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Apostila Detran

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APOSTILA DE CONCURSO

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    Sumrio de MatriasLngua Portuguesa

    1. Leitura: compreenso e interpretao de variados gneros discursivos. 2. As condiesde produo de um texto e as marcas composicionais de gneros textuais diversos. 3.

    Linguagem e adequao social: 3.1. Variedades lingusticas e seus determinantes sociais,regionais, histricos e individuais; 3.2. Registros formal e informal da linguagem, oralidade

    e escrita. 4. Aspectos lingusticos na construo do texto: 4.1. Fontica: prosdia,ortografia; 4.2. Morfologia: formao, classificao e flexo das palavras; 4.3. Sintaxe:

    frase, orao, perodos compostos por coordenao e subordinao, concordncias verbale nominal, regncias verbal e nominal, colocao pronominal, emprego de nomes,

    pronomes, conjunes, advrbios, preposies, modos e tempos verbais; 4.4. Semntica:polissemia, sinonmia, paronmia, homonmia, hiperonmia, denotao e conotao, figuras

    de linguagem. 5. Textualidade: coeso, coerncia, argumentao e intertextualidade. 6.Pontuao.Pgina 8

    Noes de Informtica1. Hardware: 1.1. Conceitos bsicos; 1.2. Perifricos; 1.3. Meios de armazenamento de

    dados; 1.4. Processadores. 2. Software: 2.1. Conceitos bsicos; 2.2. Vrus e antivrus; 2.3.MS Windows 7; 2.4. Editores de textos: LibreOffice Writer 4.2.5.2 e MS Word 2007; 2.5.Planilhas eletrnicas: LibreOfficeCalc 4.2.5.2 e MS Excel 2007. 3. Internet: 3.1. Conceitosbsicos e segurana; 3.2. Navegadores: Internet Explorer 10 e Mozilla Firefox 34.0.5; 3.3.

    Conceito e uso de e-mail; 3.4. Busca na web.Pgina 122

    tica e Filosofia1. Teorias ticas. 2. tica aplicada. 3. Filosofia poltica.

    Pgina 253

    Histria e Geografia de Mato GrossoHistria de Mato Grosso O Perodo Colonial: a descoberta de ouro; a capitania de Mato

    Grosso; a expanso das fronteiras; os conflitos entre portugueses, espanhis, IgrejaCatlica e indgenas. O Perodo Imperial: a transferncia da capital para Cuiab; a Guerrada Trplice Aliana contra o Paraguai; a economia; a escravido. O Perodo Republicano: o

    coronelismo e a 1. Repblica; a Marcha para o Oeste; Dom Aquino Corra e o Estado

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    Novo; a diviso do Estado de Mato Grosso; Mato Grosso durante a ditadura civil-militar;povos indgenas, trabalhadores rurais, migrantes e o Estado Contemporneo; questes

    atuais da realidade poltica, econmica e sociocultural de Mato Grosso.Geografia de Mato Grosso Relevo, hidrografia, clima e vegetao. Dinmica Demogrfica:estrutura populacional, emprego, distribuio de renda, indicadores de qualidade de vida.Cultura e identidades territoriais. A natureza como recurso para o desenvolvimento das

    atividades econmicas e os impactos ambientais. Base econmica: agropecuria,extrativismo, turismo, indstria, comrcio e servios. Ocupao territorial e dinmica de

    formao dos municpios. Os processos de urbanizao e metropolizao. Redes deTransporte e Comunicao. Questes atuais da realidade econmica, cultural e

    socioambiental de Mato Grosso.Pgina 264

    Noes de Gesto Pblica1. Administrao pblica patrimonialista, burocrtica e gerencial. 2. Governabilidade,

    Governana e Accountability. 3. Polticas Pblicas. 4. Planejamento no Setor Pblico. 5.Oramento pblico. 6. Plano plurianual. 7. Lei de diretrizes oramentrias. 8. Lei

    oramentria anual. 9. Receita pblica. 10. Despesa pblica. 11. Lei da responsabilidadefiscal. 12. Licitao e contratos administrativos.

    Pgina 288

    Noes de Direito Constitucional eAdministrativo

    Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988 com as alteraes introduzidaspelas Emendas Constitucionais. Conceitos e Classificaes. Princpios Fundamentais.

    Direitos e Garantias Fundamentais. Organizao do Estado. Poder Executivo. Da OrdemEconmica e Financeira: dos Princpios Gerais da Atividade Econmica e da Poltica

    Urbana. Constituio do Estado de Mato Grosso de 1989 com as alteraes introduzidaspelas Emendas Constitucionais. Administrao Pblica. Atos Administrativos. Poderes daAdministrao Pblica. Servidores Pblicos. Lei Federal n. 8.666/93 e suas alteraes Lei de Licitaes e Contratos. Lei Federal n. 8.429/92 e suas alteraes Improbidade

    Administrativa. Lei Estadual n. 7.692/2002 e suas alteraes Lei de ProcessoAdministrativo da Administrao Pblica do Estado de Mato Grosso.

    Pgina 347

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    Legislao Bsica1. Lei Complementar n. 04/1990 Estatuto dos Servidores Pblicos da AdministraoDireta, das Autarquias e das Fundaes Pblicas do Estado de Mato Grosso e suas

    alteraes; 2. Lei Complementar n. 112/2002 Cdigo de tica Funcional do ServidorPblico Civil do Estado de Mato Grosso; 3. Lei Complementar n. 505/2013 Carreira dosProfissionais do Servio de Trnsito de Mato Grosso; 4. Lei Complementar n. 537/2014

    Estrutura Organizacional do Departamento Estadual de Trnsito de Mato Grosso; 5.Decreto n. 2.510/2014 Regimento Interno do Departamento Estadual de Trnsito de

    Mato Grosso.Pgina 643

    Legislao de TrnsitoLei Federal n. 9.503/1997 Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB) e suas alteraes.

    Pgina 715

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    Lngua Portuguesa1. Leitura: compreenso e interpretao de variados gneros discursivos. 2. As condies de produo de um texto e as marcas composicionais de gneros textuais diversos. 3. Linguagem e adequao social: 3.1. Variedades lingusticas e seus determinantes sociais, regionais, histricos e individuais; 3.2. Registros formal e informal da linguagem, oralidadee escrita. 4. Aspectos lingusticos na construo do texto: 4.1. Fontica: prosdia, ortografia; 4.2. Morfologia: formao, classificao e flexo das palavras; 4.3. Sintaxe: frase, orao, perodos compostos por coordenao e subordinao, concordncias verbal e nominal, regncias verbal e nominal, colocao pronominal, emprego de nomes, pronomes, conjunes, advrbios, preposies, modos e tempos verbais; 4.4. Semntica: polissemia, sinonmia, paronmia, homonmia, hiperonmia, denotao e conotao, figurasde linguagem. 5. Textualidade: coeso, coerncia, argumentao e intertextualidade. 6. Pontuao.

    Interpretao de texto

    O hbito da leitura fundamental durante a preparao para qualquer concurso pblico. Mas para uma disciplina especfica ponto chave para que os candidatos consigam o maior nmero de acertos. A interpretao de textos, to comum em provas de Portugus, sempre foi um tpico de grande dificuldade para os candidatos a concursos pblicos ou vestibulares.

    As pessoas tm pouca disposio de mergulhar no texto, conseguem l-lo, mas no aprofundam a leitura, no extraem dele aquelas informaes que uma leitura superficial, apressada, no permite.

    Ao tentar resolver o problema, as pessoas buscam os materiais que julgam poder ajud-las.

    Caem, ento, no velho vcio de ler teoria em excesso, estudar coisas que nem sempre dizem respeito compreenso e interpretao dos textos e no final, cansadas, no fazemo essencial: ler uma grande quantidade de textos e tentar interpret-los.

    Interpretar um texto penetr-lo em sua essncia, observar qual a ideia principal, quaisos argumentos que comprovam a ideia, como o texto est escrito e outras nuanas. Em suma, procurar interpretar corretamente um texto ampliar seus horizontes existenciais.

    Compreenso

    A base conceitual da interpretao de texto a compreenso. A etimologia, ainda que noseja um recurso confivel para estabelecer o significado das palavras, pode ser til aqui, para mostrar a diferena entre compreender e interpretar. Compreender vem de duas palavras latinas: cum, que significa junto e prehendere que significa pegar.

    Compreender , portanto, pegar junto.

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    Essa ideia de juntar bvia em uma das principais acepes do verbo compreender: ser composto de dois ou mais elementos, ou seja, abarcar, envolver, abranger, incluir. Vejamos alguns exemplos para ilustrar essa acepo:

    O ensino da lngua compreende o estudo da fala e da escrita. A gramtica tradicional compreende o estudo da fonologia, da morfologia, da

    sintaxe e da semntica. A leitura compreende o contato do leitor com vrios textos.

    Saber ler corretamente

    Ler adequadamente mais do que ser capaz de decodificar as palavras ou combinaes linearmente ordenadas em sentenas. O interessado deve aprender a enxergar todo o contexto denotativo e conotativo. preciso compreender o assunto principal, suas causas e consequncias, crticas, argumentaes, polissemias, ambiguidades, ironias, etc.

    Ler adequadamente sempre resultado da considerao de dois tipos de fatores: os propriamente lingusticos e os contextuais ou situacionais, que podem ser de natureza bastante variada. Bom leitor, portanto, aquele capaz de integrar estes dois tipos de fatores.

    Erros de Leitura

    Extrapolar

    Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando samos do contexto, acrescentando-lhe ideias que no esto presentes no texto. A interpretao fica comprometida, pois passamos a criar sobre aquilo que foi lido. Frequentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram realidade em outros contextos e no naquele que est sendo analisado.

    ReduzirTrata-se de um erro oposto extrapolao. Ocorre quando damos ateno apenas a uma parte ou aspecto do texto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas um fato ou uma relao que podem ser verdadeiros, porm insuficientes selevarmos em considerao o conjunto das ideias.

    Contradizer o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma concluso que se ope ao texto. Associamos ideias que, embora no texto, no se relacionam entre si.

    Nas provas de concursos pblicos, o candidato deve ter o hbito de fazer leituras dirias, pois atravs dela que o indivduo ter um vocabulrio mais amplo e um conhecimento

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    aprimorado da lngua portuguesa. Praticar a leitura, faz com que a interpretao seja maisaguada e o concurseiro possa entender os enunciados de outras questes no decorrer desua prova. Ao estudar, se houverem palavras no entendidas, procure no dicionrio. Ele ser seu companheiro na hora das dvidas.

    Em questes que cobram a interpretao de textos como, por exemplo, aquelas que existem textos de autores famosos ou de notcias, procure entender bem o enunciado e verificar o que est sendo cobrado, pois preciso responder o que exatamente est sendocobrado no texto e no aquilo que o candidato pensa.

    Ao ler um texto procure atingir dois nveis de leitura: leitura informativa e de reconhecimento e leitura interpretativa.

    No primeiro caso, deve-se ter uma primeira noo do tema, extraindo informaes importantes e verificando a mensagem do escritor.

    No segundo tipo de leitura, aconselhvel grifar trechos importantes, palavras-chaves e relacionar cada pargrafo com a ideia central do texto.

    Geralmente, um texto organizado de acordo com seus pargrafos, cada um seguindo uma linha de raciocnio diferente e de acordo com os tipos de texto, que podem ser narrativo, descritivo e dissertativo. Cada tipo desses, possui uma forma diferente de organizao do contedo.

    Tipos de textos

    A narrao consiste em arranjar uma sequncia de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espao medida que o tempo passa.O texto narrativo baseado na ao que envolve personagens, tempo, espao e conflito. Seus elementos so: narrador, enredo, personagens, espao e tempo.Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:Esquematizando temos: Apresentao; Complicao ou desenvolvimento; Clmax; Desfecho.Protagonistas e Antagonistas: A narrativa centrada num conflito vivido pelos personagens. Diante disso, a importncia dos personagens na construo do texto evidente.Podemos dizer que existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcanar seus objetivos). Htambm os adjuvantes ou coadjuvantes, esses so personagens secundrios que tambm exercem papis fundamentais na histria.Narrao e Narratividade: Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos histrias o tempo todo. Mas os textos que no pertencem ao campo da fico no so considerados narrao, pois essas no tm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo conflito. Podemos dizer que nesses relatos h narratividade, que quer dizer, o modo de ser da narrao.Os Elementos da Narrativa: Os elementos que compem a narrativa so:

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    Foco narrativo (1 e 3 pessoa); Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante); Narrador (narrador- personagem, narrador observador). Tempo (cronolgico e psicolgico); Espao.

    Exemplo de Texto Narrativo:

    Conta lenda que um velho funcionrio pblico de Veneza noite e dia, dia e noite rezava eimplorava para o seu Santo que o fizesse ganhar sozinho na loteria cujo valor do premio o faria realizar todos seus desejos e vontades. Assim passavam os dias, as semanas, os meses e anos.E nada acontecia. At que no dia do Santo, de tanto que seu fiel devoto chorava e implorava, o Santo surgiu do nada e numa voz de desespero e raiva gritou:

    Pelo menos meu filho compra o bilhete!!!

    Descritivo

    Descrio a representao verbal de um objeto sensvel (ser, coisa, paisagem), atravs da indicao dos seus aspectos mais caractersticos, dos pormenores que o individualizam,que o distinguem.Descrever no enumerar o maior nmero possvel de detalhes, mas assinalar os traos mais singulares, mais salientes; fazer ressaltar do conjunto uma impresso dominante e singular. Dependendo da inteno do autor, varia o grau de exatido e mincia na descrio.Diferentemente da narrao, que faz uma histria progredir, a descrio faz interrupes na histria, para apresentar melhor um personagem, um lugar, um objeto, enfim, o que o autor julgar necessrio para dar mais consistncia ao texto.Texto descritivo , ento, desenhar, pintar, usando palavras em vez de tintas. Um bom exerccio para levar a criana a vivenciar o texto descritivo e pedir que ela olhe em volta e escreva ou fale o que est vendo, descrever objetos como, sua mochila, estojo, etc. Ou que ela conte como o coleguinha ao lado, (nessa bom ter cuidado, pois elas costumamachar defeitos horrorosos).Algumas das caractersticas que marcam o texto descritivo so:presena de substantivo, que identifica o que est sendo descrito.adjetivos e locues adjetivas.presena de verbos de ligao.h predominncia do predicado verbal, devido aos verbos de ligao e aos adjetivos.emprego de metforas e comparaes, para auxiliar na visualizao das caractersticas que se deseja descrever.Essa a explicao bsica e resumida de como ensinar texto descritivo para crianas. Lembrando que ao descrever seres vivos, as caractersticas psicolgicas e comportamentais, tambm fazem parte da descrio.

    Exemplo de texto descritivo:

    A rvore grande, com tronco grosso e galhos longos. cheia de cores, pois tem o marrom, o verde, o vermelho das flores e at um ninho de passarinhos. O rio espesso comsuas guas barrentas desliza lento por entre pedras polidas pelos ventos e gastas pelo tempo.

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    Dissertativo

    Dissertar o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente ao texto de apresentao cientfica, o relatrio, o texto didtico, o artigo enciclopdico. Em princpio, otexto dissertativo no est preocupado com a persuaso e sim, com a transmisso de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.Os textos argumentativos, ao contrrio, tm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, alm de explicar, tambm persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo. O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por trs partes essenciais.

    Introduo (1o pargrafo): Apresenta a ideia principal da dissertao, podendo conter uma citao, uma ou mais perguntas (contanto que sejam respondidas durante o texto), comparao, pensamento filosfico, afirmao histrica, etc.Desenvolvimento (2o aos penltimos pargrafos): Argumentao e desenvolvimento do tema, na qual o autor d a sua opinio e tenta persuadir o leitor, sem nunca usar a primeira pessoa (invs de eu sei, use ns sabemos ou se sabe).Concluso (ltimo pargrafo): Resumo do que foi dito no texto e/ou uma proposta de soluo para os problemas nele tratados.Exemplo de texto dissertativo:

    Uma nova ordem

    Nunca foi to importante no Pas uma cruzada pela moralidade. As denncias que se sucedem, os escndalos que se multiplicam, os casos ilcitos que ocorrem em diversos nveis da administrao pblica exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o Pas.O povo se afasta cada vez mais dos polticos, como se estes fossem smbolos de todos os males. As instituies normativas, que fundamentam o sistema democrtico, caem em descrdito. Os governantes, eleitos pela expresso do voto, tambm engrossam a caldeira da descrena e, frgeis, acabam comprometendo seus programas de gesto.Para complicar, ainda estamos no meio de uma recesso que tem jogado milhares de trabalhadores na rua, ampliando os bolses de insatisfao e amargura.No de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vem e sentem, procurem manifestar sua posio com o voto nulo, a absteno ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira.A atitude de inrcia e apatia dos homens que tm responsabilidade pblica os condenar ao castigo da histria. possvel fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena chama de esperana.O Brasil dos grandes valores, das grandes ideias, da f e da crena, da esperana e do futuro necessita, urgentemente da ao solidria, tanto das autoridades quanto do cidado comum, para instaurar uma nova ordem na tica e na moral.

    Lembre-se

    No existe texto difcil, existe texto mal interpretado.

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    O texto como uma colcha de retalhos. O candidato deve dividi-lo em partes, ver as ideias mais importantes em cada uma e enxergar a coerncia entre elas.

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    Questes de Concursos

    1 - FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle ExternoPrazer sem humilhao

    O poeta Ferreira Gullar disse h tempos uma frase que gosta de repetir: A crase noexiste para humilhar ningum". Entenda-se: h normas gramaticais cuja razo de ser emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como ferramentas teis e no como instrumentos de tortura ou depreciao de algum. Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: A arte no existe para humilhar ningum", entendendo-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligncia do mundo, e no para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no terreno da msica: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam, no aquilo que algum determina. Mas h aqui um ponto crucial, que vale a pena discutir: estamos mesmo em condies de escolher livremente as msicas de que gostamos? Para haver escolha real, preciso haver opes reais. Cada vez que um carro passa com o som altssimo de graves repetidos praticamente sem variao, num ritmo mecnico e hipntico, o caso de se perguntar: houve a uma escolha? Quem alardeia os infernais decibis de seu som motorizado pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gneros musicais? Conhece muitos outros ritmos, as canes de outros pases, os compositores de outras pocas, as tendncias da msica brasileira, os incontveis estilos musicais j inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que est vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o crculo vicioso e enganoso do vende porque bom, bom porque vende"? No digo que A melhor que B, ou que X superior a todas as letras do alfabeto; digo que importante buscar conhecer todas as letras para escolher. Nada contra quem escolhe um batido" se j ouviu msica clssica, desde que tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clssicos que lhe digam algo. No acho que preciso escolher, por exemplo, entre os grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forr e a msica eletrnica das baladas, entre a msica danante e a que convida a uma audio mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes de escolher. A boa msica, a boa arte, esteja onde estiver, tambm no existe para humilhar ningum.

    (Joo Cludio Figueira, indito)

    A diversidade de pocas e de linguagens em que as artes se manifestam a) representa uma riqueza cultural para quem foi contemplado com uma inata e

    especial sensibilidade. b) obriga o pblico a confiar no mercado, cujos critrios costumam respeitar tal

    diversidade. c) no interessa ao gosto popular, que costuma cultivar as exigncias artsticas

    mais revolucionrias. d) constitui uma vantagem para quem se habilita a escolher de acordo com o

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    prprio gosto. e) cria uma impossibilidade de opes reais, razo pela qual cada um de ns

    aprimora seu gosto pessoal.

    2 - FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle ExternoO autor da crnica se reporta ao emprego da crase, ao sentido da arte em geral e ao da msica clssica em particular. A tese que articula esses trs casos e justifica o ttulo da crnica a seguinte:

    a) comum que nos sintamos humilhados quando no conseguimos extrair prazer de todos os nveis de cultura que se oferecem ao nosso desfrute.

    b) Costumamos ter vergonha daquilo que nos causa prazer, pois nossas escolhas culturais so feitas sem qualquer critrio ou disciplina.

    c) A possibilidade de escolha entre os vrios nveis de expresso da linguagem e das artes no deve constranger, mas estimular nosso prazer.

    d) Tanto o emprego da crase como a audio de msica clssica so reveladores domau gosto de quem desconsidera o prazer verdadeiro dos outros.

    e) Somente quem se mostra submisso e humilde diante da linguagem culta e da msica clssica est em condies de sentir um verdadeiro prazer.

    3 - FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle Externo Considere as seguintes afirmaes:

    I. Tm significao equivalente, no 2 pargrafo, estes dois segmentos: estimular e desenvolver nossa sensibilidade e separem e hierarquizem as pessoas. II. O autor se refere ao som altssimo do que toca num carro que passa para ilustrar o caso de quem, diante de tantas opes reais, fez uma escolha de gosto discutvel. III. O que importa para a definio do nosso gosto que se abram para ns todas as opes possveis, para que a partir delas escolhamos a que de fato mais nos apraz.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) III. c) II. d) I e III. e) I.

    4 - FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle Externo Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

    a) clssicos que lhe digam algo (4 pargrafo) = eruditos que lhe transmitam alguma coisa.

    b) instrumentos de tortura ou depreciao (1 pargrafo) = meios de aviltamento ou rejeio.

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    c) ritmo mecnico e hipntico (3 pargrafo) = toque automtico e insone. d) alardeia os infernais decibis (3 pargrafo) = propaga os prfidos excessos. e) alimentando o crculo vicioso (3 pargrafo) = nutrindo a esfera pecaminosa.

    5 - FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle Externo Ptrio poder

    Pais que vivem em bairros violentos de So Paulo chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido? A questo, por envolver mltiplas variveis, complexa, mas, se fizermos questo de extrair uma resposta simples, ela "provavelmente sim". Uma srie de estudos sugere que a influncia de pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que no chegue a ser nula, menor do que a imaginada e se d por vias diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa hiptese foi a psicloga Judith Harris no final dos anos 90. Para Harris, os jovens vm programados para ser socializados no pelos pais, como pregam nossas instituies e nossa cultura, mas pelos pares, isto , pelas outras crianas com as quais convivem. Um dos muitos argumentos que ela usa para apoiar sua teoria o fato de que filhos de imigrantes no terminam falando com a pronncia dos genitores, mas sim com a dos jovens que os cercam. As grandes aglomeraes urbanas, porm, introduziram um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado por bandos de no mximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianas era heterogneo, reunindo meninos e meninas de vrias idades. Hoje, com escolas que renem centenas de alunos, o(a) garoto(a) tende a socializar-se mais com coleguinhas do mesmo sexo, idade e interesses. O resultado formao de nichos com a exacerbao de caractersticas mais marcantes. Meninas se tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno encontra outros maus alunos, que constituiro uma subcultura onde rejeitar a escola percebido como algo positivo. O mesmo vale para a violncia e drogas. Na outra ponta, podem surgir meios que valorizem a leitura e a aplicao nos estudos. Nesse modelo, a melhor chance que os pais tm de influir determinando a vizinhana em que seu filho vai viver e a escola que frequentar. (Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hlio. Folha de So Paulo, 7/12/2014) pergunta O investimento faz sentido? o prprio autor responde: provavelmente sim. Essa resposta se justifica, porque

    a) as grandes concentraes humanas estimulam caractersticas tpicas do que j foi nosso ambiente ancestral.

    b) a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por desenvolver nos alunos uma

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    subcultura crtica em relao ao ensino. c) a escola, ao contrrio do que se imagina, tem efeitos to poderosos quanto os

    que decorrem da convivncia familiar. d) as influncias dos pares de um educando numa escola pblica so menos

    nocivas do que os exemplos de seus pais. e) a qualidade do convvio de um estudante com seus colegas de escola um fator

    determinante para sua formao.

    6 - FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle ExternoCom a frase O resultado formao de nichos com a exacerbao de caractersticas mais marcantes (3 pargrafo) o autor est afirmando que a socializao nas escolas se d de modo a

    a) criar grupos fortemente tipificados. b) dissolver os agrupamentos perniciosos. c) promover a competitividade entre os grupos. d) estabelecer uma hierarquia no interior dos grupos. e) incentivar o desempenho dos alunos mais habilitados.

    7 - FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle ExternoConsidere as seguintes afirmaes: I. A hiptese levantada pela psicloga Judith Harris a de que os estudantes migrantes so menos sensveis s influncias dos pais que s de seus professores. II. O fato de um mau aluno se deixar atrair pela amizade de outro mau aluno prova que asdeficincias da vida familiar antecedem e determinam o mau aproveitamento escolar. III. Do ponto de vista do desempenho escolar, podem ser positivos ou negativos os traos de afinidade que levam os estudantes a se agruparem.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em a) I e III. b) I. c) III. d) II e III. e) I e II.

    8 - FGV - 2015 - TJ-BA - Analista JudicirioTexto 1 A histria est repleta de erros memorveis. Muitos foram cometidos por pessoas bem-intencionadas que simplesmente tomaram decises equivocadas e acabaramsendo responsveis por grandes tragdias. Outros, gerados por indivduos motivados por ganncia e poder, resultaram de escolhas egostas e provocaram catstrofes igualmente terrveis. (As piores decises da histria, Stephen Weir)

    A primeira frase do texto 1, no desenvolvimento desse texto, desempenha o seguinte

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    papel: a) aborda o tema de erros memorveis, que so enumerados nos perodos

    seguintes; b) introduz um assunto, que subdividido no restante do texto; c) mostra a causa de algo cujas consequncias so indicadas a seguir; d) denuncia a histria como uma sequncia de erros cometidos por razes

    explicitadas a seguir; e) faz uma afirmao que comprovada pelas exemplificaes seguintes.

    GABARITO

    1 - D 2 - C 3 - B 4 - A 5 - E 6 - A 7 - C 8 - B

    As condies de produo de um texto e as marcas composicionais de gneros textuais diversos.

    A produo textual, ou comumente chamada redao, em concursos pblicos exige do candidato algumas competncias que devem ser paulatinamente aprimoradas.

    Produzir um texto o ato de redigir, ou seja, de escrever, de exprimir pensamentos e ideias atravs da escrita. No existem frmulas mgicas: o exerccio contnuo, aliado leitura de bons autores, e a reflexo so indispensveis para a criao de bons textos

    Saber escrever pressupe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O pensamento expresso por palavras, que so registradas na escrita, que por sua vez interpretada pela leitura. Como essas atividades esto intimamente relacionadas, podemos concluir que quem no pensa (ou pensa mal), no escreve (ou escreve mal); quem no l (ou l mal) no escreve (ou escreve mal).Ler, portanto, fundamental para escrever. Mas no basta ler, preciso entender o que sel. Entender significa ir alm do simples significado das palavras que aparecem no texto. preciso, tambm, compreender o sentido das frases, para que se alcance uma das finalidades da leitura: a compreenso de ideias e, num segundo momento, os recursos utilizados pelo autor na elaborao do texto.Apesar do grande poder dos meios eletrnicos, a leitura ainda uma das formas mais ricas de informao, pois grande parte do conhecimento nos apresentado sob forma de linguagem escrita.

    Geralmente, em prova de concursos, exige-se que o candidato produza um texto dissertativo. Em menor proporo, podem ser solicitados ainda textos narrativos ou descritivos. Conhea as caractersticas de cada um desses textos:

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    1 - DISSERTAO: dissertar significa falar sobre. o texto em que se expem ideias, seguidas de argumentos que as comprovem. Na dissertao, voc deve revelar sua opinio a respeito do assunto.2 - DESCRIO: texto em que se indicam as caractersticas de um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Na descrio, voc deve responder pergunta: Como a coisa (lugar / pessoa) ? importante tentar usar os mais variados sentidos: fale do aroma, dos cheiros, das cores, das sensaes, de tudo que envolve a realidade a ser descrita. 3 - NARRAO: texto em que se contam fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. Lembre-se: voc deve narrar a ao, respondendo pergunta: O que aconteceu?

    Estrutura de um bom texto

    1 parte: IntroduoNo primeiro pargrafo, o autor apresenta o tema que ser abordado.Dica: anuncie claramente o tema sobre o qual voc escrever e as delimitaes propostas.2 parte: DesenvolvimentoNos pargrafos subsequentes (geralmente dois), o autor apresenta uma srie de argumentos ordenados logicamente, a fim de convencer o leitor.Dica: argumente, discuta, exponha suas ideias, prove o que voc pensa.3 parte: ConclusoNo ltimo pargrafo, o autor "amarra" as ideias e procura transmitir uma mensagem ao leitor.Dica: conclua de maneira clara, simples, coerente, confirmando o que foi exposto no desenvolvimento.Ateno:A dissertao deve obedecer extenso mnima indicada na proposta, a qual costuma ser de 25 a 30 linhas, considerando letra de tamanho regular. Inicialmente, utilize a folha de rascunho e, depois, passe a limpo na folha de redao, sem rasuras e com letra legvel. Utilize caneta; lpis, apenas no rascunho.

    Outras dicasPara garantir um bom resultado em seus textos, no deixe de ler as dicas que selecionamos.

    SIMPLICIDADEUse palavras conhecidas e adequadas. Para ter um bom domnio do texto, prefira frases curtas. Cuidado para no mudar de assunto de repente. Conduza o leitor de maneira leve

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    pela linha de argumentao.CLAREZAO segredo est em no deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que voc quer dizer. Evidencie todo o contedo da sua escrita. Lembre-se: voc est comunicando a sua opinio, falando de suas ideias, narrando um fato. O mais importante fazer-se entender.OBJETIVIDADEVoc tem que expressar o mximo de contedo com o menor nmero de palavras possveis. Por isso, no repita ideias, no use palavras em excesso buscando aumentar o nmero de linhas. Concentre-se no que realmente necessrio para o texto.UNIDADENo esquea, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Voc deve traar uma linha coerente do comeo ao final do texto. No pode perder de vista essa trajetria. Por isso, muita ateno no que escreve para no se perder e fugir do assunto. Eliminar o desnecessrio um dos caminhos para no se perder.COERNCIAA coerncia entre todas as partes do texto fator primordial para a boa escrita. necessrio que as partes formem um todo. Estabelea uma ordem para que as ideias se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as consequncias.ORDEMObedecer uma ordem cronolgica uma maneira de acertar sempre, apesar de no ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto fique interessante. Asmetforas tambm enriquecem a redao.NFASEProcure chamar a ateno para o assunto com palavras fortes, cheias de significado, principalmente no incio da narrativa. Use o mesmo recurso para destacar trechos importantes. Uma boa concluso essencial para mostrar a importncia do assunto escolhido. Remeter o leitor ideia inicial uma boa maneira de fechar o texto.LEIA E RELEIALembre-se, fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que voc no consiga se expressar de forma clara e concisa. A pressa pode atrapalhar. Com calma, verifique se os perodos no ficaram longos, obscuros.Veja se voc no repetiu palavras e ideias. medida que voc rel o texto, essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuao. No se apegue ao escrito. Refaa, se for preciso.

    Confira os equvocos apontados por organizadores de concursos e vestibulares como os mais cometidos pelos candidatos:

    1) Ordenao das ideiasA falta de ordenao um erro comum e indica, segundo os organizadores de

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    vestibulares, que o candidato no tem o hbito de escrever. O texto fica sem encadeamento e, s vezes, incompreensvel, partindo de uma ideia para outra sem critrio, sem ligao.2) Coerncia e coesoEm muitas redaes, fica evidente a falta de coerncia: o candidato apresenta um argumento para contradiz-lo mais adiante. J a redundncia denuncia outro erro bastante comum: falta de coeso. O candidato fica dando voltas num assunto, sem acrescentar dado novo. tpico de quem no tem informao suficiente para compor o texto.3) InadequaoA inadequao um tipo de erro capaz de aparecer inclusive em redaes corretas na gramtica e ortografia e coerentes na estrutura. Nesse caso, os candidatos costumam fugir ao tema proposto, escolhendo outro argumento, com o qual tenham maior afinidade.O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes na avaliao.4) Estrutura dos pargrafosMuitos dos candidatos tm demonstrado dificuldade em separar o texto em pargrafos. Sem a definio de uma ideia em cada pargrafo, a redao fica mal estruturada. Um erromuito comum, nesse caso, cortar a ideia em um pargrafo para conclu-la no seguinte. Ou, ento, deixar o pensamento sem concluso.

    5) Estrutura das frasesErros de concordncia nos tempos verbais, fragmentao da frase, separando sujeito de predicado, utilizao incorreta de verbos no gerndio e particpio so algumas das falhas mais comuns nas redaes. Esses erros comprometem a estrutura das frases e prejudicama compreenso do texto.

    Variedades lingusticas/Registros formal e informal da linguagem, oralidade e escrita.

    A variao lingustica um fenmeno que acontece com a lngua e pode ser compreendida atravs das variaes histricas e regionais. Em um mesmo pas, com um nico idioma oficial, a lngua pode sofrer diversas alteraes feitas por seus falantes. Como no um sistema fechado e imutvel, a lngua portuguesa ganha diferentes nuances. O portugus que falado no Nordeste do Brasil pode ser diferente do portugus falado no Sul do pas. Claro que um idioma nos une, mas as variaes podem ser considerveis e justificadas de acordo com a comunidade na qual se manifesta.

    As variaes acontecem porque o princpio fundamental da lngua a comunicao, ento compreensvel que seus falantes faam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas. Os diferentes falares devem ser considerados como variaes, e no como erros.

    Quando tratamos as variaes como erro, incorremos no preconceito lingustico que associa, erroneamente, a lngua ao status.

    O portugus falado em algumas cidades do interior do estado de So Paulo, por exemplo, pode ganhar o estigma pejorativo de incorreto ou inculto, mas, na verdade, essas diferenas enriquecem esse patrimnio cultural que a nossa lngua portuguesa.

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    Leia a letra da msica Samba do Arnesto, de Adoniran Barbosa, e observe como a variao lingustica pode ocorrer:

    Samba do ArnestoO Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no BrsNs fumos no encontremos ningumNs voltermos com uma baita de uma reivaDa outra vez ns num vai maisNs no semos tatu!No outro dia encontremo com o ArnestoQue pediu desculpas mais ns no aceitemosIsso no se faz, Arnesto, ns no se importaMas voc devia ter ponhado um recado na portaUm recado assim i: "i, turma, num deu pra esperAduvido que isso, num faz mar, num tem importncia,Assinado em cruz porque no sei escrever.Samba do Arnesto, Adoniran Barbosa

    H, na letra da msica, um exemplo interessante sobre a variao lingustica. importanteressaltar que o cdigo escrito, ou seja, a lngua sistematizada e convencionalizada na gramtica, no deve sofrer grandes alteraes, devendo ser preservado. J imaginou se cada um de ns decidisse escrever como falamos? Um novo idioma seria inventado, aboliramos a gramtica e todo o sistema lingustico determinado pelas regras cairia por terra. Contudo, o que o compositor Adoniran Barbosa fez pode ser chamado de licena potica, pois ele transportou para a modalidade escrita a variao lingustica presente na modalidade oral.

    As variaes lingusticas acontecem porque vivemos em uma sociedade complexa, na qualesto inseridos diferentes grupos sociais. Alguns desses grupos tiveram acesso educaoformal, enquanto outros no tiveram muito contato com a norma culta da lngua. Podemosobservar tambm que a lngua varia de acordo com suas situaes de uso, pois um mesmo grupo social pode se comunicar de maneira diferente, de acordo com a necessidade de adequao lingustica.

    Prova disso que voc no vai se comportar em uma entrevista de emprego da mesma maneira com a qual voc conversa com seus amigos em uma situao informal, no mesmo?

    A tirinha Calvin e Haroldo, do quadrinista Bill Watterson, mostra-nos um exemplo bem

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    divertido sobre a importncia da adequao lingustica. J pensou se precisssemos utilizar uma linguagem to rebuscada e cheia de arcasmos nas mais corriqueiras situaesde nosso cotidiano?

    Certamente perderamos a espontaneidade da fala, sem contar que a dinamicidade da comunicao seria prejudicada.

    Podemos elencar tambm nos tipos de variao lingustica os falares especficos para grupos especficos: os mdicos apropriam-se de um vocabulrio prprio de sua profisso quando esto exercendo o ofcio, mas essas marcas podem aparecer em outros tipos de interaes verbais.

    O mesmo acontece com os profissionais de informtica, policiais, engenheiros etc.

    Tipos

    Assim sendo, constatemos algumas elucidaes e casos representativos de tais variaes. Entre elas, destacamos:

    Variaes diafsicas

    Representam as variaes que se estabelecem em funo do contexto comunicativo, ou seja, a ocasio que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou informal.

    Variaes diatpicas

    So as variaes ocorridas em razo das diferenas regionais, como, por exemplo, a palavra abbora, que pode adquirir acepes semnticas (relacionadas ao significado) em algumas regies que se divergem umas das outras, como o caso de jerimum, por exemplo.

    Variaes diastrticas

    So aquelas variaes que ocorrem em virtude da convivncia entre os grupos sociais. Como exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe mdica, entre outras.

    Variaes histricasDado o dinamismo que a lngua apresenta, a mesma sofre transformaes ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo a questo da ortografia, se levarmos em considerao a palavra farmcia, uma vez que a mesma era grafada com ph, contrapondo-se linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supresso do vocbulos.

    Antigamente Antigamente, as moas chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito

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    prendadas. No faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapages, faziam-lhes p-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."Carlos Drummond de AndradeComparando-o modernidade, percebemos um vocabulrio antiquado.

    Variaes regionaisSo os chamados dialetos, que so as marcas determinantes referentes a diferentes regies. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando tambm esta modalidade esto os sotaques, ligados s caractersticas orais da linguagem.

    Variaes sociais ou culturaisEsto diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e tambm ao grau de instruo de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as grias, os jarges e o linguajar caipira. As grias pertencem ao vocabulrio especfico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.Os jarges esto relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar tcnico. Representando a classe, podemos citar os mdicos, advogados, profissionais da rea de informtica, dentre outros.Vejamos um poema e o trecho de uma msica para entendermos melhor sobre o assunto:

    Vcio na falaPara dizerem milho dizem mioPara melhor dizem miPara pior piPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vo fazendo telhados. Oswald de Andrade

    CHOPIS CENTIS Eu di um beijo nelaE chamei pra passear.A gente fomos no shoppingPra mode a gente lanchar.Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.At que tava gostoso, mas eu prefiro aipim.Quanta gente,Quanta alegria,A minha felicidade um credirio nas

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    Casas Bahia.Esse tal Chopis Centis muito legalzinho.Pra levar a namorada e dar uns rolezinho,Quando eu estou no trabalho,No vejo a hora de descer dos andaime.Pra pegar um cinema, ver SchwarznegerE tambm o Van Damme. (Dinho e Jlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)

    Textos verbais e no verbais

    Linguagem a capacidade que possumos de expressar nossos pensamentos, ideias, opinies e sentimentos. A Linguagem est relacionada a fenmenos comunicativos; onde h comunicao, h linguagem. Podemos usar inmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicao, tais como: sinais, smbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mmica, por exemplo). Num sentido mais genrico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinaisque se valem os indivduos para comunicar-se.

    Tipos de LinguagemA linguagem pode ser Verbal e No Verbal.Linguagem verbal uso da escrita ou da fala como meio de comunicao.Linguagem no-verbal o uso de imagens, figuras, desenhos, smbolos, dana, tom de voz, postura corporal, pintura, msica, mmica, escultura e gestos como meio de comunicao.

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    A linguagem no-verbal pode ser at percebida nos animais, quando um cachorro balana a cauda quer dizer que est feliz ou coloca a cauda entre as pernas medo, tristeza.

    Dentro do contexto temos a simbologia que uma forma de comunicao no-verbal.

    Exemplos: sinalizao de trnsito, semforo, logotipos, bandeiras, uso de cores para chamar a ateno ou exprimir uma mensagem.

    muito interessante observar que para manter uma comunicao no preciso usar a fala e sim utilizar uma linguagem, seja, verbal ou no-verbal.

    Linguagem mista o uso simultneo da linguagem verbal e da linguagem no-verbal, usando palavras escritas e figuras ao mesmo tempo.

    Fontica: prosdia, ortografia

    A prosdia ocupa-se da correta emisso de palavras quanto posio da slaba tnica, segundo as normas da lngua culta. Existe uma srie de vocbulos que, ao serem proferidos, acabam tendo o acento prosdico deslocado. Ao erro prosdico d-se o nome de silabada. Observe os exemplos:

    1) So oxtonas:condor novel uretermister Nobel ruim 2) So paroxtonas:austero ciclope Madagscar recordecaracteres filantropo pudico(d) rubrica 3) So proparoxtonas:

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    aerlito lvedo quadrmanoalcone muncipe trnsfuga

    Existem palavras cujo acento prosdico incerto, mesmo na lngua culta. Observe os exemplos a seguir, sabendo que a primeira pronncia dada a mais utilizada na lngua atual.

    acrobata - acrbata rptil - reptilBlcs - Balcs xerox - xroxprojtil - projetil zango - zngo

    Ortografia

    A ortografia se caracteriza por estabelecer padres para a forma escrita das palavras. Essaescrita est relacionada tanto a critrios etimolgicos (ligados origem das palavras) quanto fonolgicos (ligados aos fonemas representados). importante compreender que aortografia fruto de uma conveno. A forma de grafar as palavras produto de acordos ortogrficos que envolvem os diversos pases em que a lngua portuguesa oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia ler, escrever e consultar o dicionrio sempre que houver dvida.

    A nova ortografia

    AlfabetoO alfabeto, que antes se compunha de 23 letras, agora se compe de 26 letras. H muito tempo as letras k, w e y faziam parte do nosso idioma, isto no nenhuma novidade. Elas j apareciam em unidades de medidas, nomes prprios e palavras importadas do idioma ingls, como:km quilmetro,kg quilogramaShow, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.O alfabeto, graficamente, se apresenta:

    A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

    TremaNo se usa mais o trema em palavras do portugus. Ele s vai permanecer em nomes prprios e seus derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bundchen no vai deixar de usar o trema em seu nome, pois de origem alem. (neste caso, o u l-se i)

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    Quanto classificao da slaba, as palavras podem ser:

    tonas quando no h nfase na pronncia de uma slaba.Tnicas quando h nfase na pronncia de uma slaba.

    Ex. A palavra mato tem duas slabas: a primeira ma tnica; a segunda to tona.

    Quanto posio da slaba tnica, as palavras podem ser:Oxtonas quando a slaba forte encontra-se na ltima slaba de uma palavra.

    Ex. saci, funil, parabns, caf, calor, bombom.Paroxtonas quando a slaba forte encontra-se na penltima slaba.

    Ex. escola, sossego, dormindo, amvel.Proparoxtonas quando a slaba forte encontra-se na antepenltima slaba.

    Ex. pndulo, lmpada, rpido, pblico, cmico.Quanto classificao dos encontros voclicos:

    Ditongo: encontro de duas vogais numa s slaba.Ex. cu, vu, coi-sa, i-dei-a.

    Hiato: encontro de duas vogais em slabas separadas.Ex. fa-s-ca, i-dei-a, pa-pa-gai-o, ba-i-nha.* a palavra "ideia" possui ditongo E hiato.Quanto ao nmero de slabas, as palavras podem ser:

    Monosslabas com apenas uma slaba.Ex. mau, ms, vi, um, s

    Disslabas com duas slabas.Ex. Ca-f, Ca-sa, mui-to, li-vro, rou-pa, rit-mo

    Trisslabas palavras com trs slabas.Ex. Eu-ro-pa, cri-an-a, ma-lu-co, tor-na-do

    Polisslabas palavras com quatro ou mais slabas.Ex. Pa-ra-pei-to, es-tu-dan-te, u-ni-ver-si-da-de, la-bi-rin-ti-te.

    As gramticas costumam ainda classificar os monosslabos (palavras com apenas uma slaba) em dois tipos:

    Monosslabo tono: palavras de uma slaba fraca, ou seja, pronunciada sem nfase.Estes podem ser:

    Artigos: o, a, um...Pronomes Pessoais Oblquos: se, te, ti, lhe, o, a...Pronome relativo: queConjuno: e, ou, mas, nem...Preposio: dos, de, , na...

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    Monosslabo tnico: palavras de uma slaba tnica, ou seja, pronunciadas com nfase, que podem ser:

    Verbos: li, vi, ter, ser, d...Substantivos: sol, mar, flor, dor, mel...Adjetivos: mau, bom, m...Pronomes: eu, tu, ns, mim...Advrbios: l, c, bem, j...

    Uso hfen ou no?

    A letra H uma letra sem personalidade, sem som. Em Helena, no tem som; em "Hollywood, tem som de R. Portanto, no deve aparecer encostado em prefixos:

    pr-histriaanti-higinicosub-hepticosuper-homem

    Ento, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.Anti-inflamatrio neoliberalismoSupra-auricular extraoficialArqui-inimigo semicrculosub-bibliotecrio superintendente

    Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante dever ser dobrada:suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)minissaia antisspticocontrarregra megassaiaEntretanto, se o prefixo terminar em consoante, no se unem de jeito nenhum.

    Sub-reinoab-rogarsob-roda

    ATENO!Quando dois R ou S se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais, SEPARA.super-requintado super-realistainter-resistente

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    Continuamos a usar o hfenDiante dos prefixos ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-:Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente , Vizo-rei

    Diante de ps-, pr- e pr-, quando TEM SOM FORTE E ACENTO.ps-tnico, pr-escolar, pr-natal, pr-laborepr-africano, pr-europeu, ps-graduaoDiante de pan-, circum-, quando juntos de vogais.Pan-americano, circum-escola

    OBS. Circunferncia junto, pois est diante da consoante F.NOTA: Veja como fica estranha a pronncia se no usarmos o hfen:Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola.

    ATENO!No se usa o hfen diante de CO-, RE-, PRE (SEM ACENTO)Coordenar reedio preestabelecerCoordenao refazer preexistirCoordenador reescrever preverCoobrigar relembrarCooperao reutilizaoCooperativa reelaborar

    O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, conhecer e usar pelo menos uma palavra de cada prefixo. Quando bater a dvida numa palavra, compare-a palavra que voc j sabe e escreva-a duas vezes: numa voc usa o hfen, na outra no. Qual a certa? Confie na sua memria! Uma delas vai te parecer mais familiar.

    REGRA GERAL (Resumindo)Letras iguais, separa com hfen(-).Letras diferentes, junta.O H no tem personalidade. Separa (-).O R e o S, quando esto perto das vogais, so dobrados. Mas no se juntam com consoantes.

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    Morfologia: formao, classificao e flexo das palavras

    Observe as seguintes palavras:

    escol-aescol-arescol-arizaoescol-arizarsub-escol-arizao

    Observando-as, percebemos que h um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Alm disso, em todas h elementos destacveis, responsveis por algum detalhe de significao. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acrscimo do elemento destacvel -ar.Por meio desse trabalho de comparao entre as diversas palavras que selecionamos, podemos depreender a existncia de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores uma unidade mnima de significao, um elemento significativo indecomponvel, a que damos o nome de morfema.

    Radical

    H um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. esse morfema comum o radical que faz com que as consideremos palavras de uma mesma famlia de significao os cognatos. O radical a parte da palavra responsvel por sua significao principal.

    Afixos

    Como vimos, o acrscimo do morfema ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o acrscimo dos morfemas sub- e arizao forma escol- criou subescolarizao. Esses morfemas recebem o nome de afixos.Quando so colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome deprefixos. Quando, como arizao, surgem depois do radical os afixos so chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, alm de operar mudana de classe gramatical, so capazes de introduzir modificaes de significado no radical a que so acrescentados.

    Desinncias

    Quando se conjuga o verbo amar, obtm-se formas como amava, amavas, amava, amvamos, amveis, amavam. Essas modificaes ocorrem medida que o verbo vai sendo flexionado em nmero (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Tambm ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexes das palavras.

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    Esses morfemas sempre surgem no fim das palavras variveis e recebem o nome de desinncias. H desinncias nominais e desinncias verbais. Desinncias nominais: indicam o gnero e o nmero dos nomes. Para a indicao de gnero, o portugus costuma opor as desinncias -o/-a:garoto/garota; menino/meninaPara a indicao de nmero, costuma-se utilizar o morfema s, que indica o plural em oposio ausncia de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.No caso dos nomes terminados em r e z, a desinncia de plural assume a forma -es: mar/mares; revlver/revlveres; cruz/cruzes.

    Desinncias verbais: em nossa lngua, as desinncias verbais pertencem a dois tipos distintos. H aqueles que indicam o modo e o tempo (desinncias modo-temporais) e aquelas que indicam o nmero e a pessoa dos verbos (desinncia nmero-pessoais):

    cant--va-mos cant--sse-is

    cant: radical cant:

    radical--: vogal temtica --: vogal temtica

    -va-: desinncia modo-temporal (caracteriza o pretrito imperfeito do indicativo)

    -sse-:desinncia modo-temporal (caracterizao pretrito imperfeito do subjuntivo)

    -mos:desinncia nmero-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural)

    -is: desinncia nmero-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural)

    Vogal temtica

    Observe que, entre o radical cant- e as desinncias verbais, surge sempre o morfema a.Esse morfema, que liga o radical s desinncias, chamado de vogal temtica. Sua funo ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. ao tema (radical + vogal temtica) que se acrescentam as desinncias. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temticas.

    Vogais temticas nominais: So -a, -e, e -o, quando tonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, no poderamos pensar que essas terminaes so desinncias indicadoras de gnero, pois a mesa, escola,por exemplo, no sofrem esse tipo de flexo. a essas vogais temticas que se liga a desinncia indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tnicas (sof, caf, cip, caqui, por exemplo) no apresentam vogal temtica.

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    Vogais temticas verbais: So -a, -e e -i, que caracterizam trs grupos de verbos a que se d o nome de conjugaes. Assim, os verbos cuja vogal temtica -a pertencem primeira conjugao; aqueles cuja vogal temtica -e pertencem segunda conjugao eos que tm vogal temtica -i pertencem terceira conjugao.

    primeira conjugao segunda conjugao terceira conjugao

    govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra

    atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse

    realiz-a-sse mex-e-r ag-i-mos

    Vogal ou consoante de ligao

    As vogais ou consoantes de ligao so morfemas que surgem por motivos eufnicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligao na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emisso vocal da palavra. Outros exemplos: gasmetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.

    Formao das PalavrasExistem dois processos bsicos pelos quais se formam as palavras: a derivao e a composio. A diferena entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivao, partimos sempre de um nico radical, enquanto no processo de composio sempre haver mais de um radical.

    DerivaoDerivao o processo pelo qual se obtm uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra j existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:

    Primitiva Derivadamar martimo, marinheiro, marujoterra enterrar, terreiro, aterrarObservamos que "mar" e "terra" no se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrrio, possibilitam a formao de outras, por meio do acrscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra so palavras primitivas, e as demais, derivadas.

    Tipos de Derivao

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    Derivao Prefixal ou PrefixaoResulta do acrscimo de prefixo palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:

    crer- descrerler- relercapaz- incapaz

    Derivao Sufixal ou SufixaoResulta de acrscimo de sufixo palavra primitiva, que pode sofrer alterao de significado ou mudana de classe gramatical.Por Exemplo:

    alfabetizaoNo exemplo acima, o sufixo -o transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, j derivado do substantivo alfabeto pelo acrscimo do sufixo -izar.A derivao sufixal pode ser:a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.Por Exemplo:

    papel - papelaria riso - risonho

    b) Verbal, formando verbos.Por Exemplo:

    atual - atualizarc) Adverbial, formando advrbios de modo.Por Exemplo:

    feliz felizmente

    Derivao Parassinttica ou ParassnteseOcorre quando a palavra derivada resulta do acrscimo simultneo de prefixo e sufixo palavra primitiva. Por meio da parassntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos.Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer atravs da juno simultnea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presena de apenas um desses afixos no suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa lngua no existem as palavras "entriste", nem "tristecer".Exemplos:

    Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada

    mudo e mud ecer emudeceralma des alm ado desalmado

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    Derivao RegressivaOcorre derivao regressiva quando uma palavra formada no por acrscimo, mas por reduo.Exemplos:

    comprar (verbo) beijar (verbo)compra (substantivo) beijo (substantivo)

    Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrrio, podemos seguir a seguinte orientao:- Se o substantivo denota ao, ser palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.- Se o nome denota algum objeto ou substncia, verifica-se o contrrio.Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam aes, logo, so palavras derivadas. O mesmo no ocorre, porm, com a palavra ncora, que um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que d origem ao verbo ancorar.

    Por derivao regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso,recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, so frequentes os exemplos de palavras formadas por derivao regressiva. Veja:

    o portuga (de portugus) o boteco (de botequim)o comuna (de comunista)

    Ou ainda:agito (de agitar)amasso (de amassar)chego (de chegar)

    Observao: o processo normal criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivao regressiva, a lngua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.

    Derivao ImprpriaA derivao imprpria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acrscimo ou supresso em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:1) Os adjetivos passam a substantivosPor Exemplo:

    Os bons sero contemplados.2) Os particpios passam a substantivos ou adjetivosPor Exemplo:

    Aquele garoto alcanou um feito passando no concurso.3) Os infinitivos passam a substantivos

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    Por Exemplo:O andar de Roberta era fascinante.O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

    4) Os substantivos passam a adjetivosPor Exemplo:

    O funcionrio fantasma foi despedido.O menino prodgio resolveu o problema.

    5) Os adjetivos passam a advrbiosPor Exemplo:

    Falei baixo para que ningum escutasse.6) Palavras invariveis passam a substantivosPor Exemplo:

    No entendo o porqu disso tudo.7) Substantivos prprios tornam-se comuns.Por Exemplo:

    Aquele coordenador um caxias! (chefe severo e exigente)

    Observao: os processos de derivao vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alteraes na forma das palavras. No entanto, a derivao imprpria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semntico. Poressa razo, entendemos o motivo pelo qual denominada "imprpria".

    ComposioComposio o processo que forma palavras compostas, a partir da juno de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:

    Composio por JustaposioAo juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, no ocorre alterao fontica.Exemplos:

    passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor

    Observao: em "girassol" houve uma alterao na grafia (acrscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.

    Composio por AglutinaoAo unirmos dois ou mais vocbulos ou radicais, ocorre supresso de um ou mais de seus elementos fonticos.Exemplos:

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    embora (em boa hora)fidalgo (filho de algo - referindo-se famlia nobre)hidreltrico (hidro + eltrico)planalto (plano alto)

    Observao: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um s acento tnico, o do ltimo componente.

    ReduoAlgumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:

    auto - por automvelcine - por cinemamicro - por microcomputador Z - por Jos

    Como exemplo de reduo ou simplificao de palavras, podem ser citadas tambm as siglas, muito frequentes na comunicao atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seo "Extras" -> Abreviaturas e Siglas)

    HibridismoOcorre hibridismo na palavra em cuja formao entram elementos de lnguas diferentes.Por Exemplo:

    auto (grego) + mvel (latim)

    OnomatopeiaNumerosas palavras devem sua origem a uma tendncia constante da fala humana para imitar as vozes e os rudos da natureza. As onomatopeias so vocbulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres.Exemplos:

    miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.

    PrefixosOs prefixos so morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudana de classe gramatical.Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, lnguas em que funcionavam como preposies ou advrbios, logo, como vocbulos autnomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em portugus. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na formao de novas palavras. Veja os exemplos:

    a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-

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    Prefixos de Origem Grega

    a-, an-: Afastamento, privao, negao, insuficincia, carncia. Exemplos:

    annimo, amoral, ateu, afnico

    ana- : Inverso, mudana, repetio. Exemplos:

    analogia, anlise, anagrama, anacrnico

    anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:

    anfiteatro, anfbio, anfibologia

    anti- : Oposio, ao contrria. Exemplos:

    antdoto, antipatia, antagonista, anttese

    apo- : Afastamento, separao. Exemplos:

    apoteose, apstolo, apocalipse, apologia

    arqui-, arce- : Superioridade hierrquica, primazia, excesso. Exemplos:

    arquiduque,arqutipo, arcebispo, arquimilionrio

    cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos:

    cataplasma, catlogo, catarata

    di-: Duplicidade. Exemplos:

    disslabo, ditongo, dilema

    dia- : Movimento atravs de, afastamento. Exemplos:

    dilogo, diagonal, diafragma, diagrama

    dis- : Dificuldade, privao. Exemplos :

    dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia

    ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:

    eclipse, xodo, ectoderma, exorcismo

    en-, em-, e-: Posio interior, movimento para dentro. Exemplos:

    encfalo, embrio, elipse, entusiasmo

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  • Detran MT

    endo- : Movimento para dentro. Exemplos:

    endovenoso, endocarpo, endosmose

    epi- : Posio superior, movimento para. Exemplos:

    epiderme, eplogo, epidemia, epitfio

    eu- : Excelncia, perfeio, bondade. Exemplos:

    eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia

    hemi- : Metade, meio. Exemplos:

    hemisfrio, hemistquio, hemiplgico

    hiper- : Posio superior, excesso. Exemplos:

    hipertenso, hiprbole, hipertrofia

    hipo- : Posio inferior, escassez. Exemplos:

    hipocrisia, hiptese, hipodrmico

    meta- : Mudana, sucesso. Exemplos:

    metamorfose, metfora, metacarpo

    para- : Proximidade, semelhana, intensidade. Exemplos:

    paralelo, parasita, paradoxo, paradigma

    peri- : Movimento ou posio em torno de. Exemplos:

    periferia, peripcia, perodo, periscpio

    pro- : Posio em frente, anterioridade. Exemplos:

    prlogo, prognstico, profeta, programa

    pros- : Adjuno, em adio a. Exemplos:

    proslito, prosdia

    proto- : Incio, comeo, anterioridade. Exemplos:

    proto-histria, prottipo, protomrtir

    poli- : Multiplicidade. Exemplos:

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    polisslabo, polissndeto, politesmo

    sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos:

    sntese, sinfonia, simpatia, sinopse

    tele- : Distncia, afastamento. Exemplos:

    televiso, telepatia, telgrafo

    Prefixos de Origem Latina

    a-, ab-, abs- : Afastamento, separao. Exemplos:

    averso, abuso, abstinncia, abstrao

    a-, ad- : Aproximao, movimento para junto. Exemplos:

    adjunto,advogado, advir, aposto

    ante- : Anterioridade, procedncia. Exemplos:

    antebrao, antessala, anteontem, antever

    ambi- : Duplicidade. Exemplos:

    ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente

    ben(e)-, bem- : Bem, excelncia de fato ou ao. Exemplos:

    benefcio, bendito

    bis-, bi-: Repetio, duas vezes. Exemplos:

    bisneto, bimestral, bisav, biscoito

    circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos:

    circunferncia, circunscrito, circulao

    cis- : Posio aqum. Exemplos:

    cisalpino, cisplatino, cisandino

    co-, con-, com- : Companhia, concomitncia. Exemplos:

    colgio, cooperativa, condutor

    contra- : Oposio. Exemplos:

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  • Detran MT

    contrapeso, contrapor, contradizer

    de- : Movimento de cima para baixo, separao, negao. Exemplos:

    decapitar, decair, depor

    de(s)-, di(s)- : Negao, ao contrria, separao. Exemplos:

    desventura, discrdia, discusso

    e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos:

    excntrico, evaso, exportao, expelir

    en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos:

    imergir, enterrar, embeber, injetar, importar

    extra- : Posio exterior, excesso. Exemplos:

    extradio, extraordinrio, extraviar

    i-, in-, im- : Sentido contrrio, privao, negao. Exemplos:

    ilegal, impossvel, improdutivo

    inter-, entre- : Posio intermediria. Exemplos:

    internacional, interplanetrio

    intra- : Posio interior. Exemplos:

    - intramuscular, intravenoso, intraverbal

    intro- : Movimento para dentro. Exemplos:

    introduzir, introvertido, introspectivo

    justa- : Posio ao lado. Exemplos:

    justapor, justalinear

    ob-, o- : Posio em frente, oposio. Exemplos:

    obstruir, ofuscar, ocupar, obstculo

    per- : Movimento atravs. Exemplos:

    percorrer, perplexo, perfurar, perverter

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    pos- : Posterioridade. Exemplos:

    pospor, posterior, ps-graduado

    pre- : Anterioridade . Exemplos:

    prefcio, prever, prefixo, preliminar

    pro- : Movimento para frente. Exemplos:

    progresso, promover, prosseguir, projeo

    re- : Repetio, reciprocidade. Exemplos:

    rever, reduzir, rebater, reatar

    retro- : Movimento para trs. Exemplos:

    retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrgrado

    so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:

    soterrar, sobpor, subestimar

    super-, supra-, sobre- : Posio superior, excesso. Exemplos:

    superclio, suprfluo

    soto-, sota- : Posio inferior. Exemplos:

    soto-mestre, sota-voga, soto-pr

    trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para alm, movimento atravs. Exemplos:

    transatlntico, tresnoitar, tradio

    ultra- : Posio alm do limite, excesso. Exemplos:

    ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta

    vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:

    vice-presidente, visconde, vice-almirante

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    Quadro de Correspondncia entre Prefixos Gregos e Latinos

    PREFIXOSGREGOS PREFIXOS LATINOS SIGNIFICADO EXEMPLOS

    a, an des, in privao, negao anarquia, desigual, inativo

    anti contra oposio, ao contrria

    antibitico, contraditrio

    anfi ambi duplicidade, de um e outro lado, em torno

    anfiteatro, ambivalente

    apo ab afastamento, separao

    apogeu, abstrair

    di bi(s) duplicidade disslabo, bicampeodia, meta trans movimento atravs dilogo, transmitire(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encfalo, ingerir,

    irromperendo intra movimento para

    dentro, posio interiorendovenoso, intramuscular

    e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora, mudana de estado

    xodo, excntrico, estender

    epi, super, hiper supra posio superior, excesso

    eplogo, superviso, hiprbole, supradito

    eu bene excelncia, perfeio, bondade

    eufemismo, benfico

    hemi semi diviso em duas partes hemisfrio, semicrculo

    hipo sub posio inferior hipodrmico, submarino

    para ad proximidade, adjuno paralelo, adjacnciaperi circum em torno de periferia,

    circunfernciacata de movimento para baixo catavento, derrubarsi(n)(m) cum simultaneidade,

    companhiasinfonia, silogeu, cmplice

    SufixosSufixos so elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal caracterstica a mudana de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo.Como o sufixo colocado depois do radical, a ele so incorporadas as desinncias que

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    indicam as flexes das palavras variveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da lngua. So os que formam nomes de ao e os que formam nomes de agente.

    Sufixos que formam nomes de ao

    -ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza-ana - mudana -ismo - civismo-ncia - abundncia -mento - casamento-o - emoo -so - compreenso-do - solido -tude - amplitude-ena - presena -ura - formatura

    Sufixos que formam nomes de agente

    -rio(a) -secretrio -or - lutador

    -eiro(a) - ferreiro -nte - feirante-ista - manobrista

    Alm dos sufixos acima, tem-se:

    Sufixos que formam nomes de lugar, depositrio

    -aria - churrascaria -or - corredor-rio - herbanrio -trio - cemitrio-eiro - aucareiro -trio - dormitrio-il - covil

    Sufixos que formam nomes indicadores de abundncia, aglomerao, coleo

    >-ao - ricao -ario(a) - casario, infantaria-ada - papelada -edo - arvoredo-agem - folhagem -eria - correria-al - capinzal -io - mulherio-ame - gentame -ume - negrume

    Sufixos que formam nomes tcnicos usados na cincia

    -ite bronquite, hepatite (inflamao)-oma mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)-ato, eto, ito sulfato, cloreto, sulfito (sais)

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    -ina cafena, codena (alcaloides, lcalis artificiais)-ol fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)-ite amotite (fsseis)-ito granito (pedra)-ema morfema, fonema, semema, semantema (cincia lingustica)-io - sdio, potssio, selnio (corpossimples)

    Sufixo que forma nomes de religio, doutrinas filosficas, sistemas polticos

    -ismobudismokantismocomunismo

    SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOSa) de substantivos

    -aco - manaco -ento - cruento-ado - barbado -eo - rseo-ceo(a) - herbceo, lilceas -esco - pitoresco

    -aico - prosaico -este - agreste-al - anual -estre - terrestre-ar - escolar -cio - alimentcio-rio - dirio, ordinrio -ico - geomtrico-tico - problemtico -il - febril-az - mordaz -ino - cristalino-engo - mulherengo -ivo - lucrativo-enho - ferrenho -onho - tristonho-eno - terreno -oso - bondoso-udo - barrigudo

    b) de verbos

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    SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFICAO

    -(a)(e)(i)nte

    ao, qualidade, estado semelhante, doente, seguinte

    -()()vel possibilidade de praticar ou sofrer uma ao

    louvvel, perecvel, punvel

    -io, -(t)ivo ao referncia, modo de ser tardio, afirmativo, pensativo

    -(d)io, -(t)cio

    possibilidade de praticar ou sofrer uma ao, referncia

    movedio, quebradio, factcio

    -(d)ouro,-(t)rio

    ao, pertinncia casadouro, preparatrio

    SUFIXOS ADVERBIAISNa Lngua Portuguesa, existe apenas um nico sufixo adverbial: o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o esprito, o intento".Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstncias, especialmente a de modo.Exemplos:

    altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-mente

    J os advrbios que se derivam de adjetivos terminados em s (burgues-mente, portugues-mente, etc.) no seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes.Exemplos:

    cabrito monts / cabrita monts.

    SUFIXOS VERBAISOs sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos.Em geral, os verbos novos da lngua formam-se pelo acrscimo da terminao-ar.Exemplos:

    esqui-ar; radiograf-ar; (a)do-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.

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    Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prtica de ao. Veja:-ar: cruzar, analisar, limpar-ear: guerrear, golear-entar: afugentar, amamentar-ficar: dignificar, liquidificar-izar: finalizar, organizar

    Observe este quadro de sufixos verbais:

    SUFIXOS SENTIDO EXEMPLOS

    -ear frequentativo, durativo cabecear, folhear

    -ejar frequentativo, durativo gotejar, velejar

    -entar factitivo aformosentar, amolentar

    -(i)ficar factitivo clarificar, dignificar

    -icar frequentativo-diminutivo bebericar, depenicar

    -ilhar frequentativo-diminutivo dedilhar, fervilhar

    -inhar frequentativo-diminutivo-pejorativo escrevinhar, cuspinhar

    -iscar frequentativo-diminutivo chuviscar, lambiscar

    -itar frequentativo-diminutivo dormitar, saltitar

    -izar factitivo civilizar, utilizar

    Observaes:Verbo Frequentativo: aquele que traduz ao repetida.Verbo Factitivo: aquele que envolve ideia de fazer ou causar.Verbo Diminutivo: aquele que exprime ao pouco intensa.

    Radicais GregosO conhecimento dos radicais gregos de indiscutvel importncia para a exata compreenso e fcil memorizao de inmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relaes de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos formadores que normalmenteso colocados no incio dos compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final.Radicais que atuam como primeiro elemento

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  • Detran MT

    Forma Sentido ExemplosAros- ar Aeronaventhropos- homem AntropfagoAuts- de si mesmo AutobiografiaBblion- livro BibliotecaBos- vida BiologiaChrma- cor CromticoChrnos- tempo CronmetroDktyilos- dedo DactilografiaDka- dez DecasslaboDmos- povo DemocraciaElktron- (mbar) Eletricidade EletromEthnos- raa EtniaGo- terra GeografiaHteros- outro HeterogneoHexa- seis HexgonoHppos- cavalo HipoptamoIchths- peixe Ictiografiasos- igual IsscelesMakrs- grande, longo MacrbioMgas- grande MegalomanacoMikrs- pequeno MicrbioMnos- um s MonoculturaNekrs- morto NecrotrioNos- novo NeolatinoOdntos- dente OdontologiaOphthalms- olho Oftalmologianoma- nome OnomatopeiaOrths- reto, justo OrtografiaPan- todos, tudo Pan-americanoPthos- doena PatologiaPenta- cinco PentgonoPols- muito PoliglotaPtamos- rio PotamologiaPsudos- falso PseudnimoPsich- mente PsicologiaRiza- raiz RizotnicoTechn- arte TecnografiaTherms- quente TrmicoTetra- quatro TetraedroTpos- figura, marca TipografiaTpos- lugar Topografia

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  • Detran MT

    Zon- Animal Zoologia

    Radicais que atuam como segundo elemento:

    Forma Sentido Exemplos-agogs Que conduz Pedagogolgos Dor Analgsico-arch Comando, governo Monarquia-dxa Que opina Ortodoxo-drmos Lugar para correr Hipdromo-gmos Casamento Poligamia-gltta; -glssa Lngua Poliglota, glossrio

    -gona ngulo Pentgono-grpho Escrita Ortografia-grafo Que escreve Calgrafo-grmma Escrito, peso Telegrama, quilograma-krtos Poder Democracia

    -lgos Palavra, estudo Dilogo-mancia Adivinhao Cartomancia-mtron Que mede Quilmetro-nmos Que regula Autnomo-plis; Cidade Petrpolis-ptern Asa Helicptero-skopo Instrumento para ver Microscpio-sophs Sabedoria Filosofia-thke Lugar onde se guarda Biblioteca

    Radicais LatinosRadicais que atuam como primeiro elemento:

    Forma Sentido ExemploAgri Campo AgriculturaAmbi Ambos AmbidestroArbori- rvore ArborcolaBis-, bi- Duas vezes Bpede, bisavCalori- Calor CalorferoCruci- cruz CrucifixoCurvi- curvo CurvilneoEqui- igual Equiltero, equidistante

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  • Detran MT

    Ferri-, ferro- ferro Ferrfero, ferrovia

    Loco- lugar LocomotivaMorti- morte MortferoMulti- muito MultiformeOlei-, oleo- Azeite, leo Olegeno, oleodutoOni- todo OnipotentePedi- p PedilvioPisci- peixe PiscicultorPluri- Muitos, vrios PluriformeQuadri-, quadru- quatro Quadrpede

    Reti- reto RetilneoSemi- metade SemimortoTri- Trs Tricolor

    Radicais que atuam como segundo elemento:

    Forma Sentido Exemplos-cida Que mata Suicida, homicida-cola Que cultiva, ou habita Arborcola, vincola, silvcola-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura-fero Que contm, ou produz Aurfero, carbonfero-fico Que faz, ou produz Benefcio, frigorfico-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme-fugo Que foge, ou faz fugir Centrfugo, febrfugo-gero Que contm, ou produz Belgero, armgero-paro Que produz Ovparo, multparo-pede P Velocpede, palmpede-sono Que soa Unssono, horrssono-vomo Que expele Ignvomo, fumvomo-voro Que come Carnvoro, herbvoro

    Questes de Concursos

    1 - FUNDATEC - 2012 - PROCERGS - Tcnico de Nvel Mdio

    Qual das palavras abaixo foi formada pelo mesmo processo de formao da palavra divertido (linha 07)?

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  • Detran MT

    a) Incapaz b) Realizado. c) Amaciar. d) Pesca. e) Envergonhada.

    2 - IESES - 2013 - SEPLAG-MG - Gestor Governamental

    CANTO DE PSSARO, LINGUAGEM DE GENTE

    Por: Sofia Moutinho. Adaptado de: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2013/02/canto-de-passaro-linguagem-de-gente Acesso em 20 de outubro de 2013 Pssaros e humanos esto bem distantes na histria evolutiva, mas compartilham uma habilidade rara entre outros animais: a linguagem falada. No, voc no leu errado. Para muitos cientistas, inclusive o neurobilogo Erich Jarvis, da Universidade Duke (Estados Unidos), no existe diferena biolgica entre o canto de alguns pssaros e a fala humana.

    O pesquisador e sua equipe acabam de anunciar, no encontro anual da Sociedade Americana para o Progresso da Cincia (AAAS, na sigla em ingls), realizado nesta semanaem Boston, que identificaram em mandarinsdiamante e beija-flores um grupo de 40 genesligados ao controle da fala semelhantes aos encontrados em humanos.

    Jarvis estuda as bases biolgicas da linguagem h 20 anos. Na maior parte de suas pesquisas, examina o comportamento e o crebro desses dois pssaros e de papagaios os trs tm em comum a capacidade de aprender a vocalizar sons (sejam eles tpicos da espcie ou no). Segundo o pesquisador, o que acontece no crebro dessas aves quando cantam muito similar ao que ocorre em nosso crebro quando falamos.

    Os resultados do estudo anunciado durante a conferncia ainda no foram publicados, mas depois de analisar molculas geradas por genes ativos em mais de 4.700 amostras detecido cerebral de mandarins-diamante e beija-flores alguns do Brasil e compar-las sdo crebro humano, Jarvis est seguro de suas concluses.

    Nossos resultados apontam que comportamentos e conexes neurais associados fala e ao canto esto ligados a traos genticos compartilhados por humanos e alguns pssaros que esto separados de ns por trs milhes de anos na histria da evoluo, diz. Isso incrvel, pois nem nossos parentes mais prximos, como os chimpanzs, tm essa habilidade de aprender e reproduzir sons.

    Para o cientista, a habilidade teria evoludo independentemente em humanos, pssaros e outros animais que aprendem sons, como as baleias e os golfinhos.

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  • Detran MT

    Nada de especial nos humanos Jarvis tem uma viso sobre a linguagem bem diferente do senso comum e da dos linguistas. Para ele, a linguagem nada mais do que a capacidade de controlar os movimentos da laringe para reproduzir sons". Sendo assim, o pesquisador explica que noh diferena entre o canto dos pssaros e a fala humana.

    As definies de fala e linguagem falada so diferentes para a neurologia e a lingustica ou psicologia comportamental, explica. Quando se trata de crebro, linguagem e fala soa mesma coisa. O que diferencia os humanos e esses pssaros dos demais animais a habilidade de imitar sons. A capacidade de entender a linguagem no nica dos humanos; ces e at galinhas podem entender a linguagem e te obedecer quando voc diz 'senta'."

    Para Jarvis, a diferena entre os beija-flores, mandarins-diamante e humanos est apenas na complexidade da linguagem. Acredito que esses pssaros tm um nvel de linguagem mais complexo do que o imaginado; ns no percebemos porque um trabalho duro medir a complexidade da vocalizao de tantas espcies. Mas, dito isso, eles ainda esto muito longe da complexidade que a linguagem humana adquiriu.

    A psicloga Janet Werker, da Universidade da Columbia Britnica (Canad), que estuda a aquisio da linguagem em bebs, acredita que os resultados de Jarvis podem fomentar a compreenso sobre a evoluo da linguagem humana.

    Werker aponta que enquanto a maioria das espcies, inclusive as estudadas por Jarvis, usa sons para atrair parceiros para o acasalamento, somente os humanos usam a linguagem majoritariamente para a comunicao.

    possvel que no incio da nossa histria evolutiva usssemos, assim como esses pssaros, a fala e o canto como atrativos sexuais e depois passamos a usar como forma de comunicao tambm, sugere. O interessante tentar descobrir como se deu essa mudana.Aps a leitura das assertivas em que se analisa o processo de formao de algumas palavras empregadas no texto, assinale V para verdadeiro e F para falso. Em seguida, assinale a alternativa que contenha a ordem correta de cima para baixo:

    ( ) A palavra vocalizar (3 pargrafo) escrita com z, pois verbos formados a partir de palavras que no tm s na ltima slaba so escritos com z (- izar). ( ) A palavra acasalamento (penltimo pargrafo) um exemplo de derivao parassinttica, pois foram agregados radical e prefixo palavra inicial. ( ) O plural do nome do pssaro: mandarins- diamante tambm estaria correto sob a forma: mandarins-diamantes. ( ) Na palavra independentemente (6 pargrafo), o prefixo im- assume a forma in- por estar diante de uma palavra comeada por d

    A ordem correta : a) F V F F

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  • Detran MT

    b) V V V F c) V F V F d) F F F V

    3 - IESES - 2013 - SEPLAG-MG - Gestor GovernamentalAssinale a nica opo em que todos os verbos apresentam variao no radical quando conjugados:

    a) dizer, fazer, crescer. b) vencer, buscar, partir. c) mascarar, poder, passar. d) fingir, examinar, enviesar.

    4 - FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Oficial de Apoio Judicial

    Considerando o processo de formao de palavras, assinale a alternativa em que se encontra um prefixo e um sufixo.

    a) Reconstruo b) Idealizadas c) Diariamente d) Heroicizadas

    5 - FUNCAB - 2010 - IDAF-ES - Analista de TI

    Leia o texto abaixo e responda s questes propostas.

    O processo de licenciamento de Angra III foi mais uma demonstrao de como estamos despreparados para conceber uma sociedade que, efetivamente, seja a base paraa preservao do planeta. Falas de autoridades pblicas, de editoriais e at de alguns ambientalistas defenderam esse tipo de energia com argumentos de que se trata de uma energia limpa, j que no agrava o efeito estufa, e que o Brasil precisa reforar sua matriz energt ica para se desenvolver a taxas cada vez maiores. Sem contar o absurdo de chamar de energia limpa a fisso nuclear e o seu perigoso lixo atmico, fica evidente que poucos se perguntam sobre as consequncias ambientais de se defender cada vez mais o desenvolvimento. Para frear o drama ambiental planetrio que se avizinha, precisamos de menos desenvolvimento e de menos consumo de energia e de recursos naturais. Entrou na moda a expresso desenvolvimento sustentvel. Empresrios verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecolgico. Mas a realidade que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, no sustentvel. A no ser que sejam estancados o crescimento populacional planetrio e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatrio da natureza das naesmaisricas. De que maneira participamos do ciclo perverso que comea na extrao dos recursos naturais, passa pela produo e distribuio e chega at ao consumidor? Conhecer a

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  • Detran MT

    cadeia que rege o consumo fica muito claro em vdeo, que circula pela internet, realizado pela ativista Annie Leonard, o original Story Of Stuff. Essa animao bem construda explica a desastrosa cadeia que comea devastando o meio ambiente at chegar ao inconsequente consumidor. J se foi o tempo em que se alimentar e vestir era algo complementar vida do indivduo. Hoje em dia, esses hbitos se tornaram uma corrida insana para quem quer queseja se sentir algum. Os manipuladores da indstria da moda no se cansam de alternar tendncias, para que a cada estao tenhamos que renovar o guarda-roupa da cabea aosps . Com os eletrodomsticos e eletrnicos em geral, a coisa fica mais cabeluda. Mal aprendemos a utilizar um novo laptop- e j explode no mercado outro mais repleto de possibilidades! Para resistir presso do mercado, preciso muita fora de vontade. E como nem todo mundo tem, a eles fazem a festa! Dessa forma, subvertemos a lei naturale o ser humano passa a valer menos que o sistema por ele criado. Carros, sapatos, computadores descartveis, uma corrida desenfreada em busca do ltimo modelo para alimentar a cadeia deobjetos descartveis para pessoas descartveis. Mas o que fazer e como fazer para parar esse movimento destrutivo? Conhecer os ensinamentos de grandes filsofos como Plato, Buda, Jesus, Gandhi e tantos outros que dedicaram suas vidas para mostrar que a verdadeira realidade se encontra no interior do ser humano. O grande vazio que nos faz comer demais, comprar demais, amar demais sem conseguir suprir a fome existencial. Para esses lderes espirituais, uma maior conscincia do nosso Eu Superior se refletir num contato mais prximo com a natureza, produzindo uma sociedade mais consistente e feliz. E sem dvida faz parte dessa busca sermos capazes de viver uma vida mais frugal.

    (RESENDE, Clia & LIMA, Ronie. JB Ecolgico: 07 / 01/ 2008, p. 54)Com relao ao comentrio sobre o significado do sufixo destacado nas palavras, h evidente equvoco em:

    a) preservao - extrao (ato de