsável ou autorizado e os dispositivos mecânicos de isolamento serão removidos pelo empregado executante.
Violação (remoção)
A violação do cadeado só poderá ser realizada após autorização do gestor do empreendimento ou responsável designado. Fora do horário administrativo o coordenador responsável pelo turno poderá autorizar a violação, mediante acompanhamento desta, comunicando formalmente ao gestor ou responsável designado.
Responsabilidades
Ocorre a transferência de responsabilidade para o caso de bloqueios temporários, o nde o responsável pelo isolamento ao concluir sua jornada, transfere a responsabilidade pelas chaves, bem como todas as atividades pertinentes ao controle de energias em uso, ao seu substituto correspondente, documentando este ato através de relatório.
São de responsabilidade dos gerentes de C&M as seguintes ações:
Designar os empregados revisores de sua gerência
Autorizar a remoção de cadeado de bloqueio em caso de perda ou extravio da chave.
Recomendações
Recomendações de bloqueio
Notificar pessoal afetado;
Bloqueio (desligamento) apropriado do equipamento;
Isolar todas as fontes de energia;
Aplicar os dispositivos de bloqueio e etiquetas de bloqueio;
Checar novamente todos os bloqueios das fontes de energia
Recomendações para remoção de bloqueios das fontes de energia
Assegurar que todas as ferramentas e itens tenham sido removidos;
Confirmar que todos os empregados estejam em local seguro;
Verificar se os controles estão neutros;
Remover os dispositivos de bloqueio/isolamento e reenergizar o equipamento;
Notificar todos os empregados afetados que os serviços foram completados.
Importância da Gestão e Controle de Energias para o Processo de Comissionamento
Considerando que o Processo de Comissionamento visa a transferência de uma instalação de forma ordenada e segura da empresa construtora para a operação, atendendo aos requisitos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações, dentro do prazo contratual e sem pendências, a Gestão e Controle de Energias tem papel fundamental, pois a prevenção de ocorrências, acidentes e falhas
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poderão impactar significativamente os objetivos do processo e interferir na operabilidade da instalação.
3.10 PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO CAPÍTULO Contribuir para que a documentação contratual contenha definições claras de responsabilidade sobre as condições de operabilidade do ativo e sobre a transferência das instalações;
Contribuir para que o projeto básico do ativo inclua a visão operacional e de partida das instalações;
Contribuir para que o planejamento de implantação do empreendimento incorpore uma estratégia bem definida de partida e de transferência do ativo;
Contribuir para que as subcontratações realizadas incorporem requisitos consistentes com a estratégia definida no planejamento e com as diretrizes estabelecidas;
Utilizar as diretrizes contidas no anexo contratual de comissionamento;
Contribuir para que o projeto executivo do ativo aprofunde e dê continuidade aos aspectos de comissionamento presentes no projeto básico, e produza as informações necessárias ao processo em tempo hábil e na qualidade desejada;
Assegurar que as empresas contratadas e que tenham envolvimento com o processo de comissionamento sejam capacitadas para tal, dentro das diretrizes estabelecidas;
Assegurar a capacitação do pessoal‐chave envolvido no comissionamento do ativo;
Assegurar que a organização de trabalho seja adequada à realização do processo de comissionamento;
Elaborar, durante o planejamento, os procedimentos de atividades de campo de comissionamento para que sejam executados e registrados nas demais etapas do processo;
Contribuir e incentivar a participação do usuário final (responsável pela operação) em todas as fases do processo de comissionamento, particularmente na Pré‐Operação & Partida;
Contribuir para que as interfaces externas ao ativo e que sejam necessárias ao seu funcionamento estejam disponíveis em tempo hábil;
Transferir o ativo ao operador conforme contratado e respeitando as diretrizes contratuais estabelecidas;
Assegurar a rastreabilidade dos documentos do processo de comissionamento;
Respeitar a rede de precedência de SOP e SSOP;
Atuar como processo integrador da implementação de empreendimentos, colaborando com a consistência entre os planejamentos dos demais processos;
Coordenar o controle de energias perigosas em conjunto com o operador;
Utilizar as ferramentas AST – Análise de Segurança da Tarefa e/ou APR – Análise Preliminar de Riscos para execução de tarefas no campo;
Atuar na gestão de pendências;
Apoiar a operação, visando à estabilidade e a segurança da subida em produção da instalação.
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Capítulo 4 – FERRAMENTAS OU SISTEMAS DE GESTÃO DO PROCESSO
O objetivo de uma ferramenta ou sistema de gestão do processo de comissionamento é acompanhar e registrar as atividades, fornecendo meios para monitorar e extrair informações para decisões gerenciais, atendendo os requisitos técnicos exigidos pelas boas práticas de mercado e procedimentos estabelecidos em contratos para execução das atividades de comissionamento de uma instalação.
Resumidamente:
“O objetivo central de qualquer ferramenta ou sistema de gestão do processo de comissionamento é falar a mesma língua, trabalhando da mesma forma,
garantindo a qualidade dos empreendimentos e agindo de forma proativa.”
Falando a mesma língua tudo fica mais fácil e transparente para as partes envolvidas no processo, minimizando as possíveis irregularidades, através da transparência no processo de Comissionamento e da facilidade de utilização da ferramenta em todos os projetos.
Ao trabalhar da mesma forma as informações tornam‐se padronizadas, fazendo com que todos consigam analisar os dados da mesma forma, entendendo o projeto da mesma maneira.
O ganho é comum para a todos, já que dessa forma será possível executar os projetos de forma similar e com o mesmo tipo de documentação, gerando maior agilidade no controle das obras.
Aplicando uma ferramenta ou sistema integrado de gestão para a condução do Processo de Comissionamento, assegura‐se que a rastreabilidade com uma maior qualidade na entrega dos empreendimentos.
Trata‐se da execução do processo de forma diferente, buscando gerir pela qualidade, com melhoria contínua na compilação das lições aprendidas.
Ao seguir o processo e utilizar de forma adequada qualquer ferramenta, as ações de trabalhar ficam mais proativas, podendo agir com base nas informações recebidas.
As principais características exigidas em um sistema de gestão para o processo de comissionamento são:
Ser amigável e acessível à todos os usuários envolvidos nas atividades de C&M e Comissionamento das instalações;
Atuar em ambiente web, com acesso via internet, permitindo aplicação durante testes em fornecedores e sites de construções diferentes;
Permitir o controle de acesso, por usuário, projeto e contratos;
Perfis de acesso diferenciados dependendo das atribuições e funções de cada usuário dentro do processo de comissionamento;
Ser “multi‐projetos”, ou seja, permitir aos gestores acesso simultâneo nos projetos que o mesmo tiver acesso
Possibilitar a carga de dados, independente das ferramentas fonte, de forma direta e sem interfaces intermediárias;
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Permitir ampla rastreabilidade das informações e auditorias de processos;
Ser acessível e permitir diversas interfaces;
Permitir o controle de todas as fases do processo de comissionamento.
Permitir o cadastro e o planejamento de todas as atividades de comissionamento, organizadas por item, disciplina e sistema;
Permitir o registro e a certificação dos resultados de todas as atividades;
Emitir relatórios de acompanhamento organizados por item, disciplina, sistema, etc.;
Ser compatível com sistemas de gestão de manutenção, de modo a permitir a transferência simples de dados;
Permitir a operação remota no campo, através de equipamentos tipo PDA.
Atualmente são muitas as opções de sistemas e ferramentas de controle do processo de comissionamento disponíveis. Estas opções variam conforme o entendimento de cada fabricante de software e/ou da empresa desenvolvedora a respeito do processo, sendo as opções de mercado conhecidas, entre outras:
SGCweb – PETROBRAS
FIC – Ferramenta de Integração & Comissionamento – PETROBRAS
HMS – Handover Management System – Forship Engenharia
SIGCOM – Sistema de Gestão do Comissionamento – Technotag
WinPCS – Windows Project Completion, Certification Tracking System
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SLIDES DE AULA
Engenharia de Equipamentos Onshore e Offshore e Engenharia de Inspeção e Manutenção da Indústria do Petróleo
PROCESSO DE COMISSIONAMENTO EM INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
Professor: Engº Alexandre GuimarãesTurma 02 / 2012
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OBJETIVO E RESULTADOS ESPERADOS
OBJETIVO
Apresentar os conceitos principais da área de conhecimento Comissionamento e sua aplicação em empreendimentos industriais.
RESULTADOS ESPERADOS
Os participantes passam a dispor de uma ferramenta eficaz para assegurar a transferência ordenada e segura das instalações industriais a seus operadores,
dentro das especificações estabelecidas.
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PORQUE COMISSIONAR UMA INSTALAÇÃO ?
1. Comissionamento ou Condicionamento ?
2. Quando começa um empreendimento ?
3. Quando termina ?
4. E o Comissionamento ? Quando começa e quando termina ?
5. Necessita de planejamento ?
6. Conhece empreendimento que terminou no prazo ?
7. E no custo previsto ?
8. Encerra sem pendências ?
9. Termina no prazo a qualquer custo ?
10. Entrega-se uma obra ou um ativo operacional ?
RESPOSTA:Garantir que o projeto vai:• Atender ao ESCOPO,• dentro do PRAZO,• no CUSTO previsto,• e estará OPERACIONAL conforme desejado.
DÚVIDAS ???
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PORQUE COMISSIONAR UMA INSTALAÇÃO ?
Ele está operando ou
está operacional ?
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REFLEXÃO
“Ao homem que não sabe aonde vai, nenhum caminho lhe convém.”
Lucius Anneus Sêneca
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REFLEXÃO
e agora ?
para onde eu vou ?
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REFLEXÃO
“É importante ter metas, mas também é
fundamental planejar cuidadosamente
cada passo para atingi-las.”
Bernardinho
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REFLEXÃO
Parece sempre faltar tempo para fazer certo da
primeira vez e sobrar para corrigir depois.
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REFLEXÃO
INFLUÊNCIA X GASTOS
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UM PEQUENO ACIDENTE
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OUTRO PEQUENO ERRO !!!!
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ESTE RESULTADO FOI EM XANGAI…
Teste pneumático em planta de GNL
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ONDE TUDO COMEÇA ????
PLANEJAMENTOCONHECIMENTOINFORMAÇÃO
Dica Importante !!!!“Quando você achar que já planejou bastante....
Planeje um pouco mais.”
PREPARO DOLOCAL
FUNDAÇÕES
ESTRUTURA INSTALAÇÕES
PAREDES TETOS
ACABAMENTOS
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CONCEITOS
MÉTODO – do grego methodos, “caminho para chegar a um fim”
METODOLOGIA – do grego methodos + logos, “o estudo ou conhecimento do caminho”
COMISSIONAMENTO – tradução livre do inglês commissioning, do latim committere (confiar), através de commissus e commission, (cargo ou missão de confiança); por extensão, “ato de atribuir tal cargo ou missão”; na terminologia naval, “ato de entregar um navio ao serviço ativo”
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CONCEITOS
METODOLOGIA DE COMISSIONAMENTO
“O conhecimento do caminho para entregaruma instalação ao serviço ativo.”
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CONCEITOS
É prepará-lo para a sua missão, assegurando que todos os seus equipamentos estão operacionais e que todo o necessário para a viagem está disponível a bordo antes da partida.
Fonte: (Haasl, T., and K. Heinemeier. 2006. "California Commissioning Guide: New Buildings”
Comissionar um navio....
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CONCEITOS
Preparação do navio Provas de Cais e Mar
Obras simples Empreendimentos complexos
Migração de conceitos
“O conhecimento do caminho para entregaruma instalação ao serviço ativo.”
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CONCEITOS
Comissionar éuma relação de
CONFIANÇA
Quem disse que a bomba de esgoto foi
testada ?@#&!
As atividades de Comissionamento são SEMPRE REGISTRADAS.
Atividades realizadas e não registradas, são atividades NÃO REALIZADAS.
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CONCEITOS
Importância Percebida
• A Completação Mecânica não é o objetivo do projeto.
• O sucesso do projeto é a Operação Comercial.
• A Operação Comercial requer uma Partida planejada e bem sucedida.
• Para um projeto de sucesso, deve-se planejar para uma partida bem sucedida.
Fonte: Adaptado de “Planning for Start-Up”, Construction Industry Institute (CII)
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CONCEITOS
“Consistentemente a análise de custo mostra que é durante o
comissionamento que o potencial de perdas se manifestará.
Esta é a fase onde as falhas de projeto e os erros de construção
aparecerão (...). Este fato deveria ser o alerta para qualquer
equipe de gestão, que em termos de administração, tenha a
certeza que o foco no processo de comissionamento deve ser
dado desde o primeiro dia do projeto.”
Fonte: “Commissioning of Offshore Oil and Gas Projects”, Trond Bendiksen e Geoff Young
A Visão Atual
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CONCEITOS
1. Assegurar uma partida rápida e eficiente para produção da planta;
2. Validar que a equipe de construção instalou de acordo com as especificações;
3. Assegurar que 100% dos testes mecânicos, elétricos e automatização foram feitos antes da partida;
4. Esclarecer as responsabilidades sobre as atividades da equipe antes da transferência;
5. Demonstrar e documentar que todos os Sistemas estão operacionais;
6. Ajustar ou modificar equipamentos para uma melhor operabilidade e manutenção;
7. Ser a ligação entre o término da fase de construção e o início da operação;
8. Registrar completamente todos os documentos de transferência;
9. Assegurar que a equipe de operação recebeu o treinamento apropriado durante o período do projeto.
Fonte: Adaptado de Ross Francis, The End of the Beginning
A Missão do Comissionamento
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CONCEITOS
O Método do Comissionamento
Hierarquia de Sistemas
VisãoOperacional
Avanço Progressivo Ascendente
A instalação deve OPERAR de forma integrada, estável e segura.
A instalação é um conjunto de SISTEMAS OPERACIONAIS que executam
o processo desejado segundo uma lógica definida.
O comissionamento se inicia ao nível de componentes, e segue uma
SEQÜÊNCIA LÓGICA na direção de Subsistemas, Sistemas e Instalação.
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CONCEITOS
Comissionamento Construção & Montagem
Hierarquia de Sistemas
Visão Operacional
Avanço Progressivo Ascendente
Visão de Obra
Hierarquia de Disciplinas
Avanço Progressivo por Áreas
O Comissionamento atua na obra como elo entre a C&M e a Operação
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CONCEITOS
TESTES
Projeto de Engenharia
Suprimentos
Fabricação, Construção e Montagem
Comissionamento
Início tardio e com pouco planejamento
Processo isolado
Conhecimento tácito e empírico
Início adiantado com ênfase em planejamento
Processo integrador
Conhecimento estruturado
Operação
“Uma obra não é entregue, abandona-se”
A Prática Convencional do Mercado
A instalação é entregue plenamente operacional
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CONCEITOS
Enquanto isso...
Quanto tempo leva para construir um prédio de
15 andares?
Na China, seis dias. As fundações já estavam
feitas, mas o prédio fica em pé em menos de 48
horas. O resto do tempo foi usado para finalizar a
obra.
E os responsáveis pelo feito garantem que o
edifício é confortável, ambientalmente correto e,
claro, seguro. Ele tem nível 9 de segurança contra
terremotos, paredes a prova de som, com
isolamento térmico, a iluminação é toda de LED e
há um sistema que garante a circulação do ar, com
três níveis de purificação. O lixo produzido na obra?
Apenas 1% de tudo que foi usado. Os materiais são
quase todos pré-fabricados.
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Geração da idéia Portão
1Portão
2Portão
3 Partida
Encerramento do Empreendimento
FEL IIdentificação
da Oportunidade
FEL IIProjeto
Conceitual
FEL IIIProjeto Básico
FEL IVExecução
FEL VEncerramento
Ciclo de vida do empreendimento
Aprovação do EVTEA
Fase I
Aprovação do EVTEA Conceitual
Aprovação do EVTEA
Básico
Transferência das Instalações
Configuração do Ativo para Operabilidade
COMISSIONAMENTO
Operação Comercial
METODOLOGIA FEL – FRONT END LOADING
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OBJETIVO E RESULTADOS ESPERADOS
Definição:
O processo de comissionamento consiste de um conjunto estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades aplicáveis de forma integrada e seqüenciada em uma instalação, visando torná-la operacional, dentro dos seus requisitos de desempenho do projeto.
Objetivo:
O objetivo central do comissionamento é assegurar a transferência da instalação do construtor para o operador de forma rápida, ordenada e segura, certificando sua operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações.
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MACROFLUXO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO
Processo de Comissionamento
Preservação
Planejamento e Gestão do Processo
Fabricação, Construção e Montagem
Suprimentos
Projeto
Assi
st. T
éc.
Enge
nhar
ia
Tratamento de Pendências
Assistência Técnica de Fornecedores
Con
trat
ação
Pré-Operação
Operação Assistida
Condicionamento
Dire
triz
es C
ontr
atua
is
& Partida Operação
Manutenção
Garantias
Gestão do Controle de Energias
Certificação de Operabilidade
TTI
TAF
Testes de CertificaçãoPreenchimento do Campo III e IV das FVIs
Completação Mecânica
Participação do Cliente
CCM de SSOPs ATF -
Transferência
Testes FuncionaisFVMs e Campo V das FVIs
Manual do Comissionamento
Transferência de SOPs
Manuais de O&M
Testes de Funcionamento- Teste de Aceitação de Performance (TAP)
TTAS 1 TTAS 2Treinamento
dos Operadores
Disponível para SAP/PM
Campo
Com
entá
rios
sobr
e o
Proj
eto
Com
entá
rios
sobr
e os
Ite
ns C
rític
os
Com
entá
rios
sobr
e C&
M
Registros na Ferramenta ou Sistema de Gestão do Comissionamento
Acompanhamento do Cliente
Inspeção de Recebimento de
Itens em Canteiro
Documentação do Processo Entrega de Data Books
Engenharia de Comissionamento
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DEFINIÇÃO COMPLEMENTAR
OPERABILIDADEÉ a medida da qualidade da operação de uma instalação industrial, através do
atendimento à seus requisitos de desempenho especificados enquanto funcionando de forma estável e confiável.
1. Todos os sistemas estão entregues ao operador, livres de pendências;
2. A documentação necessária à operação e à manutenção está atualizada e disponível para o usuário;
3. As equipes de operação e manutenção estão treinadas;
4. As dotações de consumíveis, sobressalentes e ferramentas estão aprovisionadas;
5. As estruturas temporárias de obra foram retiradas, as instalações estão prontas para o trabalho normal e o controle de energias está entregue ao operador;
6. O sistema de gestão de manutenção está operacional e disponível;
7. As interfaces externas ao processo industrial estão operacionais;
8. A unidade está conforme a todas as normas e regulamentos aplicáveis e possui todas as licenças e contratos necessários.
Condições da Operabilidade:
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O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA…
Perfil do profissional de campo para a execução das atividades de Comissionamento ao longo do projeto
Condicionamento Pré-Operação & Partida
Disciplinas
Sistemas Operacionais
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O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA…
O Perfil da Fiscalização
FRASE DO DIA:
“A FISCALIZAÇÃO DEVE IMPEDIR QUE ATRASOS NÃO OCORRAM.”
Autor: Melhor não falar
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O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA…
Missão:
Foco:
Abordagem:
Atuação:
Assegurar que as condições da Operabilidade sejam atingidas
Nos resultados, “fiscalizando” os meios
Ênfase na orientação e na prevenção
• Ações preventivas sobre o planejamento, a organização e a qualificação
• Ações corretivas sobre o progresso e a qualidade dos resultados
O Perfil da Fiscalização
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HIERARQUIA DOS PROJETOS
TAGs – Itens comissionáveis
SSOPs – Subsistemas Operacionais
SOPs – Sistemas Operacionais
Empreendimento
UIE – Unidade de Implementação de Empreendimento
Instalação
Contratos
ATIVID
AD
ES D
EC
OM
ISSION
AM
ENTOFVI / FVM
CCM / TAP
TTAS
TTI
PRESERVAÇÃO
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SOP – SISTEMA OPERACIONAL
Conjunto de itens comissionáveis e malhas capaz de realizar uma etapa de um processo industrial.
FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE HIDROGÊNIO
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SSOP – SUBSISTEMA OPERACIONAL
Sub conjunto de um sistema operacional capaz de realizar parte do processo.
FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE HIDROGÊNIO
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TAG e ITEM COMISSIONÁVEL
TAG é a posição identificada do item comissionável no projetoItem comissionável é o equipamento físico especificado no projeto e alocado na obra
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TAG e ITEM COMISSIONÁVEL
Quais dos itens abaixo são comissionáveis? Por que?
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TAG e ITEM COMISSIONÁVEL
Componente Item comissionável? Porque?
Motor elétrico SIM – transfere energia ao processo
Tubulação SIM – spool montado; NÃO – parque de tubos
Disjuntor SIM – controla o fluxo de energia elétrica
Sensor de temperatura SIM – controla uma variável em um ponto do processo
Software SIM – controla a seqüência de ações do processo
Cabos elétricos SIM – cabo instalado; NÃO – bobinas de cabos
Prédio NÃO – é um sistema operacional
Aço NÃO – é matéria prima
Skid NÃO – é uma sub-montagem de itens comissionáveis
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TAG e ITEM COMISSIONÁVEL
Lista de equipamentos ou itens
Itens críticos Itens não críticos
• Alta complexidade
• Exclusivo ou nova tecnologia
• Longo prazo de entrega
• Alto custo
• Logística complexa para entrega
• Número restrito de itens
• 100% de fiscalização de preservação
• Baixa complexidade
• largamente disponível no mercado
• Entrega imediata
• Baixo custo
• Encontrado no mercado nacional
• Grande número de itens
• Fiscalização de preservação por amostragem
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PRESERVAÇÃO
PREOCUPAÇÃO GERAL
ATÉ:
DESDE:
$$$ !!
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PRESERVAÇÃO
Conjunto de ações realizadas com o objetivo de manter os itens comissionáveis nas condições em que foram liberados
por seus fabricantes até a transferência para o cliente.
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PRESERVAÇÃO – ROTINAS
Almoxarifado
Campo
Operação
Aplicadas durante o período em que o item permanece no canteiro em local abrigado, fora das atividades de construção & montagem
Aplicadas a partir do momento em que o item é transferido do local de armazenagem para o de montagem, sendo mantidas até o início dos testes de funcionamento
Rotinas especiais aplicáveis a itens que devam ser mantidos em espera por períodos longos e (possivelmente) em condições desfavoráveis
Transporte
Hibernação
Aplicadas no trajeto entre as instalações do fornecedor e o canteiro de obra.
Aplicadas durante o período de pré-operação & partida
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PRESERVAÇÃO DE TRANSPORTE
Elaboração do procedimento de
preservaçãoInspeção de Recebimento
Fluxo típico para uma entrega
Liberação do procedimento
Aplicação do procedimento
Liberação para transporte
transporte
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PRESERVAÇÃO DE TRANSPORTE
Procedimento
Elaborado pelo fabricante ou respeitando suas recomendações;
Comentado pelo transportador ou pelo fabricante, conforme o caso;
Leva em conta os planos de embarque e de manobra de pesos (“rigging”);
Adequado às condições esperadas de transporte (modal, trajetos, clima, inspeções em trânsito);
Leva em conta eventuais necessidades de hibernação do material (local e prazo previstos para esta condição).
A correta execução deste procedimento é pré-condição para a liberação do transporte
Atenção
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PRESERVAÇÃO DE CANTEIRO
Elaboração dos procedimentos de preservação de
canteiro
Inspeção de Recebimento
Fluxo típico para um item comissionável
Liberação do procedimento de
almoxarifado
Completação Mecânica
Início de aplicação do
procedimento de almoxarifado
armazenagem, montagem,
condicionamento
Operação
pré-operação & partida
Início de aplicação do
procedimento de operação
Aplicação do procedimento de
campo
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PRESERVAÇÃO DE CANTEIRO
Procedimento
Elaborado pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as recomendações do fabricante;
Comentado pela Contratante ou pelo comissionador, conforme o caso;
Identifica as rotinas de preservação aplicáveis a cada família de itens comissionáveis, e as respectivas freqüências de aplicação;
Define os materiais de preservação a serem utilizados;
Define a forma de identificação física dos itens preservados (etiquetas) e de registro no campo da execução das rotinas.
A correta execução destes procedimentos é pré-condição para a emissão do Certificado de Completação Mecânica e para a transferência de um SOP
Atenção
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PERFIL DA EQUIPE DE PRESERVAÇÃO DO CANTEIRO
Coordenador – técnico sênior com experiência mínima de cinco anos em Preservação; formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação; experiência em planejamento & controle.
Supervisores – técnicos plenos com pelo menos três anos de experiência em Preservação; formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação; se possível, organizar a equipe com um de cada especialidade.
Técnicos – formação em Mecânica, Eletricidade e Instrumentação.
Ajudantes – carpinteiros, lubrificadores e auxiliares de serviços gerais
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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DE PRESERVAÇÃO
Tipos de contrato
Formação do preço Medição Vantagens Inconvenientes
Preço unitário Tarifas horárias ou por atividade
RDO endossado pelo fiscal
Flexibilidade em quantidade e tempo
Dificuldade de medição e de controle
da qualidade
Preço fechado Valor fixo para um dado escopo
Parcelas mensais fixas
Transferência do risco e facilidade de
medição
Controle da qualidade e ajustes de escopo
Preço fechado Valor fixo para um dado escopo
Parcelas mensais variáveis em
função de auditorias
Transferência do risco, facilidade de medição e controle
da qualidade
Ajustes de escopo
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Considerando que a preservação não é uma atividade acumulativa, ou seja, o dano causado
em um equipamento pela não realização de uma rotina, ou uma execução mal realizada, esta
não é recuperada com a execução programada a seguir. Portanto, recomenda-se:
Definir em contrato uma pontuação para a qualidade da preservação;Conforme pontuação recebida, aplicar o valor em uma tabela para valores de medições.
Exemplo:
1. Troca de etiquetas dos equipamentos preservados = 0 à 2 pontos2. Qualidade da preservação realizada = 0 à 8 pontos3. Calcula-se a média da pontuação obtida no período de medição pela fiscalização4. Aplica-se sobre o valor fixo mensal da verba de preservação os resultados da tabela.
De 10 à 8 pontos 100% do valor mensal
De 8 à 6 pontos 80% do valor mensal
De 6 à 4 pontos 60% do valor mensal
De 4 à 2 pontos 40% do valor mensal
De 2 à 0 pontos 20% do valor mensal
Valor da Preservação na EAP = R$ 600.000,00
Nº de meses previstos para preservação = 6 meses
Valor da parcela mensal = R$ 100.000,00
Pontuação no mês = 7 pontos (2 etiquetas + 5 qualidade)
Valor pago na medição do mês avaliado = R$ 80.000,00
Diferença não é paga ao final do contrato a título de ressarcimento
CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DE PRESERVAÇÃO
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FVI – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM
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FVI – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM
Conteúdo da FVI:
FVI (Folha de Verificação do Item)
Cabeçalho – Dados de Projeto
Campo I – Especificação do Item
Campo II – Inspeção Técnica
Campo III – Inspeção Mecânica
Campo IV – Testes de Certificação
Campo V – Testes Funcionais
Assinaturas – Liberações rastreáveis
Folha de registros de especificação de projeto, dados
de equipamentos fornecidos, dados de recebimento, inspeções técnicas, testes de certificação e
funcionais.Constitui-se no principal registro
do Processo de Comissionamento, aplicável à
TODOS os itens comissionáveis
Seção de registros dos dados de projeto, que objetiva posicionar o TAG, que é a posição identificada do item comissionável no projeto.Registro de informações sobre o
Item comissionável adquirido conforme projeto, sendo este o equipamento físico especificado
no projeto e alocado na obra.
Inspeção verificada sobre o Item Comissionável, no recebimento
do mesmo no local de montagem, caracterizando-se por uma
verificação que certifica que o item apresentado está em
conformidade com o especificado.
Conjunto de verificações que tem como objetivo certificar que o item
comissionável está montado conforme especificação de
projeto.
Conjunto de verificações que tem como objetivo certificar que o item
comissionável executa individualmente as atividades desejadas para uma perfeita
operação futura quando associado aos demais itens
especificados no projeto.
Conjunto de verificações funcionais que tem como objetivo
avaliar a performance do item comissionável quando operando
em conjunto com os demais itens especificados no projeto.
Campos de preenchimento obrigatório que tem como objetivo
prover a rastreabilidade das informações quanto à liberação do item comissionável em cada
etapa do Processo de Comissionamento, sendo
essencial para a medição dos serviços e avanço físico do
processo.
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MALHA
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MALHA
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MALHA
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MALHA
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ITEM COMISSIONÁVEL E MALHA
MALHAConjunto de itens comissionáveis capaz de realizar uma função dentro de um processo que não pode ser executada por nenhum
deles isoladamente
ITEM COMISSIONÁVELQualquer componente ou equipamento que exerça uma função
unitária dentro de um processo
Não confundir a função com
o item
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CCM – CERTIFICADO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA
1 2
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TTAS – TERMO DE TRANSFERÊNCIA E ACEITAÇÃO DE SISTEMAS
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PROJETO BÁSICO
“RESOLUÇÃO Nº 361, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1991
Art. 3º
f) definir as quantidades e os custos de serviços e
fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte
da obra, de tal forma a ensejar a determinação do custo
global da obra com precisão de mais ou menos 15% (quinze
por cento);”
CREA / CONFEA
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PLANEJAMENTO DO COMISSIONAMENTO
O PLANEJAMENTO É UMA TRILHA ...
NÃO UM TRILHO.
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PLANEJAMENTO VALE DINHEIRO…
t
Incerteza
Custo da Mudança
Reduzir a incerteza reduz a probabilidade de mudanças
O custo de mudanças tardias pode inviabilizar um empreendimento
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CONCEITOS SOBRE PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO Processo realizado com o objetivo de atingir um determinado resultado, de maneira efetiva,
otimizando o emprego dos recursos disponíveis.
PLANEJAMENTO TÁTICOProcesso de definição dos meios necessários para atingir os objetivos e metas
estabelecidos pela estratégia.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOProcesso de definição da estratégia mais adequada à obtenção de um resultado. Estabelece
objetivos e metas.
PLANEJAMENTO OPERACIONALProcesso de definição da forma de aplicar dos meios definidos no planejamento tático .
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81
Processo de Comissionamento
Preservação
Planejamento e Gestão do Processo
Fabricação, Construção e Montagem
Suprimentos
Projeto
Ferramenta Informatizada de Comissionamento Ass
ist.
Téc.
En
genh
aria
Saneamento de Pendências
Assistência Técnica de Fornecedores
Documentação do Processo
Acompanhamento do Cliente Participação do Cliente
Con
trat
ação
Pré-Operação
Operação Assistida
Condicionamento
Dir
etriz
es C
ontr
atua
is
& PartidaOperação
Manutenção
Garantia
Gestão de Energias
Certificação de Operabilidade
TTI
Manual de Comissionamento
Ges
tão Executivo
Estratégico Tático Operacional
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INICIAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Portfólio Declaração de Escopo
Contrato
+
Plano do Empreendimento
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DECLARAÇÃO DE ESCOPO
“A Declaração de Escopo do projeto é a definição do projeto – o que precisa ser realizado”.
PMBOK® Guide 2004
A Declaração de Escopo deve incluir pelo menos:
• Caso de negócio• Escopo positivo (o que deve ser realizado)• Escopo negativo (o que não deve ser feito)• Premissas
• Restrições• Critérios de aceitação ESTRATÉGIA
___________________________________
___________________________________
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___________________________________
___________________________________
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82
PLANO DO EMPREENDIMENTO
Plano do Empreendimento
Plano de RH
Plano de Comunicação
Plano de Suprimentos
Plano de Custo
Plano de Riscos
Plano da Qualidade
Plano de EscopoPlano de
Prazo
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
ESTRATÉGIA DE CONTRATAÇÃO
OPERAÇÃO ENGENHARIA DO PROJETO
Contrato / Declaração de Escopo
Plano do Empreendimento
Estratégia de ImplementaçãoModelo de Contratação
Modelo de Organização
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
MODELO DE CONTRATAÇÃO
EPC
Integraçãodo Operador
Comissionamento faz parte do escopo do Integrador.
Cabe a ele decidir se executa diretamente ou se
terceiriza a atividade
Comissionamento dentro do contrato de Construção &
Montagem
Comissionamento contratado à parte
Anexo de Diretrizes de Comissionamento
Contrato de Serviços de Comissionamento
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___________________________________
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83
MODELO DE CONTRATAÇÃO
Anexo de Diretrizes de ComissionamentoEstabelece as condições para a execução do processo de Comissionamento
Não trata de condições de contratação
Não define procedimentos técnicos
Organizado por entregas
Centrado em torno de uma matriz de responsabilidades configurável
Contrato de Serviços de ComissionamentoEstabelece as condições para a contratação de serviços de Comissionamento
Estabelece as condições de execução do processo de Comissionamento
Não define procedimentos técnicos
Organizado por entregas
Posiciona o Comissionador como elemento de gestão mais do que de execução
As diretrizes são organizadas na forma de um Anexo Contratual, que deve ser consistente com os demais documentos do Contrato
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___________________________________
MODELO DE ORGANIZAÇÃO
EPC
Integração do Operador
Contratante
Contratada
Contratante
Contratada
Fiscalização não executiva
Responsável por todo o processo; provavelmente duas equipes
Planejamento e fiscalização
Responsável por todo o processo, partilhando o planejamento e talvez
delegando a execução; apoio à Contratante em relação a outras contratadas
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___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
MODELO DE ORGANIZAÇÃO
Equipe do Empreendimento
Estratégia Tática Aplicação
• Gerência do Empreendimento
• Coordenador de Integração
• Gerência do Empreendimento
• Coordenador de Integração
• Coordenador ou Gerente de Comissionamento
• Gerência do Empreendimento
• Coordenador de Integração
• Coordenador ou Gerente de Comissionamento
• Fiscais
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
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84
MODELO DE ORGANIZAÇÃO
Equipe de Execução
Tática Aplicação
• Gerência do Contrato
• Gerente de Comissionamento
• Equipe de planejamento
• Equipe de engenharia de comissionamento
• Gerência do Contrato
• Gerente de Comissionamento
• Equipe de planejamento
• Equipe de programação e controle
• Equipe de engenharia de comissionamento
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
MODELO DE ORGANIZAÇÃO
Perfil das equipesPredominância de profissionais sênior
Elementos-chave com experiência em gestão de projetos
Componente de planejamento reforçado
Engenheiros de processo para a equipe de engenharia
Supervisores de preservação e condicionamento especialistas por disciplinas
Supervisores de pré-operação & partida com perfil de operação
Supervisores e técnicos com registro profissional (CREA)
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___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
MODELO DE ORGANIZAÇÃO
Equipe do Empreendimento
Mobilizar o gerente ou coordenador o mais cedo possível,
Selecionar profissional com experiência em gestão de projetos ou em planejamento
Evitar a subordinação do responsável de Comissionamento à área de C&M
Considerar a possibilidade de ter representante do Cliente na equipe
Solicitar e avaliar os CV da equipe de execução o mais cedo possível, mesmo antes da
Autorização de Serviço
Mobilizar equipe de campo a tempo de conhecer o projeto e participar do planejamento de gestão
Aproveitamento de fiscais de C&M para as atividades de Preservação e de Condicionamento
normalmente é satisfatório
Fiscais de Pré-Operação & Partida tem perfil de operadores mais do que de montadores
Fiscais de PO&P assumem a supervisão de sistemas operacionais, não de disciplinas
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___________________________________
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85
MODELO DE ORGANIZAÇÃO
Equipe de Execução
Mobilizar o gerente de Comissionamento junto com os demais gerentes que compõem o núcleo da equipe da Contratada
Evitar a subordinação do responsável de Comissionamento à área de C&M
Mobilizar profissionais de planejamento e de engenharia de comissionamento (ou de processo) imediatamente após o contrato
Integração com as equipes de gestão de prazos e de riscos
Integração com a equipe de projeto de engenharia
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___________________________________
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___________________________________
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PLANEJAMENTO DA GESTÃO DO PROCESSO
Emissão da AS
Reunião de Abertura de Comissionamento
60 a 180 dias
Trabalhoconjunto com a Contratada
Emissão do Manual de Comissionamento
Manual de Comissionamentocronograma mestre de comissionamento matriz de responsabilidadeslistas de itens comissionáveisfluxogramas com identificação de sistemasrede de precedência lista de documentos de comissionamento lista de documentos de engenharia para comissionamentoOrganogramaEAP – Estrutura Analítica do Projetoplanos de mobilização, suprimentos e comunicaçãoplano de contingência / análise de riscos
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___________________________________
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___________________________________
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DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
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86
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs
UNIDADE 100
SOP 100.002
SOP 100.001
SOP 100.005
SSOP 100.001.002
SSOP 100.001.001
SSOP 100.001.003
SSOP 100.002.001SSOP 100.005.001
SOP 100.003
SSOP 100.005.001
SOP 100.004
SSOP 100.003
SSOP 100.002.002
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003.001
SSOP 100.003.002
SSOP 100.004.001
SSOP 100.004.003
SSOP 100.004.004
SSOP 100.004.002
1 Unidade5 SOPs15 SSOPs
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___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs
UNIDADE 200
SOP 200.002
SOP 200.001
SOP 200.003
SSOP 200.001.003
SSOP 200.001.004SSOP 200.001.005
SSOP 200.001.002
SSOP
200.00
1.001
SSOP 200.002.001
SSO
P 20
0.00
2.00
2
SSO
P 20
0.00
2.00
3
SSOP 200.003.004
SSO
P 20
0.00
3.00
1
SSO
P 20
0.00
3.00
2
SSO
P 20
0.00
3.00
3
2 Unidades8 SOPs27 SSOPs
UNIDADE 100
SOP 100.002
SOP 100.001
SOP 100.005
SSOP 100.001.002
SSOP 100.001.001
SSOP 100.001.003
SSOP 100.002.001SSOP 100.005.001
SOP 100.003
SSOP 100.005.001
SOP 100.004
SSOP 100.003
SSOP 100.002.002
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003.001
SSOP 100.003.002
SSOP 100.004.001
SSOP 100.004.003
SSOP 100.004.004
SSOP 100.004.002
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
87
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs
UNIDADE 300
SOP 300.003
UNIDADE 100
SOP 100.002
SOP 100.001
SOP 100.005
SSOP 100.001.002
SSOP 100.001.001
SSOP 100.001.003
SSOP 100.002.001SSOP 100.005.001
SOP 100.003
SSOP 100.005.001
SOP 100.004
SSOP 100.003
SSOP 100.002.002
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003.001
SSOP 100.003.002
SSOP 100.004.001
SSOP 100.004.003
SSOP 100.004.004
SSOP 100.004.002
UNIDADE 200
SOP 200.002
SOP 200.001
SOP 200.003
SSOP 200.001.003
SSOP 200.001.004SSOP 200.001.005
SSOP 200.001.002
SSOP
200.0
01.00
1
SSOP 200.002.001
SSO
P 20
0.00
2.00
2
SSO
P 20
0.00
2.00
3
SSOP 200.003.004
SSO
P 20
0.00
3.00
1
SSO
P 20
0.00
3.00
2
SSO
P 20
0.00
3.00
3
SOP 300.002
SOP 300.001
SOP 300.004
SSO
P 30
0.00
1.00
1SS
OP
300.
001.
002
SSO
P 30
0.00
1.00
3
SSOP 300.001.004
SSOP 300.004.001
SSOP 300.004.002
SSO
P 30
0.00
2.00
1
SSOP 300.002.003
SSO
P 30
0.00
2.00
2
SSOP 300.003.003
SSO
P 30
0.00
3.00
2SS
OP
300.
003.
001
3 Unidades12 SOPs39 SSOPs
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
REDE DE PRECEDÊNCIA
REDE DE PRECEDÊNCIA DE PARTIDA
Seqüência na qual os sistemas e subsistemas operacionais de uma unidade industrial devem entrar em funcionamento, de modo a assegurar que:
a) cada um seja testado nas condições mais realistas possíveis;
b) o processo do qual fazem parte seja ativado conforme suas especificações;
c) a ativação da unidade industrial ocorra de forma controlada e segura.
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
REDE DE PRECEDÊNCIA
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL
ENERGIA PRIMÁRIAELÉTRICA
SUPRIMENTO TEMPORÁRIO
SISTEMA F&GDETECÇÃO
ÁGUAREFRIGERADA
ENERGIA SECUNDÁRIA PNEU / HID.
VAC
SISTEMA DE ESD(INTERLOCKING
TEST)
SISTEMA F&GCOMBATE
OUTROS SISTEMAS DE SEGURANÇA
SISTEMAS DE CONTROLES
OUTROS SISTEMAS
UTILIDADES
SISTEMA. CAPACITAÇÃO
DE ÁGUA
SISTEMA DE ÁGUA SALGADA
SISTEMA DE PRODUÇÃO
SISTEMA ÁGUAPRODUZIDA
(NÃO CRÍTICOS)
SISTEMA DE FLUIDOS CRÍTICOS
DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA
SISTEMA DE ÁGUA POTÁVEL
ENERGIZAÇÃO SEGURANÇA E CONTROLE UTILIDADES PROCESSO
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
88
REDE DE PRECEDÊNCIA
ENERGIA
SEGURANÇA
UTILIDADES
PROCESSO
CONTROLE
Meta: fazer funcionar o processo produtivo no menor prazo possível, com segurança
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
REDE DE PRECEDÊNCIA
UNIDADE 300
SOP 300.003
UNIDADE 100
SOP 100.002
SOP 100.001
SOP 100.005
SSOP 100.001.002
SSOP 100.001.001
SSOP 100.001.003
SSOP 100.002.001SSOP 100.005.001
SOP 100.003
SSOP 100.005.001
SOP 100.004
SSOP 100.003
SSOP 100.002.002
SSOP 100.003.003
SSOP 100.003.001
SSOP 100.003.002
SSOP 100.004.001
SSOP 100.004.003
SSOP 100.004.004
SSOP 100.004.002
UNIDADE 200
SOP 200.002
SOP 200.001
SOP 200.003
SSOP 200.001.003
SSOP 200.001.004SSOP 200.001.005
SSOP 200.001.002
SSOP
200.0
01.00
1
SSOP 200.002.001
SSO
P 20
0.00
2.00
2
SSO
P 20
0.00
2.00
3
SSOP 200.003.004
SSO
P 20
0.00
3.00
1
SSO
P 20
0.00
3.00
2
SSO
P 20
0.00
3.00
3
SOP 300.002
SOP 300.001
SOP 300.004
SSO
P 30
0.00
1.00
1SS
OP
300.
001.
002
SSO
P 30
0.00
1.00
3
SSOP 300.001.004
SSOP 300.004.001
SSOP 300.004.002
SSO
P 30
0.00
2.00
1
SSOP 300.002.003
SSO
P 30
0.00
2.00
2
SSOP 300.003.003
SSO
P 30
0.00
3.00
2SS
OP
300.
003.
001
3 Unidades12 SOPs39 SSOPs
INTEGRAÇÃO
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
89
Licenças e Documentação pelo ClienteAquisição de produtos pelo ClienteAntecipação de ReceitasDuas ilhas de combustíveis independentesServiços:
• Todos os combustíveis• Gasolina• Etanol• Diesel• GNV
• Loja de Conveniência• Borracheiro• Troca de Óleo• Lava a Jato
Concorrência:• C&M do Posto de Combustíveis• Apresentar Divisão de SOP/SSOPs• Rede de Precedência atendendo aos requisitos
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
PLANEJAMENTO EXECUTIVO
Reunião de Abertura de
Comissionamento
Duração indeterminada
Trabalho conjunto com a
Contratada
Entrega do último Sistema
Operacional
Trabalho conjunto com o
Cliente
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
PLANEJAMENTO EXECUTIVO
Atividades
detalhamento progressivo do Planejamento de Gestão
atualização constante da ferramenta de controle do processo
programação e controle da produção
controle de emissão de documentos
controle do avanço físico / financeiro
emissão de relatórios de acompanhamento
coordenação da assistência técnica de fornecedores
coordenação do treinamento
coordenação do controle de energias
gestão de pendências
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
90
DOCUMENTAÇÃO
pedidos / ordens de compra revisados
procedimentos operacionais
planos (treinamento, assistência técnica)
listas (sobressalentes, consumíveis, ferramentas)
prontuários de normas e regulamentos
manuais de operação e de manutenção
pastas de sistemas (data book)
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
DOCUMENTAÇÃO
Pasta de Sistema – conteúdo típico
Fluxograma de Sistema (com identificação de SSOP)
Fluxogramas de processo que contenham o SOP
Lista de Itens Comissionáveis do SOP (por categorias)
Lista de Malhas do SOP (por tipo)
Lista de SOP predecessores e sucessores
Coletânea de FVI (preenchidas e assinadas)
Coletânea de FVM (preenchidas e assinadas)
Certificados de Completação Mecânica dos SSOP (assinados)
Registro do TAP
Termos de Transferência e Aceitação provisório e definitivo (assinados)
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
CONDICIONAMENTO
Conjunto de ações realizadas com o objetivo de colocar os itens comissionáveis em condições de iniciar seus testes de funcionamento.
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
91
CONDICIONAMENTO
CONTEXTO DO COMISSIONAMENTO PARA ESTA FASE:
Os pontos básicos referem-se ao planejamento das atividades para:
• Garantia da operabilidade de forma estável e confiável
• Minimizar os problemas para que essa operabilidade seja atingida no menor espaço de tempo possível
• Desempenho especificado
• Envolvimento de TODOS os participantes
• Fabricante
• Empresa de inspeção
• Integradora (EPC)
• Subcontratados
• Fiscalização
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CONDICIONAMENTO
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CONDICIONAMENTO
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:
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92
CONDICIONAMENTO
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:
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CONDICIONAMENTO
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:
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CONDICIONAMENTO
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:
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93
CONDICIONAMENTO
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:
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CONDICIONAMENTO
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:
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CONDICIONAMENTO
PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:
INSTRUMENTOS DE CAMPO
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94
CONDICIONAMENTO
ETAPAS DO CONDICIONAMENTO
• Teste de Aceitação de Fabricação (TAF);
• Preservação e preparação para transporte;
• Recebimento;
• Armazenamento;
• Preservação (anterior e posterior a montagem, Rotinas de Fiscalização);
• Condicionamento (Ensaios, testes e ações para preparação de operação).
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CONDICIONAMENTO
TESTES DE ACEITAÇÃO DE FÁBRICA (TAF)
• Teste Hidrostático;
• Teste de Funcionamento Mecânico e Desempenho;
• Teste de rigidez estrutural (“Pipe Load”);
• Teste de Desempenho do equipamento completo +
periféricos (String Test);
• Teste de Estanqueidade e Vazamento de Gás;
• Teste de Resposta ao Desbalanceamento (URT);
• Inspeção Final
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CONDICIONAMENTO
PRESERVAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA TRANSPORTE
Após a liberação do material, os equipamentos são preparados para transporte até a obra, de acordo com as especificações do fabricante.
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95
CONDICIONAMENTO
Recebimento
• Quantitativo
• Almoxarife
• Qualitativo.
• Inspetor
• Área específica
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
Recebimento
• Definir armazenamento
• Área específica para material
• Não conforme
• Segregado
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
PRINCIPAIS TÓPICOS E ATIVIDADES DE RECEBIMENTO
• Análise de documentação do fornecedor (Data book)
• Inspeção de recebimento
• Tratamento de não-conformidades fabricação / recebimento
• Definição de local de armazenamento
• Início da preservação
• Registros na FVI, RIR e etiqueta de preservação
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96
CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
PRINCIPAIS TÓPICOS E ATIVIDADES DE RECEBIMENTO
• Geralmente, o data book do equipamento chega a obra ainda com pendências de documentação.
• Verificar os registros de fabricação, comparando os certificados / relatórios ao discriminado no PIT (Plano de Inspeção e Testes).
• Verificar Inspeção de fabricação CLM – Comunicado de Liberação de Material assinado pelo inspetor.
• Verificar se existem pendências de fabricação ainda não tratadas –reproduzi-las no Relatório de Recebimento.
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
RIR (Relatório de Inspeção de Recebimento)
• Dados• Características técnicas• Laudo
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO
Unidade seladora montada invertida
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97
CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO
Quebra de “tubing” (montado em balanço)
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO
Válvulas de segurança transportadas soltas, fora da vertical
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
TESTE DE CERTIFICAÇÃOCALIBRAÇÃO
• Procedimentos específicos
• Condições ambientais
• Controle dos padrões
• Envolve, no mínimo, um padrão
• Certificado de calibração
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98
CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
TESTE DE CERTIFICAÇÃOFIAÇÃO – TENSÃO APLICADA
• Gerador de alta tensão
• Leitura de corrente elétrica
• Defeito “PULSO DE CORRENTE”
o Roçamento em canto vivo
o Dobras demasiadas
o Cabos defeituosos
o Montagem
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
TESTE DE CERTIFICAÇÃOFIAÇÃO - ISOLAÇÃO E CONTINUIDADE
Gerador de alta tensão
Leitura de resistência elétrica
Defeito “BAIXA RESISTÊNCIA DO ISOLAMENTO”
Perfuração do isolamento
Rompimento do isolamento
Dano na bobina
Dano de transporte
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
TESTE DE CERTIFICAÇÃOMECÂNICOS (HIDROSTÁTICO)
• Resistência mecânica
• Classe
• Defeito “VAZAMENTO”
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99
CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
TESTE DE CERTIFICAÇÃOMecânico (Hidrostático e Pneumático)
Leitura de vazamento (Classe)
Válvula tipo
Fechada (NF) aberta (NA)
Atenção
Posicionadores (Esferas)
Sistema de medição
Defeito
“VAZAMENTO ACIMA DO PERMITIDO”
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
TESTE DE CERTIFICAÇÃOTESTE DE MALHA
Definição (Malha aberta / fechada)
• Injeção de sinal (sensor)
• Leitura no painel (malha aberta)
• Leitura no painel + posicionamento do elemento final (malha fechada)
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
TESTE DE CERTIFICAÇÃOTESTE DE MALHA
• Leitura na válvula (malha aberta)
• Injeção de sinal (no painel)
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100
CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
TESTE DE CERTIFICAÇÃOTESTE DE MALHA
Principais falhas detectadas no teste de malha:
• Ligações erradas
• Configurações erradas
• Endereço
• Parâmetros
• Calibrações erradas
• Defeitos elétricos
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
MONTAGEM • Realização de montagem (% andamento físico)
• Aspectos técnicos de instrumentação
• Tratamento de Não-Conformidades
• Preservação pós montagem
• Registro
• Sistema próprio
• FVI (Inspeção mecânica)
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
MONTAGEM • Falhas de montagem
• Limite de bateria IN / TUB.
• Atendimento a detalhes típicos
• Danos
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101
CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
MONTAGEM
Falhas de Montagem
• Montado e não protegido
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CONDICIONAMENTO
ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:
Etapas Condicionamento de Dutos Terrestres: • Esvaziamento • Pré - Secagem• Limpeza Final
• Secagem• Inertização• Inspeção do revestimento externo após a cobertura
• Método de Atenuação de corrente
• Método DCVG• Sistema de proteção catódica• Restauração da faixa• Montagem e instalação de complementos
• “De acordo do proprietário”
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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
A Pré-Operação é composta pelo conjunto de atividades executadas com o objetivo de realizar verificações e testes nas condições de funcionamento do Subsistema (SSOP).
A Partida é caracterizada pela realização dos testes finais de performance, estendendo-se até a comprovação do atendimento às especificações de projeto.
As atividades de Pré-Operação & Partida são executadas sobre itens, malhas, subsistemas e sistemas operacionais.
Em função das relações de dependência entre sistemas, as atividades desta fase devem seguir a seqüência definida no cronograma de comissionamento, que tem como referência básica a rede de precedência de subsistemas e sistemas operacionais.
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102
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
A preparação de equipamentos para TFs compreende, no mínimo, as seguintes atividades:
• Retirada da preservação *;
• Aplicação do plano de raqueteamento;
• Instalação / remoção de itens ou acessórios temporários;
• Carregamento de consumíveis;
• Atendimento ao plano de Controle de Energias.
PREPARAÇÃO DE EQUIPAMENTOS:
* Obs.: Substituir as rotinas de preservação por manutenção.
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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
Substitui o antigo termo
“Teste à Quente”
TESTES DE FUNCIONAMENTO:
Realizado na fase de Pré-Operação & Partida, trata-se de quaisquer
testes ou verificações realizados em um item comissionável, malha ou
subsistema com aplicação de energia, fluidos e / ou passagem de
produto, ou seja, em regime de trabalho.
Testes de Funcionamento = TF + TAP + TLD + ...
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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
TESTES FUNCIONAIS (TF):
Testes Funcionais consistem nos acionamentos de equipamentos e
instalações, alimentados pelas energias definitivas.
Os Testes Funcionais devem atestar a correta operação das
funcionalidades dos itens, conjuntos de itens, malhas, sistemas e
subsistemas operacionais.
Ex.: Testes de Intertravamento Lógico
Os testes de intertravamento lógico são executados para cada subsistema, de modo a assegurar que todos os recursos e dispositivos de intertravamento e segurança estejam em funcionamento adequado, antes da liberação das instalações para a execução dos Testes de Aceitação de Performance.
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103
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
TESTES FUNCIONAIS (TF):
Devem fazer parte dos Testes Funcionais pelo menos:
• Atuação dos dispositivos de segurança e controle;
• Movimentação em vazio de todos os atuadores mecânicos, hidráulicos e
pneumáticos;
• Rotação em vazio de motores e demais equipamentos dinâmicos;
• Atuação de disjuntores, relés e contatores;
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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
TESTES FUNCIONAIS (TF):
Os Testes Funcionais devem ser realizados no sistema supervisório, a partir
da sala de controle, e somente serão considerados satisfatórios quando
todas as funções desse sistema tiverem sido avaliadas com sucesso.
Sala de controle.
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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
TESTES DE ACEITAÇÃO DE PERFORMANCE (TAP)
Os Testes de Aceitação de Performance (TAP) têm como objetivo garantir que o desempenho de cada subsistema operacional seja compatível com as especificações e requisitos de projeto.
Os testes devem ser executados em condições de operação o mais próximo possível das condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando possível.
A liberação para execução dos TAP requer ao menos os seguintes itens:
• Registros dos Testes Funcionais dos componentes do Subsistema;
• Registro dos Testes de intertravamento lógico;
• Inexistência de pendências impeditivas.
Os resultados dos TAP devem ser registrados e comparados aos parâmetros de projeto. Estes resultados poderão ser analisados conjuntamente pela fiscalização, pela operação e, quando aplicável, por entidade classificadora / reguladora.
A aceitação dos resultados dos TAP é pré-requisito para a emissão de um Termo de Transferência e Aceitação de Sistema (TTAS) para este sistema operacional.
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104
PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
TESTES DE LONGA DURAÇÃO (TLD)O teste de longa duração de um subsistema operacional consiste no acompanhamento do funcionamento em operação normal durante um período pré-definido contratualmente. Nestes testes é avaliada a ocorrência de falhas relevantes pré-definidas em documentos contratuais.
No caso de ocorrência de falhas relevantes, após a correção das mesmas, o período de duração do teste deve ser reiniciado.
TREINAMENTO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO:
Os treinamentos para qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção deverão ser previamente definidos no Plano de Treinamento.
Os treinamentos teóricos deverão ser realizados previamente aos Testes Funcionais e complementados com treinamento prático durante os Testes de Aceitação de Performance.
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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs
TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS OPERACIONAIS (SOP):
SSOP 01.03
SOP 01
SSOP 01.01
SSOP 01.02
Testado Ok!
TTAS-1 TTAS-2Pendências saneadas
Pendências não-
impeditivas!!Testado Ok!
Testado Ok!
Testado Ok!
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OPERAÇÃO ASSISTIDA
A Operação Assistida tem início a partir da transferência para o operador do primeiro sistema operacional, e encerra-se depois de transcorrido um período pré-estabelecido após o término da transferência do último sistema operacional.
TTAS-1
Período contratual (ex.: 90 dias)
TTAS-2
Esta atividade consiste no apoio às equipes de operação e manutenção por especialistas das diversas competências necessárias ao funcionamento por sistemas operacionais e pela instalação, colocados à disposição pela Engenharia, dentro de condições de nível de serviços pré-estabelecidas.
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105
OPERAÇÃO ASSISTIDA
A conclusão da Operação Assistida em todos os SOPs marca a conclusão do escopo do Comissionamento
ATENÇÃO !!!!
EQUIPE DE OPERAÇÃO ASSISTIDA EQUIPE DE SOLUÇÃO DE PENDÊNCIAS
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CERTIFICAÇÃO DE OPERABILIDADE
Com o último TTAS-2 assinado, temos ?
Todos os SOP testados s/ pendências
Documentação Entregue
Operadores treinados
Sobressalentes, consumíveis,... transferidos
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CERTIFICAÇÃO DE OPERABILIDADE
Com o último TTAS-2 assinado, temos ?
Interfaces externas estão prontas (ex: fornecimento de energia elétrica) ?
O Sistema de Manutenção está operacional ?
A instalação cumpre todas as normas e regulamentos?
Todas as estruturas de obra foram removidas ? As equipes do empreendimento e contratadas jáforam desmobilizadas ? As instalações estão prontas para o trabalho normal ?
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106
TRANSFERÊNCIA DA INSTALAÇÃO
Uma vez atendidas as condições de operabilidade:
TTI = Termo de Transferência da Instalação
O TTI oficializa a transferência de responsabilidade pelo patrimônio e
gerência das instalações, da Engenharia para o Cliente.
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Engº Alexandre GuimarãesE-mail: [email protected]. 021 32293902
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