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ATIVIDADES ACESSÓRIAS
Fortaleza – CE
3 de agosto de 2012
MARCOS BRAGATTO
SRC – Superintendência de Regulação
da Comercialização da Eletricidade
Roteiro
• Breve histórico dos regulamentos
• Alteração do Entendimento em 2010: REN 456 X 414
• Redação do Comando Legal
• Redação dos Contratos de Concessão
• Previsões do Terceiro Ciclo
• Tipologia das Atividades
• Condições para Cobrança e Execução das Atividades
• Considerações Finais
REN 456, de 2000
Cobrança e execução de outros serviços “não vinculados”
Prt. DNAEE 466, de 1997
Mediante acordo cobrança na fatura de “outros serviços”
solicitados pelo consumidor
Prt. DNAEE 222, de 1987
Mensagens publicitárias na fatura
REN 414, de 2010
Necessidade de Resolução Específica
Breve Histórico dos Regulamentos
Alteração do comando em 2010
Art. 109 REN 456, de 2000.
§ 7º A concessionária poderá executar outros serviços não vinculados à
prestação do serviço público de energia elétrica, desde que observe as
restrições constantes do contrato de concessão e que o consumidor, por sua
livre escolha, opte por contratar a concessionária para a realização dos
mesmos.
Art. 102 REN 414, de 2010.
§ 11. A distribuidora pode executar serviços vinculados à prestação do
serviço público ou a utilização da energia elétrica, desde que previstos em
regulamentação específica da ANEEL, observadas as restrições constantes
do contrato de concessão ou permissão, e que o consumidor, por sua livre
escolha, opte por contratar a distribuidora para sua realização.
Comando Legal
Art. 4º Lei n° 9.074, de 1995. (Alterado pela Lei 10.848, de 2004)
§ 5º As concessionárias, as permissionárias e as autorizadas de serviço público de
distribuição de energia elétrica que atuem no Sistema Interligado Nacional – SIN não
poderão desenvolver atividades:
I - de geração de energia elétrica;
II - de transmissão de energia elétrica;
III - de venda de energia a consumidores de que tratam os arts. 15 e 16 desta Lei, exceto
às unidades consumidoras localizadas na área de concessão ou permissão da empresa
distribuidora (...);
IV - de participação em outras sociedades de forma direta ou indireta, ressalvado o
disposto no art. 31 (...) da Lei nº 8.987, de 1995, e nos contratos de concessão; ou
V - estranhas ao objeto da concessão, permissão ou autorização, exceto nos casos
previstos em lei e nos respectivos contratos de concessão.
Art. 11º Lei n° 8.987, de 1995.
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder
concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de
outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de
projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade
das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta lei.
Contratos de Concessão (Cláusula 1ª - Objeto do Contrato)
Prévia comunicação à ANEEL
Piratininga – Bandeirante – CELPA – ELETROPAULO - COELCE
Autorização do Poder Concedente
CPFL – RGE – AES SUL – COSERN – CEMIG – CEMAT – ENERSUL
Autorização ANEEL até que se tenha Resolução específica
Demais distribuidoras
Contratos de Concessão
CONTRATO Nº 162/1998
CLÁUSULA PRIMEIRA - OBJETO DO CONTRATO
Quinta Subcláusula - A CONCESSIONÁRIA aceita que a
exploração dos serviços de energia elétrica que lhe é outorgada
deverá ser realizada como função de utilidade pública
prioritária, comprometendo-se a somente exercer outra
atividade empresarial mediante prévia comunicação à
ANEEL e desde que as receitas auferidas, que deverão ser
contabilizadas em separado, sejam parcialmente
destinadas a favorecer a modicidade das tarifas do serviço
de energia elétrica, que será considerada nas revisões de que
trata a Sétima Subcláusula da Cláusula Sétima deste Contrato.
Terceiro Ciclo
Muitas das atividades que serão propostas já possuem
previsão de captura para a modicidade tarifária, tendo sido
incluídas na metodologia do terceiro ciclo de revisões
tarifárias atividades de: i) serviços de consultoria, ii) serviços
de operação e manutenção e iii) serviços de engenharia (vide
item III.4 da Nota Técnica nº 299/2011-SRE/ANEEL).
CONCLUSÃO da Nota Técnica nº 299/2011-SRE/ANEEL
Considerando a diversidade de receitas advindas da prestação
de serviços de distribuição, é desejável que o universo de
outras atividades seja ampliado no 3º ciclo para fins de
reversão à modicidade tarifária.
Terceiro Ciclo
Descrição Despesa Lucro % da Receita
Revertida
Captura a
despesa e 50%
do lucro
Compartilhamento
de infraestrutura
80%
20% 90%
Encargos de
conexão
80% 20% 90%
Sistemas de
comunicação (PLC)
20% 80% 60%
Captura 50%
do lucro
Serviços de
consultoria
40% 60% 30%
Serviços de O&M
80% 20% 10%
Tipologia das Atividades
Atividades
Acessórias
Complementares (não reguladas)
Atividades Atípicas (não reguladas)
Próprias (reguladas)
Tipologia das Atividades
Complementar: não-regulada, cuja prestação está relacionada com
a fruição do serviço público de distribuição de energia elétrica e que
pode ser prestada tanto pela distribuidora como por terceiros,
observando-se integralmente a legislação de defesa do consumidor
e a de defesa da concorrência.
Atividade Atípica: exercidas somente por terceiros.
Própria: regulada, prestada somente pela distribuidora, sujeita à
fiscalização da ANEEL, observando-se, no que couber, a legislação
de defesa do consumidor e a de defesa da concorrência.
Tipologia das Atividades
Atividades Acessórias Próprias
1 - arrecadação de valores por meio da fatura de energia
elétrica;
2 - propaganda ou publicidade em fatura de energia
elétrica;
3 - compartilhamento de infra-estrutura;
4 - fornecimento de energia elétrica temporária com
desconto na tarifa;
5 - exportação de energia elétrica para pequenos mercados
em regiões de fronteira; e
6 - operacionalização de serviço de créditos tributários.
Tipologia das Atividades
1 - elaboração de projeto, construção, manutenção ou reforma de redes, de
subestações de energia elétrica, de bancos de capacitores, de geradores
e de instalações elétricas internas de unidades consumidoras;
2 - venda ou aluguel de materiais ou equipamentos imprescindíveis ao
fornecimento de energia elétrica, desde que caracterizada a
responsabilidade do consumidor;
3 - eficientização do consumo de energia elétrica e instalação de cogeração
qualificada, desde que não utilizem recursos de P&D ou de Eficiência
Energética estabelecidos em lei;
4 - elaboração de projeto, implantação, expansão, operação e manutenção
dos sistemas de iluminação pública.
Atividades Acessórias Complementares
Tipologia das Atividades
Atividades Atípicas
• Exercício exclusivo de terceiros
• Poderão ser cobradas na fatura de energia.
• A distribuidora deverá analisar a conveniência dos tipos de
serviços e produtos a serem oferecidos por terceiros.
Condições para Cobrança e Execução
1 – Depende de prévia solicitação ou concordância do titular da
unidade consumidora.
2 – As cobranças devem ter os seus valores e identificação
devidamente discriminados.
3 – As cobranças devem ser feitas por meio de um código de
barras separado ou outro meio que possibilite a cobrança
separada.
4 – Cobranças indevidas ensejam devolução em dobro.
5 – É vedado conceder tratamento diferenciado ou preferencial,
vantagens ou descontos na prestação do serviço de
distribuição, distinguindo os consumidores.
Condições para Cobrança e Execução
6 – O atraso decorrente no pagamento não exime o
consumidor de multa ou juro de mora.
7 – A cobrança de multas ou juros de mora relacionados com
os terceiros deve observar as condições contratuais
específicas.
8 – Atividades prestadas mediante pagamento com preço
livremente negociado, salvo aqueles cujos valores sejam
homologados pela ANEEL.
9 – Contribuições e doações para atividades beneficentes
poderão ser viabilizadas pela distribuidora de forma gratuita
para as entidades de filantropia ou assistência social, sem
fins lucrativos.
Condições para Cobrança e Execução
10 – Vedado utilizar os postos de atendimento ou outros canais
para oferecer ou para comercializar serviço ou produto de
terceiro, exceto para o atendimento da solicitação de
cancelamento.
11 – Reclamação ou solicitação de informação de serviço ou
produto de terceiro deve ser direcionado ao terceiro.
12 – As receitas auferidas devem ser consideradas no cálculo
das tarifas, conforme metodologia estabelecida pela ANEEL.
13 – A distribuidora deve contabilizar em separado as receitas
auferidas.
14 – A prestação das atividades pela distribuidora se dá por
sua conta e risco.
Condições para Cobrança e Execução
15 – Período de um ano para a distribuidora implementar
código de barra separado. Novas cobranças só poderão ser
efetuadas após adequação.
16 – A distribuidora deve excluir qualquer cobrança reclamada
e emitir uma nova fatura, caso esta não tenha sido paga.
17 - Os custos de emissão e envio da nova fatura não devem
ser imputados ao consumidor.
Considerações Finais
• Potencial para o aumento de receita, contribuindo
com a modicidade tarifária.
• Uma opção a mais para os consumidores,
facilitando a oferta de serviços em lugares que não
dispõem de terceiros prestadores desses serviços.
• Introduz sinais de preços e padrões de qualidade
para uma serie de serviços dos quais o
consumidor não possui maiores referências.
• Facilita a identificação de responsabilidades por
abusos ou pela prestação de serviços de forma
inadequada.
Período de contribuição: 28/06/2012 a 25/09/2012.
A documentação objeto desta Audiência Pública, o modelo para
envio de contribuições, assim como os critérios e procedimentos
para participação, estão à disposição dos interessados ou podem
ser solicitados nos seguintes endereços:
INTERNET: http://www.aneel.gov.br, área “Espaço do
Consumidor”, no menu Audiências/Consultas, Audiências
Públicas, Audiência Ano 2012, item Audiência 047/2012 - “Mais
detalhes”; e
ANEEL: SGAN – Quadra 603 – Módulo I – Térreo/Protocolo Geral,
CEP 70.830-030, Brasília–DF e por meio do correio eletrônico
Obrigado!
SRC (61) 2192-8646
SGAN – Quadra 603 – Módulos “I” e “J”
Brasília – DF – 70830-030
www.aneel.gov.br