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30 CADERNO 2 CULTURA MUSICAL História da gravação Copyright e Copyleft Música nas culturas japonesa, chinesa, indiana e indonésia

Apostíla Parte 2 Cultura 2015

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CADERNO 2 – CULTURA MUSICAL

História da gravação

Copyright e Copyleft

Música nas culturas japonesa, chinesa, indiana e indonésia

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História da gravação

O domínio da técnica de

gravação e reprodução mecânica do som tem início com a invenção do primeiro protótipo do fonógrafo pelo francês Léon Scott em 1857. Poucos anos depois, Thomas Alva Edison, desenvolveu um sistema que possibilitava ouvir a reprodução de uma gravação. No século XX, desenvolveram-se muito as técnicas de gravação e reprodução acústica, o que resultou numa

série de aparelhos domésticos destinados ao lazer. Gravação do som é um registro, uma gravação numa mídia (um disco de vinil, por exemplo) das vibrações produzidas no ar pelo som. Na reprodução, é o inverso desse processo, convertendo as vibrações em ondas sonoras. Entre as técnicas de gravação e reprodução dos sons existentes destacam-se:

Mecânicos: fonógrafos e eletrolas;

Magnéticos dos gravadores e toca-fitas tipo rolo ou cassete;

Ópticos: CDs, DVD, Bluerays.

Digitais: de formatos como Wave e Mp3.

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Sistemas mecânicos: O primeiro aparelho mecânico de reprodução do som foi inventado por Thomas Edison em 1877. Ele tinha um cilindro coberto com papel de estanho e um pavilhão, que tinha no fundo um diafragma ao qual se fixava uma agulha. Uma manivela girava o cilindro para que a agulha, apoiada sobre o papel de estanho produzisse dele um sulco ao risca-lo. Quando se emitia um som, diante do pavilhão, as ondas sonoras provocavam vibrações no diafragma, que as transmitia à agulha, essa riscava o papel, “escrevendo” os sons sobre nele. Ao passar a agulha do diafragma pelo sulco traçado durante a gravação, ela acompanhava os sulcos e fazia o diafragma vibrar de modo idêntico. As oscilações do diafragma se formavam em ondas sonoras audíveis, que repetiam os sons originais.

A primeira gravação sobre um disco plano obra de Emil Berliner, que traçou num disco de zinco uma linha espiral (partindo das extremidades para o centro do disco), sobre a qual deslizava a agulha.

Berliner junto com o mecânico Eldridge Johnson, inventaram o gramofone, aparelho que em 1896 já era vendido em todos os Estados Unidos. Aqui se iníciou a indústria de produção de gravações e discos. A indústria fonográfica.

Em 1915 ocorreu uma revolução nas gravações quando Lee De Forest inventou um amplificador de tubo a vácuo. Essa invenção marcou a transição da gravação acústica para a elétrica, e contribuiu com uma considerável melhora no método e qualidade de gravação. Desenvolveu-se também a confecção dos discos, agulhas, alto-falantes, amplificadores. Padronizou-se então a gravação de discos de 4min30s de duração e 78rpm (rotações por minuto), feitos de goma-laca e depois de resinas sintéticas termoplásticas.

A gravação de longa duração (long-playing), conhecida como LP e lançada em 1948 pela Columbia, foi projetada para tocar à velocidade de 33 1/3rpm. Por usar microssulcos, permitia um tempo de reprodução de trinta minutos para cada lado do disco. O vinil material plástico flexível e resistente, que produzia pouco ruído pela fricção possibilitou esse avanço. Os discos compactos de 45rpm tocavam até oito minutos por lado e foram introduzidos em 1949. Gravações estereofônicas, com dois canais separados de som gravados no mesmo sulco, foram feitas a partir de 1958. No início da década de 1970, surgiram os discos quadrafônicos, com dois canais adicionais, mas não tiveram sucesso comercial.

Sistemas magnéticos. A ideia de usar um material magnético para a gravação de sons, foi do dinamarquês Valdemar Poulsen em 1898, mas, só foi posta em prática pela indústria na década de 1920, quando começaram a ser utilizadas fitas magnéticas.

As modernas fitas de gravação magnética consistem num filme de base plástica recoberto de material magnético. A gravação sobre essas fitas se faz por meio do gravador, que efetua a conversão do som em sinal elétrico, em onda magnética, que organização o material na fita como sulcas no vinil. Os gravadores todos baseiam-se no mesmo princípio:

uma bobina magnética, chamada cabeçote de gravação, atua

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como um ímã e magnetiza as partículas de óxido que constituem a base magnética da fita.

A gravação em fita magnética revolucionou a indústria musical, permitindo mais qualidade, além da possibilidade de editar as gravações. A fita cassete foi o grande sucesso comercial da gravação magnética. Ela nasceu na década de 70 teve seu auge na década de 80. Mas com o surgimento dos sistemas óticos e digital, o uso da fica cassete perdeu o sentido.

O primeiro sistema ótico foi inventado por De Forest, que em 1923 desenvolveu técnicas de transcrição de ondas sonoras em impulsos de luz. Quando se passava o filme entre uma fonte luminosa e uma célula fotoelétrica num projetor cinematográfico, as imagens se transformavam novamente em voltagens elétricas que podiam se converter em som por um sistema de alto-falantes.

Outro tipo de gravação óptica é a de disco compacto digital (compact disc ou CD). Os métodos de gravação, leitura e reprodução sonora mediante raios laser determinou uma autêntica revolução tecnológica desses aparelhos. A durabilidade, a precisão de leitura e a qualidade do som dos compact discs determinaram a troca gradual, em determinados círculos, dos sistemas de audição fonográfica e magnética pelos de tecnologia a laser.

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Linha do tempo das tecnologias de gravação e reprodução de áudio

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Anotações:

Copyright vs. copyleft

Copyright é a denominação usada para indicar o direito autoral, direitos autorais ou direitos de autor ou autores sobre suas obras intelectuais (literárias, artísticas ou científicas). Direitos do Autor não são necessariamente o mesmo que copyright. O copyright é direito ou restrição à reprodução ou à modificação de uma obra. Já Copyleft é uma maneira de retirar juridicamente os impedimentos à reprodução ou à modificação de uma obra, permitindo as mesmas liberdades para as versões modificadas.

Diferente do domínio público que permite qualquer utilização de uma obra, o copyleft, tem como exigência a possibilidade de copiar e distribuir uma obra sem fins lucrativos. Não proíbe a venda da obra pelo autor, mas libera de qualquer pessoa a fazer a distribuição não comercial da obra.

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A grande indústria fonográfica morreu Por Ricardo Bicalho. 17/07/2007.

A revista Rolling Stone é uma das mais influentes do meio musical. Um excelente artigo (Rolling Stone: The Record Industry’s Decline) escrito em duas partes explica como uma indústria que tem o consumo de seu produto aumentando absurdamente está perdendo dinheiro e falindo.

Baseada em um modelo de venda de pacotes de músicas, em mídias físicas, por praticamente um século, é uma indústria que não inovou seu modelo de negócios, tentou bloquear a tecnologia de todas as formas, matou o Napster, processou pais de crianças de 9 anos e vovós, foi atrás de indivíduos, provedores de internet, usou muito dinheiro e lobby pesado em cima de políticos. Enfim, utilizaram todo o músculo da sua máquina de fazer dinheiro para parar a tecnologia digital e novas formas de distribuição.

O resultado de praticamente 10 anos de luta? As vendas de CDs continuam caindo e apenas esse ano as vendas despencaram quase 17%. Nem mesmo os grandes sucessos são fonte de renda garantida mais. A tecnologia atropelou os gigantes da indústria como se fossem barquinhos de papel contra um tsunami.

E a virada, segundo o artigo, foi justamente na época da morte do Napster. Para quem não tem ideia do que foi o Napster, uma rápida explicação: era um serviço, com servidores centrais, onde pessoas do mundo inteiro e de forma gratuita podiam compartilhar arquivos de música. Os arquivos ficavam na máquina dos usuários do sistema e o Napster apenas mantinha um mapeamento do que cada pessoa possuía. Era muito rápido, pois tudo era catalogado de forma central. A RIAA entrou pesado com processos e o Napster deixou órfãos quase 40 milhões de usuários. Detalhe: a RIAA não foi capaz de substituí-lo e houve um hiato de 2 anos até o lançamento do iTunes.

O resultado desse tempo foi a sofisticação dos programas e redes Peer-to-Peer, ou pessoa-a-pessoa, descentralizado, sem empresas ou servidores centrais. Essencialmente, não havia empresas para serem processadas e a RIAA resolveu atacar os próprios usuários do sistema, numa das piores jogadas de relações públicas da história. A antipatia conquistada da mídia e do mercado consumidor foi enorme, e baixar músicas, mesmo de forma ilegal, tornou-se um movimento de resistência. Quando o iTunes surgiu, o sucesso foi praticamente imediato, mas o controle de distribuição foi entregue a um terceiro, a Apple.

A RIAA defende-se dizendo que processar indivíduos é uma forma de informar que o download ilegal de músicas é ilegal. Parece não ter dado resultado, já que os números têm aumentado. E fica sempre a mesma pergunta no ar: porque estes caras estão falindo? Há interesse no produto, nos artistas e centenas de milhões de aparelhos capazes de reproduzir MP3 estão no mercado. A resposta é fácil: o modelo de negócios está errado.

O artigo ainda vai mais longe, dizendo como as empresas irão sobreviver, através de outros tipos de licenciamento, como filmes, seriados, games, shows, etc.

Anos atrás, praticamente qualquer pessoa ligeiramente mais informada sobre o Napster, sabia que não tinha volta. Mas não é culpa apenas das gravadoras. As grandes redes varejistas e artistas também ameaçavam as gravadoras, com multas sobre perda de lucratividade caso as pessoas conseguissem músicas a preços mais em conta do que em lojas. Resultado de quem remou contra a maré? Artistas que lutaram, ficaram mal vistos com os fãs e continuaram sendo copiados do mesmo jeito. Os varejistas de música? Estão fechando as portas em massa e o fato é fácil de explicar: quando foi a última vez que saímos de uma loja com um lançamento? Fonte: http://meiobit.com/11595/a-grande-industria-fonogr-fica-morreu/ 26 dez. 2012.

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Anotações:

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Música na cultura Japonesa

A música no Japão é uma das mais tradicionais e cerimoniais expressões culturais, ela tem uma grande variedade de estilos distintos tanto tradicionais quanto folclóricos.

Existem duas formas principais na música tradicional japonesa: O shōmyō (声明 ou 聲

明), ou cânticos budistas, música religiosa. E o gagaku (雅楽) é um tipo de música

clássica orquestrada da corte imperial desde o período Heian (de 794 a 1185). O

gagaku é dividido em kangen (管弦) (música instrumental) e bugaku (舞楽) (música

para balé acompanhada por gagaku).

Uma característica é a variedade e diversidade de artistas como o compositor erudito Toru Takemtsu e músicos de Jazz como a Yellow Magic Orchestra vende tantos álbuns quando astros do J-Pop AKB48 e do Visual Kei como X Japan.

A palavra para música em japonês é 音楽 (ongaku),

combinando o kanji 音 "on" (som) com o kanji 楽 "gaku"

(divertimento).

O Koto é o instrumento símbolo do Japão. Ele é um instrumento de cordas tangidas. O maior músico de koto foi Yatsuhashi Kengyo (1614-1685). Ele criou a música para esse instrumento, também ajudou a desenvolver uma notação especial para o ele.

O Shakuhachi é uma flauta de bambu que surgiu no século XIX. A sua forma peculiar de como é tocada influência sua sonoridade única. Ela usa uma escala pentatônica (Ré, Fá, Sol, Lá, Dó, Ré), mas é possível executar outras notas apenas mudando a embocadura. Sua técnica execução é complexa e única.

O Biwa é um instrumento da família da Pipa chinesa. Diz o mito que o biwa foi o instrumento escolhido da Deusa Benten (Deusa da música, da eloquência, poesia, e de educação) no xintoísmo japonês. Seu uso mais comum é no gênero gagaku. Ele é tocando com uma palheta em forma de espátula.

O Japão é o segundo maior mercado de música no mundo, sendo sua cena musical dominada por artistas japoneses. Que chegaram a vender mais de 3 bilhões de dólares em 2013.

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Música na cultura Chinesa

A tradição musical chinesa é uma das mais antigas. Existem registros e textos sobre a música chinesa que datam da dinastia Zhou Dynasty (1122 A.C – 256 A.C). Nesse período já exista um conjunto de leis que regulava a atividade musical. Sua evolução teve influência das doutrinas religiosas, politicas, filosóficas e ideológicas.

O Gongche é o sistema de notação mais antigo que se tem registro hoje.

Os instrumentos da orquestra tradicional chinesa são classificados segundo os materiais que os compõem: Seda: instrumentos de corda; Bambu: Sopros e flautas; Madeira: percussões e xilofones; Pedra: sinos e carrilhões; Metal: sinos, gongos, címbalos; Barro: ocarinas; Cabaça: órgãos de sopro; Couro: tambores.

A Pipa (琵琶; pinyin: pípá) é um instrumento

em forma de pera com cerca de 2 mil anos. É dedilhado como um alaúde. Ele é um instrumento leve e extremamente ágil. Seu repertório é vasto, vai desde canções tradicionais a composições virtuosísticas. Esse instrumento é um símbolo da cultura na China, lá existem cursos superiores em música especializados no ensino desse instrumento. Atualmente a instrumentista Liu Fang é a grande virtuose do instrumento.

O Erhu (二胡; pinyin: èrhú) é um

instrumento de arco com apenas duas cordas (uma grave e grossa e outra aguda e fina) e é tocado de forma parecida com a do violoncelo. O músico toca sentado, utilizando um arco na mão direita. O curioso é que o arco fica entre as duas cordas, por trás corda grave e pela frente corda aguda. A mão esquerda muda as notas nas cordas. Sua sonoridade está entre um violino e um violoncelo.

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Música na cultura Indiana

A tradição musical indiana é passada de geração em geração há mais de 3000 anos. Sua complexidade e beleza impressionam músicos do mundo todo. Na Índia, a música é tida como uma dádiva de Sarasvati Deusa hindu das artes, sabedoria e música. Ela é sempre representada tocando um instrumento de cordas (Sitar ou Tambura).

Existem duas tradições na música indiana: Hindustâni (Norte da Índia) tem formas livres e é baseada na improvisação sobre melodias (ragas). Os instrumentos tradicionais são a sitar e a tabla. Carnática (Sul da Índia) tem formas rígidas. Também temos a improvisação sobre os ragas. Mas as variações mais marcantes estão nos modelos rítmicos ou talas

Raga é a espinha dorsal da Música Clássica Indiana. Ele é uma forma melódica científica, precisa, sutil e estética. A melodia nela movimenta-se de forma ascendentes e descendentes. Dentro de oitavas ou séries de cinco ou seis notas. Raga é associada a um sentimento, horário particular do dia ou a uma estação do ano. Temos 3 tipos de Ragas: Shuddha Raag; Chhayalag Raag; Sankeerna Raag. Fonte:http://www.musicaindianabrasil.com/2010/07/conceitos-fundamentais-de-raga.html

Tala é um modelo de ritmo. O ritmo na música indiana funciona como ciclos de repetição com um número de batimentos por segundo e que são agrupados de modo particular. Outra diferença da música indiana é que as unidades rítmicas não são divididas ou multiplicadas como no ocidente. Na música indiana as unidades são somadas. Exemplos de Talas comumente usados: Kehrva (8 tempos) 4 tempos + 4 Teen Taal (16 tempos) 4+4+4+4 Dadra' (6 tempos) 3+3 Jhaptaal (10 tempos) 2+4+2+4 Roopak (7 tempos) 3+2+2

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Sitar é o instrumento símbolo da música da Índia. Seu som é metálico e glissandos. É um instrumento de cordas dedilhadas com trastes móveis. Tem em geral dezoito cordas, subdivididas em três categorias: as cordas de execução, as cordas de bordão (notas graves que soam), e as cordas simpáticas (que vibram de acordo coma nota tocada nas cordas de execução).

Pandit Ravi Shankar foi o compositor e músico indiano de maior fama no século XX. Ficou conhecido em todo o mundo na década de 1960 quando chamou a atenção dos Beatles. Falecimento: 11/12/2012. Seus filhos Anoushka Shankar, Norah Jones, Shubhendra Shankar continuam seu legado musical.

A Tabla é o instrumento de percussão, ele surgiu no século XVIII. Atualmente é o instrumento de percussão mais popular na Índia. Ele é mais comum na tradição Hindustâni e também no Paquistão e em Bangladesh.

Tambura é um instrumento de cordas dedilhadas e braço sem trastes, que costuma acompanhar a música vocal, emitindo um bordão para sustentar a tonalidade nas pausas da música

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Música do Gamelão

O gamelão é a orquestra de música tradicional da Indonésia. Diz a lenda que o primeiro grupo de gamelão foi formado por volta de 1800 anos atrás por um regente chamado Sang Hyang Guru. Seu objetivo era convocar os deuses com o toque dos gongos. Existem dois tipos de orquestra de gamelão, o de Bali (a mais conhecida) e o de Java. A música de gamelão faz parte essencial da cultura indonésia.

As orquestras muitas vezes acompanham apresentações de danças típicas ou do wayang kulit, que é o teatro de fantoches tradicional de Java.

É composto por vários tipos de metalofones, xilofones, tambores (kendang) e gongos. Algumas vezes são incluídos flautas de bambu e instrumentos de cordas percutidas ou arco.

A música do gamelão é uma tradição oral, ou seja, não há notação musical. As melodias usam basicamente duas escalas, uma de sete notas chamada pelog e outra de cinco, chamada slendro. A unidade métrica básica da música de gamelão se chama gatra. Cada gatra tem 4 batidas. As gatras são organizadas dentro do balungan (compasso)

A música do gamelão funciona por meio de ostinatos, ou seja, repetição continua de uma frase musical. Assim os músicos têm de ser bem entrosados, pois todos devem tocar suas melodias juntos, essa característica é chamada de kotèkan. Bebranangan é a melodia da música de gamelão. Ela tem três partes com duas notas em cada. As partes têm ritmos variados e são tocadas por grupos diferentes da orquestra

simultaneamente. O kotèkan tem de esta em dia!!!

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A orquestra de gamelão apresenta vários grupos de instrumentos: Os metalofones gender: são instrumentos com barras de metal sobre estruturas de madeira. Tocados com baquetas. Outro instrumento do gênero é o gambang. Os tambores chamados de Kendhang se apresentam em três ou quatro tamanhos diferentes. Os metalofones saron: são instrumentos com barras de metal sobre estruturas arredondadas. Tocados com baquetas. Outro instrumento do gênero é o slenthem. Os bonang: são gongos de metal e são organizados como um carrilhão. Nesse mesmo grupo estão o kenong, kempyang e o kethuk. Também temos o gongo ageng que tem proporções maiores que estão suspensos em cordas amaradas em traves. Temos também o kempul e o siyem. Em alguns casos especiais encontramos instrumentos de cordas como rebab (instrumento de arco) e o celempung (uma espécie de harpa), e flautas de bambu como a suling.