Apostila Petrobras

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  • MONITORAMENTOE CONTROLE

    DE PROCESSOS

    PARAVALIDAO

  • PETROBRAS ABASTECIMENTOEIDER PRUDENTE DE AQUINODiretor Gerente do Abastecimento

    LUIZ EDUARDO VALENTE MOREIRAGerente Geral de Tecnologia de Refino

    AUGUSTO FARIASGerente de Recursos Humanos de Abastecimento

    MAURCIO LIMACoordenador de Formao, Capacitao e Certificao no Abastecimento

    CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA CNIConselho Nacional do SENAI

    CARLOS EDUARDO MOREIRA FERREIRAPresidente

    COMISSO DE APOIO TCNICO E ADMINISTRATIVO AOPRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DO SENAI

    DAGOBERTO LIMA GODOYVice-Presidente da CNI

    FERNANDO CIRINO GURGELDiretor 1 Tesoureiro da CNI

    MAX SCHRAPPEVice-Presidente da Federao das Indstrias do Estado de So Paulo

    SENAI DEPARTAMENTO NACIONAL

    JOS MANUEL DE AGUIAR MARTINSDiretor-Geral

    MRIO ZANONI ADOLFO CINTRADiretor de Desenvolvimento

    EDUARDO OLIVEIRA SANTOSDiretor de Operaes

    ALBERTO BORGES DE ARAJOCoordenador da COTED

  • MONITORAMENTOE CONTROLE

    DE PROCESSOSMarcelo Giglio Gonalves

    BR A S L I A 2003

    TOMO 2

  • MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROCESSOS 2003 Marcelo Giglio Gonalves

    FICHA CATALOGRFICA

    Gonalves, Marcelo Giglio.Monitoramento e controle de processos, 2 / Marcelo GiglioGonalves. Rio de Janeiro: Petrobras ; Braslia : SENAI/DN, 2003.100 p. : il. (Srie Qualificao Bsica de Operadores).

    TTULO CDU 65:504.05

    PETROBRASPetrleo Brasileiro S. A.Avenida Chile, 65 20 andar20035-900 Rio de Janeiro RJTel.: (21) 2534-6013

    PETROBRASDIRETORIA DE ABASTECIMENTO

    Srie Qualificao Bsica de Operadores

    Todos os direitos reservados

    SENAIServio Nacional de Aprendizagem IndustrialDepartamento NacionalSetor Bancrio Norte Quadra 1 Bloco CEdifcio Roberto Simonsen70040-903 Braslia DFTel.: (61) 317-9001 Fax: (61) 317-9190http://www.dn.senai.br

    A publicao desta srie uma co-edio entre o Senai e a Petrobras

    1. VIDA E AMBIENTE

    2. MONITORAMENTO E CONTROLE DE PROCESSOS

    3. SISTEMAS DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

    4. OPERAO E PROCESSOS

    5. GESTO DA QUALIDADE

    6. OPERAO SEM RISCOS

    SENAIDEPARTAMENTO NACIONALUNIDADE DE CONHECIMENTO E

    TECNOLOGIA DA EDUCAO COTED

    SENAI-RJDIRETORIA DE EDUCAOGERNCIA DE EDUCAO PROFISSIONAL GEP

  • Lista de ilustraes

    Apresentao

    Uma palavra inicial

    UNIDADE 4Instrumentao, controle e automaodos processos industriais

    Aspectos gerais da rea de instrumentaoTerminologiaPrincipais sistemas de medidasTelemetria

    Medio de pressoDispositivos para medio de presso

    Medio de temperaturaConceitoTemperatura e calorEscalas de temperaturaMedidores de temperatura por dilatao/expansoEfeitos termoeltricosLeis termoeltricasCorrelao da FEM em funo da temperaturaTipos e caractersticas dos termoparesCorreo da junta de refernciaMedio de temperatura por termorresistncia

    Medio de nvelMtodos de medio de nvel de lquido

    Sumrio

    9

    15

    7

    13

    19

    33

    27

    3939

    61

    5152

    48

    17

    31

    57

    41

    27

    40

    43

    49

    59

    61

  • Medio de vazoTipos de medidores de vazoMedidores especiais de vazo

    Elementos finais de controleVlvulas de controleVlvula de controle: aoPosicionadorCaractersticas de vazo de uma vlvula

    Controle e automao industrialAtrasos de tempo do processoAtrasos na malha de controleAes de um controladorAes de uma vlvula de controleModos de controleAjustes de um controlador proporcionalInfluncia do ajuste da faixa proporcional (ou do ganho)Controle proporcional + integralControle proporcional + derivativoControle proporcional + integral + derivativo

    79

    82

    85

    93

    96

    88

    86

    89

    84

    91

    85

    83

    98

    94

    80

    717277

    87

  • Lista de Ilustraes

    FIGURAS

    FIGURA 1 Malha de controle fechada /18

    FIGURA 2 Malha de controle aberta /18

    FIGURA 3 Indicador /22

    FIGURA 4 Registrador /22

    FIGURA 5 Transmissor /23

    FIGURA 6 Transdutor /23

    FIGURA 7 Controlador /23

    FIGURA 8 Elemento final de controle /24

    FIGURA 9 Sinais utilizados nos fluxogramas de processo /25

    FIGURA 10 Smbolos de instrumentos utilizados

    nos fluxogramas de processo /25

    FIGURA 11 Sistema fieldbus /30

    FIGURA 12 Diagrama das escalas /32

    FIGURA 13 Tipos de tubos Bourdon /33

    FIGURA 14 Manmetros de Bourdon tipo C /34

    FIGURA 15 Manmetro de tubo em U /34

    FIGURA 16 Manmetro de tubo inclinado e de reservatrio /35

    FIGURA 17 Sensor capacitivo /36

    FIGURA 18 Tira extensiomtrica /37

    FIGURA 19 Tira extensiomtrica /37

    FIGURA 20 Efeito piezoeltrico /37

    FIGURA 21 Termmetros dilatao de lquido em recipiente de vidro /44

    FIGURA 22 Termmetro dilatao de lquido em recipiente metlico /45

    UNIDADE 4

  • FIGURA 23 Termmetro presso de gs /46

    FIGURA 24 Termmetro bimetlico /47

    FIGURA 25 Termopar /47

    FIGURA 26 Efeito termoeltrico de Seebeck /48

    FIGURA 27 Efeito termoeltrico de Peltier /49

    FIGURA 28 Lei do circuito homogneo /49

    FIGURA 29 Lei dos metais intermedirios /50

    FIGURA 30 Lei das temperaturas intermedirias /51

    FIGURA 31 Correlao entre temperatura e FEM /52

    FIGURA 32 Correo da junta de referncia /57

    FIGURA 33 Diferena entre as temperaturas das junes /58

    FIGURA 34 Bulbos de resistncia /59

    FIGURA 35 Rgua /62

    FIGURA 36 Tanques para medio /62

    FIGURA 37 Bia ou flutuador /63

    FIGURA 38 Medio de nvel indireta /63

    FIGURA 39 Supresso de zero /64

    FIGURA 40 Medio em tanques pressurizados /65

    FIGURA 41 Medio de nvel com selagem /65

    FIGURA 42 Sistema de borbulhador /66

    FIGURA 43 Medio de nvel por empuxo /67

    FIGURA 44 Flutuador de forma cilndrica /67

    FIGURA 45 Valores de altura de interface /68

    FIGURA 46 Medio por capacitncia /68

    FIGURA 47 Sonda de proximidade /68

    FIGURA 48 Ultra-som /69

    FIGURA 49 Nvel descontnuo por condutividade /70

    FIGURA 50 Nvel descontnuo por bia /70

    FIGURA 51 Tipos de medidores de vazo /72

    FIGURA 52 Medio de vazo por presso diferencial /73

    FIGURA 53 Rotmetro /74

    FIGURA 54 Placa de orifcio /75

    FIGURA 55 Tipos de orifcio /76

    FIGURA 56 Tubo venturi /77

  • FIGURA 57 Medidor magntico de vazo /77

    FIGURA 58 Medidor tipo turbina /78

    FIGURA 59 Vlvula de controle /79

    FIGURA 60 Vlvula globo /80

    FIGURA 61 Vlvula borboleta /80

    FIGURA 62 Atuador direto /81

    FIGURA 63 Atuador indireto /81

    FIGURA 64 Castelo normal /81

    FIGURA 65 Castelo aletado /81

    FIGURA 66 Castelo alongado /81

    FIGURA 67 Castelo com foles de vedao /81

    FIGURA 68 Sede simples /82

    FIGURA 69 Sede dupla /82

    FIGURA 70 Posicionador /83

    FIGURA 71 Curva de reao /86

    FIGURA 72 Curva de reao /86

    FIGURA 73 Diagrama em blocos de uma malha de controle fechada /87

    FIGURA 74 Controlador de ao direta /87

    FIGURA 75 Controlador de ao inversa /88

    FIGURA 76 Aes de uma vlvula de controle /88

    FIGURA 77 Controle on-off /89

    FIGURA 78 Posio da vlvula x varivel controlada no controle on-off /90

    FIGURA 79 Posio da vlvula x varivel controlada no controle on-off

    com zona diferencial /90

    FIGURA 80 Faixa proporcional /92

    FIGURA 81 Resposta de um controlador proporcional /93

    FIGURA 82 Ajuste instvel /93

    FIGURA 83 Oscilao contnua /94

    FIGURA 84 Ajuste estvel /94

    FIGURA 85 Controladores proporcional + integral /95

    FIGURA 86 Controladores proporcional + derivativo /97

    FIGURA 87 Comparao dos controladores proporcional, proporcional + integral,

    e proporcional + integral + derivativo /98

    FIGURA 88 Correo dos modos de controle /99

  • TABELAS

    TABELA 1 Sistema de unidades geomtricas e mecnicas /30

    TABELA 2 Converso de unidades /33

    TABELA 3 Comparao de escalas /42

    TABELA 4 Ponto de solidificao, de ebulio e faixa de uso /44

    TABELA 5 Utilizao dos lquidos /45

    TABELA 6 Identificao de termopares /57

    QUADROS

    QUADRO 1 Identificao de instrumentos de acordo com a Norma ISA-S5 /24

    QUADRO 2 Identificao funcional dos instrumentos /26

  • Monitoramento e controle de processos

    PETROBRAS ABASTECIMEN

    TO

    S E N A I

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    Apresentao

    dinmica social dos tempos de globalizao exige atualizao

    constante dos profissionais. Mesmo as reas tecnolgicas de ponta

    ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo desafios,

    renovados a cada dia, e tendo como conseqncia para a educao

    a necessidade de encontrar novas e rpidas respostas.

    Nesse cenrio, impe-se a educao continuada, exigindo que

    os profissionais busquem atualizao constante durante toda a vida;

    e os operadores das UNIDADES DE NEGCIOS DO SISTEMA PETROBRAS

    incluem-se nessas novas demandas sociais.

    preciso, pois, promover para esses profissionais as condies

    que propiciem o desenvolvimento de novas aprendizagens, favo-

    recendo o trabalho de equipe, a pesquisa e a iniciativa, entre ou-

    tros, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de

    forma competente.

    Seguindo essa linha de pensamento, o SENAI e a PETROBRAS

    organizaram o curso QUALIFICAO BSICA DOS OPERADORES DAS UNI-

    DADES DE NEGCIOS DO SISTEMA PETROBRAS. Seu objetivo principal

    propiciar aos operadores em exerccio da funo condies de re-

    ver conceitos, atualizar e/ou aperfeioar conhecimentos, visando

    AA

  • PETROBRAS ABASTECIMEN

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    S E N A I

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    incluso do processo de certificao profissional e nacional da

    PETROBRAS, que ocorrer na formao especfica.

    Para realizar o curso, voc tem sua disposio, alm dos pro-

    fessores e um ambiente de sala de aula apropriado, este material

    didtico, tambm bastante til para orientar sua aprendizagem.

    Nele, voc vai encontrar os temas a serem trabalhados durante

    a realizao do curso. Por essa razo, importante ler, atentamen-

    te, cada parte que compe o material, pois, assim, ter mais facili-

    dade de acompanhar as aulas e organizar os conhecimentos adqui-

    ridos. Lembramos, no entanto, que ser necessrio, ainda, que voc

    tenha uma participao efetiva nas atividades de sala de aula, apre-

    sentando suas idias, fazendo perguntas aos professores e demais

    colegas, assim como ouvindo o que eles tm a dizer, pois tambm

    atravs dessa troca de experincias que vamos aprendendo sem-

    pre e cada vez mais.

    EIDER PRUDENTE DE AQUINODiretor Gerente do Abastecimento

    PETROBRAS

    JOS MANUEL DE AGUIAR MARTINSDiretor-Geral

    SENAI/DN

  • Monitoramento e controle de processos

    PETROBRAS ABASTECIMEN

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    Uma palavra inicialUma palavra inicial

    APRESENTA0

    unidade industrial, tambm chamada de rgo operacional, uma

    instalao onde se realiza um conjunto de atividades e operaes que tem

    como objetivo a transformao de matrias-primas em produtos. As uni-

    dades industriais cujos processos transformam matrias-primas, tais como

    metais, plsticos e outros, em produtos, como mquinas, ferramentas e

    equipamentos para uso final do consumidor (carros, eletrodomsticos etc.),

    so chamadas de fbricas ou unidades fabris. J aquelas cujos processos

    tm fluidos, como matrias-primas e/ou produtos, so chamadas de in-

    dstrias de processo.

    Vista noturna de uma refinaria

    AA

  • PETROBRAS ABASTECIMEN

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    14....................

    Esse tipo de indstria utiliza equipamentos (estticos, dinmicos e el-

    tricos) e seus acessrios, que compem os sistemas de uma unidade in-

    dustrial. O funcionamento com qualidade dos processos industriais exige

    um controle permanente, sendo necessrio manter constantes algumas

    variveis ( presso, vazo, temperatura, nvel, pH, condutividade, veloci-

    dade, umidade etc.).

    Nesta publicao, apresentamos os principais equipamentos que com-

    pem os sistemas de uma unidade industrial (estticos, dinmicos e el-

    tricos) e seus acessrios. Para isso temos os seguintes objetivos:

    Compreender a funo dos equipamentos estticos e dinmicos e seus

    acessrios

    Definir e classificar os equipamentos e seus acessrios

    Compreender seus princpios de funcionamento

    Reconhecer e identificar as caractersticas gerais dos equipamentos

    Diferenciar os tipos atravs da identificao de caractersticas espec-

    ficas relevantes

    Analisar comparativamente as principais caractersticas dos diferen-

    tes tipos

    Reconhecer os termos usuais

    Esperamos assim fornecer o conhecimento terico bsico para a com-

    preenso dos problemas prticos enfrentados no dia-a-dia de uma unida-

    de industrial, alm de desenvolver nos participantes desse curso uma vi-

    so crtica e o auto-aprendizado.

  • Monitoramento e controle de processos

    PETROBRAS ABASTECIMEN

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    Aspectos geraisda rea de

    instrumentao

    Aspectos geraisda rea de

    instrumentao

    s processos industriais exigem controle na fabricao de seus produ-

    tos. Estes processos so muito variados e abrangem diversos tipos de pro-

    dutos, como, por exemplo, a fabricao dos derivados do petrleo, produ-

    tos alimentcios, a indstria de papel e celulose etc.

    Em todos estes processos absolutamente necessrio controlar e manter

    constantes algumas variveis, tais como: presso, vazo, temperatura,

    nvel, pH, condutividade, velocidade, umidade etc. Os instrumentos de

    medio e controle permitem manter constantes as variveis do proces-

    so, objetivando a melhoria em qualidade, o aumento em quantidade do

    produto e a segurana.

    No princpio da era industrial, o operrio atingia os objetivos citados

    atravs de controle manual destas variveis, utilizando somente instrumen-

    tos simples (manmetro, termmetro, vlvulas manuais etc.), e isto era su-

    ficiente, por serem simples os processos. Com o passar do tempo, estes fo-

    ram se complicando, exigindo um aumento da automao nos processos

    industriais, atravs dos instrumentos de medio e controle. Enquanto isso,

    os operadores iam se liberando de sua atuao fsica direta no processo e,

    ao mesmo tempo, ocorria a centralizao das variveis em uma nica sala.

    Devido centralizao das variveis do processo, podemos fabricar

    produtos que seriam impossveis por meio do controle manual. Mas, para

    atingir o nvel em que estamos hoje, os sistemas de controle sofreram gran-

    des transformaes tecnolgicas, como: controle manual, controle mec-

    nico e hidrulico, controle pneumtico, controle eltrico, controle eletr-

    nico e atualmente controle digital.

    Unidade 4

    OO

  • PETROBRAS ABASTECIMEN

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    Os processos industriais podem dividir-se em dois tipos: processos con-

    tnuos e descontnuos. Em ambos os tipos devem-se manter as variveis

    prximas aos valores desejados.

    O sistema de controle que permite fazer isto se define como aquele que

    compara o valor da varivel do processo com o valor desejado e toma uma

    atitude de correo de acordo com o desvio existente, sem a interveno

    do operador.

    Para que se possa realizar esta comparao e conseqentemente a cor-

    reo, necessrio que se tenha uma unidade de medida, uma unidade

    de controle e um elemento final de controle no processo.

    Este conjunto de unidades forma uma malha de controle, que pode ser

    aberta ou fechada. Na Figura 1 vemos uma malha fechada, e na Figura 2,

    uma malha de controle aberta.

    FIGURA 1 MALHA DE CONTROLE FECHADA

    FIGURA 2 MALHA DE CONTROLE ABERTA

    Unidade demedidaProcesso

    Elemento finalde controle

    Unidade decontrole

    Unidade demedidaProcesso

    Indicao

  • 4Monitoramento e controle de processos

    PETROBRAS ABASTECIMEN

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    TerminologiaOs instrumentos de controle empregados na indstria de processos (qu-

    mica, siderrgica, papel etc.) tm sua prpria terminologia. Os termos

    utilizados definem as caractersticas prprias de medida e controle dos

    diversos instrumentos: indicadores, registradores, controladores, transmis-

    sores e vlvulas de controle.

    A terminologia empregada unificada entre os fabricantes, os usuri-

    os e os organismos que intervm direta ou indiretamente no campo da

    instrumentao industrial.

    FAIXA DE MEDIDA (range)Conjunto de valores da varivel medida que esto compreendidos dentro

    do limite superior e inferior da capacidade de medida ou de transmisso

    do instrumento. Expressa-se determinando os valores extremos.

    ALCANCE (span) a diferena algbrica entre o valor superior e o inferior da faixa de me-

    dida do instrumento.

    ERRO a diferena entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento em rela-

    o ao valor real da varivel medida. Se tivermos o processo em regime

    permanente, chamaremos de erro esttico, que poder ser positivo ou ne-

    gativo, dependendo da indicao do instrumento, o qual poder estar in-

    dicando a mais ou menos. Quando tivermos a varivel alterando seu va-

    lor ao longo do tempo, teremos um atraso na transferncia de energia do

    EXEMPLO

    100 a 500m3 0 a 20psi

    EXEMPLO

    Em um instrumento comrange de 100 a 500m3, seuspan de 400m3

  • PETROBRAS ABASTECIMEN

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    meio para o medidor. O valor medido estar geralmente atrasado em re-

    lao ao valor real da varivel. Esta diferena entre o valor real e o valor

    medido chamada de erro dinmico.

    EXATIDOPodemos definir como a aptido de um instrumento de medio para dar

    respostas prximas a um valor verdadeiro. A exatido pode ser descrita

    de trs maneiras:

    Percentual do Fundo de Escala (% do FE)

    Percentual do Span (% do span)

    Percentual do Valor Lido (% do VL)

    RANGEABILIDADE (largura de faixa) a relao entre o valor mximo e o valor mnimo, lidos com a mesma

    exatido na escala de um instrumento.

    EXEMPLO

    Para um sensor de temperatura com range de 50 a 250oCe valor medindo 100oC, determine o intervalo provveldo valor real para as seguintes condies :

    Exatido 1% do Fundo de EscalaValor real = 100C (0,01 x 250) = 100C 2,5C

    Exatido 1% do SpanValor real = 100C (0,01 x 200) = 100C 2,0C

    Exatido 1% do Valor Lido (Instantneo)Valor real = 100C (0,01 x 100) = 100C 1,0C

    EXEMPLO

    Para um sensor de vazo cuja escala 0 a 300gpm (gales porminuto), com exatido de 1% do span e rangeabilidade 10:1,a exatido ser respeitada entre 30 e 300gpm

  • 4Monitoramento e controle de processos

    PETROBRAS ABASTECIMEN

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    ZONA MORTA a mxima variao que a varivel pode ter sem que provoque alterao

    na indicao ou sinal de sada de um instrumento.

    SENSIBILIDADE a mnima variao que a varivel pode ter, provocando alterao na

    indicao ou sinal de sada de um instrumento.

    HISTERESE o erro mximo apresentado por um instrumento para um mesmo valor

    em qualquer ponto da faixa de trabalho, quando a varivel percorre toda

    a escala nos sentidos ascendente e descendente.

    Expressa-se em percentagem do span do instrumento.

    Deve-se destacar que a expresso zona morta est includa na histerese.

    EXEMPLO

    Um instrumento com range de 0 a 200C e umazona morta de:

    1000,01% = 0,1 x 200 = 0,2C

    EXEMPLO

    Um instrumento com range de 0 a 500C e comuma sensibilidade de 0,05% ter valor de:

    1000,05% = 500 = 0,25C

    EXEMPLO

    Num instrumento com range de 50C a100C, sendo sua histerese de 0,3%,o erro ser 0,3% de 150C = 0,45C

  • PETROBRAS ABASTECIMEN

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    FIGURA 3 INDICADOR

    REPETIBILIDADE a mxima diferena entre diversas medidas de um mesmo valor da va-

    rivel, adotando sempre o mesmo sentido de variao. Expressa-se em per-

    centagem do span do instrumento. O termo repetibilidade no inclui a

    histerese.

    FUNES DE INSTRUMENTOSPodemos denominar os instrumentos e dispositivos utilizados em instru-

    mentao de acordo com a funo que desempenham no processo.

    Instrumento que dispe de um

    ponteiro e de uma escala gra-

    duada na qual podemos ler o

    valor da varivel. Existem tam-

    bm indicadores digitais que

    mostram a varivel em forma

    numrica com dgitos ou bar-

    ras grficas, como podemos

    observar na Figura 3.

    Instrumento que registra a varivel

    atravs de um trao contnuo ou

    pontos em um grfico, como pode-

    mos observar na Figura 4.

    A Figura 5 apresenta um instrumen-

    to que determina o valor de uma va-

    rivel no processo atravs de um ele-

    mento primrio, tendo o mesmo sinal

    de sada (pneumtico ou eletrnico),

    cujo valor varia apenas em funo da

    varivel do processo.

    INDICADOR

    REGISTRADOR FIGURA 4 REGISTRADOR

    TRANSMISSOR

  • 4Monitoramento e controle de processos

    PETROBRAS ABASTECIMEN

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    23....................

    Temos na Figura 6 um instrumento que recebe informaes na forma de

    uma ou mais quantidades fsicas, modifica, caso necessrio, estas infor-

    maes e fornece um sinal de sada resultante. Dependendo da aplicao,

    o transdutor pode ser um elemento primrio, um transmissor ou outro dis-

    positivo. O conversor um tipo de transdutor que trabalha apenas com

    sinais de entrada e sada padronizados.

    A Figura 7 mostra um instrumen-

    to que compara a varivel contro-

    lada com um valor desejado e

    fornece um sinal de sada a fim

    de manter a varivel controlada

    em um valor especfico ou entre

    valores determinados. A varivel

    pode ser medida diretamente

    pelo controlador ou indiretamen-

    te atravs do sinal de um trans-

    missor ou transdutor.

    TRANSDUTOR

    FIGURA 5 TRANSMISSOR FIGURA 6 TRANSDUTOR

    CONTROLADOR FIGURA 7 CONTROLADOR

  • PETROBRAS ABASTECIMEN

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    S E N A I

    24....................

    Observe na Figura 8 esse instru-

    mento. Ele modifica diretamen-

    te o valor da varivel manipula-

    da de uma malha de controle.

    Alm dessas denomina-

    es, os instrumentos podem

    ser classificados em instrumen-

    tos de painel, campo, prova

    de exploso, poeira, lquido

    etc. Combinaes dessas clas-

    sificaes so efetuadas for-

    mando instrumentos de acor-

    do com as necessidades.

    Identificao de instrumentos

    As normas de instrumentao estabelecem smbolos, grficos e codifica-

    o para identificao alfanumrica de instrumentos ou funes progra-

    madas, que devero ser utilizadas nos diagramas e malhas de controle de

    projetos de instrumentao. De acordo com a norma ISA-S5, cada instru-

    mento ou funo programada ser identificado por um conjunto de letras

    que o classifica funcionalmente e um conjunto de algarismos que indica

    a malha qual o instrumento ou funo programada pertence.

    Eventualmente, para completar a identificao, poder ser acrescido

    um sufixo. O Quadro 1 mostra um exemplo de instrumento identificado

    de acordo com a norma preestabelecida.

    ELEMENTO FINAL DE CONTROLE FIGURA 8 ELEMENTO FINAL DE CONTROLE

    QUADRO 1 IDENTIFICAO DE INSTRUMENTOS

    De acordo com a Norma ISA-S5

    P = Varivel medida PressoR = Funo passiva ou de informao RegistradorC = Funo ativa ou de sada Controlador

    001 = rea de atividade onde o instrumento atua02 = Nmero seqencial da malhaA = Sufixo

    P R C 001 02 A

    Varivel Funo rea da atividade N seqencial da malha

    Sufi

    xo

    Identificao funcional Identificao da malha

    Identificao do instrumento

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    25....................

    FIGURA 9 SINAIS UTILIZADOS NOS FLUXOGRAMAS DE PROCESSO

    FIGURA 10 SMBOLOS DE INSTRUMENTOS

    Utilizados nos fluxogramas de processo

    As simbologias apresentadas nas Figuras 9 e 10 so utilizadas em flu-

    xogramas de processo e engenharia e seguem a Norma ANSI/ISA-S5.1.

    Suprimento ouimpulso

    Sinal pneumtico

    Sinal hidrulico

    Sinal eletromagnticoou snico guiado

    Ligao por software

    Sinal binriopneumtico

    Sinal no-definido

    Sinal eltrico

    Tubo capilar

    Sinal eletromagnticoou snico no-guiado

    Ligao mecnica

    Sinal binrio eltrico

    Instrumentosdiscretos

    Instrumentoscompartilhados

    Computador deprocesso

    Controladorlgico programvel

    Instrumentos Painel principalacessvel ao

    operador

    Montado nocampo

    Painel auxiliaracessvel ao

    operador

    Painel auxiliarno-acessvelao operador

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    26....................

    QUADRO 2 IDENTIFICAO FUNCIONAL DOS INSTRUMENTOS

    EXEMPLO

    T = TemperaturaF = Vazo

    Como se nota no Quadro 2, pode-se obter combinaes possveis de

    acordo com o funcionamento dos dispositivos automticos.

    R = RegistradorV = Vlvula

    P = PressoL = Nvel

    I = IndicadorG = Visor

    PRIMEIRA LETRA LETRAS SUCESSIVASVarivelmedida

    Letra demodificao

    Funo deleitura passiva

    Funode sada

    Letra demodificao

    Analisador Alarme AlarmeA

    Queimador (chama) Boto de pressoB

    ControladorC Condutibilidadeeltrica

    DiferencialD Densidade oupeso especfico

    Elemento primrioE Tenso (Fem)

    RelaoF Vazo

    VisorG Medida dimensional

    Entrada manualH Comando manual

    Indicao ouIndicador

    I Corrente eltrica

    VarreduraJ Potncia

    Clculos emsistema digital

    K Tempo ouprograma

    Lmpada piloto BaixoL Nvel

    Mdia Mdio ouintermedirio

    M Umidade

    N Vazo molar

    O Orifcio ou restrio

    Percentual Tomada de impulsoP Presso

    IntegraoQ Quantidade

    RegistradorR Remoto

    Velocidade/Chave de segurana

    Interruptor ouchave

    S Velocidade oufreqncia

    TransmissoTransmissor

    T Temperatura

    Clculo feito porcomputador

    Multifuno MultifunoU Multivarivel

    VlvulaV Vibrao

    PooW Peso ou fora

    Solenide /Conversor de sinal

    Rel oucomputador

    X ou Y Escolha do usurio

    El. final decontrole

    Z Posio /Deslocamento

    Alto

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    27....................

    Principais sistemas de medidasOs sistemas podem ser classificados quanto natureza de suas unidades

    fundamentais, quanto ao valor dessas unidades e tambm quanto s re-

    laes escolhidas na determinao dos derivados.

    Os principais sistemas so:

    SISTEMA MTRICO DECIMAL

    Tem como unidadesfundamentais o metro,

    o quilograma e o segundo (MKS)

    SISTEMA FSICO OU CEGESIMAL

    Tem como unidadesfundamentais o centmetro,o grama e o segundo (CGS)

    SISTEMA INDUSTRIAL FRANCS

    Tem como unidades fundamentaiso metro, a tonelada e o segundo

    (MTS), definidas em funodo sistema mtrico decimal

    SISTEMA INGLS

    Tem como unidadesfundamentais o p (foot),

    a libra (pound) eo segundo (second)

    TelemetriaChamamos de telemetria a tcnica de transportar medies obtidas no

    processo a distncia, em funo de um instrumento transmissor.

    A transmisso a distncia dos valores medidos est to intimamente re-

    lacionada com os processos

    contnuos, que a necessidade e

    as vantagens da aplicao da

    telemetria e do processamen-

    to contnuo se entrelaam.

    Um dos fatores que se des-

    tacam na utilizao da teleme-

    tria a possibilidade de cen-

    tralizar instrumentos e contro-

    les de um determinado proces-

    so em painis de controle ou

    em uma sala de controle.

    VANTAGENS DA TELEMETRIA

    Os instrumentos agrupados podem serconsultados mais fcil e rapidamente,possibilitando operao uma visoconjunta do desempenho da unidade

    Podemos reduzir o nmero de operadores comsimultneo aumento da eficincia do trabalho

    Cresce, consideravelmente, a utilidade e aeficincia dos instrumentos em face daspossibilidades de pronta consulta, manutenoe inspeo, em situao mais acessvel,mais protegida e mais confortvel

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    28....................

    Transmissores

    Os transmissores so instrumentos que medem uma varivel do processo

    e a transmitem, a distncia, a um instrumento receptor, indicador, regis-

    trador, controlador ou a uma combinao destes. Existem vrios tipos de

    sinais de transmisso: pneumticos, eltricos, hidrulicos e eletrnicos.

    TRANSMISSO PNEUMTICAEm geral, os transmissores pneumticos geram um sinal pneumtico va-

    rivel, linear, de 3 a 15psi (libras fora por polegada ao quadrado) para uma

    faixa de medidas de 0 a 100% da varivel. Esta faixa de transmisso foi

    adotada pela SAMA (Scientific Apparatur Makers Association), Associa-

    o de Fabricantes de Instrumentos, e pela maioria dos fabricantes de

    transmissores e controladores dos Estados Unidos. Podemos, entretanto,

    encontrar transmissores com outras faixas de sinais de transmisso. Por

    exemplo: de 20 a 100kPa.

    Nos pases que utilizam o sistema mtrico decimal, adotam-se as fai-

    xas de 0,2 a 1kgf/cm2 que equivalem, aproximadamente, de 3 a 15psi.

    O alcance do sinal no sistema mtrico cerca de 5% menor que o si-

    nal de 3 a 15psi. Este um dos motivos pelos quais devemos calibrar os

    instrumentos de uma malha (transmissor, controlador, elemento final de

    controle etc.), sempre utilizando uma mesma norma.

    Note-se que o valor mnimo do sinal pneumtico tambm no zero, e

    sim 3psi ou 0,2kgf/cm2. Deste modo, conseguimos calibrar corretamente

    o instrumento, comprovando sua correta calibrao e detectando vazamen-

    tos de ar nas linhas de transmisso.

    Percebe-se que, se tivssemos um transmissor pneumtico de tempe-

    ratura de range de 0 a 2000C e o mesmo mantivesse o bulbo a 00C e um

    sinal de sada de 1psi, este estaria descalibrado.

    Se o valor mnimo de sada fosse 0psi, no seria possvel fazermos esta

    comparao rapidamente. Para que pudssemos detect-lo, teramos de

    esperar um aumento de temperatura para que tivssemos um sinal de sada

    maior que 0 (o qual seria incorreto).

    TRANSMISSO ELETRNICAOs transmissores eletrnicos geram vrios tipos de sinais em painis, sendo

    os mais utilizados: 4 a 20 mA, 10 a 50 mA e 1 a 5 V. Temos estas discre-

    pncias nos sinais de sada entre diferentes fabricantes, porque tais ins-

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    29....................

    trumentos esto preparados para uma fcil mudana do seu sinal de sa-

    da. A relao de 4 a 20 mA, 1 a 5 V est na mesma relao de um sinal de

    3 a 15psi de um sinal pneumtico.

    O zero vivo utilizado, quando adotamos o valor mnimo de 4 mA,

    oferece a vantagem tambm de podermos detectar uma avaria (rompi-

    mento dos fios), que provoca a queda do sinal, quando ele est em seu

    valor mnimo.

    PROTOCOLO HART (Highway Adress Remote Transducer)Consiste num sistema

    que combina o padro

    4 a 20 mA com a comu-

    nicao digital. um

    sistema a dois fios com

    taxa de comunicao de

    1.200 bits/s (BPS) e mo-

    dulao FSK (Frequency

    Shift Keying). O Hart

    baseado no sistema mestre/escravo, permitindo a existncia de dois mes-

    tres na rede simultaneamente.

    As desvantagens so que existe uma limitao quanto velocidade de

    transmisso das informaes e a falta de economia de cabeamento (pre-

    cisa-se de um par de fios para cada instrumento).

    FIELDBUS um sistema de comunicao digital bidirecional, que interliga equipa-

    mentos inteligentes de campo com o sistema de controle ou com equipa-

    mentos localizados na sala de controle, como mostra a Figura 11.

    Este padro permite comunicao entre uma variedade de equipamen-

    tos, tais como: transmissores, vlvulas, controladores, CLP etc. Eles podem

    ser de fabricantes diferentes (interoperabilidade) e ter controle distribu-

    do (cada instrumento tem a capacidade de processar um sinal recebido e

    enviar informaes a outros instrumentos para correo de uma varivel

    presso, vazo, temperatura etc.).

    Uma grande vantagem a reduo do nmero de cabos do controla-

    dor aos instrumentos de campo. Apenas um par de fios o suficiente para

    a interligao de uma rede fieldbus, como se pode observar na Figura 11.

    VANTAGENS DO PROTOCOLO HART

    Usa o mesmo par de cabos para o 4 a 20 mA epara a comunicao digital

    Usa o mesmo tipo de cabo empregado nainstrumentao analgica

    Dispe de equipamentos de vrios fabricantes

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    30....................

    TABELA 1 SISTEMA DE UNIDADES GEOMTRICAS E MECNICAS

    Comprimento

    FIGURA 11 SISTEMA FIELDBUS

    Na Tabela 1, voc encontrar alguns sistemas de unidades geomtri-

    cas e mecnicas que o ajudaro na aplicao de alguns conceitos bsicos.

    L L centmetro (cm) metro (m)mcron () = 106mangstrom(A) = 1010m

    metro (m) foot (ft) =1/3 Yd = 12 in =30,48 cm

    GRANDEZAS DEFINIO DIMENSO FSICO (CGS) DECIMAL (MKS) GRAVITATRIO (MKFS) PRTICO INGLS

    Massa M M grama (g) quilograma (kg) (9,81 kg) (32,174 pd)

    Tempo t t segundo (seg) segundo (seg) segundo (seg) second (sec)

    Superfcie S2 S2 cm2 m2 m2 square-foot = 929cm2square-inch = 6,45cm2

    Volume V3 V3 cm3 m3 m3 cubic-foot = 28.317cm3cubic-inch = 16,39cm3

    Velocidade v = LT1 cm/seg m/seg m/seg1m/seg = 197 ft/min

    foot per second (ft/sec)ft/min = 0,5076 cm/s

    Acelerao LT2 cm/seg2 m/seg3 m/seg2 ft/sec2y =

    Fora M L T2 dina (d)(m = 1g:y = 1cm/ss)Megadina (M)= 10g dinas

    GiorgiNewton (n)(m = 1kg; y = 1m/seg2)= 105 d

    quilograma-fora(kgf)(m = 1kg; y = 9,81m/ seg2)x 103 x 981 = dinasx 10-3 x 9,81 = sth

    pound (pd)(m = 1pd; y = 32,174 ft/sec2)= 0,4536kgf = 444981d= 7000 grains

    F = m y

    Trabalho M S2 T3 erg(F = 1 d; e = 1cm)

    Joule (j)(F = 1n; e = 1m)= 102 ergs

    quilogrmetro (kgm)(F = 1kgf; e = 1m)= 9,81 joules

    foot-pound (ft.pd)(f = 1 pd; e = 1 ft)= 0,1383kgm = 1,3563 j

    = F x e

    Potncia M S2 T3 erg/seg( = 1 erg; t = 1seg)

    Watt (w)( = 1j; 1 = 1seg)= 102 ergs/seg= 44,8 ft. pd/min

    kgm/segCavalo-vapor (C.V.)= 75 kgm/seg= 736 watts

    foot pound per secondHorse Power (HP)= 76kgm/seg (75)= 33000 ft.pd/min

    w =t

    te

    tv

    Presso M L1 T2 bria(F = 1 d; S2 = 1 cm2)Bar = 109 brias(F = 1M; s2 = 1cm2)

    PascalF = 1n; S2 = 1m2)= 10 brias

    kgf/cm2 = 1000 gf/cm2kgf/m2atm = 1033 gf/cm2(em Hg = 76cm)

    pd/in2 = 70.308 gf/cm2pd/ft2atm = 11.692 pd/in2

    P =AF

    ESTAO DE MANUTENOESTAO DE OPERAO

    FEEDBACKALARME

    FEEDBACK SADA

    DADOS DEDIAGNSTICO

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    31....................

    Medio de pressoMedio de presso

    Unidade 4

    PRESSO ATMOSFRICA

    a presso exercidapela atmosfera

    terrestre medidaem um barmetro.

    No nvel do maresta presso

    aproximadamentede 760mmHg

    PRESSO RELATIVA PRESSO ABSOLUTA

    a presso medidaem relao

    presso atmosfrica,tomada como

    unidade de referncia

    a soma da pressorelativa e atmosfrica.Tambm se diz que

    medida a partir dovcuo absoluto

    EXEMPLO

    3kgf/cm2 ABS

    4kgf/cm2Presso Absoluta

    Presso Relativa

    IMPORTANTE

    Ao se exprimir um valor de presso,deve-se determinar se a presso relativa ou absoluta. O fato de se

    omitir esta informao na indstriasignifica que a maior parte dos

    instrumentos mede presso relativa

    edio de presso o mais importante padro de medida, pois as me-

    didas de vazo, nvel etc. podem ser feitas utilizando-se esse processo.

    Presso definida como uma fora atuando em uma unidade de rea.

    MM

    AP = F P = Presso F = Fora A = rea

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    32....................

    PRESSO NEGATIVA OU VCUO

    quando umsistema tem pressorelativa menor que apresso atmosfrica

    PRESSO DIFERENCIAL

    a diferena entreduas presses,

    representada pelosmbolo P (delta P).

    Essa diferenade presso

    normalmente utilizada para

    medir vazo, nvel,presso etc.

    PRESSO ESTTICA

    o peso exercido porum lquido em repousoou que esteja fluindoperpendicularmente

    tomada de impulso,por unidade

    de rea exercida

    FIGURA 12 DIAGRAMA DAS ESCALAS

    UNIDADES DE PRESSO

    Como existem muitas unidades de presso, necessrio saber a correspondncia

    entre elas, pois nem sempre na indstria temosinstrumentos padres com todas as unidades.

    Para isso necessrio saber fazer a converso,de acordo com a Tabela 2 da pgina ao lado

    EXEMPLO

    Como fazer a converso de psi para kgf/cm2

    10 psi = ? kgf/cm2

    1 psi = 0,0703kgf/cm2

    10 x 0,0703 = 0,703kgf/cm2

    PRESSO ABSOLUTA

    PRESSO RELATIVA

    PRESSO ATMOSFRICA

    VCUO ABSOLUTO

    VCUO

    PRESSO DINMICA OU CINTICA

    a presso exercidapor um fluido em

    movimento. medidafazendo-se a tomada

    de impulso de talforma que receba o

    impacto do fluxo

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    33....................

    Dispositivos para medio de pressoO instrumento mais simples para se medir presso o manmetro, que pode

    ter vrios elementos sensveis, utilizados tambm por transmissores e con-

    troladores. Vamos ento ao estudo de alguns tipos de elementos sensveis.

    Tubo de Bourdon

    Consiste geralmente em um tubo com seo oval, disposto na forma de arco

    de circunferncia, tendo uma extremidade fechada e a outra aberta pres-

    so a ser medida. Com a presso agindo em seu interior, o tubo tende a

    tomar uma seo circu-

    lar, resultando num mo-

    vimento em sua extre-

    midade fechada. Esse

    movimento atravs da

    engrenagem transmi-

    tido a um ponteiro que

    vai indicar uma medida

    de presso.

    Quanto ao formato, o

    tubo de Bourdon pode

    se apresentar nas se-

    guintes formas: tipo C,

    espiral e helicoidal, con-

    forme a Figura 13.

    TABELA 2 CONVERSO DE UNIDADES

    PSIKPA

    PSI KPA POL H2O mm H2O POL Hg mm HG BARS mBARS kgf/cm2 gf/cm2

    1,0000

    0,1450

    6,8947

    1,0000

    27,7020

    4,0266

    705,1500

    102,2742

    2,0360

    0,2953

    51,7150

    7,5007

    0,0689

    0,0100

    68,9470

    10,0000

    0,07030

    0,01020

    70,3070

    10,1972

    POL H2O 0,0361 0,2483 1,0000 25,4210 0,0734 1,8650 0,0025 2,4864 0,00250 2,5355mm H2O 0,0014 0,0098 0,0394 1,0000 0,0028 0,0734 0,0001 0,0979 0,00001 0,0982POL Hg 0,4912 3,3867 13,6200 345,9400 1,0000 25,4000 0,0339 33,8640 0,03450 34,5320mm HG 0,0193 0,1331 0,5362 13,6200 0,0394 1,0000 0,0013 1,3332 0,00140 1,3595BARS 14,5040 100,0000 402,1800 10215,0000 29,5300 750,0600 1,0000 1000,0000 1,01970 1019,7000mBARS 0,0145 0,1000 0,4022 10,2150 0,0295 0,7501 0,0010 1,0000 0,00100 1,0197kgf/cm2 14,2230 97,9047 394,4100 10018,0000 28,9590 735,5600 0,9000 980,7000 1,00000 1000,0000gf/cm2 0,0142 0,0979 0,3944 10,0180 0,0290 0,7356 0,0009 0,9807 0,00100 1,0000

    FIGURA 13 TIPOS DE TUBOS BOURDON

    Tipo HelicoidalTipo EspiralTipo C

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    34....................

    Com o avano da tecnologia, os

    manmetros de Bourdon helicoidal

    e espiral caram em desuso.

    Devido ao baixo custo e boa

    preciso, os manmetros de Bour-

    don tipo C, apresentados na Figu-

    ra 14, so os mais utilizados at

    hoje nas indstrias. Ao se aplicar

    uma presso superior atmosfri-

    ca, o tubo muda seu formato para

    uma seo transversal mais circu-

    lar. Nos manmetros que utilizam

    o Bourdon tipo C, devido ao pe-

    queno movimento realizado por

    sua extremidade livre quando submetida presso em medio, neces-

    sria a utilizao de um mecanismo para amplificao deste movimento.

    Este mecanismo de amplificao empregado nos manmetros chamado

    de mquina. Os materiais mais usados nos Bourdons so o ao-liga, ao ino-

    xidvel ou bronze fosforoso, que variam de acordo com o tipo de produto a

    ser medido e so recomendados pelo fabricante. A faixa de aplicao varia

    de 1kgf/cm2 de vcuo at 2.000kgf/cm2 de sobrepresso. Por recomendao

    do fabricante, a faixa da escala que possui maior preciso de medio a faixa

    compreendida entre 1/3 e 2/3 da escala.

    Coluna de lquido

    Consiste, basicamente, num tubo de vi-

    dro, contendo certa quantidade de lqui-

    do, fixado a uma base com uma escala

    graduada. As colunas podem ser de trs

    tipos: coluna reta vertical, reta inclinada

    e em forma de U. Os lquidos mais utili-

    zados nas colunas so: gua (normalmen-

    te com um corante) e mercrio. Quando

    se aplica uma presso na coluna, o lqui-

    do deslocado (observe as Figuras 15 e

    16), sendo este deslocamento proporcio-

    nal presso aplicada.

    FIGURA 14 MANMETROS DE BOURDON

    Tipo C

    FIGURA 15 MANMETRO

    De tubo em U

    VEJA A FRMULA

    P1 P2 = h . dr

    h = altura da coluna deslocada = valor da presso medida

    P1 P2

    h

    0

    1

    2

    ESCALA

    PONTEIRO

    TUBO DEBOURDON

    COROA/PINHO

    PRESSO MEDIDA

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    35....................

    Tipo capacitivo

    A principal caracterstica dos sensores capacitivos a completa elimina-

    o dos sistemas de alavancas na transferncia da fora/deslocamento

    entre o processo e o sensor.

    Este tipo de sensor resume-se na deformao, diretamente pelo proces-

    so de uma das armaduras do capacitor. Tal deformao altera o valor da

    capacitncia total, que medida por um circuito eletrnico.

    Esta montagem, se, de um lado, elimina os problemas mecnicos das partes

    mveis, de outro, expe a clula capacitiva s rudes condies do processo,

    principalmente temperatura do processo. Este inconveniente pode ser su-

    perado atravs de circuitos compensatrios de temperatura, montados junto

    ao sensor. Observe um sensor capacitivo na Figura 17, a seguir.

    FIGURA 16 MANMETRO DE TUBO INCLINADO E DE RESERVATRIO

    CARACTERSTICAS DE UM SENSOR CAPACITIVO

    ALTA PRECISO

    Quartzo 0,05% do fim de escala

    Ao inoxidvel 0,11% do fim de escala

    Limitada devido expanso trmica do ao

    P2

    P1

    REA A1

    REA A2

    h

    X

    LINHADE ZERO

    L

    P1

    P2

    h

    LINHADE ZERO

    REA A1

    REA A2

    0C

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    36....................

    O sensor formado pelos seguintes componentes:

    Armaduras fixas metalizadas sobre um isolante de vidro fundido

    Dieltrico formado pelo leo de enchimento (silicone ou fluorube)

    Armadura mvel (diafragma sensor)

    A diferena de presso entre as cmaras de alta (high) e de baixa pres-

    so (low) produz uma fora no diafragma isolador que transmitida pelo

    lquido de enchimento.

    A fora atinge a armadura flexvel (diafragma sensor), provocando sua

    deformao e alterando, portanto, o valor das capacitncias formadas pelas

    armaduras fixas e a armadura mvel. Esta alterao medida pelo circui-

    to eletrnico, que gera um sinal proporcional variao de presso apli-

    cada cmara da cpsula de presso diferencial capacitiva.

    Tipo STRAIN GAUGE

    Baseia-se no princpio de variao da resistncia de um fio, mudando-se

    as suas dimenses.

    O sensor consiste em um fio firmemente colado sobre uma lmina de

    base, dobrando-se to compacto quanto possvel. Esta montagem deno-

    mina-se tira extensiomtrica, como se pode ver nas Figuras 18 e 19.

    Uma das extremidades da lmina fixada em um ponto de apoio rgido,

    enquanto a outra extremidade ser o ponto de aplicao da fora. Da fsica

    FIGURA 17 SENSOR CAPACITIVO

    DIAFRAGMA SENSOR

    DIAFRAGMA ISOLADOR

    FLUIDO DE ENCHIMENTO

    CERMICA

    SUPERFCIE METALIZADA

    VIDRO

    AO

    PROCESSO PROCESSO

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    37....................

    tradicional sabemos que Presso = Fora/

    rea. Portanto, ao inserirmos uma presso na

    cmara de um sensor strain gauge, sua l-

    mina sofre uma deformao proveniente

    desta fora aplicada. Esta deformao alte-

    ra o comprimento do fio fixado na lmina,

    provocando mudana em sua resistncia.

    A faixa de aplicao deste sensor varia de 2

    de H2O a 200.000psi, e sua preciso gira em

    torno de 0,1% a 2% do fim de escala.

    Tipo piezoeltrico

    Os elementos piezoeltricos so cristais,

    como o quartzo, a turmalina e o titanato, que

    acumulam cargas eltricas em certas reas

    da estrutura cristalina, quando sofrem uma

    deformao fsica, por ao de uma presso.

    So elementos pequenos e de construo

    robusta, e seu sinal de resposta linear com

    a variao de presso, sendo capazes de for-

    necer sinais de altssimas freqncias.

    O efeito piezoeltrico um fenmeno

    reversvel. Se for conectado a um potenci-

    al eltrico, resultar em uma corresponden-

    te alterao da forma cristalina. Este efeito

    altamente estvel e exato, sendo por isso

    utilizado em relgios de preciso.

    A carga devida alterao da forma

    gerada sem energia auxiliar, uma vez que

    o quartzo um elemento transmissor ativo.

    Esta carga conectada entrada de um

    amplificador e indicada ou convertida em um sinal de sada, para trata-

    mento posterior. Observe a Figura 20. Como vantagem, esse efeito apre-

    senta uma relao linear Presso x Voltagem produzida e ideal para lo-

    cais de freqentes variaes de presso. Sua principal desvantagem o

    fato de, em condies estticas, apresentar reduo gradativa de poten-

    cial, alm de ser sensvel variao de temperatura.

    FIGURA 18 TIRA EXTENSIOMTRICA

    FIGURA 19 TIRA EXTENSIOMTRICA

    FIGURA 20 EFEITO PIEZOELTRICO

    FIOSOLIDARIO

    BASE

    L X NMERODE VOLTAS

    LMINA DE BASE

    FIO SOLIDRIO BASE

    PONTO DEAPLICAO DA FORA

    LMINA DEBASE

    (FLXVEL)

    F

    PRESSO

    CRISTAL

    LQUIDO DEENCHIMENTO

    DIAFRAGMA

    AMPLIFICADOR

  • Tome NotaTome Nota

  • Monitoramento e controle de processos

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    S E N A I

    39....................

    objetivo de se medirem e controlarem as diversas variveis fsicas em

    processos industriais obter produtos de alta qualidade, com melhores

    condies de rendimento e segurana, a custos compatveis com as neces-

    sidades do mercado consumidor.

    Nos diversos segmentos de mercado, seja qumico, petroqumico, side-

    rrgico, cermico, farmacutico, vidreiro, alimentcio, papel e celulose,

    hidreltrico, nuclear entre outros, a monitorao da varivel temperatura

    fundamental para a obteno do produto final especfico.

    ConceitoTermometria significa medio de temperatura. Eventualmente, alguns

    termos so utilizados com o mesmo significado, porm, baseando-se na

    etimologia das palavras, podemos definir:

    Unidade 4

    Mediode temperatura

    Mediode temperatura

    OO

    Medio dealtas temperaturas,

    na faixa onde osefeitos de radiao

    trmica passama se manifestar

    CRIOMETRIA TERMOMETRIA

    Medio debaixas temperaturas,

    ou seja, aquelasprximas aozero absoluto

    de temperatura

    Termo maisabrangente queincluiria tanto apirometria como

    a criometria,que seriam casos

    particulares demedio

    PIROMETRIA

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    40....................

    Temperatura e calorTodas as substncias so constitudas de pequenas partculas, molculas

    que se encontram em contnuo movimento. Quanto mais rpido o movi-

    mento das molculas, mais quente se apresenta o corpo, e quanto mais

    lento, mais frio. Ento define-se temperatura como o grau de agitao tr-

    mica das molculas. Na prtica a temperatura representada em uma es-

    cala numrica, onde quanto maior o seu valor, maior a energia cintica

    mdia dos tomos do corpo em questo. Outros conceitos que se confun-

    dem s vezes com o de temperatura so o de energia trmica e o de calor.

    A energia trmica de um corpo osomatrio das energias cinticas dos

    seus tomos e, alm de dependerda temperatura, depende tambmda massa e do tipo de substncia

    ENERGIA TRMICA

    Calor energia em trnsitoou a forma de energia que

    transferida atravs da fronteirade um sistema em virtude

    da diferena de temperatura

    CALOR

    RADIAO CONVECOCONDUO

    A conduo umprocesso pelo qualo calor flui de uma

    regio de altatemperatura para outrade temperatura maisbaixa, dentro de ummeio slido, lquidoou gasoso ou entre

    meios diferentes emcontato fsico direto

    A radiao umprocesso pelo qual

    o calor flui deum corpo de altatemperatura para

    um de baixa,quando os mesmos

    esto separadosno espao, ainda

    que exista umvcuo entre eles

    A conveco umprocesso de transportede energia pela ao

    combinada da conduode calor, armazenamento

    de energia emovimento da mistura

    At o final do sculo XVI, quando foi desenvolvido o primeiro disposi-

    tivo para avaliar temperatura, os sentidos do nosso corpo foram os nicos

    elementos de que dispunham os homens para dizer se um certo corpo es-

    tava mais quente ou frio do que outro, apesar da inadequao destes sen-

    tidos do ponto de vista cientfico.

    A literatura geralmente reconhece trs meios distintos de transmisso

    de calor: conduo, radiao e conveco.

    ATEN0ATEN0A conveco maisimportante comomecanismo de

    transferncia de energia(calor) entre umasuperfcie slida e

    um lquidoou gs

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    41....................

    Escalas de temperaturaDesde o incio da termometria, os cientistas, pesquisadores e fabricantes

    de termmetro sentiam a dificuldade para atribuir valores de forma pa-

    dronizada temperatura por meio de escalas reproduzveis, como existia

    na poca, para peso, distncia e tempo.

    As escalas que ficaram consagradas pelo uso foram a Fahrenheit e a Cel-

    sius. A escala Fahrenheit definida atualmente com o valor 32 no ponto de

    fuso do gelo e 212 no ponto de ebulio da gua. O intervalo entre estes dois

    pontos dividido em 180 partes iguais, e cada parte um grau Fahrenheit.

    A escala Celsius definida atualmente como o valor zero no ponto de

    fuso do gelo e 100 no ponto de ebulio da gua. O intervalo entre os dois

    pontos est dividido em 100 partes iguais, e cada parte um grau Celsius.

    A denominao grau centgrado utilizada anteriormente no lugar de

    grau Celsius no mais recomendada, devendo ser evitado o seu uso.

    Tanto a escala Celsius como a Fahrenheit so relativas, ou seja, os seus

    valores numricos de referncia so totalmente arbitrrios.

    Se abaixarmos a temperatura continuamente de uma substncia, atin-

    gimos um ponto limite alm do qual impossvel ultrapassar, pela prpria

    definio de temperatura. Este ponto, onde cessa praticamente todo mo-

    vimento atmico, o zero absoluto de temperatura.

    Atravs da extrapolao das leituras do termmetro a gs, pois os ga-

    ses se liqefazem antes de atingir o zero absoluto, calculou-se a tempe-

    ratura deste ponto na escala Celsius em -273,15C.

    Existem escalas absolutas de temperatura, assim chamadas porque o

    zero delas fixado no zero absoluto de temperatura.

    Existem duas escalas absolutas atualmente em uso: a escala Kelvin e

    a Rankine.

    A escala Kelvin possui a mesma diviso da Celsius, isto , um grau

    Kelvin igual a um grau Celsius, porm o seu zero se inicia no ponto

    de temperatura mais baixa possvel, 273,15 graus abaixo do zero da

    escala Celsius.

    A escala Rankine possui obviamente o mesmo zero da escala Kelvin,

    porm sua diviso idntica da escala Fahrenheit. A representao das

    escalas absolutas anloga das escalas relativas:

    Kelvin 400K (sem o smbolo de grau ). Rankine 785R

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    42....................

    FAHRENHEIT PARA KELVINKELVIN PARA FAHRENHEIT

    K 273 = F 3295

    Converso de escalas

    A Tabela 3 compara as escalas de temperaturas existentes.

    TABELA 3 COMPARAO DE ESCALAS

    Desta comparao podemos retirar algumas relaes bsicas entre as escalas:

    ESCALAS DETEMPERATURA

    PONTO DEEBULIO DA GUA

    PONTO DEFUSO DA GUA

    ZEROABSOLUTO

    ESCALAS ABOLUTAS

    Rankine

    Kelvin

    R

    K

    671,67R

    373,15K

    491,67R

    273,15K

    0

    0

    ESCALAS RELATIVAS

    Celsius

    Fahrenheit

    C

    F

    100C

    212F

    0C

    32F

    -273,15C

    -456,67F

    RELAO ENTRE AS ESCALAS

    FAHRENHEIT PARA CELSIUSCELSIUS PARA FAHRENHEIT

    F C

    C F

    EXEMPLO

    O ponto de ebulio do oxignio 182,86C.Exprimir esta temperatura em graus Kelvin e graus Fahrenheit:

    Graus Celsius para graus Kelvin

    Graus Celsius para graus Fahrenheit

    C = F 325 9

    F K

    K F

    CELSIUS PARA KELVINF K C = F 32 = K 27359

    C = K 2735

    182,86 = F 32 = 297,14F5 9

    K = 273 + (182,86) = 90,14K

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    43....................

    Normas

    Com o desenvolvimento tecnolgico diferente em diversos pases, criou-

    se uma srie de normas e padronizaes, cada uma atendendo uma dada

    regio. As mais importantes so:

    NORMAS E PADRONIZAO

    Medidores de temperatura pordilatao/expanso

    Termmetro dilatao de lquido

    Os termmetros dilatao de lquidos baseiam-se na lei de expanso

    volumtrica de um lquido com a temperatura, dentro de um recipien-

    te fechado.

    Os tipos podem ser de vidro transparente ou de recipiente metlico. Va-

    riar conforme sua construo:

    TERMMETROS DILATAO DE LQUIDO EM RECIPIENTE DE VIDRO constitudo de um reservatrio, cujo tamanho depende da sensibilida-

    de desejada, soldada a um tubo capilar de seo, mais uniforme possvel,

    fechado na parte superior.

    O reservatrio e parte do capilar so preenchidos por um lquido. Na

    parte superior do capilar existe um alargamento que protege o termme-

    tro no caso de a temperatura ultrapassar seu limite mximo.

    Aps a calibrao, a parede do tubo capilar graduada em graus ou

    fraes deste. A medio de temperatura se faz pela leitura da escala no

    ponto em que se tem o topo da coluna lquida.

    Os lquidos mais usados so: mercrio, tolueno, lcool e acetona.

    Nos termmetros industriais, o bulbo de vidro protegido por um poo

    metlico, e o tubo capilar, por um invlucro metlico. A Tabela 4 apresenta

    o ponto de solidificao e de ebulio desses lquidos, assim como as suas

    faixas de uso.

    AMERICANA

    ANSI

    ALEM

    DIN

    JAPONESA

    JIS

    INGLESA

    BS

    ITALIANA

    UNI

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    Mercrio

    LQUIDO

    No termmetro de mercrio, pode-se elevar o limite mximo at 550C,

    injetando-se gs inerte sob presso, para evitar a vaporizao do mercrio.

    Por ser frgil, impossvel registrar sua indicao ou transmiti-la a dis-

    tncia. O uso deste termmetro mais comum em laboratrios ou em in-

    dstrias, com a utilizao de uma proteo metlica. A Figura 21 mostra

    alguns desses termmetros.

    TABELA 4 PONTO DE SOLIDIFICAO, DE EBULIO E FAIXA DE USO

    PONTO DESOLIDIFICAO (OC)

    PONTO DEEBULIO (OC)

    FAIXADE USO (OC)

    -39 +357 -38 a 550

    lcool etlico -115 +78 -100 a 70

    Tolueno -92 +110 -80 a 100

    FIGURA 21 TERMMETROS DILATAO

    De lquido em recipiente de vidro

    TERMMETRO DILATAO DE LQUIDO EM RECIPIENTE METLICONeste termmetro, o lquido preenche todo o recipiente e, sob o efeito de

    um aumento de temperatura, se dilata, deformando um elemento exten-

    svel (sensor volumtrico), como se observa na Figura 22.

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    200

    220

    240

    0

    -30

    -20

    -10

    0 10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    0 10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

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    FIGURA 22 TERMMETRO DILATAO

    De lquidoem recipientemetlico

    Caractersticas dos elementos bsicos deste termmetro:

    Suas dimenses variam de acor-

    do com o tipo de lquido e prin-

    cipalmente com a sensibilidade

    desejada. A Tabela 5 mostra os

    lquidos mais usados e sua faixa

    de utilizao.

    Suas dimenses so variveis, devendo o dimetro interno ser o menor

    possvel, a fim de evitar a influncia da temperatura ambiente, e no ofe-

    recer resistncia passagem do lquido em expanso.

    O elemento usado o tubo de Bourdon. Normalmente so aplicados nas

    indstrias em geral, para indicao e registro, pois permitem leituras re-

    BULBO

    Mercrio

    LQUIDO

    TABELA 5 UTILIZAO DOS LQUIDOS

    FAIXA DE UTILIZAO (OC)

    35 a +550

    Xileno 40 a +400

    Tolueno 80 a +100

    lcool 50 a +150

    CAPILARCAPILARCAPILARCAPILARCAPILAR

    ELEMENTO DE MEDIO

    PONTEIRO

    SENSOR VOLUMTRICO

    BRAO DE LIGAO

    SETOR DENTADO

    LQUIDO (MERCRIO, LCOOL ETLICO)

    CAPILAR

    BULBO

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    46....................

    motas e so os mais precisos dos sistemas mecnicos de medio de tem-

    peratura. Porm, no so recomendveis para controle devido ao fato de

    seu tempo de resposta ser relativamente grande (mesmo usando fluido tro-

    cador de calor entre bulbo e poo de proteo para diminuir este atraso,

    conforme Figura 23). O poo de proteo permite manuteno do term-

    metro com o processo em operao.

    Recomenda-se no dobrar o capilar com curvatura acentuada para que

    no se formem restries que prejudicariam o movimento do lquido em

    seu interior, causando problemas de medio.

    Termmetros presso de gs

    Princpio de funcionamento

    Fisicamente idntico ao termme-

    tro de dilatao de lquido, consta

    de um bulbo, elemento de medi-

    o e capilar de ligao entre es-

    tes dois elementos.

    O volume do conjunto cons-

    tante e preenchido com um gs a

    alta presso. Com a variao da

    temperatura, o gs varia sua pres-

    so, conforme aproximadamente a

    lei dos gases perfeitos, com o ele-

    mento de medio operando como

    medidor de presso. Observa-se que as variaes de presso so linear-

    mente dependentes da temperatura, sendo o volume constante.

    Termmetros dilatao de slidos (termmetros bimetlicos)

    Princpio de funcionamento

    Baseia-se no fenmeno da dilatao linear dos metais com a temperatura.

    Caractersticas de construo

    O termmetro bimetlico consiste em duas lminas de metais com coefici-

    entes de dilatao diferentes sobrepostas, formando uma s pea. Varian-

    do-se a temperatura do conjunto, observa-se um encurvamento que pro-

    FIGURA 23 TERMMETRO PRESSO DE GS

    CAPILAR

    BOURDON

    GS

    BULBO

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    47....................

    FIGURA 25 TERMOPAR

    porcional temperatura. Na prtica a l-

    mina bimetlica enrolada em forma de

    espiral ou hlice, como mostra a Figura 24,

    o que aumenta bastante a sensibilidade.

    O termmetro mais usado o de lmi-

    na helicoidal, que consiste em um tubo

    bom condutor de calor, no interior do qual

    fixado um eixo. Este eixo, por sua vez,

    recebe um ponteiro que se desloca sobre

    uma escala.

    A faixa de trabalho dos termmetros

    bimetlicos vai aproximadamente de -50oC

    a 800oC, sendo sua escala bastante linear.

    Possui preciso na ordem de 1%.

    Medio de temperatura com termopar

    Um termopar consiste em dois condutores metlicos, de natureza distin-

    ta, na forma de metais puros ou de ligas homogneas, conforme mostra a

    Figura 25. Os fios so soldados em um extremo, ao qual se d o nome de

    junta quente ou junta de medio. A outra extremidade dos fios levada

    ao instrumento de medio de FEM (fora eletromotriz), fechando um cir-

    cuito eltrico por onde flui a corrente. O ponto onde os fios que formam o

    termopar se conectam ao instrumento de medio chamado de junta fria

    ou de referncia.

    O aquecimento da jun-

    o de dois metais gera

    o aparecimento de uma

    FEM. Este princpio, co-

    nhecido por efeito See-

    beck, propiciou a utiliza-

    o de termopares para

    a medio de tempera-

    tura. Nas aplicaes pr-

    ticas o termopar apresen-

    ta-se normalmente con-

    forme a Figura 25.

    FIGURA 24 TERMMETRO BIMETLICO

    PONTEIRO INDICADOR

    CAIXA

    CONEXO

    EIXO

    ELEMENTOBIMETLICO

    HASTE

    ESCALA

    JUNTA DEMEDIDA TERMOPAR

    BLOCO DE LIGAO

    CABO DEEXTENSO

    JUNTA DEREFERNCIA

    GRADIENTE DE TEMPERATURA

    INSTRUMENTOINDICADOR OUCONTROLADOR

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    48....................

    Efeitos termoeltricos

    Efeito termoeltrico de Seebeck

    O fenmeno da termoeletricidade foi descoberto em 1821 por T. J. Seebeck,

    quando ele notou que em um circuito fechado, formado por dois conduto-

    res diferentes A e B, ocorre uma circulao de corrente enquanto existir

    uma diferena de temperatura T entre as suas junes. Denominamos ajunta de medio de Tm, e a outra, junta de referncia de Tr.

    A existncia de uma FEM trmica AB no circuito conhecida como efei-

    to Seebeck. Quando a temperatura da junta de referncia mantida cons-

    tante, verifica-se que a FEM trmica uma funo da temperatura Tm da

    juno de teste.

    Este fato permite utilizar um par termoeltrico como um termmetro,

    conforme se observa na Figura 26.

    O efeito Seebeck se produz pelo fato de os eltrons livres de um metal

    diferirem de um condutor para outro, dependendo da temperatura. Quan-

    do dois condutores

    diferentes so co-

    nectados para for-

    mar duas junes e

    estas se mantm a

    diferentes tempera-

    turas, a difuso dos

    eltrons nas jun-

    es se produz a rit-

    mos diferentes.

    Efeito termoeltrico de Peltier

    Em 1834, Peltier descobriu que, dado um par termoeltrico com ambas as

    junes mesma temperatura, se, mediante uma bateria exterior, produz-

    se uma corrente no termopar, as temperaturas das junes variam em uma

    quantidade no inteiramente devida ao efeito Joule. Esta variao adicio-

    nal de temperatura o efeito Peltier, que se produz tanto pela corrente pro-

    porcionada por uma bateria exterior como pelo prprio par termoeltrico,

    como est demonstrado na Figura 27. O coeficiente Peltier depende da

    temperatura e dos metais que formam uma juno, sendo independente

    FIGURA 26 EFEITO TERMOELTRICO DE SEEBECK

    A (+)

    Tm Tr

    B ()

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    49....................

    da temperatura da

    outra juno. O ca-

    lor Peltier revers-

    vel. Quando se inver-

    te o sentido da cor-

    rente, permanecen-

    do constante o seu

    valor, o calor Peltier

    o mesmo, porm

    em sentido oposto.

    Leis termoeltricasFundamentados nos efeitos descritos anteriormente e nas leis termoel-

    tricas, podemos compreender todos os fenmenos que ocorrem na medi-

    da de temperatura com estes sensores.

    Lei do circuito homogneo

    A FEM termal, desenvolvida em um circuito termoeltrico de dois metais

    diferentes, com suas junes s temperaturas T1 e T2, independente do

    gradiente de temperatura e de sua distribuio ao longo dos fios. Em ou-

    tras palavras, a FEM medida depende nica e exclusivamente da compo-

    sio qumica dos dois metais e das temperaturas existentes nas junes.

    Observe a Figura 28.

    FIGURA 27 EFEITO TERMOELTRICO DE PELTIER

    FIGURA 28 LEI DO CIRCUITO HOMOGNEO

    A (+)

    T T T + T

    B ()

    A (+)

    T1

    B ()

    T2FEM = E

    A (+)T3

    B ()

    T2FEM = E

    T4

    T1

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    50....................

    Um exemplo de aplicao prtica desta lei que podemos ter uma gran-

    de variao de temperatura em um ponto qualquer, ao longo dos fios dos

    termopares, que esta no influir na FEM produzida pela diferena de

    temperatura entre as juntas. Portanto, pode-se fazer medidas de tempe-

    raturas em pontos bem definidos com os termopares, pois o importante

    a diferena de temperatura entre as juntas.

    Lei dos metais intermedirios

    A soma algbrica das FEM termais em um circuito composto de um n-

    mero qualquer de metais diferentes zero, se todo o circuito tiver a mes-

    ma temperatura. Deduz-se da que num circuito termoeltrico, composto

    de dois metais diferentes, a FEM produzida no ser alterada ao inserir-

    mos, em qualquer ponto do circuito, um metal genrico, desde que as

    novas junes sejam mantidas a temperaturas iguais. Veja a Figura 29.

    FIGURA 29 LEI DOS METAIS INTERMEDIRIOS

    Onde conclui-se que:

    Um exemplo de aplicao prtica desta lei a utilizao de contatos de lato

    ou cobre, para interligao do termopar ao cabo de extenso no cabeote.

    T3 = T4 E1 = E2T3 = T4 E1 = E2

    A (+)

    T1

    B ()

    T2FEM = E

    A (+)

    T3

    B ()

    T2FEM = E

    T4

    T1

    A (+)

    C

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    Lei das temperaturas

    intermedirias

    A FEM produzida em

    um circuito termoeltri-

    co de dois metais ho-

    mogneos e diferentes

    entre si, com as suas

    junes s temperatu-

    ras T1 e T3 respecti-

    vamente, a soma al-

    gbrica da FEM deste

    circuito, com as junes

    s temperaturas T1 e

    T2 e a FEM deste mes-

    mo circuito com as jun-

    es s temperaturas

    T2 e T3. Um exemplo

    prtico da aplicao

    desta lei a compensao ou correo da temperatura ambiente pelo ins-

    trumento receptor de milivoltagem.

    Correlao da FEM em funo da temperaturaVisto que a FEM gerada em um termopar depende da composio qumi-

    ca dos condutores e da diferena de temperatura entre as juntas, isto , a

    cada grau de variao de temperatura podemos observar uma variao da

    FEM gerada pelo termopar, podemos, portanto, construir um grfico, de

    correlao entre a temperatura e a FEM (Figura 31). Por uma questo pr-

    tica, padronizou- se o levantamento destas curvas com a junta de refern-

    cia temperatura de 0C.

    Esses grficos foram padronizados por diversas normas internacionais

    e levantados de acordo com a Escala Prtica Internacional de Temperatu-

    ra de 1968 (IPTS-68), recentemente atualizada pela ITS-90, para os termo-

    pares mais utilizados.

    A partir deles podemos construir outros grficos, relacionando a mili-

    voltagem gerada em funo da temperatura, para os termopares, segun-

    do a norma ANSI, com a junta de referncia a 0C.

    FIGURA 30 LEI DAS TEMPERATURAS INTERMEDIRIAS

    538C 38C 24C

    A

    B

    E1

    A

    B

    E2

    A

    B

    E3

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    52....................

    Tipos e caractersticas dos termoparesExistem vrias combinaes de dois metais condutores operando como ter-

    mopares. As combinaes de fios devem possuir uma relao razoavel-

    mente linear entre temperatura e FEM, assim como desenvolver uma FEM

    por grau de mudana de temperatura que seja detectvel pelos equipa-

    mentos normais de medio. Foram desenvolvidas diversas combinaes

    de pares de ligas metlicas, desde os mais corriqueiros, de uso industrial,

    at os mais sofisticados, para uso especial ou restritos a laboratrios. Po-

    demos dividir os termopares em grupos bsicos e nobres.

    Termopares bsicos

    So assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios

    so de custo relativamente baixo e sua aplicao admite um limite de

    erro maior.

    Nomenclaturas

    T Adotado pela Norma ANSI

    CC Adotado pela Norma JIS

    Cu-Co Cobre-Constantan

    FIGURA 31 CORRELAO ENTRE TEMPERATURA E FEM

    TIPO T

    mV

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800400200

    T(C)

    E

    J

    T

    K

    N

    RSB

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    Liga

    (+) Cobre 99,9%

    () Constantan

    So as ligas de Cu-Ni compreendidas no intervalo entre Cu 50% e Cu 65%

    Ni 35%. A composio mais utilizada para este tipo de termopar de Cu

    58% e Ni 42%.

    Caractersticas

    Faixa de utilizao: 200C a 370C

    FEM produzida: 5,603mV a 19,027mV

    Aplicaes

    Criometria (baixas temperaturas)

    Indstrias de refrigerao

    Pesquisas agronmicas e ambientais

    Qumica

    Petroqumica

    Nomenclaturas

    J Adotada pela Norma ANSI

    IC Adotada pela Norma JIS

    Fe-Co Ferro-Constantan

    Liga

    (+) Ferro 99,5%

    () Constantan Cu 58% e Ni 42%

    Normalmente se produz o ferro a partir de sua caracterstica, casando-se

    o constantan adequado.

    Caractersticas

    Faixa de utilizao: 40C a 760C

    FEM produzida: 1,960mV a 42,922mV

    Aplicaes

    Centrais de energia

    TIPO J

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    TIPO E

    Metalrgica

    Qumica

    Petroqumica

    Indstrias em geral

    Nomenclatura

    E Adotada pela Norma ANSI

    CE Adotada pela Norma JIS

    NiCr-Co

    Liga

    (+) Chromel Ni 90% e Cr 10%

    () Constantan Cu 58% e Ni 42%

    Caractersticas

    Faixa de utilizao: 200C a 870C

    FEM produzida: 8,824mV a 66,473mV

    Aplicaes

    Qumica

    Petroqumica

    Nomenclaturas

    K Adotada pela Norma ANSI

    CA Adotada pela Norma JIS

    Liga

    (+) Chromel Ni 90% e Cr 10%

    () Alumel Ni 95,4%, Mn 1,8%, Si 1,6%, Al 1,2%

    Caractersticas

    Faixa de utilizao: 200C a 1.260C

    FEM produzida: 5,891mV a 50,99mV

    TIPO K

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    Aplicaes

    Metalrgicas

    Siderrgicas

    Fundio

    Usina de cimento e cal

    Vidros

    Cermica

    Indstrias em geral

    Termopares nobres

    Aqueles cujos pares so constitudos de platina. Embora possuam custo

    elevado e exijam instrumentos receptores de alta sensibilidade, devido

    baixa potncia termoeltrica, apresentam uma altssima preciso, dada a

    homogeneidade e pureza dos fios dos termopares.

    Nomenclaturas

    S Adotada pela Norma ANSI

    Pt Rh 10% Pt

    Liga

    (+) Platina 90%, Rhodio 10%

    () Platina 100%

    Caractersticas

    Faixa de utilizao: 0C a 1.600C

    FEM produzida: 0mV a 16,771mV

    Aplicaes

    Siderrgica

    Fundio

    Metalrgica

    Usina de cimento

    Cermica

    Vidro

    Pesquisa cientfica

    TIPO S

    ATENO

    utilizado em sensores descartveisna faixa de 1.200 a 1.768C,

    para medio de metais lquidosem siderrgicas e fundies

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    Nomenclaturas

    R Adotada pela Norma ANSI

    PtRh 13% Pt

    Liga

    (+) Platina 87%, Rhodio 13%

    () Platina 100%

    Caractersticas

    Faixa de utilizao: 0C a 1.600C

    FEM produzida: 0mV a 18,842mV

    Aplicaes

    As mesmas do tipo S

    Siderrgica, Fundio, Metalrgica,

    Usina de cimento, Cermica,

    Vidro e Pesquisa cientfica

    Nomenclaturas

    B Adotada pela Norma ANSI

    PtRh 30% PtRh 6%

    Liga

    (+) Platina 70%, Rhodio 30%

    () Platina 94%, Rhodio 6%

    Caractersticas

    Faixa de utilizao: 600 a 1.700C

    FEM produzida: 1,791mV a 12,426mV

    Aplicaes

    Vidro

    Siderrgica

    Alta temperatura em geral

    TIPO R

    TIPO B

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    57....................

    Correo da junta de refernciaOs grficos existentes da FEM gerada em funo da temperatura para os

    termopares tm fixado a junta de referncia a 0C (ponto de solidificao

    da gua). Porm, nas aplicaes prticas dos termopares a junta de refern-

    cia considerada nos terminais do instrumento receptor, encontrando-se

    temperatura ambiente, que normalmente diferente de 0C e varivel com

    o tempo. Isso torna necessrio que se faa uma correo da junta de refe-

    rncia, podendo ela ser automtica ou manual. Os instrumentos utilizados

    para medio de temperatura com termopares costumam fazer a correo

    da junta de referncia automaticamente, sendo um dos mtodos adotados

    a medio da temperatura nos terminais do instrumento, atravs de cir-

    cuito eletrnico. Este circuito adiciona a milivoltagem que chega aos ter-

    minais, uma milivoltagem correspondente diferena de temperatura de

    0C temperatura ambiente, conforme apresentado na Figura 32.

    TABELA 6 IDENTIFICAO DE TERMOPARES

    TERMOPARTIPO

    EXTENSOOU

    COMPENSA-O TIPO

    MATERIAL DOSCONDUTORES

    COLORAO DA ISOLAO

    FIGURA 32 CORREO DA JUNTA DE REFERNCIA

    A (+)

    T2

    B ()

    E1 = 19,68

    TIPO K

    B ()

    0CE2 = 0,9624C

    A (+)

    TX

    JX

    EX

    KX

    WX

    SX

    BX

    NX

    Cobre

    Ferro

    Chromel

    Chromel

    Ferro

    Cobre

    Cobre

    Nicrosil

    Constantan

    Constantan

    Constantan

    Alumel

    Cupronel

    Cu/Ni

    Cobre

    Nisil

    Azul

    Preta

    Roxa

    Amarela

    Branca

    Verde

    Cinza

    Laranja

    Azul

    Branca

    Roxa

    Amarela

    Verde

    Preta

    Cinza

    Laranja

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Marrom

    Azul

    Verde

    Verde

    Branca

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Vermelha

    Marrom

    Azul

    Verde

    Verde

    Branca

    Marrom

    Preto

    Violeta

    Verde

    Laranja

    Rosa

    Marrom

    Preto

    Violeta

    Verde

    Laranja

    Rosa

    Branca

    Branca

    Branca

    Branca

    Branca

    Branca

    NORMA AMERICANA ANSIMC 96.1 1982

    NORMA ALEM DIN43710-4 IEC 584-3

    POSITIVO NEGATIVO CAPA EXTERNA POSITIVO NEGATIVO CAPA EXTERNA POSITIVO NEGATIVO CAPA EXTERNA POSITIVO NEGATIVO

    T

    J

    E

    K

    K

    S,R

    B

    N

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    58....................

    importante no esquecer que o termopar mede realmente a diferen-

    a entre as temperaturas das junes. Ento para medirmos a temperatu-

    ra do ponto desejado, precisamos manter a temperatura da juno de re-

    ferncia invarivel. Observe a Figura 33.

    FEM = JM JR

    FEM = 2,25 1,22

    FEM = 1,03mV 25C

    Esta temperatura obtida pelo clculo est errada, pois o valor correto

    que o meu termmetro tem que medir de 50C.

    FEM = JM JR

    FEM = 2,25 1,22

    FEM = 1,03mV + mV correspondente temperatura ambiente para fazer

    a compensao automtica, portanto:

    FEM= mV JM mV JR + mV CA (Compensao Automtica)

    FEM = 2,25 1,22 + 1,22

    FEM = 2,25mV 50C

    A leitura agora est correta, pois 2,25mV correspondem a 50C, que

    a temperatura do processo.

    Hoje em dia a maioria dos instrumentos faz a compensao da junta

    de referncia automaticamente.

    FIGURA 33 DIFERENA ENTRE AS TEMPERATURAS DAS JUNES

    TI

    +

    25C

    50C

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    59....................

    Medio de temperaturapor termorresistnciaOs mtodos de utilizao de resistncias para medio de temperatura

    iniciaram-se por volta de 1835, com Faraday, porm s houve condies

    de se elaborarem as mesmas para utilizao em processos industriais a

    partir de 1925.

    Esses sensores adquiriram espao nos processos industriais por suas

    condies de alta estabilidade mecnica e trmica, resistncia contami-

    nao, baixo ndice de desvio pelo envelhecimento e tempo de uso.

    Devido a estas caractersticas, tal sensor padro internacional para a

    medio de temperaturas na faixa de 270C a 660C em seu modelo de

    laboratrio.

    Princpio de funcionamento

    Os bulbos de resistncia (veja a Figura 34) so sensores que se baseiam

    no princpio de variao da resistncia em funo da temperatura. Os ma-

    teriais mais utilizados para a fabricao destes tipos de sensores so a pla-

    tina, o cobre ou o nquel, metais com caractersticas de:

    Alta resistividade, permitindo assim uma melhor sensibilidade do sensor

    Alto coeficiente de variao de resistncia com a temperatura

    Rigidez e ductilidade para ser transformado em fios finos

    FIGURA 34 BULBOS DE RESISTNCIA

    ISOLADOR CONDUTORESISOLAOMINERAL

    BAINHA BULBO DE RESISTNCIA

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    60....................

    Vantagens e desvantagens dessa medio

    Vantagens

    Possui maior preciso dentro da faixa de utilizao do que outros tipos

    de sensores

    Com ligao adequada, no existe limitao para distncia de operao

    Dispensa utilizao de fiao especial para ligao

    Se adequadamente protegido, permite utilizao em qualquer ambiente

    Tem boas caractersticas de reprodutibilidade

    Em alguns casos, substitui o termopar com grande vantagem

    Desvantagens

    mais caro do que os sensores utilizados nessa mesma faixa

    Deteriora-se com mais facilidade, caso haja excesso na sua tempera-

    tura mxima de utilizao

    Temperatura mxima de utilizao de 630C

    necessrio que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura equi-

    librada para fazer a indicao corretamente

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    61....................

    Medio de nvelMedio de nvel

    vel a altura do contedo, que pode ser slido ou lquido, de um re-

    servatrio. Trata-se de uma das principais variveis utilizadas em controle

    de processos contnuos, pois atravs da medio de nvel torna-se possvel:

    Unidade 4

    Avaliar o volume estocado demateriais em tanques de armazenamento

    Realizar o balano de materiais deprocessos contnuos onde existamvolumes lquidos ou slidos de acumulaotemporria, reaes, mistura etc.

    Manter segurana e controle de algunsprocessos onde o nvel do produto nopode ultrapassar determinados limites

    Mtodos de medio de nvel de lquidoOs trs tipos bsicos de medio de nvel so o direto, o indireto e o des-

    contnuo.

    Medio de nvel direta

    a medio para a qual tomamos como referncia a posio do plano

    superior da substncia medida. Neste tipo de medio podemos utilizar

    rguas ou gabaritos, visores de nvel, bia ou flutuador.

    NN

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    62....................

    RGUA OU GABARITOConsiste em uma rgua graduada que

    tem um comprimento conveniente para

    ser introduzida no reservatrio a ser me-

    dido. Observe a Figura 35.

    A determinao do nvel se efetuar

    atravs da leitura direta do comprimen-

    to molhado na rgua pelo lquido.

    VISORES DE NVELEste medidor usa o princpio dos vasos

    comunicantes. O nvel observado por um

    visor de vidro especial, podendo haver uma escala graduada acompanhan-

    do o visor. So simples, baratos, precisos e de indicao direta. Esta medio

    feita em tanques abertos e tanques fechados, como os da Figura 36.

    Nessa medio pode-se usar vidro reflex, para produtos escuros sem

    interfaces, ou vidro transparente, para produtos claros e sua interface.

    FIGURA 35 RGUA

    FIGURA 36 TANQUES PARA MEDIO

    600

    20

    400

    10

    300

    0

    VISORTRANSPARENTE

    VISOR REFLEX PARAFUSO TIPO U

    CORPO

    JUNTA DE VEDAO

    VIDROJUNTA ALMOFADA

    ESPELHO

    ESPELHO

    VIDRO

    CORPO

    JUNTA DE VEDAO

    PORCA

    Corte dos visores de vidroplano tipo reflex e transparente

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    63....................

    BIA OU FLUTUADORConsiste numa bia presa a

    um cabo que tem sua extre-

    midade ligada a um contra-

    peso. No contrapeso est

    fixo um ponteiro que indi-

    car diretamente o nvel

    em uma escala. Esta medi-

    o normalmente encon-

    trada em tanques abertos

    (Figura 37).

    Medio de nvel indireta

    Neste tipo de medio o nvel medido indiretamente em funo de gran-

    dezas fsicas como: presso, empuxo, radiao e propriedades eltricas.

    MEDIO DE NVEL POR PRESSO HIDROSTTICA (PRESSO DIFERENCIAL)Neste tipo de medio usamos a presso exercida pela altura da coluna

    lquida, para medirmos indiretamente o nvel, como mostra a seguir o

    Teorema de Stevin:

    Essa tcnica permite que a

    medio seja feita indepen-

    dente do formato do tanque,

    seja ele aberto, seja pressu-

    rizado.

    Neste tipo de medio,

    utilizamos um transmissor

    de presso diferencial cuja

    cpsula sensora dividida

    em duas cmaras: a de alta

    (H) e a de baixa presso (L).

    FIGURA 38 MEDIO DE NVEL INDIRETA

    FIGURA 37 BIA OU FLUTUADOR

    P = h. P = Presso em mm ou polegadas de coluna lquida

    h = Nvel em mm ou em polegadas

    = densidade relativa do lquido na temperatura ambiente

    CORRENTE,CABO OUTRENA

    BIA

    ESCALA

    CONTRAPESO

    INDICADOR DEPRESSO (P)

    DENSIDADE RELATIVA DO LQUIDONA TEMPERATURA AMBIENTE ()

    NVEL (h)

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    64....................

    Este transmissor de nvel mede a presso diferencial, subtraindo-se a

    presso da cmara alta (H) da cmara baixa (L).

    MEDIO DE NVEL POR PRESSO DIFERENCIAL EM TANQUES ABERTOS

    Supresso de zero

    Para maior facilidade de ma-

    nuteno e acesso ao instru-

    mento, muitas vezes o trans-

    missor instalado abaixo do

    tanque. Outras vezes a fal-

    ta de uma plataforma de fi-

    xao em torno de um tan-

    que elevado resulta na ins-

    talao de um instrumento

    em um plano situado em n-

    vel inferior tomada de alta

    presso. Em ambos os casos, uma coluna lquida se formar com a altura

    do lquido dentro da tomada de impulso. Se o problema no for contorna-

    do, o transmissor indicar um nvel superior ao real. Observe a Figura 39.

    MEDIO DE NVEL POR PRESSO DIFERENCIALEM TANQUES PRESSURIZADOS

    Para medio em tanques pressurizados, a tubulao de impulso da par-

    te de baixo do tanque conectada cmara de alta presso do transmis-

    sor de nvel. A presso atuante na cmara de alta a soma da presso

    exercida sob a superfcie do lquido e a presso exercida pela coluna de

    lquido no fundo do reservatrio. A cmara de baixa presso do transmis-

    sor de nvel conectada na tubulao de impulso da parte superior do

    tanque, onde mede somente a presso exercida sob a superfcie do lqui-

    do. Veja a Figura 40, na pgina ao lado.

    FIGURA 39 SUPRESSO DE ZERO

    P = PH PL

    P = Diferencial de presso

    PH = Presso na cmara de alta

    PL = Presso na cmara de baixa

    H L

    NVEL (h)

    ALTURA DO TANQUE

    SUPRESSO DE ZERO

    Atm

    H L

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    65....................

    Selagem das

    tomadas de impulso

    Quando o fluido do proces-

    so possuir alta viscosidade,

    ou quando o fluido se con-

    densar nas tubulaes de

    impulso, ou ainda no caso de

    o fludo ser corrosivo, deve-

    mos utilizar um sistema de

    selagem nas tubulaes de

    impulso, das cmaras de bai-

    xa e alta presso do transmis-

    sor de nvel. Selam-se ento ambas as tubulaes de impulso, bem como

    as cmaras do instrumento. O lquido normalmente utilizado para selagem

    das tomadas de impulso a glicerina ou o silicone lquido, devido sua

    alta densidade.

    Elevao de zero

    Na Figura 41, apresenta-se

    um sistema de medio de

    nvel com selagem, no qual

    deve ser feita a elevao, que

    consiste em se anular a pres-

    so da coluna lquida na tu-

    bulao de impulso da c-

    mara de baixa presso do

    transmissor de nvel.

    MEDIO DE NVEL COM BORBULHADORCom o sistema de borbulhador (Figura 42) podemos detectar o nvel de

    lquidos viscosos, corrosivos, bem como de quaisquer lquidos a distncia.

    Neste sistema necessitamos de um suprimento de ar ou gs e uma pres-

    so ligeiramente superior mxima presso hidrosttica exercida pelo l-

    quido. Este valor em geral ajustado para aproximadamente 20% a mais

    que a mxima presso hidrosttica exercida pelo lquido. O sistema bor-

    bulhador engloba uma vlvula agulha, um recipiente com lquido, no qual

    FIGURA 40 MEDIO EM TANQUES PRESSURIZADOS

    FIGURA 41 MEDIO DE NVEL COM SELAGEM

    H L

    ALTURA MXIMA

    d

    H L

    ALTURA MXIMA

    d

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    TO

    S E N A I

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    o ar ou gs passar, e um indicador de presso. Com o nvel no mximo,

    ajustamos a vazo de ar ou gs at que se observe a formao de bolhas

    em pequenas quantidades. Um tubo levar esta vazo de ar ou gs at o

    fundo do vaso que queremos medir o nvel. Teremos ento um borbulha-

    mento bem sensvel de ar ou gs no lquido que ter seu nvel medido. Na

    tubulao pela qual fluir o ar ou gs, instalamos um indicador de presso

    que indicar um valor equivalente presso, devido ao peso da coluna l-

    quida. Nota-se que teremos condies de instalar o medidor a distncia.

    FIGURA 42 SISTEMA DE BORBU