APOSTILA DE LUBRIFICANTES E LUBRIFICAÃ-Ã-O

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  • 8/4/2019 APOSTILA DE LUBRIFICANTES E LUBRIFICA--O

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    Educao Profissional

    Curso Tcnico em Mecnica

    Mdulo II Mecnico de Manuteno

    LUBRIFICANTES ELUBRIFICAO

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    SUMRIO

    1 LUBRIFICAO 021.1 ATRITO 021.2 LUBRIFICANTE 061.3 FUNES DOS LUBRIFICANTES 08

    1.4 PELCULA LUBRIFICANTE 091.5 CLASSIFICAO DA LUBRIFICAO 091.6 CUNHA LUBRIFICANTE 101.7 RANHURAS 12

    2 LUBRIFICANTES 1 32.1 CLASSIFICAO 132.2 ANLISES 152.3 ADITIVOS 30

    3 GRAXAS LUBRIFICANTES 343.1 GENERALIDADES 343.2 FABRICAO 343.3 CLASSIFICAO 343.4 CARACTERSTICAS E APLICAES 353.5 CRITRIOS DE ESCOLHA 363.6 ADITIVOS 38

    4 MANUSEIO E ESTOCAGEM DE LUBRIFICANTES 39

    4.1 RECEBIMENTO 394.2 - ESTOCAGEM 40

    5 FATORES QUE AFETAM OS PRODUTOS ESTOCADOS 435.1 CONTAMINAES 435.2 DEPSITO DE LUBRIFICANTES 465.3 ESTOCAGEM E MANIPULAO DE LUBRIFICANTES EM USO 475.4 OS CUIDADOS NA MOVIMENTAO DE LUBRIFICANTES 49

    6 RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO A GRANEL DE LEOSLUBRIFICANTES 496.1 RECEBIMENTO 496.2 ARMAZENAMENTO 506.3 DESCARTE DE LEOS USADOS 50

    7 MONITORAMENTO DA CONDIO DO EQUIPAMENTO ATRAVS DAANLISE DO LUBRIFICANTE

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    1 - LUBRIFICAO

    1.1 ATRITO

    O atrito uma designao genrica da resistncia que se ope ao movimento. Esta resistncia medida por uma fora denominada fora de atrito. Encontramos o atrito em qualquer tipo demovimento entre slidos, lquidos ou gases. No caso de movimento entre slidos, o atrito pode serdefinido como a resistncia que se manifesta ao movimentar-se um corpo sobre outro.

    Figura 1.1

    O atrito tem grande influncia na vida humana, ora agindo a favor, ora contra. No primeiro caso,por exemplo, possibilitando o simples caminhar. O segundo preocupa-nos mais de perto e tudo temsido feito para minimizar esta fora. O menor atrito que existe dos gases, vindo a seguir o dosfluidos e, por fim, o dos slidos. Como o atrito fluido sempre menor que o atrito slido, alubrificao consiste na interposio de uma substncia fluida entre duas superfcies, evitando,assim, o contato slido com slido, e produzindo o atrito fluido. de grande importncia evitar-seo contato slido com slido, pois este provoca o aquecimento das peas, perda de energia peloagarramento das peas, rudo e desgaste.

    O atrito slido pode se manifestar de duas maneiras: como atrito de deslizamento e como atritode rolamento. No atrito de deslizamento, os pontos de um corpo ficam em contato com pontossucessivos do outro. No caso do atrito de rolamento, os pontos sucessivos de um corpo entram emcontato com os pontos sucessivos do outro. O atrito de rolamento bem menor do que o atrito dedeslizamento.

    Figura 1.2

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    Figura 1.3

    As leis que regem o atrito de deslizamento so as seguintes:

    1 Lei

    O atrito diretamente proporcional carga aplicada. Portanto, o coeficiente de atrito semantm constante e, aumentando-se a carga, a fora de atrito aumenta na mesma proporo.

    Fs = x P

    Sendo:

    Fs = atrito slido

    = coeficiente de atrito

    P = carga aplicada

    Figura 1.4

    2 Lei

    O atrito, bem como o coeficiente de atrito, independem da rea de contato aparente entresuperfcies em movimento.

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    Figura 1.5

    3 Lei

    O atrito cintico (corpos em movimento) menor do que o atrito esttico (corpos semmovimento), devido ao coeficiente de atrito cintico ser inferior ao esttico.

    Figura 1.6

    4 Lei

    O atrito diminui com a lubrificao e o polimento das superfcies, pois reduzem o coeficiente deatrito.

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    Figura 1.7No atrito de rolamento, a resistncia devida sobretudo s deformaes. As superfcieselsticas (que sofrem deformaes temporrias) oferecem menor resistncia ao rolamento doque as superfcies plsticas (que sofrem deformaes permanentes). Em alguns casos, o atrito derolamento aumenta devido deformao da roda (por exemplo, pneus com baixa presso).

    As leis do atrito de rolamento so as seguintes:

    1 Lei

    A resistncia ao rolamento diretamente proporcional carga aplica.

    Figura 1.8

    2 Lei

    O atrito de rolamento inversamente proporcional ao raio do cilindro ou esfera.

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    Figura 1.9

    1.2 - LUBRIFICANTE

    Exames acurados do contorno de superfcies slidas, feitas no microscpio eletrnico e poroutros mtodos de preciso, mostraram que quase impossvel mesmo com os mais modernosprocessos de espelhamento, produzir uma superfcie verdadeiramente lisa ou plana.

    Ampliando-se uma pequena poro de uma superfcie aparentemente lisa, temos a idia perfeitade uma cadeia de montanhas.

    Figura 1.10

    Supondo duas barras de ao com superfcies aparentemente lisas, uma sobre a outra, taissuperfcies estaro em contato nos pontos salientes.

    Figura 1.11

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    Quanto maior for a carga, maior ser o nmero de pontos em contato.

    Figura 1.12

    Ao movimentar-se uma barra de ao sobre a outra haver um desprendimento interno de calornos pontos de contato. Devido ao da presso e da temperatura, estes pontos se soldam.

    Figura 1.13

    Para que o movimento continue, necessrio fazer uma fora maior, a fim de romper estaspequenssimas soldas (micro-soldas).

    Figura 1.14

    Com o rompimento das micro-soldas, temos o desgaste metlico, pois algumas partculas de metalso arrastadas das superfcies das peas.

    Quando os pontos de contato formam soldas mais profundas, pode ocorrer a grimpagem ouruptura das peas.

    Figura 1.15

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    Uma vez que o atrito e o desgaste provm do contato das superfcies, o melhor mtodo parareduzi-los manter as superfcies separadas, intercalando-se entre elas uma camada delubrificante. Isto, fundamentalmente, constitui a lubrificao.

    Figura 1.16

    Portanto, lubrificantes qualquer material que, interposto entre duas superfcies atritantes,reduza o atrito.

    1.3 - FUNES DOS LUBRIFICANTES

    As principais funes dos lubrificantes, nas suas diversas aplicaes, so as seguintes:

    a) Controle do atrito transformando o atrito slido em atrito fluido, evitando assim a perda deenergia;

    b) Controle do desgaste reduzindo ao mnimo o contato entre as superfcies, origem dodesgaste;

    c) Controle da temperatura absorvendo o calor gerado pelo contato das superfcies (motores,operaes de corte etc.);

    d) Controle da corroso evitando que ao de cidos destrua os metais;

    e) Transmisso de fora funcionando como meio hidrulico, transmitindo fora com um mnimode perda (sistemas hidrulicos, por exemplo);

    f) Amortecimento de choques transferindo energia mecnica para energia fluida (como nosamortecedores dos automveis) e amortecendo o choque dos dentes de engrenagens;

    g) Remoo de contaminastes evitando a formao de borras, lacas e vernizes;

    h) Vedao impedindo a sada de lubrificantes e a entrada de partculas estranhas (funo dasgraxas), e impedindo a entrada de outros fluidos ou gases (funo dos leos nos cilindros de

    motores ou compressores).A falta de lubrificao causa uma srie de problemas nas mquinas. Estes problemas podem serenumerados, conforme a ocorrncia, na seguinte seqncia:

    a) Aumento do atrito;

    b) Aumento do desgaste;

    c) Aquecimento;

    d) Dilatao das peas;

    e) Desalinhamento;

    f) Rudos;g) Grimpagem

    h) Ruptura das peas.

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    1.4 - PELCULA LUBRIFICANTE

    Para que haja formao de pelcula lubrificante, necessrio que o fludo apresente adesividade,para aderir s superfcies e ser arrastada por elas durante o movimento, e coesividade, para queno haja rompimento da pelcula. A propriedade que rene a adesividade e a coesividade de umfluido denominada oleosidade.

    A gua no um bom lubrificante; sua adesividade e coesividade so muito menores que as de um

    leo.

    Figura 1.17

    1.5 - CLASSIFICAO DA LUBRIFICAO

    A lubrificao pode ser classificada, de acordo com a pelcula lubrificante, em total ou fluida,limite e mista.

    Na lubrificao total ou fluida, a pelcula lubrificante separa totalmente as superfcies, no

    havendo contato metlico entre elas, isto , a pelcula possui espessura superior soma dasalturas das rugosidades das superfcies. Sero resultantes, assim, valores de atrito baixos edesgaste insignificantes.

    Figura 1.18

    Na lubrificao limite, a pelcula, mais fina, permite o contato entre as superfcies de vez emquando, isto , a pelcula possui espessura igual soma das alturas das rugosidades dassuperfcies. Nos casos em que cargas elevadas, baixas velocidades ou operao intermitente

    impedem a formao de uma pelcula fluida, conveniente empregar-se um lubrificante comaditivos de oleosidade ou antidesgaste. Onde as condies so muito severas, e estes aditivosperdem a eficincia, devem ser empregados aditivos de extrema presso.

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    Figura 1.19

    Na lubrificao mista, podem ocorrer os dois casos anteriores.

    Por exemplo, na partida das mquinas os componentes em movimento esto apoiados sobre as

    partes fixas, havendo uma pelcula insuficiente, permitindo o contato entre as superfcies(lubrificao limite). Quando o componente mvel adquire velocidade, produzida uma presso(presso hidrodinmica), que separa totalmente as superfcies, no havendo contato entre elas(lubrificao total).

    Figura 1.20

    1.6 - CUNHA LUBRIFICANTE

    Os mancais so suportes que mantm as peas (geralmente eixos) em posio ou entre limites,permitindo seu movimento relativo.

    Os mancais de deslizamento possuem um espao entre o eixo e o mancal denominado folga. Asdimenses da folga so proporcionais ao dimetro d do eixo (0,0006d a 0,001d) e suas funesso suportar a dilatao e a distoro das peas, bem como neutralizar possveis erros mnimosde alinhamento. Alm disto, a folga utilizada para introduo do lubrificante. O leo introduzidona folga adere s superfcies do eixo e do mancal, cobrindo-as com uma pelcula de lubrificante.

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    Figura 1.21

    Com a mquina parada, devido folga o eixo toma uma posio excntrica em relao ao mancal,apoiando-se na parte inferior. Nesta posio a pelcula lubrificante entre o eixo e o mancal

    mnima, ou praticamente nenhuma. Na partida da mquina, o eixo comea a girar e o leo, aderindo sua superfcie, arrastado,formando-se a cunha lubrificante. Durante as primeiras rotaes, o eixo sobe ligeiramente sobrea face do mancal, em direo contrria da rotao, permanecendo um considervel atrito entreas partes metlicas, pois existe contato entre as superfcies (lubrificao limite).

    Figura 1.22

    medida que a velocidade aumenta, maior ser a quantidade de leo arrastada, formando-se umapresso hidrodinmica na cunha lubrificante, que tende a levantar o eixo para sua posio

    central, eliminando o contato metlico (lubrificao total).

    Figura 1.23

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    A presso no se distribui uniformemente sobre o mancal, havendo uma rea de presso mxima eoutra de presso mnima.

    Figura 1.24

    1.7 - RANHURAS

    Na lubrificao dos mancais, de grande importncia o local de introduo do lubrificante.

    O ponto de aplicao do lubrificante deve ser escolhido em uma rea de presso mnima, casocontrrio a sua entrada seria impedida pela presso do eixo sobre o mancal, seriam necessriasbombas de alta potncia.

    Figura 1.25

    Para permitir a rpida distribuio do leo lubrificante ao longo do mancal, nele so feitas asranhuras. A eficincia da distribuio depende do formato e da localizao das ranhuras.

    As ranhuras jamais devem ser colocadas nas reas de presso mxima, que anulariam suasfunes, impedindo a distribuio do lubrificante.

    As ranhuras devem ter suas arestas bem chanfradas, a fim de no rasparem o leo que estsobre o eixo. No necessrio chanfrar a aresta da ranhura que o eixo encontra primeiramente

    na sua rotao, pois esta no raspar o leo do eixo.

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    Figura 1.26

    As ranhuras no devem atingir as extremidades do mancal, para evitar o vazamento.

    As faces das juntas de mancais bipartidos geralmente devem ser chanfradas, para que cadachanfro forme a metade de uma ranhura.

    Figura 1.27

    2 - LUBRIFICANTES

    2.1 - CLASSIFICAO

    Os lubrificantes so classificados, de acordo com seu estado fsico, em lquidos, pastosos, slidose gasosos.

    Os lubrificantes lquidos so os mais empregados na lubrificao. Podem ser subdivididos em:leos minerais puros, leos graxos, leos compostos, leos aditivados e leos sintticos.

    Os leos minerais puros so provenientes da destilao e refinao do petrleo.

    Os leos graxos podem ser de origem animal ou vegetal.

    Foram os primeiros lubrificantes a serem utilizados, sendo mais tarde substitudos pelos leosminerais. Seu uso nas mquinas modernas raro, devido sua instabilidade qumica,principalmente em altas temperaturas, o que provoca a formao de cidos e vernizes.

    Os leos compostos so constitudos de misturas de leos minerais e graxos. A percentagem de

    leo graxo pequena, variando de acordo com a finalidade do leo. Os leos graxos conferem aosleos minerais propriedades de emulsibilidade, oleosidade e extrema presso. Os principais leosgraxos so:

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    Os leos aditivados so leos minerais puros, aos quais foram adicionados substncias comumentechamadas de aditivos, com o fim de reforar ou acrescentar determinadas propriedades.

    Os leos sintticos so provenientes da indstria petroqumica.So os melhores lubrificantes, mas so tambm os de custo mais elevado. Os mais empregadosso os polmeros, os disteres etc. Devido ao seu custo, seu uso limitado aos locais onde os leosconvencionais no podem ser utilizados.

    Outros lquidos so s vezes empregados como lubrificantes, dado a impossibilidade de seutilizarem quaisquer dos tipos mencionados. A gua, algumas vezes empregada, possuipropriedades lubrificantes reduzidas, alm de ter ao corrosiva sobre os metais.

    Os pastosos, comumente chamados graxas, so empregados onde os lubrificantes lquidos noexecutam suas funes satisfatoriamente. As graxas podem ser subdivididas em: graxas de

    sabo metlico, graxas sintticas, graxas base de argila, graxas etuminosas e graxaspara processo.

    As graxas de sabo metlico so as mais comumente utilizadas. So constitudas de leosminerais puros e sabes metlicos, que so a mistura de um leo graxo e um metal (clcio, sdio,ltio, etc.). Como os leos, estas graxas podem ser aditivadas para se alcanarem determinadascaractersticas.

    As graxas sintticas so as mais modernas. Tanto o leo mineral, como o sabo, podem ersubstitudos por leos e sabes sintticos. Como os leos sintticos, devido ao seu levado custo,estas graxas tm sua aplicao limitada aos locais onde os tipos convencionais no podem serutilizados.

    As graxas base de argila so constitudas de leos minerais puros e argilas especiais degranulao finssima. So graxas especiais, de elevado custo, que resistem a temperaturaselevadssimas.

    As graxas betuminosas, formuladas base de asfalto e leos minerais puros, so lubrificantes degrande adesividade.

    Algumas, devido sua alta viscosidade, devem ser aquecidas para serem aplicadas. Outras, sodiludas em solventes que se evaporam aps sua aplicao.

    As graxas para processo so graxas especiais, fabricadas para atenderem a processosindustriais como a estampagem, a moldagem etc. Algumas contm materiais slidos como aditivos.

    Os lubrificantes slidos so usados, geralmente, como aditivos de lubrificantes lquidos oupastosos. Algumas vezes, so aplicados em suspenso, em lquidos que se evaporam aps a sua

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    aplicao. A grafite, o molibdnio, o talco, a mica etc., so os mais empregados. Esteslubrificantes apresentam grande resistncia a elevadas presses e temperaturas.

    Os lubrificantes gasosos so empregados em casos especiais, quando no possvel a aplicaodos tipos convencionais. So normalmente usados o ar, o nitrognio e os gases halogenados. Suaaplicao restrita, devido vedao exigida e s elevadas presses necessrias para mant-losentre as superfcies.

    2.2 - ANLISES

    A formulao de um leo lubrificante um trabalho complexo, em que o tcnico deve estudar acompatibilidade entre os diversos tipos de leos minerais puros (chamados leos bsicos), entreos diversos tipos de aditivos e entre os leos minerais puros e os aditivos, de acordo com suafinalidade.

    Para se atingirem as caractersticas desejadas em um leo lubrificante, realizam-se anlisesfsico-qumicas, que permitem fazer uma pr-avaliao de seu desempenho. Algumas destas

    anlises no refletem as condies encontradas na prtica, mas so mtodos empricos quefornecem resultados comparativos de grande valia quando associado aos mtodos cientficosdesenvolvidos em laboratrios.

    Entre as anlises realizadas com os lubrificantes temos:

    A) Densidade;

    B) Viscosidade;

    C) ndice de viscosidade;

    D) Ponto de fulgor (ou de lampejo) e ponto de inflamao (ou de combusto);

    E) Pontos de fluidez e nvoa;F) gua por destilao;

    G) gua e sedimentos;

    H) Demulsibilidade;

    I) Extrema presso;

    J) Diluio;

    K) Cor;

    L) Cinzas oxidadas;

    M) Cinzas sulfatadas;

    N) Corroso em lmina de cobre;

    O) Consistncia de graxas lubrificantes;

    P) Ponto de gota.

    A) Densidade

    A maior parte dos produtos lquidos do petrleo so manipulados e vendidos na base de volume;porm, em alguns casos, necessrio conhecer o peso do produto.

    O petrleo e seus derivados expandem-se quando aquecidos, isto , o volume aumenta e o pesono se modifica. Por esta razo, a densidade medida a uma temperatura padro ou, ento,convertida para esta temperatura por meio de tabelas.

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    A densidade um nmero que define o peso de um certo volume de uma substncia quandosubmetida a uma determinada temperatura.

    A densidade de uma substncia a relao entre o peso do volume dessa substncia medido a umadeterminada temperatura e o peso de igual volume de outra substncia padro (gua destilada),medido na mesma temperatura (sistema ingls: 60F / 60F) ou em outra temperatura (sistemamtrico: 20C / 20C).

    Figura 2.1

    No Brasil, a temperatura normal de referncia do produto 20C, podendo em alguns casos serexpressa a 15C ou 25C.

    Conhecendo a densidade de cada produto, possvel diferenciar imediatamente quais os produtosde maior ou menor peso.

    A densidade de leos novos no tem significado quanto sua quantidade, mas de grandeimportncia no clculo de converso de litros em quilos, ou vice-versa.

    Por meio de densidade, pode ser determinado o nmero de tambores de 200 litros de leo que umcaminho poder transportar.

    O clculo feito da seguinte maneira:

    Exemplo:

    Densidade do leo ......................................................... 0,895

    Carga mxima do caminho ......................................... 12.000kg

    Peso do tambor vazio ................................................... 17kg

    Peso de 200 litros de leo .......................................... 200 x 0,895 = 179kg

    Peso total do tambor com 200 litros de leo

    179 + 17 = 196kg

    Nmero mximo de tambores que o caminho pode transportar .... 12 000 = 61 tambores

    196

    A densidade API (American Petroleum Institute) unicamente empregada para o petrleo e seus

    subprodutos. determinada pela frmula:

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    O densmetro graduado na escala normal, ou na escala API, o aparelho para se medir adensidade.

    B) Viscosidade

    Conceito

    a principal propriedade fsica dos leos lubrificantes.

    A viscosidade est relacionada com o atrito entre as molculas do fluido, podendo ser definidacomo a resistncia ao escoamento que os fluidos apresentam. Viscosidade a medida daresistncia oferecida por qualquer fluido (lquido ou gs) ao movimento ou ao escoamento. Um dosmtodos utilizados para determinar a viscosidade (ver ilustrao abaixo) verificar o tempogasto para escoar determinada quantidade de leo, a uma temperatura estabelecida,atravs de orifcio de dimenses especificas.

    Figura 2.2

    O ar como os gases, oferece considervel resistncia ao movimento, especialmente quando hgrandes velocidades.

    Esse fato familiar a qualquer pessoa que tenha andado de bicicleta contra o vento, ou posto a

    mo fora da janela de um automvel conduzido a grande velocidade.Essa resistncia ao movimento que d lugar sustentao dos avies em vo, ao ricochete deuma pedra lisa quando se choca com a superfcie lquida e sustentao de um eixo em movimentono mancal.

    Na prtica, muito comum confundir a viscosidade com oleosidade. Vrias vezes, vimoslubrificadores, em postos de servio, prender entre os dedos uma pequena quantidade delubrificante e, depois de afast-los dizer: Este leo no tem viscosidade. O certo seria dizerque o leo perdeu a oleosidade.

    A oleosidade a propriedade que um lubrificante possui de aderir s superfcies (adesividade) e

    permanecer coeso (coesividade). Como exemplo, citaremos a gua, que no possui adesividade nemcoesividade.

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    Colocando uma gota de gua sobre uma superfcie plana e dando um golpe sobre esta gota,verificaremos que a mesma se divide em vrias pequenas gotas, pois no possui coesividade.Verificamos, ainda, que a adeso da gua ao dedo e superfcie praticamente nula. O mesmono acontece se, em vez de uma gota de gua, for usado o leo lubrificante.

    Mtodos de Medio da Viscosidade

    A viscosidade determinada em aparelhos chamados viscosmetros. So os seguintes osviscosmetros mais comumente usados para medir viscosidade de leo lubrificante:

    Saybolt (Estados Unidos)

    Redwood (Inglaterra)

    Engler (Alemanha)

    Cinemtico (Uso Universal)

    Os Viscosmetros Saybolt, Redwood e Engler tm uma construo semelhante. Todos eles secompem basicamente de um tubo de seo cilndrica, com um estreitamento na parte inferior.

    Uma determinada quantidade de fluido contida no tubo que, por sua vez, fica mergulhada embanho de gua ou leo de temperatura controlada por termostato. Uma vez atingida e mantida atemperatura escolhida, deixa-se escoar o lquido atravs de orifcio inferior, ao mesmo tempo emque se comea a contagem de tempo. Recolhe-se o fluido em frasco graduado e, no momento emque o nvel atingir o trao de referncia do gargalo, faz-se parar o cronmetro.

    O Viscosmetro Cinemtico basicamente constitudo de um tubo capilar de vidro, atravs doqual se d o escoamento do fluido.

    Viscosidade Saybolt

    No mtodo Saybolt, a passagem de leo de um recipiente no aparelho feita atravs de umorifcio calibrado, para um frasco de 60 ml, verificando-se o tempo decorrido para seuenchimento at o trao de referncia.

    Figura 2.3

    Como a viscosidade varia com a temperatura, isto , quanto mais aquecido estiver o leo, menorser a sua viscosidade, seu valor deve vir acompanhado da temperatura em que foi determinada.Assim sendo, este mtodo utiliza as temperaturas padres de 100 F (37,8C) e 210F (98,9C).

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    Figura 2.4

    O viscosidade Saybolt possui dois tipos de tubos: universal e furol. A diferena entre os dois

    est no dimetro do tubo capilar que regula o escoamento do fluido, sendo que o tubo furolpermite um escoamento em tempo aproximadamente dez vezes menor do que o tubo universal.A leitura de tempo do cronmetro dar diretamente a indicao da viscosidade Saybolt do fluido,em Segundos Saybolt Universal (SSU), ou Segundos Saybolt Furol (SSF), conforme o tuboutilizado.

    Normalmente, o Saybolt universal empregado para leos com 32 at 1.000 SSU; acima de 1.000SSU, deve-se empregar o tubo furol.

    Figura 2.5

    Para converter SSF em SSU empregada a seguinte frmula: SSU = 10.SSF, pois o valornumrico da viscosidade em SSU aproximadamente igual a dez vezes o valor numrico daviscosidade em SSF.

    Viscosidade Redwood

    O viscosmetro Redwood semelhante ao Saybolt. As temperaturas usuais de determinao so:70, 77, 86, 100, 140, e 200F. Como no Saybolt, este mtodo possui dois tubos padres: o n 1,universal, e n2, admiralty, sendo o valor numrico em SR1 aproximadamente igual a dez vezes ovalor numrico em SR2. A leitura do cronmetro dar a viscosidade Redwood em SegundosRedwood n 2 (SR2).

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    Figura 2.6

    Viscosidade Engler

    O viscosmetro Engler tambm semelhante ao Saybolt.Este mtodo utiliza as seguintes temperaturas padres: 20C, 50C e 100C. O resultado doteste referido em grau Engler ( E) que, por definio, a relao entre o tempo deescoamento de 200 ml de leo, a 20C (ou 50C ou 100C) e o tempo de escoamento de 200 ml degua destilada a 20C.

    Figura 2.7

    Viscosidade Cinemtica

    No mtodo cinemtico, um tubo capilar abastecido at determinado nvel. Por suco, o leo levado at uma marca em um dos lados do tubo. Parando-se de succionar, o leo tende a voltarpara a posio inicial, passando por uma segunda marca de referncia. anotado o tempo,segundos, que o nvel do leo leva para passar pelos dois traos de referncia. Para cada faixa deviscosidade dos leos utilizado um tubo capilar com determinado dimetro e, para cada tubo, determinado um fator de correo C do tubo para o clculo da viscosidade em centistokes(cSt):

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    Viscosidade em cSt = C x t

    sendo t, o tempo de escoamento, em segundos, determinado no viscosmetro cinemtico.

    Figura 2.8

    O viscosmetro cinemtico apresenta maior preciso em relao aos viscosmetros Saybolt,

    Redwood e Engler.

    Importncia da Viscosidade

    A viscosidade , indubitavelmente, a propriedade fsica principal de um leo lubrificante. Aviscosidade um dos principais fatores na seleo de um leo lubrificante, sendo suadeterminao influenciada por diversas condies, sendo as mais comuns as seguintes:

    Velocidade maior a velocidade, menor deve ser a viscosidade, pois a formao da pelculalubrificante mais fcil. Os leos de maior viscosidade possuem maiores coeficientes deatrito interno, aumentando a perda de potncia, isto , a quantidade de fora motriz

    absorvida pelo atrito interno do fludo. Presso quanto maior for a carga, maior dever ser a viscosidade para suport-la e evitar o

    rompimento da pelcula.

    Temperatura como a viscosidade diminui com o aumento da temperatura, para manter umapelcula lubrificante, quanto maior for a temperatura, maior dever ser a viscosidade.

    Folgas quanto menores forem as folgas, menor dever ser a viscosidade para que o leopossa penetrar nelas.

    Acabamento quanto melhor o grau de acabamento das peas, menor poder ser aviscosidade.

    Podemos, assim, verificar que existem condies inversas, isto , umas que exigem uma baixaviscosidade e outras, alta viscosidade, e que podem ocorrer ao mesmo tempo. Isto torna adeterminao da viscosidade um estudo complexo, que dever ser realizado pelos projetistas demquinas e motores.

    A modificao da viscosidade determinada pelos fabricantes das mquinas poder melhorar algumfator (por exemplo, o consumo de leo), mas poder prejudicar a mquina em diversos outrosfatores e ocasionar sua quebra.

    Com a anlise dos leos usados, podemos determinar:

    Reduo da viscosidade ocasionada por contaminao por combustvel ou outros produtos

    menos viscosos. Aumento da viscosidade poder indicar a oxidao do leo, presena de gua, de slidos em

    suspenso ou contaminao com outro leo mais viscoso.

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    C) ndice de viscosidade

    ndice de viscosidade um valor numrico que indica a variao da viscosidade em relao variao da temperatura.

    Alguns lquidos tendem a ter sua viscosidade reduzida, quando aquecidos, e aumentada, quandoso resfriados. Maior o ndice de viscosidade menor ser a variao da viscosidade com atemperatura. Por exemplo, se dois leos, a uma determinada temperatura, possurem a mesma

    viscosidade, quando resfriado ficar mais espesso aquele que possuir menor ndice de viscosidade.

    Figura 2.9

    O exemplo da ilustrao anterior pode ser representado pelo seguinte diagrama:

    Figura 2.10Para determinar o ndice de viscosidade de um leo, do qual conhecemos a viscosidade adeterminada temperatura, aplicada a seguinte frmula:

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    Figura 2.11

    D) Pontos de fulgor e ponto de inflamao

    Ponto de fulgor ou lampejo a temperatura em que o leo, quando aquecido em aparelhoadequado, desprende os primeiros vapores que se inflamam momentaneamente ( lampejo) aocontato de uma chama.Ponto de inflamao ou combusto a temperatura na qual o leo, aquecido no mesmo aparelho,inflama-se em toda a superfcie por mais de 5 segundos, ao contato de uma chama. A amostra deleo contida em um recipiente (vaso de Flash Cleveland), sob o qual coloca-se uma fonte decalor. Uma chama-piloto passada por sobre o recipiente a intervalos regulares de amostravaporizada. Continuando-se a operao, quando a chama produzida permanece por 5 segundos oumais, o ponto de inflamao foi atingido. O ponto de inflamao encontra-se 50F acima do pontode fulgor.

    Figura 2.12

    Este ensaio no tem maior significado para leos novos, uma vez que seu ponto de fulgor bemmais elevado do que as temperaturas de manuseio. No entanto, os leos para motor e algumasmquinas industriais necessitam ter um ponto de fulgor elevado, para evitar-se o risco deincndio.

    No caso de leos usados, o aumento do ponto de fulgor significa perda das partes leves porevaporao, enquanto que sua reduo indica que houve contaminao por combustvel ou outroproduto de menor ponto de fulgor.

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    E) Ponto de fluidez e de nvoa

    Quando resfriamos um subproduto do petrleo suficientemente, este deixa de fluir, mesmo sob aao da gravidade, devido a cristalizao das parafinas ou o aumento da viscosidade(congelamento).

    Ponto de fluidez a menor temperatura, expressa em mltiplos de 3C, na qual a amostra aindaflui, quando resfriada e observada sob condies determinadas.

    O mtodo P-MB-820 para determinao do ponto de fluidez consiste em resfriar uma amostra aum ritmo pr-determinado, observando-se a sua fluidez a cada queda de temperatura de 3C atque virtualmente a superfcie da amostra permanece imvel por 5 segundos ao se colocar o tubode ensaio em posio horizontal, conforme ilustrao abaixo. Somando 3C temperatura anotadano momento em que a superfcie permanece imvel por 5 segundos, obtemos o ponto de fluidez, P-MB-820.

    O ponto de fluidez d uma idia de quanto determinado leo lubrificante pode ser resfriado semperigo de deixar de fluir. O ponto de nvoa a temperatura em que, resfriando-se um produto, acristalizao da parafina d uma aparncia turva a este produto. Caso o ponto de fluidez sejaatingido antes que seja notado o ponto de nvoa, isto significa que o produto possui poucos

    componentes parafnicos. Os produtos naftnicos, em geral, possuem ponto de fluidez inferioraos arafnicos.

    Estes ensaios s tm maior significao para lubrificantes que trabalham em baixastemperaturas.

    Figura 2.13

    F) gua por destilao

    A gua, quando misturada aos leos lubrificantes, pode provocar a oxidao do leo, a corrosodas partes metlicas, o aumento da viscosidade do leo, a segregao dos aditivos e formao deespuma. Quando separada, a gua provoca um escoamento irregular do leo e falhas nalubrificao.

    Para determinao do teor de gua, fazemos uma destilao parcial do leo usado, de modo quesomente a gua evapore e seja condensada em um recipiente graduado.

    A gua pode ser proveniente de m estocagem dos leos, de vazamento dos sistemas derefrigerao das mquinas ou da m vedao de mquinas que trabalhem com gua.

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    Figura 2.14

    G) gua e sedimentosPor este mtodo, podemos determinar o teor de partculas insolveis contidas numa amostra deleo, somada com a quantidade de gua presente nesta mesma amostra.

    Este teste consiste em centrifugar-se uma amostra de leo usado em um recipiente graduado.Como a gua e os sedimentos possuem maior densidade do que o leo, estes se depositam nofundo do recipiente, sendo ento medidos.

    Figura 2.15

    H) Demulsibilidade

    Demulsibilidade a capacidade que possuem os leos de se separarem da gua. Por exemplo, o

    Ipitur HST possui um grande poder demulsificante, ou seja, separa-se rapidamente da gua, noformando emulses estveis. A demulsibilidade de grande importncia na lubrificao deequipamentos, como turbinas hidrulicas e a vapor, onde os lubrificantes podem entrar emcontato com a gua ou vapor.

    Um dos mtodos para determinar a demulsibilidade dos leos lubrificantes consiste em colocar,em uma proveta, 40ml de leo a testar e 40ml de gua destilada. A seguir o leo e a gua soagitados (1500 RPM) durante 5 minutos, a uma certa temperatura (130F para leos deviscosidade inferior a 450 SSU e 180F quando a viscosidade do leo for superior a 450 SSU a100F). Finalmente, observado o tempo necessrio para a completa separao da gua. Oresultado dado por 4 nmeros, representando, respectivamente, as quantidades de leo, gua,

    emulso e tempo. Exemplo: 25 - 20 - 35 - 60 ... Aps 60 minutos temos na proveta 25ml de leo,20ml de gua e 35ml de emulso.

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    Figura 2.16

    I) Extrema presso

    Existem diversos mtodos para se avaliar a capacidade de carga de um leo ou graxa lubrificante.

    O teste Timkem mede a capacidade de carga dos lubrificantes.

    Consiste de um cilindro rotativo e um brao de alavanca, sobre o qual so colocadas cargasgraduadas, para aumentar a presso que o bloco de ao exerce sobre o anel de ao preso aocilindro rotativo. As cargas so aumentadas at que o bloco apresente ranhuras. A carga mximaaplicada sem causar ranhuras ento anotada como carga Timkem.

    Figura 2.17

    No teste de quatro esferas (four ball), trs esferas so dispostas juntas horizontalmente, e umaquarta, presa a um eixo, gira sobre elas a uma velocidade de 1800 RPM. Para determinar-se a

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    capacidade de carga, a velocidade da esfera girante constante, e a carga sobre ela aumentadagradativamente.

    Quando as esferas se soldam, ento anotada a carga mxima suportada pelo lubrificante.

    Figura 2.18

    J) Diluio

    Devido combusto parcial, folgas e vazamentos, os lubrificantes de motor podem sercontaminados por combustveis. Esta contaminao reduz a viscosidade do lubrificante impedindoa formao de uma pelcula adequada e provocando o desgaste. Com o abaixamento do ponto defulgor, tambm devido contaminao, ficam ampliados os riscos de incndio.

    No caso da gasolina, podemos fazer uma destilao parcial, isto , aquecer o leo usado a umatemperatura na qual somente a gasolina se evapore, determinando-se assim o teor dacontaminao. No caso do diesel, como no podemos separ-lo do leo por destilao, empregamos

    uma tabela onde, a partir das viscosidades do diesel, do leo novo e do leo usado determinamos oteor da contaminao.

    L) Cor

    A cor dos produtos de petrleo varia amplamente. Os teste, em geral, comparam uma amostracom padres conhecidos, atravs de um aparelho chamado colormetro. A cor clara de umlubrificante no significa baixa viscosidade, havendo leos brancos de alta viscosidade. A cortambm no significa qualidade.

    At certo ponto, por luz refletida, os leos parafnicos tem uma cor verde, enquanto osnaftnicos apresentam-se azulados. A transformao da cor em leos usados pode significar umacontaminao:

    Cor cinza - chumbo da gasolina

    Cor preta - fuligem

    Cor branca ou leitosa - gua

    M) Cinzas oxidadas

    Este ensaio fornece uma idia das matrias que formam cinzas.

    Geralmente, estas cinzas so consideradas como impurezas ou contaminaes. Este mtododetermina o teor de cinzas de leos lubrificantes e combustveis, no se aplicando, porm, alubrificantes que contenham aditivos organometlicos. Neste ensaio, uma amostra do produto

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    queimada, sendo seu resduo reduzido a cinzas em uma mufla. As cinzas so ento resfriadas epesadas.

    N) Cinzas sulfatadas

    O teste de cinzas sulfatadas determina a quantidade de materiais incombustveis contidos noleo. Os leos minerais puros no possuem cinzas sulfatadas. Os leos aditivados, porm, possuem

    combinados metlicos, que no so totalmente queimados, deixando um resduo aprecivel.Os leos usados possuem limalha metlica do desgaste da mquina e muitas vezes estocontaminados com poeira, ambas incombustveis.

    No controle de fabricao de leos com aditivos metlicos, este teste usado para verificaodo teor desses aditivos na formulao.

    Para leos desconhecidos, este teste uma indicao do nvel de detergncia. Porm, algumascombinaes de leos bsicos com o aditivo so mais efetivas que outras. Alm disto, existemcertos tipos de aditivos detergentes que no deixam cinza alguma. A quantidade de cinzas podertambm ser proveniente de outros aditivos no detergentes. O nico meio de se medir,

    efetivamente, a detergncia uma prova em motor.Com leos usados em motores diesel, o aumento das cinzas poder ser causado por contaminao,por poeira ou partculas do desgaste do motor, enquanto que seu abaixamento poder significar oconsumo dos aditivos, operao falha ou defeito mecnico.

    Em motores a gasolina, a contaminao com chumbo tetraetila da gasolina provoca o aumento decinzas.

    O) Corroso em lmina de cobre

    Este ensaio usado para combustveis, solventes, leos e graxas lubrificantes. Consiste emdeixar-se, por determinado tempo, uma lmina de cobre imersa no produto aquecido.De acordo com a descolorao da lmina, por comparao com um tabela, determinamos o grau decorroso.

    Os leos minerais puros e aditivos, em geral, no so corrosivos. No entanto, existem aditivos deenxofre e cloro ativos, usados, por exemplo, em leos de corte, que so nocivos aos metais noferrosos. A presena de aditivos de enxofre ou cloro em um leo no significa que este leo sejacorrosivo, pois isto se d, somente, quando estes elementos so ativos.

    P) Consistncia de graxas lubrificantes

    Consistncia de uma graxa a resistncia que esta ope deformao sob a aplicao de umafora.

    A consistncia a caracterstica mais importante para as graxas, assim como a viscosidade o para os leos. Num aparelho chamado penetrmetro, coloca-se a graxa em um cilindro. Umpequeno cone, ligado a uma haste, preso a um suporte com escala graduada, e sua ponta encostada na superfcie da graxa. Soltando-se, o cone penetra na graxa e a escala do suporteindica quantos mm/10 penetrou. Como a consistncia varia com a temperatura, este ensaio sempre realizado a 25C.

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    Figura 2.19

    Diz-se que a penetrao trabalhada, quando a graxa no cilindro socada por um dispositivoespecial, por 60 vezes ou mais. A penetrao no trabalhada quando a graxa no socada.

    Baseando-se em valores de penetrao trabalhada, o NLGI (National Lubricating GreaseInstitute) estabeleceu uma classificao para as graxas, para facilitar sua escolha.

    Penetrao trabalhada Grau NLGI

    (em mm/10)

    445/475.................................................................000

    400/430.................................................................00

    355/385.................................................................0

    310/340 .................................................................1265/295.................................................................2

    220/255.................................................................3

    175/205 ................................................................4

    130/160..................................................................5

    85/115.....................................................................6

    As graxas menos consistentes que 0 (zero) so chamadas semi- fluidas, e as mais consistentesque 6 (seis) so as graxas de bloco.

    Q) Ponto de gota

    O ponto de gota de uma graxa a temperatura em que se inicia a mudana do estado pastoso parao estado lquido (primeira gota).

    O ponto de gota varia de acordo com o sabo metlico empregado, as matrias-primas usadas ecom o mtodo de fabricao. Na prtica, usa-se limitar a temperatura mxima de trabalho em 20a 30C abaixo do ponto de gota das graxas. As graxas de argila no possuem ponto de gotapodendo assim ser usadas a elevadas temperaturas.

    Neste ensaio a graxa colocada em um pequeno recipiente, com uma abertura na parte inferior.

    O recipiente colocado em um banho, que aquecido gradativamente. A temperatura em quepingar a primeira gota do recipiente ponto de gota.

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    Figura 2.20

    2.3 - ADITIVOS

    Devido ao constante aperfeioamento das mquinas, tornou-se necessrio melhorar ouacrescentar qualidades aos leos minerais puros, com substncias genericamente chamadas deaditivos.

    Existem diversos tipos de aditivos, que possuem a mesma finalidade. A escolha de um delesdepende da susceptibilidade do leo bsico para com o aditivo, a compatibilidade do bsico paracom o aditivo, e destes entre si.

    Como cada companhia usa aditivos diferentes, no aconselhvel misturarem-se leos de marcasou tipos diferentes, principalmente quando se tratar de leos para engrenagens.

    Entre os diversos tipos de aditivos, temos os seguintes:

    a. Detergente-dispersante;

    b. Antioxidante;

    c. Anticorrosivo

    d. Antiferrugem;

    e. Extrema presso;

    f. Antidesgaste;

    g. Abaixador do ponto de fluidez;

    h. Aumentador do ndice de viscosidade.

    a. Detergente-dispersante

    Aplicaes: Motores de combusto interna.

    Finalidades - Este aditivo tem a funo de limpar as partes internas dos motores, e manterem suspenso, finamente dispersos, a fuligem formada na queima do combustvel e osprodutos de oxidao do leo.

    Quando o lubrificante no possui aditivo detergente-dispersante, os resduos se agrupam eprecipitam, formando depsitos.

    Nos leos que contm detergente-dispersante, o aditivo envolve cada partcula de resduo comuma camada protetora, que evita o agrupamento com outros resduos e, conseqentemente, a suaprecipitao.

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    observado um rpido escurecimento do leo, que ainda mal entendido por alguns mecnicos eusurios, que acreditam que o lubrificante se deteriora rapidamente. No entanto, oescurecimento significa que as partculas que iriam formar borras, lacas e vernizes esto sendomantidas em suspenso e sero drenadas junto com o leo.

    A quantidade de material disperso depende da quantidade e do tipo dos aditivos. Isto significaque, aps determinados perodos de uso, os aditivos saturam-se e os leos necessitam serdrenados, para no ocorrer a formao de depsitos.

    As maiores partculas encontradas em suspenso no leo mediram 1,5 micra, enquanto que amenor folga de 2 micra.

    As partculas so ento incapazes de obstruir as folgas ou de promover o desgaste abrasivo.

    b. Antioxidante

    Aplicaes: Motores de combusto interna, turbinas, compressores, motores eltricos,fusos, sistemas hidrulicos, sistemas de circulao de leo etc.

    Mecanismo da oxidao - Um leo, simplesmente exposto ao ar, tende a oxidar-se devido

    presena de oxignio. Esta oxidao se processa lenta ou rapidamente, conforme a naturezado leo. leos em servios esto mais sujeitos oxidao, devido a vrios fatores:contaminao, calor, hidrocarbonetos oxidados. Esquematizando o mecanismo da oxidao,temos:

    1) Primeiras reaes:

    Oxignio + hidrocarbonetos compostos cidos.

    2) Partculas metlicas, principalmente de cobre e hidrocarbonetos oxidados, funcionam comocatalisadores, acelerando a oxidao.

    Oxignio + hidrocarbonetos compostos cidos.

    partculas metlicas

    Oxignio + hidrocarbonetos compostos cidos.

    hidrocarbonetos oxidados

    3) Os compostos cidos, misturando-se com a fuligem e gua, formam a borra.

    Compostos cidos + fuligem + gua borra.

    4) Nos pontos de temperatura elevada (cabea dos pistes, anis de pisto, vlvula etc...), oscompostos cidos decompem-se, formando vernizes e lacas.

    Compostos cidos vernizes e lacas.

    Mecanismo do antioxidante: O aditivo antioxidante combate a oxidao do leo lubrificanteda seguinte maneira:

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    1) O oxignio neutralizado com o aditivo antioxidante, formando compostos inofensivos.

    Antioxidante + Oxignio compostos inofensivos.

    2) Os compostos cidos formados reagem com os aditivos, formando compostos inofensivos.

    Compostos cidos + antioxidante compostos inofensivos.

    3) As superfcies das partculas metlicas de desgaste so cobertas pelo aditivo antioxidante,evitando a ao das mesmas na oxidao do lubrificante.

    evidente que, aps um certo perodo de trabalho do leo lubrificante, o aditivo antioxidante consumido (depleo) e, a partir deste ponto, o leo lubrificante se oxidar rapidamente.

    c. Anticorrosivo

    Aplicaes: Motores de combusto interna, turbinas, compressores, motores eltricos,fusos, sistemas hidrulicos, sistemas de circulao de leo etc.

    Finalidades - Os anticorrosivos tm por finalidade a neutralizao dos cidos orgnicos,formados pela oxidao do leo, dos cidos inorgnicos, no caso de lubrificantes de motores,e proteger as partes metlicas da corroso. No funcionamento dos motores, so formadoscidos sulfrico e ntrico, devido presena de enxofre e nitrognio nos combustveis, queso altamente corrosivos.

    d. Antiferrugem

    Aplicaes: leos protetivos, turbinas, sistemas hidrulicos, compressores, motores de

    combusto interna, sistemas de circulao de leo etc. Finalidades - Semelhante ao anticorrosivo, este aditivo tem a finalidade de evitar a corroso

    dos metais ferrosos pela ao da gua ou umidade. A presena de sais na gua aceleraconsideravelmente a ferrugem. Envolvendo as partes metlicas com uma pelcula protetora, oaditivo antiferrugem evita que a gua entre em contato com as superfcies.

    e. Antiespumante

    Aplicaes: leos para mquinas e motores em geral.

    Finalidades - A formao da espuma devido agitao do leo. Quando a bomba de leo

    alimenta as partes a lubrificar com uma mistura leo-ar, d-se o rompimento da pelcula deleo, o contato metal com metal e o conseqente desgaste. O aditivo antiespumante tem afuno de agrupar as pequenas bolhas de ar, existentes no seio do leo, formando bolhasmaiores, que conseguem subir a superfcie, onde se desfazem.

    f. Extrema presso

    Aplicaes: leos para transmisses automotivas, leos para mancais ou engrenagensindustriais que trabalham com excesso de carga e leos de corte.

    Finalidades - Tanto os aditivos de extrema presso, como os antidesgastes, lubrificam

    quando a pelcula mnima.Quando a presso exercida sobre a pelcula de leo excede certos limites, e quando esta pressoelevada agravada por uma ao de deslizamento excessiva, a pelcula de leo se rompe, havendo

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    um contato metal com metal. Se o lubrificante possuir aditivo de extrema presso, havendo orompimento da pelcula, este aditivo reage com as superfcies metlicas, formando uma pelculalubrificante que reduzir o desgaste.

    Quase todos os aditivos de extrema presso so compostos qumicos que contm enxofre,fsforo, cloro e chumbo.

    g. Antidesgaste Aplicaes: Motores de combusto interna, sistemas hidrulicos etc.

    Finalidades - Estes aditivos so semelhantes aos de extrema presso, mas tm ao maisbranda. Seus principais elementos so o zinco e o fsforo.

    h. Abaixadores do ponto de fluidez

    Aplicaes: Podem ser empregados nos leos de mquinas e motores que operem com o leoem baixas temperaturas.

    Finalidades - Este aditivo tem a funo de envolver os cristais de parafina que se formam abaixas temperaturas, evitando que eles aumentem e se agrupem, o que impediria a circulaodo leo.

    i. Aumentadores do ndice de viscosidade

    Aplicaes: Motores de combusto interna.

    Finalidades - A funo destes aditivos reduzir a variao da viscosidade dos leos com oaumento da temperatura. Devido manuteno de uma viscosidade menor varivel, o consumode lubrificante reduzido e as partidas do motor em climas frios tornam-se mais fceis.

    O mecanismo dos aditivos aumentadores do ndice de viscosidade o seguinte:

    Em temperaturas menores, as molculas do aditivo esto contradas em seus invlucros;

    Em temperaturas elevadas, as molculas distendem-se em seus invlucros, aumentando devolume. O escoamento do leo dificultado, apresentado uma maior viscosidade.

    Alm dos aditivos citados, existem outros, como os emulsificantes (leos de corte solveis, leospara amaciamento de fibras txteis, leos para ferramentas pneumticas etc.), os de adesividade(leos para mquinas txteis etc.), grafite (leos de moldagem etc.).

    Existem alguns aditivos que englobam diversas funes como dispersantes, antioxidantes,

    anticorrosivos e antidesgaste: so os chamados multifuncionais. altamente desaconselhvel a adio de novos aditivos a um leo j aditivado. Sobre esteassunto, muitos fabricantes de mquinas e motores vm-se manifestando, distribuindo circularesa seus usurios e representantes, desaconselhando o uso de tais produtos. Um leo formuladopara determinado fim tem todos os aditivos necessrios para desempenhar sua funo, nonecessitando de novos aditivos, que no se sabe como reagiro quimicamente com os jexistentes.

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    3 - GRAXAS LUBRIFICANTES

    3.1 GENERALIDADES

    As graxas podem ser definidas como produtos formados pela disperso de um espessante em umleo lubrificante.

    O espessante, tambm chamado sabo, formado pela neutralizao de um cido graxo ou pelasaponificao de uma gordura por um metal. O metal empregado dar seu nome graxa.

    A estrutura das graxas, observadas ao microscpio, mostra-se como uma malha de fibras,formada pelo sabo, onde retido o leo.

    As graxas apresentam diversas vantagens e desvantagens em relao aos leos lubrificantes.

    Entre as vantagens, podemos citar:

    As graxas promovem uma melhor vedao contra a gua e impurezas.

    Quando a alimentao de leo no pode ser feita continuamente, empregam-se as graxas, poiselas permanecem nos pontos de aplicao.

    As graxas promovem maior economia em locais onde os leos escorrem.

    As graxas possuem maior adesividade do que os leos.

    As desvantagens so:

    Os leos dissipam melhor o calor do que as graxas.

    Os leos lubrificam melhor em altas velocidades.

    Os leos resistem melhor oxidao.

    3.2 - FABRICAO

    Existem dois processos para a fabricao das graxas: formar o sabo em presena do leo oudissolver o sabo j formado no leo.

    A fabricao feita em tachos, providos de um misturador de ps e envoltos por uma camisa devapor para aquecer o produto.

    Quando o sabo formado em presena do leo, o tacho munido de um autoclave, para anecessria saponificao.

    Acabada a fabricao, a graxa, ainda quente e fluida, passa por filtros de malhas finssimas,sendo ento envasilhada.

    A filtragem evita que partculas de sabo no dissolvidas permaneam na graxa e oenvasilhamento imediato impede que as graxas sejam contaminadas por impurezas.

    3.3 - CLASSIFICAO

    De acordo com a natureza do sabo metlico utilizado em sua fabricao, as graxas podem serclassificadas em: graxas de sabo de ltio, graxas de clcio, graxas de complexo de clcio egraxas de bases mistas.

    Alm dos sabes metlicos mencionados, podemos ter graxas de alumnio, de brio etc., que so,porm, menos empregadas.

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    Existem graxas em que o espessante a argila. Estas graxas so insolveis na gua e resistem atemperaturas elevadssimas. Embora sejam multifuncionais, seu elevado custo faz com que suasaplicaes sejam restritas aos locais onde as graxas comuns no resistem s temperaturaselevadas (acima de 200C).

    As graxas betuminosas tambm podem ser classificadas como leos. So formadas base deasfalto. Possuem uma grande aderncia, e suas maiores aplicaes so os cabos de ao, asengrenagens abertas e as correntes. No devem ser usadas em mancais de rolamentos. Algunsmancais planos que possuem grande folga, ou suportam grandes cargas, podem, s vezes, utiliz-las.

    3.4 - CARACTERSTICAS E APLICAES

    Abaixo so dadas algumas aplicaes e caractersticas das graxas, classificadas de acordo com anatureza do sabo.

    Graxas de sabo de clcio

    Em sua maioria, possuem textura macia e amanteigada.So resistentes gua.

    Devido ao fato de a maioria das graxas de clcio conter 1 a 2% de gua em sua formulao, ecomo a evaporao desta gua promove a decomposio da graxa, elas no so indicadas paraaplicaes onde as temperaturas sejam acima de 60C (rolamentos, por exemplo).

    As graxas de complexo de clcio (acetato de clcio), no contm gua em sua formulao,podendo ser usadas com temperaturas elevadas.

    As maiores aplicaes das graxas de clcio so a lubrificao de mancais planos, os chassis deveculos e bombas dgua.

    Graxas de sabo de sdio

    As graxas de sdio possuem uma textura que varia de fina at fibrosa. Resistem a altastemperaturas, sendo, porm, solveis em gua. Suas maiores aplicaes so os mancais derolamentos e as juntas universais, desde que no haja presena de gua, pois elas se desfazem.

    Graxas de sabo de ltio

    So as chamadas graxas multipurpose (mltiplas finalidades).

    Possuem textura fina e lisa, so insolveis na gua e resistem a elevadas temperaturas. Podemsubstituir as graxas de clcio e de sdio em suas aplicaes, e possuem timo comportamento em

    sistemas centralizados de lubrificao.A vantagem do emprego de uma graxa multipurpose evitaremse enganos de aplicao, quando setm diversos tipos de graxas, e a simplificao dos estoques.

    Graxas de complexo de clcio

    As graxas de complexo de clcio possuem elevado ponto de gota, boa resistncia ao calor e aotrabalho. Apresentam a propriedade de engrossar quando contaminadas com gua. No caso deserem formuladas com teor de sabo elevado, a tendncia a engrossar manifesta-se quandosubmetidas ao trabalho. Podem ser aplicadas em mancais de deslizamento e de rolamentos.

    Graxas mistas

    As graxas de bases mistas possuem as propriedades intermedirias dos sabes com que soformadas. Assim, podemos ter graxas de clcio-sdio, clcio-ltio etc.

    As graxas de sdio e ltio no so compatveis, no devendo ser misturadas.

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    3.5 - CRITRIOS DE ESCOLHA

    Para definir a graxa adequada para determinada aplicao, devem ser observados os seguintesfatores:

    Consistncia

    O conhecimento da consistncia da graxa importantssimo para sua escolha. No Brasil, onde atemperatura ambiente no atinge extremos muito rigorosos, mais empregada a graxa NLGI 2.

    Em locais onde a temperatura mais elevada, emprega-se a NLGI 3, e onde a temperatura maisbaixa, a NLGI 1.

    Como nos leos, quanto maior for a velocidade e mais baixas forem a temperatura e a carga,menor dever ser a consistncia. Por outro lado, com baixas velocidades e altas temperaturas ecargas, deve ser usada uma graxa mais consistente.

    Em sistemas centralizados de lubrificao, deve ser empregada uma graxa com fluidez suficientepara escoar.

    Ponto de gota

    O ponto de gota de determinada graxa limita a sua aplicao.

    Na prtica, usa-se limitar a temperatura mxima de trabalho em 20 a 30C abaixo de seu pontode gota.

    Em geral, as graxas possuem seu ponto de gota nas seguintes faixas:

    Graxas de clcio ............................... 65 a 105C

    Graxas de sdio ............................... 150 a 260C

    Graxas de ltio ................................. 175 a 220C

    Graxas de complexo de clcio .... 200 a 290C

    As graxas de argila no possuem ponto de gota, podendo assim ser usadas em elevadastemperaturas.

    Na ilustrao abaixo, apresentada a resistncia temperatura de acordo com a natureza dosabo das graxas. A graxa de clcio a nica que possui baixa resistncia temperatura.

    Figura 3.1

    Resistncia gua

    O tipo de sabo comunica ou no graxa a resistncia ao da gua. Dos tipos citadosanteriormente, a graxa de sabo de sdio a nica que se dissolve em presena da gua.

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    Figura 3.2

    Resistncia ao trabalho

    As graxas de boa qualidade apresentam estabilidade quando em trabalho, e no escorrem daspartes a lubrificar. As graxas de ltio possuem, geralmente, uma tima resistncia ao trabalho.

    Figura 3.3

    As graxas de ltio, alm da tima resistncia ao trabalho, tm resistncia muito boa ao dagua, na qual so insolveis e suportam temperaturas elevadas.

    Bombeabilidade

    Bombeabilidade a capacidade da graxa fluir pela ao do bombeamento.A bombeabilidade de uma graxa lubrificante um fator importante nos casos em que o mtodo deaplicao feito por sistema de lubrificao centralizada.

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    A bombeabilidade de uma graxa depende de trs fatores:

    1) viscosidade do leo;

    2) consistncia da graxa;

    3) tipo de sabo.

    3.6 ADITIVOSComo nos leos lubrificantes, as caractersticas das graxas podem ser melhoradas com o uso deaditivos. Entre os mais usados, temos:

    Extrema presso

    Aplicaes: Graxas para mancais de laminadores, britadores, equipamentos de mineraoetc., e para mancais que trabalham com cargas elevadas.

    Finalidades - Como nos leos, quando a presso excede o limite de suporte da pelcula degraxa, torna-se necessrio o acrscimo destes aditivos. Usualmente, os aditivos empregadospara este fim so base de chumbo. Os lubrificantes slidos, como molibdnio, a grafite e o

    xido de zinco tambm so empregados para suportarem cargas, mas, em geral, esteslubrificantes no so adequados para mancais de rolamentos.

    Adesividade

    Aplicaes: Graxas de chassis e aquelas empregadas em locais de vibraes ou onde possamser expelidas.

    Finalidades - Aditivos como o ltex ou polmeros orgnicos, em pequenas quantidades,aumentam enormemente o poder de adesividade das graxas. Estes aditivos promovem o fiodas graxas.

    As graxas a serem aplicadas em locais com vibrao, como os chassis, ou em locais em que arotao das peas pode expuls-las, como as engrenagens abertas, devem ter bastanteadesividade.

    Antioxidantes

    Aplicaes: Graxas para mancais de rolamentos.

    Finalidades - O leo, como j vimos, passvel de oxidao; no entanto, os sabes so maisinstveis que o leo. As graxas de rolamentos, que so formuladas para permanecerem longosperodos em servio e onde as temperaturas so elevadas, devem ser resistentes oxidao,

    para no se tornarem corrosivas. Graxas formuladas com gorduras mal refinadas ou leosusados no possuem resistncia oxidao.

    Anticorrosivos e antiferrugem

    Aplicaes: Graxas para mancais de rolamentos.

    Finalidades - Para neutralizar os cidos formados pela oxidao ou a ao da gua, as graxasnecessitam destes aditivos. Como as graxas de sdio se misturam com gua, esta perde seuefeito corrosivo, sendo ento dispensados os aditivos antiferrugem.

    Alm destes aditivos, muitos outros podem ser usados, como os de oleosidade, os lubrificantesslidos, corante, fios de l etc.

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    4 MANUSEIO E ESTOCAGEM DE LUBRIFICANTES

    4.1 - RECEBIMENTO

    Um controle no recebimento de fundamental importncia para o bom desempenho doslubrificantes em uma indstria. Para que ele seja feito de maneira eficiente, certas regrasdevero ser sempre seguidas: designar uma nica pessoa responsvel por essa tarefa, que deverter conhecimento das necessidades de lubrificao da fbrica.a) Verificar se o produto que est sendo entregue est de acordo com o pedido feito e a notafiscal.

    b) Verificar se os lacres dos tambores e baldes no foram violados.

    c) Verificar as condies da embalagem quanto a sua estrutura e identificao do produto.

    A mercadoria, ao ser recebida, deve ser retirada do veculo transportador por meio deequipamentos adequados, tais como empilhadeiras, guinchos, talhas, etc. Plataformas de descargaao mesmo nvel dos veculos de transporte facilitam o manuseio dos volumes e diminuem o risco deavarias. Neste caso, o uso de carrinho ou empilhadeira reduz o tempo de descarga e oferecemaior segurana.

    Figura 4.1 - Carrinho manual para movimentao de tambores.

    Quando no existirem plataformas de descarga, os tambores devero deslizar longitudinalmentesobre rampas de madeira ou de metal.

    CERTO

    Figura 4.2

    Figura 4.3

    Nunca se deve derrubar os tambores sobre pilhas de pneus velhos ou outros meios que provoquem

    impacto na embalagem, pois isto poder danific-la, rompendo suas costuras, produzindovazamentos e permitindo eventual contaminao futura.

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    Caso o sistema de armazenagem adotado seja o uso de pallets a mercadoria dever serpaletizada, conforme normas existentes, no ato de seu recebimento.

    Ao se receber os produtos deve-se fazer uma separao destes conforme sua utilizao,encaminhando-os para seus respectivos lugares no almoxarifado. Isto evitar que se misturemtipos de lubrificantes diferentes e, portanto, o risco do uso indevido dos mesmos.

    Para a movimentao dos tambores comum faz-los rolar pelo cho. Isto, para distncias curtas

    aceitvel, porm o uso de equipamentos adequados, tais como carrinhos de mo ouempilhadeiras, aumentam a segurana tanto para o operrio quanto para a estrutura daembalagem.

    Uma observao importante se faz quanto ao manuseio de tambores deitados. Nunca uma nicapessoa deve levant-los, pois o peso de um tambor (+ ou - 200 kg) pode causar graves problemasfsicos.

    Figura 4.4 Figura 4.5

    4.2 - ESTOCAGEM

    4.2.1 - Importncia de um bom armazenamento

    As precaues adotadas nas refinarias e nos depsitos das companhias distribuidoras visamassegurar ao consumidor produtos da maior qualidade. Estas precaues vo desde o rigorosocontrole de qualidade existente durante todo o processo de fabricao do lubrificante, atcuidados com o envasamento e a embalagem, afim de se evitar contaminaes e outros danos quecomprometeriam a qualidade do produto.

    4. 2.2 - Mtodos e prticas de estocagem

    As embalagens so projetadas e dimensionadas para oferecerem boa resistncia durante seutransporte e manuseio.

    Para evitar-se furos e amassamentos das embalagens ou alteraes das marcas, certasprecaues devem ser tomadas tais como:

    Evitar quedas bruscas;

    Proteger as rampas de escorregamento;

    No colocar baldes e tambores em contato direto com o cho No rolar os tambores em superfcies irregulares;

    Empilhar as embalagens de forma correta.

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    No Transporte de tambores com o uso de carrinhos ou empilhadeiras manuais ou motorizadas,certifique-se de que no ocorrero quedas, transportando os tambores em posio longitudinalem relao aos garfos da empilhadeira e mantendo os garfos em posio o mais prximo possveldo cho, conforme cdigo de segurana para veculos industriais automotores PNB 153. No casode baldes ou latas, evite a colocao de objetos pesados em cima dos mesmos, pois podero sedeformar. desnecessrio repetir a importncia de evitar quedas. Os tambores ou baldes degraxas devem ser transportados e estocados sempre em posio vertical, evitando-se assim que o

    contedo do recipiente pressione sua tampa com conseqente vazamento do produto.

    Figura 4.6

    Para uma estocagem racional e de fcil manipulao, o uso de pallets o ideal, pois alm de seprestar ao empilhamento de tambores, tambm se presta ao armazenamento de baldes e decaixas com latas de lubrificantes. Entretanto, para que este sistema funcione, deve-se seguircertas normas quanto ao modo de paletizar e armazenar:

    Figura 4.7

    a) utilizar pallets padronizados;

    b) observar as capacidades mximas permissveis constantes da tabela 4.1 e o modo desuperposio das camadas, a fim de maior estabilidade pilha;

    c) utilizar uma empilhadeira adequada em capacidade de carga ao tipo de servio;

    d) dimensionar e sinalizar o local de armazenagem de forma a permitir a paletizao do nmerode embalagens desejadas e as manobras necessrias com a empilhadeira;

    e) nivelar e aplainar o piso do local de armazenagem.

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    Tabela 4.1 - Produtos Paletizados

    DimensesExternas

    Aproximadas (cm)Tipos de

    Embalagens

    Compr.Larg.Alt.

    Capacidade N Unidades/Pallets

    N dePalletes

    porPilha

    N deUnidadepor Pilha

    Cxs. 24x1Cxs. 8x2,5Cxs. 40xCxs. 100x1/5

    41,0 31,0 31,557,0 29,0 19,044,0 35,0 23,532,0 32,0 36,0

    24 latas de 1 l8 latas de 2,5 l40 latas de l

    100 latas de 1/5 l

    4 camadas x 11cxs=44cxs6 camadas x 8cxs=48cxs5 camadas x 8cxs=40cxs4 camadas x 9cxs=36cxs

    3332

    13214412072

    TamboresBaldes/leoBaldes/Graxa

    Dimetro Altura57,0 87,029,0 35,830,0 40,9

    200 l20 l de leo

    20 kg de graxa

    1 camada x 4tbs=4tbs2 camadas x 16bds

    =32bds2 camadas x 16bds=32bds

    454

    16160128

    Porm, nem sempre possvel utilizar-se o mtodo de paletizao. Neste caso, para umaarmazenagem eficiente, racional e segura, deve-se obedecer s capacidades mximas

    permissveis que constam na tabela 4.2, alm do modo de superposio das camadas, que so osmesmos j descritos para produtos paletizados. Para caixas e baldes, deve-se evitar o contatodireto com o material permevel.

    Tabela 4.2 - Produtos no paletizados

    Tipos deEmbalagens

    N deUnidadespor m2

    Observaes

    Caixas 24 x 1 48 6 alturas, com 8 unidades/m2 em cada alturaCaixas 8 x 2,5 48 8 alturas, com 6 unidades/m2 em cada altura

    Tambores 6 2 alturas, com 3 unidades/m2 em cada altura

    Baldes 55 5 alturas, com 11 unidades/m2 em cada altura

    Figura 4.8

    Vrios tipos de Pallets utilizados na estocagem de tambores.

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    5 - FATORES QUE AFETAM OS PRODUTOS ESTOCADOS

    5.1 CONTAMINAES

    5.1.1 - Contaminao pela gua

    A contaminao pela gua prejudicial a qualquer tipo de lubrificante. Os leos paratransformadores apresentam uma sensvel queda do poder dieltrico com um mnimo decontaminao com gua. leos aditivados, como leos para motores, leos para cilindros ou leosde extrema presso podem deteriorar-se ou precipitar os aditivos e, se utilizados, podem trazersrios problemas para o equipamento.

    Os bujes podem eventualmente permitir a entrada de gua no interior do tambor. Os leossofrem variao no seu volume com a variao de temperatura, dilatando-se com o calor do diacontraindo-se com a menor temperatura noturna. A conseqncia disto que ocorre a expulso doar contido no anterior do tambor durante o dia e a aspirao do ar externo durante a noite,trazendo junto a umidade.

    Figura 5.1

    Se o tambor tiver de ser armazenado ao relento e em posio vertical, deve-se cobri-los com umalona encerada ou um telhado provisrio.

    Quando estes recursos no forem possveis, deve-se colocar um calo de madeira para mant-loinclinado e de forma tal que no haja acmulo de gua sobre os bujes.

    Figura 5.2 - Calos de madeira

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    Caso o tambor esteja armazenado ao relento mas em posio horizontal, os bujes de enchimentodevero estar numa linha paralela ao solo, pois alm de permitir verificao fcil quanto avazamentos, no possibilitar a entrada de ar mido. Alm disso, se ocorresse um eventualvazamento pelos bujes, no haveria uma perda total do lubrificante.

    Figura 5.3

    Quando da impossibilidade de se armazenar os lubrificantes em recintos fechados ou cobertos,

    deve-se tomar os seguintes cuidados para evitar a contaminao pela gua ou outras impurezas: Colocar os tambores deitados sobre ripas de madeira a fim de evitar o contato direto com o

    solo;

    O ataque corrosivo s chapas de ao dos tambores traz srios danos aos lubrificantes;

    Escorar as extremidades da pilha de tambores por calos que impeam o seu movimento;

    Verificar regularmente o estado dos tambores quanto a vazamentos e sua identificao.

    Figura 5.4 Figura 5.5

    5.1.2 - Contaminao por Impurezas

    A presena de impurezas no lubrificante, tais como poeira, areia, fiapos etc., poder causar danoss mquinas e equipamentos. Alm da deteriorao do lubrificante, poder ocorrer obstruo datubulao do sistema de lubrificao grimpamento de vlvulas de sistemas hidrulicos e desgasteexcessivo devido presena de materiais abrasivos.

    A presena de contaminantes de qualquer espcie reduz sensivelmente o poder dieltrico de leoisolante. Com a contaminao, leos solveis podem perder suas caractersticas de miscibilidadecom a gua, alm da degradao da emulso.

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    Figura 5.6

    5. 1 . 3 - Contaminao com outros tipos de lubrificantes

    A mistura acidental de um lubrificante com outro tipo diferente pode vir a causar sriosinconvenientes. Se, por exemplo, um leo de alta viscosidade for contaminado com um de baixaviscosidade, a pelcula lubrificante formada pelo produto contaminado ser mais fina que aoriginal e, conseqentemente, haver maior desgaste.

    Os leos para sistemas de circulao, como os leos hidrulicos e de turbinas, se misturados comleos solveis, leos para motores ou leos para cilindros, alm da possibilidade de reao dosaditivos, perderiam suas caractersticas de separao de gua, ocasionando srios problemas para

    os equipamentos.Portanto, da maior importncia que se mantenha as marcas e identificaes originais dasembalagens dos lubrificantes conservadas e desobstrudas de sujeiras e de qualquer outra coisaque possa esconder ou dificultar a leitura das mesmas.

    Um engano desta natureza pode trazer conseqncias imprevisveis.

    5. 1 . 4 - Deteriorao devido extremos de temperaturas

    Extremos de temperatura podem deteriorar certos tipos de leos e graxas lubrificantes. Porexemplo, algumas graxas no devem ser armazenadas em locais quentes, pois o calor poder

    separar o leo do sabo inutilizando-as como lubrificantes. Os leos solveis contm umadeterminada percentagem de umidade, necessria para sua estabilidade. Quando armazenados emlocais quentes ou muito frios, esta umidade pode evaporar-se ou congelar-se, inutilizando oproduto.

    Portanto, o local de estocagem dos lubrificantes deve ser bem ventilado e separado de fontes decalor ou frio. Os lubrificantes podem deteriorar-se mesmo que a embalagem original ainda estejalacrada. O excesso de calor, alm de degradar o produto, pode trazer perigo segurana daempresa.

    5. 1 . 5 - Deteriorao devido a armazenagem prolongadaA maioria dos aditivos dos leos e graxas lubrificantes podem decompor-se quando submetidos aarmazenagem muito longa.

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    Isto ocorre quando os estoques novos so armazenados de maneira a impedir a movimentao doestoque antigo. Portanto, deve-se efetuar um cronograma de circulao dos produtos em estoque,certificando-se de que no ficaro estocados por muito tempo. Os produtos devem sempre serutilizados conforme os primeiros que chegaram.

    Figura 5.7 - Circulao de produtos em estoque.

    5. 1 . 6 - Contaminao com outros tipos de produtos

    A armazenagem dos lubrificantes deve ser sempre separada de outros produtos tais comosolventes, detergentes, tintas, leo de linhaa, etc. Se por engano forem colocados em umsistema de lubrificao, podem causar srios problemas aos equipamentos.

    Assim, deve-se organizar o almoxarifado de forma que no haja possibilidade de que ocorra estetipo de acidente, fazendo-se uma identificao especfica para cada tipo de produto.

    5.2 - DEPSITO DE LUBRIFICANTES

    A armazenagem deve ser feita tendo em vista as facilidades de carga e descarga e os pontos deconsumo da fbrica. O depsito de lubrificantes deve ser em local coberto, bem ventilado,afastado de fontes de contaminao e de calor excessivo e suficientemente amplo para permitira movimentao dos tambores e a guarda de todo o material e equipamento necessrio lubrificao.

    necessrio espao para a estocagem de recipientes cheios e no abertos e para os recipientesem uso, dos quais so retirados os lubrificantes para a distribuio para vrios pontos a seremaplicados. A armazenagem destes produtos pode ser num nico ambiente ou ambientes separados,convenientemente situados no interior de uma indstria. Em qualquer situao, sempre deve-seter um controle e organizao eficaz sobre os produtos armazenados e manipulados, para evitaruma contaminao ou confuso de tipos e assegurar a rotatividade do estoque.

    conveniente que haja uma sala de lubrificao separada do depsito ou almoxarifado delubrificantes a fim de facilitar o controle e o servio dos lubrificadores. Nesta sala deve-seguardar os produtos em uso e os equipamentos e dispositivos utilizados na sua aplicao. Tambm,deve ser o local para limpeza deste material, alm de servir de escritrio para o encarregado dalubrificao. Por isso, deve-se localizar a sala de lubrificao o mais prximo possvel das reas aserem servidas. Dependendo do tamanho da indstria ou do tipo de mquinas a seremlubrificadas, torna-se necessrio instalar armrios ou pequenas salas de lubrificao perto dasmquinas que necessitam dos mesmos. A no ser quando a necessidade de lubrificao podeafetar diretamente a qualidade de trabalho e o desempenho da mquina no se deve deixar ooperador da mquina efetuar a lubrificao. Em casos normais, deve-se ter um lubrificador

    especializado por mquina, setor ou departamento. muito importante que o acesso sala de lubrificao e aos equipamentos seja restrito apenasao pessoal responsvel. A manipulao e o controle de lubrificantes devem ficar a cargo de um

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    elemento que conhea as necessidades de lubrificao da fbrica. A distribuio dos produtosdeve ser feita de acordo com o plano de lubrificao da empresa. O controle deve ser baseadoem ordens de trabalho, relatrios dos lubrificadores, programao de servio, registros deconsumo e fichas de requisio. Com estes controles, pode-se fazer uma racionalizao doconsumo de lubrificantes, alm de se detectar eventuais problemas de manuteno.

    Alm dos equipamentos normais, o servio de lubrificao requer outros materiais que devemexistir na sala de lubrificao, tais como panos e trapos limpos (nunca se deve usar estopa oupanos que soltem fiapos), pinos graxeiros, vidros e copos de conta-gotas, recipientes limpos paracoleta de amostras de leo, ferramentas adequadas, etc.

    Figura 5.8

    O depsito e a sala de lubrificao devem possuir o piso firme para agentar a estocagem dostambores e devem ser de um material que no se quebre, solte ou absorva eventuais derrames deleo e que permita uma limpeza total. A limpeza do piso deve ser feita com lquidos de limpeza desecagem rpida, Nunca se deve usar serragem ou materiais semelhantes para secar o cho, pois

    alm do problema de segurana pode contaminar os lubrificantes.A fim de facilitar o controle e a identificao dos lubrificantes dentro do depsito, almoxarifadoou sala de lubrificao, importante armazen-los fazendo-se uma separao por tipos deaplicao (exemplo: leos de corte, leos hidrulicos, leos automotivos, graxas para rolamentos,etc.) e disp-los em ordem crescente de viscosidade ou consistncia.

    5.3 - ESTOCAGEM E MANIPULAO DE LUBRIFICANTES EM USO

    leo: Os tambores de leo em uso devem ser estocados deitados sobre estrados adequados, de

    forma que uma torneira especial instalada no bujo inferior possibilite a retirada do lubrificante.Estas torneiras devem ser instaladas com o tambor em p. A utilizao de um carrinho que pega otambor em p e coloca-o na posio horizontal facilita esta operao.

    Durante o perodo que no se retira leo dos tambores, as torneiras ou os bujes devempermanecer perfeitamente fechados e limpos, sendo que os pingos acidentais devem ser captadospor recipientes pendurados s torneiras ou por bandejas. Para dar maior segurana ao operadordurante o manuseio e facilitar a limpeza, conveniente instalar-se uma grade metlica sob astorneiras.

    Este tipo de torneira de fechamento rpido evita respingos de leo e permite tranc-la comcadeado.

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    Figura 5.9

    No caso dos tambores na posio vertical, recomenda-se a utilizao de uma bomba que pode sermanual, eltrica ou pneumtica. Estas bombas, que so instaladas no bujo de enchimento dotambor, permitem um bom controle da qualidade de leo retirado e reduzem ao mnimo o risco decontaminao.

    Entretanto deve-se tomar a precauo de ter-se uma bomba para cada tipo de produto pois,devido ser praticamente impossvel limp-las totalmente, a utilizao de uma s bomba emdiversos tipos de lubrificantes resultar em contaminao ou desperdcio.

    Figura 5.10

    Graxa: Devido sua consistncia, as graxas apresentam maiores dificuldades para manuseio,exigindo freqentemente a remoo da tampa dos tambores, o que pode causar contaminao doproduto com p, gua, cinza, etc.

    A esptula o mtodo mais comum de retirar graxa de um tambor e tambm a maior causa decontaminao da mesma. Condena-se o uso de pedaos de madeira ou outros objetos noapropriados, quando for necessrio o uso de esptulas, deve-se usar as de metal, tomando-secuidado de ter uma para cada tipo de graxa e de limp-las e proteg-las do p e da sujeira quandono esto em uso.

    Assim, recomenda-se a instalao de bombas especiais para se retirar graxa, o que possibilitamanter os recipientes fechados durante o uso. Existem bombas manuais e pneumticas que podemser instaladas diretamente no tambor. Acessrios especiais permitem transferir a graxa paraenchedoras de pistolas, engraxadoras portteis, pistolas manuais ou diretamente ao ponto a serlubrificado.

    Quando se faz necessrio usar a esptula para encher pistolas, enchedoras de pistolas ouequipamento porttil de engraxar, deve-se tomar o cuidado de evitar a formao de bolses de aratravs da compactao da graxa, pois prejudica a lubrificao quando so pressurizados.Tambm, indispensvel manter-se os tambores fechados e limpos quando fora de uso, alm dese conservar limpas as esptulas.

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    5.4 - OS CUIDADOS NA MOVIMENTAO DE LUBRIFICANTES

    A movimentao dos lubrificantes da sua embalagem original aos locais onde sero utilizados, degrande importncia. O controle das retiradas parciais e os cuidados na manipulao para se evitarcontaminao e confuso entre produtos distintos devem ser rigorosamente observados.

    A identificao do lubrificante dentro do almoxarifado ou da sala de lubrificantes defundamental importncia, pois se o nome do produto estiver ilegvel pode causar srios problemas

    quando da utilizao nos maquinrios, devido a uma troca do leo indicado. Os recipientesoriginais e os recipientes e equipamentos de transferncia e distribuio devem ter umamarcao que indique claramente o produto. Essa marcao deve ser de acordo com o seu nome ououtro cdigo qualquer que o identifique perfeitamente. Estes recipientes e equipamentos devemconter sempre o mesmo tipo de lubrificante a que foram destinados e nunca se deve utiliz-lospara outros fins.

    Figura 5.11

    Para se recolher o leo usado que retirado das mquinas, deve-se reservar um recipienteespecfico, devidamente marcado. Na hora da necessidade, a maioria dos operrios se utiliza de

    qualquer leo ou recipiente que esteja mo. Deve ser proibido o uso de vasilhames improvisados,tais como latas velhas de tintas, regadores, garrafas, panelas, etc.

    Portanto, alm do indispensvel treinamento e conscientizao do pessoal, necessrio criar-semeios e condies adequadas para se fazer funcionar um sistema de lubrificao eficiente.

    Os recipientes e equipamentos utilizados na lubrificao devem sempre ser meticulosamentelimpos aps cada utilizao, providos de tampas que impeam a entrada de poeira e outroscontaminantes e guardados em locais apropriados, de preferncia trancados.

    Todos os equipamentos utilizados na lubrificao devem ser de materiais resistentes corroso eno devem ser pintados internamente, pois a tinta tende a descascar e contaminar o produto.

    6 - RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO A GRANEL DE LEOSLUBRIFICANTES

    6.1 - RECEBIMENTO

    a) Verificar se o produto que est sendo entregue o mesmo do pedido e da nota fiscal;

    b) Verificar se os lacres do caminho esto intactos (no violados);c) Verificar se os freios do auto-tanque esto aplicados e suas rodas caladas;

    d) Abrir a boca de visita (ou de carregamento) e a vlvula de segurana da tubulao de sada;

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    e) Utilizar uma mangueira de descarga para cada tipo de leo lubrificante. Nunca usar asmangueiras de leos lubrificantes para descarga de outr