APOSTILA FARMACOTÉCNICA

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FARMACOTCNICA I Professora Patricia Verissimo Staine 2 semestre de 2011 FARMACOTCNICA Afarmacotcnicapodeserdefinidacomoosetordas CinciasFarmacuticasquetratadasoperaesedas formas farmacuticas. Oobjetivoprincipaldafarmacotcnicaatransformaode substncias(naturaisousintticas)emformasfarmacuticas,as quais representam o produto final e acabado. Estas transformaes obrigamaexecuodetcnicasdemanipulaodenominadas operaes farmacuticas.

preparo de medicamentos a partir de frmacos e matrias primas. Objetivo das preparaes: curar ou prevenir doenas e no ser fonte de contaminaes ou fonte de problemas. Medicamento Eficcia e segurana Frmaco (PA) + excipientes + tcnica de preparao Operao farmacutica Oprincpioativo(PA)eosexcipientesdevemestarem conformidade um no pode interferir na ao do outro. Definies: Droga (RDC 33/2000): substancia ou matria prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitria. Especialidadefarmacutica(RDC33/2000):produtooriundoda industriafarmacuticacomregistronaAgnciaNacionaldeVigilncia Sanitria. PreparaoMagistral(RDC33/2000):aquelapreparadanafarmcia para ser dispensada atendendo uma prescrio mdica que estabelece sua composio, sua forma farmacutica, sua posologia e seu modo de usar. Medicamento(Portaria344/98):produtofarmacuticotecnicamente obtido ou elaborado com finalidades profilticas, curativas, paliativas ou para fins de diagnsticos. Matria prima (ANVISA): substncia ativa ou inativa que se emprega na fabricaodemedicamentosedemaisprodutosabrangidospelo RegulamentoTcnicodeBoasPrticasdeManipulaodaANVISA, tantoaquelaquepermaneceinalterada,quantoapassvelde modificaes. Segundo a Resoluo RDC n 222, de 29 de julho de 2005: MATRIA-PRIMAtodaasubstnciaativa,drogaouinsumofarmacutico empregadonaproduodosmedicamentos.Asmatrias-primas utilizadas nas formulaes descritas nesse formulrio devem ser de grau farmacutico.Droga toda substncia de origem animal, vegetal ou mineral de onde extrado o princpio ativo que possui ao farmacolgica.Frmaco/princpio ativoSubstncia quimicamente caracterizada, cuja ao farmacolgica conhecidaeresponsveltotalouparcialmentepelosefeitos teraputicos do medicamento.MedicamentoProdutofarmacutico,tecnicamenteobtidoouelaborado,que contmumoumaisfrmacosjuntamentecomoutrassubstncias, comfinalidadeprofiltica,curativa,paliativaouparafinsde diagnstico.DROGA VEGETAL Plantamedicinalousuaspartes,apsprocessosdecoleta, estabilizaoesecagem,podendoserntegra,rasurada,triturada ou pulverizada.FARMACOPICOA expresso farmacopico substitui as expresses oficial e oficinal, utilizadasemediesanteriores,equivalendo-seastrs expresses para todos os efeitos.FITOTERPICOMedicamentoobtidoempregando-seexclusivamentematrias-primasativasvegetaiscaracterizadopeloconhecimentoda espcievegetal,desuaeficciaedosriscosdeseuuso,assim comopelareprodutibilidadeeconstnciadesuaqualidadeSua eficciaeseguranasovalidadasatravsdelevantamento etnofarmacolgicosdeutilizao,documentaestecnocientficas empublicaesouensaiosclnicosfase3Noseconsidera medicamentofitoterpicoaqueleque,nasuacomposio,inclua substnciasativasisoladas,dequalquerorigem,nemas associaes destas com extratos vegetais. FRMULA FARMACUTICA (MEDICAMENTO): Frmula Magistral preparada em farmcia de manipulao, no temregistro,notemacompanhamentoindividualizadopela vigilncia sanitria. FrmulaOficialouOficinalestdescritaemalgumcompndio oficial. EspecialidadeFarmacuticafrmulaproduzidaemindstria farmacutica, registrada em rgo oficial. Atributos: -conter a quantidade adequada de PA; -deve ser livre de materiais estranhos; -liberar o PA na quantidade e velocidade adequadas; -serformuladadeacordocomaviadeadministraoaquese destina. FORMA FARMACUTICA: - maneira pela qual se apresenta a frmula farmacutica quanto ao seu estado fsico, via de administrao ou mtodo de produo. Classificao quanto ao estado fsico: -Slidas: ps, cpsulas, comprimidos, drgeas, supositrios, etc. -Lquidas: solues, suspenses, emulses, linimentos, loes. -Plsticas: pomadas, pastas, cremes, gis, ungentos, ceratos. Finalidade de vrias formas diferentes:-facilidade de administrar -estabilidade -facilidade de absoro -conservao -melhorar o aspecto e aceitao -segurana Segundo a Resoluo RDC n 222, de 29 de julho de 2005: FORMAS FARMACUTICASGUAS AROMTICASSo solues saturadas de leos essenciais ou outras substncias aromticasemguaPossuemodorcaractersticodasdrogascom asquaissopreparadas,recebendotambmonomedas mesmas.CPSULASSo formas farmacuticas slidas, destinadas administrao oral Possuemtamanhosecapacidadesvariveise,usualmente, contmdosenicadoprincpioativoOinvlucropodeser constitudo de amido ou de gelatina.Ascpsulasdevematendersexignciasdevariaodepeso, tempodedesintegrao,uniformidadedecontedoeteorde princpios ativos descritos na monografia.COLRIOSSopreparaesfarmacuticaslquidasdestinadasaplicao sobre a mucosa ocular.Devematendersexignciasespecificadasnasrespectivas monografias Devem satisfazer s exigncias de esterilidade.COMPRIMIDOSSoformasfarmacuticasslidasobtidasporcompresso, contendo dose nica com um ou mais princpios ativos. Estaformafarmacuticadeveatendersexignciasde desintegrao,dissoluo,dureza,friabilidadeeuniformidadede contedodescritasnosmtodosgeraiseprevistasnas monografias especficas.ELIXIRESSopreparaeslquidas,lmpidas,hidroalcolicasapresentando teor alcolico na faixa de 20% a 50%.Oselixiressopreparadospordissoluosimplesedevemser envasados em frascos de cor mbar e mantidos em lugar fresco e ao abrigo da luz.EMULSESSopreparaesfarmacuticasobtidaspeladispersodeduas faseslquidasimiscveisou,praticamenteimiscveisDeacordo comahidrofiliaoulipofiliadafasedispersanteclassificam-seos sistemas em leo em gua (O/A) ou gua em leo (A/O).Quandosoparausoinjetvel,devematendersexignciasde esterilidade e pirognios.ESPRITOSSopreparaeslquidasalcolicasouhidroalcolicas,contendo princpiosaromticosoumedicamentososeclassificadosem simples e compostos.Os espritos so obtidos pela dissoluo de substncias aromticas no lcool, geralmente, na proporo de 5% (p/V).EXTRATOSExtratossopreparaesdeconsistncialquida,slidaou intermediria,obtidasapartirdomaterialvegetalouanimalO material utilizado na preparao de extratos pode sofrer tratamento preliminar,talcomoinativaodeenzimas,moagemou desengorduramento. Osextratossopreparadosporpercolao,maceraoououtro mtodoadequadoevalidado,utilizandocomosolventelcool etlico,guaououtrosolventeadequadoApsaextrao, materiais indesejveis podem ser eliminados.EXTRATOS FLUDOSExtratos fludos so preparaes lquidas nas quais, exceto quando especificadodiferentemente,umapartedoextrato,emmassaou volume,correspondeaumaparte,emmassa,dadrogaseca, utilizadanasuapreparaoSenecessrio,osextratosfludos podem ser padronizados, em termos de concentrao do solvente, teordosconstituintesouresduoseco.Senecessrio,podemser adicionadosdeconservantesinibidoresdocrescimento microbiano.EXTRATOS HIDROGLICLICOS (EXTRATOS GLICLICOS)Contmasfraesaromticasintactas(leosessenciais)e hidrossolveis(taninos,aminocidos,etc)demaneira perfeitamenteassimilvelContmconcentraesprximasa50% do peso da planta fresca.Sosolveisemguaeproduzemumasoluotransparenteou ligeiramente turva. Glicis = glicerina, propilenoglicol.EXTRATOS MOLESOsextratosmolessopreparaesdeconsistnciapastosa obtidosporevaporaoparcialdosolventeutilizadonasua preparao.Soobtidosutilizando-secomosolventeunicamente lcooletlico,guaoumisturaslcooletlico/guadeproporo adequada.Apresentamnomnimo70%deresduoseco(p/p).Os extratosmolespodemseradicionadosdeconservantesparainibir crescimento microbiano.EXTRATOS SECOSExtratossecossopreparaesslidasobtidaspelaevaporao dosolventeutilizadonasuapreparao.Apresentam,nomnimo, 95%deresduoseco,calculadoscomopercentagemdemassa. Osextratossecospodemseradicionadosdemateriaisinertes adequados. Osextratossecospadronizadostmoteordeseusconstituintes ajustadopelaadiodemateriaisinertesadequadosoupela adio de extratos secos obtidos coma mesmadroga utilizada na preparao.Quando necessrio, a monografia poder prescrever realizao de ensaio limite para o solvente utilizado na preparao.LOESSopreparaeslquidasaquosasouhidroalcolicas,com viscosidadevarivel,paraaplicaonapele,incluindoocouro cabeludo. Podem ser solues, emulses ou suspenses contendo um ou mais princpios ativos ou adjuvantes.VULOSSopreparaesfarmacuticasslidas,comformatoadequado, paraaplicaovaginal.Devemdispersaroufundirtemperatura do organismo.Estas preparaes devem atender o teste de desintegrao.PREPARAES TPICAS SEMI-SLIDASPreparaestpicassemi-slidassoaquelasdestinadaspara aplicaonapeleoumucosasparaaolocal,ouaindaporsua aoemolienteouprotetora.Aspreparaesdestinadasaouso oftlmico,aotratamentodeferidasouaplicaosobreleses extensasdapeledevemsatisfazersexignciasdotestede esterilidade.Distinguem-se 4 categorias de preparaes semi-slidas:- Pomadas- Cremes- Gis- PastasPomadasPomadassopreparaesparaaplicaotpica,constitudasde basemonofsicanaqualpodemestardispersassubstncias slidas ou lquidas.CremesSo preparaes semi-slidas, obtidas atravs de bases emulsivas dotipoA/OouO/A,contendoumoumaisprincpiosativosou aditivos dissolvidos ou dispersos na base adequada.GisGissosistemassemi-slidosqueconsistemdesuspensesde pequenaspartculasinorgnicasoudegrandesmolculas orgnicas interpenetradas por um lquido.PastasSoformasfarmacuticassemi-slidasquecontmumaelevada concentraodepsfinamentedispersos,variandonormalmente este contedo de 20% at 60%, sendo mais firmes e espessas que as pomadas, mas sendo, geralmente, menos gordurosas que elas. Destinam-seaplicaoexternaeapresentam,geralmente, comportamento reolgico dilatante.SUPOSITRIOSSo preparaes farmacuticas slidas, de dose nica que podem conter um ou mais princpios ativos. Devem fundir temperatura do organismooudispersaremmeioaquoso.Oformatoea consistnciadossupositriosdevemseradequadosparaa administrao retal. Ossupositriosdevematendersexignciascontidasnas monografias especificadas, bem como ao teste de desintegrao.SUSPENSESSopreparaesfarmacuticasobtidaspeladispersodeuma faseslidainsolveloupraticamenteinsolvelemumafase lquida.Quando se destinam a uso injetvel, as suspenses devem satisfazer s exigncias de esterilidade e no apresentar partculas maiores que 100m.TINTURASTinturassopreparaeslquidasobtidas,normalmente,de substncias de origem vegetal ou animal. As tinturas so usualmente obtidas utilizando uma parte da droga e 10partesdosolventedeextraoouumapartedadrogaecinco partesdosolventedeextrao.Astinturassonormalmente lmpidas.Umpequenosedimentopodeseformarpordeposioe aceitvel desde que no haja modificao da composio.So baseadas na ao solubilizante do lcool etlico ou da glicerina sobreopsecodadroga(planta),aoqualsepodeagregargua emquantidadenecessriaparadiminuiraconcentraoalcolica. A graduao alcolica da tintura varia de acordo com a solubilidade dos princpios ativos extrados normalmente entre 30 GL e 90 GL.

Atualmenteaglicerina,opropilenoglicoleopolietilenoglicol tambm tm sido empregados em misturas com gua substituindo o lcool etlico.XAROPESSopreparaesaquosascaracterizadaspelaaltaviscosidade, queapresentamnomenosque45%(p/p)desacaroseououtros acaresnasuacomposio.Osxaropesgeralmentecontm agentes flavorizantes.Quandonosedestinamaoconsumoimediato,devemser adicionados de conservadores antimicrobianos autorizados. PORCENTAGENSAs concentraes em porcentagem so expressas como segue:por cento p/p (peso em peso) ou % (p/p) - expressa o nmero de g de componentes em 100 g de mistura.por cento p/V (peso em volume) ou % (p/V) - expressa o nmero de g de um componente em 100 ml da soluo.por cento V/V (volume em volume) ou % (V/V) - expressa o nmero de ml de um componente em 100 ml de soluo.por cento V/p (volume em peso) ou % (V/p) - expressa o nmero de ml de um componente em 100 g da mistura. Aexpressoporcentousadasemoutraatribuiosignifica:para mistura de slidos e semi-slidos, por cento p/p; para solues ou suspensesdeslidosemlquidos,porcentop/V;parasolues de lquidos, por cento V/V; para solues de gases em lquidos, por centop/V;paraexpressarteordeleosessenciaisemdrogas vegetais, por cento V/p. EXCIPIENTES: Componentesdasfrmulasfarmacuticasquetemcomoobjetivo acidificar/alcalinizar,conservar,estabilizar,conferirconsistncia, viscosidade,forma,ouseja,corrigirdopontodevistafsico-qumico a preparao. Algunsautoresclassificamosexcipientesemveculose adjuvantes. OBS: Todo veculo um excipiente, mas nem todo excipiente um veculo. Excipientes Excipiente do latim excipire significa receber, o excipiente recebe o frmaco. Veculotransportaofrmacoaostiodeao/absorono organismo. Adjuvante / coadjuvante tcnico, do latim, adjuvare significa ajudar, auxiliar.Oadjuvanteumexcipientequeauxiliaofrmacoa desempenhar sua funo. Caractersticas do excipiente ideal: -no interagir com o frmaco; -no interagir com o material de embalagem; -no ser txico, sensibilizante, irritante; -disponibilizar o frmaco; -estabilizar a forma farmacutica; -fcil de ser armazenado; -custo compatvel com a formulao; -caractersticas reprodutveis lote a lote; -propriedades apropriadas. Aescolhadoexcipientebaseadanacaractersticadofrmacoe da forma farmacutica escolhida. veculos adjuvantes 1-Agentesacidificantes/alcalinizantes:acertaremanteropH. Ex: cido ctrico, cido actico, carbonato de sdio, bicarbonato de sdio, etc. 2-Conservantes: funo de impedir a proliferao microbiana. Ex:Classefenisnipagin,nipazol,butilparabeno,cido benzico, benzoato de sdio, fenol metilparabenopropilparabeno butilparabeno Classe lcoois etanol, lcool isoproplico, lcool feniletlico Compostos mercuriais timerosal Compostos de prata nitrato de prata 3-Antioxidantes: evitar a oxidao dos componentes da frmula. Ex:Faseaquosa-sulfitodesdio,metabissulfitodesdio, cido ctrico, EDTA, cido tartrico e tartaratos. Fase oleosa - vitamina E (o-tocoferol), BHT (butil-hidroxi-toluol), BHA (butil-hidroxi-alisol). 4-Agentesquelantes:(complexantes,sequestrantes)formam complexossolveiscomcertoscomponentesdafrmula, podendoserusadosparaeliminardapreparaosubstncias indesejveis,ouparafacilitaradissoluodesubstncias desejveis. Ex: c. ctrico e seus sais, c. tartrico e seus sais, EDTA, iodo + KI. 5-Agentesdeconsistncia:conferirconsistnciaparaas preparaes farmacuticas. Ex: cera de abelhas, lcool cetlico, MEG (monoestearato de glicerila). 6-Corantes:conferircor.Ex:clorofila,urucum,betacaroteno, corantes artificiais. 7-Agentesemulsionantes:funodeemulsionar=dispersare misturarintimamentedoislquidosimiscveis,formandouma preparao estvel. Ex: sabes alcalinos, estearato de amnio, lauril sulfato de sdio. 8-Flavorizantes: conferir aroma e sabor. Ex: aroma de morango. 9-Umectantes:substnciascomcapacidadedeumectar/hidratar apele,usadoparaevitaroressecamentodasformulaes devidosuacapacidadedereterguanosistema.Ex: propilenoglicol, glicerina, sorbitol. 10- Emolientes:aoamaciantedapele.Ex:glicerina,lanolina, leo de amndoas. 11- Solventes:dissolvercomponentesdaformulao.Ex:gua, etanol, acetona, ter, propilenoglicol, leo mineral, glicerina. 12- Tensoativos:solubilidadeemguaeleoformammicelas que estabilizam a preparao. Alteram a tenso superficial. Ex: lauril sulfato de sdio, cloreto de cetil trimetil amnio (usado em condicionadores),docusatosdico,polissorbatos,lecitinade soja. 13- Espessantes:aumentamaviscosidadedaspreparaes lquidas.Ex:CMC(carboximetilcelulose),hidroxietilceluose, gomaxantana,gelatina,gomaadraganta,carbopol(polmeros do c. acrlico). 14- Isotonizantes:corrigemapressoosmticadepreparaes injetveis, colrios, pomadas oftlmicas e errinos. Ex: NaCl, KCl, glicose, sacarose, dextrose. 15- Edulcorantes:conferemsaboradocicadospreparaesde uso oral. Ex: glicose, frutose, sorbitol, aspartame, estvia. 16- Veculo:agentecarregadordesubstnciasfarmacuticas, utilizado na preparao de lquido orais e parenterais. Ex.: gua (purificada),misturashidroalcolicas,misturas flavorizadas/edulcoradas(xaropes,elixiresaromticos), oleaginosos (leo de amendoim, gengibre, mineral). 17- Agentesuspensor:usadoparasuspenderpartculasslidas noveculo,aumentaraviscosidadedeumveculoemum sistemadisperso,diminuiravelocidadedesedimentaodas partculas dispersas em um veculo, onde no so solveis. Ex: agar, caulim, metilcelulose, CMC, HMC, goma adragante. 18- Diluentes:substnciainerteutilizadacomoagentede enchimento para completar o volume de formas farmacuticas slidascomocomprimidosecpsulas.Usadoparacriaro volume desejado, as propriedades de fluxo e as caractersticas decompressonaspreparaes.Ex.:lactose,manitol,amido, celulose microcristalina. 19- Aglutinantes: substncias utilizadas para causar aderncia nas partculasdepnoprocessodegranulao.Aumentama coesoentreaspartculas.Ex.:amidopr-gelatinizado,amido, povidona, metilcelulose. 20- Desagregante/desintegrantes:provemorompimentoda massaslidaempartculasmenoresquesedispensamou dissolvemmaisrapidamente.Ex.:croscarmelosesdia- Explocel,amidoglicolatodesdioExplotab, carboximetilceluloseretiucladaAc-Di-Sol,cidotartrico, bicarbonato de sdio. 21- Lubrificante:utilizadoparadiminuiroatritonafluidezdo materialquecompeaformafarmacuticaslida.Deslizantes, antiaderentes. Facilitam o escoamento de ps. Ex.: estearato de magnsio, estearato de clcio, estearato de zinco, talco. 22- Agentes de revestimento: utilizados para recobrir comprimidos evitandoadecomposiodofrmaco,mascararsaboreodor, alterar o perfil de liberao do frmaco, proteger o frmaco. Ex.: compostosaucarados(sacarose,glicose),pelculas(Ethocel etilcelulose,hidroxipropilmetilcelulose),revestimentoentrico (ftalato de acetato de celulose, goma laca). 23- Absorventes:absorvemaumidaderesidualdeps.Ex.: carbonato de clcio, talco, dixido de silcio coloidal Aerosil. 24- Agenteslevigantes:substnciasutilizadascomoagente facilitadornareduodotamanhodepartculasdefrmacos portriturao,emgeralemumalmofariz.Ex.:glicerina,leo mineral Excipientes utilizados para possibilitar a preparao: -Diluentes -Aglutinantes -Desagregantes -Lubrificantes -Veculos -Emulsificantes -Gelificantes Excipientes utilizados para fornecer estabilidade: -Qumica: oAntioxidantes oQuelantes oModificadores de pH oTamponantes -Fsica: oSuspensores oTensoativos oFloculantes -Microbiolgica: oConservantes Excipientes utilizados para melhorar a aceitao da preparao: -Corantes -Aromatizantes -flavorizantes TIPOS DE MATRIAS-PRIMAS NO MERCADO: -Matria-primaP.A.(pr-anlise)graudepurezaelevado, custo elevado, usada em anlises qumicas. -Grausuperfarmacuticograudepurezaacimado farmacutico, usada em algumas preparaes farmacuticas. -Graufarmacutico-deveserusadonaspreparaes farmacuticas,exigidoedescritonasfarmacopiase compndios. -Grautcnicoabaixodograufarmacutico,usogeral (medicamentos tpicos, excipientes). PRODUTOPR-MANIPULADO:preparaesfarmacuticas usadas como veculo/base para outras preparaes. Armazenadas em pequenos estoques. BPF NA FARMCIA DE MANIPULAO: Conjunto de normas que visamgarantira qualidade mxima do produto. 1) Ingredientes e doses dos medicamentos 2) Qualidadedasmatrias-primas(fornecedores/marcas conhecidos no tem controle de qualidade) 3) Acondicionamento e embalagem das matrias-primas e produtos acabados / rotulagem 4) Manipulaodosmedicamentos-normasdefabricaopor escrito 5) Evitar contaminao nas etapas de produo: 1- Contaminao por partculas: (poeira, cabelo...) Consequncias: apresentao, contaminao microbiolgica Como evitar: aventais limpos, touca, mscara, luvas, cuidados com asmos,unhas,cabelosebarba,cuidadocomequipamentos, utenslios e embalagens. 2- Contaminao cruzada: (contaminao com matria-prima que no faz parte da preparao) Consequncias: ineficcia teraputica, intoxicao, morte Como evitar: limpar esptulas, bancadas, utenslios, equipamentos, vedaodasembalagens,cuidadocomaidentificaodas matrias-primas. 3- Contaminao microbiolgica: Consequncias: m apresentao, infeces Comoevitar:aventais,touca,mscaraeluvaslimpos;cuidados comasmos,unhas,cabelosebarba;manterocho,bancada, equipamentos,utensliosematerialdeacondicionamentomuito limpos; verificar a vedao das matrias-primas; cuidar do lixo, no manusear objetos estranhos.

MATERIAL DE ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM: -Materialdeacondicionamento=entraemcontatodiretocoma preparao farmacutica. Material primrio. -Material de embalagem = recipiente ou invlucro que serve para cobrir, empacotar e proteger as preparaes farmacuticas. No devetercontatodiretocomaspreparaes(papel,cartolina). Material secundrio. Funes principais: -Proteo e conservao da forma farmacutica. -Funcionalidade: facilitar o uso da forma farmacutica. -Identificao e informao: rtulo, bula, caixa. -Atratividade: motiva o consumidor: marketing pensar tambm em formas cosmticas... Propriedades essenciais: -Resistncia fsica, menor peso, ocupar menor volume. -Impermeabilidade s matrias primas da forma farmacutica. -Isolamento de fatores extrnsecos. -Inrcia trocas inexistentes (dissolues ou reaes). -Inocuidade. -Responsabilidade, confiabilidade. Segundo a Resoluo RDC n 222, de 29 de julho de 2005: MATERIAL DE ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEMCompreende-se por material de acondicionamento e embalagem o recipiente,envoltrio,invlucroouqualqueroutraformade proteo, removvel ou no, destinado a envasar, proteger, manter, cobrirouempacotar,especificamenteouno,matrias-primas, reagentes e medicamentos.Materialdeacondicionamentopropriamenteditoouembalagem primria, o que est em contato direto com a forma farmacutica durante todo o tempo. Considera-se material de acondicionamento ampola, bisnaga, envelope, estojo, flaconete, frasco de vidro ou de plstico,frasco-ampola,cartucho,lata,pote,sacodepapele outros.Embalagem(embalagemsecundria)aquesedestinatotal proteodaembalagemprimrianascondiesusuaisde transporte,armazenagemedistribuio.Considera-seembalagem secundria: caixas de papelo, cartolina, madeira, material plstico e outros.Nodevehaverqualquerinterao,entreomaterialde acondicionamentoeoseucontedo,capazdealterara concentrao, a qualidade ou a pureza do material acondicionado.As condies de acondicionamento so descritas nas monografias, utilizando-se os termos abaixo:Recipiente bem fechado - aquele que protege o seu contedo de perdasecontaminaoporslidosestranhos,nascondies usuais de manipulao, transporte, armazenagem e distribuio.Recipienteperfeitamentefechado-aquelequeprotegeseu contedodeperdasedecontaminaoporslidos,lquidose vaporesestranhos,eflorescncia,deliquescnciaouevaporao nascondiesusuaisdemanipulao,distribuio,armazenagem e transporte.Recipientehermtico-aqueleimpermevelaoarouqualquer outrogs,nascondiesusuaisdemanipulao,transporte, armazenagem e distribuio.Cilindrodegs-recipientemetlicoperfei-tamentefechado,de paredes resistentes, destinado a conter gs sob presso, obturado porvlvularegulvel,capazdemanterasadadogsemvazo determinada.Recipiente para dose nica - o recipiente hermtico e que contm determinadaquantidadedomedicamentodestinadaaser administradadeumasvez,oqual,umavezaberto,nopoder ser fechado com garantia de esterilidade.Recipienteparadosesmltiplas-orecipientequepermitea retiradadeporessucessivasdeseucontedo,semmodificara concentrao, a pureza e a esterilidade da poro remanescente. ROTULAGEMRtulo a identificao impressa ou litografada, bem como dizeres pintadosougravadosafogo,pressooudecalqueaplicado diretamentesobrerecipientes,vasilhames,invlucros,envoltrios ouqualqueroutromaterialdeacondicionamento.Osrtulostero dimenses necessrias fcil leitura e sero redigidos de modoa facilitar o entendimento ao consumidor.Aconfecodosrtulosdeverobedecersnormasvigentesdo rgo federal de Vigilncia Sanitria. Forma farmacuticaRecipiente sugerido Comprimidos,cpsulasou drgeas Frascospequenoscomboca larga,vidrotransparenteou mbar-ouplsticoopaco. Blister ou strip (termossoldveis) Solues, xaropes e elixiresVidroincoloroumbar,boca estreita. Lquidos viscosos: boca larga. Tampaplsticaebatoquee lacre. Emulses e suspensesFrasco de vidro ou plstico. Rtulo: Agite antes de usar Ps (granel)Plstico. Boca larga. P divididoPapis,saches,saquinhos plsticos. Preparaes oftlmicas, otolgica e nasais lquidas Frascogotejador:plsticoou vidro. Spray. Pomada ou gel oftlmicoBisnagasoutubos:metalou plstico. Pomadas, cremes, gisBisnagasefrascos,potesde boca larga, plstico ou metal. Supositrios, vulosCartelasplsticas,saches plsticos ou alumnio. Injetveis Ampolasdevidrombarou incolor, unidoses ou multidoses Caractersticas: -FechodeseguranaVO.Dificultaraaberturaporcrianas menoresque5anos.Embalagensresistentes violao:indica a violao, evita adulterao. -Adequaodasembalagens:auxlioaopaciente,cooperao composologia:esquecimentos,confuso,interrupodo tratamento. -BulasResoluoRDCN140,29deMaiode2003 (Estabelece regras das bulas de medicamentos para pacientes e para profissionais de sade.). oDescrio do produto, nome DCI e comercial; oUso peditrico/ adulto; oFarmacologia; oFarmacocintica; oIndicaes e usos; oContra-indicaes; oAlertas e precaues; oReaes adversas; oAbuso e dependncia; oDose excessiva e tratamento; oPosologia e via de administrao; oForma farmacutica, concentraes; oResponsveltcnico,CR,nomedaempresa,CNPJ, endereo. Bulario Eletronico da Anvisa INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS DE LABORATRIO FARMACOTCNICO Entreosprincipaisinstrumentoseequipamentosutilizadosna Farmacotcnica podem ser destacados: a) Almofariz (Gral) e Pistilo (Pilo) Utilizado nos processos de pulverizao, triturao e mistura de slidos. Podem ser de ferro, bronze,mrmoreouporcelana(demassa).Almofarizes menores, de porcelana ou vidro so comumente denominados de GRAL.Acontusoetrituraodosslidosobtidapeloatrito comoPISTILO.Parasubstnciascorrosivas,corantese essncias deve-se utilizar o gral de vidro, pois estas impregnam naporcelana.Aoutilizarograldemassaparamisturade materiais aquecidos/fundidos, a fim de evitar contato destes com asparedesfriasdogral,deve-seaqueceromesmoatravsde queima de pequena quantidade de lcool em seu interior.

b) Balana Podem ser de quatro tipos: - analtica - para quantidades mnimas de at 0,0001 g; - semi-analtica - para quantidades mnimas de at 0,01 g; - granatria - para quantidades mnimas de at 0,1 g; - roberval - para quantidades superiores a 10 g. Abalanaanalticaempregadasomenteemcasosdealta preciso,aotrabalhar-secomprincpiosativosmuitopotentese que, portanto, participam da formulao em pequenas quantidades. Os excipientes podero ser pesados em balana granatria de dois pratose/oubalanasemi-analtica,asquaisadmitemerrosde pesagemmaiores,pormnosignificativosemrelao composio final do produto. *compostoscorrosivoscomooiododevemserpesadossobre vidro de relgio

c) Bquer Utilizado para dissoluo ou preparao de solues quente, devendo ser protegido do fogo direto pelo uso de tela de amiantoouaquecimentoembanho-maria.Dissoluesfrio devem ser realizadas no copo graduado ou clice, que so mais resistentes ao atrito com o basto de vidro. d) Cliceecopograduado(quandoovolumemaiorque 60mL) Utilizado nas medida no rigorosas de volumes lquidos (viscosos ou no), nas preparaes lquidas com dissoluo frio e ainda no acerto final de volume de preparaes. e) CpsuladeporcelanaEmpregadanafusodemateriais slidoseceras.Apresentaparedesfinasquenoresistemao atrito. f)EsptulaTemafinalidade de auxiliarnasdiversasoperaes como pesagem, preparodepomadas, etc.Geralmenteutiliza-se esptuladeaoinoxidvelcomcabodemadeira.Porm,nas preparaesqueenvolvemsubstnciascorrosivascomoiodo, deve-se utilizar esptula de osso, vidro ou plstico. g) FunildevidroAuxiliarnasoperaesenvolvendolquidos como enchimento de frascos efiltraes. h) Papel de filtro Utilizado na filtrao de solues no viscosas ou de baixa viscosidade. Xaropes e solues viscosas devem ser filtrados em papis prprios ou em gaze. i)Pedra demrmore eplaca devidro Apresentam superfcie lisaquefacilitaaincorporaodepsacremesepomadas, atravs da espatulao.

j)Pipeta Somente empregada na medida de volume de lquido que exija alta preciso e exatido. Nunca deve ser esvaziada por sopro, a menos que tenha sido aferida para tal. k) ProvetaUsadasparamedidasdevolumenotorigorosas, so mais exatas que os copos graduados. l)TamisInstrumentoutilizadonaoperaodetamisao.O objetivo principal da tamisao o de homogeneizar otamanho das partculas, se necessriomedi-las e classific-las quanto ao grau de tenuidade. ESTABILIDADE DE PREPARAES FARMACUTICAS Estabilidadedefinidacomoaextensodetempoemqueo produto retm, dentro dos limites especificados e dentro do perodo dearmazenamentoeuso(prazodevalidade),asmesmas propriedadesecaractersticasquepossuanaocasioemquefoi manipulado Segundo a Resoluo RDC n 222, de 29 de julho de 2005:PRAZO DE VALIDADEO prazo de validade limita o tempo durante o qual o produto poder serusado.Osprodutosdeveroindicarnosrtulosadatado trmino do prazo de validade. Esta data identifica o tempo durante oqualoprodutoestaremcondiesaouso,desdeque conservado conforme indicao.Quandooprazodevalidadeforindicadoapenaspelomseano, entende-se como vencimento do prazo o ltimo dia desse ms.AfarmacopiaamericanaUSP25ed.Projetademaneiragerala determinao do prazo de validade para preparaes magistrais. Ocritriolevaemconsideraoascaractersticasfsico-qumicas dadroga,daformafarmacuticaesusceptibilidadeaosprocessos de degradao qumica. Existem 5 tipos de estabilidade importantes para o farmacutico: -Qumica Cadacomponenteativoretmsuaintegridadequmicaepotncia indicadas na embalagem, dentro dos limites especificados. -Fsica So mantidas as propriedades fsicas originais, inclusive aparncia, palatabilidade, uniformidade, dissoluo e suspensibilidade. -Microbiolgica Esterilidadeouresistnciaaocrescimentomicrobianomantida, de acordo com limites especificados. -Teraputica O efeito teraputico permanece inalterado. -Toxicolgica No ocorre aumento significante na toxicidade. FORMASFARMACUTICASESINAISDEINSTABILIDADE MAIS COMUNS: -Cpsulas:alteraesnaaparnciaounoseucontudo,incluindo escurecimento,ressecamento,amolecimento,descolorao, distoro dos invlucros, aparecimento de fungos e bolores, etc. -Ps:formaodegrumosoudescolorao.Aformaodegs pode ser um indcio de degradao bacteriana. -Solues,elixiresexaropes:assoluesdevemserlivresde partculasepossuircoreodorcaractersticos.Nodevem descolorir nem formar gases. -Emulses:nodevemquebrar,exsudao,descoloraoou crescimento microbiano. -Suspenses:devemserredispersveis,noapresentar incrustao,cristalizao(nabocadofraco,porexemplo), descolorao ou crescimento microbiano.

-Pomadas:nopodehaverseparao,alteraodeconsistncia, formao de grnulos, arenosidade e ressecamento. -Gis:nopodemapresentarqualquerexsudao,descolorao ou contaminao microbiolgica. CLCULOS EM FARMACOTCNICA Pesagem Aseleodoequipamentoparadeterminaodemassadeveapresentarpadresestabelecidosde sensibilidade, exatido e capacidade. UmabalanadeprecisoClasseAdeveserusadaemprocedimentosdemanipulao.Estas apresentam sensibilidade de 6 mg e capacidade mxima de 120 g. Menor quantidade a ser pesada = 100% x sensibilidade da balana Porcentagem de erro aceitvel (%) Para a balana citada acima, com um erro aceitvel de 5%, temos: Menor quantidade a ser pesada = (100% x 6 mg/ 5%) = 120 mg Porcentagem de Erro Um erro, em qualquer medida, pode acontecer por: -Sensibilidade inerente; -Exatido do equipamento; -Tcnica aplicada. O erro pode ser aceitvel ou no, dependendo do grau de exatido requerido. Porcentagem de erro = erro x 100% Quantidade desejada Para tal precisamos entender: O peso aparente ou volume medido: quantidade realmente desejada. O possvel excesso ou falta na quantidade real obtida: o erro. Exemplo: um farmacutico precisa de 475 mg de uma substncia. Quando foi verificada a sua pesagem, foram encontradas 445 mg da sustncia em questo. Calcule a porcentagem de erro na pesagem. Porcentagem de erro = (30 mg x 100%/ 475 mg) = 6,3% Expresses de Concentrao Porcentagem Asporcentagensnaspreparaesfarmacuticassoexpressascomoprimeirotermoindicandoo componente sobre a qual a concentrao est baseada e o segundo termo indicando a preparao total. Porcentagem peso/ volume (p/V) = expressa o nmero de gramas de um constituinte em 100 mL de uma soluo ou preparao liquida. Porcentagem volume/ volume (V/V) = expressa o nmero de mililitros de um constituinte em 100 mL de uma soluo ou preparao liquida. Porcentagempeso/peso(p/p)=expressaonmerodegramasdeumconstituinteem100gdeuma soluo ou preparao. Diluio, concentrao e aligao. Concentrao de uma soluo toda e qualquer expresso da proporo entre as quantidades de soluto e de solvente, ou, ento, as quantidades de soluto e de soluo. Concentrao comum ou, simplesmente, concentrao (c) Concentrao o quociente da massa do soluto (em gramas) pelo volume da soluo (em litros). Matematicamente:C = m1 V Unidade: gramas por litro (g/L) Significado fsico: a concentrao indica quantos gramas de soluto existem em cada litro de soluo. No confunda a concentrao comum com a densidade da soluo. Esta ltima o quociente da massa da soluo pelo volume da soluo; representada matematicamente por:d = m/V E costuma ser expressa em gramas por militro (g/mL). Observao:-No preparo das solues pode haver expanso, contrao ou manuteno de volume. Aligao Aligaoummtodoaritmticoempregadopararesolverproblemasrelacionadosmisturade preparaesdediferentesconcentraes.Existemdoistiposdeclculosdealigao:amedialea alternada. Aligao medial Aligao medial empregada para determinar a concentrao de uma mistura.

A concentrao de cada componente (expressa geralmente em concentrao percentual) multiplicada pela sua quantidade correspondente. Entoasomadosprodutos divididapela quantidadetotalda misturaea fraodecimalresultante multiplicada por 100 para fornecer a concentrao percentual da mistura. Importante: as quantidades devem ser expressas na mesma unidade mtrica, seja por massa ou volume; bem como as unidades de concentrao! Exemplo: Qual a concentrao V/V de etanol na mistura de 3L de etanol a 40% (V/V), 1L de etanol 60% (V/V) e 1L de etanol 70% (V/V)? 40% x 3L = 1,2L 60% x 1L = 0,6L 70% x 1L = 0,7L Soma dos produtos: 2,5L Total de mistura: 5L Clculo: a soma dos produtos dividida pela quantidade total da mistura: 2,5(L) / 5(L) = 0,5 x 100 = 50% (V/V) Aligao alternada Aligao alternada um mtodo aritmtico empregado para determinar as quantidades de duas ou mais preparaesdediferentesconcentraesque,quandomisturadas,fornecemumprodutofinalde quantidade e concentrao desejada. As concentraes das misturas usadas na aligao alternada so geralmente expressadas em termos de concentraes percentuais. Diagrama esquemtico para aligao alternada. usado para determinar a proporo relativa dos componentes a serem misturados para resultar em um produto de concentrao percentual desejado. Ex.: Em que propores uma preparao a 95% e uma a 50% devem ser misturadas para se obter uma preparao final a 70%? adiferenaentreaconcentraodapreparaomaisconcentradaedaqueladesejadaindicao nmero de partes da preparao menos concentrada a ser usada. Ex.: a diferena entre a concentrao da preparao mais concentrada: 95% e daquela desejada: 70% indica o nmero de partes: 25 partes da preparao menos concentrada: 50% a ser usada. adiferenaentreaconcentraodesejadaeaqueladapreparaomenosconcentradaindicao nmero de partes da preparao mais concentrada a ser utilizada. Ex.: a diferena entre a concentrao desejada: 70% e aquela da preparao menos concentrada: 50% indica o nmero de partes: 20 partes da preparao mais concentrada: 95% a ser utilizada. a soma das partes indica um total a ser preparado. menos para fornece fornece Ex.: Assim a razo das preparaes a 95% e a 50% para se obter uma preparao a 70% 20:25 em um total de 45 partes. Se fossemos preparar 100 mL da mistura a 70% teremos: 100 mL/ 45 partes = 2,2222mL. Cada parte seria igual a 2,222mL Ento usaramos 2,222 x 20 da preparao a 95% = 44,44mL da preparao a 95%. E usaramos 2,222 x 25 da preparao a 50% = 55,55mL da preparao a 50%. PorcentagemPorcentagemProporo dadadesejadade partesrequeridas 9520 70 5025 soma das partes 45 SOLUES So sistemas homogneos de duas ou mais substncias. FARMACOTCNICA:Soformasfarmacuticaslquidasobtidas por disperso molecular. (solventes: lquido e solutos: slidos, lquidos ou gases) Ao se misturarem duas substncias podem resultar numa: - mistura homognea = soluo - mistura heterognea Disperso:sosistemasnosquaisumasubstnciaest disseminada, sob a forma de partculas,numa segunda substncia. A primeira substncia chamada defase dispersa e a segunda de fase dispersante. Humaclassificaofeitadeacordocomotamanhomdiodas partculas dispersas. Nome da dispersoTamanhomdiodaspartculas dispersas Soluo verdadeiraEntre 0 e 1 nm Soluo coloidalEntre 1 e 100 nm SuspensesAcima de 100 nm 1 nm = 10-9m Solues Verdadeiras So misturas homogneas de duas ou mais substncias. Nas solues a fase dispersante recebe o nome de soluto e a fase dispersante recebe o nome de solvente. Exemplosdesolues:arquerespiramos,guadomar,bebidas, medicamentos, suco gtrico, urina.... De acordo com a proporo entre soluto e solvente - diludas - concentradas De acordo com a natureza do soluto -soluesmoleculares:quandoaspartculasdispersasso molculas. - solues inicas: quando as partculas dispersas so ons. Geralmente: semelhante dissolve semelhante. Aguaumsolventeinorgnico.Muitassubstnciasinorgnicas dissolvem-se na gua. Assubstnciasorgnicas,emgeral,dissolvem-seemsolventes orgnicos. Dissoluo=operaofsicaqueconsisteemmisturarduasou maissubstnciasemummeiolquido,demodoaformarum sistema homogneo (soluo). CLASSIFICAO das solues: 1) Quanto natureza do solvente:-soluo aquosa (gua) -soluo alcolica (lcool) -soluo glicernica (glicerina), etc. 2) Quanto via de administrao: -soluo oral (xarope , elixir, mlito, etc.) -soluo nasal (errino) -soluo auricular (soluo otolgica) -soluo oftlmica (colrios) -solues cavitrias (colutrio, gargarejo, ducha, enema) -solues injetveis 3) Quanto ao processo de preparao: -soluo simples -soluoextrativa:dissoluoparcialdesubstncia(s)natural(is) complexas Frio tintura, alcoolatos, guas aromticas, extratos Quente: infuso, decocto, digesto. 4) Quanto concentrao de PA: -insaturada:concentraodePAmenorqueocoeficientede solubilidade mesma temperatura. -saturada:concentraodePA,aumadadatemperatura,a mxima possvel (corresponde solubilidade). -supersaturada: concentrao de PA superior ao coeficiente de solubilidade mesma temperatura. INTERAO SOLUTO-SOLVENTE: -Solvatao (ex:hidratao) -Solulise quebra de ligao (ex: hidrlise) -Formao de complexo Calor de dissoluo: efeito trmico que acompanha a dissoluo. - absoro de calor: KI, KBr, Al2(SO4)3 - liberao de calor: CaSO4, Na2SO4 - desprezvel: NaCl Ajuste do pH auxilia a solubilizao de cidos e bases fracas Ex: barbitricos/sulfas = cidos fracos alcalinizar o meio Alcalides = bases fracas acidificar o meio SOLVENTES EMPREGADOS EM FRMCIA -toxicidade-custo -inerte fisiologicamente -irritabilidade -compatibilidade com os componentes da formulao -compatibilidade com o material de acondicionamento GUA -solvente universal -Vantagens: custo, disponibilidade, fcil de purificar -Desvantagens:contaminaomicrobiolgica,instabilidade qumica (hidrlise) Controle de qualidade da gua: -pH -resistividade - > resistiv. = mais pura -microbiolgico (contagem total, coliformes, pseudomonas) -propriedades organolpticas cor, odor, sabor -anlise de material orgnico (* TOC Total Oraganic Carbon) -anlises qumicas especficas (teste de SO4-2, Cl, Ca, Mg, etc.) SOLVENTES NO AQUOSOS -veculos e adjuvantes farmacotcnicos -mistura com outros solventes: | dissoluo, + hidrlise do PA -toxicidade / inocuidade -diminuem oxidao no permitem dissoluo do O2 -diminuem contaminao microbiolgica 1- lcool etlico: 2o solvente mais usado, atividade bacteriosttica, miscvel com a gua, dissolve vrios P.a.s, anti-hidroltica. 2- lcool isoproplico: custo elevado, irritante uso externo. 3- Acetona: voltil, incolor, miscvel em gua e outros solventes. 4- Glicerina: higroscpica, inodora, incolor, levemente antissptica, sabor adocicado, alta viscosidade (bom para gotejamento), anti-hidroltica. 5- Propilenoglicol:maiscaroqueaglicerina,incolor,inodoroe adocicado, anti-fngico, dissolve em gua e em leo. 6- Sorbitol:slido(soluo70%),edulcorante(xaropessem acar - viscoso), miscibilidade. Esorbitol=melhoradoante/glicerina=maioraderncia/ propilenoglicol = maior propriedade solubilizante 7- leos: (vaselina, leos vegetais e mineral) dissolvem essncias e compostos apolares. Susceptveis hidrlise e oxidao. Obs: - oxidao rano-cetnica formao de metilcetona porcontaminao microbiana. - auto-oxidao quebra de insaturaes degradao (luz, calor, ar)

SOLUBILIDADE Asolubilidadedecertasubstnciapuraemdadascondiesde temperaturaepressoconstante,pormavelocidadede dissoluodependedotamanhodapartcula,dograude agitao e da viscosidade do meio. Avelocidade dedissoluo diretamenteproporcional ao grau de agitaodosistemaeinversamenteproporcionalaotamanhode partcula(dopemdissoluo)eviscosidadedomeioem questo. Quantomenorapartculadoslidoemcontatocomosolvente, maiorasuperfciedecontatoeoprocessodedissoluomais rpido. Quanto maior a agitao, mais rpida a formao da soluo. Quantomaior a viscosidade do meio mais difcil a dissoluo do soluto. FATORES QUE INTERFEREM NA SOLUBILIDADE -pH; -temperatura; -presso; -estado de diviso da matria; -agitao fsica. Expresso descritivaPartes de solvente necessrias para dissolver uma parte do soluto muito solvelmenos de 1 livremente solvelde 1 a 10 solvelde 10 a 30 moderadamente solvelde 30 a 100 ligeiramente solvelde 100 a 1000 pouco solvelde 1000 a 10000 praticamenteinsolvel ou insolvel mais de 10000 Fonte: Ansel, H.C., Popovich, N.G., Jr, L.V.A. Farmacotcnica, 6ed. p.253 SOLUES DE ADMINISTRAO ORAL (via mais utilizada) Fatores farmacotcnicos envolvidos:-odor-sabor -cor -estabilidade do PA (f.f. lquida 7) Requisitos: -pH:emgeralcidas(Mosproliferammelhoremmeio alcalino), normal = 5,0 a 7,8 (tampo c. brico) *isotonianonecessriapoisnovamosultrapassar barreiras -esterilidade: conservantes (parabenos, clorexidina, etc.) -estabilidade: veculos = gua glicerina, leos, glicis. 4- COLUTRIO Formasfarmacuticaslquidas,aquosas,destinadasa seremaplicadasdiretamentesobreaspartesinternasda boca e garganta para tratamento de afeces e infeces. Caractersticas: -preparaes viscosas -veculos: glicerina, propilenoglicol, xarope, mel -usodeessnciasecorantes(coresfortes-nopara deglutir) -frmacos: antisspticos, antibiticos, anestsicos locais 5- GARGAREJO Soluesaquosasdestinadaslavagemeassepsi0ada boca e garganta. Caracterstica: -cores fortes- no para ingerir -Veculo: aquoso ou hidroalcolico -Pode conter: mel, glicerina, flavorizantes -frmacos: antisspticos, antibiticos, anestsicos locais 6- DUCHAS Sopreparaesfarmacuticaslquidasdestinadasa seremintroduzidasemcavidadesdocorpocomfinalidade de limpeza e assepsia. -Duchaoftlmica:guaboricada,soluofisiolgica,requisitos =colrios -Ducha nasal: soluo fisiolgica (rinossoro), requisitos = errinos -Duchasvaginais,uretrais,farngeas:nomuito utilizadas, no importa isotonia e esterilidade. * podem ser dispensadas sob a forma de ps/comprimidos para serem dissolvidos na hora do uso. 7- ENEMA OU CLISTER Formafarmacuticalquidadestinadaaserinstiladano reto com fim laxativo, ou para produzir outro efeito local ou ainda sistmico. -Aplicaovisandoaosistmicaefeitorpido (semelhante soluo parenteral). -atualmentemaisusadoemhospitais(pr-operatrio, diagnsticos) -volume aplicado: desde poucos mL at 1000mL. -Frmacos:carminativos,laxativos,sedativos,anti-helmnticos, agentes de diagnsticos (sulfato de brio). SOLUES FARMACUTICAS ISOTONIA presso osmtica de solues farmacuticas Presso Osmtica Colocando um pouco de acar num copo de gua, verificamos que inicialmente o acar vai para o fundo: no entanto, com o passar do tempo,mesmoqueaguanosofraagitao,notamosqueo acar se distribui uniformemente por toda a soluo. Este movimento espontneo do acar d-se o nome de difuso. A difusoumaspectoparticulardatendnciageralqueexistena natureza de igualar, uniformizar os sistemas. Vamospensarnaexistnciadeumamembranaqueimpeaa passagemdoacar,masnoimpeaapassagemdagua membranasemipermevel. J que o acar no pode procurar a gua, a gua que migra em direo ao acar. Este movimento da gua se chama osmose. A presso que impele a gua chama-se presso osmtica. Senolugardaguapuracolocarmosumasoluoaquosade acar,maisdiludaqueaexistentedeumladodamembrana semipermevel,valeaquiatendnciadasconcentraesse igualarem. Pressoosmticaapressoexternaquedeveseraplicada soluoparaimpedirsuadiluiopelapassagemdosolventepuro atravs de uma membrana semipermevel. As medidas da osmometria foram determinadas experimentalmente porVantHoff:soluesdiludasdesolutosnoinicos,apresso osmtica independe do soluto e obedece basicamente duas leis: Emparticularparaumnumerofixodemolesdesoluto,apresso osmtica ser inversamente proporcional ao volume da soluo. Emmolaridadeconstante,apressoosmticadiretamente proporcional temperatura absoluta da soluo. A presso osmtica de uma soluo igual presso que o soluto exerceria se fosse gasoso e se estivesse ocupando o volume todo da soluo, na mesma temperatura da soluo. Tendo solues mesma temperatura, com presses osmticas tA e tB dizemos que: A soluo A hipertnica em relao B quando: tA > tB A soluo A isotnica em relao B quando: tA = tB A soluo A hipotnica em relao B quando: tA < tB Apressoosmticapodeserdeterminadacomprecisoeassim determinarmos a massa molecular do soluto. Osmolalidade e osmolaridade Aquantidadedepartculas(molculasouons)osmoticamenteativa em uma soluo expressa em termos de osmis e miliosmis. Aconcentraodasoluopodeserexpressaemtermosdenmero de osmis por Kg de gua = osmolalidade e nmero de osmis por L de soluo = osmolaridade. Clculo deisotonia Os clculos so aproximaes para se alcanar a isotonia. Peloequivalenteemcloretodesdio(EqNaCl)=amassaemNaCl que produz o mesmo efeito osmtico que 1g da substncia. AmaneiradesecalcularoEqNaClconhecendooPMeida substncia da qual se deseja a soluo isotnica. EqNaCl = PM NaCl x i da substnciai do NaCl PM da substnciai = fator de dissociao (nmero de ons formados com a dissociao da substncia) Calcular o equivalente em cloreto de sdio de uma soluo de 1% de nitrato de pilocarpina. Dados nitrato de pilocarpina: PM 271; i = 1,8 EqNaCl = PM NaCl x i do nitrato de pilocarpinai do NaCl PM do nitrato de pilocarpina EqNaCl = 58,8x1,8 1,8271 EqNaCl = 105,3= 0,22 487,8 Ento1gramadenitratodepilocarpinaequivalea0,22deNaClem 100mL de soluo. Ajustedeisotonicidadepelomtododeequivalenteemcloretode sdio. H3BO3EqNaCl = 0,5% 1gdeH3BO3/100mLdesoluoproduzomesmoefeitoque0,5g NaCl/100mL.(Estesdadosparaassubstnciascomunsesto tabelados.) A concentrao de cido brico que isotnica lgrima: 1g de H3BO30,5g NaCl X0,9g NaCl X = 1,8g/100mL de H3BO3 -sotonia est relacionada com presso osmtica -Osmose:membranasemi-permevelpassagemdo solvente -Pressoosmticapressosuficienteparaimpedira osmose isotonia importante em: injetveis, colrios, errinos Solueshipertnicas:P.O.maiorqueapresso existentenaviadeadministraoretiramguados tecidos. Solues isotnicas: P.O. igual presso existente na via de administrao o ideal. Solueshipotnicas:P.O.menorqueapresso existentenaviadeadministrao|volumedas clulas. Solues propositalmente hipertnicas: -glicose,pentose,hexoses:usoparadiminuirapresso intracraniana -glicose,asesais:alimentaoparenteral(suporte nutricional rpido pela veia cava) -sorohipertnico(NaCl10%+sais):compensaode perdas importantes de eletrlitos por vmitos e diarrias intensas. Administrao lenta. So solues de choque e muitas vezes lesivas ao endotlio vascular usadas em situaes de emergncia. - Isotonia est relacionada com presso osmtica + fator importante considerando determinadas vias de administrao: parenteral (IV, IM, SC, ID), colrios e errinos. -Osmose:membranasemi-permevelpassagemdo solvente -Pressoosmticapressosuficienteparaimpedira osmose CORRETIVOS DA COR sosubstnciasoumisturasdesubstnciasadicionadas spreparaesfarmacuticascomafinalidadedeconferir ou intensificar a cor das preparaes Geralmente so usados: corantes, lacas, pigmentos. -corantes:substnciassolveisnomeio(podeser qualquer tipo de meio) -pigmentos: substncias insolveis no meio -lacas:substnciasobtidaspelaprecipitaode corantesemummeioinorgnicoinsolvel.Tm menor poder tintorial que o corante molculas de corantes duplas ligaes ressonncia cor corantesefeito psicolgicodo origem emoes Objetivosdousodecorantesemfrmulas farmacuticas: -melhorar a aceitao - respeitar os binmios de flavorizantes e corretivos de cor: associarmenta+coloraoverde;limo+amarelo; groselha + vermelho -alertar contra toxicidade -distinodedosagensex.:comprimidosdofrmacoA so produzidos em dosagens diferentes: 5 mg e 10 mg coloraes diferentes -indicaodahomogeneidadedemisturas-diluio geomtrica.Ex.:cpsuladecidodietilbarbitrico:10 mg/cap;usa-selactosecomodiluentenaspreparaes de300mg,adiciona-segeralmentecoranteazul(ndigo carmim)emquantidadesuficienteparamostrara homogeneizao. -identificao de PAs diferentes em formas farmacuticas iguais Problemas associados ao uso de corantes: -induo ao abuso no consumo -dificuldade na anlise do medicamento -disfarcedealteraes:ocorantepodemascararalguma reaoqueocorreuealterouofrmaco,ex.:branco amarelo O2 -comprometimento da apresentao do produto: corantes=instveisdegradaoperdadecor, manchas Requisitosnecessriosparacorantesdeuso farmacutico: -inocuidade e sem atividade farmacolgica -solubilidadeemgua-namaioriadoscasos(alguns corantes lipossolveis so necessrios) -grande capacidade tintorial para que se utilize pequenas quantidades (so potencialmente txicos) -composio qumica definida -estabilidade durante o armazenamento (microrganismos, calor, luz) -compatibilidadecomPA,excipientesemat. acondicionamento -no possuir odor e cor desagradvel -disponvel e barato Corantes-sintticos(composiodefinida,mais utilizados) - naturais Classificao: 1. Presena de carga eltrica: -aninicos ou cidos (eritrosina vermelho) -catinicos ou bsicos (verde malaguita e metileno blue) -no inicos ( azul de indantreno) 2. Estrutura qumica A.corantesazicos:grandemaioriadoscorantes sintticos usados. Ex.: tartazina B.derivados da ftalena: tem caracterstica de dar maior fixaodosbatonsnamucosa.Ex.:bromocidos, eosina C.derivadosdaindigotina.Ex.:carmimndigo, indigotina D.derivados do trifenilmetano. Ex.: azul brilhante. No usar corantes em: colrios, errinos, injetveis Poucousadosem:pomadas,emulses(2fases), supositrios Usofrequente:cpsulas,comprimidos,drgeas,xaropes, solues de uso oral e externo, suspenses Concentraes usuais: -solues aquosas: 0,0005 a 0,001% -emulses: 0,001 a 0,005% -suspenses: ~ 0,005% -ps: ~ 0,1% \ Legislao Brasileira: 32 corantes permitidos geralmenteoscorantespermitidosemalimentospodemserusadosemmedicamentos Associao entre aromas e cores: -importante para aceitabilidade -aroma de hortel verde -aroma / gosto de laranja amarelo alaranjado -aromademorango,cereja,framboesavermelho, rseo CORRETIVOS DO AROMA E SABOR Aromatizantescorrigeoaroma,edulcorantescorrigeo sabor e flavorizantes corrige sabor e aroma. Os sabores puros so: salino, amargo, doce, cido. Adstringente,metlico,picante,ardente:impresso sensorialsaboressecundriosquederivamdos primrios -Medicamentoscomgostodesagradvel[riscoda prescrio mdica no ser cumprida -Aromatizao de vrios produtos de administrao por via oral -Gostos/cheiros/consistnciasqueprovoquem nuseaspodemmodificarasecreodossucos digestivoscriandoumestadoanormalquedificultea assimilao do medicamento Porm: -Nocorrigirtotalmentemedicamentoscomriscos txicos destinados crianas - evitar uso abusivo -Nousar,aromasquelembremumasubstncia alimentar Classificao: 1) Aroma natural - extrao da natureza 2) Aromaidnticoaonatural-sntesequmicade molculas identificadas na natureza 3) Aroma artificial - substncias que no foram identificadas na natureza para aquele aroma Indivduoconjuntodesensaesolfato-gustativasque definemoPaladararomatizareapadalarFLAVORIZAR -preparaes para uso externo - aromatizar (perfumar) -preparaes para uso oral - flavorizar Principais corretivos: -edulcorantesnaturaiseartificiais:sorbitol,sacarose, manitol, sacarina, ciclamato de sdio, aspartame -sucosdefrutasconcentradosouliofilizados:laranja, groselha -extratos, tinturas, guas aromticas -essncias: obtidas de vegetais por destilao por arraste vapor -produtosqumicosdecomposiodefinida:compostos naturais ou sintticos, que caracterizam aromas naturais. Exemplos: SaborComposto a utilizar amndoas amargasbenzaldedo anisanetol baunilhavanilina canelaaldedo cinmico cerejasacetoacetato de etilo cravoeugenol framboesaaldedo c20 limocitral laranjaaldedo declico 1) Correo do sabor amargo de medicamentos: -amargor fugaz: cacau, frutos ctricos -amargortenaz:caramelo,alcauz,misturadeanis- hortel 2) Correodosaborcidodemedicamentos:usode edulcorantes - o cido exalta o gosto doce da sacarose 3) Correo do sabor salgado de medicamentos: uso de aroma de laranja, hortel e anis 4) Correodosaboraucaradodemedicamentos: apenasharmonizaocomaromatizanteagradvel como baunilha, hortel, cereja, laranja 5) Correodemedicamentosinodoroseinspidosde difcilingestodevidotextura:emulsionarosleos, transformarospsempastas,adiodeedulcorantee aromatizante LINIMENTOS Formasfarmacuticaslquidasousemi-slidas,contendo emsuacomposioprincpiosativosdissolvidosemleos ousolventesadequados,ouemulsionadosoususpensos, destinados aplicao cutnea por meio de massagens ou frico. :Diferemdaspomadaspelaconsistncia-consistncia intermediria entre os leos e as banhas (gorduras) :Diferemdasloespelomododeaplicao(loes- no emprega-se frico) COMPOSIOBSICADOSLINIMENTOS:leos, sabes e eventualmente lcoois USO DOS LINIMENTOS: -aorevulsiva(hiperemiaeaquecimentodolocalde aplicao) -ao emoliente -ao sedativa (tpica) -ao anestsica (tpico) TIPOS DE LINIMENTOS: 1- Linimentos oleosos excipiente oleoso 2- Linimentos saponosos excipiente = sabo :Apresenadeleose/ousabestorna-osuntuosos, facilitando a massagem na pele PREPARAO: -vaidependerdeolinimentoserumaemulso,soluo ou suspenso -uso de conservantes (contaminao microbiolgica) -uso de antioxidantes - principalmente nos leos vegetais -muitasvezesoslinimentoscontmPAsvolteis, portantodevemseracondicionadosemembalagens bem vedadas -sopreparaesdeusoexterno-obrigatoriamente (rtulo) FARMACOTCNICA II Professora Patricia Verissimo Staine 2 semestre 2011-08-11 EMULSO :misturatermodinamicamenteinstvelde2lquidos imiscveis :Tecnologicamente:misturantimade2lquidos imiscveisqueexibeumtempotiladequado temperatura ambiente. lquidos imiscveisagitao mecnica (gua e leo) formao de gotculas (2 fases) separao das fases * * agente emulsificante (tensoativo) Aps a agitao um lquido se dispersa no seio do outro: umsistemade 2 fases: externa e gotculas. Com o passar dotempohaseparaodefases(sistemainstvel)mas com o uso do agente emulsificante pode-se ter a obteno damisturaestabilizaodeemulsesabasede tensoativos. O tensoativo tem uma parte apolar (se liga na fase oleosa) e outra parte polar (se liga a fase aquosa). -Fase interna (dispersa ou descontnua) = a fase que se apresenta dividida, so as gotculas. -Faseexterna(dispersanteoucontnua)=olquido querodeiaasgotculasdafasedispersa.Apareceem maior quantidade no sistema. Fase interna/Fase externa A emulso tem a caracterstica da fase externa. Otensoativovaiestarsemprenasuperfciedecontatoda fase interna e da fase externa interfase. Estabilidade:-tamanhodaspartculas:+tamanhomais estvel - viscosidade da fase externa: > viscosidade mais estvel - tensoativo Tipos de emulses: 1) leoemgua(O/A)gotculasdeleodispersasem gua leo = fase interna gua = fase externa 2) guaemleo(A/O)gotculasdeguadispersasem leo gua = fase interna leo = fase externa uso oral - forma farmacutica uso parenteral uso externo Emulses - forma cosmticacremes loes(cremescom 80% H2O) COMPONENTES DE UMA EMULSO: a) Fase aquosa:-gua tratada destilada, deionizada -compostos hidrossolveis: -PAs -conservantes(tmqueficarnafaseaquosapoisos mossedesenvolvemnestafase;tmquetero coeficiente de partio adequado para no passar para a fase oleosa) -corantes b) Fase oleosa:-leos, ceras, gorduras -vitaminas e PAs lipossolveis -antioxidantes -conservantes -cerasauto-emulsionantes=constitudasdetensoativos +lcooisgraxos/cidosgraxos).Ex:Lanette(Henkel), Polawax (Croda) c) Agentes emulsificantes: emulsificao=dividirumadasfasesdeumsistema heterogneo em pequenos glbulos + existnciadetensosuperficial=tendnciaqueum lquidotemparareduzirasuareadesuperfcieaum mnimo de energia potencial + preparo de emulses Fator mecnico = energia humana oufornecidapormquinasnecessriaparaseobtera emulso Fator mecnico = imprescindvel, porm no suficiente para formao de uma emulso duradoura + uso de agentes emulsificantes -indispensveis para obteno de emulses estveis -reduzematensointerfasialentreaguaeoleo, diminuindoaenergianecessriaparadispersarum lquido no outro - devesercapazdeformarrapidamenteumfilme resistentevoltadecadagotculadefasedispersa= evita a coalescncia -devecriarnasgotculasdispersasumpotencialeltrico adequado de modo a provocar a sua repulso mtua -podemser:tensoativos,colideshidrfilosouslidos finamente divididos Emulses e suspenses so sistemas dispersos. Asemulsesfarmacuticasgeralmenteconsistemnamisturadeumafaseaquosacom vrios leos e/ou ceras. Quando as gotculas de leo esto dispersas na fase aquosa tem-se uma emulso O/A. Sistemas nos quais a gua encontra-se dispersa em leo constituem emulses A/O. Existemdiferentestiposdeemulses,especificamente:leoemgua(O/A);guaemleo (A/O); emulses mltiplas (A/O/A, O/A/O); microemulses. Quando as gotculas dispersas apresentam dimenses coloidais (1nm a 1m de dimetro) a preparao,muitofreqentemente,transparenteoutranslcidarecebeonomede microemulso. Quantomaiorotamanhodasgotculasdispersasmaisacaractersticadaemulsose assemelha s das disperses grosseiras. Sendo as emulses, geralmente, formuladas com drogas ou nutrientes oleosos, sua principal funoconstituir-seemveculosparaliberaodedrogasdissolvidasnafaseoleosaou aquosa. Emulsesesuspensesfarmacuticasencontram-senoestadocoloidal,isto,suas partculas vo do tamanho molecular at as visveis a olho nu (disperses grosseiras).A palavra colide deriva do gregokolla (cola) e surgiu da impresso de que as substncias coloidais so amorfas ou semelhantes cola e no formas cristalinas da matria. ESCOLHA DO TIPO DE EMULSO Asemulsessoformuladasparaseremusadascomoveculosparaaliberaode frmacos e a nutrio parenteral (principal uso farmacutico). Gorduras ou leos destinados administrao oral, tanto como o frmaco propriamente dito, quantocomoveculoparafrmacoslipossolveisserogeralmenteformuladoscomo emulsesO/A.Nestaformaresultamagradveisaopaladar,podendoseradicionado flavorizantes na fase aquosa para ajudar ainda mais a mascarar sabores desagradveis. AsemulsesparaadministraointravenosatambmdevemserdotipoO/A,embora injees intramusculares tambm possam ser formuladas com produtos A/O, quando se quer um frmaco solvel em gua, formulado como um sistema prprio par terapia de depsito. As emulses so mais amplamente utilizadas para aplicao externa. Asemulsessemi-slidassodenominadascremes,enquantoasmenosviscosasso chamadasloes,ouaindaquandodestinadasparamassagemsobreapele,linimentos. Nestes casos encontramos ambos os tipos de emulso A/O e O/A. ESCOLHA DA FASE OLEOSA Em muitos casos a prpria substncia ativa constitui a fase oleosa da emulso, e portanto, a sua concentrao no produto fica pr-determinada. Vaselinalquida,leodercino,leodefgadodebacalhaueleodeamendoimso exemplosdesubstnciasformuladascomoemulsoparaadministraooral.leode semente de algodo, leo de soja e leo de crtamo so usados em emulses destinadas nutrio parenteral. Muitas emulses para uso externo contm substncias oleosas com a funo de carreadores da sustncia ativa. O tipo de leo usado tambm pode ter efeito tanto sobre a viscosidade do produtoquantosobreotransportedofrmacopelapele.Aparafinaliquidaumadas substncias oleosas mais utilizada para este tipo de preparao. Estapodeserusadaisoladamenteouemcombinaoafimdecontrolaraconsistnciada emulso,assegurandoafcilespalhabilidadedoprodutomasgarantindoaviscosidade suficiente para formar um filme coerente sobre a pele. Acapacidadedeformaodefilmepodesermodificadapormeiodainclusodevrias ceras, como de abelha e de carnaba ou lcoois graxos de cadeia longa. possvel formar filmescontnuos,suficientementeresistenteseflexveisequeprevinam,porexemplo,o contato da pele com substncias irritantes hidroflicas. Estas preparaes so os chamados cremes de barreira, emulses A/O. A incluso de leos de silicone, como dimeticona a 10 20%, que tem excelentes propriedades repelentes de gua, tambm permite a formao de produtos O/A igualmente efetivos. CONSISTNCIA DAS EMULSES importante que estes produtos apresentem fluxo livre quando agitados, vertidos a partir do recipiente ou injetados por agulhas hipodrmicas. Aalteraonaviscosidadeaparentedoprodutodeveserreversvelapscertotempode repouso de modo a retardar a coalescncia (creaming). A principal desvantagem das emulses pouco viscosas sua tendncia fcil separao de fases, em especial se formuladas com baixa concentrao da fase lipoflica. Faremosumaapreciaodosfatoresqueconduzemestabilidadedaemulsoesua instabilidade fsica: coalescncia. Estabilidade dos sistemas coloidais: partculas pequenas dispersas em um lquido (ou em um gs)estoemfrequenteschoquesdevidoaomovimentobrowniano,formaode coalescncia (creaming) e sedimentao ou conveco. A velocidade de formao de coalescncia (creaming) depende da:diferena dedensidade entre as partculas dispersas e o meio de disperso, do tamanho das partculas dispersas e da viscosidade do meio de disperso. De acordo com a lei de Stokes, a velocidade de sedimentao [ou formao de coalescncia (creaming)] de uma partcula esfrica , em um meio fluido, obtida pela equao: =2ga2(1-2) 9 onde 1 a densidade da partcula e 2 a densidade do meio e a o tamanho das partculas e a viscosidade do meio de disperso A formao de coalescncia (creaming) nasemulses (ou a sedimentao das suspenses) podeserreduzidapelousodepartculasmenoresnafaseinterna,peloaumentoda viscosidadedafasecontnuaoupeladiminuiodadiferenadedensidadeentreasduas fases. Contudo,aspartculasiroaindacolidir,emboraoimpactodessascolisespossaser reduzido. O que acontece quando as partculas se aproximam umas das outras? s vezes os choques levam coalescncia de gotculas lquidas. Se esse fenmeno no for controlado, o sistema coloidal se destruir por meio do crescimento da fase dispersa e pela excessiva formao de coalescncia (creaming). Dependendo dasforas de interao entre as partculas (atrao e repulso) e da natureza dasuasuperfcie,essascolisesresultamemumauniopermanenteouemum afastamento que as mantero livres. Aadsorodeumemulsificantenainterfaceleo/gua,peloabaixamentodatenso interfacialduranteasuamanufaturaauxiliaadispersodoleoemgotculasdepequeno tamanho e ajuda a manuteno das partculas em estado disperso. Anoserqueatensointerfacialsejazero,humatendnciaparagotculasoleosas coalescerem, com reduo da rea de contato leo/gua. Contudoapresenadeumacamadadetensoativonasuperfciedagotculareduza possibilidade de colises conduzindo a coalescncia das gotculas. Emulsificantesno-inicostipoteralquilouarilpolioxietileno,derivadospolioxietileno sorbitanosesteresdesorbitanosoucopolmerospolioxietileno-polioxiproprorileno- polioxietileno,solargamenteusadosememulsesfarmacuticasdevidosuafaltade toxicidade e baixa sensibilidade aos aditivos. Estes estabilizantes no-inicos adsorvem nas gotculas das emulses e, embora geralmente reduzam os potenciais zeta, mantm a estabilidade pela formao de uma camada hidratada napartculahidrfobaememulsesO/A.Narealidade,elesefetivamenteconvertemuma disperso coloidal hidrfoba em disperso hidrfila. EmemulsesA/Oascadeiashidrocarbonadasdasmolculasadsorvidasprojetam-sena fase oleosa contnua. A estabilizao ocorre pelas foras repulsivas estricas. Emulsessosistemascomplexosdevidopossibilidadedomovimentodeemulsificante para qualquer uma das fases, contnua ou dispersa, possibilidade de formao de micelas em ambas as fases, e tambm, em virtude da formao, sob condies adequadas, de fases liquidas entre as gotculas dispersas. Geralmentemisturasdeemulsificantesformamsistemasmaisestveisdoquetensoativos isolados. Fonte: Noes de Farmcia Galnica - Le Hir CLASSIFICAO DOS AGENTES EMULSIONANTES Osdiferentesmtodospelosquaisosagentesemulsionantesexercemseuefeitoso diversos, mas um fator comum a todos a sua capacidade em formar um filme, adsorvido ao redor das gotculas dispersas, entre as duas fases. Existem muitos tipos de emulsionantes disponveis, mas, por convenincia, so divididos em dois grupos principais: agentes tensoativos sintticos ou semi-sintticos e substncias de origemnaturaleseusderivados.Essassubdivisessoarbitrriasealgumassubstancias podem ser classificadas em uma ou mais categoria. 1-TENSOATIVOS SINTTICOS E SEMI-SINTTICOS -compostos cuja molcula apresenta 2 partes: uma hidroflica (polar) e outra lipoflica (apolar) - so anfiflicos substncias que tm afinidade tantopelaguacomopelo leo apolar - + polar Existemquatroprincipaiscategoriasparaessassubstancias,dependendodoseugraude ionizao em soluo aquosa: aninico, catinico, no-inico e anftero. 1.1 Tensoativos aninicos -a parte da molcula responsvel pela ao tensoativa um nion -se dissociam e fica a carga negativa: Na +Na+ Ex: lauril sulfato de sdio, lauril sulfato de trietanolamina Emsoluoaquosa,estescompostossedissociamformandoonscarregados negativamente,responsveispelasuacapacidadeemulsionante.Ostensoativosaninicos somuitoutilizadosemfunodoseubaixocusto,mas,devidoasuatoxicidade,so utilizados somente nas preparaes de uso externo. - sabes de metais alcalinos e de amnio Os emulsionantes deste grupo consistem basicamente em sais de sdio, potssio ou amnia de cidos graxos de cadeia longa, como o: estearato de sdio C17H35COO-Na+ ProduzememulsesO/Aestveis,mas,emalgunscasos,requeremapresenadeum emulsionante auxiliar no inico para formar um filme monomolecular complexo na interface leo/gua.Essassubstanciassomaiseficientesemmeioalcalino,jqueprecipitamem condies cidas, formando cido graxo livre. Esse tipo de emulsionante pode ser formado durante o processo de obteno do produto, por umareaoinsituentreumlcali,comoohidrxidodepotssio,sdioouamnio,eum cidograxo,quepodeserumconstituintedeleosvegetais.Porexemplo,cidoolicoe amnia reagem para formar o sabo responsvel pela estabilizao do linimento branco. - sabes de metais divalentes e trivalentes Embora muitos sais divalentes e trivalentes de cidos graxos possam produzir emulses com caractersticassatisfatrias,apenasossaisdeclciosocorriqueiramenteutilizados.Estes sofreqentementeformadosinsitu,pormeiodereaocomhidrxidodeclciocomum cido graxo apropriado. Por exemplo, cido olico reage com hidrxido de clcio para formar ooleatodeclcio,usadocomoagenteemulsionantenocremedezincoBPeemalgumas formulaes de loes de calamina. Estes emulsionantes produzem apenas emulses A/O. - sabes aminados Vrias aminas formam sais com cidos graxos. Uma das mais importantes a trietanolamina N(CH2CH2OH)3, amplamente utilizada em produtos farmacuticos e cosmticos. O estearato detrietanolamina,porexemplo,geralmenteformadoinsitu,pormeiodereaoentrea trietanolamina e o cido graxo respectivo, e forma emulses O/A estveis. Embora a maioria dosemulsionantesdessegrupotenhapHneutro,seuusorestritoapreparaesdeuso H2O- externo. Os sais de amina tambm so incompatveis com cidos e elevadas concentraes de eletrlitos. 1.2 Tensoativos catinicos -a parte da molcula responsvel pela ao tensoativa um ction -bastante utilizados em condicionadores -exemplos: compostos quaternrios de amnio Emsoluoaquosaestassubstnciasdissociam-seformandoctionsresponsveispelas propriedades emulsionantes. Oscompostosdeamnioquaternriosrepresentamogrupomaisusadodostensoativos catinicos.SoconvenientementeempregadoscomoemulsionantesO/A.Comomuitos emulsionantesaninicosseusadosisoladosproduzememulsesinstveis,masformam estveis se usados em associao a emulsionantes auxiliares no- inicos e lipossolveis. 1.3 Tensoativos no-inicos -compostos no dissociveis, existe uma polaridade na molcula, mas no se dissociam -menorirritabilidade,maiorcompatibilidade=podeserusadoem associao c/ aninico ou catinico -exemplos:-monoestearato de glicerila -Tweens (steres do sorbitano) - originam emulses O/A -Spans(steresdopolioxietilenosorbitano)-originamemulses A/O EstesprodutoscompreendemsubstnciaslipossolveisqueestabilizamemulsesA/Oe substncias hidrossolveis que emulsionam produtos O/A. comum combinar emulsionantes hidroflicos e lipoflicos para obter filmes interfaciais complexos necessrios para a formao de emulses estveis. Suavantagemabaixairritabilidadeetoxicidadesendousadosempreparaesoraise parenterais.Possuemmaiorgraudecompatibilidadecomdiversassubstnciasqueos compostosaninicosecatinicosesomenossensveisaalteraodepHouadiode eletrlitos. So compostos no dissociveis, existe uma polaridade na molcula, mas no se dissociam. -menorirritabilidade,maiorcompatibilidade=podeserusadoemassociaoc/aninico ou catinico -exemplos:monoestearatodeglicerila;Tweens(steresdosorbitano)originam emulses O/A; Spans (steres do polioxietilenosorbitano) originam emulses A/O Asgotculasdispersaspodemnoapresentarumadensidadedecargasignificativa.Para compensarafaltadecargaereduziratendnciaacoalescnciaememulsesO/A necessriogarantirqueosgrupamentospolaresestejambemhidratadose/ousejam suficientemente grandes para a aproximao das gotculas dispersas. A maioria formado pela estrutura: -umcidooulcoolgraxo(geralmentecom12a18tomosdecarbono)cujacadeia hidrocarbonada confere as caractersticas hidrofbicas. -umlcool(-OH)e/ouumgrupamentoxidodeetileno(-OCH2CH2-)queconstituiaparte hidroflica da molcula. possvel obter diferentes produtos variando-se as propores dos grupamentos hidroflicos e hidrofbicos. Sepredominarapartehidrofbicadasmolculasotensoativossersolvelemleo.Este no se concentrar na interface O/A mas tende a migrar para o interior da fase oleosa. Omelhortipodetensoativonoinicooqueapresentaumequilbrioentreos grupamentos hidroflicos e hidrofbicos. - steres da glicerina e gliclicos O monoestearato de glicerila (um ster de cido graxo de lcool poldrico) uma substncia fortemente hidrofbica que produz emulses A/O instveis. Aadiodepequenasquantidadesdesaisdesdio,potssiooutrietanolaminadecidos graxosadequadoslevaobtenodemonoestearatodeglicerilaauto-emulsionvel,um emulsionante O/A bastante utilizado. Ummonoestearatoauto-emulsionvelomonoestearatodeglicerilaadicionadoasabes aninicos(geralmenteoleatoouestearato).Essacombinaousadaparaestabilizara loo de hidrocortisona. Existemsteresdecidograxodelcoolpoldrico,naformapuraounaformaauto-emulsionvel,contendopequenasproporesdeemulsionantesprimrios.Estes compreendemomonooleatodeglicerila,omonoestearatodedietilenoglicoleomonooleato de propilenoglicol. - steres de sorbitano Soproduzidospelaesterificaodeumoumaisdosgrupamentoshidroxiladosorbitano comumdoscidoslurico,olico,palmticoouesterico.Aestruturadomonoestearatode sorbitano apresentada a seguir. Fonte: Delineamento de Formas Farmacuticas Aulton EstetipodetensoativoexibepropriedadeslipoflicasetendeaformaremulsesA/O. Contudo, so bastante usados em conjunto com polissorbatos, para produzir emulses tanto O/A quanto A/O. - Polissorbatos Ospolissorbatossoderivadospolietilenogliclicosdossteresdesorbitanoetma seguinte frmula geral: Fonte: Delineamento de Formas Farmacuticas Aulton onde R representa a cadeia de cido graxo. As variaes no tipo de cido graxo e no nmero de grupamentos oxietileno das cadeias de polietilenoglicol conduzem a uma srie de produtos com diferentes solubilidades em gua ou em leo. Porexemplo,omonooleatodepolioxietilen-20-sorbitanocontm20grupamentosoxietileno por molcula. Esse nmero no deve ser confundido com o dado como parte do nome oficial (Polissorbato 80) ou do nome de marca (Tween 80), o qual includo para identificar o tipo de cido graxo presente na molcula. Ospolissorbatosgeralmentesousadosemconjuntocomocorrespondentesterde sorbitano para formar um filme complexo e condensado na interface leo/gua. Outras substncias no-inicas solveis em leo, tais como monoestearato de glicerila, lcool cetlicoouestearlicoemonoestearatodepropilenoglicol,podemserincorporadasaos polissorbatos para produzir preparaes auto-emulsionveis. Porexemplo,oPolawaxconsistenamisturadelcoolcetlicoesterdepolioxietilen-sorbitano. Os polissorbatos so compatveis com a maioria das substncias aninicas, catinicas e no-inicas. Tm pH neutro e so estveis ao calor, s alteraes de pH e a elevadas concentraes de eletrlitos.Suabaixatoxicidadeostornaadequadosparausooralealgunstambmso utilizadosempreparaesparenterais.Contudo,tmcomodesvantagemogosto desagradvel.Almdisso,ospolissorbatospodemcomplexarcomalgunstiposde conservantes, inativando-os. - teres poligliclicos de lcoois graxos Soprodutosdacondensaodepolietilenoglicolelcooisgraxos,geralmente,cidos cetlico e cetoestearlico: ROH + (CH2 CH2O)n RO(CH2CH2O)NH onde R representa a cadeia do lcool graxo. Omaisutilizado,possivelmente,otercetoestearlicodemacrogol(22)oucetomacrogol 1.000, um ter monoacetilado do poletilenoglicol. EsteumemulsionantehidrossolvelbastanteusadoememulsesO/A,contudo,devido suaelevadasolubilidadeemgua,geralmentetorna-senecessriaainclusodeum emulsionante lipossolvel auxiliar na formulao das emulses. O ungento emulsionante de cetomacrogolincluinasuaformulaocetomacrogol1.000elcooldecetoestearlicoe usado para estabilizar cremes de cetomacrogol. EssesemulsionantestambmpodemserproduzidoscomoemulsionanteslipoflicosA/O, utilizando-seemgrupamentosmenoresdepolioxietileno.Podemserobtidasemulses estveis a partir do uso de combinaes de teres lipoflicos e hidroflicos. Essas substncias podem precipitar com a adio de elevadas concentraes de eletrlitos, mas so estveis em uma ampla faixa de pH. - steres poligliclicos de cidos graxos Ossteresestericosoupolioxilestearatossoosmaisusadosdessaclassede emulsionante. O estearato de polixietileno 40 (onde o 40 representa o nmero de unidades deoxietileno)umasubstnciasolvelemgua,freqentementeempregadajuntocom lcool esterico para obteno de emulses O/A. lcoois polioxlicos Estes so copolmeros de polioxietileno e polioxipropileno que apresentam a seguinte frmula geral: OH (C2H4O)a(C3H6O)b(C2H4O)a Compreendem um grupo bastante grande de compostos, muitos dos quais so usados como agentes emulsionantes em emulses lipdicas de uso intravenoso. - lcoois graxos de cadeia longa Osmembroshexadeclicos(cetlicos)eoctadeclicos(esterlicos)dessassriesdelcoois alifticos saturados monoidratados so bons agentes emulsionantes auxiliares. Partedoseuefeitoestabilizanteestrelacionadosuacapacidadedeaumentara viscosidade da preparao, retardando o efeito de creaming. O lcool cetoestearlico tambm forma filmes interfaciais complexos com agentes tensoativos hidroflicos, tais como laurilsulfato de sdio, cetrimida ou cetomacrogol 1.000, e, dessa forma, estabiliza emulses O/A. 1.4 Tensoativos anfteros -em meio cido se comportam como bases aminadas; em meio bsico funcionam como cidos; em meio neutro no so ionizados -pouco utilizados em farmacotcnica -em cosmticos (shampoos suaves) -exemplo: dodecil-diaminoetil-glicocola (DAG) Estes tm grupamentos carregados positiva e negativamente, dependendo do pH do sistema. SocatinicosempHbaixoeaninicosemelevado.Emboraseuusocomoagente emulsionantenosejamuitodifundido,umdeles,alecitina,utilizadaparaestabilizar emulses lipdicas de uso intravenoso. 2- OUTROS AGENTES EMULSIFICANTES: a) goma arbica:-bom emulgente -pode ser utilizado por via parenteral -origina facilmente emulses O/A -deve-se utilizar conservante (fcil ataque microbiano) b) gema de ovo: -lecitina + colesterol + frao protica -excelente emulgente do tipo O/A -crescimento de microrganismos - uso de conservantes c) gelatina: -emulses O/A -fracas propriedades emulsivas, mas confere viscosidade -concentraonodeveultrapassar0,5%parano causar solidificao (2%) d) derivados da celulose: -etilcelulose, metilcelulose, CMC sdica -originam solues aquosas de elevada viscosidade -obteno de emulses tipo O/A e) alginatos, agar-agar f)dextrinas g) slidos finamente divididos: Mg(OH)2, AL(OH)3, gel de slica h) ceras: agentes emulsivos A/O i)lanolina:-gordura da l (suarda) -agente emulsivo A/O -importantenatecnologiadepomadas:permite incorporaodecertaquantidadedeguaemmisturas de excipientes gordos, na forma de emulso A/O

ADJUVANTES COMPLEMENTARES NAS EMULSES: 1- Umectantes: -funodeevitaraevaporaodafaseaquosa (principalmente em emulso O/A) -exemplo: glicerina, sorbitol, propilenoglicol 2- Conservantes: -evitam contaminao microbiolgica -interao tensoativo / conservante (Tweens = + atividade dos parabenos) colocarosconservantesem>quantidadepoisos tensoativos interagem com uma parte deles. EQUILBRIO HIDRFILO-LIPFILO: molculas com grupos hidroflicos e lipoflicos + distribuio entre gua e leo -afaseemqueoagenteemulsificanteformaissolvel constituir a fase externa ou contnua da emulso -estearatodesdio=possibilitaformaodeemulso O/A Na -estearatodeclcio=possibilitaformaodeemulso A/O Ca Griffin(1948):mediodatendnciahidroflicaou lipoflica: ESCALA DE GRIFFIN EHL - vai de 0 a 50 -tensoativoscomvaloresmaisprximosdozero favorecem a formao de emulses A/O (+ lipfilos)

-tensoativoscomvaloresmaisaltosfavorecemas emulses O/A (+ hidroflicos) -quantomaiorovalordoEHL,maisirritanteo tensoativo 18 15agentes solubilizantes 15 12detergentes 12 09agentesemulsivosO/A 09 06agentes molhantes 06 03agentes emulsivos A/O 03 00agentes antiespumante DETERMINAO DO TIPO DE EMULSO: a) Ensaio de diluio: pequeno volume da emulso + gua + se a emulso permanecer estvel ela O/A *seolquidoadicionadoemulsocorrespondersua fase externa, ocorre apenas efeito de diluio, no quebra a emulso (separao de fases) b) ensaio com corantes: -adio de corante para ver onde ele se instala corauniformemente O/A -corante hidrossolvel + emulso glbulostintosem fundo no corado A/O c) ensaio de condutividade eltrica: -leossomauscondutoresdecorrenteeltricas ocorre passagem de corrente eltrica quando a gua for sua fase externa ou contnua + circuito eltrico ligado uma lmpada mergulha extremidades na emulso s acende a lmpada se for emulso O/A EMULSES ADMINISTRADAS POR VIA ORAL: -somente O/A -utilizadasquandooleomedicinaltemsabor desagradvel -uso de edulcorantes e aromatizantes hidrossolveis -usodeemulsificaoparafacilitaraabsorode gorduras pelo intestino (glbulos dispersos com dimetro de aproximadamente 0,5m) EMULSES ADMINISTRADAS POR VIA ENDOVENOSA: -tipo O/A -esterilidade -dimetrodasgotculas(menorouigualaodas hemceas) -escolha dos emulsificantes ROTEIRO PARA CLCULO DE EHL Valores de EHL para alguns tensoativos Span 804,3 Span 604,7 Span 406,7 Tween 8110,0 Tween 6510,5 Tween 6014,9 1. Verificar se a emulso O/Aou A/O somara fase aquosa e a fase oleosa. Na escala de EHL quanto menor o valor maior a lipofilicidade do composto. 2. Calcular a % da FO 3. Calculara%relativadecadacompostoqueinterfere nos valores de EHL (s lipossolvel) 4. Calcular o EHL de cada componente 5. Soma o EHL e cada componente e tem-se o EHL final requerido pela formulao % FO % relativo de cada composto lipoflico + EHL de cada composto + E EHL final Ex.:cera..........................................5,0 gFO vaselina liq...............................26 gFO leo veg...................................18 gFO O/A glicerina...................................4 g tensoativo................................5 g gua q.s.p. .............................100 g SeumaemulsoO/AsignificaqueoEHLelevado(9-12). 49% da emulso leo. Se a FO fosse 100% quanto teramos de cera? 49-----------100% 5--------------X X= 10,2% Cera: 10% Vaselina: 53% leo: 37% Tabela de EHL requerido de algumas substncias graxas: CompostoA/OO/A Cera de abelha515,0 Vaselina liq.410,5 leo veg.-9,0 c. esterico-17,0 Cera: 0,1 x 15 = 1,5 EHL = 1,5 Vaselina: 0,53 x 10,5 = 5,6 EHL = 5,6 leo: 0,37 x 9 = 3,3 EHL = 3,3 E EHL = 10,4 AE10,4oEHLrequeridopelaformulaoapresentada entoaformulaovainecessitardeumtensoativoem torno de 10,4 Tween 65. TCNICAS DE PREPARO DE EMULSES Geralmente os mtodos so: manuais ou mecnicos. Umalmofarizepistilopodemserusadostantonomtodo Ingls como no Continental. MtodoIngls:dependedousodemucilagensougomas dissolvidas.Paraaformaodaemulsoprimriaa proporode3a4partesdeleo:2partesdegua: 1parte de emulsificante. Prepara-seamucilagemadicionandoumapequenaparte deguaaohidrocolidetriturando-seathomogeneizar. Adiciona-se o leo em pequenas quantidades com agitao rpida.Amisturatorna-sedensaeviscosa.Adiciona-sea guarestante,lentamente,comrpidaagitaoatquea emulso se complete. MtodoContinental:paraaformaodaemulsoprimria a proporo de 4 partes de leo: 2 partes de gua: 1parte de emulsificante. Prepara-seamucilagemadicionandooleoao hidrocolide,misturando-serapidamente.Emseguida adiciona-setodaagua,deumasvez,misturando rapidamente at que a emulso esteja formada. Para agentes emulsificantes sintticos a tcnica de preparo consiste em separar duas fases: aquosa e oleosa. As duas fases so aquecidas separadamente at cerca de 60-70C. Afaseinternavertidasobreaexternasobagitao constante.Paraalgunstiposdeemulsesusamosa tcnica da emulso invertida para obter melhor estabilidade da formulao: verte-se a fase externa sobre a interna sob agitao constante. No esquecer que.... Agentes emulsificantes:Agentes surfactantes: tensoativos Colides hidroflicos Partculasslidasfinamente divididas Quandodoislquidosimiscveisestoemcontatoeles tendem a manter a menor interface possvel. Quandoseadicionaumcomponentecomatividadena tensosuperficial,suasmolculastenderoaseorientar entreasduasfaces,comapartepolarorientando-sena fase polar e a parte apolar na fase apolar, diminuindo assim atensosuperficial.Istofarcomqueosdoislquidosse misturem. Emgeralosemulsificantesauxiliamnaformaode emulses por: - reduzir a tenso superficial - formao de filme interfsico rgido - formao de uma camada dieltrica Quandoaconcentraooemulsificantealta,pode-se formarumfilmergidoentreasfasesimiscveisqueatua como uma barreira coalescncia das micelas. Aformaodeumacamadadieltricaresultaemforas eltricasderepulsoentreasgotculasminimizandoa coalescncia.PR FORMULAO A pr formulao pode ser definida como uma investigao daspropriedadesfsicoqumicasdoinsumofarmacutico ativo isoladamente ou combinado com excipientes. Seuobjetivogerarinformaesteisaoformuladorpara odesenvolvimentodeformasfarmacuticasestveis, seguras,eficazesecomdisponibilidadeadequada. umasdasetapasmaisimportantesdoprocessode desenvolvimento de produtos. A etapa de pr formulao voltada a minimizar impurezas dosingredientesfarmacuticosativoseexcipientes, minimizarprodutosdedegradaoquepoderiamser formados a partir da interao destes com a embalageme minimizarresultadosdeinterfernciasdoprocessode fabricao. Principaisparmetrosaseremavaliadosnoprocessode pr formulao: 1.Propriedades organolpticas 2. Solubilidade 3. Pureza 4. Teor de gua 5. Dissoluo intrnseca 6. Tamanho de partcula, forma e rea de superfcie 7. Parmetros que afetam a absoro como: coeficiente de partio, constante de ionizao, permeabilidade 8. Ponto de fuso 9. Propriedades do cristal e polimorfismo 10.Escoamento 11.Densidade 12.Compressibilidade 13.Higroscopicidade 14.Molhabilidade 15.Estabilidade trmica, hidrlise, oxidao, fotlise, ons metlicos, pH. SUSPENSES Formasfarmacuticaslquidas,heterogneas,bifsicas, constitudas por uma fase externa ou dispersante lquida e umafaseinternaoudispersaquesoslidosinsolveis, cujo tamanho de partcula maior que 0,1m. um slido insolvel num lquido, sistema heterogneo. Sistemas: slido slido slido lquido lquido lquido Sistemas heterogneos:fase interna descontnua, dispersa, fase slida faseexternacontnua,dispersante,fase lquida dispersogrosseirapartcula>0,5todasso filtrveisempapelcomumesovisveisemmicroscpio comum. dispersocoloidalpartcula0,5a0,001so filtrveis em papel comum mas no em papel analtico; ex.: leite,gemadeovo.Quandotendepara0,001noso visveis em microscpio comum. disperso molecular partcula ) PROBLEMAS DO USO DE SUSPENSES: -difcil de esterilizar [ calor temmais dificuldade para se propagar em slidos que em lquidos

-ocorre sedimentao evita ao mximo ou amenizar-foradecoesoentreasmolculas(aspartculas dispersas, devido alta energia livre e grande superfcie, tendeaseagruparreduzindoonvelenergtico)- agregados - cristal microrganismo CARACTERSTICAS DA SUSPENSO IDEAL: -ofrmacosuspensonodevesedimentar-se rapidamente-seocorrersedimentao,aressuspensodeverser fcil (no ocorrer compactao ou caking) -no ser muito viscosa dificulta a sada do recipiente e a ressuspenso - estabilidadefsico-qumica(noocorrercrescimentode partculas), no contaminar facilmente -tamanho da partcula < para uso oftlmico: 10-20 -fluidez -sabor, odor e cor -estabilidadequmicatamponandoparaevitar degradaes -estabilidade fsica -estabilidade bacteriolgica esterilidade Tipos:-mistura leite de magnsio -loo loo e calamina -gel gel de hidrxido de alumnio (tamanho de partcula se aproxima do colide) -magma magma de bismuto (prximo do gel) -suspenses EXEMPLOS: -cloranfenicolemsoluo=gostoamargousode suspenso sulfato de cloranfenicol -administraoinjetveldeinsulina,esteridessoba formadesuspenses(cristaisgrandes)maiortempo de ao -AAS hidrolisa em menor grau em suspenso do que em soluo -penicilina-procananaformadesuspensosofremenos alteraes que a penicilina G em soluo. PRINCIPAISFATORESFSICO-QUMICOSQUE INTERFEREM NAESTABILIDADE: 1- ConcentraodoPA:existemlimitesmximose mnimos Concentrao muito elevada = difcil de estabilizar Concentrao muito baixa = problemas na dosagem 2- Energia livre: queremos que as partculas permaneam totalmente dispersas -a energia livre depende da rea total externa e da tenso interfacial lquido/slido.-adiodetensoativos=diminuiatensosuperficiale portanto a energia livre menor coeso 3- Molhabilidade:substituiodafasear/slidopelafase lquido/slidofacilidadecomqueolquidoseespalha pela superfcie slida -difcildeslocarafasear/slidopoisgeralmenteos frmacos de suspenses so muito insolveis -seaspartculasslidasnososuficientemente molhadaspelafasedispersante,elastendemaflutuar aglomerando-sejuntosuperfciedolquido consequnciadoelevadongulodecontatodoslido-lquidoedependedastensessuperficiais.Usode agentes molhantes. Ex: talco em gua 4- Sedimentao: toda suspenso sedimenta com o tempo (gravidade) Fatores que influem na sedimentao: a) tamanhodaspartculasslidasquantomaiora partcula, mais rapidamente se deposita b) relao densidade soluto / densidade lquido- a taxa de sedimentaodiminuimedidaqueadiferenaentrea densidade das partculas slidas e do lquido diminuem c) viscosidadedafaselquidaquantomaiora viscosidade, maior o tempo de sedimentao Devesernotadoquenassuspensesfarmacuticaspode ocorrersedimentaoproduzidapelaaodotempo.O pontoimportantequeosedimentadonosetorneuma massaequeumarpidaagitaonomomentoda utilizaorestabeleafacilmenteahomogeneidadeda suspenso. 5- Redispersibilidade:prevenodacompactao.A sedimentao pode ser isolada ou conjunta (flocos). -Suspensofloculada:aspartculasseligamentresi sobformadeflocosnosquaisestretidauma determinadaquantidadedelquido.Cadafloco sedimenta-seaumavelocidadequedependedoseu tamanhoeporosidade.Osedimentoformadomuito volumoso,porosoedefcildisperso.Alemdomaiso liquidosobrenadantelmpido,poisataspartculas finasseintegramaosflocos(aatraodaspartculas maiorquearepulso,aspartculasformamflocos sedimentandoemdepsitosfrouxosdefcil ressuspenso). -Suspensodefloculada:Aspartculassesedimentam separadamente,poissoforasderepulsoqueas afastam uma das outras. Elas se depositam no fundo do recipienteexpulsandooliquidointersticial.Criam-se destaformaligaesinterparticulares.Osedimento maisvolumosoecompactoeficamuitodifcilser colocadonovamenteemsuspenso.aformaode compactaooucaking.Olquidosobrenadante permanecemuitotempoopalescentedevidoaofatoda demoradasedimentaodaspartculasmaisfinas(a repulso das partculas maior que a atrao, no forma flocosecomaforadagravidadeformaumsedimento compactoqueendurececomotempo,difcilde ressuspender). DefloculadasFloculadas Partculas = entidades separadas Partculas formam agregados Sedimentao lenta Sedimentao rpida Sedimento + difcil de dispersar Sedimento fcil de dispersar Suspensomantm-semais tempocombomaspecto, sobrenadante sempre turvo Suspensodesfaz-semais rapidamente,sobrenadante lmpido 6- Crescimento dos cristais:O crescimento dos cristais depende de sua solubilidade no liquido dispersante. Emprincpioaspartculassoinsolveis,masno possuemumainsolubilidadeabsolutaeumaleve solubilidade favorece o crescimento de cristais maiores em detrimentodosmenoresquedesaparecem progressivamente. Quanto mais lento o fenmeno, menor asolubilidade.Aviscosidadedafasecontnuatornaa transformaomaislenta.Nocasodesuspensesde cristais, devemser consideradas as alteraes nas formas cristalinas,quepodemseproduziremdeterminados lquidosousobainflunciadeimpurezas. Quandonosepodeevitarestesinconvenientes,restaa possibilidadedeprepararasuspensonomomentoda utilizao: o produto dispensado ao paciente na forma de pougranulado,aoqualbastaadicionar,sobagitao, umadeterminadaquantidadedadadeliquido(emgeral, gua). -o abaixamento trmico de uma suspenso pode diminuir o coeficiente de solubilidade da substncia -a solubilidade aumenta medida que diminui o tamanho das partculas -adiminuiodatensosuperficialtambmpodereduzir asdiferenasdesolubilidadeeportantoocrescimento de partculas -diferenaentreostamanhosdaspartculasdamesma suspenso favorece o crescimento dos cristais Emdiferentesfenmenoshainflunciadamolhabilidade daspartculas,aviscosidade,aenergiadesuperfcie(+ pelos tensoativos) e, principalmente, as foras de interao especficas,comoforasdeatraotipovanderWaalse foras de repulso que dependem da carga das partculas. Todapartculacarregadarecobertaporumdeterminado nmerodeonsdecargaopostaqueseaderemna periferia da partcula. Esses ons neutralizam parcialmente a carga da partcula. AGENTESMOLHANTES:facilitamoespalhamentodo lquido na superfcie slida, diminuindo a tenso superficial dolquidoeatensointerfacial.Ex:monoestearatode alumnio, propilenoglicol, glicerina AGENTESSUSPENSORES/ESPESSANTES: compostosutilizadosparaaumentaraviscosidadedafase externa de uma suspenso (espessantes). Vantagensd