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APOSTILA DE ESTUDOS CONCURSO BÍBLICO CONGRESSO 2017 Olá! Esta é a apostila de estudos para o Concurso Bíblico do Congresso 2017 da JUMAP. Ela foi escrita com a ajuda de alunos da Faculdade Batista Pioneira 1 para ajudar você a se preparar para as provas desse ano que serão sobre o livro de Romanos. O livro de Romanos é na verdade uma carta com uma riqueza e uma profundidade incrível. Grandes servos de Deus se dedicaram muito ao seu estudo e essa carta foi um instrumento de Deus para inspirar, por exemplo, o movimento da Reforma Protestante em um momento muito importante na história da igreja. Todos os que entendem a graça de Deus em Jesus Cristo sabem, por exemplo, como é profundo ler que “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Esse ano, teremos também uma novidade na premiação do concurso. Além dos tradicionais prêmios individuais e por união, o líder da união vencedora também será premiado. Queremos com isso motivar você a estudar junto com os outros jovens da sua igreja. Para o a prova, usaremos a Nova Versão Internacional (NVI). Depois de uma introdução à carta, vamos estudá-la capítulo por capítulo (serão 16 no total). Você verá que em cada capítulo serão indicados alguns versículos de destaque - sugerimos que você tente memorizá-los. Haverá também uma explicação e uma aplicação prática do texto. A ideia é que você não apenas decore o texto bíblico, mas também procure entendê-lo e refletir sobre o que ele significa para nossas vidas hoje. Esperamos que você aprenda muito e que esse conteúdo possa abençoar sua vida. Então, mãos à obra e bons estudos! INTRODUÇÃO À CARTA AOS ROMANOS Para entendermos bem a carta aos romanos, precisamos conhecer suas raízes, o ambiente e as circunstâncias em que ela foi escrita. Na sequência, vamos abordar alguns detalhes importantes como: autoria, local e data da escrita, destinatários, contexto da época e também algumas curiosidades. 1- Autoria: Paulo indica seu nome somente no início da carta (Rm 1.1). Ali, ele se apresenta como “servo de Cristo Jesus”. Embora a autoria seja de Paulo, sabemos que não foi ele quem efetivamente escreveu a carta. Paulo deve ter ditado a carta para Tércio, uma pessoa de quem não temos muitas informações. Sabemos isso, pois em Rm 16.22 lemos: “Eu, Tércio, que redigi esta carta, saúdo vocês no Senhor”. Portanto, a carta é de autoria de Paulo com a ajuda de Tércio, que escreveu aquilo que foi ditado pelo apóstolo. 1 Os alunos da Faculdade Batista Pioneira que participaram da preparação dos materiais para o Concurso Bíblico de 2017 foram: Daniel Miotto, Renan Gomides, Tiago Araújo, Luiz Fries, Jean da Silva e João Höring.

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APOSTILA DE ESTUDOS

CONCURSO BÍBLICO CONGRESSO 2017

Olá! Esta é a apostila de estudos para o Concurso Bíblico do Congresso 2017 da JUMAP. Ela foi escrita

com a ajuda de alunos da Faculdade Batista Pioneira1 para ajudar você a se preparar para as provas

desse ano que serão sobre o livro de Romanos. O livro de Romanos é na verdade uma carta com uma

riqueza e uma profundidade incrível. Grandes servos de Deus se dedicaram muito ao seu estudo e

essa carta foi um instrumento de Deus para inspirar, por exemplo, o movimento da Reforma

Protestante em um momento muito importante na história da igreja. Todos os que entendem a graça

de Deus em Jesus Cristo sabem, por exemplo, como é profundo ler que “o justo viverá pela fé” (Rm

1.17).

Esse ano, teremos também uma novidade na premiação do concurso. Além dos tradicionais prêmios

individuais e por união, o líder da união vencedora também será premiado. Queremos com isso

motivar você a estudar junto com os outros jovens da sua igreja. Para o a prova, usaremos a Nova

Versão Internacional (NVI). Depois de uma introdução à carta, vamos estudá-la capítulo por capítulo

(serão 16 no total). Você verá que em cada capítulo serão indicados alguns versículos de destaque -

sugerimos que você tente memorizá-los. Haverá também uma explicação e uma aplicação prática do

texto. A ideia é que você não apenas decore o texto bíblico, mas também procure entendê-lo e refletir

sobre o que ele significa para nossas vidas hoje.

Esperamos que você aprenda muito e que esse conteúdo possa abençoar sua vida. Então, mãos à

obra e bons estudos!

INTRODUÇÃO À CARTA AOS ROMANOS

Para entendermos bem a carta aos romanos, precisamos conhecer suas raízes, o ambiente e as

circunstâncias em que ela foi escrita. Na sequência, vamos abordar alguns detalhes importantes

como: autoria, local e data da escrita, destinatários, contexto da época e também algumas

curiosidades.

1- Autoria:

Paulo indica seu nome somente no início da carta (Rm 1.1). Ali, ele se apresenta como “servo de Cristo

Jesus”. Embora a autoria seja de Paulo, sabemos que não foi ele quem efetivamente escreveu a carta.

Paulo deve ter ditado a carta para Tércio, uma pessoa de quem não temos muitas informações.

Sabemos isso, pois em Rm 16.22 lemos: “Eu, Tércio, que redigi esta carta, saúdo vocês no Senhor”.

Portanto, a carta é de autoria de Paulo com a ajuda de Tércio, que escreveu aquilo que foi ditado pelo

apóstolo.

1Os alunos da Faculdade Batista Pioneira que participaram da preparação dos materiais para o

Concurso Bíblico de 2017 foram: Daniel Miotto, Renan Gomides, Tiago Araújo, Luiz Fries, Jean da

Silva e João Höring.

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2- Local e data da escrita:

Acredita-se que Paulo escreveu a carta aos romanos durante sua terceira viagem missionária, no

tempo em que esteve em Corinto. Em At 20.2 lemos: “Viajou por aquela região, encorajando os irmãos

com muitas palavras e, por fim, chegou à Grécia”. É provável que a data de escrita tenha sido no ano

57 d.C.

Imagem: As viagens missionárias do apóstolo Paulo. Disponível em: <<https://goo.gl/zIMxis>>.

Acesso em 15/12/16.

5- Destinatários

A própria carta mostra quem são os destinatários. Em Rm 1.7 lemos: “A todos os que em Roma são

amados de Deus e chamados para serem santos”. Portanto, não há qualquer dificuldade em dizer

que a carta era para a igreja que estava em Roma.

6- Contexto de Roma

Roma era a capital do Império Romano. Diversos povos, nações e línguas se juntavam nessa

metrópole. Para os romanos, isso era um símbolo de seu poder, pois mostrava que muitos povos

estavam sob seu comando. A história da igreja em Roma começou antes mesmo de qualquer contato

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com o apóstolo Paulo. Seu fundador é desconhecido. Talvez o Evangelho tenha chegado em Roma

através de alguns prisioneiros ou pessoas que estavam em Jerusalém no dia do Pentecostes, pois em

At 2.10 lemos: “Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de

Roma”.

7- Algumas curiosidades

O vocabulário da carta aos romanos é rico em conteúdo teológico. A carta trata de temas como

pecado, transgressão, ira, morte, lei, justiça, fé, entre outros.

A carta aos Romanos é tão rica em conteúdo teológico que é considerada por alguns estudiosos como

sendo “a espinha dorsal da teologia cristã”.

Paulo não fundou a igreja em Roma e na época da escrita da carta nunca havia estado por lá.

Agora vamos ao estudo do texto bíblico! Ao estudar cada um dos capítulos da carta aos romanos, leia

atentamente o texto bíblico, procure decorar os versículos em destaque e, em seguida, estude

também os comentários da apostila.

CAPÍTULO 1 – A JUSTIÇA DIVINA

Versículos de destaque: Rm 1.1-4; Rm 1.16-17; Rm 1.20.

Entendendo:

Paulo inicia sua carta maneira muito interessante. Ele se apresenta como servo (escravo) de Cristo

Jesus (Rm 1.1). Logo em seguida, lembra que a vinda de Jesus foi prometida pelos profetas do Antigo

Testamento (Rm 1.2). Algo interessante de se notar é que Paulo, embora desejasse, ainda não havia

visitado a igreja de Roma. Parece que essa oportunidade finalmente estava surgindo (Rm 1.8-10).

Paulo desejava colher algum fruto entre eles, assim como havia colhido entre outros gentios2. Embora

não esteja muito claro o que seria esse fruto, podemos crer que Paulo estaria se referindo a novos

convertidos através da pregação do Evangelho. No texto, podemos ver a motivação que Paulo tinha

em pregar o Evangelho. Ele se considerava devedor tanto a gregos quanto a bárbaros3. Por isso,

estava disposto a pregar o evangelho também em Roma.

Paulo inicia a carta tratando sobre a justiça de Deus. Ele explica que Deus trata a impiedade e a

injustiça com ira. Deus se manifestou a todos os homens desde a criação, mostrando seu poder

através das coisas criadas. Assim, todo ser humano é indesculpável por seu pecado. Embora

possamos pensar em raios e trovões caindo do céu quando pensamos na ira de Deus, ela também se

revela de forma invisível e silenciosa quando Deus deixa o ser humano seguir seu próprio caminho.

Isso está expresso no verso 24: “Por isso Deus os entregou...”.

Praticando:

2Gentios eram todos aqueles que não eram judeus. Exemplo: romanos, egípcios, sírios, etc. 3Bárbaros eram aqueles que não possuíam a cultura grega.

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Paulo não apenas queria anunciar o Evangelho aos povos, mas ele se considerava devedor para com

aqueles que ainda não haviam ouvido o Evangelho de Jesus Cristo. O fato de Paulo desejar ir a Roma

não era somente para conhecer a igreja que havia se formado, mas também para anunciar o

Evangelho entre os Romanos.

Imagine se todos tivéssemos o mesmo sentimento que Paulo tinha e nos sentíssemos em dívida para

com todos aqueles que ainda não ouviram o Evangelho de Jesus Cristo. Com certeza muito mais

pessoas ouviriam a mensagem da salvação! Temos nos sentido em dívida com aqueles para quem

não falamos de Cristo? Ou simplesmente temos ignorado as pessoas que estão ao nosso redor? Que

possamos ter a determinação e a vontade do apóstolo Paulo de pregar o Evangelho também em

nossas vidas!

CAPÍTULO 2 – O PAPEL DA LEI

Versículos de destaque: Rm 2.1; Rm 2.4; Rm 2.9-11.

Entendendo:

Depois de mostrar, no primeiro capítulo, que toda a humanidade se encontra no pecado, Paulo dirige-

se àqueles que são moralistas e, por terem acesso à Lei, julgam os outros enquanto praticam as

mesmas coisas: “Portanto, você, que julga os outros é indesculpável...”. Paulo nos lembra que Deus

não se esquecerá daqueles que julgam os outros pensando erroneamente que têm uma vida reta

(Rm 2.3). Paulo segue mostrando que o julgamento de Deus é justo. Mesmo que sejamos salvos pela

fé, o arrependimento e a mudança de vida são evidências de uma fé verdadeira (Rm 2.9-11; Tg 2.14).

Depois de mostrar que o julgamento de Deus será justo e imparcial, Paulo trata sobre o papel da Lei

de Moisés (Rm 2.12 em diante). Os judeus se consideravam superiores aos gentios, pois haviam

recebido a Lei de Deus e a liam todos os sábados nas sinagogas. Entretanto, Paulo afirma que o

conhecimento da Lei não é suficiente, mas deve ser acompanhado da prática. Ele afirma que a Lei de

Deus também pode se encontrar gravada no coração dos gentios (Rm 2.15). Aqui, é possível que Paulo

esteja se referindo aos gentios que haviam se convertido a Cristo passaram a serem guiados pelo

Espírito Santo. Nesse caso, seriam aqueles em quem o Espírito Santo operou a “circuncisão4 no

coração” (Rm 2.29), ou seja, cujos corações foram transformados pela fé em Jesus.

Praticando:

É realmente muito interessante como Paulo se dirige àqueles que se acham “santos” e pensam que

podem condenar os outros. Trata-se de uma lição para todos nós, pois corremos o risco de julgarmos

os outros nos esquecendo que também somos pecadores e que, sem Jesus, estaríamos debaixo da

condenação divina. Mas, graças ao imenso amor de Deus, Ele nos salvou em Jesus Cristo. É claro que

4Circuncisão consistia na retirada do prepúcio do órgão genital masculino. Trata-se de um ritual

instituído por Deus cf. Gn 17.12-13 que servia como um sinal no corpo da aliança de Deus com o

seu povo.

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isso não exclui a necessidade de disciplina na igreja e de se tratar casos de pecado entre o povo de

Deus. Essa necessidade fica clara em outros textos bíblicos como em 1 Co 5.12. Mesmo assim,

devemos tratar os outros com amor, desejando a recuperação do pecador e não a sua condenação,

lembrando sempre que é a bondade de Deus que nos leva ao arrependimento (Rm 2.4).

CAPÍTULO 3 – TODOS PECARAM

Versículos de destaque: Rm 3.10-11; Rm 3.20; Rm 3.23-26; Rm 3.28

Entendendo:

O terceiro capítulo da carta aos romanos começa com um debate hipotético escrito pelo apóstolo,

mas que poderia acontecer entre um fariseu5 e um cristão. Através dele, Paulo trata, por exemplo, do

questionamento se Deus seria injusto em aplicar sua ira sobre nós, já que o nosso pecado também

serve para ressaltar a justiça de Deus. Paulo responde com um “claro que não!” e, na resposta,

também acrescenta outra pergunta: “Se fosse assim, como Deus iria julgar o mundo?” (Rm 3.6). Com

isso, ele mostra que Deus é justo e também o juiz de todo o mundo.

A conclusão desse debate se encontra a partir do verso 9. Paulo afirma que tanto judeus quanto

gentios estão debaixo do pecado, nenhum está em vantagem sobre o outro e “não há nenhum justo,

nem um sequer” (Rm 3.10). Paulo descreve os males do pecado na vida do ser humano através de

uma lista de pecados, mostrando que ele afeta todas as áreas da vida. É possível que Paulo tenha

feito essa lista inspirado em outros textos das Escrituras, tais como: Ec 7.20; Sl 14.1-3; Sl 5.9; Sl 140.3;

Sl 10.7; Is 59.7; Pv 1.16; e; Sl 36.1.

Os judeus olhavam para as condenações divinas preditas no Antigo Testamento e pensavam que elas

cairiam sobre os gentios. Mas, Paulo lembra que a condenação também virá para aqueles que estão

debaixo da Lei, mostrando que todos serão julgados igualmente. É em Rm 3.20 que Paulo mostra que

ninguém será declarado justo pela obediência à Lei. É a partir dela que nos tornamos conscientes do

pecado, pois ninguém consegue cumpri-la completamente. Então, Paulo apresenta a justiça que vem

de Deus, da qual testemunharam a Lei e os profetas (Rm 3.21). Paulo apresenta o Evangelho de Cristo,

mostrando que essa justiça foi dada a todos, judeus e gentios, sem distinção (Rm 3.22). Paulo mostra

que a fonte dessa justiça é a graça de Deus (Rm 3.24), sua base é a cruz de Cristo (Rm 3.25) e a maneira

como a recebemos é pela fé (Rm 3.26). O texto de Rm 3.25 deixa claro que Jesus foi entregue na cruz

como propiciação6 pelos nossos pecados.

5Fariseus era o nome dado a um grupo religioso judaico da época de Jesus. Eram extremamente

religiosos. Apesar de terem muito conhecimento da Lei, viviam de aparências. Jesus os acusou de

serem bonitos por fora, mas mortos por dentro (Mt 23.27). Foram os principais responsáveis pela

crucificação de Jesus. 6Propiciação é uma palavra que possui um significado importante na teologia. Significa uma ação

realizada com o objetivo de afastar a ira de Deus, ou seja, torná-lo propício.

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Praticando:

Como estaríamos perdidos sem Jesus! Nesse capítulo, entendemos que todos pecaram e que o

pecado corrompeu todas as áreas da vida humana. Sem Jesus, não teríamos nenhuma esperança,

pois não podemos nos salvar com base em boas obras. Mesmo se fossemos bons, jamais seríamos

bons o suficiente, pois Deus é justo e nossos pecados não estão ocultos diante dele. Entretanto, temos

uma esperança: Jesus morreu por nossos pecados e pagou nossa dívida! A salvação está ao nosso

alcance pela fé, não por obras para que ninguém se glorie (Ef 2.9). Você já recebeu essa maravilhosa

graça em sua vida? Ou ainda confia em suas “boas obras” para a salvação? Se você entendeu que é

pecador e que Jesus morreu por você na cruz, o caminho é arrepender-se dos seus pecados e voltar-

se para para Ele. Jesus demonstrou seu amor por nós e pagou o preço dos nossos pecados na cruz

para que pudéssemos ser justificados por sua graça.

CAPÍTULO 4 – JUSTIFICADOS PELA FÉ

Versículos de destaque: Rm 4.11-12; Rm 4.13; Rm 4.16

Entendendo:

No capítulo anterior, Paulo apresentou o Evangelho da justiça de Deus e o defendeu contra aqueles

que o criticavam. Agora, Paulo passa a falar sobre a vida de Abraão, o patriarca mais importante de

Israel, e também sobre Davi, o rei mais importante de Israel. Paulo quer mostrar aos judeus que o

princípio da justificação7 pela fé já estava presente no Antigo Testamento. Possivelmente, a razão de

Paulo ter escolhido Abraão como exemplo é devido sua importância para os rabinos8. Para eles,

Abraão era o exemplo claro de alguém que havia sido justificado pelas obras. Por isso, mostrar aos

rabinos que Abraão também havia sido justificado pela fé era muito importantes. Paulo cita Gn 15.6,

mostrando que Abraão foi justificado pela fé. Se ele fosse justificado pelas obras, a justificação seria

uma dívida de Deus (Rm 4.4). Mas a graça é totalmente diferente, pois a justificação que Deus oferece

é algo que não merecemos, mas recebemos por confiarmos no Deus que nos justifica (Rm 4.5). Paulo

também cita o rei Davi, afirmando que foi isso que Davi quis dizer no Sl 32.1-2.

Mesmo depois de Paulo mostrar que Abraão foi justificado pela fé, os judeus poderiam afirmar que

isso só foi possível devido ao fato de ele ter sido circuncidado. Então, Paulo faz questão de mostrar

que Abraão foi justificado antes mesmo da circuncisão (Rm 4.10). A justificação de Abraão é citada em

Gn 15 e sua circuncisão em Gn 17. Segundo os rabinos, vinte e nove anos separam os dois eventos.

Paulo mostra como foi grande a fé de Abraão, pois mesmo estando ele e sua mulher em idade

extremamente avançada, Abraão acreditou que Deus o faria pai de muitas nações. Assim, vemos mais

uma vez que Abraão foi justificado pela fé e não pelas obras. Essa mesma justificação também é

aplicada a nós quando cremos na morte e ressurreição de Jesus (Rm 4.23-25).

7Justificação significa o ato de declarar alguém como “justo”, “perdoado”, ou ainda “sem culpa”. 8Rabinos eram os professores da Lei judaica na época. Eram considerados como sendo os que

tinham o maior nível de conhecimento das Escrituras.

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Praticando:

Quão grande é o amor de Deus! Vimos como o ser humano estava perdido no pecado, mas a

justificação veio através de um ato realizado pelo próprio Deus. Nós tínhamos uma dívida impagável,

mas foi Jesus quem a pagou essa dívida morrendo em nosso lugar. Tudo isso é graça. Como é grande

o amor de Deus! Deposite toda sua fé no sacrifício de Jesus e deixe que essa graça transforme sua

vida. Não viva mais tentando “comprar” o favor de Deus, mas confie no que Ele fez por você. Só assim

você será livre da escravidão do pecado e poderá viver pela fé uma nova vida com Jesus.

CAPÍTULO 5 – RECONCILIADOS COM DEUS

Versículos de destaque: Rm 5.1-2; Rm 5.8; Rm 5.10-11; Rm 5.17

Entendendo:

Uma coisa que chama a atenção no capítulo 5 é como Paulo usa a expressão “nós”. Agora, ele está

dizendo que nós, os justificados, “obtivemos acesso...”, “nos gloriamos...”, “seremos salvos...”. Significa

que em Cristo, judeus e gentios podem se tornar um único povo. Que alegria saber que podemos

fazer parte do povo de Deus! Podemos ter paz com Deus, pois Jesus Cristo nos dá acesso à graça de

Deus. E não somente isso, mas também podemos ter paz nas tribulações9, pois elas produzem

perseverança, nos ensinando a lidar com os sofrimentos. A perseverança nos dá a maturidade

necessária para passarmos pelas dificuldades sabendo que Deus nos sustenta em todo o tempo.

Afinal, éramos fracos e pecadores, mas mesmo assim Deus demonstrou seu amor enviando Jesus

para morrer em nosso favor.

Note que as palavras “reconciliados” e “reconciliação” se repetem três vezes nos versículos 10 e 11.

Paulo está falando da reconciliação que temos com Deus através de Jesus. Antes, éramos inimigos de

Deus (Rm 5.10), mas agora fomos justificados e reconciliados com Deus através do sangue de Jesus.

A partir do verso 12, Paulo conclui que, da mesma forma que o pecado entrou no mundo por um só

homem (Adão), a salvação também veio por um só homem (Jesus Cristo).

Praticando:

A primeira lição que aprendemos é que podemos ter alegria nas dificuldades. Você tem lutas? Está

enfrentando alguma dificuldade? Está sofrendo por algum motivo? Lembre-se que em Jesus

passamos a fazer parte do povo de Deus. Portanto, há esperança nas dificuldades, pois elas nos levam

à maturidade. Se Deus está permitindo algum sofrimento em sua vida, Ele pode estar trabalhando

em seu caráter e moldando o seu coração. Além disso, aprendemos que em Jesus fomos reconciliados

com Deus. Alguma vez você pensou que Deus estava contra você? Lembre-se que o sacrifício de Jesus

nos livra da ira de Deus. Em Cristo, temos paz com Deus, não somos mais inimigos, mas nos tornamos

seus filhos (Jo 1.12).

9Tribulações é a tradução da palavra grega thlipsis, que significa literalmente “pressões”. Nesse caso,

Paulo possivelmente refere-se à oposição e à perseguição sofrida pelos cristãos.

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CAPÍTULO 6 – A ESCRAVIDÃO QUE LIBERTA

Versículos de destaque: Rm 6.1-2; Rm 6.11-14; Rm 6.18; Rm 6.23

Entendendo:

Você já viu uma criança mimada que, só porque seu pai é alguém importante, se sente no direito de

fazer o que bem entende? É mais ou menos isso que Paulo quer combater nesse capítulo. No capítulo

anterior, vimos que somos justificados pela fé em Cristo. Porém, isso não nos dá o direito de vivermos

pecando para que o perdão de Deus aumente ainda mais em nossa vida. Você deve lembrar que a

morte de Jesus nos justificou diante de Deus. Portanto, assim como Cristo morreu, nós devemos

morrer para o pecado. Significa que devemos deixar para trás a vida de pecado que tínhamos antes

de conhecermos a Jesus. Por isso Paulo faz a pergunta: “nós, os que morremos para o pecado, como

podemos continuar vivendo nele?” (Rm 6.2). Nosso “velho eu” pecador foi crucificado com Cristo para

viermos uma vida nova. Você vai perceber que “morrer para o pecado” é o tema central dos versículos

1 a 14. Nesse trecho, as palavras que se referem ao “pecado” aparecem 16 vezes enquanto que as

palavras que se referem à “morte” aparecem 15 vezes.

De que maneira podemos morrer para o pecado? Paulo afirma que, uma vez justificados, devemos

oferecer nossos corpos a Deus como instrumentos de justiça, colocando-nos à disposição do serviço

divino. Ele continua esse argumento fazendo a ilustração de um escravo. As palavras “escravo”, ou

“escravidão”, aparecem 9 vezes entre os versículo 15 e 23. Uma vez que alguém se oferece como

escravo, deve obedecer ao seu senhor. Se alguém se entrega ao pecado, viverá de uma forma que

desagrada a Deus. A recompensa disso é a morte (Rm 6.16 e 23). Por isso Paulo nos orienta a nos

tornarmos escravos de Deus e a obedecermos a Jesus. A obediência dos servos de Deus leva à

santidade e à vida eterna.

Praticando:

Aprendemos duas lições neste capítulo. A primeira delas é que devemos parar de pecar. Querido

jovem, você é um filho de Deus e deve agir como tal! O fato de sermos justificados por Cristo não nos

dá direito de vivermos uma vida errada. Pelo contrário, a antiga vida de pecados deve ser deixada de

lado. Não precisamos mais viver como vivíamos antes de conhecermos a Jesus.

A segunda lição é a maravilhosa certeza de que o pecado não nos dominará. Todo pecado escraviza

(Jo 8.34). Você já ouviu algum amigo dizendo que não resiste a uma cerveja, por exemplo? Que

liberdade é essa que não dá a opção de dizer não? Ser escravo de Deus não significa ter uma vida

quadrada, cheia de regras, ou de religiosidade. Pelo contrário! Em Cristo, somos livres para

escolhermos não pecar. Somente Jesus nos dá essa liberdade. Essa é a verdadeira liberdade! A

liberdade não está em aceitar uma bebida, uma relação sexual ilícita, drogas, ou qualquer tipo de

coisa ruim. Ela está em poder dizer: “Não! Eu escolho obedecer a Deus”. Quando te chamarem de

careta, quadrado, alienado, seja o que for, lembre-se com alegria que você é livre e não precisa ceder

às pressões que o mundo impõe.

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CAPÍTULO 7 – O GRANDE CONFLITO

Versículos de destaque: Rm 7.4; Rm 7.7; Rm 7.21-25

Entendendo:

Respire fundo! Chegamos ao capítulo de romanos que é considerado por muitos como sendo um dos

mais difíceis da carta. Depois de mostrar, no capítulo anterior, que estamos mortos para o pecado,

Paulo também vai mostrar que estamos mortos para a Lei10. De fato, a Lei é o tema central desse

capítulo. A palavra aparece 23 vezes ao longo dos 25 versículos. Segundo John Stott, em relação ao

trato com a Lei, há três grupos distintos de pessoas: 1) os “legalistas”, que acreditam que as regras da

Lei devem ser seguidas para que alguém possa ser salvo; 2) os “libertinos”, que querem viver para

satisfazer seus próprios desejos pecaminosos, transformando a liberdade em “libertinagem”; e; 3) os

cristãos, que são gratos por terem sido libertos da Lei, mas sentem-se alegres em obedecer os

mandamentos de Deus. Paulo responde aos legalistas mostrando que, por meio da morte de Cristo,

ficamos livres do domínio da Lei; e responde também aos libertinos mostrando que o verdadeiro

problema do ser humano não é a Lei, mas a natureza pecaminosa.

Nos versículos 14 a 25, o apóstolo relata a situação de conflito que se forma devido ao desejo interior

de fazer a vontade de Deus, ao mesmo tempo em que estamos sujeitos à nossa natureza pecaminosa.

Há diferentes interpretações a respeito desses versículos. Alguns acreditam que Paulo estaria

relatando sua condição antes de conhecer a Cristo. Entretanto, outros entendem que Paulo estaria

relatando a situação de todo o cristão que, no Espírito, deseja fazer a vontade de Deus enquanto luta

constantemente contra o pecado. Neste caso, não significa que o cristão esteja escravizado pelo

pecado, mas que existe uma situação de “guerra” na qual é possível fazer tanto o bem quanto o mal.

Independente de qual for a interpretação, fica claro que a solução está em Jesus Cristo, nosso Senhor

(Rm 7.25).

Praticando:

Muitas pessoas levam uma vida de pecados, mas pensam que, por frequentarem os cultos de

domingo, entregarem o dízimo e participarem da ceia, seus problemas com Deus estarão resolvidos.

Sabemos que Deus se agrada de um coração verdadeiramente arrependido. Ou seja, morto para o

pecado e vivo para Cristo. Será que você tem levado uma vida de religiosidade e aparência? Lembre-

se que Deus o conhece seu íntimo e não há o que você possa esconder dele. Seja um verdadeiro

cristão em todos os momentos, principalmente naqueles em que ninguém pode te ver. Somos livres

do fardo pesado que os religiosos de aparência impõem. Porém, jamais devemos esquecer que a

liberdade em cristo não é libertinagem. A verdadeira liberdade em Cristo nos leva a obedecê-lo, não

apenas por medo ou obrigação, mas por amor a Ele.

10Quando usamos a palavra Lei com letra maiúscula, nos referimos à Lei de Deus revelada no Antigo

Testamento. Isso inclui os Dez Mandamentos, mas também as demais ordenanças dadas por Deus

ao povo através de Moisés.

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CAPÍTULO 8 – UMA VIDA NO ESPÍRITO

Versículos de destaque: Rm 8.18; Rm 8.26; Rm 8.28; Rm 8.38-39

Entendendo:

Nesse capítulo, Paulo conclui o tema do capítulo anterior. Seu objetivo é mostrar que devemos “viver

segundo o Espírito”. A palavra “espírito” aparece 20 vezes nesse capítulo. Mas, o que significa “viver

segundo o Espírito”? Os versículos 5 a 8 nos respondem! Aqueles que vivem segundo a carne, ou seja,

segundo seus desejos pecaminosos, têm a mente voltada para o que a carne deseja: uma vida de

pecados. Porém, aqueles que morreram para pecado e vivem pelo Espírito têm a mente voltada para

o que o Espírito deseja. Se antes Paulo desafiou seus leitores a não viverem mais para o pecado, agora

ele os desafia a viverem pelo Espírito. Ou seja, como filhos de Deus que fazem tudo para agradar o

Pai.

Para reforçar isso ainda mais, o apóstolo apresenta duas implicações para aqueles que vivem no

Espírito. A primeira delas é a gloriosa esperança que há para os filhos de Deus. No versículo 18, Paulo

diz que está convencido que as dificuldades da vida cristã sequer podem ser comparadas com o que

Deus ainda há de nos revelar. Essa é uma grande palavra de encorajamento para os cristãos. Aqueles

que vivem no Espirito terão dificuldades. Porém, podemos ter a certeza de que na eternidade há algo

que nos espera. Por isso, devemos ser pacientes e perseverantes. Além disso, o texto nos diz que

podemos confiar em Deus nos momentos de lutas, pois o seu Espírito que habita em nós também

intercede por nós.

Mas não acaba por aí. Depois de falar da esperança que podemos ter, Paulo nos assegura dizendo

que nada pode nos separar do amor de Deus! O tão conhecido versículo 28 começa com a palavra

“sabemos”. Paulo não está supondo algo. Pelo contrário, ele está declarando uma certeza. O termo

grego usado para a palavra “saber” também é usado na matemática. É algo exato, incontroverso,

absoluto, não há erros! Assim, temos a certeza de que Deus age em todas coisas para o bem daqueles

que o amam. Contudo, Deus age de acordo com o seu propósito e não necessariamente de acordo

com a nossa vontade. O propósito de Deus é nos tornar conforme à imagem de Jesus, seu Filho (Rm

8.28-29). Nada pode nos afastar do seu maravilhoso amor! Nem mesmo a morte e nem a vida, anjos

ou demônios, nem presente ou futuro, altura ou profundidade, nem mesmo qualquer coisa criada

(Rm 8.38-39)!

Praticando:

Uma lição que podemos aprender é que devemos viver voltados para as coisas eternas. Estamos em

um mundo imediatista onde o que importa é ser feliz agora. Muitos crentes vivem como se a

eternidade não existisse! Mas, quando vivemos com a perspectiva da eternidade toda a nossa vida

muda. Será que você já parou para pensar que a eternidade o espera? Já tentou viver sob a

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perspectiva de que há uma grande esperança, uma recompensa para todos os que amam a Deus?

Você verá que tanto as lutas quanto as alegrias dessa vida são passageiras, mas que o amor de Deus

é eterno.

CAPÍTULO 9 – ISRAEL E A SOBERANIA DE DEUS

Versículos de destaque: Rm 9.8; Rm 9.10-11; Rm 9.14-16; Rm 9.18; Rm 9.30-32

Entendendo:

Nesse capítulo, Paulo fala sobre a posição de Israel no plano divino e sobre a soberania de Deus. Logo

nos primeiros versículos, percebemos sua tristeza devido à situação do seu povo. Embora Israel tenha

recebido as promessas e as alianças de Deus, não serão salvos todos aqueles que têm o sangue de

Abraão, mas aqueles que têm a fé de Abraão – e isso também gentios (Rm 9.30-32). Através do

exemplo de Esaú e Jacó, e também do faraó, Paulo mostra que a eleição de Deus não está baseada

em obras, mas na misericórdia divina (Rm 9.11; Rm 9.16; Rm 9.18).

Ainda no mesmo capítulo, Paulo mostra que questionar a Deus é uma insensatez, pois Ele, em seu

poder e soberania, pode fazer com a criação o que desejar (Rm 9.20-21). Deus não é um tirano, mas

é dono de todo o poder. Ainda que seja difícil compreender totalmente, aprendemos que Deus é

glorificado tanto na salvação quanto na condenação do ímpio.

Praticando:

Aprendemos que Deus é soberano sobre todas as coisas. Precisamos assumir uma atitude de filhos

obedientes que se submetem à sua vontade, pois Ele não é um tirano, mas um Deus de amor. Outra

lição que aprendemos é que devemos ter compaixão pelos que estão perdidos. Será que sentimos

por nossos amigos e familiares que ainda não conhecem a Jesus o mesmo sentimento que Paulo

sentia pelo seu povo? Devemos amar mais, orar e anunciar a mensagem do Evangelho àqueles que

ainda não a conhecem.

CAPÍTULO 10 – CRER E CONFESSAR

Versículos de destaque: Rm 10.4; Rm 10.9-10; Rm 10.14-15; Rm 10.17

Entendendo:

O apóstolo Paulo sempre se preocupou em proclamar as boas novas de Cristo para aqueles que o

cercavam. Ele orava pela salvação dos israelitas (Rm 10.1), pois sabia da gravidade da situação do seu

povo. Sabemos que, devido ao pecado, não conseguimos cumprir a Lei de forma integral. O homem

nunca foi capaz de salvar a si mesmo (Mt 19.25-26). Devemos ter em mente que a Lei foi cumprida

em Cristo, o único perfeito e sem pecado. Subir ao céu e descer ao abismo eram expressões para

indicar algo impossível. Não é necessário “subir ao céu”, ou “descer ao abismo” para encontrar a Cristo.

Ele veio até nós (Rm 10.6-7). Por Cristo ter vindo ao nosso encontro, a salvação não está longe. Se

cremos com nosso coração e confessamos com nossa boca que Jesus é o Senhor, certamente o seu

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sangue já nos purificou de todo pecado e seremos salvos (Rm 10.8-9). A fé interior e a confissão

pública andam juntas.

Nos versos 14 e 15, Paulo destaca a importância da pregação do Evangelho. De fato, o mundo está

perecendo e precisa de Cristo. Basta ligarmos a TV ou conectarmos na Internet com nosso celular e

imediatamente nos depararemos com alguma tragédia causada pelo próprio ser humano. Somente

Cristo pode mudar nossa situação e a situação dos que nos cercam. Todavia, como crerão se não

houver quem pregue? Por fim, Paulo demonstra a desobediência do seu próprio povo. Muitos viram

e ouviram as palavras de Cristo, mas nem todos o seguiram. Da mesma forma, nos dias atuais, muitos

ouvem sobre o amor de Cristo, mas poucos o seguem.

Praticando:

Em nossa vida, devemos seguir o exemplo de Paulo que orava por seu povo e não perdia nenhuma

oportunidade de pregar o Evangelho. Aprendemos também que nossa boca e nosso coração estão

inseparavelmente conectados. Por isso, devemos crer com o coração e confessar com nossa boca que

Jesus é o Senhor. Assim, nossa prática e nossa pregação andarão juntas e alcançarão também a vida

de outras pessoas. Se você já crê em Cristo no seu coração, pergunto: você já testemunhou

publicamente sua fé através do batismo? O que falta para isso? Não podemos ser como o povo de

Israel que teve acesso à Palavra de Deus, mas não conseguiu enxergar a verdade da cruz. Que sejamos

testemunhas da vida, morte e ressurreição de Cristo em todos os lugares por onde andarmos.

CAPÍTULO 11 – O FUTURO DE ISRAEL

Versículos de destaque: Rm 11.5-6; Rm 11.25; Rm 11.33; Rm 11.36

Entendendo:

No capítulo anterior vimos que povo de Israel havia virado as costas para Deus. Mas, para mostra que

Deus não abandonou completamente o seu povo, Paulo cita o exemplo de Elias (1 Reis 19.18). Com

isso, Paulo nos ensina que sempre haverão aqueles que permanecerão fiéis a Deus. É ao lado destes

que devemos estar. A existência de um remanescente fiel é resultado da graça de Deus. O versículo

7 mostra que Israel não alcançou a justificação por suas próprias forças, mas os eleitos a obtiveram

pela fé (Rm 11.7)

Através dos versículos 1 a 14, entendemos que Deus tem um propósito para tudo o que acontece.

Embora Israel fosse o povo escolhido de Deus, eles não eram os únicos a quem Deus desejava salvar.

Mesmo no Antigo Testamento temos os exemplos de Melquisedeque e Raabe que foram como “ramos

enxertados”, ou seja, foram salvos embora não fossem israelitas. Paulo afirma que há um propósito

divino mesmo na rejeição do seu povo. Esse propósito é que a salvação pudesse chegar também aos

gentios. Nos versículos 17 a 24 Paulo, adverte aqueles que se gloriavam por sua salvação. O cristão

deve entender que é salvo pela graça, sustentado por Jesus e não por suas próprias forças. Deus foi

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incrivelmente bondoso conosco, mas não podemos ter um relacionamento com Jesus agindo como

incrédulos.

Existem muitos debates e diversas opiniões sobre os versículos 25 a 32. No versículo 26, Paulo afirma

que chegará o tempo em que “todo o Israel será salvo” (Rm 11.26). Alguns estudiosos entendem que

a expressão “todo o Israel” aqui significa que muitos judeus, de todos os níveis e classes sociais, se

voltarão para Cristo. Paulo encerra o capitulo com um hino de louvor a Deus.

Praticando:

Hoje, podemos dar graças ao Senhor por nossa salvação, pois o plano de Deus é perfeito e infalível.

Devemos nos manter firmes na missão de sermos sal e luz neste mundo e de levar a Palavra de Cristo

até aqueles que ainda não o receberam como Senhor e Salvador. Pois, se o próprio Deus estendeu a

salvação a nós, como poderíamos esconder boa nova de nossos amigos, colegas e familiares?

Devemos dar glória a Deus pelo preço que foi pago na cruz em nosso favor e saber que ainda há

muitos outros que precisam passar a fazer parte do povo de Deus através da fé em Jesus Cristo.

CAPÍTULO 12 – RELACIONAMENTOS TRANSFORMADOS

Versículos de destaque: Rm 12.1-2; Rm 12.4-5; Rm 12.9; Rm 12.12. Rm 12.21

Entendendo:

Podemos dizer que até o capítulo anterior, Paulo desenvolve um verdadeiro “tratado teológico”. Ele

se encerra com um hino de louvor a Deus (Rm 11.33-36). Agora, Paulo passa a falar sobre como deve

ser a vida de um verdadeiro cristão. Devemos oferecer toda nossa vida a Deus, esse é o nosso “culto

racional” (Rm 12.1). Em meio a tantas tentações e a um bombardeio de propostas pecaminosas,

devemos ser transformados pela renovação da nossa mente (Rm 12.2). Somente tendo a mente

transformada é que conseguiremos experimentar a plenitude daquilo que Deus tem preparado para

nós.

O cristão deve ter uma visão honesta a respeito de si mesmo. Não há espaço para a soberba,

arrogância e altivez no coração de quem foi salvo pela graça. Somos pecadores, mas fomos salvos

pela graça e bondade divina. Os versículos 4 e 5 nos mostram que passamos a fazer parte do corpo

de Cristo. Assim, precisamos uns dos outros em uma relação de interdependência. Devemos odiar

tudo o que é mau. Se nosso amor for verdadeiro, certamente cumpriremos a orientação presente no

versículo 10. O amor é como se fosse o “sistema circulatório” do corpo espiritual. É ele que permite

que todos os membros funcionem de maneira saudável e harmoniosa. O amor que faz com que o

cristão seja um abençoador. Por isso, devemos abençoar até mesmo aqueles que nos perseguem

(Rm 12.21).

Devemos buscar ter uma conduta exemplar, tanto diante da a igreja quanto daqueles que ainda não

conhecem a Jesus. Retribuir, por exemplo, uma ofensa com outra ofensa é dar um mau testemunho

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daquilo que cremos. O próprio Jesus nos alertou que seríamos perseguidos e ofendidos. No entanto,

Ele também nos disse que deveríamos dar a outra face (Lc 6.29). Por fim, vale a pena fazer uma

comparação entre Romanos 12.17-21 e Mateus 5.38-48.

Praticando:

Viver uma vida diferente de todo mundo não é fácil. O mundo sempre tentou influenciar o povo de

Deus. Cabe a nós estarmos vigilantes para não nos amoldarmos aos seus padrões. Devemos agir com

simplicidade, exercendo nossa função no corpo de Cristo, que é a Igreja, sem qualquer tipo de orgulho

ou baixa-estima. Também há momentos em que é difícil ser amável e correto com todos. Porém, é

dessa maneira que Deus pede que vivamos. O amor, o perdão e a bondade devem fazer parte de

todos os nossos relacionamentos, pois devemos perdoar assim como o Pai nos perdoou.

CAPÍTULO 13 – O CRISTÃO E O ESTADO

Versículos de destaque: Rm 13.1-2; Rm 13.7-8; Rm 13.10; Rm 13.12-14

Entendendo:

Nesse capítulo, Paulo trata sobre os deveres cristãos em relação às autoridades constituídas. Nos

versículos 1 e 2, o apóstolo nos orienta a sermos submissos a elas. O argumento é que toda a

autoridade é instituída por Deus. De fato, Deus tem o controle de todas as coisas. Seu poder não se

limita à Igreja. Falando especificamente sobre o nosso contexto brasileiro, se observarmos nossa

Constituição, veremos que muitas das leis do nosso país estão de acordo com os mandamentos de

Deus. Por exemplo, é crime roubar, matar e, se tratando de acusações contra outros, mentir. Nesses

casos, qualquer pessoa que desobedecer ao Estado estará desobedecendo também às leis de Deus

e, portanto, estará pecando. No entanto, sabemos que algumas vezes podem ser criadas leis que

contrariam diretamente os princípios estabelecidos por Deus. O que fazer nesses casos?

Como cristãos, devemos obedecer às autoridades. Mas, quando as leis do país contrariam os

princípios instituídos por Deus, devemos ser obedientes a Deus em primeiro lugar, mesmo que isso

traga consequências. Esse foi o caso dos apóstolos quando foram proibidos de pregar em nome de

Jesus (At 5.29) e também é a realidade vivida por muitos cristãos que moram em países regidos por

leis muçulmanas.

Os versículos 6 e 7 nos ensina é um dever que todo cristão pagar os impostos. Esses impostos são

legítimos e as autoridades constituídas devem administrá-los e aplicá-los com sabedoria. Em uma

democracia, caso isso não aconteça, os cidadãos podem usar de meios legítimos para cobrar

responsabilidade por parte de seus governantes. Infelizmente muitos cristãos não possuem um bom

testemunho na área financeira e sempre estão devendo a alguém. Os versículos 8 a 10 nos ensinam

que não devemos dever nada, a não ser o amor. Paulo ensina que aquele que ama cumpre a Lei, pois

quem ama irá praticar algum tipo de adultério, roubo ou qualquer outra coisa contra seu irmão.

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Os versículos 12 a 14 nos incentivam a deixarmos as obras das trevas e nos vestirmos da “armadura

da luz”. Esse trecho tem um sentido semelhante ao de Rm 12.2. Devemos deixar de lado todo o tipo

de orgia, bebedeira, imoralidade sexual, depravação, desavença ou inveja. Aquele que ama a Deus se

comportará como Jesus e não buscando maneiras para satisfazer as vontades da carne.

Praticando:

O cristão, como cidadão, pode se envolver com assuntos relacionados à política. Devemos, por

exemplo, ser sábios na escolha de nossos candidatos. Aquele que é um servo de Cristo também deve

estar atento às leis de seu país. Não é necessário temer às autoridades quando não se tem nada a

esconder. Devemos ainda ter o amor como base em tudo o que fazemos. Tanto em relação às

autoridades quanto em relação próximo. Devemos amá-los como a nós mesmos, dando um bom

testemunho da obra salvadora que Cristo realizou por nós na cruz.

CAPÍTULO 14 – PODE, OU NÃO PODE?

Versículos de destaque: Rm 14.5-6; Rm 14.10; Rm 14.12; Rm 14.17; Rm 14.21

Entendendo:

Nesse capítulo, Paulo aconselha aqueles que são mais experientes a aceitarem aqueles que são

“fracos na fé”. No caso, haviam questões sobre alimentos, bebidas e a observância de dias especiais

que estavam gerando controvérsias entre os irmãos. Sabemos que hoje, algumas denominações têm

o costume de guardar o sábado, como faziam os judeus, ou de não comer carne de porco, por

exemplo. No entanto, Paulo ensina que nenhum deve desprezar o outro, pois Deus aceita ambos e o

Evangelho não consiste na observância de tais práticas. Os crentes devem ter em mente que devem

fazer tudo para a glória de Deus. Tais costumes não devem ser entendidos como um caminho para a

salvação.

A partir do versículo 9, vemos que Cristo veio para ser Senhor tanto do fraco quanto do forte. Os

fracos não devem julgar os fortes e os fortes não devem rejeitar os fracos. Se Cristo é nosso Senhor,

somos irmãos uns dos outros e fazemos parte do mesmo corpo. Obviamente, Paulo não está

proibindo o crente de exercer qualquer tipo de julgamento, pois se fosse assim não teríamos

condições de obedecer à orientação de Jesus quando disse: “cuidado com os falsos profetas” (Mt 7.15;

Jo 7.24). Assim, se você não vê problema em comer determinado alimento, ou em trabalhar em

determinado dia “santo”, faça isso. Porém, se essas práticas escandalizam outros irmãos na fé, é

melhor deixá-las para não se tornar motivo de tropeço para os irmãos mais fracos. O versículo 14

deixa claro que nenhum alimento em si é impuro, a não ser que você assim o considere.

O versículo 20 nos diz que não devemos destruir a obra de Deus por um motivo tão simples. Nesses

caso, é melhor se abster de determinada comida, ou do vinho, por amor ao próximo. Paulo conclui

que “tudo o que não provém de fé é pecado” (Rm 14.23). Se alguém está convencido de que algo

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contraria a Lei de Deus e, apesar disso, o faz, torna-se culpado por ferir sua própria consciência,

embora tal coisa possa ser lícita.

Praticando:

Como foi possível observar, não há problema algum em comer qualquer tipo de alimento, ou em

considerar determinados dias como especiais. Porém, talvez você esteja frequentando algum

ambiente que não é apropriado para um cristão. Frequentar um barzinho, ou participar de certas

festinhas, além de não ser apropriado, pode se tornar um motivo de escândalo para outros. Por isso,

o melhor é evitar esse tipo de lugar. Fazendo isso, além de diminuir as chances de cair em tentação e

pecar, você evitará também que outros se decepcionem, ou se escandalizem com você.

CAPÍTULO 15 – IMITANDO A CRISTO

Versículos de destaque: Rm 15.1-3; Rm 15.5-6; Rm 15.8-9; Rm 15.20; Rm 15.30

Entendendo:

O capítulo 15 inicia como uma continuação do capítulo anterior. Paulo desejava que os irmãos

vivessem em unidade (Rm 15.5-6). Para isso, eles deveriam se aceitar mutuamente. Cada um deveria

viver não para agradar a si próprio, mas buscando o bem dos outros. Assim, eles estariam seguindo

o exemplo de Cristo (Rm 15.3). Jesus não veio à terra para satisfazer suas vontades e prazeres, mas

para se entregar como sacrifício pelos nossos pecados. Ele não veio para ser servido, mas para servir

(Mt 20.28). Ele se submeteu à vontade do Pai e suportou todo tipo de sofrimento para nos salvar.

Portanto, não devemos viver de maneira egoísta e arrogante, mas de forma humilde. Precisamos

entender que Cristo instituiu a Igreja para que vivamos em unidade, como um corpo. Somente dessa

forma glorificaremos a Deus e daremos bom testemunho para aqueles que ainda não o conhecem.

Podemos ainda observar, no versículo 20, que Paulo não era somente um grande teólogo, mas

também um grande missionário. Ele nunca perdia uma oportunidade para falar de Jesus e seu alvo

era anunciar o Evangelho principalmente nos lugares onde Cristo ainda não era conhecido. Nos

versículos 30 a 33, vemos que Paulo não apenas cuidava da Igreja, mas também era apoiado por ela

em oração. É interessante notar que Paulo pediu orações na maioria de suas cartas. Isso nos mostra

a importância que a oração tinha para esse grande homem de Deus. Nos mostra também que,

embora sendo apóstolo, Paulo não falava à Igreja com arrogância, mas com humildade.

Praticando:

Aprendemos que os mais fortes na fé não devem viver somente para si, mas também devem buscar

o bem dos outros. Se você ainda é novo na fé, procure aproximar-se de irmãos que tenham um bom

testemunho, uma caminhada e uma experiência maior com o Senhor. Desse modo, ambos serão

edificados e glorificarão a Deus. Essa unidade certamente abençoará a Igreja. Outra lição importante

é sobre a oração. Se o próprio apóstolo Paulo precisava das orações, quanto mais nós! Então ore

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sempre por seus irmãos em Cristo, participe de encontros de oração e também tenha pessoas que

estarão orando por você. Assim, estaremos nos edificando mutuamente e glorificando a Deus.

CAPÍTULO 16 – RECOMENDAÇÕES E SAUDAÇÕES

Versículos de destaque: Rm 16.17; Rm 16.20; Rm 16.25-27

Entendendo:

No último capítulo da carta aos romanos vemos que a obra de Deus envolve muitas pessoas. Durante

toda a carta, Paulo procurou ensinar, corrigir, aconselhar e confortar os irmãos na fé. Tudo para a

glória de Deus e para a edificação da Igreja. Por fim, Paulo faz a uma recomendação de uma irmã

chamada Febe. As cartas de recomendação eram comuns e necessárias naquele tempo (veja At 18.27

e 2 Co 3.1), já que os cristãos precisavam contar com a hospitalidade de irmãos quando viajavam de

uma cidade para a outra. As cartas de recomendação também serviam para proteger de pessoas mal

intencionadas. Em seguida, Paulo passa da recomendação às saudações. Ele cita 26 nomes

acrescentando, na maioria dos casos, uma apreciação pessoal e uma palavra de elogio. Como um

pastor experiente, Paulo sabe o valor de tratar as pessoas pelo nome e destacar suas características

positivas. Como seria bom se todos fossem com ele. Porém, somos muito rápidos em reclamar ou

apontar os erros de nossos irmãos. Cada irmão em Cristo deve ser tratado com alegria, gratidão e

amor. Devemos enfatizar os acertos em público e corrigir primeiro em particular. Dessa forma,

haveria mais edificação e menos brigas e divisões.

A partir do versículo 17, Paulo pede que a igreja tome cuidado com aqueles que causam divisões. É

provável que ele esteja falando de falsos mestres ou pastores que, através de falsas doutrinas,

acabaram causando uma série de intrigas no grupo. Devemos sempre tomar cuidado com pessoas

que sempre estão envolvidas em brigas e discussões. Nesses casos, é preciso estar atento. Por fim,

Paulo exalta ao Deus único, criador, sustentador e redentor. Deus é merecedor de toda a glória, pelos

séculos dos séculos, pois o glorioso Evangelho apresentado nessa carta foi concebido por sua

sabedoria e por seu poder desde toda a eternidade.

Praticando:

Como foi possível observar ao longo de toda a carta aos romanos, viver em comunhão com nossos

irmãos é um grande desafio. Precisamos aprender a amar ao próximo baseados na forma como Cristo

nos amou, pois o amor dele é perfeito. Devemos sempre estar atentos para não buscarmos satisfazer

nossas próprias vontades nos esquecendo de amar a Deus e aos irmãos. Procure também

desenvolver a prática diária de elogiar aqueles irmãos que, de alguma forma, têm estado ao seu lado.

Paulo nunca deixou de exortar e de consolar, mas também soube agradecer, recomendar e elogiar.

O importante é que tudo seja feito em amor. Dessa forma, Cristo continuará sendo glorificado e a

Igreja edificada.