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Apostila de introdução a Administração Financeira e Orçamentária
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Apostila 1
Função Financeira nas Empresas
Professor MSc
ARNOLDO SCHMIDT NETO
Joinville
2008
Administração Financeira & Orçamentária 2/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
Currículo Resumido do Professor
Dados Pessoais
o 44 anos; Casado, 1 filha; Natural de Blumenau/ SC; e-mail:
o Site: http://professor_arnoldo.tripod.com.br
Formação Acadêmica/ Titulação
o Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais – PUC/ SP
o Especialista em Informática – ISPG
o Bacharel em Administração de Empresas – FURJ
o Bacharel em Economia - FURJ
o Auditor Interno de Qualidade – Vanzolini/ USP
o Técnico em Contabilidade – Colégio Santo Antonio
Atuação Profissional/ Acadêmica
o 24 anos de experiência em Administração Financeira
o Consultor em Finanças e Negócios
o Coordenador Depto Engenharia de Produção Mecânica - Univille
o Professor da disciplina de Economia de Empresas – Pós-Graduação -
Univille
o Professor titular em AFO e Professor Orientador na FCJ – 2004.
o Professor das disciplinas de Sistemas Contábeis, Análise de
Demonstrações Contábeis do Depto de Ciências Contábeis da
UNIVILLE - 1997.
o Professor Orientador do Depto de Ciências Contábeis: UNIVILLE -
1997.
o Presidente de Banca do Depto de Ciências Contábeis: UNIVILLE -
1997.
o Professor de Análise de Balanços do Depto de Administração –
UNIVILLE – 2004.
o Professor Titular em Contabilidade do Depto de Engenharia de
Produção e Mecânica: UNIVILLE – 2004.
o Professor de Engenharia Econômica do Depto de Engenharia de
Produção e Mecânica: UNIVILLE – 2005.
o Professor de Custos do Depto de Engenharia de Produção e Mecânica:
UNIVILLE – 2005
Produção Científica e Tecnológica
o Dissertação de Mestrado: A INFLUÊNCIA DA
IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS ERP NA GESTÃO
ECONÔMICO-FINANCEIRA EM MÉDIAS EMPRESAS
INDUSTRIAIS CATARINENSES. Ano de obtenção: 2004. 229 p.
Orientador: Professor Doutor Carlos Hideo Arima.
o Trabalhos completos em anais de eventos:
A atuação do profissional contábil como trabalhador do
conhecimento: um estudo exploratório. In: XXV CONTESC,
2007, Joinville.
Administração Financeira & Orçamentária 3/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
A Implementação de Sistemas ERP e seus efeitos na Gestão
Econômico-Financeira: Enfoque em médias empresas
industriais catarinenses In: XIII SIMPEP - Simpósio de
Engenharia de Produção, 2006, Bauru.
Responsabilidade Social e as cooperativas - estudo
exploratório, 2006. (Encontro de Estudantes em
Contabilidade, Apresentação de Trabalho).
ANAIS XIII SIMPEP - 2006. Bauru: SIMPEP, 2006.
INFLUÊNCIAS DA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS
ERP NA GESTÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA:
ABORDAGEM SOCIOTÉCNICA EM MÉDIAS
EMPRESAS INDUSTRIAIS. In: III SIMPÓSIO DE
GESTÃO E ESTRATÉGIA EM NEGÓCIOS DA UFRRJ,
2005, Seropédica. 2005.
INFLUÊNCIAS DE SISTEMAS ERP NA GESTÃO
ECONÔMICO-FINANCEIRA: UM ESTUDO COM
ENFOQUE EM MÉDIAS EMPRESAS INDUSTRIAIS
CATARINENSES. In: 17º Congresso Brasileiro de
Contabilidade, 2004, Santos-SP. 17º Congresso Brasileiro de
Contabilidade. 2004.
o Artigos e Monografias Completos publicados em periódicos
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA VERSUS
DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE
RECURSOS: uma proposta de compartilhamento dos dois
modelos. Revista FCJScientia. , v.2, p.28 - 45, 2006.
INFLUÊNCIAS DE SISTEMAS ERP NOS FATORES DO
SISTEMA SOCIOTÉCNICO: Um estudo com enfoque
em médias empresas industriais catarinenses. Revista
Fcjscientia, Joinville-SC, v. 1, n. 1, p. 82-96, 2005.
A IMPORTÂNCIA DA CONSULTORIA NA
IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS ERP: um enfoque em
médias empresas industriais do Vale do Itajaí e Norte de Santa
Catarina. Race - Revista Administração Contabilidade
e Economia, Joaçaba, v. 3, n. 1, p. 31-44, 2004.
A IMPORTÂNCIA DA CONSULTORIA NA
IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS ERP: Um Estudo com
Enfoque em Médias Empresas Industriais Catarinenses.
Revista UNIVILLE, Joinville, v. 9, n. 1, p. 96-111, 2004.
A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS INTEGRADOS DE
GESTÃO EM EMPRESAS CONTÁBEIS. Orientação
Específica. As melhores monografias do Curso de Ciências
Contábeis de 2003 da Univille. Joinville: Univille, 2004.
(Caderno de Monografias - Ciências Contábeis).
o Produção Tecnológica
SISTEMA VIP PARA HOTÉIS, BARES E
RESTAURANTES. 1995. Desenvolvido em co-autoria com
Moacir Antonio Kuhn.
Administração Financeira & Orçamentária 4/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
SUMÁRIO
1.1 O que é Administração Financeira................................................................ 5
1.1.1 Conceitos Básicos .................................................................................. 5
1.1.2 O Administrador Financeiro como Agente ............................................ 6
1.1.3 Habilidades Especiais de Administração Financeira ............................. 6
Quadro 1 - Exemplo de Análise Marginal .......................................................... 7
1.2 Principais atribuições do Administrador Financeiro .................................. 10
1.2.1 Análise e planejamento financeiro ....................................................... 10
1.2.2 Administração da estrutura de ativo da empresa ................................. 10
1.2.3 Administração da estrutura financeira da empresa .............................. 10
Quadro 2 - Atividades Financeiras ................................................................... 11
1.2.4 Maximização do Preço da ação e bem-estar social.............................. 11
1.3 Levantamento e Alocação de Recursos ...................................................... 12
1.3.1 Levantamento de recursos ................................................................... 12
1.3.2 Alocação de recursos ........................................................................... 13
1.4 Metas da Administração Financeira ........................................................... 14
1.4.1 Maximização do Preço da Ação .......................................................... 14
Equação 1 - Taxa de retorno do valor das ações............................................... 15
1.4.2 Retorno do capital próprio ................................................................... 17
1.4.3 Perspectiva de longo prazo .................................................................. 17
1.4.4 Valor do dinheiro no tempo ................................................................. 18
1.4.4 Risco .................................................................................................... 19
1.4.5 Política de Dividendos ......................................................................... 20
1.5 A Contabilidade como Ferramenta ............................................................. 21
Qualidades da Informação Contábil ............................................................. 21
1.6.1 Decisões de investimento .................................................................... 22
1.6.2 Decisões de financiamento .................................................................. 22
1.6.3 Decisões relativas à destinação do lucro ............................................. 22
Testando o aprendizado ................................................................................ 23
Referências ................................................................................................... 25
Administração Financeira & Orçamentária 5/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
1.1 O que é Administração Financeira
1.1.1 Conceitos Básicos
O que é Finanças?
“Podemos definir Finanças como a arte e a ciência de administrarem
fundos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas
ou levantam fundos, gastam ou investem. Finanças ocupa-se do
processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na
transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos”. (GITMAN,
1997, p. 4). Exemplos de serviços financeiros: Bancos e instituições
financeiras; Planejamento das finanças (pessoais e de organizações);
Investimentos; Bens Imóveis; Seguros.
O que é Administração Financeira?
Trata-se de um conjunto de atividades relacionadas com a gestão dos
recursos e fundos movimentados por todas as áreas da empresa,
aplicando-se uma série de princípios econômicos para maximizar a
riqueza e o valor total de um negócio. Para tanto, a Administração
Financeira deve ter continuamente ter informações sobre as questões de
rentabilidade e liquidez do negócio, podendo desta maneira, traçar um
planejamento financeiro e verificar a compensação entre o risco e
retorno.
A Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do
administrador financeiro numa empresa. Os administradores
financeiros gerenciam ativamente as finanças de todos os tipos de
empresas, financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, grandes
ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham uma
variedade de tarefas tais como orçamentos, previsões financeiras,
administração do caixa, administração do crédito, análise de
investimento e captação de recursos (Gitman, 1997, p.4).
Qual o principal objetivo da Administração Financeira? O principal
objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza dos
sócios/ acionistas. Para tanto, as atribuições do Administrador
Financeiro podem ser sintetizadas em três atividades básicas:
Realizar Análise e Planejamento Financeiro;
Tomar Decisões de Investimentos; e
Tomar Decisões de Financiamento.
As atividades empresariais envolvem recursos financeiros e orientam-se
para a obtenção de lucros. Os recursos investidos na empresa pelos
proprietários (capital próprio – Patrimônio Líquido) e por terceiros
(capital de terceiros – Passivo Exigível) encontram-se aplicados em
ativos empregados na produção e/ou comercialização de bens ou na
prestação de serviços.
1.1 O que é Administração Financeira
Agregue Conhecimento!
Faça uma pesquisa na Internet sobre “Finanças Empresariais”.
Administração Financeira & Orçamentária 6/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
As receitas obtidas com as operações devem ser suficientes para cobrir
todos os custos e despesas incorridas e ainda gerar lucros. Paralelamente
a esse fluxo econômico de resultados ocorre uma movimentação de
numerário que deve permitir a liquidação dos compromissos assumidos,
o pagamento de dividendos e a reinversão da parcela remanescente dos
lucros.
Neste contexto, a função financeira compreende um conjunto de
atividades relacionadas com a gestão dos recursos (tanto o numerário
movimentado pelas empresas, quanto os direitos e obrigações
decorrentes das transações realizadas a crédito) movimentados por todas
as áreas da empresa. Tal função, que possui um papel muito importante
no desenvolvimento de todas as atividades operacionais, é responsável
pela obtenção dos recursos necessários e pela formulação de uma
estratégia voltada para a otimização da aplicação desses recursos,
contribuindo significativamente para o sucesso do empreendimento.
1.1.2 O Administrador Financeiro como Agente
Às vezes, as pessoas contratam agentes para cuidar de um assunto
específico. Ao fazer isso, delega-se a responsabilidade a outrem. Os
acionistas e/ou proprietários da empresa delegam a um administrador
financeiro a tarefa de gerir sua empresa, o qual, embora não estritamente
correto, legalmente pode ser concebido como um agente da companhia.
Sem dúvida, a meta é conseguir o valor mais alto possível para cada
ação pertencente aos acionistas/ proprietários da empresa. Porém, não há
regras padronizadas que indiquem qual curso de ação deve ser seguido
pelos administradores para atingirem essa meta. A diretriz fundamental é
de motivar os administradores é oferecer-lhes, pelo seu desempenho,
opções de compra de ações (stock options).
A relação entre acionistas e administradores é denominada relação de
agency (Agente). Existe quando alguém ("principal") contrata outra
pessoa ("agente") para cuidar de seus interesses. Em tais relações existe
a possibilidade de conflito de interesses entre o principal e o agente. Tal
conflito é denominado de problema de agency.
Discutir o problema de agency, na medida em que este se relaciona com
a maximização da riqueza dos proprietários e o papel da ética nessa
questão. Um problema de agency advém do fato de que os
administradores, na qualidade de representantes dos proprietários,
podem colocar seus objetivos pessoais à frente dos objetivos
empresariais. Forças de mercado, tanto as oriundas dos acionistas,
particularmente de grandes investidores institucionais, como as ameaças
de compras hostis (takeovers), tendem a prevenir ou a minimizar o
problema de agency.
1.1.3 Habilidades Especiais de Administração Financeira
Entendendo os fatores econômicos
A importância da Economia para o desenvolvimento do ambiente
financeiro e teoria financeira pode ser mais bem descrita em função de
suas duas áreas mais amplas – Macroeconomia e Microeconomia. A
Macroeconomia estuda o ambiente global, institucional e internacional
em que a empresa precisa operar, enquanto que a Microeconomia trata
da determinação de estratégias operacionais ótimas para empresas e
indivíduos. Cada uma dessas áreas será discutida sucintamente sendo
tratadas suas relações com a Administração Financeira.
Macroeconomia
É necessário ter conhecimentos em economia para entender o ambiente financeiro e as teorias de decisão em finanças
Stock Options
A opção de compra de ações será abordada no capítulo sobre Mercado de
Capitais
Administração Financeira & Orçamentária 7/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
A Macroeconomia estuda a estrutura institucional do sistema bancário,
intermediários financeiros, o Tesouro Nacional e as políticas econômicas
de que o Governo Federal dispõe para controlar satisfatoriamente o nível
de atividade econômica dentro da economia. Deve ficar claro que a
teoria e a política macroeconômica não conhecem limites geográficos;
antes, elas visam estabelecer uma estrutura internacional segundo a qual
os recursos fluam livremente entre instituições e nações, a atividade
econômica seja estabilizada e o desemprego possa ser controlado.
Uma vez que a empresa deve operar no âmbito macroeconômico, é
importante que o Administrador Financeiro esteja ciente de sua estrutura
institucional. Precisa também estar alerta para as conseqüências de
diferentes níveis de atividade econômica e mudanças na política
econômica que afetam seu próprio ambiente de decisão. Sem
compreender o funcionamento do amplo ambiente econômico, o
Administrador Financeiro não pode esperar obter sucesso financeiro para
a empresa. Deve perceber as conseqüências de uma política monetária
mais restritiva sobre a capacidade da empresa obter recursos e gerar
receitas. Precisa ainda conhecer as várias instituições financeiras e saber
como estas operam para poder avaliar os canais potenciais de
investimento e financiamento.
Microeconomia
As teorias microeconômicas fornecem a base para a operação eficiente
da empresa. Visam definir as ações que permitirão à empresa obter
sucesso. Os conceitos envolvidos nas relações de oferta e demanda e as
estratégias de maximização do lucro são extraídas da teoria
Microeconômica. Questões relativas a composição de fatores produtivos,
níveis “ótimos” de vendas e estratégias e determinação de preço do
produto são todas afetadas por teorias do nível Microeconômico. As
mensurações de preferências através do conceito de utilidade, risco e
determinação de valor estão fundamentadas na teoria Microeconômica.
As razões para depreciarem ativos também derivam desta área da
Economia. A Análise Marginal é o princípio básico que se aplica em
Administração Financeira; a predominância desse princípio sugere que
apenas devem-se tomar decisões e adotar medidas quando as receitas
marginais excederem os custos marginais. Quando se verificar essa
condição, é de se esperar que uma dada decisão ou ação resulte num
aumento nos lucros da empresa. A importância da análise marginal na
tomada de decisões financeiras se tornará evidente nos capítulos
subseqüentes. No quadro 1 tem-se um exemplo da utilização da Análise
Marginal como método de avaliação de novos investimentos.
Quadro 1 - Exemplo de Análise Marginal
Benefícios com o novo computador
( - ) Benefícios com o comp. antigo
(1) Benefícios Marginais
Custo do novo computador
( - ) Receita venda comp. Antigo
(2) Custos Marginais
Benefício Líquido = (1) – (2)
$ 100.000
$ 35.000
$ 80.000
$ 28.000
$ 65.000
$ 52.000
$ 13.000
Em resumo, é necessário possuir conhecimentos de Economia para se
Consulte http://www.economiabr.net/teoria_escolas/microeconomia.html para conhecer melhor os conceitos da teoria microeconômica.
Administração Financeira & Orçamentária 8/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
entender o ambiente financeiro e as teorias de decisão que constituem a
base da Administração Financeira contemporânea. A Macroeconomia
fornece ao Administrador Financeiro uma visão clara das políticas do
Governo e instituições privadas, por meio da qual a atividade econômica
é controlada. Operando no “campo econômico” criado por tais
instituições, o Administrador Financeiro vale-se das teorias
Microeconômicas de operação da firma e maximização do lucro para
desenvolver um plano que seja bem-sucedido. Precisa enfrentar não só
outros concorrentes em seu setor, mas também as condições econômicas
vigentes.
A importância da contabilidade
Contabilidade é freqüentemente chamada de arte porque nunca está
completamente definida. Ela está num estado de fluxo constante. Este
estado de mudança é necessário, pois:
o as necessidades dos usuários de demonstrações contábeis/
financeiras não são estáticas, são dinâmicas;
o as pressões dos organismos fiscais e societários alteram as
apresentações contábeis;
o as necessidades internas de gerenciamento são mutáveis, pois
para a tomada de decisões muitas vezes precisamos de
indicadores não previstos ou ainda não elaborados;
Contabilidade é a ciência social aplicada que têm como objeto o
patrimônio das entidades (empresas, órgãos governamentais, pessoas
físicas), mediante os registros de todos os fatos administrativos,
demonstrações expositivas (demonstrações contábeis/ financeiras) e a
interpretação dos fatos nele ocorridos. Todos esses estudos e controles
têm o objetivo comunicar a melhor informação econômico-financeira e
oferecer informações sobre sua composição e suas variações, bem como
sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza
patrimonial.
Feito o registro e controle do patrimônio das organizações, o objetivo da
contabilidade é de avaliar todos os fatos relacionados com a formação,
com a movimentação e com as variações do patrimônio, fornecendo
informações para os administradores, proprietários e terceiros sobre
como a organização está desenvolvendo as suas atividades econômicas
para alcançar os seus fins.
A administração financeira emprega a contabilidade para preparar os
demonstrativos financeiros que fornecem informações sobre a
lucratividade, através de Demonstrativo de Resultados do Exercício
(DRE) e sobre a situação patrimonial e financeira da empresa, através do
Balanço Patrimonial (BP). Além desses relatórios contábeis essenciais
são utilizados outros relatórios como o Demonstrativo de Origens e
Aplicação de Recursos, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa, que
demonstram como o caixa foi gerado. Essas ferramentas valiosas para
que a administração e seus gestores possam entender controlar e tomar
decisões que melhorem os fluxos de caixa e recursos dentro da empresa,
maximizando a sua riqueza.
Para tanto, os gestores da administração financeira devem conhecer,
interpretar e analisar os relatórios contábeis fornecidos pela
contabilidade, possibilitando a tomada de decisões pró-ativas que
melhorem a utilização dos recursos financeiros e visem sempre manter a
liquidez em equilíbrio com a rentabilidade, selecionando as melhores
fontes de financiamento para as atividades da empresa.
Administração Financeira & Orçamentária 9/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
O significado da estatística
A estatística é utilizada na administração financeira para mensurar as
probabilidades de risco e retorno, diminuindo-se o grau de incerteza
dos investimentos em ativos. Utilizam-se também as técnicas estatísticas
para estabelecer padrões de indicadores econômico-financeiros de um
determinado ramo de atividade e, com isso, as empresas deste ramo de
atividade podem estabelecer comparativos importantes, dando subsídios
aos seus gestores efetuarem ações corretivas e mudanças na estratégia de
atuação.
Enfim, as mudanças na atividade econômica são detectadas com o uso
da estatística e, com isso, o administrador financeiro pode expandir ou
reduzir o capital de giro, traça políticas de crédito, de estoques e de
vendas, estratégias de investimento e de maximização da riqueza da
empresa.
Entre as técnicas estatísticas utilizadas destacam-se: a mediana, moda,
covariância, correlação, desvio-padrão, regressão linear, quartis e decis.
A Matemática Financeira e Engenharia Econômica como
ferramentas de tomada de decisões em finanças
Para o processo de tomada de decisões de investimentos e
financiamentos, a Administração Financeira utiliza-se de diversas
ferramentas. Entre elas, a Engenharia Econômica que pode ser definida
como o conjunto de conhecimentos necessários à tomada de decisão
sobre investimentos.
Já a Matemática Financeira estuda a evolução no tempo do capital,
empregando para isso raciocínios, métodos e conceitos matemáticos,
oferece as bases para a solução da otimização do capital a ser investido.
As técnicas de análise de viabilidade econômica de projetos se utilizam
de instrumentos e conceitos oriundos da matemática, especificamente de
matemática financeira e, graças a esses recursos, pode-se analisar
determinado projeto a priori, mesmo antes de sua implementação. Isto
deve ser feito na aquisição de uma nova máquina, na substituição de
equipamentos, no lançamento de um novo produto e na expansão de
mercado, quer na análise de um projeto global, como a construção de
uma nova fábrica. Uma vez tomada a decisão de investir em
determinado projeto, é importante acompanhar o desempenho real do
projeto, verificar se os níveis de retornos esperados inicialmente estão
realmente se concretizando e se não há nenhum indício de
descontinuidade.
Para isso, não há outra alternativa a não ser recorrermos à análise dos
relatórios contábeis que, entre outros objetivos, tem a finalidade de
registrar as decisões tomadas por meio da contabilização das transações
econômico-financeiras e refletir seus respectivos efeitos no patrimônio
da empresa. Pela análise dos relatórios contábeis, procuramos verificar
se os resultados apurados pela empresa são compatíveis com os retornos
desejados por ocasião das decisões de investimentos.
Administração Financeira & Orçamentária 10/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
1.2 Principais atribuições do Administrador Financeiro
As funções do administrador financeiro na empresa podem ser avaliadas
em relação às demonstrações contábeis básicas da empresa. Suas três
atribuições primordiais são:
1.2.1 Análise e planejamento financeiro
Esta função envolve a (1) transformação dos dados financeiros em uma
forma que possa ser utilizada para orientar a posição financeira da
empresa e promover a sua continuidade; (2) avaliar a necessidade de
aumento ou redução da capacidade produtiva; e (3) determinar que tipo
de financiamento adicional deva ser realizado. Estas três atividades são
sustentadas pelas decisões de natureza estratégica, tática e operacional.
Os demonstrativos contábeis, principalmente o Balanço Patrimonial e a
Demonstração do resultado do Exercício são importantes fontes de
informações para elaboração de análise e planejamento financeiro. Cabe
ressaltar que o enfoque do caixa é essencial para o gestor financeiro.
Assim, a utilização de fluxos de caixa também é imprescindível,
destacando a principal diferença entre a ótica do contador e a do
administrador. Enquanto o primeiro gera informações com base no
regime de competência, o segundo, precisa aplicá-las com base no
regime de caixa, denotando a importância dos Fluxos de caixa nesta
atividade.
1.2.2 Administração da estrutura de ativo da empresa
O administrador financeiro determina a combinação e os tipos de ativos
que fazem parte do Balanço Patrimonial da empresa. Essa atividade
relaciona-se ao lado esquerdo do Balanço. A composição refere-se ao
montante de recursos aplicados em Ativos Circulantes (operacionais) e
em Ativos Permanentes (fixos).
Depois que a composição estiver definida, o administrador financeiro
deve fixar e tentar manter níveis ótimos para cada tipo de ativo
circulante. Deve também decidir quais são os melhores ativos
permanentes a adquirir e saber quando os ativos existentes se tornarão
obsoletos e precisarão ser modificados, substituídos ou liquidados. A
determinação da melhor estrutura de ativo para a empresa não é uma
tarefa simples; requer o conhecimento das operações passadas e futuras
das empresas, e a compreensão dos objetivos que deverão ser alcançados
a longo prazo. Existem várias técnicas para avaliação destas decisões
como a Taxa Média de Retorno, Payback (Prazo de Retorno), VPL
(Valor Presente Líquido) e TIR (Taxa Interna de Retorno).
1.2.3 Administração da estrutura financeira da empresa
Relaciona-se com o lado direito do Balanço Patrimonial da empresa e
envolve as fontes de recursos. Dois enfoques sustentam esta atividade do
administrador financeiro: (1) qual a composição mais apropriada entre
financiamento a curto e a longo prazo deve ser estabelecida, esta é uma
1.2
Principais atribuições do Administrador Financeiro
O item (1) será desenvolvido nos capítulos: 2 – Análises Avançada das Demonstrações Financeiras e 3 – Administração de Capital de Giro.
Os itens (2) e (3) serão abordados no capítulo 4 – Investimentos e Financiamentos
Ativos Circulantes
Ativos Permanentes
Administração Financeira & Orçamentária 11/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
decisão importante, pois afeta tanto a lucratividade da empresa como sua
liquidez global; e (2) quais as fontes individuais de financiamento, a
curto ou a longo prazos, são as melhores, em dado momento. Algumas
decisões dessa natureza exigem uma análise profunda das alternativas
disponíveis, de seus custos e de suas implicações a longo prazo. O Custo
Médio Ponderado de Capital é uma medida eficaz para este tipo de
decisão.
No quadro 2 as Atividades Financeiras podem ser assim sintetizadas:
Quadro 2 - Atividades Financeiras
Dec
isões
de
Inves
tim
ento
Análise e Planejamento Financeiro
Decisõ
es de
Fin
an
ciam
ento
Balanço Patrimonial
Ativos Circulantes Passivos Circulantes
Ativos Não Circulantes Recursos Permanentes
1.2.4 Maximização do Preço da ação e bem-estar social
Os acionistas de empresas de capital aberto com ações negociadas em
bolsa de valores preocupam-se principalmente com a maximização do
preço da ação. Tal preocupação é resultante do interesse de um bom
retorno de investimento da compra das ações sem ter de se expor a riscos
excessivos.
Os acionistas elegem seus principais executivos que contratam
administradores que dirigem a empresa no seu dia-a-dia em benefícios
dos acionistas. Diante deste quadro o administrador financeiro de uma
empresa de capital aberto tem como principal atribuição o
desenvolvimento de ações que traduzam em aumento de valor e criação
de riqueza para os acionistas.
De acordo com esta principal atribuição o administrador financeiro irá
contribuir para o bem estar da sociedade em três aspectos principais:
Administração Financeira & Orçamentária 12/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
1.3 Levantamento e Alocação de Recursos
A função financeira cabe duas tarefas básicas:
o Obtenção dos recursos nas condições mais favoráveis possíveis;
e
o Alocação eficiente desses recursos nas organizações.
1.3.1 Levantamento de recursos
Envolve o suprimento dos recursos necessários às operações normais da
empresa e captação vultosos valores para investimentos em projetos com
longos períodos de maturação. As fontes de recursos à disposição de
uma empresa podem ser classificadas de várias formas:
o recursos próprios (capital integralizado, reservas e lucros
retidos) e recursos de terceiros (compromissos assumidos e
dívidas contraídas);
o recursos permanentes (recursos próprios e dívidas a longo
prazo) e recursos temporários (compromissos e dívidas a curto
prazo); e
o recursos onerosos (provocam despesas financeiras) e recursos
não onerosos.
É importante a adequação entre as fontes (origens) e as aplicações de
recursos em termos de prazos e custos. A compra de um equipamento,
cujo valor investido somente será recuperado em alguns anos por meio
das receitas de vendas, deverá ser financiada com recursos permanentes.
Se forem utilizados recursos provenientes de um empréstimo com prazo
inferior ao da maturação financeira desse investimento, a empresa
poderá enfrentar dificuldades para liquidar a dívida no vencimento do
contrato.
Os juros e demais encargos incidentes sobre os empréstimos e
financiamentos oneram o resultado econômico, reduzindo a parcela de
lucro que restará aos acionistas. Além disso, os emprestadores de
recursos podem exigir garantias reais e impor condições contratuais que
reduzam a flexibilidade de gestão da empresa. Mesmo os créditos
obtidos junto aos fornecedores envolvem custos financeiros,
representados pelo desconto para pagamento a vista que deixou de ser
desfrutado. Observa-se a existência de custos explícitos, perfeitamente
mensuráveis em termos de valor e taxa. Somente poucas fontes de
recursos de curto prazo não provocariam custos financeiros, como por
exemplo: salários e impostos e pagar, contribuições a recolher, etc.
Os recursos próprios envolvem um custo implícito que corresponde à
expectativa de lucros dos acionistas que não deve ser frustrada, sob pena
de haver desinteresse em continuar participando do negócio. Assim, os
recursos adicionais a serem fornecidos pelos acionistas por meio de
novas integralizações de capital e os lucros reinvestidos envolvem um
custo de oportunidade. Este custo corresponde ao retorno que os
1.3 Levantamento e Alocação de Recursos
A DOAR – Demonstração de Origens e Aplicações de
Recursos – informa as variações ocorridas no CCL – Capital Circulante Líquido - da empresa durante um determinado exercício.
Administração Financeira & Orçamentária 13/25
Professor Arnoldo Schmidt Neto FCJ 3º ano - Negócios
acionistas obteriam com tais recursos em outras aplicações com o
mesmo grau de risco suportado por seus investimentos na empresa.
1.3.2 Alocação de recursos
Envolve a constante busca da otimização na aplicação dos recursos para
que seja alcançada a rentabilidade desejada e preservada a capacidade da
empresa em pagar seus compromissos nos vencimentos. Esta
responsabilidade amplia bastante os limites da gestão financeira,
obrigando os executivos da área a conhecer todas as fases de
funcionamento da empresa e a analisar profundamente os novos projetos
de investimento. Alguns ativos são essenciais para o desenvolvimento
das operações denominados ativos operacionais, constituídos por ativos
fixos e ativos circulantes (estoques, duplicatas a receber e
disponibilidades), enquanto outros poderão estar ou não relacionados
com as atividades básicas do empreendimento, outros ativos de natureza
operacional ou não, como créditos diversos a curto e longo prazos,
participações societárias em outras empresas, imóveis alugados a
terceiros, determinadas aplicações financeiras, etc.
Os recursos aplicados nos ativos não são encontrados em abundância e
envolvem custos financeiros e custos de oportunidade. Assim, é de se
esperar que cada ativo contribua direta ou indiretamente para a geração
de receitas e, conseqüentemente, de lucros.
Quando alguém se dispõe a investir sua poupança em uma empresa, em
vez de aplicá-la em alternativas mais seguras, está disposto a assumir
certo risco em troca de um aumento no seu patrimônio ou riqueza
pessoal. Assim, pode-se admitir que o objetivo principal da empresa, e
por conseguinte de todos os administradores e empregados, é o de
maximizar a riqueza de seus proprietários. A riqueza dos proprietários de
uma sociedade anônima é medida pelo preço da ação, representado pelo
valor de mercado da empresa, ou seja, pelo valor que seria alcançado na
venda dos direitos de participação no seu capital.
Cada decisão financeira, deve ter como meta o aumento do valor da
ação. Neste enfoque duas variáveis conduzem as decisões: o retorno e o
risco. São dois elementos diretamente proporcionais: quanto maior o
retorno, maior o risco. Como por exemplo, podemos citar os
investimentos em Caderneta de Poupança e em Ações. Enquanto o
primeiro tem menor retorno e menor risco, o segundo tem maior retorno
e maior risco.
Administração Financeira & Orçamentária 14/25
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1.4 Metas da Administração Financeira
1.4.1 Maximização do Preço da Ação
Em mercado de capitais plenamente desenvolvidos, as cotações
alcançadas pelas ações nas bolsas de valores devem refletir o valor de
mercado das empresas. Nos momentos de desequilíbrio, tais cotações
podem apresentar-se super ou sub-avaliadas, porém em médio prazo os
preços das ações demonstram quanto o mercado está disposto a pagar
pelas frações do capital de cada empresa.
O fato de uma empresa não ter ações cotadas em bolsa não constitui
impedimento na determinação de seu valor de mercado. Resumidamente,
pode-se dizer que o valor de mercado de uma empresa corresponde ao
valor atual de seus lucros futuros. Deste modo, o valor de mercado de
uma empresa é determinado pela sua capacidade de gerar lucros
mediante o uso dos ativos, pela sua tecnologia e competência gerencial e
pelo seu conceito junto aos credores e clientes.
A meta da administração financeira coincide com o objetivo básico de
proprietários ou acionistas. As decisões financeiras são orientadas para o
aumento do valor de mercado da empresa. A meta da administração
financeira é a maximização da riqueza dos acionistas/ proprietários
que constitui algo mais amplo e profundo do que a maximização dos
lucros.
A tomada de decisões econômicas eficaz exige uma compreensão da(s)
meta(s) da empresa. Que objetivo(s) deve(m) guiar a tomada de decisões
empresariais? Isto é, o que os dirigentes devem tentar obter para os
proprietários da empresa? O objetivo da empresa mais amplamente
aceito consiste em maximizar o valor da empresa para os seus
proprietários, isto é, maximizar a riqueza dos acionistas. A riqueza dos
acionistas é medida pelo preço de mercado das ações ordinárias de uma
empresa1.
A meta de maximização da riqueza dos acionistas indica que os
dirigentes de uma empresa devem maximizar o valor presente dos fluxos
de caixa futuros esperados para os proprietários (acionistas). Por uma
questão de simplicidade, vamos considerar neste ponto que fluxos de
caixa sejam o mesmo que lucros. Portanto, o valor da ação de uma
empresa é igual ao valor presente de todos os lucros futuros esperados,
descontados à taxa de retorno exigida pelos acionistas, ou
1 Nos EUA as ações preferenciais são tratadas como perpetuidades e não como parte do Patrimônio
Líquido. No Brasil as ações preferenciais compõem o Patrimônio Líquido da empresa.
1.4 Metas da Administração Financeira
No Brasil, a BOVESPA é a principal bolsa de valores. Toda empresa brasileira de capital aberto tem ações que são negociadas na BOVESPA. Acesse o site: http://www.bovespa.com.br
e conheça mais sobre mercado de ações.
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Equação 1 - Taxa de retorno do valor das ações
Onde V0 é valor atual (presente) de uma ação, πt representa os lucros
esperados em cada um dos períodos futuros (1 a ∞) e ke é igual à taxa de
retorno exigida.
A Equação 1 supõe que o leitor esteja familiarizado com o conceito de
desconto e valor presente.
Para fins de análise neste ponto, somente é necessário reconhecer que R$
l recebido no intervalo de urn ano geraimente vale menos do que R$ l
recebido hoje, porque R$ l hoje pode ser investido a alguma taxa de
juros - per exemplo, 15%, para render R$1,15 ao final de urn ano.
Assim, urn investidor que requer (ou tern a oportunidade de ganhar) uma
taxa de retorno anual de 15% em urn investimento atribui urn valor
presente de R$ l a R$ 1,15 esperado para ser recebido em urn ano.
A Equação 1 considera explicitamente o momento no tempo dos lucros
futuros. Ao descontar todos os lucros futuros a taxa de retorno exigida,
ke, a Equação 1 reconhece que urn real recebido no futuro vale menos do
que urn real recebido imediatamente.
A Equação 1 tambem fornece uma base conceitual para a avaliação de
diferentes niveis de risco. Por exemplo. se uma série de lucros futuros
for altamente incerta (é provavel que ela divirja substancialmente de
seus valores esperados), a taxa de desconto ke pode ser aumentada para
levar esse risco em consideração. Portanto, quanto maior o risco
associado ao recebimento de um beneficio futuro (lucro), menor o valor
atribuido pelos investidores a esse beneficio. O modelo da empresa de
maximização da riqueza dos acionistas é, portanto, capaz de lidar com as
duas principais falhas do modelo estático de maximização de lucros.
Um entendimento adicional a respeito da concretização da meta de
maximização da riqueza dos acionistas pode ser obtido decompondo o
conceito de lucro πt em seus elementos importantes. o lucro no periodo t,
πt é igual a receita total (RTt) menos os custos totais (CTt):
πt = RTt - CTt
Equação 2 – Lucro Econômico
De modo similar, a receita total no periodo t é igual ao preço unitário
(Pt) vezes a quantidade vendida (Qt):
RTt = Pt * Qt
Equação 3 – Receita Total
O custo total no perfodo t e igual ao custo variavel por unidade (Vt)
vezes o numero de unidades produzidas (Qt), mais os custos fixos no
periodo t:
CTt = Vt . Qt + Ft
Equação 4 – Custo Total
Substituindo as equações 2, 3 e 4 na Equação 1, obtemos:
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Equação 5 - Valor atual dos ganhos esperados das ações emitidas
O termo Pt . Qt representa a receita total gerada pela empresa. De uma
perspectiva de tomada de decisao, esse valor depende da função de
demanda da empresa e das decisões da empresa sobre os preços.
Alem disso. a escolha dos investimentos feitos pela empresa - as
decisoes de orçãmento de capital - determina que propor.;ao do custo
total sera fixa e que proporção sera variavel. Uma empresa que opta por
uma tecnologia de produção com uso intensivo de capital tende a possuir
uma proporção maior de seus custos totais de operação representados
como custos fixos do que uma empresa que opta por uma tecnologia
mais intensiva em mao-de-obra.
A taxa de desconto he que os investidores adotam para atribuir valor ao
fluxo de lucros gerados por uma empresa e determinada pelo risco
percebido da empresa e por condiçoes vigentes nos mercados
financeiros, incluindo-se o nivel de inflação esperada.
Os dirigentes, ao tomarem suas decisoes sobre preço, quantidade,
produção e custo, defrontam-se em suas aç6es com diversas limitaçoes
de carater legal, comportamental, relacionadas ao valor e ambientais.
Essas limitaçoes sac examinadas resumidamente na proxima seção e
discutidas em mais detalhes no Capítulo 13.
A natureza integradora do modelo de maximização da riqueza e ilustrada
na Figura . Em resumo, o valor de urn empreendimento e determinado
pelo montante, momenta no tempo e riseo dos lucros esperados a serem
gerados pela entidade.
Figura 1 – Fatores determinantes do valor de uma empresa
Fonte: Adaptado de Mc Guigan, Mayer e Harris (2004, p. 7)
Recursos internos e limitações externas
Valor de uma empresa
A taxa de desconto, ke, depende:
1 Do risco percebido da empresa 2 Das condições do mercado de
capitais
O fluxo de lucros futuros depende:
1. Das receitas geradas a. Teoria da demanda e previsão b. Política de preços
2. Dos custos a. Métodos de produção utilizados b. Natureza da função dos custos
Igual a
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1.4.2 Retorno do capital próprio
Os acionistas esperam ser remunerados por intermédio de dividendos e,
principalmente, pela valorização de suas ações. O proprietário de uma
ação possivelmente espera receber seu retorno sob a forma de
pagamentos periódicos de dividendos, ou por meio de valorizações no
preço da ação, ou ambos. O preço de mercado de uma ação reflete um
valor de dividendos futuros esperados bem como de dividendos
correntes; a riqueza do acionista (proprietário) na empresa em qualquer
instante é medida pelo preço de mercado de suas ações. Se um acionista
numa empresa desejar liquidar sua participação, irá vender a ação ao
preço vigente no mercado ou bem próximo a este. Uma vez que o preço
de mercado da ação, e não os lucros, é que reflete a riqueza do
proprietário numa empresa, num dado momento, a meta do
administrador financeiro deve ser maximizar essa riqueza.
EXEMPLO: Quatro anos atrás, o Sr. Haroldo comprou uma ação da Cia
Alfa e uma ação da Cia Beta, cada uma ao preço de $100. Ambas as
Companhias operam no mesmo ramo de negócio. Durante o período de
quatro anos, cada uma das empresas pagou um dividendo anual de $1
por ação. A Alfa obteve um lucro anual de $2 por ação, ao passo que o
lucro anual da Beta foi $3 por ação. Atribui-se a diferença nos lucros ao
fato de que a Alfa despendeu uma grande importância para desenvolver
um produto inovador, portanto baixando seus lucros. A ação da Alfa está
atualmente sendo vendida por $130 enquanto a da Beta está sendo
negociada por $110. Esta situação não é incomum. Reflete o fato de que,
apesar dos maiores lucros da Beta, a ação da Alfa tem preço maior. Pode
ser atribuído à expectativa de que a venda bem sucedida do novo
produto gerará maiores lucros futuros, o que mais do que compensará os
baixos lucros experimentados durante o período de desenvolvimento. A
riqueza do Sr. Haroldo na Cia Alfa é maior do que sua riqueza na Beta,
apesar do lucro da empresa Beta ser maior.
1.4.3 Perspectiva de longo prazo
A empresa deve ser perpetuada e, para tanto, tem de realizar
investimentos em tecnologia, novos produtos etc. que poderão sacrificar
a rentabilidade atual em troca de maiores benefícios futuros. A
maximização do lucro é uma abordagem de curto prazo; a maximização
da riqueza considera o longo prazo.
Do exemplo anterior deve-se depreender que o maior preço da ação da
Cia Alfa resultou do fato de que suas decisões de curto prazo
relacionadas com o desenvolvimento de novo produto, embora baixando
os lucros a curto prazo, produzirão maiores retornos futuros. Uma
empresa que deseja maximizar lucros poderia comprar maquinaria de
baixa qualidade e usar materiais também de baixa qualidade, ao mesmo
tempo em que faria um tremendo esforço de vendas dos seus produtos
por um preço que rendesse um elevado lucro por unidade. Esta
estratégia de curto prazo poderia resultar em lucros elevados para o
corrente, porém, em anos subseqüentes os lucros declinariam
significativamente, pois os compradores constatariam a baixa qualidade
do produto e o alto custo de manutenção associado à maquinaria de
baixa qualidade. O impacto das vendas decrescentes e custos crescentes
tenderiam a reduzir os lucros a longo prazo e, se não cuidado, poderia
resultar na eventual falência da empresa.
As conseqüências potenciais da maximização do lucro a curto prazo
provavelmente estejam refletidas no preço corrente da ação, que talvez
seja menor do que se a empresa tivesse perseguindo uma estratégia de
prazo mais longo.
DIVIDENDOS - Pagamento efetuado pela empresa aos seus acionistas através da distribuição de parte do lucro líquido da empresa, subdividido de acordo com as diferentes classes de ação.
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1.4.4 Valor do dinheiro no tempo
Os projetos de investimento envolvem fluxos de desembolsos e de
entradas de caixa. Existem diversas técnicas para avaliar tais projetos e
algumas delas transformam os fluxos futuros de caixa em valores atuais,
por meio da aplicação de determinada taxa de desconto. Essa taxa de
desconto deve refletir um custo de oportunidade dos recursos a serem
investidos. Tal custo de oportunidade corresponde as uma taxa
mínima de retorno exigida do projeto para que o valor de mercado da
empresa não se altere. Considerando o valor do dinheiro no tempo, a
seleção dos projetos a serem implementados visará aumentar ou, pelo
menos, manter o valor de mercado da empresa.
EXEMPLO: Uma Cia está tentando escolher uma máquina. Há duas
máquinas que gerarão retornos durante um período de cinco anos e
deverão custar $3,00 por ação. Abaixo os lucros esperados por ação
diretamente atribuíveis a cada uma dessas máquinas.
CUSTO DE OPORTUNIDADE - É o termo usado na economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Custo_de_oportunidade
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Tabela 1- Comparativo de lucros esperados – investimentos em
máquinas
Ano Máquina A ($) Máquina B ($)
1
2
3
4
5
0
0
0
0
10,00
1,75
1,75
1,75
1,75
1,75
Total $10,00 $8,75
Embora pareça, com base apenas o objetivo da maximização do lucro,
que a máquina A seria a preferida, é bem possível que, uma vez
consideradas as diferenças na época de ocorrência dos benefícios, o
impacto da máquina B sobre a riqueza do proprietário seria maior do que
o da máquina A. O exemplo acima ilustra a superioridade da
maximização da riqueza sobre a maximização do lucro. A maximização
da riqueza reconhece que os empresários, mantendo todo o resto
constante, preferem receber retornos mais cedo. Esta preferência está
refletida no preço da ação, e não nos lucros.
1.4.4 Risco
O retorno deve ser compatível com o risco assumido. Maior risco
implica a expectativa de maior retorno. A maximização do lucro não
considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera
explicitamente diferenças no risco. Uma premissa básica na
administração financeira é que existe uma relação entre risco e
retorno; os acionistas esperam perceber maiores retornos de
investimentos de maior risco e vice-versa. Os administradores
financeiros precisam, portanto, levar em conta o risco ao avaliarem
investimentos potenciais.
EXEMPLO: Uma Cia está estudando a expansão de sua linha de
produção em um de seus dois novos produtos, C ou D. O produto C
parece ser um produto relativamente seguro para se investir, enquanto
que o produto D é considerado um item de moda altamente arriscado.
Após considerar todos os custos, espera-se que os dois produtos gerem
os seguintes lucros por ação ao longo de suas vidas de cinco anos:
Tabela 2 - Estimativas de lucros por produto
Ano Produto C ($) Produto D ($)
1
2
3
4
5
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
2,20
2,20
2,20
2,20
2,20
Total $10,00 $11,00
Se ignorarmos quaisquer diferenças no risco e usarmos uma abordagem
de maximização do lucro, parece que o produto D seria o preferido.
Contudo, se considerarmos que o produto D é altamente arriscado,
enquanto o produto C representa um investimento seguro, a conclusão
poderá não ser tão direta. A empresa poderá apenas exigir um retorno de
10% sobre o produto C ao passo que, como compensação para o maior
risco do produto D, tenha que se obter 15%. Tendo em vista que os
acionistas exigem maiores retornos para maiores riscos, é importante que
o administrador financeiro considere adequadamente o impacto do risco
sobre os retornos deles. A abordagem da maximização da riqueza
considera o risco, enquanto a maximização do lucro o ignora. A
maximização da riqueza é, portanto, a abordagem preferida.
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1.4.5 Política de Dividendos
Deve ser adotada uma política de distribuição regular de dividendos,
independentemente das flutuações dos lucros, minimizando os efeitos
negativos que possam afetar as cotações das ações. A empresa não deve
desapontar aqueles acionistas que apreciam receber dividendos
periódicos. Os administradores financeiros devem reconhecer que a
política de dividendos da empresa afeta a atratividade de sua ação para
tipos particulares de investidores. Acredita-se que se o retorno que os
acionistas esperam receber for assegurado, tal fato terá um efeito
positivo sobre o preço das ações, garantindo o sucesso de futuros
lançamentos de novas ações no mercado.
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1.5 A Contabilidade como Ferramenta
A contabilidade é uma importante ferramenta da administração
financeira. Por meio da contabilidade o administrador financeiro tem um
panorama da situação econômica-financeira e, portanto, pode tomar
decisões de investimento, financiamento e destinação dos resultados que
afetem a continuidade da empresa e que vão de encontro às funções da
administração financeira, como a maximização da riqueza do acionista e
do valor da empresa.
Os dados e informações da situação econômico-financeira da empresa
são fornecidos pela contabilidade por meio de relatórios e demonstrações
contábeis, os quais são: Balancete de Verificação Mensal; Balanço
Patrimonial; Demonstração de Resultados do Exercício; Demonstração
de Origens e Aplicações de Recursos; Demonstração de Mutações do
Patrimônio Líquido; Demonstração
de Fluxo de Caixa; Notas Explicativas e
relatórios de controles internos.
Para que a contabilidade seja uma
ferramenta de apoio à tomada de decisões e
um instrumento de gestão é essencial que os
relatórios e demonstrações tenham tempestividade. Por exemplo: A
entrega pela contabilidade de um balancete de verificação mensal com
atraso acima de dez dias não permitirá que a administração financeira
tome ações corretivas no mês em curso, podendo, conforme a situação,
ter sérias conseqüências na liquidez ou na rentabilidade da empresa.
Qualidades da Informação Contábil
1.5 A Contabilidade como Ferramenta
Além da tempestividade, outro ponto é a qualidade da informação
contábil, ou seja, a entrega dos relatórios tem que ser feita no tempo
certo, mas seus registros devem ser confiáveis e transparentes. Entre as
características qualitativas da informação contábil, destaca-se que o
benefício gerado pela informação contábil deve ser maior que o custo de
sua geração para ser aproveitada. A informação contábil tem que ter
obrigatoriamente compreensibilidade para seus usuários específicos,
como por exemplo, os administradores financeiros. Esses usuários
específicos utilizam a informação para a tomada de decisões. As
qualidades essenciais de decisões específicas referente a utilização da
informação contábil são a relevância que tem os ingredientes de valor
preditivo, valor de retorno e tempestividade e confiabilidade que tem os
ingredientes de verificabilidade, neutralidade e fidelidade representativa.
Além das qualidades essenciais citadas, tem-se a qualidade secundária
da comparabilidade e para fins de reconhecimento a materialidade que
completa o fluxo das qualidades de uma informação contábil.
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De uma maneira bastante abrangente, podemos identificar três áreas de
decisões financeiras:
1.6.1 Decisões de investimento
Referem-se tanto à administração da estrutura do ativo quanto à
implementação de novos projetos. A grande concorrência existente nas
modernas economias de mercado obriga as empresas a se manterem
tecnologicamente atualizadas. Nenhuma empresa pode sentir-se segura
em boa posição conquistada, pois a qualquer momento algum
concorrente poderá surgir com um produto melhor e mais barato.
Assim, as empresas são obrigadas a desenvolverem continuamente
novos projetos e a tomarem decisões sobre a sua implantação.
Normalmente isto significa a necessidade de vultosas somas adicionais
de recursos e uma elevação no risco do empreendimento, uma vez que
investimentos em novos tipos de ativos fixos têm efeitos prolongados
sobre a vida da empresa e uma decisão inadequada poderá comprometer
irremediavelmente o seu futuro.
1.6.2 Decisões de financiamento
Enquanto as decisões de investimento envolvem importantes aspectos de
natureza não financeira, as decisões de financiamento constituem
responsabilidade exclusiva do administrador financeiro. As decisões de
financiamento visam montar a estrutura financeira adequada às
operações normais e aos novos projetos a serem implantados na
empresa. As questões envolvidas nas decisões de financiamento referem-
se à composição das fontes de recursos, que exigem análises profundas
das alternativas existentes e de suas implicações futuras. São questões do
tipo:
Qual deveria ser a proporção entre recursos permanentes e temporários?
Quanto de recursos próprios e quanto de financiamentos a longo prazo?
O reinvestimento de lucros seria suficiente para atender às necessidades
de recursos próprios?
O mercado reagiria bem ao lançamento de novas ações?
Qual seria o impacto dos custos financeiros provocados pelos
financiamentos a longo prazo e pelos empréstimos a curto prazo?
Em vez de comprar ativos fixos, não deveríamos arrendá-los?
1.6.3 Decisões relativas à destinação do lucro
O lucro obtido em cada exercício social representa a remuneração do
investimento dos proprietários da empresa. Quanto desse lucro deveria
ser distribuído aos acionistas e quanto seria retido para financiar a
expansão dos negócios? Tal indagação revela que a política de
distribuição de dividendos está diretamente relacionada com as
decisões de financiamento. Distribuindo somente uma pequena parcela
dos lucros, a empresa ficará menos dependente das fontes onerosas de
recursos e ampliará a participação do capital próprio na estrutura
financeira.
1.6 Áreas de Decisões Financeiras
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Quando a empresa pertence a reduzido número de pessoas, essas
decisões são tomadas por consenso ou por imposição do sócio
majoritário. A dificuldade surge quando existe grande número de
acionistas e as ações são negociadas nas bolsas de valores. Neste caso, a
política de dividendos estará orientada para a maximização das cotações,
devendo basear-se na avaliação das expectativas do mercado acionário
que são influenciadas por diversos fatores conjunturais.
Se a rentabilidade da empresa for satisfatória, pode-se supor que a
maioria dos proprietários prefira abrir mão dos dividendos. Porém, não
deve ser desconsiderado que sempre existirão acionistas desejosos de
realizar, pelo menos, parte dos lucros. Uma empresa bem sucedida
sempre terá novos planos de investimentos que implicam na necessidade
de recursos adicionais. Parte dessas necessidades poderá ser atendida
com a retenção de lucros e o restante terá de ser financiado por meio de
outras fontes. Uma política de dividendos adequada favorece a
manutenção dos preços das ações em níveis elevados, e isto poderá
garantir o sucesso de futuros lançamentos de novas ações no mercado.
Testando o aprendizado
a) Conheça os Conceitos
1. O que os administradores financeiros tentam maximizar e qual é seu objetivo secundário?
2. Descreva sinteticamente três razões básicas pela qual a maximização dos lucros não é
consistente com a maximização da riqueza.
3. Quais são os demonstrativos financeiros que auxiliam o administrador financeiro a
monitorar o desempenho da empresa? O que o Balanço Patrimonial pode indicar à empresa
sobre a estrutura de ativos e financiamentos?
4. Cite dois exemplos de decisão de análise e planejamento que podem maximizar a riqueza do
acionista.
5. Cite dois exemplos de decisões de investimento que podem maximizar ou minimizar a
riqueza do acionista.
6. Cite dois exemplos de decisões de financiamento que podem maximizar ou minimizar a
riqueza do acionista.
7. Quais as dificuldades enfrentadas pelo administrador financeiro como agente financeiro de
uma companhia? Cite 02 exemplos envolvendo empresas brasileiras que foram divulgados na
imprensa.
8. Descreva a relação geral entre Administração Financeira e Economia e explique como o
administrador financeiro se baseia nos princípios de Macro e Microeconomia.
9. Qual a diferença entre a análise econômica e a análise financeira da empresa? Quais
relatórios contábeis estão intimamente ligados a cada uma dessas análises?
10. É verdade que “se uma empresa for lucrativa sua sobrevivência está garantida”?
Explique.
Forma de Avaliação: Qualitativa.
Peso para avaliação qualitativa: 20%
Avaliação em duplas: Discussão em sala de aula e entrega das respostas.
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b) Estudos em equipe
i. Termos 1. Liquidez x Rentabilidade
2. Risco e Retorno
3. Maximização da Riqueza * Maximização de
Lucros
4. O agente financeiro – Teoria da agencia
5. Áreas de decisões financeiras
6. Relacionamento com Economia e estatística
7. Relacionamento com contabilidade
8. Capital de Giro
9. Fluxo de Caixa
10. Planejamento Financeiro
ii. Metodologia e datas
A formação da equipe terá de 03 a 05 acadêmicos. A equipe escolherá o seu
coordenador.
As pesquisas exploratórias serão feitas por meio de livros, revistas, periódicos, artigos
acadêmicos, dissertações e teses que abordem o tema.
Além das pesquisas, serão relatados casos e exemplos práticos para ilustrar e valorizar
o tema exposto.
Estas pesquisas terão início no dia 21/02/08 em sala de aula.
A partir da aula do dia 05/03/08 cada equipe irá expor os estudos de suas pesquisas
(todo acadêmico tem que participar, pois será feita uma avaliação individual).
O professor irá mediar os debates e chamará aleatoriamente os acadêmicos da turma
para participarem da exposição do tema. O acadêmico deverá fazer perguntas ou expor
sua crítica. Estas perguntas serão feitas por escrito e entregue ao Coordenador da
equipe.
Será entregue, por e-mail, até o dia 04/03/08 um resumo das principais constatações da
pesquisa do tema para cada coordenador de equipe e para o professor
No dia 03/04/08 será entregue o trabalho impresso ao professor de acordo com a
metodologia científica para trabalhos acadêmicos da FCJ em forma de artigo (para
saber qual a formatação tem um artigo-exemplo no índex da disciplina. A citação das
fontes e referências é essencial. As perguntas feitas por outras equipes a respeito do
tema abordado e suas respectivas respostas devem estar nos Anexos do trabalho.
iii. Forma de Avaliação Este trabalho terá uma ponderação de 20% na avaliação bimestral. A avaliação será feita para
o trabalho da equipe e para o desenvolvimento individual da cada acadêmico.
Exemplo:
Aluno A: Trabalho Equipe = 9,0; Desenvolvimento individual = 7,0.
Nota “Termos para Estudo” do Aluno A = 8,0.
Contribuição p/ nota bimestral: 8,0 * 20% => 1,60
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Referências
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http://www.bovespa.com.br/Home/redirect.asp?end=/Bovespa/Publicacoes/publ_gra.a
sp?page=publ_gra.asp. Acesso em: 13 fev. 2006.
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo:
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BRASIL, Haroldo Vinagre. Gestão Financeira das empresas: um modelo dinâmico. 4
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BRIGHAM, Eugene F. Administração Financeira: teoria e prática. 10 ed. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2006.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7ed. São Paulo:
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GITMAN, Lawrence J.; MADURA, Jeff. Administração Financeira – Uma
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http://wps.aw.com/br_gitman_admfinan_1/0,7871,769670-,00.html. Acesso em: 13
fev. 2006.
GLOSSÁRIO DE FINANÇAS. Disponível em:
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13 fev. 2006.
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MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade
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MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem básica e
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PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégica e Operacional. São Paulo:
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SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração Financeira. 3 ed. São Paulo: Atlas,
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Site do Professor Arnoldo. Disponível em: http:// professor_arnoldo.tripod.com.br.
Acesso em 14 fev. 2006.