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DissertaçãoDissertar é desenvolver raciocínio, analisar contextos,
dados e fatos.
Requer domínio da modalidade escrita da língua, desde a
questão ortográfica ao uso de um vocabulário preciso e
de construções sintáticas organizadas.
É importante conhecer o assunto que se vai abordar e
adotar uma posição crítica (pessoal) diante desse
assunto.
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DissertaçãoA Dissertação não pode ser escrita em 1ª pessoa (eu),
porque expressamos nosso ponto de vista por meio de
ideias que fundamentam nossa posição, somos
enunciadores de ideias.
O tipo textual Dissertativo pode ser encontrado em diversos
gêneros comuns ao nosso cotidiano, como as notícias e
reportagens.
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Dissertação do ENEMA Proposta do ENEM exige que se redija um texto do tipo
dissertativo-argumentativo.
Para isso é oferecido um tema referente a alguma questão
social.
A partir do tema proposto, é preciso criar um problema, para
concluir o texto apresentando uma intervenção.
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Dissertação do ENEMA Dissertação deve apresentar:
Introdução – delimitar um tema dentro do assunto e
apresentar ideias.
Desenvolvimento – problematizar a questão, apontar metas
a serem alcançadas e os benefícios consequentes
destas.
Conclusão – proposta de intervenção para o problema,
explicando o que pode ser feito para atingir as metas.
1º passo: entenda bem o tema da redação.
Faça perguntas relacionadas ao assunto.
Faça um “brainstorming”(significa tempestade
cerebral ou tempestade de ideias. É uma expressão
inglesa formada pela junção das palavras "brain", que
significa cérebro, intelecto e "storm", que significa
tempestade.), mas sozinho: coloque seu
conhecimento de mundo em ação.
Pense no problema relacionado a esse tema: toda
proposta de redação do ENEM terá um problema que
precisa ser solucionado. Pense nesse problema, em
suas causas e em sua solução.
É interessante responder a perguntas como:
Qual é o problema?
Por que é um problema?
Quais as causas desse problema?
Quais os aspectos positivos?
Quais os pontos negativos?
Quais as consequências desse problema?
Qual a solução para esse problema?
Por que essa solução deveria ser colocada em
prática?
Como essa solução resolveria o problema?
Vamos usar como exemplo uma redação
sobre o seguinte tema:
MOBILIDADE URBANA
Comece fazendo perguntas:
O que é mobilidade urbana?
Quando se pensa em mobilidade urbana no Brasil,
quais problemas podem ser apontados?
Quais as causas desses problemas?
Como fazer para resolver esses problemas?
Como essa solução resolveria os problemas?
É nesse momento que se faz o “brainstorming”
O que é mobilidade urbana?
Coloque alguns tópicos que te ajudarão a formar a ideia completa:
Infraestrutura das cidades
Meios de transporte
Transporte coletivo
Deslocamento de pessoas
Quando se pensa em mobilidade urbana no Brasil, quais problemas
podem ser apontados?
A questão da mobilidade urbana no Brasil é um problema. Por quê?
Em tópicos:
Excesso de veículos
Congestionamentos
Transporte coletivo precário
Atrasos
Estresse
Poluição
Acidentes
Quais as causas desse problema?
Novamente coloque em alguns tópicos:
Falta de planejamento urbano
Pouco espaço/incentivo para transporte alternativo,
como bicicletas.
Pouco investimento em transporte coletivo eficaz.
Como fazer para resolver esse problema?
Liste algumas possibilidades:
Investimento em infraestrutura: reestruturação das
vias públicas, construção/ampliação de ciclovias.
Incentivo ao transporte alternativo, como bicicletas.
Investimento em transporte coletivo mais eficaz.
Como essa solução resolveria o problema?
Transporte coletivo eficaz faz com que o indivíduo possa deixar
o carro em casa para se deslocar pela cidade.
Se houver condições estruturais e segurança para o uso de
bicicletas, por exemplo, o incentivo a esse meio de transporte
alternativo poderá surtir algum efeito.
OBSERVAÇÃO: Quanto mais criativa a solução, maiores as
chances de a redação ser bem avaliada. Dessa forma, é
importante pensar em uma proposta inovadora, que não seja
óbvia demais. Esse é o desafio!
2º passo: vamos construir a redação:
INTRODUÇÃO: (primeiro parágrafo da
redação)
A introdução deve ter o seguinte:
Apresentação do tema
O problema
A tese (é o que se pretende defender no texto,
o seu ponto de vista sobre o assunto)
Vejamos o exemplo:
O tema é mobilidade urbana: vou colocar uma
definição e explicar por que se trata de um
problema.
(veja que já pensei sobre isso quando estava
“entendendo o tema”)
A tese é o que eu pretendo defender, é o objetivo do meu
texto. Como estou fazendo uma redação “modelo ENEM”, vou
apontar aqui para a solução do problema.
Atenção: Não vou abordar a proposta de intervenção
no primeiro parágrafo do texto, mas vou apontá-la
como tese, como objetivo da redação. No final do
texto vou desenvolver essa proposta e estabelecer
uma ligação clara da conclusão com a introdução.
A ideia é a seguinte:
O tema da redação é um problema e meu objetivo é resolvê-
lo.(objetivo da redação = tese = solução para o problema).
Eu proponho uma solução, desenvolvo o texto explicando por
que esse problema precisa ser solucionado e, no final,
desenvolvo essa proposta e mostro como ela resolveria o
problema.
Voltando à redação sobre mobilidade urbana:
TESE
E preciso criar condições de o brasileiro
deixar o carro em casa para se locomover
pela cidade.
Vejamos, então, o primeiro parágrafo inteiro:
Observe que o parágrafo de introdução contém
a apresentação do assunto, o problema e a
tese.
DESENVOLVIMENTO: (no mínimo dois
parágrafos)
É importante planejar o desenvolvimento do
texto. Pense na relação entre os argumentos:
A ideia será somar os argumentos?
A ideia será contrapor argumentos: aspectos
negativos e positivos, por exemplo?
Os argumentos serão as causas e as
consequências do problema?
A relação entre os argumentos dependerá do
tema. Há aqueles que permitem contraposição
de ideias, outros não.
Vamos aplicar isso ao exemplo:
>Em relação ao tema “mobilidade urbana”,
escolhi somar ideias que defendem minha tese:
TESE
E preciso criar condições de o brasileiro
deixar o carro em casa para se locomover
pela cidade.
Para selecionar os argumentos, é possível fazer o seguinte
raciocínio:
Eu pretendo defender a tese tal por causa disso (1) e por
causa disso (2).
Disso (1) = argumento 1
Disso (2) = argumento 2
Faço, então, o seguinte:
Pretendo defender a ideia de que é preciso criar condições
de o brasileiro deixar o carro em casa para se locomover
pela cidade por causa DISSO (1) e por causa DISSO (2).
DISSO (1) = falta de infraestrutura + excesso de veículos =
congestionamentos – atrasos – poluição – problemas de
saúde.(argumento 1)
DISSO (2) = falta de transporte coletivo eficaz. (argumento
2)
Vamos começar pelo argumento 1:
ARGUMENTO 1 = falta de infraestrutura +
excesso de veículos = congestionamentos –
atrasos – poluição – problemas de saúde.
Vou fazer um tópico frasal, isto é, uma frase
que sintetiza meu argumento:
Veja que o foco principal do meu argumento é
o excesso de veículos.
Para fechar o parágrafo, vou relacioná-lo à
tese, ao que estou defendendo em meu texto:
Observação: você pode optar por expressões
como "dessa forma", "nesse sentido", "assim",
"portanto" etc para iniciar a frase que irá
relacionar a tese ao argumento.
Agora vamos desenvolver o argumento 2:
ARGUMENTO 2 = falta de transporte coletivo
eficaz.
Novamente vou fazer um tópico frasal, isto é,
uma frase que sintetiza meu argumento:
Veja que o foco principal desse meu argumento
é a ineficiência do transporte coletivo.
Para fechar o parágrafo, vamos relacioná-lo à
tese, ao que estou defendendo em meu texto:
Observação: veja que a expressão "portanto"
foi usada no início da frase que relaciona a tese
a esse segundo argumento.
É importante relacionar meus argumentos.
Veja que eu estou somando ideias, por isso
devo inserir uma expressão que explicite essa
soma. No segundo parágrafo, posso iniciar o
argumento com uma expressão como “além
disso”:
CONCLUSÃO: (último parágrafo)
Volte ao tema/problema.
Apresente uma solução para o problema
(proposta de intervenção).
Reafirme a tese apresentada na introdução.
Vejamos o exemplo:
No último parágrafo eu volto ao problema da
mobilidade urbana:
Atente também à estética e à organização. Para isso:
delimite os parágrafos;
escreva até o fim da linha;
não ultrapasse as margens da folha definitiva;
se errar, passe um traço na palavra e escreva a versão
correta em seguida. Cuidado com o excesso de rabiscos.
Atenção com a caligrafia!
O que se avalia: nível de linguagem, concordância,
regência, pontuação, ortografia, acentuação,
colocação pronominal, dentre outros aspectos.
Atenção:
A recorrência dos desvios prejudica a nota
máxima.
Uma leitura atenta do texto antes da versão final
na folha definitiva pode eliminar a maioria dos
desvios.
Cuidado com a FUGA AO TEMA. Para evitá-la, leia
atentamente a proposta e os textos motivadores.
Considere todas as palavras do tema.
Problematize o tema.
Defenda um ponto de vista, isso é
imprescindível. Não faça somente uma
exposição do problema. Reflita, seja crítico:
Defendi algo ou somente expus fatos,
expliquei o problema?
Será que meu texto ficará diferente dos
textos dos meus colegas? O que defendi é
fato ou é minha opinião?
Não construa trechos injuntivos, ou seja,
não aconselhe o leitor, não mantenha, pois,
interlocução.
Busque argumentos de outras áreas do
conhecimento.
Não invente dados, não crie conceitos, não
faça referências equivocadas a episódios
históricos.
Desenvolva a argumentação sem saltos
temáticos.
Argumente sem apelações.
Fuja ao senso comum.
Selecione as informações e analise se há
relação entre elas.
Busque a originalidade.
Não crie parágrafos com apenas um
período.
Atente ao excesso de períodos simples. Dê
preferência aos períodos mais complexos,
formados por 2 ou mais orações.
Evite repetições.
Atente ao emprego equivocado de
conectores, o que pode comprometer a
coerência.
Articule os períodos e também os
parágrafos.
Varie os recursos coesivos.
Desenvolva a proposta de intervenção a
partir do que foi discutido;
Não dê CONSELHOS;
Detalhe as ações;
Fuja da simples conscientização:
Importante
Releia seu texto, não tenha preguiça! É preciso
priorizar a clareza.
Não mantenha interlocução com o corretor,
mas o respeite. Um texto organizado, com tese
explícita, bem escrito é um bálsamo para quem
está corrigindo há horas. Pense nisso!
Não faça do seu texto um palanque nem um
muro de lamentações.
Seja objetivo, evite inferências.
Relativize sempre, não seja radical.
Não brigue com o ENEM, afinal, você precisa
dele.
5 dicas para garantir um bom desempenho na prova de redação do ENEM. Confira abaixo e prepare-se da
melhor forma:
1 - Entenda qual é a proposta
Antes de começar o texto, é importante que o aluno compreenda qual é a proposta de redação, ou seja, o que
os examinadores esperam que o texto aborde. O Enem costuma cobrar dos candidatos não apenas que
escrevam sobre determinada situação, mas que elaborem uma proposta de intervenção para ela. Portanto,
procure ler com atenção as instruções antes de começar a escrever.
2 - Preste atenção na introdução
Lembre-se de que uma introdução adequada deve contem um breve resumo dos assuntos principais que serão
abordados ao longo da redação. Afinal, ela funciona como uma apresentação para o seu texto, mantendo o
interesse do leitor em prosseguir como texto. Tenha atenção para não fazê-la muito extensa, especificando ideias
demasiadamente. Você já fará isso na argumentação e na conclusão.
3 - Faça um rascunho
Antes de começar o seu texto, é importante elaborar um rascunho onde você possa anotar as ideias principais
e palavras-chave. Contudo, tome cuidado para não gastar muito do seu tempo durante essa elaboração. Anote
apenas aquilo que for necessário para ajudar a conduzir sua redação.
4 - Elabore uma argumentação consistente
Quando você se posicionar sobre determinado assunto, não se esqueça de elaborar argumentos consistentes
para defender a sua ideia. Uma boa redação precisa apresentar teses bem sustentadas pelo aluno, de uma
forma clara e coerente.
5 - Reforce os argumentos importantes na conclusão
Uma boa conclusão é aquela que aborda os argumentos mais fortes que foram expostos ao longo do texto,
reforçando-os. Ela serve para fechar o texto, como uma espécie de resumo de tudo o que foi dito. O aluno deve
estar atento nessa etapa final do texto para fugir da repetição.
A redação do ENEM propõe aos candidatos a elaboração de um texto na estrutura do gênero
dissertativo argumentativo analisando 5 competências específicas estabelecidas pelo edital
oficial do MEC.
Um dos principais objetivos do texto dissertativo é propor que o estudante apresente e defenda
um ponto de vista sobre uma situação-problema, assumindo uma posição e inserindo o
conteúdo do texto em uma espécie de diálogo social. Para isso, é necessário que ele tenha a
capacidade de compreender a proposta de redação, aplicando conceitos de diversas áreas do
conhecimento para elaborar uma reflexão crítica sobre o tema em questão.
Entretanto, muitos estudantes apresentam dificuldades durante a elaboração de um texto crítico
que, ao mesmo tempo, respeite a estrutura permitida pela prova. Se esse é o seu caso, confira a
seguir 3 formas de trabalhar o seu texto para que ele apresente uma reflexão
crítica:
1 - Aproveite as informações e os argumentos extraídos nos textos da coletânea
Utilize a coletânea de textos fornecida pela prova como inspiração para o seu texto. Não copie
trechos de nenhuma delas, utilize as suas próprias palavras.
2 - Incorpore ao seu texto o seu repertório cultural e pessoal
Você pode utilizar em seu texto fatos atuais presentes na mídia ou experiências pessoais vividas
por você como repertório, desde que eles sejam pertinentes ao tema proposto.
3 - Apresente conhecimentos pertinentes e coerentes
Procure utilizar repertórios que sejam coerentes com a análise da situação apresentada como
tema da redação. Não fuja da proposta, procure envolver só os assuntos que forem pertinentes ao
tema.
7 exemplos de palavras que NÃO devem ser usadas
na introdução da sua redação do Enem:
1 -“Atualmente”
2 - “Hoje em dia”
3 - “Desde épocas remotas”
4 - “O mundo de hoje”
5 - “A cada dia que passa”
6 - “No mundo em que vivemos”
7 - “Na atualidade”
Na maioria das vezes, expressões como essas contribuem para
diminuir a originalidade da redação prejudicando o desempenho
do candidato. Por isso, é importante estar atento para evitá-las.
Confira a seguir 3 recursos argumentativos que podem ser úteis durante
a elaboração do seu texto:
1 – Autoridade
Consiste em fazer alusões ou em recorrer a citações de personalidades reconhecidas e
relacioná-las ao tema em questão. Esse recurso confere maior credibilidade ao texto, já
que se baseia na opinião de um especialista.
2 – Consenso
Trata-se de se basear em ideias e valores em circulação na sociedade aceitos como
verdadeiros por um grupo social. Elas se assemelham às evidências do discurso
científico. Argumentos que contrariam o ponto de vista consensual são considerados
fracos. No entanto, é preciso ter cautela ao utilizar esse recurso, uma vez que o
consenso é algo que todos já sabem.
3 - Provas concretas
Essa técnica consiste em apresentar dados concretos para comprovar a tese do autor,
criando sentido de realidade, de evidência. Esses dados podem ser retirados de
levantamentos estatísticos, relatórios e pesquisas, por exemplo. Lembre-se de que,
para ter um argumento forte, a fonte usada deve ser confiável, ter credibilidade. Esse
recurso possui um grande poder de persuasão, uma vez que relaciona o tema com os
fatos da realidade.
Confira a seguir três tipos de conclusão mais adequados para encerrar a
sua redação no Enem:
1 – Dedução
A conclusão por dedução é uma decorrência de todo o raciocínio desenvolvido ao longo da
redação. Essa forma de encerramento, em geral, utiliza conjunções conclusivas, como por
exemplo: logo, portanto, pois (posposto ao verbo), então, assim, por isso, por conseguinte, de
modo que, em vista disso, entre outras. No caso da conjunção “portanto”, vale lembrar que, nas
conclusões de sentido amplo (aquelas que funcionam apenas como desfecho do texto), a sua
utilização não é recomendada. Isso porque a relação entre o parágrafo final do texto com os
anteriores é apenas de acréscimo, ou seja, não é uma decorrência de tudo o que foi escrito
anteriormente.
2 – Síntese
Essa técnica consiste em sintetizar as ideias que foram abordadas ao longo da dissertação,
confirmando a tese que normalmente aparece na introdução do texto. Essa forma de introdução é
a mais adequada para garantir a coerência do texto.
3 – Intervenção
Essa técnica é obrigatória na redação do Enem. Trata-se de elaborar uma sugestão para
solucionar o problema posto em debate na proposta de redação. Certamente, não é possível
propor uma solução “milagrosa” para determinada situação em pouco mais de cinco linhas. Por
essa razão, esse tipo de conclusão é denominado intervenção, e não apenas “solução”.
A conclusão de um texto nasce a partir do raciocínio anteriormente
apresentado na introdução e no desenvolvimento. De um modo geral, a
conclusão pode conter um bom argumento que sintetiza as ideias mais
importantes que foram abordadas ao longo da elaboração do texto.
No caso específico do ENEM, o candidato deve ser capaz de elaborar uma
proposta de intervenção ao final da sua redação, a fim de solucionar o
problema levantado pelo tema. Trata-se de um dos principais critérios levados
em consideração durante a correção do exame.
Evite conclusões utópicas
Durante a redação, muitos candidatos tendem a elaborar a conclusão de seu
texto utilizando discursos utópicos, que acreditam em uma sociedade ideal,
onde todos os problemas podem ser resolvidos imediatamente. Entretanto,
trata-se de um tipo de encerramento que deve ser evitado pelo estudante, uma
vez que possui um baixíssimo poder argumentativo. O discurso utópico é
panfletário revelando certa ingenuidade por parte do candidato, que, ao
utilizá-lo, demonstra uma fraca visão crítica e madura sobre o mundo real.
CRIE UMA BOA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
As provas da edição 2015 do Enem (Exame Nacional do Ensino
Médio) acontecerão nos dias 24 e 25 de outubro. No segundo dia de avaliação, os
candidatos enfrentarão a matriz de Linguagens, Códigos e suas tecnologias,
Matemática e suas Tecnologias, além de uma redação. Assim, tudo deve ser finalizado
em, no máximo, cinco horas e trinta minutos.
Segundo a professora de redação e coordenadora do Ensino Médio Daniela
Aizenstein do Colégio Poliedro, de São Paulo, a principal característica da avaliação é
a obrigatoriedade da criação de uma proposta de intervenção, ou seja, uma
solução para o problema apresentado pela proposta de redação criada pela banca
corretora do ENEM. No entanto, você sabe como criar uma que corresponda às
expectativas dos corretores da prova?
Daniela afirmou que a criação da proposta de intervenção muitas vezes é uma atividade
subjetiva para muitos candidatos, dificultando o alcance de uma boa nota na redação.
“Quando o aluno vai criar a proposta de intervenção, ele precisa pensar em uma
solução para o problema, mas que ao mesmo tempo seja viável para ser colocada em
prática”, afirmou.
Focar na possibilidade de tornar a proposta em realidade é o principal
diferencial analisado pela banca. Por mais que o candidato crie uma proposta, se
ela não tiver tantas chances de ser executada, não será tão valorizada quanto outra
fácil de existir. Segundo Daniela, “Essa é a maior dificuldade da redação do Enem”.
Direitos Humanos: entenda o que NÃO deve ser
feito na redação do EnemEm 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a Declaração
Universal dos Direitos Humanos. O objetivo era oficializar perante aos países e às
leis os direitos considerados inerentes a todos os seres humanos, independente de
raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma ou qualquer outro tipo de condição. Segundo a
ONU, os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, a livre expressão e
opinião, o direito ao trabalho e à educação, entre outros.
Na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o aluno que desrespeitar os
direitos humanos em seus argumentos e proposta de intervenção terá seu texto
zerado pelo corretor da prova. Fazer comentários politicamente incorretos e
desrespeitosos também pode prejudicar o resultado final do exame.
1 - Não fira o direito à vida
“Qualquer argumento que envolva a morte, ou proponha a morte do próximo como solução para
um problema não é uma opção para o Enem”, explica Gabriela. Discursos que envolvam
extermínio, genocídio, morte ou tortura ferem um dos principais direitos humanos, que é o direito à
vida.
2 - Evite discursos de exclusão
Segundo a coordenadora, “qualquer ideia que alimente a desigualdade e a exclusão sociais
também não será tolerada”. Propor fechar fronteiras para refugiados ou separar as diferentes
classes sociais são dois argumentos que podem render um zero na redação.
3 - Não ataque as minorias
“Tudo que reforce qualquer tipo de segregação, seja de gênero, etnia ou de minorias, será ruim
para o Enem”, explica. A coordenadora aconselha que o aluno utilize discursos relacionados com
integração, união e sinergia.
4 - Meio ambiente
Segundo Gabriela, além dos direitos humanos, os candidatos também devem ficar atentos às
questões ambientais. O ideal é evitar ir contra os ideais de proteção da natureza. “Quando se trata
de questões relacionadas à água e ao lixo, por exemplo, o aluno deve focar em solucionar os
problemas, sem fazer com que outro ambiente sofra”, explica. Como exemplo, a coordenadora do
Poliedro cita as questões que envolvem o descarte e armazenamento do lixo. “Propor despejar
dejetos no meio do mar ou levá-los para outro país não são boas opções”, comenta.
5 - Você é a mudança
Gabriela também aconselha que as soluções apresentadas na proposta de intervenção fiquem
centralizadas nas pequenas ações do indivíduo e em como ele pode mudar o seu país. Culpar as
autoridades por tudo não é uma boa saída. “O governo também tem responsabilidades e é
importante que o aluno argumente sobre elas, mas sem jogar toda a culpa para ele”, completa.
FIQUE ATENTO!!! 109 temas que podem ser abordados
no Enem 2015. Confira a seguir quais são eles:
1. Processo de redemocratização do Brasil
2. Violência infantil
3. Educação online
4. A postura diplomática do Brasil
5. Analfabetos funcionais
6. Terceira idade
7. Marco Civil da internet
8. Educação para todos
9. Mobilidade Urbana
10. Reforma Política
11. Patriotismo
12. Os limites do humor nas redes sociais
13. Mobilizações populares no Brasil
14. Papel da mulher no século XXI
15. Os "justiceiros": justiça feita com as próprias mãos
16. Redes sociais e Direitos Humanos
17. Campanhas de vacinação pelo Brasil
18. Racismo na sociedade brasileira
19. O Brasil diante dos estrangeiros
20. Intolerância no mundo contemporâneo
21. Inclusão social
22. Redução da maioridade penal
23. Crise da água: gerenciamento dos recursos hídricos
24. Regulamentação do trabalho doméstico
25. Espionagem norte-americana
26. Crise nos transportes
27. Guerra das Coreias
28. Manifestações pelo Brasil
29. Protestos políticos
30. Nova classe média brasileira
31. Ética na política
32. Situação dos aqüíferos brasileiros
33. Mercosul
34. Conferências da ONU sobre meio ambiente
35. Processos de nacionalização de hidrocarbonetos
em países latinos
36. Rios voadores e a devastação da Floresta
Amazônica
37. Violência nas escolas
38. Participação política
39. Questão do desarmamento
40. Desigualdade social
41. Comportamento jovem nas mídias sociais
42. Construção de hidrelétricas na Amazônia
43. Produção de energia hidrelétrica no Brasil
44. Sustentabilidade
45. Economia verde
46. Bullying na internet
47. O papel dos professores na sociedade
48. Comportamento do motorista brasileiro
49. Mobilização juvenil no Brasil
50. Efeitos do bullying na vida das crianças
51. Álcool e direção
52. Benefícios do esporte para a sociedade
53. A Comissão da Verdade
54. O papel da educação
55. Terceirização da educação básica
56. Primavera Árabe
57. Desastres naturais
58. Brasil no cenário internacional
59. Direitos das minorias sociais
60. Eleições: falta de credibilidade do voto
61. Desigualdade de gênero
62. Futebol e violência
63. Legalização da maconha
64. Greves de setores essenciais para a sociedade
65. Cotas nas universidades
66. Delinquência juvenil
67. Sexualidade dos jovens brasileiros
68. Supervalorização da imagem (beleza física)
69. Concentração de renda
70. Ascensão da classe C
71. Lei de combate à pirataria online
72. Desgaste da imagem política
73. Protestos em prol dos direitos femininos
74. Individualismo dos jovens
75. Construção da usina de Belo Monte
76. Acidentes nucleares
77. Participação da Venezuela no Mercosul
78. Monarquia Constitucional
79. Nacionalização de hidrocarbonetos nos países latinos
80. Contrabando de armas
81. Mercado paralelo de armas
82. Direitos e deveres do cidadão
83. Guerra das Malvinas
84. Ensino interativo online
85. Reprovação e abandono escolar
86. Intervenção do Estado em hábitos culturais
87. Poder transformador da internet
88. Homofobia e direitos dos homossexuais
89. Onda de imigração no Brasil
90. Novas formas de trabalho
91. Os desafios dos ciclistas
92. Bullying (Físico e Verbal)
93. Inclusão social dos deficientes
94. Índice de gravidez na adolescência
95. Transtornos psicológicos sofrido pelos jovens
96. Olimpíadas no Brasil em 2016
97. Despreparo policial
98. Ofensas nas redes sociais
99. Preconceito e direito das minorias
100. Meio ambiente
101. Marchas e manifestações públicas
102. Maioridade penal
103. Questões indígenas no Brasil
104. Criminalidade e a agressão aos jovens
105. Direitos da mulher
106. Ascensão feminina
107. Feminismo em alta
108. Os limites da liberdade de expressão
109. Homofobia e direitos dos homossexuais
REDAÇÃO NOTA “1000”
Um dos motivos da
mudança.
No começo desta semana, vieram à
tona dois casos de alunos que
"boicotaram" suas próprias redações
no Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) 2012 e, ainda assim, não
tiveram suas provas zeradas.
Fernando César Maioto Júnior, de São
José do Rio Preto (SP), colocou
trechos do hino do Palmeiras em sua
redação sobre imigração no século 21
e tirou nota 500 (a pontuação vai de 0
a 1.000). No outro caso, Carlos
Guilherme Custódio Ferreira, de
Campo Belo (MG), inseriu uma receita
de "miojo" no meio de seu texto, "para
não ficar muito cansativo" e teve nota
560. O objetivo dos estudantes,
segundo eles próprios disseram em
entrevistas, era provar que os
corretores não liam as redações com a
devida atenção e davam notas
aleatórias.
REDAÇÃO NOTA “1000”
Segundo motivo.
Para parte da opinião pública,
Fernando e Carlos Guilherme
provaram a tese. O erro proposital
cometido na redação deveria ter
dado aos estudantes uma nota zero
na prova. Então, por que isso não
aconteceu?
Segundo o edital do Enem, deve ser
atribuída nota zero à redação que
"não atender a proposta solicitada ou
que possua outra estrutura textual
que não seja a do tipo dissertativo-
argumentativo, o que
configurará ‘Fuga ao tema/não
atendimento ao tipo textual’".
Outro motivo para a nota zero seria
um texto "com impropérios,
desenhos e outras formas
propositais de anulação, que será
considerada ‘Anulada’".
Redação de Raphael Luan Carvalho de Souza, 18 anos, de Niterói
Folha em Branco
Durante o século XX, o estímulo à produção industrial, por Getúlio Vargas, e o incentivo à
integração nacional, de Juscelino Kubitschek, foram fatores que possibilitaram a popularização dos
meios de comunicação no Brasil. Com isso, cresceu também a publicidade infantil, que busca introduzir
nas crianças, desde cedo, o princípio capitalista de consumo. No entanto, essa visão negativa pode ser
significativamente minimizada, desde que acompanhada de uma forte base educacional que auxilia as
crianças a discernir por meio do desenvolvimento de senso crítico próprio.
É indiscutível a presença de fatores prejudiciais nas propagandas dirigidas a essa faixa etária.
Segundo o conceito de felicidade, discutido na filosofia da antiguidade por Aristóteles, a eudaimonia é
alcançada com a união equilibrada entre razão e satisfação de prazeres. Contudo, evidencia-se que, na
infância, o indivíduo não possui ainda discernimento racional suficiente, o que faz com que a criança, ao
ter acesso a publicidades, pense que o produto divulgado é extremamente necessário. Isso acarreta, de
forma negativa, a formação de jovens e adultos excessivamente consumistas.
Entretanto, essa tendência pode ser revertida se somada à instrução adequada do público-
alvo do mercado publicitário infantil. Segundo a tábula rasa de John Locke, nascemos como uma folha
em branco, sem conhecimento, e o adquirimos por meio da experiência. A partir desse pensamento, é
possível entender que é função dos pais educar as crianças, haja vista que estas são influenciadas pelo
meio em que vivem. Com o apoio da base familiar, somada à escolar, cria-se o senso crítico, que
possibilita a gradativa menor influência da linguagem publicitária. Desse modo, evidencia-se que o poder
de persuasão do mercado apelativo não é absoluto.
Por fim, entende-se que, embora a publicidade infantil seja preocupante, tal efeito é reduzido
com o desenvolvimento do senso crítico, seja na base familiar, seja na escolar. A fim de atenuar o
problema, o Estado deve implementar, no ensino de base, projetos educacionais de análise de
linguagens com o auxílio do Ministério da Educação e Cultura e governos municipais, visando a
evidenciar, para a faixa etária infantil, a suma relevância da consciência sobre reais necessidades de
consumo. Dessa forma, a folha em branco ao nascer poderá ser preenchida, formando cidadãos, de fato,
conscientes.
Redação de Rosely Costa Sousa, 28 anos, de São Luís do Maranhão
A grande preocupação hoje, nas políticas públicas, é propiciar um melhor atendimento
integral à criança, principalmente no que se refere ao desenvolvimento moral, social, político e
cultural enquanto sujeito ativo e participante dos plenos direitos e deveres na sociedade, conforme
as normas declaradas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Sabe-se que a educação, tanto nas escolas quanto no lar, é a melhor opção para se
chegar a um objetivo promissor, além de promover o desenvolvimento integral da criança, porém
tal fato tem sofrido mudanças ultimamente decorrentes do avanço tecnológico e de inovações
ideológicas quanto à forma de aprimorar e preparar a criança, desde o nascimento, para receber
as informações que há no mundo exterior. Diante disso, as escolas e os pais devem preocupar-se
em desenvolver na criança, o seu lado consumidor, através de situações do dia a dia, auxiliando-a
e orientando-a a se tornar um bom consumidor, sendo necessário e importante para se obter uma
aprendizagem significativa da sua realidade.
Em relação à publicidade infantil, percebe-se que a tendência das empresas e
fabricantes de produtos infantis é aumentar seus negócios e divulgar seus produtos infantis tendo
como alvo, o universo infantil, o que isso, sobretudo, recai nas responsabilidades dos adultos que
acabam cedendo-a a adquirir, de forma compulsiva, o produto anunciado.
No Brasil, a publicidade infantil é comum, principalmente em datas comemorativas tais
como Dia das Crianças e Natal, porém defende e apoia a legislação que controla e evita abusos do
setor que realiza tal publicidade.
No entanto, espera-se que a publicidade infantil assuma um caráter educativo, apesar de
ser persuasivo, não afetando os direitos e os deveres da criança, dentro das normas contidas na
legislação do país. As escolas e, sobretudo os pais, devem orientar as crianças a tornarem-se
bons consumidores, realizando a escolha certa do produto, conscientes de suas atitudes na
sociedade em adquirir tal produto a fim de não tornarem-se consumidoras compulsivas.
REDAÇÃO NOTA 1000: MESMO COM A PEPPA
Publicidade Infantil: perigoso artifício
Uma criança imitando os sons emitidos por porcos já foi atitude considerada como falta
de educação. No entanto, após a popularização do programa infantil "Peppa Pig", essa passou a
ser uma cena comum no Brasil. O desenho animado sobre uma família de porcos falantes não
apenas mudou o comportamento dos pequenos como também aumentou o lucro de uma série de
marcas que se utilizaram do encantamento infantil para impulsionar a venda de produtos
relacionados ao tema. Peppa é apenas mais um exemplo do poder que a publicidade exerce sobre
as crianças.
Os nazistas já conheciam os efeitos de uma boa publicidade: são inúmeros os casos de
pais delatados pelos próprios filhos –o que mostra a facilidade com que as crianças são
influenciadas. Essa vulnerabilidade é maior até os sete anos de idade, quando a personalidade
ainda não está formada. Muitas redes de lanchonetes, por exemplo, valem-se disso para persuadir
seus jovens clientes: seus produtos vêm acompanhados por brindes e brinquedos. Assim, muitas
vezes a criança acaba se alimentando de maneira inadequada na ânsia de ganhar um brinquedo.
A publicidade interfere no julgamento das crianças. No entanto, censurar todas as
propagandas não é a solução. É preciso, sim, que haja uma regulamentação para evitar a
apelação abusiva –tarefa destinada aos órgãos responsáveis. No caso da alimentação, a questão
é especialmente grave, uma vez que pesquisas mostram que os hábitos alimentares mantidos até
os dez anos de idade são cruciais para definir o estilo de vida que o indivíduo terá quando adulto.
Uma boa solução, nesse caso, seria criar propagandas enaltecendo o consumo de
frutas, verduras e legumes. Os próprios programas infantis poderiam contribuir nesse sentido,
apresentando personagens com hábitos saudáveis. Assim, os pequenos iriam tentar imitar os bons
comportamentos. Contudo, nenhum controle publicitário ou bom exemplo sob a forma de um
desenho animado é suficiente sem a participação ativa da família. É essencial ensinar as crianças
a diferenciar bons produtos de meros golpes publicitários. Portanto, em se tratando de propaganda
infantil, assim como em tantos outros casos, a educação vinda de casa é a melhor solução.
9 conselhos básicos sobre a redação do Enem que
você NÃO pode ignorar
1 - Não se esqueça de passar o texto para a
folha de respostas
Isso pode parecer um pré-requisito óbvio, mas muitos
candidatos acabam não administrando adequadamente
o seu tempo durante o exame, deixando a folha de
respostas da redação em branco. Lembre-se de que
somente essa folha será corrigida pela banca, e não o
rascunho do texto.
2 - Lembre-se de cumprir o número mínimo de
linhas exigidas
Para ser corrigido, o texto da redação do Enem deve
apresentar mais do que sete linhas. Caso contrário, o
candidato terá a sua prova de redação anulada.
3 - Lembre-se de sempre considerar os Direitos
Humanos
Um dos pré-requisitos mais importantes cobrados pelo
Enem é o respeito aos Direitos Humanos durante a
elaboração da redação. Textos que não atendam a
essa exigência também serão anulados pela banca
corretora, recebendo nota zero.
4 - Desenvolva cuidadosamente a proposta de
redação
Lembre-se de elaborar a sua redação com
calma prestando atenção à coerência e à progressão
ao longo do seu texto.
5 - Não fuja do tema nem elabore outra estrutura
textual
Ao escrever a redação, é importante manter o foco na
proposta lançada para não fugir do tema, além de
respeitar a estrutura textual exigida pela prova, ou seja,
um texto do gênero dissertativo-argumentativo. É
importante prestar atenção para não se esquecer de
elaborar uma proposta de intervenção - outro
importante pré-requisito exigido pela banca corretora.
6 - Use SOMENTE caneta esferográfica de tinta
preta
Não só a prova de redação, como todo o exame do
Enem exige que os candidatos utilizem apenas caneta
esferográfica na cor preta. NÃO entregue o seu texto
escrito a lápis ou com uma caneta de outra cor.
7 - O título NÃO é obrigatório
Caso o aluno inclua título na prova, este não será
considerado pelos corretores como linha efetivamente
escrita.
8 - Evite rasuras
Caso você escreva algo errado durante a elaboração da
sua redação, o recomendado é apenas passar um traço
no trecho inadequado, escrevendo a palavra correta ao
lado.
9 - Não faça cópia dos textos de motivação
apresentados na proposta
Não copie trechos dos textos apresentados na
coletânea, pois isso será considerado plágio. Elabore e
trabalhe com as suas próprias ideias, utilizando o seu
próprio vocabulário.
Por dentro da redação Enem 2015 os tipos de
conectivos
1- Adição
Esses conectivos servem para dar a ideia de
acréscimo. Exemplos: “e”, “nem”, “também”, “não
só... mas também”
2 – Alternância
Esse conectivo passa a ideia de mudança.
Exemplos: “ou...ou”, “quer...quer”, “seja...seja”
3 – Causa
Os conectivos que exprimem a ideia de causa
servem para justificar determinada ocorrência.
Exemplos: porque, já que, visto que, graças a, em
virtude de.
4 – Conclusão
Usados normalmente para elaborar um desfecho a
determinada ideia. Exemplos: logo, portanto, pois.
5 – Condição
Esse tipo de conjunção estabelece uma hipótese.
Exemplos: se, caso, desde que, a não ser que, a
menos que.
6 – Comparação
Como o próprio nome já diz, trata-se de conjunções
utilizadas para comparar um
objeto/pessoa/acontecimento ao outro. Exemplos:
como, assim como.
7- Conformidade
Essas conjunções expressam a ideia de “estar de
acordo com” alguma coisa ou pessoa. Exemplos:
conforme, segundo.
8 – Consequência
Essas conjunções expressam ideia de efeito ou
resultado. Exemplos: tão... que, tanto...que, de modo
que, de sorte que, de forma que, de maneira que.
9 – Explicação
O nome já diz: essas conjunções são empregadas
para explicar determinado acontecimento.
Exemplos: pois, porque, porquanto.
10 – Finalidade
Esses conectivos são usados para expressar a ideia
de objetivo, intenção. Exemplos: para que, a fim de
que, para (+ verbo no infinitivo).
11- Oposição
Essas conjunções expressam a ideia de contraste.
Exemplos: mas, porém, entretanto, embora, mesmo
que, apesar de (+ verbo no infinitivo).
12 – Proporção
As conjunções desse tipo indicam intensidade.
Exemplos: à medida que, à proporção que, quanto
mais, quanto menos.
13 – Tempo
Esses conectivos servem para marcar determinado
momento. Exemplos: quando, logo que, assim que,
toda vez que, enquanto.
Confira a seguir 11 técnicas de coesão para aplicar na sua
redação do Enem 2015:
1- Epítetos
O epíteto é uma técnica que consiste no uso de uma palavra ou
frase que para qualificar uma pessoa ou coisa. Exemplo: Glauber
Rocha fez filmes memoráveis. Pena que o cineasta mais famoso
do cinema brasileiro tenha morrido tão cedo. Nesse caso, o nome
Glauber Rocha foi substituído pelo substantivo qualificativo o
cineasta mais famoso do cinema brasileiro.
2- Nominalização
Consiste em empregar um substantivo para remeter a um verbo
enunciado anteriormente no texto. Exemplo: Eles foram
testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porém, que tal
testemunho não era válido (...). Nesse caso, observa-se que
verbo testemunhar se tornou o substantivo testemunho. Pode
ocorrer também ao contrário, quando um substantivo vira verbo.
3- Palavras sinônimas
Consiste na utilização de palavras diferentes com o mesmo
significado, para não repeti-las. Exemplo: Os quadros de Van
Gogh não tinham nenhum valor em sua época. Houve telas que
serviam até de porta de galinheiro.
4- Termo síntese
Esse termo sintetiza aquilo que foi escrito anteriormente pelo
autor. Exemplo: “É preciso preencher um sem-número de papeis.
Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas essas limitações
acabam prejudicando o importador”. Nesse caso, a palavra
limitações sintetiza tudo o que foi escrito anteriormente.
5- Pronomes
Os pronomes são ótimas técnicas para retomar um termo já
mencionado no texto. Exemplos:
5. 1 - Vitaminas fazem bem à saúde. Mas não devemos
tomá-las ao acaso. Nesse caso, o pronome oblíquo “as”
refere-se à palavra vitaminas.
5.2 - O colégio é um dos melhores da cidade. Seus
dirigentes se preocupam muito com a educação integral. O
pronome possessivo seus refere-se ao substantivo colégio.
6- Numerais
Consiste no uso de termos numerais para substituir um termo já
mencionado. Exemplo: Não se pode dizer que a turma esteja mal
preparada. Um terço pelo menos parece estar dominando o
assunto. Nesse caso, um terço, numeral fracionário, refere-se ao
substantivo turma.
7- Advérbios pronominais
Trata-se de expressões tais como: “aqui, ali, lá, aí”. Exemplo: Não
podíamos deixar de ir ao Louvre. Lá está a obra-prima de
Leonardo da Vinci: a “Mona Lisa”. Nessa frase, o advérbio
pronominal lá se refere ao Louvre.
8- Elipse
Trata-se de uma figura de linguagem muito utilizada quando se
quer substituir um termo já mencionado no texto. Exemplo: “O
ministro foi o primeiro a chegar. Abriu a sessão as oito em ponto e
fez então seu discurso”. Nessa frase, o sujeito do verbo abriu (no
caso é “o ministro”) está omitido na segunda frase, através da
elipse.
9- Metonímia
Consiste na substituição de uma palavra por outra, fundamentada
numa relação de contiguidade semântica. Exemplo: Santos
Dumont chamou a atenção de toda Paris. O Sena curvou-se
diante de sua invenção. Nessa frase, “Paris” é usada para se
referir ao substantivo “cidade”. Já “Sena” refere-se ao famoso rio
de Paris.
10- Associação
Na associação, uma palavra retoma a outra, mantendo com ela
vínculos de significação, em um determinado contexto. Exemplo:
São Paulo é sempre vítima de enchentes de verão. Os
alagamentos prejudicam o trânsito, provocando engarrafamentos
de até 200 quilômetros. Nesse caso, a palavra “alagamentos”
surgiu na frase associada a “enchentes”.
SINAIS DE PONTUAÇÃOPONTO
O ponto é uma pausa longa utilizado, basicamente, para:
encerrar uma frase declarativa:
Atualmente, poucos eleitores votam com consciência.
separar períodos entre si:
Os cidadãos merecem respeito. Os governantes precisam cumprir com suas promessas.
nas abreviaturas:
Av.; V. Ex.ª
DOIS PONTOS
Os dois pontos são utilizados para:
iniciar a fala em discurso direto:
Então o rapaz respondeu:
- Siga em frente.
anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam ou
resumem ideias anteriores:
Meus amigos são muitos: André, Rodrigo e João.
enunciar uma citação:
Já dizia o poeta Vinícius de Morais: “Que não seja imortal, posto que é chama /Mas que seja
infinito enquanto dure.”
PONTO E VÍRGULA
Sinal utilizado para marcar uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Normalmente, é usado para:
separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência:
Art. 127 – São penalidades disciplinares:
I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada.
(cap. V das penalidades Direito Administrativo)
isolar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenha sido utilizada a
vírgula:
João gosta de basquete; José, de futebol.
Observação:
Como já vimos em nossas aulas anteriores, a vírgula na frase acima marca a elipse, ou seja, a omissão do verbo
- João (gosta) de futebol.
Assim, o ponto e vírgula demarca uma pausa diferente e mais evidente entre as orações.
DICA DE REDAÇÃO!
Muitas vezes, o ponto e vírgula marca uma pausa tão evidente entre as frases que poderia até mesmo ser
substituído por um conectivo. Vejam a frase a seguir:
Muitos se esforçam; poucos conseguem.
Reparem que a vírgula não seria suficiente para demarcar a pausa acima. Além disso, poderíamos encaixar
um conectivo:
Muitos se esforçam e poucos conseguem.
Em situações como essa, saber trabalhar com o ponto e vírgula é, sim, um diferencial para seu texto.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Geralmente, esse sinal gráfico é utilizado para expressar um sentimento de admiração, uma surpresa, uma indignação, por
exemplo. É comum usá-lo:
após vocativo:
Saia daqui, garoto!
após imperativo:
Cale-se!
após interjeição:
Ufa! Ai!
após palavras ou frases que denotem caráter emocional:
Que pena!
DICA DE REDAÇÃO!
Não utilizem o ponto de exclamação em uma dissertação argumentativa. Esse sinal traz emotividade ao seu texto. Trata-se de
uma marca de linguagem expressiva. Lembrem-se de que o discurso na redação deve ser o mais objetivo possível.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Expressa, a princípio, uma dúvida, um questionamento, mesmo que esse não exija, necessariamente, uma resposta imediata.
Basicamente, é usado:
em perguntas diretas:
Como você irá?
Em construções mais informais, juntamente com o ponto de exclamação:
- Quem ganhou o prêmio?
- Você.
- Eu?!
DICA DE REDAÇÃO!
Só trabalhem com o ponto interrogativo na redação ao optar por perguntas que realmente colaborem na argumentação, como
as retóricas ou ainda os questionamentos que serão desfeitos ao longo do texto. Lembrem-se de que o objetivo de seu discurso em
um texto dissertativo argumentativo não é gerar dúvidas e, sim, esclarecer, analisar e defender uma opinião. As
perguntas não devem ser feitas diretamente ao leitor e qualquer reflexão levantada deve ser respondida indiretamente ao longo do
texto.
VÍRGULA 1. Enumeração. Utilize a vírgula para enumerar os elementos de uma frase.
Exemplo: Fui à feira e comprei três bananas, duas maçãs e uma melancia.
2. Isolar o vocativo. Um vocativo nada mais é do que um chamamento
usado para se dirigir a uma pessoa ou a um grupo de pessoas. Veja os
exemplos:
Colegas, vamos limpar o escritório.
Roberto, venha cá, por favor.
“Colegas” e “Roberto” são vocativos, portanto, devem ser separados por
vírgula.
3. Marcar a elipse do verbo. A palavra elipse tem diversos sentidos. O
significado gramatical é a omissão de uma ou mais palavras facilmente de
se entender. Quando um verbo é usado mais de uma vez em uma mesma
oração, pode ser suprimido por uma vírgula. Nesses casos, o verbo fica
subentendido. Essa é uma forma bastante eficaz de evitar a repetição de
palavras em um texto, o que deixa a leitura mais agradável. Veja um
exemplo:
Eu cursei Jornalismo; ela, Administração (verbo subentendido: cursei).
4. Acompanhar conjunções. O uso da vírgula é obrigatório
antes das conjunções: mas, pois, porém, contudo, embora,
todavia, portanto, logo).
Exemplo: sei que você não gosta dele, mas tente suportá-lo
apenas hoje.
Atenção! Não se usa vírgula depois da conjunção adversativa
“mas”.
Depois de outras conjunções adversativas “apesar”, “entretanto”,
“contudo”, “todavia”, “porém” o uso da vírgula é
recomendável. Exemplo: porém, não consegui chegar a tempo.
5. Entre orações explicativas. A vírgula é recomendável para
isolar orações coordenadas explicativas.
Exemplo: o senador, que vai será candidato à presidência da
República, esteve presente na inauguração da nova capela da
cidade.
6. Para separar datas e números de ruas.
Exemplo: Florianópolis, 10 de abril de 2014 ou Rua da Caixa, 10.
7. Vírgula antes da conjunção “e”. Errar ao usar (ou
deixar de usar) a vírgula antes da conjunção “e” é
bastante comum. Muitos alunos pensam que, nesses
casos, nunca haverá vírgula – o que não é verdade.
Existem situações bastante comuns em que ela é
obrigatória. Sempre haverá vírgula ao
introduzir sujeitos diferentes. Exemplos:
a) Maria lavou a louça, e João fez a cama.
b) Muitos apostaram, e poucos ganharam.
Nos exemplos acima, há dois verbos. Portanto, há
dois sujeitos. De acordo com as normas gramaticais,
sujeitos diferentes devem ser separados por vírgula.
8. Isolar o aposto.
Aposto é um termo que explica ou especifica um substantivo ou pronome. O
aposto deve ser separado por vírgula, dois-pontos ou travessão. Existem
diversos tipos de aposto.
a) Explicativo: como o próprio nome sugere, explica um termo anterior.
“Paulo Coelho, um dos autores mais vendidos do Brasil, também escreveu
diversas músicas”.
b) Enumerativo: fui ao mercado comprar muitas coisas: material de
limpeza, frutas, carnes, arroz.
c) Resumidor: corrupção, desvio de dinheiro público, promessas não
cumpridas, tudo isso fez surgir os protestos contra a realização da copa.
d) Comparativo: seu cachorro, esperto como o dono, pegou o brinquedo
antes dos outros animais.
e) Distributivo: Cabral e Colombo desbravaram a América, aquele
descobriu o Brasil e este o México.
f) Aposto Oracional: nesse caso, o aposto é a oração. Exemplo: Mariana
comeu toda a pizza, sinal de fome.
g) Aposto Especificativo: esse aposto merece uma atenção especial, pois
ele não é separado por vírgula ou qualquer outro sinal de pontuação.
Exemplo: A presidenta Dilma Rousseff sancionou uma nova Emenda
Constitucional.
9. Inverter elementos na oração. Sempre que o objeto direto ou o
complemento nominal forem invertidos na frase, será necessário o
uso da vírgula.
Exemplo: Um pavor indescritível, eu senti naquele dia.
10. Separar orações coordenadas. A marcação ocorre sempre que
a oração coordenada não for introduzida por conjunção.
Exemplo: Cheguei à escola, abri o armário, peguei o livro e fui correndo
para a aula.
11. Intercalar expressões. Termos como “isto é”, “ou seja”, “a
propósito”, “quer dizer”, “melhor dizendo”, “além disso” sempre serão
isolados por sinal gráfico.
Exemplo: a propósito, é preciso uma política mais eficiente contra a
corrupção.
12. Em orações subordinadas adverbiais. Essas orações serão
separas por vírgula sempre que estiverem localizadas no início ou no
meio do período.
Exemplo: assim que chegarem as caixas, começaremos a mudança.
Importante: Quando não usar a vírgula
Nunca utilize vírgulas entre sujeito e predicado.
A frase: “Está em São Paulo o primeiro-ministro
de Portugal” não deve ser interrompida por
vírgulas.
A vírgula também não é admitida entre o verbo
e seus complementos. Exemplo: “A presidente
Dilma disse aos ministros que não aceita a
nova proposta”.
RESUMINDO
1. Use a vírgula para separar elementos que você poderia listar
Veja esta frase:
João Maria Ricardo Pedro e Augusto foram almoçar.
Note que os nomes das pessoas poderiam ser separados em uma lista:
Foram almoçar:
João
Maria
Ricardo
Pedro
Augusto
Isso significa que devem ser separados por vírgula na frase original:
João, Maria, Ricardo, Pedro e Augusto foram almoçar.
Note que antes de “e Augusto” não vai vírgula. Como regra geral, não
se usa vírgula antes de “e”. Há um caso específico. Um outro
exemplo:
A sua fronte, a sua boca, o seu riso, as suas lágrimas, enchem-lhe a voz de
formas e de cores… (Teixeira de Pascoaes)
2. Use a vírgula para separar explicações que estão
no meio da frase
Explicações que interrompem a frase são mudanças
de pensamento e devem ser separadas por vírgula.
Exemplos:
Mário, o moço que traz o pão, não veio hoje.
Dá-se uma explicação sobre quem é Mário. Se
tivéssemos que classificar sintaticamente o trecho,
seria um aposto.
Eu e você, que somos amigos, não devemos brigar.
O trecho destacado explica algo sobre “Eu e você”,
portanto deve vir entre vírgulas. A classificação do
trecho seria oração adjetiva explicativa.
3. Use a vírgula para separar o lugar, o tempo ou o modo que
vier no início da frase.
Quando um tipo específico de expressão — aquela que indica
tempo, lugar, modo e outros — iniciar a frase, usa-se vírgula.
Em outras palavras, separa-se o adjunto
adverbial antecipado. Exemplos:
Lá fora, o sol está de rachar!
“Lá fora” é uma expressão que indica “lugar”. Um adjunto
adverbial de lugar.
Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.
“Semana passada” indica tempo. Adjunto adverbial de tempo.
De um modo geral, não gostamos de pessoas estranhas.
“De um modo geral” é sinônimo de “geralmente”, adjunto
adverbial de modo, por isso vai vírgula.
4. Use a vírgula para separar orações independentes
Orações independentes são aquelas que têm sentido, mesmo estando fora do texto.
Nós já vimos um tipo dessas, que são as orações coordenadas assindéticas, mas
também há outros casos. Vamos ver os exemplos:
Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as unhas, demorou o olhar em Mana
Maria. (A. de Alcântara Machado)
Nesse exemplo, cada vírgula separa uma oração independente. Elas são
coordenadas assindéticas.
Eu gosto muito de chocolate, mas não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, porém não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, contudo não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, no entanto não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, entretanto não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, todavia não posso comer para não engordar.
Certo? Antes de todas essas palavras aí, chamadas de conjunções adversativas,
vai vírgula. Pra quem gosta de saber os nomes (se é que tem alguém), elas se
chamam orações coordenadas sindéticas adversativas. (medo!)
Agora só faltam mais duas coisinhas:
Quando se usa vírgula antes de “e”?
Vimos aí em cima que, como regra geral, não se usa
vírgula antes de “e”. Tem só um caso em que vai vírgula,
que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa,
coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele.
Assim:
O sol já ia fraco, e a tarde era amena. (Graça Aranha)
Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda
fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto,
usamos vírgula. Outro exemplo:
A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu
destino (F. Namora)
Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a
segunda aos filhos.
Existem casos em que a vírgula é opcional?
Existe um caso. Lembra do item 3, aí em cima? Se a
expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão,
mas sim uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai
depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer
dar para a frase. Exemplos:
Depois vamos sair para jantar.
Depois, vamos sair para jantar.
Geralmente gosto de almoçar no shopping.
Geralmente, gosto de almoçar no shopping.
Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.
Semana passada todos vieram jantar aqui em casa.
Note que esse último é o mesmo exemplo do item 3. Vê como
sem a vírgula a frase também fica correta? Mesmo não sendo
apenas uma palavra, dificilmente algum professor dará errado
se você omitir a vírgula.
Não se usa a vírgula!
Com as regras acima, pode ter certeza de que você
vai acertar 99% dos casos em que precisará da
vírgula. Um erro muito comum que vejo é
gente separando sujeito e predicado com vírgula.
Isso é errado, e você pode ser preso se for pego
usando!
Jeito errado:
João, gosta de comer batatas.
Alice, Maria e Luíza, querem ir para a escola amanhã.
Jeito certo:
João gosta de comer batatas.
Alice, Maria e Luíza querem ir para a escola amanhã.
E A CRASE? 1. A preposição a + os artigos a, as:
Exemplo: Investimento em saúde é medida fundamental às políticas
públicas.
2. A preposição a + os pronomes demonstrativos aquele(s),
aquela(s), aquilo:
Exemplos: Dirija-se àquelas funcionárias de uniforme.
Há ética àquilo que você transmite aos líderes?
3. A preposição a + os pronomes demonstrativos a, as:
Exemplos: A tolerância em excesso exerce influência negativa à
questão emocional.
4. Crase de preposição a + artigo a/as. É fundamental considerar as
noções de termo regente e termo regido.
Se for termo regente, exige a preposição a: a ideia, contrário a.
Exemplos: Sou contrário à ideia de demissão do gerente.
Se for termo regido, aceita o artigo a/as: a palestra, chegar a
Exemplos: Chegou atrasado à palestra.
Dicas importantes:
Substitua a palavra feminina por outra masculina. Se
ocorrer a forma ao é sinal de que há crase.
Exemplos: Fui a sala. (?) Fui ao salão. (?) Correto: Fui à
sala.
Fique atento porque sempre ocorre crase nos casos a
seguir: às duas horas; à tarde; à direita; à esquerda;
às vezes; às pressas; à frente; à medida, à vontade, à
disposição, à moda de, à maneira de, etc.
Não esqueça que só pode ocorrer crase diante de
palavra feminina, que admita o artigo a e que
dependa de outra palavra que exija a preposição a:
Exemplo: A teatralidade empregada à fala enfatiza o
tema.
Casos facultativos:
Antes de nomes próprios femininos:
Exemplo: Referiu-se à Ana. Referiu-se a Ana.
Antes de pronomes possessivos femininos:
Exemplo: Vou à sua casa. Vou a sua casa.
Depois da preposição até, exemplo:
Foi até a secretaria.
Foi até à secretaria.
Não ocorre crase, diante de verbos:
Exemplo: Estava apto a disputar a vaga.
Diante da palavra casa no sentido de lar.
Exemplo: Voltou a casa.
Diante de nome de cidade.
Exemplo: Houve trânsito em sua chegada a Sergipe.