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ENEM 2015 Profª. Thaís

Apresentação do PowerPoint - redesagrado.comredesagrado.com/sagrado-coracao-marilia/_upload2/files/EM_3... A Proposta do ENEM exige que se redija um texto do tipo dissertativo-argumentativo

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ENEM 2015

Profª. Thaís

DISSERTAÇÃO

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DissertaçãoDissertar é desenvolver raciocínio, analisar contextos,

dados e fatos.

Requer domínio da modalidade escrita da língua, desde a

questão ortográfica ao uso de um vocabulário preciso e

de construções sintáticas organizadas.

É importante conhecer o assunto que se vai abordar e

adotar uma posição crítica (pessoal) diante desse

assunto.

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DissertaçãoA Dissertação não pode ser escrita em 1ª pessoa (eu),

porque expressamos nosso ponto de vista por meio de

ideias que fundamentam nossa posição, somos

enunciadores de ideias.

O tipo textual Dissertativo pode ser encontrado em diversos

gêneros comuns ao nosso cotidiano, como as notícias e

reportagens.

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Dissertação do ENEMA Proposta do ENEM exige que se redija um texto do tipo

dissertativo-argumentativo.

Para isso é oferecido um tema referente a alguma questão

social.

A partir do tema proposto, é preciso criar um problema, para

concluir o texto apresentando uma intervenção.

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Dissertação do ENEMA Dissertação deve apresentar:

Introdução – delimitar um tema dentro do assunto e

apresentar ideias.

Desenvolvimento – problematizar a questão, apontar metas

a serem alcançadas e os benefícios consequentes

destas.

Conclusão – proposta de intervenção para o problema,

explicando o que pode ser feito para atingir as metas.

COMPETÊNCIAS

PASSO A PASSO

1º passo: entenda bem o tema da redação.

Faça perguntas relacionadas ao assunto.

Faça um “brainstorming”(significa tempestade

cerebral ou tempestade de ideias. É uma expressão

inglesa formada pela junção das palavras "brain", que

significa cérebro, intelecto e "storm", que significa

tempestade.), mas sozinho: coloque seu

conhecimento de mundo em ação.

Pense no problema relacionado a esse tema: toda

proposta de redação do ENEM terá um problema que

precisa ser solucionado. Pense nesse problema, em

suas causas e em sua solução.

É interessante responder a perguntas como:

Qual é o problema?

Por que é um problema?

Quais as causas desse problema?

Quais os aspectos positivos?

Quais os pontos negativos?

Quais as consequências desse problema?

Qual a solução para esse problema?

Por que essa solução deveria ser colocada em

prática?

Como essa solução resolveria o problema?

Vamos usar como exemplo uma redação

sobre o seguinte tema:

MOBILIDADE URBANA

Comece fazendo perguntas:

O que é mobilidade urbana?

Quando se pensa em mobilidade urbana no Brasil,

quais problemas podem ser apontados?

Quais as causas desses problemas?

Como fazer para resolver esses problemas?

Como essa solução resolveria os problemas?

É nesse momento que se faz o “brainstorming”

O que é mobilidade urbana?

Coloque alguns tópicos que te ajudarão a formar a ideia completa:

Infraestrutura das cidades

Meios de transporte

Transporte coletivo

Deslocamento de pessoas

Quando se pensa em mobilidade urbana no Brasil, quais problemas

podem ser apontados?

A questão da mobilidade urbana no Brasil é um problema. Por quê?

Em tópicos:

Excesso de veículos

Congestionamentos

Transporte coletivo precário

Atrasos

Estresse

Poluição

Acidentes

Quais as causas desse problema?

Novamente coloque em alguns tópicos:

Falta de planejamento urbano

Pouco espaço/incentivo para transporte alternativo,

como bicicletas.

Pouco investimento em transporte coletivo eficaz.

Como fazer para resolver esse problema?

Liste algumas possibilidades:

Investimento em infraestrutura: reestruturação das

vias públicas, construção/ampliação de ciclovias.

Incentivo ao transporte alternativo, como bicicletas.

Investimento em transporte coletivo mais eficaz.

Como essa solução resolveria o problema?

Transporte coletivo eficaz faz com que o indivíduo possa deixar

o carro em casa para se deslocar pela cidade.

Se houver condições estruturais e segurança para o uso de

bicicletas, por exemplo, o incentivo a esse meio de transporte

alternativo poderá surtir algum efeito.

OBSERVAÇÃO: Quanto mais criativa a solução, maiores as

chances de a redação ser bem avaliada. Dessa forma, é

importante pensar em uma proposta inovadora, que não seja

óbvia demais. Esse é o desafio!

2º passo: vamos construir a redação:

INTRODUÇÃO: (primeiro parágrafo da

redação)

A introdução deve ter o seguinte:

Apresentação do tema

O problema

A tese (é o que se pretende defender no texto,

o seu ponto de vista sobre o assunto)

Vejamos o exemplo:

O tema é mobilidade urbana: vou colocar uma

definição e explicar por que se trata de um

problema.

(veja que já pensei sobre isso quando estava

“entendendo o tema”)

A tese é o que eu pretendo defender, é o objetivo do meu

texto. Como estou fazendo uma redação “modelo ENEM”, vou

apontar aqui para a solução do problema.

Atenção: Não vou abordar a proposta de intervenção

no primeiro parágrafo do texto, mas vou apontá-la

como tese, como objetivo da redação. No final do

texto vou desenvolver essa proposta e estabelecer

uma ligação clara da conclusão com a introdução.

A ideia é a seguinte:

O tema da redação é um problema e meu objetivo é resolvê-

lo.(objetivo da redação = tese = solução para o problema).

Eu proponho uma solução, desenvolvo o texto explicando por

que esse problema precisa ser solucionado e, no final,

desenvolvo essa proposta e mostro como ela resolveria o

problema.

Voltando à redação sobre mobilidade urbana:

TESE

E preciso criar condições de o brasileiro

deixar o carro em casa para se locomover

pela cidade.

Vejamos, então, o primeiro parágrafo inteiro:

Observe que o parágrafo de introdução contém

a apresentação do assunto, o problema e a

tese.

DESENVOLVIMENTO: (no mínimo dois

parágrafos)

É importante planejar o desenvolvimento do

texto. Pense na relação entre os argumentos:

A ideia será somar os argumentos?

A ideia será contrapor argumentos: aspectos

negativos e positivos, por exemplo?

Os argumentos serão as causas e as

consequências do problema?

A relação entre os argumentos dependerá do

tema. Há aqueles que permitem contraposição

de ideias, outros não.

Vamos aplicar isso ao exemplo:

>Em relação ao tema “mobilidade urbana”,

escolhi somar ideias que defendem minha tese:

TESE

E preciso criar condições de o brasileiro

deixar o carro em casa para se locomover

pela cidade.

Para selecionar os argumentos, é possível fazer o seguinte

raciocínio:

Eu pretendo defender a tese tal por causa disso (1) e por

causa disso (2).

Disso (1) = argumento 1

Disso (2) = argumento 2

Faço, então, o seguinte:

Pretendo defender a ideia de que é preciso criar condições

de o brasileiro deixar o carro em casa para se locomover

pela cidade por causa DISSO (1) e por causa DISSO (2).

DISSO (1) = falta de infraestrutura + excesso de veículos =

congestionamentos – atrasos – poluição – problemas de

saúde.(argumento 1)

DISSO (2) = falta de transporte coletivo eficaz. (argumento

2)

Vamos começar pelo argumento 1:

ARGUMENTO 1 = falta de infraestrutura +

excesso de veículos = congestionamentos –

atrasos – poluição – problemas de saúde.

Vou fazer um tópico frasal, isto é, uma frase

que sintetiza meu argumento:

Veja que o foco principal do meu argumento é

o excesso de veículos.

Agora, vou desenvolver o tópico frasal e

transformar as ideias em um texto coerente e

coeso:

Para fechar o parágrafo, vou relacioná-lo à

tese, ao que estou defendendo em meu texto:

Observação: você pode optar por expressões

como "dessa forma", "nesse sentido", "assim",

"portanto" etc para iniciar a frase que irá

relacionar a tese ao argumento.

Agora vamos desenvolver o argumento 2:

ARGUMENTO 2 = falta de transporte coletivo

eficaz.

Novamente vou fazer um tópico frasal, isto é,

uma frase que sintetiza meu argumento:

Veja que o foco principal desse meu argumento

é a ineficiência do transporte coletivo.

Agora, vou desenvolver o tópico frasal e

transformar as ideias em um texto coerente e

coeso:

Para fechar o parágrafo, vamos relacioná-lo à

tese, ao que estou defendendo em meu texto:

Observação: veja que a expressão "portanto"

foi usada no início da frase que relaciona a tese

a esse segundo argumento.

É importante relacionar meus argumentos.

Veja que eu estou somando ideias, por isso

devo inserir uma expressão que explicite essa

soma. No segundo parágrafo, posso iniciar o

argumento com uma expressão como “além

disso”:

CONCLUSÃO: (último parágrafo)

Volte ao tema/problema.

Apresente uma solução para o problema

(proposta de intervenção).

Reafirme a tese apresentada na introdução.

Vejamos o exemplo:

No último parágrafo eu volto ao problema da

mobilidade urbana:

Desenvolvimento da solução para o problema

(proposta de intervenção)

Reafirmação da tese:

Vejamos, agora, a redação completa:

CORREÇÃO

Atente também à estética e à organização. Para isso:

delimite os parágrafos;

escreva até o fim da linha;

não ultrapasse as margens da folha definitiva;

se errar, passe um traço na palavra e escreva a versão

correta em seguida. Cuidado com o excesso de rabiscos.

Atenção com a caligrafia!

O que se avalia: nível de linguagem, concordância,

regência, pontuação, ortografia, acentuação,

colocação pronominal, dentre outros aspectos.

Atenção:

A recorrência dos desvios prejudica a nota

máxima.

Uma leitura atenta do texto antes da versão final

na folha definitiva pode eliminar a maioria dos

desvios.

Cuidado com a FUGA AO TEMA. Para evitá-la, leia

atentamente a proposta e os textos motivadores.

Considere todas as palavras do tema.

Problematize o tema.

Defenda um ponto de vista, isso é

imprescindível. Não faça somente uma

exposição do problema. Reflita, seja crítico:

Defendi algo ou somente expus fatos,

expliquei o problema?

Será que meu texto ficará diferente dos

textos dos meus colegas? O que defendi é

fato ou é minha opinião?

Não construa trechos injuntivos, ou seja,

não aconselhe o leitor, não mantenha, pois,

interlocução.

Busque argumentos de outras áreas do

conhecimento.

Não invente dados, não crie conceitos, não

faça referências equivocadas a episódios

históricos.

Desenvolva a argumentação sem saltos

temáticos.

Argumente sem apelações.

Fuja ao senso comum.

Selecione as informações e analise se há

relação entre elas.

Busque a originalidade.

Não crie parágrafos com apenas um

período.

Atente ao excesso de períodos simples. Dê

preferência aos períodos mais complexos,

formados por 2 ou mais orações.

Evite repetições.

Atente ao emprego equivocado de

conectores, o que pode comprometer a

coerência.

Articule os períodos e também os

parágrafos.

Varie os recursos coesivos.

Desenvolva a proposta de intervenção a

partir do que foi discutido;

Não dê CONSELHOS;

Detalhe as ações;

Fuja da simples conscientização:

Lembre-se:

TeseProposta de intervenção

Importante

Releia seu texto, não tenha preguiça! É preciso

priorizar a clareza.

Não mantenha interlocução com o corretor,

mas o respeite. Um texto organizado, com tese

explícita, bem escrito é um bálsamo para quem

está corrigindo há horas. Pense nisso!

Não faça do seu texto um palanque nem um

muro de lamentações.

Seja objetivo, evite inferências.

Relativize sempre, não seja radical.

Não brigue com o ENEM, afinal, você precisa

dele.

POR PARTES

5 dicas para garantir um bom desempenho na prova de redação do ENEM. Confira abaixo e prepare-se da

melhor forma:

1 - Entenda qual é a proposta

Antes de começar o texto, é importante que o aluno compreenda qual é a proposta de redação, ou seja, o que

os examinadores esperam que o texto aborde. O Enem costuma cobrar dos candidatos não apenas que

escrevam sobre determinada situação, mas que elaborem uma proposta de intervenção para ela. Portanto,

procure ler com atenção as instruções antes de começar a escrever.

2 - Preste atenção na introdução

Lembre-se de que uma introdução adequada deve contem um breve resumo dos assuntos principais que serão

abordados ao longo da redação. Afinal, ela funciona como uma apresentação para o seu texto, mantendo o

interesse do leitor em prosseguir como texto. Tenha atenção para não fazê-la muito extensa, especificando ideias

demasiadamente. Você já fará isso na argumentação e na conclusão.

3 - Faça um rascunho

Antes de começar o seu texto, é importante elaborar um rascunho onde você possa anotar as ideias principais

e palavras-chave. Contudo, tome cuidado para não gastar muito do seu tempo durante essa elaboração. Anote

apenas aquilo que for necessário para ajudar a conduzir sua redação.

4 - Elabore uma argumentação consistente

Quando você se posicionar sobre determinado assunto, não se esqueça de elaborar argumentos consistentes

para defender a sua ideia. Uma boa redação precisa apresentar teses bem sustentadas pelo aluno, de uma

forma clara e coerente.

5 - Reforce os argumentos importantes na conclusão

Uma boa conclusão é aquela que aborda os argumentos mais fortes que foram expostos ao longo do texto,

reforçando-os. Ela serve para fechar o texto, como uma espécie de resumo de tudo o que foi dito. O aluno deve

estar atento nessa etapa final do texto para fugir da repetição.

A redação do ENEM propõe aos candidatos a elaboração de um texto na estrutura do gênero

dissertativo argumentativo analisando 5 competências específicas estabelecidas pelo edital

oficial do MEC.

Um dos principais objetivos do texto dissertativo é propor que o estudante apresente e defenda

um ponto de vista sobre uma situação-problema, assumindo uma posição e inserindo o

conteúdo do texto em uma espécie de diálogo social. Para isso, é necessário que ele tenha a

capacidade de compreender a proposta de redação, aplicando conceitos de diversas áreas do

conhecimento para elaborar uma reflexão crítica sobre o tema em questão.

Entretanto, muitos estudantes apresentam dificuldades durante a elaboração de um texto crítico

que, ao mesmo tempo, respeite a estrutura permitida pela prova. Se esse é o seu caso, confira a

seguir 3 formas de trabalhar o seu texto para que ele apresente uma reflexão

crítica:

1 - Aproveite as informações e os argumentos extraídos nos textos da coletânea

Utilize a coletânea de textos fornecida pela prova como inspiração para o seu texto. Não copie

trechos de nenhuma delas, utilize as suas próprias palavras.

2 - Incorpore ao seu texto o seu repertório cultural e pessoal

Você pode utilizar em seu texto fatos atuais presentes na mídia ou experiências pessoais vividas

por você como repertório, desde que eles sejam pertinentes ao tema proposto.

3 - Apresente conhecimentos pertinentes e coerentes

Procure utilizar repertórios que sejam coerentes com a análise da situação apresentada como

tema da redação. Não fuja da proposta, procure envolver só os assuntos que forem pertinentes ao

tema.

7 exemplos de palavras que NÃO devem ser usadas

na introdução da sua redação do Enem:

1 -“Atualmente”

2 - “Hoje em dia”

3 - “Desde épocas remotas”

4 - “O mundo de hoje”

5 - “A cada dia que passa”

6 - “No mundo em que vivemos”

7 - “Na atualidade”

Na maioria das vezes, expressões como essas contribuem para

diminuir a originalidade da redação prejudicando o desempenho

do candidato. Por isso, é importante estar atento para evitá-las.

Confira a seguir 3 recursos argumentativos que podem ser úteis durante

a elaboração do seu texto:

1 – Autoridade

Consiste em fazer alusões ou em recorrer a citações de personalidades reconhecidas e

relacioná-las ao tema em questão. Esse recurso confere maior credibilidade ao texto, já

que se baseia na opinião de um especialista.

2 – Consenso

Trata-se de se basear em ideias e valores em circulação na sociedade aceitos como

verdadeiros por um grupo social. Elas se assemelham às evidências do discurso

científico. Argumentos que contrariam o ponto de vista consensual são considerados

fracos. No entanto, é preciso ter cautela ao utilizar esse recurso, uma vez que o

consenso é algo que todos já sabem.

3 - Provas concretas

Essa técnica consiste em apresentar dados concretos para comprovar a tese do autor,

criando sentido de realidade, de evidência. Esses dados podem ser retirados de

levantamentos estatísticos, relatórios e pesquisas, por exemplo. Lembre-se de que,

para ter um argumento forte, a fonte usada deve ser confiável, ter credibilidade. Esse

recurso possui um grande poder de persuasão, uma vez que relaciona o tema com os

fatos da realidade.

Confira a seguir três tipos de conclusão mais adequados para encerrar a

sua redação no Enem:

1 – Dedução

A conclusão por dedução é uma decorrência de todo o raciocínio desenvolvido ao longo da

redação. Essa forma de encerramento, em geral, utiliza conjunções conclusivas, como por

exemplo: logo, portanto, pois (posposto ao verbo), então, assim, por isso, por conseguinte, de

modo que, em vista disso, entre outras. No caso da conjunção “portanto”, vale lembrar que, nas

conclusões de sentido amplo (aquelas que funcionam apenas como desfecho do texto), a sua

utilização não é recomendada. Isso porque a relação entre o parágrafo final do texto com os

anteriores é apenas de acréscimo, ou seja, não é uma decorrência de tudo o que foi escrito

anteriormente.

2 – Síntese

Essa técnica consiste em sintetizar as ideias que foram abordadas ao longo da dissertação,

confirmando a tese que normalmente aparece na introdução do texto. Essa forma de introdução é

a mais adequada para garantir a coerência do texto.

3 – Intervenção

Essa técnica é obrigatória na redação do Enem. Trata-se de elaborar uma sugestão para

solucionar o problema posto em debate na proposta de redação. Certamente, não é possível

propor uma solução “milagrosa” para determinada situação em pouco mais de cinco linhas. Por

essa razão, esse tipo de conclusão é denominado intervenção, e não apenas “solução”.

A conclusão de um texto nasce a partir do raciocínio anteriormente

apresentado na introdução e no desenvolvimento. De um modo geral, a

conclusão pode conter um bom argumento que sintetiza as ideias mais

importantes que foram abordadas ao longo da elaboração do texto.

No caso específico do ENEM, o candidato deve ser capaz de elaborar uma

proposta de intervenção ao final da sua redação, a fim de solucionar o

problema levantado pelo tema. Trata-se de um dos principais critérios levados

em consideração durante a correção do exame.

Evite conclusões utópicas

Durante a redação, muitos candidatos tendem a elaborar a conclusão de seu

texto utilizando discursos utópicos, que acreditam em uma sociedade ideal,

onde todos os problemas podem ser resolvidos imediatamente. Entretanto,

trata-se de um tipo de encerramento que deve ser evitado pelo estudante, uma

vez que possui um baixíssimo poder argumentativo. O discurso utópico é

panfletário revelando certa ingenuidade por parte do candidato, que, ao

utilizá-lo, demonstra uma fraca visão crítica e madura sobre o mundo real.

CRIE UMA BOA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

As provas da edição 2015 do Enem (Exame Nacional do Ensino

Médio) acontecerão nos dias 24 e 25 de outubro. No segundo dia de avaliação, os

candidatos enfrentarão a matriz de Linguagens, Códigos e suas tecnologias,

Matemática e suas Tecnologias, além de uma redação. Assim, tudo deve ser finalizado

em, no máximo, cinco horas e trinta minutos.

Segundo a professora de redação e coordenadora do Ensino Médio Daniela

Aizenstein do Colégio Poliedro, de São Paulo, a principal característica da avaliação é

a obrigatoriedade da criação de uma proposta de intervenção, ou seja, uma

solução para o problema apresentado pela proposta de redação criada pela banca

corretora do ENEM. No entanto, você sabe como criar uma que corresponda às

expectativas dos corretores da prova?

Daniela afirmou que a criação da proposta de intervenção muitas vezes é uma atividade

subjetiva para muitos candidatos, dificultando o alcance de uma boa nota na redação.

“Quando o aluno vai criar a proposta de intervenção, ele precisa pensar em uma

solução para o problema, mas que ao mesmo tempo seja viável para ser colocada em

prática”, afirmou.

Focar na possibilidade de tornar a proposta em realidade é o principal

diferencial analisado pela banca. Por mais que o candidato crie uma proposta, se

ela não tiver tantas chances de ser executada, não será tão valorizada quanto outra

fácil de existir. Segundo Daniela, “Essa é a maior dificuldade da redação do Enem”.

Direitos Humanos: entenda o que NÃO deve ser

feito na redação do EnemEm 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a Declaração

Universal dos Direitos Humanos. O objetivo era oficializar perante aos países e às

leis os direitos considerados inerentes a todos os seres humanos, independente de

raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma ou qualquer outro tipo de condição. Segundo a

ONU, os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, a livre expressão e

opinião, o direito ao trabalho e à educação, entre outros.

Na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o aluno que desrespeitar os

direitos humanos em seus argumentos e proposta de intervenção terá seu texto

zerado pelo corretor da prova. Fazer comentários politicamente incorretos e

desrespeitosos também pode prejudicar o resultado final do exame.

1 - Não fira o direito à vida

“Qualquer argumento que envolva a morte, ou proponha a morte do próximo como solução para

um problema não é uma opção para o Enem”, explica Gabriela. Discursos que envolvam

extermínio, genocídio, morte ou tortura ferem um dos principais direitos humanos, que é o direito à

vida.

2 - Evite discursos de exclusão

Segundo a coordenadora, “qualquer ideia que alimente a desigualdade e a exclusão sociais

também não será tolerada”. Propor fechar fronteiras para refugiados ou separar as diferentes

classes sociais são dois argumentos que podem render um zero na redação.

3 - Não ataque as minorias

“Tudo que reforce qualquer tipo de segregação, seja de gênero, etnia ou de minorias, será ruim

para o Enem”, explica. A coordenadora aconselha que o aluno utilize discursos relacionados com

integração, união e sinergia.

4 - Meio ambiente

Segundo Gabriela, além dos direitos humanos, os candidatos também devem ficar atentos às

questões ambientais. O ideal é evitar ir contra os ideais de proteção da natureza. “Quando se trata

de questões relacionadas à água e ao lixo, por exemplo, o aluno deve focar em solucionar os

problemas, sem fazer com que outro ambiente sofra”, explica. Como exemplo, a coordenadora do

Poliedro cita as questões que envolvem o descarte e armazenamento do lixo. “Propor despejar

dejetos no meio do mar ou levá-los para outro país não são boas opções”, comenta.

5 - Você é a mudança

Gabriela também aconselha que as soluções apresentadas na proposta de intervenção fiquem

centralizadas nas pequenas ações do indivíduo e em como ele pode mudar o seu país. Culpar as

autoridades por tudo não é uma boa saída. “O governo também tem responsabilidades e é

importante que o aluno argumente sobre elas, mas sem jogar toda a culpa para ele”, completa.

TEMAS

FIQUE ATENTO!!! 109 temas que podem ser abordados

no Enem 2015. Confira a seguir quais são eles:

1. Processo de redemocratização do Brasil

2. Violência infantil

3. Educação online

4. A postura diplomática do Brasil

5. Analfabetos funcionais

6. Terceira idade

7. Marco Civil da internet

8. Educação para todos

9. Mobilidade Urbana

10. Reforma Política

11. Patriotismo

12. Os limites do humor nas redes sociais

13. Mobilizações populares no Brasil

14. Papel da mulher no século XXI

15. Os "justiceiros": justiça feita com as próprias mãos

16. Redes sociais e Direitos Humanos

17. Campanhas de vacinação pelo Brasil

18. Racismo na sociedade brasileira

19. O Brasil diante dos estrangeiros

20. Intolerância no mundo contemporâneo

21. Inclusão social

22. Redução da maioridade penal

23. Crise da água: gerenciamento dos recursos hídricos

24. Regulamentação do trabalho doméstico

25. Espionagem norte-americana

26. Crise nos transportes

27. Guerra das Coreias

28. Manifestações pelo Brasil

29. Protestos políticos

30. Nova classe média brasileira

31. Ética na política

32. Situação dos aqüíferos brasileiros

33. Mercosul

34. Conferências da ONU sobre meio ambiente

35. Processos de nacionalização de hidrocarbonetos

em países latinos

36. Rios voadores e a devastação da Floresta

Amazônica

37. Violência nas escolas

38. Participação política

39. Questão do desarmamento

40. Desigualdade social

41. Comportamento jovem nas mídias sociais

42. Construção de hidrelétricas na Amazônia

43. Produção de energia hidrelétrica no Brasil

44. Sustentabilidade

45. Economia verde

46. Bullying na internet

47. O papel dos professores na sociedade

48. Comportamento do motorista brasileiro

49. Mobilização juvenil no Brasil

50. Efeitos do bullying na vida das crianças

51. Álcool e direção

52. Benefícios do esporte para a sociedade

53. A Comissão da Verdade

54. O papel da educação

55. Terceirização da educação básica

56. Primavera Árabe

57. Desastres naturais

58. Brasil no cenário internacional

59. Direitos das minorias sociais

60. Eleições: falta de credibilidade do voto

61. Desigualdade de gênero

62. Futebol e violência

63. Legalização da maconha

64. Greves de setores essenciais para a sociedade

65. Cotas nas universidades

66. Delinquência juvenil

67. Sexualidade dos jovens brasileiros

68. Supervalorização da imagem (beleza física)

69. Concentração de renda

70. Ascensão da classe C

71. Lei de combate à pirataria online

72. Desgaste da imagem política

73. Protestos em prol dos direitos femininos

74. Individualismo dos jovens

75. Construção da usina de Belo Monte

76. Acidentes nucleares

77. Participação da Venezuela no Mercosul

78. Monarquia Constitucional

79. Nacionalização de hidrocarbonetos nos países latinos

80. Contrabando de armas

81. Mercado paralelo de armas

82. Direitos e deveres do cidadão

83. Guerra das Malvinas

84. Ensino interativo online

85. Reprovação e abandono escolar

86. Intervenção do Estado em hábitos culturais

87. Poder transformador da internet

88. Homofobia e direitos dos homossexuais

89. Onda de imigração no Brasil

90. Novas formas de trabalho

91. Os desafios dos ciclistas

92. Bullying (Físico e Verbal)

93. Inclusão social dos deficientes

94. Índice de gravidez na adolescência

95. Transtornos psicológicos sofrido pelos jovens

96. Olimpíadas no Brasil em 2016

97. Despreparo policial

98. Ofensas nas redes sociais

99. Preconceito e direito das minorias

100. Meio ambiente

101. Marchas e manifestações públicas

102. Maioridade penal

103. Questões indígenas no Brasil

104. Criminalidade e a agressão aos jovens

105. Direitos da mulher

106. Ascensão feminina

107. Feminismo em alta

108. Os limites da liberdade de expressão

109. Homofobia e direitos dos homossexuais

EXEMPLOS

O QUE FAZER E O QUE NÃO FAZER?

OS TEMAS QUE JÁ

FORAM PEDIDOS

NA REDAÇÃO DO

ENEM

2012: O ANO QUE

“MUDOU” O ENEM!

REDAÇÃO NOTA 1000

Yárina Rangel, 20 anos,

estudou no _A _Z.

REDAÇÃO NOTA 1000

Igor Cavalcanti, 17 anos,

estudou no pH.

REDAÇÃO NOTA “1000”

Um dos motivos da

mudança.

No começo desta semana, vieram à

tona dois casos de alunos que

"boicotaram" suas próprias redações

no Exame Nacional do Ensino Médio

(Enem) 2012 e, ainda assim, não

tiveram suas provas zeradas.

Fernando César Maioto Júnior, de São

José do Rio Preto (SP), colocou

trechos do hino do Palmeiras em sua

redação sobre imigração no século 21

e tirou nota 500 (a pontuação vai de 0

a 1.000). No outro caso, Carlos

Guilherme Custódio Ferreira, de

Campo Belo (MG), inseriu uma receita

de "miojo" no meio de seu texto, "para

não ficar muito cansativo" e teve nota

560. O objetivo dos estudantes,

segundo eles próprios disseram em

entrevistas, era provar que os

corretores não liam as redações com a

devida atenção e davam notas

aleatórias.

REDAÇÃO NOTA “1000”

Segundo motivo.

Para parte da opinião pública,

Fernando e Carlos Guilherme

provaram a tese. O erro proposital

cometido na redação deveria ter

dado aos estudantes uma nota zero

na prova. Então, por que isso não

aconteceu?

Segundo o edital do Enem, deve ser

atribuída nota zero à redação que

"não atender a proposta solicitada ou

que possua outra estrutura textual

que não seja a do tipo dissertativo-

argumentativo, o que

configurará ‘Fuga ao tema/não

atendimento ao tipo textual’".

Outro motivo para a nota zero seria

um texto "com impropérios,

desenhos e outras formas

propositais de anulação, que será

considerada ‘Anulada’".

2013: O ANO EM QUE

ENEM SE TORNOU MAIS

CRITERIOSO

REDAÇÃO NOTA 1000

Aline Abbud, 19 anos,

estudou no IFET, em Juiz

de Fora (RJ).

REDAÇÃO NOTA 1000

Álvaro Novaes, 17 anos,

estudou na Escola Parque.

2014: O ANO DOS 0s E

DE 600 PARA O NIVER

Redação de Raphael Luan Carvalho de Souza, 18 anos, de Niterói

Folha em Branco

Durante o século XX, o estímulo à produção industrial, por Getúlio Vargas, e o incentivo à

integração nacional, de Juscelino Kubitschek, foram fatores que possibilitaram a popularização dos

meios de comunicação no Brasil. Com isso, cresceu também a publicidade infantil, que busca introduzir

nas crianças, desde cedo, o princípio capitalista de consumo. No entanto, essa visão negativa pode ser

significativamente minimizada, desde que acompanhada de uma forte base educacional que auxilia as

crianças a discernir por meio do desenvolvimento de senso crítico próprio.

É indiscutível a presença de fatores prejudiciais nas propagandas dirigidas a essa faixa etária.

Segundo o conceito de felicidade, discutido na filosofia da antiguidade por Aristóteles, a eudaimonia é

alcançada com a união equilibrada entre razão e satisfação de prazeres. Contudo, evidencia-se que, na

infância, o indivíduo não possui ainda discernimento racional suficiente, o que faz com que a criança, ao

ter acesso a publicidades, pense que o produto divulgado é extremamente necessário. Isso acarreta, de

forma negativa, a formação de jovens e adultos excessivamente consumistas.

Entretanto, essa tendência pode ser revertida se somada à instrução adequada do público-

alvo do mercado publicitário infantil. Segundo a tábula rasa de John Locke, nascemos como uma folha

em branco, sem conhecimento, e o adquirimos por meio da experiência. A partir desse pensamento, é

possível entender que é função dos pais educar as crianças, haja vista que estas são influenciadas pelo

meio em que vivem. Com o apoio da base familiar, somada à escolar, cria-se o senso crítico, que

possibilita a gradativa menor influência da linguagem publicitária. Desse modo, evidencia-se que o poder

de persuasão do mercado apelativo não é absoluto.

Por fim, entende-se que, embora a publicidade infantil seja preocupante, tal efeito é reduzido

com o desenvolvimento do senso crítico, seja na base familiar, seja na escolar. A fim de atenuar o

problema, o Estado deve implementar, no ensino de base, projetos educacionais de análise de

linguagens com o auxílio do Ministério da Educação e Cultura e governos municipais, visando a

evidenciar, para a faixa etária infantil, a suma relevância da consciência sobre reais necessidades de

consumo. Dessa forma, a folha em branco ao nascer poderá ser preenchida, formando cidadãos, de fato,

conscientes.

Redação de Rosely Costa Sousa, 28 anos, de São Luís do Maranhão

A grande preocupação hoje, nas políticas públicas, é propiciar um melhor atendimento

integral à criança, principalmente no que se refere ao desenvolvimento moral, social, político e

cultural enquanto sujeito ativo e participante dos plenos direitos e deveres na sociedade, conforme

as normas declaradas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Sabe-se que a educação, tanto nas escolas quanto no lar, é a melhor opção para se

chegar a um objetivo promissor, além de promover o desenvolvimento integral da criança, porém

tal fato tem sofrido mudanças ultimamente decorrentes do avanço tecnológico e de inovações

ideológicas quanto à forma de aprimorar e preparar a criança, desde o nascimento, para receber

as informações que há no mundo exterior. Diante disso, as escolas e os pais devem preocupar-se

em desenvolver na criança, o seu lado consumidor, através de situações do dia a dia, auxiliando-a

e orientando-a a se tornar um bom consumidor, sendo necessário e importante para se obter uma

aprendizagem significativa da sua realidade.

Em relação à publicidade infantil, percebe-se que a tendência das empresas e

fabricantes de produtos infantis é aumentar seus negócios e divulgar seus produtos infantis tendo

como alvo, o universo infantil, o que isso, sobretudo, recai nas responsabilidades dos adultos que

acabam cedendo-a a adquirir, de forma compulsiva, o produto anunciado.

No Brasil, a publicidade infantil é comum, principalmente em datas comemorativas tais

como Dia das Crianças e Natal, porém defende e apoia a legislação que controla e evita abusos do

setor que realiza tal publicidade.

No entanto, espera-se que a publicidade infantil assuma um caráter educativo, apesar de

ser persuasivo, não afetando os direitos e os deveres da criança, dentro das normas contidas na

legislação do país. As escolas e, sobretudo os pais, devem orientar as crianças a tornarem-se

bons consumidores, realizando a escolha certa do produto, conscientes de suas atitudes na

sociedade em adquirir tal produto a fim de não tornarem-se consumidoras compulsivas.

REDAÇÃO NOTA 1000: MESMO COM A PEPPA

Publicidade Infantil: perigoso artifício

Uma criança imitando os sons emitidos por porcos já foi atitude considerada como falta

de educação. No entanto, após a popularização do programa infantil "Peppa Pig", essa passou a

ser uma cena comum no Brasil. O desenho animado sobre uma família de porcos falantes não

apenas mudou o comportamento dos pequenos como também aumentou o lucro de uma série de

marcas que se utilizaram do encantamento infantil para impulsionar a venda de produtos

relacionados ao tema. Peppa é apenas mais um exemplo do poder que a publicidade exerce sobre

as crianças.

Os nazistas já conheciam os efeitos de uma boa publicidade: são inúmeros os casos de

pais delatados pelos próprios filhos –o que mostra a facilidade com que as crianças são

influenciadas. Essa vulnerabilidade é maior até os sete anos de idade, quando a personalidade

ainda não está formada. Muitas redes de lanchonetes, por exemplo, valem-se disso para persuadir

seus jovens clientes: seus produtos vêm acompanhados por brindes e brinquedos. Assim, muitas

vezes a criança acaba se alimentando de maneira inadequada na ânsia de ganhar um brinquedo.

A publicidade interfere no julgamento das crianças. No entanto, censurar todas as

propagandas não é a solução. É preciso, sim, que haja uma regulamentação para evitar a

apelação abusiva –tarefa destinada aos órgãos responsáveis. No caso da alimentação, a questão

é especialmente grave, uma vez que pesquisas mostram que os hábitos alimentares mantidos até

os dez anos de idade são cruciais para definir o estilo de vida que o indivíduo terá quando adulto.

Uma boa solução, nesse caso, seria criar propagandas enaltecendo o consumo de

frutas, verduras e legumes. Os próprios programas infantis poderiam contribuir nesse sentido,

apresentando personagens com hábitos saudáveis. Assim, os pequenos iriam tentar imitar os bons

comportamentos. Contudo, nenhum controle publicitário ou bom exemplo sob a forma de um

desenho animado é suficiente sem a participação ativa da família. É essencial ensinar as crianças

a diferenciar bons produtos de meros golpes publicitários. Portanto, em se tratando de propaganda

infantil, assim como em tantos outros casos, a educação vinda de casa é a melhor solução.

REDAÇÃO NOTA 600

Em “homenagem” ao

miojo e hino do

palmeiras.

DICAS

9 conselhos básicos sobre a redação do Enem que

você NÃO pode ignorar

1 - Não se esqueça de passar o texto para a

folha de respostas

Isso pode parecer um pré-requisito óbvio, mas muitos

candidatos acabam não administrando adequadamente

o seu tempo durante o exame, deixando a folha de

respostas da redação em branco. Lembre-se de que

somente essa folha será corrigida pela banca, e não o

rascunho do texto.

2 - Lembre-se de cumprir o número mínimo de

linhas exigidas

Para ser corrigido, o texto da redação do Enem deve

apresentar mais do que sete linhas. Caso contrário, o

candidato terá a sua prova de redação anulada.

3 - Lembre-se de sempre considerar os Direitos

Humanos

Um dos pré-requisitos mais importantes cobrados pelo

Enem é o respeito aos Direitos Humanos durante a

elaboração da redação. Textos que não atendam a

essa exigência também serão anulados pela banca

corretora, recebendo nota zero.

4 - Desenvolva cuidadosamente a proposta de

redação

Lembre-se de elaborar a sua redação com

calma prestando atenção à coerência e à progressão

ao longo do seu texto.

5 - Não fuja do tema nem elabore outra estrutura

textual

Ao escrever a redação, é importante manter o foco na

proposta lançada para não fugir do tema, além de

respeitar a estrutura textual exigida pela prova, ou seja,

um texto do gênero dissertativo-argumentativo. É

importante prestar atenção para não se esquecer de

elaborar uma proposta de intervenção - outro

importante pré-requisito exigido pela banca corretora.

6 - Use SOMENTE caneta esferográfica de tinta

preta

Não só a prova de redação, como todo o exame do

Enem exige que os candidatos utilizem apenas caneta

esferográfica na cor preta. NÃO entregue o seu texto

escrito a lápis ou com uma caneta de outra cor.

7 - O título NÃO é obrigatório

Caso o aluno inclua título na prova, este não será

considerado pelos corretores como linha efetivamente

escrita.

8 - Evite rasuras

Caso você escreva algo errado durante a elaboração da

sua redação, o recomendado é apenas passar um traço

no trecho inadequado, escrevendo a palavra correta ao

lado.

9 - Não faça cópia dos textos de motivação

apresentados na proposta

Não copie trechos dos textos apresentados na

coletânea, pois isso será considerado plágio. Elabore e

trabalhe com as suas próprias ideias, utilizando o seu

próprio vocabulário.

Por dentro da redação Enem 2015 os tipos de

conectivos

1- Adição

Esses conectivos servem para dar a ideia de

acréscimo. Exemplos: “e”, “nem”, “também”, “não

só... mas também”

2 – Alternância

Esse conectivo passa a ideia de mudança.

Exemplos: “ou...ou”, “quer...quer”, “seja...seja”

3 – Causa

Os conectivos que exprimem a ideia de causa

servem para justificar determinada ocorrência.

Exemplos: porque, já que, visto que, graças a, em

virtude de.

4 – Conclusão

Usados normalmente para elaborar um desfecho a

determinada ideia. Exemplos: logo, portanto, pois.

5 – Condição

Esse tipo de conjunção estabelece uma hipótese.

Exemplos: se, caso, desde que, a não ser que, a

menos que.

6 – Comparação

Como o próprio nome já diz, trata-se de conjunções

utilizadas para comparar um

objeto/pessoa/acontecimento ao outro. Exemplos:

como, assim como.

7- Conformidade

Essas conjunções expressam a ideia de “estar de

acordo com” alguma coisa ou pessoa. Exemplos:

conforme, segundo.

8 – Consequência

Essas conjunções expressam ideia de efeito ou

resultado. Exemplos: tão... que, tanto...que, de modo

que, de sorte que, de forma que, de maneira que.

9 – Explicação

O nome já diz: essas conjunções são empregadas

para explicar determinado acontecimento.

Exemplos: pois, porque, porquanto.

10 – Finalidade

Esses conectivos são usados para expressar a ideia

de objetivo, intenção. Exemplos: para que, a fim de

que, para (+ verbo no infinitivo).

11- Oposição

Essas conjunções expressam a ideia de contraste.

Exemplos: mas, porém, entretanto, embora, mesmo

que, apesar de (+ verbo no infinitivo).

12 – Proporção

As conjunções desse tipo indicam intensidade.

Exemplos: à medida que, à proporção que, quanto

mais, quanto menos.

13 – Tempo

Esses conectivos servem para marcar determinado

momento. Exemplos: quando, logo que, assim que,

toda vez que, enquanto.

Confira a seguir 11 técnicas de coesão para aplicar na sua

redação do Enem 2015:

1- Epítetos

O epíteto é uma técnica que consiste no uso de uma palavra ou

frase que para qualificar uma pessoa ou coisa. Exemplo: Glauber

Rocha fez filmes memoráveis. Pena que o cineasta mais famoso

do cinema brasileiro tenha morrido tão cedo. Nesse caso, o nome

Glauber Rocha foi substituído pelo substantivo qualificativo o

cineasta mais famoso do cinema brasileiro.

2- Nominalização

Consiste em empregar um substantivo para remeter a um verbo

enunciado anteriormente no texto. Exemplo: Eles foram

testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porém, que tal

testemunho não era válido (...). Nesse caso, observa-se que

verbo testemunhar se tornou o substantivo testemunho. Pode

ocorrer também ao contrário, quando um substantivo vira verbo.

3- Palavras sinônimas

Consiste na utilização de palavras diferentes com o mesmo

significado, para não repeti-las. Exemplo: Os quadros de Van

Gogh não tinham nenhum valor em sua época. Houve telas que

serviam até de porta de galinheiro.

4- Termo síntese

Esse termo sintetiza aquilo que foi escrito anteriormente pelo

autor. Exemplo: “É preciso preencher um sem-número de papeis.

Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas essas limitações

acabam prejudicando o importador”. Nesse caso, a palavra

limitações sintetiza tudo o que foi escrito anteriormente.

5- Pronomes

Os pronomes são ótimas técnicas para retomar um termo já

mencionado no texto. Exemplos:

5. 1 - Vitaminas fazem bem à saúde. Mas não devemos

tomá-las ao acaso. Nesse caso, o pronome oblíquo “as”

refere-se à palavra vitaminas.

5.2 - O colégio é um dos melhores da cidade. Seus

dirigentes se preocupam muito com a educação integral. O

pronome possessivo seus refere-se ao substantivo colégio.

6- Numerais

Consiste no uso de termos numerais para substituir um termo já

mencionado. Exemplo: Não se pode dizer que a turma esteja mal

preparada. Um terço pelo menos parece estar dominando o

assunto. Nesse caso, um terço, numeral fracionário, refere-se ao

substantivo turma.

7- Advérbios pronominais

Trata-se de expressões tais como: “aqui, ali, lá, aí”. Exemplo: Não

podíamos deixar de ir ao Louvre. Lá está a obra-prima de

Leonardo da Vinci: a “Mona Lisa”. Nessa frase, o advérbio

pronominal lá se refere ao Louvre.

8- Elipse

Trata-se de uma figura de linguagem muito utilizada quando se

quer substituir um termo já mencionado no texto. Exemplo: “O

ministro foi o primeiro a chegar. Abriu a sessão as oito em ponto e

fez então seu discurso”. Nessa frase, o sujeito do verbo abriu (no

caso é “o ministro”) está omitido na segunda frase, através da

elipse.

9- Metonímia

Consiste na substituição de uma palavra por outra, fundamentada

numa relação de contiguidade semântica. Exemplo: Santos

Dumont chamou a atenção de toda Paris. O Sena curvou-se

diante de sua invenção. Nessa frase, “Paris” é usada para se

referir ao substantivo “cidade”. Já “Sena” refere-se ao famoso rio

de Paris.

10- Associação

Na associação, uma palavra retoma a outra, mantendo com ela

vínculos de significação, em um determinado contexto. Exemplo:

São Paulo é sempre vítima de enchentes de verão. Os

alagamentos prejudicam o trânsito, provocando engarrafamentos

de até 200 quilômetros. Nesse caso, a palavra “alagamentos”

surgiu na frase associada a “enchentes”.

SINAIS DE PONTUAÇÃOPONTO

O ponto é uma pausa longa utilizado, basicamente, para:

encerrar uma frase declarativa:

Atualmente, poucos eleitores votam com consciência.

separar períodos entre si:

Os cidadãos merecem respeito. Os governantes precisam cumprir com suas promessas.

nas abreviaturas:

Av.; V. Ex.ª

DOIS PONTOS

Os dois pontos são utilizados para:

iniciar a fala em discurso direto:

Então o rapaz respondeu:

- Siga em frente.

anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam ou

resumem ideias anteriores:

Meus amigos são muitos: André, Rodrigo e João.

enunciar uma citação:

Já dizia o poeta Vinícius de Morais: “Que não seja imortal, posto que é chama /Mas que seja

infinito enquanto dure.”

PONTO E VÍRGULA

Sinal utilizado para marcar uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Normalmente, é usado para:

separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência:

Art. 127 – São penalidades disciplinares:

I- advertência;

II- suspensão;

III- demissão;

IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V- destituição de cargo em comissão;

VI- destituição de função comissionada.

(cap. V das penalidades Direito Administrativo)

isolar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenha sido utilizada a

vírgula:

João gosta de basquete; José, de futebol.

Observação:

Como já vimos em nossas aulas anteriores, a vírgula na frase acima marca a elipse, ou seja, a omissão do verbo

- João (gosta) de futebol.

Assim, o ponto e vírgula demarca uma pausa diferente e mais evidente entre as orações.

DICA DE REDAÇÃO!

Muitas vezes, o ponto e vírgula marca uma pausa tão evidente entre as frases que poderia até mesmo ser

substituído por um conectivo. Vejam a frase a seguir:

Muitos se esforçam; poucos conseguem.

Reparem que a vírgula não seria suficiente para demarcar a pausa acima. Além disso, poderíamos encaixar

um conectivo:

Muitos se esforçam e poucos conseguem.

Em situações como essa, saber trabalhar com o ponto e vírgula é, sim, um diferencial para seu texto.

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

Geralmente, esse sinal gráfico é utilizado para expressar um sentimento de admiração, uma surpresa, uma indignação, por

exemplo. É comum usá-lo:

após vocativo:

Saia daqui, garoto!

após imperativo:

Cale-se!

após interjeição:

Ufa! Ai!

após palavras ou frases que denotem caráter emocional:

Que pena!

DICA DE REDAÇÃO!

Não utilizem o ponto de exclamação em uma dissertação argumentativa. Esse sinal traz emotividade ao seu texto. Trata-se de

uma marca de linguagem expressiva. Lembrem-se de que o discurso na redação deve ser o mais objetivo possível.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Expressa, a princípio, uma dúvida, um questionamento, mesmo que esse não exija, necessariamente, uma resposta imediata.

Basicamente, é usado:

em perguntas diretas:

Como você irá?

Em construções mais informais, juntamente com o ponto de exclamação:

- Quem ganhou o prêmio?

- Você.

- Eu?!

DICA DE REDAÇÃO!

Só trabalhem com o ponto interrogativo na redação ao optar por perguntas que realmente colaborem na argumentação, como

as retóricas ou ainda os questionamentos que serão desfeitos ao longo do texto. Lembrem-se de que o objetivo de seu discurso em

um texto dissertativo argumentativo não é gerar dúvidas e, sim, esclarecer, analisar e defender uma opinião. As

perguntas não devem ser feitas diretamente ao leitor e qualquer reflexão levantada deve ser respondida indiretamente ao longo do

texto.

VÍRGULA 1. Enumeração. Utilize a vírgula para enumerar os elementos de uma frase.

Exemplo: Fui à feira e comprei três bananas, duas maçãs e uma melancia.

2. Isolar o vocativo. Um vocativo nada mais é do que um chamamento

usado para se dirigir a uma pessoa ou a um grupo de pessoas. Veja os

exemplos:

Colegas, vamos limpar o escritório.

Roberto, venha cá, por favor.

“Colegas” e “Roberto” são vocativos, portanto, devem ser separados por

vírgula.

3. Marcar a elipse do verbo. A palavra elipse tem diversos sentidos. O

significado gramatical é a omissão de uma ou mais palavras facilmente de

se entender. Quando um verbo é usado mais de uma vez em uma mesma

oração, pode ser suprimido por uma vírgula. Nesses casos, o verbo fica

subentendido. Essa é uma forma bastante eficaz de evitar a repetição de

palavras em um texto, o que deixa a leitura mais agradável. Veja um

exemplo:

Eu cursei Jornalismo; ela, Administração (verbo subentendido: cursei).

4. Acompanhar conjunções. O uso da vírgula é obrigatório

antes das conjunções: mas, pois, porém, contudo, embora,

todavia, portanto, logo).

Exemplo: sei que você não gosta dele, mas tente suportá-lo

apenas hoje.

Atenção! Não se usa vírgula depois da conjunção adversativa

“mas”.

Depois de outras conjunções adversativas “apesar”, “entretanto”,

“contudo”, “todavia”, “porém” o uso da vírgula é

recomendável. Exemplo: porém, não consegui chegar a tempo.

5. Entre orações explicativas. A vírgula é recomendável para

isolar orações coordenadas explicativas.

Exemplo: o senador, que vai será candidato à presidência da

República, esteve presente na inauguração da nova capela da

cidade.

6. Para separar datas e números de ruas.

Exemplo: Florianópolis, 10 de abril de 2014 ou Rua da Caixa, 10.

7. Vírgula antes da conjunção “e”. Errar ao usar (ou

deixar de usar) a vírgula antes da conjunção “e” é

bastante comum. Muitos alunos pensam que, nesses

casos, nunca haverá vírgula – o que não é verdade.

Existem situações bastante comuns em que ela é

obrigatória. Sempre haverá vírgula ao

introduzir sujeitos diferentes. Exemplos:

a) Maria lavou a louça, e João fez a cama.

b) Muitos apostaram, e poucos ganharam.

Nos exemplos acima, há dois verbos. Portanto, há

dois sujeitos. De acordo com as normas gramaticais,

sujeitos diferentes devem ser separados por vírgula.

8. Isolar o aposto.

Aposto é um termo que explica ou especifica um substantivo ou pronome. O

aposto deve ser separado por vírgula, dois-pontos ou travessão. Existem

diversos tipos de aposto.

a) Explicativo: como o próprio nome sugere, explica um termo anterior.

“Paulo Coelho, um dos autores mais vendidos do Brasil, também escreveu

diversas músicas”.

b) Enumerativo: fui ao mercado comprar muitas coisas: material de

limpeza, frutas, carnes, arroz.

c) Resumidor: corrupção, desvio de dinheiro público, promessas não

cumpridas, tudo isso fez surgir os protestos contra a realização da copa.

d) Comparativo: seu cachorro, esperto como o dono, pegou o brinquedo

antes dos outros animais.

e) Distributivo: Cabral e Colombo desbravaram a América, aquele

descobriu o Brasil e este o México.

f) Aposto Oracional: nesse caso, o aposto é a oração. Exemplo: Mariana

comeu toda a pizza, sinal de fome.

g) Aposto Especificativo: esse aposto merece uma atenção especial, pois

ele não é separado por vírgula ou qualquer outro sinal de pontuação.

Exemplo: A presidenta Dilma Rousseff sancionou uma nova Emenda

Constitucional.

9. Inverter elementos na oração. Sempre que o objeto direto ou o

complemento nominal forem invertidos na frase, será necessário o

uso da vírgula.

Exemplo: Um pavor indescritível, eu senti naquele dia.

10. Separar orações coordenadas. A marcação ocorre sempre que

a oração coordenada não for introduzida por conjunção.

Exemplo: Cheguei à escola, abri o armário, peguei o livro e fui correndo

para a aula.

11. Intercalar expressões. Termos como “isto é”, “ou seja”, “a

propósito”, “quer dizer”, “melhor dizendo”, “além disso” sempre serão

isolados por sinal gráfico.

Exemplo: a propósito, é preciso uma política mais eficiente contra a

corrupção.

12. Em orações subordinadas adverbiais. Essas orações serão

separas por vírgula sempre que estiverem localizadas no início ou no

meio do período.

Exemplo: assim que chegarem as caixas, começaremos a mudança.

Importante: Quando não usar a vírgula

Nunca utilize vírgulas entre sujeito e predicado.

A frase: “Está em São Paulo o primeiro-ministro

de Portugal” não deve ser interrompida por

vírgulas.

A vírgula também não é admitida entre o verbo

e seus complementos. Exemplo: “A presidente

Dilma disse aos ministros que não aceita a

nova proposta”.

RESUMINDO

1. Use a vírgula para separar elementos que você poderia listar

Veja esta frase:

João Maria Ricardo Pedro e Augusto foram almoçar.

Note que os nomes das pessoas poderiam ser separados em uma lista:

Foram almoçar:

João

Maria

Ricardo

Pedro

Augusto

Isso significa que devem ser separados por vírgula na frase original:

João, Maria, Ricardo, Pedro e Augusto foram almoçar.

Note que antes de “e Augusto” não vai vírgula. Como regra geral, não

se usa vírgula antes de “e”. Há um caso específico. Um outro

exemplo:

A sua fronte, a sua boca, o seu riso, as suas lágrimas, enchem-lhe a voz de

formas e de cores… (Teixeira de Pascoaes)

2. Use a vírgula para separar explicações que estão

no meio da frase

Explicações que interrompem a frase são mudanças

de pensamento e devem ser separadas por vírgula.

Exemplos:

Mário, o moço que traz o pão, não veio hoje.

Dá-se uma explicação sobre quem é Mário. Se

tivéssemos que classificar sintaticamente o trecho,

seria um aposto.

Eu e você, que somos amigos, não devemos brigar.

O trecho destacado explica algo sobre “Eu e você”,

portanto deve vir entre vírgulas. A classificação do

trecho seria oração adjetiva explicativa.

3. Use a vírgula para separar o lugar, o tempo ou o modo que

vier no início da frase.

Quando um tipo específico de expressão — aquela que indica

tempo, lugar, modo e outros — iniciar a frase, usa-se vírgula.

Em outras palavras, separa-se o adjunto

adverbial antecipado. Exemplos:

Lá fora, o sol está de rachar!

“Lá fora” é uma expressão que indica “lugar”. Um adjunto

adverbial de lugar.

Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.

“Semana passada” indica tempo. Adjunto adverbial de tempo.

De um modo geral, não gostamos de pessoas estranhas.

“De um modo geral” é sinônimo de “geralmente”, adjunto

adverbial de modo, por isso vai vírgula.

4. Use a vírgula para separar orações independentes

Orações independentes são aquelas que têm sentido, mesmo estando fora do texto.

Nós já vimos um tipo dessas, que são as orações coordenadas assindéticas, mas

também há outros casos. Vamos ver os exemplos:

Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as unhas, demorou o olhar em Mana

Maria. (A. de Alcântara Machado)

Nesse exemplo, cada vírgula separa uma oração independente. Elas são

coordenadas assindéticas.

Eu gosto muito de chocolate, mas não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, porém não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, contudo não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, no entanto não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, entretanto não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, todavia não posso comer para não engordar.

Certo? Antes de todas essas palavras aí, chamadas de conjunções adversativas,

vai vírgula. Pra quem gosta de saber os nomes (se é que tem alguém), elas se

chamam orações coordenadas sindéticas adversativas. (medo!)

Agora só faltam mais duas coisinhas:

Quando se usa vírgula antes de “e”?

Vimos aí em cima que, como regra geral, não se usa

vírgula antes de “e”. Tem só um caso em que vai vírgula,

que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa,

coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele.

Assim:

O sol já ia fraco, e a tarde era amena. (Graça Aranha)

Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda

fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto,

usamos vírgula. Outro exemplo:

A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu

destino (F. Namora)

Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a

segunda aos filhos.

Existem casos em que a vírgula é opcional?

Existe um caso. Lembra do item 3, aí em cima? Se a

expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão,

mas sim uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai

depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer

dar para a frase. Exemplos:

Depois vamos sair para jantar.

Depois, vamos sair para jantar.

Geralmente gosto de almoçar no shopping.

Geralmente, gosto de almoçar no shopping.

Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.

Semana passada todos vieram jantar aqui em casa.

Note que esse último é o mesmo exemplo do item 3. Vê como

sem a vírgula a frase também fica correta? Mesmo não sendo

apenas uma palavra, dificilmente algum professor dará errado

se você omitir a vírgula.

Não se usa a vírgula!

Com as regras acima, pode ter certeza de que você

vai acertar 99% dos casos em que precisará da

vírgula. Um erro muito comum que vejo é

gente separando sujeito e predicado com vírgula.

Isso é errado, e você pode ser preso se for pego

usando!

Jeito errado:

João, gosta de comer batatas.

Alice, Maria e Luíza, querem ir para a escola amanhã.

Jeito certo:

João gosta de comer batatas.

Alice, Maria e Luíza querem ir para a escola amanhã.

E A CRASE? 1. A preposição a + os artigos a, as:

Exemplo: Investimento em saúde é medida fundamental às políticas

públicas.

2. A preposição a + os pronomes demonstrativos aquele(s),

aquela(s), aquilo:

Exemplos: Dirija-se àquelas funcionárias de uniforme.

Há ética àquilo que você transmite aos líderes?

3. A preposição a + os pronomes demonstrativos a, as:

Exemplos: A tolerância em excesso exerce influência negativa à

questão emocional.

4. Crase de preposição a + artigo a/as. É fundamental considerar as

noções de termo regente e termo regido.

Se for termo regente, exige a preposição a: a ideia, contrário a.

Exemplos: Sou contrário à ideia de demissão do gerente.

Se for termo regido, aceita o artigo a/as: a palestra, chegar a

Exemplos: Chegou atrasado à palestra.

Dicas importantes:

Substitua a palavra feminina por outra masculina. Se

ocorrer a forma ao é sinal de que há crase.

Exemplos: Fui a sala. (?) Fui ao salão. (?) Correto: Fui à

sala.

Fique atento porque sempre ocorre crase nos casos a

seguir: às duas horas; à tarde; à direita; à esquerda;

às vezes; às pressas; à frente; à medida, à vontade, à

disposição, à moda de, à maneira de, etc.

Não esqueça que só pode ocorrer crase diante de

palavra feminina, que admita o artigo a e que

dependa de outra palavra que exija a preposição a:

Exemplo: A teatralidade empregada à fala enfatiza o

tema.

Casos facultativos:

Antes de nomes próprios femininos:

Exemplo: Referiu-se à Ana. Referiu-se a Ana.

Antes de pronomes possessivos femininos:

Exemplo: Vou à sua casa. Vou a sua casa.

Depois da preposição até, exemplo:

Foi até a secretaria.

Foi até à secretaria.

Não ocorre crase, diante de verbos:

Exemplo: Estava apto a disputar a vaga.

Diante da palavra casa no sentido de lar.

Exemplo: Voltou a casa.

Diante de nome de cidade.

Exemplo: Houve trânsito em sua chegada a Sergipe.

BOA SORTE E BOA

PROVA!!!

FALTAM _04_ DIAS

PARA O ENEM.