56
Guia de Estudo de Ensino Religioso Unidade Integrada Santa Rosa "Eu sou a Luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a Luz da Vida." - João 8,12 O Ensino Religioso na redescoberta do transcendental

Apostila de Ensino Religioso

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O Ensino Religioso na redescoberta do transcendental.

Citation preview

O Ensino Religioso na redescoberta do transcendental

O Ensino Religioso na redescoberta do transcendental

Ensino Religioso Org. Prof. Wellington Pereira da Silva

Guia de Estudo de Ensino ReligiosoSILVA, Wellington Pereira da (Org.).O Ensino Religioso na redescoberta do transcendental: 2015. Disponvel em: . Acesso em: 23 abr. 2015.APRESENTAOCaros alunos(as), O Ensino Religioso na redescoberta do transcendental, visa a busca de Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desgnio de pura bondade, criou livremente o homem para faz-lo participar de sua vida bem-aventurada. Eis porque, desde sempre e em todo lugar, est perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procur-lo, a conhec-lo e a am-lo com todas as suas foras. Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade de sua famlia, a Igreja. Faz isto por meio do Filho, que enviou como Redentor e Salvador quando os tempos se cumpriram. Nele e por Ele, chama os homens a se tornarem, no Esprito Santo, seus filhos adotivos, e portanto os herdeiros de sua vida bem-aventurada. (Catecismo da Igreja Catlica n 1.)Com isso, o Ensino Religioso, uma das reas de conhecimento sobre o fenmeno religioso, o qual estuda as diversas tradies e culturas religiosas. Pode ainda o Ensino Religioso ser um espao de reflexo dos valores humanos, entretanto tais temas no so apenas de responsabilidade do Ensino Religioso e sim de todas as disciplinas. A inter e transdisciplinaridade podem e devem ocorrer na escola, mas com todas as disciplinas e no apenas com o Ensino Religioso.Portanto, espero, ao longo dos nossos estudos podermos conhecer cada vez mais a existncia de Deus em nossa vida como criatura e criador de todas as coisa, possibilitando a redescoberta do senso religioso sem proselitismo, para a compreenso e a essncia de nos colocarmos sempre na Sua presena e, assim como fizeram os primeiros profetas, ABRAO: O Senhor disse a Abrao: Deixa tua terra, tua famlia e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar.Farei de ti uma grande nao; eu te abenoarei e exaltarei o teu nome, e tu sers uma fonte de bnos. Abenoarei aqueles que te abenoarem, e amaldioarei aqueles que te amaldioarem; todas as famlias da terra sero benditas em ti. Abro partiu como o Senhor lhe tinha dito, e Lot foi com ele. Abro tinha setenta e cinco anos, quando partiu de Har (Gn 12,1-3).SAMUEL Veio o Senhor ps-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! Falai, respondeu o menino; vosso servo escuta!(I Sm 3,10). ISAAS: Ouvi ento a voz do Senhor que dizia: Quem enviarei eu? E quem ir por ns? Eis-me aqui, disse eu, enviai-me (Is 6,8), Para fazermos sempre a vontade daquele que nos criou com e por amor.A todos(as) bons estudos e fiquem com Deus.Wellington Pereira da SilvaGraduando do Curso de Letras: Portugus/EspanholAgente de Pastoral e Misso/TeologiaProfessor de Ensino Religioso

SumrioAPRESENTAO .................................................................................................................................................................................... 4RELIGIO6O QUE RELIGIO7VISO DOS CIENTISTAS SOBRE AS RELIGIES RITOS7SIMBOLOS7RITOS81.1. RITOS E RITUAIS81.2. DIFERENA ENTRE RITO E RITUAL81.3. RITOS E RITUAIS8PAZ9TIPOS DE PAZ9FAMILIA E RELIGIO10SENTIDO DA VIDA11ANTIGUIDADE E IDADE MDIA11RESPOSTAS DAS RELIGIES12BUDISMO12HINDUSMO12JUDASMO13CRISTIANISMO13Cultura Racional .13F, A LUZ DO MUNDO13CONTEXTO RELIGIOSO14F EM DEUS15JUDASMO16NA TANAKH16CRISTIANISMO16NOVO TESTAMENTO17CATECISMO DA IGREJA CATLICA17CATECISMO DE WESTMINSTER17PCNER 5 EIXOS TEMTICOS: 1 - CULTURAS E TRADIES RELIGIOSAS17CULTURAS E TRADIES RELIGIOSAS18DIVERSIDADE CULTURAL E RELIGIOSA NO BRASIL18O QUE TRADIO?18TRADIO RELIGIOSA19HINDUSMO19BUDISMO20TAOSMO20JUDASMO21CRISTIANISMO22ISLAMISMO23PCNER: 2 - TEXTOS SAGRADOS: ORAIS E ESCRITOS24AS PRINCIPAIS ESCRITURAS SAGRADAS24VIDA APS A MORTE321.1. TIPOS DE VIDA APS A MORTE321.2. VIDA APS A MORTE EM DIFERENTES MODELOS METAFSICOS321.3. VIDA APS A MORTE EM ANTIGAS RELIGIES33O TRANSCENDENTE35A VIDA EM COMUNIDADE ............................................................................................................................................................. 36AS COMUNIDADES CRISTS ......................................................................................................................................................... 36VIVER EM COMUNIDADE HOJE ................................................................................................................................................... 36REFERNCIAS38

RELIGIO um termo que nasceu com alngua latina, podendo ter trs interpretaes diferentes:

"re-legio" = "re-ler", um significado atribudo por Ccero para descrever a repetio de escrituras.

"re-ligio" = "re-ligar", o que poderia significar a tentativa humana de "religar-se": a suas origens, a seu(s) criador(es), a seu passado.

"re-ligio" = "re-atar", (no sentido de "prender", no de "conectar"), significando uma restrio de possibilidades.

Independente da origem, o termo adotado para designar qualquer conjunto de crenas e valores que compem afde determinada pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religio inspira certas normas e motiva certas prticas. Os smbolos tem o significado de representao. Na religio h diversos smbolos.'

Religio(especulam-se vrias origensetimolgicas.1Detalhes na seoetimologia) um conjunto de sistemas culturais e de crenas, alm de vises de mundo, que estabelece os smbolos que relacionam ahumanidadecom aespiritualidadee seus prprios valores morais. Muitas religies tmnarrativas,smbolos,tradiese histrias sagradas que se destinam a darsentido vidaou explicar asua origeme douniverso. As religies tendem a derivar amoralidade, atica, asleis religiosasou umestilo de vida preferido de suas ideias sobre ocosmose anatureza humana.

A palavra religio muitas vezes usada como sinnimo defousistema de crena, mas a religio difere dacrenaprivada na medida em que tem um aspecto pblico. A maioria das religies tm comportamentos organizados, incluindohierarquiasclericais, uma definio do que constitui a adeso ou filiao, congregaes deleigos, reunies regulares ou servios para fins devenerao ou adorao de umadivindadeou para aorao, lugares (naturais ou arquitetnicos) e/ou escrituras sagradas para seus praticantes. A prtica de uma religio pode tambm incluirsermes, comemorao das atividades de um deus ou deuses, sacrifcios, festivais, festas, transe, iniciaes, servios funerrios,servios matrimoniais, meditao, msica, arte,dana, ou outros aspectos religiosos daculturahumana.

Odesenvolvimento da religioassumiu diferentes formas em diferentes culturas. Algumas religies colocam a tnica na crena, enquanto outras enfatizam a prtica. Algumas religies focam na experincia religiosa subjetiva do indivduo, enquanto outras consideram as atividades da comunidade religiosa como mais importantes. Algumas religies afirmam seremuniversais, acreditando que suas leis ecosmologiaso vlidas ou obrigatrias para todas as pessoas, enquanto outras se destinam a serem praticadas apenas por um grupo bem definido ou localizado. Em muitos lugares, a religio tem sido associada com instituies pblicas, como educao, hospitais, famlia, governo e hierarquiaspolticas.

Alguns acadmicos queestudam o assuntotm dividido as religies em trs categorias amplas: religies mundiais, um termo que se refere crenas transculturais e internacionais; religies indgenas, que se refere a grupos religiosos menores, oriundos de uma cultura ou nao especfica; e onovo movimento religioso, que refere-se a crenas recentemente desenvolvidas. Uma teoria acadmica moderna sobre a religio, oconstrutivismo social, diz que a religio um conceito moderno que sugere que toda a prtica espiritual e adorao segue um modelo semelhante ao dasreligies abramicas, como um sistema de orientao que ajuda a interpretar a realidade e definir osseres humanose, assim, a religio, como um conceito, tem sido aplicado de forma inadequada para culturas no-ocidentaisque no so baseadas em tais sistemas ou em que estes sistemas so uma construo substancialmente mais simples.

O QUE RELIGIO

O termo religio de uma certa forma representa uma atitude de um relacionamento entre o homem e o Absoluto, Sagrado, Transcendente ou Divino.

Podemos enfoc-la etimologicamente, historicamente, fenomenologicamente, do ponto de vista da Psicologia, Sociologia, Filosofia, Teologia, Antropologia, entre outras cincias.

Em cada uma existem diferentes enfoques de acordo com o posicionamento dos autores nas mais diversas pocas da histria.

A ideia de religio vem-nos de Roma, onde o termo religio se imps em todas as lnguas;

O vocbulo - quer se torne de religere ou de religare, conduz ao divino;

Que apresenta o termo surgido em Roma por Ccero e Lucrcio.

Para Ccero, a religio seria o respeito que o indivduo sente no mais ntimo do seu ser pelo divino, respeito que se manifesta na participao nos ritos sociais.

Para Lucrcio, ao contrrio, a religio seria um sistemas de ameaas e promessas que s fomentam o fundo tenebroso da natureza humana. Da a sua inutilidade e a sua recusa. [...] (Santidrin 1996, p. 411).

VISO DOS CIENTISTAS SOBRE AS RELIGIES RITOS

Segundo os cientistas da religio, os seres humanos criaram as tradies religiosas e as sistematizaram para cultuarem o sagrado, na tentativa de explicar o mundo por uma viso diferente da cientfica.

Todas as religies buscam a sua verdade, sejam elas tradicionais ou no, com escritos sagrados, orais ou msticos. Enfim, todas so conferidas pelas diversas formas de buscar a sua verdade e cultuar o Sagrado.

Segundo Eliade (2001.p.17): O homem toma conhecimento do sagrado porque este se manifesta, se mostra como algo absolutamente diferente do profano.

SIMBOLOS

Smbolos: so sinais indicativos que atingem a fantasia do ser levando-o compreenso de alguma coisa.

RITOS

a srie de prticas celebrativas das tradies religiosas que formam um conjunto de:

Rituais que podem ser agrupados em trs categorias principais:

Os propiciatrios;

Os divinatrios;

Os de mistrios.

1.1. RITOS E RITUAIS

O termo Rito tem vrios sentidos. Rito totalmente diferente de ritual.

No sentido mais geral, um rito uma sucesso de palavras, gestos e atos que, repetidas, compem um ato civil ou uma cerimnia religiosa.

um conjunto de atividades organizadas, no qual as pessoas se expressam por meio de gestos, smbolos, linguagem e comportamento, transmitindo um sentido coerente ao ritual.

Rito aquilo que voc faz todo dia;

A palavra "rito" pode tambm designar tipo de velocidade no ritual de processo jurdico.

Rito pode significar tambm um conjunto de frmulas que caracterizam certa tradio religiosa.

1.2. DIFERENA ENTRE RITO E RITUAL

Rito realmente como uma lei. um conjunto de preceitos e obrigaes gerais que produz efeitos sobre aqueles que esto sob seu alcance.

Reflete princpios que o orientam, possui elementos histricos, alm de buscar um objetivo especfico.

Ritual como uma instruo normativa, um manual de procedimentos que determina e regulamenta como essa lei deve ser praticada e observada.

o manual de procedimentos que determina a prtica do Rito, o qual pode ter vrios rituais. E sem os rituais, no h como praticar o Rito.

O Rito est morto.

1.3. RITOS E RITUAIS

Ritos de iniciao,

Ritos de consagrao,

Ritos de passagem,

Ritos de excluso e outros.

O batismo, a festa de quinze anos, o noivado, o casamento, a formatura, preceitos, normas, regras de etiqueta, por exemplo, so alguns dos ritos e rituais da sociedade.

Apesar de seguir um padro, o rito no mecanizado, pois pode atualizar ummitoe, assim, segue ensinamentos ancestrais e sagrados.

Durkheim afirma que: A iniciao uma longa srie de cerimnias que tm por objetivo introduzir o jovem na vida religiosa: ele sai, pela primeira vez do mundo puramente profano, onde passou a sua primeira infncia, para entrar no mbito das coisas sagradas. (1989, p. 70-71)

Ritos e rituais podem servir, de modo positivo, para a afirmao da identidade de um grupo, como acontece com os rituais indgenas, preservados como marca identitria.

Mas tambm podem mascarar as relaes sociais, ratificar, reiterar, reafirmar prticas de dominao e de autoritarismo presentes na sociedade como um todo.

PAZ

APaz geralmente definida como um estado decalmaoutranquilidade, uma ausncia de perturbaes e agitao. Derivada dolatim Pacem=Absentia Belli, pode referir-se ausncia deviolnciaouguerra. Neste sentido, a paz entre naes e dentro delas, o objetivo assumido de muitas organizaes, designadamente aONU.

No plano pessoal,pazdesigna um estado de esprito isento de ira, desconfiana e de um modo geral todos os sentimentos negativos. Assim, ela desejada por cada pessoa para si prprio e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudao (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida. A paz mundialmente representada pelo pombo e pelabandeira branca.

TIPOS DE PAZ

Paz Eterna: conceito elaborado pelo filsofoImmanuel Kant, inspirado nos ideais da Revoluo Francesa. Designa um estado de paz mundial, obtido atravs de uma "repblica" nica, capaz de representar as aspiraes naturalmente pacficas de todos os povos e indivduos. Como o prprio filsofo esclarece, o termo derivado de uma piada, onde a inscrio "Paz Eterna" usada como legenda na ilustrao de um tmulo.

Paz pela Lei: lema daOrganizao do Tratado do Atlntico Norte, baseia-se na ideia de Kant e sugere que a paz deva ser obtida atravs de legislao em assuntos internacionais, capaz de regulamentar as relaes diplomticas, os conflitos de interesse, etc.

Paz pela fora: obtida quando um indivduo, instituio ou Estado fortalecido de tal forma, que toda tentativa desubversodostatus quo desestimulada. Em ingls original,peace through strength.

Paz de terror: ocorre quando naes so capazes de causar destruio total umas s outras atravs de artefatos blicos poderosos (bombas atmicas, por exemplo). A posse de tais arsenais desestimula as agresses mtuas. Conceito sugerido pelo estudioso Raymond Aronem seu livro "Peace and War Among Nations".

FAMILIA E RELIGIO

A Famlia a clula mater da sociedade. O ncleo familiar o primeiro grupo social do qual participamos e recebemos, no somente herana gentica ou material, mas principalmente moral. Nossa formao de carter depende, fundamentalmente, do exemplo ou modelo familiar que temos na formao de nossa personalidade. Segundo os psiclogos deterministas a formao da personalidade do indivduo ocorre em sua fase infantil. Precisamos entender que existem desvios de comportamento causados por influncias sociais (meio social, meios de comunicaes, grupos sociais etc.) e crises existenciais que podem fazer o indivduo, em determinada fase de sua vida ao fazer opes pessoais que ignoram totalmente todo tipo de informao ou exemplo familiar, e em geral estes desvios so terrveis, social e emocionalmente falando.

O ensino religioso na famlia tem um papel importantssimo na formao do indivduo, ou melhor, na formao da pessoa como um todo. Venho de uma tendncia batista puritana, portanto, minha tese se reveste desta influncia (entre tios e primos somos 11 pastores batista na famlia). Minha tese que o ensino religioso na famlia produz a possibilidade do indivduo estruturar-se de tal maneira que cria como objetivo bsico o bem-estar pessoal e familiar atravs de uma vida regrada, saudvel e estruturada.

Vejamos alguns dos benefcios que o Ensino Religioso, pode produzir no indivduo e na sociedade, seja este ensino catlico, protestante, judaico, islmico etc., desde que haja seriedade e coerncia familiar:

A Espiritualidade- A prtica do culto domstico (evanglicos), as novenas (catlicos), o estudo da Torah (Judeus) dentre outras prticas domsticas do ensino religioso promovem a espiritualidade no lar. Vivemos em um mundo globalizado, onde a individualidade, o materialismo-consumista tem ocupado a primazia no ambiente familiar, portanto valores espirituais so importantes na vida familiar.

A Moralidade- Precisamos definir primeiramente a diferena entre moralismo e moralidade. Moralidade so princpios morais e Moralismo o legalismo desses princpios. O comportamento moral tem tudo a ver com a conduta religiosa da famlia. O apelo sensualidade muito grande. Os jovens so instrudos pela mdia a usar a camisinha, em uma atitude amoral, pois toda a cristandade baseia-se no casamento como sendo uma manifestao da graa divina como propsito para o homem e mulher (fica isto bem definido em Gnesis, livro sagrado para catlicos, protestantes e judeus).

A Fraternidade- O amor fraternal o fundamento religioso na maioria das religies, sejam elas crists ou no-crists (personalistas ou animistas). A identidade de que todos partimos de uma mesma origem divina nos irmana.

A Solidariedade- O princpio bsico religioso a questo do amor ao prximo e atendimento aos mais necessitados. A solidariedade, tendo a opo pelos pobres, no privilgio da Teologia da libertao, ou de campanhas Governamentais ou de ONGs.

A Intelectualidade- A leitura diria do livro sagrado (Bblia Sagrada, A bblia segundo Allan Kardec, Alcoro etc.), promove o ambiente de intelectualidade e interesse pelas diversas formas de leitura.

A Musicalidade- A msica a linguagem universal, e que na realidade um dos excelentes meios pela qual a religiosidade se expressa. Dizem que quem canta, ora duas vezes.

A Sociabilidade- A prtica de princpios litrgicos, bem como o cumprimento das atividades eclesisticas, promovem no religioso um maior desenvolvimento de expresso de liderana e facilidade de comunicao.

A Prosperidade- A religiosidade sendo expressa na famlia estabelece princpios e objetivos do cl, oferecendo-lhe uma melhor forma de administrao, bem como definio de objetivos. Precisamos tomar muito cuidado por conta de vrias teologias que tm aparecido por a, principalmente na tal "Teologia da Prosperidade", pensamento este que estabelece as bnos divinas como sinal material de prosperidade na vida do indivduo.

A Transcendentalidade- O ensino religioso na famlia permite ao indivduo a enxergar alm deste momento imediato, mas levando-o a uma dimenso que somente o divino pode oferecer, ou seja, a transcendentalidade.

A Humanidade- Nada torna mais o homem ser humano do que a sua prpria religiosidade, e, paradoxalmente, nada torna o homem mais divino que a expresso desta religiosidade. A religiosidade popular uma manifestao bem clara disto, quando o homem em tentativa de manipulao do sagrado aproxima-se do "santo", agora pelo profano, no mais pelo sacerdcio institucionalizado. Esta tenso extremamente vivida na religiosidade familiar, onde a estrutura institucional o suporte, porm, o que vale na prtica a relao sagrado-profano.

A religiosidade familiar importantssima na formao de todo e qualquer ser humano. O maior perigo que a famlia moderna enfrenta a "ps-modernidade", mas sobre isto veremos no prximo artigo: Os perigos da globalizao.

"Instrui o menino no caminho que ele deve andar, que at quando envelhecer no se desviar dele". Prov. 22,6

SENTIDO DA VIDA

Osentido da vidaconstitui um questionamento filosfico acerca dopropsitoe significado da existncia humana. Segundo P. Tiedemann, ela demarca ento a "interpretao do relacionamento entre o ser humano e seu mundo".

H uma quantidade inumervel de possveis respostas para "o sentido da vida", frequentemente relacionadas ou com a religio ou com a filosofia. Opinies sobre o sentido da vida podem por si prprias se distinguir de pessoa para pessoa, bem como tambm podem variar no decorrer da vida de cada ser humano. No entanto, de uma forma mais ampla, no existe consenso sobre tal.

ANTIGUIDADE E IDADE MDIA

O sentido da vida nafilosofia antigaconsiste principalmente da aquisio da felicidade (eudaimonia). Esta era comumente considerada a caracterstica mais elevada e mais desejada. Neste contexto, as diferenas entre as escolas filosficas resultam das diferentes concepes sobre a felicidade e como cada qual acreditava que ela pudesse ser atingida.

Aps Plato, a alma imortal humana consistia de trs partes: a razo, a coragem e os instintos. Apenas se essas trs partes estivessem em equilbrio e no se contradissessem mutuamente, o ser humano poderia ser feliz.

Aristteles, filsofo da Grcia antiga, no julgava a felicidade como uma condio esttica, mas sim uma constante ativa da alma. A felicidade humana perfeita s poderia ser encontrada nacontemplaoda vida (bios theoretikos), isto , nofilsofoe/ou nopesquisador cientfico.

Oestoicismoderrubou avirtudeem posio da felicidade. S aqueles que vivem em unssono com a ordem do cosmo, livre deemoes,desejose paixes e seja indiferentemente perante ao prpriodestino, alcanaria o estado final "apatia". Esta insensibilidade perante os acontecimentos da vida, a "paz estica", significava a verdadeira felicidade.

Por outro lado paraEpcuro, o sentido da vida jaz nodesejo. Condies prvias de felicidade eram a superao domedoe dador. Recomendava-se ainda a isolao da vida pblica resguardando-se apenas a um pequeno crculo de amigos.

AIdade Mdiafoi finalmente o tempo no qual oCristianismodominou naEuropa, detendo o monoplio de todo o sentido oferecido quele tempo. NaBaixa Idade Mdia, a nfase do sentido transferiu-se do pessoal ao coletivo, na sucessopessoal de Cristoe a uniomstica com Deusque j havia sido procurada. Assim, com a declarao davida eterna, o significado da vida na viso da Idade Mdia estava na mxima e eterna comunho com Deus.

RESPOSTAS DAS RELIGIES

As diferentes religies do diferentes respostas para a questo sobre o sentido da vida. As sees abaixo descrevem sucintamente a viso de cada religio.

BUDISMO

No Budismo, dito claramente que o objetivo da vida para todos os seres humanos nico. Sofremos (tambm) por causa das paixes mundanas, mas a causa maior de todo o nosso sofrimento por no saber o que ocorrer aps a morte. Resolvida essa questo, pode-se atingir a Felicidade Absoluta, que no depende de fatores externos para existir (a maioria dos seres humanos s conhece felicidades relativas, que somente existem por comparao. Por exemplo: "eu sou feliz porque tenho mais dinheiro que fulano, ou porque tenho mais dinheiro agora do que antes"). Tal Felicidade Absoluta , de fato, o verdadeiro objetivo da vida (quaisquer outros supostos objetivos - sucesso, dinheiro, diverso, etc. - so, na verdade, metas, mas no o objetivo final). Esse objetivo precisa ser atingido em vida. Por meio da Lei da Causa e Efeito (um princpio fundamental e imutvel do Universo, vlido em qualquer lugar e em qualquer poca, que diz que: boas aes levam a boas consequncias; ms aes levam a infelicidades; e somente as aes que uma pessoa comete so responsveis por todo e qualquer destino que ela tiver), tambm conhecida como lei crmica, uma pessoa consegue, ao praticar o bem e ouvindo o Budismo, se aproximar da Felicidade Absoluta.1

HINDUSMO

O Hindusmo abrange diferentes denominaes religiosas, sem um ser criador comum ou escritura sagrada universal. As opinies filosficas individuais tm conceitos parcialmente diferentes em relao ao ensino da vida, morte e libertao. Os conceitos relacionados ao sentido da vida so da mesma maneira diferentes. Para muitos, significa uma vida aps o tradicional "quatro objetivos da vida", isto ,Artha(poder),Kama(desejo),Dharma(harmonia moral) e finalmente como ltima meta, oMoksha(a libertao). Para os partidrios dos ensinamentos de Advaita-Lehre, Moksha significa elevao a "conscincia csmica" nobrmane. Para os defensores do Dvaita-Lehre, oBhaktipossui um estado central, e a libertao significa comunho eterna e paz com Deus.

JUDASMO

A religio judaica baseia-se nas tradies religiosas de judeus e escolhidas por Deus.

O sentido da vida no Judasmo consiste na observncia das leis divinas, i. e., na reverncia perante a Deus e sua vontade. As leis e ordens divinas esto reunidas naTanakh, alm da Talmud e Midrash.

CRISTIANISMO

Anjos guiando as almas no ps vida

O Cristianismo fundamenta-se no conjunto de ensinamentos deJesus de Nazar. De acordo com a tradio, Ele era o filho de um carpinteiro judeu. Como o filho de Deus emessias, Ele anunciou a vinda dereino de Deuse salvou as pessoas dopecado originalcom a sua morte na cruz e a sua ressurreio.

O sentido da vida no Cristianismo baseia-se na comunho com Deus na vida, bem como aps a morte.Confissoe o arrependimento so pr-requisitos para tal, assim como a libertao dos pecados atravs de Jesus Cristo, como descrito na Bblia.

Cultura Racional - O sentido da vida se conhecer e saber que um animal Racional, SOFREDOR E MORTAL.F, A LUZ DO MUNDO

F(doLatimfides, fidelidade e doGregopistia) a adeso absoluta a umahiptese, a qual a pessoa que tem f, passa a considera-la como sendo umaverdade, sem qualquer tipo de prova ou critrio objetivo de verificao, pela absolutaconfianaque se deposita nesta ideia ou fonte de transmisso.

Af acompanha absoluta abstinncia dvidapeloantagonismoinerente natureza destes fenmenos psicolgicos e lgica conceitual. Ou seja, impossvel duvidar e ter f ao mesmo tempo. A expresso se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes trs ltimos no necessariamente exprimam o sentimento de f, posto que podem embutir dvida parcial como reconhecimento de um possvel engano. A relao dafcom os outros verbos, consiste em nutrir um sentimento deafeio, ou at mesmoamor, por umahiptesea qual seacredita, ouconfia, ouapostaserverdade.3Portanto se uma pessoaacredita,confiaou apostaem algo, no significa necessariamente que ela tenhaf. Diante dessas consideraes, embora no se observe oposio entre crena e racionalidade, como muitos parecem pensar, deve-se atentar para o fato de que tal oposio real no caso da f, principalmente no que diz respeito s suas implicaes no processo de aquisio deconhecimento, que pode ser resumidas oposio direta dvidae ao importante papel que essa ltima desempenha na aprendizagem.

possvel nutrir um sentimento de f em relao a um pessoa, umobjetoinanimado, umaideologia, um pensamentofilosfico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, umparadigmapopular social e historicamente institudo, uma base de propostas oudogmas de uma determinadareligio. Tal sentimento no se sustenta em evidncias, provas ou entendimento racional (ainda que este ltimo critrio seja amplamente discutido dentro daepistemologiae possa se refletir emsofismosoufalciasque o justifiquem de modo ilusrio) e, portanto, alegaes baseadas em f no so reconhecidas pelacomunidade cientficacomo parmetro legtimo de reconhecimento ou avaliao daverdadede um postulado. geralmente associada a experincias pessoais e herana cultural podendo ser compartilhada com outros atravs de relatos, principalmente (mas no exclusivamente) no contexto religioso, e usada frequentemente como justificativa para a prpria crena em que se tem f, o que caracterizaraciocnio circular.

A f se manifesta de vrias maneiras e pode estar vinculada a questes emocionais (tais como reconforto em momentos de aflio desprovidos de sinais de futura melhora, relacionando-se comesperana) e a motivos considerados moralmente nobres ou estritamente pessoais e egostas. Pode estar direcionada a alguma razo especfica (que a justifique) ou mesmo existir sem razo definida. E, como mencionado anteriormente, tambm no careceabsolutamentede qualquer tipo de argumento racional.

CONTEXTO RELIGIOSO

Triunfo da F sobre aIdolatria. Jean-Baptiste Thodon (16461713)

No contexto religioso, "f" tem muitos significados. s vezes quer dizer lealdade a determinada religio. Nesse sentido, podemos, por exemplo, falar da "f crist" ou da "f islmica".

Para religies que se baseiam em crenas, a f tambm quer dizer que algum aceita as vises dessa religio comoverdadeiras. Para religies que no se baseiam em credos, por outro lado, significa que algum leal para com uma determinada comunidade religiosa. A teologia catlica define a f como umaadeso da intelignciaverdade revelada por Jesus Cristo, conservada e transmitida aos homens pelo Magistrio da Igreja.4

Algumas vezes, f significacompromissonuma relao comDeus. Nesse caso, a palavra usada no sentido defidelidade. Tal compromisso no precisa ser cego ou submisso e pode ser baseado em evidncias de carcter pessoal. Outras vezes esse compromisso pode ser forado, ou seja, imposto por uma determinada comunidade ou pelafamliado indivduo, por exemplo.

Para muitos judeus, por exemplo, oTalmudmostra um compromisso cauteloso entre Deus e os israelitas. Para muitas pessoas, a f, ou falta dela, uma parte importante das suas identidades.

Muitos religiososracionalistas, assim como pessoas no-religiosas, criticam a f, apontando-a como irracional. Para eles, o credo deve ser restrito ao que diretamente demonstrado por lgica ou evidncia, tornando inapropriado o uso da f como um bom guia. Apesar das crticas, seu uso como justificativa bastante comum em discusses religiosas, principalmente quando o crente esgota todas as explicaes racionais para sustentar a sua crena. Nesse sentido, geralmente as pessoas racionais acabam aceitando-a como justificativa vlida e honrosa, provavelmente devido ao uso da palavra ser bastante impreciso, e geralmente associado a uma boa atitude ou qualidade positiva. A atitude tambm no incomum entre algunscientistas, com destaque para ostestas; embora acincia, ao menos como estipulada pelomtodo cientfico, estabelea um mtodo de trabalho que exclui a f e os credos como explicaes vlidas para fenmenos e evidencias naturais. Em cincia as ideias devem ser testveis e por tal falseveis, e o status de verdadeiro atrelado a uma ideia mantido apenas durante a ausncia de fato ou evidncia cientfica contraditrios; e obrigatoriamente mediante a existncia de fato(s) ou fenmeno(s) cientficos que impliquemcorroborao.

Permanece um ponto merecedor de discusso saber se algum deve ou no us-la como guia para tomar decises, j que essas decises seriam totalmente independentes das de outras pessoas e muitas vezes contrrias s delas, gerando consequncias potencialmente danosas para o indivduo e para a sociedade de que faz parte. Um exemplo de consequncias danosas, curiosamente tambm fornecido por pessoas que aceitam o uso da f (em seus casos particulares), so os ataques terroristas, onde a suposio de que a f um motivo vlido para a crena e a admisso de que o terrorista pode alegar a f como justificativa do atentado deixa patente a gravidade do problema.

F EM DEUS

Algumas vezes, f pode significar acreditar na existncia de Deus. Para pessoas nesta categoria, "F em Deus" simplesmente significa "crenade algum em Deus".

MuitosHindus, Judeus, Cristos e Muulmanos alegam existir evidncia histrica da existncia de Deus e suainteraocom seres humanos. No entanto, uma parte da comunidade dehistoriadorese especialistas discorda de tais evidncias. Segundo eles, no h necessidade de f emDeusno sentido decrercontra ou a despeito das evidncias; eles alegam que as evidncias naturais so suficientes para demonstrar que Deus certamente existe, e quecredos particulares, sobre quem ou o que Deus e por que deve-se acreditar nele so justificados pelacinciaou pelalgica. Em uma perspectivacristprotestante, foi no sentido definido pela primeira alegao citada que desenvolveu-se, segundo seus autores, a proposta doDesign Inteligente; e segundo as crticas esse desenvolveu-se objetivando apoiar ambas as alegaes.

Consequentemente a maioria acredita ter f em um sistema decrenaque de algum modo falso, o qual tm dificuldade em ao menos descrev-lo. Isso disputado, embora, por algumas tradies religiosas, especialmente noHindusmoque sustenta a viso de que diversas "fs" diferentes so s aspectos da verdade final que diversas religies tm dificuldade de descrever e entender. Essa tradio dizem que toda aparente contradio ser entendida uma vez que a pessoa tenha uma experincia do conceitoHindudemoksha. O que se acreditado em referncia a Deus nesse sentido , ao menos no princpio, somente a confiana como evidncia e a lgica por qual cada f suportada.

Finalmente, algunsreligiosos- e muitos dos seus crticos - frequentemente usam o termo f como afirmao dacrenasem alguma prova, e at mesmo apesar de evidncias do contrrio. Muitos judeus,cristosemuulmanosadmitem que pode ser confivel o que quer que as evidncias particulares ou a razo possam dizer da existncia de Deus, mas que no essa a base final e nica de suascrenas. Assim, nesse sentido, "f" pode ser:acreditar sem evidncias ou argumentos lgicos, algumas vezes chamada de "f implcita". Outra forma desse tipo de f ofidesmo: acreditar-se na existncia de Deus, mas no deve-se basear essacrenaem outrascrenas; deve-se, ao invs, aceitar isso sem nenhuma razo.F, nesse sentido, simplesmente a sinceridade na f,crenanas bases dacrena, frequentemente associado comSoren Kierkegaarde alguns outrosexistencialistas, religiosos epensadores.6William Sloane Coffinfala quef no aceita sem prova, mas confivel sem reserva

JUDASMO

Ateologia Judaicaatesta que a crena em Deus altamente meritria, mas no obrigatria. Embora uma pessoa deva acreditar em Deus, o que mais importa se essa pessoa leva uma vida decente. Os racionalistas Judeus, tais comoMaimnides, mantm que a f em Deus, como tal, muito inferior ao aceitar que Deus existe atravs de provas irrefutveis.7

NA TANAKH

NaBblia Hebraicaa palavrahebraicaemet("f") no significa uma crena dogmtica. Ao invs disso, tem uma conotao de fidelidade (da forma passiva "ne'eman" = "de confiana" ou "confivel") ou confiana em Deus e na sua palavra. A Bblia hebraica tambm apresenta uma relao entre Deus e os filhos de Israel como um compromisso. Por exemplo, Abrao argumenta que Deus no deve destruir Sodoma e Gomorra, e Moiss lamenta-se por Deus tratar os Filhos de Israel duramente. Esta perspectiva de Deus como um parceiro com quem se pode pleitear celebrada no nome "Israel," da palavra Hebraica "lutar".

CRISTIANISMO

Segundo o pensamento cristo, todo o conjunto dos ensinos transmitidos porJesus Cristoe seus discpulos constitui a "f". (Glatas 1:7-9) A f crist baseia-se em toda a Bblia como a Palavra de Deus, que inclui asEscrituras Hebraicas, as quais Jesus e os escritores dasEscrituras Gregas Cristsfrequentemente citaram em apoio das suas declaraes. Segundo estas Escrituras, para ser aceitvel a Deus, necessrio exercer f em Jesus Cristo, e isto torna possvel obter uma condio justa perante Deus.

NOVO TESTAMENTO

F acreditar em coisas que se esperam, a convico de fatos que se no veem, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos. .

Hebreus 11,1

NaBblia, a palavra f transmite a ideia de confiana, fidcia, firme persuaso. A f "o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que no se vem"(Hebreus 11:1), a convico de algo subjacente a condies visveis e que garante uma posse futura, sendo a base deesperanapara se ter convico a respeito de realidades no vistas. SegundoRomanos 10,17a f vem peloaprendizadodabblia.

Comentando a funo da f em relao ao convnio com Deus, o escritor das cartas aosHebreustraduz f com a mesma palavra que geralmente aparece em antigos papiros oficiais de negcios, dando a ideia que um convnio uma troca de garantias que garantam que futuras transferncia de posses descritas no contrato. Nessa viso, Moulton e Milligan sugerem a redeno: "F o ttulo da ao esperada.".8Sintetizando o conceito, noNovo Testamentoa f a relao sobre a auto revelao de Deus, especialmente no sentido de confidncia com as promessas e medo de ameaas que esto nas escrituras. Os escritores evidentemente supem que os seus conceitos de f esto enraizados nas escrituras hebraicas. No mais, os escritores do Novo Testamento igualam f em Deus com crena emJesus.

CATECISMO DA IGREJA CATLICA

Segundo oCompndio do Catecismo da Igreja Catlica(CCIC), a f " avirtude teologalpela qual cremos emDeuse em tudo o que Ele nos revelou e que aIgrejanos prope para acreditarmos, porque Ele a prpriaVerdade. Pela f, o homem entrega-se a Deus livremente. Por isso, o crente procura conhecer e fazer avontadede Deus, porque a f opera pelacaridade" (Glatas 5,6).

CATECISMO DE WESTMINSTER

Nas palavras do Catecismo de Westminster: "F em Jesus Cristo a graa da salvao, por meio de qual ns recebemos e repousamos sobre ele para a salvao, como ele ofertado para ns no evangelho". O objeto da f salvadora toda a revelao da palavra de Deus. F aceita e acredita nisso como verdade mais certa. Mas o ato especial de f que une a Cristo tem como seu objeto a pessoa e o trabalho do Senhor Jesus Cristo. Esse o ato especfico de f que um pecador justificado perante Deus.

PCNER 5 EIXOS TEMTICOS: 1 - CULTURAS E TRADIES RELIGIOSAS

o estudo do fenmeno religioso luz da razo humana, analisando questes como: funo e valores da tradio religiosa e tica, teodiceia, tradio religiosa natural e revelada, existncia e destino do ser humano nas diferentes culturas.

CULTURAS E TRADIES RELIGIOSAS

A Cultura e a Religio do povo brasileiro. O povo brasileiro descende de uma mistura de etnias. Colonizadores portugueses, nativos e escravos africanos (originrios na sua maioria de Yoruba e Quimbundu que, nos dias de hoje, correspondem Nigria, Benin e Angola) constituram a base racial. Colonizadores franceses e holandeses tambm estiveram no Nordeste do Brasil. No sculo XX, massas de imigrantes alemes, italianos, polacos e japoneses acrescentaram novos elementos a essa mistura. Os brasileiros so, talvez, o povo mais racialmente miscigenado.

DIVERSIDADE CULTURAL E RELIGIOSA NO BRASIL

A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinria, manifestaes religiosas, tradies, entre outros aspectos.

A tradio e sua presena na sociedade baseiam-se em dois pressupostos antropolgicos: a) as pessoas so mortais; b) a necessidade de haver um nexo de conhecimento entre as geraes.

Os aspectos especficos da tradio devem ser vistos em seus contextos prprios: tradio cultural, tradio religiosa, tradio familiar e outras formas de perenizar conceitos, experincias e prticas entre as geraes. A tradio toma feies peculiares em cada crena. Pode-se destacar a presena da tradio nos grandes grupos religiosos: Religies Indgenas, Candomblesmo, Umbandismo, Espiritismo, Judasmo, Cristianismo, Islamismo, Hindusmo, Budismo, Confucionismo, Taosmo, Zoroastrismo, Xintosmo...

O QUE TRADIO?

Tradio uma palavra com origem no termo em latimtraditio, que significa "entregar" ou "passar adiante". A tradio transmisso decostumes, comportamentos, memrias,rumores,crenas, lendas, para pessoas de uma comunidade, sendo que os elementos transmitidos passam a fazer parte da cultura.

Para que algo se estabelea como tradio, necessrio bastante tempo, para que o hbito seja criado. Diferentes culturas e mesmo diferentes famlias possuem tradies distintas. Algumas celebraes e festas (religiosas ou no) fazem parte da tradio de uma sociedade. Muitas vezes certos indivduos seguem uma determinada tradio sem sequer pensarem no verdadeiro significado da tradio em questo.

No mbito daetnografia, a tradio revela um conjunto de costumes, crenas, prticas, doutrinas, leis, que so transmitidos de gerao em gerao e que permitem a continuidade de uma cultura ou de um sistema social.

No contexto doDireito, tradio consiste naentrega realde uma coisa para efeitos da transmisso contratual da sua propriedade ou da sua posse entre pessoas vivas. A situao jurdica resulta de uma situao de fato: a entrega. Entretanto, a tradio poder no ser material, mas apenas simblica.

TRADIO RELIGIOSA

Para muitas religies, a tradio o fundamento, conservado de forma oral ou escrita, dos seus conhecimentos acerca de Deus e do Mundo, dos seus preceitos culturais ou ticos.

No caso do catolicismo, por exemplo, existe a diferenciao entre a tradio oral e a escritura, sendo que as duas so consideradas fontes comuns da revelao divina. Essa doutrina foi definida como dogma da f nos Conclios de Trento em 1546, do Vaticano I em 1870 e do Vaticano II em 1965. Uma tradio pode ser interpretada de vrias formas diferentes e ainda nos dias de hoje h contradies entre telogos protestantes e catlicos.

Enquanto o Ocidente acentua a encarnao humana, e ainda a personalidade e historicidade de Cristo, o Oriente diz: Sem princpio, sem fim, sem passado, sem futuro. De acordo com a sua crena, o Cristo subordina-se a uma pessoa superior e divina esperando obter a Sua graa; mas o oriental sabe que a redeno depende do trabalho que o indivduo fizer sobre si mesmo. O Tao cresce a partir do indivduo. A imitao de Cristo tem esta desvantagem: com o correr dos tempos adora-se como divino exemplo um homem que encarnou o mais profundo significado da vida e ento, empenhados numa perfeita imitao, esquecemo-nos de tornar real o nosso desgnio mais profundo - a auto realizao. Tivesse Jesus feito isso e Ele teria sido provavelmente um respeitvel carpinteiro e no o rebelde religioso que foi.

A imitao de Cristo deveria ser entendida de uma maneira mais profunda. Devia ser tomada como o dever de tornar reais as nossas convices mais profundas, com a mesma coragem e o mesmo esprito de auto sacrifcio revelado por Jesus.Deste modo, a pessoa de Jesus, situada fora no reino da histria, poder-se-ia tornar para o homem contemporneo o homem superior que existe dentro de si prprio, o que lhe permitiria alcanar, maneira europeia, o estado psicolgico correspondente iluminao no sentido oriental.

HINDUSMO

O Hindusmo, ao contrrio do Cristianismo, Islamismo ou Budismo no teve nenhum fundador. Foi crescendo por um perodo de mais de 5.000 anos, absorvendo e assimilando todos os movimentos religiosos e culturais da ndia.

No se pode dizer que o Hindusmo seja uma filosofia ou religio bem definida. , antes, um complexo e vasto organismo scio religioso formado por inmeras seitas, cultos e sistemas filosficos, envolvendo vrios ritos, cerimnias e disciplinas espirituais, bem assim como a adorao de incontveis deuses e deusas.

Na poca moderna, em parte como reao atividade missionria crist, o interesse popular pelos antigos documentos hindus, como o Upanishads, tem aumentado. A maior parte dos hindus das classes mais instrudas parece acreditar no Upanishads, aceitando o mundo como uma manifestao de Brahaman. O interesse pelas formas menos abstratas do culto religioso tem declinado entre estas classes e por vezes estas so executadas mais como costumes sociais do que atividades puramente religiosas. Contudo, uma grande maioria de hindus economicamente desfavorecidos aproxima-se de Deus atravs de simples mtodos tradicionais usando os caminhos da devoo (bahkti) e atuao (karma) em vez do caminho do conhecimento (jnna). E precisamente a continuao destes mtodos que responsvel pela falsa crena, de certo modo comum no Ocidente, de que o Hindusmo uma religio politesta. Se a doutrina de Brahman no for entendida, este um erro fcil de cometer, pois no Hindusmo popular Deus adorado em diferentes formas, embora no seja esquecido que Ele UM. Uma ideia que no tem sido apenas expressa nas escrituras e textos eruditos, mas cuja verdade aceite pela maioria dos devotos mais simples, o que em parte justifica a unidade na diversidade da sdhan (prtica espiritual) indiana. Isto o que Rajjab queria dizer quando h quatrocentos anos cantou: a adorao de diferentes seitas, que so como muitos pequenos riachos, movem-se para encontrar Deus, que como o Oceano.

BUDISMO

O Budismo tem sido, por muitos sculos, a tradio espiritual dominante na maior parte da sia, incluindo os pases da Indochina, como o Sri lanka, Nepal, Tibet, China, Koreia e Japo. Assim como o Hindusmo na ndia, tem tido uma grande influncia na vida intelectual, cultural e artstica destes pases. Contudo, de modo diferente do Hindusmo, o Budismo remete-se a um nico fundador, Siddartha Gautama, o chamado Buda histrico, que viveu na ndia em meados do sc.VI A.C. durante o extraordinrio perodo que viu o nascimento de tantos gnios espirituais e filosficos: Confcio e Lao Tzu na China, Zoroastro na Prsia, Pitgoras e Herclito na Grcia.

Se o sabor do Hindusmo mitolgico e ritualista, o do Budismo definitivamente psicolgico. Buda no estava interessado em satisfazer a curiosidade humana acerca da origem do mundo, a natureza da Divindade ou questes semelhantes. Ele estava interessado exclusivamente na situao humana, no sofrimento e frustraes do ser humano. A sua doutrina, portanto, no era metafsica; constitua antes uma psicoterapia. Ele apontou a origem das frustraes humanas e a maneira de as ultrapassar, retomando para este fim os conceitos tradicionais indianos de iluso (maya), acco (karma), salvao (nirvana), etc., dando-lhes uma relevante interpretao psicolgica, fresca e dinmica.

TAOSMO

Taosmo o termo usado pelo mundo ocidental para referir um dos maiores movimentos do pensamento chins. Mas, ao contrrio do Confucionismo, no tem um ensino sistemtico ou credo, nem pode ser transformado num conjunto de regras a seguir. Em primeiro lugar uma religio csmica, consistindo no estudo do Universo e no lugar e funo do homem, de todas as criaturas e fenmenos dentro dele. A doutrina do Tao existiu provavelmente antes de Lao Tzu, o reputado fundador do Taosmo.

O Tao o mistrio derradeiro, aquele do qual as palavras se desviam; aquele que ultrapassa todas as definies e contingncias e todo o pensamento finito. No entanto, embora o Tao no possa ser expresso em palavras, o silncio tambm inadequado. Ele no pode ser transmitido pela palavra ou pelo silncio. A sua natureza transcendental talvez possa ser apreendida nesse estado que no palavra nem silncio. Daqui se depreende que o Taosmo uma religio puramente metafsica e mstica. Outras religies tm os seus aspectos msticos; o Taosmo misticismo.

O Tao mais a passagem do que o Caminho - escreve Okakuro Kazuko. o esprito da Mudana Csmica - o desenvolvimento eterno que volta sobre si mesmo para produzir novas formas. o princpio de toda a energia, sem ser energia, mas apenas uma das suas manifestaes. o eterno princpio de toda a vida, mas que nenhuma vida pode expressar, e todos os corpos e formas materiais no so seno as suas vestes momentneas.

JUDASMO

IDOLATRIA - A palavra idolatria herda dos radicais gregos eidolon+latreia, onde eidolon seria melhor traduzido por "corpo", e latreia significando "adorao" - neste sentido representaria mais uma adorao s aparncias corporais do que de imagens simplesmente.

Foi Abrao que quebrou a idolatria e se virou para o servio do nico Deus que ele reconheceu como o Criador do cu e da terra. Crenas e tendncias monotestas j existiam antes de Abrao surgir. Mas estas pouco tinham em comum com o monotesmo de Abrao. Foi a Abrao que Deus se revelou como YHWH (O Senhor) e mais tarde a Moiss como Eu Sou Aquele que Sou.

A histria comea com a criao do mundo por Deus e pela formao do Homem Sua imagem. Contudo, este processo criativo no cessou quando o mundo e o Homem foram feitos, porque aquilo que tinha sido criado tinha de ser alimentado e desenvolvido. Foi essa a tarefa que Deus confiou ao Homem.

A base desta cooperao criativa a obedincia ao Criador, que se deve expressar na obedincia lei moral. Esta lei moral divide-se em duas categorias: Justia, que diz respeito ao reconhecimento dos direitos humanos, e Retido, que d relevo aceitao dos deveres.

O primeiro preceito da lei de Justia foi comunicado humanidade atravs de No, quando, depois do Dilvio, Deus fez um pacto com ele, em que impunha o respeito pela vida humana. Justia, no entanto, mesmo no seu sentido mais lato, no seno o aspecto negativo da lei moral. Justia regulamentadora e no criativa. Criatividade s entra em plena atividade tanto no homem como na Divindade quando movida por Retido. Esta foi a verdade que Abrao experimentou. E, como consequncia, Deus fez uma aliana com ele dando-lhe direito a si e aos seus descendentes de servirem como instrumentos para dar a conhecer humanidade os Caminhos do Senhor, praticando a justia e a retido, e deste modo desempenharem o servio universal para o qual ele e a sua semente tinham sido destinados.

Foi em confirmao da Aliana com Abrao, com todas as suas implicaes que viria a ser feita posteriormente a Aliana de Deus com Israel no Monte Sinai, atravs de Moiss e dos Dez Mandamentos.

Embora o Declogo indicasse o alcance da misso sacerdotal de Israel ele no fornecia, no entanto, os deveres especficos e obrigaes que se impunham ao povo como nao santa. Estas foram desenvolvidas numa srie de revelaes a Moiss que ele transmitiu ao povo e que, incorporando o Declogo, finalmente se tornou a Torah, vulgarmente conhecido como a Lei, da qual o Pentateuco o registo escrito.

No Judasmo o Deus da Justia o Deus da Misericrdia (Amor), uno e inseparvel. Alm disto, o Judasmo acentua a Imanncia, Omnipresena, Transcendncia, Omniscincia e Omnipotncia Divinas. Imanente e Omnipresente porque a Sua Providncia se estende sobre toda a Criao. Transcendente porque puro esprito. Omnisciente porque conhece os atos e pensamentos mais secretos do Homem. Omnipresente e Omnisciente porque nada poder frustrar a realizao definitiva do Seu Objetivo, embora para o cumprimento desse objetivo seja necessria a cooperao do Homem.

No seu contexto Messinico e de realizao terrena o Reino de Deus no mais do que a preparao para a consumao do Reino num mundo supra - histrico e sobrenatural que h de vir, um mundo que na linguagem rabnica nenhum ouvido ouviu ou olho viu (Is 64,3).

A esta ordem supra histrica e sobrenatural do Reino esto associadas as doutrinas da Ressurreio dos mortos e o universal Dia do Julgamento, quando o fim de todos os caminhos de Deus for conhecido e a consumao plena dos seus objetivos se realizar.

O Judasmo nega a existncia do pecado original. certo que a ideia de que o pecado de Ado trouxe a morte a toda a humanidade no desconhecida na doutrina judaica, mas refere-se invariavelmente morte fsica, e isto no deve confundir-se com a morte espiritual de que a doutrina crist diz ningum poder ser salvo seno atravs da f no Salvador. Portanto, o homem pode alcanar a sua prpria redeno pela penitncia, sendo encorajado que o prprio Deus est sempre pronto, na abundncia do Seu Amor, a receber o pecador penitente e a purific-lo de toda a iniquidade.

CRISTIANISMO

Cristianismo a religio de que Jesus Cristo , simultaneamente, a origem e o objeto, o princpio e o fim. No se trata de pura doutrina, ou de um movimento cuja autoria se deve a Cristo. Ele prprio est no centro dessa doutrina e da correspondente atitude religiosa.

Jesus veio para revelar Deus, o Deus que tem poder soberano no mundo. Veio para nos dizer o que Deus pensa de ns e quer de ns. Veio para proclamar o que Deus espera fazer por ns. Veio, sobretudo, para anunciar redeno e graa e revelar uma nova criao.

Jesus no veio resolver os problemas que o prprio Homem pode e deve resolver. Ele veio para que todos os homens tivessem Nele um amigo, um irmo que faz a paz e favorece a reconciliao.

O que particularmente notvel na sua pregao a sua insistncia de que todos que O querem seguir no devem odiar ningum, nem pagar o mal com o mal. De facto, Ele foi mais longe ainda, pedindo que amssemos os nossos inimigos. O que Ele queria, acima de tudo, era dar esperana a todos os homens.

O Cristianismo proveio do Judasmo. Logo, no de admirar se encontrarmos implantados, tanto no Judasmo como no Cristianismo, ideias msticas que so propriedade comum da vida espiritual Grega e Egpcia.

Vemos, deste modo, que era dentro da religio judaica que existia um solo no qual um iniciado de tipo nico se poderia desenvolver. Ele deveria levar para o mundo aquilo que o eleito tinha experimentado nos Templos dos Mistrios. Tinha que estar disposto a assumir em si prprio, atravs da sua personalidade, de forma a servir de intermedirio entre si e a sua comunidade, aquilo que o Culto dos Mistrios tinha previamente trazido queles que tomaram parte deles. Certamente ele no poderia dar de imediato a toda a comunidade as experincias dos Mistrios, nem ele desejava faz-lo. Apenas desejava dar a todos a certeza da verdade contemplada nos Mistrios. Ele queria fazer com que a vida, que circulava dentro dos Mistrios, viesse a circular atravs da evoluo histrica da humanidade e, deste modo, elevasse a humanidade a um mais alto grau de existncia. Ele queria implantar nos coraes dos homens, de forma inabalvel, sob a forma de f, a certeza de que o divino realmente existe. E mostrar que o Reino de Deus no depende de cerimnias exteriores, mas existe dentro de ns.

Se o Verbo tinha de se tornar carne, Ele deveria repetir o processo csmico numa existncia corporal. Tinha de se submeter a um facto real, um facto que fosse vlido para toda a humanidade. O que tinha ocorrido anteriormente como um processo nos Mistrios tornou-se, atravs do Cristianismo, um facto histrico. Logo, o Cristianismo no era s a realizao de tudo aquilo que fora predito pelos profetas judeus, como tambm a verdade que tinha sido prefigurada nos Mistrios.

A Cruz do Glgota o culto do Mistrio da Antiguidade condensada num facto. A cruz encontrada, pela primeira vez, nas cosmogonias antigas. No incio do Cristianismo encontramo-la dentro de um acontecimento que passaria a ser vlido para toda a humanidade. deste ponto de vista que o elemento mstico no Cristianismo pode ser compreendido. O Cristianismo como um facto mstico um marco na evoluo humana; e so os acontecimentos dos Mistrios, com os seus efeitos consequentes, que servem de preparao para este facto mstico.

O nico Mistrio, o Mistrio prottipo, o Mistrio Cristo, deveria assim substituir os muitos Mistrios da antiguidade. Jesus, no qual o Verbo se fez carne, tornar-se-ia o Iniciador de toda a humanidade, e esta humanidade passaria a ser a sua prpria comunidade de msticos - no uma separao de eleitos, mas o elo de ligao entre todos.

ISLAMISMO

Os rabes so um povo semita, e o semita no um monotesta natural como se sups cerca de meados do sculo XIX. Ele um animista. No sculo VII D.C. os rabes ainda eram politestas na expresso das suas crenas religiosas. ()

Ningum sabe ao certo quando a Pedra Negra caiu do cu sobre o Deserto rabe. Diodorus Silicus, o Grego, menciona-a na sua histria universal, escrita no sculo que precede a Cristo. (...) Muitos povos vieram depois contemplar o prodgio e em torno da pedra cresceu uma cidade. E to preciosa se tornou esta pedra, tanto religiosa como economicamente, que os seus respeitados e prudentes guardies decidiram proteg-la.

Para a mentalidade matemtica dos rabes daquele tempo a perfeio era representada por um cubo. Por isso a casa que construram, perto de uma antiga fonte sagrada, para abrigar a sua pedra enviada do cu, chamaram eles Caaba, ou Cubo.

Maom - o fundador do Islamismo- nasceu cerca do ano 570 D.C.

Durante as suas viagens como mercador e mesmo na sua terra, Maom encontrou em contato com judeus e cristos, aprendendo com eles as histrias contidas nos seus livros sagrados. Admirou Abrao, Moiss e Jesus, embora no compreendesse a teologia do Judasmo ou Cristianismo, ou a diferena entre elas. mesmo de duvidar que Maom tenha lido qualquer coisa na Bblia ou lido e escrito qualquer coisa at ento, j que se chamava a si mesmo o profeta iletrado. Tinha, no entanto, boa memria e recordava-se das tradies orais do judeu, cristo e rabe pago, com suave imparcialidade e limitada diferenciao.

Sob o estmulo da atmosfera ntima e amigvel de um grupo de discpulos, Maom desenvolveu a sua mensagem, que resumiu nesta frase: No h seno um Deus que Al; e Maom o Seu profeta.

Maom parece ter identificado Al com Jeov e feito eco do mandamento mosaico no ters outro Deus que no Eu.

A recusa dos judeus em aceitarem o que Maom considerava a pura religio de Abrao, levou-o a mudar a Kiblah, ou direco da prece, de Jerusalm para Meca.

A palavra rabe que significa submisso eram islam, e Maom tanto a incutiu no esprito dos seus ouvintes que a prpria religio por ele fundada tomou o nome de Islamismo.

A interpretao comum ocidental da filosofia do Islamismo falsa: ela no quer dizer mera submisso por necessidade, a resignao fatalista em face do inevitvel. A verdadeira doutrina cifrava-se em: o que tem que acontecer acontece, de conformidade com a vontade de Al. Por conseguinte tudo est bem.

Maom procurou de toda a maneira tornar fcil a religio. No sobrecarregou o povo com deveres prescritos, deixando-lhes simplesmente o ambguo Alcoro e os cinco deveres principais do verdadeiro muulmano:

Aceitao na crena No h seno um s Deus que Al, e Maom o Seu profeta.

Prece.

Esmola.

Observncia do ms de jejum no ms do Ramado.

Peregrinao a Meca.

Como muitas outras religies, em particular o Judasmo e Hindusmo, o Islo pe grande nfase na distino entre revelao e inspirao. O Islo ensina que o Coro foi transmitido a Maom por intermdio do arcanjo Gabriel e isso situa-se, portanto, ao nvel de pura revelao, tendo o estatuto sacramental de discurso divino. O Profeta recebeu a revelao atravs dos vinte e trs anos em que profetizou. De acordo com a tradio muulmana, Maom ouviu a primeira dessa revelaes na gruta de Hir, perto de Meca, com uma voz a comandar-lhe: Recita, em nome de Deus. E continuou a receber a revelao divina at sua morte, em 632 D.C.(3)

Para os Muulmanos a religio est centrada em Wahy (revelao).

PCNER: 2 - TEXTOS SAGRADOS: ORAIS E ESCRITOS

So textos que transmitem, conforme a f dos seguidores, uma mensagem do Transcendente, em que pela revelao, cada forma de afirmar faz conhecer aos seres humanos seus mistrios e sua vontade, dando origem s tradies. E esto ligados ao ensino, pregao, exortao e aos estudos eruditos.

AS PRINCIPAIS ESCRITURAS SAGRADAS

Dizem que h cerca de 60 mil religies. Estas muitas religies se embasam em textos sagrados, orais ou escritos. Entre estes esto os mais conhecidos: as diversas Bblias crists, o Alcoro islmico, o Tor judaico, o livro de mrmon, entre outros. Neste curso, estamos pesquisando e reunindo informaes sobre os textos sagrados, orais e escritos, das diferentes organizaes religiosas.

Alcoro ou Coro

Bblia

Sunnah ou Hadith

Tor

Vedas

Livro de Mrmon

Livros Apcrifos

Ramayanas

Maabrata

Pistis Sophia Develada

Chilam Balam

Alcoro ou Coro- O Alcoro um registro das palavras exatas reveladas por Deus por intermdio do anjo Gabriel ao Profeta Mohammad. Foi memorizado por ele, e ento ditado aos seus companheiros, e registrado pelos seus escribas, que o conferiram durante sua vida. Nenhuma palavra de suas 114 suratas foi mudada ao longo dos sculos.

Bblia- Bblia (do grego, plural de, transl.bblion, rolo ou livro.) se constitui no texto religioso central do judasmo e do cristianismo. Foi So Jernimo, tradutor daVulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de Biblioteca Divina. A Bblia uma coleo de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas trs grandes religies dos filhos de Abrao (alm do cristianismo e do judasmo, o islamismo). So, por isso, conhecidas como as religies do Livro. sinnimo de Escrituras Sagradas e Palavra de Deus.

Na composio da Bblia Sagrada adotou-se os livros considerados inspirados, que chamaram de cannicos e extirpou-se certos livros, considerados sem inspirao divina, chamados apcrifos, pelo sistema religioso dominante.

O contedo da Bblia Sagrada no se apresenta uniforme em todas as religies. As igrejas crists protestantes e outros grupos religiosos, alm do protestantismo, possuem no cnone de textos sagrados de suasBblias somente 66 livros: 39 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. A Igreja Catlica inclui sete livros e dois textos adicionais ao Antigo Testamento como parte de seu cnone bblico (so eles: Tobias; Judite; Sabedoria; Eclesistico ou Sircides; Baruque; I Macabeus; e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel).

Esses textos so chamados deuterocannicos (ou do segundo cnon) pela Igreja Catlica. As igrejas crists ortodoxas e as outras igrejas orientais incluem, alm de todos esses j citados, outros dois livros de Esdras, dois de Macabeus, a Orao de Manasss, e alguns captulos adicionais ao final do livro dos Salmos (um nas Bblias das igrejas de tradio e extrao cultural grega, cptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bblias das igrejas de tradio siraca). As igrejas crists protestantes, dentre outros grupos, consideraram todos esses textos como apcrifos, ou seja, textos que carecem de inspirao divina. No entanto, existem aqueles que reconhecem esses textos como leitura proveitosa e moralizadora, alm do valor histrico dos livros dos Macabeus. Alm disso, algumas importantes Bblias protestantes, como a Bblia do Rei James e a Bblia espanhola Reina-Valera, os contm, ao menos, em algumas de suas edies.

Sunnah ou Hadith- A Sunnah ou Hadith so a segunda fonte da qual os ensinamentos do Islam so esboados. Hadith significa literalmente um dito transmitido ao homem, mas em terminologia islmica significa os ditos do Profeta (paz esteja com ele), sua ao ou prtica de sua aprovao silenciosa da ao ou prtica. Hadith e Sunnah so usados intercaladamente, mas em alguns casos so usados com significados diferentes.

Para lidar com o tpico necessrio conhecer a posio do Profeta no Islam, porque a indispensabilidade do Hadith depende da posio do profeta. Analisando o problema, podemos visualizar trs possibilidades:

1. A obrigao do profeta era apenas transmitir a mensagem e nada mais foi requerido dele.

2. Ele tinha que no apenas transmitir a mensagem mas tambm agir de acordo com ela, e explic-la. Mas tudo era para um perodo especificado e, depois de sua morte, o Quran se torna suficiente para a humanidade.

3. Ele no tinha nenhuma dvida para transmitir a Mensagem Divina, mas era tambm sua obrigao agir de acordo com ela e explic-la para as pessoas. Suas aes e explicaes so origem dos ensinamentos para sempre. Seus ditos, aes, prticas e explicaes so origem de luz para todo muulmano em todas as pocas.

O Hadith to importante que, sem ele, o Livro Sagrado e o Islam no podem ser completamente compreendidos ou aplicados na vida prtica do fiel.

Tor- Tor (do hebraico, significa instruo, apontamento, lei) o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (tambm chamados de Hamisha Humshei Torah, as cinco partes da Tor) e que constituem o texto central do judasmo. Contm os relatos sobre a criao do mundo, a origem da humanidade, o pacto de Deus com Abrao e seus filhos, e a libertao dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinao de quarenta anos at a terra prometida. Inclui tambm os mandamentos e leis que teriam sido dadas a Moiss para que entregasse e ensinasse ao povo de Israel.

Chamado tambm de Lei de Moiss (Torah Mosh), hoje a maior parte dos estudiosos so unnimes em concordar que Moiss no o autor do texto que possumos, mas sim que se trate de uma compilao posterior. Por vezes, o termo Tor usado dentro do judasmo rabnico para designar todo o escopo da tradio judaica, incluindo a Tor escrita, a Tor oral (ver Talmud) e os ensinamentos rabnicos. O cristianismo, baseado na traduo grega Septuaginta, tambm conhece a Tor como Pentateuco, que constitui os cinco primeiros livros da Bblia crist.

Diviso da Tor- As cinco partes que constituem a Tor so nomeadas de acordo com a primeira palavra de seu texto, e so assim chamadas:

Bereshit - No princpio conhecido pelo pblico no judeu como Gnesis

Shemot - Os nomes ou xodo

Vaicr - E chamou ou Levtico

Bamidbar- No ermo ou Nmero

Devarim - Palavras ou Deuteronmio

Geralmente suas cpias feitas a mo, em rolos, e dentro de certas regras de composio, usadas para fins litrgicos, so conhecidas como Sefer Tor, enquanto suas verses impressas, em livro, so conhecidas como Chumash.

Origens e desenvolvimento da Tor -A tradio judaica mais antiga defende que a Tor existe desde antes da criao do mundo e foi usada como um plano mestre do Criador para com o mundo, humanidade e principalmente com o povo judeu. No entanto, a Tor como conhecemos teria sido entregue por Deus a Moiss, quando o povo de Israel aps sair do cativeiro no Egito, peregrinou em direo terra de Cana. As histrias dos patriarcas, aliados ao conjunto de leis culturais, sociais, polticas e religiosas serviram para imprimir sobre o povo um sentido de nao e de separao de outras naes do mundo.

De acordo com algumas tradies, Moiss o autor da Tor, e at mesmo a parte que discorre sobre sua morte (Devarim Deuteronmio 32:50-52) teria sido fruto de uma viso antecipada dada por Deus. Outros defendem que, ainda que a essncia da Tor tenha sido trazida por Moiss, a compilao do texto final foi executada por outras pessoas. Este problema surge devido ao fato de existirem leis e fatos repetidos, narrao de fatos que no poderiam ter sido escritos na poca em que foram escritos e incoerncia entre os eventos, que mostra a Tor como sendo fruto de fuses e adaptaes de diversas fontes de tradio. A Tor seria o resultado de uma evoluo gradual da religio israelita.

A primeira tentativa de sistematizar o estudo do desenvolvimento da Tor surgiu com o telogo e mdico francs Jan Astruc. Ele o pioneiro no desenvolvimento da teoria que a Tor constituda por trs fontes bsicas, denominadas jeovista, elosta e cdigo sacerdotal, e mais outras fontes alm dessas trs. Deve-se enfatizar que, quando se fala dessas fontes, no se refere a autores isolados, mas sim a escolas literrias.

Um estudo sobre a histria do antigo povo de Israel mostra que, apesar de tudo, no havia uma unidade de doutrina e desconhecia-se uma lei escrita at os dias de Josias. As fontes jeovista e elosta teriam sua forma plenamente desenvolvida no perodo dos reinos divididos entre Jud e Israel (onde surgiria tambm a verso conhecida como Pentateuco Samaritano). O livro de Deuteronmio s viria a surgir no reinado de Josias (621 a.C.). A Tor como conhecemos viria a ser terminada nos tempos de Esdras, onde as diversas verses seriam finalmente fundidas. Vemos ento o incio de prticas que eram desconhecidas da maioria dos antigos israelitas, e que s seriam aceitas como mandamentos na poca do Segundo Templo, como a Brit mil, Pessach e Suct, por exemplo.

Contedo- Em Bereshit narrada a criao do mundo e do homem sob o ponto de vista judaico, e segue linearmente at o pacto de Deus com Abrao. So apresentados os motivos dos sofrimentos do mundo, a constante corrupo do gnero humano e a aliana que Deus faz com Abrao e seus filhos, justificados pela sua f monotesta, em um mundo que se torna mais idlatra e violento. Nos apresentada a genealogia dos povos do Oriente Mdio, e as histrias dos descendentes de Abrao at o exlio de Jac e de seus doze filhos no Egito.

Em Shemot, mostram-se os fatos ocorridos nesse exlio, quando os israelitas tornam-se escravos na terra do Egito, e Deus se manifesta a um israelita-egpcio, Moiss, e o utiliza como lder para libertao dos israelitas, que pretendem tomar Cana como a terra prometida aos seus ancestrais. Aps eventos miraculosos, os israelitas fogem para o deserto, e recebem a Tor dada por Deus. Aqui so narrados os primeiros mandamentos para Israel enquanto povo (antes a Bblia menciona que eram seguidos mandamentos tribais), e mostra as primeiras revoltas do povo israelita contra a liderana de Moiss e as condies da peregrinao.

Em Vaicr so apresentados os aspectos mais bsicos do oferecimento das korbanot, das regras de cashrut e a sistematizao do ministrio sacerdotal.

Em Bamidbar continuam-se as narraes da saga dos israelitas no deserto, as revoltas do povo no deserto e a condenao de Deus peregrinao de quarenta anos no deserto.

Em Devarim esto compilados os ltimos discursos de Moiss antes de sua morte e da entrada na Terra de Israel.

Tri-Pitakas- Os textos comearam a ser escritos na ndia, dois sculos aps a morte de Buda (486 a.C.), quando os discpulos resolveram transcrever os discursos do mestre.

Porm, a sistematizao dos ensinamentos se deu somente com a expanso da doutrina para o Sudeste Asitico (Budismo Theravada), Extremo Oriente (Budismo Sinons) e Nepal (Budismo Tibetano).

Cada corrente tem uma verso prpria da Tri-Pitaka, mas em toda a obra divide-se em trs partes: a Sutra-Pitaka, com discursos de Buda; a Vinaya-Pitaka, com normas para os monges; e a Abidharma-Pitaka, com teses de estudiosos budistas.

Vedas-Literatura Snscrita- A literatura snscrita pode ser classificada e conduzida sob seis encabeamentos, e quatro formas seculares. As seis formas ortodoxas de diviso so autorizadas pelas escrituras dos Hindus; as quatro seculares divises incorporaram o desenvolvimento tardio na literatura clssica Snscrita a saber:

As seis escrituras so: (i) Srutis, (ii) Smritis, (iii) Itihasas, (iv) Puranas, (v) Agamas e (vi) Darsanas. Os quarto Escritos Seculares so: (i) Subhashitas, (ii) Kavyas, (iii) Natakas e (iv) Alankaras.

Veda O conhecimento desvelado- Os Srutis so os chamados Vedas, ou os Amnaya. Os Hindus receberam suas religies atravs da revelao dos Vedas. Estas eram revelaes intuicionais diretas e eram seguras para serem consideradas Apaurusheya ou inteiramente supra-humano, sem nenhum autor em particular. Os Vedas so as orgulhosas glrias dos Hindus, e de todo o mundo sbio.

O termo Veda advm da raiz snscrita Vid, conhecer. A palavra Veda significa conhecimento. E quando ela se aplica s escrituras, ela significa livro de conhecimento. Os Vedas so o fundamento das escrituras dos Hindus e a origem de outros cinco grupos de escrituras; razo, at mesmo, do secular e do materialismo. O Veda o depsito do conhecimento indiano e glria memorvel do qual o homem jamais poder esquecer at a eternidade.

Os Vedas so as verdades eternas reveladas por Deus para os antigos grandes sbios, Rishis, da ndia. A palavra Rishi significa vidente, ou profeta, derivado da palavra snscrita dris, ver. Ele o Mantra-Drashta, vidente do mantra ou do pensamento. O pensamento no de um sbio particular. Os Rishis viram a verdade ou ouviram-na. Portanto, os Vedas so o que foi ouvido (Sruti). O Rishi no os escreveu. Ele no Os criou fora de si. Ele foi um vidente a partir daquilo que viu como j existente. Ele somente fez uma descoberta espiritual por intermdio da meditao. Ele no o inventor dos Vedas.

A glria dos Vedas- Os Vedas representam as experincias espirituais dos Rishis de outrora. Os Rishis eram como um mdium, ou um agente de transmisso, para as pessoas, da experincia intuicional que eles tinham recebido. As verdades dos Vedas so revelaes. Todas as outras religies do mundo afirmam a autoridade dEles como tendo sido entregues por mensageiros especiais de Deus, para certas pessoas, mas os Vedas no devem Sua autoridade a ningum. Eles so em si mesmo a autoridade como eternos; eles so os conhecimentos do Senhor.

O Senhor Brahma, o criador, transmitiu o conhecimento divino para os Rishis videntes. Os Rishis disseminaram o conhecimento. Os Rishis Vdicos eram grandes pessoas realizadas que possuam a intuitiva percepo direta do Brahman, ou a verdade. Eles foram escritores inspirados. Eles edificaram um simples, grande e perfeito sistema de religio e filosofia, do qual os fundadores e professores de todas as outras religies extraram suas inspiraes.

Os Vedas so os antigos livros da biblioteca do homem. As verdades contidas em todas as religies so derivadas dos Vedas e so, no final das contas, o que pode ser seguido pelos Vedas. Eles so a fonte original da religio, so a origem fundamental para a qual todas as religies conhecidas podem ser executadas. Religio de origem divina. Ela foi revelada por Deus para o homem nos tempos aurignicos. Esta a expresso dos Vedas.

Os Vedas so eternos. Eles no tm comeo ou fim. Uma pessoa ignorante talvez diga como um livro pode comear e terminar, mas nos Vedas isso no ocorre. Os Vedas surgiram pela respirao do Senhor. Eles no foram compostos por nenhuma mente humana, jamais foram escritos ou criados. Eles so eternos e impessoais. A data dos Vedas jamais poder ser fixada; ela jamais poder ser determinada. Os Vedas so verdades eternas espirituais, so a incorporao do Conhecimento Divino. Os livros podem ser destrudos, mas o conhecimento no pode ser destrudo, eterno. Neste sentido, os Vedas so eternos.

Diviso dos Vedas- Os Vedas dividem-se em quatro grandes livros: Rig-Veda, Yajur-Veda, Sama-Veda e Atharva-Veda. O Yajur-Veda novamente dividido em duas partes, o Sukla (claro; branco), e o Krishna (escuro; negro). O Krishna ou o Taittiriya o livro antigo, e o Sukla, ou o Vajasaneya, a ltima revelao do sbio Yajnavalkya, a partir do resplandecente deus Sol.

O Rig-Veda dividido em 21 seces; o Yajur-Veda possui 109 seces; O Sama-Veda possui mil seces e o Atharva-Veda 50 seces. No todo, os Vedas dividem-se em 1.180 seces.

Cada Veda consiste em quatro partes: o Mantra-Samhitas, ou hinos; os Brahmanas, ou explanaes dos Mantras dos rituais; os Aranyakas e as Upanishads. A diviso dos Vedas dentro de quatro partes para satisfazer os quatro estgios da vida do homem.

Livro de Mrmon -OLivro deMrmon uma das quatroobras-padrodeA Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias. As demais obras so aBblia, aDoutrina e Convniose aProla de Grande Valor.

A exemplo da Bblia, oLivro de Mrmon uma coleo de pequenos livros, ou uma biblioteca. Note-se que dentre estes pequenos livros h umhomnimoLivro de Mrmonescrito pelo mesmoMrmona quem se credita a compilao da biblioteca que leva seu nome. chamado pelos mrmons de "O outro testamento deJesus Cristo". Ossantos dos ltimos Diasso comumente chamadosmrmonsdevido a este livro.

Livros apcrifo - OsLivros apcrifos(grego:;latim:apcryphus; portugus: oculto[1]), tambm conhecidos comoLivros Pseudo-cannicos, so os livros escritos por comunidades crists e pr-crists (ou seja, h livros apcrifos doAntigo Testamento) nos quais os pastores e a primeira comunidade crist no reconheceram a Pessoa e os ensinamentos deJesus Cristoe, portanto, no foram includos no cnonbblico.

O termo "apcrifo" foi criado porJernimo, no quinto sculo, para designar basicamente antigos documentos judaicos escritos no perodo entre o ltimo livro das escrituras judaicas,Malaquiase a vinda deJesus Cristo. So livros que, segundo a religio em questo, no foram inspirados por Deus e que no fazem parte de nenhumcnon. So tambm considerados apcrifos os livros que no fazem parte do cnon da religio que se professa.

A considerao de um livro como apcrifo varia de acordo com a religio.Por exemplo, alguns livros considerados cannicos pelos catlicos so considerados apcrifos pelos judeus e pelos evanglicos (protestantes). Alguns destes livros so os inclusos na Septuagintapor razes histricas ou religiosas.[3]A terminologia teolgica catlica romana/ortodoxa para os mesmos deutero cannicos, isto , os livros que foram reconhecidos como cannicos em um segundo momento (do grego, deutero significando "outro").Destes fazem parte os livros deTobias,Judite,IeII Macabeus,Sabedoria de Salomo,Eclesistico(tambm chamado SircideouBen Sir),Baruc(ou Baruque) e tambm asadies em Estere emDaniel- nomeadamente os episdios daHistria de Susanae deBel e o drago.

Os apcrifos so cartas, coletneas de frases, narrativas da criao e profecias apocalpticas. Alm dos que abordam a vida de Jesus ou de seus seguidores, cerca de 50 outros contm narrativas ligadas ao Antigo Testamento.

O Ramiana, tambm conhecido como Ramayana ou Ramaiana um pico snscrito atribudo ao poeta Valmiki, parte importante do cnon hindu. O nome Rmyaa um composto tatpurusa de Rma e ayana "indo, avanando", cuja traduo "a viagem de Rama".

OMaabrata, conhecido tambm comoMahabarata,MahabharataeMaha-Bharata (devangari: ,transl.Mahbhrata), um dos dois maiorespicosclssicos dandia, juntamente com o Ramiana. Sua autoria atribuda aKrishna Dvapayana Vyasa. O texto monumental, com mais de 74 000 versosemsnscrito, e mais de 1,8 milhes de palavras; se oHarivamsafor includo como sendo anexo e parte da obra, chega-se a um total de 90 000 versos, compondo o maior volume de texto numa nica obra humana.

O Maabrata visto por alguns autores como o texto sagrado de maior importncia nohindusmo, e pode ser considerado um verdadeiro manual de psicologia-evolutiva de um ser humano. A obra discute otri-vargaou as trs metas da vida humana:kamaou desfrute sensorial,arthaou desenvolvimento econmico edharma, a religiosidade mundana que se resume a cdigos de conduta moral e rituais.

Alm dessas metas mundanas, o Maabrata trata demoksha, ou a liberao do ciclo de tri-varga e a sada dosamsara, ou ciclo de nascimentos e mortes. Em outras palavras, uma obra que visa ao conhecimento da natureza do "eu" e sua relao eterna com toda a criao e aquilo que transcende a ela.

O Maabrata estabelece os mtodos de desenvolvimento espiritual conhecidos como karma, jana ebhakti, firmemente adotados pelo hindusmo moderno.

O ttulo pode ser traduzido como "a grande ndia" (literalmente "a grande dinastia de Brata"), mas o sentido verdadeiro o de elucidar o grande trajeto percorrido pelo eu (atma) nesta criao material e fora dela.

A obra considerada, pelos hindus, uma narrativa histrica real, e parte do Itihasa (literalmente, "aquilo que aconteceu") hindu, juntamente com o Ramiana e alguns textos dosPuranas.

A obra, assim com todos os demais textos sagrados hindus, possui um aspecto externo mitolgico, como o de uma simples lenda mitolgica sobre reis e prncipes, deuses e demnios, sbios e santos, guerra e paz. Mas o sentido exotrico, de certa forma oculto, na verdade versa sobre tri-varga, e sobre o objetivo mais importante da existncia,mokshae as atividades da alma liberada no seu relacionamento com a dualidade desta criao e a harmonia no-dual do Absoluto.

O Maabrata contm todos os aspectos do hindusmo e todos os fundamentos da filosofia advaita.

Algumas partes da obra so considerados e estudados como trabalhos fundamentais e analisados e reverenciados isoladamente, tais como:

Bhagavad Gita, parte do Anushasanaparva

Damayantiou Nala e Damayanti, uma fabulosa histria de amor, parte doAranyakaparva

Krishnavatara, a histria deKrishna, aKrishna Lila, que se desenvolve em inmeros parvas, ou captulos da narrativa

Uma verso abreviada doRamayananoAranyakaparva

VixnuSahasranama(o hino que descreve os mil nomes de Vixnu, uma das preces mais famosas do hindusmo, no Anushasanaparva

Logo no primeiroparva("seo"), o Maabrata anuncia o seu carter excepcional: O que for encontrado aqui, pode ser encontrado em qualquer outro lugar. Mas o que no for encontrado aqui, jamais ser encontrado em outro lugar.

Inspirou ofilme homnimo, dePeter Brook, de1989, onde os atores eram de nacionalidade e raas variadas, para indicar a universalidade dos temas tratados neste livro. E a novela televisiva homnima, deB.R. Chopra, uma das mais monumentais obras deBollywood, enorme xitotelevisivoem quase todo o Oriente.

Pistis Sophia- Se constitui num importante textoGnstico. As cinco cpias remanescentes, que os estudiosos datam do perodo entre 250 a 300 dC, relatam os ensinamentos Gnsticos do Jesustransfigurado aos apstolos (incluindoMaria de Magdala,Maria, me de JesuseMarta), quando oCristoressuscitado havia passado onze anos falando com seus discpulos. Nele as estruturas complexas e as hierarquias celestes familiares nos ensinamentosGnsticosso reveladas ( Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.)

No estudo compardo das diversas escrituras podemos depreender que elas que elas possuem muita coisa em comum, quanto ao nacismento do mestre, o batismo, os sacramentos

VIDA APS A MORTE

As expressesvida aps a morte,alm,alm-tmulo,ps vida,ultravidaeoutro mundo referem-se suposta continuidade daalma,espritooumentede um ser aps amortefsica. Os principais pontos-de-vista sobre o alm provm da religio, esoterismo e metafsica. Sob vrios pontos de vista populares, esta existncia continuada frequentemente toma lugar numreinoespiritualou imaterial. Acredita-se que pessoas falecidas geralmente vo para um reino ouplano de existnciaespecfico aps a morte, geralmente determinado por suas aes em vida. Em contraste, o termoreencarnaorefere-se ao renascimento em um novo corpo fsico aps a morte, isto , a doutrina da reencarnao postula um perodo de existncia do ser em outros planos sutis, que ocorre entre duas existncias fsicas ou renascimentos.1

Cticos, tais comomaterialistas-reducionistas, acreditam na impossibilidade da vida aps a morte e a declaram como inexistente, sendo ilgica ou incognoscvel

TIPOS DE VIDA APS A MORTE

Existem dois tipos deopinio, fundamentalmente diferentes, sobre a vida aps a morte: opinio emprica, baseada em supostas observaes, eopinio religiosa, baseada naf.

O primeiro tipo de assertiva baseia-se em supostas observaes feitas por humanos ou instrumentos (por exemplo, um rdio ou umgravador de voz, usados empsicofonia).4Tais supostas observaes so feitas a partir depesquisa de reencarnao,experincias de quase-morte,experincias extra corporais,projeo astral,psicofonia, mediunidade, vrias formas de fotografias etc.35A investigao acadmica sobre tais fenmenos pode ser dividida, grosso modo, em duas categorias: apesquisa fsica geralmente concentra-se no estudo de casos, entrevistas e relatrios de campo, enquanto a parapsicologia cientfica est relacionada estritamente pesquisa em laboratrio.

O segundo tipo baseia-se numa forma def, usualmente f nas histrias que so contadas pelos ancestrais ou f em livros religiosos como aBblia, oQur'an, oTalmude, os Vedas, oTripitakaetc. Este artigo trata principalmente deste segundo tipo.

VIDA APS A MORTE EM DIFERENTES MODELOS METAFSICOS

Nos modelosmetafsicos,testasgeralmente acreditam que algum tipo de ultravida aguarda as pessoas quando elas morrem. Osateusgeralmente no acreditam que haja uma vida aps a morte. Membros de algumas religies geralmente no-testas, como obudismo, tendem a acreditar numa vida aps a morte (tal como nareencarnao), mas sem fazer referncias aDeus.

Osagnsticosgeralmente mantm a posio de que, da mesma forma que a existncia de Deus, a existncia de outros fenmenos sobrenaturais tais como a existncia daalma ou a vida aps a morte so inverificveis, e portanto, permanecero desconhecidos. Algumas correntes filosficas (por exemplo,humanismo,ps-humanismo, e, at certo ponto, o empirismo) geralmente asseveram que no h uma ultravida.

Muitas religies, crendo ou no na existncia da alma num outro mundo, como ocristianismo, oislamismoe muitos sistemas de crenaspagos, ou em reencarnao, como muitas formas dehindusmoebudismo, acreditam que ostatus socialde algum na ultravida uma recompensa ou punio por sua conduta nesta vida.

VIDA APS A MORTE EM ANTIGAS RELIGIESEGITO ANTIGO

Seo doLivro dos Mortos.

A ultravida desempenhava um importante papel naantiga religio egpcia, e seusistema de crenas um dos mais antigos conhecidos. Quando o corpo morria, partes de sua alma conhecidos comoka(corpo duplo) eba(personalidade) iam para o Reino dos Mortos. Enquanto a alma residia nosCampos de Aaru,Osrisexigia pagamento pela proteo que ele propiciava. Esttuas eram colocadas nas tumbas para servir como substitutos do falecido.

Obter a recompensa no outro mundo era uma verdadeira provao, exigindo um corao livre de pecados e a capacidade de recitar encantamentos, senhas e frmulas doLivro dos Mortos. No Salo das Duas Verdades, o corao do falecido era pesado contra uma penaShude verdade e justia, retirada do toucado da deusaMaet.7Se o corao fosse mais leve que a pena, a alma poderia continuar, mas, se fosse mais pesada, era devorada pelo demnio Ammit.

Os egpcios tambm acreditavam que sermumificadoera a nica forma de garantir a passagem para o outro mundo. Somente se o corpo fosse devidamenteembalsamadoe sepultado numamastaba, poderia viver novamente nosCampos de Yalue acompanhar o Sol em sua jornada diria. Devido aos perigos apresentados pela ultravida, o Livro dos Mortos era colocado na tumba, juntamente com o corpo.

ZOROASTRISMO

Zaratustra, que viveu na antigaPrsiapor volta dosculo VII a.C., pregava que os mortos sero devorados pelo terror e purificados para viver num mundo material perfeito no fim dos tempos.

O textoplaviDadestan-i Denig("Decises Religiosas"), datado de cerca de 900 AD, descreve ojulgamento particularda alma trs dias aps a morte, sendo cada alma enviada para o paraso, inferno ou para um lugar neutro (hamistagan) para aguardar peloJuzo Final.9

RELIGIO DA GRCIA ANTIGA E ROMANA

Hades eCrbero, o co de trs cabeas.

NaOdisseia,Homerorefere-se aos mortos como "espectros consumidos". Uma ultravida de eterna bem-aventurana existe nosCampos Elsios, mas est reservada para os descendentes mortais deZeus.

Em seuMito de Er,Platodescreve almas sendo julgadas imediatamente aps a morte e sendo enviadas ou para ocucomo recompensa ou para osubmundocomo punio. Depois que seus respectivos julgamentos tenham sido devidamente gozados ou sofridos, as almas reencarnam.

O deus gregoHades conhecido namitologia gregacomo rei dosubmundo, um lugar glido entre o local de tormento e o local de descanso, onde a maior parte das almas residem aps a morte. permitido que alguns heris das lendas gregas visitem o submundo. Os romanostinham um sistema de crenas similar quanto a vida aps a morte, com Hades sendo denominado Pluto. O prncipetroiano Enas, que fundou a nao que se tornaria Roma, visitou o submundo de acordo com opoema picoEneida.

RELIGIO NRDICA

Barco funerrioviking. Esperava-se que pessoas enterradas nestas embarcaes fossem conduzidas em segurana para o Outro Mundo.

OsEddas em versoeem prosa, as mais antigas fontes de informao sobre o conceito nrdico de vida aps a morte, variam em sua descrio dos vrios reinos que so descritos como fazendo parte deste tpico. Os mais conhecidos so:

Valhala: (literalmente, "Salo dos Assassinados", isto , "os Escolhidos"). Esta moradia celestial, de alguma forma semelhante aos Campos Elsiosgregos, est reservado aos guerreiros valorosos que morreram heroicamente em batalha.

Helheim: (literalmente, "O Salo Coberto"). Esta moradia assemelha-se ao Hades da religio grega, com um local semelhante ao "Campo de Asfdelos"12, onde as pessoas que no se destacaram, seja por boas ou ms aes, podem esperar residir aps a morte e onde se renem com seus entes queridos.

Niflheim: (literalmente, "O Escuro" ou "Hel Nevoento"). Este reino grosso modo similar aoTrtarogrego. Est situado num nvel inferior ao do Helheim, e aqueles que quebram juramentos, raptam e estupram mulheres, e praticam outros atos vis, sero enviados para l com outros do seu tipo, para sofrer punies severas.

O TRANSCENDENTE

O termoTranscendncia,pode ter diferentes significados,como a superao de limites, por exemplo: um atleta que bate um recorde olmpico, superando uma marca jamais atingida por outro ser humano. O fato do atleta bater um recorde olmpico pode ser considerado transcendente, pois exige do atleta, concentrao, disciplina, disposio e um sobre-esforo capaz de superar as barreiras do limite humano. Por outro lado, a qualidade de "Ser transcendente" nica e exclusivamente pertencente Deus, que o ser por excelncia, ou seja, Deus est acima de qualquer outro ser, e no possui limites e nem barreiras algumas. O ser humano, pode at transcender (superar) algumas das suas limitaes, porm no transcendente, apenas Deus o . Deus onipotente, onisciente e onipresente.

Alguns atributos divinos:

Deus Onipotenteporque todo poderoso, energia criadora, ordenadora e mantenedora das coisas criadas. Deus ilimitado e sobrenatural, est alm e acima de ns os seres criados por Ele. Deus no precisa de outros seres; Deus no possui necessidades, Deus basta por si mesmo.

Deus Oniscienteporque a prpria conscincia csmica, universal. Deus possui o conhecimento infuso, que no se aprende de nenhum outro ser, um conhecimento nico, prprio e perfeito; Deus sabe de tudo inclusive o que passa na conscincia de qualquer ser racional.

Deus Onipresente,ou seja, est presente em todos os lugares ao mesmo tempo, mas segundo a nossa concepo monotesta, no pode ser confundido com todas as coisas, j que Deus um Ser nico e indivisvel, ou seja no pode ser dividido e confundido com as coisas criadas. Em outras palavras, Deus est em tudo, mas nem tudo Deus.

Agora teste o seu conhecimento:

1. O que significa afirmar que Deus um Ser ilimitado?

2. correto afirmar que o ser humano um ser transcendente por excelncia? Justifique a sua resposta.

3. Qual dos atributos divinos confere Deus a ideia de uma inteligncia ordenadora do universo?

4. Explique o que voc entendeu por: "Deus est em tudo, mas nem tudo Deus".

5. Voc conhece algum fato concreto em que uma pessoa tenha superado suas prprias limitaes? Relate o f