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Apresentação do PowerPoint · Os dados, divulgados hoje, no Dia Internacional da Mulher, mostram que 22% ... disse, em nota, o diretor-presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima

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Os números da violência contra mulheres no BrasilPesquisa do Datafolha divulgada hoje mostra que uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no Brasil no último ano

São Paulo – Uma em cada três mulheressofreram algum tipo de violência no últimoano. Só de agressões físicas, o número éalarmante: 503 mulheresbrasileiras vítimas acada hora.Esses números, que mostram o persistenteproblema da violência contra as mulheres noBrasil, fazem parte de uma pesquisa feitapelo Datafolha e encomendada pelo FórumBrasileiro de Segurança.Os dados, divulgados hoje, no DiaInternacional da Mulher, mostram que 22%das brasileiras sofreram ofensa verbal no anopassado, um total de 12 milhões de mulheres.Além disso, 10% das mulheres sofreramameaça de violência física, 8% sofreram

ofensa sexual, 4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo. E ainda: 3% ou 1,4 milhões de mulheres sofreramespancamento ou tentativa de estrangulamento e 1% levou pelo menos um tiro.A pesquisa mostrou que, entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram. Apenas 11% procuraram umadelegacia da mulher e 13% preferiram o auxílio da família.E o agressor, na maior parte das vezes, é um conhecido (61% dos casos). Em 19% das vezes, eram companheiros atuais dasvítimas e em 16% eram ex-companheiros.As agressões mais graves ocorreram dentro da casa das vítimas, em 43% dos casos, ante 39% nas ruas.

Assédio

O levantamento do Datafolha apontou que 40% das mulheres acima de 16 anos sofreram algum tipo de assédio, o queinclui receber comentários desrespeitosos nas ruas (20,4 milhões de vítimas), sofrer assédio físico em transporte público(5,2 milhões) e ou ser beijada ou agarrada sem consentimento (2,2 milhões de mulheres).Os assédios mais graves aconteceram entre adolescentes e jovens de 16 a 24 anos e entre mulheres negras. Só entre asvítimas de comentários desrespeitosos, 68% eram jovens e 42% mulheres negras. Já em assédio físico em transportepúblico, 17% eram jovens e 12% negras.E esse tipo e violência todo mundo percebe. Cerca de 66% dos brasileiros presenciaram uma mulher sendo agredidafisicamente ou verbalmente em 2016.E, em vez de o cenário ter melhorado, a sensação da maioria dos brasileiros (73%) é de que a violência contra a mulheraumentou ainda mais na última década. A maior parte das mulheres (76%) acreditam no mesmo.

Confira o infográfico da pesquisa, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública:

No Brasil, um estupro a cada 11 minutospor Agência Brasil Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que devem ter ocorrido entre 129,9 mil e 454,6 mil estupros no País em 2015

Mais de cinco pessoas são estupradas por hora noBrasil, mostra o 10º Anuário Brasileiro de SegurançaPública, produzido pelo Fórum Brasileiro de SegurançaPública (FBSP), divulgado na quinta-feira 3.O país registrou, em 2015, 45.460 casos de estupro,sendo 24% deles nas capitais e no Distrito Federal.Apesar de o número representar uma retração de4.978 casos em relação ao ano anterior, com queda de9,9%, o FBSP mostrou que não é possível afirmar querealmente houve redução do número de estupros noBrasil, já que a subnotificação desse tipo de crime éextremamente alta.“O crime de estupro é aquele que apresenta a maiortaxa de subnotificação no mundo, então é difícilavaliar se houve de fato uma redução da incidênciadesse crime no país”, disse a diretora executiva doFórum, Samira Bueno.

O levantamento estima que devem ter ocorrido entre 129,9 mil e 454,6 mil estupros no Brasil em 2015. O número mínimo sebaseia em estudos internacionais, como o National Crime Victimization Survey (NCVS), que apontam que apenas 35% das vítimasde estupro costumam prestar queixas.O número máximo, de mais de 454 mil estupros, se apoia no estudo Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde,do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta que, no país, apenas 10% dos casos de estupro chegam aoconhecimento da polícia.“Pesquisas de vitimização produzidas no Brasil e no mundo indicam que os principais motivos apontados pelas vítimas para nãoreportar o crime às instituições policiais são o medo de sofrer represálias e a crença que a polícia não poderia fazer nada ou não seempenharia no caso”, afirma Samira.Considerando somente os boletins de ocorrência registrados, em 2015 ocorreu um estupro a cada 11 minutos e 33 segundos noBrasil, ou seja 5 pessoas por hora.O estado com o maior número de casos foi São Paulo, que responde por 20,4% dos estupros no país, com 9.265 casos. O número,no entanto, representa uma redução de 761 casos (7,6%) em relação ao ano anterior, quando foram registrados 10.026 casos.Roraima foi o estado com o menor número de estupros registrados, 180, o que representa 98 casos a menos do que no anoanterior – queda de 35,3%.RoubosA cada 1 minuto e 1 segundo, um veículo foi roubado ou furtado em 2015 no país, totalizando 509.978. Apesar do resultado, houveuma queda de 0,6% na comparação com 2014, sendo 3.045 veículos a menos. Somando os casos de 2014 e 2015, foram roubadosou furtados 1,023 milhão de veículos, segundo os dados do anuário.O levantamento mostra ainda, segundo o FBSP, a necessidade de fortalecer a capacidade de investigação da polícia. “O roubo e ofurto de veículos, muitas vezes, acabam por financiar organizações criminosas envolvidas com tráfico e outros delitos mais graves”,disse, em nota, o diretor-presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima.“O que torna fundamental o constante aperfeiçoamento da capacidade investigativa da polícia e o combate a esse tipo de crime”,destacou.