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3. REDES CABEADAS
Existem basicamente 3 tipos diferentes de cabos de rede: os cabos de par
trançado (que são, de longe, os mais comuns), os cabos de fibra óptica (usados
principalmente em links de longa distância) e os cabos coaxiais, que são usados em cabos
de antenas para redes wireless e em algumas redes antigas.
Os cabos de rede transmitem sinais elétricos a uma frequência muito alta e a
distâncias relativamente grandes, por isso são muito vulneráveis a interferências
eletromagnéticas externas. Os cabos de par trançado são classificados em categorias, que
indicam a qualidade do cabo e a frequência máxima suportada por ele. Cada categoria é
composta por um conjunto de características técnicas e de normas de fabricação, que
precisam ser atendias pelos fabricantes.
3.1 Padrões
Existem diversas organizações, entidades governamentais e grupos de trabalho
que regulamentam e especificam os elementos da infra-estrutura utilizados em uma rede de
comunicação. Organizações internacionais como o IEEE
(InstituteofElectricalandElectronicEngineers), EIA/TIA (ElectronicIndustryAssociation e
Telecommunications Industries Association), UL (UnderwritersLaboratories), ISO/IEC
(International Standards Organization / InternationalElectrotechnicalCommission), criam
códigos e geram todas as especificações dos materiais utilizados, assim como os padrões
para a instalação.
Algumas empresas também desenvolvem especificações para conectores,
cabos, centros de distribuição, bem como informações detalhadas sobre as técnicas de
instalação, informações conhecidas como PremiseDistribution Systems (PDS) ou Sistemas
Básicos de Distribuição. As PDS consistem do cabeamento e dos diversos componentes
integrados que possibilitam a interligação dos diversos dispositivos que compõem uma rede
de computadores.
Essas arquiteturas precederam e serviram de referência para os trabalhos da
EIA/TIA, UL e ISO/IEC. Por exemplo, o conceito original de níveis (tipos de cabeamento) de
uma grande empresa do segmento de componentes para redes é usado atualmente nos
padrões EIA/TIA e do UL.
EIA/TIA
A EIA/TIA gerou os padrões 568 e 569 sobre as características físicas dos cabos
onde especifica categorias de cabeamento em cabos coaxiais, cabos de par trançado e
cabos de fibra óptica. O padrão EIA/TIA descreve tanto as especificações para performance
do cabo quanto sua instalação, porém esse padrão é flexível para que os responsáveis pelo
projeto da rede física façam suas opções por soluções mais viáveis e prevendo futuras
expansões.
UL (UnderwritersLaboratories)
O UL concentra-se em padrões de segurança, oferecendo programas de
certificação para avaliar o cabeamento de rede. Possui padrões de segurança para cabos
que estão de acordo com o código NEC (americano). Por exemplo, o UL 444 é o padrão de
segurança para cabos de comunicação e o UL 13 é o padrão de segurança para cabos
utilizados em circuitos de potência limitada. Os cabos para redes podem cair em qualquer
uma das duas categorias. O UL avalia amostras de cabos e depois conduz testes e
inspeções de acompanhamento, que servem como referência para os fabricantes e
integradores de sistemas.
As classificações do UL vão desde Nível I até V e têm a ver com performance e
segurança, portanto os produtos que têm nível UL também atendem às especificações NEC
apropriadas e aos padrões EIA/TIA para uma categoria específica. Cabos que possuem
classificações UL, exibem na camada externa as indicações Level I, LVL I ou LEV 1, por
exemplo.
ISO/IEC
A ISO/IEC desenvolveu um padrão de cabeamento denominado Cabeamento
Genérico para Instalação do Cliente (GenericCabling for CustomerPremises), denominado
de ISO/IEC 11801. A norma ISO/IEC 11801 é equivalente a EIA/TIA 568.
No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou a norma
NBR 14565, com o procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de
telecomunicações para rede interna estruturada.
Códigos para Eletricidade
Passar cabeamento através da estrutura de edifícios implica no risco de
incêndios. Várias entidades e fabricantes têm estabelecido padrões de como um cabo deve
se comportar na presença de fogo. Um código de aceitação internacional é o NEC
(NationalElectricalCode), desenvolvido pelo NFPA (NationalFireProtectionAssociation) dos
Estados Unidos, que descreve vários tipos materiais a serem usados na produção dos
cabos.
Esse código estabelece, entre outras coisas, o limite de tempo máximo que um
cabo deve queimar após a chama ter sido aplicada. Os padrões NEC são listados em muitos
catálogos de cabos e acessórios, classificando categorias específicas de cabos de cobre
para determinados tipos de uso. Por exemplo, os cabos para redes locais estão geralmente
classificados na categoria do tipo CM (communications, ou comunicações), ou no tipo MP
(MultiPurpose, ou uso geral). Cada tipo de cabo possui ainda uma letra para designar seu
uso. Por exemplo, a letra P, no tipo CMP (Communications Plenum) indica um cabo com
propagação limitada de chamas e baixa produção de fumaça.
3.2 Tipos de Cabos
ü Cabo Coaxial
Os cabos coaxiais são cabos constituídos de 4 camadas: um condutor interno, o
fio de cobre que transmite os dados; uma cama isolante de plástico, chamada de dielétrico
que envolve o cabo interno; uma malha de metal que protege as duas camadas internas e,
finalmente, uma nova camada de revestimento, chamada de jaqueta.
Se você envolver um fio condutor com uma segunda camada de material
condutor, a camada externa protegerá a primeira da interferência externa. Devido a esta
blindagem, os cabos coaxiais (apesar de ligeiramente mais caros que os de par trançado)
podem transmitir dados a distâncias maiores, sem que haja degradação do sinal. Existem 4
tipos diferentes de cabos coaxiais, chamados de 10Base5, 10Base2, RG-59/U e RG-62/U.
Além da baixa flexibilidade e alto custo, os cabos 10Base5 exigem uma
topologia de rede bem mais cara e complicada. Temos o cabo coaxial 10base5 numa
posição central, como um backbone (traduzindo para português, espinha dorsal. designa o
esquema de ligações centrais de um sistema mais amplo, tipicamente de elevado), sendo as
estações conectadas usando um segundo dispositivo, chamado transceptor, que atua como
um meio de ligação entre elas e o cabo principal.
ü Cabo de par trançado
Os cabos de par trançados vem substituindo os cabos coaxiais desde o início da
década de 90. Hoje em dia é muito raro alguém ainda utilizar cabos coaxiais em novas
instalações de rede, o mais comum é apenas reparar ou expandir redes que já existem.
Mais adiante teremos um comparativo entre os dois tipos de cabos.
O nome “par trançado” é muito conveniente, pois estes cabos são constituídos
justamente por 4 pares de cabos entrelaçados. Veja que os cabos coaxiais usam uma malha
de metal que protege o cabo de dados contra interferências externas; os cabos de par
trançado por sua vez, usam um tipo de proteção mais sutil: o entrelaçamento dos cabos cria
um campo eletromagnético que oferece uma razoável proteção contra interferências
externas.
Cabo de Par Trançado
Além dos cabos sem blindagem (como o da foto) conhecidos como UTP
(UnshieldedTwistedPair), existem os cabos blindados conhecidos como STP
(ShieldedTwistedPair). A única diferença entre eles é que os cabos blindados além de
contarem com a proteção do entrelaçamento dos fios, possuem uma blindagem externa
(assim como os cabos coaxiais), sendo mais adequados a ambientes com fortes fontes de
interferências, como grandes motores elétricos e estações de rádio que estejam muito
próximas. Outras fontes menores de interferências são as lâmpadas fluorescentes
(principalmente lâmpadas cansadas que ficam piscando), cabos elétricos quando colocados
lado a lado com os cabos de rede e mesmo telefones celulares muito próximos dos cabos.
Quanto maior for o nível de interferência, menor será o desempenho da rede,
menor será a distância que poderá ser usada entre os micros e mais vantajosa será a
instalação de cabos blindados. Em ambientes normais porém os cabos sem blindagem
costumam funcionar bem.
ü Par trançado x Coaxial
Cada uma destas categorias de cabos possui algumas vantagens
edesvantagens. Na verdade, o coaxial possui bem mais desvantagens do que vantagens em
relaçãoaos cabos de par trançado, o que explica o fato dos cabos coaxiais virem tornando-
se cada vezmais raros. Numa comparação direta entre os dois tipos de cabos teremos:
Distância máxima: o cabo coaxial permite uma distância máxima entre os pontos de até
185metros, enquanto os cabos de par trançado permitem apenas 100 metros.
Resistênciaa interferências: Os cabos de par trançado sem blindagem são muito
maissensíveis à interferências do que os cabos coaxiais, mas os cabos blindados por sua
vezapresentam uma resistência equivalente ou até superior.
Mau contato: Usando cabo coaxial, a tendência a ter problemas na rede é muito maior, pois
estetipo de cabo costuma ser mais suscetível a mau contato do que os cabos de par
trançado. Outra desvantagem é que usando o coaxial, quando temos problemas de mau
contato no conector deuma das estações, a rede toda cai, pois as duas “metades” não
contam com terminadores nasduas extremidades. Para complicar, você terá que checar PC
por PC até encontrar o conector comproblemas, imagine fazer isso numa rede com 20
micros.
Usando par trançado, por outro lado, apenas o micro problemático ficaria isolado da rede,
poistodos os PCs estão ligados ao hub e não uns aos outros. Este já é uma argumento forte
osuficiente para explicar a predominância das redes com cabo de par trançado.
Custo: Os cabos coaxiais são mais caros que os cabos de par trançado sem blindagem,
masnormalmente são mais baratos que os cabos blindado. Por outro lado, usando cabos
coaxiais vocênão precisará de um hub. Atualmente já existem hubs de 8 portas por menos
de 100 reais, não émais um artigo caro como no passado.
Velocidade máxima: Se você pretende montar uma rede que permita o tráfego de dados a
100mbps, então a única opção é usar cabos de par trançado categoria 5, pois os cabos
coaxiais são limitados apenas 10 mbps. Atualmente é complicado até mesmo encontrar
placas de rede comconectores para cabo coaxial, pois apenas as placas antigas, ISA de 10
megabits possuem os doistipos de conector. As placas PCI 10/100 possuem apenas o
conector para cabo de par trançado.
ü Fibra Óptica
Ao contrário dos cabos coaxiais e de par trançado, que nada mais são do que
fios de cobre quetransportam sinais elétricos, a fibra óptica transmite luz e por isso é
totalmente imune a qualquertipo de interferência eletromagnética. Além disso, como os
cabos são feitos de plástico e fibra devidro (ao invés de metal), são resistentes à corrosão.
A distância permitida pela fibra também é bem maior: os cabos usados em redes
permitemsegmentos de até 1 KM, enquanto alguns tipos de cabos especiais podem
conservar o sinal por até5 KM (distâncias maiores são obtidas usando repetidores). Mesmo
permitindo distâncias tãograndes, os cabos de fibra óptica permitem taxas de transferências
de até 155 mbps, sendo especialmente úteis em ambientes que demandam uma grande
transferência de dados. Como não soltam faíscas, os cabos de fibra óptica são mais
seguros em ambientes onde existe perigo deincêndio ou explosões. E para completar, o
sinal transmitido através dos cabos de fibra é mais difícil de interceptar, sendo os cabos
mais seguros para transmissões sigilosas.
As desvantagens da fibra residem no alto custo tanto dos cabos quanto das
placas de rede einstalação que é mais complicada e exige mais material. Por isso,
normalmente usamos cabos depar trançado ou coaxiais para fazer a interligação local dos
micros e um cabo de fibra óptica para servir como backbone, unindo duas ou mais redes ou
mesmo unindo segmentos da mesma redeque estejam distantes.
O cabo de fibra óptica é formado por um núcleo extremamente fino de vidro, ou
mesmo de umtipo especial de plástico. Uma nova cobertura de fibra de vidro, bem mais
grossa envolve eprotege o núcleo. Em seguida temos uma camada de plástico protetor
chamada de cladding, uma nova camada de isolamento e finalmente uma capa externa
chamada bainha.
A luz a ser transmitida pelo cabo é gerada por um LED, ou diodo emissor de luz.
Chegando aodestino, o sinal luminoso é decodificado em sinais digitais por um segundo
circuito chamado defoto-diodo. O conjunto dos dois circuitos é chamado de CODEC,
abreviação decodificador/decodificador.
Existem dois tipos de cabos de fibra óptica, chamados de cabos monomodo e
multimodo, ou simplesmente de modo simples e modo múltiplo. Enquanto o cabo de modo
simples transmiteapenas um sinal de luz, os cabos multimodo contém vários sinais que se
movem dentro do cabo.
Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, os cabos mono modo
transmitem mais rápido do que os cabos multimodo, pois neles a luz viaja em linha reta,
fazendo o caminho mais curto. Nos cabos multimodo o sinal viaja batendo continuamente
mas paredes do cabo, tornando-semais lento e perdendo a intensidade mais rapidamente.
Ao contrário do que se costuma pensar, os cabos de fibra óptica são bastante
flexíveis e podemser passados dentro de conduítes, sem problemas. Onde um cabo coaxial
entra, pode ter certezaque um cabo de fibra também vai entrar. Não é necessário em
absoluto que os cabos fiquem emlinha reta, e devido às camadas de proteção, os cabos de
fibra também apresentam uma boaresistência mecânica.
A velocidade de 155 Mbps que citei a pouco, assim como as distâncias máximas
dos cabos defibra, referem-se às tecnologias disponíveis para o uso em pequenas redes,
cujas placas e demaiscomponentes podem ser facilmente encontrados. Tecnologias mais
caras e modernas podematingir velocidades de transmissão na casa dos Terabits por
segundo, atingindo distância de váriosquilômetros. Aliás, a velocidade de transmissão nas
fibras ópticas vem evoluindo bem mais rápidoque os processadores, ou outros
componentes, por isso é difícil encontrar material atualizadosobre as tecnologias mais
recentes.
3.3 Equipamentos e materiais
Conector RJ-45
Os cabos de rede mais usados
atualmente são os do tipo “par trançado” (UTP =
unshieldedtwistedpair). Os conectores usados
nesses cabos são chamados RJ-45.
O cabo usa conectores RJ-45 tipo
“macho”, também chamado de PLUG RJ-45.
Nas placas de rede encontramos um conector
RJ-45 tipo “fêmea”, também chamados de JACK
RJ-45.
Alicate crimpador RJ-45
Para montar os cabos de rede UTP
você precisará de um alicate crimpador para
conectores RJ-45. Cuidado, pois existem alicates
crimpadores para conectores RJ-11, que são
usados em telefones. Confirme se o alicate é
realmente para conectores RJ-45. Este alicate
também serve para cortar e desencapar o cabo.
A função do alicate é fornecer pressão suficiente para que os pinos do conector
RJ-45, que internamente possuem a forma de lâminas, esmaguem os fios do cabo,
alcançando o fio de cobre e criando o contato. Você deve retirar apenas a capa externa do
cabo e não descascar individualmente os fios, pois isto ao invés de ajudar, serviria apenas
para causar mau contato, deixado o encaixe com os pinos do conector “frouxo”.
Testador de cabos
Mesmo quando temos experiência na
confecção de cabos, às vezes montamos cabos que não
funcionam. Podemos por engano trocar aposição de fios
ou deixaralguns dos fios mal conectados.
Um dos fios do cabo pode partir quando o
desencapamos. Por isso é necessário usar um testador de
cabos, como o mostrado ao lado. Estetestador é composto
de dois aparelhos. Conectamos um em cada extremidade
do cabo. Umdeles irá gerar uma sequência de sinais que deverá se propagar pelo cabo e
acender quatro LEDs, em sequência.
3.4 Climpagem
A montagem do cabo par trançado é relativamente simples. Além do cabo, você
precisará de um conector RJ-45 de pressão para cada extremidade do cabo e de um alicate
de pressão para conectores RJ-45 também chamado de Alicate crimpador. Tome cuidado,
pois existe um modelo que é usado para conectores RJ-11, que têm 4 contatos e são
usados para conexões telefônicas.
Assim como ocorre com o cabo coaxial, fica muito difícil passar o cabo por
conduítes e por estruturas usadas para ocultar o cabo depois que os plugues RJ-45 estão
instalados. Por isso, passe o cabo primeiro antes de instalar os plugues. Corte o cabo no
comprimento desejado. Lembre de deixar uma folga de alguns centímetros, já que o micro
poderá posteriormente precisar mudar de lugar além disso você poderá errar na hora de
instalar o plugue RJ-45, fazendo com que você precise cortar alguns poucos centímetros do
cabo para instalar novamente outro plugue.
Para quem vai utilizar apenas alguns poucos cabos, vale a pena comprá-los
prontos. Para quem vai precisar de muitos cabos, ou para quem vai trabalhar com instalação
e manutenção de redes, vale a pena ter os recursos necessários para construir cabos.
Devem ser comprados os conectores RJ-45, algumas um rolo de cabo, um alicate para
fixação do conector e um testador de cabos. Não vale a pena economizar comprando
conectores e cabos baratos, comprometendo a confiabilidade.
O alicate possui duas lâminas e uma fenda para o conector. A lâmina indicada
com (1) é usada para cortar o fio. A lâmina (2) serve para desencapar a extremidade do
cabo, deixando os quatro pares expostos. A fenda central serve para prender o cabo no
conector.
(1): Lâmina para corte do fio
(2): Lâmina para desencapar o fio
(3): Fenda para crimpar o conector
Corte a ponta do cabo com a parte (2) do alicate do tamanho que você vai
precisar, desencape (A lâmina deve cortar superficialmente a capa plástica, porém sem
atingir os fios) utilizando a parte (1) do alicate aproximadamente 2 cm do cabo. Pois o que
protege os cabos contra as interferências externas são justamente as tranças. À parte
destrançada que entra no conector é o ponto fraco do cabo, onde ele é mais vulnerável a
todo tipo de interferência Remova somente a proteção externa do cabo, não desencape os
fios.
Identifique os fios do cabo com as seguintes cores:
ü Branco com verde
ü Verde
ü Branco com laranja
ü Laranja
ü Branco com azul
ü Azul
ü Branco com marrom
ü Marrom
Desenrole os fios que ficaram para fora do cabo, ou seja, deixe-os “retos” e não
trançados na ordem acima citada, como mostra a figura abaixo:
Corte os fios com a parte (1) do alicate em aproximadamente 1,5cm do invólucro
do cabo.Observe que no conector RJ-45 que para cada pino existe um pequeno “tubo” onde
o fio deve ser inserido. Insira cada fio em seu “tubo”, até que atinja o final do conector.
Lembrando que não é necessário desencapar o fio, pois isto ao invés de ajudar, serviria
apenas para causar mau contato, deixado o encaixe com os pinos do conector “folgado”.
Ao terminar de inserir os fios no conector RJ-45, basta inserir o conector na parte
(3) do alicate e pressioná-lo. A função do alicate neste momento é fornecer pressão
suficiente para que os pinos do conector RJ-45, que internamente possuem a forma de
lâminas, esmaguem os fios do cabo, alcançando o fio de cobre e criando o contato, ao
mesmo tempo, uma parte do conector irá prender com força a parte do cabo que está com a
capa plástica externa. O cabo ficará definitivamente fixo no conector.
Após pressionar o alicate, remova o conector do alicate e verifique se o cabo
ficou bom, par isso puxe o cabo para ver se não há nenhum fio que ficou solto ou folgado.
Uma dica que ajuda bastante e a utilização das borrachas protetoras dos
conectores RJ-45, pois o uso desses traz vários benefícios com facilita a identificação do
cabo com o uso de cores diferentes, mantém o conector mais limpo, aumenta a durabilidade
do conector nas operações de encaixe e desencaixe, dá ao cabo um acabamento
profissional.
Montar um cabo de rede com esses protetores é fácil. Cada protetor deve ser
instalado no cabo antes do respectivo conector RJ-45. Depois que o conector é instalado,
ajuste o protetor ao conector.
Cabo crossover
O cabo crossover serve paraligar dois
computadores diretamente, sem hub ou switch.
Também pode ser necessário em algumas aplicações,
por exemplo, para ligar uma placa de rede a um
modem de banda larga ou a um “access point” de uma
rede sem fio (wireless). Nomomento
oportunomostraremos a aplicação destecabo. Agora
queremos quevocê aprenda a suaconstrução.
Portanto para construir um cabo crossover, instale os dois conectores de
acordocom as indicações das figuras abaixo. Uma das extremidades terá as
conexõesnormais (568A) e a outra terá as conexões invertidas (568B).