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Ética Prof. Robson Silva ESPAÇO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Página 1 F.: 3222-6231 www.espacohebervieira.com.br Apostila de Ética e Cidadania Professor Robson Silva [email protected] NOÇÕES DE ÉTICA: CONCEITOS: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES. Entendendo a origem e a aplicação da ética e da cidadania no contexto social, é possível analisarmos em que rumo nossa sociedade esta caminhando. Desse modo, é importante que, estejamos prontos para discutir e refletir sobre a necessidade que a ética e a cidadania tem na formação de uma sociedade sadia. Isso só é possível, através da compreensão de conceitos teóricos aos níveis sociais, como a Ética, Cidadania, Política e a sua aplicação. Estamos em um momento da história brasileira, e por que não dizer mundial, em que a toda instante, os meios de comunicação anunciam a necessidade de se ter uma comunidade mais justa e integra. De algum modo o mundo tem acordado para essa necessidade, alguns países têm demonstrado mais expressamente enquanto que outros, mais lentamente. Mas nada acontece sem uma conscientização definida e um empenho dedicado, que nasça no seio da população, como uma necessidade intrínseca. O discurso parece ser o mesmo: agir com ética, usar a cidadania. A ética e a cidadania é parte da filosofia, ocupando-se como reflexão a respeito dos fundamentos da vida moral e social. Essa reflexão pode seguir as mais variadas direções, dependendo da concepção de homem que se toma como ponto de partida. Conforme veremos a seguir, a ética e a cidadania são importantes para a boa estruturação de uma a sociedade, a sua falta pode provocar autodestruição de uma sociedade, por isso, a necessidade de estudar o desenvolvimento da ética e da cidadania na sociedade brasileira, como uma das causas de formação de uma sociedade com baixo nível de princípios morais e normas preestabelecidas, para um convívio social em harmonia, e consequentemente uma sociedade infeliz e através disso, apontar a necessidade de formarmos uma comunidade ética cidadã, como principio que esta inscrita na própria essência do homem para uma boa estruturação da sociedade. A ÉTICA E A SOCIEDADE A toda hora, os meios de comunicação anunciam que é preciso "mais ética" nas relações humanas, na política, na ciência, nas empresas, e em todos os âmbitos da vida. Mas o que significa "ética"? Ética deve ser entendida como reflexão, estudo, moral dos seres humanos cuja legitimação se baseia na sua racionalidade, já que é impossível uma vida social sem normas preestabelecidas para um convívio em harmonia. Através da discussão democrática de princípios da convivência humana, poderá ser estabelecida boas ou más condutas sociais e individuais, normas válidas para todos que vivem em sociedade a fim de alcançar a harmonia e felicidade humana. A ética é parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito dos fundamentos da vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais variadas direções, dependendo da concepção de homem que se toma como ponto de partida. É necessário formamos uma comunidade ética, pois o homem, como qualquer outro ser, busca sua própria perfeição, como requisito da sua própria natureza. É verdade que os valores da ação humana estão inscrito na própria essência do homem. A ética é importante para a boa estruturação de uma a sociedade, a sua falta pode provocar autodestruição de uma sociedade. Hoje, a comunicação em massa, principalmente à televisão, é responsável por um processo de degradação social com a transformação de vários valores ligados à vida, e ao modo como as pessoas se relacionarem. A televisão tornou-se mais influente na transmissão de conceitos éticos e formação das pessoas, principalmente das crianças, do que a escola ou mesmo a família. Interessante perceber como tudo na televisão é banal, banaliza-se a vida, a violência, o sexo, casamento, provocando assim, uma inversão de valores, que é prejudicial ao indivíduo e à sociedade. Faz-se necessário, não uma censura, mas um maior controle, para que seja vinculada uma programação de qualidade na televisão, pois ela tem servido como um grande potencial de formador de opinião. Não é difícil perceber que os grandes apresentadores de programas em horários nobres, têm muito mais força política, social de influência, do que, os próprios políticos naturais eleitos, para não dizer os pais. A DEFINIÇÃO DE ÉTICA A palavra "Ética" vem do grego ethos, que por sua vez, possui o significado de morada do homem. Diz o ditado popular A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que é, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém nos pergunta. Ética é o nome geralmente dado ao ramo da filosofia dedicado ao estudo dos assuntos morais. A

Apostila de Etica Bacen 2013

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    ESPAO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Pgina 1 F.: 3222-6231 www.espacohebervieira.com.br

    Apostila de tica e Cidadania Professor Robson Silva

    [email protected]

    NOES DE TICA: CONCEITOS: TICA, MORAL, VALORES E

    VIRTUDES.

    Entendendo a origem e a aplicao da tica e da cidadania no contexto social, possvel analisarmos em que rumo nossa sociedade esta caminhando.

    Desse modo, importante que, estejamos

    prontos para discutir e refletir sobre a necessidade que a tica e a cidadania tem na formao de uma sociedade sadia. Isso s possvel, atravs da compreenso de conceitos tericos aos nveis sociais, como a tica, Cidadania, Poltica e a sua aplicao.

    Estamos em um momento da histria

    brasileira, e por que no dizer mundial, em que a toda instante, os meios de comunicao anunciam a necessidade de se ter uma comunidade mais justa e integra.

    De algum modo o mundo tem acordado para

    essa necessidade, alguns pases tm demonstrado mais expressamente enquanto que outros, mais lentamente. Mas nada acontece sem uma conscientizao definida e um empenho dedicado, que nasa no seio da populao, como uma necessidade intrnseca. O discurso parece ser o mesmo: agir com tica, usar a cidadania.

    A tica e a cidadania parte da filosofia,

    ocupando-se como reflexo a respeito dos fundamentos da vida moral e social. Essa reflexo pode seguir as mais variadas direes, dependendo da concepo de homem que se toma como ponto de partida.

    Conforme veremos a seguir, a tica e a

    cidadania so importantes para a boa estruturao de uma a sociedade, a sua falta pode provocar autodestruio de uma sociedade, por isso, a necessidade de estudar o desenvolvimento da tica e da cidadania na sociedade brasileira, como uma das causas de formao de uma sociedade com baixo nvel de princpios morais e normas preestabelecidas, para um convvio social em harmonia, e consequentemente uma sociedade infeliz e atravs disso, apontar a necessidade de formarmos uma comunidade tica cidad, como principio que esta inscrita na prpria essncia do homem para uma boa estruturao da sociedade.

    A TICA E A SOCIEDADE

    A toda hora, os meios de comunicao

    anunciam que preciso "mais tica" nas relaes

    humanas, na poltica, na cincia, nas empresas, e em todos os mbitos da vida. Mas o que significa "tica"?

    tica deve ser entendida como reflexo,

    estudo, moral dos seres humanos cuja legitimao se baseia na sua racionalidade, j que impossvel uma vida social sem normas preestabelecidas para um convvio em harmonia. Atravs da discusso democrtica de princpios da convivncia humana, poder ser estabelecida boas ou ms condutas sociais e individuais, normas vlidas para todos que vivem em sociedade a fim de alcanar a harmonia e felicidade humana.

    A tica parte da filosofia que se ocupa com

    a reflexo a respeito dos fundamentos da vida moral. Essa reflexo pode seguir as mais variadas direes, dependendo da concepo de homem que se toma como ponto de partida.

    necessrio formamos uma comunidade

    tica, pois o homem, como qualquer outro ser, busca sua prpria perfeio, como requisito da sua prpria natureza. verdade que os valores da ao humana esto inscrito na prpria essncia do homem.

    A tica importante para a boa estruturao

    de uma a sociedade, a sua falta pode provocar autodestruio de uma sociedade. Hoje, a comunicao em massa, principalmente televiso, responsvel por um processo de degradao social com a transformao de vrios valores ligados vida, e ao modo como as pessoas se relacionarem. A televiso tornou-se mais influente na transmisso de conceitos ticos e formao das pessoas, principalmente das crianas, do que a escola ou mesmo a famlia. Interessante perceber como tudo na televiso banal, banaliza-se a vida, a violncia, o sexo, casamento, provocando assim, uma inverso de valores, que prejudicial ao indivduo e sociedade. Faz-se necessrio, no uma censura, mas um maior controle, para que seja vinculada uma programao de qualidade na televiso, pois ela tem servido como um grande potencial de formador de opinio. No difcil perceber que os grandes apresentadores de programas em horrios nobres, tm muito mais fora poltica, social de influncia, do que, os prprios polticos naturais eleitos, para no dizer os pais.

    A DEFINIO DE TICA

    A palavra "tica" vem do grego ethos, que por

    sua vez, possui o significado de morada do homem. Diz o ditado popular A tica daquelas coisas que todo mundo sabe o que , mas que no so fceis de explicar, quando algum nos pergunta.

    tica o nome geralmente dado ao ramo da

    filosofia dedicado ao estudo dos assuntos morais. A

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    palavra "tica" derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao carter.

    Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se

    fundamenta na obedincia a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierrquicos ou religiosos recebidos, a tica, ao contrrio, buscar estudar e fazer uma profunda reflexo filosfica sobre os princpios fundamentais no que se relaciona ao bom modo de viver pelo pensamento racional humano.

    Na filosofia clssica, a tica no se resume

    ao estudo da moral (entendida como "costume", do latim mos, mores), mas a todo o campo do conhecimento que no abrangido na fsica, metafsica, esttica, na lgica e nem na retrica. Assim, a tica abrangia os campos que atualmente so denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, educao fsica, dialtica e at mesmo poltica, em suma, campos direta ou indiretamente ligados a maneiras de viver.

    Porm, com a crescente profissionalizao e

    especializao do conhecimento que se seguiu revoluo industrial, a maioria dos campos que eram objeto de estudo da filosofia, particularmente da tica, foram estabelecidos como disciplinas cientficas independentes. Assim, comum que atualmente a tica seja definida como "a rea da filosofia que se ocupa do estudo das normas morais nas sociedades humanas" e busca explicar e justificar os costumes de um determinado agrupamento humano, bem como fornecer subsdios para a soluo de seus dilemas mais comuns. Neste sentido, tica pode ser definida como a cincia que estuda a conduta humana e a moral a qualidade desta conduta, quando julga-se do ponto de vista do Bem e do Mal.

    A tica tambm no deve ser confundida com

    a lei, embora com certa frequncia a lei busque ter como base os princpios ticos. Desse modo a lei pode ser omissa quanto a questes abrangidas no campo da tica. A tica tinha o sentido de ocupar-se do bem como valor primrio a ser assumido pela liberdade como guia das prprias escolhas.

    Antes de qualquer coisa, preciso distinguir

    tica e moral. Embora se confundam, h um acordo entre os estudiosos de que essas palavras tm significados distintos. A moral constituda pelos juzos de valor, costumes e crenas de um povo, enquanto a tica o estudo da ao humana e de suas conseqncias. Para esclarecer essa questo, vale observar a etimologia das palavras moral e tica.

    A palavra moral deriva do latim "mores", que

    significa "costumes". Isso indica que a moral formada pelos hbitos, pela forma de encarar a vida e pelos costumes de um povo. Por isso, a moral pode variar: o que moralmente correto para um

    povo, pode no ser para outro. A moral o conjunto de regras vigentes numa determinada sociedade e consideradas como critrios vlidos para a orientao do agir de todos os membros dessa sociedade.

    O significado de "morada do homem" indica

    que justamente por meio do ethos que o mundo se torna habitvel para o homem ou, mais ainda, que o mundo se constitui. A necessidade da natureza (physis) rompida pela abertura do espao humano do ethos, no qual se inscrevem os costumes, os hbitos, os valores e as aes, ou seja, no qual a moral de um povo se constitui. O espao humano do ethos no dado ao homem (como o o espao da natureza), mas incessantemente construdo.

    A morada do homem nunca est pronta:

    sempre possvel melhor-la e aproxim-la da perfeio. Isso revela a existncia de um ideal tico ou do Bem, capaz de mostrar, quais partes de nossa "morada" ainda podem ser reformadas, melhoradas. O eterno construir da vida moral revela que h princpios ticos, ideais a serem perseguidos pelo homem e que podem se aprimorar ao longo da histria.

    Usando a representao da casa, pode-se

    afirmar que, a nossa vontade de aperfeio-la mostra que temos, em nossa mente, a idia do que seja uma casa ideal. E mostra tambm que, se os tempos trazem novidades, elas so incorporadas a esse modelo ideal de casa na medida em que surgem. Para um homem das cavernas, por exemplo, uma ampla gruta de frente para o mar e bem protegida, era o exemplo de casa ideal; j para o homem moderno, uma casa de vidro, concreto e madeira, com varanda, piscina, churrasqueira e sauna, constitui o modelo ideal de casa. Mas, para ambos, o importante o principio, uma casa como lugar de refgio, proteo e conforto.

    O mesmo ocorre com a tica: ela evolui,

    aperfeioada ao longo do tempo. Com as transformaes histricas, surge a necessidade de transformaes ticas. Sabemos que uma ao injusta porque temos uma idia de justia construda e aperfeioada ao longo da histria que nos habilita a julg-la como tal. A escravido foi considerada normal entre os gregos e entre os nossos colonizadores. Foram precisos sculos para que a escravido fosse definitivamente abolida do planeta (ou, pelo menos, universalmente considerada como repugnante). Hoje em dia, no h pas que defenda pblica e oficialmente a escravido: todos os povos sabem que a liberdade alheia deve ser respeitada. Isso mostra que o nosso ideal tico evolui ao longo da histria.

    O mesmo ocorre com a tica, que tambm se

    modifica com o tempo. Muitos valores do incio do sculo mudaram radicalmente: a virgindade, por

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    exemplo, j no um valor como foi outrora. Podemos perceber que, geralmente, as mudanas nas leis ocorrem aps as mudanas morais. A virgindade, mesmo que no mais praticada e valorizada como outrora, continuou presente no cdigo civil por muitos anos, como motivo para dissoluo do matrimnio: se o marido descobrisse que a noiva no era mais virgem, poderia amparado pela lei, dissolver o casamento. H, no entanto, valores que devem permanecer, pois so fundamentais para a sobrevivncia da sociedade. A liberdade, o respeito diferena, a indiscriminao, e a preservao ambiental, so exemplos de valores fundamentais para o nosso tempo, sem os quais colocamos o mundo em risco.

    Infelizmente, a tica ainda um valor que

    est em falta em nossa sociedade. Empresas, jornais, escolas e governos a valorizam, cada vez mais, entretanto as pessoas ainda se apegam a valores como o consumismo onde Ter vale mais do que Ser, o individualismo baseado no egocentrismo Primeiro eu.

    Considerando a grande crise poltica que vive

    o mundo, a misria de dois teros do planeta, a conduta irresponsvel das grandes potencia a atual crise ecolgica dentre vrios outros fatores preocupantes, pode-se perceber que a tica, mais do que nunca, essencial.

    A tica , portanto, um ramo do saber que faz

    uma reflexo filosfica sobre a ao humana e que tenta identificar os princpios fundamentais e prticos que regulam esse agir. , no entanto, somente com o surgimento da filosofia que se pode falar de tica enquanto uma reflexo racional sobre o agir, especifica do ser humano enquanto homem racional.

    Importncia da tica

    Desde a infncia, estamos sujeitos

    influncia de nosso meio social, por intermdio da famlia, da escola, dos amigos, dos meios de comunicao de massa, etc. Vamos adquirindo, aos poucos, idias morais. o aspecto social da moral se manifestando e, mesmo ao nascer, o homem j se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social.

    A tica no se reduz apenas a seu aspecto

    social, pois medida que desenvolvemos nossa reflexo crtica passamos a questionar os valores herdados, para ento decidir se aceitamos ou no s normas. A deciso de acatar uma determinada norma sempre fruto de uma reflexo pessoal consciente, que pode ser chamada de interiorizao. essa interiorizao das normas que qualifica um ato como sendo moral. Por exemplo: existe uma norma no cdigo de trnsito que nos probe de buzinar diante de um hospital. Podemos cumpri-la por razes ntimas, pela

    conscincia de que os doentes sofrem com isso. Nesse caso houve a interiorizao da norma e o ato um ato moral. Mas, se apenas seguimos a norma por medo das punies previstas pelo cdigo de trnsito, no houve o processo de interiorizao e meu ato escapa do campo moral.

    Conforme afirmaes anteriores, dizemos que

    a tica no se confunde com a moral. A moral a regulao dos valores e comportamentos considerados legtimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religio, certa tradio cultural etc.

    H morais especficas, tambm, em grupos

    sociais mais restritos: uma instituio, um partido poltico... H, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral um fenmeno social particular, que no tem compromisso com a universalidade, isto , com o que vlido e de direito para todos os homens.

    Exceto quando atacada: justifica-se dizendo

    universal, supostamente vlida para todos. Mas, ento, todas e quaisquer normas morais so legtimas? No deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma o que chamamos de tica. A tica uma reflexo crtica sobre a moralidade.

    Mas ela no puramente teoria. A tica um

    conjunto de princpios e disposies voltados para a ao, historicamente produzidos, cujo objetivo balizar as aes humanas. A tica existe como uma referncia para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. A tica pode e deve ser incorporada pelos indivduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana, capaz de julgar criticamente os apelos acrticos da moral vigente. Mas a tica, tanto quanto a moral, no um conjunto de verdades fixas, imutveis.

    A tica se move, historicamente, se amplia e

    se adensa. Para entendermos como isso acontece na histria da humanidade, basta lembrar que, um dia, a escravido foi considerada "natural". Entre a moral e a tica h uma tenso permanente: a ao moral busca uma compreenso e uma justificao crtica universal, e a tica, por sua vez, exerce uma permanente vigilncia crtica sobre a moral, para refor-la ou transform-la.

    A tica est relacionada opo, ao desejo

    de realizar a vida, mantendo com os outros, relaes justas e aceitveis. Via de regra est fundamentada nas idias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existncia plena e feliz. Hoje em dia, seu campo de atuao ultrapassa os limites da filosofia e inmeros outros pesquisadores do conhecimento dedicam-se a seu estudo. Socilogos, psiclogos, bilogos e muitos

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    outros profissionais desenvolvem trabalhos no campo da tica.

    Quando na Antiguidade grega Aristteles

    apresentou o problema terico de definir o conceito de Bem, seu trabalho era de investigar o contedo do Bem e no definir o que cada indivduo deveria fazer numa ao concreta, para que seu ato seja considerado bom ou mau.

    Evidentemente, esta investigao terica

    sempre deixa consequncias prticas, pois quando definimos o Bem, estamos indicando um caminho por onde os homens podero se conduzir nas suas diversas situaes particulares.

    A tica tem sua importncia inquestionvel,

    pois trabalha com responsabilidade do ato moral, ou seja, a deciso de agir numa situao concreta um problema prtico-moral, mas investigar se a pessoa pde escolher entre duas ou mais alternativas de ao e agir de acordo com sua deciso um problema terico-tico, pois verifica a liberdade ou o determinismo ao qual nossos atos esto sujeitos. Se o determinismo total, ento no h mais espao para a tica, pois se ela se refere s aes humanas e se essas aes esto totalmente determinadas de fora para dentro, no h qualquer espao a liberdade, para a autodeterminao e, consequentemente, para a tica.

    A tica pode tambm contribuir para

    fundamentar ou justificar certa forma de comportamentos moral na sociedade. Assim, se a tica revela uma relao entre o comportamento moral e as necessidades e os interesses sociais, ela nos ajudar a situar no devido lugar a moral efetiva, real, do grupo social. Por outro lado, ela nos permite exercitar uma forma de questionamento, onde nos colocamos diante do dilema entre "o que " e o "que deveria ser", imunizando-nos contra a simplria assimilao dos valores e normas vigentes na sociedade e abrindo em nossas almas a possibilidade de desconfiarmos de que os valores morais vigentes podem estar encobrindo interesses que no correspondem s prprias causas geradoras da moral. A reflexo tica tambm permite a identificao de valores petrificados que j no mais satisfazem os interesses da sociedade a que servem.

    importante que estejamos prontos para

    discutir a importncia de refletir sobre a necessidade que a tica tem na formao de uma sociedade sadia. A falta da tica na sociedade um dos grandes entraves para que as relaes sociais e pessoais fluam dentro de uma perspectiva "civilizada" e aceitvel.

    As pessoas parecem no se importar pelo

    estuda da tica. Essa falta de tica pode ser, sendo provocada devido ao desinteresse das pessoas em

    buscar conhecer e estudar esse assunto para que se possa pass-lo adiante. importante que seja anunciado e ensinado sobre a tica nas escolas e universidades, para que no futuro se tenham bons cidados, com a tica como principal fundamento. Para isso necessria que haja interesse poltico/social. Mas o que vemos no bem assim. O desinteresse pela busca do conhecimento da tica parece ser mais interesse por aqueles que nos governam. Mas nem sempre foi assim:

    Antigamente, moral e tica eram transmitidas

    s novas geraes pelas classes dominantes, pela aristocracia, pelos intelectuais, escritores e artistas. Era uma poca em que os nobres eram nobres, exemplos a ser seguidos por todos. Hoje isso mudou. Nossas lideranas polticas, acadmicas e empresariais no mais se preocupam em transmitir valores morais s futuras geraes. No existe mais o noblesse oblige, a obrigao dos nobres, como antigamente. Poetas at enaltecem os nossos heris sem carter. O Que Valor? No existe valor em si, enquanto coisa, o valor sempre uma relao. Assim, deixamos de assumir que algo s possui valor quando no permite indiferena. A no indiferena a essncia do valor Quando decidimos fazer algo, estamos realizando uma escolha. Manifestamos certas preferncias por umas coisas em vez de outras. Evocamos ento certos motivos para justificar as nossas decises. Fatos e Valores Todos estes motivos podem ser apoiados em fatos, mas tm sempre implcitos certos valores que justificam ou legitimam as nossas preferncias. Exemplo: O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante da semana, era um domingo. Fato: O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efetivamente um domingo. Valor implcito: O domingo como o dia mais importante entre os dias da semana. Tipos de Valores Existe uma enorme diversidade de valores, podemos agrup-los quanto sua natureza da seguinte forma: Valores ticos: os que se referem s normas ou critrios de conduta que afetam todas as reas da nossa atividade. Exemplos: Solidariedade, Honestidade, Verdade, Lealdade, Bondade, Altrusmo...

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    Valores estticos: os valores de expresso. Exemplo: Harmonia, Belo, Feio, Sublime, Trgico. Valores lgicos: Considerando uma proposio que poder ser classificada como verdadeira ou falsa. Sendo assim o valor lgico ser: - A verdade, quando se trata de uma proposio verdadeira. - A falsidade, quando se trata de uma proposio falsa. Valores teis: Satisfazem a necessidade humana, assim possui valor de uso. Exemplo: Adequado, inadequado, conveniente, inconveniente. Valores polticos: Se referem s relaes de poder. Ex: Justia, Igualdade, Imparcialidade, Cidadania, Liberdade. Virtude Virtude do latim: virtus; uma qualidade moral particular. Virtude uma disposio estvel em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples caracterstica ou uma aptido para uma determinada ao boa: trata-se de uma verdadeira inclinao. Virtudes so todos os hbitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivduo, quer como espcie, quer pessoalmente, quer coletivamente. A virtude, no mais alto grau, o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Virtude, segundo Aristteles, uma disposio adquirida de fazer o bem, e elas se aperfeioam com o hbito. As Virtudes Humanas Empatia: Ver as coisas sob a perspectiva do outro. Buscando compreender seus motivos. E, ento, poder agir e aconselhar com acerto e coerncia. Disciplina: valorao da ordem, organizao, aceitao de preceitos e normas. Deve levar em considerao outras virtudes, tais como a pacincia, a tolerncia e a perseverana. Honestidade: Suscita a necessria confiana entre as pessoas. uma condio imprescindvel e que deve estar sempre presente aos atos da vida. Determinao: Permite ao indivduo progredir, a ter sucesso em todos os seus empreendimentos. No admite a preguia, o desalento e a falta de nimo. Desapego: uma virtude que capacita o indivduo a ver os fatos e situaes com imparcialidade, com iseno de nimo. Abrangncia da tica

    Sendo a tica a parte da filosofia que estuda a moralidade das aes humanas, ou seja, define se essas so boas ou ms. Para que uma conduta possa ser considerada tica, trs elementos essenciais devem ser ponderados: A ao, a inteno e a circunstncia. A ao, o ato moral, deve ser bom, correto,

    certo. A inteno ou finalidade deste ato deve ser

    boa, certa, correta. As circunstncias e as consequncias do ato

    devem ser boas, corretas e certas. Podemos entender a abrangncia da tica em trs abordagens distintas: a) tica Normativa; b) tica Teleolgica; c) tica Situacional. tica Normativa a tica moral que se baseia em princpios sbios, regras coerentes e fixas, as atividades sociais, profissionais e cientficas.

    tica Profissional e tica Deontolgica: As regras devem ser obedecidas.

    tica Teleolgica tica imoral baseia-se na especulao imediata dos fins e dos meios disponveis. No importa os meios, o importante o fim. Interpretao das estruturas ou normas em termos das convenincias imediatas (utilitarismo), exacerbao da utilidade.

    tica Econmica: O que importa o capital.

    tica situacional tica amoral baseia-se nas circunstncias por mais irracionais que sejam. uma reao irracional baseada no tudo vale, diante de fatos ou momentos previsveis ou no (torcida no campo de futebol).

    tica Poltica: Tudo possvel, pois em poltica tudo vale.

    Qual a diferena entre a moral e a tica?

    - A moral tem um carter:

    Prtico imediato

    Restrito

    Histrico

    Relativo - A tica:

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    Reflexo filosfica sobre a moral

    Procura justificar a moral

    O seu objeto o que guia a ao

    O objetivo guiar e orientar racionalmente a vida humana

    Algumas diferenas entre tica e moral tica princpio; Moral: aspectos de condutas especficas; tica permanente; Moral temporal; tica universal; Moral cultural; tica regra; Moral conduta de regra; tica teoria; Moral prtica.

    Comportamento tico o comportamento de um indivduo em relao a outro indivduo ou grupo, objetivando o bem comum.

    Comportamento Anti-tico ou atico o comportamento de um indivduo em relao a outro indivduo ou grupo, objetivando o bem pessoal e desconsiderando o bem comum. Definindo tica Definio 1: tica a cincia do comportamento moral dos homens em sociedade Definio 2: tica o conjunto de normas de comportamento e formas de vida atravs do qual o homem tende a realizar o valor do bem. Observaes: Moral: um dos aspectos do comportamento humano; * Outros aspectos: jurdico, social, alimentar, etc. * um conjunto de regras de comportamento prprias de uma cultura. tica cincia: Tem objeto de estudo: a moral, moral positiva, o bem, as leis e mtodo prprio;

    A tica vai alm da moral: Procura os princpios fundamentais do comportamento

    TICA PROFISSIONAL

    extremamente importante saber diferenciar a tica da Moral e do Direito. Estas trs reas de

    conhecimento se distinguem, entretanto tm grandes vnculos e at mesmo sobreposies.

    A Moral estabelece regras que so assumidas

    pela pessoa independente das fronteiras geogrficas e garante uma identidade entre pessoas que mesmo sem se conhecerem utilizam este mesmo referencial moral comum.

    O Direito estabelece o regramento de uma

    sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis tm uma base territorial, pois elas valem apenas para aquela rea geogrfica onde determinada populao ou seus delegados vivem. Alguns autores afirmam que o Direito um subconjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a concluso de que toda a lei moralmente aceitvel.

    Inmeras situaes demonstram a existncia

    de conflitos entre a Moral e o Direito. Um exemplo disso a desobedincia civil, que ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma determinada lei. Assim a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas discordantes.

    Muitos autores definem a tica profissional

    como sendo um conjunto de normas de conduta que devero ser postas em prtica no exerccio de qualquer profisso. Sendo assim, a ao reguladora da tica que age no desempenho das profisses, faz com que o profissional respeite seu semelhante quando no exerccio da sua profisso.

    A tica profissional estudaria e regularia o

    relacionamento do profissional com sua clientela, visando a dignidade humana e a construo do bem-estar no contexto scio-cultural onde exerce sua profisso, atingindo toda profisso. Ao falamos de tica profissional estamos nos referindo ao carter normativo e at jurdico que regulamenta determinada profisso a partir de estatutos e cdigos especficos. Assim temos a tica mdica, do advogado, do bilogo, do psiclogo, etc, relacionada em seus respectivos cdigos de tica.

    Em geral, as profisses apresentam a tica

    firmada em questes relevantes que ultrapassam o campo profissional em si, como o aborto, pena de morte, sequestros, eutansia, AIDS, e outros, que so questes morais que se apresentam como problemas ticos, pois pedem uma reflexo profunda e assim, um profissional, ao se debruar sobre elas, no o faz apenas como tal, mas como um pensador, um filsofo da cincia, ou seja, da profisso que exerce. Desta forma, a reflexo tica entra na moralidade de qualquer atividade profissional humana.

    A tica inerente vida humana de suma

    importncia na vida profissional, assim para o profissional a tica no somente inerente, mas indispensvel a este. Na ao humana o fazer e o

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    agir esto interligados. O fazer diz respeito competncia, eficincia que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profisso. O agir se refere conduta do profissional, conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profisso.

    A tica baseia-se em uma filosofia de valores

    compatveis com a natureza e o fim de todo ser humano.

    O agir" da pessoa humana est condicionado

    a duas premissas consideradas bsicas pela tica: "o que " o homem e "para que vive", logo toda capacitao cientfica ou tcnica precisa estar em conexo com os princpios essenciais da tica.

    Constatamos assim o forte contedo tico

    presente no exerccio profissional.

    CDIGO DE TICA PROFISSIONAL

    uma espcie de contrato de classe e os rgos de fiscalizao do exerccio da profisso passam a controlar a execuo de tal pea magna.

    Tudo deriva de critrios de conduta de um

    indivduo perante seu grupo e o todo social, tendo como base as virtudes que devem ser exigveis e respeitadas no exerccio da profisso, abrangendo o relacionamento com usurios, colegas de profisso, classe e sociedade. Desse modo, o interesse no cumprimento do cdigo de tica passa a ser de todos.

    O Cdigo de tica, como prtica de uma

    virtude, ser exigvel de cada profissional com o proveito geral, de modo a: 1. Interessar-se pelo bem pblico e com tal finalidade contribuir com seus conhecimentos capacidade e experincia para melhor servir a humanidade. 2. Considerar a profisso com auto ttulo de honra e no praticar nem permitir a prtica de atos que comprometam a sua dignidade. 3. No cometer ou contribuir para que se cometam injustias contra colegas. 4. No praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legtimos interesses de outros profissionais. 5. No solicitar nem submeter propostas contendo condies que constituam competio de preos por servios profissionais. 6. Atuar dentro da melhor tcnica e do mais elevado esprito pblico, devendo, quando Consultor, limitar seus pareceres s matrias especficas que tenham sido objeto da consulta.

    7. Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicao e honestidade para com seus clientes e empregadores ou chefes, a com esprito de justia e equidade para com os contratantes e empreiteiros. 8. Ter sempre em vista o bem estar e o progresso funcional dos seus empregados ou subordinados e trat-los com retido, justia e humanidade. 9. Colocar-se a par da legislao que rege o exerccio profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, visando cumpri-la corretamente e colaborar para sua atualizao e aperfeioamento. A CIDADANIA

    A expresso "cidadania" originria do latim,

    que tratava o indivduo habitante da cidade (civitas), na Roma antiga indicava a situao poltica de uma pessoa (exceto mulheres, escravos, crianas e outros) e seus direitos em relao ao Estado Romano.

    A cidadania expressa um conjunto de direitos

    que d pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem no tem cidadania est marginalizado ou excludo da vida social e da tomada de decises, ficando numa posio de inferioridade dentro do grupo social.

    Ser cidado compor-se a uma sociedade. O

    homem por natureza um ser socivel. A cidadania no pode existir se no houve uma completa compreenso da importncia do homem como membro do corpo que forma a cidadania.

    O homem essencialmente socivel: sozinho

    no pode vir ao mundo, no pode crescer, no pode educar-se; sozinho no pode satisfazer suas necessidades mais elementares, nem realizar suas aspiraes mais elevadas; ele somente pode obter isto em companhia dos outros. Por isto, desde seu primeiro aparecimento sobre a terra, encontramos sempre o homem, colocado em grupos sociais, nos inicio bem pequenos (a famlia, o cl, a tribo) e depois sempre maiores (a aldeia, a cidade, o Estado). medida que o nvel cultural se eleva tambm a dimenso de sociabilidade tornar-se mais ampla e rica.

    A cidadania se refere s relaes entre os

    cidados, aqueles que pertencem a uma cidade, por meio dos procedimentos e leis acordados entre eles. Da nossa herana grega e latina, traz o sentido de pertencimento uma comunidade organizada igualitariamente, regida pelo direito, baseada na liberdade, participao e valorizao individual de cada um em um em uma esfera pblica (no privada, como a famlia), mas este um sentido que sofreu mutaes histricas. Um dos

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    sentidos atuais da cidadania de massa, em Estados que congregam muitas diversidades culturais o esforo por participar e usufruir dos direitos pensados pelos representantes de um Estado para seus virtuais cidados; vir a ser, de fato, e no apenas de direito, um cidado. Os valores da cidadania so polticos: igualdade, equidade, justia e o bem comum.

    (...) cidadania seria uma espcie de estado de

    esprito em que o cidado fosse algum dentro da sociedade evidentemente no haveria cidado fora dela, fosse algum que estivesse em pleno gozo de sua autonomia, e esse gozo no fosse um gozo passivo, mas ativo, de plena capacidade de intervir, nos negcios da sociedade, e atravs de outras mediaes, intervirem tambm nos negcios do Estado, que regula a sociedade da qual faz parte. Isso na concepo ativa de cidadania, no apenas de quem recebe, mas na verdade de um ator, que usa seus recursos econmicos, sociais, polticos e culturais para atuar no espao publico.

    Ser cidado respeitar e participar das

    decises da sociedade para melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidado nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser divulgada atravs de instituies de ensino e meios de comunicao para o bem estar e desenvolvimento da nao.

    A cidadania consiste desde o gesto de no

    jogar papel na rua, no pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas s outras pessoas), no destruir telefones pblicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor, e bom dia quando necessrio... At saber lidar com o abandono e a excluso das pessoas necessitadas, o direito das crianas carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso pas. "A revolta o ltimo dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas tambm o mais imperioso dos deveres impostos aos cidados".

    A histria da cidadania confunde-se em muito

    com a histria das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e est em permanente construo; um referencial de conquista da humanidade, atravs daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e no se conformam frente s dominaes arrogantes, seja do prprio Estado ou de outras instituies ou pessoas que no desistem de privilgios, de opresso e de injustias contra uma maioria desassistida e que no se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, no ser obstada. Ser cidado ter conscincia de que sujeito de direitos.

    Direitos vida, liberdade, propriedade, igualdade, enfim, direitos civis, polticos e sociais. Mas este um dos lados da moeda. Cidadania pressupe tambm deveres. O cidado tem de estar consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que a coletividade, a nao, o Estado, para cujo bom funcionamento todos tm de dar sua parcela de contribuio. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justia em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

    No discurso corrente de polticos,

    comunicadores, dirigentes, educadores, socilogos e uma srie de outros agentes que, de alguma maneira, se mostram preocupados com os rumos da sociedade, est presente a palavra cidadania. Como comum nos casos em que h a super explorao de um vocbulo, este acaba ganhando denotaes desviadas do seu estrito sentido. Hoje, tornou-se costume o emprego da palavra cidadania para referir-se a direitos humanos, ou direitos do consumidor e usa-se o termo cidado para dirigir-se a um indivduo qualquer, desconhecido.

    De certa forma, faz sentido a mistura de

    significados, j que a histria da cidadania confunde-se com a histria dos direitos humanos, a histria das lutas das gentes para a afirmao de valores ticos, como a liberdade, a dignidade e a igualdade de todos os humanos indistintamente; existe um relacionamento estreito entre cidadania e luta por justia, por democracia e outros direitos fundamentais asseguradores de condies dignas de sobrevivncia.

    CDIGO DE TICA Um cdigo de tica um acordo explcito entre os membros de um grupo social: uma categoria profissional, um partido poltico, uma associao civil etc. Seu objetivo explicitar como o grupo social, que o constitui, pensa e define sua prpria identidade poltica e social; e como esse grupo social se compromete a realizar seus objetivos particulares de um modo compatvel com os princpios universais da tica.

    TICA NO SETOR PBLICO

    Durante as ltimas dcadas, o setor pblico foi alvo, por parte da mdia e de um senso comum vigente, de um processo deliberado de formao de uma caricatura, que transformou sua imagem no esteretipo de um setor que no funciona, muito burocrtico e custa muito caro populao.

    O cidado, mesmo bem atendido por um

    servidor pblico, no consegue sustentar uma boa imagem do servio e do servidor, pois o que faz a imagem de uma empresa ou rgo parecer boa

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    diante da populao o atendimento de seus funcionrios, e por mais que os servidores srios e responsveis se esforcem, existe uma minoria que consegue facilmente acabar com todos os esforos levados a cabo pelos bons funcionrios.

    Aliados a isso, tm-se, em nosso cenrio

    poltico atual, constantes denncias de corrupo, lavagem de dinheiro, uso inadequado da mquina pblica e muitos outros que vm a contribuir de forma destrutiva para a imagem do servidor e do servio pblicos.

    Esse conjunto catico de fatores faz com que

    a opinio pblica, por diversas vezes, se posicione contra o setor e os servidores pblicos, levando em conta apenas aquilo que, infelizmente, divulgado nos jornais, revista e redes de televiso.

    Nesse ponto, a tica se insere de maneira

    determinante para contribuir e melhorar a qualidade do atendimento, inserindo no mbito do poder pblico os princpios e regras necessrios ao bom andamento do servio e ao respeito aos usurios.

    Os novos cdigos de tica, alm de regulamentar a qualidade e o trato dispensados aos usurios e ao servio pblico e de trazer punies para os que descumprem as suas normas, tambm tm a funo de proteger a imagem e a honra do servidor que trabalha seguindo fielmente as regras nele contidos, contribuindo, assim, para uma melhoria na imagem do servidor e do rgo perante a populao.

    tica e Funo Pblica

    Funo pblica a competncia, atribuio ou encargo para o exerccio de determinada funo.

    Ressalta-se que essa funo no livre, devendo, portanto, estar o seu exerccio sujeito ao interesse pblico, da coletividade ou da Administrao.

    No exerccio das mais diversas funes pblicas,

    os servidores, alm das normatizaes vigentes nos rgo e entidades pblicas que regulamentam e determinam a forma de agir dos agentes pblicos, devem respeitar os valores ticos e morais que a sociedade impe para o convvio em grupo.

    A no observao desses valores acarreta uma

    srie de erros e problemas no atendimento ao pblico e aos usurios do servio, o que contribui de forma significativa para uma imagem negativa do rgo e do servio.

    Um dos fundamentos que precisa ser compreendido o de que o padro tico dos servidores pblicos no exerccio de sua funo pblica advm de sua natureza, ou seja, do carter pblico e de sua relao com o pblico.

    O servidor deve estar atento a esse padro no

    apenas no exerccio de suas funes, mas 24

    horas por dia durante toda a sua vida. O carter pblico do seu servio deve se incorporar sua vida privada, a fim de que os valores morais e a boa-f, amparados constitucionalmente como princpios bsicos e essenciais a uma vida equilibrada, se insiram e sejam uma constante em seu relacionamento com os colegas e com os usurios do servio.

    Os princpios constitucionais devem ser observados para que a funo pblica se integre de forma indissocivel ao direito.

    Esses princpios so: (LIMPE) Legalidade todo ato administrativo deve

    seguir fielmente os meandros da lei. Impessoalidade aqui aplicado como

    sinnimo de igualdade: todos devem ser tratados de forma igualitria e respeitando o que a lei prev.

    Moralidade respeito ao padro moral para no comprometer os bons costumes da sociedade.

    Publicidade refere-se transparncia de todo ato pblico, salvo os casos previstos em lei.

    Eficincia ser o mais eficiente possvel na

    utilizao dos meios que so postos a sua disposio para a execuo do seu mister. SERVIO PBLICO Conceito Servio Pblico todo aquele prestado

    pela Administrao ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundrias da coletividade ou simples convenincias do Estado.

    A atribuio primordial da Administrao Pblica oferecer utilidades aos administrados, no se justificando sua presena seno para prestar servios coletividade.

    Esses servios podem ser essenciais ou apenas teis comunidade, da a necessria distino entre servios pblicos e servios de utilidade pblica; mas, em sentido amplo e genrico, quando aludimos a servio pblico, abrangemos ambas as categorias.

    Entendendo melhor os Princpios Bsicos da Administrao Pblica:

    ARTIGO 37 DA CONSTITUIO FEDERAL DE

    1988 Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

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    O artigo 37 da Constituio Federal de 05.10.1988 estabelece as normas ou regras a serem observadas obrigatria e permanentemente para que se faa uma boa Administrao Pblica. Os princpios a serem observados so os seguintes. Acrnimo: LIMPE Legalidade.

    Administrador Pblico em toda sua trajetria funcional est sujeito aos ditames da lei e exigncias do bem comum. O afastamento desse caminho expe o agente, a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso. (responsvel com relao aos atos praticados; pressupe aplicao de pena; civil, relao entre os cidados relativa aos bens e suas relaes; criminal, formao de culpa e aplicao da pena).

    Ao Administrador Pblico no lcito a liberdade para agir com vontade pessoal. Deve executar suas aes, desempenhar sua funo, conforme determina a lei. Ao agente no permitido deixar de fazer o que a Lei determina, o que implica em omisso. Em Sntese, se o resultado do ato violou a lei, regulamento ou qualquer ato normativo, caracteriza a ilegalidade da ao. Moralidade A validade de todo e qualquer ato administrativo, passa no somente pela distino do legal, justo, conveniente, oportuno, mas, sobretudo deve ser honesto. Assim, o ato administrativo, dever considerar a norma jurdica e a tica da prpria instituio, pois nem tudo que legal, honesto. A moral administrativa impe-se ao agente pblico como norma de conduta interna. Deve considerar sempre a finalidade de sua ao que o bem comum. A moralidade integra o Direito. Decises de tribunais, estabelecem que o controle jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato administrativo, o que no significa somente a conformao do ato com a lei, mas tambm com a moral administrativa e o interesse coletivo. Impessoalidade/finalidade A Constituio Federal estabelece Impessoalidade, entretanto os autores referem Finalidade. A Finalidade estabelece ao Administrador Pblico, que s execute o ato para o seu fim legal, ou seja, exclusivamente conforme a norma do Direito, e assim pois, de forma impessoal . Implica em excluir a promoo pessoal de autoridade ou servidor de suas realizaes administrativas. A finalidade da

    Administrao Pblica o interesse pblico, e o no cumprimento, implica em desvio de finalidade, condenada como abuso de poder. Publicidade

    a divulgao do ato para conhecimento de todos. Caracteriza o incio da validade para todos os efeitos externos. Leis, atos e contratos administrativos que produzem consequncias fora do rgo que os pratica, exigem publicidade.

    requisito bsico de eficcia e moralidade. Ato irregular no se torna vlido com q publicao. Nem os regulares dispensam a publicao, se a lei o exige.

    So admitidas algumas excees: para os

    atos relacionados com a segurana nacional; investigaes policiais; ou preservao de interesse superior da Administrao, declarado previamente como sigiloso.

    Assegura conhecimento e controle pelos interessados diretos e pelo povo em geral, atravs da aplicao de instrumentos constitucionais, como mandado de segurana, direito de petio, ao popular...

    A publicidade tambm no pode proporcionar promoo pessoal do agente pblico. Dever de eficincia

    Reforma da Constituio Federal, incluiu no art. 37, este dever, como Princpio da Administrao Pblica, a ser observado por toda entidade da Administrao Direta e Indireta.

    o dever de executar a boa administrao. O agente tem o dever de executar suas atividades com presteza, perfeio e rendimento funcional. Vai alm do conceito do princpio da legalidade. Exige resultados positivos e satisfatrio atendimento das necessidades pblicas.

    Entre outras coisas, submete o Executivo

    ao controle de resultado; fortalece o sistema de mrito; sujeita a Administrao Indireta superviso ministerial, quanto eficincia administrativa; recomenda a demisso ou dispensa do servidor comprovadamente ineficiente.

    O controle dever abranger os aspectos qualitativos e quantitativos do servio, avaliando seu rendimento efetivo, custo operacional, utilidade para a populao e para a Administrao. Envolve o aspecto administrativo, econmico e tcnico. COMPORTAMENTO PROFISSIONAL; ATITUDES NO SERVIO; ORGANIZAO DO TRABALHO; PRIORIDADE EM SERVIO

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    ESPAO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Pgina 11 F.: 3222-6231 www.espacohebervieira.com.br

    Na vida, quase sempre estamos a esperar por alguma coisa. No local de trabalho estamos sempre a espera do cliente... E, para recepcion-lo corretamente, torna-se necessrio, basicamente, uma BOA POSTURA! Evitar os "tendenciosos grupinhos", no criarmos "barreiras porta" atrapalhando o acesso ao interior do estabelecimento, no ficarmos debruados em cima dos balces ou mesas. Mantendo atitudes dinmicas, joviais e saudveis. Estando sempre em condies adequadas para o BOM ATENDIMENTO! 1- Este lema deve estar sempre na mente de uma secretria de sucesso: "QUANDO NO SE PODE FAZER O QUE SE DEVE, DEVE-SE FAZER O QUE SE PODE"... 2- Se o horrio do expediente em seu trabalho j comeou e, ao atender um telefonema, a pessoa do outro lado perguntar pela sua chefia, nunca diga que o seu chefe, seu diretor, seu gerente ainda no chegou. A palavra ainda d a entender que voc, como secretria, tambm acha que seu chefe j deveria ter chegado. Impensadamente, a pessoa do outro lado ir confirmar o que voc acaba de dizer, ex: ele ainda no chegou. 3- Um telefone, que no o seu, est tocando insistentemente em algum lugar muito distante de voc. Desde que voc tenha disponibilidade, atenda ao telefone. Deixar uma pessoa esperando do outro lado da linha no cria uma boa imagem para sua empresa. Dar uma pequena informao ou simplesmente tomar nota de um recado deixar esta pessoa satisfeita, poder ajudar um colega de trabalho e, certamente, aliviaro os seus ouvidos por mais algum tempo. 4- Voc pode aprender bastante sobre o trabalho, simplesmente observado. Preste ateno naqueles que so considerados competentes. S no caia na armadilha to comum, de imitar o estilo da chefia. Isso pode comprometer seu estilo individual. E eles a promoveram justamente porque voc tem estilo. Voc pode ganhar experincia tambm com os erros e acertos dos outros. Observe os que foram promovidos. Escute-os. E se, por ventura, voc, se tornar chefe deles, no os ponha de lado. Eles podem ensin-la mais do que seu chefe anterior. 5- O uso do tempo de seu chefe o principal desafio da secretria e, para tanto, a iniciativa fundamental. "Meter o nariz onde no chamada", pode ser sua chave do sucesso: nunca espere que seu chefe lhe diga o que fazer, faa antes; no espere que algum lhe diga o que est acontecendo, procure descobrir por si mesma; no espere que aquela pessoa responda ao chamado do seu chefe, ligue antes para ela; no espere vir

    algum explicar como usar aquele equipamento novo, leia o manual e aprenda sozinha; no espere seu chefe minutar a resposta a carta que voc acabou de colocar sobre a mesa dele, passe a carta com a sua minuta em anexo; no deixe que ele lhe devolva seu trabalho com erros de datilografia, faa-o perfeito. Procure ir sempre alm do que suas atribuies e sua delegao permitem. O tempo de seu chefe ir render muito mais. 6- Torne os seus contatos com secretrias de outras empresas, menos impessoais, identificando-as e anotando o nome da interlocutora em cada nova situao. Associe o nome desta secretria a empresa ou executivo que ela atende. 7- Quando falar ao telefone, aquele que o atendente voz da empresa, por isso:

    Atenda rapidamente s ligaes;

    Planeje cada chamada;

    Tenha sempre lpis e papel na mo;

    Fale claro e pausadamente;

    Fale com o fone prximo boca;

    Repita o nome da pessoa;

    Evite expresses afetivas;

    Use o telefone para conversas curtas relacionadas ao servio;

    No esquea o telefone fora do gancho, deixando o interlocutor espera;

    Use palavras como "bom dia", por favor,", "as ordens"..., elas soam positivamente e deixam o interlocutor mais vontade.

    8- Lembrar sempre:

    As seis palavras mais importantes so: ADMITO QUE O ERRO FOI MEU!

    As cinco mais importantes so: VOC FEZ UM BOM TRABALHO!

    As quatro palavras mais importantes so: QUAL A SUA OPINIO?

    As trs palavras mais importantes so: FAA O FAVOR!

    As duas palavras mais importantes so: MUITO OBRIGADA!

    A palavra mais importante : NS.

    A palavra menos importante : EU.

    9- Uma pessoa considera-se bem recebida, mesmo quando tem por resposta um no, quando:

    Ouve-se o que ela tem a dizer;

    Explica-se o motivo da resposta negativa;

    tratada com delicadeza e respeito;

    encaminha para rea indicada;

    Se der a devida justificativa para o no atendimento e se coloca disposio para atend-la em outra ocasio.

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    10- Nunca ratifique tudo o que seu superior hierrquico disser. No se deve ter receio de discutir com seu chefe algum assunto relacionado ao trabalho e do qual voc discorde, desde que obviamente, se tenha base para isso. Lembre-se de que, para merecer respeito, e ser realmente valioso em sua funo, preciso saber defender com firmeza seus pontos de vista. 11 - Se voc precisa passar um recado ou avisar a um dos participantes de alguma reunio que tem um telefone urgente, no se deve entrar na sala falando alto, interrompendo, assim, a reunio. Deve-se seguir o procedimento: escreva um bilhete, dizendo quem est no telefone, e qual assunto deseja falar, e a frase: "O senhor pode atend-lo?" Mostre a pasta aberta e leve-a de volta. Se o recado for para um visitante, passe o bilhete (quem quer falar e com quem quer falar) para o "Presidente" da reunio, e ele falar em voz alta ao interessado. Voc aguarda a resposta e acompanha o visitante at o aparelho. Em ambos os casos, podem ter certeza de que voc ter uma resposta imediata, e a sua presena ser bem notada e apreciada. 12- Para se ter sucesso no trabalho: Se trabalha para uma empresa, trabalhe para ela, fale bem dela e defenda-a, pois voc a representa. Lembre-se que um grama de lealdade vale por um quilo de inteligncia. Se voc do tipo que precisa reclamar eternamente, condenar e encontrar erros, melhor que largue seu emprego. Quando estiver fora, a sim, xingue o quanto quiser... Mas enquanto voc fizer parte da instituio, no a condene. 13- Procurar manter um intercmbio com seus colegas de trabalho, encaminhando-lhes (e pedindo que eles lhe enviem) cpias e/ou recortes de artigos, revistas, boletins, etc. sobre assuntos de interesse para sua profisso. "Dicas" sobre como evitar certos erros gramaticais, frequentemente cometidos, so bastante teis. 14- Leve aos superiores hierrquicos somente os problemas que realmente dependam da deciso deste, poupando-o de aborrecimentos com assuntos que podem ser resolvidos por voc mesmo com segurana e eficcia. Uma vez feito isso, voc estar mantendo sua postura como profissional eficiente, Isso lgico, com todo o respeito e sabendo at que ponto o seu poder de deciso, no passando nunca por cima dos seus superiores. Cortesia

    Deve-se se atender cada pessoa como gostaria de ser atendido. Lembrando que cada

    indivduo considera o seu problema c mais importante. Busque manter-se bem informado, conhece bem seu setor e afins para informar bem ao pblico. Cuide para no passar informaes indevidas e errneas. Cuidado

    Lembre-se que ningum vence uma discusso realmente. No interrompa o interlocutor e olhe para ele enquanto estiver falando ou ouvindo. Seja diplomtico. Tenha controle emocional.

    Interesse S podemos fazer amigos e prestar um atendimento verdadeiramente de qualidade se nos tornarmos sinceramente interessados nas outras pessoas tanto quanto o somos em ns mesmos.

    Dale carnegie, no livro "O lder em voc", diz: "Pessoas reagem imediatamente a uma manifestao sincera de calor humano. Seja sincero. Interesse honesto, do fundo do corao, tem que ser cultivado e leva tempo para crescer".

    Quanto mais nos concentramos, nos outros, melhoramos nossos relacionamentos pessoais e profissionais.

    Importante:

    Descobrir o que realmente importante para a outra pessoa, seja um colega de trabalho, o chefe ou a pessoa que voc est atendendo.

    Escutar verdadeiramente a pessoa que est falando com voc.

    Se o que a pessoa busca no pertencer sua rea, ou se no souber a resposta, busque, assim mesmo, a soluo para o caso.

    Ser interessado no outro exatamente como quer que os outros sejam interessados em voc. Atenda da mesma forma como deseja ser atendido em bancos, lojas ou reparties pblicas.

    Presteza

    Nada pior do que ficar aguardando a "boa vontade" de outra pessoa para dar ateno. Muitas vezes, nossa pressa genuna, ou seja, temos assuntos relevantes e urgentes para soluciona. Assuntos que dependem da boa vontade, de bom senso e do discernimento da pessoa que est com nossos problemas "em suas mos...

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    Portanto, tenhamos muito cuidado ao lidar com os assuntos alheios, trata d vida do outro e isso responsabilidade nossa.

    preciso ter disposio para executar

    nossas tarefas d'rias e a melhor maneira de encontrar disposio ter se auto-entusiasmar.

    Considere:

    Procure ter disposio para atender as

    pessoas com nimo e entusiasmo. A falta de "energia somente vai "pux-lo" para baixo.

    Esteja de prontido para receber e atender

    as pessoas. Largue imediatamente o que estiver fazendo e v ao encontro de quem estiver aguardando. Seja rpido e eficiente. Resolva da melhor forma possvel e fique atento prxima pessoa.

    Seja prestativo no apenas auxiliar de

    boa vontade, mas atuar na busca de solues rpidas, realmente teis e eficazes. Eficincia

    Eficincia a ao de produzir um efeito. Ser eficiente o mesmo que ser eficaz. Para ser eficiente, preciso conhecer de fato no apenas o seu servio especfico, mas saber todas as informaes pertinentes ao seu setor para poder encaminhar cada problema. preciso saber consultar os documentos e materiais necessrios para descobrir que procedimento adotar em cada caso.

    Procure:

    Descobrir com antecedncia, se todas as informaes que esto atualizadas. Caso no estejam, procure auxilio nos departamentos pertinentes a cada assunto.

    Desenvolver o senso de curiosidade saudvel. Ser curioso de maneira saudvel se interessar em aprender sobre outras reas e assuntos que no necessariamente os de seu setor.

    Manter-se bem informado para informar bem todas as pessoas o tempo todo.

    Buscando constantemente aumentar nossos conhecimentos, desenvolvendo nossa capacidade e vontade, podemos alcanar novos e melhores nveis de eficcia.

    Tolerncia

    Tolerar admitir e respeitar opinies contrrias sua. Toda opinio tem dois lados e, muitas vezes, os dois esto corretos em sua maneira de ver as coisas.

    Se a sua idia no for aceita no caso especifico, poder ser em outro, e se tambm no for (justa ou injustamente), deixe que as coisas sigam seu curso natural. O tempo ser sempre a melhor soluo para tudo. Quando nos colocamos na posio de "donos da razo", deixamos de lado uma excelente oportunidade de exercer a humildade, de aprender novas e talvez melhores formas de resolver determinados assuntos, deixamos, enfim, de fazer novos amigos ou reforar amizades antigas.

    Pratique:

    Apreciar realmente a companhia das outras pessoas, e no julgue ou compare suas atitudes.

    Jamais tente transformar o outro em uma cpia de si mesmo, nem tente medir o outro conforme suas expectativas sociais.

    Exercitar a humildade.

    Aprender com os outros.

    Reforar suas amizades. Discrio

    Uma pessoa discreta uma pessoa reservada nas palavras e nos atos, que no se faz sentir ou notar com intensidade. Um indivduo modesto, recatado, desperta confiana e respeitado onde quer que esteja.

    No h nada mais bonito e elegante do que

    observar uma pessoa que age silenciosamente, acontea o que acontecer. Tal pessoa vale ouro. Ela silenciosa; respeita as opinies alheias; no discute; veste-se de forma elegante, porm modesta; anda com leveza e pensa em tudo que diz antes de diz-lo.

    Com isso, dificilmente fere ou magoa

    algum; dificilmente cai no "ridculo" e raramente criticada por subordinados, chefes e demais pessoas com as quais convive. Claro que no estamos falando aqui de uma pessoa "perfeita" porque isso no existe, mas de algum que procura sempre fazer o melhor e dar o melhor de si.

    Questes Imprescindveis:

    Ser discreto no falar, ficando atento ao volume de sua voz, sua forma de colocar, maneira de pronunciar as palavras.

    Ser discreto no vestir, ainda que voc goste de inovar, lembre-se que em seu local de trabalho voc deve de apresentar como um profissional e de acordo com as normas internas.

    Ser discreto na maneira de executar suas tarefas, agindo com calma e cuidado.

    Ser discreto com relao a assuntos que no lhe dizem respeito.

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    Ser discreto, na postura diante de todas as situaes em que se encontrar.

    Conduta

    O seu comportamento dentro (e fora!) do seu local de trabalho que mostra s pessoas quem voc realmente e determina como sero suas relaes e sua vida presente e futura. Quando assumimos o compromisso de ser o melhor que pudermos, o resultado a felicidade e a paz de esprito que nos ajudam a tocar nossa vida em frente. Descobrimos quem somos e que no temos que provar nada aos outros, isto nos traz liberdade.

    Como deve ser sua conduta:

    Buscar cumprir todas as regras internas, sejam normas, procedimentos ou maneiras de se portar.

    Conhecer seu local de trabalho, tudo e todos. O que fazem como so os problemas, as relaes, procure saber tudo sobre que possa ser til. Verifique quais setores devero ser expandidos e os requisitos para voc estar l.

    Avaliar seus obstculos, pessoais, internos e externos. Toda vez que no conseguir ultrapassar um obstculo volte e analise a questo novamente. Seu enfoque do problema pode ter sido errado ou suas habilidades podem no ter sido desenvolvido o suficiente. Esforce-se, treine, estude, ensaie e volte e tentar.

    Tratar de eliminar os problemas; pessoais no local de trabalho, ou tente minimiz-los.

    Se os problemas pessoais so de outras pessoas, analise-os com cuidado, sendo o mais imparcial possvel.

    Fazer alianas e ampliar seus relacionamentos. Saiba com quem voc vai poder contar em momentos ruins e bons. Lembre-se que a desarmonia dentro de um circula ir levar ineficincia.

    Criar os seus objetivos, fixe a sua meta, estabelea os seus parmetros.

    Cultivar o hbito de ler diariamente sobre poltica, comrcio, economia, observando e analisando fatos e acontecimentos. Ao tornar a leitura um hbito, voc poder acompanhar os acontecimentos e avaliar os resultados. Tire da as suas concluses e adquira experincia.

    Conhecer a si mesmo no seu ambiente de trabalho. Quem voc? No tente

    massacrar a sua realidade. Procure explor-la, conhec-la, para no ser surpreendido.

    Objetividade

    Quanto mais prtico, direto e positivo, ns somos naquilo que fazemos e dizemos maior resultado conseguimos mais clareza alcanamos na busca de solues.

    A objetividade uma das maiores qualidades de uma pessoa e , sem dvida, um dos maiores requisitos para todo aquele que deseja alcanar o sucesso em sua carreira profissional e em sua vida pessoal. Se voc tem hbito de adotar "rodeios" para falar com as pessoas ou para agir, busque averiguar imediatamente estas questes.

    Observe:

    Seja claro em sua maneira de se comunicar. V direto ao ponto, mas ateno porque clareza no significa arrogncia no falar. preciso falar sempre com verdade, mas com gentileza.

    Seja objetivo em tudo que fizer, busque as informaes necessrias e aja.

    No perca tempo. Faa sempre o que tiver que ser feito com rapidez e eficincia.

    GLOSSRIO

    tica: (ethos) disciplina filosfica que estuda o valor das condutas humanas, seus motivos e finalidades. Reflexo sobre os valores e justificativas morais, aquilo que se considera o bem. Anlise da capacidade humana de escolher, ser livre e responsvel por sua conduta entre os demais. Para alguns autores, o mesmo que moral.

    Antitico: contra uma tica estabelecida ou contra a idia (da tica) de estabelecer o que devemos fazer ou quem queremos ser levando os outros em considerao. Muitas vezes, o antitico tem idias ticas prprias.

    Atico: sem tica, mas no contra uma ou outra tica.

    Moral: (mores) conjunto dos costumes, hbitos, valores (fins) e procedimentos(meios) que regem as relaes humanas, considerados vlidos e apreciados, individual e coletivamente. Embora possam variar entre grupos e ao longo da histria, tendem a ser considerados absolutos. Podem ser justificados pelo costume, pela natureza, pela educao, pela sociedade, pela religio. Pode ser considerado o mesmo que tica, com a diferena

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    de que a tica acrescenta a reflexo e o estudo continuado sobre aquilo que se faz ou o que se deveria fazer, pensa sobre o bem e o mal, a felicidade, o prazer, a compaixo, a solidariedade e outros valores.

    Imoral: contra uma moral ou a idia moral vigente. Muitas vezes, o indivduo que questiona uma tica dominante tem idias morais prprias ou diferentes.

    Amoral: sem moral (aqum ou alm dela), mas no contra uma ou outra moral.

    Deontologia: estudo dos cdigos de condutas considerados vlidos entre grupos e classes (profissionais) de pessoas.

    Legal: aquilo que est conforme a lei civil de um estado nacional.

    Ilegal: aquilo que contraria a lei civil de um estado nacional.

    Cidadania: (polis, civitas, cidade) A cidadania se refere s relaes entre os cidados, aqueles que pertencem a uma cidade, por meio dos procedimentos e leis acordados entre eles. Da nossa herana grega e latina, traz o sentido de pertencimento uma comunidade organizada igualitariamente, regida pelo direito, baseada na liberdade, participao e valorizao individual de cada um em um em uma esfera pblica (no privada, como a famlia), mas este um sentido que sofreu mutaes histricas. Um dos sentidos atuais da cidadania de massa, em Estados que congregam muitas diversidades culturais o esforo por participar e usufruir dos direitos pensados pelos representantes de um Estado para seus virtuais cidados; vir a ser, de fato, e no apenas de direito, um cidado. Os valores da cidadania so polticos: igualdade, eqidade, justia, bem comum.

    ESQUEMA EXPLICATIVO REFERENTE AO ANEXO I

    Principais pontos do Cdigo de tica

    Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal- Decreto 1171 de 22/06/1994

    A quem se destina: Para Servidores pblicos civis do Poder Executivo Federal. Em rgos e entidades da Administrao Pblica Federal Direta e Indireta.

    Para fins do Cdigo de tica, servidor pblico :

    Aquele que por fora da lei, contrato ou ato jurdico, presta servios de natureza permanente, temporria ou excepcional, com ou sem retribuio financeira, desde

    que ligado direta ou indiretamente a rgo do Poder Estatal.

    DECRETO 1171 - CAPTULO II DAS COMISSES DE TICA - XVI

    Comisso de tica:

    Formada por 3 titulares e 3 suplentes servidores ou empregados titulares em cargo efetivo ou emprego permanente. Escolhidos pela autoridade mxima, para mandatos, no coincidentes, de 3 anos com uma reconduo.

    1 comisso em cada rgo ou entidade da Administrao Pblica Federal Direta ou Indireta, Autrquica ou Fundacional ou em rgo que exera atribuies delegadas pelo Poder Publico.

    As comisses orientam e aconselham sobre a tica, o profissional do servidor.

    Incumbe a comisso:

    Fornecer os registros sobre a conduta tica dos servidores aos organismos encarregados da execuo do quadro de carreira para instruir e fundamentar promoes e para os demais procedimentos.

    A pena aplicvel pela comisso de tica a de CENSURA, fundamentada em parecer, assinada por todos os integrantes com cincia do faltoso.

    Primados maiores: dignidade, decoro, zelo, eficcia, e conscincia dos Princpios Morais.

    Preservao da honra e tradio dos servios pblicos.

    O servidor deve ser: legal, justo, conveniente, oportuno e honesto.

    A Moralidade da Administrao Pblica ter como fim o Bem Comum.

    A Moralidade do Ato Administrativo baseia-se no equilbrio entre a legalidade e a finalidade.

    Para a tica a vida profissional e a vida pessoal do servidor pblico caminham juntas.

    Valores do Cdigo de tica do Servidor Pblico - Captulo I - SEO I

    Regras Deontolgicas

    Deonto: do grego, deon dever, obrigao

    CINCIA DO DEVER

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    Logia: logos, cincia

    I - Dignidade, decoro, zelo, eficcia e conscincia dos princpios morais devem nortear o servidor.

    Seus atos, comportamentos e atitudes sero direcionados para a preservao da honra e da tradio dos servios pblicos.

    II - O servidor pblico no poder jamais desprezar o elemento tico de sua conduta, assim no tem que decidir entre:

    (legal/ilegal, justo/injusto, conveniente/inconveniente, oportuno/inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto).

    III A moralidade administrativa no se limita distino entre o bem e o mal. O fim sempre o bem comum. O equilbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor pblico, que poder consolidar a moralidade do ato administrativo.

    LEGALIDADE: O ato legal?

    FINALIDADE: O fim do ato o bem comum?

    MORALIDADE: O ato moral?

    IV A moralidade administrativa deve ser integrada ao direito, como elemento indissocivel de sua aplicao e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqncia em fator de legalidade.

    V O trabalho do servidor pblico considerado como acrscimo ao seu prprio bem estar.

    VI - A funo pblica se integra a vida particular de cada servidor pblico.

    (acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional)

    Caracteriza a conduta negligente do servidor pblico:

    Os repetidos erros, o descaso e o acmulo de desvios tornam-se, s vezes, difceis de corrigir e caracterizam at mesmo imprudncia no desempenho da funo pblica.Assim sendo, o servidor deve prestar toda a sua ateno s ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento.

    A ausncia injustificada do servidor do local de trabalho, influencia o servio pblico como um todo:

    Quase sempre conduz desordem nas relaes humanas.

    Atividade do servidor pblico a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nao a postura para alcanar esse ideal:

    Trabalhar em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidado, deve tambm colaborar e de todos pode receber colaborao.

    A PUBLICIDADE do ato adminstrativo requisito de eficcia e moralidade.

    Sendo a sua omisso considerado comprometimento tico contra o bem comum, imputvel a quem o negar, exceto em casos de:

    I. Segurana nacional; II. investigaes policiais;

    III. interesse superior do Estado e da Administrao Pblica; (previamente declarados sigilosos).

    Toda pessoa tem direito verdade.

    A falta de cortesia, boa vontade, cuidado, tempo e disciplina ( longas filas e atraso na prestao de servios) geram dano moral.

    Caractersticas dos servidores:

    Obedincia aos servidores.

    Deveres fundamentais:

    Desempenhar a tempo as atribuies do cargo com rapidez, perfeio e rendimento.

    O servidor deve ser probo, reto, leal, e justo, escolhendo sempre o bem comum.

    Jamais retardar qualquer prestao de contas.

    Respeito hierarquia. O servidor deve zelar pelo:

    direito de greve, defesa da vida, e segurana coletiva.

    O servidor deve ser assduo e frequente ao servio;

    vestir-se adequadamente; divulgar e informar sobre o

    Cdigo de tica.

    ANEXO I

    DECRETO N 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

    Aprova o Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal.

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    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituio, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n 8.429, de 2 de junho de 1992,

    DECRETA:

    Art. 1 Fica aprovado o Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.

    Art. 2 Os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta implementaro, em sessenta dias, as providncias necessrias plena vigncia do Cdigo de tica, inclusive mediante a Constituio da respectiva Comisso de tica, integrada por trs servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.

    Pargrafo nico. A constituio da Comisso de tica ser comunicada Secretaria da Administrao Federal da Presidncia da Repblica, com a indicao dos respectivos membros titulares e suplentes.

    Art. 3 Este decreto entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 22 de junho de 1994, 173 da Independncia e 106 da Repblica.

    ITAMAR FRANCO Romildo Canhim

    Eate texto no substitui o publicado no DOU de 23.6.1994.

    Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal

    CAPTULO I

    Seo I Das Regras Deontolgicas

    I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficcia e a conscincia dos princpios morais so primados maiores que devem nortear o servidor pblico, seja no exerccio do cargo ou funo, ou fora dele, j que refletir o exerccio da vocao do prprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes sero direcionados para a preservao da honra e da tradio dos servios pblicos.

    II - O servidor pblico no poder jamais desprezar o elemento tico de sua conduta. Assim, no ter que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e 4, da Constituio Federal.

    III - A moralidade da Administrao Pblica no se limita distino entre o bem e o mal,

    devendo ser acrescida da idia de que o fim sempre o bem comum. O equilbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor pblico, que poder consolidar a moralidade do ato administrativo.

    IV- A remunerao do servidor pblico custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, at por ele prprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissocivel de sua aplicao e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqncia, em fator de legalidade.

    V - O trabalho desenvolvido pelo servidor pblico perante a comunidade deve ser entendido como acrscimo ao seu prprio bem-estar, j que, como cidado, integrante da sociedade, o xito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimnio.

    VI - A funo pblica deve ser tida como exerccio profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor pblico. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada podero acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

    VII - Salvo os casos de segurana nacional, investigaes policiais ou interesse superior do Estado e da Administrao Pblica, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficcia e moralidade, ensejando sua omisso comprometimento tico contra o bem comum, imputvel a quem a negar.

    VIII - Toda pessoa tem direito verdade. O servidor no pode omiti-la ou false-la, ainda que contrria aos interesses da prpria pessoa interessada ou da Administrao Pblica. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hbito do erro, da opresso ou da mentira, que sempre aniquilam at mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nao.

    IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao servio pblico caracterizam o esforo pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimnio pblico, deteriorando-o, por descuido ou m vontade, no constitui apenas uma ofensa ao equipamento e s instalaes ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligncia, seu tempo, suas esperanas e seus esforos para constru-los.

    X - Deixar o servidor pblico qualquer pessoa espera de soluo que compete ao setor em que exera suas funes, permitindo a formao de longas filas, ou qualquer outra espcie de atraso na

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    prestao do servio, no caracteriza apenas atitude contra a tica ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usurios dos servios pblicos.

    XI - 0 servidor deve prestar toda a sua ateno s ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acmulo de desvios tornam-se, s vezes, difceis de corrigir e caracterizam at mesmo imprudncia no desempenho da funo pblica.

    XII - Toda ausncia injustificada do servidor de seu local de trabalho fator de desmoralizao do servio pblico, o que quase sempre conduz desordem nas relaes humanas.

    XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidado, colabora e de todos pode receber colaborao, pois sua atividade pblica a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nao.

    Seo II Dos Principais Deveres do Servidor Pblico

    XIV - So deveres fundamentais do servidor pblico:

    a) desempenhar, a tempo, as atribuies do cargo, funo ou emprego pblico de que seja titular;

    b) exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situaes procrastinatrias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espcie de atraso na prestao dos servios pelo setor em que exera suas atribuies, com o fim de evitar dano moral ao usurio;

    c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu carter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opes, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

    d) jamais retardar qualquer prestao de contas, condio essencial da gesto dos bens, direitos e servios da coletividade a seu cargo;

    e) tratar cuidadosamente os usurios dos servios aperfeioando o processo de comunicao e contato com o pblico;

    f) ter conscincia de que seu trabalho regido por princpios ticos que se materializam na adequada prestao dos servios pblicos;

    g) ser corts, ter urbanidade, disponibilidade e ateno, respeitando a capacidade e as limitaes individuais de todos os usurios do servio pblico, sem qualquer espcie de preconceito ou distino de raa, sexo, nacionalidade, cor, idade, religio,

    cunho poltico e posio social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

    h) ter respeito hierarquia, porm sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

    i) resistir a todas as presses de superiores hierrquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrncia de aes imorais, ilegais ou aticas e denunci-las;

    j) zelar, no exerccio do direito de greve, pelas exigncias especficas da defesa da vida e da segurana coletiva;

    l) ser assduo e freqente ao servio, na certeza de que sua ausncia provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

    m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrrio ao interesse pblico, exigindo as providncias cabveis;

    n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os mtodos mais adequados sua organizao e distribuio;

    o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exerccio de suas funes, tendo por escopo a realizao do bem comum;

    p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exerccio da funo;

    q) manter-se atualizado com as instrues, as normas de servio e a legislao pertinentes ao rgo onde exerce suas funes;

    r) cumprir, de acordo com as normas do servio e as instrues superiores, as tarefas de seu cargo ou funo, tanto quanto possvel, com critrio, segurana e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

    s) facilitar a fiscalizao de todos atos ou servios por quem de direito;

    t) exercer com estrita moderao as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribudas, abstendo-se de faz-lo contrariamente aos legtimos interesses dos usurios do servio pblico e dos jurisdicionados administrativos;

    u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua funo, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse pblico, mesmo que observando as formalidades legais e no cometendo qualquer violao expressa lei;

    v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existncia deste Cdigo de tica, estimulando o seu integral cumprimento.

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    Seo III Das Vedaes ao Servidor Pblico

    XV - E vedado ao servidor pblico;

    a) o uso do cargo ou funo, facilidades, amizades, tempo, posio e influncias, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

    b) prejudicar deliberadamente a reputao de outros servidores ou de cidados que deles dependam;

    c) ser, em funo de seu esprito de solidariedade, conivente com erro ou infrao a este Cdigo de tica ou ao Cdigo de tica de sua profisso;

    d) usar de artifcios para procrastinar ou dificultar o exerccio regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

    e) deixar de utilizar os avanos tcnicos e cientficos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;

    f) permitir que perseguies, simpatias, antipatias, caprichos, paixes ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o pblico, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

    g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificao, prmio, comisso, doao ou vantagem de qualquer espcie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua misso ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

    h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providncias;

    i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em servios pblicos;

    j) desviar servidor pblico para atendimento a interesse particular;

    l) retirar da repartio pblica, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimnio pblico;

    m) fazer uso de informaes privilegiadas obtidas no mbito interno de seu servio, em benefcio prprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

    n) apresentar-se embriagado no servio ou fora dele habitualmente;

    o) dar o seu concurso a qualquer instituio que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

    p) exercer atividade profissional atica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

    CAPTULO II DAS COMISSES DE TICA

    XVI - Em todos os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal direta, indireta autrquica e fundacional, ou em qualquer rgo ou entidade que exera atribuies delegadas pelo poder pblico, dever ser criada uma Comisso de tica, encarregada de orientar e aconselhar sobre a tica profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimnio pblico, competindo-lhe conhecer concretamente de imputao ou de procedimento susceptvel de censura.

    XVII - (Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)

    XVIII - Comisso de tica incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execuo do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta tica, para o efeito de instruir e fundamentar promoes e para todos os demais procedimentos prprios da carreira do servidor pblico.

    XIX-(Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)

    XX-(Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)

    XXI -. (Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)

    XXII - A pena aplicvel ao servidor pblico pela Comisso de tica a de censura e sua fundamentao constar do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com cincia do faltoso.

    XXIII - (Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)

    XXIV - Para fins de apurao do comprometimento tico, entende-se por servidor pblico todo aquele que, por fora de lei, contrato ou de qualquer ato jurdico, preste servios de natureza permanente, temporria ou excepcional, ainda que sem retribuio financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer rgo do poder estatal, como as autarquias, as fundaes pblicas, as entidades paraestatais, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevalea o interesse do Estado.

    XXV (Revogado pelo Decreto n 6.029, de 2007)