14
7/18/2019 Apostila LLT http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 1/14

Apostila LLT

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apostila dos cursos de Administação e Logística.Disciplina: LTT - Linguagem Trabalho e Tecnologia.Etec - Centro Paula Souza

Citation preview

Page 1: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 1/14

Page 2: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 2/14

 

1

“O lucro do nosso estudo é tornarmo-nos melhores e mais sábios.” Michel de Montaigne

 Ao elaborar esta apostila coloquei minha experiência de ensino em trabalhosacadêmicos, escolas públicas e particulares. Não almejo que este material signifique um “vade-mécum” da disciplina, mas que decorra em elucidar os momentos ambíguos e/ou nebulososdas principais dúvidas que surjam no meio de nosso curso. Que seja um material pararecorrentes consultas, despertado um olhar diferente e dinâmico para a língua portuguesa.Tenho em mente que as nossas aulas não serão apenas uma espécie de revisão do EnsinoMédio, até porque a finalidade desta disciplina consisti em trabalhar: Linguagem, Trabalho eTecnologias.

Serão momentos de reflexão sobre comunicação, mercado de trabalho e as novastecnologias, para que, findado o curso, você, educando, possa ter efetivamente realoportunidade de adequar o que aprendeu afim de que o ingresso no mercado de trabalho sejauma realidade bem próxima. É importante frisar que este material é feito por meio de umaseleção de textos sucintos, um breve ensaio para uma abordagem mais autoral do assunto novindouro semestre.

Desejo a todos um ótimo semestre de muito trabalho e sucesso!

Profº Pedro Orfei

Page 3: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 3/14

 

2

A linguagem na históriado Homem 

Ela é o veículo pelo qual todo o conhecimentoacumulado pelos seres humanos pôde ser

 preservado. Sem ela, seria inconcebível a vidahumana na forma como a conhecemos

 A linguagem está presente em tudo o que nosrodeia. Por meio dela nos relacionamos com osoutros, expressamos pensamentos e emoções,recebemos e transmitimos informações,compartilhamos experiências. Entre outras coisas,ela é o veículo pelo qual o conhecimento acumuladoao longo de sua história pôde ser preservado aténossos dias. É também um instrumento desocialização. Sem ela, a vida humana como aconhecemos seria impossível. Outros animaiscompartilham a habilidade de comunicar-se comruídos vocais ou outros meios, mas só a linguagemhumana ultrapassa a esfera dos simples sinais. Aomesmo tempo que expressa e constitui a cultura,singulariza-se, expressando e constituindo oindivíduo. Caracteriza-se por uma surpreendenteplasticidade que torna possível sua constanterenovação, favorecendo a criatividade humana.

Por sua importância para o homem, ela tem

despertado o interesse de estudiosos desde ostempos mais remotos e suas possíveis origenscontinuam sendo uma inesgotável fonte depesquisa, pois nos coloca questões curiosas, e

fascinantes. Há quem acredite que o ser humanofala desde sua transformação em Homo sapiens .Embora saibamos muito sobre a linguagem e seudesenvolvimento como sistema de comunicação,sua origem ainda permanece incerta.

Várias teorias sobre como o homem começou ausar a linguagem são debatidas por filósofos,teólogos, linguistas, antropólogos e profissionais dasaúde. Essas tentativas para desvendar as origensda linguagem humana vão desde uma supostaorigem divina, da qual a Bíblia é o exemplo maisnotório  – Adão teria recebido de Deus a habilidadede falar e com isso nomeado cada uma das criaturasvivas –, até hipóteses de que esteja em sua origema imitação de sons naturais (como o canto dospássaros, o rugido das feras, o ruído das águas dosrios e da chuva), incluindo gritos de emoção e a

teoria oral-gestual. Esta última recua no tempo atéuma era em que os seres humanos primitivospossivelmente usavam gestos para comunicar seuspensamentos. Com o passar do tempo, eles teriamcomeçado a usar não só as mãos, mas tambémmovimentos da boca, lábios e língua, o que teriaresultado na linguagem falada.

Para a filósofa brasileira Marilena Chauí, alinguagem pode ter surgido com sons expressospelo homem primitivo para indicar necessidadescomo fome e sede ou para expressar sentimentos ou

imitar ruídos da natureza.

Usar sons para expressar sentimentoscertamente foi marcante na vida do ser  humano, assim 

Módulo

 A evolução do homem e dos meios de comunicação: uma história que começou com desenhosa carvão em cavernas pré-históricas, passou pelos tabletes de barro, pelos papiros epergaminhos e chegou ao papel, ao lápis, ao rádio e à televisão, ao computador e ao celular.

Page 4: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 4/14

 

3

como na vida de outros animais. No caso do homem,esses sons foram se transformando com o passar dotempo até constituírem as línguas.

Para tratar da linguagem, Chauí faz referênciaaos estudos do linguista dinamarquês LouisHjelmslev (1899-1965) e também aos do filósofogrego Aristóteles que viveu no século IV a.C., entreoutros estudiosos que se ocuparam da linguagem.Ou seja, desde a Grécia Antiga, há suposiçõesdocumentadas sobre a origem da linguagem.Citando Aristóteles, diz Marilena Chauí que:

(...) somente o homem é um “animal político”,isto é, social e cívico, porque somente ele édotado de linguagem (...) e, com ela, exprime o

bom e o mau, o justo e o injusto. Exprimir epossuir em comum esses valores é o que tornapossível a vida social e política e, dela, somenteos homens são capazes (...) (CHAUÍ, 2005, p.

119). A linguagem tornou-se o mais eficaz

transmissor de conhecimentos de toda a históriahumana graças a sua representação escrita. Assimcomo a linguagem falada, a escrita remonta à Pré-História da humanidade e as perguntas que buscamdesvendar as suas origens nos remetem a inúmerashipóteses e discussões.

Supõe-se que tudo tenha começado com osdesenhos feitos em cavernas pelo homem primitivo,

que para representar os animais que caçavautilizava pedras, carvão, sangue de animais, barro eoutros materiais. Mas o que se pode propriamentechamar de primeiro registro da linguagem escritadata de cerca de 3150 a.C. É a escrita cuneiforme(do latim cuneus, “cunha”), usada por servos detemplos sumérios, na antiga Mesopotâmia (veja oquadro Mesopotâmia, o berço da escrita). Ela erafeita em tabletes de barro, usando-se varetas emforma de cunha, e constituía um resistente eduradouro método de manter o controle do númerode animais e outros bens que formavam a riqueza

dos templos.

 A segunda civilização a desenvolver a escrita foia egípcia, por volta de 3000 a.C., usando um sistema

Pinturas rupestres sobre rochas de Viçosa (CE): exemplos degrafismos pré-históricos.

Page 5: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 5/14

 

4

de caracteres semelhante ao dos sumérios. Osegípcios usavam o papiro, material preparado comtiras extraídas de uma planta aquática abundante noRio Nilo. Com o tempo, o papiro deu lugar aopergaminho, produzido com pele tratada de animais,mais resistente e durável e que foi por muito tempoo suporte usado para escrever  –  desde a

 Antiguidade até a Idade Média (séculos V a XV). Elefoi depois substituído pelo papel.

 A partir da adoção do papel, o registro dalinguagem foi evoluindo da grafia com lápis e tinta

até a invenção da impressora de tipos móveis peloalemão Johannes Gutenberg (1398-1468), o quepermitiu a criação da imprensa em 1448 e, com ela,

a difusão de livros e jornais em grande escala. Emeras mais recentes, a linguagem se propagoutambém por meio de outros veículos decomunicação, a partir da invenção do rádio e datelevisão, até chegar a formas de registro atuais,com o uso do computador e do celular.

 A evolução da linguagem, tanto falada quantoescrita, evidencia o quanto essa forma decomunicação humana é importante para a vida emsociedade.

 _________________________________________

Mesopotâmia, o berço daescrita

 A antiga mesopotâmia localizava-se nosudoeste da Ásia. Seu nome vem do grego esignifica “entre rios”, referência à faixa de terrasituada entre os rios Tigre e Eufrates. Mas ela

abrangia também a Síria, o sudeste da Turquia ea maior parte do iraque.

Sua localização e a fertilidade de seu solopropiciaram assentamentos humanospermanentes há cerca de 10 mil anos, o quetornou a região berço das primeiras civilizaçõese o lugar onde nasceu a escrita. A região foiocupada primeiro pelos sumérios, depois pelosacádios e, mais tarde, pelos babilônios. Foi o

centro de uma cultura cuja influência seestendeu desde oOriente médio até ovale do Rio indo(hoje território doPaquistão) e omediterrâneo  – itália, Espanha,Grécia, iugoslávia,França, Albânia,Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos.

Hieróglifos, a escrita egípcia 

Os antigos egípcios desenvolveram uma escritacom caracteres bem mais pictóricos do que ossinais cuneiformes dos sumérios, ou seja, maissemelhantes às imagens daquilo querepresentavam, mas organizados em umsistema de sugestão de objetos e conceitossimilares ao da escrita cuneiforme. Oscaracteres egípcios foram chamados de“hieróglifos” pelos gregos por volta de 500 a.C.,porque essa escrita era reservada a textossagrados (do grego hierós, que significa“sagrado”, e glyphein, que significa “inscrever”,“gravar”).

Devido à importânciadas inscriçõeshieroglíficas feitas emtemplos e tumbas, grande

parte desses beloscaracteres que chegaramaté nós foi feita porpintores, escultores, queas gravavam em relevo, epor artesãos, que as

modelavam em gesso. mas foi com a introduçãodo papiro que a escrita egípcia se transformouna profissão dos escribas, os quais se tornaramuma classe social importante no Egito Antigo.Eles usavam um pincel fino de junco para fazeranotações na superfície lisa do rolo de papiro, no

qual copiavam textos sagrados, escreviam sobrea vida dos faraós, elaboravam cartas edocumentos oficiais e registravam os impostos.

obra de arte do século XiX retrata o processo da tipografia utilizado porhannes Gutenberg, em 1450, que revolucionou a impressão em papel naropa

Page 6: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 6/14

 

5

Comunicação 

Comunicação é o processo pelo qual os sereshumanos trocam entre si informações. Sãoelementos nucleares do ato comunicativo: oemissor, o receptor (―os seres humanos‖) e a

mensagem (―informações‖). Em qualquer atocomunicativo encontramos alguém que quertransmitir a outrem dada informação.

 Além destes três elementos é precisoconsiderar outros três: o código, o canal e ocontexto. Nenhum ato comunicativo seria possível,na ausência de qualquer um desses elementos. Defato, é necessária a intervenção de, pelo menos, doisindivíduos, um que emita, outro que receba; algo temde ser transmitido pelo emissor ao receptor; paraque o emissor e o receptor comuniquem é

necessário que esteja disponível um canal decomunicação; a informação a transmitir tem queestar "traduzida" num código conhecido, quer peloemissor, quer pelo receptor; finalmente todo o atocomunicativo se realiza num determinado contexto eé determinado por esse contexto.

Funções da linguagem 

 A classificação das funções da linguagemdepende das relações estabelecidas entre elas e os

elementos que participam do circuito dacomunicação:

O linguista russo Roman Jakobson, baseando-se nos seis elementos da comunicação, elaboroueste quadro das funções da linguagem. Segundoele, cada função é centrada em um dos seis

elementos que compõem o circuito da comunicação.O reconhecimento e a adequada utilização dasfunções são fundamentais tanto na produção quantono entendimento de qualquer tipo de texto.

1. Função referencial

Nas 14 edições dos Jogos Pan-Americanos, 34marcas mundiais foram quebradas. Só no Pan de1967, em Winnipeg, foram 14 recordes batidos, dosquais 3 pelo nadador americano Mark Spitz, o maiorrecordista mundial em Pan.

O atletismo foi a modalidade que rendeu os doisúnicos recordes conquistados por esportistasbrasileiros em Pan-Americanos. Adhemar Ferreirada Silva foi bicam peão no salto triplo e quebrou o

recorde mundial no Pan de 1955, no México. Vinteanos depois, também no México e na mesma prova,João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, deu àtorcida brasileira um momento inesquecível. Saltouincríveis 17,89 metros de distância, 45 centímetros amais que o soviético Victor Saneyev, até entãorecordista nessa prova.

(Superinteressante , julho/2007)

2. Função emotiva ou expressiva 

 A tua ausência, para que a minha dor não achanome bastante triste, há de privar-me para semprede me mirar nos teus olhos, onde eu vi tanto amor,que me enchiam de alegria, que eram tudo paramim?

 Ai de mim! Os meus perderam a luz que osalumiava e não fazem senão chorar.

(Sóror Mariana Alcoforado, Cartas Portuguesas)

3. Função fática 

— Olá, como vai?— Eu vou indo, e você? Tudo bem?

(Paulinho da Viola e Chico Buarque)

Centrada no contexto (a referência ou oreferente da mensagem)  –  é aquela queremete à real idade exterior; sua finalidade éinformar o receptor. É usada principalmenteem textos de caráter objetivo e teor informativo:

Centrada no emissor, o eu da comunicação –éaquela que exterioriza o estado psíquico doemissor, traduzindo suas opiniões e emoções. Aparece, portanto, na primeira pessoa:

 

Centrada no canal da comunicação – é aquelaque tem por objetivo estabelecer o contato como receptor (“Olá, como vai?”), testar ofuncionamento do canal (“Alô, está meouvindo?”) ou prolongar o contato, na falta deoutro conteúdo a comunicar (“Pois é”, “É fogo”,“É” etc.):

 

Módulo 2

Page 7: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 7/14

 

6

4. Função conotativa ou apelativa 

Não acredites  no que teus olhos te dizem, tudoo que eles mostram é limitação.

Olha   com entendimento, descobre   o que jásabes e verás  como voar...

(Richard Bach)

Beba Coca-Cola.

Compre Baton!

5. Função poética 

Podeis aprender que o homemé sempre a melhor medida;Mais, que a medida do homemnão é a morte, mas a vida.

(João Cabral de Melo Neto)

 A função poética ocorre também em textos em queo discurso convencional recebe uma configuração

nova, produzindo um efeito estético inesperado(humor, impacto, estranheza):

Filho de rico é boy, filho de pobre é motoboy.

Lojas MarabrazPreço melhorNinguém faz.

(Nos casos desses exemplos, a função poética nãopredomina, como ocorre na poesia e na literatura;ela é uma função secundária.)

6. Função metalinguística 

— O que significa “olhar vulpino”? — Significa olhar de raposa.

POEMASOs poemas são pássaros que chegamnão se sabe de onde e pousamno livro que lês.Quando fechas o livro, eles alçam voocomo de um alçapão.Eles não têm pousonem porto,alimentam-se um instanteem cada par de mãose partem.E olhas, então, essas tuas mãos vazias,no maravilhado espanto de saberesque o alimento deles já estava em ti...

(Mário Quintana)

ANOTAÇÕES________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Centrada no receptor (tu ou você), a segundapessoa da comunicação – é aquela que tem porobjetivo influir no comportamento do receptor,por meio de um apelo ou ordem. Empregaverbos no imperativo e vocativos. É utilizada

principalmente em textos propagandísticos eoutros que visam a convencer o receptor aadotar alguma opinião ou comportamento: 

Centrada na mensagem  – é aquela em que oessencial é a organização do texto (amensagem), por meio da seleção e arrumaçãode palavras, dos efeitos sonoros e rítmicos, do jogo com figuras de linguagem e doaproveitamento de todo tipo de simetrias ou

antissimetrias entre palavras e frases. Éutilizada principalmente em textos literários:

 

Centrada no código  – é aquela voltada para aprópria linguagem e seus elementos (palavras,regras gramaticais, estruturas da mensagemetc.). Também corresponde à funçãometalinguística o comentário ou explicação de

outros códigos e suas mensagens (visuais,como a pintura ou o cinema; sonoros, como amúsica etc.):

Page 8: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 8/14

 

7

Texto para o teste 1 

1. (UFABC)  – Assinale a alternativa correta sobre opoema transcrito.

a) O emprego de formas de imperativo (pensem, nãose esqueçam) é próprio da função apelativa dalinguagem, e seu efeito de sentido é buscar a adesãodo leitor.

b) O texto é predominantemente informativo,principal mente porque a linguagem do autor écoloquial.c) Pela temática, o poema representa a poesiasensual neossimbolista do autor, marcada pelaquebra de convenções sociais.d) São características do estilo modernista, a que oautor adere: repetição de palavras e ritmo regular, derimas perfeitas.e) A metáfora da rosa para referir-se à bomba deHiroxima é própria para identificar a matrizdenotativa do texto, cujo sentido é literal.

2. (ENEM)  –  “O senhor siga junto ao rio, dobre àdireita e suba a ladeira.”

 A função conativa da linguagem, predominante nafrase acima, decorrea) das referências feitas ao caminho a seguir.b) das indicações referentes ao emissor.c) do emprego das preposições e dos artigos.d) do tipo de coordenação sintática das orações.e) do emprego do pronome de tratamento e dasformas verbais.

ANOTAÇÕES__________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 

(ENEM)  – Indique o enunciado em que sesca persuadir o receptor por meio de uma

bjetiva argumentação socioeconômica.Este balanço expõe o quadro deficitário da

mpresa, neste momento. Por ora, não éossível contratar mais pessoal.

Não era nossa intenção magoá-lo, poisaginávamos que ele viesse a severgonhar de sua condição de

esempregado.Pareceu-me, desde sempre, que essa

volução nasceu para cumprir objetivosheios aos que foram divulgados. Os fatoseverão comprová-lo.

Levo um padrão de vida condizente comeus recursos, apesar de me encontrardividado. Acredito que logo honrarei meusmpromissos.Há muito suspeito de que essa crise nosngirá. Os indícios estão no ar, só um cego

ão os vê.

esolução: O receptor é persuadido a nãontratar novos funcionários porque os dados

presentados no balanço comprovam a criseanceira por que passa a empresargumento socioeconômico). Resposta: A 

Texto para o teste 2.

Daqui a alguns anos, a água pode ser abebida mais cara da sua mesa.

Nos últimos 60 anos, o consumo de águano mundo quadruplicou, e a previsão é de

que em 2015 o consumo atinja o limite dadisponibilidade atual, que é de 9 trilhões delitros. Independente do avanço da tecnologia para degelar geleiras e dessalinizar as águas,este assunto é motivo de preocupação nomundo inteiro. Mas, ficar preocupado não é osuficiente.

Você tem o q ue fazer : –recic le o l ixo; –dê pr eferênc ia par a produ to s

bio degr adáveis; –não dep osite li xo n em m anipu le

produto s tóxicos próximo de lagos e r ios; –não p olua nem desperd ice

Se cada um mudar a postura com relaçãoao meio ambiente, um pequeno gesto serámuito mais do que uma simples gota nooceano.

(Anúncio publicitário AGEOS)

2. (ENEM)  –  No segmento em negrito dotexto, a função predominante da linguagem,manifesta por marcas linguísticasespecíficas, é aa) referencial, porque se privilegia o referenteda mensagem, levando informaçõesobjetivas e inequívocas ao leitor.

b) emotiva ou expressiva, porque se dáênfase aos pontos de vista corporativos da AGEOS.c) conativa ou apelativa, porque há umexplícito objetivo de persuadir o leitor a adotardeterminado comportamento.d) metalinguística, porque há uma particularpreocupação com a clareza do texto e,portanto, com o uso de termos adequados aocontexto.e) poética, porque a mensagem é elaboradade forma criativa, destacando-se,particularmente, o ritmo, evidente nasequência das recomendações.

Resolução:  A mensagem é dirigida aoreceptor. Tanto o pronome de tratamentovocê quanto o emprego de verbos noimperativo (recicle, dê, não deposite, nãopolua) indicam que o interesse é convencer oleitor a tomar medidas de preservaçãoambiental. Resposta: C 

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

ROSA DE HIROXIMA

Pensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas, oh, não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de Hiroxima

 A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida einválida A rosa com cirrose A antirrosa atômicaSem cor sem perfumeSem rosa sem nada(Vinicius de Moraes)

Page 9: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 9/14

 

8

Texto para o texte 3

3. (UNIFESP-corrigido)  –  Nos versos acima deGarrett, como em toda poesia, predomina a funçãopoética da linguagem. Ao lado dela, destaca-se afunçãoa) metalinguística da linguagem, com extremavalorização da subjetividade no jogo entre oespiritual e o profano.

b) apelativa da linguagem, num jogo de sentido peloqual o poeta transmite uma forma idealizada deamor.c) referencial da linguagem, privilegiando-se aexpressão de forma racional.d) emotiva da linguagem, marcada pela nãocontenção dos sentimentos e pelo subjetivismo.e) fática da linguagem, utilizada para expressar asideias de forma evasiva, como sugestões.

4. Indique duas características do texto acima quepermitem afirmar que nele predomina a função

poética da linguagem. _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________

5. Qual a função predominante na tirinha e no textoacima? Justifique sua resposta. _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________ 

 _____________________________________________  _____________________________________________

6. (UFAC)  – Na sequência da tirinha acima, Hamletexplica a uma garota o que é amor. Em suaexplicação, a personagem de Dick Browne serve-sede uma função da linguagem. Identifique-a.a) poética.b) fática.c) emotiva.d) conativa.

e) metalinguística.Textos para o teste 7

ESTE INFERNO DE AMAR

Este inferno de amar — como eu amo! Quem mopôs aqui n’alma... quem foi? Esta chama quealenta e consome, Que é a vida — e que a vidadestrói — Como é que se veio a atear, Quando— ai quando se há-de ela apagar?

(Almeida Garrett)

—  E você? O que acha do movimento deliberação feminina?— Olha, no meu ponto de vista, sabe, a mulhertipo liberada, sabe, é... bem... como eu estava

dizendo, a mulher liberada, fala, isto é, discute,sabe como é, né? Entendeu? Bem, no final dascontas, você percebe, né, acho que esse tipo demulher é isso aí.

Texto I Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado;é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante doshomens e rir interminavelmente das mulheres, rircomo se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível .

(CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho.

In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). Ascem melhores crônicas brasileiras . Rio de

Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.)

Page 10: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 10/14

 

9

7. (ENEM)  – Os textos utilizam os mesmos recursosexpressivos para definir as fases da vida, entre eles,a) expressões coloquiais com significadossemelhantes.b) ênfase no aspecto contraditório da vida dos sereshumanos.c) recursos específicos de textos escritos emlinguagem formal.d) termos denotativos que se realizam com sentidoobjetivo.e) metalinguagem que explica com humor o sentidode palavras.

Texto para a questão 8

8. (ENEM)  –  Neste texto, a função da linguagempredominante éa) emotiva, porque o texto é escrito em primeirapessoa do plural.b) referencial, porque o texto trata das ciênciasbiológicas, em que elementos como o clorofórmio eo computador impulsionaram o fazer científico.

c) metalinguística, porque há uma analogia entredois mundos distintos: o das ciências biológicas e oda tecnologia.

d) poética, porque o autor do texto tenta convencerseu leitor de que o clorofórmio é tão importante paraas ciências médicas quanto o computador para asexatas.e) apelativa, porque, mesmo sem ser umapropaganda, o redator está tentando convencer oleitor de que é impossível trabalhar sem computador,

atualmente.Texto para a questão 9

9. (ENEM) – Essa notícia, publicada em uma revistade grande circulação, apresenta resultados de umapesquisa científica realizada por uma universidadebrasileira. Nessa situação específica decomunicação, a função referencial da linguagempredomina, porque o autor do texto priorizaa) as suas opiniões, baseadas em fatos.b) os aspectos objetivos e precisos.

c) os elementos de persuasão do leitor.d) os elementos estéticos na construção do texto.e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.

ANOTAÇÕES____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 

Texto II Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que todos osamigos já morreram e os que teimam em viversão entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por necessidade interior, mas porque a boca nãofecha ou a dentadura é maior que a arcada.

(FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS,Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores

crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva,2005. p. 225.)

Em uma famosa discussão entre

profissionais das ciências biológicas, em 1959,C.P. Snow lançou uma frase definitiva : " Não seicomo era a vida antes do clorofórmio ". De modoparecido, hoje podemos dizer que não sabemoscomo era a vida antes do computador. Hoje nãoé mais possível visualizar um biólogo ematividade com apenas um microscópio diante desi; todos trabalham com o auxílio decomputadores. Lembramo-nos, obviamente,como era a vida sem computador pessoal. Masnão sabemos como ela seria se ele não tivessesido inventado.

(PIZA, D. Como era a vida antes do computador?OceanAir em Revista , n.° 1, 2007 – Adaptado.).)

É ÁGUA QUE NÃO ACABA MAIS

Dados preliminares divulgados porpesquisadores da Universidade Federal do Pará(UFPA) apontaram o Aquífero Alter do Chãocomo o maior depósito de água potável doplaneta. Com volume estimado em 86 000

quilômetros cúbicos de água doce, a reservasubterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. “Essa quantidade deágua seria suficiente para abastecer a populaçãomundial durante 500 anos”, diz Milton Matta,geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o dobro do volume deágua do Aquífero Guarani (com 45 000quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era amaior reserva subterrânea do mundo, distribuídapor Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

(Época . N.º 623, 26 abr. 2010.), 2005. p. 225.)

PALAVRAS-CHAVE:  Circuito da comunicação

  Elementos do circuito

Page 11: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 11/14

 

10

Linguagem Falada  eEscrita

 A língua escrita tem como uma de suasfinalidades representar graficamente a língua falada.Contudo, os sinais gráficos não conseguem mostrargrande parte dos elementos da fala, como o timbreda voz, a entonação, os gestos, as expressõesfisionômicas.

Sendo assim, a linguagem escrita deve sermuito mais trabalhada, para compensar o que lhefalta. Mas a escrita não é apenas reprodução da fala,pois é também um meio autônomo de comunicaçãoe produção de sentido. As grandes obras da tradiçãooral  –  isto é, obras compostas e transmitidasoralmente durante séculos, antes da existência daescrita  –  foram registradas por escrito e assim

chegaram até nós (exemplos: a Bíblia, os poemas deHomero). Mas as obras literárias, filosóficas,científicas, etc. dependem da escrita desde omomento de sua criação: são compostas por escritoe assim transmitidas, geralmente em vista da leiturasilenciosa e solitária.

Não há uma língua que seja, em todos os seuscampos de aplicação, um sistema uno, invariado erígido, ainda que, frequentemente, parta-se dopressuposto de que existe um idioma padrão, faladoem determinado país, aceito pela comunidade eimposto pelo uso comum. Sabe-se que, de modo

geral, a língua apresenta não só variações regionais,mas também registros diferenciados de acordo coma situação, formal ou informal, em que se dá acomunicação.

  Linguagem culta

 A linguagem culta é ensinada nas escolas e

serve de instrumento para a comunicação formal(incluindo-se aí a imprensa) e para as criações daliteratura, do pensamento e das ciências, nas quaisse apresenta com terminologias especiais. É usadapelas pessoas instruídas das diferentes classessociais e caracteriza-se por obedecer a padrõestradicionais, presentes nos textos de escritoresconsagrados e codificados nas gramáticasnormativas, que apresentam “regras” para o que éconsiderado o “bom” uso da  língua. (Há tambémgramáticas descritivas, que não contêm regras, masapenas análise dos usos linguísticos.)

  Linguagem popular

Linguagem popular é a usada espontânea elivre- mente pelo povo. Muitas vezes foge à normagramatical e aos padrões tradicionais, criandoformas de expressão que os conservadores, presosà gramática normativa, classificam negativamentecomo “erros”, “vícios de linguagem”, “vulgarismos” egíria.

 A gíria é uma das maiores fontes de criatividadelinguística e a língua popular é um dos fatores

centrais (mas não o único) a determinar asalterações e a evolução de uma língua.

  Gíria

Segundo Mattoso Câmara Jr., “estilo literário egíria são, em verdade, dois pólos da Estilística, poisgíria não é a linguagem popular, como pensamalguns, mas apenas um estilo que se integra à línguapopular”. Tanto que nem todas as pessoas que seexprimem por meio da linguagem popular usamgíria.

No estilo literário, a gíria pode ser incluída paraatribuir ao texto informalidade e espontaneidade. Noentanto, o tempo de vigência de um termo de gíria

Não há dúvida que as línguas se aumentam ealteram com o tempo e as necessidades dos

usos e costumes. (…) A este respeito ainfluência do povo é decisiva.

(Machado de Assis) 

Módulo 3

Page 12: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 12/14

 

11

pode ser efêmero, pois a gíria é muito dinâmica esuas criações

 

podem desaparecer rapidamente.Sendo assim, uma obra literária que contém

muitos termos de gíria corre sério risco de ficarultrapassada. Mas, é claro que não podemosdescartar a possibilidade de incorporação definitivade termos de gíria à língua, como já aconteceu não

raras vezes. Por isso, nem sempre é possívelestabelecer uma distinção precisa entre gíria epalavra popular, mesmo porque ambas são,frequentemente, de origem popular.

  A linguagem regional (ou dialetal) e a línguapadrão

Linguagem regional é aquela marcada porcaracterísticas típicas de determinada região, doponto de vista fonológico (pronúncia), vocabular ecultural – exemplos: falar ou dialeto caipira, gaúcho,carioca, mineiro, paulista, lusitano (com diversasvariantes dialetais) etc. Há regiões que contam comvários dialetos (por exemplo, há diversos dialetospaulistas: o caipira, o italianado etc.). Uma língua éum conjunto de dialetos, dos quais se destaca umque, por seu prestígio cultural e social, é consideradoa língua padrão.

ANOTAÇÕES________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto para o teste 1

1.  A que diferença de linguagem se refere apersonagem Azevedo Gondim? _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________  _____________________________________________

2. (ENEM)   –  O texto retrata duas situaçõesrelacionadas que fogem à expectativa do público.São elasa) a saudação do jogador aos fãs do clube, no inícioda entrevista, e a saudação final dirigida à sua mãe.b) a linguagem muito formal do jogador, inadequadaà situação da entrevista, e um jogador que fala, comdesenvoltura, de modo muito rebuscado.c) o uso da expressão “galera”, por   parte doentrevistador, e da expressão “progenitora”, porparte do jogador.

d) o desconhecimento, por parte do entrevistador, dapalavra “estereotipação”, e a fala do jogador em “épra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles semcalça”.e) o fato de os jogadores de futebol serem vítimas deestereotipação e o jogador entrevistado não corresponder ao estereótipo.

 

3. (ENEM)  –  A expressão “pegá eles sem calça”poderia ser substituída, sem comprometimento desentido, em língua culta, formal, pora) pegá-los na mentira.b) pegá-los desprevenidos.c) pegá-los em flagrante.d) pegá-los rapidamente.e) pegá-los momentaneamente.

Alguns termos de gíria e nomes que vieram

do tupi

Nhenhenhém: falar muito, resmungar, vem do verbo

nhe’eng , que significa falar.Chorar as pitangas:  pyrang   em tupi é vermelho. Aexpressão significa pedir insistentemente algo que énegado, lamuriando-se, choramingando (até os olhosficarem vermelhos).

Jururu: aruru significa triste, cabisbaixo.

Ipanema: nome de lugar fedorento.

Pindaíba: pindá é anzol, a’ib, ruim. A expressão serviapara indicar quando alguém ia mal nas pescarias e nãoconseguia o suficiente para comer. Hoje o termo éusado para indicar “sem dinheiro, duro”.

Pernambuco: mar com fendas, rachado, o querepresentaria os arrecifes do mar pernambucano.

(Revista Veja – Adaptado)

 Azevedo Gondim apagou o sorriso, engoliuem seco, apanhou os cacos da sua pequeninavaidade e replicou amuado que um artista não

 pode escrever como fala.— Não pode? perguntei com assombro. E porquê? Azevedo Gondim respondeu que não pode porque não pode.

—Foi assim que sempre se fez. A literaturaé a literatura, Seu Paulo. A gente discute, briga,trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosseescrever como falo, ninguém me lia.

(Graciliano Ramos, São Bernardo)

Page 13: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 13/14

 

12

Considere a tirinha para responder às questõesde 4 a 6.

4. (UNIFESP) – O termo hedonismo, na fala do paide Calvin, está relacionadoa) à sua busca por valores mais humanos.b) ao seu novo ritmo de vida.c) à sua busca por prazer pessoal e imediato.d) à sua forma convencional de viver.

e) ao seu medo de enfrentar a realidade.5. (UNIFESP)  – Assinale a alternativa correta, tendocomo referência todas as falas do menino Calvin.a) O emprego de termos como gente e tem éinadequado, uma vez que estão carregados demarcas da linguagem coloquial desajustadas àsituação de comunicação apresentada.b) Calvin emprega o pronome você nãonecessariamente para marcar a interlocução: antes,trata-se de um recurso da linguagem coloquialutilizado como forma de expressar ideias genéricas.c) O emprego de termos de significação ampla — como noção, tudo, normal —  prejudica acompreensão do texto, pois o leitor não consegueentender, com clareza, o que se pretende dizer.d) O pronome eles é empregado duas vezes, sendoimpossível, no contexto, recuperar-lhe asreferências.e) O termo bem  é empregado com valor deconfirmação das informações precedentes.

6. (UNIFESP)  – Em “– E correr uns bons 20 km!” otermo uns assume valor dea) posse. b) exatidão. c) definição.

d) especificação. e) aproximação.

7. (FADISC)  –  A expressão “tipo assim” está virandoum cacoete de linguagem coloquial; portanto, naformulação frasal: “Não gosto de ouvir os clássicos,tipo assim Chico, Jobim; meu estilo é mais o funk”,se a expressão fosse substituída pelo registro cultode língua, equivaleria aa) tipo. b) como. c) assim.

d) tipo como. e) como qualquer tipo. 

Texto para a questão 8

O emprego de “ter”, nos contextos acima, écaracterístico da língua popular.

8.  (FATEC)  –  Assinale a alternativa em que asubstituição desse verbo se faz de acordo com alíngua culta.a) Deve haver telefone automático / Existeprostitutas bonitasb) Há alcaloide à vontade / Há prostitutas bonitasc) Existe telefone automático / Deve existirprostitutas bonitasd) Deve haver tudo / Devem haver prostitutas bonitase) Existe alcaloide à vontade / Existe prostitutasbonitas.

Texto para a questão 9

9.  (ENEM-2013)  –  As escolhas linguísticas feitaspelo autor conferem ao textoa) caráter atual, pelo uso de linguagem própria dainternet.b) cunho apelativo, pela predominância de imagensmetafóricas.c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.e) originalidade, pela concisão da linguagem.

Em Pasárgada tem tudo(...) Tem telefone automáticoTem alcaloide à vontadeTem prostitutas bonitas

 ATÉ QUANDO?

Não adianta olhar pro céuCom muita fé e pouca lutaLevanta aí que você tem muito protesto pra fazerE muita greve, você pode, você deve, pode crerNão adianta olhar pro chãoVirar a cara pra não verSe liga aí que te botaram numa cruz e só porque JesusSofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

(GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (m as não s eja

sempre o mesmo) . Rio de Janeiro: Sony Music, 2001

PALAVRAS-CHAVE:• Culta • Popular • Coloquial • Regional 

Page 14: Apostila LLT

7/18/2019 Apostila LLT

http://slidepdf.com/reader/full/apostila-llt 14/14

 

As variedades linguísticas na construção do texto

Leia a letra desta canção, do compositor Zeca Baleiro:

Heavy Metal Do Senhor

O cara mais underground que eu conheço é o diabo que no inferno tocacover das canções celestiais com sua banda formada só por anjosdecaídos.

Enquanto isso Deus brinca de gangorra no playground do céu comsantos que já foram homens de pecado de repente os santos falam"Toca Deus um som maneiro" e Deus fala "Aguenta vou rolar um sompesado".

 A banda cover do diabo acho que já tá por fora o mercado tá de olho é

no som que Deus criou com trombetas distorcidas e harpasenvenenadas mundo inteiro vai pirar com o heavy metal do Senhor.

(Por onde andarás Stephen Try?. MZA Music, 1997)

Underground : algo que está por baixo, subterrâneo, alternativo, diferente.Tocar cover:  executar repertório de alguém procurando imitá-lo.

1. De forma divertida e bem-humorada, o texto opõe as duas forças que, em nossa cultura, representam obem e o mal – Deus e o diabo. Essa oposição, no texto, transforma-se numa competição musical.

a) Inicialmente, quem gostava de tocar músicas? Que tipo de música tocava?b) Posteriormente, quem passou a tocar músicas? Por quem foi motivado?

2. O cruzamento dessas duas forças não se dá apenas no plano do conteúdo. No plano da expressão, temocomo suporte linguístico o cruzamento de três tipos diferentes de dialetos sociais  –  isto é, variedadeslinguísticas utilizadas por determinados grupos sociais. A que grupo social está associado o uso de palavrase expressões como:

a) Underground, som, som pesado, beavy metal ?b) Inferno, canções celestiais, anjos, Deus, anjos, santos, homens decaídos, senhor?c) Cara, cover, pega fogo, maneiro, rolar, tá de olho, envenenadas, pirar?

3. No texto lemos expressões como "trombetas distorcidas" e "harpas envenenadas", empregadas na últimaestrofe.

a) Dê o sentido das palavras distorcidas e envenenadas nos seguintes contextos:

b) Por que essas palavras geram humor quando acompanham, respectivamente, trombetas e harpas?

4. Na disputa musical entre Deus e o diabo:

a) Quem sai vencedor?b) No último verso se lê “mundo inteiro vai pirar com o heavy metal do senhor”. Observe, em suasrespostas à questão 2, a que grupos sociais se vinculam palavras como  pirar, heavy metal e senhor .Em seguida, responda: o som de Deus vai agradar a todos? Justifique.

  Fez um som muito louco com uma guitarra distorcida.  Tem um motor envenenado que é um perigo.

Módulo 4