Apostila de manutenção guindastes e baleeiras

Embed Size (px)

Citation preview

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 1

    Apostila de inspeo e manuteno em

    guindastes

    Elaborao: Luiz Alexandria Tcnico industrial em

    maquinas navais

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 2

    Esta apostila tem contedo direcionado a todo pesso al envolvido na manuteno, operao e inspeo de guindastes. ndice: 1 Corroso Definio Conceitos bsicos de corroso Corroso eletroqumica Potencial de eletrodo Mecanismo bsico de Corroso Raes andicas e catdicas Polarizao Passivao Formas da corroso - Mtodo de controle 2 Ensaios no destrutivos - Inspeo visual - LP - Liquido penetrante (noes) - PM - Partculas magnticas (noes) 3 Inspeo em guindaste - Principais tipos de guindastes offshore - Descrio de componentes - Guindaste on-shore X guindaste off-shore A) Lana - Olhais e pinos de unio entre as sees - Olhais de ancoragem dos pendentes - Empenos em contraventamentos ou cordas - Pinos do p da lana B) Cabine - Forma de avaliao de componentes. - Guindaste onshore versus guindaste offshore - Descrio dos componentes de guindastes C) Pedestal - Parafusos do rolamento de giro - Aperto dos parafusos - Cuidados - Caractersticas de parafusos de fixao do rolame nto - Torque de aperto

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 3

    - Medio do rolamento de giro - Mesa de giro - Eixos dos roletes - Eixos de fixao dos suportes dos roletes - Medio das folgas dos roletes - Olhais do chassi para fixao dos suportes D) Chassi - Avaliao da estrutura - Avaliao das soldas - Realizao de ensaios no destrutivos. E) Cavalete - Avaliao da estrutura - Avaliao dos guarda corpos - avaliao de passadios F) Sistema de acionamento - Catraca sprag - Bombas, redutores e motores (hidrulicos) - Sistema do guindaste HR G ) Mangotes / Tubulaes - Avaliao, sintomas e causas provveis. H) Freios - Atuao em guindastes hidrulicos - Atuao em guindastes mecnicos I) Sistema de comando e controle - Mecanismo de comando (hidrulicos e pneumticos) - Indicador de ngulo da lana J) Sistema de indicao de carga - Avaliao de funcionamento - Desarme por sobre carga - Princpios de funcionamento K) Sistema de segurana - Desarme automtico da elevao de carga principal e auxiliar - Desarme automtico da elevao de lana L) Sistema de iamentos - Tambores - Quantidades mxima e mnima segundo norma N-1930 - Inspeo de ancoragens dos cabos aos tambores - Esforos de tracionamento M) Cabos de ao Norma N-2161

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 4

    - Definies - O que passo? - Tipos de tores - Critrio de descarte - Dimetro do cabo - Avaliao de fraturas dos arames - Arames partidos nos terminais - Defeitos - Inspeo eletromagntica - Manuteno em cabos de ao N) Acessrios de movimentao de carga Norma N-21 70 - Definies - Condies gerais de inspeo - Inspeo de Manilhas - Inspeo de Ganchos - Inspeo de Lingas e Acessrios - Critrios para substituio da linga em funo da quantidade de arames partidos - Inspeo do Olhal - Inspeo de soquete aberto ou fechado - Inspeo e montagem de soquetes\ cunha - Inspeo de Lingas de Correntes - Inspeo de Anis de Carga - Inspeo de Moites e Cadernais O) Pendentes - Utilizao de pendentes - Inspeo de pendentes - Formas de instalao e problemas possveis P) Roldanas - Uso de roldanas - Eficincia das roldanas - Inspeo de roldanas (Norma API RP 9B) Q) Lubrificao - Funo dos lubrificantes - Problemas ocasionados pela falta de lubrificantes - Descrio dos lubrificantes usados em guindastes - Precaes na lubrificao - Anlise de lubrificantes R) Metrologia (Paqumetro) - Definio - Princpio do Nnio - Sistema ingls (polegada ordinrio) - Processo de colocao de medidas - Processo de leitura de medidas

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 5

    As pessoas tm as mais diversas respostas para "O que corroso " . Alguns dizem que oxidao , outras dizem que um ataque qumico , enquanto alguns dizem que um fenmeno eltrico, a eletrlise . Cada uma dessas respostas parcialmente verdadeira. Excetuando alguns tipos no usuais de c orroso, como bacteriana ou por ataque qumico direto, pode-se dizer que a corroso , como normalmente encontrada numa tubulao metlica, , basicamente, um processo eletroqumico por natureza.

    Corroso a deteriorao de materiais metlicos ou no metlicos, ocasionada por ao qumica ou eletroqumica do meio ao qual est exposto, podendo estar associada a esforos mecnicos. Os materiais metlicos e no metlicos esto sujeitos corroso, porm mais comum ocorrer em materiais metlicos. Conceitos Bsicos de Corroso Oxidao e Reduo O processo corrosivo funo das reaes de xido- reduo, enquanto um elemento oxidado outro reduzido. Mas o que so as reaes de oxidao e de reduo? Oxidao a perda de eltrons e Reduo o gan ho de eltrons.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 6

    Para que uma substncia seja oxidada, perca eltrons, necessrio que outra substncia seja reduzida, ganhe o mesmo nmero de eltrons. Na reao: Fe + 2 H+ Fe 2+ + H2, podemos observar que o Ferro inicialmente tem nmero de oxidao igual a zero e o on Hidrognio tem nmero de oxidao +1 (lado esquerdo da equao) Fe0 + 2 H+. Na reao do Ferro com o on Hidrognio, o Ferro oxidado perdendo dois eltrons e ficando com nmero de oxidao +2 e os dois ons Hidrognio so reduzidos recebendo os dois eltrons perdidos pelo Ferro e ficando com nmero de oxidao zero (lado direito da equao) Fe2+ + (H2)0. Antigamente acreditava-se que a oxidao somente oc orria na presena de Oxignio, porm com a evoluo da qumica foi possvel verifi car que substncias podem ser oxidadas por outras substncias que no sejam o oxi gnio. Corroso Eletroqumica Muitas vezes ouvimos as pessoas falarem que um equipamento sofreu corroso, por que formou uma pilha. Isto se deve ao fato de que quando temos dois metais diferentes em contato e imersos em um meio condutor temos uma pilha eletroqumica e um dos metais sofrer corroso. a formao de uma pilha de corroso atravs da ce sso de eltrons de uma regio para outra. A espcie qumica que cede (perde) os eltrons sofre oxidao e o local aonde ocorre a oxidao (corroso) cham ado de anodo.

    Mfifififi M+n + ne- A espcie qumica que ganha os eltrons sofre reduo e o local aonde ocorre a reduo chamado de catodo.

    X + ne - fi fi fi fi X-n CLASSIFICAO Quanto extenso (em relao a cada rea inspecion ada) - Localizada - corroso em um ponto isolado na rea considerada na inspeo; - Generalizada - corroso em toda rea considerada na inspeo; - Dispersa - corroso em vrios pontos isolados na rea considerada na inspeo. Quanto forma - Uniforme - caracterizada por uma perda uniforme de material; - Alveolar - caracterizada por apresentar cavidades na superfcie metlica, possuindo fundo arredondado e profundidade geralmente menor que seu dimetro; - Pitiforme - caracterizada por cavidades apresentando fundo em forma angular e profundidade geralmente maior que o seu dimetro. Quanto intensidade Considerar apenas a forma alveolar. - Leve - alvolos que apresentam dimetro menor que 2 mm;

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 7

    - Mdia - alvolos que apresentam dimetro com valor compreendido entre 2 e 4 mm; - Severa - alvolos que apresentam dimetro maior que 4 mm. Formas de Corroso Os tipos de corroso podem ser classificados em fun o da morfologia ou do mecanismo.

    - Classificao em funo da morfologia Uniforme quando a corroso se processa de modo aproximada mente uniforme em toda a superfcie atacada. Esta forma comum em metais que no formam pelculas protetoras, como resultado do ataque; Por Placas quando os produtos de corroso formam-se em plac as que se desprendem progressivamente. comum em metais que formam pelcula inicialmente

    protetora mas que, ao se tornarem espessas, fraturam e perdem aderncia, expondo o metal a novo ataque;

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 8

    Alveolar quando o desgaste provocado pela corroso se d sob forma localizada, com o aspecto de crateras. freqente em metais formadores de pelculas semi protetoras ou quando se tem corroso sob depsito, como no caso da corro so por aerao diferencial; Por Pite ou Puntiforme quando o desgaste se d de forma muito localizada e de alta intensidade, geralmente com profundidade maior que o dimetro e bordos angulosos. A corroso por pite freqente em metais formadores de pelculas protetoras, em geral passivas, que, sob a ao de certos agentes agressi vos, so destrudas em pontos localizados, os quais se tornam ativos, possibilitando corroso muito intensa. A ASTM admite vrias formas de pites e alguns profissionais no fazem uso da classificao alveolar e por placas, chamando todas as trs de corroso por pites.

    Corroso alveolar

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 9

    Intergranular ocorre entre os gros da rede cristalina do material metlico, este perde suas propriedades mecnicas e se sujeito a esforos mecnicos poder fraturar, neste caso passa a ser classificada como corroso sob tenso fraturante CTF (Stress Corrosion Cracking SCC). Intragranular - ocorre nos gros da rede cristalina do material metlico, este perde suas propriedades mecnicas e se sujeito a esforos mecnicos poder fraturar, neste caso tambm passa a ser classificada como corroso sob tenso fraturante. Classificao em funo do mecanismo Eletroltica ou pilha eletroltica a corroso decorrente da perda de eltrons de um metal quando em contato com outro metal em meio mido. Galvnica o mesmo que corroso eletroqumica, porm dois m etais diferentes esto eletricamente conectados e imerso em um eletrlito.

    Intragranular

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 10

    Por aerao diferencial um tipo de corroso eletroqumica que ocorre e m funo de concentraes ou presses parciais diferentes de oxignio. Associada a solicitaes mecnicas: corroso sob te nso fraturante, sob fadiga, por atrito, por eroso. Seletiva Graftica e Desincificao ocorre a perda de um determinado elemento do material metlico. Empolamento ou fragilizao por Hidrognio no empolamento o Hidrognio atmico devido ao seu pequeno volume atmico penetr a o material e se aloja nas descontinuidades, ao se transformar em Hidrognio molecular aumenta de volume e exerce presso alongando as descontinuidades, dando o formato de bolhas. J na fragilizao ocorre perda de dutibilidade ocasionad a pela difuso do hidrognio atravs do material metlico. Mtodos de Controle da Corroso

    Considerando-se como entendidas as condies que ca usam corroso, as tcnicas empregadas para controle da corroso podem ser mais bem entendidas. Os trs mtodos bsicos para mitigao da corroso eletroltica de tubulaes so os seguintes:

    1. Isolamento Eltrico 2. Revestimentos 3. Proteo Catdica

    Isolamento Eltrico

    O primeiro passo bsico no controle da corroso o de isolar a tubulao de estruturas metlicas estranhas. Uma estrutura metlica estranha pode ser outras tubulaes, conduites eltricos, e provavelmente, a mais comum, ao de reforo concretado.

    Obviamente o isolamento eltrico no ir prevenir clulas de corroso localizadas na tubulao. O isolamento eltrico reduz o problema d e controle da corroso em relao aos efeitos do ambiente solo sobre a prpria tubula o.

    Revestimentos

    Os revestimentos normalmente tm a finalidade de formar um filme contnuo, constitudo de material isolante, sobre uma superfcie metlica que se pretende isolar. Um revestimento ser um meio efetivo de interrompimento de corroso se:

    1. O material de revestimento for um efetivo isolante eltrico. 2. Puder ser aplicado sem interrupes ou descontin uidades, e resistir ntegro durante o transporte, instalao e operao de ente rramento.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 11

    3. O revestimento prover inicialmente um filme quase perfeito e assim permanecer ao longo do tempo.

    Os revestimentos variam em qualidade quando inicialmente aplicados, e na resistncia durante o manuseio e instalao. As inspees de co ntrole de material, aplicao, fornecimento da tubulao e instalao afetam tanto a qualidade quanto o custo.

    Numa tubulao tipicamente bem revestida, a instala o completa deve ter uma eficincia de revestimento, melhor do que 99%.

    Proteo Catdica

    A proteo catdica, descrita numa forma bem simple s, o uso direto de eletricidade corrente de uma fonte externa, em oposio da corre nte de descarga da corroso de reas andicas que estaro naturalmente presentes. Quando um sistema de proteo catdica eficaz instalado, todas as partes da corrente coletada da estrutura protegida do eletrlito circunvizinho e toda a superfcie exp osta se tornam uma nica rea catdica - da o nome.

    A galvanizao tem um passado histrico no uso de r eduo da corroso em tubulaes. A galvanizao , com efeito, um sistem a de proteo catdica, utilizando o zinco, dispersado sobre a superfcie da tubulao, como material de anodo de sacrifcio.

    ENSAIOS NO DESTRUTIVOS Ensaios Visuais END - Esta a sigla que identifica um grupo de ensaios: os ensaios no destrutivos . Esses ensaios caracterizam-se por no deixar marcas no material ensaiado, Por isso podem ser realizados em produtos acabados, sem qualquer risco de inutiliz-los em conseqncia do ensaio. De olho no produto O ensaio visual dos metais foi o primeiro mtodo de ensaio no destrutivo aplicado pelo homem. , com certeza, o ensaio mais barato, usado em todo s os ramos da indstria. Assim, a inspeo visual exige definio clara e pr ecisa de critrios de aceitao e rejeio do produto que est sendo inspecionado. Requer ainda inspetores treinados e especializados, para cada tipo ou famlia de produtos. Um inspetor visual de chapas laminadas no poder inspecionar peas fundidas e vice-versa, sem prvio treinamento. Descontinuidades e defeitos importante que fiquem claros, os conceitos de des continuidade e defeito de peas. Esses termos so muito comuns na rea de ensaios no destrutivos. Para entend-los, vejamos um exemplo simples: um copo de vidro com pequenas bolhas de ar no interior de sua parede,

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 12

    formadas devido a imperfeies no processo de fabri cao, pode ser utilizado sem prejuzo para o usurio. Essas imperfeies so classificadas com o descontinuidades. Mas, caso essas mesmas bolhas aflorassem superfc ie do copo, de modo a permitir a passagem do lquido do interior para a parte externa, elas seriam classificadas como defeitos, pois impediriam o uso do copo.

    De modo geral, nos deparamos na indstria com inmeras variveis de processo que podem gerar imperfeies nos produtos. Essas imperfeies devem ser classificadas como des continuidades ou defeitos. Principal ferramenta do ensaio visual A principal ferramenta do ensaio visual so os olho s. O olho considerado um rgo pouco preciso. A vis o varia em cada um de ns, e mostra-se mais varivel ainda quando se comparam observaes visuais num grupo de pessoas. Para minimizar essas variveis, deve-se padronizar fatores como a luminosidade, a distncia ou o ngulo em que feita a observao. A iluso de tica outro problema na execuo dos ensaios visuais. Comprove isso observando as figuras abaixo e fazendo os testes a seguir.

    1) Quais traos so mais curtos: os da direita ou os da esquerda?

    2) Qual elipse maior: a de baixo ou a interna superior?

    Para eliminar esse problema, nos ensaios visuais, devemos utilizar instrumentos que permitam dimensionar as descontinuidades, por exemplo, uma escala graduada (rgua). Repita os testes usando uma rgua. Assim, voc chegar a concluses mais confiveis. A inspeo visual a olho nu afetada pela distnci a entre o olho do observador e o objeto examinado. A distncia recomendada para inspeo si tua-se em torno de 25 cm: abaixo desta medida, comeam a ocorrer distores na visualiza o do objeto. Existem outros fatores que podem influenciar na deteco de descontinuidades no ensaio visual.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 13

    Algumas verificaes podem deixar passar desaperceb idos problemas que podero causar danos maiores aos equipamentos e at mesmo risco de acidente. Exemplo: Fique atento Um fator de fracasso na inspeo visual a fadiga visual. Alm do treinamento, estes devem receber acompanhamento oftalmolgico. Ele se faz necessrio para o bom desempenho dos profissionais e deve ser realizado periodicamente, para garantir sua acuidade visual. Ajudando os nossos olhos Em certos tipos de inspees, por exemplo, na pared e interna de tubos de pequeno dimetro e em partes internas de peas, necessrio usar instrumentos pticos auxiliares, que complementam a funo do nosso olho. Os instrumento s pticos mais utilizados so: Lupas e microscpios; Espelhos e tuboscpios; Cmeras de tev em circuito fechado.

    Liquido penetrante Depois do ensaio visual, o ensaio por lquidos penetrantes o ensaio no destrutivo mais antigo. Ele teve incio nas oficinas de manuteno das estradas de ferro, em vrias partes do mundo. Somente em 1942, nos Estados Unidos, Roberto C. Switzer, aperfeioando o teste do leo e giz, desenvolveu a tcnica de lquidos penet rantes, pela necessidade que a indstria aeronutica americana tinha de testar as peas dos avies, que so at hoje fabricadas com ligas de metais no ferrosos, como a lumnio e titnio, e que, conseqentemente, no podem ser ensaiados por part culas magnticas. Agora que voc j est por dentro da histria deste importante ensaio, vamos conhecer a sua tcnica.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 14

    Descrio do ensaio Hoje em dia, o ensaio por lquidos penetrantes, alm de ser aplicado em peas de metais no ferroso s, tambm utilizado para outros tipos de materiais slidos, como metais ferrosos, cermicas vitrificadas, vidro s, plsticos e outros que no sejam porosos. Sua finalidade detectar descontinuidades abertas na superfcie das peas, como trincas, poros, dobras, que no sejam visvei s a olho nu. O ensaio consiste em aplicar um lquido penetrante sobre a superfcie a ser ensaiada. Aps remover o excesso d a superfcie, faz-se sair da descontinuidade o lquido penetrante retido, utilizando-se para isso um revelador. A imagem da descontinuidade, ou seja, o lquido penetrante contrastando com o revelador, fica ento visvel. Vamos agora conhecer as etapas deste ensaio: a) Preparao e limpeza da superfcie A limpeza da superfcie a ser ensaiada fundamental para a revelao precisa e confivel das descontinuidades porventura existentes na superfcie de ensaio. O objetivo da limpeza remover tinta, camadas protetoras, xidos, areia, graxa, leo, poeira ou qualquer resduo que impea o penetrante de entrar na descontinuidade.

    Para remover esses resduos sem contaminar a superfcie de ensaio utilizam-se solventes, desengraxantes ou outros meios apropriados.

    Liquido penetrante

    Exemplos do ensaio

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 15

    b) Aplicao do lquido penetrante consiste em apli car, por meio de pincel, imerso, pistola ou spray, um l quido, geralmente de cor vermelha ou fluorescente, capaz de penetrar nas descontinuidades depois de um determinado tempo em contato com a superfcie de ensaio. c) Remoo do excesso de penetrante Decorrido o tempo mnimo de penetrao, deve-se rem over o excesso de penetrante, de modo que a superfcie de ensaio fique totalmente isenta do lquido. Este deve ficar retido somente nas descontinuidades. Esta etapa do ensaio pode ser feita com um pano ou papel seco ou umedecido com solvente. Em outros casos, lava-se a pea com gua, secando-a posteriormente, ou aplica-se agente ps-emulsificvel, fazendo-se depois a lavagem com gua. Nota: Uma operao de limpeza deficiente pode mascarar o s resultados, revelando at descontinuidades inexistentes. d) Revelao Para revelar as descontinuidades, aplica-se o revelador, que nada mais do que um talco branco. Esse talco pode ser aplicado a seco ou misturado em algum lquido.

    Da mesma forma que na etapa de penetrao, aqui tam bm deve-se prever um tempo para a revelao, em funo do tipo da pea, do tip o de defeito a ser detectado e da temperatura ambiente. Geralmente faz-se uma inspe o logo no incio da secagem do revelador e outra quando a pea est totalmente seca. e) Inspeo No caso dos lquidos penetrantes visveis, a inspe o feita sob luz branca natural ou artificial. O revelador, aplicado superfcie de e nsaio, proporciona um fundo branco que contrasta com a indicao da descontinuidade, que g eralmente vermelha e brilhante. Para os lquidos penetrantes fluorescentes, as indicaes se tornam visveis em ambientes escuros, sob a presena de luz negra, e s e apresentam numa cor amarelo esverdeado, contra um fundo de contraste entre o violeta e o azul.

    Revelador

    Liquido penetrante sugado da descontinuidade

    O revelador atua como se fosse um mata-borro, sugando o penetrante das descontinuidades e revelando-as.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 16

    Registro de resultados. f) Limpeza

    Aps a inspeo da pea e a elaborao do relatrio de ensaio, ela deve ser devidamente limpa, removendo-se totalmente os resduos do ensaio; esses resduos podem prejudicar uma etapa posterior no processo de fabricao do produto ou at o seu prp rio uso, caso esteja acabado.

    Vantagens e limitaes Agora que voc j sabe onde pode aplicar o mtodo de inspeo por lquidos penetrantes e j conhece as etapas de execuo deste ensaio, vamos estudar suas vantagens e limitaes. Vantagens Podemos dizer que a principal vantagem deste mtodo sua simplicidade, pois fcil interpretar seus resultados. O treinamento simples e requer pouco tempo do operador. No h limitaes quanto ao tamanho, forma das pea s a serem ensaiadas, nem quanto ao tipo de material. O ensaio pode revelar descontinuidades extremamente finas, da ordem de 0,001 mm de largura, totalmente imperceptveis a olho nu. Limitaes O ensaio s detecta descontinuidades abertas e supe rficiais, j que o lquido tem de penetrar na descontinuidade. Por esta razo, a desc ontinuidade no pode estar preenchida com qualquer material estranho. A superfcie do material a ser examinada no pode s er porosa ou absorvente, j que no conseguiramos remover totalmente o excesso de penetrante, e isso iria mascarar os resultados.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 17

    O ensaio pode se tornar invivel em peas de geometria complicada, que necessitam de absoluta limpeza aps o ensaio, como o caso de peas para a indstria alimentcia, farmacutica ou hospitalar.

    RESUMO DA SEQNCIA DO ENSAIO

    Partculas magnticas

    Com certeza voc j observou uma bssola. J verificou que, ao gir-la, a agulha imantada flutuante mantm-se alinhada na direo norte-sul do globo terrestre? Deve ter observado tambm que, ao colocarmos um m sob um papelo e jogarmos limalha fina de ferro sobre esta superfcie, com ligeiras pancadas no papelo a limalha se alinha obedecendo a uma determinada orientao.

    Dica Hoje j existem no mercado kits que fornecem o produto de limpeza (solvente), o lquido penetrante e um revelador. Estes kits so de grande valia, pois facilitam muito a vida do inspetor. Mas devemos consultar as especificaes de ensaio para poder escolher o kit com os produtos mais adequados.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 18

    Limalha de ferro orientada Por que isto ocorre? Que foras invisveis, agem sobre esses materiais? Veremos nesta aula como feito o ensaio por partculas magnticas. Nesse ensaio, utilizamos essas foras invisveis, que tambm alinham as pa rtculas magnticas sobre as peas ensaiadas. Onde houver descontinuidades, a orienta o ser alterada, revelando-as. Ensaio por partculas magnticas O ensaio por partculas magnticas largamente utilizado nas indstrias para detectar descontinuidades superficiais e subsuperficiais, at aproximadamente 3 mm de profundidade, em materiais ferromagnticos. Para melhor compreender o ensaio, necessrio saber o que significam os termos a seguir: - campo magntico; - linhas de fora do campo magntico; - campo de fuga. Observe novamente a figura que mostra a limalha de ferro sobre o papelo. Chamamos de campo magntico a regio que circunda o m e est sob o efeito dessas foras invisveis, que so as foras magnticas.

    - O campo magntico pode ser representado por linhas chamadas linhas de induo magntica, linhas de fora do campo magntico, ou ainda, linhas de fluxo do campo magntico. - Em qualquer m, essas linhas saem do plo norte do m e caminham na direo do seu plo sul.

    Partculas magnticas

    Ferromagnticos - Nome dado aos materiais que so fortemente atrados pelo m, como ferro, nquel, cobalto e quase todos os tipos de ao.

    Ateno Nas linhas de fluxo do campo magntico no h transporte de qualquer tipo

    de material de um plo a outro.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 19

    Partculas magnticas nada mais so do que um substituto para a limalha de ferro. So constitudos de ps de ferro, xidos de ferro muito finos e, portanto, com propriedades magnticas semelhantes s do ferro. Embora chamadas de partculas magnticas, na realidade elas so partculas magnetizveis e no pequenos ms ou p de m. Agora voc deve estar pronto para conhecer o ensaio por partculas magnticas. Mtodo por YOKE

    Etapas para a execuo do ensaio 1. Preparao e limpeza da superfcie 2. Magnetizao da pea 3. Aplicao das partculas magnticas 4. Inspeo da pea e limpeza 5. Desmagnetizao da pea Vamos conhecer cada etapa detalhadamente: Preparao e limpeza da superfcie Em geral, o ensaio realizado em peas e produtos acabados, semi-acabados ou em uso. O objetivo dessa etapa remover sujeira, oxidao, c arepas, respingos ou incluses, graxas etc. da superfcie em exame. Essas impurezas prejudicam o ensaio, formando falsos campos de fuga ou contaminando as partculas e impedindo seu reaproveitamento. Os mtodos mais utilizados para a limpeza das peas so: - jato de areia ou granalha de ao; - escovas de ao; - solventes. Neste momento, temos a pea limpa e pronta para o e nsaio. Magnetizao da pea

    Carepa : camada de xidos formada nas superfcies da pea, em decorrncia de sua permanncia a temperaturas elevadas, na presena de oxignio.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 20

    Devido s dimenses, geometria variada das peas e necessidade de gerarmos campos magnticos ora longitudinais, ora transversais, foram desenvolvidos vrios mtodos de magnetizao das peas. Tcnicas de magnetizao Magnetizao por induo de campo magntico Neste c aso, as peas so colocadas dentro do campo magntico do equipamento, fazendo-se ento com que as linhas de fluxo atravessem a pea. As linhas de fluxo podem ser longitudinais ou circulares, dependendo do mtodo de magnetizao, que escolhido em funo do tipo de descontinuidade a verificar. No caso de guindastes, somente ser utilizado o mtodo por YOKE (via mida), sendo assim, abordaremos apenas este mtodo. Por yoke (yoke o nome dado ao equipamento) - Nesta tcnica, a magnetizao feita pela induo de um campo magntico, gerado por um e letrom em forma de .U. invertido que apoiado na pea a ser examinada. Quando este eletrom percorrido pela corrente eltrica (CC ou CA), gera-se na pea um campo magntico longitudinal entre as pernas do yoke.

    Tcnicas de ensaio

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 21

    Temos que garantir que o campo gerado tenha uma intensidade suficiente para que se formem os campos de fuga desejados. Existem vrias maneiras de verificar isto: com aparelhos medidores de campo magntico; aplicando o ensaio em peas com defeitos conhecidos ; utilizando-se padres normalizados com descontinuid ades conhecidas; no caso do yoke, ele deve gerar um campo magntico suficiente para levantar, no mnimo, 4,5 kgf em corrente alternada e 18,1 kgf em corrente contnua.

    Tcnica de varredura - Para garantir que toda a pea foi submetida ao c ampo magntico, efetuamos uma varredura magntica. 1 etapa Aplicao do campo longitudinal no cordo de sol da

    2 etapa Aplicao do campo transversal no cordo de sold a

    Aplicao das partculas magnticas

    As partculas magnticas so fornecidas na forma de p, em pasta ou ainda em p suspenso em lquido (concentrado). Podem ainda ser fornecida em diversas cores, para inspeo com luz branca, ou como partculas fluorescentes, para inspeo com luz neg ra. Portanto, os mtodos de ensaio podem ser classificados: a) Quanto forma de aplicao da partcula magntica:

    Posio dos plos do mesmo yoke

    Posio dos plos do yoke

    Esquema de varredura para ensaio com yoke

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 22

    - Via seca: p - Via mida: suspensa em lquido b) Quanto forma de inspeo: - Visveis: luz branca - Fluorescentes: luz negra Via seca - As partculas magnticas para esta finalidade no requerem preparao prvia. So aplicadas diretamente sobre a superfcie magnetizada da pea, por aplicadores de p manuais ou bombas de pulverizao . As partculas podem ser recuperadas, desde que a pea ensaiada permita que elas sejam recolhidas isentas de contaminao. Via mida - Neste mtodo, as partculas possuem granulometria muito fina, o que permite detectar descontinuidades muito pequenas. As partculas so fornecidas pelos fabricantes na forma de p ou em suspenso (concent rada) em lquido. Para a aplicao, devem ser preparadas adequadamente, segu ndo norma especfica (so diludas em lquido, que pode ser gua, querosene ou leo leve). Para verificar a concentrao das partculas no lq uido: coloca-se 100 ml da suspenso num tubo padro gradu ado; depois de 30 minutos, verifica-se o volume de partculas que se depositaram no fundo.

    A aplicao realizada na forma de chuveiros de ba ixa presso, borrifadores manuais ou simplesmente derramando-se a mistura sobre as peas. Para melhor visualizar as partculas magnticas, podemos aplicar previamente sobre a superfcie da pea um contraste, que uma tinta branca na forma de spray. As partculas magnticas (via seca e via mida) so fornecidas em diversas cores, para facilitar a visualizao das descontinuidades na pe a ensaiada.

    Os valores recomendados so: 1,2 a 2,4 ml para inspeo por via mida visvel em luz branca; 0,1 a 0,7 ml para inspeo por via mida visvel em luz negra.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 23

    Inspeo da pea e limpeza Esta etapa realizada imediatamente aps ou junto com a etapa anterior. Aplicam-se as partculas magnticas e efetua-se, em seguida, a observao e avaliao das indicaes. Feita a inspeo, registram-se os resultados e promove-se a limpeza da pea, reaproveitando-se as partculas, se possvel. Se a pea apresentar magnetismo residual, dever ser desmagnetizada. Resultados do ensaio Desmagnetizao da pea A desmagnetizao feita em materiais que retm parte do magnetismo, depois que se interrompe a fora magnetizante. Nota: Percebe-se que h vrias opes para realizar o ensaio no destrutivo. Cabe ao tcnico escolher a melhor opo que se adapte s ca ractersticas da pea.

    INSPEO EM GUINDASTES

    Trinca entre dois furos detectada com partculas magnticas via seca,

    Indicaes de trincas sobre a solda, detectadas com p magntico via seca

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 24

    Principais tipos de guindastes offshore

    Guindaste onshore X guindaste offshore

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 25

    Descrio dos componentes de guindastes

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 26

    Inspeo e manuteno Os componentes, em qualquer equipamento, ficam sujeitos ao desgaste, deteriorao ou dano, o que limitam sua vida til. Quando novas todas as peas foram confeccionadas com resistncia adicional contra condies desconhecidas e uma razovel perda de resistncia devido a sua gradual deteriorao. Contudo, se a manuteno e lubrificao forem negligenciadas, est as peas podem eventualmente atingir uma condio em que criem um risco de acide nte de segurana. Falha em manter os ajustes corretos dos vrios mecanismos, a fim de assegurar um desempenho adequado do guindaste, pode vir a criar tambm um risco de acidente de segurana. Os ajustes hidrulicos da vlvula de alvio nunca devero exceder a presso especificada sem o consentimento do fabricante. O reajuste, quando necessrio, dever ser executado por um tcnico qualificado e competente. Uma programao regular de inspeo e manuteno pr eventiva dever ser estabelecida de forma que quaisquer problemas aparentes sejam descobertos e corrigidos antes que um dano maior ocorra ao guindaste. Face as grande variao de uso e condies ambientais torna-se necessrio uma inspeo peridica em todos os guindastes, alm do bom conhecimento por parte dos executantes.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 27

    Lana

    Estrutura de ao temperado e revenido (T1) em que u ma de suas extremidades encontra-se fixada ao chassi da mquina por meio de articulaes com pinos e mancais planos (5750) ou pinos e rtulas (5750 R). A outra extremidade sustentada por cabos de ao de comprimento fixo (pendentes) instalados e m srie com um cabo de ao de comprimento varivel que, operando em conjunto, permitem a alterao do ngulo de posicionamento da lana. A lana suporta os cabos d e ao principal e auxiliar, responsveis pela sustentao direta da carga a ser movimentada. fabricada em mdulos (sees) que permitam a alterao do seu co mprimento total, utilizando-se perfis tubulares de seo circular.

    Inspeo da lana A lana deve ser verificada quanto a presena de tr incas, deformaes, desgaste e desalinhamentos nas cordas, contraventamentos e demais elementos estruturais. As irregularidades detectadas devem ser registradas e encaminhadas para anlise. Olhais e pinos de unio entre as sees Devem ser verificados quanto a presena de deforma es e trincas em seu corpo e nas respectivas soldas de fixao. Ateno especial dev e ser dada aos olhais fundidos devido a maior probabilidade de apresentarem problemas. Os guindastes HRs possuem olhais fundidos, o Tema Terra 380 L , os Liebherr (GOS) e o American 5750 possuem olhais laminado. A avaliao da integridade dos olhais de unio das lanas dos guindastes depende muito do conhecimento a respeito de corroso e os c onceitos determinados pelo fabricante. Alguns fabricantes determinam as folgas mximas admissveis entre os olhais e os pinos.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 28

    Um outro aspecto que deve ser avaliado se os pinos esto devidamente encostados na estrutura da lana, pois muitas das vezes o mesm o tende a deslocar para fora forando o contrapino de fixao que por sua vez po de acabar sendo cizalhado. Olhais de ancoragem dos pendentes Somente o 5750 e o Liebherr (GOS) possuem na lana olhais para fixao dos pendentes. No 5750 os olhais, fixados por solda na seo Ponta da lana, so confeccionados com chapas de ao. No (GOS) tambm fixados por solda na seo ponta da lana, no foram detectados problemas relevantes. Os pendentes do HR e do 380 L so fixados em eixos localizados na ponta da lana. Os elementos de ancoragem dos pendentes nos eixos que devem ento ser verificados quanto a sua integridade. Empenos em contraventamentos ou cordas Todos os empenos, ou amassamentos em componentes da lana devem ser descritos nos relatrios, pois estes danos podem reduzir sign ificativamente a resistncia estrutural da lana. A existncia eventual de um empeno deve ser inicialmente verificada a partir do p da lana e tomando-se por base a direo das cordas pr incipais. Deves-se observar as quatro cordas individualmente afim de se detectar o sentido do mesmo. Uma vez constatado, seu dimensionamento dever ser realizado medindo-se as flechas decorrentes com o auxilio de uma linha fixada entre dois pontos escolhidos; as flechas medidas devem referidas distancia entre 2 pontos.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 29

    No se deve esperar que os empenos eventuais sejam provenientes do servio normal, e sim, uma conseqncia de um possvel choque da lana com alguma estrutura ou o resultado de uma operao irregular. Amassamentos nas cordas e contraventamentos devem ser investigados ao longo de toda lana, principalmente na regio correspondente aos batentes. Os danos localizados nas cordas principais devem ser mencionados de modo a fornecer informaes completas para avaliaes complementare s. Deve-se tambm verificar se houve danos nos componentes adjacentes regio do elemento danificado. Como exemplo, pode-se citar o aparecimento de trincas na solda de fixao do contraventamento corda principal como resultado d e uma acentuada deformao do contraventamento; nestas situaes fundamental a utilizao de ensaio no destrutivo para avaliar corretamente a extenso das avarias. Pinos do p da lana Devido aos grandes esforos de compresso atuantes no p da lana, estes componentes devem ser avaliados periodicamente. Existem casos de alguns modelos de guindastes que apresentaram ruptura dos parafusos de travamento dos pinos em questo. Tal fato ocorre devido os esforos citados tenderem a intensificar a interferncia (atrito) entre os pinos e buchas, percebe-se uma determinada tendncia dos referidos pinos acompanharem o movimento de rotao da lana em servio, o que por sua vez causa danos no prprio pino /bucha e em alguns dos seus elementos de travamento. O rompimento de algum dos elementos de travamento do pino sujeita-o a rotao em conjunto com a lana e pode provocar o seu deslocam ento axial parcial ou total, eliminando assim a fixao da lana ao chassi, com conseqncias desastrosas.

    Cabine

    P da lana empenado.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 30

    Nome genrico atribudo parte da estrutura, local izada sobre o chassi do guindaste, onde normalmente esto localizados e abrigados o po sto de comando do operador e a casa de mquinas que contm o sistema de acionamento. A inspeo da cabine pode em muitos casos fazer com que o inspetor creia que um item muito simples a ser avaliado, contudo, existem pontos importantes a serem considerados neste componente: a) O estado da chaparia deve ser avaliado considerando o estado de corroso e a segurana do operador. b) A existncia da tabela de carga deve ser avaliada, atentando-se para que a tabela existente seja compatvel com a configurao da lan a instalada. c) O estado dos guarda corpos e pisos devem ser registrados em relatrio, quando for o caso. Entretanto, vale lembrar que em caso de corroso que comprometa estes componentes, mesmo que parcialmente, deve-se enfatizar essa condio no relatrio emitindo recomendao se necessrio.

    Pedestal a estrutura tubular sobre a qual o guindaste instalado. Em determinadas Unidades, o pedestal pode ter fun es adicionais alm da funo estrutural de suportao do guindaste como, por exemplo, armazenamento de produtos inflamveis. Assim sendo, necessrio identificar com clareza as funes exercidas pelo componente para que sejam utilizados, os documentos normativos corretos. Parafusos do rolamento de giro

    Base de fixao do guarda corpo danificada Barra vertical do guarda corpo rompida.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 31

    So elementos diretamente responsveis pela fixao do guindaste ao pedestal. Alguns guindastes possuem mesa de giro com roletes. Como o American 9750. So os elementos responsveis pela fixao guindast e ao pedestal. No caso de mesa de giro com roletes, fixam a mesa ao pedestal e, no caso de rolamento de giro fechado promovem as fixaes rolamento-cabine e rolament o-pedestal. Caracterstica: Normalmente fabricados segundo as especificaes AS TM A 490 ou ABNT 10.9 (NBR 8855) equivalente. So componentes de alta resistncia, temperados e revinidos, com rosca rolada, que devem ter obrigatoriamente sua especificao e identificao do fabricante estampados na cabea. Quando em servio normal, esto sujeitos ao apareci mento de descontinuidades capazes de compromet-los seriamente devido aos seguintes fatores: A) Elevado tempo de operao B) grandes variaes dos esforos atuantes C) Descontrole da periodicidade e valores inadequados dos torques aplicados. Principalmente no caso de parafusos novos, outros dois fatores devem ser considerados: 1) A existncia de empenos com valores superiores aqueles permitidos pela norma ANSI B 18.2.1, que durante o torqueamento podem induzir esforos elevados de flaxao e causar ento a ruptura do parafuso. 2) A existncia de hidrognio residual originrio de processo eletroltico de tratamento superificil (cadmiao, galvanizao), que fragiliz a o parafuso e pode provocar sua ruptura em servio. Aperto dos parafusos - Os parafusos devem ser apertados (torqueados ou tensionados) em sentido oposto (180) at alcanar a pr-carga determinada para cada parafuso e pelas indicaes do fabricante. - A presso superficial sob a cabea do parafuso, r espectivamente porca, no deve superar o valor limite admissvel. Se isto se der, devero usar-se arruelas. - O comprimento mnimo do parafuso deve ser respeitado. - A determinao do momento de aperto no depende s omente da qualidade dos parafusos como tambm do atrito na rosca e na superfcie da cabea do parafuso. - Roscas no lubrificadas exigem momento de aperto menor, razo pela qual os valores podem oscilar grandemente. Cuidados:

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 32

    - No devem ser efetuados trabalhos de solda perto do rolamento de giro, para evitar possvel deformao causada pelo calor. Deve-se tam bm evitar a passagem de corrente eltrica (decorrente de soldagem) pelo corpo do rolamento para no haver danos permanentes na pista. Ex: No caso de soldagem no cavalete o aterramento dever ser feito prximo ao cavalete, evitando a abertura de arco eltrico nos rolos e esferas do rolamento de giro. - A zona no temperada das pistas do rolamento de g iro entre o inicio e o fim da operao da tmpera da pista marcada com um S, gravado no dimetro interno e no externo de cada anel. O ponto sem tmpera S do anel de carga deve estar situado fora da zona da carga principal, durante a instala o do memso. Ex: O lado do rolamento de giro onde est as marcas S deve estar voltada 90 da regio de maior trabalho do guindaste.

    Torque de aperto O torque de aperto recomendado pelo fabricante deve ser periodicamente verificado e poder ser avaliado de acordo com a seguinte expresso :

    T = Torque do aperto em Kgf.m aplicado com torqumetro d = dimetro nominal do parafuso em mm Fi = Fora de trao inicial em Kgf C = Coeficiente determinado experimentalmente que depende do coeficiente de atrito entre as superfcies em contato. Fatores como

    material, acabamento, tratamento superficial e lubrificao interferem diretamente nos valores obtidos.

    Marca S

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 33

    Obs 1: Segundo Faires, o valor de Fi no deve criar no par afuso uma tenso maior do que 75 % do seu limite de escoamento (real ou teri co). Obs 2: Alguns fabricantes de guindastes recomendam que a tenso de pr-carga do parafuso seja igual a 70 % deste limite. Nota : As duas observaes acima so aplicveis quando se utiliza o torqumetro para obteno da carga de pr-tenso. Inspeo dos parafusos do rolamento de giro Visualmente, sem desmontagem, possvel perceber eventuais perdas de pr-tenso (afrouxamentos) dos parafusos pela ruptura da pelcula de tinta que recobre a cabea/porca e a superfcie de apoio. A presena de trincas na referida pelcula um indcio significativo da ocorrncia indevida de movimento relativo entre as duas regies devendo, portanto, ser investigada. Para possibilitar a rastreabilidade da inspeo, s o necessrias as seguintes informaes no RDO da contratada, na ocasio do ret orqueamento dos parafusos: - Valor do torque e condio na qual foi aplicado (a seco ou lubrificado); - A fonte de informao do valor do torque (manual do fabricante, recomendao tcnica da inspeo, etc.); - Descrio dos parafusos: (dimetro; classe de res istncia; revestimento; comprimento; quantidade). - Hormetro total do guindaste; - Se houve remoo de algum parafuso durante o reto rqueamento; - Se algum parafuso aceitou o torque, ou seja, se o mesmo girou no momento do retorqueamento; - Alm de outras indicaes que o executante consid erar relevante. As regies preferencialmente de ocorrncia de falhas por fadiga so aquelas em que existe uma mudana da seo transversal, como a reg io de juno da cabea com o corpo do parafuso, a regio de transio da parte l isa para a parte roscada e a seo imediatamente no interior da porca.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 34

    Medio do rolamento de giro 1 - Uma forma de avaliar a integridade interna do rolamento de giro examinar a graxa interna que expulsa do interior do rolamento de giro, quando se coloca graxa nova atravs dos pinos graxeiros. A presena de limalha metlica na graxa indicar anormalidade. A lubrificao deve ser feita aplicando-se graxa no va e expulsando a graxa contaminada do interior do rolamento. A operao do guindaste c om graxa contaminada tende a reduzir a vida til do rolamento de giro. 2 - Com o auxilio de um relgio comparador, preso a uma base magntica, coloca-se em contato o apalpador do relgio com a regio infe rior do rolamento de giro e efetua-se um giro de 360 graus com o guindaste, avaliado-se e registrando o indicado no relgio. OBS: importante lembrar que os valores a serem in dicados so => a soma entre as indicaes horria e anti-horria do relgio comparador. 3 - Outro mtodo que tambm usado como auxilio para a avaliao interna do rolamento de giro a medio da distancia do pinh o de giro at o patamar, localizado imediatamente do mesmo. Medio de folga do rolamento de giro com relgio c omparador A medio da folga interna do rolamento somente dev er ser realizada aps se adquirir a certeza de que o guindaste se encontra em uma condio de desequilbrio sobre o pedestal. Esta condio necessria permitir a deteco da inclinao do anel externo do rolamento decorrente das folgas internas. As medies realizadas com o guindaste "equilibrado " sobre o pedestal no tero qualquer utilidade para avaliao do desgaste inter no.

    Visualmente, tambm possvel detectar a alterao do passo da rosca, devido a um alongamento significativo, utilizando -se um pente de rosca ou mesmo um macho para roscar.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 35

    Para proceder a medio, utiliza-se correntemente u m conjunto composto de base magntica (fixada no pedestal) e relgio comparador (apalpador em contato com o anel superior do rolamento), posicionados conforme indicado nas fotos a seguir. Em seguida, zera-se o ponteiro do relgio e executa-se um giro completo no guindaste ou o que for possvel (no mnimo 180 graus), fazendo-se a leitura da variao ocorrida no relgio comparador. As leituras devem ser realizadas em, pelo menos, 6 (seis) pontos diferentes em torno do pedestal.

    Para que o controle da evoluo do desgaste seja co nfivel, necessrio que as folgas internas do rolamento, logo aps a s ua instalao, sejam dimensionadas. As medies posteriores, com a mesm a configurao e posicionamento da lana, detectaro os eventuais ac rscimos das folgas, que podero ser comparados com os valores admissve is estabelecidos pelos fabricantes para cada tipo e dimenso de rola mento. A anlise dos dados obtidos em vrias medies consecutivas, aliada s verificaes peridicas da contaminao, por partculas metlicas, da graxa do rolamento, podero subsidiar a deciso sobre a necessidade de desmontagem e abertura do rolamento de giro por ocasio de uma grande interveno de in speo/ manuteno. Mesa de giro Deve ser verificada quanto existncia de deforma es uniformes causadas por compresso na superfcie de contato com os roletes de ao e reao, deformao localizada (mossas) gerada pela ao de cargas din micas. Estas deformaes eventualmente existentes na mesa podem indicar ou impedir a correta regulagem das folgas dos roletes de reao, criando assim a instabilidade de toda a cabine e aumentando tambm a probabilidade de impacto do rolete de reao com a mesa. Conjunto dos suportes de roletes

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 36

    Suportes: Componentes estruturais fabricados em ao fundido, e existentes apenas no modelo original com mesa de giro, so responsveis pela ligao mecnica do guindaste com o pedestal. Devido sua funo estrutural e forma geomtrica c omplexa, devem ser desmontados periodicamente para realizao de END, visando-se a deteco de descontinuidades nucleadas em servio, a partir de regies concentra doras de tenso ou de regies portadoras de defeitos de fabricao. Deformaes por compresso superficial tambm devem ser investigadas, principalmente nas partes internas das furaes dos vrios olhais existentes pois, sua presena altera as dimenses originais (dimetros) das furaes e criam assim folgas adicionais nocivas operao do conjunto.

    Eixos dos roletes: Suportam os roletes de giro e atuam tambm como pista interna dos rolamentos de rolos cilndricos instalados no interior dos roletes. Devido a estas caractersticas operacionais esto sujeitos fadig a de um modo semelhante ao observado em rolamentos convencionais. A ocorrncia de fadiga, na regio de contato com os rolos cilndricos, ir se apresentar sob a forma de um descascamento de material da superfcie. O exame visual e a aplicao de END tambm esto in dicados, respectivamente, para a deteco de deformaes por flexo/compresso e da presena de trincas. Eixos de fixao dos suportes: So responsveis pela fixao dos suportes ao chass i do guindaste. Aps desmontagem, devem ser inspecion ados de modo semelhante ao utilizado para os eixos de roletes.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 37

    Olhais do chassi para fixao dos suportes: Tambm esto sujeitos eventuais alteraes dos dimetros das furaes, devido s de formaes superficiais, por compresso, que podem ocorrer no interior dos furos , permitindo mais uma vez, o aparecimento de folgas adicionais nocivas opera o do conjunto. Todas as folgas existentes entre os eixos e os olhais do conjunto, quando somadas, podero atingir valores bem superiores queles admi tidos para a folga ajustvel entre a mesa e os roletes de reao (~ 0,5 mm). Esta condi o, em funo da severidade, poder vir a provocar instabilidade no equilbrio do guindaste quando em operao, bem como o aparecimento de cargas de choque que tender o a solicitar o conjunto de forma mais severa e aumentar, ainda mais, as folgas indesejveis. Obs : A ruptura, em operao, dos suportes de roletes tra seiros causou, em PCH-2 (1984), a queda ao mar do guindaste instalado no m dulo 7. Medio das folgas dos roletes As folgas dos roletes devem ser realizadas da segui nte maneira: 1 Lana posicionada a 45 graus e voltada para 4 p ontos eqidistantes da plataforma (ex: BB/ BE/ Popa e Proa) 2 Roletes de reao dianteiros numerados da esque rda para direita. 3 Roletes de reao traseiros numerados da direit a para esquerda. 4 Valores em (mm) 5 Com a lana posicionada no primeiro ponto faz-s e a medio de todos os roletes de reao, em seguida posiciona a lana no segundo pon to, efetua-se a medio e assim sucessivamente. 6 Todos os valores devem ser registrados e por co mparao pode-se determinar se ainda existe possibilidade regulagem dos referidos roletes. Concluso: O fabricante AMERICAN recomenda que a folga ideal entre os roletes de reao e a mesa de giro seja de 0,25 a 0,30 mm (par a guindastes American 9750). Olhais do chassi para fixao dos suportes Apresentam a possibilidade de alterao dos dimetr os das furaes devido s deformaes superficiais por compresso que podem o correr no interior dos furos, fazendo surgir mais uma vez folgas nocivas a opera o do conjunto. Assim como os olhais dos suportes dos roletes devem ser feitas medies para avaliar estas folgas. Com o auxilio de calibres de laminas pode-se efetuar a verificao do nvel de folgas existentes. Basta posicionar o guindaste em ponto de equilbrio (com a lana aproximadamente em 45 graus) e posteriormente introduzir tantas laminas quanto necessrio para se terminar a folga existente.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 38

    Todas as folgas existentes entre eixos e olhais, quando somadas, podero atingir valores bem superiores 1queles admitidos para a fo lga ajustvel existente entre a mesa de giro e os roletes de reao. Este fato caus ar uma instabilidade no equilbrio do guindaste quando em operao bem como o aparecim ento de cargas de choque que tendero a aumentar ainda mais as folgas desejveis e solicitaro de forma mais severa o conjunto mesa / suportes.

    Chassi a plataforma instalada sobre a mesa ou rolamento de giro, onde encontram-se fixados todos os componentes estruturais e de acionamento do guindaste. O chassi deve ser avaliado com relao a existncia de trincas. Os olhais do chassi so reas que recebem ateno m aior, contudo, alguns guindastes apresentam indicaes nas soldas inferiores do chassi, como o caso dos guindastes American 9750 e o American 5750 (modelo antigo). A inspeo visual d essas regies deve proceder de forma minuciosa e detalhada nas soldas, atentando para escamaes na pelcula de tinta ou indicaes lineares de rachaduras. Tais condies so primordiais para se determinar a necessidade de recomendar um ensaio no destrutivos (LP ou PM) par a avaliar a integridade da regio. Olhais para fixao da lana

    Trinca em ensaio de PM

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 39

    So componentes fabricados em ao fundido, soldados no chassi do guindaste, possuidores de olhais duplos de cada lado, com furaes para instalao da lana por meio de articulaes com pinos e mancais planos (57 50) ou pinos e rtulas (5750 R).

    Cavalete Nome dado estrutura instalada na parte traseira d o guindaste destinada a suportar, atravs de cabos de ao, a estrutura da lana. - Durante a inspeo do cavalete deve-se avaliar to da a integridade do mesmo: Os olhais e pinos quanto a desgastes e corroso; A est rutura quanto a corroso; a existncia de empenos e trincas. - A inspeo deste componente deve ser realizada vi sando determinar o estado do cavalete seus passadios e g uarda corpos. No caso dos passadios e guarda corpos, cas o os mesmos apresentem irregularidades que dificultem, impeam ou coloque em risco as pessoas que acessam os mesmos, deve-se enfatizar o estado do mesmo no relatrio e efetuar as recomendaes necessrias. - Deve-se verificar o estado dos pinos e olhais de fixao das hastes ou contraventamentos dos cavaletes. A corroso nesses componentes, associada a solicitaes de tra o pode provocar fadiga e conseqentemente a ruptura dos me smos.

    Sistema de acionamento Catraca sprag Nome dado a embreagem corredia tipo freio de recuo . Instalada na arvore de comando do movimento da lana do guindaste 9750 e no Tema T erra 380 L.

    Guarda corpo empenado Ausncia de guarda corpo

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 40

    - No 9750 recomendvel por garantir que o movimento de descida da lana ocorra motorizado, ou seja, controlado pelo trem de engrenagem. A correta atuao do componente depende diretamente da sua lubrificao, que feita com um leo prprio do sistema (antigamente usava-se uma mistura de le o e querosene). - No guindaste 380 L o componente responsvel por impedir o retorno dos tambores de cabos depois de cessado o comando de iamento. D evido a sua construo peculiar, est sujeita a intensos esforos de compresso nas superfcies em contato, devendo possuir nestes locais elevadas durezas superficial bem como um ncleo mais macio e resistente de modo a evitar a ocorrncia de deformaes ou rupturas que venham provocar a falha do componente em servio. - o nome dado embreagem corredia tipo freio de recuo (roda livre ) instalada na rvore de comando do movimento de descida da lana. Definio da empresa Renold: um dispositivo que possui uma pista interna e out ra externa, sendo que ambas podem assumir a funo de membro de entrada ou membro de sada. O membro de entrada pode ser configurado, na sua instalao, para conduzir o membro de sada em uma direo escolhida e ainda permitir que o membro de sada assuma velocidades maiores que o membro de entrada.

    Em se tratando do sistema de acionamento da descida da lana, o dispositivo em questo responsvel por garantir que este movimento de descida ocorra de modo motorizado, ou seja, controlado pelo trem de engrenagens. A correta atuao do componente depende diretamente da sua lubrificao, realizada por lubrificante especfico contido em um pequeno recipiente localizado na extremidade do eixo de comando. A falha do dispositivo seria caracterizada pela possibilidade de haver movimento relativo entre as duas pistas em qualquer dos dois sentidos e no mais em apenas um deles. No caso do sistema da lana, a falha deste componente provocaria a descida descontrolada da lana devido quebra do acoplam ento que havia entre o eixo de comando e o trem de engrenagens.

    American 9750 Catraca sprag do guincho Braden

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 41

    Conforme descrito no manual de operao do guindast e, o fabricante recomenda que, a cada 5000 horas de operao, a embreagem Sprag seja substituda. O componente retirado de servio deve ser enviado ao fabricante para avaliao.

    Bombas, redutores e motores (hidrulicos) So componentes que no so desmontados para avalia o. As principais verificaes que devem ser feitas para garantir sua integridade so: - Fazer anlise peridica do leo interno de lubrif icao; - Avaliar quando a rudos irregulares; - Checar a presso de trabalho, se est dentro das recomendaes do fabricante; - Checar quanto a vazamentos. - Checar quanto a periodicidade de desmontagem para avaliao de componentes internos, conforme determinao do fabricante. - Verificar registros de exame ferrogrfico do leo lubrificante da caixa de engrenagens e dos redutores dos conjuntos de giro Os redutores hidrulicos so formados por conjuntos de planetrias que multiplicam a forca do sistema hidrulico possibilitando o deslocamento dos tambores com esforos mnimos.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 42

    Muitos guinchos so acionados por unidades de motor es hidrulicas individuais, consistindo dos seguintes componentes principais, com o guindaste SEATRAX: Motores Hidrulicos de baixo torque, alta velocidade, quer do tipo Engrenagem, Palheta ou Pisto Axial dependendo dos modelos do guincho e guindaste. Conectado porta de entrada de cada Motor Hidrulico est uma mola Prova de Falhas com presso liberada diretamente pela Vlvula de Freio Dinmica . Engrenagem Redutora Planetria conectando o Motor Hidrulico ao eixo do tambor. Uma pea slida, Eixo do Tambor apoiado em ambos os lados por Rolamentos Anti-Frico e acionando o Tambor do Guincho atravs de uma conexo de chaveta endurecida. Mola " Prova de Falhas" aplicada, com presso liberada pelo Freio de Estacionamento Esttico atuando diretamente sobre o Tambor do Guincho. Grande parte dos guindastes utilizam sistemas hidrulicos do tipo Circuito Completo Aberto . Os redutores hidrulicos so utilizados em grande parte dos guindastes off-shore. Sendo usados nos guinchos de cargas e lana;

    Guincho Braden

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 43

    Nos redutores de giro; Nota: Estes redutores trabalham com sistema de planetria em seu interior, possibilitando o baixo esforo para movimentao da lana, das cargas e do giro dos guindastes. Mangotes / Tubulaes (Hidrulicas) Deve ser assegurado cuidadosamente que as mangueiras e as conexes fiquem protegidas em relao as condies ambientais a que sero expostas. Fatores ambientais como raio ultravioleta, oznio, gua salgada, insetos e matrias radioativos causam degradao e falha prematura. A avaliao detalhada das mangueiras deve ser efetu ada em intervalos de trs meses. Em casos de falha: 1 Sintoma: O tubo interno da mangueira muito duro e rachou. Causa: O calor tende a lixvia os plastificantes para fora do tubo. Este um material que d mangueira a sua flexibilidade ou plasticidade. O leo arejado faz ocorrer oxidao do tubo. Esta reao do oxignio num produto de borracha far com que ele endurea. Qualquer combinao de oxignio e calor acelerar em muito o endurecimento do tubo interno. A cavitao que ocorresse dentro do tubo i nterno teria o mesmo efeito. 2 Sintoma: A mangueira est rachada tanto externa como intern amente, mas os elastmes esto macios e flexveis temperatura am biente. Causa: A razo mais provvel um ambiente excessivamente frio durante a flexo da mangueira. A maioria das mangueiras padro indicada para (-40 C), algumas das mangueiras so indicadas para (-49 C). As mangueira especificadas para a temperatura de (-54 C). A mangueira de teflon suporta at -73 C.

    Conjunto de planetrias

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 44

    3 Sintoma: Houve ruptura da mangueira e o exame do reforo de arame aps descascar a cobertura externa revela fios de ao qu ebrados em diversos pontos ao longo da mangueira. Causa : Isto indicaria uma alta incidncia de golpes de arete. As exigncias SAE do ensaio de golpe de arete para um reforo de dois t raados de ao so 200.000 ciclos a 133% da presso de trabalho recomendada. As exigncias SAE do ensaio de golpe de arete para um reforo com quatro espirais de ao s o de 400.000 ciclos a 133 % da presso de trabalho e a temperatura de 93 C. Se os golpes de arete extrapolados num sistema chegam a mais de um milho num espao d e tempo relativamente curto, ento a melhor escolha ser uma mangueira reforada com espiral de ao. 4 Sintoma: Houve ruptura da mangueira, mas no h sinal de di versos fios de quebrados ao longo da mangueira. Causa: Isto indicaria que a presso excedeu a resistncia mnima ruptura da mangueira. Ou ser necessria uma mangueira mais resistente, ou ento o circuito hidrulico tem algum defeito que causa a formao de presses extraordinariamente altas. 5 Sintoma: Ruptura da mangueira. Um exame indica que o trana do de ao est enferrujado e que a cobertura externa sofreu corte, abraso, ou deteriorou seriamente. Causa: A nica funo da cobertura externa consiste em proteger o reforo. Os elementos capazes de destruir ou remover as coberturas externas so: - Abraso; Corte; `cido de baterias; Limpeza a va por; Soluo qumica de limpeza; `cido muritico (para limpeza de cimento); `gua sa lgada; Frio extremo. Sem a proteo da cobertura, o reforo fica suscet vel aos ataques de umidade ou outras matrias corrosivas. 6 Sintoma: Houve ruptura da mangueira na curva externa e pare ce que ela est elptica (torcida) na seo curva. No caso de uma l inha que alimenta uma bomba, a bomba est barulhenta e muito quente. O cano de e scape da bomba est duro e quebradio. Causa: Em ambos os casos, o problema devido provavelmente, a um raio mnimo de curvatura que no obedece s especificaes. Deve-s e verificar o raio mnimo de curvatura SAE para assegurar-se de que a aplicao est dentro das especificaes. Nota: permitido diminuir o raio mnimo de curvatu ra quando a presso reduzida. Verifique isto com o seu fornecedor. No caso de uma linha que alimenta uma bomba, o colapso parcial da mangueira est causando a cavitao da bomba, o que resulta em rudo e calor. Esta uma situao bastante grave e resultar em falha catastrfica da bomba se no for corrigida. 7 Sintoma: A mangueira parece estar achatada num ou mais pont os e parece estar dobrada. Ocorreu, ruptura nessa rea, parecen do tambm estar torcida.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 45

    Causa: A toro de uma mangueira de controle hidrulico arrancar as camadas de reforo e permitir a ruptura da mangueira devido ao alargamento dos espaos entre as tranas de arame. Use conexes ou juntas giratrias , a fim de que nunca haja fora de tora agindo sobre uma mangueira hidrulica. 8 Sintoma: O tubo interno da mangueira soltou-se do reforo e acumulou-sena extremidade da mangueira. Em alguns casos poder me smo sair pela conexo. Causa: A causa provvel um vcuo excessivo ou a mangueira errada para servio com vcuo. No se recomenda o vcuo para mangueiras de dois traados de ao, ou de 4 e 6 espirais, a no ser que se utilize algum tipo de mola interna de proteo. Mesmo que uma mangueira seja indicada para o vcuo, se estiver dobrada, achatada ou com uma curva muito fechada, este tipo de falha poder ocorrer. 9 Sintoma: A ruptura da mangueira deu-se aproximadamente seis a oito polegadas de distncia da conexo. O tranado de a o est enferrujado. No h cortes ou abraso na cobertura externa. Causa: Montagem imperfeita da conexo na mangueira, permit indo a entrada de umidade pela borda do corpo da conexo. A umidade penetrar pelo reforo. O calor gerado pelo sistema ir expuls-la em volta da rea da conexo, mas a umas seis ou oito polegadas de distncia ela ficar retida entre o tubo interno e a cobertura externa, causando ferrugem no reforo de arame. 10 Sintoma: existem bolhas na cobertura externa da mangueira. Ao furar essas bolhas, encontra-se leo dentro delas. Causa: Um pequeno furinho no revestimento interno est permitindo que o leo de alta presso se infiltre entre este e a cobertura extern a. Eventualmente formar uma bolha no lugar onde a aderncia da cobertura estiver mais fraca. No caso de uma conexo reutilizvel, com rosca, uma lubrificao insuficiente da mangueira e da conexo poder causar esta condio, porque o tubo interno seco pegar no nipel e arrancar o necessrio para permitir infiltrao. Esta condio poder ser causada, ainda, por uma mangueira defeituosa. 11 Sintoma: Bolhas na cobertura externa de uma mangueira condu tora de um fludo gasoso. Causa: O gs de alta presso est escapando atravs dos poros do tubo interno, acumulando-se sob a cobertura e formando, eventualmente, uma bolha onde a aderncia mais fraca. Existem mangueiras especialmente construdas para aplicaes com gases de alta presso. Consulte o seu fornecedo r sobre qual a mangueira apropriada de tais casos. 12 Sintoma: A conexo escapou da extremidade da mangueira. Causa: Pode ser que a conexo errada tenha sido colocada n a mangueira. Verifique as especificaes do fabricante e os nmeros de referncia das peas.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 46

    No caso de conexes prensadas, a mquina poder ter sido mal regulada, resultando em prensagem excessiva ou insuficiente. O corpo externo de uma conexo rosquevel pode estar gasto alm de sua tolerncia. Tambm as matrizes, no caso de conjuntos prensados podem estar gastas alm da tolerncia. A conexo pode estar mal colocada na ma ngueira. Verifique as instrues do fabricante. A mangueira pode ter sido instalada sem a folga necessria para compensar os possveis 4 % que, a mangueira pode encolher ao ser pressurizada. 13 Sintoma: O tubo interno da mangueira est seriamente deteri orado, havendo evidncia de inchamento externo. Em alguns casos o tubo interno poder estar parcialmente escavacado. Causa: Ao que indica, o tubo interno da mangueira no compatvel com o agente conduzido. Mesmo que o agente em si seja normalmente compatvel, um calor maior poder ser o catalisador capaz de causar a deteriorao do tubo interno. Certifique-se de que as temperaturas de servio, tanto internas c om externas, no estejam excedendo as recomendadas. 14 Sintoma: Ocorreu ruptura da mangueira. A cobertura est ser iamente deteriorada e a superfcie da borracha est rachada . Causa: Pode-se tratar, simplesmente, de uma questo de ida de. As rachaduras resultam da ao prolongada do tempo e do oznio. T ente determinar a idade da mangueira. Alguns fabricantes gravam a data na parte externa da mangueira. 15 Sintoma: A mangueira est vazando pela conexo devido a uma fenda no tubo adjacente solda da cabea de um meio flange. Causa: Como a rachadura adjacente solda e no na prpr ia solda, trata-se de falha causada pelo esforo de uma mangueira que deve encu rtar sob presso e no tem a folga suficiente para tal. Resolvemos dzias desses problemas alongando o conjunto montado ou alterando a posio do mesmo, de modo a atenuar o esforo exercido sobre a conexo. 16 Sintoma: Uma mangueira com reforo em espiral estourou, par tindo-se expondo o arame arrebentado e muito emaranhado. Causa: A mangueira curta demais para acomodar a altera o do comprimento que ocorre sob presso. 17 Sintoma: A mangueira est bastante achatada na rea de rupt ura. O tubo interno est muito endurecido na parte descendente em relao ruptura, mas parece normal na parte ascendente. Causa: A mangueira foi dobrada, ou porque foi curvada muito violentamente ou por ter sido esmagada de algum modo, originando-se, assim, uma certa restrio. A medida que a velocidade do fludo aumenta pela restrio, a presso decresce ao ponto de vaporizao do fludo, o que comumente se chama de cavitao. Esta condio d origem a calor e oxidao rpida, o que endurece o tubo interno da mangueira no fluxo abaixo da rea de restrio.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 47

    18 Sintoma: A mangueira no estourou, mas est vazando em prof uso. A disseco da mangueira revela que o tubo interno es t perfurado at o tranado de ao por uma distncia de aproximadamente duas po legadas. Causa: Esta falha indicaria uma eroso do tubo interno. Um jato de fluido fino como uma agulha, emitido em alta velocidade de um orifcio e incidindo num s ponto do tubo interno da mangueira ir, hidraulicamente, remover uma seo do mesmo. Verifique se a mangueira no est curvada junto a um cano que tenha um orifcio. Em certos casos onde se encontram altas velocidades a presena da p artcula no fluido poder causar eroso considervel em sees curvas de um conjunto montado. 19 Sintoma: A conexo soltou-se da mangueira. A mangueira esti cou bastante no sentido do comprimento. Esta poder no ser uma aplicao de alta presso. Causa: Mangueiras insuficientemente apoiadas. muito impo rtante providenciar suportes para pedao muito longo de mangueira, espe cialmente aliado ao peso do fluido conduzido, faz presso sobre a conexo. Esta fora poder ser transmitida a um cabo ou corrente a qual se prende a mangueira com braad eiras. No se esquea de deixar a mangueira suficientemente folgada entre as braadei ras para compensar o possvel encurtamento de 4% quando a mangueira est sob presso. 20 Sintoma: A mangueira no se rompeu mas est vazando em prof uso. Um exame da mangueira dissecada revela que o tubo inte rno estourou por dentro. Causa: este tipo de falha comumente chamada de estouro interno. geralmente associado com fluidos de viscosidade muito baixa, com ar, nitrognio, freon e outros gases. O que sucede que sob condies de alta pre sso, ocorre efuso dos gases para dentro dos poros do tubo interno, carregando-os como acumuladores em miniatura. Se a presso for reduzida, muito subitamente, a zer o, os gases encurralados literalmente explodem para fora do tubo interno, muitas vezes chegando a fur-lo. Em algumas construes de mangueiras, um segundo tu bo interno feito de plstico como nylon, inserido na mangueira. Um pequeno vazamento permitir ao fluido gasoso infiltrar-se entre os dois tubos internos e quando a presso reduzida a zero, haver colapso do primeiro tubo interno, devido a presso retida em volta de seu dimetro externo. 21 Sintoma: O conjunto montado com mangueira de teflon sofreu colapso internamente, num ou mais lugares. Causa: Uma das causas mais comuns disto o manuseio incorreto do conjunto de teflon. O teflon um material termoplstico que no se parece com a borracha se curvando violentamente, simplesmente d-se o colapso. Este tipo de colapso localizado numa rea, e radial. Quando o tubo de teflon est dobrado longitudinalmente num ou mais pontos isto pode ser resultado de calor (que amolece o tubo interno) juntamente com condies sub-atmosfr icas em seu interior. Devido a tenso adicional do reforo de arame tranado, iner ente a este tipo de mangueira, existe sempre uma trao radial sobre o tubo tentando empu rr-lo. Uma ciclagem rpida de

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 48

    um agente muito frio poder produzir o mesmo tipo de falha. Muitos fabricantes oferecem uma mola interna de proteo para eliminar este problema. 22 Sintoma: As conexes esto sempre se soltando da mangueira de nylon. Causa: Contanto que a conexo correta para a mangueira ten ha sido selecionada e colocada da maneira apropriada, a causa provvel da falha o calor. Os nylons sob compresso tm tendncia a amolecer e se espalhar para fora da rea de compresso quando sujeitos a temperaturas perto de (93 C) 23 Sintoma: Um conjunto montado com um tubo interno, de teflon est com um ou vrios vazamentos por pequenos orifcios. Causa: Esta situao ocorre quando um fluido base de pet rleo, de baixa viscosidade, est correndo a grande velocidade, o que pode gerar alta voltagem devido a eletricidade esttica. Essa alta voltagem est procurando uma ligao terra e a nica disponibilidade o reforo de tranado de ao inoxidvel. Insto causa um arco eltrico, que penetra pelo tubo interno de teflon ao passar para o refor o externo. Existem tubos internos de teflon especialmente construdos com negro de fumo para torn-los condutores. Escoando a eletricidade esttica eles eliminam esse problema.

    Sistema do guindaste HR O guindaste HR possui um sistema de acionamento pneumtico que quando a manete de comando acionada, a cmara das cucas so alim entadas e os comandos so automaticamente pilotados.

    Conjunto de descida motorizada Figura 1

    11 07 09 08

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 49

    Durante a inspeo de comando no guindaste HR deve- se atentar para o correto funcionamento dos acionadores (item 11). Para tal, deve pedir ao operador que acione o comando de subida de carga intermitentemente, estado o motor ligar e a embreagem geral desligada, onde ser observado se os pinos iro se deslocar, para fora e para dentro. O item 11 mostrado anteriormente e o corpo de cucas, responsvel pelo acionamento dos comandos, tanto de carga, quanto de lana e gir o, dos guindastes HR. Pela foto abaixo se pode ter a idia de como funciona o processo de acionamento: a) O ar preenche a cmara (item 01, figura 2) b) Deslocando os diafragmas (item 02, figura 2) c) que por sua vez empurram os pinos acionadores (item 03, figura 2) d) estes pinos ao passarem pelas tampas (item 05, figura 2), tocam e travam o prato mvel (item 09, figura 1) que por fim acopla os dis cos de fibra e os discos de ao (itens 08 e 07, figura 1), fazendo assim o comando. O inspetor deve avaliar a correta atuao destes co mandos em todos os sistemas (carga, lana e giro). Contudo, no caso do sistema de carga, o comando de descida

    Vista explodida do Corpo de cucas Figura 2

    01 02 05

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 50

    controlado por um componente chamado (cinta do freio inversor ). A cinta do freio fica instalada sobre o tambor, mostrado na figura 3. Estas cintas possuem um estojo de regulagem sobre as mesmas e qualquer folga imprevista pode provocar uma descida descontrolada de carga (existem diversos caso registrados na bacia de Campos). A forma correta de avaliar um funcionamento deste conjunto : a) Acionar a descida de carga, estado o guindaste ligado e a embreagem geral desligado, atentar para acionamento da cinta e possvel movimento do tambor, pois nesse momento o mesmo deve ficar parado e a parte da embreagem (onde fica o corpo de cucas) que deve movimentar. b) Aps est avaliao verifique o funcionamento do c onjunto em operao e caso perceba movimento do tambor, recomende a regulagem da cinta. - A inspeo deve atentar tambm a presena de desg astes nas cintas, discos de acionamentos e pistas dos tambores e a possveis vazamentos nas mangueiras e acionadores. - Outra avaliao importante para equipamentos a verificao da existncia de graxa ou leo na pintas de atuao das embreagens ou nas prprias cintas de acionamentos. O acumulo de graxa em regies prximas pode provoca r a contaminao dos componentes. Comandos do guindaste HR Os guindaste HRs possuem os seguintes conjuntos de comandos:

    Figura 3 cinta do freio inversor na descida motorizada

    Cabrestante: Responsvel pela subida da lana. Possui o tambor de enrolamento do cabo de lana e 2 embreagens (subida e descida). Sobre as embreagens atuam os freios. O tambor de cabo tambm possui uma 3 cinta de freio.

    Embreagem de descida

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 51

    Embreagem de subida

    Descida motorizada : O guindaste possui 2 conjuntos, uma para o sistema principal e outro para o auxiliar. Estes conjuntos so responsveis pela descida e subida de cargas, sendo que a embreagem controla a subida e o freio inversor responsvel pela descida.

    Conjunto horizontal de reverso : Este conjunto responsvel pelos comandos de giro do guindaste, e tambm pela transmisso de trao para os conjuntos de descidas motorizadas (atravs da caixa de trem de engrenagem).

    Conjunto vertical de giro : Responsvel por transferir o movimento do conjunto horizontal de reverso para o pinho de giro, possibilitando assi m o movimento de giro do guindaste. Este conjunto possui um tambor na parte superior onde atuam as cintas de freios. Sendo assim, para que haja movimento de giro do guindaste, necessrio liberar a trava de giro (freio de giro).

    Tambor de freio de giro

    Conjunto de tomada de fora : Responsvel por receber o torque da caixa de reduo (sada do conversor) e transmiti-la para o conjunto horizontal de reverso.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 52

    Sistema de comandos do guindaste American (serie 50 0 e 900)

    Pinho da sada do conversor, onde trabalha a corrente qudrupla.

    Conversor de torque: Recebe o torque do motor diesel e transfere esse torque multiplicado para a caixa de reduo,

    Conjunto caixa de reduo : Recebe o torque do conversor de torque e transmite, atravs dos eixos cardans, para o cabrestante e conjunto de tomada de fora.

    Nos guindastes American (Serie 500 e 900), o motor diesel gera a rotao para o conversor, que por sua vez o multiplica e transmite, atravs da corrente qudrupla, para o eixo motor, e esse o transmite a todo trem de engrenagens.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 53

    Freios Os freios devem ser avaliados das seguintes formas: Guindastes Hidrulicos: Deve-se verificar a resposta de parada dos comandos, aps a manete ser colocada em neutro. A maior parte dos fabricantes recomenda que a cada 12 meses os conjuntos de lamelas sejam desmontados para avaliao da integridade dos discos (ao e frico).

    Nota: Conforma foi citado anteriormente, os guindastes American 5750 modernizados possuem um guincho hidrulico (Braden) para movimentao da lana.

    Engrenagem do eixo motor, que tracionada pela corrente qudrupla.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 54

    Guindastes Pneumticos: Deve-se verificar possveis desgastes nas lonas das cintas, o alinhamentos das mesmas com os tambores e a existncia de contaminao por leo ou graxa. Posteriormente deve-se checar se as mesmas esto respondendo adequadamente aos comandos e se esto ou no aprese ntando retardo aps cessado o comando. Nesse caso deve-se avaliar a integridade das vlvulas de escape rpido das mesmas.

    Sistema de comando e controle Mecanismo de comando Para os guindastes American 5750, HR e American 9750 a verificao da resposta aos comandos por parte dos componentes atuados pneumaticamente deve ser realizada em duas etapas: A primeira ser a observao direta da atuao de c ada componente pneumtico, que ocorrer com a lana estacionada em seu descanso, estando o moito e a bola peso apoiado no piso ou em outro lugar adequado. Devendo o motor diesel estar ligado e a embreagem geral desacoplada. Dessa forma ser possvel observar melhor a atuao dos componentes, devido ausncia de movimento de rotao nas embreagens e tambm que se evite o movimento de descida da lana e do moito, quando os freios forem liberados, fato este que poderia acarretar incidentes indesejados. Nesse processo deve ser avaliadas a existncia de vazamentos, danos e corroso nos componentes, presena de desgaste e/ou graxa nas su perfcies de contato (interface lona / tambor de embreagem ). Nota : Nos guindastes American

    Nas embreagens de giro e, particularmente no conjunto da embreagem do abaixamento motorizado da carga, normalmente observada a presena de graxa nas superfcies de contato das

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 55

    lonas e a conseqente alterao da performance do c omponente. No caso do abaixamento de carga, a presena da graxa pode prov ocar a descida descontrolada da carga quando o operador acionar o comando para descida. Isto ocorreria pelo fato de a ligao motriz (embre agem) existente entre o trem de engrenagens e o tambor de cabo, no momento da descida, estar comprometida pela graxa permitindo ento que o prprio peso da carga suspensa provoque o deslizamento da embreagem, acelerando assim o movimento de rota o do tambor de cabo (descida), independentemente da velocidade do trem de engrenagens.

    A segunda seria uma avaliao em conjunto com o ope rador da mquina, a resposta do guindaste aos comandos. Para os guindastes de acionamento hidrulico, devido prpria construo do seu acionamento (hidrulico) somente a segunda etapa poder ser realizada. Circuito de alimentao e despressurizao do conso le de comando

    A origem da graxa em questo est no excesso de lubrificante que expulso do rolamento da engrenagem (56 dentes), localizada por trs da regio visvel na foto, e chega ao centro do tambor da embreagem, pelo lado mostrado na foto, migrando at as superfcies de contato impulsionado pela fora centrfuga do movimento de rotao do tambor da embreagem. Visualmente, bastante simples perceber a presena indevida da graxa, no fundo do tambor, antes que as lonas possam ser alcanadas na sua regio perifrica. Uma outra irregularidade que tem sido detectada na embreagem de abaixamento motorizado o aparecimento de trincas na superfcie de atrito com as lonas (tambor), orientadas no sentido transversal ao do esforo atuante. Em estudo realizado para avaliao da profundidade dessas trincas, em um tambor de embreagem que operou durante 10.000 horas, foi constatado que a profundidade das mesmas atingia 8 mm, em mdia, fato este que no permitiu seu reaproveitamento aps a eliminao das trincas por usinagem.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 56

    Circuitos de comando A seguir so mostrados os circuitos pneumticos e hidrulicos de comando dos guindastes 5750 e 5750 R.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 57

    Indicador de ngulo da lana O bom funcionamento deste componente imprescindvel para operao, pois a capacidade do guindaste est associada ao posicionamento da lana, sendo assim, o mesmo deve apresentar uma liberdade de movimento adequada. Deve avaliar a indicao do ngulo em zero grau. Pa ra isso abaixe a lana em posio horizontal e compare e ve rifique o indicador de ngulo.

    Sistema de indicao de carga um sistema composto de sensor (es) de carga, sens or(es) de ngulo, interligados a painis de indicao, destinado a supervisionar o c arregamento a que o guindaste est sendo submetido. Pode estar equipado com interfaces capazes de intervir nas operaes realizadas, impedindo-as,

    Sistema de pneumtico da lana do guind. 9750

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 58

    ou pode apenas monitor-las informando das irregularidades. Normalmente, o sistema apresenta informaes sobre seguintes parmetros de carregamento: a) carga suspensa no gancho. b) carga mxima admissvel para o presente ngulo de lana conforme estabelecido nas tabelas de carga em vigor. c) raio de alcance ou ngulo de posicionamento da lan a. d) percentual do momento de tombamento atuante em relao ao valor mximo admissvel em cada posio da lana. Esquema simplificado de um sistema de monitorao d e carga

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 59

    Sistema de segurana Desarme automtico da elevao de carga principal e auxiliar o dispositivo destinado a limitar a posio super ior do moito ou bola peso (ganchos de carga) de modo a evitar a interferncia fsica acidental dos mesmos com a ponta da lana, e os conseqentes danos estruturais. Deve-se avaliar a correta atuao destes componente s. Em alguns casos, existem um sistema de marcha lenta, antes do desarme, que deve ser avaliado tambm. Uma boa maneira de avaliar a atuao da marcha lenta obse rvar o deslocamento pela lateral do tambor.

    Uma possvel ocorrncia indesejada, conseqncia da inexistncia ou do desajuste deste dispositivo, seria a seguinte: Pelo fato dos tambores de cabo estarem posicionados fora da lana (no chassi), no momento em que lana movida ocorre simultaneamente um ajuste da posio do moito e/ou bola peso que os aproxima ou afasta da ponta da lana, dependendo do sentido em que a lana foi comandada. Caso o moito ou a bola peso entrem em contato fsico com a ponta da lana e, a lana inic ie ou continue o seu movimento de descida, a funo de sustentao da lana ser tran sferida do cabo da lana para o cabo de carga, sobrecarregando-o. A situao descri ta provocar a ruptura do cabo de carga e a conseqente queda do moito/bola, uma vez que a capacidade do novo arranjo de sustentao da lana estar incompatvel com o peso a ser suportado.

    Neste caso, a haste de acionamento do sensor ser atuada pela espira de cabo alojada no tambor, interrompendo assim o movimento de subida da carga. uma configurao que est sujeita alteraes involuntrias da posio original de ajuste, em funo da uniformidade de enrolamento do cabo de ao.

  • Apostila de inspeo e manuteno em guindastes e turcos de baleeiras

    Elaborao : 60

    Desarme automtico da elevao de lana Deve-se avaliar a correta atuao deste componente e registrar os valores de desarme nos limites inferior e superior. Em alguns casos, existem um sistema de marcha lenta antes do desarme, que deve ser avaliado tambm. Uma boa maneira de avaliar a atuao da marcha lenta observar o deslo