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Soluções Amanco Apostila de Apoio ao Instrutor Curso de Instalador Hidráulico

Apostila Senai 2012

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Soluções Amanco

Apostila de Apoio ao Instrutor Curso de Instalador Hidráulico

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Mexichem no Brasil

A Mexichem Brasil é a subsidiária brasileira do Grupo Mexichem, com atuação nos setores de tubos e conexões e de geotêxteis nãotecido. O Grupo Mexichem é detentor das marcas comerciais Amanco, Plastubos, Bidim e Doutores da Construção.

Em 2007, a Mexichem ingressou no maior mercado de tubos e conexões da América Latina ao adquirir o Grupo Amanco. Neste mesmo ano, o grupo também adquiriu a Plastubos, também fabricante de tubos e conexões no Brasil, ampliando sua atuação neste setor. Em 2008, a Mexichem comprou a Bidim, líder no mercado nacional de geotêxteis nãotecido.

A criação da Mexichem Brasil faz parte da estratégia corporativa global da Mexichem de integração vertical de sua cadeia produtiva, com o objetivo de responder às necessidades da indústria tanto no relacionamento com clientes corporativos como com o consumidor final, por meio de suas marcas comerciais.

A empresa, que possui cerca de 2500 colaboradores, é composta por nove unidades fabris localizadas em diferentes regiões brasileiras, Joinville (SC), Sumaré (SP), Suape (PE), Uberaba (MG), Ribeirão das Neves (MG), Anápolis (GO), Maceió (AL), São José dos Campos (SP) e com sede administrativa em São Paulo.

O nome Amanco será mantido como marca comercial de todos os seus produtos, mantendo suas próprias estratégias de mercado e oferecendo a seus clientes e consumidores um excelente nível de qualidade e atendimento.

Mexichem no Mundo

A Mexichem é uma empresa líder na indústria química e petroquímica latino americana, com mais de cinquenta anos de trajetória na região e trinta na Bolsa de Valores do México. Sua produção é comercializada em todo o mundo com vendas que superam os US$ 3 bilhões.

Os produtos da Mexichem têm impacto decisivo na qualidade de vida das pessoas e respondem à crescente demanda em setores de aplicação tão dinâmicos como construção civil e infraestrutura urbana, geração e fornecimento de energia, além de transportes, comunicações, saúde, entre muitos outros.

Considerada uma das cinco produtoras mais eficientes do mundo no seu setor, a Mexichem tem como prioridade o desenvolvimento e a utilização de tecnologias de vanguarda que garantam a competitividade internacional dos seus produtos e serviços.

Com exportações para mais de 50 países, a Mexichem possui certificação internacional ISO 14001 em todas as suas fábricas, além de programas permanentes que buscam sempre os melhores índices de eco-eficiência.

Visão

Ser respeitada e admirada mundialmente como companhia líder no setor químico, focada na produção de resultados, na contribuição ao progresso e na melhoria de vida das pessoas.

Missão

Transformar químicos em produtos, serviços e soluções inovadoras para os diversos setores industriais, por meio da excelência operacional e do enfoque nas necessidades do mercado, a fim de gerar valor contínuo para nossos clientes, colaboradores, sócios, acionistas e comunidade, contribuindo com a melhoria na qualidade de vida das pessoas.

Cadeias ProdutivasA Missão da Mexichem é criar valor às suas matérias primas básicas, sal e fluorita, por meio de cadeias produtivas eficientes, capazes de gerar resultados de negócio superiores e que atuem dentro de um marco de responsabilidade empresarial. Com isso, apóia o âmbito social e ambiental, bem como o cumprimento das normas e responsabilidades que os regulamentam.

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Canadá

Estados Unidos

Venezuela

Inglaterra

ColômbiaEquador

Argentina

Brasil

Chile

Peru

Costa RicaEl Salvador

Panamá

HondurasNicarágua

Guatemala

México

Japão

Taiwan

Através de diferentes processos de transformação se conquista, nesta cadeia, dar valor agregado ao sal.

Da fl uorita extraída das minas é produzido o ácido fl uorídrico, principal matéria prima de todos os gases refrigerantes e dos fl uoropolímetros, como o tefl on.

Graças a seus tubos e conexões, a Mexichem esta presente em toda a América Latina, levando desenvolvimento e bem-estar a milhões de pessoas.

MexichemPresente em 19 países

Presença Geográfi caAs fábricas produtoras da Mexichem estão localizadas em pontos estratégicos, onde a atividade industrial é importante, tornando-se centros de negócios. A proximidade dos portos marítimos, das fronteiras internacionais e os fáceis acessos terrestres, permitem que a Mexichem seja uma companhia estratégica e de referência global.

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PARCERIA AMANCO – SENAIUmas das maiores iniciativas da

Amanco no campo social, forma e capacita milhares de profi ssionais

por ano na área hidráulica.

Para a Mexichem Brasil sustentabilidade é uma gestão empresarial, sustentada pelo Triplo Resul-tado: social, ambiental e econômico. A susten-tabilidade integra a estratégia de negócios e está inserida no dia-a-dia da empresa. Toda e qualquer ação ou produto desenvolvido pela Mexichem Brasil deve apresentar vantagens econômicas, oferecer benefícios para a sociedade e primar pela preservação e sustentabilidade do meio ambiente.

As operações da empresa são consideradas pelos órgãos ambientais e pelo IBAMA como de baixo impacto ambiental. Portanto, a empresa esta constantemente desenvolvendo ações no sentido da sustentabilidade.

Sustentabilidade

REUSO DE ÁGUA nos processos de fabricação e coleta seletiva de resíduos: iniciativa em todas as unidades da empresa. Nos últimos nove anos, o programa de reuso de água industrial permitiu à empresa reduzir signifi cativamente seu consumo na produção de tubos.

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A Mexichem Brasil, por meio da sua marca comer-cial Amanco, é uma das principais empresas que atuam na condução da água no Brasil, com seus tubos e conexões, e entende que o tema hídrico é de absoluta relevância para o mercado e para o presente e futuro da sociedade.

Como empresa privada, a Mexichem Brasil sabe da importância de ações multisetoriais de compromis-so coletivo e individual no debate da problemática da água, bem como na busca por soluções para os grandes desafi os que enfrentados em matéria de água e saneamento. Neste contexto, publica a Aqua Vitae, uma revista latino americana bilíngue (português e espanhol) especializada no tema água. Esta publicação tem uma periodicidade quadrimes-tral e busca ser uma tribuna para expor soluções, analisar propostas e fomentar o diálogo intersetorial em torno deste importante recurso natural. A publi-cação é dirigida a setores estratégicos envolvidos numa visão integral do tema água, tais como: setor empresarial, governamental, acadêmico, agrícola, organizações sociais, organizações internacionais, meios de comunicação e setores fi nanceiros.

Conduzimos Água, Levamos Vida

AQUA VITAERevista especializada na questão da água com um enfoque latino americano.

T e c n o l o g i a | I n o v a ç ã o | Q u a l i d a d e | L i d e r a n ç a

inovação em tubos e conexões

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As imagens contidas nesta apostila de apoio são meramente ilustrativas.

Consulte sempre a disponibilidade do produto junto à Equipe Comercial Amanco.

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Índice

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06

FATORES SOCIAIS | pág. 09

MATEMÁTICA BÁSICA | pág. 23

HIDRÁULICA BÁSICA | pág. 35

INSTALAÇÕES PREDIAIS | pág. 55

NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO | pág. 131

INFRAESTRUTURA | pág. 143

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1 - Qualidade 10

2 - Educação ambiental 10

3 - Riscos ambientais 10

4 - Segurança e saúde no trabalho 11

5 - Ética e cidadania 16

6 - Relações humanas 17

7 - Gestão de recursos humanos na 18 construção civil

8 - Empreendedorismo 19

9 - Produtividade e desperdício 20 na construção civil

01Fatores Sociais

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1. Qualidade A Qualidade pode ser defi nida sob vários aspectos, entre eles:

• Satisfação Quando as características do produto vão ao encontro das necessidades

dos clientes, proporcionando satisfação em relação ao produto.

• Excelência Do ponto de vista da excelência, qualidade signifi ca o melhor que

se pode fazer, ou seja, o padrão mais elevado de desempenho em qualquer campo de atuação.

• Valor Como valor, qualidade signifi ca ter mais atributos; usar materiais ou

serviços raros, com custos maiores ou que assim o sejam percebi-dos, já que valor é um conceito relativo, que depende do cliente e seu poder aquisitivo.

• Especifi cações Qualidade planejada; projeto do produto ou serviço; defi nição de

como o produto ou serviço deve ser.

• ConformidadeProduto ou serviço de acordo com as especifi cações do projeto.

• RegularidadeUniformidade; produtos ou serviços idênticos.

• Adequação ao uso Qualidade de projeto e ausência de defi ciências: projeto excelente e

produto/serviço de acordo com o projeto.

1.1. Normas de qualidade da ABNT

São os documentos que formalizam o nível de consenso a respeito dos processos referentes à qualidade. Estas normas são estabelecidas como base para a realização ou avaliação da gestão da qualidade nas empresas.

São defi nidas pelo Comitê Brasileiro da Qualidade - ABNT/CB-25, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, que têm como objetivo pro-duzir e disseminar as normas de:

• Sistemas de Gestão da Qualidade

• Sistemas de Garantia da Qualidade

• Sistemas de Avaliação da Conformidade e suas técnicas correlatas

Os produtos da linha predial Amanco são fabricados de acordo com as seguintes normas:

• NBR 5648: Sistemas prediais de água fria – Tubos e conexões de PVC 6,3, PN 750 kPa, com junta soldável – Requisitos;

• NBR 5688: Sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e ven-tilação - Tubos e conexões de PVC, tipo DN – Requisitos;

• NBR 5626: Instalação predial de água fria;

• NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução;

• NBR 7198: Projeto e execução de instalações prediais de água quente.

1.2 . Normas “ISO” de qualidade

A “ISO” (International Organization for Standardization) é uma organiza-ção não-governamental que coordena a elaboração e a divulgação de normas técnicas internacionais.

As normas ISO constituem um padrão internacional para a gestão de qualidade, sendo um dos requisitos básicos à implementação bem su-cedida de um processo de qualidade total. Elas são aplicáveis a qual-quer organização, de todos os setores e atividades econômicas.

• Normas ISO 9001: tratam do sistema de gestão da qualidade de uma empresa.

• Normas ISO 14001: tratam do sistema de gestão ambiental de uma organização e o gerenciamento do desempenho ambiental.

• Normas OHSAS 18001(Occupational Health and Safety Assessment Series): estabelecem requisitos relacionados à gestão da saúde e se-gurança Ocupacional.

2. Educação ambientalEducação ambiental é um ramo da educação cujo objetivo é a disse-minação do conhecimento sobre o meio ambiente, a fi m de contribuir para a sua preservação e a utilização sustentável dos seus recursos.

A educação ambiental no Brasil segue os preceitos da Lei N° 9.795 que, numa perspectiva bem abrangente, direciona para a:

• Proteção e uso sustentável de recursos naturais;

• Proposta de construção de sociedades sustentáveis.

"A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em to-dos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal".( Artigo 2° da Lei N° 9.795).

3. Riscos ambientaisRiscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos ou biológicos que, presentes nos ambientes de trabalho, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição.

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A Norma Regulamentadora Nº. 9 – NR-9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Pro-grama de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preserva-ção da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipa-ção, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

Fatores que podem causar riscos ambientais são:

• Agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações.

• Agentes químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores que podem ser absorvidos por via respiratória ou através da pele.

• Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoá-rios e vírus.

4. Segurança e saúde no trabalho 4.1. Segurança do trabalho

A importância da prevenção dos acidentes do trabalho e, consequen-temente, do bem-estar do trabalhador ainda não foi amplamente reco-nhecida, quer por trabalhadores, quer por empregadores. Há inúmeras empresas que não instalam programas de segurança do trabalho, es-tão se limitando a atender ao requisito legal, sem nenhuma motivação por parte da gerência e com o total desinteresse dos empregados. Infe-lizmente, o espírito de empresa e o espírito perfeccionista ainda não fa-zem parte de muitas organizações industriais, não havendo verdadeira compreensão de que a prevenção de acidentes e o bem-estar social dos trabalhadores concorrem para uma maior produtividade por parte dos mesmos, ocasionando maior progresso da indústria.O resultado disso são os choques e as incompreensões, que geram ir-ritação, agressividade e insolência, criadores de ambientes intoleráveis nos locais de trabalho e de clima propício a acidentes.A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em sua publicação Au-mento da Produtividade nas Indústrias Manufaturarias, afi rma que nos últimos anos dedicou-se uma atenção crescente ao elemento humano como causa dos acidentes e comprovou-se que esse fator é mais com-plexo e mais importante que qualquer outro.Uma coletividade, normalmente heterogênea, na qual o sentimento de solidariedade humana nem sempre consegue sobrepor-se a insen-satez, a vaidade e a ambição, carece de um programa de segurança, em meio as suas atribuições, para que possa humanizá-la e torná-la tão compreensiva quanto efi ciente.

4.2. Conceitos

Não se sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com os acidentes e doenças relacionadas com o trabalho. Já no séc. V a.C., faziam-se referências a existência de moléstias entre mineiros e meta-lúrgicos.Mas foi com a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no fi nal do séc. XVIII e com o aparecimento das máquinas de tecelagem movidas a vapor que a ocorrência de acidentes aumentou.A produção, que antes era artesanal e doméstica, passa a ser realizada em fábricas mal ventiladas, com ruídos altíssimos e em máquinas sem proteção. Mulheres, homens e principalmente crianças foram as gran-des vítimas.A primeira legislação no campo da proteção ao trabalhador, Lei das Fábricas, surgiu na Inglaterra em 1833, determinando limites de idade mínima e jornada de trabalho. No Brasil, onde a industrialização tomou impulso a partir da 2ª Guerra Mundial, a situação dos trabalhadores não foi diferente: nossas condi-ções de trabalho mataram e mutilaram mais pessoas que a maioria dos países industrializados do mundo.Com o objetivo de melhorar as condições de saúde e trabalho no Brasil, a partir da década de 30 várias leis sociais foram criadas; dentre elas, ressalta-se a obrigatoriedade de formação da Comissão Interna de Pre-venção de Acidentes – CIPA.Desde a divulgação das primeiras estatísticas de acidentes do trabalho pelo então Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, tem-se co-nhecido a gravidade da situação de Segurança do Trabalho no Brasil.Diante dos dados, uma série de medidas foram tomadas pra tentar re-verter a situação. Essas medidas têm colaborado para a redução do número de aciden-tes e doenças do trabalho ofi cialmente divulgados. Porém, a com-plexidade das questões relativas ao registro de acidentes e doenças profi ssionais, torna difícil precisar o índice dessa redução, pois uma quantidade muito grande de trabalhadores não é registrada e, portan-to, seus acidentes e doenças não são comunicados ao INSS e a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego.Diante da persistência de elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas, surgem o Mapa de Riscos Ambientais, o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional).

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4.3. Prevenção de acidente do trabalho

Conceito legal (Lei 6367/76)

Art. 2º Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do tra-balho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou pertubação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.§ 1º item II. - Equipara-se ao acidente do trabalho, o acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro in-clusive companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;e) desabamento, inundação ou incêndio;f ) outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.

De acordo com o item II. do § 2º, “Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fi sio-lógicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado será consi-derado a serviço da empresa”.Segundo o § 1º, item V, também serão considerados acidentes do tra-balho “o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de trabalho:a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade

da empresa;b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe

evitar prejuízo ou proporcionar proveito;c) em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção

utilizado, inclusive veículo de propriedade do empregado;d) no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela”.

Equiparam-se ao acidente do trabalho, para os fi ns desta lei, de acordo com o parágrafo 1o. art. 2o:I - a doença profi ssional ou do trabalho, assim entendida a inerente

ou peculiar a determinado ramo de atividade e constante de rela-ção organizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS);

II - o acidente que, ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte, ou a perda, ou redução da capacidade para o trabalho;

V - a doença proveniente de contaminação acidental de pessoal de área médica, no exercício de sua atividade;

§ 3º Em casos excepcionais, constatando que doença não incluída na relação prevista no item I do § 1º resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamen-te, o Ministério da Previdência e Assistência Social deverá conside-rá-la como acidente do trabalho.

§ 4º Não poderão ser consideradas, para os fi ns do disposto no parágra-fo, a doença degenerativa, a inerente a grupo etário e a que não acarreta incapacidade para o trabalho.

§ 5º Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profi ssio-nal ou do trabalho, a data da comunicação deste à empresa ou, na sua falta, a da entrada do pedido de benefício do INSS, a partir de quando serão devidas as prestações cabíveis.

Art. 3º Não será considerada agravante ou complicação de acidente

do trabalho lesão que, resultante de outro acidente, se associe ou se superponha às consequências do anterior.

Conceito perfeccionista

Acidente de trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma ativi-dade, ocasionando perdas de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais.

Benefícios previdenciais (Acidentários)

Segurados que têm direito:

• o trabalhador regido pela CLT;

• o trabalhador temporário;

• o trabalhador avulso;

• o presidiário que exerce trabalho remunerado.

Os benefícios concedidos são:

a) Aposentadoria por invalidez acidentária

Quando o acidentado está defi nitivamente incapacitado para o traba-lho. Valor mensal: igual ao salário de contribuição do segurado no dia do acidente. Este valor é aumentado em 25% se o acidentado necessi-tar da assistência permanente de outra pessoa.O aposentado por invalidez receberá também um pecúlio, que é uma importância equivalente a 15 salários-referência.

b) Pecúlio por morte acidentária

Aos dependentes do segurado que falecer em decorrência do aciden-te do trabalho. Valor: importância equivalente a 30 salários-referência.

c) Auxílio-doença acidentária

A partir do 16° dia de constatação do acidente, até o segurado fi car curado. Trabalhador avulso: a partir do dia seguinte ao do acidente.Valor mensal: 92% do salário de contribuição do segurado, vigente no dia do acidente.

d) Auxílio-acidente

Quando o acidentado não tem mais condição de trabalhar no mesmo serviço e precisa mudar de função. Valor: o acidentado receberá pelo resto de sua vida 40% do valor da aposentadoria por invalidez aciden-tária.

e) Auxílio suplementar

Quando o acidentado se recupera, mas passa a trabalhar com difi cul-dade, ou quando apresenta perda anatômica como seqüela. Valor: 20% do salário de contribuição vigente no dia do acidente.

f) Pensão

Aos dependentes do segurado que faltar em decorrência do acidente. Valor mensal: igual à aposentadoria por invalidez, qualquer que seja o número de dependentes.

g) Custeio

É atendido pelas contribuições previdenciárias a cargo do segurado, da empresa e da União.O encargo das empresas (ou das entidades) varia em função dos riscos, que são classifi cados em leves (0,4%), médios (1,2%) e graves (2,5%), percentuais estes que incidem sobre o total da folha de pagamento.

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4.4. Acidentes do trabalho

É toda perturbação funcional, lesão corporal ou doença produzida pelo trabalho ou em consequência dele.

Atos inseguros são defi nidos como causas de acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária as normas de segurança.

É falsa a ideia de que não se pode predizer nem controlar o comporta-mento humano. Na verdade, é possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência de atos inseguros e controlá-los. Seguem-se, para orientação, alguns fatores que podem levar os trabalhadores a pratica-rem atos inseguros:

a) Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais como:

• Sexo

• Idade

• Tempo de reação aos estímulos

• Coordenação motora

• Estabilidade x instabilidade emocional

• Extroversão / introversão

• Agressividade

• Impulsividade

• Problemas neurológicos

• Nível de inteligência

• Grau de atenção

• Percepção

• Coordenação visual / motora

b) Fatores circunstanciais (fatores que infl uenciam o desempenho do indivíduo no momento):

• Problemas familiares

• Abalos emocionais

• Discussão com colegas

• Alcoolismo

• Grandes preocupações

• Doença

• Estado de fadiga etc

c) Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma como evitá-los, causado por:

• Seleção inefi caz

• Falhas de treinamento

• Falta de treinamento

d) Desajustamento (relacionado com certas condições específi cas do trabalho):

• Problemas com a chefi a

• Problemas com os colegas

• Política salarial imprópria

• Política promocional imprópria

• Clima de insegurança etc

e) Fatores que fazem parte das características de personalidade do trabalhador e que se manifestam por comportamentos impró-prios:

• O desleixado

• O machão

• O exibicionista calado

• O exibicionista falador

• O desatento

• O brincalhão

Condições inseguras

São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador, devido a possibilida-de do mesmo acidentar-se. Tais condições manifestam-se como falhas técnicas, podendo apresentar-se:

• Na construção e instalações em que se localiza a empresa – áreas in-sufi cientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e de limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização;

• Na maquinaria – localização imprópria das máquinas, falta de prote-ção em partes móveis e pontos de agarramento, máquinas apresen-tando defeitos;

• Na proteção do trabalhador – proteção insufi ciente ou totalmente ausente, roupas e calçados impróprios, equipamento de proteção com defeito. Essas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados pela presença de condições in-seguras e atos inseguros ao mesmo tempo.

Como se vestir no local de trabalho

É sabido que as partes móveis das máquinas formam pontos de agar-ramento que representam constante fonte de perigo para o operador.

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São exemplos de pontos de agarramento:

• Cilindros

• Polias

• Correias

• Correntes

• Partes sobressalentes

• Engrenagens

Partes que poderão ser agarradas:

• Cabelos compridos e soltos

• Roupas soltas

• Camisa desabotoada

• Camisa de mangas compridas

• Calças de boca larga

• Enfeites

• Colares

• Cordões

• Brincos

• Relógios

• Pulseiras

• Anéis

O calçado inadequado é também um grande problema no ambiente de trabalho porque, geralmente, os tipos usados pelo trabalhador são desaconselháveis e ninguém está livre do perigo de que algo pesado caia sobre os pés ou que algo perfure ou ultrapasse a sola dos sapatos.

Todos os sapatos citados precisam ser observados, estudados e trata-dos para se conseguir resultados duradouros ou defi nitivos, mas algu-mas providências podem ser tomadas de imediato para minimizar os riscos de acidentes, como:

• Usar toca ou gorro para prender os cabelos compridos;

• Usar a camisa abotoada e dentro da calça;

• Usar mangas compridas com os punhos abotoados ou então usar mangas curtas;

• Usar calças de boca estreita com as barras fi rmemente costuradas e sem vira;

• Usar calçados de sola de couro, fechados e baixos;

• Usar sapatos de segurança com biqueira e palmilha de aço, onde se fi zerem necessário;

• Não usar quaisquer enfeites no pescoço, braços, mãos ou dedos;

• Usar roupas ajustadas no corpo, sem serem apertadas ou largas demais.

4.5. Segurança e saúde no trabalho

São questões relativas à:

• Acidente no trabalho

• Prevenção

• Saúde e higiene

Lesão corporalÉ todo ferimento e/ou contusão causado por qualquer acidente no ambiente de trabalho, seja pelas condições propícias ao acontecimen-to de acidentes, seja pelo não uso dos equipamentos de segurança por parte do trabalhador.

Doença do trabalho

É toda perturbação de saúde adquirida no ambiente de trabalho em virtude das condições em que se realiza o trabalho, seja pelos riscos profi ssionais relativos a execução deste ou pela falta de prevenção da segurança do trabalho.

A prevenção é feita com campanhas de segurança

• Cartazes

• Filmes

• Palestras

• Divulgação dos acidentes

• Caixa de sugestões

• Comunicação

• Treinamento

No caso de equipamentos deve-se ter cuidado com:

Manutenção

• Limpar e guardar tudo que for usado!

Critérios

• Devem possuir certifi cação.

• Usar o equipamento de proteção individual (EPI) certo para cada atividade.

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Saúde e higieneSua saúde afeta o seu trabalho!

a) Higiene pessoal

• Tome banho todos os dias após o trabalho

• Escovar os dentes após as refeições

• Manter limpos e penteados os cabelos (aparência)

• Conservar as unhas limpas e cortadas

• Manter a barba feita

• Manter roupas limpas

b) Cuidados com o seu corpo

• Dobrar os joelhos quando levantar pesos

• Consulta médica se estiver com problemas de saúde

• Fazer uso do preservativo sempre

• Consultar periodicamente dentista

c) Na hora das refeições

• Lavar as mãos antes das refeições

• Usar talheres e copo individual

• Jogar resto de comida no lixo

d) No banheiro

• Jogar papel higiênico no lixo

• Dar descarga no sanitário

• Lavar as mãos após usar o banheiro

• Zelar pela manutenção da limpeza

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e) No alojamento

• Guardar roupas e equipamento em local adequado

• Não guardar nada molhado no armário

• Não perturbar o descanso do colega

• Não fumar no alojamento, além de causar danos a saúde pode cau-sar incêndio

• Não fazer refeições no vestiário

f) Convivendo com os colegas

• Respeite o seu colega de trabalho

• Não faça algazarra

• Não faça uso de álcool, drogas ou qualquer tipo de entorpecentes

• Não traga nenhum tipo de arma para o trabalho

• Evite brincadeiras que distraiam ou irritem o colega durante o horá-rio de trabalho

Segurança e saúde não são necessárias somente no seu trabalho, mas na sua vida.

5. Ética e cidadaniaa) Autoestima

Autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mes-ma como sendo positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gre-gg, 2003).

b) Ética

Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um in-divíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.A palavra ética origina-se do grego "ethos" que apresenta dois signi-fi cados:

• Morada do homem, no sentido de abrigo protetor > estilo de vida > ação no espaço do mundo > costume.

• Comportamento resultante da repetição dos mesmos atos > o ato do indivíduo > manifestação do costume > hábito.

c) Costume

Modo de pensar e agir característico de pessoa, grupo social, povo ou nação.

d) Hábito Maneira usual de ser, fazer, sentir, comportar-se individual ou coletiva-mente, que leva a um conhecimento ou prática.

Tanto o costume quanto o hábito são construídos.

e) Cidadão

É indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo mesmo Estado e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos. Em resumo, é a pessoa que goza de direitos constitucionais e respeita as liberdades democráticas.

f) Cidadania

É um processo que se efetiva através do conhecimento e conquista dos direitos humanos, por meio daquilo que se constrói.

“Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação. Porque a educação atualiza a inclinação potencial e natural dos homens à vida comunitária ou social.” Luis Carlos Ludovikus Moreira de Carvalho

5.1. Identidade

Conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma pes-soa ou grupo, dando a estes uma forma única. Pode ser:

Individual

A construção da identidade individual é um processo que acontece durante toda, ou grande parte, da vida dos indivíduos, no meio familiar e social e que estabelece o conjunto de valores e crenças que defi nirão a sua pessoa.

Coletiva

A construção da Identidade coletiva é um processo social de constitui-ção de um conjunto de valores e ações a partir das relações interativas em espaço geográfi co, entre indivíduos e/ou grupos que organizam sua vida em torno de atividades semelhantes, tendo como base um conjunto de valores compartilhados.

A identidade coletiva regula e é regulada: 1) Pelos sentimentos de pertencimento; 2) Pela defi nição de práticas sociais grupais (cultura política); 3) Pelo partilhamento de valores, crenças e interesses; 4) Pelo estabelecimento de redes sociais; e 5) Pelas relações intra e entre grupos.

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F A T O R E S S O C I A I S

inovação em tubos e conexões

6. Relações humanasVivemos, convivemos e trabalhamos com pessoas. Basta estar em con-tato com alguém para que algum tipo de sentimento seja despertado (simpatia, antipatia, inveja, atração...). As pessoas reagem às pessoas com que têm contato.

Quando se conhece uma pessoa, formamos uma opinião inicial sobre ela, conhecida como primeira impressão. Os fatores envolvidos na for-mação das primeiras impressões são:

Impacto que cada um causa no outro

Distanciamento sem confl ito

Relacionamento difícil e tenso

6.1. Relações interpessoais

São as ações e relações entre os membros de um grupo ou entre gru-pos de uma sociedade, ocorridas através das interações.

Os fatores que infl uenciam as relações interpessoais são:

Espontaneidade

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inovação em tubos e conexões

Difi culdade de fazer e receber críticas

Difi culdade de lidar com confl itos

Difi culdade de rever nossas primeiras impressões

Saber lidar com as relações interpessoais é fundamental para o bom

desenvolvimento de um profi ssional no local de trabalho.

7. Gestão de recursos humanos naconstrução civilGestão de recursos humanos é a atividade que tem por fi nalidade re-crutar, selecionar e qualifi car os recursos humanos com o objetivo de alcançar um desempenho que possa combinar as necessidades indivi-duais das pessoas com as da organização.

7.1. Recursos humanos

São as pessoas com seus talentos, habilidades, conhecimentos e capa-cidades, que estão envolvidas nos processos organizacionais.“A efi ciência das pessoas, das atividades e a efi cácia das organizações são resultados da adoção de metodologias e procedimentos direcio-nados à gestão das pessoas”. Idalberto Chiavenato

Os fatores relacionados são:

• Recrutamento, seleção e admissão

• Desenvolvimento de pessoal

• Treinamento, aperfeiçoamento e qualifi cação

• Análise e descrição do trabalho e de cargos

• Competências e habilidades

• Planos de remuneração

• Salários, benefícios e gratifi cações

• Trabalho em equipe

• Liderança e formação de líderes

• Comunicação e informação

• Segurança, saúde e higiene no trabalho

• Gestão pela qualidade total em RH

Para a gestão de pessoas, existem 5 processos básicos que devem ser

considerados:

Processo Objetivo Atividades envolvidas

Provisão Quem irá trabalhar na organização

• Pesquisa de mercado de RH

• Recrutamento de pessoas

• Seleção de pessoas

Aplicação O que as pessoas farão na organi-zação

• Integração de pessoas

• Desenho de cargos

• Descrição e análise de cargos

• Avaliação de desempenho

Manutenção Como manter as pessoas trabalhan-do na organização

• Remuneração e compensação

• Benefícios e serviços sociais

• Higiene e Segurança do Trabalho

• Relações sindicais (trabalhistas)

Desenvolvimento Como preparar e desenvolver as pessoas

• Treinamento

• Desenvolvimento organizacional

Monitoração Como saber o que são e o que fazem as pessoas

• Banco de dados / sistemas de informação

• Auditoria de RH

7.2. Funções da mão de obra de produção

• Execução dos serviços

• Distribuição de pessoal e suprimentos

• Defi nir e solicitar os suprimentos do dia a dia

• Trabalhos de medição

• Defi nição do layout do canteiro de obras

• Garantir o cumprimento das especifi cações, prazos, custos e qualidade

• Aplicação dos procedimentos de segurança

• Medicina do Trabalho

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inovação em tubos e conexões

7.3. Organograma funcional de uma obra

Engenheiro Supervisor

Engenheiro Residente

Estagiários Almoxarife, Apontador

Mestre de Obras Técnicos

Encarregados

O� ciais de produção

Auxiliares

8. EmpreendedorismoA palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 para defi nir uma pessoa com criatividade e ca-paz de fazer sucesso com inovações.

“Empreendedorismo é aprendizado pessoal que, impulsionado pela mo-tivação, criatividade e iniciativa, busca a descoberta vocacional, a per-cepção de oportunidades e a construção de um projeto de vida ideal." Robert Menezes

• O termo Empreendedorismo designa os estudos relativos ao em-preendedor, seu perfi l, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação.

• O termo Empreendedor é utilizado para designar principalmente as atividades de quem se dedica à geração de riquezas, seja na trans-formação de conhecimentos em produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento, ou na inovação em áreas como marke-ting, produção e organização.

No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força nos anos de 1990, durante a abertura da economia nacional, que surtiria os seguin-tes efeitos:

• A entrada de produtos importados > controle dos preços > cresci-mento econômico

• Problemas para alguns setores > perda de competitividade com os importados

• Modernização das empresas para poder competir e voltar a crescer

Razões do empreendedorismo

• Autorrealização

• Estimular o desenvolvimento pessoal e local

• Apoiar a pequena empresa

• Ampliar a base tecnológica

• Criar empregos

• Acompanhar a velocidade das mudanças e novas tendências inter-nacionais

• Adaptar-se ao novo mercado, com ética e cidadania

As habilidades requeridas de um empreendedor são:

a) Pessoais

• Ser disciplinado

• Assumir riscos

• Ser inovador

• Ter ousadia

• Persistente

• Visionário

• Ter iniciativa

• Coragem

• Humildade

• Ter paixão pelo que faz

b) Técnicas

• Saber escrever

• Saber ouvir as pessoas

• Captar informações

• Ser organizado

• Saber liderar e trabalhar em equipe

c) Gerenciais

• Marketing

• Administração

• Finanças

• Operacional

• Produção

• Tomada de decisão

• Planejamento e controle

Caminhos do empreendedor

Autoconhecimento: Espaço de si estreito (Teoria X) versus Espaço de si amplo (Teoria Y).

Perfi l do empreendedor: Comparação das características do empreendedor e da pessoa.

Aumento da criatividade: Dominar os processos internos para gerar inovação e criatividade.

Processo visionário: Desenvolver uma visão e aprender a identifi car oportunidades.

Rede de relações: Estabelecer relações que possam servir de suporte ao desenvolvimen-to e aprimoramento da ideia do negócio e sua sustentação. Avaliação das condições para iniciar um plano: Reunir e avaliar todas as condições para elaborar um plano.

Plano de negócio: Metas mensuráveis, fl exibilidade no plano, indicadores de evolução, compromisso coletivo, revisão de metas, aprender com a experiência. Capacidade de negociar e apresentar uma ideia: Cooperação entre pessoas, parceiros ou empresas para alcançar objeti-vos de tal forma que todos saiam ganhando.

A síndrome do empregado designa um empregado e não um empre-endedor quando ele:

• É desajustado e infeliz, com visão limitada

• Tem difi culdade para identifi car oportunidades

• É dependente no sentido de que necessita de alguém para se tornar produtivo

• Sem criatividade

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inovação em tubos e conexões

• Sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descui-da de outros conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto ou a sua especialidade

• Tem difi culdade de auto aprendizagem, não é autossufi ciente, exige supervisão e espera que alguém lhe forneça o caminho

• Domina somente parte do processo, não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a dinâmica dos mercados, a evo-lução do setor

• Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta enten-der, especializar-se e melhorar somente no que já existe

• Mais faz do que aprende

• Não se preocupa em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de comunicações

• Tem medo do erro, não o trata como uma aprendizagem

• Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos/serviços

• Não sabe ler o ambiente externo: ameaças

• Não é pró-ativo

9. Produtividade e desperdício naconstrução civilProdutividade é a relação entre os recursos utilizados e os resultados alcançados. Ela mede a capacidade que o trabalhador tem de aumen-tar o valor do conjunto de materiais e serviços que compõem um de-terminado produto. A produtividade no Brasil é menor que um quinto da produtividade dos países industrializados:

• Apresenta baixos índices de produtividade em relação a outros países - Brasil - 45 hh/m2, - Dinamarca - 22 hh/m2

• A infl uência dos processos - Processo artesanal primitivo- 80 hh/m2 - Processo industrializado - 10 hh/m2 * hh = horas homem

“Produtividade é minimizar cientifi camente o uso de recursos materiais, mão de obra, máquinas, equipamentos etc., para reduzir custos de pro-dução, expandir mercados, aumentar o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores”. (Japan Productivity Center for Social – Economics Development ).

O aumento da produtividade é consequência da utilização otimizada e integrada dos diversos fatores que contribuem na formação, movi-mentação e comercialização de um produto. Podem-se destacar os seguintes fatores que afetam a produtividade:

• Capacitação e treinamento da mão de obra

• Metodologia de trabalho utilizada

• Layout do canteiro de obras

• Práticas gerenciais de controle

• Processos de produção

• Utilização de insumos

• Estrutura organizacional da empresa

O grau de produtividade de um agente econômico (pessoa, empresa, país) é, via de regra, um dos melhores indicadores para a medição dos seus níveis de efi ciência e efi cácia.

9.1 Tempo X Produtividade

Tempo produtivo

Tempo consumido para elaborar produtos ou serviços que atendem as necessidades dos clientes.

Tempo não produtivo

Tempo consumido para elaborar produtos ou serviços que não aten-dem as necessidades dos clientes.

Tempo ocioso

Tempo consumido pela não elaboração de produtos ou serviços, mas ocorre o consumo de recursos disponibilizados.

Trabalho produtivo

Ser produtivo não é trabalhar duramente, mas sim trabalhar com sa-bedoria, empregando seus talentos e competências àquilo que traz resultados impactantes, efetivos e duradouros.

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inovação em tubos e conexões

Intensifi cação do trabalho

Executar o trabalho o mais rápido possível, levando ao grande desgas-te físico, riscos de acidente e desperdício de material.

Racionalização do tempo

Realizar suas tarefas da melhor maneira possível sem perder tempo. Para tanto é necessário planejar, implementar e controlar a execução dos serviços.

9.2. Desperdício na construção civil

Perdas

As perdas são consideradas inevitáveis (perdas naturais) e evitáveis. Se-gundo sua natureza, podem acontecer por:

• Superprodução

• Substituição

• Espera

• Transporte

• No processamento em si

• Nos estoques

• Nos movimentos

• Elaboração de produtos defeituosos

• E outros fatores, como roubo, vandalismo, acidentes

Conforme a origem, as perdas podem ocorrer no próprio processo pro-dutivo, como nos que o antecedem, como fabricação de materiais, pre-paração dos recursos humanos, projetos, planejamento e suprimentos. Em todos os casos a qualifi cação do trabalhador está presente.Qualquer utilização de recursos além do necessário à produção de determinado produto é caracterizada como desperdício classifi cado conforme seu controle, sua natureza e sua origem.

Desperdício

O desperdício não pode ser visto apenas como o material refugado no canteiro, mas sim como toda e qualquer perda durante o processo.

Retrabalho

O retrabalho é a ação implementada sobre um produto não confor-me de modo que ele atenda aos requisitos especifi cados. O retrabalho consiste em fazer os reparos necessários detectados durante processos de inspeção de produtos que não atendam aos padrões previamente estabelecidos e pela mão de obra adicional gasta no reparo e nas re- inspeções.

Para a melhoria da produtividade é necessário evitar o retrabalho, o que se consegue otimizando as ações. Mas para isto é necessário:

• Planejamento: depois de planejada, a execução fi ca muito mais fácil;

• Ter um processo de decisão ágil;

• Disponibilização de informações de forma instantânea, clara e segura;

• Estabelecimento de melhoria contínua de processos;

• Identifi cação de pontos fracos e defeitos;

• Ação preventiva;

• Mudanças de tecnologia com base em análises de custo/benefício.

O retrabalho leva ao desperdício, pois ele geralmente envolve:

• Consumo de tempo

• Consumo de material

• Desgaste físico e mental

• Desgaste profi ssional

• Descrédito da marca

• Redução do lucro

Desperdícios e perdas

Com o desperdício:

• Os custos aumentam

• Os ganhos diminuem

• A qualidade é reduzida

• O esforço é dobrado

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Anotações

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2302Matemática Básica

Soluções Amanco

Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidráulico

1 - Contabilidade básica 24

2 - Metrologia 25

3 - Unidades geométricas 27

4 - Geometria 30

inovação em tubos e conexões

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inovação em tubos e conexões

1. Contabilidade básica"A contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa". As fi nalidades fundamentais da contabilidade referem-se à orientação da administração das empresas no exercício de suas funções. A contabilidade é o controle e o planejamento de toda e qualquer en-tidade sócio econômica.

1.1. Princípios básicos

a) Princípio da competência - As despesas e receitas devem ser con-tabilizadas como tais, no momento de sua ocorrência, independente-mente de seu pagamento ou recebimento.

b) Princípio da realização da receita e confrontação da despesa - As receitas realizadas no período devem ser confrontadas, no mesmo período, com as despesas que a geraram.

c) Custo como base de valor - As aquisições de ativos deverão ser contabilizadas pelo seu valor histórico, pelo seu valor de compra ou aquisição.

d) Princípio do denominador comum monetário - Este princípio diz que a contabilidade deve ser feita numa única moeda e que todos os itens devem ser avaliados por essa moeda.

1.2. Funções da contabilidade

As principais funções da contabilidade são: registrar, organizar, de-monstrar, analisar e acompanhar as modifi cações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico.

a) RegistrarTodos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor mo-netário.

b) OrganizarUm sistema de controle adequado à empresa.

c) DemonstrarCom base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e fi nanceira da em-presa.

d) AnalisarOs demonstrativos podem ser analisados com a fi nalidade de apuração dos resultados obtidos pela empresa.

e) AcompanharA execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os paga-mentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros e alertando para eventuais problemas.

1.3. Exercício socialÉ o espaço de tempo no qual as pessoas jurídicas apuram seus resulta-dos. Ele pode coincidir ou não com o ano-calendário, de acordo com o que dispuser o estatuto da empresa ou o contrato social.

1.4. Balanço patrimonial É um documento contábil que resume as atividades da empresa, num determinado período, nos seus aspectos patrimoniais e fi nanceiros, sendo atualmente obrigatório o seu levantamento anual, coincidente com o ano civil.

Balanço Patrimonial

Empresa: xoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxox

Ano Exercício

Ativo Passivo

Circulante 0,00 Elegível a Longo Prazo

0,00

Clientes 0,00 0,00

Estoques 0,00 Patrimônio Líquido 0,00

Permanente 0,00 0,00

Total do Ativo 0,00 Total do Ativo 0,00

a) AtivoTodos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. Contas do ativo têm saldos devedores, com exceção das contas retifi cadoras, como depreciação acumulada e provisões para ajuste ao valor de mer-cado.

b) PassivoObrigações que deverão ser pagas no decorrer do exercício seguinte, como duplicatas a pagar, contas a pagar, títulos a pagar, empréstimos bancários, imposto de renda a pagar, salários a pagar.

c) Capital socialO valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a participação (em dinheiro, bens ou direitos) dos sócios ou acionistas na empresa.

d) Patrimônio líquidoValor que os proprietários têm aplicado. Contas do patrimônio líquido têm saldos credores, divide-se em: Capital social; Reservas de capital; Re-servas de reavaliação, Reservas de lucros; e Lucros/Prejuízos acumulados.

e) DireitosValores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores de nossa propriedade que se encontram em posse de terceiros.

f) ObrigaçõesDívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa pos-se.

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inovação em tubos e conexões

1.5. Demonstração do resultado do exercício (DRE)

Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência.

Demonstração de Resultado do Exercício

Empresa : xoxoxoxoxoxoxoxoxox

Ano Exercício

Conta Valor

Receita de Vendas 100.000,00

(-)Custo Prod. Vendido - CPV 30.000,00

(=)Lucro Bruto 70.000,00

(-)Despesas OperacionaiS 27.000,00

De Vendas 20.000,00

Administrativas 5.000,00

Financeiras Líquidas 2.000,00

(=)Lucro Operacional 43.000,00

(+/-)Resultado não Operacional 2.000,00

(=) Lucro Líquido antes do IR 45.000,00

(-) Provisão para o IR 10.000,00

(=)Lucro Líquido após o IR 35.000,00

(-) Participação dos Empregados 10.000,00

(=) Lucro Líquido do Período 25.000,00

a) ReceitasEntradas de elementos para o ativo da empresa, na forma de bens ou direitos que sempre provocam um aumento da situação líquida.

b) Despesas Gastos incorridos para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As des-pesas podem diminuir o ativo e/ou aumentar o passivo exigível, mas sempre provocam diminuições na situação líquida.

c) Prejuízos acumuladosConta que registra as perdas acumuladas da entidade, já absorvidas pelas demais reservas ou lucros acumulados.

d) Lucros acumuladosResultado positivo acumulado da entidade, legalmente fi cam em des-taque, mas tecnicamente, enquanto não distribuídos ou capitalizados, podem ser considerados como reservas de lucros.

1.6. Resultado operacional (lucro ou prejuízo opera-cional):

Aquele que representa o resultado das atividades, principais ou acessó-rias, que constituem objeto da pessoa jurídica

Balanço Patrimonial

Empresa : xoxoxoxoxoxoxoxoxox

Ano Exercício

Ativo Passivo

Circulante 40.000,00 Circulante 38.000,00

Disponível 20.000,00 Fornecedores 15.000,00

Caixa 15.000,00 Contas a Pagar 10.000,00

Aplicação 5.000,00 Imposto de Renda a Pagar

3.000,00

Clientes 8.000,00 Participações a Pagar 5.000,00

Clientes 8.000,00 Dividendos a Pagar 2.000,00

Estoques 12.000,00 Empréstimo Curto Prazo 3.000,00

Estoque Produto Aca-bado

10.000,00 Exigível a Longo Prazo 30.000,00

Estoque Matéria Prima A 2.000,00 Empréstimo Longo Prazo 30.000,00

Permanente 60.000,00 Patrimônio Líquido 32.000,00

Máquinas 30.000,00 Capital Social 28.000,00

Prédios e Instalações 40.000,00 Lucros Acumulados no Ano

4.000,00

(-) Depreciação Acumu-lada

10.000,00

Total do Ativo 100.000,00 Total do Passivo 100.000,00

2. MetrologiaA defi nição formal de metrologia, palavra de origem grega, é:

• Metron = medida

• Logos = ciência

Portanto, metrologia é a ciência da medição. Trata dos conceitos bá-sicos, dos métodos, dos erros e sua propagação, das unidades e dos padrões envolvidos na quantifi cação de grandezas físicas.

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inovação em tubos e conexões

Metrologia também diz respeito ao conhecimento dos pesos e medi-das e dos sistemas de unidades de todos os povos, antigos e modernos.

2.1. Áreas da metrologiaA metrologia está dividida em três grandes áreas:

a) Metrologia científi ca Utiliza instrumentos laboratoriais, pesquisas e metodologias científi cas que têm por base padrões de medição nacionais e internacionais para o alcance de altos níveis de qualidade metrológica.

b) Metrologia industrial Sistemas de medição que controlam processos produtivos industriais e são responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos acabados.

c) Metrologia legalRelacionada a sistemas de medição usados nas áreas de saúde, segu-rança e meio ambiente.

2.2. InstrumentaçãoInstrumentação é o conjunto de técnicas e instrumentos usados para observar, medir e registrar fenômenos físicos. A instrumentação preo-cupa-se com o estudo, o desenvolvimento, a aplicação e a operação dos instrumentos.

MediçãoConjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza.

MedidaÉ o valor correspondente ao valor momentâneo da grandeza a medir no instante da leitura. A leitura é obtida pela aplicação dos parâmetros do sistema de medição à leitura e é expressa por um número acompa-nhado da unidade da grandeza a medir.

Grandezas Atributo de um fenômeno, corpo ou substância que pode ser quali-tativamente distinguido e quantitativamente determinado. O termo “grandeza” pode referir-se a:

a) Grandezas em um sentido geral:

• Comprimento

• Tempo

• Temperatura b) Grandezas específi cas:

• Comprimento de uma barra

• Resistência elétrica de um fi o

• Concentração de etanol em uma amostra de vinhoc) Grandeza de mesma natureza:

• Podem ser classifi cadas, uma em relação à outra, em ordem crescen-te ou decrescente, são denominadas grandezas de mesma natureza.

• Podem ser agrupadas em conjuntos de categorias de grandezas:

• Trabalho, calor, energia

• Espessura, circunferência, comprimento de onda

Os símbolos das grandezas são dados na norma ISO 31.

Unidades de medidaGrandeza específi ca, defi nida e adotada por convenção, com a qual outras grandezas de mesma natureza são comparadas para expressar suas magnitudes em relação àquela grandeza. Unidades de medida têm nomes e símbolos aceitos por convenção, assim, o símbolo de uma unidade de medida (sinal convencional) de-signa esta unidade de medida.

Exemplos:a) m é o símbolo do metrob) A é o símbolo do ampère.

O Sistema de Unidades de medida é um conjunto das unidades de base e unidades derivadas, defi nido de acordo com regras específi cas, para um dado sistema de grandezas.

Exemplos:a) Sistema Internacional de Unidades SI;b) Sistema de Unidades CGS.

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inovação em tubos e conexões

Sistema internacional de unidades (SI) É um conjunto de defi nições utilizado em quase todo o mundo mo-derno, que visa uniformizar e facilitar as medições.

3. Unidades geométricas3.1. Metro

As unidades de medição primitivas estavam baseadas em partes do corpo humano, que eram referências universais, pois fi cava fácil che-gar-se a uma medida que podia ser verifi cada por qualquer pessoa. Foi assim que surgiram medidas padrão como a polegada, o palmo, o pé, a jarda, a braça e o passo.

Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas do corpo do rei.

O Antigo Testamento da Bíblia é um dos registros mais antigos da his-tória da humanidade. E lá, no Gênesis, lê-se que o Criador mandou Noé construir uma arca com dimensões muito específi cas, medidas em cô-vados. O côvado era uma medida-padrão da região onde morava Noé, e é equivalente a três palmos, aproximadamente, 66 cm.

Há cerca de 4.000 anos, os egípcios usavam, como padrão de medi-da de comprimento, o cúbito: distância do cotovelo à ponta do dedo médio. Como as pessoas têm tamanhos diferentes, o cúbito variava de uma pessoa para outra, ocasionando as maiores confusões nos resul-tados nas medidas.

Nos séculos XV e XVI, os padrões mais usados na Inglaterra para medir comprimentos eram a polegada, o pé, a jarda e a milha. Na França, no século XVII, ocorreu um avanço importante na questão de medidas. A Toesa, que era então utilizada como unidade de medida linear, foi padronizada em uma barra de ferro com dois pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris. Uma toesa é equivalente a seis pés, aproxima-damente, 182,9 cm.

Inicia-se um movimento no sentido de estabelecer uma unidade na-tural que pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser facilmen-te copiada, constituindo um padrão de medida. Havia também outra exigência para essa unidade: ela deveria ter seus submúltiplos estabe-lecidos segundo o sistema decimal. Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.

O sistema decimal já havia sido inventado na Índia, quatro séculos antes de Cristo.

Protótipo Internacional do Metro de 1889 (1ª CGPM) a 1960, quando a defi nição da unidade metro foi alterada, e desde então pode ser repro-duzido em laboratório; desde 1983 o metro é obtido por meio de um equipamento que utiliza um laser estabilizado.

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02 M A T E M Á T I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

Sendo assim o metro é a distância entre os eixos de dois traços princi-pais marcados na superfície neutra do padrão internacional deposita-do no B.I.P.M. (Bureau Internacional dês Poids et Mésures), na tempera-tura de zero grau Celsius e sob uma pressão atmosférica de 760 mmHg e apoiado sobre seus pontos de mínima fl exão.

• Metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, du-rante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo.

• No século XIX, vários países já haviam adotado o sistema métrico. No Brasil, o sistema métrico foi implantado pela Lei Imperial nº 1157, de 26 de junho de 1862.

• Estabeleceu-se, então, um prazo de dez anos para que padrões anti-gos fossem inteiramente substituídos.

Plural do nome: metros Símbolo: mGrandeza: comprimento (a extensão de um objeto considerado na sua maior dimensão).

Metro cúbicoDefi nição - Volume de um cubo cuja aresta tem 1 metro de compri-mento.Plural do nome: metros cúbicosSímbolo: m³Grandeza: volume (a quantidade de espaço ocupada por um corpo. Volume tem unidades de tamanho cúbicas como, por exemplo, cm³, m³, in³).

Metro quadradoDefi nição - Área de um quadrado cujo lado tem 1 metro de compri-mento.Plural do nome: metros quadradosSímbolo: m²Grandeza: área (medida da superfície de uma fi gura geométrica).

Metro por segundoDefi nição - Velocidade de um móvel que, em movimento uniforme percorre a distância de 1 metro em 1 segundo. Plural do nome: metros por segundoSímbolo: m/sGrandeza: velocidade (a relação entre espaço percorrido e tempo de percurso, no movimento uniforme).

Segundo Defi nição - Duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspon-dente à transição entre os dois níveis hiperfi nos do estado fundamen-tal do átomo de césio 133. Plural do nome: segundosSímbolo: sGrandeza: tempo (um determinado período considerado em relação aos acontecimentos nele ocorridos).

Metro cúbico por segundoDefi nição - Vazão de um fl uído que, em regime permanente através de uma superfície determinada, escoa o volume de 1 metro cúbico do fl uído em 1 segundo.Plural do nome: Metros cúbicos por segundoSímbolo: m³/sGrandeza: vazão (o volume de um fl uido que escoa através da seção transversal de um conduto por unidade de tempo).

3.2. Instrumentos de mediçãoDispositivos destinados a reproduzir ou fornecer, de maneira perma-nente durante seu uso, um ou mais valores conhecidos de uma dada grandeza.

Metro articuladoO metro articulado é um instrumento de medição linear, fabricado em madeira, alumínio ou fi bra, que contém graduação conforme o sistema métrico universal.

Page 29: Apostila Senai 2012

29

M A T E M Á T I C A B Á S I C A02

inovação em tubos e conexões

Régua metálica A régua apresenta-se normalmente em forma de lâmina de aço-carbo-no ou de aço inoxidável. Nessa lâmina estão gravadas as medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm), conforme o sistema métrico, ou em polegada e frações, conforme o sistema inglês.

TrenaInstrumento de medição constituído por uma fi ta de aço, fi bra ou te-cido, graduada em uma ou em ambas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês, ao longo de seu comprimento, com traços trans-versais.

Paquímetro O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensõeslineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fi xo, sobre a qual desliza um cursor.

• Paquímetro universal: é utilizado em medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos.

• Paquímetro universal com relógio: o relógio acoplado ao cursor faci-lita a leitura, agilizando a medição.

• Paquímetro com bico móvel: empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes.

• Paquímetro de profundidade: serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos.

• Paquímetro duplo: serve para medir dentes de engrenagens.

• Paquímetro digital: utilizado para leitura rápida, livre de erro de para-laxe, e ideal para controle estatístico.

Micrômetro É um instrumento de medição linear, que possibilita a realização de medições de centésimos e milésimos de mm. O micrômetro mede com exatidão a espessura de revestimentos na construção civil e tem grande uso na indústria mecânica, medindo toda a espécie de objetos, como peças de máquinas.

Tipos de micrômetros

• Profundidade

• Arco profundo

• Com disco nas hastes

• Para medição de roscas

• Interno

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30

02 M A T E M Á T I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

Leitura no micrômetro1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.2º passo - leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.3º passo - leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor.

4. GeometriaÉ a matemática que estuda as formas, planas e espaciais, com as suas propriedades.

Triângulo

Cálculo da ÁreaÁrea= b x h/2 Se, b = 8m e h = 6 m

A = 8×6/2A = 24,00m²

Cálculo da Hipotenusad = b² + h²d = 8² + 6²d = 64 + 36

d = 100

d = 10m

Calculo do Perímetro P = b + h + dP = b + h + b² + h²P = 8 + 6 + 8² + 6²P = 8 + 6 + 64 +36

P = 8 + 6 + 100P = 8 + 6 + 10

P = 24 m

Quadrado

Cálculo do PerímetroPerímetro = 4 x L Se, L = 5m

P = 4 x 5A = 20m

Cálculo da DiagonalD = 2 x L²D = 2 x 5²D = 2 x 25

D = 50

D = 7,07m

Calculo da Área Área = L x L ou L²

Se, L = 5m

A = 5²A = 5 x 5P = 25 m²

Retângulo

Cálculo do PerímetroPerímetro = 2 x (b + h) Se, b = 8m e h = 6m

P = 2 x (8 + 6)P = 28m

Cálculo da DiagonalD = b² + h²D = 8² x 6²D = 64 + 36

D = 100

D = 10m

Calculo da Área Área = b x hSe, b = 8m e h = 6m

A = 8 x 6Área = 48 m²

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31

M A T E M Á T I C A B Á S I C A02

inovação em tubos e conexões

Círculo

Cálculo da ÁreaÁrea = π x r²Sendo: π = 3,1415Se, D = 4m, então r = 2mÁrea = 3,1415 x 2²

Área = 3,1415 x 2 x 2Área = 3,1415 x 4

Área = 12,56m²

Cálculo do PerímetroPerímetro da circunferência = 2 x π x rSendo: π = 3,1415Se, D = 4m, então r = 2m

P = 2 x 3,1415 x 2

D = 12,56m

Cubo

Cálculo da Área da SuperfícieA = 6 x a²Se, a = 2mA = 6 x (2²)A = 6 x 4A = 24m²

Cálculo do VolumeD = a3

Se a = 2mV = 23

V = 8m3

Cálculo da Aresta Quantidade = 12Comprimento = 12 x aCa = 12 x 2Ca = 24m

Paralelepípedo

Cálculo da Área da SuperfícieA = 2 [(a x b) + (a x c) + (b x c)]Se a = 2m, b = 3m e c = 4mA = 2 x [(2 x 3) + (2 x 4) + (3 x 4)]A = 2 x [(6 + 8 + 12)]A = 52m²

Cálculo do VolumeV = a x b x cSe a = 2m, b = 3m e c = 4mV = 2 x 3 x 4V = 24m3

Cálculo da Aresta Quantidade = 12Comprimento = (4 x a) + (4 x b) + (4 x c)Ca = (4 x 2) + (4x3) + (4 x 4)Ca = 8 + 12 + 16Ca = 36m

Cilindro

Cálculo da Área LateralÁrea = 2 x π x r x hSe, r = 2m e h = 4mÁrea = 2 x 3,1415 x 2 x 4A = 50,26m²

Cálculo da Área da BaseÁrea = π x r2

Sendo π = 3,1415Se, D = 4m, então r = 2mÁrea = 3,1415 x 22

Área = 3,1415 x 2 x 2Área = 3,1415 x 4A = 12,56m²

Page 32: Apostila Senai 2012

32

02 M A T E M Á T I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

Cálculo da Área TotalÁrea = 2 x π x r x (h + r)Sendo π = 3,1415 e h = 4mSe, D = 4m, então r = 2mÁrea = 2 x 3,1415 x 2 x (4+2)A = 75,40m²

Cálculo do VolumeV = π x r2 x hV = 3,1415 x 22 x 4V = 50,26m3

Cilindro oco

Cálculo do Volume (pelo raio menor)π = 3,1415R = 4mr = 3mh = 6mV = π x h x (R2 - r2)

V = 3,1415 x 6 x (42 - 32)V = 3,1415 x 6 x (16 - 9)V = 3,1415 x 6 x 7 A = 131,94m3

Cálculo da Área Lateralπ = 3,1415R = 4mr = 3mh = 6m

A = 2 x π x h x (R + r) A = 2 x 3,1415 x 6 x (4 + 3) A = 2 x 3,1415 x 6 x 7 V = 263,89m2

Tronco de cone

Cálculo da Área Lateral (comprimento do lado)π = 3,1415R = 4mr = 3mL = 6m

A = π x L x (R + r) A = 3,1415 x 6 x (4 + 3) A = 3,1415 x 6 x 7A = 131,94m2

Cálculo da Área Lateral (pela altura)π = 3,1415R = 4mr = 3mh = 6m A = π x (R + r) x h2 + (R - r)2

A = 3,1415 x (4 + 3) x 62 + (4 - 3)2 A = 3,1415 x 7 x 36 + 1A = 21,99 x 6,082

V = 133,74m2

Cálculo do Volumeπ = 3,1415R = 4mr = 3mL = 6mV = [(π x L)/3] x [R2 + r2 + (R x r)]

V = [(3,1415 x 6)/3] x [42 + 32 + (4 x 3)] A = (18,84/3) x (16 + 9 + 12) A = 6,28 x 37

A = 232,36m3

Page 33: Apostila Senai 2012

33

M A T E M Á T I C A B Á S I C A02

inovação em tubos e conexões

Anotações

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Page 34: Apostila Senai 2012

34

02 M A T E M Á T I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

Anotações

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 35: Apostila Senai 2012

COBERTURA

4˚ PAV.

3˚ PAV.

2˚ PAV.

1˚ PAV.

PAV.

Sistema de recalquepara águas pluviais

Grelha em rampade estacionamento

Condutor horizontal

Ralo da áreaexterna Destino

FinalTÉRREO

Ralo de balcão

Sacada

Sacada

Grelha decobertura

2˚ PAV.

1˚ PAV.

PAV.

Sistema de recalque

Grelha em rampade estacionamento

Condutor horizontal

Ralo da áreaexterna

1

2 4

56

67

8

9

3

35

03Hidráulica Básica

Soluções Amanco

Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidráulico

1 - Uso racional de água 36

2 - Equipamentos economizadores 38 de água

3 - Conceitos utilizados em 38 instalações hidráulicas prediais

4 - Tipos de instalação 44

5 - Leitura e interpretação de 44 projetos hidráulicos

6 - Normas técnicas 53

inovação em tubos e conexões

Page 36: Apostila Senai 2012

36

03 H I D R Á U L I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

1. Uso racional da águaA Terra possui 1,4 milhões de quilômetros cúbicos de água, mas apro-ximadamente 2,5% deste total é doce. Os rios, lagos e reservatórios de onde a humanidade retira o que consome só correspondem a 0,36% desse percentual. Daí a necessidade de preservação dos recursos hí-dricos. Em todo mundo, 10% da utilização da água vai para o abasteci-mento público, 23% para a indústria e 67% para a agricultura.Água é fonte da vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos. Nós dependemos dela para viver.

1.1. Disponibilidade de água e seus usos

a) Uso doméstico

A água é utilizada para beber, preparar alimentos, cuidar da higiene pessoal, da habitação e das roupas, além de irrigar hortas e criar ani-mais. Ela deve ser de primeira qualidade e preencher os requisitos de potabilidade.

b) Uso público

A água é utilizada para a limpeza de ruas, avenidas e praças públicas, irrigação de parques e jardins, prevenção de incêndios, recreação, en-tre outros.

c) Uso industrial

A água é utilizada para gerar energia, mover máquinas, resfriar peças, fabricar bebidas e alimentos.

d) Uso rural

A água é utilizada para a irrigação de plantações e a criação de animais de um modo geral.

1.2. Água no Brasil

O Brasil tem a maior reserva hidrológica do planeta:

• 11, 6 % da água doce disponível no planeta;

• 53% dos recursos hídricos da América do Sul;

• 80% concentram-se na Amazônia, onde vivem apenas 5 % dos habi-tantes do país;

• Os 20% restantes abastecem 95% dos brasileiros;

• O consumo per capita no país dobrou em 20 anos;

• A disponibilidade de água fi cou três vezes menor;

• Cada brasileiro possui, em tese, 34 milhões de litros ao ano;

• Conforme as estimativas da ONU é possível se levar uma vida con-fortável com 2 milhões de litros ao ano.

E por ter tanta água, o desperdício também é grande.

Pelas contas do Ministério do Planejamento, perdem-se até 40% dos 10,4 milhões de litros distribuídos anualmente pelo país.

• Cerca de 30% da água tratada é perdida em vazamentos pelas ruas;

• A grande São Paulo desperdiça 10 m³ de água por segundo;

• Várias cidades de SP, RJ, BA, PE, GO e MG convivem com oferta anual inferior a 2 milhões de litros por habitante.

Terra25%

Água75%

Oceanos97,3%

Geleirase águas

subterrâneas2,34%

Disponívelpara consumo

humano0,36%

Page 37: Apostila Senai 2012

03

37

H I D R Á U L I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

E os principais fatores de infl uência no desperdício de água são:

• Comportamentais: torneira da pia aberta, tomar banhos interminá-veis ou lavar calçadas com jatos de água;

• Sociais: concentração da população nas cidades, crescimento da população maior que a capacidade de fornecimento;

• Políticos e legais: legislação pouco abrangente, baixa implementa-ção de programa de uso.

Usando a água racionalmente

O uso racional da água é defi nido como as práticas, as técnicas e as tecnologias que aperfeiçoam a efi ciência no uso da água e reduzem o seu consumo, atendendo as mesmas necessidades.

O uso racional e responsável da água é fundamental para o futuro da humanidade, uma vez que os mananciais existentes vêm sofrendo maiores pressões em razão de fatores como o crescimento demográfi -co e o desenvolvimento das atividades humanas.

Um bom exemplo para a racionalização de água é a individualização da água em edifícios, que ajuda na redução do consumo. Além disso, tem outros objetivos como:

• Proporcionar justiça social, onde cada morador paga somente a água que consome;

• Detectar vazamentos, analisando a regularidade de consumos;

• Minimizar o desperdício de água no condomínio.

1.3. Gerenciamento de consumo da água

É a atividade de estudo, planejamento e implementação de programas de uso racional da água, que prevê medidas como:

a) Técnica

• Projetos, instalações, equipamentos, medição e manutenções espe-cifi cos

• Exploração, reuso, reciclagem, tratamento

• Racionalizar exploração e consumo

b) Comportamental

• Educação, conscientização

• Campanhas, ensino, consumo

• Reduzir consumo

1.4. Reuso da água

O reaproveitamento ou reuso da água é o processo pelo qual a água, tratada ou não, é reutilizada para o mesmo ou outro fi m. Essa reutiliza-ção pode ser direta ou indireta, decorrente de ações planejadas ou não.

Reuso indireto não planejado

Acontece quando a água, utilizada em alguma atividade humana, é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada a jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada.

Reuso indireto planejado

Quando os efl uentes, depois de tratados, são descarregados de forma planejada em corpos de águas superfi ciais ou subterrâneos, para ser utilizados a jusante, de maneira controlada, no atendimento de algum uso benéfi co.

Reuso planejado ou reuso intencional

Quando o reuso da água é resultado de uma ação humana consciente, a partir de uma descarga de efl uentes, podendo ser de forma direta ou indireta. Neste caso, pressupõe-se a existência de um sistema de trata-mento de efl uentes que atenda aos padrões de qualidade requeridos pelo uso objetivado.

Reciclagem de água

É o reuso interno da água em um determinado processo, antes de sua descarga em um sistema geral de tratamento ou outro local de dispo-sição.

Page 38: Apostila Senai 2012

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03 H I D R Á U L I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

2. Equipamentos economizadores de águaSão equipamentos dotados de dispositivos que têm por fi nalidade re-duzir o consumo de água no sistema hidráulico predial. A utilização destes equipamentos proporciona uma economia que varia de 32% a 72%.

A instalação de produtos que gastam menos água e mantém o nível de conforto de seus usuários contribui para preservação dos recursos naturais. São importantes também porque quando utilizamos menos água, reduzimos a quantidade de esgotos gerados, proporcionando melhores condições de saúde para toda a comunidade.

Comparando alguns produtos hidráulicos prediais convencionais com produtos economizadores de água, percebemos a redução no consu-mo de água.

Tabela comparativa de consumo de água

Produto Tempo(Min.)

Baixa Pressão 2 a 10 m.c.a. Casa/

Sobrado

Alta Pressão 10 a 40 m.c.a.

Apart./Indústria

Dispositivos Economizado-

res de ÁguaChuveiro 5

1075 l

150 l100 l120 l

70 l140 l

Torneira deLavatório

15

10 l50 l

20 l100 l

8 l40 l

Misturador de Cozinha

15

60 l120 l

100 l200 l

30 l60 l

Torneira de jardim/tanque

510

60 l120 l

100 l200 l

40 l80 l

Mictório c/ Registro

0,250,50

2,5 l5,0 l

3,75 l7,5 l

2 l4 l

Em geral, esses produtos são utilizados em locais públicos e áreas co-muns de prédios comerciais e residenciais, como academias, aeropor-tos, ambulatórios, clínicas, colégios e faculdades, cozinhas industriais, ginásios e estádios, hotéis, indústrias, restaurantes, shoppings, termi-nais rodoviários, ferroviários e metrô, entre outros.

Eles têm como principal característica, um temporizador de saída de água ou até mesmo acionamento de diferentes quantidades de água para a limpeza dos aparelhos sanitários.

3. Conceitos utilizados em instalaçõeshidráulicas prediais3.1. Força

A força (F) pode ser entendida como um esforço exercido sobre um objeto. Por exemplo, para que possamos empurrar um carro, temos que realizar um esforço. A este esforço aplicado denomina-se Força.

Ela pode ser grande ou pequena dependendo do “tamanho” do esfor-ço que temos que fazer como no exemplo, é preciso muito mais força para empurrar um carro (1) do que uma moto (2).

A unidade de medida da força é o quilograma-força (kgf ) ou Newton (N), sendo que 1 kgf = 9,80 N.

A força é um conceito de grande importância quando se fala de Hi-dráulica. A água, como qualquer outro objeto, tem peso. E o peso da água quando é acumulada em reservatórios e tanques, ou mesmo quando é transportada em tubos e canais, causa uma força contra as paredes dos mesmos. Por isso entender a noção de força é necessário para compreender como a água atua nos sistemas prediais.

Em hidráulica, as forças exercidas pelos líquidos estão associadas à área (A) onde os líquidos estão contidos. Essa relação é conhecida como pressão (P).

3.2. Área

A área é a quantidade de espaço existente em uma superfície.

Quando aplicado à Hidráulica, a área por onde a água passa está ligada a quantidade de água que percorre um determinado tubo ou com a quantidade de água que fi ca reservada em uma caixa.

Existem várias unidades de medida de área, sendo as mais utilizadas o metro quadrado (m²), centímetro quadrado (cm²) e quilômetro qua-drado (km²).

3.3. Pressão

A Pressão (P) é a quantidade de Força (F) que foi aplicada em uma de-terminada área (A). Para uma intensidade de força, quanto menor for a área onde ela se distribuiu, maior será a pressão por ela exercida.

Área

P = F A

F

a) Pressão hidrostáticaA pressão hidrostática estuda as forças exercidas pelo líquido contido em reservatórios, como é o caso da água. O peso que a água exerce força as paredes e o fundo do recipiente no qual ela está contida, ge-rando uma pressão.

(1)

(2)

F

F

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03

39

H I D R Á U L I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

Por exemplo, um copo de água em cima de uma balança provoca um peso e também uma força. Cada vez que for colocada mais água, maior será a altura de água no copo, maior será a força aplicada e maior será a pressão.

Percebemos nesse exemplo que quanto maior a altura da água no copo, maior é a distância do fundo à superfície, e maior será a pressão.

Essa é chamada de Teoria dos Vasos Comunicantes

Por isso a pressão só depende da profundidade do reservatório e não importa o formato, nem as dimensões. Colocando água em um vaso com comunicação entre as partes de diversas formas verifi camos que a altura da água será a mesma em todas.

Quando trabalhamos com tubulações, a altura de água no tubo é co-nhecida como coluna d’água. Essa altura é denominada altura mano-métrica, e expressa em metros (m), ou suas derivadas.

Outra propriedade importante, é que quando aumentamos a pressão sobre a superfície de um líquido, esse aumento se transmite a todos os seus pontos e também às paredes do recipiente que o contém, ou seja, em qualquer ponto no interior de um líquido em repouso, a pres-são é a mesma em todas as direções.

F

h

Mais águano copo

Mais peso e maiora altura de águano mesmo copo

Mais pressão

F

H

ALTURA2

ALTURA1

Como medir?A pressão hidrostática é medida com o manômetro.

A unidade de medida pode ser :

Unidade Valor Leganda

kgf/cm2 1 Quilograma-força porcentímetro quadrado

m.c.a. 10 Metros de coluna d´água

lb/pol2p.s.i. 14,2 Libras por polegada

quadrada

kPa 100 Quilo Pascal

MPa 0,1 Mega Pascal

bar 0,98 Pressão barométrica

Na prática vamos pensar que é preciso fazer um trabalho em um edifí-cio de 10 andares e para isso é necessário medir a pressão na torneira do lavatório.

Como você faria?Basta substituir a torneira por um manômetro e fazer a leitura. E mais, você saberia dizer qual a altura desse ponto até a caixa d’água?

Sim, por exemplo, o manômetro marcou 1 kgf/cm² = 10 mca, portanto 10 metros de distância desse ponto até o nível máximo de água na caixa d’água.

b) Pressão dinâmicaA água tem comportamentos diferentes quando está em repouso e quando está em movimento. Já estudamos a pressão da água em re-pouso, que é a pressão hidrostática.

Agora vamos conhecer a pressão da água em movimento, conhecida como pressão dinâmica.

Page 40: Apostila Senai 2012

40

03 H I D R Á U L I C A B Á S I C A

inovação em tubos e conexões

Em duas partes diferentes de um tubo vamos colocar 2 tubos peque-nos abertos com o fundo no mesmo nível e que servem como medi-dores de pressão. Quando a água está em repouso observa-se que nos 2 tubos ela sobe até a mesma altura, pois a diferença de pressão entre dois pontos de um líquido em repouso depende somente da diferença de altura entre eles (situação a).

Porém se o líquido estiver em movimento observa-se que quanto maior a bitola do tubo que transporta a água, maior é a pressão. Como o aumento da bitola corresponde a uma redução na velocidade, con-clui-se que a pressão será maior onde a velocidade for menor (situação b).

Isso nos ensina que a pressão dinâmica é maior quanto menor for a velocidade da água e que quando reduzimos a bitola de um tubo em uma rede de água fria, existe uma perda de pressão, conhecida como perda de carga. O conceito de perda de carga é muito importante e será estudado mais a frente.

Norma Brasileira

Segundo a NBR 5626:

• A pressão estática em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição deve ser inferior a 400kPa (40m.c.a.).

• A pressão dinâmica em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição deve ser superior a 5kPa (0,5m.c.a.).

(a) (b)

Qual dos dois reservatórios tem maior pressão?

Nenhum dos dois! A pressão é a mesma, pois ambos tem a mesma altura manométrica!

c) Pressão de serviçoPressão de serviço é a pressão máxima que pode existir na rede para que um tubo, conexão, válvula, registro ou outros dispositivos sejam utilizados em condições normais.

A pressão insufi ciente, abaixo da mínima, ocasiona o mau funciona-mento dos aparelhos; por exemplo, a válvula de descarga não terá a vazão necessária para funcionar e o chuveiro não propiciará o conforto esperado, pois não apresentará a vazão mínima.

No caso de pressão acima da permitida, a tubulação e suas conexões estarão em risco, além dos aparelhos, por exemplo, os aquecedores, que apresentam pressão máxima de serviço. A NBR 5626 fornece uma tabela de pressões dinâmicas e estáticas nos pontos de utilização, a seguir apresentada, com esses limites.

Tabela – pressões dinâmicas e estáticas nos pontos de utilização

Peças de utilização estáticaPressão dinâmica Pressão estática

Min(m.c.a.)

Max(m.c.a.)

Min(m.c.a.)

Max(m.c.a.)

Aquecedor de alta pressão 0,5 40 1 40

Aquecedor de baixa pressão 0,5 40 1 5

Bebedouro 2 40 - -

Chuveiro de DN 20 mm 2 40 - -

Chuveiro de DN 25 mm 1 40 - -

Torneira 0,5 40 - -

Torneira de boia para descarga de DN 20 mm

1,5 40 - -

Torneira de boia para descarga de DN 25 mm

0,5 40 - -

Torneira de boia para reservatórios 0,5 40 - -

Válvula de descarga de alta pressão (B) (B) (C) 40

Válvula de descarga de baixa pressão 1,2 - 2 (C)

Notas:A: 1m.c.a. = 10kPaB: O fabricante deve especifi car a faixa de pressão dinâmica que garanta vazão mínima

de 1,7 l/s e máxima de 2,4 l/s nas válvulas de descarga de sua fabricação.C: O fabricante deve defi nir esses valores para a válvula de descarga de sua produção,

respeitando as normas específi cas.

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inovação em tubos e conexões

Tipos de projetos em relação à pressão

Existem basicamente dois grupos de projetos em relação a pressão de água e de situações distintas: construções térreas e os edifícios com vários pavimentos. Vejamos cada um deles separadamente.

a) Construções térreas

As construções térreas ou sobrados e até mesmo pequenos edifícios apresentam situações em que há necessidade de verifi car a pressão máxima, pois a simples observação da tabela de pressões nos pon-tos de utilização indica valores máximos iguais a 40m.c.a., totalmente fora da faixa de trabalho deste grupo. Portanto, só resta ser verifi cada a pressão mínima (p min > 0,5 m.c.a.).

Os pontos críticos de pressão mínima do sistema (situações mais des-favoráveis) ocorrendo sempre no pavimento mais elevado, mais próxi-mo do reservatório, e nas peças que necessitam mais pressão (válvula de descarga), ou no ponto mais desfavorável geometricamente, o chu-veiro, visto ser o ponto mais alto do sub-ramal, portanto, o ponto mais próximo do reservatório.

Cada cômodo com instalação hidráulica deve ser analisado em cada caso individualmente, para se verifi car a situação mais desfavorável, em cada caso, e a pressão mínima do sistema para essa situação e as-sim as demais peças, em situação geométrica mais favorável, estarão atendidas. A altura do reservatório poderá ser previamente fi xada (por razões arquitetônicas, por exemplo, reservatório localizado sob a co-bertura) ou defi nida pelo projeto hidráulico.

b) Edifícios com vários pavimentos

Além dos pontos de pressão mínima, idênticos aos das residências, há os pontos onde ocorrerá pressão máxima em edifícios altos, exa-tamente o pavimento mais baixo, razão pela qual se deve limitar o cálculo a cerca de treze pavimentos (considerando o pé direito de 3m), o que daria prédios com altura de 39m; além desse valor, pode-se instalar reservatórios intermediários ou válvulas redutoras de pressão, de modo a solucionar a questão; portanto, feito isso resta apenas a verifi cação da pressão mínima.

A altura do reservatório poderá ser previamente fi xada (por razões arquitetônicas, por exemplo, sobre o apartamento da cobertura) ou defi nida pelo projeto hidráulico, o que raramente ocorre.

Pelo que já foi exposto, a questão restringe-se primeiro à verifi cação da pressão mínima. Para esta, há duas soluções básicas:

• Altura do reservatório a ser defi nida: efetua-se o cálculo, determina-do a altura mínima necessária;

• Altura predeterminada do reservatório: efetua-se o cálculo, com base na situação geométrica existente, determinando os diâmetros mínimos necessários para obter a pressão mínima.

c) Caso particular de edifícios altos

Em edifícios de grande altura devem ser tomadas precauções espe-ciais para limitação da pressão e da velocidade da água em função de: ruído, sobrepressões provenientes de golpe de aríete, manutenção e limite de pressão nas tubulações e nos aparelhos de consumo, limita-da pela NBR 5626 em 40m.c.a. Portanto, não se pode ter mais de treze pavimentos convencionais (pé-direito de 3m x 13 = 39m), abastecidos diretamente pelo reservatório superior, sem a necessária proteção da instalação.

Nos esquemas a seguir estão soluções alternativas para esse caso, com a utilização de válvulas redutoras de pressão ou de reservatórios inter-mediários.

3.4. Velocidade de escoamento

A velocidade (v) é a medida da rapidez com que um corpo muda sua posição em um determinado tempo.

As unidades de medida mais conhecidas para expressar a velocidade são o metro por segundo (m/s) e quilômetro por hora (km/h). A relação entre essas unidades de medida é 1 m/s = 3,6 km/h.

Quando falamos na velocidade de líquidos em tubulações, muitas variáveis devem ser consideradas como:

• Quanto maior o diâmetro, menor a velocidade. Aumento e redução de diâmetro na rede causam variação na velocidade.

• A rugosidade provoca redução da velocidade.

• Quanto maior a velocidade, maior da perda de carga.

• Corrosão ou formação de crosta e entupimentos reduz a velocidade.

• Quanto maior a velocidade, menor a pressão no tubo, independen-te da inclinação.

• Quanto mais inclinado o tubo estiver, maior a velocidade do líquido.

3.5. Vazão

Defi ne-se por vazão, o volume de líquido que se escoa através de de-terminada seção transversal de uma tubulação em um determinado tempo. Isto signifi ca que a vazão é a rapidez com a qual um volume escoa. As unidades adotadas são geralmente o m³/s, m³/h, l/h ou o l/s.

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inovação em tubos e conexões

Como exemplo da relação entre velocidade e vazão, para enchermos um balde de 20 litros em um minuto, teremos uma vazão de 20 l/min. Para sabermos o consumo de um banho por exemplo, nesta vazão, se o banho for de 10 minutos, gastaremos então 200 litros de água (20 l/

min X 10 min).

3.6. Golpe de aríete

Se um líquido, ao passar por uma calha, tiver seu caminho bruscamen-te interrompido, seu nível subirá rapidamente, passando a escorrer pelos lados.

Se essa situação ocorrer em um tubo “fechado”, o líquido obstruído não tem por onde sair e provocará um aumento da pressão contra as pare-des do tubo, caracterizando o golpe de aríete.

Outras situações podem causar o golpe de aríete são:

• A água ao descer com velocidade elevada é bruscamente interrom-pida pelo fechamento de alguma válvula ou registro.

• Variação da pressão da rede hidráulica na rede de água da conces-sionária.

• Equipamentos hidráulicos como máquinas de lavar roupas, registros de esfera, válvulas de descarga e bombas em edifícios são muito antigos.

Portanto, o golpe de aríete é o aumento instantâneo de pressão da água dentro da tubulação, causado por uma perturbação, voluntária ou não.

É possível relacionar esse fenômeno com os principais conceitos em hidráulica, e o golpe de aríete será maior quando:

• O equipamento hidráulico for fechado rapidamente.

• Tiver aumento da pressão.

• A velocidade de escoamento aumentar.

Nas instalações prediais, o golpe de aríete tem como principal conse-quência danos nos equipamentos hidráulicos, como fadiga das cone-xões, rompimentos por microfuro, tensionamento, ruptura de tubula-ções, problemas em bombas, registros e válvulas.

Veja como o fenômeno ocorre passo a passo:

Q = 20 L/min

Q = 20 L/min

Consumo = 200 L

20 litros1 minuto

10 minutos

a) Válvula fechada: apenas a pressão nominal atua dentro da coluna.

b) Válvula aberta: a água desce, aumentando sua velocidade dentro do tubo. A pressão hidrostática contra as paredes reduz ao máximo.

c) Fechamento rápido da válvula: interrupção brusca da água, que causa violento impacto na válvula e equipamentos. E tam-bém vibrações e fortes pressões que tendem a dilatar o tubo.

Para saber se existe golpe de aríete, verifi que barulhos ao acionar as válvulas de descarga ou ligar o chuveiro.

A maneira de descobrir é utilizar um manômetro, sabendo que a pressão estática máxima permitida nas instalações prediais é 4 kgf/cm² (40 m.c.a.), se for encontrado valor maior para a pressão no local me-dido, é provável que o golpe de aríete esteja ocorrendo.

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inovação em tubos e conexões

Quando for detectado que existe excesso de pressão e confi rmado o golpe:

• Regule as válvulas de descarga a cada 6 meses, evitando o fecha-mento brusco.

• Troque as válvulas de fechamento rápido da edifi cação, pois em geral a válvula que causou o rompimento não foi a do apartamento que apresentou o vazamento, mas a de outro andar.

• Instale válvula redutora de pressão no ramal, no hidrômetro ou na bomba, regulando a pressão de saída.

3.7. Conduto livre e sob pressãoa) Conduto livre - é aquele no qual o líquido dentro da tubulação está sujeito apenas à pressão atmosférica. Neste caso, o líquido que escoa não preenche toda a seção do tubo.

Um conduto livre pode ser um canal, um rio ou uma tubulação sem pressão, como o escoamento de esgotos sanitários e águas pluviais.

b) Conduto sob pressão ou forçado - são os tubos e conexões que tra-balham sob pressão positiva ou negativa.

Neste caso, o líquido preenche toda a seção do tubo e faz pressão con-tra sua parede interna. O fator determinante neste caso é a perda de energia (ou perda de carga).

Todos os sistemas de tubulações prediais de água fria, água quente, de incêndio e gás são considerados condutos sob pressão.

3.8. Perda de carga

Vamos imaginar que a água que escoa por um tubo seja composta por muitas bolinhas. Durante seu movimento, as bolinhas adquirem uma velocidade, fi cam agitadas e turbulentas, causando choques entre si e contra as paredes do tubo, causando o que conhecemos como atrito.

O atrito e a turbulência fazem com que exista uma resistência ao movi-mento da água e assim ocorre a perda de energia. Essa perda de ener-gia se traduz em perda de pressão e é denominada perda de carga.

água

ar

Dessa maneira além da altura da coluna d’água, a perda de carga tam-bém infl uencia na pressão que estará disponível no equipamento hi-dráulico.

As principais causas da perda de carga são:

• Traçados de tubulações: quanto maior o comprimento da rede, maior será a perda de carga.

• Número de conexões: quanto mais conexões, maior será a perda de carga.

• Rugosidade: quanto mais rugosas forem as paredes internas dos tu-bos, maior será a perda de carga.

• Quanto menor forem os diâmetros dos tubos, maior será a perda de carga.

Assim, para que seu cliente tenha maior pressão nos pontos de água:

• Diminua o traçado das tubulações.

• Faça um caminho o mais reto possível.

• Utilize tubos de PVC, que são menos rugosos.

• Prefi ra curvas soldáveis ao invés de joelhos.

• Evite redução excessiva de diâmetro.

A perda de carga pode ser:

• Localizada: as perdas pontuais, ocorridas nas conexões e registros e pela elevação da turbulência nestes locais;

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inovação em tubos e conexões

• Distribuída: perda de carga ao longo da tubulação por atrito da água

com a tubulação e com suas próprias partículas.

Paredes internas mais lisas = Menor atrito = Menor perda de carga;Paredes internas rugosas = Maior atrito = Maior perda de carga.

4. Tipos de instalaçãoa) Tubulações suspensas ou aéreas:

• Fixar com abraçadeiras ou suportes.

• Mais utilizadas para instalações de água fria e esgoto.

DiâmetroSoldável

DiâmetroRoscável (máx.) Espaçamento

20 mm 1/2" 0,80 metro

25 mm 3/4" 0,90 metro

32 mm 1" 1,10 metros

40 mm 1 1/4" 1,30 metros

50 mm 1 1/2" 1,50 metros

60 mm 2" 1,60 metros

75 mm 2 1/2" 1,90 metros

85 mm 3" 2,10 metros

110 mm 4" 2,50 metros

b) Tubulações enterradas:

• Assentadas em: terreno resistente ou sobre base apropriada, sem detritos nem materiais pontiagudos

• Mais utilizadas para instalações de esgoto.

L L

c) Tubulações embutidas:

• Ficam independentes da alvenaria.

• Devem permitir movimentação.

• Deixam uma abertura na alvenaria maior que a do diâmetro do tubo.

5. Leitura e interpretação de projetos hidráulicosUm projeto é o conjunto de desenhos que demonstram as representa-ções gráfi cas constituídas de linhas e símbolos que traduzem tecnica-mente aquilo que se pretende construir.

• Nos projetos aparecem os desenhos, as medidas e outras informa-ções, como os detalhes construtivos;

• Os projetos são elaborados seguindo normas técnicas, regulamen-tadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

• Normalmente para a execução de uma edifi cação são elaborados os projetos de arquitetura, de fundação, de estruturas, de instalações hidro-sanitárias, elétricas e telefônicas.

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5.1. Escala

São dimensões ou distâncias marcadas nas plantas ou projetos, equi-valentes às distâncias reais. Para compreender os projetos, é necessário saber como funcionam as escalas.

Por exemplo: se possuímos uma escala 1:50, signifi ca que o desenho será 50 vezes menor que a realidade, ou seja, 1 cm medido no desenho,corresponde a 50 cm reais.

Outros exemplos são:

• Escala 1:100 signifi ca que 1 cm no desenho representa 1 metro na realidade

• Escala 1:20 signifi ca que 5 cm no desenho representa 1 metro na realidade

As escalas são utilizadas para reduzir as medidas permitindo que o pro-jeto possa ser representado em um papel de tamanho menor.As réguas convencionais são na escala 1:1, então para desenhar um projeto em uma escala 1:1 seria necessário um papel de tamanho realao que se deseja construir, o que seria inviável.

Escalímetro

É o instrumento que possui réguas com diferentes escalas, utiliza-do para medir e fazer desenhos em escalas ampliadas ou reduzidas.

Para se determinar distâncias não contidas no projeto, utilizamos o es-calímetro, onde são encontradas geralmente as seguintes escalas: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125.

1 m

1 m

5.2. Traço

Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir contraste uns com os outros.

Esses traços possuem espessuras para cada tipo de utilização, além de seus tipos básicos que podem ser:

• Traço contínuo: São as linhas comuns, utilizadas na grande maioria do desenho e também podem possuir espessuras diferentes para cada representação.

• Traço interrompido: Representa um elemento de desenho “invisível”, ou seja, que esteja além do plano de corte.

• Traço ponto: Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicati-vas de planos de corte.

5.3. Folha de projeto (Prancha)

As normas em vigor, editadas pela ABNT, adotam a seqüência “A” de folhas, partindo da folha A0, com área de aproximadamente 1,0 m².

Confi guração da folha de projeto

5.4. Projeto hidráulico

É composto de: memorial descritivo e justifi cativo, memorial de cál-culo, especifi cações de materiais e equipamentos, desenhos, relação de materiais e equipamentos, orçamentos, enfi m, todos os detalhes necessários ao perfeito entendimento do projeto.

Etapas do Projeto

a) Memorial Descritivo: deve apresentar de forma clara e resumida a descrição geral do projeto, as normas utilizadas durante a execução do mesmo, indicar particularidades e prioridades de trechos para execu-ção, também relacionar as descrições dos desenhos.

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b) Memorial de Cálculo: deve apresentar os critérios e normas adotadas no cálculo dos elementos do projeto. As prescrições específi cas para cada projeto são obtidas junto ao item dimensionamento.

c) Especifi cações de Materiais e Equipamentos: deve apresentar todas as características dos serviços, materiais e equipamentos, não deixando nenhuma dúvida quanto ao material a ser adquirido e utilizado.

No caso de pequenas construções, muitas vezes a escolha do material é por conta do instalador hidráulico que deverá sempre utilizar marcas de qualidade, para sua segurança.

d) Desenhos: devem seguir as normas brasileiras para desenho técnico. As plantas baixas e cortes baseiam-se nas plantas do projeto arquite-tônico e as perspectivas isométricas e detalhes são próprias do projeto hidráulico.

Exemplo de planta baixa:

Exemplo de corte:

Elementos do desenho

As plantas hidráulicas são as representações das tubulações e apare-lhos sanitários, que possuem legendas para sua identifi cação:

Legenda

BS Bacia Sanitária

CH Chuveiro

CV Coluna de Ventilação

LAV Lavatório

RG Registro de Gaveta

RP Registro de Pressão

RS Ralo Sifonado

CS Caixa Sifonada

a) Plantas de água fria e quenteAs plantas de água fria e quente são representadas por 2 tipos básicos de planta:

• Vista em elevação: É uma vista da parede onde está localizada a tu-bulação hidráulica, nos cômodos como banheiros, cozinhas e lavande-rias. Também tem escala 1:20 ou 1:25.

• Plantas Isométricas: É a planta em perspectiva, que mostra toda a tubulação, os pontos de saída d’água, conexões existentes no projeto, entre outros elementos. Com essas informações, é possível fazer o le-vantamento da lista de material. Escala 1:20 ou 1:25.

Nota: Para que se diferencie a linha de água quente da linha de água fria, utiliza-se a mudança de traço, utilizando o traço interrompido como água quente e traço contínuo para água fria.

R.G. CH.

R.P.

B.S.

LAV.

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b) Plantas de esgoto sanitárioA apresentação de uma planta de esgoto é feita geralmente em escala 1:20 ou 1:25, onde podemos observar os detalhes das tubulações.

C.S.

B.S.

C.V.

CH.LAV

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c) Planta de águas pluviais

COBERTURA

4˚ PAV.

3˚ PAV.

2˚ PAV.

1˚ PAV.

PAV.

Sistema de recalquepara águas pluviais

Grelha em rampade estacionamento

Condutor horizontal

Ralo da áreaexterna Destino

FinalTÉRREO

Caixa de areia

Ralo de balcão

Sacada

Sacada

Grelha decobertura

1

2 4

56

67

8

9

3

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inovação em tubos e conexões

Representação de residências e edifi cações

a) ResidênciasPara residências ou construções térreas, é possível fazer uma represen-tação ampla das colunas de água até os pontos de consumo.

b) Edifi cações No caso de edifícios com vários andares apresenta-se um corte para demonstração das prumadas que são representadas por linhas e sem escala. Este corte serve para verifi car as alturas e os pontos de entrada em cada andar do prédio.

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inovação em tubos e conexões

Esquema da tubulação de esgoto de uma edifi cação

5.5. Altura da instalação

Altura dos pontos de utilização dos principais aparelhos e peças a partir do piso acabado.

Chuveiro 2,00m a 2,20m

Registro de chuveiro 1,15m a 1,35m

Ponto de água para lavatório 60cm a 65cm

Ponto de água para bidê 15cm a 20cm

Ponto de água para tanque 1,10m a 1,20m

Ponto de água para pia 1,10m a 1,20m

Ponto de água para fi ltro 1,50 a 1,90m

Registro para fi ltro 1,10m a 1,20m

Válvula de descarga 1,00 a 1,10m

Bacia sanitária 35cm

Ducha higiênica 30 a 60cm

Obs.: Se houver projeto, devemos acatar as medidas do mesmo.

Alimentação e distribuição de reservatório domiciliar

Altura dos pontos de água e de esgoto

• TQ (tanque)

• AF (água fria): 110 cm

• ESG (esgoto): 58 cm

• VCR (vaso sanitário)

• AF (água fria): 33,5 cm

• DM (ducha higiênica)

• AF (água fria): 50 cm

• LV (lavatório banheiro)

• AF (água fria): 60 cm

• ESG (esgoto): 58 cm

• PIA (cozinha e tanque)

• AF (água fria): 60 cm

• ESG (esgoto): 58 cm

• AF (água fria): 210 cm

• MLR (máquina lavar roupa)

• AF (água fria): 90 cm

• ESG (esgoto): 90 cm

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inovação em tubos e conexões

Distância da parede ao centro do ponto do esgoto no pisoNome Abreviação Medida (cm)Bidê com parede do fundo Bi. 20Lavatório com coluna com parede do fundo Lav. 18Bacia sanitária com parede do fundo B.S. 30Bacia sanitária com parede lateral B.S. 40Bacia sanitária com caixa acoplada comparede do fundo

B.S. 31

Distância da paredeNome Abreviação Medida (cm)Lavatório Lav. 55Máquina de lavar louça Mll. 70Máquina de lavar roupa Mlr. 80 a 90Pia de cozinha Pi. 50Tanque Tq. 38

5.7. Símbolos e abreviaturas para projetos

O quadro a seguir indica os principais símbolos que são encontrados em projetos de instalações da água e de esgoto. Conhecer estes sím-bolos é importante para interpretar corretamente um projeto.

ÁguaSímbolo Nome Abreviação

Tubulação de água fria AFTubulação de água quente AQTubulação para incêndio CI

Curvas 90° e 45° C

Joelhos 90° e 45° J

Tê 90° T

Junção 45° Y

Cruzeta CRZ

Redução RD

Torneira de boia TB

União U

Luva L

Tê com saída para cima TSC

Tê com saída para baixo TSB

Joelho ou curva voltado para baixo JCB

Joelho ou curva voltado para cima JCC

Junção com o derivante para cima JC

Junção com o derivante para baixo JB

Registro de pressão RP

Registro de gaveta RG

Registro de gaveta com canopla RGC

Torneira de pressão TP

Válvula de descarga VD

Válvula de retenção horizontal VRH

Válvula de retenção vertical VRV

Válvula de pé VP

Hidrante HD

Hidrômetro H

Bomba de recalque BR

Veja a seguir o esquema de um lavatório com a representação das re-

des de água fria, água quente e esgoto.

5.6. Pontos de alimentação

Os quadros a seguir indicam as alturas e as distâncias de pontas de água e esgoto em instalações hidráulicas.

Altura do piso acabado ao ponto de água

Nome Abreviação Medida (cm)

Banheira Ban. 30

Bidê Bi. 15

Caixa de descarga convencional Cd. 220

Chuveiro Ch. 210

Ducha higiênica D.Hig. 40

Filtro convencional Fi 220

Filtro Europa ou similar Fi. 120

Lavatório Lav. 60

Máquina de lavar louça Mll. Grande 70 Pequena 110

Pia de cozinha Pi. 110

Registro da banheira 70

Registro de chuveiro 130

Registro para fi ltro para talha 130

Registro geral 180

Tanque Tq. 10

Torneira de jardim Tj. 50

Torneira de lavagem Tl 40

Válvula de descarga (fl uxo automático) V.F.A. 110

Vaso/Bacia sanitária V.S./B.S. 33

Bacia sanitária com caixa acoplada do centro da bacia sanitária Observação:

Ponto à esquerda

15

Bacia sanitária com caixa acoplada do centro do piso

25

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inovação em tubos e conexões

EsgotoSímbolo Nome Abreviação

Tubulação primária TPTubulação de ventilação TVTubulação secundária TS

Tubo ventilador TV

Tubo operculado TO

Plug P

Válvula de retenção VR

Ralo sifonado ou caixa sifonada com grelhas

RS

Ralo R

Poço de visita PV

Caixa retentora especial CRE

Caixa de inspeção CI

Sifão S

Caixa sifonada CS

Caixa retentora de gordura (dupla) CGS

Fossa F

Caixa de passagem CPs

Colunas

Tubo que sobe

Tubo que desce

Tubo de queda

5.8. Detalhes de projeto

Perspectiva da tubulação hidráulicaO projeto de instalações de água fria é composto por um detalhe de projeto chamado de “perspectiva” ou “isométrica”. A planta isométrica indica o percurso das tubulações, com os respecti-vos diâmetros, altura e comprimento. Esse desenho tem como objetivo facilitar o levantamento de material para orçamento e compra, bem como facilitar o entendimento do projeto para execução.

Detalhe de montagem da tubulação de esgotoEsses detalhes fazem parte de um projeto hidrossanitário, procurando representar como a obra deve ser construída.

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inovação em tubos e conexões

Detalhe de instalação do bacia com caixa acoplada1) Bacia sanitária com caixa acoplada.2) Assento sanitário.3) Tubo de PVC rígido soldável marrom φ 20 mm.4) Tubo de ligação fl exível φ ½ “x 30cm.5) Joelho de PVC 90º soldável com bucha de latão φ 20 x ½“.6) Tê em PVC soldável φ variável.7) Projeção de dois parafusos de fi xação de tocos de madeira com

bucha plástica.8) Curva de raio curto PVC DN 100 mm.9) Tubo de PVC DN 100 mm.10) Tubo de PVC DN 100 mm com ponta superior rente ao piso acaba-

do.11) Ligação para saída da bacia sanitária (vedação).

6. Normas técnicasAs instalações hidráulicas devem ser projetadas e executadas de acor-do com as normas técnicas, os regulamentos e leis vigentes. A principal norma técnica é a NBR 5626 (Instalações prediais de água fria). A NBR 5626 indica as cores que devem ser utilizadas nas tubulações. São elas:

Padrão de cores das tubulações

Prediais Industriais

Vermelho Incêndio Incêndio

Verde Água fria Água fria

Amarelo Gás Gases não liquefeitos

Laranja Água quente Ácido

Marrom Águas pluviais -

Branco Ar comprimido Vapor

Cinza claro - Vácuo

Cinza escuro Eletricidade Eletricidade

Lilás - Álcalis

Azul - Ar comprimido

Preto Esgoto Infl amáveis e combustí-veis de alta viscosidade

Detalhe de instalação da pia1) Cuba.2) Torneira diâmetro (φ) ½ “.3) Luva de PVC com bucha de latão φ 25x ½ “.4) Tubo de PVC soldável 20mm x 20cm.5) Tê em PVC soldável φ variável.6) Válvula para pia φ 1“x 2”.7) Sifão para pia φ 1” x 1½ “.8) Cotovelo 90º PVC com anel de borracha DN 50mm.9) Luva simples DN 50mm.10) Tubo de PVC DN 50mm.11) Tubo de ligação fl exível φ ½ “x 20cm.

Detalhe de instalação do chuveiro1) Chuveiro elétrico automático.2) Braço para chuveiro elétrico com canopla φ ½ “x 40 cm.3) Joelho de redução 90º soldável com bucha de latão φ 25x½“.4) Tubo de PVC φ 25 mm.5) Luva de PVC soldável com rosca φ 25x ¾ “.6) Registro de pressão cromado com canopla φ ¾ “.7) Adaptador de PVC soldável curto com bolsa e rosca para registro

φ 25x ¾ “.8) Tê de PVC soldável φ variável.

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Anotações

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5504Instalações Prediais

Soluções Amanco

Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidráulico

8 - Sistema predial de água quente 80

9 - Sistema predial de esgoto 92 sanitário

10 - Sistema predial de águas pluviais 111

11 - Considerações importantes 123 sobre tubos e conexões

12 - Detectando vazamentos 128

1 - Plásticos 56

2 - Sistemas hidráulicos prediais 57

3 - Sistema predial de água fria 58

4 - Reservatórios 68

5 - Aparelhos sanitários 74

6 - Registros e válvulas 76

7 - Poço artesiano e semi-artesiano 80

inovação em tubos e conexões

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inovação em tubos e conexões

1. Plásticos• A palavra “plástico” deriva do grego plastikos, que signifi ca “próprio

para ser moldado ou modelado”.

• De acordo com o Dicionário de Polímeros (Andrade et al., 2001), plástico é o “termo geral dado a materiais macromoleculares que podem ser moldados por ação de calor e/ou pressão".

• Tanto os egípcios quanto os romanos usaram materiais resinosos, como seladores e cimento.

• Um dos plásticos mais antigos efetivamente criado foi descoberto por Alexander Parkes, em Birmingham, na Inglaterra, em 1862. Numa ten-tativa de imitar marfi m ele misturou a nitro-celulose, recentemente descoberta, com cânfora, na presença do álcool.

Os plásticos são classifi cados em:

• Termoplásticos: aqueles materiais capazes de serem moldados vá-rias vezes devido à sua capacidade de se tornarem fl uidos sob ação da temperatura e depois retornarem às características anteriores, quando há um decréscimo de temperatura. Exemplos: PVC, PP, PE, poliestireno (isopor) e nylon.

• Termorrígidos: materiais maleáveis apenas no momento da fabri-cação do objeto. Depois de prontos não há como remodelá-los, já que as cadeias macromoleculares estão unidas entre si por ligações químicas (reticulação). Exemplos: resinas de poliéster (piscinas), ba-quelite (bolas de bilhar) e resinas epóxi (cola, massa epóxi).

PVC (Policloreto de Vinila)

O PVC é um plástico muito versátil e leve, características que facilitam o seu manuseio e aplicação.

Dentre as suas principais características destacam-se:

• Leveza (1,4 g/cm³), o que facilita seu manuseio e aplicação

• Resistência à ação de fungos, bactérias, insetos e roedores

• Resistência à maioria dos reagentes químicos

• Bom isolamento térmico, elétrico e acústico

• Resistência a choques

• Impermeabilidade a gases e líquidos

• Resistência às intempéries (sol, chuva, vento e maresia)

• Durabilidade: sua vida útil em construções é superior a 50 anos

• Não propagação de chamas: é autoextinguível

• Versatilidade

• 100% reciclável e reciclado

• Fabricação com baixo consumo de energia

• Atóxico

Campos de Aplicação

Nas últimas décadas, o policloreto de vinila, mais conhecido como PVC, tornou-se parte do vocabulário de consumidores e encanadores, subs-tituindo, a partir dos anos 1960, os velhos tubos de ferro. E não foi por acaso. Elemento mais comum entre as famílias de tubos e conexões, o PVC compõe a maioria das instalações de água fria no Brasil e reina absoluto quando o assunto é esgoto. A construção civil e arquitetura são responsáveis pelo consumo de mais de 60% do mercado brasileiro de PVC. No mundo, o percentual se mantém similar.

Aprovado por órgãos como ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e FDA (Food and Drug Administration) entre outros, o PVC é utilizado em setores sensíveis como:

• Área médica (bolsas de sangue e soro, tubos para transfusão e he-modiálises, artigos cirúrgicos, cateteres, luvas etc.);

• Alimentos, onde é utilizado como embalagem, acondicionando os alimentos com segurança, impedindo que a umidade e as bactérias os estraguem.

O PVC é constituído de:

• Resina de PVC;

• Carbonato de cálcio: carga que adicionada à resina de PVC traz al-guns benefícios como, por exemplo, aumento da estabilidade di-mensional e aumento da dureza;

• Estabilizante: serve para dar resistência ao PVC durante o processa-mento evitando a sua degradação. No produto acabado ele apre-senta resistência ao intemperismo;

• Pigmento: função estética e de proteção à radiação UV, melhorando sua resistência ao intemperismo.

Origem do PVC

• O cloreto de vinila, matéria-prima base da produção do PVC, foi sintetizado pela primeira vez em 1835, no laboratório do cientista alemão Justus Von Liebig;

• O PVC é um material que se diferencia por não ser feito 100% de petróleo. Ele é constituído de 57% de seu peso em cloro (derivado do cloreto de sódio, o sal de cozinha) e 43% de eteno (derivado do petróleo);

Torre de Destilação de Petróleo:

Este é o princípio da obtenção de um dos componentes que mais tarde se tornará a resina PVC.

A medida em que o petróleo é aquecido, os componentes vão se separando na torre de acordo com seu ponto de ebulição. Um dos gases de topo é o etileno, também conhecido como eteno.

O eteno em conjunto com um outro componente chamado cloro, formará um monômero chamado MVC.

O processo de obtenção do cloro é por eletrólise.

Cloro + Eteno = MVC

MVC = monômero de cloreto de vinila.

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inovação em tubos e conexões

Gases de topo

Gasolina

Querosene

Gasóleo

Óleo para aquecimento

Óleos pesados

Resíduos

Petróleo em Bruto Aquecido

Tabuleiros

Os compostos condensados com um determinado pon-to de ebulição se depositam em cada um dos tabuleiros

Produção do PVC

Resina de PVC

SodaCáusticaÁgua + Sal

Eletrólise

Mistura PVC + Aditivos

Composto de PVC

Cloro

Etileno

Refi nação

MONÔMERO DE CLORETO DE

VINILA

Mas até aqui obtivemos o monômero de cloreto de vinila.Para obtermos o policloreto de vinila necessitamos de um pro-cesso chamado polimerização, que consiste em dentro de um rea-tor com temperatura e pressão, adicionarmos no MVC um ativador, transformando atráves de uma reação química o Monômero em Polímero.

Entrada de Matéria-

Prima

Armazenagem de Matéria-

-Prima

Mistura das Matérias-

-Primas (Resina,

carbonato etc...)

Armazenagem de Compostos

Abasteci-mento das Extrusoras e Injetoras

2. Sistemas hidráulicos prediaisAs instalações hidráulicas prediais têm como fi nalidade fazer a distri-buição da água e a coleta do esgoto, garantindo o consumo de água para todos e a retirada e encaminhamento dos esgotos para os locais adequados e determinados.

Os sistemas prediais hidrossanitários se dividem em:

• Abastecimento de água fria

• Abastecimento de água quente

• Coleta de esgoto

• Escoamento pluvial

2.1. Interdependência entre sistemas de abasteci-mento de água, de esgoto e pluviais com as instala-ções hidráulicas prediais

Áreas de utilização de água e geração de esgoto

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inovação em tubos e conexões

Ponto de utilização da água

3. Sistema predial de água friaÉ o conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos destinados ao abastecimento de água de boa qualidade, em quanti-dade e temperatura controláveis pelo usuário, para a sua adequada utilização.

Esse sistema tem como objetivo:

• Contínuo fornecimento de água aos usuários e em quantidade sufi -ciente;

• Armazenar ao máximo a um custo mais baixo possível;

• Minimizar ao máximo os problemas decorrentes da interrupção do funcionamento do sistema público;

• Limitar as pressões;

• Limitar as velocidades a valores adequados para evitar vazamentos ou ruídos indesejáveis.

Para esse tipo de instalação existe a Norma NBR 5626, que recomenda:

• Preservar a potabilidade da água.

• Promover economia de água e energia.

• Garantir o fornecimento contínuo de água.

• Evitar ruídos.

O sistema predial de água fria é dividido em 2 partes:

a) Ambiente externo: entrada e fornecimento de água pela rede pú-blica.

• Executado pela concessionária pública com a colocação do kit cava-lete e hidrômetro (medidor de consumo).

b) Ambiente interno: instalação e distribuição da água dentro da edi-fi cação.

• Toda instalação predial dentro da edifi cação.

• Sua distribuição de água pode ser direta, indireta e mista:

Sistema de distribuição diretoA alimentação dos aparelhos, torneiras e peças da instalação predial é feita diretamente através da rede pública.

• Vantagens: menor custo de instalação.

• Desvantagens: falta de água no caso de interrupção; grande varia-ção de pressão ao longo do dia; limitação de vazão; maior consumo.

Sistema de distribuição indireto, sem bombeamento

A água da rede pública é levada diretamente para um reservatório e a alimentação da edifi cação será descendente (de cima para baixo), ou seja, o reservatório abastece os pontos de consumo. Esse sistema é utilizado quando a pressão da rede é sufi ciente, mas sem continuidade.

• Vantagens: fornecimento contínuo de água; permite a instalação de válvula de descarga.

• Desvantagens: maior custo de instalação.

Sistema de distribuição indireto, com bombeamento

A água da rede pública é armazenada em um reservatório inferior e bombeada para outro mais alto, denominado reservatório superior. A água é distribuída a partir do reservatório superior, no sentido descen-dente, ou seja, do reservatório até os pontos de consumo.

É utilizado quando a pressão é insufi ciente para levar a água até o úl-timo pavimento do edifício e há descontinuidade de fornecimento de água, que é o caso mais usual em edifícios, é necessário o uso de bom-bas de recalque.

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• Vantagens: fornecimento de água contínuo; pequena variação de pressão nos aparelhos; golpe de aríete desprezível; permite a instala-ção de válvula de descarga; menor consumo de água.

• Desvantagens: possibilidade de contaminação da água reservada; menores pressões; maior custo de instalação.

Sistema de distribuição indireto hidropneumático

Este processo dispensa o reservatório superior e a distribuição é ascen-dente, a partir de um reservatório de aço onde a água fi ca pressurizada. A escolha por um sistema hidropneumático para distribuição de água depende de inúmeros fatores, destacando-se os aspectos arquitetôni-cos e estruturais, facilidade de execução e instalação das canalizações e localização do reservatório inferior.

Sistema de distribuição misto

Neste processo parte da instalação é alimentada diretamente pela rede de distribuição pública e parte indiretamente. pelo reservatório supe-rior.

• Vantagens: água de melhor qualidade devido ao abastecimento di-reto em torneiras para fi ltro, pia e cozinha e bebedouros; permite a instalação de válvula de descarga; o fornecimento de água é manti-do contínuo no caso de interrupções no sistema de abastecimento ou de distribuição.

• Desvantagem: maior custo de instalação.

3.1. Componentes

a) Rede predial de distribuição

Conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribui-ção, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos pontos de utilização.

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b) Ramal predial e de alimentação

Ramal predial ou ramal externo é o trecho que liga a rede pública de abastecimento ao cavalete da edifi cação (conjunto de tubos, conexões e registro para a instalação do hidrômetro). Esta ligação é executada pela própria concessionária da região da obra. Para isto o proprietário deverá enviar um requerimento ao órgão.

O alimentador predial é o trecho que compreende o fi nal do cavalete até a torneira de boia no reservatório que pode ser superior ou inferior.

c) Reservatório inferior

Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação ele-vatória, destinado a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória.

d) Conjunto elevatório

Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a água para o reservatório de distribuição.

e) Reservatório superior

Reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição de água.

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f) Barrilete

Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de distribuição.

g) Coluna de distribuição

Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.

Compreende as tubulações que partem do barrilete alimentando os ramais. São tubulações verticais.

Segundo a NBR 5626, caso essas tubulações abasteçam aparelhos pas-síveis de retrossifonagem (pressão negativa ou refl uxo, como as vál-vulas de descarga), devem dispor de proteção conforme o sistema de distribuição indireta por gravidade.

Para os aparelhos passíveis de retrossifonagem:

a) Podem ser instalados em coluna, barrilete e reservatório indepen-dentes, previstos com fi nalidade exclusiva de abastecê-los;

b) Podem ser instalados em coluna, barrilete e reservatórios comuns a outros aparelhos ou peças, desde que seu sub-ramal esteja protegi-do por dispositivo quebrador do vácuo, nas condições previstas na sua instalação;

c) Podem ser instalados em colunas, barrilete e reservatórios comuns a outros aparelhos ou peças, desde que a coluna seja dotada de tu-bulação, executada de acordo com as características:

• Ter diâmetro igual ou superior ao da coluna, de onde deriva;

• Ser ligada à coluna a jusante (refl uxo) do registro de passagem exis-tente;

• Haver uma para cada coluna que serve a aparelho possível de pro-vocar retrossifonagem;

• Ter sua extremidade livre acima do nível máximo admissível do re-servatório superior.

Considerando que qualquer uma das alternativas satisfaz à Norma, o item C, sendo o de mais fácil e econômica execução, é o normalmente adotado. O ponto de ligação da tubulação da ventilação com a coluna de distribuição será sempre localizado a jusante do registro da coluna, garantindo-se a continuidade da ventilação, desde o ramal de alimen-tação dos pontos de utilização.

No caso do sistema de distribuição direta ou da indireta hidropneumá-tica, os aparelhos passíveis de provocar retrossifonagem só podem ser instalados com seu sub-ramal devidamente protegido.

Cada coluna deverá conter um registro de fechamento, posicionado a montante do primeiro ramal.

h) Ramal

Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.

i) Sub-ramal

Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do apare-lho sanitário.

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inovação em tubos e conexões

3.1. Tubos e conexões

3.1.1. Linha soldável

O sistema é composto por tubos de PVC, na cor marrom, com compri-mentos comerciais de 3 e 6 metros, nos diâmetros de 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85 e 110 mm. Os tubos estão dimensionados para pressão de serviço de 750 kPa (= 7,5 kgf/cm² = 75 m.c.a.) à temperatura de 20°C.

É aplicado em instalações prediais de água fria permanentes, embuti-das em paredes ou aparentes em locais cobertos.

Junta soldável - a união do sistema é feita através da solda com adesivo

plástico.

Junta soldável

Materiais utilizados

• Tubos soldáveis

• Conexões para tubos soldáveis

• Solução limpadora

• Adesivo plástico

• Estopa

• Lixa d'água

Execução de junta soldável

Passo 1: Corte o tubo no esquadro e chanfre a ponta.

Passo 2: Lixe a extremidade do tubo e o interior da conexão até tirar o brilho, para melhorar a aderência do Adesivo Plástico Amanco.

Passo 3: Limpe as superfícies lixadas com Solução Limpadora Aman-co, eliminando as impurezas que podem impedir a ação do adesivo plástico.

Passo 4: Aplique uma camada fi na e uniforme de Adesivo Plástico Amanco na parte interna da bolsa, cobrindo apenas um terço da mes-ma, e uma camada igual (um terço) na parte externa do tubo.

Obs.: não exagere na quantidade de adesivo plástico.

O excesso ou a falta de adesivo é prejudicial!

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inovação em tubos e conexões

Passo 5: Junte as duas peças, forçando o encaixe até o fundo da bol-sa, sem torcer.

Lembre-se:

• É importante retirar o excesso de Adesivo Plástico após a soldagem, pois isso pode acarretar em problemas futuros.

• Além disso, deve-se aguardar uma hora para liberar o fl uxo de água e 12 horas para submeter a tubulação à pressão.

Manutenção com luvas simples

Permite consertar os tubos no próprio local do vazamento, quando o rompimento for pequeno.

Passo 1: Remova o revestimento da parede.

Passo 2: Retire um segmento do tubo danifi cado no tamanho um pouco menor do que a luva.

Passo 3: Após o corte, retire as rebarbas das pontas do tubo utilizando uma rasqueta ou lixa d’água, e lixe as pontas e as bolsas da luva.

Passo 4: Limpe as partes lixadas com a Solução Limpadora Amanco.

Passo 5: Passe o Adesivo Plástico Amanco nas pontas dos tubos e na luva.

Adesivo plástico extra forte

O Adesivo Plástico Extra Forte da Amanco apresenta muitas vantagens e benefícios. Observe:

• Maior resistência na soldagem: Tempo de pega mais lento, porém atingindo uma resistência maior do que os adesivos comuns, se compararmos a resistência dos dois produtos medidos no mesmo instante após a aplicação;

• Rastreabilidade: cor avermelhada permite visualizar a aplicação do produto;

• Tempo de pega mais lento: Facilita correções no ato da instalação, sendo o ideal para tubos de grandes diâmetros.

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inovação em tubos e conexões

Produtos Amanco

a) Tubo soldável

Bitola B D L (m) e

20 32 20 3 e 6 1,5

25 32 25 3 e 6 1,7

32 32 32 3 e 6 2,1

40 40 40 3 e 6 2,4

50 50 50 3 e 6 3,0

60 60 60 3 e 6 3,3

75 70 75 3 e 6 4,2

85 76 85 3 e 6 4,7

110 91 110 3 e 6 6,1

b) ConexõesJoelho de redução 90º soldável

Bitola A B D d

25 x 20 29,5 29 25 20

Joelho 90º soldável

Bitola A D

20 27,5 20

25 32,5 25

32 40 32

40 47 40

50 58,2 50

60 66 60

75 83 75

85 93,5 85

110 119 110

Tê soldável com rosca na bolsa central

Bitola A B D d

20 x 1/2" 55 27 20 1/2

25 x 1/2" 60 27,3 25 1/2

25 x 3/4" 66 28,6 25 3/4

Tê soldável com bucha de latão na bolsa central

Bitola A B D d

20 x 1/2" 57 28,5 20 1/2

25 x 1/2" 60 30 25 1/2

25 x 3/4" 66 33 25 3/4

Luva de redução soldável

Bitola A D1 D2

25 x 20 38 25 20

32 x 25 44 32 25

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inovação em tubos e conexões

Bucha de redução soldável longa

Bitola A D d

32 x 20 41,4 32 20

40 x 20 48,7 40 20

40 x 25 49,0 40 25

50 x 20 57,9 50 20

50 x 25 58,3 50 25

50 x 32 59,0 50 32

60 x 25 67,3 60 25

60 x 32 68,2 60 32

60 x 40 68,8 60 40

60 x 50 68,6 60 50

75 x 50 82,3 75 50

85 x 60 91,9 85 60

110 x 60 116,1 110 60

110 x 75 117,6 110 75

Adaptador soldável curto com bolsa e rosca para registro

Bitola A D d

20 x 1/2" 34 20 1/2”

25 x 3/4" 37,9 25 3/4"

32 x 1" 44,7 32 1”

40 x 1.1/4" 54 40 1.1/4”

50 x 1.1/2" 59,5 50 1.1/2”

60 x 2” 71,6 60 2”

75 x 2.1/2" 83,9 75 2.1/2”

85 x 3" 91,6 85 3”

110 x 4" 110,8 110 4”

3.1.2. Linha roscável

O sistema é composto por tubos de PVC, na cor branca, com compri-mento comercial de 6 metros, nos diâmetros de 1/2”, 3/4”, 1”, 1 1/4”, 1 1/2” e 2” (referencial).

Os tubos estão dimensionados para pressão de serviço de 750 kPa(= 7,5 kgf/cm² = 75 m.c.a.) à temperatura de 20°C, mas possuem paredes com espessuras maiores que a linha soldável para compensar uma par-te da espessura da parede que é perdida ao efetuar a abertura de rosca.

O sistema é aplicado em instalações prediais de água fria, instala-ções provisórias ou em locais que necessitem ser desmontados com frequência.

Junta roscável - a união do sistema é feita por rosca utilizando a fi ta veda-rosca.

Junta roscável

Materiais utilizados

• Tubos roscáveis

• Conexões para tubos roscáveis

• Fita veda rosca

• Tarraxa

• Morsa

Execução da junta roscável

Passo 1: A extremidade do tubo deve estar isenta de rebarbas e o cor-

te deve estar no esquadro.

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inovação em tubos e conexões

Passo 2: Em seguida, deve-se prender o tubo na morsa, sem deformá-lo.

Passo 3: Monte a tarraxa observando a colocação correta do cossinete.

Passo 4 : Colocar a tarraxa no tubo, fazendo pressão com uma das mãos e girando a ferramenta no sentido horário.

Passo 5: O desenvolvimento da rosca deverá ser executado dando--se uma volta para frente e retornando-se um quarto de volta. A bolsa desenvolvida no tubo deve ter o mesmo comprimento da bolsa onde for interligada.

Passo 6: Repita até que a ponta do tubo fi que rente ao cossinete.

Passo 7: Limpe bem e aplique a Fita Veda Rosca no sentido da rosca, ou seja, no sentido horário. Se eventualmente houver uma rosca es-querda, deve-se passar a fi ta veda rosca no sentido anti-horário.

Passo 8: Fique atento para que cada volta ultrapasse a outra em 0,5 cm, num total de voltas sufi ciente para vedar totalmente à junta.

Passo 9: Instale a conexão realizando aperto manual. Na execução da junta roscável, não é a força do aperto que faz a vedação, mas sim o material certo bem aplicado.

Execução de instalações com rosca

Passo 1: Verifi que se o padrão de rosca das peças a serem unidas é compatível.

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inovação em tubos e conexões

Passo 2: Aplique a Fita Veda Rosca Amanco no sentido horário, sobre a rosca da ponta a ser unida.

Passo 3: Corte e pressione a fi ta sobre a rosca para que fi que fi rme. Cuidado para não deixar sobras de fi ta na extremidade, pois pode difi -cultar o fl uxo normal de água.

Passo 4: Rosqueie. A forma de rosquear é simples, porém muito im-portante. Quando bem feita, preserva a tubulação, evita vazamentos e não causa danos à rosca.

Atenção!Não utilize grifo para fazer o aperto, pois não é a força do aperto que faz a vedação. O importante é ter o material certo bem aplicado.

Produtos Amanco

a) Fita veda rosca

• Material: PTFE (Politetrafl uoretileno), ou simplesmente TEFLON - su-porta temperaturas de -90°C até 230°C

• Disponíveis nas dimensões:

12 mm x 10m12 mm x 25m18 mm x 10m18 mm x 25m18 mm x 50m

Consumo de Fita Veda Rosca

Bitola (pol) Largura (mm) Comprimento (m)

½ 12 0,30

¾ 12 0,40

1 18 0,50

1 ¼ 18 0,90

1 ½ 18 1,40

2 18 2,00

2 ½ 18 4,00

3 18 5,00

4 18 8,00

b) Tubo roscável

Bitola Dr B e L (m)

1/2" 1/2" 13,2 2,6 6

3/4" 3/4" 14,5 2,8 6

1" 1" 16,8 3,4 6

1.1/4" 1.1/4" 19,1 3,7 6

1.1/2" 1.1/2" 19,1 4,0 6

2" 2" 23,4 4,6 6

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inovação em tubos e conexões

c) Conexões

Luva simples roscável

Bitola A D

1/2" 31,5 1/2"

3/4" 38,5 3/4"

1" 46 1"

1.1/4" 51 1.1/4"

1.1/2" 51,5 1.1/2"

2" 59,5 2"

Nípel roscável

Bitola A B D

1/2" 39,0 7 1/2"

3/4" 40,6 8 3/4"

1" 51,0 9 1"

1.1/2" 58,0 10 1.1/2"

Bucha de Redução Roscável

Bitola A B D d

3/4" x 1/2" 24,8 8,5 3/4" 1/2"

1" x 1/2" 30,0 9 1" 1/2"

1" x 3/4" 30,0 9 1" 3/4"

1.1/4" x 3/4" 33,5 10 1.1/4" 3/4"

1.1/4" x 1" 33,5 10 1.1/4" 1"

1.1/2" x 1/2" 33,5 10 1.1/2" 1/2"

1.1/2" x 1" 33,5 10 1.1/2" 1"

1.1/2" x 1.1/4" 33,5 10 1.1/2" 1.1/4"

2" x 1" 33,5 10 2" 1"

2" x 1.1/2" 38,5 11 2" 1.1/2"

4. Reservatórios

O abastecimento pelo sistema indireto, com ou sem bombeamento, necessita de reservatórios para sua garantia da sua regularidade.

Nas residências sem bombeamento, que é o sistema mais comum, é necessário apenas o reservatório superior. Em função do volume ne-cessário, adotam-se várias unidades, no caso de reservatórios pré-fa-bricados e nos de grande porte, a partir de 3000 litros, eles devem ser divididos em câmeras comunicantes entre si.

A NBR 5626 estipula que os equipamentos e os reservatórios devem ser adequadamente localizados tendo em vista suas características funcionais, a saber:

• Espaço

• Iluminação

• Ventilação

• Proteção sanitária

• Operação e manutenção

Estas características são vitais para garantir a qualidade do sistema, pois os reservatórios, pela sua natureza, são focos potenciais de problemas de potabilidade da água, devendo ser cuidadosamente projetados. Além disso, os reservatórios precisam ser instalados em locais com es-trutura sufi cientemente dimensionada para suporte.

Em edifícios altos, a reservação inferior é imprescindível, tendo em vista o volume de água necessário. Essa reserva inferior se justifi ca também pelos critérios técnicos e econômicos (área ocupada, peso adicional na estrutura).

A NBR 5626 determina que a reserva total não pode ser inferior ao con-sumo diário (garantindo-se um mínimo de abastecimento) e recomen-da que não deve ser maior que o triplo do consumo diário. Somente em casos muito especiais será necessária uma reserva de maior volu-me. Caso isso ocorra, deve ser preferencialmente localizada no reser-vatório inferior.

Essa reserva visa atender às interrupções do abastecimento público, seja por manutenção na rede, seja por falta de energia elétrica, e deve garantir a potabilidade da água no seu período de armazenamento médio e obedecer a eventuais disposições legais quanto ao volume máximo armazenável.

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inovação em tubos e conexões

Considerando que o reservatório superior atua como regulador de dis-tribuição, sendo alimentado diretamente pelo alimentador predial ou pela instalação elevatória, ele deve ter condições de atender às deman-das variáveis de distribuição.

Atualmente temos no mercado inúmeros tipos de reservatórios e fabri-cados nos mais diversos materiais entre eles são:

• Aço inoxidável

• Fibrocimento

• PVC

• Ferro

• Alvenaria

• Fibra de vidro

• Polietileno com até 04 camadas (que inclui boia, fl anges instaladas e fi ltro em poliéster)

É de fundamental importância que ao instalar um reservatório para água (caixa d’água), o mesmo deve ser limpo e desinfetado antes que qualquer pessoa faça uso de sua água.

Recomenda-se que a limpeza e desinfecção do reservatório devem ser feitas a cada 6 meses. A tampa da caixa d’água deve sempre estar fechada para evitar a entrada de elementos estranhos ou pequenos animais.

4.1. Tipos de reservatório

Podemos observar dois tipos de reservatórios:a) Reservatórios moldados in loco: são os reservatórios executados na própria obra, podem ser concreto armado, alvenaria etc.b) Reservatórios industrializados: são construídos basicamente de fi -brocimento, metal, polietileno ou fi bra de vidro, sendo utilizados para pequenas e médias reservas.

4.2. Componentes dos reservatórios

O reservatório tem elementos complementares para seu funciona-mento e limpeza. Eles são o extravasor, o dispositivo de controle de nível, a tomada de água e a tubulação de limpeza.

a) Extravasor ou ladrão

O extravasor (comumente denominado ladrão) é uma tubulação desti-nada a escoar os eventuais excessos de água do reservatório, evitando seu transbordamento. Ele evidencia falha na torneira de boia ou dispo-sitivo de interrupção do abastecimento. O extravasor deve escoar livre-mente, em local visível, de modo a indicar rapidamente a existência de falha no abastecimento.

b) Dispositivo de controle de nível

Todo reservatório necessita de um dispositivo controlador da entrada de água e manutenção do nível operacional desejado, além de preve-nir contra eventuais contaminações do ramal de alimentação do reser-vatório. Este dispositivo pode ser a torneira de boia ou o automático de boia.

A NBR 10137 (Torneira de boia para reservatório predial) defi ne tor-neira de boia como: “Registro comandado por boia, para instalação na alimentação do reservatório predial, destinado a interromper a entrada da água quando atingir o nível operacional máximo previsto do reser-vatório”.

É o dispositivo usualmente utilizado quando o abastecimento não tem recalque. Deve-se atentar para a necessidade de desconexão da rede predial na alimentação do reservatório, de modo a prevenir eventu-ais refl uxos (retrossifonagens ou pressões negativas), que poderiam

contaminar a água da rede pública com a água eventualmente poluída de reservatórios particulares; por conseguinte, é necessária uma dis-tância mínima entre a cota do extravasor e a cota da torneira de boia.

Quando se tem recalque, adotam-se automáticos de boia, que são dispositivos de comando automático, acionados pelo próprio nível da água. Localizados em ambos os reservatórios, em cotas convenientes, fazem com que contatos elétricos sejam acionados, ligando o motor da borda tão logo a água atinja o nível mínimo determinado, no reser-vatório superior, desligando-se ao atingir o nível máximo do reservató-rio. Dessa maneira, o sistema funciona por si próprio, o que ocorre vá-rias vezes ao longo do dia, não necessitando de intervenção humana. Este sistema deve permitir o acionamento manual.

c) Tomada de água (saída)A tubulação de saída deve, preferencialmente, ser localizada na pa-rede oposta à da alimentação, no caso de reservatórios de grande comprimento, visando evitar a estagnação da água. Ele também deve situar-se em cota apropriada, elevada em relação ao fundo do reser-vatório.

Tubulação de limpeza, com registro de fechamento, é obrigatória não só para esta fi nalidade periódica, como para total esvaziamento em caso de manutenção, posicionada num dos cantos, com certa decli-vidade.

Nos reservatórios inferiores, a retirada da água poderá ser efetuada, até o nível da válvula de pé, pela bomba de sucção, com a devida ma-nobra dos registros, caso não haja possibilidade de escoamento por gravidade.

d) BarrileteO conjunto de tubulações de saída do reservatório superior que ali-mentam as colunas de distribuição denomine-se barrilete ou colar de distribuição.

Caso todas as colunas se ligassem diretamente ao reservatório, ocor-reria uma série de problemas, como o excesso de perfurações no re-servatório, com comprometimento da impermeabilização. Seria tam-bém antieconômico (excesso de registros, tubulações e serviços), bem como, em princípio, cada coluna se ligaria a apenas uma seção do re-servatório e não às duas. Para eliminar esses inconvenientes, adota-se o barrilete, que pode ter dois tipos: o concentrado (unifi cado ou central) e o ramifi cado. A diferença entre ambos é pequena, sendo o tipo rami-fi cado o mais econômico e possibilitando uma quantidade menor de tubulações junto ao reservatório.

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O tipo concentrado permite que os registros de operação se locali-zem numa área restrita, embora de maiores dimensões, facilitando a segurança e o controle do sistema, possibilitando a criação de um local fechado, ao passo que o tipo ramifi cado espaça um pouco mais a co-locação dos registros. Nos reservatórios elevados, externos à edifi cação (castelos de água), por economia e facilidade de operação, o barrilete deve ter os registros na base, próximos ao piso, e não imediatamente abaixo do tanque.O posicionamento dos registros permite total fl exibilidade de utiliza-ção dos reservatórios.

4.3. Características dos Reservatórios Amanco

Caixa D´Água Dupla Camada

1ª camada (Cinza): proteção exterior que evita a passagem de luz, com aditivos para resistência ao raio ultravioleta (UV), e agentes antio-xidantes (AO);2ª camada (Branca): conserva melhor a temperatura da água e pro-porciona visibilidade na limpeza. Aditivada também com antioxidante (AO) e proteção anti UV.

Medidas aproximadasCapacidade

(L)Altura(cm)

Diâmetro(cm)

Peso(Kg)

Peso caixa c/ água (kg)

310 70 90 9,3 318,5

500 70 120 14,4 513,1

750 75 140 18,6 767,7

1.000 90 140 22,2 1.020,2

1.750 110 160 32,6 1.782,6

2.500 175 150 44,25 2.544,25

6.000 230 200 99,9 6.099,9

8.000 215 235 132,9 8.132,9

10.000 255 235 167,0 10.167,0

12.000 305 235 210,0 12.210,0

15.000 360 235 271,8 15.271,8

Caixa D´Água Tripla Camada

1ª camada (Bege): proteção exterior que evita a passagem de luz, com aditivos para resistência ao raio ultravioleta (UV), e agentes antio-xidantes (AO);2ª camada (Preta): proteção total contra os raios solares, evitando o desenvolvimento de musgos, colônias de bactérias e outros microor-ganismos;3ª camada (Branca): conserva melhor a temperatura da água e pro-porciona visibilidade na limpeza. Aditivada também com antioxidante (AO) e proteção anti UV. Este reservatório permite armazenagem de líquidos de maior densidade, além da água, com prévia autorização do departamento técnico da Amanco.Atenção: para armazenamento de outros líquidos é preciso solicitar autorização por escrito do Departamento Técnico da Amanco através do atendimento Amanco: 0800 701 8770.

Medidas aproximadasCapacidade

(L)Altura(cm)

Diâmetro(cm)

Peso(Kg)

Peso caixa c/ água (kg)

310 70 90 10,3 320,3

500 70 120 16,4 516,2

750 75 140 21,1 771,1

1.000 90 140 25,15 1.025,2

1.750 110 160 37,1 1.787,1

2.500 175 150 50,5 2.550,5

6.000 230 200 113,9 6.113,9

8.000 215 235 151,9 8.151,4

10.000 255 235 190,7 10.190,7

12.000 305 235 239,7 12.239,7

15.000 360 235 310,6 15.310,6

Cisternas

O armazenamento da água potável como apoio à rede pública garante a qualidade da água. Pode ser instalada somente enterrada protegida da luz solar.

Também pode ser utilizada como armazenagem das águas das chuvas para limpeza de pátios e para uso em regas diversas.

É fácil de instalar e tem maior facilidade de limpeza pelo seu interior na cor branca e sua superfície lisa. Por ser impermeável, impede a entrada de raízes e infi ltrações.

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4.4. Instalação

As caixas d’água Amanco foram projetadas para uso externo, abrigadas ou expostas ao sol. Conheça todos os procedimentos para fazer uma instalação rápida e segura de caixa d’água de polietileno.

A instalação da Cisterna está apresentada na parte de Sistemas de Águas Pluviais

Material utilizado

1. Furadeira2. Serra copo 1.1/2” e 3/4”3. Tubos de PVC Amanco (mesmas bitolas dos fl anges)4. Lixa5. Chave de grifo6. Fita veda rosca7. Adesivo plástico para PVC Amanco8. Flanges 1.1/2” e 3/4”9. Kit torneira de boia10. Filtro para caixa d’água (item opcional para instalação próximo ao

cavalete de entrada)11. Solução limpadora

Passo a passo

Passo 1: Retire a tampa para começar a instalação da caixa d’água. O assentamento deve ser feito somente sobre superfície plana e nivelada.

Passo 2: Inicie a furação da caixa nos pontos indicados. Para isso, utilize serra copo compatível com o diâmetro das fl anges.

Passo 3: Certifi que-se que a caixa d’água tenha no mínimo 3 furos, sendo: um para a entrada d’água, um para a saída d’água e um terceiro para o extravasor (ladrão).

Passo 4: Em seguida, inicie a fi xação das fl anges.

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Passo 5: Aperte manualmente as fl anges pelo lado interno da caixa. Se necessário utilize uma chave de grifo para ajustá-las. Atenção! Faça isso com cuidado, de forma a garantir a junção perfeita das peças sem danifi cá-las. O uso de fl anges com vedação de borracha dispensa veda-ção adicional, com silicone, por exemplo.

Passo 6: Depois, inicie a instalação da tubulação utilizando tubos de bitolas equivalentes às das fl anges. Para facilitar a execução, lixe as fl an-ges.

Passo 7: Em seguida, faça o mesmo com a ponta dos tubos que serão ligados à caixa d’água.

Passo 8: Passe o adesivo plástico para PVC nas fl anges e nos tubos que serão conectados. Mas antes use solução limpadora para melhor aderência do adesivo para PVC.

Passo 9: Em seguida, conecte os tubos nas fl anges.

Passo 10: Do lado interno da caixa d’água instale a torneira de boia junto à fl ange de entrada de água. Para tanto, fi xe a torneira separada da boia. Não se esqueça de usar fi ta veda rosca Amanco para instalar a torneira de boia.

Passo 11: Na sequência fi xe a boia roscável na base.

Passo 12: Antes de concluir, limpe toda a caixa d’água com um pano úmido, em especial o lado interno, para garantir a retirada de partículas e outros resíduos.

Passo 13: Após ser fechada com a tampa, a caixa d’água estará pronta para ser conectada à rede hidráulica e utilizada.

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4.5. Local de instalação

As caixas d’água Amanco não necessitam ser instaladas em lugares cobertos. O polietileno utilizado em sua fabricação é aditivado com protetores ultravioleta e agentes antioxidantes, o que garante maior resistência do plástico a rompimentos, ressecamentos e outros danos. Assim, elas podem ser instaladas também fora do telhado, resistindo à ação de intempéries como chuva e raios solares.

Devido à alta proteção contra os raios solares e tampa rosca, as caixas d’água Amanco têm vedação rápida e segura, impedindo a entrada de poeira, impurezas e insetos, além de não apresentar formação de musgos e outras incrustações em suas paredes.

Deve-se instalar as caixas d’água Amanco em ambientes ventilados, caso contrário pode ocorrer a condensação da água e a parede exter-na da caixa apresentar micro gotículas (como um copo de água fria).

a) Em lajesPara instalações em lajes, o local deve estar nivelado, isento de qual-quer irregularidade e com área superior à base da caixa. O local deverá ser limpo, retirando-se pedras, pedaços de madeira, ferro e quaisquer outros objetos que possam vir a danifi car o fundo do reservatório.

b) Sob o telhadoSempre que a instalação ocorrer sob telhados, o ideal é efetuar 2 pe-quenas aberturas em paredes opostas para circulação e renovação do ar aprisionado sob o telhado.

Atenção: As massas de ar quente e úmido, em contato com as pa-redes do reservatório, provocam condensação da umidade existente no ar (paredes do reservatório suando), com consequente acúmulo de água na base do reservatório, causando danos à pintura, forro etc.

c) Circulação ao redor da caixa d’águaCaso o telhado esteja colocado acima da caixa, a distância entre a boca da caixa e o telhado deve ser sufi ciente para que uma pessoa de esta-tura mediana possa entrar pela abertura da caixa sem sofrer danos. A caixa deverá ter uma distância de no mínimo 45cm em relação a qual-quer outro ponto fi xo que possa ser considerado um obstáculo perma-nente, seja este de alvenaria, madeira, ou qualquer outro material, de forma a permitir que a pessoa circunde toda a caixa.

Ao instalar um sistema de fi ltros para limpeza da água, nunca instale o fi ltro próximo à caixa, principalmente quando esta estiver sob telhados, pois em caso de rompimento, a água desperdiçada não cairá sobre a laje e não provocará danos à pintura, forros, etc. Instalar os fi ltros sem-pre fora da residência/construção, de preferência próximo ao cavalete(hidrômetro) de entrada.

Sobre base plana

Para todas as capacidades volumétricas de caixas.

As caixas d’água Amanco devem obrigatoriamente ser instaladas sobre base plana (lisa), rígida e nivelada, sem contato com superfícies pon-tiagudas.Não devem ser enterradas.

Atenção: Em nenhuma hipótese instale as caixas d’água Amanco so-bre vigas, estrados, grades ou perfi s metálicos, seja qual for a capacida-de volumétrica delas. As caixas devem ser instaladas sempre sobre base plana (100% lisa) de forma que todo o fundo da caixa esteja apoiado.

Uso incorreto, tubulação instalada na parte inferior central das caixas d’água. A instalação sobre perfi s de madeira deve estar nivelada e sem espaçamento, feita com material que não sofra deformação com o tempo e seja resistente para suportar o peso da caixa cheia.

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Caixas instaladas em conjunto (vasos comunicantes)

As caixas d’água fabricadas em materiais plásticos estão sujeitas a uma deformação do anel inferior devido à pressão exercida pelo peso da água. Assim sendo, sugerimos que, ao instalar duas ou mais caixas em conjunto utilize-se o esquema a seguir:

Atenção: Não cimentar ou fi xar a união entre as caixas. Instalar extrava-sores (ladrão) em todas as caixas. Para qualquer situação de instalação, seja ao ar livre, sob telhados ou atuando como cisterna, não enterrar e sempre instalar extravasor (ladrão) para retirada do excesso de água em caso de falha da torneira de boia.Usar as caixas d’água somente com a tampa instalada para evitar defor-mações no produto. Quando as caixas estiverem em desnível, cheias e sem a tampa, poderão sofrer deformações e ligeira ovalização, difi cul-tando a colocação da tampa.

Flanges de descarga

As caixas d’água Amanco apresentam locais específi cos para perfura-ção das entradas de tubulações. Os pontos estão ilustrados na fi gura abaixo.Recomendamos apenas serra copo como ferramenta de perfuração.As furações feitas fora dos 6 pontos especifi cados não recomendadas, assim como as furações realizadas com brocas, serras tico-tico e outras ferramentas que não sejam serras copo.

Verifi que

1. O posicionamento do automático de boia;2. A colocação do extravasor em parede oposta à tubulação de ali-

mentação;3. A colocação de telas de cobre no extravasor e na ventilação;4. O apoio da caixa do reservatório sobre elemento resistente;5. A extravasão de água deve estar localizada em local que chame a

atenção do responsável de forma altamente visual, tendo em vista economizar água e evitar o desperdício;

6. O posicionamento das tubulações, de modo que a tubulação de es-goto não cruze o reservatório de água potável.

4.6. Cálculo de volume para uma residência

Alguns estudos mostram que, por dia, uma pessoa no Brasil gasta de 50 litros a 200 litros de água. Para calcular o consumo diário de água dentro de uma edifi cação, devemos verifi car a taxa de ocupação de acordo com o tipo de uso do edifício. O consumo diário (Cd) pode ser calculado pela seguinte fórmula:

Cd = P * q

Onde: Cd = consumo diário (litros/dia);P = população que ocupará a edifi cação;q = consumo por pessoa (adotar 200 litros).A capacidade calculada refere-se a um dia de consumo. Entretanto, recomenda-se adotar o consumo de dois dias, no mínimo. Então, a quantidade de água armazenada será:

Cr = 2 * Cd

Para casos comuns de reservatórios domiciliares, recomenda-se a se-guinte distribuição: para reservatórios inferiores, 60% CR, e para reser-vatórios superiores 40% de CR.

Exemplo: Calcular a capacidade dos reservatórios de um edifício resi-dencial de 2 pavimentos, com 2 apartamentos por pavimento, sendo que cada apartamento possui 2 quartos.Adotamos: 2 pessoas/quarto.

P = (2*2) = 4 pessoas/apto * 2 aptosP = 8 pessoasCd = 8*200 l/dia = 1600 l/diaCr = 2 * 1600 = 3200 l/dia por pavimento2 pavimentos = 6400 l/dia

5. Aparelhos sanitáriosOs aparelhos sanitários são classifi cados de acordo com o uso ao qual são destinados. Podem ser de vários tipos para diferentes exigências a que devem satisfazer, seja pela vida da pequena comunidade fami-liar, seja pela mais extensa comunidade social. É possível enumerá-los quanto ao tipo em: pias de cozinha, lavabos, banheiras, bacias sanitá-rias, bidês, mictórios.

Os materiais com os quais são feitos os aparelhos sanitários acima ci-tados são: porcelana comum, porcelana vitrifi cada, grés porcelanato e gusa esmaltada.

As colunas são fornecidas com proteção (papel colante) nas partes sa-lientes, para evitar danos, tais proteções só devem ser removidas, após a louça instalada.

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a) Pia de cozinhaÉ um aparelho sanitário que serve para lavagem de pratos, louças, ta-lheres etc. As pias são construídas nas mais variadas dimensões e po-dem distinguir-se principalmente em pias com uma ou duas peças.

Os materiais mais usados para essas pias são: massa de cascalho, már-more, gusa esmaltada e aço inoxidável. O aço inoxidável está sendo usado nas pias de cozinha do tipo conhecido por americano. O már-more é aplicado nas pias de luxo.

Para evitar que as pias se encham além do determinado limite, algu-mas são munidas de um dispositivo denominado “ladrão”, instalado no alto sobre a parede, uns centímetros abaixo da borda e com comuni-cação com a descarga de fundo.

b) LavatóriosEntende-se por lavatórios um aparelho sanitário que serve para a lim-peza pessoal. Os lavatórios podem ser de tipo comum para residências, ou múltiplos para estabelecimentos públicos. São construídos, geral-mente, de aço inoxidável porcelana ou mármore. Podem ser do tipo para usar suspensos, fi xados na parede ou com suportes metálicos ou apoiados no piso por meio de coluna.

Como algumas pias, também alguns lavatórios são munidos de “ladrão” para a descarga automática da água se ela encher acima de um deter-minado nível.

Todos os tipos de lavatórios devem ser montados de modo que a bor-da superior apresente uma altura mínima do piso de 80 cm e máxima de 83 cm.

c) BanheiraÉ um aparelho sanitário que serve para a limpeza pessoal, com possibi-lidade de imersão total ou parcial do corpo. As banheiras são construí-das com os mesmos materiais citados anteriormente.

No que se refere à sua forma e ao seu acabamento classifi camos em:

• Banheiras retangulares com pés de sustentação

• Banheiras retangulares com revestimento

• Banheiras retangulares com avental

• Banheiras com assento

Quanto às dimensões, são normalmente fabricadas nas medidas de 1,80m x 0,80m; 1,70m x 0,70m e 1,00m x 0,70m.

As banheiras com revestimento são montadas apoiando-se sobre o pavimento executando a ligação e procedendo em seguida ao reves-timento dos lados da banheira que fi cam descobertos. O revestimento executa-se geralmente com cerâmica.

As ligações devem ser feitas numa posição tal que possa permitir uma desmontagem fácil e a substituição dos aparelhos.

Nos aparelhos cujas torneiras são fi xadas na cerâmica, evita-se o em-prego de juntas de ferro; a ligação deverá ser feita com materiais e guarnições capazes de absorver as dilatações.

O sistema de descarga e de “ladrão” das banheiras é o mesmo dos la-vatórios e das pias.

d) Bacia sanitáriaSão aparelhos que servem para a coleta de descarga de materiais re-siduais, como fezes e urina. Os materiais de que são fabricados são os do tipo cerâmico.

As bacias sanitárias podem ser equipadas com válvulas automáticas de fl uxo que permitem o acionamento da descarga. Uma alternativa é o uso de caixas acopladas.

São dotados de um sifão (fecho hídrico) em seu interior, o qual impe-de a passagem dos gases contidos no esgoto primário, para o meio ambiente.

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inovação em tubos e conexões

e) BidêDestina-se a higiene íntima do ser humano. É alimentado por água fria e quente, cujo escoamento é regulado por registros, sendo a mistu-ra feita pelo misturador. Há tipos dotados de uma ducha, cujo jato de água funciona de baixo para cima, o que facilita o uso. É dotado de válvula de descarga no fundo, a qual tem fi nalidade de escoar as águas servidas.

Atualmente, pela redução do tamanho das casas e apartamentos, é pouco instalado.

f) MictóriosSão aparelhos sanitários destinados à coleta de urina, sendo mais usa-dos em locais públicos.

Podem ser classifi cados dois tipos de mictórios: o vertical e o suspenso. Os materiais de que são construídos são do tipo cerâmico ou de aço inoxidável. A água de lavagem entra por uma espécie de esguichador colocado na parte alta, ou furos nas bordas.

g) Misturadores

Os aparelhos misturadores são um pouco mais complexos.

O misturador é um conjunto de peças ligadas entre si, que regula a entrada de água quente e fria nas peças sanitárias e outras, nas instala-ções hidráulicas domiciliares.

O funcionamento do misturador é idêntico ao registro de pressão co-mum, com a vantagem de regular a temperatura da água, devido à existência de dois registros.

h) Engates ou rabichos

São tubos fl exíveis ou rígidos utilizados para conectar peças sanitá-rias (bidês, caixa de descarga e lavatório) aos ramais de alimentação. Podem ser de chumbo, plástico ou cobre e ter vários comprimentos.

O engate de PVC é fl exível, tendo duas porcas de ligação com um ni-ple acoplado em uma delas. Existem no comércio em vários tamanhos, sendo os mais comuns 300 e 400 milímetros.

Alguns engates, além de serem niquelados (cobre) ou revestidos com fi bra de poliéster (PVC), possuem canoplas para dar um melhor acaba-mento.

Os engates de PVC só devem ser utilizados para água fria.

6. Registros e válvulasOs controladores de fl uxo (registros, válvulas e torneiras) são partes que permitem o controle e o uso das peças sanitárias.

Os registros bloqueiam e regulam o fl uxo de água em uma tubulação. Os registros mais comuns são o de gaveta e o de pressão. O de gave-ta serve para bloquear um ramal ou uma coluna. Ele deve sempre ser aberto completamente ou fechado completamente, não permitindo o controle do fl uxo. O registro de pressão serve para regular a vazão de água e são utilizados, por exemplo, em chuveiros.

São dispositivos destinados a estabelecer, controlar e interromper o fl u-xo em uma tubulação. São acessórios muito importantes nos sistemas de condução e por isso devem merecer o maior cuidado na sua espe-cifi cação, escolha e instalação.

Tipos

a) Bloqueio

São válvulas que se destinam a estabelecer ou interromper o fl uxo, isto é, só devem funcionar completamente abertas ou completamente fe-chadas.

Tipos: Registro de gaveta, Registro de esfera, Válvula de descarga.

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inovação em tubos e conexões

b) Regulagem

São destinadas especifi camente para controlar o fl uxo, podendo tra-balhar em qualquer posição de fechamento.Tipos: Registro de pressão, Válvula globo, torneiras, misturadores.

c) Fluxo em um só sentido

São dispositivos que trabalham o fl uxo hidráulico em um único sen-tido. Tipos: Válvulas de retenção, Válvulas de pé.

d) Controle de Pressão

São dispositivos destinados a trabalhar no controle e regulação das pressões que as tubulações estão expostas.Tipos: Válvulas redutoras e reguladoras de pressão, Válvulas de quebra vácuo (ventosas).

6.1. Registros de pressãoVálvula de pequeno porte, instalada em sub-ramal ou em ponto de utilização, destinada a regular a vazão de água, assim como seu fe-chamento, pela movimentação de um vedante (borracha) contra uma sede.

No momento da instalação do registro de pressão, deve-se observar o sentido do fl uxo da água, a rosca interna deve ser sempre a entrada da água.

Ao usar tubo de ferro galvanizado, deve-se fazer um número reduzido de fi o de rosca (não superior ao do registro), para melhor acomoda-ção das peças. Não apertar em demasia (este cuidado evita danifi car o registro).

Na hora de embutir o registro na parede, tomar o cuidado para que o registro possa receber seu acabamento após a parede acabada (azule-jo ou outro tipo de acabamento), evitando assim mais gastos com pe-ças (prolongador para hastes e canopla) ou danifi cando o acabamento (cortar ou amassar a canopla).

O Registro de Pressão é instalado para controlar a vazão de água em chuveiros, banheiras, lavatórios e duchas higiênicas. O sistema permite que o registro trabalhe totalmente aberto ou semi-aberto restringindo e regulando a vazão de água de acordo com a necessidade.

6.2. Registros de gaveta

Válvula de fecho para instalação hidráulica predial, destinada a inter-rupção eventual da passagem de água para reparo na rede ou ramal.O registro deve fi car completamente aberto para evitar danos em seus aparelhos.

No momento da instalação do registro de gaveta, a cunha deve estar na posição fechada. Estando aberta a sede do registro (localizada no corpo) pode deformar quando rosqueado em demasia no tubo.

As torneiras permitem a saída e o direcionamento do fl uxo de água para ser utilizado de maneira correta e econômica.

O registro de gaveta é instalado como registro geral de água.

• Deve ser usado totalmente aberto ou totalmente fechado.

• Na instalação do registro de gaveta, manter a gaveta sempre fechada.

6.3. Registro de esfera em PVC

Disponível nas bitolas: 20 mm(1/2”), 25 m(3/4”), 32 m(1”), 40 m(1 1/4”), 50 m(1 1/2”) e 60 m(2”).

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inovação em tubos e conexões

Vantagens

• Possibilidade de inversão da posição do volante, podendo o registro fi car próximo à parede em qualquer situação de instalação;

• Dupla vedação da haste: dupla garantia contra vazamentos na mesma;

• Cor diferente da tubulação: facilita a localização do produto dentro do sistema;

• Seta de direcionamento do fl uxo de água que auxilia a instalação no sentido correto;

• Garantia total da produção: produto testado (pressão e estanquei-dade) em 100% da linha de produção;

• Pressão de trabalho: 16 kgf/cm².

Instalação

Passo 1: Determinar o alinhamento da tubulação e retirar a porca e a bolsa destacável. Observar também o sentido do fl uxo de água orien-tado no corpo do produto.

Passo 2: Para os registros soldáveis, aplicar o Adesivo Plástico Amanco por igual na extremidade da bolsa do registro e na ponta do tubo.

Passo 3: No caso de registros roscáveis, aplicar a Fita Veda Rosca Amanco na extremidade do tubo.

Passo 4: Colocar a porca do registro na outra ponta do tubo.

Passo 5: Soldar ou rosquear a ponta destacável.

Atenção

• Não é recomendado o uso com líquidos agressivos ou em tempera-turas acima de 60°C;

• Para os registros soldáveis, não deixe que o adesivo plástico entre em contato com as vedações, o que pode prejudicar seu desempe-nho;

• Os líquidos conduzidos não devem conter partículas sólidas que provoquem abrasão ou desgaste;

• Para fi xar o registro, utilize suportes colocados nas extremidades;

• A manobra de abertura e fechamento deverá ser gradual para evitar golpes na tubulação;

• O ajuste do torque deve ser feito através da porca com o registro na posição fechada.

6.4. Outros registros

a) Registro globo

Registro de regulagem para aplicações industriais, para condução de óleos, gases, vapor e água em alta temperatura (260°).

Registro globo com cone Resgistro com Tefl on

b) Registro de acionamento restrito

Acionado com uma chave destacável que fi ca com o usuário. Após a utilização é só retirar a chave para impedir o uso indevido por pessoas não autorizadas.

Aplicação: estádios de futebol, banheiros públicos, clubes, parques, praças, indústrias, áreas comuns de condomínios, garagens coletivas, escolas e todos os lugares com grande circulação de pessoas.

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inovação em tubos e conexões

6.5. Válvula de esfera

Interrompem o fl uxo do fl uído com baixa perda de carga e tem prático mecanismo de 1/4 de volta.

6.6. Válvula de descarga

Controla o fl uxo hidráulico para escoamento dos dejetos captados pelo bacia sanitária.

Chave deRegulagem

Nipel

Retentor Pistão

Corpo em bronze resistente à corrosão, que pode ser instalado em até paredes de 12 tijolo.

Cartucho único de reparo

Sistema auto-limpante, que dispensa lubrifi cação e evita regulagens.

Mola inoxidável

Parafuso de regulagem de tecla de acio-namento.Registro integrado

para regulagem de vazão e manutenção.

Sistema de vedação em borracha nitrílica garantindo perfeito funcio-namento em alta e baixa pressão.

Volante do registro para regulagem manual de vazão e manutenção.

Sede postiça anti-corrosiva, para maior durabilidade

Cartucho de reparo

Utilizado na substituição de reparos danifi cados, evitando a necessida-de de quebra de parede.

1 - Pistão Flux - CPD 6136 2 - Kit Haste Flux - CPD 1583

3 - Kit Registro Flux - CPD 6138 4 - Castelo Completo - CPD 6134

6.7. Válvula de retenção

São utilizadas para evitar o refl uxo de água em tubulações.

Válvula de Retenção Vertical

Válvula de Retenção Universal

Valvula de Retenção Horizontal

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6.8. Válvulas de sucção ou de pé (com retenção)

Válvulas de retenção de Pé são indicadas para uso no início de tubula-ções de sucção de bombas impedindo a entrada de corpos sólidos no interior da bomba e a necessidade de escova freqüente.

7. Poço artesiano e semi-artesianoTambém utilizado para o abastecimento predial de água na edifi cação.

Para sua utilização, é preciso ter a outorga de direito de uso, ou seja, autori-zação junto ao órgão responsável. Após o processo de outorga, é necessá-rio apresentar mensalmente análises de água junto à Prefeitura.

No caso do poço semi-artesiano, ele necessita de uma bomba para recal-car a água.

Corte do poço semi-artesiano

LAJECIMENTAÇÃOSOLO

FILTRO

RECALQUE

COMANDO

ROCHAS

BOMBA SUBMERSA

8. Sistema predial de água quenteO uso adequado da energia tem sido um dos fatores de maior impor-tância para a evolução do homem. O uso racional e otimizado de ener-gia, seja ela mecânica ou elétrica, foi e está sendo fonte de grandes estudos em diversas áreas. O aquecimento de água, com a utilização de resistências, tem sido um dos grandes vilões no gasto da energia elétrica. Sendo assim outras soluções para o aquecimento da água está sendo criado, porém estas tem um alto custo inicial.

Para ter água quente nos chuveiros e torneiras, inicialmente é preciso defi nir o sistema de aquecimento durante o projeto arquitetônico da edifi cação. Sistemas de aquecimento de água mais utilizados são o de gás, elétrica e o solar. Podem ser divididos em sistema central, conhe-cido também como sistema de acumulação, ou individual, conhecido também como sistema instantâneo.

Conceito

O sistema predial de água quente é o conjunto de tubulações, equipa-mentos, reservatórios e dispositivos destinados ao abastecimento de água quente de boa qualidade, em quantidade e temperatura contro-láveis pelo usuário, para a sua adequada utilização.

As instalações prediais de água quente devem ser projetadas e execu-tadas de modo que:

• Garantam o fornecimento de água de forma contínua, em quan-tidade sufi ciente e temperatura controlável, com segurança, pres-sões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários e das tubulações, proporcionando o nível de conforto adequado aos usuários;

• Preservem a potabilidade da água no interior da tubulação, deven-do haver plena garantia da impossibilidade prática de a água ser contaminada com refl uxo de esgoto sanitário ou demais águas ser-vidas;

• Racionalizem o consumo de energia através do dimensionamento correto e escolha do sistema de aquecimento adequado.

A temperatura mínima com que a água quente deverá ser fornecida depende do uso a que se destina. Nos pontos de consumo poderá ser feita uma dosagem com água fria para obter temperaturas menores, de acordo com os níveis de conforto dos usuários.

Ambiente Temperatura indicada

Hospitais e laboratórios 100º C ou mais

Lavanderias 75º C a 85º C

Cozinhas 60º C a 70º C

Uso pessoal e banhos 35º C a 50ºC

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inovação em tubos e conexões

8.1. Componentes

• Alimentação

• Geradoras de água quente

• Barriletes

• Sistema de distribuição

• Pontos de utilização

• Sistema de retorno

• Bombas de recirculação

8.2. Tipos de aquecimento

a) Sistema individual Nesta modalidade se produz água quente para um único aparelho ou no máximo, para aparelhos do mesmo ambiente. São aparelhos locali-zados no próprio banheiro ou na área de serviço.

Aquecedor instantâneo elétrico: utiliza uma resistência elétrica dentro de um pequeno reservatório de água, que transfere todo este calor para esta água, aquecendo-a instantaneamente.

b) Sistema central privado Neste sistema se produz água quente para todos os aparelhos de uma unidade residencial (casa ou apartamento).

c) Sistema central coletivo Neste sistema, se produz água quente para todos os aparelhos ou uni-dades da edifi cação. O aparelho de aquecimento é normalmente situado no térreo ou sub-solo, para facilitar a manutenção e o abastecimento de combustível.

8.3. Aquecedores

Os aquecedores são equipamentos utilizados para aumentar a tempe-ratura da água que será fornecida no ponto de consumo.

Eles são classifi cados por tipo de funcionamento e são basicamente 2 modelos:

a) Aquecedor de passagem: não armazena a água quente, apenas aquece quando ela passa.

Podem ter como fonte de energia a eletricidade ou ser a gás.

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inovação em tubos e conexões

b) Aquecedor de acumulação: armazena a água quente em reservató-rios conhecidos como “boilers”.

Podem ter como fonte de energia a eletricidade, ser a gás ou pela ener-gia solar.

• Aquecedor de acumulação a gás: a água fria entra no reservató-rio, fi cando armazenada por determinado tempo, para ser aquecida pelo calor da chama do queimador a gás.

• Aquecedor de acumulação elétrico: água fria é armazenada em um reservatório e aquecida através do calor gerado pela resistência existente no interior do aquecedor.

• Aquecedor solar: O sistema de aquecimento solar é composto por dois elementos básicos, o coletor solar, que aquece a água, e o re-servatório térmico (boiler), onde armazena a água aquecida. A água circula entre o reservatório térmico e os coletores solares, que pos-suem serpentinas onde são aquecidos pela transferência do calor externo gerado pelo sol. Nesse sistema é necessário um reservatório de água fria para alimentar este sistema.

alimentaçãodos coletores

solaresconsumo

alimentaçãode água fria

respiro (suspiro)

CAIXA D’ÁGUA

BOILER(reservatório térmico)

retorno deágua quentedos coletores

COLETORESSOLARES

Atenção!Todos os aquecedor com alimentação pela energia a gás natural ou elétrico devem ser instalados em local com ventilação e chaminé e sua manutenção é recomendada no mínimo uma vez por ano.

8.4. Linha Amanco PPR

O Amanco PPR é a abreviação do nome Polipropileno Copolímero Ran-dom tipo 3, que é um produto que foi projetado de acordo com a nor-ma Européia ISO 15874, superando as especifi cações exigidas pela NBR 7198 referente a Projeto e execução de instalações prediais de água quente.

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inovação em tubos e conexões

Os tubos Amanco PPR estão disponíveis nos diâmetros de 20, 25, 32, 40, 50, 63, 75, 90 e 110 mm, nas classes PN 20 e PN 25 para atender às instalações prediais de água quente. As características do sistema per-mitem realizar instalações hidráulicas nas mais variadas formas, possi-bilitando a execução de qualquer projeto hidráulico.

As linhas PN 20 e PN 25 são identifi cadas pelas marcações amarela e vermelha, respectivamente.

Complementando o portfólio, a Amanco disponibiliza o PPR PN 12 para instalações prediais de água fria, nos diâmetros 32, 40, 50, 63, 75, 90 e 110 mm.

Veja as temperaturas de serviço em que o tubo Amanco PPR pode operar, mesmo com eventual desregulagem do aparelho de aqueci-mento:

PPR PN25: 80°C a 60 m.c.a; suportando picos de 95ºC a 60 m.c.a.

PPR PN20: 80°C a 40 m.c.a; suportando picos de 95ºC a 40 m.c.a.

PPR PN12 - apenas para uso em instalações de água fria: até 100 m.c.a. para temperaturas médias de 27ºC.

Tubo PPR PN25Tubo Identifi cado

pela Linha Vermelha

PPR PN25: 80°C a 60 m.c.a; suportando picos de 95ºC a 60 m.c.a.

pela Linha Vermelha

Tubo PPR PN20Tubo Identifi cado

pela Linha Amarela

PPR PN20: 80°C a 40 m.c.a; suportando picos de 95ºC a 40 m.c.a.

Tubo PPR PN20Tubo Identifi cado

pela Linha Amarela

Tubo PPR PN12Tubo Identifi cado

pela Linha Azul

PPR PN12 - apenas para uso em instalações de água fria: até 100 m.c.a. para temperaturas médias de 27ºC.

pela Linha AzulExclusivo

para água fria

Características técnicas• Suporta maiores temperaturas O Amanco PPR permite operar à temperatura de serviço de 80°C,

a 60 m.c.a. (PN25) ou 40 m.c.a. (PN20), suportando temperaturas ocasionais de 95°C. devido a eventual desregulagem do aparelho de aquecimento.

• Isento de toxidade O Amanco PPR, por ser um termoplástico, está isento de toxidades,

podendo ser usado para condução de vários tipos de fl uidos para o consumo humano.

Exemplo: Laticínios, vinícolas, cervejarias.

• Livre de corrosão Produzido em material de última geração, o Amanco PPR tem alta

resistência a ataques químicos de substâncias ácidas ou básicas, como ferro, cloro ou fl úor contidos na água, proporcionando dura-bilidade e uma instalação livre de corrosão.

• Sem incrustações Por ter paredes internas extremamente lisas e excelente resistência

aos ataques químicos, o Amanco PPR proporciona uma instalação sem incrustações e sem redução do diâmetro da tubulação ao lon-go do tempo.

• Não requer isolante térmico Com baixa condutividade térmica, o Amanco PPR não transmite ca-

lor para a face externa da tubulação e permite a manutenção da temperatura da água por mais tempo, dispensando, assim, o uso de qualquer tipo de isolante térmico.

• Excelente resistência química O Amanco PPR possui elevada resistência a fl uidos agressivos, tor-

nando-o também aplicável em instalações industriais.

• Baixa perda de carga O Amanco PPR possui a superfície interna lisa, reduzindo a perda de

carga contínua no interior das tubulações.

• Maior fl exibilidade O Amanco PPR tem boa fl exibilidade, permitindo, em diâmetros

menores, que sejam feitas curvas longas ou desvios. O Amanco PPR permite raios de curvatura de até 8 vezes o diâmetro do tubo, de acordo com a tabela:

Valores para PN 12, PN 20 E PN 25

Diâmetro (mm) Raio Mínimo de Curvatura (mm)

20 160

25 200

32 256

40 320

50 400

63 500

75 600

90 720

110 760

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inovação em tubos e conexões

• Maior isolamento acústico O Amanco PPR tem um alto grau de isolamento acústico, absorven-

do os ruídos ocasionados pelo deslocamento da água na tubulação e pelo fenômeno do Golpe de Aríete.

• Maior produtividade Pela rapidez e simplicidade na instalação, o Amanco PPR proporcio-

na maior ganho de produtividade nas montagens, em relação aos produtos convencionais. Em poucos segundos se faz fusão entre tubo e conexão, obtendo maior efi ciência com total estanqueidade. A junta realizada por termofusão oferece ao instalador maior agilida-de e segurança nas instalações.

• Garantia total das juntas Não há união entre tubos e conexões, mas termofusão, isto signifi ca

que ambos os materiais se fundem molecularmente a 260°C, pas-sando a formar uma tubulação contínua para a segurança total do sistema. Os terminais fabricados em bronze niquelado fundido ao Polipropileno Copolímero Random garantem total estanqueidade e durabilidade das uniões entre torneiras, registros e válvulas do siste-ma.

Aplicação em projetos

1. Ao instalar o sistema de água quente devemos ter em mente a utili-zação de todo o equipamento de segurança: utilizar óculos de pro-teção, luvas de proteção contra agentes térmicos e botas.

2. As instalações embutidas podem ser de dois tipos: Paredes largas: para embutir e imobilizar a tubulação em paredes

utiliza-se uma cobertura de massa de cimento de espessura igual ou superior ao diâmetro do tubo.

Paredes Largas:

A canaleta poderá ser mais profunda, com isto o espaçamento preenchido com massa de cimento pode ocorrer neste espaço, fazendo com que as duas tubulações fi quem mais próximas.

Paredes estreitas: deve-se aumentar a altura da canaleta, o que possibi-lita o distanciamento da tubulação de água fria pelo menos do mesmo diâmetro da tubulação de água quente. No caso de utilização de cana-letas individuais, manter a tubulação afastada da parede da canaleta em pelo menos uma vez o diâmetro da tubulação.

Paredes Estreitas:

A canaleta poderá ser estreita, então os tubos devem ser distanciados em uma vez o seu diâmetro. Para isto, deve-se aumentar a altura da canaleta que possibilite este distan-ciamento.

3. O teste hidráulico de pressão e estanqueidade para o tubo Amanco PPR deve ser realizado a uma pressão de prova de 1,5 vezes a pres-são de trabalho para tubulações até 100 m de distância. Para tre-chos maiores, recomendamos subdividir em setores menores. Nas instalações prediais com Amanco PPR, esse teste deve ser realizado somente 1 hora após a última termofusão.

4. O teste de pressão deve ser medido através de um manômetro afe-rido. O teste hidráulico é realizado com auxílio de um manômetro instalado próximo ao ponto a ser testado. O manômetro acusará a pressão estática normal da tubulação pressurizada.

Instalação

Passo 1: Apoie o termofusor na bancada e limpe os bocais com um pano embebido em álcool, para iniciar a termofusão.

Passo 2: Corte os tubos com tesoura especial para tubos, evitando possíveis rebarbas na tubulação.

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inovação em tubos e conexões

Passo 3: Limpe a ponta dos tubos e a bolsa das conexões que recebe-rão a termofusão.

Passo 4: Marque na extremidade do tubo a profundidade da bolsa da conexão, para certifi car-se que a ponta do tubo não ultrapasse o fi nal da bolsa da conexão.

Passo 5: Introduza simultaneamente o tubo e a conexão em seus res-pectivos lados do bocal já conectado ao termofusor.

A conexão deve cobrir toda a face macho do bocal e o tubo não deve ultrapassar a marcação feita anteriormente.

Passo 6: Retire o tubo e a conexão do termofusor, quando decorrido o tempo mínimo de aquecimento, conforme tabela a seguir:

Tabela para intervalo de tempo de aquecimento PN 12, PN 20 e PN 25

Diâmetro Tempo de Aque-cimento

Intervalo para Acoplamento

Tempo de Res-friamento

(mm) (segundos) (segundos) (minutos)

20 5 4 2

25 7 4 2

32 8 6 4

40 12 6 4

50 18 6 4

63 24 8 6

75 30 8 6

90 40 8 6

110 50 10 8

Passo 6: Após retirar o tubo e a conexão do termofusor, introduza a ponta do tubo imediatamente na bolsa da conexão.A ponta do tubo deverá ser introduzida até o anel formado pelo aque-cimento do termofusor.

Passo 7: Após a termofusão da conexão com o tubo, num intervalo de 3 segundos iniciais, existe a possibilidade de alinhar a conexão em até 15 graus. (não gire)

Atenção!

Lembre–se que para uma instalação correta não podemos esquecer 3 regras básicas, conhecidas como LMT:1 - Limpeza (limpe as extremidades do tubo e a bolsa da conexão an-

tes de realizar a termofusão).2 - Marcação (marcação da profundidade da bolsa nos tubos a serem

termofusionados).3 - Tempo de aquecimento (ao introduzir tubo e conexão no bocal,

respeitar o tempo correspondente para cada diâmetro).

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inovação em tubos e conexões

Equipamentos de instalação

A união dos Tubos Amanco PPR é feita por termofusão, que é um pro-cesso que utiliza uma termofusora para união molecular a uma tempe-ratura de 260°C.

As partes a serem termofusionadas devem estar sempre limpas e a ter-mofusora na temperatura adequada.

Além da termofusora, para fazer a execução de uma linha de água quente com Tubos Amanco PPR, utiliza-se também a tesoura para cor-tar os tubos e bocais metálicos para manutenções específi cas.

Reparos em tubulações

Existem 3 tipos de reparos a serem executados no Amanco PPR:

1. Reparo com tarugo – para furos de, no máximo, 11 mm (equiva-lente ao diâmetro do tarugo).

2. Reparo com luvas simples F/F-PPR – para furos maiores que 11 m ou em ambas as faces da tubulação.

3. Reparos com luva eletrofusão – utilizado para grandes diâmetros (processo mais caro).

Reparo com tarugo

Passo 1: O tarugo para reparos deve estar seco e livre de gorduras, que podem prejudicar a termofusão. Para isso, limpe o tarugo e o bocal para reparos com álcool gel.

Passo 2: Acople o bocal para reparos na termofusora e aguarde até atingir a temperatura de trabalho (260°C).

Passo 3: Introduza a ponta macho do bocal para reparos no furo do tubo.

Passo 4: Segurando o bocal para reparos já alocado no furo, introduza o tarugo para reparos no lado fêmea do bocal para reparos.

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inovação em tubos e conexões

Passo 5: Aguarde 5 segundos e, em seguida, retire o bocal para re-paros do tubo e do tarugo. Com o tarugo e o furo aquecidos, una as partes.

Passo 6: Aguarde 2 minutos para o esfriamento e corte a ponta res-tante do tarugo.

Reparo com luva simples F/F - PPR

Passo 1: Corte perpendicularmente a parte do tubo danifi cado.

Passo 2: Limpe a superfície externa a fusionar com álcool gel.

Passo 3: Puxe o tubo para fora da canaleta da parede. Introduza, simul-taneamente, o tubo no bocal fêmea da termofusora e a luva no bocal macho. Aguarde o tempo necessário, conforme a tabela de aqueci-mento, e introduza a luva no tubo aquecido.

Passo 4: Após a fusão da luva em uma das pontas do tubo, coloque o bocal macho na outra bolsa da Luva e mantenha o dobro do tempo recomendado na tabela de aquecimento, retirando a termofusora em seguida.

Passo 5: Insira imediatamente o bocal fêmea da termofusora na outra ponta do tubo que está na parede, mantendo o tempo recomendado na tabela de aquecimento.

Passo 6: Por fi m, insira imediatamente a ponta do tubo na bolsa da luva, pressionando o tubo para a entrada na posição original da canaleta na parede.

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inovação em tubos e conexões

Reparo com luva eletrofusão

Passo 1: Corte o tubo perpendicularmente.

Passo 2: Limpe a parte interna da luva eletrofusão. Marque, sobre as extremidades dos tubos, a medida da bolsa da luva.

Passo 3: Introduza as pontas dos tubos nas bolsas da luva até as mar-cações realizadas anteriormente.

Passo 4: Conecte os terminais da eletrofusora aos terminais da luva eletrofusão. Durante a eletrofusão e a etapa de resfriamento, evite tra-ções e movimentos durante um intervalo de 5 minutos.

Aguarde 2 horas após a última termofusão antes de pressurizar a rede.

Cuidados especiais

• Raios ultravioletas: Os tubos e conexões devem ser protegidos da ação direta dos raios ultravioletas. Uma solução efi ciente é pro-teger a tubulação com material isolante, como fi ta de alumínio. Em instalações com aquecedores solares, proteja os tubos externos de entrada e saída das placas de aquecimento com material isolante.

• Conexões com inserto metálico: Ao utilizar este tipo de conexão, devem-se evitar torções elevadas na realização de uniões.

• Contato com corpos cortantes: O contato eventual com corpos cortantes provoca entalhes na superfície que podem causar ruptu-ras. É necessário impedir que isso aconteça, seja durante o armaze-namento ou a instalação.

• Manipulação do tubo: O Amanco PPR têm excelente fl exibilidade e ductibilidade, mas não é recomendado que seja exposto a fenô-menos que sofram excessivas solicitações externas, como golpes, marteladas e ações similares durante a instalação e o armazenamen-to.

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inovação em tubos e conexões

• Tanto durante quanto após a termofusão, deve-se evitar submeter as partes unidas a torções.

• Manipulação formação de gelo: O Amanco PPR é resistente às baixas temperaturas e formação de gelo em seu interior.

• Condensação: Para fl uidos em baixas temperaturas, normalmente aplicados em sistemas de refrigeração, é comum o fenômeno de condensação. Recomendamos, para estes casos, cobrir a tubulação com isolante térmico.

8.5. Linha Amanco Ultratemp CPVCA linha Amanco Ultratemp CPVC é uma solução segura, econômica e de fácil instalação para água quente e fria.

Um sistema de tubos e conexões para instalações hidráulicas, indicado para aplicação em obras horizontais e verticais.

O Amanco Ultratemp CPVC é fabricado em Policloreto de Vinila Clo-rado, disponível nos diâmetros 15, 22 e 28 mm. Os tubos tem compri-mento comercial de 3 metros.

A linha foi desenvolvida atendendo às normas brasileiras:

• NBR 15884 - Sistemas de tubulações plásticas para instalações pre-diais de água quente e fria em Policloreto de Vinila Clorado (CPVC).

• NBR 7198 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente.

Vantagens:• Rapidez e facilidade de instalação.

• Dispensa o uso de equipamentos específi cos e mão de obra espe-cializada.

• Instalação realizada por juntas soldáveis à frio com o Adesivo Aman-co Ultratemp CPVC, e Amanco Veda Rosca para juntas com roscas metálicas.

• Baixa perda de calor.

• Atóxico e livre de corrosão e incrustação.

Pressão de Serviço:• 24,0 kgf/cm² ou 240 m.c.a. conduzindo água à 20°C.

• 9,0 kgf/cm² ou 90 m.c.a. conduzindo água à 70°C.

• Temperatura máxima de trabalho 80°C.

• Coefi ciente de Dilatação Térmica Linear Média: 6,12x10-5/°C.

Importante: A linha Ultratemp Amanco não é indicada para condu-ção de vapor.

InstalaçãoPasso 1: Corte o tubo no esquadro com tesoura apropriada ou arco de serra e remova as rebarbas com o auxílio de uma lâmina (a superfície não deve ser lixada). Limpe as conexões e os tubos com uma fl anela para remover a poeira.

Passo 2: Aplique uma camada fi na e uniforme do Adesivo Amanco Ultratemp CPVC com o auxílio do pincel aplicador na parte interna da bolsa da conexão e na ponta do tubo.

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inovação em tubos e conexões

Passo 3: Encaixe as duas peças, dê ¼ de volta e pressione por aproxi-madamente 30 segundos. Remova o excesso com pano ou estopa e deixe secar, não interferindo na junta nos primeiros 15 minutos. Aguar-de 12 horas para submeter o sistema ao teste de pressão.

8.6. Linha Amanco PEXA Amanco utiliza tecnologia moderna e trás ao mercado brasileiro mais um sistema comumente utilizado na Europa.

O Amanco PEX monocamada atende instalações hidráulicas prediais de água quente e fria. O sistema utiliza bobinas de tubos em polieti-leno reticulado e conexões metálicas do tipo anel deslizante (slide fi t). Exclusivo para distribuição de água quente.

O Amanco PEX garante facilidade e rapidez na instalação hidráulica, é maleável e resiste à temperatura e ataque químico.

O sistema Amanco PEX está em conformidade com a NBR 15939 “Siste-mas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria - Polietileno reticulado (PE-X)” e tem vida útil de 50 anos.

O tubo PEX é fabricado em polietileno reticulado tipo B com silano (PE-Xb) e as conexões metálicas (em latão) são do tipo anel deslizante e atendem as normas brasileiras.

Benefícios

• Tubulação maleável.

• Facilidade de instalação, pois permite manuseio rápido e instalações ponto a ponto.

• Utilização de bitolas menores, se comparado a sistemas convencio-nais de instalações hidráulicas (PPR, CPVC e PVC).

• Instalação que permite fácil manutenção e redução de entulho já que não necessita de quebra de parede.

• Leveza que facilita o transporte das bobinas assim como estoca-gem.

• Diminuição do desperdício durante instalação.

• Redução no número de conexões.

• Alta resistência química e à corrosão.

• Baixa perda de calor.

• É compatível a vários métodos construtivos (drywall, alvenaria con-vencional e estrutural).

Características técnicas

• Tubos nas bitolas de DN 16, 20, 25 e 32 mm.

• Bobinas de 50 m (para 25 e 32 mm) e 100 m (para 16 e 20 mm).

• Conexões com roscas NBR NM ISO 7-1.

• Pressão - A classe de pressão de projeto varia conforme a série do tubo, atendida na norma pela pressão nominal, S4 - 0,8MPa e S5 -

0,6MPa.

A pressão de trabalho

TipoClasse deAplicação

PressãoNominal (Mpa)

DiâmetroNominal (mm)

Tubo PEX S4 DN 16x100 Classe 2 0,8 16

Tubo PEX S5 DN 20x100 Classe 2 0,6 20

Tubo PEX S5 DN 25x50 Classe 2 0,6 25

Tubo PEX S5 DN 32x50 Classe 2 0,6 32

Fonte: NBR 15939

• Temperatura de serviço: Conforme a NBR 15939, a temperatura de serviço para uma vida útil de 50 anos é de 70° C. A temperatura de pico é 95°C.

• Coefi ciente de dilatação linear: 1,4 x 10-4 mm/(m°C)

• Rugosidade: 0,007 mm

• Condutividade térmica: 0,35 W/m * °C

• Curvas: Devido à maleabilidade do tubo, não é necessário utilizar curvador para o Amanco PEX desde que os raios mínimos sejam respeitados para que não haja colapso do tubo. A recomendação do raio mínimo de curvatura, é de 10 vezes o diâmetro externo (DE) sem o curvador de alumínio (mola) e de 5 vezes o DE com uso de curvador de alumínio.

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inovação em tubos e conexões

InstalaçãoO sistema Amanco PEX pode ser instalado tanto através do método de distribuição pelo módulo distribuidor quanto pelo convencional, que utiliza derivações.

Devido ao melhor benefício da utilização do módulo distribuidor, so-mente esse método será detalhado.

O módulo distribuidor ou manifold faz a interface com outros siste-mas, serve de terminal para o sistema PEX e realiza a passagem e distri-buição da tubulação hidráulica. Funciona no sistema de Amanco PEX como uma caixa de disjuntores para o sistema elétrico.

O uso do módulo distribuidor reduz o número de conexões requeridas no sistema hidráulico e também facilita a manutenção.

Passo a passo

Passo 1: Inserir o anel na ponta do tubo. Fazer a bolsa gradualmente na extremidade do tubo com o alicate alargador, evitando a deforma-ção pontual do tubo.

Passo 2: Introduzir a conexão na bolsa do tubo. Recomenda-se deixar espaço de aproximadamente 2 mm entre o fi nal do tubo e a conexão.

Passo 3: Deslizar o anel sobre a bolsa com o auxilio da ferramenta de montagem.

Passo 4: Pressione até que o anel encoste na conexão.

Equipamentos utilizados na Instalação

Tesoura cortadora de tubos.

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inovação em tubos e conexões

Ferramenta de montagem e desmontagem para união por anel des-lizante.

Alicate alargador de tubos

Interface com outros sistemas hidráulicos

Toda ligação é feita através de conexões roscáveis ligadas ao módulo distribuidor, localizado dentro dos shafts para passagem das prumadas.

Importante!

• Utilizar fi ta veda rosca quando existir conexão metálica roscável en-tre diferentes sistemas utilizados.

• Em conexões móveis utilizar somente o anel de vedação, não é indicado o uso de veda rosca.

• Os tubos e conexões Amanco PEX não devem permanecer expos-tos à raios ultravioletas (luz solar) e intempéries no transporte e ar-mazenamento.

9. Sistema predial de esgoto sanitárioÉ o conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos destinados a coletar e afastar da edifi cação os despejos provenientes do uso da água, encaminhado-os para um destino adequado.

Tem a função de coletar, conduzir e afastar da edificação todos os des-pejos provenientes do uso dos aparelhos sanitários, conduzindo-os para a rede pública de coleta de esgotos ou para um sistema local.

Norma ABNT NBR 8160 diz que esse sistema deve:

• Evitar a contaminação da água potável.

• Permitir o rápido escoamento dos esgotos.

• Impedir que gases do interior do sistema de esgotos atinjam as áreas de utilização.

• Permitir fácil acesso para inspeções.

• Não misturar o sistema de esgoto com o de águas pluviais.

É dividido em 3 partes: instalação primária, instalação secundária e ven-tilação.

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inovação em tubos e conexões

Caixa deInspeção Coletor

ColetorPúblico

Água deLavagem

Caixa Sifonada

Caixa c/Grelha

Recalque

Subcoletor

Ramais deDescarga

Ramais deEsgoto

Coluna deVentilaçãoPrimária

Coluna deVentilaçãoSecundária

Tubo deQueda

9.1. Esgoto secundárioRecebe os esgotos dos aparelhos sanitários e encaminha para um des-conector, como sifões ou caixas sifonadas.

• Não deve ter contato direto com os gases do esgoto.

• Toda a instalação fi ca dentro do ambiente utilizado (banheiro, co-zinha etc.).

• Sempre utiliza DN 40.

Componentesa) Aparelhos sanitários: fornecem água e fazem a coleta dos esgo-tos gerados. Ex: pias, banheiras, bacia, mictórios, tanques e bidês.

b) Ramal de descarga: Recebe os esgotos dos aparelhos sanitários e leva até o desconector. Ficam localizados dentro das áreas molhadas da residência.

• Em banheiros – utiliza tubos e conexões de PVC DN 40.

RAMAL DEDESCARGA

Atenção!A bacia sanitária é um aparelho sanitário e não tem ramal de descarga.

• Não é ligada ao esgoto secundário.

• É ligada direto ao esgoto primário.

• Cozinha e áreas de serviço – Utiliza tubos e conexões de PVC DN 50, diâmetro ideal para evitar entupimento.

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inovação em tubos e conexões

c) Acessórios para facilitar o despejo

Adaptador para Máquina de Lavar

• Acopla a mangueira da máquina de lavar ao tubo de esgoto na parede

• Evita o retorno de insetos e mau cheiro.

Instalação

Passo 1: Lixar a bolsa interna do tubo e a parte externa da peça.

Passo 2: Limpe com solução limpadora e aplique adesivo plástico.

Passo 3: Solde a peça na parede.

Passo 4: Verifi que se o anel de vedação está bem posicionado.

Passo 5: Acople na saída de esgoto e faça o aperto manual.

• Não use fi ta veda rosca.

Passo 6: Ajuste a canopla

• Retire o plugue para fazer a ligação.

d) Desconector

Impede a passagem do esgoto para o ambiente fechado, através da atuação do fecho hídrico.

Ex: Caixas sifonadas, ralos sifonados e sifões.

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inovação em tubos e conexões

Fecho hídrico - é uma camada de água que bloqueia a passagem dos gases e de insetos. Essa camada de água deve ter no mínimo 5 cm.

Retorno dos gases

Fecho hídrico

Água após o uso

5 cm

Tubo de entradade água

• Devem ser protegidos contra possíveis pressões que ocorrem no interior da tubulação com um sistema de ventilação.

• Todos os aparelhos sanitários devem ter um desconectorinstalado próximo a eles. Ex: Pias da cozinha: sifão. Bacia sanitária: água do fundo da bacia.

Sifão

Existem vários tipos:

• Sanfonados universais

• Duplos

• Em “copo”

• Em “s”

H

Sifão em “S” Sifão Universal

H

Sifão em “Copo”

• Os sifões sanfonados solucionam problemas de alinhamento entre a pia e a tubulação de esgoto na parede.

Instalação

Passo 1: Verifi que qual a bitola da válvula.

Passo 2: Coloque a junta de vedação no periscópio do sifão de copo universal ou tubo extensível universal.

Passo 3: O sifão de copo universal ou tubo extensível universal possi-bilita três alternativas de instalação, conforme a situação:

a) Se a válvula for de 1” (7/8”), posicionar o adaptador roscável universal para a bitola 1” (7/8”).

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inovação em tubos e conexões

b) Se a válvula for de 1.1/4”, posicionar o adaptador roscável universal para a bitola 1.1/4”.

c) Caso a válvula seja de 1.1/2” (pia americana), não é necessária a utili-zação do adaptador roscável universal.

Passo 4: Coloque a junta de vedação no adaptador roscável universal, caso a válvula seja de 1 ou 1.1/4.

Passo 5: Encaixe o adaptador roscável universal na válvula e rosqueie, fazendo o aperto pelo periscópio do sifão.

Passo 6: Ajuste a porca de entrada do sifão de copo universal. O tubo extensível universal saída do esgoto permite que sua curvatura tome o formato de um sifão.

Passo 7: Verifi que qual é o diâmetro do tubo extensível universal na saída do esgoto.

Passo 8: O sifão de copo universal é compatível em todas as conexões de esgoto DN40 e DN50 ou diretamente nos tubos de esgoto DN40 e DN50 sem a bolsa (DN38 e DN48).O terminal DN38/40/48/50 deve ser colocado na saída do esgoto ape-nas por encaixe, sem a utilização de adesivo plástico.

Passo 9: Ajuste a porca de saída do sifão de copo.

Ralos

• Ralos secos: não têm fecho hídrico. Recebem água de pisos, terra-ços, sacadas e box.

• Ralos sifonados: Possuem sifonagem. Podem ter formato cilíndrico, cônico ou quadrado.

Água após uso

Retorno dos gases

Fechohídrico

grelha Entrada de água

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inovação em tubos e conexões

Caixas sifonadasRecebem os esgotos do ramal de descarga e levam para o ramal de esgoto, iniciando a parte do esgoto secundário. Requer sistema de ventilação.

Instalação

Passo 1: Faça o alinhamento das tubulações de entrada e saída.

Passo 2: Nivele a caixa com o contrapiso, através de caixa de areia ou concreto magro.

Passo 3: Na tubulação de entrada, faça a solda com adesivo plástico.

Passo 4: Na tubulação de saída, faça a junta elástica.

Ralo Sifonado Quadrado Ralo Sifonado Redondo

Ralo Sifonado Quadrado Ralo Sifonado Cilíndrico

Passo 5: Instale o porta-grelha com a colocação de espaçadores.

Passo 6: Faça o acabamento do piso.

Condições de instalação

• Caixa enterrada - deve-se fazer um berço de areia ou concreto fraco para apoiá-la. Ex.: térreo de edifi cações.

• Suspensa - deve-se utilizar abraçadeiras para a fi xação.

Complementos da caixa sifonada

a) Antiespuma - evita a saída de espuma, insetos e mau cheiro pela grelha das caixas ou ralos sifonados. Boa solução para ca-sos em que não tem ventilação no banheiro.

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inovação em tubos e conexões

b) Prolongamento – segmento de tubo que prolonga o tamanho das caixas sifonadas, de gordura e de inspeção.

c) Anti-infi ltração - recolhe a água de infi ltrações e leva para a caixa sifonada, evitando que o vazamento atinja o andar inferior.

9.2. Esgoto primário

Recebe os esgotos da parte secundária e leva até a rede pública ou fossa séptica.

• Contém gases do esgoto .

• Isolada pelo fecho hídrico.

• Recebe várias contribuições.

Componentes

a) Ramal de esgoto - Recebe o esgoto do desconector e leva até o tubo de queda.

RAMAL DE ESGOTO

• Sempre instalado na horizontal com certa declividade.

• Bitola maior ou igual à DN 50.

Caso especial - o ramal de esgoto da bacia sanitária deve ser maior ou igual a DN 100.

Instalado em:

• Pavimentos térreos: ligação através de caixas de inspeção.

• Pavimentos superiores: ligação direta no tubo de queda.

b) Tubo de queda - tubulação vertical em edifi cações de 2 ou mais pavimentos.

TUBO DE QUEDA

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inovação em tubos e conexões

• Recebe o esgoto dos ramais de esgoto e da bacia sanitária.

• Bitola mínima - sem bacia sanitária DN 75. Com bacia sanitária, mí-nimo DN 100 para evitar efeito funil.

• Nos pés da coluna pode ocorrer forte impacto pela queda de resí-duos. Utilizar conexões reforçadas (série R).

c) Subcoletor - tubulação horizontal que recebe o esgoto dos ramais de esgoto ou tubos de queda.

• Diâmetro mínimo DN 100.

• Instalar caixas de inspeção entre subcoletores.

• Declividade 1%, ou até 0,5% dependendo do comprimento do sub-coletor.

SUB-COLETORESÊ1%DECLIVIDADE

Curva Curtacom Bolsaspara pé de

Coluna

d) Coletor - tubulação fi nal que liga a última caixa de inspeção e o coletor público ou fossa séptica.

• Comprimento máximo 15 m.

• Bitola mínima DN 100.

• Declividade máxima 5%.

• Evitar desvios para evitar perda de carga.

Esgotosecundário Cx. sifonada

Caixa de inspeção

Coletor público

Tubo de ventilação

Coletor predialEsgoto primário

Esgoto primário

e) Válvula de retenção - tem a função de evitar o retorno do esgoto da rede pública para a residência, assim como a entrada de insetos e roedores para dentro da residência através do esgoto.

• Só libera o fl uxo por um lado.

Válvula de retenção

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inovação em tubos e conexões

Instalação

Passo 1: Chanfre a ponta dos tubos e coloque os anéis.

Passo 2: Aplique pasta lubrifi cante.

Passo 3: Verifi que o sentido do fl uxo para fazer a instalação correta-mente.

Passo 4: Acople os tubos e recue 5 cm de cada lado.

f) Caixas - são dois tipos: caixa de inspeção e caixa de gordura.

Caixas de Inspeção: utilizada para verifi car as condições da rede de esgoto em inspeção, facilitando a limpeza e desobstrução das tu-bulações.

Quando instalar?

• Na mudança de diâmetro, direção ou declividade.

• Receber os esgotos de vários subcoletores.

• Se o comprimento de coletores ou subcoletores for maior do que 12 m.

Cuidados na Instalação:

• Profundidade máxima 1 m.

• Evitar locais de tráfego de veículos.

Tipos

• Plástico - quadrada, retangular ou circular.

• Alvenaria de tijolos.

• Concreto.

Caixas de Gordura: retém gorduras, graxas e óleos. Evita entupimentos.

• Instalar em locais de fácil acesso e boa ven-tilação.

• Grande volume.

Porta tampa

Tampa de inspeção

Anel de vedação

Prolongador DN 300

Saída para o esgoto

Sifão removível

Entrada de esgoto

Corpo da caixade gordura

Porta tampa

Tampa de inspeção

Anel de vedação

Prolongador

Entrada de esgoto

Saída para o esgoto

Entrada de esgoto

Entrada de esgoto

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inovação em tubos e conexões

Tampa das caixas: deve fi car em local visível, no nível do terreno.

Instalação

Passo 1: Coloque a caixa na vala e verifi que o alinhamento.

Passo 2: Retire e faça um berço de areia ou concreto magro.

Passo 3: Verifi que o prolongamento para nivelar no piso e solde.

Passo 4: Solde os tubos de entrada.

Passo 5: Faça a junta elástica nos tubos de saída.

Passo 6: Proteja o porta tampa com plástico e coloque espaçadores.

Passo 7: Aterre com terra e areia e faça o acabamento do piso.

9.3. Ventilação

Impede que gases passem para o ambiente utilizado e levando-os para o ar livre.

• Mantém o bom funcionamento dos fechos hídricos

• Bitola mínima DN 75.

Obrigatória em qualquer instalação de esgoto primário (ABNT NBR 8160). A edifi cação pode ter somente ventilação primária ou conjunto de ventilação primária e secundária.

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inovação em tubos e conexões

Ventilação primáriaÉ o prolongamento do tubo de queda acima da cobertura do prédio.

a) Tubo ventilador primário

• Alinhamento reto e vertical.

• Extremidade do tubo deve ser aberta ao ar livre.

• Proteger com barrilete ou colocar um terminal de ventilação.

Tubo ventilador Primário

Tubo de QuedaColuna de Ventilação

Ramal de Ventilação

Ramal de esgoto Ramal de descarga

Desconector - C.S

Subcoletor

Ventilação secundáriaÉ formada por tubulações independentes do sistema predial de esgo-to, como ramais de ventilação e colunas de ventilação.

Ramal deventilação

Caixasifonada

Coluna deventilação

a) Ramal de Ventilação – liga o desconector e o ramal da bacia sani-tária na coluna de ventilação.

Ramal deventilação

Junção 75 X 50

Tê 50 mmRamal de esgoto

100 mm

50m

m

50m

m

b) Coluna de Ventilação - tubulação vertical com a parte superior aberta ou ligada a um barrilete.Diâmetros mínimos:

• Casas DN 50.

• Edifi cações DN 75.

• Aclive mínimo 1%: impede a entrada de esgoto no tubo.

Barrilete deventilação

Tubo ou coluna de ventilação

Telhados Laje Terraço

Barrilete deventilação

Mínimo 30 cm

Mínimo 30 cm

Mínimo 2 m

Tubo ou coluna de ventilação

Barrilete deventilação

Tubo ou coluna de ventilação

Terminal de ventilação para esgoto: tem a função de barrilete, protegendo o tubo de ventilação.

Fabricado em PVC com DN 50.

9.4. Poço de águas servidas

Reservatório destinado a armazenar as águas servidas (utilizadas) pelo sistema de abastecimento.

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inovação em tubos e conexões

9.5. Caixa de inspeção

Dispositivo visitável quando em pequena profundidade e que permite inspeção e introdução de equipamentos de limpeza.

9.6. Tubos e Conexões

Esgoto Série Normal

Tubos e conexões indicados para aplicação em sistemas prediais de esgoto sanitário e ventilação, com escoamento pela ação da gravidade (sem pressão), com classe de temperatura (picos) CT 45°C.

• Cor branca.

• 3 e 6 metros.

• DN 40 junta soldável.

• DN 50, 75, 100 e 150 - bolsa dupla atuação.

• Escoamento livre.

• Temperatura até 45°C.

Curva 90º Curta Luva Simples

Pasta Lubrifi canteTubo de PVC Esgoto

Esgoto Série Reforçada

Tubos e conexões com espessuras de paredes maiores que a série nor-mal, empregados em sistemas prediais de água pluvial, esgoto sani-tário e ventilação, bem como garagens e subsolos, com escoamento pela ação da gravidade (sem pressão), com classe de temperatura (pi-cos) CT 75°C.

• PVC reforçado.

• Cor cinza.

• 3 e 6 metros.

• DN 40 até 150 - bolsa dupla atuação.

• Temperatura até 75°C.

• Escoamento livre.

• Intercambiável com série normal.

Comparativo de espessuras

DiâmetroNominal (DN)

Série Normal

SN (mm)

SérieReforçada

SR (mm)

LinhaSilentium

(mm)

40 1,2 1,8 2,3

50 1,6 1,8 2,3

75 1,7 2,0 2,6

100 1,8 2,5 3,2

150 2,5 3,6 4,6

Tipos de juntas

Os tubos e conexões de Esgoto Série Normal e Reforçada, possuem Bolsa de Dupla Atuação, que permite a união através de 2 processos:

• Junta soldável

• Junta elástica

Junta soldável

O sistema é aplicado em instalações prediais de esgoto, escoamento por gravidade não submetido à pressão e na ventilação do sistema.

Passo 1: Cortar o tubo no esquadro e chanfrar a ponta. Com uma lixa d’água, tirar o brilho das superfícies a serem soldadas (ponta do tubo e bolsa da conexão), com o objetivo de melhorar a aderência (soldagem).

Luva Simples

Tubo de PVC Esgoto

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inovação em tubos e conexões

Passo 2: Limpar as superfícies lixadas com Solução Limpadora Aman-co, eliminando as impurezas que podem impedir a ação do adesivo. Esta ação também prepara o PVC para a soldagem.

Passo 3: Aplicar com pincel uma camada fi na e uniforme de Adesivo Plástico Amanco na parte interna da bolsa, cobrindo apenas um terço da mesma, e uma camada igual (um terço) na parte externa do tubo.

Passo 4: Juntar as duas peças, forçando o encaixe até o fundo da bolsa, sem torcer.

Passo 5: Remover o excesso de Adesivo Plástico Amanco e deixar se-car. Aguardar uma hora para liberar o fl uxo.

Junta elástica

Passo 1: Limpe com uma estopa a ponta e a bolsa a serem unidas, especialmente a virola de encaixe do Anel de Vedação.

Passo 2: Marque na ponta do tubo a profundidade da bolsa.

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inovação em tubos e conexões

Passo 3: Em seguida, encaixe corretamente o anel de vedação na vi-rola da bolsa do tubo.

Passo 4: Aplique uma camada de Pasta Lubrifi cante Amanco na ponta do tubo e na parte visível do anel de vedação.

ImportanteNão utilize graxas, vaselinas ou outros materiais gordurosas para lubrifi -car o anel de vedação. A pasta lubrifi cante é uma mistura de óleo vege-tal, agente saponifi cante e emulsionantes, sendo o produto adequado que garante vida útil do anel e bom desempenho da junta elástica.

Passo 5: Introduza a ponta do tubo, forçando o encaixe até o fundo da bolsa. Depois, recue o tubo aproximadamente 1,0 cm, para permitir eventuais dilatações na junta.

Lembre-se...

Que as tubulações de esgoto possuem juntas de dupla atuação, ou seja, podem ser executadas tanto com Anel de Vedação (Junta Elástica) ou com Adesivo Plástico (Junta Rígida).

Mas atenção...

• As bolsas de dupla atuação só existem em tubulações de esgoto a partir de DN 50 (esgoto primário). A bitola DN 40 (esgoto secundá-rio) só pode ser executada com junta soldada.

Linha Amanco Silentium®

O sistema Amanco Silentium® é a primeira solução ao alcance para re-duzir o problema de ruídos nas instalações de esgoto das edifi cações, com um sistema de qualidade e performance comprovado, acrescen-tando um valor agregado indispensável: o conforto do silêncio!

Os sons podem se propagar tanto pelo ar quanto por materiais sólidos e líquidos. Nas edifi cações, os ruídos podem se transmitir basicamente de duas formas:

• Via aérea (indireta): consequência do movimento e vibração que o líquido provoca ao passar no interior da tubulação, gerando ondas que fazem vibrar a parede do tubo e que transmitem sua deforma-ção ao ar, provocando o chamado Efeito Tambor.

• Via estrutural (direta): o som gerado pelos impactos do fl uído contra as paredes internas, especialmente de tubulações verticais, se pro-pagam pela tubulação até atingirem a estrutura da edifi cação.

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inovação em tubos e conexões

Transmissão de ruído de esgoto na edifi cação

• O sistema Amanco Silentium® é o resultado de um processo de úl-tima geração, que resulta na aplicação do PVC mineralizado, confe-rindo propriedades de isolamento acústico superiores aos sistemas convencionais;

• Devido ao acréscimo na espessura de parede e à elevada densidade da matéria prima utilizada nas tubulações, alcançamos níveis consi-deráveis de redução de ruídos;

• A função do PVC mineralizado nos tubos e conexões é isolar o ruído causado pelo transporte do fl uído através da tubulação (via indireta;

• Além do PVC mineralizado, os tubos Amanco Silentium® têm es-pessuras superiores aos da Série Reforçada, elevando a densidade e alcançando níveis consideráveis de redução de ruídos.

Comparativo Espessuras de parede (em mm)

DN SR Amanco Silentium ®

40 1,8 2,3

50 1,8 2,3

75 2,0 2,6

100 2,5 3,2

150 3,6 4,6

Campos de aplicação

A linha Amanco Silentium® é perfeita para a redução de ruídos em:

• Edifícios residenciais e comerciais

• Hospitais

• Hotéis

• Bibliotecas

• Laboratórios

Tubos Amanco Silentium®

• Cor laranja

• Super-reforçados. Comparação da espessura de parede para tubos DN 100:

• Amanco Silentium® PVC: 3,2 mm

• Esgoto Série Reforçada (SR): 2,5 mm

• Esgoto Série Normal (SN): 1,8 mm

• Fornecidos com a junta elástica bilabial integrada (JEBI).

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inovação em tubos e conexões

Junta elástica bilabial integrada (JEBI)

• Não soltam da canaleta por queda ou impacto do tubo ou da cone-xão no chão;

• Formato das aletas garante a dupla vedação entre a superfície do tubo e o alojamento da conexão;

• Além da vedação do sistema, têm a importante função de evitar a propagação de ruído ao longo da tubulação;

• Tem no seu interior uma alma em polipropileno, que impede o des-locamento da mesma;

• Fabricadas em borracha especial EPDM, é resistente aos ataques químicos e raios ultravioletas.

Lábio Anterior

Aletas

Alma em Polipropileno

Lábio Posterior

• A JEBI é formada por dois lábios (dupla vedação), onde o lábio ante-rior facilita a introdução e já realiza a estanqueidade, que é garantida pelo lábio posterior

Lábio AnteriorFacilita a introdução e proporciona estanquidade

Lábio PosteriorAssegura a dupla vedação

Caixa Sifonada Amanco Silentium®

(a) Grelha(b) Antiespuma(c) Defl etor antiespuma(d) Porta grelha(e) Tubo prolongador(f ) Antiinfi ltração(g) Amortecedor acústico(h) Corpo da caixa sifonada(i) Sifão removível(j) Defl etor acústico

j

g

i

h

a

b

c

d

e

f

Amortecedor Acústico para Caixa Sifonada

• Fabricado em borracha com dureza especial

• Aplicado entre o corpo da caixa sifonada e o prolongador

• Reduz a transmissão do ruído estrutural

• Amortece as vibrações geradas pelo fl uxo de fl uídos dentro do siste-ma de esgoto – garante a redução acústica entre pavimentos

• Fornecido em conjunto com duas abraçadeiras metálicas

• É de fácil e rápida instalação, garantindo total estanqueidade

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inovação em tubos e conexões

Amortecedor Acústico para Bacia Sanitária

• Fabricado em borracha com dureza especial

• Aplicado entre a conexão (ex. Joelho 90°) e o prolongador da caixa sifonada

• Reduz a transmissão do ruído estrutural;

• Garante redução acústica entre pavimentos;

• Fornecido em conjunto com duas Abraçadeiras Metálicas;

• É de fácil e rápida instalação, garantindo total estanqueidade.

Abraçadeiras Amanco Silentium®

• O sistema Amanco Silentium® possui abraçadeiras especiais nos di-âmetros de DN 40 até DN 150, que servem para sustentar as tubula-ções verticais e horizontais do sistema.

• Seu formato reduz signifi cativamente o ruído causado pelas vibra-ções das tubulações.

Benefícios da Linha Amanco Silentium®

• O Amanco Silentium® possui alta durabilidade, resistindo tanto a es-forços térmicos quanto aos mecânicos.

Maior resistência mecânica devido ao aumento de espessura de parede em relação aos tubos da Série Reforçada (SR)

Resistência ao impacto muito superior aos tubos da Série Normal (SN) e da

Série Reforçada (SR)

Facilidade de encaixe e rapidez na execução da junta

Dupla segurança em relação a estanqueidade

Alta resistência a detergentes, desinfetantes e produtos de

limpeza em geral

Tecnologia em PVC Mineralizado auto extinguível

Compatibilidade com outros sistemas

• O Amanco Silentium® é totalmente compatível com os sistemas Amanco Série Normal (SN) e Série Reforçada (SR), pois seus diâme-tros externos são idênticos e esta disponiveis nas bitolas comerciais do DN 40 a DN150.

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inovação em tubos e conexões

9.7. Amanco Eco Caixa

Características e atributos

• Adequada à NBR 15491: caixa de descarga para limpeza de bacias sanitárias - Requisitos e métodos de ensaio.

• Efi ciente: produto compacto, realiza limpeza da bacia sanitária com ótimo desempenho: 6,0 litros.

• Economia de água: por ter capacidade volumétrica de 6 litros eco-nomiza aproximadamente 33% do volume de água quando com-parada aos modelos de caixas de descarga de 9 litros.

• Controle total da descarga através da corda de acionamento.

• Ecológica: produto com preocupação ambiental por utilizar menos água quando comparada ao modelo de 9 litros.

• Inovadora: design moderno com embalagem diferenciada.

• Cores: Branco, Caramelo, Cinza Prata e Areia.

• Com repositor do Fecho Hídrico ajustável.

• Melhor aproveitamento do espaço interno

Instalação

Passo 1: A altura de instalação deve ser de 2 metros medidos a partir do piso acabado até o ponto de fi xação da caixa de descargaVocê poderá utilizar os tubos de descida Amanco nas versões: de em-butir com curva ou na versão externo.Recomendamos apenas utilização de tubos de descida com 1,60 me-tros DN (40) (I).

Atenção: O limite de pressão no ponto de utilização da instalação hidráulica predial deve ser de 400 kPa (4,0kgf/cm2 segundo NBR 5626: Instalação predial de água fria).

Passo 2: Ponto de fi xação: a caixa de descarga deve ser nivelada e pa-rafusada à parede pelos suportes (A) situados na parte superior traseira da caixa de descarga.

Passo 3: Encaixar tubo de descida (J) na saída da caixa de descarga empurrando-o até fi car fi rme. Para ligar o tubo à bacia sanitária, utilize o espude Amanco com bolsa de ligação para acabamento.

O tubo de descida deve fi car sempre na posição vertical e a caixa de descarga não deve fi car apoiada sobre o tubo de descida.

Passo 4: Ligação de água: ligar o terminal do engate fl exível (B) na rosca localizada na parte superior da caixa (C). Rosqueie o nípel (D) no ponto de espera da água na parede utilizando fi ta veda rosca Amanco e em seguida rosqueie o outro terminal (B) do engate fl exível. Não há necessidade de inverter o posicionamento da torneira de boia. Os ter-minais do engate não necessitam de fi ta veda rosca.

Acionamento da descarga: A descarga ocorre enquanto a corda de acionamento (E) está puxada. Ao soltá-la, interrompe-se a descarga, permitindo controle do volume de água pelo usuário.

Engate Flexível: A ligação da caixa de descarga ao ponto hidráulico é feita através do engate fl exível. A Amanco oferece diversos compri-mentos de engates fl exíveis, todos na bitola de 12". Não tensionar, ou seja, não esticar o engate para não comprometer o funcionamento ade-quado da çaixa de Descarga.

Regulagem do nível da água: Este produto vem regulado de fábrica e não necessita de ajustes na torneira de boia.

Dispositivo de bloqueio de odores: Para repor a água no fundo do bacia sanitária após a descarga e impedir a passagem do mau cheiro, acione o dispositivo repositor do fecho hídrico através do botão (F).

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inovação em tubos e conexões

Algumas bacias sanitárias já realizam reposição de água automati-camente. Para verifi car a necessidade de reposição deste volume de água, também conhecido como fecho hídrico, faça o seguinte teste após a instalação da Eco Caixa: deslize o cursor (F) totalmente até a posição (-), desativando o dispositivo. Em seguida, acione a descarga e aguarde 4 minutos, ou o tempo de enchimento da caixa de descar-ga. Verifi que, então, se a distância entre a superfície da água e a borda superior da saída da bacia sanitária (distância G) tem, no mínimo 5 cm. Nesta condição não necessita de repositor de água acionado e o dis-positivo deve permanecer desativado com o cursor (F) na posição (-). Caso a distância (G) seja menor que 5 cm, o cursor (F) deverá ser ajusta-do gradativamente na direção da posição (+) até completar a distância (G) de 5 cm.

A saída de bacia sanitária deve sempre estar bloqueada com água para impedir o retorno de mau cheiro proveniente da tubulação de esgoto.

Importante: Quando o dispositivo de bloqueio de odor (F) estiver ajustado na posição (+) sem necessidade, poderá haver maior consu-mo de água.

Tampa da caixa de descarga: Não remova a tampa da caixa de des-carga sob nenhuma hipótese, pois o mecanismo de funcionamento está ligado a ela.

Em caso de mau funcionamento verifi que:

Problema Verifi cação

O produto não funciona de forma satisfatória

Verifi car se a bacia sanitária utilizado é de 6 litros para que a Eco Caixa funcione perfei-tamente. Caso a bacia sanitária seja de 9 li-tros, o desempenho da Eco Caixa poderá ser comprometido. Recomendamos utilização de bacias sanitárias de 6 litros. Verifi car se há tensionamento do engate plástico. Verifi car se o tubo de descida está forçando a Eco Cai-xa, tornando o fundo da caixa de descarga abaulado para dentro. Se isso ocorrer o me-canismo interno pode estar forçado, o que prejudica o seu funcionamento.

Vazão da descarga insufi -ciente

Altura de instalação inferior à recomenda-da - 2,0 metros do piso acabado aos pontos de fi xação da Eco Caixa na parede. Verifi car encaixe do Tubo de descida. Caso esteja mal instalado poderá permitir entrada de ar, com-prometendo o funcionamento da Eco Caixa. Verifi car se o modelo da baica sanitária é de 9 litros. Recomendamos utilização de bacias sanitárias de 6 litros.

Vazamento de água den-tro da bacia

Verifi car se o repositor do fecho Hídrico (F) está em funcionamento, pois em algumas regiões de pressão de rede muito baixas, o tempo para o fechamento total da caixa de descarga pode ser mais demorado, dando a impressão de vazamento. Verifi car se o ajus-te adequado para repositor do fecho hídrico está conforme teste descrito neste catálogo

Vazamento entre rosca da tampa da Eco Caixa e ter-minal do engate fl exível

Reapertar o engate fl exível ou trocá-lo.

9.8. Fossa Séptica

A fossa séptica é um tratamento de esgotos complementar para resi-dências e edifi cações. Seu uso é essencial na melhoria das condições de higiene da população nos locais onde não existem redes públicas de coleta de esgotos. Auxilia no combate de doenças, evitando con-taminação pelo lançamento dos esgotos diretamente no solo, rios e lagos.

Elas têm a função de separar e transformar a matéria sólida contida nos esgotos em um líquido não contaminante. Esse líquido que sobra após o consumo do material orgânico, é lançado no terreno através do sumidouro, fi nalizando o tratamento.

Caixa de inspeção

Sumidouro4 metros

Fossa séptica

O sumidouro é um poço sem laje no fundo, que permite a infi ltração no solo do líquido que sai da fossa séptica. Eles podem ser construídos de tijolo maciço, blocos de concreto ou com anéis pré-moldados de concreto.

Esse sistema pode receber os esgotos de uma ou mais edifi cações, de ambientes como banheiros, áreas de serviço, ralos e cozinhas, desde que sua capacidade (volume) seja compatível com a quantidade de pessoas que a utilizam.

Obs: No caso dos esgotos da cozinha, deverá existir uma caixa de gor-dura antes do envio para a fossa séptica.

As fossas sépticas podem ser fabricadas no local da obra ou pré-mol-dadas. As fabricadas no local podem ter formado retangular ou circular e as pré-moldadas plásticas sempre cilíndricas.

Amanco Fossa Séptica

A Amanco possui a Amanco Fossa Séptica fabricada em polietileno para ser utilizada em instalações prediais. Ela deve fi car enterrada e ser utilizada exclusivamente para a recepção de esgoto doméstico.

É fornecida nos volumes de 1800, 3000, 5500 e 10000 litros, vem pronta para instalar e é completamente equipada com sistema integrado de fossa e fi ltro retentor de sólidos, em uma só peça.

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inovação em tubos e conexões

Funcionamento

Os esgotos entram na fossa séptica e sofrem a ação de bactérias que atuam na ausência de oxigênio. Durante a ação desses microrganis-mos, parte da matéria sólida é transformada em gases ou em substân-cias que se dissolvem no líquido contido na fossa.

Esse líquido é enviado ao sumidouro para infi ltração no solo, que serve como fi ltro para continuação do tratamento. Ao longo do processo o lodo acumula no fundo da fossa, e na superfície do líquido se forma uma camada de espuma insolúvel e leve, que evita a circulação do ar. Como resultado ocorre à destruição de organismos que causam do-enças.

Dimensionamento

O volume da fossa séptica depende do número de pessoas na resi-dência ou edifi cação. O dimensionamento é feito em função de um consumo médio de água por pessoa/dia, entretanto sua capacidade não deve ser menor que 1000 litros.

A Amanco Fossa Séptica possui uma relação simples para a escolha do volume, de acordo com o número de pessoas e o tipo de edifi cação (residencial ou comercial):

Nº de Pessoas

Capa

cida

de (L

)

Altu

ra (c

m)

Diâ

met

ro (c

m)

Resi

denc

ial

Com

erci

al

5 7 1.800 120 160

10 14 3.000 180 160

20 30 5.500 230 200

45 60 10.000 255 235

O dimensionamento do sumidouro (diâmetro e profundidade) depen-de da quantidade de líquido lançado e do tipo de solo no local. Em geral utilizam-se sumidouros com 1,0 ou 2,0 m de diâmetro e 3,0 m de profundidade.

Recomendações

A Amanco Fossa Séptica deve ser instalada enterrada e seguindo no mínimo as seguintes distâncias:

• 2,0 metros de construções

• 5,0 metros de árvores

• 20,0 metros de rios, lagos, poços, córregos, piscinas e águas de qual-quer natureza.

Essas distâncias são defi nidas para evitar contaminações no caso de um eventual vazamento.

As fossas sépticas não devem fi car muito perto das residências, para evitar mau cheiro, e nem muito longe, para evitar tubulações muito longas, que são mais caras e exigem fossas mais profundas, devido ao caimento da tubulação.

É importante que ela seja instalada sempre no nível mais baixo do ter-reno e abaixo do ponto de captação de água para consumo humano ou animal.

A Amanco Fossa Séptica foi projetada para que a limpeza ocorra ape-nas uma vez por ano, desde que esteja atendendo a quantidade de pessoas determinada no dimensionamento.

10. Sistema predial de águas pluviais

As águas pluviais são aquelas que se originam a partir das chuvas. A captação dessas águas tem por fi nalidade permitir um melhor escoa-mento, evitando alagamento, erosão do solo e outros problemas.

As instalações pluviais têm como principal função recolher e condu-zir para um local determinado as águas provenientes da chuva que atingem a edifi cação, garantindo, desta forma, que não haja excessiva umidade no edifício. Uma solução inadequada pode gerar a umida-de ou mesmo a entrada de água no ambiente, nas paredes, nos pisos, etc. Para solucionar este problema de umidade devemos ter telhados e sistemas de cobertura adequados, impermeabilização das fundações, boa ventilação nas dependências.

Depois de coletadas, as águas pluviais podem ter os seguintes desti-nos:

1. Disposição no terreno, com o cuidado para não haver erosão, usan-do para isso leito de pedras no local de impacto.

Grama

Camada de Terra

Camada de Areia

Camada de Brita

Manta Drenante

Tubo 100mm perfuradopara captação de água

2. Disposição na sarjeta da rua por tubulação enterrada sob o passeio, pelo sistema público, as águas pluviais chegam até um córrego ou rio.

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inovação em tubos e conexões

3. Armazenada em cisterna (reservatório inferior) de acumulação de água, para uso posterior.

Cisterna

Filtro

Bombeamento

Condutores Verticaise Horizontais

Calhas

SISTEMA DE ÁGUAS PLUVIAIS

SISTEMA DE ÁGUA FRIA

ReservatórioSuperior

10.1. Componentes

a) Elementos Prediais

• Áreas de Captação

• Calhas

• Condutores

• Caixas e reservatórios

b) Elementos Públicos

• Sarjetas

• Bueiros

• Tubulação de drenagemChuva

Calhaplatibanda

Chuva

Condutoresverticais

Desaguana guia

Calhabeiral

Condutor horizontal

Áreas de captaçãoFeita através da cobertura da edifi cação, chamada de Área de Contri-buição:

a) Telhados - protegem o espaço interno do edifício das intempéries. trazendo conforto.

Bocal de descida (condutor vertical)

Tipos de telhado

• Beiral: é o prolongamento do telhado além das paredes externas, projetado para proteger as portas, varandas e esquadrias da chuva e insolação direta.

• Platibanda: é uma pequena murada utilizada para esconder o telha-do das construções.

1 Água 2 Águas

Beiral Platibanda

Casos especiais

• Água para frente ou para trás: a chuva que cai na casa 1 é recolhida em calha no ponto A, que joga na rampa inclinada onde existe um ralo B e tubulação enterrada, que a leva a um ralo em C e D (casa 2), onde fi nalmente ganha a sarjeta da rua. Boa parte dos problemas se resolveria ligando a água pluvial do telhado da casa 1 diretamente até o ponto E, eliminando dessa forma o ponto B.

• Jogando água do telhado em telhado: as águas coletadas pelo te-lhado A caem em calhas e são jogadas sobre o telhado B. Telhados são estruturas frágeis e não devem receber vazões concentradas (carga de impacto). Caso o telhado B não tenha sido calculado para isso, pode ter algum problema estrutural. Sendo assim o correto se-ria transportar a água do telhado A até a rua, por um condutor.

Telhado A

Telhado B

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inovação em tubos e conexões

• Água despejada em transeunte: este é um caso muito comum, no qual a água do buzinote cai em cima do transeunte. A solução cor-reta seria transportá-la por tubo, até a sarjeta.

BuzinoteLaje

Rua

• Água levada para local indevido: as duas calhas no início levavam a água para o coletor central. Com o tempo, as calhas cederam nas extremidades; a água começou então a carregar o trecho mais de-formável da calha, que é a parte mais distante do ponto de coleta junto ao condutor. O problema tende a se agravar e a casa não terá mais um sistema de calha condutor, e sim dois pontos de despejo

da água, nas extremidades opostas ao ponto do condutor.

Marquises e terraços

Nos terraços, em algumas estruturas de coberturas e marquises, a solu-ção para escoar águas pluviais é totalmente diferente do visto até aqui. Nesses casos, usa-se para escoar as águas das chuvas:1. Ralos recolhendo a água que cai sobre a cobertura;2. Buzinotes, que são tubos de pequena extensão e pequeno diâmetro, que esgotam as águas que nele chegam.

Pingadeira

I = 1%

PVC Ø 100mm(Buzinote)

I = 5%

Falhas nestes sistemas podem acumular água, gerando um peso que talvez a estrutura não suporte e ocorra ruína. Em marquises, a defi cien-te disposição de águas pluviais pode provocar o acúmulo de água, facilitando a oxidação da armadura negativa do concreto armado. A armadura oxidada gera trincas que aumentam a penetração da água; agrava-se ainda mais o dano à armadura, levando freqüentemente ao colapso da marquise. As marquises de concreto armado podem tornar--se, assim, verdadeiras armadilhas, pois uma defi ciente drenagem as derrubará por umidade. Nem sempre a armadura negativa das marqui-ses fi ca, por defi ciências construtivas, na posição alta desejada, acentu-ando a perda de capacidade estrutural da peça.

Uma solução para o afastamento de águas de chuva das marquises é dotá-las de um sistema composto por:

1. Impermeabilização da sua face superior;2. Número adequado de buzinotes;3. Limpeza da marquise e manutenção periódica dos buzinotes;4. Usam-se buzinotes a cada cinco metros de perímetro da cobertura;5. O diâmetro mínimo do buzinote deve ser de 50mm;6. Um mínimo de dois por marquises.

Cuidados especiais

Capacidade de escoamento

Área máxima de contribuição (ac): é a área máxima de cobertura que drena uma quantidade de chuva suportável pela calha. É calcula-da de acordo com a NBR 10844: Instalações prediais de águas pluviais, respeitando-se a intensidade pluviométrica de cada região conforme tabela abaixo:

Região Intensidade pluviométrica

(l/min.)

Área máxima de contribuição p calha

(AC) m2

Belo Horizonte 277 141

Goiânia 178 180

Curitiba 204 157

Manaus 180 178

Porto Alegre 146 219

Fortaleza 156 205

Rio de Janeiro 142 225

São Paulo 132 242

(at) Área de contribuição do telhado: é a área da cobertura onde a água da chuva escoa na calha, calculada conforme fórmula abaixo:at = (a+h/2)xb

Deve-se comparar a área de contribuição do telhado (At), com a área máxima de contribuição (Ac), conforme condição:

At < Ac

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inovação em tubos e conexões

Para obter uma melhor efi ciência no escoamento, recomenda- se que o bocal de descida seja localizado no centro da cobertura, podendo-se assim dobrar a área de contribuição do telhado (At), respeitando sem-pre a área de contribuição máxima (Ac). Se a área de contribuição do telhado (At) formais que o dobro da área de contribuição máxima (Ac), recomenda- se a utilização de mais um bocal de descida.

Região Índice Pluviométrico (mm/h)*

Área máxima de Telhado por Condutor

(AMT) m2

CAL/B 100 CAL/BOC

Belo Horizonte 277 141

Goiânia 178 180

Curitiba 204 157

Manaus 180 178

Porto Alegre 146 219

Fortaleza 156 205

Rio de Janeiro 142 225

São Paulo 132 242

Aracaju

Belém

Florianópolis

João Pessoa

Maceió

Natal

Salvador

São Luis

* Dados de pluviosidade para período de retorno de 5 anos, extraídos da norma NBR 10844 de Dez/1989

Área de contribuição do telhado (AT): A área de contribuição do seu telhado deve ser calculada da seguinte forma:AT = (a+h/2) x bPara telhados com inclinação de até 20 graus, a área máxima por con-dutor (AMT) que a calha pode esgotar nas principais regiões é dada pela tabela acima.O número de condutores (Nc) recomendado para sua instalação é cal-culado pela fórmula abaixo:Nc = AT (m²) / AMT (m²)O resultado desta conta deve ser sempre arredondado para cima. Se você souber o índice pluviométrico (IP) da sua região você pode cal-cular a área máxima por condutor do seu telhado (AMT) usando a se-guinte fórmula:AMT (m²) = 10800 / Índice Pluviométrico (mm/h).

Importante

• Os cálculos apresentados, bem como a capacidade de vazão da calha, foram obtidos baseados em telhados com inclinação de 20°. Lembramos que havendo variação na angulação do telhado, a velo-cidade de enchimento da calha também irá mudar.

Calhas

As calhas recebem as águas do telhado, conduzindo-as imediatamente aos condutores verticais. Devem ter declividade mínima de 0,5%, esse é um item que os maus construtores alegam ser difícil de atender e na prática constroem as calhas horizontais e, às vezes com declividade invertida, ou seja, a declividade afasta as águas do ponto de coleta.

Podem ser Fabricadas em PVC, chapa galvanizada, alumínio ou cobre.

Formato da seção

Regular U V Circular Semicircular

Tipos

Calha de beiralInstalada no

beiral do telhado

Calha água furtadaInstalada noencontro das

águas do telhado

Calha de platibanda

Instalada no vãoentre a parede

e o telhado

Amanco Calhas Pluviais

• Calhas pré-fabricadas em PVC

• Instalação em Telhados com beiral

• Não sofre oxidação

• Barra 3 m

• Vazão de 533 L/min

• Declividade mínima 0,5%

01 - Perfi l 09 - Esquadro Interno02 - Condutor Vertical 10 - Esquadro Externo03 - Abraçadeira 11 - Suporte em PVC04 - Emenda 12 - Suporte Dobrado05 - Joelho 90º 13 - Suporte Metálico06 - Joelho 60º 14 - Acoplamento07 - Cabeceira Esquerda 15 - Bocal08 - Cabeceira Direita 16 - Vedação

01

01

15

14

06

06

03

02

03

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16 01

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inovação em tubos e conexões

Instalação

Passo 1: A Calha Pluvial pode ser instalada diretamente na testeira de madeira, sendo que a telha deve avançar pelo menos 5 cm para o in-terior da calha.

Passo 2: Para fi xação do suporte, escolha o ponto mais alto da instala-ção a 30 cm da extremidade do beiral. Amarre a linha no suporte e es-tique até o último suporte do trecho, ponto mais baixo, com inclinação mínima de 0,5% (5 mm a cada metro).

Passo 3: A linha servirá como base para colocação dos suportes inter-mediários, sendo que o espaçamento máximo entre eles deverá ser de 60 cm.

Passo 4: Os bocais de descida deverão ser instalados sempre no ponto mais baixo e fi xados entre suportes, determinados previamente, res-peitando o limite da área de contribuição máxima.

Passo 5: Inicie a colocação da calha: fi xe a borda interna (reta) da ca-lha no suporte, girando-a em seguida para baixo até encaixar a borda externa (redonda).

Passo 6: As conexões devem ser fi xadas na própria calha, como no passo 5, usando sempre a Vedação para Calha Pluvial Amanco.

Passo 7: Para trechos de calhas menores que 3 m, marque com um lápis e corte o perfi l com serra metálica.

Passo 8: Nos cantos de telhados, onde há mudança de direção do escoamento de água, utilize as peças Esquadro Interno ou Esquadro Externo. Fixe os esquadros entre os suportes.

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inovação em tubos e conexões

Passo 9: No fi nal de trechos de calha, utilize as cabeceiras para calha pluvial Amanco.

Passo 10: Quando o bocal de descida for instalado no fi nal do trecho, utilize sempre mais um trecho de calha com suporte e cabeceira.

Passo 11: A montagem do condutor pode ser feita diretamente, en-caixando o joelho 60º no bocal de descida, ou com a utilização do aco-plamento e de um segmento de condutor, como na fi gura a seguir.

Passo 12: Os condutores deverão ser soldados nas conexões com Adesivo Plástico Amanco. No fi nal do condutor, utilize um joelho 90º. As abraçadeiras devem ser fi xadas com parafusos, respeitando o espa-çamento máximo de 1,5 m.

Utilização dos perfi s metálicosa) No caso de beiral com caibro recuado ou cortado fora do prumo, a calha deve ser instalada com o auxílio da haste zincada.

b) O suporte dobrado tem a mesma função da haste, mudando apenas o sistema de fi xação, podendo ser ajustado de acordo com a inclinação do telhado. Dobre a presilha, prendendo a calha.

Dicas para Instalação

• Antes de indicar a montagem, verifi que se possui todas as ferramentas necessárias à instalação.

• Tenha certeza de estar localizando a saída de água dos condutores em pontos que irão permitir a drenagem da água, de forma adequada.

• Sempre trabalhe seguro. Nunca tenha pressa.

• Nunca agarre-se à calha quando estiver subindo no telhado da casa.

Condutores

Condutores verticais

São tubulações verticais que têm por objetivo recolher as águas cole-tadas pelas calhas e transportá-las até a parte inferior das edifi cações, despejando-as livremente na superfície do terreno, ou levar aos condu-tores horizontais até as redes coletoras, que poderão estar situadas no terreno ou presas ao teto do subsolo (pilotis), por meio de abraçadei-ras, no caso dos edifícios com esse pavimento.Os condutores verticais devem ser projetados, sempre que possível, em uma só prumada. Quando houver necessidade de desvio, devem ser usadas curvas de 90° de raio longo ou curvas de 45° e previstas peças de inspeção.Quando a edifi cação estiver localizada em áreas arborizadas, pode ocorrer o entupimento dos condutores. Nesse caso, é importante que se coloque uma tela no local das calhas, evitando a introdução de fo-lhas e pequenos galhos dentro das tubulações e permitir fácil limpeza e manutenção.

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inovação em tubos e conexões

Condutores horizontais

Têm a fi nalidade de recolher as águas pluviais dos condutores verticais ou da superfície do terreno e conduzi-las até os locais permitidos pelos dispositivos legais. Os condutores horizontais devem ser projetados, com declividade uniforme, com valor mínimo de 0,5%. A ligação entre os condutores verticais e horizontais deve ser feita com curva de raio longo.

Caixa de águas pluviais

É um dispositivo aplicado em instalações para águas pluviais, com a fi nalidade de reter produtos sólidos, permitindo a limpeza periódica do sistema. Pode ser instalada com Tampa ou Grelha, caso necessite coletar também do próprio local da instalação.

Porta tampa

Porta grelha

Grelha

Tampa

Prolongador

Anel de vedação

Corpo da caixa

Cisternas

São reservatórios adequados para armazenamento de água potável ou águas pluviais. Indicados para captação de água de chuva ou poços para uso em sanitários, limpeza em geral e em jardins.

Em regiões não dotadas de rede de água ou de obtenção difícil de água, é comum o uso de cisternas (reservatório inferior) coletando a água que cai em telhados. A qualidade destas águas é suspeita, mas pode ser aceitável como água para uso menos nobre, como a lavagem de utensílios. Não se deve ingerí-la, pois trazem poluição do ar e sujeira dos telhados.

Amanco Cisterna

Aplicação

Reservatórios adequados para armazenamento de água potável (rede pública). Indicados para captação de água de chuva ou poços para uso em sanitários, limpeza em geral e jardins.O polietileno é um material absolutamente atóxico devidamente apro-vado para contato com alimentos pelo Instituto Adolfo Lutz, Ministé-rio da Saúde e FDA USA (Food & Drug Administration). Além disso, a Amanco Cisterna apresenta também:

• Parede interna lisa e branca para visibilidade, facilidade na limpeza e conservação da temperatura da água;

• Tampa rosca para completa vedação contra a entrada de insetos e poeira garantindo proteção à água depositada;

• Ausência de emendas, junções ou colagens;

• Leveza e resistência;

• Uma das linhas mais completas do mercado;

• Linha completa de acessórios que complementam o sistema de ar-mazenamento de água, desenvolvidos para garantir o uso racional da água, evitando o desperdício. São eles:

• Adaptadores auto ajustáveis, roscáveis ou soldáveis

• Filtros e velas (para instalação próximo ao cavalete de entrada)

• Eletronível automático (fi o de 1,5m)

• Torneiras de bóia com balão plástico ou de latão

• Fita veda rosca

• Solução limpadora

• Bombas d’água elétricas periféricas

• kit instalação: composto por torneira de bóia com balão plástico de 3/4”, 2 adaptadores auto ajustáveis de 3/4”, 1 adaptador auto ajustável de 1.1/2” e 1 fi ltro d’água

Características• Fabricadas em polietileno de alta densidade

• Parede interna lisa

• Impermeável

• Conserva a temperatura da água

• Usada exclusivamente enterrada

A Amanco Cisterna é fabricada na cor azul (externa) e branca (interna) e destina-se única e exclusivamente para o armazenamento de água.

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inovação em tubos e conexões

Importante!

A Amanco Cisterna é fabricada para ser enterrada exclusivamente. Em hipótese alguma instale a cisterna sob a ação de intempéries, pois a ação dos raios solares atravessará a parede da cisterna proporcionando entrada de luz, possibilitando a proliferação de algas e bactérias.

Características Técnicas

Medidas Aproximadas

Capacidade Altura Diâmetro (cm) Peso (kg)

2.100 120 160 46,6

3.300 180 160 63,6

6.000 230 200 114,6

10.000 255 235 198,6

Atenção: Para armazenamento de outros líquidos, solicitar autoriza-ção por escrito do Departamento Técnico da Amanco através do aten-dimento amanco: 0800 701 8770.

Montagem

Conheça todos os procedimentos para fazer uma instalação rápida e segura de uma cisterna.

Adaptador Auto-ajustável (Flanges)

A Amanco Cisterna apresenta locais específi cos para perfuração das entradas de tubulações.

Não é recomendável fazer as furações feitas fora dos 6 pontos especifi -cados, assim como as furações realizadas com brocas, serras tico-tico e outras ferramentas que não sejam serras-copo.

Material utilizado

1. Furadeira2. Serra-copo 1.1/2” e 3/4”3. Tubos de PVC Amanco (mesmas bitolas dos fl anges)4. Lixa5. Chave de grifo6. Fita veda-rosca7. Adesivo plástico para PVC Amanco8. Flanges 1.1/2” e 3/4”9. Kit torneira de bóia10. Filtro para caixa d’água (item opcional para instalação próximo ao

cavalete de entrada)11. Solução limpadora

11

109

9

9

8

8 8

1

7

4

6

2

3

5

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inovação em tubos e conexões

Passo a passo

Passo 1: Retire a tampa para começar a instalação da cisterna. O as-sentamento deve ser feito somente sobre superfície plana e nivelada.

Passo 2: Inicie a furação da caixa nos pontos indicados pelo fabricante. Para isso, utilize serra copo compatível com o diâmetro das fl anges.

Passo 3: Certifi que-se que a cisterna tenha no mínimo 3 furos, sendo: um para a entrada d’água, um para a saída d’água e um terceiro para o extravasor (ladrão).

Passo 4: Em seguida, inicie a fi xação das fl anges.

Passo 5: Aperte manualmente as fl anges pelo lado interno da caixa. Se necessário utilize uma chave de grifo para ajustálas.Atenção! Faça isso com cuidado, de forma a garantir a junção perfeita das peças sem danifi cá-las. O uso de fl anges com vedação de borracha dispensa vedação adicional, com silicone, por exemplo.

Passo 6: Depois, inicie a instalação da tubulação utilizando tubos de bi-tolas equivalentes as das fl anges. Para facilitar a execução, lixe as fl anges.

Passo 7: Em seguida, faça o mesmo com a ponta dos tubos que serão ligados à cisterna.

Passo 8: Passe o adesivo plástico para PVC nas fl anges e nos tubos que serão conectados. Mas antes use solução limpadora para melhor aderência do adesivo para PVC.

Passo 9: Em seguida, conecte os tubos nas fl anges.

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inovação em tubos e conexões

Passo 10: Do lado interno da cisterna, instale a torneira de boia junto à fl ange de entrada de água. Para tanto, fi xe a torneira separada da boia. Não se esqueça de usar fi ta veda rosca Amanco para instalar a torneira de boia.

Passo 11: Na sequência fi xe a boia roscável na base.

Passo 12: Antes de concluir, limpe toda a cisterna com um pano úmi-do, em especial o lado interno, para garantir a retirada de partículas e outros resíduos.

Passo 13: Após ser fechada com a tampa, a cisterna estará pronta para ser conectada à rede hidráulica e utilizada.

Instalação

Passo 1: Antes de instalar sua Amanco Cisterna recomendamos que seja feita a verifi cação do solo onde será instalada, bem como a loca-lização do lençol freático, que deve estar a uma profundidade míni-ma de 1,5 metro do fundo da cisterna em períodos de cheia (estação chuvosa, ou maré cheia quando em regiões praianas), a fi m de evitar pressões excessivas do lençol sobre o fundo da cisterna que poderão causar danos irreversíveis à cisterna.

Passo 2: Existem 03 (três) tipos de solos possíveis de instalação:

• de alta resistência;

• de média resistência;

• de baixa resistência.

Passo 3: Para verifi cação do solo onde o produto será instalado, reco-mendamos fazer o teste abaixo:

• Faça um buraco de cerca de 1 metro de profundidade. O material retirado deste buraco deve ser reduzido a terra fi na, ou seja, deve-se eliminar a presença de torrões de terra. Para tanto, utilize um equi-pamento que permita bater sobre o torrão de terra desfazendo-o;

• Espalhe esta terra fi na (livre de torrões) por uma superfície e deixe-a exposta ao sol, a fi m de eliminar sua umidade;

• Depois que estiver bem seca, pegue uma quantidade sufi ciente desta terra e coloque-a em um recipiente de vidro cilíndrico (p. ex: um copo) até cerca da metade da altura desse recipiente. Meça a al-tura que esta terra alcançou (altura inicial = Hi) e anote. Em seguida, adicione água até que a terra existente no copo fi que totalmente coberta;

• Deixe descansar por mais de uma hora;

• Após o descanso, meça a altura de terra novamente (h fi nal - Hf ) e anote;

• De posse dos dados inicial e fi nal das alturas de terra, aplique a fór-mula abaixo:

% exp = (Hi - Hf ) x 100 HiOnde:%exp = porcentagem de expansão da terra.Hi = altura inicial de terra.Hf = altura fi nal de terra.

Passo 4: De posse desse resultado, verifi que na Tabela A qual o passo seguinte para a instalação de acordo com a situação do solo onde a cisterna será enterrada.

fi g. 2

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inovação em tubos e conexões

Tabela A

% expansão Potencial de expansão Passo seguinte

Menor que 10 Nenhum Passo 4a

10 a 25 Baixíssimo Passo 4 b

26 a 50 Baixo Passo 4c

51 a 100 Médio Passo 4d

Maior que 100 Alto Passo 4e

Atenção: os passos seguintes servem de referência e deverão ser cal-culados e feitos por um profi ssional habilitado.

Passo 4a: Fazer uma escavação com as bordas inclinadas com uma profundidade de 30 cm maior que a altura da cisterna e com um diâ-metro na parte inferior da escavação 30 cm maior que o diâmetro da cisterna, 15 cm de cada lado, e na parte superior 70 cm maior que o di-âmetro da cisterna, 35 cm de cada lado. Em seguida vá para o passo 5.

Passo 4b: Fazer uma escavação com as bordas inclinadas com uma profundidade de 30 cm maior que a altura da cisterna e com um diâmetro na parte inferior da escavação 30 cm maior que o diâmetro da cisterna, 15 cm de cada lado, e na parte superior 100 cm maior que o diâmetro da cisterna, 50 cm de cada lado. Em seguida vá para o passo 5.

Passo 4b: Fazer uma escavação com as bordas inclinadas com uma profundidade de 30 cm maior que a altura da Amanco Cisterna e com um diâmetro na parte inferior da escavação 30 cm maior que o diâme-tro da Amanco Cisterna, 15 cm de cada lado, e na parte superior 150 cm maior que o diâmetro da Amanco Cisterna, 75 cm de cada lado. Em seguida vá para o passo 5.

Passo 4d: Fazer uma escavação com as bordas inclinadas com uma profundidade de 30 cm maior que a altura da cisterna e com umdiâmetro na parte inferior da escavação 30 cm maior que o diâme-tro da cisterna, 15 cm de cada lado, e na parte superior 200 cm maior que o diâmetro da cisterna, 100 cm de cada lado. Em seguida vá para o passo 5.

Passo 5: Após abertura do buraco para enterrar sua Amanco Cisterna, nivele o fundo do mesmo e faça um contra piso liso e nivelado de 10 cm de altura de concreto armado com uma malha de ferro, com o diâ-metro especifi cado nas fi guras acima, deixando secar.

O fundo da escavação onde será depositada a Amanco Cisterna deverá estar a uma distância mínima de 1,5 metros do lençol freático em perí-odos de cheia. Caso a distância seja menor do que 1,5 metros procure a ajuda de um profi ssional habilitado para calcular o contra-piso a ser construído.

Passo 6: Após o contra piso estar devidamente seco, coloque a cisterna no buraco, centralizando-a no contra piso fabricado. Esta operação deve ser feita com cuidado, utilizando-se sistemas de roldanas ou guinchos, evitando-se impactos na cisterna que poderiam danifi cá-la.

O contra piso deve ser liso, não deve conter pedras ou quaisquer ou-tros objetos sobre sua superfície, sejam estes pontiagudos ou redon-dos, a fi m de não danifi car o fundo da cisterna.

Passo 7: Com a cisterna instalada no buraco instale os tubos de entra-da e saída de líquidos (ladrão e tubulação de sucção por bomba).

Faça as furações necessárias de entrada, saída e extravasor (ladrão) utili-zando uma serra copo, nos locais identifi cados por um ponto em baixo relevo.

Passo 8: Encher a cisterna de água até o ponto em que haja transbor-do de líquido pela tubulação de saída de líquidos (ladrão).

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inovação em tubos e conexões

Passo 9: Com a terra extraída da escavação sem elementos rochosos, fazer uma mistura contendo 80% de terra e 20% de cimento. Adicione água até obter uma massa homogênea e despeje esta massa em volta da cisterna até o ponto onde termina a parte cilíndrica da cisterna e inicia-se a parte cônica.

Não execute esta operação se a cisterna não estiver cheia de água.

Passo 10: Deixe secar por no mínimo 72 horas.

Passo 11: Instale as tubulações de entrada e saída (ladrão e tubo de sucção).

As furações devem ser feitas com serra-copo, a fi m de não danifi car as paredes da cisterna.

Passo 12: Faça uma furação de 9 mm em uma das bordas superiores da cisterna (borda retangular de reforço) utilizando uma furadeira para passar o fi o do eletronível controlador de nível da cisterna.

Para efetuar a ligação deste eletronível, da bomba e do eletronível da cisterna superior sugerimos a contratação de um eletricista.

Passo 13: Fechar o buraco de armazenagem da cisterna utilizando uma laje. Esta laje deverá ser dimensionada por um profi ssional habili-tado, pois as dimensões dependem do tráfego que haverá sobre ela. É de suma importância que seja construída uma área que permita acesso à boca de inspeção da cisterna.

Esquema de funcionamento

Limpeza

Devido à alta proteção contra os raios solares e tampa-rosca, a Amanco Cisterna tem vedação rápida e segura, impedindo a entrada de poeira, impurezas e insetos, além de não apresentar formação de musgos e outras incrustações em suas paredes.

Recomendamos um pano ou esponja e água para a remoção do limo, formado pela alcalinidade da água. Esse procedimento deverá ser re-petido de seis em seis meses, para eliminação de impurezas provenien-tes da água.

borrachapara revestimento

dos apoios da escada

pano

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inovação em tubos e conexões

Içamento

O içamento das cisternas maiores de 10.000 litros deve ser realizado da maneira que descreve o esquema a seguir. Para isso você irá precisar de 1 corda grande e resistente; 2 pedaços de madeira que tenham o mesmo diâmetro da cisterna e uma roldana.

Transporte

A Amanco Cisterna deve ser transportada na posição vertical, sobre base plana sem empilhamentos.

11. Considerações importantes sobre tubos e conexões11.1. Corte de tubos

Há diferentes maneiras de encontrar a medida do comprimento do tubo, quer partindo do projeto, quer partindo dos pontos determina-dos no próprio local onde será executada a instalação.

• As dimensões apresentadas nos projetos indica a distancia entre os eixos dos componentes do sistema(tubos, conexões, metais etc.).

• Partindo deste princípio, no caso de determinar o comprimento dos tubos a partir dos pontos no local de execução, usa-se a medida de “eixo a eixo”.

Referencial de medida

“De eixo a eixo” signifi ca de centro a centro da instalação ou das conexões.(M) é a medida “de eixo a eixo” das conexões representadas, tomada de “eixo a eixo” das conexões.(a) é o medida do comprimento do tubo a ser cortado e compreende a distância entre os limites da bolsa da conexão.

a) Conexões com diâmetros iguaisFórmula de cálculoa = M – DSendo:a = Medida do comprimento do tuboM = Medida de “Eixo a Eixo” entre as conexõesD = Diâmetro da conexão

Exemplo:Se:M = 100 cmD = 25 mm = 2,5 cm

Então:a = 100 - 2,5a = 97,5 cm

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inovação em tubos e conexões

b) Conexões com diâmetros diferentesFórmula de cálculoa = M – [(D1/2) + (D2/2)]Sendo:a = Medida do comprimento do tuboM = Medida de “Eixo a Eixo” entre as conexõesD1 = Diâmetro conexão 1D2 = Diâmetro conexão 2

Exemplo:Se:M = 100 cmD1 = 32 mm = 3,2 cmD2 = 50 mm = 5,0 cm

Então:A = 100 - [(3,2,/2) + 5,0/2)]A = 100 - (1,6 + 2,5)A = 100 - 4,1A = 95,9 cm

11.2. Equivalência de diâmetros

Diâ

met

ro N

omin

al d

e Re

ferê

ncia

Águ

a Fr

ia S

oldá

vel

Águ

a Fr

ia R

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Águ

a Q

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a Q

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X

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a Q

uent

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to S

N, S

R e

Sile

ntiu

mm pol. pol. mm mm DN pol.

DN 15 - - - - 15 - -

DN 20 20 1/2 1/2 16 - - -

DN 22 - - - - 22 - -

DN 25 25 3/4 3/4 20 - - -

DN 28 - - - - 28 - -

DN 32 32 1 1 25 - - -

DN 40 40 1 1/4 1 1/4 32 - 40 1 1/2

DN 50 50 1 1/2 1 1/2 - - 50 2

DN 60 60 2 - - - - -

DN 63 - - 2 - - - -

DN 75 75 2 1/2 2 1/2 - - 75 3

DN 85 85 3 - - - - -

DN 90 90 - 3 - - - -

DN 100 - - - - - 100 4

DN 110 110 mm 4 4 - - - -

DN 150 - - - - - 150 6

11.3. Patologias

a) Rompimento por tensionamento na instalação

Conexões em geral

O rompimento por tensionamento na instalação ocorre devido ao des-locamento do tubo em relação ao seu correto posicionamento angular com as conexões

Este tipo de rompimento por tensionamento ocorre sempre no senti-do transversal do fl uxo e fora da linha de emenda do material (“fi o de cabelo”)

O rompimento poderá ocorrer pelo deslocamento (tensionamento) da tubulação no sentido de abertura do ângulo da conexão;Entretanto, mas com menos freqüência, poderá haver rompimento no sentido da tubulação fechando o ângulo da conexão.

Rompimento pelo deslocamento (tensionamento) da tubulação no sentido de abertura do ângulo da conexão.

Conexão roscável

O rompimento de uma conexão roscável pode-se dar por várias formas de tensionamento:

• Compressão (achatamento)

• Desbitolamento de rosca

• Incompatibilidade de rosca

• Instalação tensionada

Perfi l da luva roscável mostra o batente deformado pelo acoplamen-to da rosca macho acima do limite de fi o de rosca fêmea.

Conexão em corte

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inovação em tubos e conexões

Perfi l da rosca mostra o aspecto normal, com batente sem deformação.

Conexão em corte

Rosca macho foi acoplada além do limite útil de fi os de rosca (“encava-lamento” de peças).

Conexão em corte

União roscável e união soldável

Na união soldável ou na união roscável encontramos situações que causam o rompimento por fadiga do material;

Neste caso (rompimento da sobre-porca), a fadiga ocorre em conse-qüência da extrema situação de tensionamento pela força de tração causada no momento de instalação da União;

Duas possíveis situações que podem gerar a força de tração são repre-sentadas a seguir:

Forte aperto da sobre-porca:

Mesmo já estando encostadas as faces das fl anges, aplica-se com cha-ve (geralmente grifo) um torque a mais na sobre-porca, criando o ten-sionamentoGeralmente, esta situação é confi rmada pela constatação de fortes marcas de chave na sobre-porcaO rompimento não ocorre de imediato, mas o tensionamento provoca-do no produto causa o rompimento do mesmo pela fadiga do material

Distância entre as duas faces das fl anges roscável e lisa:

No momento da execução da junta soldável/roscável da União, se as distâncias das fl anges não estiverem bem dimensionadas, fi cando afas-tadas uma da outra, o aperto da sobre-porca não será apenas para o encosto das fl anges, mas também de tração para aproximá-las, causan-do o tensionamento

O nível de tensionamento neste caso é proporcional à distância entre as fl anges e ao nível de rigidez da instalação

Outro detalhe importante é quando a União está próxima a uma deri-vação ou a algum equipamento

As peças a seguir estavam instaladas nesta situação.

O trecho do tubo acoplado é curto e isto aumenta ainda mais a rigidez da instalação e, consequentemente, o tensionamento pela distância dos fl anges.

Tensionamento na vedação

Deformação do anel de borracha: detalhe que pode justifi car um pos-sível tensionamento. Na foto nota-se que um dos lados do anel encon-tra-se amassado.

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inovação em tubos e conexões

b) Rompimento por desbitolamento

Quando ocorre o rompimento de uma conexão na região da bolsa, longitudinal ao fl uxo e fora da linha de emenda do material temos qua-se sempre como causador o tensionamento provocado pelo desbito-lamento de uma das peças: bolsa da conexão, tubo ou de uma bucha de redução

Quando ocorre o rompimento com estas características é comum a solicitação da análise dimensional da mesma

Se o tubo estiver acoplado diretamente na bolsa da conexão é possível a análise dimensional ao menos do diâmetro externo do tubo

Porém, se o rompimento for na bolsa de uma conexão onde uma bu-cha de redução estiver acoplada totalmente, não será possível a iden-tifi cação de onde está a não-conformidade, ou seja, se no diâmetro externo da bucha ou no diâmetro interno da conexão onde ela está acoplada.

Conexão (Tê Soldável)

Bucha de Redução Tubo Soldável

c) Rompimento por impacto

Rompimentos causados por forte impacto externo apresentam linhas de rompimento características em forma de estrela;

Geralmente, busca-se na superfície externa a presença de sinais que identifi quem o impacto;

Porém, nem sempre é possível a identifi cação da marca externa. Assim, se faz necessário um corte na peça para visualizar o aspecto interno da trinca.

Na extremidade de uma bolsa, coincidindo justamente com a região de rompimento, uma marca que caracteriza uma batida na conexão.

d) Rompimento por excesso de adesivo plástico

O rompimento de um tubo próximo à bolsa soldável de uma conexão, com o tubo apresentando característica de emborrachado (redução da rigidez), é típico do acúmulo de adesivo plástico no interior da conexão ou do próprio tubo

Os solventes da formulação do Adesivo têm a característica de ataque à camada externa do PVC

À medida que ocorre a volatilização do solvente, ocorre a fusão das partes em contato; quando do excesso, o composto perde as proprie-dades de rigidez

O mesmo problema poderá ocorrer se o produto de PVC estiver em contato prolongado com a Solução Limpadora.

Aspecto externo de tubo que sofre com o excesso de adesivo em seu interior.

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inovação em tubos e conexões

Acúmulo de adesivo plástico no interior da tubulação.

Acúmulo de adesivo na região do rompimento, decorrente do excesso aplicado na soldagem: diminuição das características físicas do produto.

Acúmulo de adesivo plástico no interior da conexão.

e) Rompimento por excesso de aperto

No lado externo da bolsa, observam-se fortes marcas de ferramenta usada para dar o aperto da rosca: excesso de esforço mecânico que compromete a resistência da peça.

Rosca deformada: excesso de esforço mecânico, aplicado no produto quando do rosqueamento com a chave.

Cor branca na região do rompimento, característica de material dúctil*

* Material Dúctil: absorve a deformação provocada pelo esforço mecânico, ocorren-do o rompimento somente quando a deformação ultrapassa o limite elástico do PVC.

f) Curvas feitas por aquecimento

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inovação em tubos e conexões

g) Curvas “forçadas” pelo aquecimento

11.4. Transporte e armazenamento

Antes mesmo de começar a instalação, o profi ssional deve se preocu-par com o transporte e a estocagem dos produtos que vai utilizar, para garantir o perfeito funcionamento das instalações que vai fazer. Vamos apresentar algumas dicas de como fazer o transporte e a arma-zenagem do seu produto:

1. Nunca arraste tubos pelo chão, pois isso pode causar avarias nas pontas e bolsas;

2. Prefi ra sempre carregar tubos amarrados;

3. Evite jogar os tubos de qualquer jeito, deixando-os em situação de balanço;

4. O contato com as peças metálicas e salientes também deve ser evitado;

5. Os tubos devem ser organizados de forma alinhada no caminhão, sempre retos, para não serem deformados;

6. No momento de descarregar, não jogue os tubos no chão, em-pilhe-os com cuidado e de forma nivelada sobre uma superfície plana;

7. Para armazenar, vale a mesma regra. Deixe os tubos sempre bem nivelados, organize-os com cuidado para evitar deformações;

8. Guardar os tubos com pontas e bolsas alternadas, apoiando a pri-meira fi leira numa estrutura de madeira plana e não deixando a pilha exceder 1,5m de altura;

9. Em caso de armazenamento por mais de 6 meses deve-se prote-ger os tubos de PVC da estocagem descoberta, pois o sol pode danifi car os produtos;

10. Quanto às conexões, guarde-as sempre em local coberto, não jo-gue e tome cuidado para não danifi cá-las;

11. Os adesivos e a solução limpadora são elementos infl amáveis e, portanto, devem ser transportados e guardados de forma segura, protegidos do sol e da chuva e em temperatura ambiente;

12. Não se esqueça de sempre verifi car o prazo de validade na emba-lagem antes de utilizar.

12. Detectando vazamentosOs vazamentos são a principal causa dos reparos nas instalações e po-dem causar muitos transtornos a seus clientes. Muitas vezes só perce-bemos um vazamento muito tempo depois que ele começou, quando um grande prejuízo já foi criado. É por isso que a manutenção preven-tiva é tão importante. Vamos conhecer alguns testes* que podem ser muito úteis para detectar vazamentos.*informações Sabesp – como detectar vazamentos

Hidrômetro

Passo 1: Confi ra o relógio de água (hidrômetro);

Passo 2: Deixe todos os registros internos da residência abertos (nor-malmente esses registros são instalados nas paredes de banheiros, áre-as de serviço e, em alguns casos, na cozinha);

Passo 3: Feche bem todas as torneiras, desligue os aparelhos que usam água e não utilize os sanitários;

Passo 4: Anote o valor inicial do hidrômetro;

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inovação em tubos e conexões

Passo 5: Depois de uma hora, verifi que se o número mudou ou o pon-teiro se movimentou;

Passo 6: Se isso aconteceu, há algum vazamento na casa.

Tubos alimentados diretamente pela rede pública

Passo 1: Feche os registros. Abra uma torneira alimentada diretamente pela rede pública e espere a água parar de sair;

Passo 2: Coloque imediatamente um copo cheio de água na boca da torneira;

Passo 3: Caso haja sucção da água do copo pela torneira, é sinal que existe vazamento no tubo alimentado diretamente pela rede.

Tubos alimentados pela caixa d’água

Passo 1: Feche todas as torneiras da casa alimentadas pela caixa d’água e não utilize os sanitários;

Passo 2: Feche o registro de saída do reservatório e a torneira da boia.

Passo 3: Marque no reservatório o nível da água e, após uma hora, verifi que se ele baixou;

Passo 4: Se abaixou, há vazamento nas paredes do reservatório ou nas tubulações de alimentação da caixa d’água ou na tubulação de limpeza.

Bacia Sanitária

Passo 1: Jogue cinzas (de cigarro, ou borra de café) no fundo do vaso sanitário;

Passo 2: Se ela fi car depositada no fundo na bacia, ele está livre de vazamentos;

Passo 3: Se houver movimentação, é sinal de vazamento na válvula ou na caixa de descarga.

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inovação em tubos e conexões

Anotações

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D

N.A.N.A.

L

L

L

2

3

131

05Noções de Dimensionamento

Soluções Amanco

Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidráulico

1 - Dimensionamento do sistema 132 de água fria

2 - Dimensionamento do sistema 134 de esgoto

3 - Dimensionamento do sistema 137 de águas pluviais

4 - Orçamento - materiais e 140 quantitativos

inovação em tubos e conexões

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05 N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

O principal objetivo do dimensionamento é determinar as bitolas dos tubos que serão utilizados na instalação, seja de água fria, água quente, esgoto ou águas pluviais.

1. Dimensionamento do sistema de água friaA instalação hidráulica de água fria deve ser dimensionada para que o uso de um aparelho ou peça sanitária seja satisfatório e não prejudique o funcionamento de outras partes da instalação.

1.1. Método do sistema máximo provável e máximo possível

Sistema máximo provável

Admite-se que nem todas as peças são usadas ao mesmo tempo, mas existe a possibilidade de algumas peças funcionarem ao mesmo tem-po.

Sistema máximo possível

Neste sistema, considera-se que todas as peças de utilização alimen-tadas pelo ramal funcionem simultaneamente em locais onde há ho-rários rigorosos para utilização da água, como por exemplo: indústrias, estabelecimentos de ensino, quartéis etc. Este é o método mais utiliza-do pelos projetistas.

Para efeito de nosso estudo, utilizaremos o sistema máximo provável. Neste sistema, cada peça terá um diâmetro mínimo e será atribuído a ela um “peso”, que representa a infl uência da mesma no funcionamen-to da instalação.

Através da NRB 5626 da ABNT, obtemos as tabelas, onde encontramos os diâmetros mínimos, os pesos e uma relação entre as somas dos pe-sos e os diâmetros correspondentes. Estas tabelas foram adaptadas para facilitar o dimensionamento prático de instalações hidráulicas de pequeno porte.

Como dimensionar?

As quantidades de água (vazões) que cada peça de utilização (tornei-ras, chuveiros, válvulas) necessita para um perfeito funcionamento estão relacionadas com um número chamado de peso das peças de utilização.

Esses pesos têm relação direta com os diâmetros mínimos necessários ao funcionamento das peças.

Uma das maneiras utilizadas para determinar os diâmetros dos barri-letes, colunas, ramais e sub-ramais, devemos seguir o passo a passo:

Soma dos pesos das peças de utilização

a) Determinar, para cada trecho da instalação, a soma dos pesos das peças de utilização.

Tabela 1

Pontos de utilização para: Peso

Bebedouro 0,1

Bica de banheira 1,0

Bidê (ducha higiênica) 0,1

Caixa de descarga para bacia ou mictório não aspirante 0,3

Chuveiro 0,5

Máquina de lavar prato ou roupa 1,0

Torneira ou misturador (água fria) ou lavatório 0,5

Torneira ou misturador (água fria) de pia de cozinha 0,7

Torneira de pia de despejo ou tanque de lavar roupa 1,0

Válvula de descarga para bacia sanitária 40,0

Válvula de descarga para mictório auto-aspirante 2,8

Válvula de descarga ou registro para mictório não aspirante 0,3

b) Verifi car na tabela 2, para o valor encontrado, qual o diâmetro de tubo correspondente.

Tabela 2

0 a 1,1 1,1 a 3,5 3,5 a 18 18 a 44 44 a 100 100 a 450 Soma dos Pesos

20mm 25mm 32mm 40mm 50mm 60mm Milímetro

½” ¾” 1” 1.1/4” 1.1/2” 2” Polegada

Exemplo:Vamos determinar os diâmetros das tubulações da instalação. Inicia-mos os cálculos, partindo do reservatório.

1° - Trecho AB (barrilete)

Neste trecho, sabemos que a vazão que escoa é a soma de todas as vazões das peças utilizadas na instalação. Sendo assim, o diâmetro mí-nimo necessário será aquele correspondente a soma total dos pesos das peças da instalação, ou seja:

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05

133

N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

Descrição Peso

1 válvula de descarga 40

1 bidê (ducha higiênica) 0,1

1 torneira de lavatório 0,5

1 chuveiro 0,5

1 torneira pia/cozinha 0,7

1 torneira tanque lavar 1,0

Soma total pesos 42,8

Na tabela 2, este valor de 42,8 encontra-se entre os pesos 18 e 44, cor-respondendo ao diâmetro de 40 mm para a linha soldável ou de 1.1/4”, para a linha roscável.

2° - Trecho BC (coluna)

Observando o desenho da instalação, podemos perceber que a vazão que escoa na coluna é a mesma que a do barrilete.

Assim, o diâmetro da coluna será de 40 mm (soldável) ou 1.1/4” (roscável), como já calculado para o barrilete.

3° - Trecho CD (ramal de alimentação do bidê, lavatório, chuvei-ro, pia de cozinha e tanque)

Somando os pesos das peças que são alimentadas por esse ramal, te-mos o valor de 2,8. Localizamos na tabela 2 o diâmetro corresponden-te. Nesse caso, o diâmetro necessário deverá ser o de 25 mm (soldável) ou ¾” (roscável).

4° - Sub-Ramais

Válvula de Descarga - O peso para válvula é de 40,0. Logo, o diâmetro será o de 40 mm (soldável) ou 1.1/4” (roscável).

Bidê, Lavatório, Chuveiro, Pia de Cozinha e Tanque - O peso de cada uma dessas peças, individualmente, não ultrapassa ao valor de 1,1 (esse é o maior peso para que tenhamos o diâmetro de 20 mm ou ½”). Assim de acordo com a tabela 2, os diâmetros mínimos para esses sub-ramais deverão ser de 20 mm ou ½”.

1.2. Método do número de equivalência

O dimensionamento de um sistema de água fria é realizado para deter-minar as bitolas dos tubos que serão utilizados na rede.

Exemplo: qual o diâmetro dos tubos que serão utilizados em um ba-nheiro com:

• 1 bidê.

• 1 chuveiro.

• 1 lavatório.

Resolução

1) Consulte a Tabela de Diâmetro Mínimo dos Sub-Ramais:

• 1 bidê.

• 1 chuveiro.

• 1 lavatório.

Diâmetro Mínimo dos Sub-ramais

Aparelho Sanitário DN (mm) Ref. (pol.)

Aquecedor de alta pressão 20 1/2

Aquecedor de baixa pressão 25 3/4

Banheira 20 1/2

Bebedouro 20 1/2

Bidê 20 1/2

Caixa de descarga/Caixa acoplada 20 1/2

Chuveiro 20 1/2

Filtro de pressão 20 1/2

Lavatório 20 1/2

Máquina de lavar pratos ou roupas 25 3/4

Mictório autoaspirante 32 1

Mictório não-aspirante 20 1/2

Pia de cozinha 20 1/2

Tanque de lavar roupas 25 3/4

Válvula de descarga 40 1 1/4

2) Determine o diâmetro mínimo dos sub-ramais dos aparelhos sanitá-rios que o banheiro contém:

Diâmetro Mínimo dos Sub-ramais

DN (mm) Ref. (pol.)

Aquecedor de alta pressão 20 1/2

Banheira 20 1/2

Bidê 20 1/2

Caixa de descarga 20 1/2

Chuveiro 20 1/2

Lavatório 20 1/2

Pia de cozinha 20 1/2

Tanque de lavar roupas 25 3/4

Válvula de descarga 40 1 1/4

3) Com os valores dos diâmetros mínimos já determinados, consulte a tabela de equivalência abaixo:

ØNº de

Equivalência

1/2” 1,0

3/4” 2,9

1” 6,2

1 1/4” 10,9

1 1/2” 17,4

2” 37,0

2 1/2” 65,5

3” 110,5

4” 169,0

Page 134: Apostila Senai 2012

134

05 N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

4) Some os números equivalentes dos aparelhos sanitários que estão no banheiro:

ØNº de

Equivalência

1/2” 1,0

3/4” 2,9

1” 6,2

1 1/4” 10,9

1 1/2” 17,4

2” 37,0

2 1/2” 65,5

3” 110,5

4” 169,0

Somar as equivalências

ØNº de

Equivalência

Bidê 1/2”

+1,0

Chuveiro 1/2” 1,0

Lavatório 1/2” 1,0

3,0

5) Escolher o primeiro número equivalente maior que o valor encon-trado na soma:

ØNº de

Equivalência

1/2” 1,0

3/4” 2,9

1” 6,2

1 1/4” 10,9

1 1/2” 17,4

2” 37,0

2 1/2” 65,5

3” 110,5

4” 169,0

Neste banheiro, serão utilizados sub-ramais de 1”.

2. Dimensionamento do sistema de esgotoO sistema de esgoto funciona por gravidade, isto é, existe pressão at-mosférica ao longo de todas as tubulações características esta manti-da pela ventilação do sistema.

Assim, o dimensionamento é simples, por tabelas, em função do mate-rial e da declividade mínima fi xada. Não há necessidade de verifi cação da pressão.

Noção de declividade

Entende-se por declividade a inclinação existente numa instalação ou numa superfície, que faz com que seus extremos estejam fora de nível.

Aplica-se, em construção civil, nas tubulações de esgoto, de gás, de águas pluviais, com o objetivo de facilitar o escoamento dos fl uídos (líquido e gás). É dada, geralmente, em porcentagem (%).

Dizemos que uma tubulação ou uma superfície está com 2% (dois por cento) de declividade, quando num comprimento de 1m (100 centí-metros) há um desnível de 2 cm.

1m 1m 1m

Nas instalações de esgoto em geral, a inclinação (ou declividade) é no mínimo de 2%, porém não deve ser muito maior, pois haveria o risco de a água escoar-se e os detritos sólidos fi carem obstruindo o tubo, sem ser carregados.

Nas calhas semicirculares, para a condução das águas pluviais dos telhados aos condutores, a declividade (inclinação) é geralmente de 0,3%.

3,0

Nº deEquivalência

Page 135: Apostila Senai 2012

05

135

N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

2.1. Componentes

O dimensionamento de um sistema predial de esgotos é realizado através das UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO (UHC).

A UHC é a contribuição de esgoto que cada aparelho sanitário tem. Esse número é determinado pela Norma ABNT NBR 8160.

Dados Iniciais

• N° de áreas de coletas (quantidade de banheiros, cozinhas e outras áreas molhadas).

• Tipos de aparelhos sanitários (bacia sanitária, chuveiro, lavatórios).

• Declividade mínima dos tubos na instalação - varia de acordo com o diâmetro do tubo:

• 2% para tubulações com DN ≤ 75.

• 1% para tubulações com DN ≥ 100.

Ramal de descarga

• Bitola dada diretamente pela Tabela da NBR 8160.

• O diâmetro mínimo permitido é DN 40.

Tabela A - Dimensionamento do Ramal de Descarga

Aparelho Sanitário Nº UHCDN

min do Ramal

de Descarga

Bacia Sanitária 6 100

Banheira de Residência 2 40

Bebedouro 0,5 40

Bidê 1 40

Chuveiro de Residência 2 40

Chuveiro Coletivo 4 40

Lavatório de Residência 1 40

DNmin = Diâmetro Nominal MínimoDevem ser consideradas as recomendações dos fabricantes para cada aparelho sanitário

FONTE: ABNT NBR 8160

Ramal de esgoto

Determinado pela soma das UHC de todos os aparelhos que contri-buem neste ramal. Em seguida, comparar com a Tabela B, e determinar o diâmetro nominal mínimo da tubulação.

Exemplo 1: o banheiro de uma residência tem 1 bacia sanitária, 1 lava-tório, 1 chuveiro e 1 bidê.Qual o DN do ramal de esgoto?

1. Some as UHC dos aparelhos sanitários(Ver tabela A)

Tabela A - Dimensionamento do Ramal de Descarga

Aparelho SanitárioNº UHC de

contribuiçãoDN

min do Ramal

de Esgoto

Bacia Sanitária 6 100

Bidê 1 40

Chuveiro de Residência 2 40

Lavatório de Residência 1 40

Soma Total 10 ?

2. Compare a quantidade de UHC com a tabela B

Soma Total 10

Tabela B - Dimensionamento doRamal de Esgoto

Nº máximo de UHC DN min do Tubo

3 40

6 50 De acordo coma Tabela B20 75

160 100 = DN 75

Pela Tabela B, verifi ca-se que o diâmetro mínimo que pode ser utilizado é DN 75.

Resposta: utilizaremos DN 100 para este ramal, pois a tubulação de es-goto não pode reduzir de diâmetro. Como o ramal da Bacia Sanitária já é DN 100, todo o ramal de esgoto será DN 100.

Tubo de queda

Dimensionado pela soma das UHC de todos os ambientes que con-tribuem nele. Em seguida, comparar com a Tabela C, e determinar o diâmetro nominal mínimo da tubulação.

Exemplo 2: uma edifi cação tem 5 andares e o banheiro de cada re-sidência contribui com 10 UHC. Qual o DN do Tubo de Queda desse banheiro?

UHC = n° andares x contribuição de cada banheiroUHC = 5 x 10 = 50

Consulte a Tabela C, no item 4 ou mais pavimentos.

Tabela C - Dimensionamento do Tubo de Queda

DN min

do TuboNº máximo de UHC

Até 3pavimentos

4 ou maispavimentos

40 4 8

50 10 24

75 30 70

100 240 500

150 960 1.900

200 2.200 3.600

250 3.800 5.600

300 6.000 8.400

Resposta: verifi ca-se que o tubo de queda terá diâmetro mínimo DN 75, mas será usado DN 100, porque neste tubo também está ligada a bacia sanitária DN 100.

Subcoletor e coletor predial

Considera o número máximo de UHC e a declividade de instalação dos tubos, para selecionar o diâmetro na Tabela D.

Exemplo 3: uma edifi cação de 5 andares tem 2 subcoletores.

• Subcoletor 1 recebe os tubos de queda do banheiro 1 e 2

• Subcoletor 2 recebe tubo de queda da cozinha

Page 136: Apostila Senai 2012

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05 N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

Tabela E - Dimensionamento do Ramal de Ventilação

Sem BaciaSanitária

Com BaciaSanitária

Nº máximode UHC

DN min

do Ramal de Ventilação

Nº máximo de UHC

DN min

do Ramal de Ventilação

Até 12 40 Até 17 50

13 a 18 50 18 a 60 75

19 a 36 75 - -

Barrilete e coluna de ventilação

Para dimensionar é preciso saber:

• Diâmetro nominal do tubo de queda ou ramais de esgoto.

• Comprimento da coluna.

• Número de UHC.

Com esses dados, consulte a Tabela F e obtenha o diâmetro da coluna de ventilação.

Exemplo 5: o tubo de queda de uma edifi cação de 70 m tem bitola 75 mm e UHC igual a 50. Qual o diâmetro da Coluna de Ventilação?

Resposta: de acordo com a tabela F, o tubo de ventilação tem diâmetro mínimo DN 75.

Tabela F - Dimensionamento do Barriletee Coluna de Ventilação

DN do Tubo de Queda ou Ramal

de Esgoto

N° máx de UHC

DN mín

do Tubo de Ventilação

40 50 75 100 150 200 250 300

Comprimento Permitido (m)

40 8 46 - - - - - - -

40 10 30 - - - - - - -

50 12 23 61 - - - - - -

50 20 15 46 - - - - - -

75 10 13 46 317 - - - - -

75 21 10 33 247 - - - - -

75 53 8 29 207 - - - - -

75 102 8 26 189 - - - - -

100 43 - 11 76 299 - - - -

100 140 - 8 61 229 - - - -

100 320 - 7 52 195 - - - -

100 530 - 6 46 177 - - - -

150 500 - - 10 40 305 - - -

150 1.100 - - 8 31 238 - - -

150 2.000 - - 7 26 201 - - -

150 2.900 - - 6 23 183 - - -

200 1.800 - - - 10 73 286 - -

200 3.400 - - - 7 57 219 - -

200 5.600 - - - 6 49 186 - -

200 7.600 - - - 5 43 171 - -

250 4.000 - - - - 24 94 - -

250 7.200 - - - - 18 73 225 -

250 11.000 - - - - 16 60 192 -

250 15.000 - - - - 14 55 174 -

300 7.300 - - - - 9 37 116 287

300 13.000 - - - - 7 29 90 219

300 20.000 - - - - 6 24 76 186

300 26.000 - - - - 5 22 70 152

Determine o diâmetro dos subcoletores e do coletor predial.

Dados:UHC TQ cada banheiro = 50UHC TQ da cozinha = 15Declividade = 2%

UHC Subcoletor 1 = UHC Banheiro 1 + UHC Banheiro 2UHC Subcoletor 1 = 50 + 50 = 100

Como declividade é 2%, consultando Tabela D, o Subcoletor 1 tem DN 100.

Tabela D - Dimensionamento do Subcoletor e Coletor Predial

DN min

do Tubo

Nº máximo de UHC

0,5% 1,0% 1,5% 2,0%

100 - 180 216 250

150 - 700 840 1.000

200 1.400 1.600 1.920 2.300

250 2.500 2.900 3.500 4.200

300 3.900 4.600 5.600 6.700

400 7.000 8.300 10.000 12.000

UHC Subcoletor 2 = UHC Cozinha = 15

Como declividade é 2%, consultando Tabela D, o Subcoletor 2 tem DN 100.

UHC Coletor Predial = UHC Subcoletor 1 + UHC Subcoletor2 = 100 + 15 = 150

Como declividade é 2%, consultando Tabela D, o Coletor Predial tem DN 100.

Resposta: os dois subcoletores e o coletor predial terãodiâmetro mínimo DN 100.

Ramal de ventilação

O dimensionamento é imediato a partir da soma das UHC dos apare-lhos sanitários contribuintes.

Depois, consulte a Tabela E para obter o diâmetro mínimo do ramal de ventilação.

Exemplo 4: O banheiro de uma residência tem contribuição de 10 UHC, incluindo a bacia sanitária. Qual o DN do Ramal de Ventilação?

Resposta: de acordo com a Tabela E, para locais com bacia sanitária, até 17 UHC, o ramal de ventilação tem diâmetro mínimo DN 50.

TQBanheiro 1

TQBanheiro 2

TQCozinha

Subcoletor 1

Subcoletor 2

Coletor Predial

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N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

3. Dimensionamento do sistema de águas pluviaisPara fazer o dimensionamento de um sistema de águas pluviais é pre-ciso conhecer as características meteorológicas da região e os tipos de áreas de contribuição que receberão as águas da chuva, para depois determinar os demais componentes do sistema.

A ABNT NBR 10844 é a Norma Brasileira que determina os critérios para esse dimensionamento.

Dados meteorológicos da região

Os dados meteorológicos são importantes para conhecermos as carac-terísticas das chuvas que atingem a região.

a) Período de retorno (T)

É o intervalo de tempo médio para que ocorra uma chuva ou enchente de mesma duração e intensidade igual ou maior.De forma mais simples representa de quantos em quantos anos ocor-rem chuvas semelhantes, com o mesmo volume de água no mesmo tempo.

Esses períodos são pré-fi xados na ABNT NBR 10844, sendo assim clas-sifi cados:

• T = 1 ano para áreas pavimentadas

• T = 5 anos para coberturas e telhados

• T = 25 anos para coberturas e áreas sem empoçamentos nem extra-vasamentos

b) Intensidade da chuva ou intensidade pluviométrica (I)

É a altura (mm) de água da chuva que cai em área de 1m² durante uma hora.

Para áreas de cobertura menores do que 100 m² adota-se I = 150 mm/h.

Caso a área seja maior que 100 m², deve-se utilizar a tabela Chuvas Intensa no Brasil, apresentada abaixo:

Intensidade de Chuva (I)Chuva com Duração de 5 Minutos

LocalPeríodo de Retorno (T)

1 ano 5 anos 25 anos

Aracaju/SE 116 122 126

Belém/PA 138 157 185

Belo Horizonte/MG 132 227 230

Cuiabá/MT 144 190 230

Curitiba/PR 132 204 228

Florianópolis/SC 114 120 144

Fortaleza/CE 120 156 180

Goiânia/GO 120 178 192

João Pessoa/PB 115 140 163

Maceió/AL 102 122 174

Manaus/AM 138 180 198

Natal/RN 113 120 143

Porto Alegre/RS 118 146 167

Porto Velho/RO 130 167 184

Rio de Janeiro/RJ 122 167 227

Salvador/BA 108 122 145

São Luís/MA 120 126 152

São Paulo/SP(Congonhas)

122 132 -

Teresina/PI 154 240 262

Vitória/ES 102 156 210

Fonte: ABNT NBR 10844

3.1. Componentesa) Área de contribuição

A área de contribuição corresponde à área da cobertura do local (AC)

e também a área das paredes ao redor da cobertura (A1, A2, etc) que possam contribuir para o acúmulo de água da chuva.

Para calcular a área de contribuição, basta calcular as áreas da edifi -cação que recebem as águas das chuvas. São apresentadas abaixo as equações das áreas mais comuns:

b) Vazão

Após calcular a área de contribuição e conhecendo os dados meteoro-lógicos da região, determina-se a Vazão de água que será coletada. Para isso, utiliza-se a equação:

Exemplo 1: Calcule a vazão para um sistema predial de águas pluviais de uma residência em São Paulo, com telhado de uma água:

Q = I X A60

Área de contribuição em m2

Intensidade pluviométrica em mm/h para período de retorno de 5 anos

Vazão da chuva sobre a área, em L/min

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05 N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

1) Calcule a área do telhado

A área de contribuição de uma água do telhado (superfície plana incli-nada) é dada por:

Ac = a + h x b 2

Ac = (4,0 + 2,0) x 10,0 = (4,0 + 1,0) x 10,0 2

Ac = 5,0 x 10,0

Ac = 50,0 m2

NotaSe o telhado for de duas águas, multiplique o valor encontrado por 2.

2) Encontre a intensidade de chuva na região

a) Consulte a tabela de chuvas intensas no Brasil e encontre “I”.b) Período de retorno para coberturas e telhadosT = 5 anos

São Paulo =132 mm/h

Intensidade de Chuva (I)Chuva com Duração de 5 minutos

LocalPeríodo de Retorno (T)

1 ano 5 anos 25 anos

São Paulo / SPCongonhas

122 132 -

Fonte: ABNT NBR 10844

3) Calcule a vazão

c) Calhas

A capacidade das calhas de um sistema de águas pluviais é dimensio-nada de acordo com a sua forma, podendo ser semicircular ou retan-gular.

Calha semicircular

A vazão da calha semicircular varia de acordo com o diâmetro e a de-clividade. Para determinar o diâmetro da calha, escolha a declividade (ex: 2%) e verifi que onde a Qc calculada acima (110 L/min) se encaixa e determine o diâmetro.

Vazão da Calha Semicircular (L/min)

DiâmetroInterno

(mm)

Declividades para Calhas de Plástico, Fibrocimento, Alumínio, Aço Inox, Aço Galvanizado, Cobre e Latão (n = 0,011)

0,5% 1% 2% (mm)

100 130 183 256

125 236 339 466

150 384 541 757

200 829 1.167 1.634

Qc = 132 x 50 = 6600 = 110 L/min6060

I Ac

Vazão de contribuição (Qc)

D

N.A.

Nota

A declividade deve ser de no mínimo 0,5 para que a água escoe com maior rapidez para o ponto de coleta.

Para traçados retos: É necessário comparar a vazão (Qc) da área de contribuição (telhado, lajes e etc) com a vazão máxima da calha.

Para traçados com curvas: A capacidade da calha é reduzida e a vazão de contribuição (Qc) deverá ser multiplicada por um fator de correção (C), conforme tabela abaixo.

Coefi cientes (C) para a Vazão de Projeto

Tipo de CurvaCurva a menosde 2 m da saída

da calha

Curva entre2 e 4 m

da saída da calha

Canto reto 1,2 1,1

Canto arredondado 1,1 1,05

Fonte: ABNT NBR 10844

Calha retangular

O dimensionamento é determinado em função do comprimento do telhado. Quando existirem 2 telhados para uma mesma calha (água furtada), os comprimentos dos dois deverão ser somados.

Para determinar a largura da calha (L), some os comprimentos dos te-lhados (b) e observe a tabela a seguir:

Largura Aproximadade Calhas Retangulares

Comprimento (b)do Telhado (m)

Largura (L)da Calha (m)

Até 5 0,15

6 a 10 0,20

11 a 15 0,30

16 a 20 0,40

21 a 25 0,50

26 a 30 0,60

Qcalculada = C x Qc

L

L

L

2

3

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05

139

N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

Exemplo 2: Para um telhado com comprimento de 8 metros, observe na tabela acima que deve ser utilizada uma calha retangular com 0,20 m (20 cm) de largura.

d) Condutores verticais

O dimensionamento é feito para determinar o número necessário de condutores, a distância entre eles e o diâmetro.

Número de condutores verticais (Nc)

O número de condutores verticais (Nc) da edifi cação depende da área de telhado máxima At (determinada pela tabela) e da área de contri-buição Ac (já calculada no início do dimensionamento).

Primeiro consulte a tabela de área de telhado máxima (At) apropriada por tipo de calha e localize a cidade do projeto.

Depois determine o número de condutores pela equação abaixo:

Área de Telhado Máxima Aproximada por Tipo de Calha(At em m2)

Local Bocal Retangular Bocal Circular

Aracaju/SE 138 176

Belém/PA 107 134

Belo Horizonte/MG 74 95

Cuiabá/MT 88 113

Curitiba/PR 82 105

Florianópolis/SC 140 179

Fortaleza/CE 108 137

Goiânia/GO 94 120

João Pessoa/PB 120 153

Maceió/AL 138 176

Manaus/AM 93 119

Natal/RN 140 179

Porto Alegre/RS 115 147

Porto Velho/RO 101 128

Rio de Janeiro/RJ 97 123

Salvador/BA 138 179

São Luís/MA 133 170

São Paulo/SP(Congonhas)

98 125

Teresina/PI 70 89

Vitória/ES 108 137

Exemplo 3: Para uma residência localizada em São Paulo, com área de contribuição Ac = 50 m², quantos condutores verticais devem ser ins-talados para um sistema predial de águas pluviais?

Consultando a tabela acima:

• Bocal retangular → At = 98

Nc = 98 = 1,96 → usar mínimo 2 condutores 50

• Bocal circular → At = 125 Nc = 125 = 2,5 → usar mínimo 3 condutores 50

Nc = Área de contribuição máxima = Área de contribuição calculada

At

Ac

Distância entre condutores verticais

A distância entre os condutores é determinada de acordo com a largu-ra do telhado (b) e o número de condutores (Nc) já calculado, utilizan-do a equação abaixo:

Exemplo 4: Em uma residência com largura de telhado = 10 me dois condutores verticais (Nc = 2), qual deve ser à distância (D) entre eles?

Diâmetro

A NBR 10844 estabelece uma tabela para determinar o diâmetro do condutor vertical, que depende da área de contribuição (Ac), da vazão (Qc) e da intensidade de chuva (I).

Diâmetro dos Condutores Verticais

Diâmetro(mm)

Vazão(L/min)

Área do Telhado (m2)

Chuva150 mm/h

Chuva120 mm/h

50 0,57 14 17

75 1,76 42 53

100 3,78 90 114

125 7,00 167 212

150 11,53 275 348

200 25,18 600 760

Exemplo 5: Considerando um telhado com Ac = 50 m2 em São Paulo e sabendo que a intensidade da chuva é de 150 mm/h, qual será o diâmetro do condutor vertical?

Consultado a tabela, o condutor vertical terá diâmetro mínimo DN 100, já que para uma chuva de 150 mm/h o tubo DN 100 suporta uma área de até 90 m2.

e) Condutor horizontal

A NBR 10844 fornece uma tabela com a capacidade de vazão dos con-dutores horizontais em função da declividade, diâmetro e material do tubo.

Para consultar essa tabela, primeiro verifi que qual o material do condu-tor horizontal e defi na a declividade da instalação. Em seguida encontre a vazão Qc que o condutor deverá suportar, e determine o diâmetro.

D = b(Nc - 1)Número de condutores

Distância entre os condutores (m)

Largura do telhado (m)

D = b = 10(Nc - 1) (2 - 1) 1

D = 10 = 10 metros

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05 N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

Exemplo 6: considerando que um telhado com Qc = 110 L/min terá um condutor horizontal em PVC instalado com declividade de 2%, qual será o diâmetro dele?

Consultando a vazão 110 L/min na tabela para tubos de PVC com 2%, tem-se que o diâmetro mínimo esse condutor será 75.

DiâmetroInterno

(mm)

n = 0,013 Cerâmica áspera ou concreto áspero

0,5% 1% 2% 4%

50 32 45 64 90

75 95 133 188 267

100 204 287 405 575

125 370 521 735 1.040

150 602 847 1.190 1.690

200 1.300 1.820 2.570 3.650

250 2.350 3.310 4.660 6.620

300 3.820 5.380 7.590 10.800

4. Orçamento – materiais e quantitativoLevantamento de quantitativo de materiais

Conjunto de operações com fi nalidade de determinar a quantidade de materiais que serão consumidos na execução de um determinado serviço.

De posse dos projetos, memorial descritivo e especifi cações técnicas, deve-se iniciar o trabalho de levantamento quantitativo.

• O primeiro passo será a análise dos desenhos, memoriais descritivos e especifi cações técnicas;

• Em seguida, as identifi cações dos serviços e suas dimensões e/ou quantidades.

Orçamento

O orçamento é o cálculo do custo dos materiais, equipamentos e ser-viços que envolvem uma atividade, ou seja, uma estimativa dos valores de todos os recursos necessários para a execução desta atividade.

Elaboração de orçamentos

A execução de um orçamento geralmente é composta pelas seguintes etapas:

• Análise preliminar dos documentos;

• Identifi cação dos itens e discriminação orçamentária preliminar dos serviços;

• Levantamento quantitativo;

• Lançamento em sistema (planilha física ou digital);

• Listagem e cotação de materiais;

• Fechamento do orçamento.

Exemplos de planilhas

Planilha de levantamento

Cliente :

Obra : Local

Item Material Quant Un Incid. Total

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

Observações:

Planilha de orçamento

Cliente :

Obra : Local

Item Material Quant Un Valor Total

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

Observações: Total

Vazão de Condutores Horizontais Seção Circular (L/min)

DiâmetroInterno

(mm)

n = 0,011 PVC, cobre, alumínio efi brocimento

n = 0,012 Ferro fundido e oncreto liso

n = 0,013 Cerâmica áspera ou concreto áspero

0,5% 1% 2% 4% 0,5% 1% 2% 4% 0,5% 1% 2% 4%

50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76

75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226

100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486

125 370 521 735 1.040 339 478 674 956 313 441 622 882

150 602 847 1.190 1.690 552 777 1.100 1.550 509 717 1.010 1.430

200 1.300 1.820 2.570 3.650 1.190 1.670 2.360 3.350 1.100 1.540 2.180 3.040

250 2.350 3.310 4.660 6.620 2.150 3.030 4.280 6.070 1.990 2.800 3.950 5.600

300 3.820 5.380 7.590 10.800 3.500 4.930 6.960 9.870 3.230 4.550 6.420 9.110

Page 141: Apostila Senai 2012

05

141

N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

Anotações

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Page 142: Apostila Senai 2012

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05 N O Ç Õ E S D E D I M E N S I O N A M E N T O

inovação em tubos e conexões

Anotações

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Page 143: Apostila Senai 2012

14306Infraestrutura

Soluções Amanco

Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidráulico

1 - Infraestrutura 144

2 - Sistemas de infraestrutura 144

3 - Adução 145

4 - Reservação 150

5 - Distribuição 151

6 - Ligação de água 155

7 - Coletores de esgoto 158

8 - Instalação de tubos de 162 infraestrutura

inovação em tubos e conexões

Page 144: Apostila Senai 2012

144

06 I N F R A E S T R U T U R A

inovação em tubos e conexões

1. InfraestruturaConjunto de atividades e estruturas da economia de um país que ser-vem de base para o desenvolvimento de outras atividades.A Infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento econômico de um país. Sem ela, as empresas não conseguem desenvolver adequada-mente seus negócios. Quando um país apresenta uma Infraestrutura pouco desenvolvida, os produtos podem encarecer no mercado inter-no (prejudicando os consumidores) e também no mercado externo (difi cultando as exportações em função da concorrência internacional). Rodovias, usinas hidrelétricas, portos, aeroportos, rodoviárias, sistemas de telecomunicações, ferrovias, rede de distribuição de água e trata-mento de esgoto, sistemas de transmissão de energia, etc.

“A população brasileira produz, em média, 8,4 bilhões de litros de esgo-to por dia. Desse total, 5,4 bilhões não recebem nenhum tratamento, ou seja, apenas 36% do esgoto gerado nas cidades do país é tratado. O restante é despejado sem nenhum cuidado no meio ambiente, conta-minando solo, rios, mananciais e praias do país inteiro, sem contar nos danos diretos que esse tipo de prática causa à saúde da população”.Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável

• Algumas pesquisas revelam que muitos municípios do Sudeste Bra-sileiro, tratam adequadamente as redes de esgoto. São eles: Franca (SP), Uberlândia (MG), Sorocaba (SP), Santos (SP), Jundiaí (SP), Ni-terói (RJ), Maringá (PR), Santo André (SP), Mogi das Cruzes (SP) e Piracicaba (SP), em ordem de classifi cação.

• As cidades brasileiras com concentração populacional superior a 300 mil habitantes (população absoluta) apresentam os maiores problemas relacionados à falta de saneamento básico. Assim, o re-aproveitamento do sistema de esgoto no Brasil, ainda é defasado, em relação aos países desenvolvidos, mostrando nesse contexto, o perfi l dos países subdesenvolvidos no papel do Saneamento Bá-sico.

• Nesta lógica, afi rma-se que o processo de crescimento e expansão das cidades brasileiras tem ocorrido sem um planejamento ade--quado, o que provoca consequências drásticas no meio ambiente urbano dos municípios, dentre elas, a falta de saneamento básico.

• Como exemplo deste mal planejamento e principalmente a ocupa-ção irregular, verifi cou-se nos últimos dias, a tragédia que aconte-ceu no morro do bumba em Niterói, RJ, onde as casas foram cons-truídas indevidamente em um antigo aterro sanitário.

• Outro contraste mostra que algumas cidades estão abaixo da mé-dia no que diz respeito ao Saneamento Básico, como Belém (PA), Cariacica (ES), Porto Velho (RO), Nova Iguaçu (RJ) e Duque de Caxias (RJ). Todas elas apresentam falta de investimento ou queda pro-gressiva dos recursos destinados aos serviços de coleta e de trata-mento de esgoto municipal.

No entanto, frisa-se que em algumas cidades do Brasil, o índice melho-rou em 14% e o perfi l de tratamento de esgoto avançou apenas 5%.

Apesar dos números revelarem que o Brasil melhorou o alcance da prestação dos serviços de coleta e de tratamento de esgoto, o país não avançará na questão do saneamento básico sem o engajamento das prefeituras.

O quadro da situação brasileira referente às condições de saneamento básico pode ser traçado a partir dos dados divulgados pela Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000, realizada pelo IBGE. A análise dos dados revela a precariedade das condições ambientais das cidades brasileiras. O gráfi co fornece uma visão generalizada do saneamento básico, permitindo verifi car a evolução da cobertura dos serviços de abastecimento de água por rede geral, de esgotamento sanitário e de coleta de lixo.

1989

95,6%

97,9

47,3 52,2

97,2 99,4

2000Água

Fonte: IBGE - PNSB 1989 e 2000

Esgoto

Municípios com serviços de saneamentoBrasil - 1989/2000

Lixo

• Entre os serviços de saneamento básico, o esgotamento sanitário é o que tem menor presença nos municípios brasileiros. Dos 5.507 municípios, apenas 52,2% eram servidos, em 2000, por algum tipo de esgotamento sanitário. Dessa forma, a situação do esgotamento sanitário dos municípios ainda tem um longo caminho a percorrer para atingir uma condição satisfatória.

• 47,8% dos municípios brasileiros não têm coleta de esgoto. O Norte é a região com a maior proporção de municípios sem coleta (92,9%), se-guido do Centro-Oeste (82,1%), do Sul (61,1%), do Nordeste (57,1%) e do Sudeste (7,1%). Os municípios que têm apenas serviço de coleta superam a proporção daqueles que coletam e tratam o esgoto (32,0% e 20,2%, respectivamente). No Sudeste, a região do país com a maior proporção de municípios com esgoto coletado e trata-do, somente um terço deles apresenta uma condição adequada de esgotamento sanitário.

• No Brasil, 33,5% dos domicílios são atendidos por rede geral de es-goto. O atendimento chega ao seu nível mais baixo na região Norte, onde apenas 2,4% dos domicílios são atendidos, seguidos da região nordeste (14,7%), Centro-Oeste (28,1%) e Sul (22,5%).

2. Sistemas de infraestrutura• O sistema de saneamento é parte essencial para a infraestrutura e

saneamento básico da população.

Esse sistema compreende desde a captação de água até o retorno de esgoto no corpo receptor.

Page 145: Apostila Senai 2012

145

I N F R A E S T R U T U R A06

inovação em tubos e conexões

2.1. Distribuição de água

O fornecimento de água potável tem as etapas:

• Adução

• Reservação

• Distribuição

• Ligação Predial

2.2. Rede de esgoto

A rede de esgoto tem as etapas:

• Coleta de esgotos

• Tratamento de esgotos

• Lançamento nos rios através de emissários

2.3. O uso correto da água de nossos rios

Antes de ser utilizada, a água deve passar por algum tipo de tratamen-to que garanta sua qualidade para uso e consumo. Desde o rio até a torneira de nossa casa, o sistema urbano de água passa pelas seguintes etapas: captação; adução; tratamento; reservação; distribuição; medi-ção e consumo. Depois do uso, a água transforma-se em esgoto, ou seja, ela passa a conter matéria orgânica em processo de decomposi-ção, carregada através de pias ralos, chuveiros, tanques de lavar roupas, bacias sanitárias e todos os usos da água que fazemos em nossas casas. A seguir o esgoto vai para rede coletora de esgoto e depois para uma estação de tratamento de esgoto, assim o esgoto transforma-se em água novamente e essa água é devolvida ao rio em condições seme-lhantes àquela em que foi captada.

3. AduçãoAdução é a tubulação para condução da água do ponto de captação até a ETA e da ETA até os reservatórios de distribuição, sem derivações para canalização de ruas e ramais prediais.

• Adutoras são canalizações dos sistemas de abastecimento usadas para conduzir água antes de chegarem à rede distribuidora.

• Não alimentam distribuidores de rua ou ramais prediais.

Classifi cação das adutoras

• Quanto à natureza da água transportada.

• adutoras de água bruta; (do rio, manancial, lagoa, lago...)

• adutoras de água tratada. (ETA)

• Quanto a energia para a movimentação da água.

• adutoras por gravidade em condutos forçados (tubos sujeitos a pressão superior à atmosférica)

• adutoras em conduto livre (canais, aquedutos ou tubos sujeitos à presão atmosférica, muito pouco usados atualmente)

• adutoras por recalque

• adutoras mistas (com trecho por recalque e outro por gravida-de, ou vice-versa)

Traçado das adutoras

• Para o traçado das adutoras, levam-se em consideração vários fato-res, como a topografi a, as características do solo e as facilidades de acesso. Todos esses fatores têm importância na determinação fi nal de seu custo de construção, operação e manutenção.

• Traçado mais direto;

• Evitando ou procurando contornar acidentes geográfi cos ou obstá-culos naturais mais críticos e de difícil travessia (rios, grotas ou gran-des depressões, cumes de morros, etc.);

• Aproximando de estradas que facilitem sua implantação e manu-tenção futura.

Materiais utilizados em adutoras

• PN10 Ferro fundido, PVC-M, PE, PVC-O

• PN16 Ferro Fundido RPVC, PRFV, Aço, PVC-O

a) Plásticos: PVC-M e PVC-O

b) Ferro Fundido Dúctil

Amanco Ductilfort

Amanco Biax

Page 146: Apostila Senai 2012

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06 I N F R A E S T R U T U R A

inovação em tubos e conexões

c) Aço

d) Fibra de Vidro: PRFV

3.1. Produtos Amanco

Linha Amanco Ductilfort

Aplicação

• Execução de sistemas de adução de água potável e/ou bruta com Pressão de Serviço de 1,0 MPa (PN10) à temperatura de 25°C.

Atributos

• Atendimento completo à Norma para tubos de PVC – ABNT NBR 7665

• Barra com 6,0m de comprimento - ponta e bolsa.

• Cor azul.

• Bitolas: DN 100 a 300.

• PN 10.

• Compatível com tubos e conexões de ferro fundido (PN10).

• Luva de correr em PVC e demais conexões em ferro fundido.

Anel de vedaçãoAnel de borracha já alojado na bolsa quando ocorre o fornecimento dos tubos, onde deve permanecer durante o transporte, manuseio e montagem.

• Tecnologia utilizada internacional.

• Rápida subtituição de anel, se necessário.

• Evita perda da bolsa.

Perfi l do Anel

Atuação do anel de vedaçãoO 1° lábio é auxiliar, tendo função de limpar a ponta do tubo intro-duzindo, eliminando resíduos que passam interferir na vedação do 2° lábio.

O 2° lábio faz vedação, oferecendo estanqueidade ao sistema. A conca-vidade da junta permite a atuação da pressão hidrostática interna (PHI), devido á pressão sobre a parede da ponta do tubo.

Page 147: Apostila Senai 2012

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I N F R A E S T R U T U R A06

inovação em tubos e conexões

Encaixe do anel de vedaçãoPasso 1: Aplique a pasta lubrifi cante na canaleta do tubo Ductilfort.

Passo 2: Faça uma pequena dobra no anel com os dedos, deixando-o no formato de um C.

Passo 3: Observe a posição de acoplamento. Os dois lábios do anel devem ser direcionados para dentro do tubo Ductilfort.

Passo 4: Introduza primeiramente a região não dobrada do anel na canaleta do tubo Ductilfort.

Passo 5: Acomode a região dobrada na canaleta do tubo, pressionan-do gradativamente até obter um perfeito alojamento deste anel na bolsa.

Execução da junta elástica

Passo 1: Limpar a ponta e a bolsa que serão encaixadas com estopa comum.

Passo 2: Fazer um calço no tubo para evitar entrada de sujeira na exe-cução da junta.

Passo 3: Observar as marcações na ponta do tubo Amanco Ductilfort, que permitem controlar o encaixe perfeito da ponta na bolsa.

Passo 4: Verifi car se o anel está encaixando corretamente na bolsa, se está perfeitamente limpo e se não está torcido.

Page 148: Apostila Senai 2012

148

06 I N F R A E S T R U T U R A

inovação em tubos e conexões

Passo 5: Aplicar pasta lubrifi cante no anel e na ponta do tubo que será encaixado.

Não usar óleos, graxas e outros produtos inadequados, eles podem danifi car o anel.

Passo 6: Posicione a ponta e a bolsa e realize o encaixe empurrando manualmente ou com o auxilio de alavanca, e depois recue de acordo com a marcação.Após a execução da junta, alinhe a tubulação.

Linha Amanco Biax

Aplicação

• Sistemas enterrados de adução e distribuição de água.

• Sistemas pressurizados de esgoto e bombeamento.

Atributos

• Atendimento completo à Norma ABNT NBR 15750.

• Cor branca para transporte de água.

• Cor ocre para transporte de esgoto pressurizado.

• Bitolas: DN 100 a 300.

• Pressão de serviços: 1,6 MPa (16 Kgf/cm) a 45°C.

• Intercambiáveis com as redes de ferro fundido.

• Conexões em ferro fundido dúctil, em acordo com a ABNT NBR 7675.

Informações técnicas

• DEFOFO Diâmetro Externo do Ferro Fundido (FOFO).

• Tubos Ponta - Bolsa.

• Comprimento útil fi xo 5,75m.

• Comprimento total variável de acordo com a bitola (tamanho da bolsa).

Orientação molecular

• Melhoria de Propriedades.

• Manipulação da Estrutura.

Moléculas orientadas são mais resistente.

Orientação em linha

• Qualidade constante.

• Otimização da expansão.

• Tubo pré-forma de parede espessa puxado em um mandril aquecido.

• Mandril resfriado congela a orientação.

Page 149: Apostila Senai 2012

149

I N F R A E S T R U T U R A06

inovação em tubos e conexões

Pré-forma

Tuboorientado

Sensibilidade ao entalhe

Tenacidade é a habilidade do material em resistir a propagação rápida da fi ssura.

PVC-UClasse 25

PVC-OClasse 45

Resistência á propagação lenta da fi ssura.

Atuação do anel de vedação• A posição correta do anel nos Tubos Amanco Biax assegura total

estanqueidade ao sistema.

• Os lábios da junta devem ser direcionados para o inferior do tubo, para a perfeita atuação da pressão hidrostática.

• O anel de vedação possui duas funções na execução da junta elástica.

a) Lábio auxiliar - utilizado para limpar a ponta do tubo que está sendo introduzida, eliminando resíduos que possam interferir na vedação.

b) Quando o tubo é totalmente introduzido, os lábios do anel se en-contram e, pressionados, fecham a seção, dando total estanqueida-de ao sistema.

PVC para sistemas de tubulações sustentáveis

• A produção dos tubos de PVC-O consome menos da metade da energia do que a produção de tubos de aço e ferro dúctil.

• Devido ao baixo peso, o tubo de PVC-O requer menos energia para o transporte e manuseio.

Page 150: Apostila Senai 2012

150

06 I N F R A E S T R U T U R A

inovação em tubos e conexões

4. ReservaçãoÉ um sistema que permite o armazenamento da água que será distri-buída para a população, com o objetivo de:

• Atender às variações de consumo (reserva de equilíbrio – C1)

• Atender às demandas de emergência (reserva de emergência – C2)

Evita interrupções no fornecimento de água, no caso de acidentes no sistema da adução, na estação de tratamento ou mesmo em certos trechos do sistema de distribuição.

• Dar combate ao fogo (reserva de incêndio – C3) - Oferece maior segurança ao abastecimento, quando da demanda destinada ao combate de incêndio.

• Garantir a qualidade da água.

Esse sistema permite a melhoria das condições de pressão da água na rede de distribuição, e:

• Possibilitam melhor distribuição da água aos consumidores e me-lhores pressões nos hidrantes (principalmente quando localizados junto às áreas de máximo consumo).

• Permite uma melhoria na distribuição de pressões sobre a rede, por constituir fonte distinta de alimentação durante a demanda máxi-ma, quando localizado à jusante dos condutos de recalque.

• Garante uma altura manométrica constante para as bombas, per-mitindo o seu dimensionamento na efi ciência máxima, quando ali-mentado diretamente pela adutora de recalque.

Classifi cação

a) De acordo com a localização no sistema de abastecimento.

• reservatórios de montante –anterior ao sistema.

• reservatórios de jusante ou de sobras – posterior ao sistema.

b) De acordo com a localização no terreno.

• reservatórios enterrados.

• reservatórios elevados.

• reservatórios semi-enterrados.

• reservatórios apoiados.

c) De acordo com o material de construção.

• reservatórios de concreto armado.

• reservatórios de alvenaria.

• reservatórios de aço.

• reservatórios de madeira.

• reservatórios de fi bra de vidro.

• reservatórios plásticos.

4.1. Capacidade do reservatório

A capacidade de um reservatório é dada pela equação:

Ct = C1 + C2 + C3, onde

C1 = capacidade para promover a compensação entre a variação de vazões do consumo ao longo das horas do dia e a vazão constante, máxima diária, que chega ao reservatório (reserva de equilíbrio).

C2 = capacidade necessária para manter a continuidade do abasteci-mento, por ocasião de paralisação na produção (demanda de emergência).

C3 = capacidade necessária ao atendimento eventual de demandas para combate a incêndios.

a) Determinação da capacidade C1

Para determinação desta capacidade, considera-se duas situações:

• A cidade conta com sistema de abastecimento adequado e bom sistema de medição do consumo de água, e neste caso a capacida-de C1 deve ser calculada através do traçado da curva de variação diária do consumo ou do diagrama de massas correspondente.

Diagrama de massas para determinar a capacidade atual necessária, para compensar a variação do consumo.

A capacidade do reservatório atual (Ca), necessário para fazer a com-pensação da variação horária de consumo, é igual a soma do maior saldo acumulado com o maior défi cit acumulado.

A relação entre a capacidade atual Ca (m3) e o volume do dia de máxi-mo consumo (volume bombeado - m ) é:

a = Ca/ Qmáx.diária x 24

Esta relação é uma característica da cidade (clima, hábito, condições sócio econômicas) e se considera constante. Portanto, a capacidade do reservatório projetado (futuro) será:

C1 = a Qmáx.diária.futura x 24 x 1,2

Onde 1,2 é um coefi ciente de segurança estabelecido por norma (admensional); a é uma constante admensional; Q é a vazão máxima diária de projeto (m3/ h).

Obs.: Se a cidade não tem dados para determinação da constante (a), pode-se usar dados de cidade semelhante.

• Na cidade que não se dispõe de dados para determinação da capa-cidade do reservatório, procede-se da seguinte forma:

A adução sendo contínua durante as 24 horas do dia, a capacidade C1 será igual ou maior que 1/ 3 do volume distribuído no dia de máximo consumo, ou seja:

C1 = 1/ 3 (P qm k1 ) x 24

A adução sendo descontínua e se fazendo em um só período que coin-cide com o período do dia em que o consumo é máximo, o volume armazenado será igual ou maior que 1/3 do volume distribuído no dia de consumo máximo e igual ou maior que o produto da vazão média do dia de consumo máximo (bombeado) pelo tempo em que a adu-ção permanecerá inoperante nesse dia de consumo máximo, isto é:

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inovação em tubos e conexões

C1 = 1/ 3 x (P x qm x k1 ) x 24 ou C1 = Q x T

onde Q = vazão de adução (Qmáx.diária).

T = tempo em que a bomba permanece inoperante.

b) Determinação da capacidade C2

Para que não ocorra a interrupção do fornecimento de água pelo reser-vatório, nos intervalos de tempo em que ele não recebe água devido a acidentes em outros órgãos, é necessário que, no cálculo da sua ca-pacidade, esteja previsto um volume correspondente ao consumo da cidade durante o período de tempo correspondente à interrupção. Em geral, a capacidade C2 é determinada pela expressão:

C2 = Q x tm;

onde Q = vazão máxima horária

tm = período de tempo de interrupção do fornecimento de água.

Obs.: tm geralmente defi nido pelo órgão contratante, considerando o tempo médio (tm) de duração de interrupções de maior frequência.

c) Determinação da capacidade C3

O consumo de água para combate a incêndio pode ser calculado pela expressão:

C3 = Q x t;

onde Q = vazão necessária para combate ao incêndio.

t = duração do incêndio.

Obs.: Outra maneira de determinar C3 é consultar o corpo de bom-beiros local defi nindo valores de acordo com normas e necessidades.

4.2. Reservatórios enterrados e elevados

a) Capacidade

Quando há necessidade de um reservatório elevado para garantir pressões adequadas na rede de distribuição pode-se dividir o volume de água entre ele e um reservatório enterrado. Um conjunto motor--bomba recalcará água do reservatório enterrado para o reservatório elevado.

b) Recalque com capacidade sufi ciente para atender à vazão do dia e hora de maior consumo da rede de distribuição:

Neste caso, o reservatório elevado teria uma capacidade pequena. Apenas o sufi ciente para manter um nível de água que permitisse pres-sões adequadas na rede. Todo o volume de água para o consumo da cidade estaria no reservatório enterrado.

c) Recalque com a vazão média do dia de maior consumo:

Nesta caso, o reservatório elevado deveria ter a capacidade necessá-ria para atender à cidade. O reservatório enterrado seria o receptor da água tratada e o poço de sucção do sistema de recalque.

Obs.: a capacidade de cada um dos dois reservatórios poderia ser de-terminada pelo estudo do custo de diversas soluções.

Deve-se considerar que à medida que cresce a capacidade do reserva-tório elevado decresce a do reservatório enterrado, sendo constante a capacidade total. O custo total aumenta com o crescer da capacidade do reservatório elevado.

A vazão de recalque diminui quando aumenta a capacidade do reser-vatório elevado, diminuindo o custo do sistema de recalque. O custo total incluindo reservatório e sistema de recalque é variável. A solução ótima é a que corresponde à solução de menor custo. É comum fi xar capacidades para o reservatório elevado entre 10 a 20% da capacidade total necessária para a cidade.

4.3. Dimensões econômicas

• Fixado o tipo, a forma e a capacidade do reservatório é possível estudar dimensões que o torne de mínimo custo, particularmente para reservatórios de concreto armado.

• Um reservatório enterrado para o qual foram fi xados a capacidade e altura terá o menor comprimento das paredes em planta , inclusive a parede divisória, se for de seção horizontal circular.

• Os reservatórios geralmente são projetados com duas câmaras (compartimentos). A divisão é vantajosa, no caso de reparo ou limpeza, uma das câmaras pode permanecer funcionando. Além disso, se for previsto um reservatório com duas câmaras indepen-dentes, consegue-se reduzir o investimento inicial das obras, com a instalação de uma só câmara na primeira etapa.

• Por possuírem uma parede comum, os reservatórios com câmaras contíguas terão (em planta) o menor comprimento de paredes.

• Um reservatório elevado será mais econômico se sua seção hori-zontal for circular. As torres com forma cilíndrica têm dimensões econômicas quando a relação entre a altura do reservatório pro-priamente dita e o seu diâmetro estiverem na relação 1:2.

• O custo dos reservatórios pode depender de: tipo de solo no local; forma do reservatório; tipo de estrutura adotada, etc.

• Em um reservatório enterrado quanto menor a altura, maior a área de terreno necessária. A difi culdade de construção poderá aumen-tar quando se tem reservatórios de maior altura.

• O custo da construção poderá aumentar quando se adotam reser-vatórios elevados em que se pretende tirar partido estético da obra realizando um empreendimento que contribua para embelezar a cidade.

5. DistribuiçãoEntende-se por rede de distribuição as tubulações destinadas a con-duzir a água até os pontos de tomada das instalações prediais, ou os pontos de consumo público, sempre de forma contínua e segura.

É a estrutura do sistema mais integrada á realidade urbana e a que re-quer mais recursos para instalação.

As redes são consideradas pelo sentido de escoamento da água nas tubulações secundárias (ramifi cadas ou malhadas). Podem distri-buir exclusivamente potável (rede única) ou também água de reusoimprópria para beber (rede dupla). Podem situar-se em níveis diferen-tes nas cidades acidentadas, bem como possuir duas tubulações nas ruas largas ou tráfego intenso.

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inovação em tubos e conexões

Traçado das tubulações nas cidades

• Condutos principais - também chamados tronco ou mestres, são as tubulações de maior diâmetro, responsáveis pela alimentação dos condutos secundários. A eles interessa, portanto, o abastecimento de extensas áreas da cidade.

• Condutos secundários - de menor diâmetro, são os que estão inti-mamente em contato com os prédios a abastecer e cuja alimen-tação depende diretamente deles. A área servida por um conduto desse tipo é restrita e está nas suas vizinhanças.

O traçado dos condutores principais deve levar em consideração

• ruas sem pavimentação.

• ruas com pavimentação menos onerosa.

• ruas de menor intensidade de trânsito.

• proximidade de grandes consumidores.

• proximidade das áreas e de edifícios que devem ser protegidos con-tra incêndio.

Tipos principais de redes

• Rede em “espinha de peixe” - em que os condutos secundários são traçados, a partir de um conduto principal central, com uma dispo-sição ramifi cada. É um sistema típico de cidades que apresentamdesenvolvimento linear pronunciado.

• Rede em “grelha” - em que os condutos secundários são sensivel-mente paralelos, ligam-se em uma extremidade a um conduto principal e têm os seus diâmetros diminuindo para a outra extre-midade.

• Rede em anel (malhada) - em que os condutos secundários formam circuitos fechados nas zonas principais a serem abastecidas: resulta a rede de distribuição tipicamente malhada. É um tipo de rede que geralmente apresenta uma efi ciência superior aos dois anteriores.

Lançamento de rede

• Topografi a - utiliza-se para traçado da rede, planta baixa com le-vantamento plani-altimétrico (curvas de nível de metro em metro), com locação dos lotes e áreas de expansão. A escala indicada é 1: 2000. Para cidades médias e grandes é importante o lançamento da rede geral, em escala conveniente (pode ser 1: 5000), onde se defi ne também a área abastecível, as zonas de pressão, as áreas de igual vazão específi ca.

• Área específi ca - aquela cujas características de ocupação a torna distinta das áreas vizinhas em termos de concentração demográfi ca e de categoria dos consumidores presentes (comercial, industrial, público e residencial).

• Consumidor especial - é aquele que deverá ser atendido indepen-dentemente de aspectos econômicos que se relacionam com o seu atendimento.

• Consumidor singular - é aquele que ocupando uma parte de uma área específi ca, apresenta um consumo específi co, signifi cativa-mente maior que o produto da vazão específi ca da área, pela área por ele ocupada.

• Zonas de pressão - a rede de distribuição poderá ser subdividida em tantas zonas de pressão quanto for necessário para atender as condições de pressão impostas pela Norma (NB - 594/77).

• A localização do(s) reservatório(s) se faz em função deste parâmetro, examinando a topografi a, centro de consumo.

• Pressão estática máxima permitida em tubulações distribuidoras será de 50 m.c.a. e a pressão dinâmica mínima será de 15 m.c.a.

Diâmetro das tubulações

O diâmetro mínimo das tubulações principais das redes calculadas como malhada.

• Igual a 150mm quando abastecendo zonas comerciais ou zonas residenciais com densidade igual ou superior a 150 hab/km2.

• Igual a 100mm quando as demais zonas de núcleos urbanos, cuja população de projeto é superior a 5000 habitantes.

• Igual a 75mm para núcleos urbanos cuja população de projeto é igual ou inferior a 5000 habitantes.

Materiais usualmente utilizados

• PVC e Ferro Fundido escolha feita de acordo com as exigências de projeto (vazão, pressão de trabalho) e de um estudo econômico.

Norma ABNT NBR 5647 - Sistemas para adução e distribuição de água tubos e conexões de PVC 6,3 com junta elástica e com diâmetro nomi-nais até DN 100.

• Parte 1 Requisitos Gerais.

• Parte 2 Requisitos específi cos para tubos com pressão nominal PN 1,0 MPa (Classe 20).

• Parte 3 Requisitos específi cos para tubos com pressão nominal PN 0,75 MPa (Classe 15).

• Parte 4 Requisitos específi cos para tubos com pressão nominal PN 0,60 MPa (Classe 12).

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inovação em tubos e conexões

5.1. Produtos Amanco

Linha Amanco PBAFORT

Pressão da rede a 20°C

• Classe 12 (0,60 MPa = 0,60Kgf/cm2 = 60 m.c.a.)

• Classe 15 (0,75 MPa = 7,5Kgf/cm2 = 75 m.c.a.)

• Classe 20 (1,00 MPa = 10Kgf/cm2 = 100 m.c.a.)

Aplicação

• Execução de sistemas enterrados de adução e distribuição de água bruta e/ou potável à temperatura de 20°C.

• Execução de redes centrais de condomínios e irrigação.

Atributos

• Atendimento completo à Norma ABNT NBR 5647.

• Barra com 6m de comprimento ponta e bolsa.

• Cor Marrom.

• Bitolas: DN 50,75 E 100.

• Classes de Pressão 20,15 e 12.

• Resistência à corrosão.

• Compatível com tubos e conexões de ferro fundido por meio de adaptador para PN 10.

• Solução completa com variedade de conexões.

Anel de vedação

• Anel de borracha já alojado na bolsa quando ocorre o fornecimento dos tubos, onde deve permanecer durante o transporte, manuseio e montagem.

• Tecnologia utilizada internacionalmente.

• Rápida substituição do anel, se necessário.

• Evita a perda da bolsa.

Atuação do anel de vedação

• Introduzindo o tubo na bolsa.

O 1° lábio é auxiliar, tendo função de limpar a ponta do tubo intro-duzindo, eliminando resíduos que possam interferir na vedação do 2°lábio.

• Tubo totalmente introduzido.

O 2° lábio faz vedação, oferecendo estanqueidade ao sistema. A con-cavidade da junta permite a atuação da pressão hidrostática interna (PHI), devido à pressão sobre a parede da ponta do tubo.

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inovação em tubos e conexões

Encaixe do anel de vedação

Passo 1: Aplique a pasta lubrifi cante na canaleta do tubo PBAfort.

Passo 2: Faça uma pequena dobra no anel com os dedos, deixando-o no formato de um C.

Passo 3: Observe a posição de acoplamento. Os dois lábios do anel dever ser direcionados para dentro do tubo PBAfort.

Passo 4: Introduza primeiramente a região não dobrada do anel na canaleta do tubo PBAfort.

Passo 5: Aplique a região dobrada na canaleta do tubo PBAfort e na parte externa do anel, pressionando gradativamente até obter um per-feito alojamento do anel na bolsa.

Execução da junta elástica

Passo 1: Utilizando estopa comum limpa, limpe a ponta do tubo a ser encaixado e a bolsa do tubo de encaixe.

Passo 2: Realize um calço nos tubos para evitar a entrada de corpos estranhos nas bolsas e nas pontas durante a execução da junta.

Passo 3: Verifi que se o anel está encaixando corretamente na bolsa, se está perfeitamente limpo e se não está torcido.

Passo 4: Aplique Amanco Pasta Lubrifi cante apenas na parte visível do anel de borracha e na ponta do tubo, a fi m de facilitar o deslizamento de encaixe. Não use óleos ou graxas com lubrifi cante, pois podem da-nifi car o anel de borracha.

Passo 5: Introduza a ponta do tubo até o fundo da bolsa e depois a recue em aproximadamente 1 cm para permitir pequenos movimen-tos da tubulação devido a dilatação dos tubos e racalques do terreno.

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inovação em tubos e conexões

Conexões Amanco PBAFORT

• Atendimento completo à Norma ABNT NBR 5647.

• Matéria prima: PVC.

• Cor marrom.

• Bolsa JE

• Vedação com Anel O´ring.

• Bitolas: DN 50, DN 75 e DN 100.

• Classe de Pressão: PN 1,0 MPa.

Manutenção

Passo 1: Encaixe o anel de vedação o´ring na canaleta da conexão.

Passo 2: Aplique a pasta lubricante na parte aparente do anel o´ring.

Passo 3: Prepare a ponta dos tubos que irão receber a luva de correr realizando um chanfro. Limpe e aplique a Pasta Lubrifi cante.

Passo 4: Verifi que o comprimento (D) da parte da tubulação que de-verá ser instalada e retire a parte da tubulação danifi cada, se existir.

Passo 5: Corte um segmento do tubo PBAfort com o mesmo compri-mento (D) do espaço entre os tubos instalados, aplique pasta lubrifi -cante e posicione-o para encaixe.

Passo 6: Faça a conexão e reabilite a rede de distribuição.

6. Ligação de águaTrecho compreendido entre o calor de tomadas da rede de distribui-ção de água e a entrada do kit cavalete ou UMC (Unidade de medição e controle).

Rua

Rede pública de água

Ramal predial

Caixa pararegistro de

calçada

MuroRegistro

HidrômetroAbrigo docavalete

Cavalete

Pressão de rede

• 1,0 Mpa.

Materiais usualmente utilizados

• PE 80.

• PVC Soldável.

• PVC Roscável.

6.1. Tipos de união

a) Mecânica • União de Pressão.

• Adaptador de Compressão.

Benefícios de Solução:

• Fácil instalação e manutenção.

• Trava automática.

• Não necessita de ancoragem, adequendo-se naturamente às condições do terreno.

• Não requer máquina para instalação.

Corpo da União

Anel deVedação

GarraTrava

Porcade Aperto

União de Pressão

Adaptador de

CompressãoCorpo do Adaptador

Anel deVedação Garra

TravaPorca

de Aperto

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inovação em tubos e conexões

b) Soldável- eletrofusão

• Fácil instalação.

• Grande segurança.

• Execução automática com código de barras.

• Indicada para tubos PE com DE <160mm.

c) Soldável termofusão

O princípio desta junta é elevar a temperatura das peças, fundindo as partes em contato de maneira a promover a sua união, formando uma única peça por meio da interação molecular. A região soldada deve ser protegida contra interpéries.

d) Acessórios de rede

• Válvulas (registros) de manobra e de descarga.

• Hidrantes.

• Kit Cavalete: deverá ser defi nido em comum acordo com o órgão contratante do projeto, o modelo padrão da ligação predial a ser adotado, para efeito de especifi cação e estimativa de custos in-cluindo o micromedidor (hidrômetro).

6.2 Produtos Amanco

Linha Amanco Ramalfort

Aplicação

• Execução de sistema de ramais de água, compreendidos entre o sistema de distribuição e o kit cavalete/UMC.

Atributos

• Atendimento completo à ABNT NBR 8417 E NTS 048 (SABESP).

• Tubos em PE 80.

• Cor preta (NBR 8417).

• Cor azul (NTS 048).

• PN 1,0 MPa a 30°C.

• DN 20 e 32mm.

• Bobinas de 50 e 100 m.

Desenho técnico

DN 20 32

Cor Preto Azul Preto Azul

D(mm) 15,4 15,4 26 26

d(mm) 20 20 32 32

e(mm) 2,3 2,3 3,0 3,0

A(mm) 50 100 50 100 50 100 50

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inovação em tubos e conexões

Benefícios da solução

• Melhor desempenho hidráulico: os tubos Ramalfort apresentam ex-celente desempenho hidráulico devido às suas partes internas lisas, o que reduz a perda de carga distribuida.

• Grande fl exibilidade: o tubo Amanco Ramalfort se adapta a qualquer topografi a e absorve as tensões provocadas por esforços externos.

Instalação rápida e fácil.

• Facilidade no transporte e na operação por serem tubos leves e fl exíveis.

• Redução do nivel da perda de água no sistema.

• Longa durabilidade.

• Elevada resistência química.

Instalação

a) Vala• Abra a vala no local da rede de abastecimento onde será conectado

o ramal, tomando cuidado com as tubulações já assentadas.

Dimensões: variam em função da situação da rede existente.

Largura

• Máxima de 0,30m.

Comprimento

• De acordo com a distância entre a Rede de Água e o Kit Cavalete.

Profundidade

• Vias pavimentadas no mínimo 0,50m.

• Vias não pavimentada no mínimo 0,70m.

• Vias com mais de 1,25m devem ser escoradas.

b) Assentamento

• Use base de areia.

• Evite o estragulamento.

• Use a fl exibilidade natural do produto para assentar.

• Faça uma descarga da água de rede para limpar o tubo antes de conectar no Kit Cavalete.

• Após conectado, faça um teste de estanqueidade para dectar possí-veis vazamentos.

Condição a evitar:

c) Ligação no kit cavalete

Batente do corpo

Batente no fi nal da bolsa

d) Reaterro

• Utilize a terra isenta de pedras e materiais pontiagudos.

• Compactação cuidadosa para não afetar a tubulação.

• Para compactação manual, cada camada de solo, depois de com-pactada, deve ter e< 15cm.

• Repavimentação em até 72 horas.

e) Transporte

• Fornecimento em bobinas.

• Carregamento e descarregamento manual. Não é recomendado o uso direto de empilhadeiras, pois podem danifi car os tubos.

• Amarre as bobinas com corda.

• Recomendações importantes:

• Não curvar e andar sobre os tubos.

• Não arrastar os tubos pelo solo.

• Não balançar e manusear bruscamente.

• Não entrar em contato com extremidades pontiagudas.

• Não colocar materiais ou ferramentas sobre o tubo.

f) Armazenamento

• Área de Apoio. Horizontal, nivelada e sem pedras ou objetos pontiagudos.

• Escolha do local. Sombreados, livres de ação direta da exposição contínua ao sol.

• Pilhas. Amarração com cordas não metálicas. Empilhamento máximo de 10 bobinas por pilha.

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inovação em tubos e conexões

7. Coletores de esgotoA água é utilizada de diversas maneiras no dia a dia, para tomar banho, lavar louça, na descarga da bacia sanitária. Depois de eliminada, ela passa a ser chamada de esgoto. A origem do esgoto pode ser, além de doméstica, pluvial (água das chuvas) e industrial (água utilizada nos processos industriais). Se não receber tratamento adequado, o esgoto pode causar enormes prejuízos à saúde pública por meio de transmis-são de doenças. Ele pode ainda poluir rios e fontes, afetando os recur-sos hídricos e a vida vegetal e animal

Através da rede coletora pública, o esgoto sai das residências e chega à estação de tratamento, denominada ETE. O sistema é longo, pois o esgoto é recolhido por ramais prediais e levado para bem longe, o que exige a realização de grandes obras subterrâneas ao longo das ruas.

Tipos esgoto

a) Doméstico – constitui de efl uentes gerados em uma residência, em hábitos higiênicos e atividades fi siológicas, além de efl uentes gera-dos em outros ambientes, cujas características físico-químicas sejam aquelas peculiares ao esgoto residencial.

b) Não Doméstico – constitui de despejo líquido resultante de ativi-dades produtivas ou de processo de indústria, de comércio ou de prestação de serviço, com características físico-químicas distintas do esgoto doméstico.

c) Infi ltração – parcela devida às águas do subsolo que penetram nas tubulações, através das juntas e órgãos acessórios.

O esgoto coletado nas redes escoa por gravidade, utilizando no má-ximo 75% da sessão da tubulação. Assim, é necessário que as tubula-ções sejam implantadas com declividades adequadas para garantir o escoamento por gravidade e o arraste dos sólidos contidos nos esgo-tos. Os coletores secundários conduzem os esgotos para os coletores tronco.

ETE

As estações de tratamento de esgotos (ETE) ocorrerão quando os cor-pos receptores das vazões esgotáveis não possuírem capacidade de absorção da carga orgânica total. A capacidade das ETE será dimen-sionada de modo que o efl uente contenha em seu meio uma carga orgânica suportável pelo corpo receptor, ou seja, que não lhe cause alterações danosas ao seu equilíbrio com o ambiente natural.

Rede coletora de esgotos

• Linha

• Vala

• Tubos

Os coletores de esgotos são tubulações destinadas a proporcionar co-leta, transporte e o afastamento dos esgotos das cidades.

100% de águapotável fornecida

para consumo

Cerca de 80% retorna para o sistema de

infraestrutura como esgoto

• Sem coleta de esgoto, teremos: Poluição do solo. Contaminação das águas supefi ciais e subterrâneas . Escoamento a céu aberto Focos perigosos de disseminação de doenças.

• Condições do Sistema. O esgoto escoa por gravidade. Os tubos são ocupados em no máxmo 75% de sua sessão. As redes coletoras correm para as partes mais baixas de uma sub-bacia.

1 2

3

4

Interceptor

Emissário

ColetorTronco

ColetorPrimário

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inovação em tubos e conexões

Problemas nas redes coletoras

• Resíduos sólidos - Os resíduos sólidos lançados indevidamente nas redes de esgoto, provocam inúmeros problemas operacionais, pois entopem a tubulação e impedem a passagem do esgoto.

• Águas de chuva - As águas de chuva interligadas indevidamente nas redes de esgoto provocam um aumento muito grande da va-zão nas tubulações. Como tais tubulações não foram dimensiona-das para conduzirem esta vazão aumentada, ocorrem problemas de refl uxos, extravasamentos e até rompimento de redes.

Materiais usualmente utilizados

1. Tubos Cerâmicos.

2. Tubos em Polietileno.

3. Tubos em PVC.

Parede Maciça Dupla ParedeParede NúcleoCelular

Normas ABNT NBR 7362 - Sistemas enterrados para condução de es-

goto

• Parte 1 Requisitos para tubos de PVC com junta elástica.

• Parte 2 Requisitos para tubos de parede maciça - parede lisa (Aman-co Colefort DN 100 a DN 400).

• Parte 3 Requisitos para tubos dupla parede - parede corrugada (Amanco Novafort® DN 150 a DN 400).

• Parte 4 Requisitos para tubos de parede núcleo celular - parede lisa celular (Amanco Celfort DN 150 a DN 400).

7.1. Produtos Amanco

Linha Amanco Colefort

Atributos

• Atendimento à ABNT NBR 7362-1 e à NBR 7362-2.

• Parede maciça na cor ocre.

• Bitolas: DN 100 a 400 (exceto DN 350).

• Barra com 6m de comprimento - ponta bolsa.

• Rigidez: de 2500 Pa até DN 200; 3200 Pa de DN250 a 400.

• Linha completa de conexões em PVC.

• Condução de fl uido à temperatura de até 40°C.

Aplicação

• Execução de redes coletoras de esgoto e águas pluviais.

• Execução de interceptores de esgoto sanitáro.

• Instalações prediais/condominiais de esgoto e águas pluviais.

• Condução de despejos industriais não agressivos ao PVC.

Linha Amanco Celfort

• Atendimento à ABNT NBR 7362-1 e à NBR 7362-4.

• Parede núcleo celular na cor ocre.

• Bitolas: DN 150 a 400.

• Barra com 6m de comprimento - ponta e bolsa.

• Rigidez: de 2500 Pa até DN 200; 3200 Pa de DN250 a 400.

• Condução de fl uido à temperatura de até 40°C.

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06 I N F R A E S T R U T U R A

inovação em tubos e conexões

Formação da parede celular

Camada intermediária

• Produzida em PVC com adição de agentes expansores.

• Forma uma parede contínua após aderir às camadas interna e externa do tubo.

Camada interna e externa

• As duas são produzidas em composto especial de PVC.

• Promove adesão ideal entre a camada interna, intermediária e externa.

• Função de estruturação do tubo.

• Superfícies lisas, impermeaveis, com grande resistência química e ao impacto.

Anel de vedação para linhas Colefort e Celfort

Anel de borracha já alojado na bolsa quando ocorre o fornecimento dos tubos. O anel deve permanecer na bolsa durante o transporte, ma-nuseio e montagem.

• Tecnologia utilizada internacionalmente.

• Rápida substituição do anel, se necessário.

• Evita a perda da bolsa.

Cor do Anel = Tipo de Borracha

Atuaçãodo Anel

Bolsado tubo

Borracha(EPDM)

Alma empolipropileno

Bolsado tubo

Pontado tubo

Pontado tubo

Almaplástica

Aletas (abas)de vedação

Encaixe do anel de vedação

Passo 1: Aplique a pasta lubrifi cante na parte externa do anel de ve-dação.

Passo 2: Com a alma plástica voltada para baixo, ovalize suavemente o anel e introduza-o dentro do tubo na posição horizontal.

Passo 3: Incline gradativamente o anel, posicionando-o dentro da ca-naleta da bolsa do tubo.

Passo 4: Oriente um dos lados do anel a alojar-se completamente dentro da canaleta e puxe o outro lado, escorregando-o pela parte su-perior do tubo.

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I N F R A E S T R U T U R A06

inovação em tubos e conexões

Passo 5: Acomode o anel na canaleta do tubo.

Linha Amanco Novafort®

Atributos

• Atendimento à ABNT NBR 7362-1 e à NBR 7362-3.

• Dupla parede na cor ocre (corrugado).

• Bitolas: DN 150 a 400.

• Barra com 6m de comprimento - ponta e bolsa.

• Classe de rigidez: 5000 Pa todas as bitolas.

• Anel externo.

• Linha completa de conexões fl ex em PVC.

• Condução de fl uido à temperatura de até 40°C.

Parede InternaLisa

Parede ExternaCorrugada

Elevada classe de rigidez

• Ideal para locais com maior tráfego e/ou maior carga sobre o solo.

Excelente desempenho hidráulico

• A parede interna lisa permite o escoamento do esgoto sem perda signifi cativa da área de vazão, evitando formação de barreiras físicas e possível obstrução da rede.

Estanqueidade garantida

• Vedação: Somente junta elástica externa.

• Anel fabricado em borracha NBR (nitrílica), resistente a óleos, com excelentes propriedades físicas, baixa deformação permanente, alta resistência à ruptura, abrasão e água.

Intercambialidade com tubos de parede lisa

• Para fazer a conexão do Tubo Amanco Novafort® com tubos de parede lisa, devem ser utilizadas as conexões Novafort®.

Encaixe do anel externo

Passo 1: Com uma estopa comum, limpe o anel de vedação e a ponta do tubo. • As canaletas devem fi car isentas de material sólido (areia, barro, óleos). • Não há necessidade de utilizar pasta lubrifi cante.

Passo 2: Acomode uma parte do anel na segunda canaleta da PONTA do tubo.

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inovação em tubos e conexões

Passo 3: Realize a montagem de forma que o anel fi que bem encaixa-do, segurando um lado com a ponta dos dedos e esticando em volta do tubo.

Execução da junta elástica

Passo 1: Limpe a bolsa que serão encaixadas com estopa comum.

Passo 2: Verifi que se o anel de vedação não está torcido.

Passo 3: Faça um calço no tubo para evitar entrada de sujeira na exe-cução da junta.

Passo 4: Aplique pasta lubrifi cante no anel.

Obs.: Não use óleos, graxas, e outros produtos inadequados. Eles po-dem danifi car o anel.

Passo 5: Posicione a ponta e a bolsa e realize o encaixe empurrando manualmete ou com o auxílio de alavanca.

Passo 6: Após a execução da junta, alinhe a tubulação.

Intercambialidade

Com as Conexões Amanco Novafort® é possível realizar a montagem entre tubos corrugados e tubos lisos, garantindo um sistema sem va-zamento.

• Para utilizar as Conexões Amanco Novafort® com tubos lisos, man-tenha o anel montado na canaleta da BOLSA da conexão, promo--vendo a vedação do sistema.

• Para utilizar as Conexões Amanco Novafort® com tubos corrugados, retire o anel da conexão e monte o anel externo na PONTA do tubo corrugado.

• A transição entre os diferentes tipos de tubos coletores podem ocorrer sem problemas, apenas é necessário observar qual tipo do anel de vedação deve ser utilizado.

8. Instalação de Tubos de InfraestruturaA linha de Infraestrutura Amanco em PVC será dividida em duas par-tes para as orientações de armazenamento, transporte e instalação, de acordo com a Norma adequada:

• Linha água NBR 9822

• Tubo Ductilfort.

• Tubo Biax.

• Tubo PBAfort.

• Linha esgoto NBR 7362

• Tubo Colefort.

• Tubo Celfort.

• Tubo Novafort®.

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inovação em tubos e conexões

8.1. Vala

Abertura

O entulho resultante da quebra do pavimento ou base de revestimen-to do solo deve ser afastado da borda da vala para evitar o uso desse material no envolvimento e reaterramento da tubulação.

As dimensões da vala variam em função da situação existente:

• Largura (b) uniforme: De acordo com a distancia entre as ligações:

• mín 60cm para H <1,5m.

• mín 80cm para H >1,5m.

• Comprimento: De acordo com a distância entre as ligações.

• Profundidade: mínima 60cm.

Obs.: Desde que observadas as boas práticas de instalação de tubos fl exíveis e compactação do solo, não existe limites de profundidade para assento dos tubos PVC.

Fundo

• O fudo da vala deve ser uniforme e regular.

• Preencher imperfeições com material adequado, compactado, que fi que nas mesmas condições do fundo da vala normal.

Escavações em:

a) Rocha decomposta, pedras soltas e rocha viva.

• Executar berço de areia 15 cm ( no mínimo) abaixo no nível inferior dos tubos.

b) Argila saturada ou Iodo, sem condições mecânicas.

• Executar fundação com cascalho, camada de brita ou concreto estanqueado e fazer um berço de areia 15 cm (no mínimo).

8.2. Assentamento

Assentar preferencialmete a ponta de um tubo na bolsa de outro, dei-xando sempre uma bolsa para acoplar o próximo tubo.

Deve-se evitar a permanência prolongada dos tubos ao longo da vala aberta.Obs.: Cuidados especiais devem ser tomadas para evitar a entrada de água na vala aberta, eliminando riscos de danifi car ou ocorrer desaba-mento do envolvimento.

Não é permitido aquecer os tubos com fi nalidade de obter cur-vas, execução de bolsas ou furos.

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inovação em tubos e conexões

• Colocar os tubos na vala por no mínimo dois homens, impedindo seu arraste no chão e príncipalmente choques de suas extremidades com corpos rígidos.

Quando um trecho for executado em curva ou onde for prevista a mu-dança de declividade:

• Utilizar fl exibilidade natural do tubos.

• As juntas elásticas devem ser mantidas retas em aproximadamente 0,5m de cada extremidades (ponta e bolsa).

• Intercalar TILs (Terminal de Inspeção e Limpeza) tipo passagem, para permitir limpeza, operação e manutenção da rede.

8.3. Ancoragem

É feita para manter a tubulação livre de esforços ou deformações

• Em todos os pontos com conexões, TILs, caixas de inspeção, mu-dança de diâmetro e da direção.

• Realizar no sentido do peso próprio da peça e dos possíveis esforços longitudinais ou transversais.

• Em declividades acima de 20% e em planos inclinados, devem-se ancorar toda a tubulação, evitando Deslocamento da Rede Cole-tora.

8.4. Reaterro

Existem três zonas distintas para reaterro:

(a) Reaterro Lateral - Compreendidos entre o fundo da vala e a geratriz superior do tubo.

• Utilizar material selecionado isento de pedras e objetos pontiagu-dos.

• A altura depende do diâmetro externo do tubo.

• A tubulação deve fi car continuamente apoiada no fundo da vala.

• Deve ser executado berço compactado em camadas de até 0,10m nas laterais do tubo.

(b) Reaterro Superior sobre a tubulação, com até 0,30m de altura.

• O reaterro superior é feito com material selecionado, isento de pe-dras e entulhos.

• Cada camada deve ter de 0,10 a 0,15m de espessura.

• Não despejar o solo de reaterro nesta etapa.

• A compactação é necessária e executada nas laterais, sendo que a parte em contato com a tubulação não deverá ser compactada, evitando deformações nos tubos.

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inovação em tubos e conexões

(c) Reaterro Final até o nível do terreno.

• O restante do material de reaterro da vala deve ser lançado em ca-madas sucessivas, sendo compactado de tal maneira a fi car no mesmo estado do terreno das laterais da vala.

8.5. Reaterros especiais

Cuidados especiais são necessários se:

• O recobrimento da tubulação for inferior a 1,0 metro.

• Existir tráfego pesado.

• A vala for muito profunda.

Obs: Não é recomendado o envolvimento de tubos direto com concre-to, pois podem sofrer rupturas ou trincas, danifi cando os tubos.

1,0 m

O que fazer?

• Embutir os tubos dentro de outros tubos com DN superiores e en-volvê-los com material selecionado.

• Execução de laje em concreto armado, envolvendo o tubo com material selecionado.

8.6. Transporte

O transporte deve ser executado de maneira que nenhum dano ou deformação ocorra no produto durante o transporte.

Caminhões

• Devem ter a carroceria lisa, sem pregos ou parafusos salientes.

• Os tubos devem ser acomodados tendo bolsas e pontas alternadas.

• Quando se transportam tubos de DN diversos no mesmo caminhão, os DN maiores devem ser colocados primeiro na carroceria do ca-minhão.

• Recomenda-se amarrar os tubos com elementos não metálicos, como cordas de lona, para que não se produza cortes ou fi ssuras.

Evitar

• Contato com extremidades pontiagudas.

• Colocar materiais ou ferramentas sobre o tubo.

• Balançar e manusear bruscamente.

• Sobrepor as bolsas.

• Curvar os tubos.

• Andar sobre os tubos.

• Arrastar os tubos sobre o solo.

• Jogar os tubos sobre os solo.

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inovação em tubos e conexões

8.7. Armazenamento

O armazenamento no canteiro da obra ou almoxarifado, por longos períodos, deve prever local sombreado, livre de ação direta ou exposi-ção contínua ao sol, evitando possíveis deformações e descolorações provocadas pelo aquecimento excessivo.

Local

• Horizontal, com mínima declividade.

• Limpo, sem pedras nem objetos pontiagudos.

• Empilhamento máximo de 1,8m.

• Manter espaço para ventilação.

Pilhas • O comprimento das pilhas deve apoiar os tubos por completo.

• Fazer apoio lateral, escorando verticalmente com no máximo 1,5m de altura.

• Alternar bolsas e pontas.

Condições corretas

Condições incorretas

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Anotações

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Anotações

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Soluções Amanco

Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidráulico

Mexichem Brasil Indústria deTransformação Plástica Ltda.

Rua Barra Velha, 100 - FlorestaCEP 89211-901 - Joinville - SCTel.: 0800 701 8770

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