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Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra Microbiolo gia Ana Beatriz Ana Beatriz Rodrigues Rodrigues Ana Rita Graça Ana Rita Graça

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Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra

Microbiologia

Ana Beatriz RodriguesAna Beatriz RodriguesAna Rita GraçaAna Rita Graça

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O que é a Gripe?

• É uma doença infecciosa aguda que pode afectar diferentes espécies animais.

Vírus Influenza

• Afecta particularmente o tracto respiratório (nariz, garganta, pulmões e ouvidos), tendo como principais sintomas arrepios, tosse, dores, suores e febre.

• O Influenza é um vírus que está em constante mutação, escapando ao reconhecimento e inactivação pelo sistema imunológico. É altamente contagioso.

Pode provocar epidemias e pandemias mortais

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Vírus Influenza ao longo da História:

• Os primeiros registos acerca da gripe datam do ano 427 a. C. na Grécia Antiga;

A primeira identificação do Vírus Influenza foi no ano de 1901;

• Wilson Smith e os seus colaboradores isolaram o primeiro vírus da gripe “humano” em 1933;

• Isolamento do Influenza tipo B em 1940;

• Vírus da gripe do tipo C isolado em 1946.

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Fig. 1 - Vírus Influenza tipo A

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Gripe das Aves

• Os primeiros surtos surgiram em 1997 – a princípio não afectavam os humanos;

• Semelhanças com o vírus de 1957 – levou a alguma imunidade que ajudou a reduzir a taxa mortalidade

Gripe das Aves

• Os primeiros surtos surgiram em 1997 – a princípio não afectavam os humanos;

• Semelhanças com o vírus de 1957 – levou a alguma imunidade que ajudou a reduzir a taxa mortalidade

Gripe Espanhola – 1918-19 (20 a 40 milhões mortes no mundo inteiro.)

Gripe Asiática – 1957-58

Gripe de Hong Kong – 1968-69

Gripe Russa – 1977

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Fig. 2 - Estirpe H5N1

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Então como é que o vírus H5N1 conseguiu infectar os humanos?

(1)Pode ter ocorrido uma mutação genética que possibilitou ao vírus infectas células humanas

(2) Pode ter ocorrido uma recombinação entre o genoma de uma estirpe do vírus da gripe das aves e outra da gripe humana originando uma nova estirpe capaz de infectar ambos.

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Fig. 3 -Esquema que reproduz a possível recombinação genética entre uma estirpe de vírus das aves e uma estirpe humana

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Características do Influenza

* Família Orthomyxoviridae

Tipo A:

- É o tipo de Influenza mais virulento para os humanos e também o mais severo;

- Afecta um vasto leque de hospedeiros, sendo os principais os humanos, os suínos, os cavalos e, especialmente, as aves;

- Existem inúmeros subtipos, baseados nas diferenças antigénicas existentes na superfície da cápside dos vírus: H1N1 (Gripe Espanhola), H2N2 (Gripe Asiática), H5N1 (Gripe das Aves), etc.

Influenzavirus AInfluenzavirus BInfluenzavirus CIsavirusThogotovirus

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Tipo B:

- Afecta exclusivamente a espécie humana mas é menos comum que o Influenza A;

- É menos mutável que o tipo A, possuindo por isso uma menor diversidade genética;

- A imunidade contra este género é adquirida logo nos primeiros anos de vida, pelo que não se trata de um vírus perigoso.

Tipo C:

- Os seus alvos preferenciais são os humanos e os porcos;

- De todos as variantes do Influenza é a menos comum e relevante.

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Fig. 4 - Vírus Influenza tipo C

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Estrutura e Propriedades do Vírus Influenza:

• Constituído por um invólucro exterior (cápside) e por um núcleo interno

Lípidos e glicoproteínas

RNA + proteínas (complexo ribonucleoproteico)

Possui cerca de 750 projecções de superfície, correspondentes as glicoproteínas.

Estas estimulam o sistema imunitário, contribuindo para a capacidade de propagação viral.

São a Hemaglutinina e a Neurominidase.

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Fig. 5 - Características estruturais do Influenza

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Ciclo de Vida do Influenza:

- Os vírus tratam-se de agentes infecciosos desprovidos de um metabolismo próprio e incapazes de reprodução independente - utilizam os mecanismos de biossíntese de uma célula hospedeira para replicarem o seu material genético e produzirem as suas proteínas

- Podemos dividir o ciclo de vida dosvírus em 5 etapas: 1.Fixação2.Entrada na célula hospedeira3.Remoção do invólucro (descapsidação)4.Replicação 5.Gemação

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Fig. 6 - Esquematização do ciclo de vida de um vírus

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Ciclo replicativo do Influenza

(1) Vírus liga-se à superfície da célula hospedeira através da hemaglutinina; (2) Entrada na célula (por endocitose mediada por receptores); (3) Descapsidação (as vesículas fundem-se com os endossomas) ; (4) Replicação RNA; (5) Formação de novos vírus que são libertados para o meio extracelular.

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Fig. 7

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Transmissão do vírus:

• O vírus da gripe transmite-se de pessoa para pessoa através das gotículas emitidas com a tosse ou os espirros, que entram no hospedeiro através do nariz ou da garganta;

• Dentro do nosso organismo, o vírus Influenza destrói a membrana mucosa que envolve o tracto respiratório e em seguida ataca as nossas células, infectando-as.

No Inverno a transmissão da gripe é facilitada pelas baixas temperaturas e pela reduzida taxa de radiação ultravioleta (que destrói o vírus) .

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Fig.8 – Vírus Influenza

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Resposta Imunológica

• O vírus Influenza sofre pequenas mutações sempre que se multiplica, o que dá origem a inúmeras estirpes em circulação;

• Desta forma, não existe um desenvolvimento de imunidade permanente contra a gripe devido à modificação do vírus

Quando uma pessoa é infectada por uma estirpe X deste vírus, a resposta imunológica desencadeada desenvolve anticorpos para combater e destruir essa estirpe em particular.

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• Porém, quando essa mesma pessoa for novamente infectada pelo Influenza, o vírus já sofreu novas mutações originando uma estirpe diferente (estirpe y, por exemplo) cujos anticorpos não reconhecerão – o indivíduo contraí novamente gripe!

Prevenção - Vacinação (previne 75% dos casos de gripe e diminui em 98% a gravidade da doença).

Porém é impossível desenvolver uma vacina eficiente contra todas as estirpes doVírus Influenza.

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Fig. 9 – Vacinação de um marinheiro americano

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Curiosidades:

O nome Influenza advém do facto de que na Antiguidade se acreditava que as epidemias eram causadas por influência dos astros;

A pior epidemia de todos os tempos foi a Gripe Espanhola (em 1918) que apenas num ano provocou cerca de 20 milhões de mortes (em termos de comparação, a SIDA matou 22 milhões de pessoas em pouco mais de 20 anos e a Peste Negra 25 milhões de pessoas em 5);

Os cientistas esperam quem mais cedo ao mais tarde surja uma nova estirpe de vírus da gripe mortífera, capaz de vitimar milhões de pessoas em todo o Mundo – os trabalhos de investigação nesta área têm como objectivo desenvolver técnicas de prevenção ou terapêutica de forma a evitar pandemias como a Gripe Espanhola.

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Fig. 10 e 11 – Populações infectadas com o vírus Influenza.

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Webgrafia

• wikipedia.org/wiki/Gripe

• wikipedia.org/wiki/virus

• gripe.com

• www.super.abril.com.br

Coimbra, 26 de Novembro de 2008