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APRESENTAÇÃO - grpmaria.seed.pr.gov.br · Portanto é um documento que traz em bojo o alicerce da escola e traça estratégias norteadoras do trabalho do professor e para que se

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APRESENTAÇÃO

A Proposta Pedagógica Curricular é um conjunto pela dimensão histórica das disciplinas. Ela orienta quais os rumos a ser tomados no trabalho pedagógico. Portanto é um documento que traz em bojo o alicerce da escola e traça estratégias norteadoras do trabalho do professor e para que se efetive a apropriação do conhecimento no educando.

Para um melhor desenvolvimento da vida escolar do educando o Colégio Estadual do Campo Maria de Jesus Pacheco Guimarães, trabalha com a concepção das porções da realidade.

CONCEPÇÃO DAS PORÇÕES DA REALIDADE NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Para atingir os objetivos propostos para uma educação com qualidade, que pretende atender as reais necessidades dos sujeitos do campo, é necessário considerar que o universo dessa população é muito diversificado, e cada espaço apresenta características que compõe uma identidade única. Assim, é dever da escola ter esse aspecto muito claro ao planejar que ensino se quer e que sujeito pretende formar; devendo incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, que valorize concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação que permitam aos professores e estudantes se conscientizarem da necessidade de uma transformação emancipadora.

A Proposta Pedagógica Curricular precisa agregar e abordar assuntos relacionados a comunidade do educando, articulando com as áreas em que o conhecimento/saberes da comunidade sejam valorizados; contribuindo assim, para um avanço significativo na aprendizagem por parte do educando, tornando o conteúdo trabalhado significativo, ampliando então o conteúdo meramente teórico para um conteúdo prático.

Os conteúdos estruturantes presentes nas disciplinas são frutos de uma construção que tem sentido social como formação humana, ou seja, existe uma porção de conhecimento que é produto da cultura e deve ser apropriado, dominado e usado de forma contextualizada. A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio – histórica como princípio integrador do currículo. Nesse sentido, a educação é pensada no plano da formação omnilateral que em síntese abrange a educação e a emancipação de todos os sentidos humanos, e se constrói, dentro de determinadas condições histórico – sociais.

Gramsci (1978) descreve que a humanidade que se reflete em cada individualidade é expressão das múltiplas relações do indivíduo com os seres humanos e com a natureza. Assim os conhecimentos que incorporamos não são realidades naturais, mas uma produção histórica.

A partir do inventário da realidade, foram definidos complexos temáticos elencados em quatro porções da realidade: Produção de alimentos; Movimentos sociais e lutas; Trabalho e renda e Cultura e lazer. Seguindo a opção construída por Pistrak:

Trata-se de organizar o ensino através de temas socialmente significativos, e através deles estudar a dinâmica e as relações existentes entre aspectos diferentes de uma mesma realidade, educando assim os estudantes para uma interpretação dialética da realidade atual (Pistrak, 2011 pag. 13).

Para facilitar a visualização do universo de opções que as porções da realidade oferecem e para “conectar” seu conteúdo a determinada porção, foi criado um diagrama representativo denominado “Girassol da Realidade”. Tendo certo que facilitará o trabalho do professor, não deve ser entendido como um modelo limitante da criatividade própria de cada envolvido no processo, tendo em vista que é um trabalho conjunto, no qual o avanço individual caracteriza um ganho coletivo.

FIGURA 1 - Diagrama formulado pela equipe do Colégio Estadual do Campo Professora Maria

de Jesus Pacheco Guimarães. Fonte: Arquivo do Colégio Estadual do Campo Professora

Maria de Jesus Pacheco Guimarães.

FIGURA 2 - Diagrama formulado pela equipe do Colégio Estadual do Campo Professora Maria

de Jesus Pacheco Guimarães. Fonte: Arquivo do Colégio Estadual do Campo Professora

Maria de Jesus Pacheco Guimarães.

FIGURA 3 - Diagrama formulado pela equipe do Colégio Estadual do Campo Professora Maria

de Jesus Pacheco Guimarães. Fonte: Arquivo do Colégio Estadual do Campo Professora

Maria de Jesus Pacheco Guimarães.

FIGURA 4 - Diagrama formulado pela equipe do Colégio Estadual do Campo Professora Maria

de Jesus Pacheco Guimarães. Fonte: Arquivo do Colégio Estadual do Campo Professora

Maria de Jesus Pacheco Guimarães.

BIBLIOGRAFIA

GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1984.

MÉSZÁROS, I. A Educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.

PISTRAK, M. Fundamentos da escola do trabalho. 4. ed. São Paulo: Expressão Popular.

SUMÁRIO ENSINO FUNDAMENTAL

ARTE.................................................................................................................12 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA................................................12 OBJETIVOS.......................................................................................................13 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................14 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................14 METODOLOGIA................................................................................................18 AVALIAÇÃO.......................................................................................................19 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................20 CIÊNCIAS..........................................................................................................21 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA................................................21 OBJETIVOS.......................................................................................................21 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................22 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................23 METODOLOGIA................................................................................................25 AVALIAÇÃO.......................................................................................................26 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................26 EDUCAÇÃO FÍSICA.........................................................................................28 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA................................................28 OBJETIVOS.......................................................................................................29 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................29 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................29 METODOLOGIA................................................................................................31 AVALIAÇÃO.......................................................................................................32 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................32 ENSINO RELIGIOSO........................................................................................33 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................33 OBJETIVOS.......................................................................................................34 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................34 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................34 METODOLOGIA................................................................................................35 AVALIAÇÃO.......................................................................................................35 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................35 GEOGRAFIA.....................................................................................................36 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................36 OBJETIVOS.......................................................................................................37 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................37 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................38 METODOLOGIA................................................................................................39 AVALIAÇÃO.......................................................................................................40 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................41 HISTÓRIA..........................................................................................................42 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................42 OBJETIVOS.......................................................................................................42 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................42 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................42 METODOLOGIA................................................................................................43 AVALIAÇÃO.......................................................................................................44

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................44 LÍNGUA ESTRANGEIRA – INGLÊS ................................................................45 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................45 OBJETIVOS.......................................................................................................46 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................46 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................46 METODOLOGIA................................................................................................47 AVALIAÇÃO.......................................................................................................48 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................50 LÍNGUA PORTUGUESA...................................................................................51 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................51 OBJETIVOS.......................................................................................................51 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................52 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................52 METODOLOGIA................................................................................................56 AVALIAÇÃO.......................................................................................................57 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................58 MATEMÁTICA...................................................................................................59 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................59 OBJETIVOS.......................................................................................................60 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................60 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................61 METODOLOGIA................................................................................................64 AVALIAÇÃO......................................................................................................66 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................67

ENSINO MÉDIO

ARTE.................................................................................................................70 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................70 OBJETIVOS.......................................................................................................70 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................70 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................70 METODOLOGIA................................................................................................72 AVALIAÇÃO.......................................................................................................72 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................73 BIOLOGIA.........................................................................................................74 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................74 OBJETIVOS.......................................................................................................74 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................75 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................76 METODOLOGIA................................................................................................79 AVALIAÇÃO.......................................................................................................80 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................82 EDUCAÇÃO FÍSICA.........................................................................................84 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................84 OBJETIVOS.......................................................................................................84 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................84 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................85 METODOLOGIA................................................................................................86

AVALIAÇÃO.......................................................................................................86 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................87 FILOSOFIA........................................................................................................88 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................88 OBJETIVOS.......................................................................................................88 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES...................................................................89 CONTEÚDOS BÁSICOS...................................................................................89 METODOLOGIA................................................................................................92 AVALIAÇÃO.......................................................................................................93 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................97 FÍSICA...............................................................................................................99 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA.................................................99 OBJETIVOS.....................................................................................................100 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES................................................................101 CONTEÚDOS BÁSICOS................................................................................101 METODOLOGIA.............................................................................................115

AVALIAÇÃO.....................................................................................................116 BIBLIOGRAFIA................................................................................................117 GEOGRAFIA...................................................................................................119 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................119 OBJETIVOS....................................................................................................119 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................120 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................121 METODOLOGIA..............................................................................................122 AVALIAÇÃO.....................................................................................................123 BIBLIOGRAFIA................................................................................................123 HISTÓRIA .......................................................................................................125 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................125 OBJETIVOS....................................................................................................125 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................125 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................125 METODOLOGIA..............................................................................................126 AVALIAÇÃO.....................................................................................................127 BIBLIOGRAFIA................................................................................................127 LÍNGUA ESTRANGEIRA – INGLÊS...............................................................128 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................128 OBJETIVOS.....................................................................................................128 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................129 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................129 METODOLOGIA..............................................................................................131 AVALIAÇÃO.....................................................................................................131 BIBLIOGRAFIA................................................................................................133 MATEMÁTICA.................................................................................................135 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................135 OBJETIVOS.....................................................................................................138 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................138 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................138 METODOLOGIA..............................................................................................140 AVALIAÇÃO.....................................................................................................142

BIBLIOGRAFIA................................................................................................143 LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................145 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................145 OBJETIVOS.....................................................................................................145 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................146 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................146 METODOLOGIA..............................................................................................151 AVALIAÇÃO.....................................................................................................152 BIBLIOGRAFIA................................................................................................153 QUÍMICA.........................................................................................................155 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................155 OBJETIVOS.....................................................................................................155 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................156 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................156 METODOLOGIA..............................................................................................158 AVALIAÇÃO.....................................................................................................159 BIBLIOGRAFIA................................................................................................160 SOCIOLOGIA..................................................................................................161 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................161 OBJETIVOS.....................................................................................................162 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................162 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................162 METODOLOGIA..............................................................................................163 AVALIAÇÃO.....................................................................................................164 BIBLIOGRAFIA................................................................................................164

PROGRAMAS DE ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO DE JORNADAS

PEDAGÓGICAS EMPREENDEDORISMO.................................................................................166FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................166 OBJETIVOS.....................................................................................................166 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................166 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................166 METODOLOGIA..............................................................................................167 AVALIAÇÃO.....................................................................................................167 BIBLIOGRAFIA................................................................................................168

PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM

CONTRATURNO Salas de Apoio à Aprendizagem

LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................169 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................169 OBJETIVOS.....................................................................................................169 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................170 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................170 METODOLOGIA..............................................................................................170 AVALIAÇÃO.....................................................................................................171 BIBLIOGRAFIA................................................................................................172

MATEMÁTICA.................................................................................................174 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA...............................................174 OBJETIVOS.....................................................................................................175 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.................................................................176 CONTEÚDOS BÁSICOS.................................................................................176 METODOLOGIA..............................................................................................177 AVALIAÇÃO.....................................................................................................178 BIBLIOGRAFIA................................................................................................179

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ENSINO FUNDAMENTAL

ARTE FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade, ampliando o repertório cultural do aluno à partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento, aprendendo e expandindo suas potencialidades criativas, concretizadas através da percepção, da análise, da criação/ produção e contextualização histórica. A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade, expressa visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-culturais. No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma dimensão ampliada, enfatizada a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem. A arte é um elemento indispensável no desenvolvimento da expressão pessoal, social e cultural do aluno. São formas de saber que articulam imaginação, razão e emoção. Elas perpassam as vidas das pessoas, trazendo novas perspectivas, formas e densidades ao ambiente e à sociedade em que se vive. A vivência artística influencia o modo como se aprende, como se comunica e como se interpretam os significados do cotidiano. Desta forma, contribui para o desenvolvimento de diferentes competências e reflete-se no modo como se pensa, no que se pensa e no que se produz com o pensamento. A arte permite participar em desafios coletivos e pessoais que contribuem para a construção da identidade pessoal e social, exprimem e conformam a identidade nacional, permitem o entendimento das tradições de outras culturas e são áreas de eleição no âmbito da aprendizagem ao longo da vida. O desenvolvimento da capacidade humana de percepção é justamente um dos grandes desafios presentes no ensino de arte. É fundamental entender o aperfeiçoamento do olhar e a necessidade de construção da identidade de cada indivíduo. Pela arte, o ser humano torna-se consciente da sua existência individual e social, ele se percebe e se interroga, sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo. As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nessa introdução dos fundamentos teórico- metodológicos, serão abordadas as formas como a arte é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de ensino e como as pessoas se defrontam com o problema de conceituá-la. Tal abordagem se embasará nos campos de estudos da estética, da história e da filosofia. (DCE Arte) No estudo de arte pode-se situar historicamente a produção artística, compreendendo-a no contexto em que está inserida, é preciso destacar as razões que nos levam a estudá-la: “Habitamos um mundo que vem trocando sua paisagem natural por um cenário criado pelo homem, pelo qual circulam pessoas, produtos, informações e principalmente imagens. Se temos que

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conviver diariamente com essa produção infinita, melhor será aprendermos a avaliar esta paisagem, sua função, sua forma e seu conteúdo, o que exige o uso de nossa sensibilidade estética. Só assim poderemos deixar de ser observadores passivos para nos tornarmos espectadores críticos, participantes e exigentes.”(COSTA,199,p.09) O ensino da arte nesses últimos anos tem sofrido transformações significativas. Hoje, faz-se necessário que o professor organize um trabalho consistente, através de atividades como: ver, ouvir, mover, sentir, perceber, pensar, descobrir, fazer, expressar, etc., a partir dos elementos da natureza e da cultura, analisando-os e transformando-os: “Segundo Ferraz e Fusari: Para desenvolver um bom trabalho de Arte o professor precisa descobrir quais são os interesses, vivências, linguagens, modos de conhecimento de arte e prática de vida de seus alunos. Conhecer os estudantes na sua relação com a própria região, com Brasil e com o mundo, é um ponto de partida imprescindível para um trabalho de educação escolar em Arte que realmente mobilize uma assimilação e uma apreensão de informações na área artística. O professor pode organizar um mapeamento cultural da área em que atua, bem como das demais, próximas e distantes. É nessa relação com o mundo que os estudantes desenvolvem as suas experiências estéticas e artísticas, tanto com as referentes de cada um dos assuntos abordados no programa de Arte, quanto com as áreas da linguagem desenvolvida pelo professor.” (Ferraz, Fusari, 1992, p. 71). OBJETIVOS O objetivo de estudo da disciplina fundamenta-se no desenvolvimento dos princípios e valores e das competências gerais, consideradas essenciais e estruturantes onde elas: Promovem o desenvolvimento integral do indivíduo, pondo em ação capacidades afetivas, cognitivas e sinestésicas; Afirmar a singularidade de cada um, promovendo e facilitando sua expressão por meio das linguagens artísticas; Proporcionar ao indivíduo, por meio de práticas e o processo criativo, a oportunidade de desenvolvimento de sua personalidade de forma autônoma e crítica, numa permanente interação com o mundo; Mobilizar a partir da prática, todos os saberes que o indivíduo detém, auxiliando-o no desenvolvimento de novos saberes, conferindo significados aos seus conhecimentos; Facilitar a comunicação entre culturas de diferentes povos, promovendo a aproximação entre as pessoas e os povos. O conhecimento artístico, aliado aos dados procedentes da experiência humana, são elementos que permitem a construção de referenciais necessários para a leitura, observação, interpretação e criação tanto do contexto quanto da produção artística como um todo. Desta forma, o objetivo primordial é levar aos alunos o contato com a experiência artística e estética, instrumentalizando-os à apreciação dos bens culturais das diversas linguagens da arte tanto os de sua própria comunidade onde estão inseridos como os universais. Destaca-se também a necessidade da familiarização cultural pela aprendizagem dos códigos e elementos formais presentes nas linguagens

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artísticas, os quais possibilitam a construção de novos significados por meio de informações obtidas na leitura de textos históricos, filosóficos, estéticos e de crítica de arte. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais; Composição; Movimentos e Períodos. CONTEÚDOS BÁSICOS 6º ANO. MÚSICA: Elementos Formais: Altura, Intensidade,Timbre, Duração. Composição Ritmo, Melodia; Escalas: Diatônica, pentatônica, cromática, Improvisação. Movimentos e Períodos Greco-Romana, Oriental, Ocidental, Africana. ARTES VISUAIS Elementos formais: Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz Composição: Bidimensional, Figurativa, Geométrica, simetria, Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia... Movimentos e Períodos: Arte Greco- Romana , Arte Africana, Arte Oriental, Arte Pré-histórica. TEATRO Elementos Formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, Ação, Espaço; Composição: Enredo, roteiro, Espaço Cênico, Adereços ; Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo. Movimentos e Períodos: Greco-Romana, Teatro Oriental, Teatro Medieval, Renascimento. DANÇA Elementos formais: Movimento Corporal, Tempo, Espaço; Composição: Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos articulares,Fluxo (livre e interrompido), Rápido e lento, Formação Níveis (alto, médio e baixo), Deslocamento (direto e indireto),Dimensões (pequeno e grande);

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Técnica: Improvisação Gênero: Circular Movimentos e Períodos: Pré-história, Greco-Romana, Renascimento, Dança Clássica. 7º ANO. MÚSICA Elementos Formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade, Composição: Ritmo, Melodia, Escalas; Gêneros: folclórico; indígena, popular e étnico; Técnicas: vocal, instrumental e mista, Improvisação; Movimentos e Períodos: Música popular e étnica (ocidental e oriental); ARTES VISUAIS: Elementos formais: Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz; Composição: Proporção, Tridimensional, Figura e fundo, Abstrata, Perspectiva, Técnicas: Pintura, escultura,modelagem, gravura; Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta. Movimentos e Períodos: Arte Indígena, Arte Popular, Brasileira e Paranaense, Renascimento, Barroco. TEATRO Elementos formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação, Espaço. Composição: Representação, Leitura dramática, Cenografia; Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas; Gêneros: Rua e arena, Caracterização. Movimentos e Períodos: Comédia dell‟, arte,Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense, Teatro Africano. DANÇA: Elementos formais: Movimento Corporal, Tempo, Espaço. Composição: Ponto de Apoio,Rotação, Coreografia, Salto e queda, Peso (leve e pesado), Fluxo (livre, interrompido e conduzido), Lento, rápido e moderado, Níveis (alto, médio e baixo), Formação, Direção. Gênero: Folclórica, popular e étnica Movimentos e Períodos: Dança Popular, Brasileira , Paranaense, Africana, Indígena. 8º ANO. MÚSICA

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Elementos Formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade. Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia,Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock, Tecno. ARTES VISUAIS Elementos formais: Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor e Luz . Composição: Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual, Estilização, Deformação; Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista. Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, Arte no Séc. XX, Arte Contemporânea. TEATRO Elementos formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação, Espaço. Composição: Representação no Cinema e Mídias; Texto dramático, Maquiagem, Sonoplastia, Roteiro; Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica. Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo, Cinema Novo. DANÇA Elementos formais: Movimento Corporal, Tempo e Espaço; Composição: Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e desaceleração; Direções (frente, atrás, direita e esquerda); Improvisação, Coreografia, Sonoplastia; Gênero: Indústria Cultural e espetáculo Movimentos e Períodos: Hip Hop, Musicais; Expressionismo, Indústria Cultura, Dança Moderna. 9º ANO. MÚSICA Elementos Formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade. Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia; Técnicas: vocal, instrumental e mista; Gêneros: popular, folclórico e étnico. Movimentos e Períodos: Música Engajada, Música Popular, Brasileira. Música Contemporânea.

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ARTES VISUAIS Elementos formais: Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz; Composição: Bidimensional, Tridimensional, Figura-fundo; Ritmo Visual; Técnica: Pintura,grafite, performance. Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano. Movimentos e Períodos: Realismo, Vanguardas, Muralismo e Arte Latino-Americana; Hip Hop. TEATRO Elementos formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação, Espaço. Composição: Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Dramaturgia, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação, Figurino. Movimentos e Períodos: Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do Absurdo, Vanguardas. DANÇA Elementos formais: Movimento Corporal, Tempo e Espaço Composição: Kinesfera; Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas, Saltos, Giros, Rolamentos, Extensão (perto e longe); Coreografia, Deslocamento; Gênero: Performance e moderna. Movimentos e Períodos: Vanguardas, Dança Moderna, Dança Contemporânea. MÚSICA Elementos Formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade. Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia; Escalas: Modal, Tonal e fusão de ambos; Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop. Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, Improvisação. Movimentos e Períodos: Música Popular, Brasileira, Paranaense, Popular, Indústria Cultural, Engajada, Vanguarda, Ocidental, Oriental, Africana e Latino-Americana. ARTES VISUAIS

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Elementos formais: Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz; Composição: Bidimensional, Tridimensional, Figura e fundo, Figurativo, Abstrato, Perspectiva, Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual, Simetria,Deformação, Estilização, Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos; Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia. Movimentos e Períodos: Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Arte Popular, Arte de Vanguarda, Indústria Cultural, Arte Contemporânea, Arte Latino-Americana. TEATRO Elementos formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação, Espaço. Composição: Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum; Roteiro, Encenação e leitura dramática; Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico; Dramaturgia, Representação nas mídias, Caracterização, Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação, Direção e Produção. Movimentos e Períodos: Teatro Greco- Romano, Teatro Medieval, Teatro Brasileiro, Teatro Paranaense, Teatro Popular; Indústria Cultura, Teatro Engajado, Teatro Dialético, Teatro Essencial, Teatro do Oprimido; Teatro Pobre, Teatro de Vanguarda, Teatro Renascentista, Teatro Latino-Americano, Teatro Realista, Teatro Simbolista. DANÇA Elementos formais: Movimento Corporal, Tempo, Espaço Composição: Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Salto e Queda Giro, Rolamento, Movimentos articulares, Lento, rápido e moderado, Aceleração e desaceleração, Níveis, Deslocamento, Direções, Planos, Improvisação, Coreografia. Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão. Movimentos e Períodos: Pré-história, Greco-romana, Medieval, Renascimento, Dança Clássica, Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop, Indústria Cultural, Dança Moderna, Vanguardas e Dança Contemporânea. METODOLOGIA

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A prática pedagógica em Arte contemplará as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e a sociedade. Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o valor educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa conhecer, produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio artístico cultural presente na comunidade e região. Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção artística, seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação. Através da articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus elementos constitutivos. Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através de atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais utilizados e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos de interação com mundo artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas, possibilitando que sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.

Proporcionando aos alunos situações de aprendizagem que permitam ao aluno compreender os processos de criação e execução de produções de trabalhos artísticos, nas áreas em que for possível pelas condições de formação do professor e materiais da escola, fazendo uso de materiais alternativos e recicláveis. Utilizando seminários, pesquisas, produção de textos, apresentações, trabalhos em grupo e individual.

Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos. AVALIAÇÃO A avaliação é diagnostica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada momento. Será valorizada a produção artística, respeitando-se as diversidades

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(étnicas, culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc.) de cada aluno, pois é necessário conhecer o processo pessoal de cada um em sua relação com as atividades desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a superá-los observando os trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos, desenhos e outros). O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a imitação e criar formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada sobre a arte, reconhecendo a ação do homem sociedade através de produções artísticas. No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento pessoal de todos os alunos é fator fundamental para aprendizagem em arte, área em que a marca pessoal é fonte de criação e desenvolvimento. BIBLIOGRAFIA BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. Sã Paulo: Cortez, 2002. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei no 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996. BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo, Educ/Fasep/Cortez, 2002. FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metologia do ensino da arte. 2. ed. São paulo: Cortez, 1993. FISCHER, Erneste. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. MARQUES, I. Dançando na escola. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006. REGO, Ligia Maria da S. Mestres das Artes. São Paulo: Moderna, 1996. RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003. VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

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CIÊNCIAS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA De acordo com a DCE, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói. Sendo assim a que se levar em conta a medida que o homem busca satisfazer suas necessidades automaticamente, passa a observar e à buscar respostas a suas indagações. A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir daí o homem assume outras descobertas e torna - se ainda mais atento a respeito das dinâmicas da natureza. Na escola pública a trajetória do ensino de ciências sempre foi determinado por um momento histórico, político e social. Momentos estes que influenciaram os modelos curriculares de cada época e causaram fortes mudanças nas concepções de ciência. Uma vez que os conhecimentos são produzidos pela humanidade no decorrer de sua história a disciplina se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no meio. Para que isso aconteça são estabelecidas relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos e o cotidiano do aluno, ou seja, sua prática social. A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação a saúde e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que envolvem com fatos, são elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, para saber se posicionar crítica e construtivamente, diante de diferentes questões. OBJETO DE ESTUDO DA DISCIPLINA Esta disciplina é importante, no contexto escolar pela necessidade humana de compreender, sistematizar e desmistificar os mais diversos fenômenos na natureza, nos seres vivos e no universo. Portanto, a disciplina oportuniza a compreensão dos eventos que ocorrem com a água, o solo, o ar e o fogo interferindo na saúde humana. Propicia a compreensão das inter-relações entre os seres vivos e o meio ambiente, demonstrando a interdependência que há entre eles. De forma científica, o educando é levado a conhecer seu próprio corpo, do seu semelhante, despertando o devido respeito pelas diferenças existentes entre as mais diversas etnias. Assim, ocorrem quebras de preconceitos sexuais dos raciais da xenofobia, bem como daqueles que apresentam necessidades especiais temporárias ou permanentes. Assim, o processo de ensino-aprendizagem de ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade, o questionamento superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos dando prioridade a sua função social. OBJETIVOS Integrar os conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de astronomia, transformação e interação da matéria, energia e saúde que implica na melhoria da qualidade de vida. Compreender os conceitos históricos de ciências que tratam das questões dogmáticas, neutras, infalíveis, prontas e

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acabadas, bem como buscar explicações e construir a parte científica que convive com a dúvida, que é falível e intencional, utilizando -se de métodos que buscam as explicações dos fenômenos naturais: físicos, químico, biológicos, geológicos, que recebem influências dos fatores: sociais, econômicos, políticos, etc. Conduzir o aluno para fazer a investigação científica, redescobrindo assim os conceitos em ambiente apropriado para a simulação do método investigativo, acompanhado pelo professor, contextualizando os conteúdos estudados com os fenômenos da natureza. Sendo um modelo construtivista da educação. Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais dos produtos científicos e tecnológicos, com os quais convive reconhecendo o processo de produção, distribuição e consumo, bem como os problemas decorrentes, buscando soluções. Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e/ou tecnológicos inerentes ao processo de produção, aplicabilidade dos conhecimentos científicos, das relações e inter-relações estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES astronomia matéria sistemas biológicos energia biodiversidade O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é levado a compreensão dos alunos sobre os fenômenos naturais nessa etapa de escolarização que são: os conhecimentos de astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e biodiversidade contemplados na disciplina, com vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências ditas naturais, no processo pedagógico. De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina sob os seguintes aspectos: Astronomia: numa abordagem histórica traz as discussões sobre os

modelos geocêntricos e heliocêntrico, métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos que expliquem tais discussões. Possibilita também explicar os fenômenos celestes, o movimento dos astros, estações do ano, viagens espaciais, origem do universo e gravitação universal.

Matéria: abordam conteúdos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos como objetos materiais quaisquer, permitindo o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos. Compreendidos como constituição da matéria e propriedades da matéria.

Sistemas Biológicos: aborda a constituição dos sistemas do organismo, suas características, funcionamento desde os componentes celulares até o funcionamento dos sistemas que constituem os grupos dos seres vivos.

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Considerando o organismo como um sistema integrado, que amplia a discussão para uma visão evolutiva, comparando os seres vivos entre si a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que integram o organismo vivo. Apresenta também conceitos científicos para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos e funcionamento dos seres vivos referentes aos níveis de organização, célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos e o mecanismo da herança genética.

Energia: apresentam-se conteúdos básicos que envolvam conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e a transformação de uma forma de energia em outra, para a compreensão do objeto de estudo como formas, conservação, conversão e transmissão de energia.

Biodiversidade: visa a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos inter-relacionados, envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas, as relações ecológicas entre as espécies como o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações. Apresenta-se ainda alguns conteúdos básicos que envolvam conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e para a compreensão do objeto do estudo da disciplina de ciências tais como: organização dos seres vivos, sistemática, ecossistemas, interações ecológicas, origem da vida e evolução dos seres vivos.

CONTEÚDOS BÁSICOS 6ºANO ASTRONOMIA Universo Sistema Solar Movimentos terrestres e celestes Astros MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização ENERGIA Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos Ecossistemas Evolução dos seres vivos 7ºANO ASTRONOMIA

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Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA Formas de energia Transmissão de energia BIODIVERSIDADE Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática 8ºANO ASTRONOMIA Origem e evolução do universo MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia filosofia dos seres vivos ENERGIA Formas de energia BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos 9ºANO ASTRONOMIA Astros Gravitação universal MATÉRIA Propriedades da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética

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ENERGIA Formas de energia Conservação de energia BIODIVERSIDADE Interações ecológicas. METODOLOGIA Os conteúdos devem ser entendidos em sua complexidade de relações conceituais e numa perspectiva crítica e histórica dos conhecimentos de astronomia, matéria, sistemas biológicos, energia e biodiversidade. Tratar os conteúdos estruturantes não como conhecimento acabado, mas cujos conhecimentos científicos sejam passíveis de alterações ao longo do tempo. Pois os conhecimentos tidos como acabados, podem ser reinterpretados, pois outras áreas do conhecimento humano podem contribuir significativamente para o estudo, a explicação e a compreensão de tais conhecimentos científicos. Estabelecer uma contextualização dos conteúdos interdisciplinares programados de uma série como os demais de ensino fundamental. Tratar os conteúdos, respeitando os níveis cognitivos dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, usando material didáticos de acordo com sua faixa etária como prevê a Lei 11525/07 do Direito da Criança e Adolescente, adiantando uma linguagem coerente a cada faixa etária e nível de conhecimento, fazendo uso de diferentes formas de abordagens, estratégias e recursos buscando gradativamente o aprofundamento dos conteúdos. Provocar uma reflexão sobre o atual momento histórico, social, científico -tecnológico, propiciando um entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a vida do ser humano, dos seres vivos e do ambiente.

Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos.

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ATIVIDADES SALA DE AULA: debates, seminários e entrevistas com profissionais utilizando pesquisas para ampliar o conhecimento, através do despertar da curiosidade do aluno; VISITAS: em parques municipais, laboratórios da universidade, com objetivo de realizar intercâmbio com outras formas de ambiente; SAÍDAS A CAMPO: elaborar o tema a ser trabalhado, favorecendo ao aluno que o mesmo perceba a importância de suas atitudes no ambiente em que vive; AULAS PRÁTICAS: serão realizadas no laboratório onde o aluno através da construção do experimento observará e entenderá os fenômenos da natureza: Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode divulgar a produção de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e entre os estudantes e desta com a produção científica - tecnológico. AVALIAÇÃO A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, portanto, precisamos primeiramente nos libertar da ideia de que o senso comum é suficiente para julgarmos um desempenho, essa liberação permite estabelecer parâmetros para uma avaliação mais competente, tornando possível um maior desenvolvimento do aluno, pois a avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático, auto -avaliativa, diagnostica para verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos; integralmente, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não apenas os aspectos cognitivos analisados, mas igualmente os comportamentais e a habilidade psicomotora. Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando consigo fatores como a série a ser avaliada o nível cognitivo dos alunos e a apropriação dos conteúdos. A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do que é básico e essencial, se necessário far-se-á a retomada de conteúdos com recuperação concomitante que se apresenta como importante elemento para o professor rever e articular o processo de ensino, em busca de sua superação. Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como: relatórios de pesquisa, visitas de campo, palestras, exercícios desafiadores, trabalhos de grupo (dramatização, jogos, músicas e produções coletivas), debates, painéis, exposições, avaliações individuais, experiências em laboratório, análise de trechos de filmes pertinentes ao conteúdo. BIBLIOGRAFIA PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

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MEC/SEB – ORIENTAÇÕES CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL-Brasília, 2003.

Ciências/Carlos Barros, Wilson Roberto Paulino-3ªEd. Reformada - São Paulo: Ártica; 2009.

Biologia/José Mariano Amábis, Gilberto Rodrigues Martho-2ªEd. - São Paulo: Moderna; 2004.

Biologia. Cesar da Silva Junior, Sezar Sasso- 7ª Ed. São Paulo: Saraiva; 2005.

Projeto Arariba. Ciências/Obra coletiva concebida e produzida pela editora Moderna. Editor responsável José Luiz Carvalho Cruz – 1ª Ed. - São Paulo; Moderna; 2006.

Ciências Naturais: Aprendendo Com o Cotidiano/Eduardo Leite Canto- 2ªed. - São Paulo: Moderna; 2004.

Ciências e Vida/Maria Hilda de Paiva Andrade, Marta Bouissou Morais, Alexandre Alex Barbosa Xavier, Marciana David – 1ª Ed. Belo Horizonte: Dimensão, 2006.

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EDUCAÇAO FÍSICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA O papel fundamental da Educação está no desenvolvimento das pessoas e das sociedades apontando para as necessidades essenciais da formação de cidadãos. Vivemos um momento em que a competição e a qualificação estão interligados a os avanços tecnológicos e as constantes modificações pelas quais passa a humanidade neste momento histórico. Então, se faz necessário que a disciplina de Educação Física seja compreendida no contexto, não como uma área de conhecimento que se traduz de forma isolada, solta no meio escolar, mas sim como parte integrante de uma totalidade, fazendo parte de um conjunto de disciplinas que interagem estabelecendo relações com o social e com a cultura dos povos. Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de forma a completar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o educando a inovar, criar movimentos que demonstrem sua postura, seu posicionamento frente a esse novo mundo, que exige contextualização e criatividade em todos os seus momentos vividos. Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados aos conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de construção de conhecimento a partir da reelaboração de ideias e práticas que intensificam a compreensão do aluno, suas relações de trabalho e as implicações desta relação para a vida e influencia na comunidade. Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade. Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permite entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza. A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, está articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensinos próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando exposto, defende-se que as aulas de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala. Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente escolar e em diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como todos os professores, é com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. Esses pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo como objetivo formar a atitude crítica perante a Educação Física, Cultura Corporal, exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola. É partindo dessa posição que estas Diretrizes apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a formação histórica do ser humano por meio do trabalho

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e as práticas corporais decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem (COLETIVO DE AUTORES, 1992). OBJETIVOS

Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania, no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando atitudes de respeito, solidariedade e cooperação.

Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais, valorizando hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de convívio.

Estimular o gosto pela prática de atividades voltadas ao bem comum. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O Ensino Fundamental da Educação Física fundamenta-se nos conteúdos estruturantes definidos como os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino. Devem ser abordados de forma crescente, respeitando os níveis de ensino, as diferenças de experiências dos alunos em relação ao conhecimento sistematizado. Estabelecendo assim uma relação mais evidente com a expressivamente corporal, o reconhecimento do corpo e suas diferentes possibilidades de ações. Os conteúdos estruturantes propostos para a Educação Física são: Esporte jogos, brincadeiras e brinquedos ginástica dança lutas CONTEÚDOS DE FORMA SERIADA. 6º ANO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Jogos e brincadeiras

Resgate dos jogos e brincadeiras jogos cooperativos jogos de tabuleiros

Esportes Futsal Handebol basquetebol atletismo

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Ginásticas Ginástica geral Ginástica rítmica

Dança Danças folclóricas, de rua e criativas

Luta Lutas de aproximação, capoeira

7º ANO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares jogos de tabuleiros Brincadeiras e cantigas de roda Jogos cooperativos

Esportes Atletismo handebol basquetebol futsal

Dança Danças folclóricas,de rua, criativas e circulares Expressão corporal

Lutas Lutas de aproximação Capoeira

Ginástica Ginástica geral

8º ANO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Esportes Atletismo Handebol basquetebol voleibol futsal esportes radicais

Dança Expressão corporal danças regionais lateralidade

Jogos Jogos e brincadeiras populares, jogos de tabuleiro,dramáticos e cooperativos

Lutas Lutas com instrumento mediador.

Ginástica Ginástica geral, rítmica,circense.

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9º ANO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Jogos Jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos.

Esportes Basquetebol handebol voleibol atletismo tênis de mesa futsal

Ginástica Ginástica rítmica e geral

Lutas capoeira

Dança Criativas, circulares

METODOLOGIA Para que ocorra a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina será necessário uma organização da aula em três fases: proposição do que vai ser executado, execução do que foi proposto e reflexão sobre o que foi executado. Tanto na prática como na teoria, cabe ao professor um cuidado especial para garantir a participação de todos, respeitando suas individualidades e limites, sejam eles motores ou emocionais.

Através de debates ou palestras colocar os Temas Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos. O professor apresenta a possibilidade do desenvolvimento corporal e a construção da saúde num caráter social, físico e moral. Pretendendo abordar a relação do corpo também com o mundo do trabalho, focando inclusive o trabalho na área esportiva, suas dificuldades e vitórias. As atividades que contemplarão os desafios contemporâneos, serão trabalhados conforme o

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andamento do PTD. Essa construção se dará através de aulas totalmente orientadas, com teorias e práticas trabalhadas simultaneamente, utilizando dos espaços físicos como: quadra de esporte, refeitório, pátio da escola, laboratórios, sala de uso múltiplo e arredores da escola. Os materiais necessários previamente providenciados (bolas, coletes, cones, tabuleiros em geral, cordas, colchonetes, halteres, caneleiras, kit bete ombro, jogos de mesa, kit tênis de mesa, mesa de pebolim e tênis de mesa), trabalhos em grupo e individuais, vídeos educativos, tv pendrive, pesquisas, gincanas, debates. Sendo observado o processo aprendizagem durante o ano letivo. AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO Primeiramente a avaliação deverá ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que envolva o conjunto das ações pedagógicas. Está vinculada ao Projeto Político Pedagógico (PPP), com critério estabelecido de forma clara, priorizando a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, conforme as Diretrizes Curriculares da Educação (DCE), o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica, sendo, processual e cumulativa, identificando dessa forma o progresso qualitativo do aluno durante o ano letivo. O processo de verificação de aprendizagem será feito através de avaliações práticas e teóricas, trabalhos escritos, pesquisas,seminários e debates. Para recuperação da aprendizagem, serão oportunizadas atividades diferenciadas do mesmo conteúdo e contexto, supervisionadas pelo professor e equipe pedagógica, em época determinada pelo professor,visando a aquisição do conhecimento por parte dos alunos que por ventura demonstrarem alguma dificuldade ao longo do ano letivo, vindo de encontro com as orientações da Proposta Pedagógica Curricular ( PPC). BIBLIOGRAFIA DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Educação Física, Secretaria do Estado de Educação, 2008. LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995. BRACHT, Valter. A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física. In:Cadernos Cedes, ano XIX, n. 48, agosto/99

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ENSINO RELIGIOSO FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA A disciplina de ensino religioso deve orientar-se para apropriação dos valores sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do conhecimento. A disciplina de ensino religioso deve oferecer subsídios para que os estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado. O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades e étnico-religiosas, para garantir o direto constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por consequência, o direito a liberdade individual e politica. Desta forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania. O desafio mais eminente da nova abordagem do ensino religioso é. Portanto, superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe um modo adequado de agir e pensar de forma heteronema e excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de criação de novos valores. A disciplina de ensino religioso deve propiciar a compreensão, comprarão e analise das diferentes manifestações do sagrado com vistas a interpretação dos seus múltiplos significados. Ainda, subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como as sociedades são influenciadas pelas tradições religiosas, tanto na afirmação quanto na negação do Sagrado. O Ensino Religioso, destinado para as escolas estaduais publicas do Paraná, atende a LDBEN (9394/96), art. 33, o qual sofreu alteração em redação com a promulgação da Lei n. 9475/97, conforme segue: “Art.33- O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas publica de Educação básica assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.

§ 1 º - Os sistemas de Ensino regulamentarão os procedimentos para definição dos conteúdos do ensino Religioso e estabelecerão as normas para à habilitação e admissão dos professores.

§ 2º - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do Ensino Religioso.” Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribuiu também, para superar a desigualdade étnico-religiosa, e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão, conforme artigo V, inciso VI, da constituição brasileira, que por sua vez adere ao Laicismo, que assegura a liberdade de expressão cultural e religiosa. Desta forma é importante parafrasear Costella, In: DCE para o ensino religioso (p.21): O primeiro é atribuído à pluralidade social num estado não -confessional, Laico e que garante por meio da constituição a Liberdade religiosa. O Segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o

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conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia da educação da comunicação. E terceiro fator traço característico da cultura ocidental mostra uma profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX. Assim, o ensino Religioso contribui para superar a desigualdade étnico religiosa e garante o direito constitucional de liberdade de crença e expressão. Também contribui para que, no dia a dia da escola, o respeito a diversidade sejam construído e consolidado. Nesse sentido faz - se necessário mudar a prática pedagógica e concepções em torno da disciplina a qual busca superar as tradicionais aulas de religião, passando a compreende - la como processo pedagógico cujo enfoque são “entendimento cultural sobre o sagrado e a diversidade religiosa”. DCE (p.25). Para atingir tais transformações são importante que o professor compreenda, que no ambiente escolar as religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas aulas de ensino religioso, por meio dos estudos das manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem. O que sugere que todas as religiões podem ser tratadas como conteúdo, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano, e faz parte do modelo de organizações de diferentes sociedades. OBJETIVOS Promover uma oportunidade para que os educandos se tornem capazes de entender os movimentos específicos das diversas culturas, e que o substantivo religioso represente um elemento de colaboração na constituição do sujeito. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Paisagem Religiosa; Universo Simbólico Religioso; Texto sagrado. CONTEÚDOS BÁSICOS 6º ano

Organizações Religiosas; Formas de manifestação cultural do sentimento religioso na pré-histórias, idade média, moderna, contemporânea; Manifestação do sagrado em espaços socioculturais específicos; Métodos utilizados pelas diferentes tradições religiosas no relacionamento com os transcendentes, e com o mundo; Textos Sagrados (orais ou escritos nas diferentes culturas religiosas; Símbolos Religiosos ( ritos, mitos, cotidiano). Arquitetura, mantras, paramentos e objetos. 7º ano Temporalidade Sagrada: ritos festas, tradições, nascimentos, calendários; Festas religiosas: peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas;

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Ritos: passagem, mortuários, propiciatórios e outros; Vida e morte: diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o Sagrado. METODOLOGIA Para atingir os objetivos da disciplina é importante, dinamizar trabalho com textos, ilustrando com filmes, símbolos, músicas, e contextualizando com a realidade local. Proporcionar debates, produções individuais e coletivas. As aulas serão conduzidas de maneira desmistificadas para proporcionar análise imparcial e científica das manifestações do sagrado em diferentes contextos históricos e culturais. Haverá diálogo mediado por instrumentação teórica e respeito a diversidade de pensamento e comportamento dos diversos segmentos , cultos e ritos religiosos. No decorrer das aulas, durante o período letivo, serão abordados temas como: cultura afro e indígena, direitos da criança e do adolescente, prevenção do uso das drogas e violência nas escolas ,além de educação sexual e fiscal com atividades de recortes de filmes, textos ,pesquisas , trabalhos em grupos e individuais. AVALIAÇÃO

O ensino religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo da disciplina. Com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina do ensino religioso. Mesmo que não haja atribuição de notas ou conceitos que implique na reprovação ou aprovação dos alunos, o professor deverá adotar instrumentos que identifiquem os progressos obtidos na disciplina através de documentos escritos, desenhos, produção de textos entre outros recursos. Espera - se que os alunos estabeleçam discussões sobre o Sagrado na perspectiva laica, desenvolva uma cultura de respeito a diversidade religiosa e cultural e reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social. No caso do Ensino Religioso proceder-se-á a partir da observação cognitiva do aluno e sua produção oral, escrita e atitudinal, interpretação, elaboração de textos, atividades em sala de aula e a participação nas aulas. A recuperação será concomitante com retomadas de conteúdo sempre que for necessário. BIBLIOGRAFIA BIACA,Valmir et al.O sagrado no ensino religioso,SEED,2006. DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, Ensino Religioso, Secretaria do Estado de Educação, 2008. FIGUEIREDO, A. P. Ensino Religioso – Perspectivas Pedagógicas. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1994. OLENIKI, M. L. R; DALDEGAN, V. M. Encantar – Uma Prática Pedagógica no Ensino Religioso. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

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GEOGRAFIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de estudo da geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros. O espaço geográfico é produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados. Cabe à geografia preparar o educando para uma leitura crítica da produção social do espaço e à escola subsidiar os educandos no enriquecimento e sistematização dos saberes para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca. Ao professor cabe a postura investigativa e de pesquisa evitando visão receptiva e reprodutiva do mundo, fornecendo aos educandos conhecimentos específicos da geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as diversas temáticas geográficas. A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para que reflita sobre as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no espaço geográfico. Considerando que os educandos são agentes da construção do espaço, por isso, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade. A Geopolítica deve possibilitar ao educando a compreensão do espaço que ele está inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidos entre os territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de forças sociais e políticas. É necessário que os educandos compreendam as relações de poder que os envolvem e determinam. Considerando fundamental para os estudos geográficos no atual período histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim remete à necessidade de espacializá-los e especificar o olhar geográfico para o mesmo. A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade e sim compreender que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática. É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto a sua transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do espaço geográfico. Não se trata apenas de questões da natureza, mas ambiente pelos aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do preconceito e das diferenças culturais. Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. As manifestações culturais perpassam gerações, cria objetos

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geográficos e são partes do espaço, registros importantes para a geografia. Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida. Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das diferentes sociedades, com as migrações que imprimem novas marcas territórios e produzem novas territorialidades e com as relações político-econômicas que influenciam essa dinâmica. OBJETIVOS

Ler e interpretar criticamente o espaço;

Compreender o estudo do espaço histórico na formação das sociedades humanas;

Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a partir do espaço geográfico;

Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo globalizado;

Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos contemporâneos conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço e aplicando no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O objetivo de estudo da Geografia para a educação básica é o espaço geográfico. Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos da Geografia. Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se separam. A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos. Os conteúdos Estruturantes são:

Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço geográfico; Dimensão socioambiental do espaço geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a ser dado para os alunos do Ensino Fundamental. Considerando que esses educandos são agentes da construção do espaço. Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser considerado como análise para entender como se constituir o espaço geográfico, possibilitado a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para refletir sobre as questões ambientais. Dimensão econômica do espaço geográfico Articula-se com os demais conteúdos estruturantes, pois a apropriação

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da natureza e sua transformação em produtos para o consumo humano envolvem as sociedades em relações geopolíticas, ambientais e culturais, fortemente direcionadas por interesses socioecômicos locais, regionais, nacionais e globais.

Dimensão política do espaço geográfico; Engloba os interesses relativos aos territórios e as relações de poder, que os envolvem. É o conteúdo estruturante originalmente constitutivo de um dos principais campos do conhecimento da Geografia.

Dinâmica cultural e demográfica A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida. Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a temática de história e cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino Fundamental e Médio, em qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei 10.639/03.

Conteúdos Básicos – Geografia 6º ano

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção A formação, localização e exploração dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Conteúdos Básicos – Geografia 7º ano

Formação do território brasileiro. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. A mobilidade populacional e a manifestação socioespacial da diversidade cultural. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos. Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

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A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações. Conteúdos Básicos – Geografia 8º ano As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. O comércio em suas implicações socioespaciais. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. Os movimentos migratórios e suas motivações. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. A formação, a localização, exploração dos recursos naturais. Conteúdos Básicos – Geografia 9º ano

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O comércio mundial e as implicações socioespaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico. A formação, localização, exploração dos recursos naturais. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. METODOLOGIA De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino de geografia, os conteúdos estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de maneira que a teoria, prática e a realidade estejam interligados em coerência com os fundamentos teórico-metodológicos. Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as

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relações sócio- especiais nas diferentes escalas (local, regional e global). Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas. No processo de construção do conhecimento e análise de categorias serão realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos, vídeos, documentários, trabalhos de campo, entre outros. Ainda poderão ser utilizadas análise e interpretação de tabelas e gráficos, produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes, levantamento de informações e pesquisas em diversos fontes, como recursos para a confirmação da ação pedagógica. Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques: Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão Econômica da Produção do /no espaço e a Geopolítica. Atendendo as leis nº 10,639/03 e lei nº 11,645/08 que tratam respectivamente sobre História Cultura Afro-brasileira e Cultura Indígena o trabalho será voltado em levar o educando a compreender as contribuições que ambas as culturas trouxeram a formação da cultura do povo brasileiro e a colaboração na atual organização espacial do território brasileiro. O tema Meio ambiente estará constantemente presente nas atividades pedagógicas tanto devido a dimensão socioambiental quanto a localização geográfica do colégio, que possibilita um enriquecimento no debate sobre as questões ambientais. A Educação Tributária e Fiscal estará atrelada ao trabalho com os conteúdos específicos da disciplina. Sendo também a metodologia usada para trabalhar com os Programas Socioeducacionais (Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de Drogas e Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual), tais metodologias estarão plenamente descrita no Plano de Trabalho docente do professor.

Outras leis serão trabalhadas no decorrer do ano com; Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09 ;Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Estatuto do Idoso – Lei 10741/03; Educação para o trânsito – Lei 9503/97; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 CNE/CP; Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12; História do Paraná _Lei 13181/01 e 07/06; Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica e a cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor. AVALIAÇÃO A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota de um conceito. É necessário que seja contínua e que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de diagnosticar falhas no processo ensino aprendizagem para que a intervenção pedagógica aconteça. A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e

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instrumentos visando a contemplação das diversas formas de expressão do aluno como a leitura e interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas ,produção de maquetes, murais, desenhos , textos , pesquisas em diversos fontes, apresentação de sentimentos de seminários, relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e avaliação formal oral e escrita. Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de entendimento sócio espacial. Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliações estaremos atendendo uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para a sua formação social, crítica, participava e responsável. Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na aprendizagem deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar necessidade por não ter compreendido e/ou assimilado aos conteúdos estudados, retomando inclusive avaliações e notas. BIBLIOGRAFIA ANDRADE, M. C. De Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,1987. BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto,1992. CHRISTOFOLETTI, A. (ORG.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel,1992. CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Àtica, 1986. MENDONÇA, F. Geografia socioambiental. In: Revista Terra livre, nº16. AGB Nacional, 2001, p.113. MORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. Geografia Crítica – A valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1984. IDEOLOGIAS GEOGRAFICAS. São Paulo: Hucitec,1991

PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/DEM, 2006. PEREIRA, R.M.F. Do A. Da Geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis. Editora UFSC, 1989. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec,1986.

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HISTÓRIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Partindo do ponto de que a História, em princípio, não pode ser considerada uma ciência pronta e definitiva e que tem como objeto de estudo os processo históricos relativos às ações busca o domínio das diferenças, semelhantes, transformações e permanências das gerações passadas e que serve como base aos nossos dias atuais.

Quanto o fato histórico deixa de ser uma ação individual e os grandes eventos políticos passam a ser compreendido através da ação coletiva. O agente social responsável pela construção do processo histórico é o grupo, as classes sociais, o coletivo, mesmo não percebendo com clareza a sua atuação. O tempo histórico não pode estar desvinculado do conhecimento das formas de vida e sobrevivência dos povos.

O ensino de História pode estimular a visão crítica ao fornecer ao educando um instrumental que auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele, também dota ao educando de espírito participativo, qualidade que ele deve ter tanto na vida escolar quanto familiar, mais tarde no trabalho, na administração de seu município, estado e país. Na disciplina de História para o ensino fundamental, as dimensões da vida humana constituem enfoques significativos para o conhecimento da História, assim os conteúdos estruturantes para esse nível de ensino através da dimensão política, econômico-social e cultural. Serão trabalhados para formar educandos conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas pessoas que cercam e pelo futuro que vão legar às novas gerações.

OBJETIVOS

A história tem como objeto de estudo os processos históricos relativos ás ações e as relações humanas praticadas no tempo , bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

As correntes historiográficas apresentadas nas diretrizes curriculares são estruturadas por meio da matriz disciplinar da História proposta por Rusen, segundo ele, a aprendizagem é um das dimensões e manifestações da consciência histórica. A narrativa histórica é a forma de apresentação desse conhecimento e se refere à comunicação entre os sujeitos. Para os educandos, esta narrativa precisa ser plausível.

Através das diretrizes curriculares, as contribuições advindas das correntes da Nova História, Nova História Cultural e Nova esquerda Inglesa, a partir da proposta de Rusen, o professor contribui para a formação da consciência histórica nos educandos a partir de uma racionalidade histórica não-linear e multi-temporal.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder Relações culturais

CONTEÚDOS BÀSICOS

6º ano

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A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum. 7º ano

As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. Relações históricas entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

8º ano

História das relações da humanidade com o trabalho

Trabalho e a vida em sociedade

Trabalho e as contradições da modernidade

Trabalhadores e as conquistas de direito

9º ano

A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, guerras e revoluções

METODOLOGIA

As aulas serão voltadas para a participação de todos os alunos procurando desenvolver o senso crítico sobre o mundo em que vive. O trabalho pedagógico através dos conteúdos estruturantes, porções da realidade, básicos e específicos tem a finalidade de formar o pensamento histórico dos estudantes.

A grande parte do segredo de “gostar” de estudar história está na forma, na dinâmica proposta para a aula, a partir de aula bem fundamentada em conteúdos utilizando recursos audiovisuais, livro didático, aulas expositivas, textos complementares, jogos didáticos, charges, debates, pesquisas, mapas históricos ,filmes e outros.

Ao trabalhar com vestígios na aula de história, é indispensável ir além dos documentos escritos, com iconográficos, registros orais, testemunhos de história local e documentos contemporâneos (cinema, quadrinhos, fotografia e informática).

O livro didático é um documento pedagógico popular, mas o encaminhamento deve ser: leitura, identificar e analisar imagens, estabelecer relações de causalidade e identificar as ideias principais e secundárias do texto.

O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que através das porções da realidade, enriquece e inova a relação de conteúdos a serem abordados, permite uma investigação da região e outras localidades. No decorrer das aulas será abordado os temas que se referem a História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Cultura Indígena-Lei 11.645/08 , História do Paraná Lei 13181/03 e Deliberação07/06,Hasteamento e execução do Hino do Paraná –instrução 13/12,Brigadas Escolares-decreto 4837/12,Violência contra a criança e o adolescente-Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90,Educação Ambiental-Lei federal 9795/99,Decreto4281/02

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e Deliberação 04/13,Música-Lei11769/08,Resolução 07/10 e 02/12,Educação Fiscal e Educação Tributária-Decreto1143/99,portaria413/02,hino do Paraná-Lei 13181/01,Estatuto do Idoso-lei10741/03,Sexualidade Humana-Lei 11733/97,Educação Alimentar e Nutricional-Lei 11947/09,Prevenção ao uso de drogas-Lei 11343/06,Educação do Trânsito –Lei9503/97,Direitos Humanos-Resolução 01/12. AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

A avaliação da aprendizagem poderá se realizar por meio de diversos recursos, de forma continuada e não apenas em momentos específicos. Deve ser caracterizado como acompanhamento contínuo da aprendizagem dos educandos visando o diagnóstico do que aprenderam e suas dificuldades.

Os elementos para avaliação acontecerão através de atividades em duplas, em grupos, sem dispensar as individuais, orais e escritos, pesquisa, elaboração de textos, debates e análise de filmes e outras atividades que permitam avaliar o educando. Caso o educando apresente rendimento inferior ao objetivo proposto será oportunizado uma retomada dos conteúdos, na tentativa de que o mesmo possa recuperar a meta proposta. BIBLIOGRAFIA

SCHMIDT, Mario Furley. Nova História Crítica, nova geração. SP, 2ª ed. 2002.

DIVALTE, Garcia Figueira, História, série Ensino Médio, editora Ática, volume único, 2001. RODRIGUES, Joelza Ester. História em documento. FTD, São Paulo, 2009.

DREGUER, Ricardo. História: cotidiano e mentalidades, atual. São Paulo, 1995.

PILETTI, Nelson e Claudino. História e Vida, Ática. volume 4, 1989. COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo. Saraiva, São Paulo, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/DEM, 2008.

PEDRO, Antônio, História por eixos limáticos. São Paulo, FTD, 2002.

DREGUER, Ricardo. Contatos entre civilizações do séc. V ao XVI, 2ª ed. São Paulo, Atual, 2000.

Internet: UOL escola, webcola, histórianet.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA: O ensino/aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas no Brasil sofreu constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. Neste contexto as propostas curriculares e os métodos de ensino devem atender as expectativas contemporâneas. ... aprender uma língua estrangeira é um empreendimento essencialmente humanístico e não uma tarefa que afeta às elites ou estritamente metodológica, e a força de sua importância deve decorrer da relevância de sua função afirmativa, emancipadora e democrática ( Henry A Giroux, 2004). Desta forma, esta diretriz fundamenta-se na teoria do Círculo de Bakhtin, que concebe a língua como discurso, ou seja, um espaço de produção de sentidos. Para Bakhtin, cada palavra transforma-se na arena onde competem as entonações sociais. Toda enunciação, envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz do outro. É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que somos. Neste sentido podemos afirmar que a Língua Inglesa é concebida como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado. Constrói significados e não apenas os transmite. Sendo assim, em consonância com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE) a Língua Estrangeira Moderna/Inglês apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos da construção da realidade, considerando a imensa quantidade de informações que circulam na sociedade. (DCE, 2008, p. 23) Isso implica em participar dos processos sociais de construção de linguagem e de seus sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade de modo a atribuir o próprio sentido aos textos. O comprometimento com o plurilinguismo como política educacional é uma possibilidade de valorização e respeito à diversidade cultural, garantido na legislação, pois permite as comunidades escolares a definição a ser ensinada. Assim, ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentido, o conteúdo estruturante discurso, como prática social, a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas da leitura, da oralidade e da escrita. O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Segundo as DCEs, “ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva.” (p.21) Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura e mais especificamente neste

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contexto escolar de “escola do campo”, como tal, devem ser respeitadas. Ao estudar uma Língua Estrangeira/Inglês, o aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social. Em consonância com as DCEs e o Projeto Político Pedagógico (PPP), o objetivo de ensinar a Língua Estrangeira Moderna/Inglês na escola não é apenas linguístico, mas ensinar e aprender uma Língua Estrangeira é também ensinar e aprender percepções de mundo, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Neste contexto escolar de “escola do campo” espera-se que o alunado compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Esta escola, e consecutivamente esta disciplina – Inglês, tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas, visto que, esta escola encontra-se na posição de ser (quase que) como o único meio de conhecimento científico historicamente acumulado para este alunado. É na escola onde a maioria destes estudantes tem seu primeiro contato com uma Língua Estrangeira/Inglês, tornando-se, portanto uma oportunidade única para se aprender uma segunda língua dando perspectiva de melhoria no currículo. O ensino da Língua Estrangeira Moderna amplia as possibilidades de ingresso, deste alunado, mercado de trabalho além de também criar novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. OBJETIVOS

Com o objetivo de resgatar o valor educativo, a função social e o respeito à diversidade (cultural, identitária e linguística) desta disciplina, dentro do Currículo da Educação Básica, busca uma nova concepção teórico-metodológica que corresponde a este objetivo. O ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês, como um meio de se construir sentidos, desempenha um importante papel como dos saberes essenciais, pois permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa e os insere como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS: Leitura

Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Léxico;

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Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos ( figuras de linguagens); Marcas linguísticas: particularidade da língua,pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística; Acentuação gráfica; Ortografia.

Escrita Interlocultor; Tema do texto; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições de produção; (informação necessária para coerência do

texto) Léxico Coesão e coerência; Função das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos ( figuras de linguagens); Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística; Ortografia; Acentuação gráfica;

Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Pronuncia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA As atividades propostas priorizam o desenvolvimento da capacidade discursiva aliada à construção do significado priorizando o desenvolvimento das capacidades de ouvir, falar escrever, interpretar situações, discutir, pensar criticamente a ampliar possibilidades de interação. Serão abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, a gramática em si. A leitura, as produções de textos serão através do contato com outros textos, experiências e o conhecimento adquirido dos alunos que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão e interesse dos mesmos. Para tanto se organiza a atividade didática pedagógica por meio de textos, diálogos, exercícios de descobertas de regras e do funcionamento da língua, e descoberta de sons por meio de atividades fonéticas. Assim o

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professor busca em sala de aula um espaço de desenvolvimento de atividades significativas, usando todos os recursos didáticos possíveis como: exposição dialógica (Vice-Versa), exposição via televisão TV-PENDRIVE, DVD de filme, documentário, clipe, etc. Exposição de transparências via retro projetor, TV multimídia elaboração de fichamentos, resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, utilização de recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, DVD), a fim de que o aluno vincule o que é estudado com a sua realidade. Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99 e Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Direitos Humanos (Resolução 01/12 – CNE/C) além dos temas como consumismo, sexualidade (Lei 11733/97), Violência contra a Criança e o Adolescente (Lei 11.525 e Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90), Prevenção do uso de drogas (Lei 11343/06), Estatuto do Idoso (Lei 1074/03), Educação para o Transito (Lei 9503/97), Educação Alimentar e Nutricional (Lei11947/09) que serão abarcados nos diversos gêneros textuais que serão apresentados e articulados em cada série. E espera-se que os alunos se apropriem de significados construídos historicamente e que isto lhes possibilite integrar-se no mundo atual, compreendendo a grande diversidade cultural.

Também será feito o hasteamento e execução do Hino Nacional (Lei 12031/09) assim como hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) de acordo com a programação escolar.

A escola tem um grupo de pessoas que foram capacitadas através de cursos oferecidos pela mantenedora para compor a brigada escolar. Há previsto em calendário dias para treinamento da comunidade escolar a fim de prepará-los para reagir corretamente diante de uma situação de incêndio no prédio da escola. (Decreto 4837/12).

AVALIAÇÃO A avaliação procura acompanhar o desenvolvimento das atividades de forma processual e contínua, verificando todos os passos do processo ensino- aprendizagem de cada aluno. Trata–se de um processo que visa orientar o trabalho pedagógico, nas medidas em que fornece a visão e o resultado das estratégias utilizadas nas aulas como mecanismo de ensino. As atividades produzidas em sala de aula construirão diagnósticos em torno do desempenho da turma, e do estudante em particular, procurando aperfeiçoar as técnicas quando os objetivos não forem constatados. Entende-se que a avaliação necessita cumprir seu verdadeiro significado, assumindo a função de subsidiar a construção da aprendizagem. Partindo desse princípio, a avaliação precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da aprendizagem de conteúdos, uma vez que ela é parte do processo e tem como objetivo principal subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, no processo ensino-aprendizagem. Nessa perspectiva o envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para a organização das avaliações ao longo do processo da aprendizagem.

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Leitura

Espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto; Identifique a ideia principal do texto; Identifique o conteúdo temático; Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto; Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual; Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo; Analise as intenções do autor; Identifique e reflita sobra as vozes sociais presentes no texto; Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a

referência textual; Amplie seu léxico e as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e

elementos culturais. Oralidade

Espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou

informal); Apresente suas ideias com clareza, coerência; Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; Organize a sequência de sua fala; Respeite os turnos de fala; Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; Exponha seus argumentos; Compreenda os argumentos no discurso do outro; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando

necessário em língua materna); Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

Escrita

Espera-se que o aluno: Expresse suas ideias com clareza; Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do

professor, atendendo: Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); À continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, etc; Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e

função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio,etc; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

em conformidade com o gênero proposto; Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos atrelados aos gêneros trabalhados; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual.

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Recuperação de estudos Em consonância com a concepção metodológica proposta nas DCE e no PPP desta escola a recuperação de estudos se fará na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo assim que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento, por meio de metodologias diversificadas e participativas, portanto ela estará intrinsecamente ligada ao ensino. A recuperação de estudos será concomitante ao processo letivo, e terá por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão as vias para que o professor perceba os conteúdos que não foram apreendidos e que serão retomados no processo de recuperação de estudos.

BIBLIOGRAFIA AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003. BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996. ______. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio – Versão preliminar – 2009. ______. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Orientações Curriculares de Língua Estrangeira. Curitiba: SEED/DEF,2008. COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001. GIMENEZ, T. Inovação Educacional e o Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.2, 1999. L PAIVA, V.L.M. O lugar da leitura na aula de Língua Estrangeira. Disponível em:<www.veramenezes.com>

LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998. PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English. São Paulo: Moderna, 2000. ROJO, R.H.R.; MOITA LOPES, L.P.M. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In: SEB/ MEC (org.) Orientações Curriculares do Ensino Médio. 1 ed. Brasília: MEC/ seb, 2004.

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LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita, de modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, interagindo em diversos contextos sociais, pois a língua não é estática e evolui consideravelmente.

Portanto, o professor deve assumir uma postura profissional e pessoal diferenciada para se colocar diante desse desafio, usando metodologias inovadoras que propiciem ao educando produzir o conhecimento necessário e indispensável para que ele possa evoluir e participar ativamente do meio em que vive.

É no processo educativo, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimorar sua competência linguística, garantindo, então, uma inserção ativa e crítica na sociedade. Logo, é na escola que o educando, e mais especificamente o da escola pública, deve encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, o educando aprende a ter voz e usufruir, com competência linguística, da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões. É no processo de interação social que a palavra significa, o ato de fala é de natureza social (BAKHTIN/VOLOCHINOV,1999, P.109). Isso implica dizer que os homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles “penetram na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar”, postula Baktin/Volochinov (1999,p.108). Nesse sentido, ensinar a língua materna, a partir dessa concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que seus significados são social e historicamente construídos.

Nessa perspectiva, o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa visa lapidar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles compreendam os discursos que os cercam e tenham condições de interagir com tais discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando múltiplas opiniões. Desse modo, é primordial que a escola se torne um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do educando, para que ele se envolva nas práticas do uso da língua, quer seja de leitura, oralidade e escrita.

Assim, a Língua Portuguesa como fonte inesgotável de recursos tanto na oralidade como na escrita, deve ampliar o universo do educando, tornando-o cidadão culto e conhecedor das regras que envolvem a dinâmica da nossa língua, como objeto de estudo e aprendizado da língua.

OBJETIVOS

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A disciplina de Língua Portuguesa visa desenvolver saberes que permitam ao educando interagir nas mais diversas situações de uso da língua portuguesa, bem como que ele encare a língua como instrumento de comunicação e formação pessoal. Além disso, terá também não só uma fonte de conhecimento, mas sobretudo um mecanismo que permite assumir uma postura crítica diante das situações e problemas do dia a dia.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BASÍCOS: Leitura, oralidade e escrita. Conteúdos Básicos 6ºANO LEITURA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Argumentos do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem. ESCRITA

Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Elementos composicionais; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafo; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no teto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE

Tema do texto; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas;

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Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, recursos semânticos. Conteúdos Básicos 7º ANO

LEITURA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem. ESCRITA

Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas, Coerência e coesão textual, função as classes gramaticalismo texto, pontuação, recursos gráficos ( Como aspas, travessão, negrito), Figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal; ORALIDADE

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; Semânticas. Conteúdos Básicos 8º ANO

LEITURA

Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção;

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Intertextualidade; Vozes sociais presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos; Semântica; Ambiguidade; Operadores argumentativos; Sentido figurado; Expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA

Conteúdo temático; Contexto de produção; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Intertextualidade; Vozes sociais presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas, Coerência e coesão textual, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( Como aspas, travessão, negrito); Concordância verbal e nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Semântica; Ambiguidade; Operadores argumentativos; Sentido figurado; Expressões que denotam ironia e humor no texto; Significado das palavras. ORALIDADE

Conteúdo temático; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas..., Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras) Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; Elementos Semânticos; Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc); Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.

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Conteúdos Básicos 9º ANO

LEITURA

Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Discurso ideológico presente no texto; Vozes sociais presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectiva do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas travessão e negritos; Semântica; Operadores argumentativos; Polissemia; Expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA

Conteúdo temático; Contexto de produção; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Intertextualidade; Vozes sociais presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectiva do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas travessão e negrito; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; Vícios de linguagem; Semântica: operadores, argumentativos, modalizadores, polissemia. ORALIDADE

Conteúdo temático; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas... Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras);

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Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos; Semântica; Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc); Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito; Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto. METODOLOGIA

Os professores têm o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que isso se efetue na prática, as atividades propostas serão orientadas pelas práxis mencionadas abaixo:

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

Inferências de informações implícitas ;

Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para

interpretação de textos;

Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto;

Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

Contação de histórias;

Narração de fatos reais ou fictícios;

Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

Produção textual;

Revisão textual;

Reestruturação textual;

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de: gêneros selecionados para leitura ou audição; textos produzidos pelos alunos; dificuldades apresentadas pela turma.

Recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos que serão utilizados: ( TV pen drive, rádio, cd player, retroprojetor, data -show, jornais, revistas, quadro de giz...);

É mister que a escola visa à cidadania e formação total do educando, para isso é imprescindível que determinados assuntos façam parte do cotidiano escolar, mas que não se tornem conteúdos com fins avaliativos. Esses assuntos além de serem uma proposta de letramento voltada à realidade do educando, permitem-lhe que seja visto como pessoa e respeitada em sua especificidade, pois ele possui uma história de vida a qual é única. Além disso, o educando já tem uma bagagem cultural, social e cognitiva que se utilizadas em sala tornarão as aulas dinâmicas, desencadeando, desse modo, ações que fomentem discussões e consequentemente permitirão que os educandos produzam seus próprios conhecimentos e utilizem no seu meio em que vive.

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Portanto, para o melhor exercício da cidadania, os temas serão contemplados de forma: a resgatar valores, a cultura local e regional e a sensibilidade do educando; acabar com preconceito e incutir a ideia de que se deve valorizar e respeitar o conhecimento dos idosos; despertar no educando o discernimento sobre a função social do tributo, visando a formação da consciência tributária, bem como o exercício da cidadania, direcionando-o, então, no tocante a competência e habilidades a serem construídas; Instigar nos educandos que todos têm direito à vida, à liberdade, à opinião, à expressão, ao trabalho e à educação, independente de qualquer condição e sem discriminação; suscitar no educando que a alimentação é fundamental na formação de hábitos e atitudes saudáveis; persuadir no educando que a educação para o trânsito é uma questão de cidadania, educação e direitos humanos. Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto 11); Violência contra a Criança e Adolescente ( Lei Federal 11525/07) e ECA (8069/90); Execução do Hino Nacional ( Lei 12031/09); Educação Ambiental (Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação 04/13); Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03); Educação para o trânsito (Lei 9503/97); Educação Alimentar e Nutricional ( Lei 11947/09); Direitos Humanos (resolução 01/12 CNE/CP); Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional ( 12031/09); Música ( Lei 11769/08 e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares ( Decreto 4837/12).

No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa sobra a história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08), ao Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº 11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas( Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei 11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das diferenças existentes em nosso meio, abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o educando entenda que por trás das diferenças existe um ser humano com seus valores e sua concepção de vida, que faz dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo ainda mais o aspecto cultural do nosso país.

AVALIAÇÃO

A Lei 9394/96, ao estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional, permitiu criar condições legais para que cada escola organizasse dentro de seu alcance os objetivos propostos na Constituição de 1988 em relação à educação. Tais metas espelham o anseio da sociedade brasileira de ter educados todos os seus cidadãos, zelando por medidas de não-exclusão dos educandos pelo sistema escolar, quer pela garantia de vagas ou pela efetivação de uma aprendizagem bem sucedida.

A avaliação tem sido tradicionalmente usada na escola para orientar a organização de turmas, dentro de um modelo educacional que pressupõe uma ampla competência básica a ser dominada por todos os educandos em um determinado período de tempo. Possibilitando a eles um aprendizado eficiente

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de acordo com a série que cursou durante certo período escolar. Sendo que a sua progressão deve acontecer de forma a garantir o seu acesso à série seguinte com domínio de conteúdos para o seu efetivo avanço em sua vida escolar.

Conforme deliberação do CEE/07/99 a avaliação deverá estar coerente com as DCEs, o PPP e o Regimento Escolar.

No processo avaliativo serão usados instrumentos para avaliar o educando tais como: seminários, apresentação de trabalhos, debates, trabalhos, discussões, provas, produção textual, etc.

A recuperação de estudos será ofertada a todos (as) os (as) educandos (as), independente dos resultados por eles (as) obtidos e que os (as) educandos (as) terão a cada atividade realizada a oportunidade de recuperar notas e conteúdos por período trimestre, conforme previsto por lei e determinada no Regimento Escolar. Assim, se espera que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas no texto; Emita opiniões a respeito do que leu; Amplie o horizonte de expectativas; Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal); Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas; Expresse suas ideias com clareza; Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...); Diferencie a linguagem formal da informal; Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes... Amplie o léxico. BIBLIOGRAFIA PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. DCE's - Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná. ZUIN,Poliana Bruno; REYES,Cláudia Raimundo. O Ensino da Língua Materna - Dialogando com Vygotsky, Baktin e Paulo Freire. 2012. Ideias & Letras. KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1990; PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. 2. ed. Curitiba: 1992; PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: versão preliminar; Curitiba: 2006.

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SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 22. ed. São Paulo: Cortez, 1996. SILVA, Tomaz T.; MOREIRA, Antônio F. (org.). Territórios Contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. Petrópolis, Vozes, 1995. SOARES, Magda B. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

MATEMÁTICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática. Contudo, como campo do conhecimento, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das atividades comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujos conhecimentos e ensino voltaram -se às atividades práticas. O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste conhecimento, denominado de matemática de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais (RIBNIKOV, 1987). Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construções de portos, canais, pontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra. No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos últimos séculos. As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições

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para um ensino baseado nas explorações, indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003). Embora as discussões sobre a Educação Matemática remontem ao final do século XIX e início do século XX, no Brasil, as produções nesta área começaram a se multiplicar com o declínio do Movimento da Matemática Moderna, mais precisamente a partir da década de 1970. No encaminhamento metodológico é importante que o professor reflita sobre sua concepção de Matemática enquanto campo de conhecimento, levando em consideração dois aspectos:

pode -se conceber a Matemática como algo pronto e acabado tal como nos livros didáticos que se encadeiam de forma linear, sequencial e sem contradições;

pode -se conceber a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de elaboração, de modo a levantar questionamentos, dúvidas e contradições.

A Educação Matemática é um campo de estudos que possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como atividade humana em construção. Pela Educação Matemática, almeja -se um ensino que possibilite aos educandos análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende -se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade. A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações, para compreender e elaborar ideias. É necessário que o educando aprenda a expressar-se verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas, diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre outros. Compreendendo o caráter simbólico desta linguagem e valendo -se dela como recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano. Entender que enquanto sistema de códigos e regras, a matemática é um bem cultural que permite comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade. A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída, e reconstruída, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio de ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando meios para sua superação de desafios. OBJETIVO A Matemática tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de habilidades no sentido de observar e analisar regularidades matemáticas; centrado na prática pedagógica que engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem o conhecimento matemático e outras áreas do conhecimento, visando a formação global do cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias, das artes e dos valores nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL Números e Álgebra Grandezas e Medidas Geometrias Funções Tratamento da Informação CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos: Sistema de Numeração Decimal e Não Decimal. Números Naturais; Números Fracionários Números Decimais. Potenciação e Radiciação. Múltiplos e divisores

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos: Medidas de comprimento Medidas de massa Medidas de área Medidas de volume Medidas de tempo Medidas de ângulo Sistema monetário.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Conteúdos Básicos:

Dados, Tabelas e gráficos Porcentagem

GEOMETRIAS Conteúdos Básicos:

Geometria Plana Geometria Espacial.

7ºANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos:

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Números inteiros Números racionais. Equação de 1º Grau com uma incógnita. Inequações do 1º grau Razão e proporção Regra de três simples

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos: Medidas de ângulos Medidas de temperatura;

GEOMETRIAS

Conteúdos Básicos: Geometria Plana Geometria Espacial. Geometrias Não -Euclidianas;

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdo Básico: Pesquisa Estatísticas Média Aritmética Moda e Mediana Juros simples

8º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos: Números racionais Números irracionais Equação do 1º grau Sistema de equação do 1º grau Potências Monômios e polinômios

Produtos notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos: Medida de comprimento;

Medida de área; Medidas de ângulos. Medidas de volume

GEOMETRIAS

Conteúdos Básicos:

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Geometria Plana Geometria Espacial.

Geometria Analítica; Geometrias não-euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básicos: Tabelas, gráficos e informação; População e amostra.

9º ANO NÚMEROS E ÁLGEBRA

Conteúdos Básicos: Números reais

Propriedades da potenciação e radiciação; Equação do 2º Grau; Equações biquadradas; Sistemas de equações do 2º Grau; Inequações do 2º Grau; Sistemas de inequações do 2º Grau; Teorema de Pitágoras; Regra de três composta. Equações irracionais

GRANDEZAS E MEDIDAS

Conteúdos Básicos: Relações métricas no triângulo retângulo. Trigonometria no Triângulo Retângulo;

FUNÇÕES

Conteúdos Básicos: Noção intuitiva de Função Afim . Noção intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS

Conteúdos Básicos: Geometria Plana Geometria Espacial.

Geometria Analítica; Geometria Não -Euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Conteúdos Básicos: Noções de Análise Combinatória; Noções de Probabilidade;

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Estatística; Juros Compostos.

METODOLOGIA Articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em áreas distintas e sem vínculos. Os conteúdos propostos bem como o Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002) serão abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:

Resolução de problemas;

Modelagem matemática;

Mídias tecnológicas;

etnomatemática;

História da Matemática;

Investigações matemáticas. As tendências metodológicas têm grau de importância similar entre si e complementam -se umas às outras. Na resolução de problemas, o educando tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta. Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem a conclusão final. Segundo Polya (2006), as etapas da resolução de problemas são: compreender o problema, destacar informações, dados importantes do problema para a sua resolução, elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova estratégia, se necessário, até chagar a uma solução aceitável. Resolver problema é mais que uma frase; é o feito específico da inteligência é dom específico do homem. A maior parte de nossos pensamentos conscientes está ligada a problemas: quando nos satisfazemos é simples meditações ou devaneios, nossos pensamentos estão dirigidos para um fim. Resolver problema caracteriza a natureza humana, e para muitos educadores é a principal razão de se ensinar matemática. A opção metodológica do resultado de problemas, garante a elaboração de conjecturas, a busca de regularidades a generalização de padrões e exercício da argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do conhecimento matemático. Resolver um problema que não

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significa apenas a compreensão da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da resposta certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação à aquilo que está sendo estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob esta perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução, permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que conduzi ao resultado. A etonomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan D'Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. Tomando o campo da matemática como exemplo, numa perspectiva etnomatemática, o ensino ganha contornos e estratégias específicas, peculiares ao campo perceptual dos sujeitos aos quais se dirige. A matemática vivenciada pelos meninos em situação de rua, a matemática desenvolvida em classes do ensino supletivo, a geometria na cultura indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto cultural e social na qual estão inseridas. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. A modelagem matemática pode ser entendida como uma abordagem de um problema não matemático por meio da matemática onde as características pertinentes de um objeto são extraídas com a ajuda de hipóteses e aproximações simplificadoras e representações em termos matemáticos são determinadas. No entanto, a modelagem matemática como estratégia de ensino e aprendizagem oferece contribuições que vão além da possibilidade de interação da matemática com a realidade (ALMEIDA e BRITO, 2003). Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas do mundo. O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do educando nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, encontrar modelos matemáticos que respondam essas questões. No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas. O uso de mídias tecnológicas existentes e em condições de produzi-las e/ou usá-las, enquanto mídia educativa, torna o ato de estudar mais agradável e interessante. Esses recursos podem propiciar interesse no estudo e ampliar as condições de análise no educando. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada

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época. A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problemas, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática. A prática pedagógica de investigações matemáticas podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no educando a capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais. Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13), Violência contra a criança e o adolescente(Lei nº 11525/07), Música (Lei nº 11769/08, resolução 07/10 e 02/12), Educação Fiscal e Tributária (Decreto 1143/99, Portaria 413/02), História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação 07/06), Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03), Sexualidade Humana (Lei 11733/97), Educação para o Trânsito (Lei 9503/97), Prevenção ao uso de Drogas ( Lei 11343/06), Educação Alimentar e nutricional ( Lei 11947/09), Direitos Humanos ( Resolução 01/12 – CNE/CP), Brigadas Escolares ( Decreto 4837/12) serão abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução do Hino Nacional (Lei 12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definido. A escola tem um grupo de pessoas que foram capacitadas através de cursos oferecidos pela mantenedora para compor a Brigada escolar. Há previsto em calendário dias para treinamento da comunidade escolar a fim de prepará-los para reagir corretamente diante de uma situação de incêndio no prédio escolar. (Decreto 4837/12). Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata -se que ela é um recurso útil para a verificação de resultados, correção de erro, favorece a busca de percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de situações-problemas, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos, mas sem dúvida, é apenas mais um recurso. Nenhuma dessas tendências metodológicas apresentadas esgota todas as possibilidades para realizar com eficácia o processo de ensinar e aprender Matemática, por isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação

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entre elas. AVALIAÇÃO As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da aprendizagem (LUCKESI, 2002). Com o objetivo de superar tal prática, considera- se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo de ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao professor a reorganização do processo de ensino. Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que podem exigir formas diferenciadas de atendimento alterações de várias naturezas na rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de seus avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele. Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de constante observação e registro do que foi observado. Uma forma de organizar esse registro, para que tanto o professor como o aluno, possam ter uma visão do próprio crescimento, é a adoção de pastas individuais contendo as produções dos alunos e o parecer sobre o desempenho obtido em cada uma delas, sendo imprescindível partilhar com eles, a análise de suas produções, para que desenvolvam a consciência de seus avanços e dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre produto final, mas sobre o que aconteceu no caminho percorrido. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor se o aluno:

comunica -se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

compreende por meio da leitura, o problema matemático;

elabora um plano que possibilita a solução do problema;

encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

realiza o retrospecto da solução de um problema. Os instrumentos avaliativos na Matemática podem ser diversos: prova escrita, listas de exercícios debatidas em sala de aula, montagem e resolução de problemas (desafios) do cotidiano, maquetes, trabalhos em grupos ou individuais, entre outros. A recuperação de estudos é feita concomitantemente com as atividades avaliativas, detectando na avaliação o que o educando não aprendeu e retomando o conteúdo de forma diferenciada.

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BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, L. M. W e BRITO, D.S. Modelagem matemática na sala de aula: algumas implicações para o ens. e aprendizagem da mat. Anais do XI CIAEM, Blumenal, Rs, 2003.

BURIASCO, R.L.C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J.P.; MARTINS, P.L.O.; JUNQUEIRA, S.R.A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p. 1-37. 1995. LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_profissional_em_educação_Matemática-Erica2108.pdf>Acesso em 12 agosto de 2010.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MACHADO,N.J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimental da Faculdade de Educação – UNICAMP – Pró-posições. Campinas, n. 1[10], p. 25-34, mar. 1993. MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p. 13-44. MIGUEL, A. MIORIM, M. A. Historia na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonteç: Autêntica, 2004. MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização. Campinas, 1995. 218.f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdades de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1993. PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas

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e consequências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993. PONTE, J. P. et al. Didática da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997. POLYA, G. A arte de Resolver problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006. RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos.In: Escola Técnica de Saúde Joaquim Venâncio (org). Temas de Ensino Médio: Trilhos da Identidade. 1 ed. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2004, v.1, p.65-76. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997. SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W.R. (org.). Euclides Roxo e a modernização do ensino de matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p.11-45.

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ENSINO MÉDIO

ARTE

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,

ampliando o repertório cultural do aluno à partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento, apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas, concretizada através da percepção, da análise, da criação/produção e contextualização histórica. A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade, expressa visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos, ideológicos e sócio-culturais. No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem. No ensino médio, a disciplina de Arte dá ênfase a associação da arte com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia. OBJETIVO GERAL

Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em consideração o valor educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com que o aluno possa conhecer, produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos e se apropriar do patrimônio artístico cultural presente na comunidade e região. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos formais Movimentos e períodos Tempo e espaço CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Artes Visuais - Arte Primitiva Arte das primeiras civilizações

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Arte greco-romana Dança - conscientização corporal: corpo, tempo e espaço. Música - Música Primitiva ritmo, altura, intensidade, densidade. Teatro -textos dramáticos Personagens e ação Artes Visuais – Colagem, assemblagem e instalação. Dança - Improvisação coreográfica Música – Gêneros musicais do século XX. Teatro – Teatro Político, improvisação, teatro invisível e jogos teatrais. Artes Visuais -Vanguardas: Cubismo, fauvismo, dadaísmo, surrealismo, Expressionismo, abstracionismo, Pop Art, Op Art Dança - Dança moderna. Música - Música Moderna Dodecafonismo, música serial. Teatro - Teatro Moderno Teatro do Oprimido Artes Visuais - Arte Contemporânea Instalação Cinema Dança - Improvisação coreográfica Dança Teatro contemporâneo Música - Música Contemporânea erudita Sons simultâneos, harmonia vocal Teatro - Performance Jogos teatrais MOVIMENTOS E PERÍODOS Artes visuais, música, teatro e dança Arte pré-histórica Realismo Arte no Antigo Impressionismo Egito Expressionismo Arte Grecoromana Fauvismo, Cubismo Arte Précolombiana Abstracionismo, Dadaismo Arte Oriental Construtivismo, Surrealismo Arte Africana Op-art Arte Medieval Pop-art Renascimento Neoclassicismo Teatro pobre Teatro do oprimido Teatro do absurdo Musical serial Musica eletrônica Rap, Funk, Tecnologia Musica

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Minimalista Arte- engajada Hip-Hop Dança moderna Dança Contemporânea Vanguardas Artísticas Arte Naif Arte Popular Arte brasileira Arte Paranaense Indústria cultural METODOLOGIA A prática pedagógica em Artes contemplará as Artes visuais, a dança, a música e o teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre a Arte e a sociedade. Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da produção artística, seus registros são algumas estratégias para se concretizar os trabalhos. Formas interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de pensar sobre a arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação. Através da articulação dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado, possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus elementos constitutivos. Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas vinculadas através de atividades de familiarização com as variadas linguagens artísticas cujos materiais utilizados e os conteúdos abordados sejam entendidos como instrumentos da interação com o mundo artístico, através de reflexão e exploração das possibilidades expressivas, possibilitando que sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.

Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos.

AVALIAÇÃO

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A avaliação é diagnóstica e processual, ou seja, uma ação pedagógica guiada pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas pelos alunos. Isso implica em conhecer como os conteúdos de arte são assimilados pelo aluno a cada momento. Será valorizado a produção artística, respeitando-se as diversidades (étnicas, culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc.) de cada aluno, pois é necessário conhecer o processo pessoal de cada um e sua relação com as atividades desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos a separá-los, observando os trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais, revistas, impressos desenhos e outros). O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a imitação e criar formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada sobre arte, reconhecendo a ação do homem em sociedade através de produções artísticas. No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento pessoal de todos os alunos é fator fundamental para aprendizagem em arte, área em que a marca pessoal é fonte de criação e de desenvolvimento. A disciplina pretende: Utilizando seminários, debates, pesquisas, provas, produção de textos, trabalhos em grupo e individual com apresentações ,criar formas singulares de pensamento, apreender e expandir potencialidades, perceber, analisar e contextualizar a produção/criação artística, expressão, manifestação e comunicação por meio das linguagens artísticas. BIBLIOGRAFIA BARBOSA, A. M. (org) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996. BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo, Educ/Faepsp/Cortez, 2002. FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993. FISCHER, Erneste. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. MARQUES, I. Dançando na escola. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.

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REGO, Ligia Maria da S. Mestres das Artes. São Paulo: Moderna, 1996. RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003. VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

BIOLOGIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as necessidades de conhecimento vinham de modo a garantir a sobrevivência da espécie, onde a curiosidade e o intelecto desenvolvido do ser humano levaram a observação dos diferentes tipos de seres vivos, que eram encarados unicamente como alimento.

Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos seres vivos, dos fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com isso surgem diferentes concepções de vida.

É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da vida sofreram a influencia do contexto histórico dos quais as pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essas mudanças conceituais, resultando no surgimento da ciência biológica e de todos os seus ramos.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas em modelos elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a sua diversidade de manifestações. Sendo assim, a Biologia deve subsidiar a análise e a reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levando -se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos.

É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade social e o saber científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de todo conhecimento biológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos e em que época.

É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando -o a conceitos oriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do significado dos conteúdos para a formação do aluno neste nível de ensino. OBJETIVOS

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Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando para problemas existentes e incitando à responsabilidade.

Estimular o posicionamento consciente dos alunos dos alunos diante de situações de seu cotidiano.

Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e apresente o conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem atemporal.

Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.

Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas e aplicá -las a situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os conteúdos biológicos, que identificam os diversos campos de estudos da Biologia.

Tomando por base as DCEs - Diretrizes Curriculares de Ensino, foram definidos como tais os seguintes:

Organização dos seres vivos Mecanismos biológicos Biodiversidade Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.

Conforme Lei 11645/08 referente aos desafios contemporâneos faz-se necessário na disciplina de Biologia destacar que os mesmos fazem parte dos conteúdos estruturantes e básicos, bem como Drogas, Sexualidade, violência, Cultura Afro e Indígena. Organização dos Seres Vivos.

Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão geral de noções taxionômicas dos seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar os seres vivos dentro de sua categoria taxionômica correta.

Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco, ancestrais comuns.

Clarear para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de classes zoológicas e botânicas. Mecanismos Biológicos.

Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas orgânicos tanto do ponto de vista morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o estudo da bioquímica celular, molecular e a histologia, envolvendo todos os graus de complexidade, aonde qualquer disfunção em nível celular cause transtornos no organismo como um todo. Biodiversidade - Ecologia.

Todos os seres independentemente de sua organização e complexidade, estão inseridos dentro de um ambiente altamente complexo, interagindo tanto de forma simbiótica como de forma deletéria.

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As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem para os processos de seleção, evolução e adaptações.

As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição, esgotamento de reservas, uso inadequado de recursos naturais) conhecidos como Impactos Ambientais precisam ser bem apropriados e entendidos como condição fundamental para a preservação das espécies, principalmente a humana.

Manipulação Genética.

A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços das ciências, sempre trazem preocupações inerentes a fatos inesperados, consequências não previstas a curto e médio prazo.

Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e eutanásia, o embasamento técnico é altamente conflitante com os valores morais vigentes.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Teorias evolutivas. Transmissão das características hereditárias. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente. Organismos geneticamente modificados.

1º SÉRIE

1º TRIMESTRE

Introdução ao estudo da Biologia e seus ramos Características gerais dos seres vivos: A química das células Ecologia: conceitos básicos, população, comunidade, ecossistema, biosfera, habitat, nicho ecológico, componentes bióticos e abióticos. Níveis tróficos (produtores, consumidores, decompositores, cadeia alimentar e teia alimentar). Fluxo de matéria e energia: pirâmides ecológicas. Relações entre os seres vivos: inter e intraespecíficas. 2º TRIMESTRE

Divisão da Biosfera: noções de biomas e principais tipos de biomas brasileiros. Dinâmicas de populações: fatores que caracterizam uma população e fatores extrínsecos; Noções e tipos de sucessões ecológicas. - Desequilíbrios ecológicos e impacto humano na biosfera

Origem da vida Introdução à Citologia Composição química dos seres vivo

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Formas e constituições celulares Medidas usadas em citologia Observação de células(animal e vegetal) Estruturas celulares e suas funções 3 º TRIMESTE

Metabolismo energético da célula Núcleo e Divisão celular (mitose e meiose) Embriologia animal Histologia animal 2ª SÉRIE

1º TRIMESTRE

Biodiversidade Classificação dos seres vivos Taxonomia e sistemáticas noções fundamentais; Vírus - características e tipos de doenças. Reino monera – características e tipos principais de doenças; Reino protista – características, algas, filo Protozoa (características e endemias) Reino Fungi – características, importância e liquens; 2º TRIMESTRE

Reino plantae - características fundamentais e aspectos evolutivos dos grupos Vegetais; Noções gerais de reproduções do reino plantae – aspectos evolutivos e ciclos Reprodutivos (haplobiontes, diplobiontes e haplodiplobiontes); Algas suas características; Briófitas - características; Pteridófitas - características; Gimnospermas, Angiospermas e suas características; Morfologia externa e fisiologia da raiz, caule, folha, flor, fruto e semente. 3º TRIMESTRE

Reino animal: classificação geral Distribuição dos animais em grupos (organização morfológica e funcional, habitat, endemias, importância, representantes dos filos). Filo porífera, Cnidária, Plathelmintes, Nematoda,Molusca, Arthropoda, Echinodermata, Chordata. Vertebrados (características morfológicas, habitat, importância e principais representantes). Peixes ósseos e cartilaginosos. Tetrápoda (Amphibia, Reptília, Aves, Mammalia Anatomia e fisiologia comparada dos vertebrados (sistema tegumentário, digestório, circulatório, excretor, nervoso e reprodutor do Chordata); Sistema cardiovascular, Sistema urinário; Sistema nervoso e endócrino; Sistema reprodutor; 3 o ANO

1º TRIMESTRE

Evolução humana: Os primeiros hominídeos. Anatomia e fisiologia humana- Sistema Locomotor. Fisiologia Humana- Sistema Nervoso

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Os sentidos: Tato, Visão, Audição, Paladar e Olfato. Fisiologia Humana: digestão e nutrição. Respiração, Circulação e Excreção - Sistema Hormonal e Reprodução. 2º TRIMESTE

Introdução ao estudo da Genética: conceitos e histórico Primeira Lei de Mendel : cruzamentos, probabilidades e genealogias. Ausência de dominância. Genes letais, codominância, alelos múltiplos. - Segunda Lei de Mendel-diibridismo, triibridismo e poliibridismo; Polialelia: alelos múltiplos; genes letais; sistema ABO, fator Rhesus; -Grupos sanguíneos do sistema MN; Herança do sexo: cromossomos sexuais, herança ligada ao sexo, herança restrita ao sexo, herança influenciada pelo sexo e alguns casos de alterações cromossomiais. Interação gênica- epistasia, herança quantitativa e pleiotropía. 3º TRIMESTRE

Linkagen e mapeamento genético. Evolução: mecanismos evolutivos; evidências da evolução; genética das populações. Biotecnologia: enzima de restrição, Identificação de pessoas, mapeamento dos cromossomos; DNA recombinante e organismos transgênicos; clonagem de DNA e organismos multicelulares; terapia gênica, vacinas gênicas. Ecologia – conceitos TEMAS SÓCIO EDUCACIONAIS

Segue em anexo as Leis referentes aos temas Sócio-educacionais, as quais serão trabalhadas a medida que o conteúdo exija: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei no 11.645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federaln.°11525/07); Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.°1143/99 - Portaria n.° 413/02); Educação Ambiental (Lei Federal n.°9795/99 - Decreto n.° (4281/02 ); História do Paraná. (Lei n.°13.181/01); Música (Lei n.°11769/08 );Estatuto do Idoso(Lei 10741/03):conteúdos voltados ao envelhecimento , ao respeito e a valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria; Educação para o Trânsito(Lei 9503/97-Código de Trânsito Brasileiro), Brigadas Escolares ( Decreto 4837/2012), Hasteamento de Bandeiras e execução de Hinos ( somente para as estaduais) - Instrução no 013/2012 SUED/SEED e Lei no 12.031 de 21/09/2009, Educação Alimentar e Nutricional e Educação em Direitos humanos - Lei no 11.947 de 16/06/2009, Resolução no 01/2012 – CNE/CP Os chamados “Temas Sócio educacionais” devem passar pelo currículo como condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreender como parte da realidade concreta e explicitar nas múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como :Cidadania e direitos humanos: Educação Ambiental(Lei nº 9.795/99). Educação Tributária e Fiscal (Lei 11.43/99 portaria 413/02); Enfrentamento a Violência e Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei 9.970 de 17.05.2000,

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11.343 de 23.08.2006), Direito das Crianças e dos Adolescente (Lei 11.525de 25.09.2007), Educação Sexual, Gênero e Diversidade sexual, Saúde na Escola, Historia e Cultura Afro-Brasileira (Lei nº 10639/03) e Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08).

Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades dos educando e educadores.

Os “Temas Sócio educacionais” correspondem as questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade e sua dinâmica, dando a mesma importância das áreas convencionais, é necessário que a escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se vêm confrontados no seu dia a dia.

Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.

Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, mas isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem de todos, independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades.

Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares, trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados, assentados, negras e negros, povos indígenas, jovens, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.

Bem como, assumir a continuidade das discussões étnico raciais. Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial atitudes coletivas, as quais devem ser constantes, pois são de grande significado para todos os profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educando e educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no processo educacional.

Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das Relações Étnico raciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de ensino assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o desenvolvimento de uma sociedade democrática, pluri étnica e multicultural.

METODOLOGIA

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Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado. Assim, a uma ideia atribui valor quando ela pode ser frequentemente usada como resposta a questões postas.

Essa ideia, entretanto, se mantida de maneira a impedir novas questões formativas, pode construir um obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento científico bem como a aprendizagem científica.

Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e os conhecimentos humanos, sofreu interferências e transformações do momento histórico social, dos valores e ideologias, das necessidades materiais do ser humano em cada momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a sua interferência, neles interferiu. A metodologia de ensino de Biologia não poderá ser como se estivesse ensinando um conhecimento pronto, acabado, concluído e imutável.

É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a cada novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou não de outro já conhecido. Assim o método experimental não pode ser abandonado, seja apenas para demonstrar o conhecimento adquirido ou para construir um novo. Através de provas objetivas e subjetivas; relatórios de práticas de laboratório de Biologia; apresentação de seminários; apresentação de pesquisas através da Internet; relatórios de visitas em Parques ecológicos e Usinas hidrelétricas; relatórios de Filmes afins; participação com amostras na Semana cultural, Ações de sensibilização e divulgação sobre Saúde e Meio Ambiente. Bem como a utilização das tecnologias e recursos didáticos: como uso da TV pendrive , Data-Show, microscópios ópticos ,computadores, leitor de CD, revistas cientificas, livros didáticos; etc).

O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam os conceitos produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as técnicas utilizadas e os resultados obtidos.

Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com concepções anteriores e estejam fundamentadas e com bases sólidas, deve propiciar um entendimento sobre os problemas que afetam diretamente a vida dos seres vivos e do ambiente, provocando uma reflexão sobre o atual momento histórico social científico - tecnológico.

AVALIAÇÃO

A avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias, sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, com retomada de conteúdos sempre que necessário e a recuperação simultânea.

A avaliação na Disciplina de Biologia, será contínua e constante, seja ela de forma escrita, oral, ou qualquer tipo de manifestação apresentada pelo educando, que caracterize uma apreensão do conhecimento. Pois a interação diária entre professor e aluno, permite ao educador notar e perceber o desenvolvimento do conhecimento cognitivo, apresentado pelo educando, que caracterize uma apreensão. Será considerada a capacidade cognitiva gradativa por série, conforme a faixa etária, que o educando apresenta na compreensão

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das relações dos conhecimentos, envolvido em cada fenômeno, cada fato ou cada ato.

Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno, considerando as mais diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais, literários, bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento empírico, aquele não sistematizado, etc.

Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais diversos meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços na aprendizagem. Em tais instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar produzir textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar, argumentar, defender seus pontos de vista e se posicionar diante de cada evento apresentado. Portanto, a avaliação levará em consideração as múltiplas inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e formalizar o seu conhecimento.

No processo avaliativo será realizado da seguinte forma: no mínimo duas avaliações bimestrais e atividades diversificadas como pesquisas, experiências laboratoriais, leitura de textos de jornais e revistas, debates, produção textual, análise de filmes.

O processo de avaliação visa a julgar como e quanto dos objetivos iniciais definidos, no plano de trabalho do professor foi cumprido. Necessariamente, deve estar estreitamente vinculado aos objetivos da aprendizagem. Além disso, têm a finalidade de revelar fragilidades e lacunas, pontos que necessitam de reparo e modificação por parte do professor. Ou seja, a avaliação deve estar centrada tanto no julgamento dos resultados quanto na análise do processo de aprendizado.

A avaliação é elemento integrador do processo ensino e aprendizagem, visando o aperfeiçoamento, a confiança e naturalidade do processo, como um instrumento que possibilita identificar avanços e dificuldades, levando a buscar caminhos para solucionar.

O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações entre o conhecimento empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades em ler e interpretar textos, fazendo uso das representações físicas como tabelas, gráficos, equações sistemas de unidades, etc.

Outra possibilidade é a verificação do quanto o conhecimento inicial do aluno foi modificado (ou não), dado o desenvolvimento da disciplina. A partir daí, pode gerar uma discussão bastante vantajosa sobre o aprendizado, ao mesmo tempo em que se avalia o quanto, como e por que o aprendizado se deu.

Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está ligada a todas as ações do aluno, levando em conta os pressupostos teórico-metodológicos da disciplina; deverá também ser diversificada, para contemplar as diferentes habilidades apresentadas pelos educandos. Para tanto, entre outros instrumentos que possam se tornar pertinentes no decorrer do processo de aprendizagem serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:

Prova escrita Trabalhos individuais e em grupo Experiências Pesquisa bibliográfica Testes orais e escritos

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Criatividade observada nos trabalhos Produção nas aulas práticas Auto avaliação Debates e seminários

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Verificar assimilação de conteúdos de forma continuada e paralela através da escrita, oralidade, observação, pratica e trabalhos que busquem a critica sobre temas envolvidos e outros que possam estar relacionados aos mencionados em sala de aula.

Sempre que possível ouvir opiniões sobre as aulas e assuntos abordados ou escrever opiniões próprias do assunto para que se expressem.

Finalizando o trabalho para que realmente, os alunos consigam construir os resultados necessários da aprendizagem.

Avaliação através de trabalhos individuais e em grupos; Avaliação do desempenho, interesse e participação em sala de aula; Apresentação de resolução de exercícios, trabalhos de pesquisa e

aplicação dos conteúdos; Avaliação através de provas individuais e descritivas.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

O professor deverá fazer recuperação de todos os conteúdos apresentados, concomitantemente para os alunos que não se apropriarem desse conhecimento, verificando-se as dúvidas e deficiências de aprendizado, procurando trabalhar os conteúdos de uma forma diferenciada e oportunizando nova avaliação, considerando que devemos respeitar o crescimento individual de cada aluno. BIBLIOGRAFIA AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Ed. São Paulo Moderna, 1974 e 1990. BRASIL. Agenda 21 Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília, 2002. CURITIBA. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. ( Rio de Janeiro - 1992) Agenda 21 – Curitiba; IPARDES, 2001. CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhorar nossa Curitiba. Departamento de Tecnologia e divisão Educacional. Departamento de Educação. Curitiba, 1998. CÉZAR E SEZAR. Biologia. Volume único. FAVORETTO, José Arnaldo. Biologia .Volume único.

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FONSECA, Albino. Coleção Horizonte Biologia volume único. Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas. GASPARIN, J.L. Uma didática para pedagogia histórico -crítica. Campinas: Autores Associados, 2002. GIOPPO, Christiane. A produção do saber no ensino de Ciências. Uma proposta de intervenção. JUNQUEIRA E CARNEIRO. Biologia Celular e Molecular. LAURENCE. Coleção Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova Geração 2002. LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3. LOPES, Sônia. Biologia. Volume único. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macro regionais da Agenda 21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba. 2002. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão preliminar. Curitiba. 2004. PÉREZ, Maria Paz. Como Detectar lãs Necessidades de Intervicion – Socioeducativo. Narcea, Madrid, 1991. PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Volume único. SAVIANI, D. Pedagogia histórico - crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores Associados, 1997. DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ – DCE. BIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação – SEED. 2008

BIOLOGIA / VÁRIOS AUTORES – Curitiba SEED- PR, 2008

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EDUCAÇAO FÍSICA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA Como disciplina escolar, a Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição interdisciplinar. A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização, e como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico, favorecendo a formação humana. Deve-se considerar que a Educação Física abrange todas as áreas propiciando uma educação voltada para a consciência crítica, oportunizando ao aluno dar novo significado aos seus valores como cidadão. Dessa forma espera-se que por meio da Educação Física os alunos aprendam a reconhecer na convivência e nas práticas, maneiras de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e estabelecendo relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos. A Educação Física deve abordar conteúdos determinantes e culturais, destacando:

A ampliação para além das abordagens centrada na motricidade

Conteúdos que sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade do aluno

As práticas pedagógicas corporais devem primar o desenvolvimento do sujeito unilateral

Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo

Integrar no processo pedagógico a formação humana do aluno A Educação Física propiciará a potencialização das formas de expressão do corpo, considerando sua importância no respeito mútuo ao contato corporal, estabelecendo critérios para aqueles que apresentam dificuldades em realizar as atividades propostas pelo grupo. Pretende-se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o diferente e sejam capazes de se posicionar frente ao mundo, reconhecendo os distintos contextos sociais em que estão inseridos. OBJETIVOS Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania, no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de

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trabalho, adotando atitudes de respeito, solidariedade e cooperação e estimulando todas as formas de manifestações e linguagem corporais, valorizando hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de convívio. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Ginástica Dança Lutas Jogos

CONTEÚDOS BÁSICOS 1º ano

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Esportes Futsal Atletismo Handebol Voleibol Basquetebol

Ginástica Atividade física e qualidade de vida condicionamento físico.

Dança Danças do folclore paranaense,salão e de rua.

jogos Jogos de salão, dramáticos e cooperativos.

2º ano

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Esportes Tênis de mesa Handebol Voleibol Basquetebol

Ginástica Ginástica artística/olímpica, condicionamento físico.

Lutas Lutas com aproximação, com distância, copoeira.

Dança Folclóricas, de salão e de rua.

Jogos Jogos adaptados, de rua

3º ano

Conteúdos Conteúdos Básicos

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Estruturantes

Esportes Handebol voleibol Basquetebol punhobol

Ginástica Alongamento aeróbica localizada

Lutas Jiu jitsu taekwondo esgrima

Dança Hip hop expressão corporal

Jogos Xadrez mímica construção de brinquedos

METODOLOGIA

No decorrer dos períodos históricos, a Educação Física passou por influências de várias correntes de pensamento e por muitas transformações que desencadearam mudanças de comportamento e atitudes no fazer pedagógico e na aprendizagem do educando. No Ensino Médio os alunos já possuem a capacidade de compreensão de sua expressividade corporal. Uma contribuição valiosa são os elementos articuladores: a desportivização, a mídia, a saúde, o corpo, a tática e a técnica, o lazer e a diversidade que terão o compromisso de transformar e fazer da disciplina uma prática pedagógica efetiva.

Através de debates ou palestras colocar os Temas: Articular os conhecimentos artísticos com temas socioeducacionais, que serão trabalhados a partir dos conteúdos pertinentes a cada um, sendo eles: Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescente 8069/90; Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 03/13 História Cultura Afro-Brasileira e Africana - Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena - Lei nº 11.645/08; Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02; História do Paraná – Lei 131801 e Deliberação 07/06; Estatuto do Idoso –Lei 10741/03; Sexualidade Humana – Lei 11733/97; Educação para o Trânsito – Lei 9503/97; Prevenção ao uso de Drogas – Lei 11343/06; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP e Brigadas Escolares – Decreto 4837/12 serão abordados em diversos momentos conforme forem pertinentes, nos conteúdos trabalhados. Hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) e Execução Nacional (Lei 12031/09) serão executados conforme o calendário escolar pré-definidos.

Portanto, se faz necessária a compreensão da Educação Física como disciplina de integração, área de conhecimento que integra o aluno às práticas

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corporais e forma um cidadão capaz de entender o meio, interpretar as ações sociais e políticas e reescrever através de seus movimentos as novas linguagens e concepções a serem apresentadas para o mundo na atualidade. Este ser crítico precisa saber utilizar o seu corpo como instrumento de comunicação, expressão de sentimentos de sentimentos e emoções, de lazer, de trabalho, e também para a melhoria da saúde. É fundamental oportunizar o desenvolvimento de suas potencialidades individuai e no coletivo para crescimento para crescimento do ser em sua totalidade no meio escolar e na comunidade em que vive. AVALIAÇÃO

Historicamente e termo avaliação, vem sendo discutido por professores, mestres, e comunidade escolar, na ânsia de chegar a uma definição, que dê mais segurança na ampliação e na medição de desempenho e das capacidades físicas. Primeiramente a avaliação deverá ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que envolva o conjunto das ações pedagógicas. Está vinculada ao Projeto Político Pedagógico (PPP), com critério estabelecido de forma clara, priorizando a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, conforme as Diretrizes Curriculares da Educação (DCE), o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica, sendo, processual e cumulativa, identificando dessa forma o progresso qualitativo do aluno durante o ano letivo. O processo de verificação de aprendizagem será feito através de avaliações práticas e teóricas, trabalhos escritos, pesquisas, seminários e debates. Para recuperação da aprendizagem, serão oportunizadas atividades diferenciadas do mesmo conteúdo e contexto, supervisionadas pelo professor e equipe pedagógica, em época determinada pelo professor, visando a aquisição do conhecimento por parte dos alunos que por ventura demonstrarem alguma dificuldade ao longo do ano letivo, vindo de encontro com as orientações da Proposta Pedagógica Curricular ( PPC). BIBLIOGRAFIA

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo:Cortez, 1992. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. Existe espaço para o ensino de Eduação Física na escola básica? Pensar e prática. Goiânia, 2: 1-23, jun/jul 1998. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.

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Diretrizes curriculares para o Ensino Médio de Educação Física. Curitiba: SEED/DEM, 2008. SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2001.

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FILOSOFIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Na atual polêmica mundial, acerca dos valores éticos, políticos e epistemológicos, a filosofia tem um espaço a ocupar e permite compreender ideias fundamentais. A filosofia gira basicamente em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua história, os quais por sua vez devidamente utilizados geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam ações e transformações. É por essa razão que eles permanecem atuais.

A Filosofia pode terminar por desencadear, o que não pode ser interpretado como significando que deve voltar-se de modo exclusivo para o engendramento de ações e transformações.

Essa linha de argumentação está na Declaração de Paris para a Filosofia, aprovada nas jornadas internacionais, quando sublinha:

“(...) ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas (...)”.

Considera-se que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente nenhuma ideia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo (...)

Neste sentido entende-se que, pelo menos, três atitudes caracterizam o pensamento filosófico:

Pensar sem restrições – isto significa que o limite não vem de textos sagrados, mitos, tradições ou poder, mas do próprio discurso argumentativo.

Pensar a totalidade – a modernidade cartesianamente fragmentou o saber criando uma fratura entre o mundo do sujeito res cogita e o mundo da extensão res extensa. A epistemologia contemporânea procura religar os saberes, dando uma noção de totalidade.

O modelo argumentativo – por excelência é a dialética no sentido socrático. A racionalidade filosófica se expressa e se desenvolve na capacidade argumentativa.

Portanto, a disciplina de Filosofia pode oferecer um suporte fundamental para o desenvolvimento de pessoas capazes de se auto - determinar, de interpretar a realidade de maneira adequada, de refletir, de julgar criticamente, de interpretar os sistemas simbólicos e de re-elaborar o saber de maneira pessoal e construtiva, possibilitando a formação de sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua cidadania.

Baseado nestes apontamentos entende-se a importância do ensino de Filosofia na Escola é proporcionar aos alunos a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo.

OBJETIVOS

Oferecer um suporte fundamental para o desenvolvimento de pessoas capazes de se auto determinar, de interpretar a realidade de maneira adequada, de refletir, de julgar criticamente, de interpretar os sistemas simbólicos e de reelaborar o saber de maneira pessoal e construtiva,

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possibilitando a formação de sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua cidadania.

Olhar a Filosofia como uma experiência de pensar ligada à vida individual e social, na perspectiva de sujeitos críticos, conscientes, competentes e comprometidos, sujeitos para e com os outros.

A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação, da análise e da criação de conceitos. o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço para que o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de que consiga à sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.

Essa ideia de criação de conceitos como resultado da atividade filosófica no Ensino Médio não deve ser confundida com a perspectiva acadêmica de alta especialização, ou seja, o que se pretende é o trabalho com o conceito na dimensão pedagógica.

- Proporcionar espaço para debates e diálogos sobre a Origem do pensamento racional, bem como a leitura de textos clássicos da Literatura e da Filosofia, com o objetivo de despertar a reflexão crítica e a participação cidadã.

- Propiciar um contato com a Filosofia naquilo que ela tem de específico, a partir de seus principais problemas e autores.

- Desenvolver um aparato conceitual filosófico; - Reelaborar conceitos; - Problematizar situações discursivas; de argumentar filosoficamente; - Formular raciocínio lógico, coerente e crítico; de desmistificar a

realidade; - Fazer um elo entre a teoria e a pratica, o abstrato e o empírico. - Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, reconhecendo momentos de

realização pessoal, superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da sua existência enquanto ser humano;

- Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-as, sem apontar uma hierarquia de valores sem apontar uma referência, mas sim dentro do seu próprio contexto.

- Conhecer a origem e os conceitos filosóficos; - Mostrar as principais características, os métodos, o pensamento e a

influência dos principais filósofos em todas as etapas da história da filosofia; - Apresentar os textos clássicos da mitologia grega; Compreender os conteúdos programáticos: Mito e Filosofia, Teoria do

Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 3.1 - Mito e Filosofia: Relação Mito e Filosofia: - Ordem e desordem; O mito e a Origem de

todas as coisas; O nascimento da Filosofia; A vida cotidiana na sociedade Grega; A razão filosófica e consciência mítica e perspectiva filosófica – narrativas míticas. Atualidade do Mito e o mito hoje.

Saber Mítico e Saber Filosófico - O deserto do Real:- Das sombras ao logos: Mito da caverna (república, livro VII); Do senso comum ao senso filosófico; Racionalização do mito: A questão do conhecimento; Reflexão filosófica e razão científica; Ciência e senso comum.

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O que é filosofia?- Ironia e Maiêutica: - Ironia e Filosofia;; Filosofia como exercício da Ironia; Missão de Sócrates; Ironia na história da Filosofia; Ironia Moderna; Ironia na Música; Ironia em Machado de Assis e Alienação e ironia.

3.2 - Teoria do Conhecimento: A Possibilidade e o Problema do Conhecimento: - “Conhecimento” como

Justificação teórica; Teoria e prática; As fontes do conhecimento; Platão e Protágoras: relativismo e racionalismos; Filosofia e história; Filosofia e matemática; As formas de Conhecimento: Conhecer para transformar;

A Questão do Método - Filosofia e Método: - As Críticas de Aristóteles a Platão; A lógica aristotélica; Descartes e as regras para bem conduzir a razão; Filosofia e Matemática; História: o contexto de descartes;

Perspectiva do Conhecimento: - Penso, logo existo; Hume e a experiência no processo de conhecimento; Kant e a crítica da razão; Crítica da Razão pura; Kant e o iluminismo; Kant e a física.

O Conhecimento e a Lógica: Lógica formal, informal, proposição e os tipos de lógica.

3.3 – Ética: Ética e Moral - A virtude em Aristóteles e Sêneca – Ética e felicidade; A

polis e a felicidade; como atingir a felicidade; felicidade e virtude; Sêneca e a felicidade.

Pluralidade Ética: Contemporânea, Antiga, moderna e medieval, etc. Razão, desejo e vontade relacionados à dimensão da ética e moral. Amizade – Amizade como questão para a Ética; A amizade e a justiça; A

amizade é algo humano; O determinante da Amizade; Amizade e sociedade; O homem: animal racional.

Liberdade – O que é liberdade; Liberdade: a contribuição de Guilherme de Ockham; discussão em torno da liberdade; Liberdade: contribuição de Etienne de La Boétie; Por que os homens entregam sua liberdade? O homem e a liberdade; Os limites da liberdade (Brasil 1968).

Liberdade: Autonomia do sujeito e a necessidades das normas - Liberdade em Satre – Jean-Paul Satre e a liberdade; a existência precede a essência; O homem e a liberdade; O homem é o que ele faz e senso comum ético e a responsabilidade.

Ética e Sexualidade no mundo contemporâneo. Ética e o problema da violência nas suas diversas formas. Como

superar? 3.4 – Filosofia Política: Em busca da essência do Político: - Preconceito contra a política e a

política de fato; O ideal político; os Gregos e a esfera pública; A democracia e o surgimento; a importância da retórica Ateniense; vida pública e a autoridade.

Relações entre Comunidade e Poder; Liberdade e igualdade política; Esfera Pública e Privada; Política e Ideologia; Cidadania formal e/ou participativa; A Política em Maquiavel – A questão do poder; Ética e política; Virtù e

fortuna; O Estado; Maquiavel e a história como método.

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Política e Violência – O Estado como detentor do o monopólio da violência; Origem; O contrato social; Relação entre violência e poder; Desigualdades sociais e violência no Brasil; Direitos sociais e Violência.

A Democracia em questão – Modernidade e individualismo; A concepção liberal de política; Propriedade privada (Loke); Concepções de liberdade em Benjamim Constant; A representação política; Liberalismo e socialismo; A crítica de Marx ao liberalismo; Marx e o marxismo X emancipação humana; Feuerbasch e o conceito de alienação; A essência do cristianismo; Marx e a liberdade; republicanismo e a liberdade antes do liberalismo; A lei como garantia da liberdade; Cidadania ativa; Orçamento participativo e a criação de um novo espaço público.

3.5 - Filosofia da Ciência: Concepção de Ciência o progresso da ciência – 0 que é ciência?

Filosofia e ciência, senso comum e ciência; O universo de Ptolomeu; Galileu e o novo espírito cientifico; Descobertas.

Ciência e Ideologia; Ciência e Ética; Contribuições e limites da ciência; A questão do método Científico; Pensar a Ciência – Filosofia da Ciência; Diferença entre ciência comum

e revolucionária; Revoluções científicas; Progresso na Ciência; As conseqüências sociais e políticas de uma nova ciência;

Bioética – Conceito o que é; Bioética Geral, especial, clínica ou de decisão; Tendências na Bioética; Dimensão histórica da Bioética; Aborto e a Bioética; Educação sexual.

3.6 – Estética: Pensar a Beleza – Busca da beleza; Necessidade da estética; A estética

entre os gregos: Platão, Sócrates e Aristóteles; A estética no renascimento, no mundo Moderno, Contemporâneo; surgimento do belo e as principais idéias dos filósofos a respeito da Estética. Cultura da estética e o belo hoje.

Filosofia e Arte; Estética e Sociedade; Categorias Estéticas – feio, belo, sublime, cômico, grotesco, gosto, etc.; A Universalidade do gosto – O mercado do gosto; Gosto como um fato

social; o Juízo do gosto na Filosofia, na arte; David Hume, Kant o que pensam sobre o belo; Universalização e exigência do gosto e do belo; Belo clássico; Materialismo histórico.

A Arte – A necessidade da Arte; Arte e sociedade; pensamento de Karl Mannheim e Ernst Fischer; Hegel e o espírito absoluto; A arte e a manifestação do espírito; As diversas formas de arte para Hegel;

Orientações Importantes: Além desses conteúdos – procura-se dar uma visão de toda a filosofia, suas correntes, pensamentos, os principais filósofos, seus métodos, teorias e ideias, bem como Questões temáticas atuais, para que o educando possa chegar ao final de cada etapa consciente de ter obtido uma filosofia de qualidade. Serão contemplados os conteúdos básicos referente aos desafios contemporâneos dentro de cada conteúdo estruturante.

Os conteúdos acima serão todos abordados, porém, cada série terá seus conteúdos Estruturantes, seus conteúdos Básicos, Objetivos, Metodologia

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e Avaliação correspondente. Em cada Escola, procura-se adequar os planos de trabalho docente de acordo com a proposta curricular de sua disciplina. Conforme a grade escolar algumas turmas deverão adaptar os seus conteúdos para que possa contemplar no final do ensino médio os conteúdos propostos pela disciplina. A proposta dos três anos do Ensino Médio relativo aos conteúdos Estruturantes: 1ª Série: Mito e Filosofia; Teoria do conhecimento. 2ª Série Ética e Filosofia Política. 3ª Série: Filosofia da Ciência e Estética.

METODOLOGIA

A abordagem teórica metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura – a fim de problematizar e investigar os conteúdos estruturantes e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Quanto à metodologia a ser utilizada na disciplina, seguiremos aqui a sugestão de Deleuze e Guattari; o método consistirá:

Numa SENSIBILIZAÇÃO do aluno para o tema proposto; para tanto serão utilizados filmes, jornais, revistas, livros ou quaisquer outros meios que possam vir a ser utilizados; Só pensamos quando somos instigados a isso por problemas. Pensar é uma necessidade vital motivada pelos problemas; portanto, não basta que o professor apresente aos estudantes problemas artificiais, mas sim que sejam vividos pelos alunos. Através da sensibilização acima proposta o aluno possa fazer o movimento do pensamento e assim possa despertar o interesse por um determinado tema. Em outras palavras iluminação com recursos gerais.

PROBLEMATIZAÇÃO: tornar aquilo que foi sensibilizado num problema, evidenciar o que há de problema naquela situação levantada pelo filme, quadro, livro, etc. Também na problematização se verifica o conceito importante envolvidos no problema; Quanto mais intensa e múltipla for essa problematização, mais elementos a classe e cada educando terão para produzir sua própria experiência de pensamento.

Recorrendo-se aos clássicos da filosofia (autores e obras), será levada a cabo uma INVESTIGAÇÃO de como a tradição postulou e tentou resolver esses problemas. Aqui o professor faz uso da história da filosofia, recorrendo a filósofos que em sua época e em seu contexto pensaram sobre o tema que está sendo abordado. A história da filosofia e os filósofos, tomados como ferramentas para compreender melhor aquele tema ou problema que está sendo investigado, ganham um sentido e um significado especial, não sendo apenas mais um conteúdo a ser abordado simplesmente.

Como um corolário dos três passos anteriores, o aluno passará para a formulação e/ou ressignificação de conceitos, sob a forma de um texto lógico e metodologicamente estruturado.

Esta etapa também chamada de CONCEITUAÇÃO consiste no exercício da experiência filosófica propriamente dita. O Educando recria os conceitos estudando, refazendo ele mesmo o pensamento que levou à sua criação, desde o problema inicial, ou ainda ele é estimulado a criar um novo conceito, que ofereça uma outra forma de equacionar o problema enfrentado. Concluindo: É esse tipo de autonomia e liberdade de pensamento que as aulas

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de filosofia no ensino médio de modo especial nestes primeiros anos podem oportunizar os estudantes ao entendimento e o gosto em filosofar, formando assim jovens conscientes.

Além destas quatro dimensões será utilizada recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como uma forma metodológica que contemple todo o processo filosófico de uma forma coerente: Será utilizado o livro didático Iniciação à Filosofia de autoria da filósofa Marilena Cauí, pois, o mesmo é completo, prático, objetivo e conteúdo são básicos e fundamentais. A metodologia utilizada será constituída também de aulas expositivas, leitura, análise e interpretação de textos clássicos, Laboratório informática, Pesquisas, trabalho individuais em grupo, apresentações; será utilizada também a música, CD, DVD, TV - Rádio, poesia, xérox, livros de referência Projeto e Pesquisas, Tv pen-drive, jornais, revistas, quadro de giz. Neste processo metodológico contemplarei todos estes aspectos e estarei aberto a novas propostas seja dos alunos, Equipe Pedagógica, Ensino e Direção.

Enquanto conhecimento do mundo que cerca o educando o conteúdo deverá ser proposto a partir do cotidiano escolar em sua miscigenação e diversidade. Para tal serão abordadas temáticas como o respeito ao indivíduo como um todo sem raça credo ou posição política. Serão incorporados textos e pesquisa sobra a história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08), ao Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº 11.525/07), sobretudo quando o assunto estiver relacionado a ética. A Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 1143/99 – Portaria nº 413/02), será incorporada em forma de texto e discussões em Filosofia Política. Serão também trabalhados Lei 11645/08 - que trata da obrigatoriedade do ensino sobre a Cultura Indígena; Serão trabalhados ainda - História do Paraná. ( Lei 13181/01); obrigatoriedade do ensino da Música (Lei 11769/08); execução do hino nacional (Lei 12031/09); Estatuto do idoso (Lei 10741/03); Sexualidade humana (Lei 11733/97); Hasteamento e execução do hino do Paraná – instrução 13/12; Resolução 01/12 – CNE/CP; Educação para o transito (Lei 9503/97); Prevenção ao uso de drogas (Lei 11343/06); Educação alimentar e nutricional (Lei 11947/09); e Brigadas escolares – Decreto 4837/12.

Dentro do contexto da escola no ensino fundamental também observa a idade em que os alunos estão sendo inseridos para então definir o encaminhamento metodológico.

A adolescência é uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade. Corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças orgânicas, cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e social.

Piaget afirmava que as mudanças na maneira como os adolescentes pensam sobre si mesmos, sobre seus relacionamentos pessoais e sobre a natureza da sua sociedade têm como fonte comum o desenvolvimento de uma nova estrutura lógica que ele chamava de operações formais.

Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no período da adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente incutido. O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade positiva na infância tem mais facilidade em integrar-se

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socialmente, ou seja, em acatar as regras necessárias para viver em sociedade.

Sendo assim dentro da disciplina o trabalho será pautado nas especificidades da idade que os alunos se encontram, respeitando os em suas particularidades e necessidades, favorecendo a harmonia do convívio em sala de aula que resultará na melhora do processo ensino aprendizagem.

Temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Sexual Gênero e Diversidade Sexual. Os temas serão motivo de pesquisa e projetos desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das diferenças existentes em nosso meio, abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o nosso educando entenda que por trás das diferenças existe um ser humano com seus valores e sua concepção de vida, que faz dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo ainda mais o aspecto cultural do nosso país.

AVALIAÇÃO

Na complexidade do mundo contemporânea com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante diversos elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quanto toma posição e de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e professor.

A avaliação deve ser concebida na sua função, isto é, ela não tem finalidade em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores estudantes e a própria instituição de ensino está construindo coletivamente. Sendo assim, apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da filosofia, do texto ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. A avaliação será harmônica com a metodologia de trabalho, contínua e dar-se-á por meio da participação nas atividades e em grupo, apresentações de seminários, testes escritos e orais, relatórios, auto-avaliações, elaboração de textos filosóficos, pesquisas Laboratório informática levando em conta a capacidade de leitura e interpretação, assim como a produção e o desenvolvimento de conceitos na ação educacional. Portanto, a avaliação estará presente em todos os momentos no processo ensino-aprendizagem, como processo contínuo, gradual e permanente que representa um instrumento, eficiente, eficaz, prático, possibilitando democratizar e auto avaliar os conteúdos educacionais, pois, deverá ser levando em conta a participação em todos os seus aspectos.

RECUPERAÇÃO

A recuperação será feita após a retomada de conteúdos que não foram

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apropriados pelos alunos. Mesmo que os alunos tenham atingido a média, será feita retomada de conteúdos. Será oportunizado ao aluno a recuperação de 100% do valor avaliado.

A recuperação tem por objetivo retomar o conteúdo e elevar o nível de compreensão dos textos para o além da nota em si. Assim, quando da retomada dos textos tal avaliação já se dá quantificada no teor das discussões e enquanto quantificada na totalidade da nota recebida. Caso não haja qualificação consequentemente a quantificação será prejudicada podendo o aluno ser classificado enquanto indivíduo que não adquiriu determinado conhecimento. Contudo, em filosofia, mesmo que o aluno não seja capaz de produzir “conhecimento quantificado e não é esse o objetivo da filosofia no ensino médio”, o mesmo poderá ao menos se fazer valer da transformação individual em nível de comportamento humano em uma sociedade participativa dentro de uma moral, dita habermasiana.

1º ANO DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDO ESTRUTURANTE Mito Filosofia Teoria do Conhecimento CONTEÚDOS BÁSICOS O mito e a origem de todas as coisas. Saber mítico. Relação Mito e Filosofia. O que é filosofia. Diferença entre o filosofar e o aprender filosofia. Para que Filosofia? O Problema do Conhecimento. Possibilidades de conhecimentos. As formas e perspectivas do conhecimento. O Problema da verdade. Conhecimento e lógica. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS. O ensino da Filosofia. O que é um mito. Racionalização do Mito. Alegoria da Caverna de Platão. Mito e filosofia. Diferença entre filosofia e Mito. Funções do mito. Deuses gregos. Mito Hoje. Atitudes filosóficas. O nascimento da filosofia. Principais características da filosofia nascente. O conceito e a utilização da razão em filosofia.

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Filosofia e os autores Gregos. O despertar filosófico na história do homem atual. Campos de investigação da Filosofia A atividade racional Um problema chamado conhecimento. As fontes do conhecimento. Sujeito e Objeto. A Verdade. Nascimento da lógica. Elementos da lógica. O conhecimento como justificativa teórica; Racionalismo e Relativismo; 2º ANO DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDO ESTRUTURANTE Ética Filosofia Política. CONTEÚDOS BÁSICOS Ética e moral. Pluralidade ética. Consciência Moral. Razão, desejo e vontade. Liberdade. A ética Aristótelica. A ética Kantiana. Concepções éticas. Relação entre comunidade e poder. Isonomia. Política e Ideologia. Esfera pública e privada. Cidadania formal e participativa. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Moral e ética. Os valores. Juízos de fato e valor. Responsabilidade. Caráter pessoal e moral. Estrutura do ato moral. A moral na historia. Virtude. História e virtude. Ética e felicidade; Estrutura híbrida; Apriorismo; Vontade. Liberdade. A tipologia das três formas de poder.

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O ideal político. Pensamento político em Platão e Aristóteles. As formas de governo. Maquiavel. Estado e natureza, contrato social, Estado civil. Liberalismo: Francês e inglês Autonomia dos poderes (Montesquieu) A concepção de Estado (Hegel) 3º ANO DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDO ESTRUTURANTE Estética. Filosofia da ciência. CONTEÚDOS BÁSICOS Natureza da Arte. Filosofia e arte. Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, trágico,

cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade. A evolução dos paradigmas epistemológicos. A questão da ciência e a crítica ao positivismo. O problema da relação entre ciência e técnica: a racionalidade

instrumental. Ciência, técnica e tecnologia. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Estética: conceito vulgar, em arte e em filosofia. O que é belo? A imaginação. Funções da arte. Concepções estéticas. O senso comum. Características do senso comum. A técnica. A atitude cientifica. As três principais concepções da ciência. O conhecimento cientifico. Filosofia e Ciência. Método Cientifico.

BIBLIOGRAFIA

ARISTÓTELES. A Política. Edição bilíngüe, grego-português. Tradução Antonio C. Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Veja, 1998. ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 2000.

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CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia: ensino médio, volume único. São Paulo: Ática, 2010. BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento. São Paulo: Martins Fontes, 1990. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (Coleção Trans). HUME, David. Investigação Sobre o Entendimento Humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (col. Os Pensadores). KANT. Dissertação de 1770. Carta a Marcus Herz. Tradução, apresentação e notas de Leonel Ribeiro dos Santos e Antonio Marques. Lisboa: IN/CM,F . C. S. H. da Univ. de Lisboa, 1985. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad.: Pietro Nassetti. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2005. PLATÃO; República. São Paulo: Abril Cultural, 1972. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Tradução de Lourdes Santos Machado. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores). MARÇAL, JAIRO- org. Antologia de textos filosóficos,736 p.- Curitiba, Seed- PR, 2009.

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FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A ciência surge em função da necessidade do ser humano em decifrar o universo que o rodeia, e pela necessidade da resolução dos problemas que surgem em determinados períodos da sua trajetória vivencial. Como ciência, a Física é histórica e busca uma visão do universo em que vivemos, procurando expressar através de modelos, conceitos e definições, amparando-se em teorias aceitas por uma comunidade científica, mediante rigorosos processos de validação. As teorias depois de validadas tornam-se leis universais que possibilitam a estabelecer um conhecimento definitivo sobre um determinado fenômeno. Sendo a ciência que estuda os fenômenos naturais, e como a natureza está em constante evolução, essa ciência não tem caráter estagnado e definitivo, e acompanha as transformações do pensamento humano, evoluindo através de novas tecnologias e teorias científicas. Sua evolução não ocorre apenas no âmbito científico, abrange também um caráter filosófico, pois possibilita questionar as “verdades” ou dogmas instituídos pelo conhecimento empírico. A Física corresponde a um conjunto de conhecimentos estruturados, sistematizados, reconhecidos pela sociedade em geral e, especialmente, pela comunidade científica. O ensino da Física, no Ensino Médio, deve contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza, como parte da própria natureza em transformação. É fundamental apresentar uma física com a qual o aluno possa perceber seu significado no momento em que aprende, não num momento posterior do aprendizado. O conhecimento deve ser voltado a fenômenos significativos com utilização do saber adquirido. O aprendizado de Física deve estimular os jovens a acompanhar as notícias científicas, orientando-os para a identificação sobre o assunto que está sendo tratado e promovendo meios para a interpretação de seus significados. A física contemporânea deve apresentar-se em forma culturalmente significativa e contextualizada, transcendendo naturalmente os domínios disciplinares escritos. É fundamental ressaltarmos a importância de levar em conta os conhecimentos já adquiridos pelos alunos, suas concepções acerca do mundo em que vivem. A interação entre professor-aluno, o diálogo entre aluno-professor-ciência é indispensável na construção do conhecimento pelo próprio aluno. Enfim, a aprendizagem deve ser considerada uma produção cultural, que irá transformar o cidadão, propiciando ao educando uma visão científica e crítica da realidade e das tecnologias em que ele interage, libertando o educando das vendas do universo empírico. JUSTIFICATIVA O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno vive, explicando os fenômenos que acontecem no seu cotidiano e no resto do mundo. Este aprendizado ocorre através da experimentação, demonstração,

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observação, confronto, dúvida, interpretação e construção conceitual dos fenômenos físicos. Neste processo o aluno apropriar-se-á da linguagem própria de códigos e símbolos, desenvolvida pela física, utilizando-a para sua comunicação oral e escrita. Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea. Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física promove a articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que nosso entorno material imediato, capaz, portanto, de transcender nossos limites de tempo e espaço. Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos como conteúdos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física, que a partir de desdobramentos, possam garantir os objetos de estudo da disciplina de forma abrangente. Não se pode negar, aos estudantes, condições para que contemplem a beleza, a elegância das teorias físicas. Ao debruçar-se sobre o estudo de gravitação, por meio do modelo de Newton, em que a força aparece variando com o inverso do quadrado da distância, numa equação que considera a presença da massa, o aluno deveria poder perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta, tão somente, colocar alguns dados para obter uma resposta, mas um resultado que sintetiza toda uma concepção de espaço, matéria e movimento desde que o homem se interessou, movido pela necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos. Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino Médio assume o caráter de terminalidade, os professores de Física da Rede Pública Estadual do Paraná constroem essas orientações curriculares, ressaltando a importância de um enfoque conceitual que não leve em conta apenas a equação matemática, mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social. Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes de refletir e influenciar, de forma consciente, nas tomadas de decisões, é importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo. OBJETIVOS: A Física sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos naturais deve preconizar os seguintes objetivos:

Trabalhar a Física além da matemática aplicada, pois esta é uma linguagem e não um fim, construindo os conceitos físicos através da compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam.

Saber matemática não pode ser um pré-requisito para ensinar Física , ainda que a linguagem matemática seja uma ferramenta para a Física. Entendemos que precisamos permitir aos estudantes de Física que se

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apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas experiências de vida em seu contexto social e que na escola, se fazem presentes no momento em que se inicia o processo. Enfatizando, particularmente, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes, a respeito de alguns conceitos, as quais acabam por influenciar a aprendizagem desses conceitos do ponto de vista científico.

Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos físicos, enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da consciência teórica.

Propor um tratamento qualitativo dos temas da Física moderna, apresentado a Física como ciência em processo de construção.

Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação, por proporcionar uma melhor interação entre professor e alunos e, entre grupos, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes, dentro de um contexto especial que é a escola.

Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que possibilite a formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até suas implicações históricas.

Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, especialmente na questão de meio ambiente, pois é uma das situações impostas neste trabalho, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza, como parte da própria natureza em transformação.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA DE FÍSICA

Os três conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÃMICA E ELETROMAGNETISMO) foram escolhidos como estruturantes por que indicam campos de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos específicos, possam garantir os objetivos de estudo da disciplina da forma mais abrangente possível. CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Momentum e inércia Conservação e quantidade de movimentos (momentum) Variação da quantidade de movimento = Impulso

Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se: • O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada

Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade. Espera-se que o estudante:

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2a Lei de Newton 3a Lei de Newton e condições de equilíbrio

época; • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos • o reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, consideram-se prioritários os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos movimentos, pois se entende que, para ensinar uma teoria a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições vice-versa; presentes na teoria e sua linguagem presentes na teoria e sua linguagem. • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • o contexto social dos estudantes, seu cotidiano e os jogos e brincadeiras que fazem parte deste cotidiano; • as concepções dos estudantes e a História

• formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente; • compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre eles o da Incerteza); • perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória; • compreenda o conceito de massa (nas translações) encontrados; como uma construção científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e o momentum como uma medida dessa resistência (translação); • compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação). Ou

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da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores. Propõe-se uma discussão em conjunto com o quadro teórico da Física no final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecânica, o surgimento do Princípio da Incerteza e as consequências para a • textos de divulgação científica,

seja, que a diminuição do momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro e • associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à concepção de massa e inércia; • entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.) como dependentes o referencial e de natureza vetorial; • perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de movimento translacional ou linear • compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos rotacionais; • perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os translacionais como os rotacionais; • perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo; • aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na

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1a lei de Newton e as noções de equilíbrio estável e instável. • reconheça e represente as forças de ação e reação física clássica; nas mais diferentes situações. literários, etc.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Energia e o Princípio da Conservação da energia

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem pedagógica que considere: • o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época . • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os da obstáculos epistemológicos encontrados; • o campo teórico da Física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a

Espera-se que o estudante perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos externos à Física. Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele: • conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, potencial gravitacional; • perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de energia; • compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema

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utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • textos de divulgação científica, literários, etc • o cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações.

físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia, indicada pela grandeza física potência.

Gravitação Os conteúdos básicos devem ter uma abordagem que considere: • O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada. • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica; a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos

Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma construção científica importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e época movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza até Newton. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele. • Associe a gravitação com as leis de Kepler; • Identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista clássico. • Compreenda o contexto

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encontrados; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • Textos de divulgação científica, literários, etc; • O modelo científico presente na gravitação newtoniana a contemporaneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade Geral.

e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - TERMODINÂMICA

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS BÁSICOS TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Leis da Termodinâmica Lei zero da Termodinâmica 1a Lei da Termodinâmica 2a Lei da Termodinâmica

A abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve considerar: • o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana sujeita ao contexto de cada época; • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção

Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da termodinâmica, composto por ideias expressas nas suas leis e em seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: • compreenda a Teoria Cinética dos Gases com um modelo construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o

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científica, a compreensão dos: conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera se prioritário os conceitos e ideias fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; • Utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e ideias • Textos de divulgação científica, literários, etc.

desenvolvimento das ideias na termodinâmica; • Formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas; • Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema; • Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica; • Compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a importância para a Revolução Industrial a partido entendimento do • Associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor. • Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente; • Identifique dois processos físicos: a) os

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reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere um estudo da entropia; • Compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICO CONTEÚDOS BÁSICOS TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas. Força eletromagnética Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar: • O contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época; • A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados;

Espera-se que o estudante • Compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a fundamentam. • Compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga. • Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a ideia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o

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• O reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações; • Textos de divulgação científica, literários, etc; • Experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.

estudante entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e contribuem para aproximar mediador da interação entre cargas; • Compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos; • Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia os obstáculos epistemológicos carga e o seu movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais; • Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; • Conheça as propriedades elétricas dos materiais, • Conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a condutividade; • Conheça as propriedades magnéticas dos materiais; • Entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo; • Reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas pelos

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líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases; • Compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a corrente elétrica; • Entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes; • Conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica. • Compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema elétrico; • Perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/ variação de energia elétrica.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE – ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

A natureza da luz e suas propriedades

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar: • que o estudo da ondulatória deve se iniciar pelas ondas mecânicas, pois no cotidiano. No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra uma

A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza corpuscular da luz (os quanta). Isso contribui para a

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correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato. • o contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época; • a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados; • o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica; • as relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento; • o contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para

apresentação da Física como uma ciência construída e em construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele • entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo; • conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria; • entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio; • entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorsão da luz, dentre outros importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressai; • associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco- íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos

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problematizações; • textos de divulgação científica, literários, etc; • experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.

luminosos estudados; • compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual; • extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao elétron.

Para 1ª Série

CONTEÚDOS GERAIS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Introdução ao estudo da Física 1. Evolução da Física 2. Partes da Física

2. Sistemas de Medidas 2.1 O Sistema Internacional de Unidades 2.2 Medidas de comprimento e de intervalo de tempo

3. Cinemática Escalar 3.1 Conceitos básicos 3.2 Deslocamento escalar 3.3 Velocidade escalar média 3.4 Emprego do conhecimento físico e das fórmulas na resolução de problemas

4. Movimento Retilíneo Uniforme 4.1 Função Horária 4.2 Encontro entre dois carros 4.3 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas

5. Movimento Retilíneo Uniforme Variado

5.1 Aceleração 5.2 Funções Horárias 5.3 Equação de Torricelli 5.4 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas 5.5 Interpretação dos conceitos em aplicações de fórmulas na resolução de problemas 5.6 Queda livre

6. Lançamento Oblíquo e Horizontal

6.1 Características do lançamento 6.2 Equações dos lançamentos

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6.3 Alcance máximo e trajetórias reais

7. Gravitação Universal 7.1 Campo Gravitacional 2. Leis de Kepler 3. Intensidade do campo

gravitacional

8. Força 8.1 Conceito de Força 8.2 Componentes perpendiculares de uma Força 8.3 Força resultante

9.Massa e Peso 9.1 Diferenças entre massa e peso 9.2 Cálculo do peso de um corpo

10. Leis de Newton 10.1 Lei da Inércia dos corpos -1ªLei de Newton 10.2 Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de Newton. 10.3 Princípio da ação e reação – 3ª Lei de Newton 10.4 Aplicações das leis de Newton.

11. Movimento Circular Uniforme 11.1 determinar a posição e a velocidade de um corpo em MCU

11.2 Apresentar as grandezas período, frequência. e velocidade angular.

3. Relações entre essas grandezas. 11.4 Aplicações do MCU

12. Energia e trabalho 12.1 Energia mecânica 12.2 Trabalho de uma força constante e variável 12.3 Trabalho do peso e da força elástica 12.4 Conservação da energia mecânica; 12.5 Potência e Rendimento; 12.6 Quantidade de movimento e impulso; 12.7 Conservação da quantidade de movimento; 12.8 Colisão frontal.

13. Hidrostática

13.1 Densidade de um corpo 13.2 Pressão média 13.3 Pressão atmosférica 13.4 Teorema de Stevin 13.5 Experiência de Torricelli Princípio de Arquimedes

Para 2ª Série

14. Termometria 14.1 Conceitos básicos 14.2 Equilíbrio térmico 14.3 Escalas de temperatura

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14.4 Conversão de temperaturas 14.5 Relação entre as escalas

15. Dilatação dos sólidos 15.1 Dilatação linear 15.2 Dilatação superficial 15.3 Dilatação Volumétrica

16. Calorimetria

16.1 Relação entre calor, temperatura e energia 16.2 Capacidade térmica e calor específico dos materiais 16.3 Princípio das trocas de calor 16.4 Mudanças de fase 16.5 Calor latente 16.6 Diagrama de fases 16.7 Cálculo das calorias nos alimentos 16.8 Transmissão de calor

17. Estudo dos gases Termodinâmica

17.1 Mudanças de estado físico 17.2 Transformações gasosas 17.3 Equação de Clapeyron 17.4 Leis da termodinâmica 17.5 Aplicação das leis da termodinâmica

18. Óptica geométrica

18.1 Conceitos básicos da óptica geométrica 18.2 Princípios da Óptica geométrica 18.3 Eclipses do sol e da lua 18.4 Espelhos planos e esféricos 18.5 Fenômenos ópticos: reflexão, refração e absorção 18.6 Construção das imagens nos espelhos 18.7 Óptica da visão – partes do olho 18.8 Defeitos e doenças da visão

19. Ondulatória 19.1 Introdução ao estudo das ondas 19.2 Velocidade de propagação das ondas 19.3 Fenômenos ondulatórios 19.4 Ondas estacionários

Para 3ª Série

20. Acústica 20.1 Velocidade de propagação do som 20.2 Qualidade do som 20.3 Fenômenos sonoros 20.4 Efeito Doppler 20.5 Tubos sonoros

21. Eletricidade 21.1 Princípios da eletricidade 21.2 Processos de eletrização 21.3 Força Elétrica – Lei de Coulomb 21.4 Vetor campo elétrico e Potencial Elétrico 21.5 Energia potencial eletrostática 21.6 Capacitância ou capacidade Elétrica 21.7 Corrente elétrica e seus efeitos

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21.8 Intensidade da corrente elétrica 21.9 Resistência elétrica e Leis de Ohm 21.10 Associação de resistores 21.11 Potência elétrica e energia elétrica 21.12 Geradores e receptores 21.13 Circuitos elétricos

22. Eletromagnetismo

22.1 Imãs – conceituação e propriedades 22.2 Princípios do magnetismo 22.3. Noções de geomagnetismo 22.4 Vetor indução magnética 22.5 Força Magnética

METODOLOGIA

O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por apresentar problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor pode adotar procedimentos simples mas que exijam a participação efetiva do aluno. O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia com o objetivo maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico, capaz de interferir com qualidade na dinâmica social em que está inserido. O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição quantitativa dos fenômenos físicos observados na natureza. Porém, entendemos que o “quantitativo” não pode ser entendido simplesmente como e repasse ao aluno de fórmulas prontas, com o devido treino para a resolução de questões numéricas. A abordagem histórica dos conteúdos se apresenta útil e rica, pois auxilia o aluno a reconhecer a ciência como um objeto humano, tornando o conteúdo científico mais interessante e compreensível, além de ajudar os professores na busca da estrutura das concepções espontâneas de seus estudantes. Permite ao professor estabelecer um paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do passado, das ideias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como parte da realidade transformando a física em algo compreensível, iniciando uma ruptura, com uma metodologia própria do senso comum, fazendo a ponte entre as ideias espontâneas e o conhecimento científico. O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do conhecimento prévio do estudante, com o objetivo de chegar ao conceito científico. Sendo o objetivo principal entre professores e estudantes compartilhar a busca da aprendizagem que ocorre na interação com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, interam, modificam e enriquecem o saber já existente. Para melhor contextualização dos conteúdos serão proporcionados aos alunos, cabe ao professor, propiciar ao aluno a apropriação do respectivo conteúdo através de exposição oral e dialogada, exercícios, questionamentos, demonstrações, seminários, palestras, textos interdisciplinares, estudo dirigido e aulas práticas em laboratórios, utilizando-se, quando possível, dos recursos tecnológicos disponíveis.

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Durante todo o ano estarão contemplados os chamados “Programas Socioeducacionais” devem passar pelo currículo como condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena abrangendo toda a Educação para as Relações Etnicorraciais ( Lei n.º11.645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei nº 11.343, de 23/08/06) e, Sexualidade Humana - Gênero e Diversidade Sexual, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 11525/07); Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741 de 1/10/03; Educação Alimentar e Nutricional e Educação para a Cidadania e Direitos Humanos (Lei nº 11947 de 16/06/2009, Resolução nº 01/2012 – CNE/CP, Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99 – Decreto nº 4281/02); Educação Fiscal e Tributária (Decreto nº 1.143/99 – Portaria nº 413/02); Educação para o trânsito – Lei nº 9.503 de 23/09/97 – Código de Trânsito Brasileiro); História do Paraná (Lei nº 13.181/01); Música (Lei nº 11769/08); Brigadas Escolares (Decreto 4837/2012), Hasteamento de Bandeiras e execução de Hinos (Instrução nº 013/2012 SUED/SEED e Lei nº 12031 de 21/09/2009); Serão trabalhados durante os 3 bimestres, integrando-se aos conteúdos básicos.

Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considerados de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.

Os Temas dos Programas Socioeducacionais correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais, sendo necessário que a escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se veem confrontados no seu dia a dia. AVALIAÇÃO

Dentro do processo de ensino–aprendizagem, recuperar significa voltar, tentar de novo, adquirir o que perdeu, e não pode ser entendido como um processo unilateral, lembremos que a LDB – Lei 9394/96 – recoloca o assunto na letra “e” do inciso V do art. 24 – “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos”. O Plano de Trabalho Docente de Física está fundamentado na LDB, no PPP, na PPC e no RE desta escola, a avaliação tem como objetivo de avaliar/reavaliar o aluno e nosso trabalho docente, isto é, a recuperação de estudos/avaliação/recuperação paralela que se dará de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. É através da avaliação que se proporciona aos alunos oportunidades

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diferentes para aprender e aos professores, coleta de dados sobre as dificuldades na relação ensino–aprendizagem. Assim, nesse processo, se fará o uso da observação sistemática a fim de diagnosticar as dificuldades dos alunos e oportunizar momentos diferenciados para que eles possam expressar seu conhecimento e crescimento. O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relaciona-las com os novos conhecimentos bordados nas aulas de Física. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem. (Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física) Quadro Negro

Calculadora

Apostila

TV

Pen drive

Cartazes

Jornais, folhetos e revistas

Material concreto (embalagens recicláveis)

Prova escrita

Trabalhos individuais e em grupo

Experiências

Pesquisa bibliográfica

Testes orais e escritos

Criatividade observada nos trabalhos

Produção nas aulas práticas

Autoavaliação

Debates e seminários

Recuperação de conteúdos e notas bimestralmente, avaliações escritas.

BIBLIOGRAFIA ARCO-VERDE, Yvelise F. S. Reformulação curricular no Estado do Paraná - Um trabalho coletivo. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Primeiras reflexões para a reformulação curricular da Educação Básica no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2004, p. 3. Idem, p. 4. BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96. BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SENTEC, 2002. BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da Natureza, atemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002. KINCHELOE, Joe. A formação do professor como compromisso político. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

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Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Versão Preliminar. Curitiba: SEED/ DEF, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, Física. Curitiba: SEED/ DEF, 2006. GEOGRAFIA

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de estudo da Geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros; O espaço geográfico é produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionados. Cabe à Geografia preparar o educando para uma leitura crítica da produção social do espaço, e a escola subsidiar os educando no enriquecimento e sistematização dos saberes para que estes sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca. Ao professor cabe a postura investigatória e de pesquisa evitando visão receptiva e reprodutiva do mundo, fornecendo aos educandos conteúdos específicos da Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as diversas temáticas geográficas. A relevância da Geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalista, para que reflita sobre as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no espaço geográfico. Considerando que os educando são agentes da construção do espaço, por isso, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade. A Geopolítica deve possibilitar ao educando a compreensão do espaço em que está inserido, a partir do entendimento da construção e das relações estabelecidas entre os territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de força sociais e políticas. É necessário que os educandos compreendam as relações de poder que os envolvem e determinam. Considerado fundamental para os estudos geográficos no atual período histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim remete à necessidade de espacializá-lo e especificar o olhar geográfico para o mesmo. A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, e sim, compreender que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à problemática ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática. É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física do espaço geográfico. Não se trata apenas das questões da natureza, mas ambiente pelos aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza, da fome, do preconceito e das diferenças culturais. Permite a análise do espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. As manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos geográficos e são parte do espaço, registros importante para a Geografia. Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modo de vida. Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das diferentes sociedades, com as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem novas territorialidades e com as relações político-econômicas que

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influenciam essa dinâmica. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é o espaço geográfico. Para organização desse objeto de estudo foram organizados os conteúdos estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudo da Geografia. Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se se separam. A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos. Os Conteúdos Específicos são:

Dimensão econômica da produção do/no espaço; Dimensão Geopolítica; Dimensão socioambiental Dinâmica Cultural e Demográfica

Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede de transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais é o enfoque a ser dado para os alunos do Ensino Fundamental. Considerando que esses alunos são agentes da construção do espaço. Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser considerado como análise para entender como se constituir o espaço geográfico, possibilitando a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalista, para refletir sobre as questões ambientais.

Dimensão Geopolítica Os conteúdos estruturantes na área da Geopolítica tem como proposta a reflexão dos fatos históricos, para que os educandos ampliem sua compreensão a respeito do mundo real, em âmbito local, regional e global. Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante deve ter uma abordagem mais profunda, visto que o educando teve noções no Ensino Fundamental. O trabalho pedagógico deve abordar o local e o global, levando em consideração a interpretação históricas das relações geopolíticas em estudo.

Dimensão Socioambiental

A questão socioambiental não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas a interdependência das relações entre sociedade, aspectos econômicos, sociais, culturais, etc. Compreendendo a dinâmica da natureza e as alterações causadas pelo homem.

Dinâmica cultural e demográfica

A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais contribuem para compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida. Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a temática de

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história e cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino Fundamental e Médio, em qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei 10.639/03. CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção; (Educação Fiscal); O espaço rural e a modernização da agricultura. A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias, das drogas e das informações As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. (Enfrentamento a violência). Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço. (Enfrentamento a violência) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. Os movimentos migratórios e suas motivações. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural e a questão da sexualidade. A formação, localização e exploração dos recursos naturais. O comércio e as implicações socioespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações no espaço nas diversas regiões da cultura afro-brasileira e indígena. As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

OBJETIVOS

Ler e interpretar criticamente o espaço; Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades

humanas; Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do

território a partir do espaço geográfico; Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo

globalizado; Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual

os processos históricos, construídos em diferentes tempos, s processos contemporâneos, conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço compreendendo e aplicando no cotidiano os conceitos básicos da

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Geografia. METODOLOGIA De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino de geografia, os conteúdos estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de maneira que a teoria, prática e a realidade estejam interligados em coerência com os fundamentos teórico-metodológicos. Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as relações sócio- especiais nas diferentes escalas (local, regional e global). Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas. No processo de construção do conhecimento e análise de categorias serão realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas, manifestos, vídeos, documentários, trabalhos de campo, entre outros. Ainda poderão ser utilizadas análise e interpretação de tabelas e gráficos, produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes, levantamento de informações e pesquisas em diversas fontes, como recursos para a confirmação da ação pedagógica. Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os enfoques: Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica, Dimensão Econômica da Produção do /no espaço e a Geopolítica. Atendendo as leis nº 10.639/03 e lei nº 11.645/08 que tratam respectivamente sobre História Cultura Afro-brasileira e Cultura Indígena o trabalho será voltado em levar o educando a compreender as contribuições que ambas as culturas trouxeram a formação da cultura do povo brasileiro e a colaboração na atual organização espacial do território brasileiro. O tema Meio ambiente estará constantemente presente nas atividades pedagógicas tanto devido a dimensão socioambiental quanto a localização geográfica do colégio, que possibilita um enriquecimento no debate sobre as questões ambientais. A Educação Tributária e Fiscal estará atrelada ao trabalho com os conteúdos específicos da disciplina. Sendo também a metodologia usada para trabalhar com os Programas Socioeducacionais (Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de Drogas e Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual), tais metodologias estarão plenamente descrita no Plano de Trabalho docente do professor. Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica e a cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e concordante com a perspectiva teórico-metodológica assumida pelo professor.

Outras leis serão trabalhadas no decorrer do ano com; Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09 ;Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Estatuto do Idoso – Lei 10741/03; Educação para o trânsito – Lei 9503/97; Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09; Direitos Humanos – Resolução 01/12 CNE/CP; Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12; História do Paraná _Lei 13181/01 e 07/06; Brigadas Escolares – Decreto 4837/12

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AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar a aprendizagem do educando e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou de um conceito. É necessário que seja contínua e que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além de diagnosticar falhas no processo ensino aprendizagem para que a intervenção pedagógica aconteça. A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e instrumentos visando a contemplação das diversas formas de expressão do educando como a leitura e interpretação de texto, fotos, imagens, gráfico, tabelas, mapas; produção de maquetes, murais, desenhos, textos; pesquisas em diversas fontes, apresentação de seminários, relatórios de aulas de campo e outras atividades, além da participação e avaliação formal oral e escrita. Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de entendimento sócio espacial. Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliação estaremos atendendo uma diversidade de aprendizados e oportunizando a construção do conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para sua formação social, crítica, participava e responsável. Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na aprendizagem deverá ser oportunizado ao educando sempre que demonstrar necessidade por não ter compreendido e/o assimilado os conteúdos estudados, retomando inclusive avaliações e notas. BIBLIOGRAFIA ANDRADE, M. C. De Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987. BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999. CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectiva da Geografia. São Paulo: Difel, 1992. CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática 1986. MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra livre, nº 16. AGB Nacional, 2001, p. 113. MNORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. __________Geografia Crítica – A Valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1984. __________Ideologias Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departemento de ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba SEED/DEM, 2006. PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à genese da geografia moderna. Florianópolis. Editora UFSC, 1989. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. __________Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986. VESENTINI, José W. Gegrafia, natureza e sociedade . São Paulo: Contexto, 1997.

HISTÓRIA

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA Estudar historia é a oportunidade de melhor entender o mundo em que

vivemos isto porque os estudos históricos em geral abordam as ações humanas construídas em diferentes sociedades, épocas e lugares. Também compreender o fenômeno dos fatos ocorridos nos mais diversos acontecimentos sociais ao longo do tempo, desde o cidadão anônimo até os personagens mais detectados da história. De tal forma que o aluno perceba devidamente com os conhecimentos adquiridos, que ele é um sujeito social que contribui para a construção e o exercício pleno da cidadania, para que possa ser defensor de seus direitos e tomando consciência dos desafios do mundo atual. OBJETIVOS

Oportunizar o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de se expressar, estimulando a interpretação do pensamento histórico e possibilitando noções de tempo e espaço contextualizados.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho, de Poder e Culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

O conceito de trabalho – livre e explorado O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho

explorado escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas

Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado

O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanas

As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a comum a de Paris, os soviético russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos; educação física.

As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas

Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais

Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo

A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços; educação ambiental; enfrentamento a violência na escola.

As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas

Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais

Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo

A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços; violência

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- Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos

Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma Relações de dominação e resistência na sociedade medieval:

camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes

Relações de resistência na sociedade ocidental moderna As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro . As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e

EUA) Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o

surgimento do sindicalismo

A América portuguesa e as revoltas pela independência As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria As revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América

Latina

Os Estados africanos e as guerras étnicas A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do

direito a terra na América Latina

A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas. Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus neolíticos: xamanismo, totens, animismo

os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo

Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista

Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais O modernismo brasileiro Cultura e ideologia no governo Vargas Representação dos movimentos sociais políticos e culturais por meio da

arte brasileira As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais

e religiosas As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo

METODOLOGIA

Estimular os alunos a utilizar materiais lúdicos e pedagógicos referentes aos conteúdos de História.

O ensino de História será trabalhado com diferentes fontes históricas, sejam elas orais, visuais ou escritas.

Fazer debates destacando os paralelos sobre as problematizações existentes entre as dimensões econômico-social, política e cultura.

Pesquisas orientadas em sala de aula envolvendo as ações e relações humanas no tempo e espaço, interligando e relacionando como trabalho poder e cultura.

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Explicações orais e discussões da ordenação através da narração, reconstituindo o processo histórico relativo às mudanças e transformações.

Leitura, explicação do contexto histórico abordado buscando as causas e as origens de determinadas ações e relações humanas.

Trabalhos individuais e coletivos envolvendo imagens, objetivos, materiais, oralidade e diversos documentos escritos.

Utilizar vídeos referentes ao conteúdo trabalhado para despertar o seu interesse e esclarecer melhor o assunto.

Produções de textos e conclusões pessoais dos conteúdos trabalhados através de análises dos temas, problematizando as relações de trabalho e cultura, interligando ao espaço tempo.

Serão utilizados: aulas expositivas, pesquisas bibliográficas envolvendo documentos formativos e informativos.

Explicações de mapas que contém nos conteúdos. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação dar-se-á de forma contínua e diagnóstica, através de prova escrita, apresentação de trabalho oral e escrito, relatórios, pesquisas, análises de texto, resumos e outras atividades que permitam avaliar o educando. Caso o educando apresente rendimento inferior ao objetivo proposto será oportunizado uma retomada dos conteúdos, na tentativa de que o mesmo possa recuperar a meta proposta. BIBLIOGRAFIA

SCHMIDT, Mario Furley. Nova História Crítica, nova geração, SP, 2ª ed. 2002.

DIVALTE, Garcia Figueira. História, série Ensino Médio. Editora Ática, volume único, 2001.

RODRIGUES, Joelza Ester. História em documento, FTD, São Paulo, 2009.

DREGUER, Ricardo, História: cotidiano e mentalidades, atual, São Paulo, 1995.

PILETTI, Nelson e Claudino, História e Vida, Ática, volume 4, 1989.

COTRIM, Gilberto, História e Consciência do Mundo, Sraiva, 2000, São Paulo.

PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de História. Curitiba: SEED/DEM,2008.

PEDRO, Antônio, História por eixos limáticos, São Paulo, FTD, 2002.

DREGUER, Ricardo. Contatos entre civilizações do séc. V ao XVI, 2ª ed. São Paulo, Atual, 2000. LÍNGUA ESTRANGEIRA – INGLÊS

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA O ensino/aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas no Brasil sofreu constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. Neste contexto as propostas curriculares e os métodos de ensino devem atender as expectativas contemporâneas. ... aprender uma língua estrangeira é um empreendimento essencialmente humanístico e não uma tarefa que afeta às elites ou estritamente metodológica, e a força de sua importância deve decorrer da relevância de sua função afirmativa, emancipadora e democrática.( Henry A Giroux, 2004) Desta forma, esta diretriz fundamenta-se na teoria do Círculo de Bakhtin, que concebe a língua como discurso, ou seja, um espaço de produção de sentidos. Para Bakhtin, cada palavra transforma-se na arena onde competem as entonações sociais. Toda enunciação, envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz do outro. É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que somos. Neste sentido podemos afirmar que a Língua Inglesa é concebida como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado. Constrói significados e não apenas os transmite. Pennycook (apud MASCIA, 2003, p. 220) considera que

[...] a expansão do inglês no mundo não é mera expansão da língua, mas também uma expansão de um conjunto de discursos que fazem circular ideias de desenvolvimento, democracia, capitalismo, neoliberalismo, modernização [...]. (Afirma ainda que) hoje, poderíamos dizer que as várias facetas do Comunicativo se desenvolveram com o objetivo principal de difusão do inglês como língua internacional.

Sendo assim, em consonância com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE) a Língua Estrangeira Moderna/Inglês apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos da construção da realidade, considerando a imensa quantidade de informações que circulam na sociedade. (DCE, 2008, p. 23) Isso implica em participar dos processos sociais de construção de linguagem e de seus sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade de modo a atribuir o próprio sentido aos textos. O comprometimento com o plurilinguismo como política educacional é uma possibilidade de valorização e respeito à diversidade cultural, garantido na legislação, pois permite as comunidades escolares a definição a ser ensinada. Assim, ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentido, o conteúdo estruturante discurso, como prática social, a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas da leitura, da oralidade e da escrita. O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Segundo as DCEs, “ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva.” (p.21)

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Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Ainda, deve-se considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constituem sua cultura e mais especificamente neste contexto escolar de “escola do campo”, como tal, devem ser respeitadas. Ao estudar uma Língua Estrangeira/Inglês, o aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social. Em consonância com as DCEs e o Projeto Político Pedagógico (PPP), o objetivo de ensinar a Língua Estrangeira Moderna/Inglês na escola não é apenas linguístico, mas ensinar e aprender uma Língua Estrangeira é também ensinar e aprender percepções de mundo, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Neste contexto escolar de “escola do campo” espera-se que o alunado compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Esta escola, e consecutivamente esta disciplina – Inglês, tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas, visto que, esta escola encontra-se na posição de ser (quase que) como o único meio de conhecimento científico historicamente acumulado para este alunado. É na escola onde a maioria destes estudantes tem seu primeiro contato com uma Língua Estrangeira/Inglês, tornando-se, portanto uma oportunidade única para se aprender uma segunda língua dando perspectiva de melhoria no currículo. O ensino da Língua Estrangeira Moderna amplia as possibilidades de ingresso, deste alunado, mercado de trabalho além de também criar novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. OBJETIVOS O ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês, como um meio de se construir sentidos, desempenha um importante papel como dos saberes essenciais, pois permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa e os insere como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Marcadores do discurso;

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Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagens);

Marcas linguísticas: particularidade da língua,pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia. Escrita

Interlocutor;

Tema do texto;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informação necessária para coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Léxico;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Coesão e coerência;

Função das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagens);

Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica; Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variação linguística;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronuncia. METODOLOGIA As atividades propostas priorizam o desenvolvimento da capacidade discursiva aliada à construção do significado priorizando o desenvolvimento das capacidades de ouvir, falar escrever, interpretar situações, discutir, pensar

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criticamente a ampliar possibilidades de interação. Serão abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, a gramática em si. A leitura, as produções de textos serão através do contato com outros textos, experiências e o conhecimento adquirido dos alunos que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão e interesse dos mesmos. Para tanto se organiza a atividade didática pedagógica por meio de textos, diálogos, exercícios de descobertas de regras e do funcionamento da língua, e descoberta de sons por meio de atividades fonéticas. Assim o professor busca em sala de aula um espaço de desenvolvimento de atividades significativas, usando todos os recursos didáticos possíveis como: exposição dialógica (Vice-versa), exposição via televisão TV-PENDRIVE, DVD de filme, documentário, clipe, etc. Exposição de transparências via retro projetor, TV multimídia elaboração de fichamentos, resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, utilização de recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, DVD), a fim de que o aluno vincule o que é estudado com a sua realidade.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03), Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08), Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99 e Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Direitos Humanos (Resolução 01/12 – CNE/C) além dos temas como consumismo, sexualidade (Lei 11733/97), Violência contra a Criança e o Adolescente (Lei 11.525 e Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90), Prevenção do uso de drogas (Lei 11343/06), Estatuto do Idoso (Lei 1074/03), Educação para o Transito (Lei 9503/97), Educação Alimentar e Nutricional (Lei11947/09) que serão abarcados nos diversos gêneros textuais que serão apresentados e articulados em cada série. E espera-se que os alunos se apropriem de significados construídos historicamente e que isto lhes possibilite integrar-se no mundo atual, compreendendo a grande diversidade cultural. Também será feito o hasteamento e execução do Hino Nacional (Lei 12031/09) assim como hasteamento e execução do Hino do Paraná (Instrução 13/12) de acordo com a programação escolar.

A escola tem um grupo de pessoas que foram capacitadas através de cursos oferecidos pela mantenedora para compor a brigada escolar. Há previsto em calendário dias para treinamento da comunidade escolar a fim de prepará-los para reagir corretamente diante de uma situação de incêndio no prédio da escola. (Decreto 4837/12) AVALIAÇÃO A avaliação procura acompanhar o desenvolvimento das atividades de forma processual e contínua, verificando todos os passos do processo ensino- aprendizagem de cada aluno. Trata–se de um processo que visa orientar o trabalho pedagógico, nas medidas em que fornece a visão e o resultado das estratégias utilizadas nas aulas como mecanismo de ensino. Assim, rejeita- se a avaliação estanque e artificial das provas de final de bimestre, para a realização constante por meio das atividades produzidas em sala de aula construir diagnósticos em torno do desempenho da turma, e do estudante em particular, procurando aperfeiçoar as técnicas quando os objetivos não forem

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constatados. Entende-se que a avaliação necessita cumprir seu verdadeiro significado, assumindo a função de subsidiar a construção da aprendizagem. Partindo desse princípio a avaliação precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da aprendizagem de conteúdos, uma vez que ela é parte do processo e tem como objetivo principal subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, no processo ensino-aprendizagem. Nessa perspectiva o envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para a organização das avaliações ao longo do processo da aprendizagem. Leitura Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto;

Identifique a ideia principal do texto;

Identifique o conteúdo temático;

Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;

Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;

Analise as intenções do autor;

Identifique e reflita sobra as vozes sociais presentes no texto;

Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;

Amplie seu léxico e as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.

Oralidade

Espera-se que o aluno:

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);

Apresente suas ideias com clareza, coerência;

Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

Organize a sequência de sua fala;

Respeite os turnos de fala;

Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

Exponha seus argumentos;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);

Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.

Escrita

Espera-se que o aluno: Expresse suas ideias com clareza; Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do

professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

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à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, etc;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio,etc;

Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto;

Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.

Recuperação de estudos

Em consonância com a concepção metodológica proposta nas DCE e no PPP desta escola a recuperação de estudos se fará na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo assim que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar do conhecimento , por meio de metodologias diversificadas e participativas, portanto ela estará intrinsecamente ligada ao ensino.

A recuperação de estudos, portanto será concomitante ao processo letivo, e terá por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão as vias para que o professor perceba os conteúdos que não foram apreendidos e que serão retomados no processo de recuperação de estudos. Este processo se fará concomitantemente e ocorrerá de duas formas: A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos

instrumentos de avaliação. A reavaliação do conteúdo já retomado em sala de aula. (De acordo com as

Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96). BIBLIOGRAFIA

AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o ensino médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO PARANÁ

BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

_____. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio – Versão preliminar – 2009.

_____. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Orientações Curriculares de Língua Estrangeira. Curitiba:SEED/DEF,2008.

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COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001.

GIMENEZ, T. Inovação Educacional e o Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.2, 1999.

L PAIVA, V.L.M. O lugar da leitura na aula de Língua Estrangeira. Disponível em:<www.veramenezes.com>

LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998.

PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English. São Paulo: Moderna, 2000.

ROJO, R.H.R.;MOITA LOPES, L.P.M. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In: SEB/ MEC (org.) Orientações Curriculares do Ensino Médio. 1 ed. Brasília: MEC/ seb, 2004.

MATEMÁTICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros

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conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática. Contudo, como campo do conhecimento, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e enciclopédica e o ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição. Já no século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, o ensino teve caráter estritamente religioso. A Matemática era ensinada para atender cálculos do calendário litúrgico e determinar as datas religiosas. Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das atividades comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujos conhecimentos e ensino voltaram-se às atividades práticas. O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste conhecimento, denominado de matemática de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais (RIBNIKOV, 1987). Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construções de portos, canais, pontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra. No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos últimos séculos. O início da modernização do ensino da Matemática no Brasil aconteceu num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e as ideias que agitavam o cenário político internacional, após a Primeira Guerra Mundial. Assim, as novas propostas educacionais caracterizavam reações contra uma estrutura de educação artificial e verbalizada (MIORIM, 1998). As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões do movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.

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Outras tendências, concomitantemente a empírico-ativista (escolanovista) influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Muitas fundamentam o ensino até hoje, dentre as quais se destacam as tendências: formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica (FIORENTINI, 1995). Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas, o ensino era centrado no professor e enfatizava o uso preciso da linguagem Matemática. No decorrer da década de 1970, o método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. A pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no educando, mas nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino. A partir das décadas de 1960 e 1970, surgiu no Brasil a tendência construtivista, onde o conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas dos educandos no ambiente ou nas atividades pedagógicas. A ênfase estava no processo e menos ao produto do conhecimento. A tendência pedagógica socioetnocultural onde os aspectos socioculturais da Educação Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam na Etnomatemática. Privilegiava a troca de conhecimentos e atendia à iniciativa dos problemas significativos no seu contexto cultural. A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na “dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes” (SAVIANI, 1997, p.76). Na matemática , essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um determinado período histórico. A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios. As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino baseado nas explorações, indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003). Embora as discussões sobre a Educação Matemática remontem ao final do século XIX e início do século XX, no Brasil, as produções nesta área começaram a se multiplicar com o declínio do Movimento da Matemática Moderna, mais precisamente a partir da década de 1970. No encaminhamento metodológico é importante que o professor reflita sobre sua concepção de Matemática enquanto campo de conhecimento, levando em consideração dois aspectos:

Pode-se conceber a Matemática como algo pronto e acabado tal como nos livros didáticos que se encadeiam de forma linear,

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sequencial e sem contradições;

Pode-se conceber a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de elaboração, de modo a levantar questionamentos, dúvidas e contradições.

Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto para aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino da Matemática. Isso implica olhar tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do seu fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los (MEDEIROS, 1987). Torna-se necessária a decisão política de uma definição da educação, em sentido lato, como área decisiva para o desenvolvimento, com a consequente atribuição de fundos que permitam a sua implementação, e compatibilizar essa decisão com iniciativas que tornem possível uma maior capitalização da discussão e da comunicação teóricas de modo a viabilizar o aprofundamento da investigação sobre processos de aprendizagem e de ensino e da sua consequente interligação, sobre os conteúdos matemáticos, sobre o papel das novas tecnologias da informação, sobre novos instrumentos de avaliação, entre outros temas. A necessidade de comunicação científica torna-se particularmente urgente num país como o nosso em que uma grande parte dos professores teve um contacto muito fugaz com a Educação Matemática. O alargamento e o aprofundamento dessa comunicação poderiam possibilitar o seu envolvimento em projetos de investigação na sala de aula desenvolvidos com base no indispensável suporte teórico. A Educação Matemática é um campo de estudos que possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como atividade humana em construção. Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos educandos análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade. A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações, para compreender e elaborar ideias. É necessário que o educando aprenda a expressar-se verbalmente e por escrito nesta linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas, diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano. Entender que enquanto sistema de códigos e regras, a matemática é um bem cultural que permite comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade. A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída, e reconstruída, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio de ideias e das tecnologias, refletindo sobre sua prática que além de um educador precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria formação continuada, potencializando meios para sua superação de desafios.

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OBJETIVOS A Matemática tendo como objetivo contribuir para o desenvolvimento de habilidades no sentido de observar e analisar regularidades matemáticas; fazer generalizações e apropriar-se de linguagem adequada para resolver problemas e situações ligadas a matemática e outras áreas do conhecimento, visando a formação global do cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias, das artes e dos valores nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido. Conteúdos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO 1ª Série

NÚMEROS E ÁLGEBRA CONTEÚDOS BÁSICOS:

Conjuntos Numéricos. Teoria dos conjuntos. Potencialização e Radiciação. Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE FUNÇÕES Conteúdos Básicos:

Função Afim. Função quadrática. Função Polinomial. Função exponencial. Função logarítmica. Função modular. Progressão aritmética. Progressão geométrica.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO Conteúdo Básico: Matemática financeira.

2ª Série CONTEÚDO ESTRUTURANTE NÚMEROS E ÁLGEBRA Conteúdos Básicos:

Matrizes.

140

Determinantes. Sistemas Lineares.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Conteúdos Básicos:

Análise combinatória. Probabilidade binômio de Newton. Estatística.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE GRANDEZAS E MEDIDAS Conteúdos Básicos: Trigonometria CONTEÚDO ESTRUTURANTE FUNÇÕES Conteúdo Básico: Funções trigonométricas. 3ª Série CONTEÚDO ESTRUTURANTE

GRANDEZAS E MEDIDAS Conteúdos Básicos:

Medidas de área; Medidas de Volume; Medidas de Grandezas Vetoriais; Medidas de Informática; Medidas de Energia;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE GEOMETRIA Conteúdos Básicos:

Geometria plana. Geometria espacial. Geometria analítica. Noções básicas da geometria não-euclidiana.

CONTEÚDO ESTRURANTE NÚMEROS E ÁLGEBRA Conteúdos Básicos:

Polinômios. Números complexos.

METODOLOGIA Articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de

141

forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em áreas distintas e sem vínculos. Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:

Resolução de problemas;

Modelagem matemática;

Mídias tecnológicas;

Etnomatemática;

História da Matemática;

Investigações matemáticas. As tendências metodológicas têm grau de importância similar entre si e complementam-se umas às outras. Na resolução de problemas, o educando tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta. Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem a conclusão final. Segundo Polya (2006), as etapas da resolução de problemas são: compreender o problema, destacar informações, dados importantes do problema para a sua resolução, elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova estratégia, se necessário, até chagar a uma solução aceitável. Resolver problema é mais que uma frase; é o feito específico da inteligência é dom específico do homem. A maior parte de nossos pensamentos conscientes está ligada a problemas: quando nos satisfazemos é simples meditações ou devaneios, nossos pensamentos estão dirigidos para um fim. Resolver problema caracteriza a natureza humana, e para muitos educadores é a principal razão de se ensinar matemática. A opção metodológica do resultado de problemas, garante a elaboração de conjecturas, a busca de regularidades a generalização de padrões e exercício da argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do conhecimento matemático. Resolver um problema que não significa apenas a compreensão da questão proposta, a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da resposta certa, mas, sim, uma atitude investigativa em relação à aquilo que está sendo estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões. E sob esta perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a forma de resolução, permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização do caminho que conduzi ao resultado. A etonomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan D'Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. Tomando o campo da matemática como exemplo, numa perspectiva etnomatemática, o ensino ganha contornos e estratégias específicas, peculiares ao campo perceptual dos sujeitos aos quais se dirige. A matemática

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vivenciada pelos meninos em situação de rua, a matemática desenvolvida em classes do ensino supletivo, a geometria na cultura indígena, são completamente distintas entre si em função do contexto cultural e social na qual estão inseridas. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. Leva em conta que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. A modelagem matemática pode ser entendida como uma abordagem de um problema não matemático por meio da matemática onde as características pertinentes de um objeto são extraídas com a ajuda de hipóteses e aproximações simplificadoras e representações em termos matemáticos são determinadas. No entanto, a modelagem matemática como estratégia de ensino e aprendizagem oferece contribuições que vão além da possibilidade de interação da matemática com a realidade (ALMEIDA e BRITO, 2003). Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas do mundo. O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do educando nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, encontrar modelos matemáticos que respondam essas questões. No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas. O uso de mídias tecnológicas existentes e em condições de produzí-las e/ou usá-las, enquanto mídia educativa, torna o ato de estudar mais agradável e interessante. Esses recursos podem propiciar interesse no estudo e ampliar as condições de análise no educando. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática. A prática pedagógica de investigações matemáticas podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no

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aluno a capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais. Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um recurso útil para a verificação de resultados, correção de erro, favorece a busca de percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos, mas sem dúvida, é apenas mais um recurso. Nenhuma dessas tendências metodológicas apresentadas esgota todas as possibilidades para realizar com eficácia o processo de ensinar e aprender Matemática, por isso, sempre que possível, o ideal é promover a articulação entre elas. AVALIAÇÃO As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da aprendizagem (LUCKESI, 2002). Com o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo de ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e extrair as consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para ajudar o aluno a aprender, fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao professor a reorganização do processo de ensino. Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que podem exigir formas diferenciadas de atendimento alterações de várias naturezas na rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai continuamente se dando conta de seus avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se espera dele. Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de constante observação e registro do que foi observado. Uma forma de organizar esse registro, para que tanto o professor como o aluno, possam ter uma visão do próprio crescimento, é a adoção de pastas individuais contendo as produções dos alunos e o parecer sobre o desempenho obtido em cada uma delas, sendo imprescindível partilhar com eles, a análise de suas produções, para que desenvolvam a consciência de seus avanços e dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre produto final, mas sobre o que aconteceu no caminho percorrido. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor se o aluno:

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Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

Compreende por meio da leitura, o problema matemático;

Elabora um plano que possibilita a solução do problema;

Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

Realiza o retrospecto da solução de um problema. Os instrumentos avaliativos na Matemática podem ser diversos: prova escrita, listas de exercícios debatidas em sala de aula, montagem e resolução de problemas (desafios) do cotidiano, maquetes, trabalhos em grupos ou individuais, entre outros. A recuperação de estudos é feita concomitantemente com as atividades avaliativas, detectando na avaliação o que o educando não aprendeu e retomando o conteúdo de forma diferenciada. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, L. M. W e BRITO, D.S. Modelagem matemática na sala de aula: algumas implicações para o ens. e aprendizagem da mat. Anais do XI CIAEM, Blumenal, Rs, 2003.

BURIASCO, R.L.C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J.P.; MARTINS, P.L.O.; JUNQUEIRA, S.R.A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2006. FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p. 1-37. 1995. LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível em http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_profissional_em_educação_Matemática-Erica2108.pdf>Acesso em 12 agosto de 2010.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MACHADO,N.J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimental da Faculdade de Educação – UNICAMP – Pró-posições. Campinas, n. 1[10], p. 25-34, mar. 1993. MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p. 13-44. MIGUEL, A.:MIORIM, M. A. Historia na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização. Campinas,

145

1995. 218.f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdades de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1993. PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e consequências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993. PONTE, J. P. et al. Didática da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997. POLYA, G. A arte de Resolver problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006. RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos.In: Escola Técnica de Saúde Joaquim Venâncio (org). Temas de Ensino Médio: Trilhos da Identidade. 1 ed. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2004, v.1, p.65-76. RIBINIKOV, K. História de lãs matemáticas. Moscou: Mir, 1987. SAVIANI, D. Escola e Democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997. SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W.R. (org.). Euclides Roxo e a modernização do ensino de matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p.11-45. LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

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O ensino de Língua Portuguesa e Literatura deverá garantir aos estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita, de modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, interagindo em diversos contextos sociais, pois a língua não é estática e evolui consideravelmente.

Portanto, o professor deve assumir uma postura profissional e pessoal diferenciada para se colocar diante desse desafio, usando metodologias inovadoras que propiciem ao educando produzir o conhecimento necessário e indispensável para que ele possa evoluir e participar ativamente do meio em que vive.

É no processo educativo, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimorar sua competência linguística, garantindo, então, uma inserção ativa e crítica na sociedade. Logo, é na escola que o educando, e mais especificamente o da escola pública, deve encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, o educando aprende a ter voz e usufruir, com competência linguística, da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões. É no processo de interação social que a palavra significa, o ato de fala é de natureza social (BAKH TIN/VOLOCHINOV,1999, P.109). Isso implica dizer que os homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles “penetram na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar”, postula Baktin/Volochinov (1999,p.108). Nesse sentido, ensinar a língua materna, a partir dessa concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que seus significados são social e historicamente construídos.

Nessa perspectiva, o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa visa lapidar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles compreendam os discursos que os cercam e tenham condições de interagir com tais discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando múltiplas opiniões. Desse modo, é primordial que a escola se torne um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do educando, para que ele se envolva nas práticas do uso da língua, quer seja de leitura, oralidade e escrita.

Assim, a Língua Portuguesa como fonte inesgotável de recursos tanto na oralidade como na escrita, deve ampliar o universo do educando, tornando-o cidadão culto e conhecedor das regras que envolvem a dinâmica da nossa língua, como objeto de estudo e aprendizado da língua. OBJETIVOS

A disciplina de Língua Portuguesa visa desenvolver saberes que permitam ao educando interagir nas mais diversas situações de uso da língua portuguesa, bem como que ele encare a língua como instrumento de comunicação e formação pessoal. Além disso, terá também não só uma fonte de conhecimento, mas sobretudo um mecanismo que permite assumir uma postura crítica diante das situações e problemas do dia a dia. CONTEÚDO ESTRUTURANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso como prática social.

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CONTEÚDOS BASÍCOS: Leitura, oralidade, escrita e análise linguística. LEITURA

Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;

Identifica o tema/tese do texto; Identifica as informações principais e secundárias no texto; Localiza informações explícitas no texto; Realiza inferência de informações implícitas no texto; Realiza inferência do sentido de palavras ou expressões no texto; Identifica as vozes sociais presentes no texto; Reconhece a intertextualidade e seu objetivo de uso; Reconhece os efeitos de sentidos decorrentes do uso das classes

gramaticais, percebendo a função que exercem no texto; Reconhece os efeitos de sentidos decorrentes do uso de recursos

estilísticos no texto (figuras de linguagem, repetição de palavras e/ou expressões, de sílabas, de vogais etc.);

Identifica as condições de produção do gênero trabalhado (enunciador; interlocutor, finalidade, época, suporte, esfera de circulação etc.);

Reconhece o grau de formalidade e informalidade da linguagem em diferentes textos, considerando as variantes linguísticas.

ESCRITA: Atende à situação de produção proposta (condições de produção,

elementos composicionais do gênero, tema, estilo); Organiza o texto, considerando aspectos estruturais (apresentação do

texto, paragrafação); Utiliza recursos textuais de informatividade e intertextualidade; Utiliza de forma pertinente elementos linguístico-discursivos (coesão,

coerência, concordância etc.).; Utiliza adequadamente os recursos linguístico-expressivos e gráficos no

texto (pontuação, uso e função das classes gramaticais); Emprega palavras e/ou expressões no sentido conotativo, incluindo as

figuras de linguagem; Utiliza as normas ortográficas e de acentuação; Utiliza adequadamente a linguagem formal ou informal, de acordo com a

situação de produção. ORALIDADE:

Emprega adequadamente os conectivos de acordo com a situação comunicativa;

Faz a adequação do discurso à situação de produção (formal/informal); Expressa suas ideias com clareza, coerência e fluência; Utiliza recursos extralinguísticos em favor do discurso (gestos,

expressões faciais, postura etc.); Lê com fluência, entonação e ritmo, observando os sinais de pontuação; Respeita os turnos de fala; Reconhece e utilize os elementos composicionais dos diferentes

gêneros discursivos orais (argumentatividade, contra-argumentação, elementos da narrativa etc.);

Organiza a sequência da fala;

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Reconhece e utilize a forma composicional pertencente a cada gênero (elementos da narrativa, argumentatividade, contra-argumentação, exposição etc.);

Identifica a ideologia presente nos diferentes discursos. 1º ano – Ensino médio

LEITURA: Uso de informações, interpretação textual, observando: conteúdo

temático, interlocutores, marcas linguísticas; Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; Registros formais e informais do texto; Discurso ideológico presente no texto; Denotação e conotação; Leitura de gêneros diversos; Linguagem literária e não-literária; Figuras de linguagem; Noções de historicidade da Literatura; Estética do texto literário; Intertextualidade de obras literárias; Literatura Brasileira, Portuguesa e Africana; Escolas Literárias: Trovadorismo, Classicismo, Quinhentismo, Barroco e

Arcadismo. ORALIDADE:

Variação linguística; Pronúncia das palavras; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e

gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições

etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ESCRITA: Adequação ao gênero: Conteúdo temático; Contexto de produção,

Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Intertextualidade; Vozes sociais presente no texto; Referência textual; Ideologia presente no texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Produção de diversos gêneros: resenhas, resumos, análise literária

textual da obra, Coesão e coerência textual.

ANÁLISE LINGUÍSTICA: Fonética - Sons e letras; Dificuldades ortográficas; Novas regras de ortografia e acentuação e gráfica; Estrutura e formação das palavras; Morfologia: Classes de Palavras (substantivo, adjetivo, artigo, numeral) ; Semântica: operadores, argumentativos, Modalizadores, figuras de

linguagem;

149

Marcas linguísticas: coesão, coerência , função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Vícios de linguagem; Concordância verbal e nominal; Sintaxe de regência; Função das conjunções e preposições; Discurso direto e indireto.

2º ano – Ensino médio

Leitura: Leitura

Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Discurso ideológico presente no texto; Vozes sociais presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção de obra literária; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectiva do texto; Progressão referencial; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas travessão e negritos; Semântica:

- Operadores argumentativos; - Modalizadores; - Figuras de linguagem

ORALIDADE

Conteúdo temático; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e

gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas ( lexicais, semânticas prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência,repetição, gírias; conectivos; Semântica: Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições

etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. ESCRITA

Conteúdo temático; Contexto de produção;

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Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Intertextualidade; Vozes sociais presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Referência textual; Ideologia presente no texto; Progressão referencial; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica: operadores, argumentativos, Modalizadores, figuras de

linguagem; Marcas linguísticas: coesão, coerência , função das classes gramaticais

no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.

ANÁLISE LINGUÍSTICA Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,

repetições,etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

3º ano – Ensino médio

Leitura: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Elementos composicionais do gênero; Discurso ideológico presente no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

do texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Partículas conectivas do texto; Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; Semântica:

- operadores argumentativos; - modalizadores;

- figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo

ORALIDADE: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto;

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Informatividade; Papel do locutor e do interlocutor: Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e

gestual; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc); Diferenças entre o discurso oral e o escrito.

ESCRITA: conteúdo temático:

Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Partículas conectivas; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica:

- operadores argumentativos; - modalizadores; - sentido conotativo e denotativo; - figuras de linguagem;

Marcas linguísticas: - coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.

ANÁLISE LINGUÍSTICA Coesão e coerência textual; Conotação e denotação

Vícios de linguagem; Operadores argumentativos e os efeitos de sentido; Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em

relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...) Semântica; Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto

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A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

Acentuação gráfica

Estrangeirismos, neologismos, gírias

Procedimentos de concordância verbal e nominal Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

Coordenação e subordinação nas orações do texto

RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS:

Serão utilizados textos variados entre eles fábulas, contos, lendas, propagandas de revistas e jornais. Também serão usados recursos tecnológicos como: Internet, aparelho de som, TV pendrive, Data show, rádio, CD player, DVD player, revistas, jornais, quadro de giz etc.

METODOLOGIA:

Os professores têm o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que isso se efetue na prática, as atividades desenvolvidas serão: práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; consideração dos conhecimentos prévios; inferências sobre informações implícitas no texto; discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor; relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto; leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas; exposição oral de trabalhos/textos produzidos, dramatização de textos; apresentação de seminários, debates, entrevistas etc; seleção de discurso de outros, como: reportagem, seminário, entrevista etc; análise dos recursos próprios da oralidade; orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; discussão sobre o tema a ser produzido; seleção do gênero, finalidade, interlocutores, orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado; produção textual; revisão textual; reestrutura e reescrita textual.

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de: gêneros selecionados para leitura ou escuta ; textos produzidos pelos alunos; das dificuldades apresentadas pela turma e entre outros.

É mister que a escola visa à cidadania e formação total do educando, para isso é imprescindível que determinados assuntos façam parte do cotidiano escolar, mas que não se tornem conteúdos com fins avaliativos. Esses assuntos além de serem uma proposta de letramento voltada à realidade do educando, permitem-lhe que seja visto como pessoa e respeitada em sua especificidade, pois ele possui uma história de vida a qual é única. Além disso, o educando já tem uma bagagem cultural, social e cognitiva que se utilizadas em sala tornarão as aulas dinâmicas, desencadeando, desse modo, ações que fomentem discussões e consequentemente permitirão que os educandos produzam seus próprios conhecimentos e utilizem no seu meio em que vive.

Portanto, para o melhor exercício da cidadania, os temas serão contemplados de forma: a resgatar valores, a cultura local e regional e a sensibilidade do educando; acabar com preconceito e incutir a ideia de que se deve valorizar e respeitar o conhecimento dos idosos; despertar no educando o discernimento sobre a função social do tributo, visando a formação da consciência tributária, bem como o exercício da cidadania, direcionando-o, então, no tocante a competência e habilidades a serem construídas; Instigar

153

nos educandos que todos têm direito à vida, à liberdade, à opinião, à expressão, ao trabalho e à educação, independente de qualquer condição e sem discriminação; suscitar no educando que a alimentação é fundamental na formação de hábitos e atitudes saudáveis; persuadir no educando que a educação para o trânsito é uma questão de cidadania, educação e direitos humanos.

Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto 11); Violência contra a Criança e Adolescente ( Lei Federal 11525/07) e ECA (8069/90); Execução do Hino Nacional ( Lei 12031/09); Educação Ambiental (Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação 04/13); Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03); Educação para o trânsito (Lei 9503/97); Educação Alimentar e Nutricional ( Lei 11947/09); Direitos Humanos (resolução 01/12 CNE/CP); Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional ( 12031/09); Música ( Lei 11769/08 e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares ( Decreto 4837/12).

No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa sobra a história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08), ao Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº 11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas( Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei 11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das diferenças existentes em nosso meio, abordadas de forma dinâmica e efusiva, para que o educando entenda que por trás das diferenças existe um ser humano com seus valores e sua concepção de vida, que faz dele um elemento culturalmente diferenciado enriquecendo ainda mais o aspecto cultural do nosso país.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO:

A Lei 9394/96, ao estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional, permitiu criar condições legais para que cada escola organizasse dentro de seu alcance os objetivos propostos na Constituição de 1988 em relação à educação. Tais metas espelham o anseio da sociedade brasileira de ter educados todos os seus cidadãos, zelando por medidas de não-exclusão dos educandos pelo sistema escolar, quer pela garantia de vagas ou pela efetivação de uma aprendizagem bem sucedida.

A avaliação tem sido tradicionalmente usada na escola para orientar a organização de turmas, dentro de um modelo educacional que pressupõe uma ampla competência básica a ser dominada por todos os educandos em um determinado período de tempo. Possibilitando a eles um aprendizado eficiente de acordo com a série que cursou durante certo período escolar. Sendo que a sua progressão deve acontecer de forma a garantir o seu acesso à série seguinte com domínio de conteúdos para o seu efetivo avanço em sua vida escolar.

Conforme deliberação do CEE/07/99 a avaliação deverá estar coerente com as DCEs, o PPP e o Regimento Escolar.

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No processo avaliativo serão usados instrumentos para avaliar o educando tais como: seminários, apresentação de trabalhos, debates, trabalhos, discussões, provas, produção textual, etc.

A recuperação de estudos será ofertada a todos (as) os (as) educandos (as), independente dos resultados por eles (as) obtidos e que os (as) educandos (as) terão a cada atividade realizada a oportunidade de recuperar notas e conteúdos por período trimestre, conforme previsto por lei e determinada no Regimento Escolar. Assim, se espera que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas no texto; Emita opiniões a respeito do que leu; Amplie o horizonte de expectativas; Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal,

informal); Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas; Expresse suas ideias com clareza; Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta

(gênero, interlocutor, finalidade...); Diferencie a linguagem formal da informal; Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação,

do artigo, dos pronomes; Amplie o léxico.

BIBLIOGRAFIA

ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003. BAKHTIN,M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2009. MARCHIORO, Marina Z. A análise linguística e o texto dissertativo-argumentativo: um olhar sobre o ensino de língua portuguesa. Ponta Grossa: Uniletras, 2010. v.32, nº1. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/2525>

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa. Curitiba: 2008. ___________. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Paraná: Curitiba:2006

___________. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Paraná – Curitiba: SEED – PR, 2006. 110.Projeto Político-Pedagógico do Colégio

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Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011. __________. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001. ________. Lei11.733, de 28 de maio de 1997. Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculados nos estabelecimentos de ensino estadual de primeiro e segundo grau do Estado do Paraná. BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004. ________.Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. _______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004. Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual do Campo Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - EFM, 2011.

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QUÍMICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA Sobre a ciência, cabe destacar que o conhecimento químico não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação. A ciência não é mais considerada objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios. A Química é uma ciência natural, que visa o estudo das substâncias, da sua composição, estrutura e propriedades. Os conhecimentos de Química foram incorporados à prática dos professores e abordados durante os séculos conforme a necessidade dos alunos e da população. Atualmente o ensino da Química é norteado pela construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada aos conceitos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais. A apropriação desta ciência e de conhecimentos químicos deve acontecer por meio do contato do aluno com a matéria e suas transformações. Os conceitos científicos devem contribuir para a formação de indivíduos que compreendam e questionem a ciência atual. A experimentação, por exemplo, favorece a apropriação efetiva dos conceitos químicos pois tem caráter investigativo e auxilia o aluno na explicação, problematização e discussão da significação destes conceitos. O professor deve criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense criticamente, reflita sobre as razões das problemáticas atuais e relacione conhecimentos cotidianos aos científicos. Portanto, baseado nas DCEs, as tendências desta disciplina visam uma formação mais abrangente do estudante, com a inclusão, nos currículos institucionais, de temas que propiciem a reflexão sobre caráter, ética, solidariedade, responsabilidade e cidadania, pregando-se conceitos de “matéria” e “interdisciplinaridade”. OBJETIVOS

Identificar, compreender e utilizar os conhecimentos adquiridos;

Relacionar a quimica às suas aplicações e implicações, no ambiente, na economia, na política e principalmente na vida dos indivíduos;

Aplicar conceitos teóricos químicos básicos de acordo com os conteúdos básicos;

Observar mudanças que ocorrem ao seu redor descrevendo essas transformações em linguagens discursivas e traduzÍ-las em outras formas de linguagem como: gráficos, tabelas, etc., para o entendimento dos conteúdos científicos aplicados;

Identificar produtos naturais utilizados no cotidiano;

Resgatar conceitos base de aplicações e benefícios da Química;

Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;

Analisar a abundância e desperdícios de materiais primordiais da natureza;

Auxiliar na construção de uma visão de mundo articulada que contribua para que o indivíduo se veja como agente de transformação;

Aprimorar os conceitos e respeitar à periculosidade de manuseio de

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materiais. CONTEÚDOS ESTRUTRANTES

Matéria e sua natureza;

Biogeoquímica

Química sintética CONTEÚDOS BASICOS E ESPECÍFICOS MATÉRIA Constituição da matéria; Estados de agregação; Alotropia; Métodos de Separação; Natureza elétrica da matéria; Modelos atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr...); Distribuição eletrônica; Tabela periódica. LIGAÇÃO QUÍMICA

Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; Ligação iônica; Ligação covalente; Ligações de Hidrogênio; Ligação metálica; Ligações polares e apolares. FUNÇÕES INORGÂNICAS

Ácidos; Bases; Sais; Óxidos. REAÇÕES QUÍMICAS

Adição; Subtração; Simples troca; Dupla troca. SOLUÇÃO

Dispersão; Forças intermoleculares; Solubilidade; Temperatura e pressão; Concentração; Densidade; Diluição; Mistura. TERMOQUÍMICA

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Princípios da termodinâmica; Calorias; Calorimetria; Reações exotérmicas e endotérmicas; Variação de entalpia; Equações termoquímicas; Lei de Hess; Entropia e energia livre; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas. CINÉTICA QUÍMICA

Reações químicas; Lei das reações químicas; Representação das reações químicas; Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes) ; Lei da velocidade das reações químicas; Inibidores das reações químicas. EQUILÍBRIO QUÍMICO

Reações químicas reversíveis; Concentração; Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); Equilíbrio homogêneo e heterogêneo; Deslocamento de equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores; Equilíbrio químico em meio aquoso (PH, constante de ionização, Ks ). RADIOATIVIDADE

Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela Periódica; Reações químicas; Velocidades das reações; Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das reações químicas; Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear). ÓXIDO-REDUÇÃO

Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades...); Ligações metálicas (elétrons semi-livres); Reações Químicas; Número de oxidação; Balanceamento de reações de óxido-redução; Reações de óxido-redução. HIDROCARBONETOS

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Química do carbono; Alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, ... Benzeno. FUNÇÕES OXIGENADAS

Álcool; Fenol; Éter; Ácido carboxílico e seus derivados. FUNÇÕES NITROGENADAS

Aminas; Amidas; Nitrilas. POLÍMEROS

Borracha; Plástico. ISOMERIA

Plana; Geométrica; Ótica. METODOLOGIA A abordagem teórico metodológica mobilizará para o estudo da Química presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma repetição de fórmulas, números e unidades de medida. Quando a abordagem for relacionada ao conteúdo estruturante Biogeoquímica é preciso dialogar com a atmosfera, hidrosfera e litosfera; na abordagem com o conteúdo estruturante Química Sintética, o foco é a produção de novos materiais e com o conteúdo estruturante Matéria e sua natureza deve-se relacionar o comportamento macroscópico e microscópico da matéria. Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética a sistematização dos conceitos acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental, representacional e experimental dos conteúdos químicos. Mas para o conteúdo estruturante matéria e sua natureza tais abordagens são limitadas, pois pela sua origem, apenas a abordagem representacional como as fórmulas químicas, modelos podem ser exploradas amplamente.

Para que a apropriação dos conteúdos seja eficaz utilizar-se-á de equipamentos como vídeo, TV, computador, natureza, experimentação em laboratório, leituras científicas, etc.,que possibilitará a interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações entre os alunos. Além disso, propor aos alunos leituras que vão além dos conceitos didáticos dos livros para que os auxiliem na construção de pensamento científico crítico, enriquecendo-os com argumentos positivos e negativos frente às problemáticas atuais, para em um próximo momento realizar debates em sala sobre temas cotidianos de

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grande importância. Portanto, quando os estudantes chegam, estão desprovidos de certos

conhecimentos e têm diferentes costumes, tradições e idéias que dependem das suas origens, onde o professor deve de modo contextualizado abordar com os conteúdos estruturantes os temas que envolvam a cultura afro-brasileira, cultura dos povos indígenas, política nacional de educação ambiental, educação sexual e diversidade sexual e outros temas que porventura se faça importante no decorrer do ano letivo.

Nesse sentido, na disciplina serão desenvolvidas práticas que visem a formação pessoal, crítica e ativa por meio dos temas: Educação Fiscal e Educação Tributária ( Decreto 11); Violência contra a Criança e Adolescente ( Lei Federal 11525/07) e ECA (8069/90); Execução do Hino Nacional ( Lei 12031/09); Educação Ambiental (Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13); História do Paraná ( Lei 13181/01 e Deliberação 04/13); Estatuto do Idoso ( Lei 10741/03); Educação para o trânsito (Lei 9503/97); Educação Alimentar e Nutricional ( Lei 11947/09); Direitos Humanos (resolução 01/12 CNE/CP); Hasteamento da Bandeira e execução do Hino Nacional ( 12031/09); Música ( Lei 11769/08 e Resolução 07/10 e 02/12) e Brigadas Escolares ( Decreto 4837/12).

No tocante a Cultura Afro-brasileira serão incorporados textos e pesquisa sobra a história e Cultura Afro-brasileira ( Lei nº 10.639/03) à Cultura Indígena ( Lei nº 11.645./08), ao Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99), e ao Direito da Criança e do Adolescente ( Lei nº 11.525/07). Já os temas dos Programas Socioeducacionais: Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas( Lei 11343/06); Educação Sexual (Lei 11733/97); Gênero e Diversidade Sexual; tais serão motivos de pesquisa e projetos desenvolvidos nas atividades escolares como forma de conscientização e valorização das diferenças existentes em nosso meio. AVALIAÇÃO

Com base, a avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre de interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da próxima aula e não apenas de modo pontual; portanto está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, a avaliação formativa e processual, deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar qualidade do processo educacional no coletivo da escola. Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos” (MADALNER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica influente dos conhecimentos anteriores dos alunos e a interação da dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos químicos. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas,

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relatórios das aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Estes instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros também para os alunos, como direito de apropriação efetiva de conhecimentos que contribuam para transformar a própria realidade, o mundo em que vivem, havendo a recuperação concomitante com os conteúdos trabalhados. Lembrando que a cada conteúdo trabalhado e avaliado deve ser feita a recuperação paralela, pois sabe se que de primeira mão é impossível uma apropriação integral, fazendo se necessário rever também alguns métodos de abordagem dos conteúdos e das maneiras de avaliar, podendo variar entre os conteúdos abordados e até mesmo de cada aluno pela diversidade de condições existentes na nossa sociedade. BIBLIOGRAFIA ALLINGER, N. L. Química Orgânica: volume único; 2 ed. Rio de Janeiro: LTD; 1976. COVRE, G. J. Química Total: volume único. São Paulo: FTD, 2001. RUSSEL, J. B. Química Geral. 2 ed., São Paulo: Makron Books, vol. 2, 1994. PERUZZO, T. M. Química: volume único. 2 ed., São Paulo: Moderna, 2003. SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo: Ática, 2004. UTIMURA, T. Y.; LINGUANOMOTO, M. Química Fundamental: volume único. São Paulo: FTD, 1998. USBERCO, J. SALVADOR, E. Química: volume único. São Paulo: Saraiva, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais: ensino médio. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília, 2002. FELTRE, R. Fundamentos de Química: volume único. São Paulo: Moderna, 1996. MALDANER, O. A. A. Formação Inicial e Continuada de Professores de Química: professor pesquisador. 2 ed. Ijuí: Unijuí, 2003. CARVALHO G. C.; SOUZA, C. L. Química: volume único. São Paulo: Scipione, 2003. SILVA, E. R.; NOBREGA, O. S.; SILVA, R. H. Química. São Paulo: Ática, 2001. SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático Público de Química.

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SOCIOLOGIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações

sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los.

Em verdade, as transformações provocadas nas esferas política, social e cultural da sociedade moderna têm raízes muito próximas e não podem ser imputadas apenas aos acontecimentos externos, uma vez que se tratam de revoluções, movimentos inovadores de longo curso e profundidade nas alterações de comportamentos. Alimentada pelos iluministas, a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, é o documento simbólico do mundo moderno e ainda hoje embasa os Estados democráticos. Assolado por crises sociais, o capitalismo liberal confirma os empresários industriais e o proletariado urbano em posições sociais distintas. Em mútua influência, os acontecimentos provocam e são provocados por movimentos nas ideias, nas artes, nos costumes sociais, fazendo com que o Iluminismo, o racionalismo e o positivismo delineassem uma ciência da sociedade, como uma necessidade histórica.

Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo, o período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa da atividade artesanal em manufatureira.

Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de trabalho mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes interesses na sociedade. Todas as mudanças que se processaram, resultaram de desequilíbrios, perturbações, rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições de vida para a população e, sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social acerca das condições de vida, embora não explícita nem extensiva.

Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução pelos primeiros pensadores sociais, – Comte, Durkheim, Weber e Marx. A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e toda a contradição deste processo.

Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e ainda os faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade europeia da sua época, valendo-se da ciência para compreender o sentido da crise que a acometia. Cada qual lhe lançou um olhar: Marx analisou a dinâmica das relações sociais presentes no capitalismo; por sua vez, vale-se da metodologia funcionalista para explicar o princípio da integração social.; e

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Weber persegue o princípio da racionalização social buscando o significado das ações sociais, no entendimento de que a subjetividade é um momento necessário do processo objetivo de conhecimento.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Proporcionar uma compreensão aprimorada do mundo social, pautada na sociologia crítica que analisa a realidade em sua perspectiva de prática e de crítica social, buscando reconstruir com o aluno os conhecimentos que ele já dispõem, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se situa, na capacidade de intervir e transformar as práticas sociais cristalizadas. A finalidade desta disciplina tem como pressuposto teórico contribuir para a formação e o conhecimento sobre os diversos modos que a sociedade está constituída, onde o educando possa interagir no meio qual se encontra, possibilitando assim uma transformação tanto do próprio indivíduo como também da sociedade como um todo. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

Cultura e Indústria Cultural Trabalho, Produção e Classes Sociais

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;

Diversidade cultural; Identidade; Indústria Cultural; Meios de Comunicação de Massa; Sociedade de Consumo; Indústria Cultural no Brasil; Questões de Gênero; Culturas afro brasileiras e africanas

Culturas indígenas; O conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades; Desigualdades Sociais: estamentos,

castas, classes sociais; Organização do trabalho nas

sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo; Relações de Trabalho; Trabalho no Brasil.

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2ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

O Processo de Socialização

Instituições Sociais

Processo de Socialização

Instituições Sociais: Familiares; Religiosas e Escolares.

Instituições de Reinserção: Prisões; Manicômios; Educandários, Asilos, etc.

3ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

Poder, Política e Ideologia

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, Autoritarismo, Totalitarismo; Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Conceitos de dominação e legitimidade; As expressões da violência nas

sociedades contemporâneas.

METODOLOGIA

Os temas referentes ao estudo da sociologia serão abordados de modo a incitar os alunos em sua curiosidade em relação ao conteúdo da disciplina, isentando-se o dogmatismo e/ou doutrinações. Para tanto serão utilizados como recurso didático tais como: música, jornais, filmes, fotos, vídeos, testos diversificados e livro didático. A metodologia das aulas estará pautada nas seguintes técnicas: aulas expositivas, TV pendrive, seminários, estudos dirigidos em sala de aula, atividades escritas e orais em grupo ou individual e dentro das possibilidades pesquisa de campo. Dentro deste contexto serão tratadas questões sociais que inclusive são tratadas por leis específicas e estão diretamente relacionadas com a educação como:

1. Lei 11645/08 - que trata da obrigatoriedade do ensino sobre a Cultura Indígena;

2. Lei 10639/03 - que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira;

3. Lei 9795/99 - que trata da Política Nacional de Educação Ambiental. 4. Lei 11525/07- Direito da Criança e do Adolescente. 5. Lei 13181/01- História do Paraná.

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6. Lei 11769/08 – obrigatoriedade do ensino da Música. 7. Decreto 1143/99 – Educação Tributária e Fiscal – Portaria 413/02

8. Lei 12031/09 execução do hino nacional. 9. Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e deliberação 04/03. 10. Lei 10741/03 Estatuto do idoso; 11. Lei 11733/97 Sexualidade humana; 12. Lei 9503/97 Educação para o transito; 13. Lei 11343/06 Prevenção ao uso de drogas; 14. Lei 11947/09 Educação alimentar e nutricional; 15. Resolução 01/12 – CNE/CP; 16. Hasteamento e execução do hino do Paraná – instrução 13/12

17. Brigadas escolares – Decreto 4837/12

AVALIAÇÃO A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a

prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a coerência na exposição de ideias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos a serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os problemas sociais, a iniciativa e autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, para reverter práticas de acomodação, e sair do senso comum, são ações que indicam aos professores o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação de teoria à prática. Enfim várias podem ser as formas desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.

Partindo do pressuposto de que a avaliação trata-se de um processo contínuo, a recuperação será feita concomitantemente ao processo de ensino aprendizagem, ao serem observados problemas relacionados ao não aproveitamento do conteúdo o professor pode recorrer a outras metodologias para que o objetivo do ensino aprendizagem seja alcançado

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SOCIOLOGIA / VÁRIOS AUTORES. – Curitiba: SEED-PR. – 2006.

SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO. – 1. ed. – São Paulo: Moderna, 2013 – Vários autores.

SOCIOLOGIA HOJE: volume único: ensino médio / Igor José de Renó Machado... [et al.]. – 1. Ed São Paulo: Ática, 2013.

SOCIOLOGIA: volume único: ensino médio / Silvia Maria de Araújo, Maria Aparecida Bridi, Benilde Lenzi Motim. – ed. – São Paulo: Scipcione, 2013.

TOMAZI, Nelson Dacio – sociologia para o ensino médio, volume único / Nelson Dacio tomazi. – 3. Ed. – Saraiva, 2013.

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PROGRAMAS DE ATIVIDADE DE AMPLIAÇÃO DE JORNADAS PEDAGÓGICAS

EMPRENDEDORISMO FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno é um Programa da Secretaria de Estado da Educação que visa o empoderamento educacional dos sujeitos envolvidos por meio do contato com os conhecimentos, equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no território em que esta está situada, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas. Assim, os espaços externos ao ambiente escolar podem ser utilizados mediante o estabelecimento de parcerias entre a escola e órgãos ou entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Político Pedagógico da Escola.

Para que o Programa alcance os objetivos pretendidos, é fundamental que a comunidade, alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários, famílias, representantes de órgãos e entidades locais se reúnam com a finalidade de discutir e analisar o contexto onde a escola está inserida, as diferentes histórias de vida, os diferentes pertencimentos dos sujeitos: étnico-raciais, de gênero, geracional e religioso e as necessidades socioeducacionais dessa comunidade, apresentando as proposições de atividades a serem definidas pela escola. Esse processo de discussão coletiva tem por objetivo a melhoria da qualidade do ensino, da convivência social, da democratização e acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

A Atividade Complementar Curricular em Contraturno desenvolvida na escola está inserida no Macrocampo: Mundo do trabalho e geração de renda, Empreendedorismo: a atividade deve enfocar os conceitos do empreendedorismo, do protagonismo juvenil e da inovação através de programas voltados ao desenvolvimento do perfil empreendedor e participativo dos/as estudantes e implementação de novos projetos e negócios corporativos. É importante abordar perspectivas de economia solidária, de projetos comunitários e cooperativos de promoção de alternativas coletivas de trabalho e geração de renda. Criar oportunidades para a juventude desenvolver suas potencialidades empreendedoras voltadas ao conhecimento necessário à sua formação. OBJETIVOS

Desenvolver no educando comportamentos cooperativos, coletivos, éticos e responsáveis.

Preparar e orientar o aluno acerca dos conteúdos sobre empreendedorismo e desenvolver suas potencialidades empreendedoras voltadas ao conhecimento necessário à sua formação.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE E BÁSICO

Trabalho assalariado e o trabalho livre; (História)

Urbanização e industrialização; (História)

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Comércio e produção de rendas; (Geografia)

Relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; (Geografia)

Relações de trabalho na sociedade; (Sociologia) METODOLOGIA

Incorporar, como princípio educativo, nas práticas didáticas a metodologia da problematização como instrumento de incentivo à pesquisa, articulando teoria/prática e vinculando o trabalho intelectual com atividades práticas experimentais.

Utilizar novas mídias e tecnologias educacionais como processos de dinamização dos ambientes de aprendizagem.

Oportunizando de forma dinâmica a participação do educando nas atividades aplicadas, através de palestras, aulas teóricas e práticas, realizando pesquisas de mercado, desenvolvendo planos de ação e buscando parcerias com empreendedores locais para visar à concretização dos seus projetos aplicados empreendedores na realização das feiras do jovem empreendedor.

RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se por parte do aluno que o mesmo compreenda e consiga aplicar as competências indispensáveis para um empreendedor, pontuando os quatro pilares empreendedoras elencados pela Unesco para os alunos do ensino médio que são elas: competência para conhecer, competência para fazer, competência para ser e competência para conviver. AVALIAÇÃO

Os critérios adotados serão processuais, oportunizando ao educando diferentes experiências de aprendizagem sobre as competências de um empreendedor que visam sua formação integral e respeitando as diferenças individuais e coletivo, priorizando o raciocínio e sua interpretação com os temas trabalhados sobre o mundo do trabalho e Geração de Rendas. BIBLIOGRAFIA DOBAELA, Fernando. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. ____. Quero construir a minha história. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. LOPES, Rose (org.) Educação empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio de janeiro: Elsevier, 2010. ALVES, Rubem. Escutatória. Disponível em: <http://www.rubemalves.com.br/10mais_03. php>. Acesso em 20 out.2013. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB n° 2, de 30 de janeiro de 2012. SCHNEIDER, J. O. A doutrina do cooperativismo nos tempos atuais. São Leopoldo: Editora Unisinos / CEDOPE, 1993.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA SALA DE APOIO LÍNGUA PORTUGUESA 6º / 7ºAno FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto, defende-se que as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos). A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, alterando “seu estado ou condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguísticos e até mesmo econômicos” (SOARES, 1998, p. 18).

Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção acontece determinam o texto. Antunes (2003) salienta a importância de o professor desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo visto que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas socialmente específicas e relevantes” (ANTUNES, 2003, p. 47).

A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual que ela possui, “[...] depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é uma potencialidade significativa, mas necessita da mobilização do universo de conhecimento do outro - o leitor - para ser atualizado” (PERFEITO, 2005, p. 54-55). Esse processo implica uma resposta do leitor ao que lê, é dialógico, acontece num tempo e num espaço. No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.

Devemos lembrar que a criança, quando chega à escola, já domina a oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua, seja por meio das cantigas, das narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do diálogo dos falantes que a cercam ou até mesmo pelo rádio, TV e outras mídias. Ao apresentar a hegemonia da norma culta, a escola muitas vezes desconsidera os fatores que geram a imensa diversidade linguística: localização geográfica, faixa etária, situação socioeconômica, escolaridade, etc. (POSSENTI,1996). O professor precisa ter clareza de que tanto a norma padrão quanto as outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas.

OBJETIVO DE ESTUDO

Desenvolver as habilidades da fala e da escrita, encadeando ideias e argumentação nos textos trabalhados;

Ler e compreender textos; Instigar o hábito e gosto pela leitura; Opinar sobre o que está lendo e assuntos da realidade e atualidade; Escrever com clareza e expor ideias numa sequência lógica;

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Identificar elementos do discurso como: quem está falando e com quais intenções;

Relacionar os textos com suas vivências desenvolvendo senso crítico; Desenvolver oralidade, levando o educando a atingir a maturidade das

apresentações orais; Ampliar vocabulário; Diferenciar fonema e letra; Identificar a concordância no texto; Mostrar as regras da Língua Portuguesa e suas funções; Re estruturação textual, observando os aspectos formais trabalhados; Pontuação; Uso da letra maiúscula; Eliminação de redundâncias.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso Enquanto Prática Social. O conteúdo estruturante se constitui através da história, legitimando socialmente, sendo possível de mudança e evolução. É fundamental para definir os conteúdos específicos no trabalho pedagógico; dando ênfase na interação ativa dos sujeitos como o discurso, o que oportuniza a comunicação em diferentes formas discursivas e tipologias textuais. CONTEÚDOS BÁSICOS: Leitura, Oralidade, Escrita e Análise Linguística. METODOLOGIA

A metodologia do trabalho parte da observação da realidade de cada aluno, uma vez que cada educando é um caso específico, por isso serão desenvolvidas atividades pedagógicas para superar as dificuldades apresentadas pelos alunos, tais como:

Praticar de leituras de diferentes gêneros textuais; Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Considerar os conhecimentos prévios dos alunos; Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade,

época; Produzir e re estruturar textos; Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos,

charge, tirinhas) para interpretação de textos; Leitura de vários textos para observação das relações dialógicas; Análise dos recursos próprios da oralidade.

„ A metodologia será focada na defasagem de conteúdo apresentada pelo aluno do ensino regular. A sala de apoio deve criar condições para que o aluno desenvolva sua aprendizagem em determinados conteúdos básicos, para que possa acompanhar o sexto ano de forma linear. Para isso e por ter um número reduzido de alunos permite ao professor um atendimento individualizado, para que este supere as dificuldades apresentadas em determinados conteúdos da sala de aula. As atividades serão diversas e desenvolvidas através de jogos didáticos e ortográficos, materiais concretos, folhetos de propaganda, produções

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individuais e em grupo, leitura de textos diversos, trabalhos com jornais revistas, pesquisas entre outros. A comunicação entre os professores: regente de turma e o professor da sala de apoio são imprescindíveis para sanar as dúvidas dos alunos e melhorar a aprendizagem em sala de aula. TEMAS SOCÍO EDUCACIONAIS:

Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis: Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR Lei 11645/08 – Cultura indígena Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira Lei 12.288/10- Estatuto de Igualdade Racial Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental Lei 13381/01 – História do Paraná Lei 11.343/06 – Prevenção ao uso indevido de drogas Lei 11525/07 – Estatuto da Criança e do Adolescente Portaria 413/2002 – Educação Fiscal Para atendermos o item de Sexualidade abordaremos a sexualidade aos gêneros, a Sexualidade na contemporaneidade, a educação sexual na escola, o lugar de sexo, a sexualidade os prazeres e a vulnerabilidade, a violência contra a mulher, a prevenção de HIV e a representação da mulher e do feminino na mídia da imprensa brasileira. Os Temas Socioeducacionais serão contemplados de forma a apresentar nuances sobre Meio Ambiente – Lei 9.795/99; Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual. RECURSOS

Além do quadro negro e do material didático utilizando em sala de aula, o professor, que é o principal agente educacional, utilizará todo material necessário para atingir o objetivo do aprendizado, tais como: livro didático, revistas, jornais, fábulas, textos de todos os gêneros, cds, músicas, filmes, livros de literatura, jogos etc.

Serão utilizados textos variados entre eles fábulas, contos, lendas, propagandas de revistas e jornais. Também serão utilizados Recursos Tecnológicos como: Internet, aparelho de som, TV pendrive, Data show, rádio, CD player, DVD player, revistas, jornais, quadro de giz ....)

6. AVALIAÇÃO

Espera -se que o aluno realize leitura compreensiva de textos, assim, como, localizar as informações explícitas no texto. Posicione -se criticamente diante de textos lidos, utilizando o discurso adequado e expresse suas ideias com clareza. Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade).

A avaliação será diagnostica, para que haja uma intervenção eficaz no processo de ensino-aprendizagem, para que de fato a Sala de Apoio à aprendizagem cumpra seu papel de apoio pedagógico ao aluno. Será realizada toda aula, sendo que, ao final de cada bimestre será elaborado um relatório com base nos conteúdos dados e se for detectado que o aluno continua com dificuldade de aprendizagem, haverá uma retomada dos conteúdos não assimilados, de forma diversificada, oportunizando ao aluno o

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direito de rever e aprender o que não foi assimilado anteriormente. Caso o aluno já esteja apto ele será dispensado da sala de apoio, e consequentemente a vaga será concedida a outro aluno com defasagem na aprendizagem. Espera -se que o aluno realize leitura compreensiva de textos, assim, como, localizar as informações explícitas no texto. Posicione -se criticamente diante de textos lidos, utilizando o discurso adequado e expresse suas ideias com clareza. Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade).

Avaliar a capacidade do educando perceber a flexibilidade da língua, ou seja, de reconhecer as diversas possibilidades que a língua oferece de permitir que se digam as mesmas coisas de várias maneiras, privilegiando o encadeamento de ideias e uso adequado de elementos coesivos, aspectos coerentes, situacionais, intencionais, contextuais e intertextuais. BIBLIOGRAFIA ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003. AROEIRA, Maria Luisa; BIZZOTTO, Maria Inês. Armazém de textos: leitura e interpretação. 4 ed. Belo Horizonte: Editora FAPI, 2008. SOARES, M. Letramento: Um tema em três gêneros. Bel. São Paulo. 2008. DCEs – Diretrizes Curriculares de Educação do Paraná - Língua Portuguesa. 5ª série, Projeto Araribá – Português. INSTRUÇÃO Nº 022/2008 SUED. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. INSTRUÇÃO No 007/2011 – SUED/SEED. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. MENDONÇA, Waldirene Dias. Alfabetização silábica Tin-do-le-lê: Uma proposta para o Ensino Fundamental. Uberlândia – MG: Editora: Claranto. Coleção Silábica Tin-do-le-lê. PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa. Curitiba: 2008. PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Paraná: Curitiba: 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Paraná – Curitiba: SEED – PR, 2006. 110 p.

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PERFEITO, A. M. Concepções de linguagem, teorias subjacentes e ensino de Língua Portuguesa. In: Concepções de linguagem e ensino de língua portuguesa. Maringá: EDUEM, 2005. p 27-79. v.1;Formação de professores EAD 18. SARGENTIM, Hermínio. Coleção montagem e desmontagem de textos: Língua Portuguesa. São Paulo: IBEP, 2001.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA SALA DE APOIO MATEMÁTICA 6º / 7ºAno FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

As origens da Matemática estão em situações decorrentes das necessidades do cotidiano como contar, juntar, comparar,medir, etc. Em uma sociedade em que as mudanças sociais, culturais e econômicas são cada vez mais intensas, aprender a lidar com o excesso de informação e as diferentes formas de comunicação é um grande desafio. Para que o ensino da Matemática possa contribuir de forma significativa com a finalidade de formar alunos capazes de atuar nessa sociedade em transformação, é fundamental que os educandos tenham iguais oportunidades de aprender, sem preconceitos quanto à raça, a cultura ou ao gênero.

Ao longo dos anos, matemáticos e estudiosos buscaram desmistificar afirmações como estas e demonstrar a função sócio-política do ensino de matemática através da interação teórica e prática vinculada ao cotidiano e as situações vivenciadas pelos alunos. A esse respeito Ítalo Calvino, diz: “quero afirmar que, do ponto de vista cultural, há coisas que só a Matemática, com seus meios específicos, nos pode dar. Eis porque ensiná-la”.

A partir desse pressuposto, a educação matemática começa a ser vista portanto como uma prática política comprometida com a transformação social, e sob estas perspectivas são promovidas mudanças significativas, desde a pré- escola ao ensino médio, nas quais metodologicamente propõe-se uma abordagem interdisciplinar a partir de núcleos temáticos levantados da realidade social, cuja relação professor-aluno, ambos sujeitos do ato de conhecer. E os aspectos pedagógicos devem garantir a socialização de conhecimentos vivos e atualizados, articulando de modo preciso: conteúdos ricos e métodos eficazes que permitam aos alunos romper os conhecimentos primitivos adquiridos no decorrer de suas vidas, socializando-os.

Sendo assim, ensinar matemática e principalmente no contexto atual, tornase instrumento de reversão do processo elitizante desde que a construção teórica de seus conhecimentos esteja vinculada à prática no mundo real de forma que os alunos possam utiliza-los na organização de seus pensamentos e vivências.

Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos seja qual forem suas condições sociais especiais para aprendizagem. Nesse sentido a sala de apoio a aprendizagem programa a ação pedagógica para o enfrentamento das defasagens e dificuldades da aprendizagem de conteúdos matemáticos, identificadas em alunos matriculados no 6º ano do Ensino Fundamental. Os conteúdos trabalhados na sala de apoio serão adequados a superação das dificuldades pertinentes ao grupo de alunos. A sala de apoio deve ser organizada em turmas de no máximo 20 alunos, em contra turno com 4 horas - aulas semanais ofertada em aulas geminadas, em dias subseqüentes, tendo em vista o benefício do aluno.

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OBJETIVO Atender as defasagens e dificuldades encontradas na aprendizagem de

conteúdos matemáticos decorrentes dos anos iniciais e possíveis dificuldades que surgirem no decorrer do ano, com alunos do 6º e 7º ano.

Conteúdo estruturante: Números e Álgebra. Conteúdos Básicos Conjuntos numéricos e operações

Frações; Números decimais; Números positivos e números negativos; Equações.

Conteúdos Específicos

Frações; Simplificação de frações; Comparação de frações; Adição e subtração de frações Multiplicação de frações; Divisão de frações; Potenciação com base fracionária; Raiz quadrada de número fracionário; Expressões algébricas, fórmulas e equações;

Conteúdos Estruturantes: Grandezas e medidas Conteúdos Básicos Sistema monetário

Medidas de ângulos; Medidas de comprimento; Medidas de área; Medidas de tempo; Medidas de volume

Conteúdos Específicos

Definição de ângulo; Medidas de ângulos; Classificação e relações entre ângulos; Medidas atuais; Mudança de unidade; Unidade de medida padrão de área; Unidades de medidas agrárias; Unidade de medida padrão de volume; Mudança de unidade de unidade de volume; Polígonos; Nomes dos polígonos; Quadriláteros; Área do quadrado; Área do retângulo;

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Volume do cubo; Elementos de um triângulo retângulo;

Conteúdo Estruturante: Geometrias Conteúdos Básicos

Geometria plana; Geometria espacial.

Conteúdos Específicos

Formas reais e formas geométricas; Ponto, reta, plano: as mais simples formas geométricas; Pontos colineares; Definição de segmento de reta; Retas paralelas; Retas concorrentes; Distância entre dois pontos; Circunferência; Círculo; Área do círculo e suas partes; Poliedros; Não poliedros

Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação Conteúdos Básicos

Porcentagem; Dados, tabelas e gráficos; Média.

Conteúdos Específicos

Porcentagens; Coleta de dados; Gráfico de colunas; Gráfico de barras; Gráfico de setores; Gráfico de linhas; Média aritmética; Média ponderada.

METODOLOGIA

Inicialmente será diagnostico as defasagens de conteúdos matemáticos de cada aluno referente aos anos anteriores, pois como sala de apoio é atendimento individual, será feito uma análise do perfil de cada aluno. As atividades serão desenvolvidas por meio de jogos didáticos, materiais concretos, revistas e jornais, produções individuais e em grupo, atividades no caderno e avulsas. Inicialmente serão trabalhadas às quatro operações como uma forma de revisão de possíveis dúvidas, que os alunos tenham e tragam de anos anteriores. Essas dúvidas poderão ser sanadas por meio da utilização do material dourado e usando algoritmos formais, de forma que o aluno possa compreender de forma real e abstrata a Matemática, fazendo com que aliadas possam resolver situações rotineiras. Partindo de situações-problemas serão apresentadas as ideias que estão associadas às quatro operações estimulando

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o cálculo mental com operações simples em que o aluno terá oportunidade de discutir as soluções encontradas, assumindo a condição de investigador. As atividades serão desenvolvidas com pintura, completar desenho, com jogos e brincadeiras.

A partir da revisão das quatro operações, será trabalhado com as potências como forma de multiplicação de fatores iguais e a raiz quadrada como operação inversa das potencias de expoente. Posteriormente, se sanadas as dificuldades, o conteúdo de frações será introduzido como parte de um inteiro, e suas representações e comparações por meio de desenhos. O trabalho com as operações com frações será desenvolvido por meio de atividades que fazem parte do cotidiano como receitas, marcação do tanque de combustível do carro, relação da quantidade de água em nosso corpo, divisões de terras, jogos, etc. Os números decimais será trabalhado por meio de recortes de jornais e revistas que representem a utilização dos números decimais no dia a dia. Posteriormente será apresentado situações -problema que requeiram adicionar, subtrair, multiplicar e dividir esses números, com enfoque no sistema monetário.

Com o conteúdo de números positivos e negativos, o trabalho será desenvolvido por meio de situações relacionadas com temperaturas, profundidade, débito e crédito. O conteúdo de equações será introduzido por meio da ideia de equilíbrio entre pratos de uma balança, para que o aluno entenda que uma equação é representada por uma igualdade, que a solução é necessária para torná -la verdadeira.

No trabalho com as unidades de medidas, primeiramente será feito algumas medições com unidades de medidas não-padrão, para que os alunos entendem a necessidade de se ter uma unidade padrão de medida. A partir das unidades não padronizadas será utilizado a régua de um metro(unidade padrão de medida de comprimento) para o aluno entender os múltiplos e submúltiplos do metro e suas relações. Posteriormente, será trabalhado com unidades de medidas de área, dando prioridade as utilizadas no campo como hectare e alqueire.

A de volume será enfatizado o metro cúbico. Com o conteúdo de ângulos, será explicado o conceito de ângulo para que os alunos possam identificar os ângulos mais usuais e suas aplicações no cotidiano. Em seguida será feito medições de ângulos com o auxilio do transferidor. Com o conteúdo de Geometria, será feito um trabalho primeiramente com as formas geométricas encontradas na natureza, nas ruas, construções, em objetos, em obras de Arte, etc., para que desse modo eles percebem as relações que existe entre as formas geométricas apresentadas na disciplina de Matemática e a realidade. Posteriormente, será apresentado o Tangram, para visualizarem as figuras geométricas e criarem outras com as peças do tangram.

Também poderá ser feito atividades como textos, histórias e desenhos em que os alunos utilizem as peças deste material como personagem. Depois disso, será enfatizado as características particulares dos quadriláteros por meio do geoplan em que os alunos poderão construir os quadriláteros e perceber as características e diferenças dos quadriláteros. A simetria poderá ser trabalhada com o auxilio de dobraduras e desenhos, com o intuito de que os alunos percebam os eixos de simetria ou o eixo de simetria presente nas figuras.

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Em estatística, será solicitado aos alunos para que façam uma pesquisa na sala de aula com questões referentes ao dia a dia deles como por exemplo: qual o tipo de transporte escolar utilizado(ônibus, van, kombi); quantos alunos possuem propriedade própria; quantos alunos moram no campo; qual é a principal fonte de renda deles; revistas para trabalhar textos que explorem números decimais, porcentagem e diferentes tipos de gráficos. Será pedido aos alunos que recortem diferentes tipos de gráficos para que eles saibam classificar cada um e colar no caderno. As informações que os alunos coletaram serão organizadas em tabelas, para construção de diferentes tipos de gráficos. Em todas as aulas serão trabalhados de modo que cada aluno tenha um atendimento individualizado para melhorar o aprendizado superando as dificuldades apresentadas em alguns conteúdos da sala de aula, por meio de atividades impressas, atividades no caderno, atividades com o livro da sala de apoio, jogos, brincadeiras, desenhos, cruzadinhas, jogos online, textos relacionados com o conteúdo trabalhado em sala, História da Matemática, etc. TEMAS SOCÍO EDUCACIONAIS: Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis: Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR Lei 11645/08 – Cultura indígena Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira Lei 12.288/10- Estatuto de Igualdade Racial Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental Lei 13381/01 – História do Paraná Lei 11.343/06 – Prevenção ao uso indevido de drogas Lei 11525/07 – Estatuto da Criança e do Adolescente Portaria 413/2002 – Educação Fiscal Para atendermos o item de Sexualidade abordaremos a sexualidade aos gêneros, a Sexualidade na contemporaneidade, a educação sexual na escola, o lugar de sexo, a sexualidade os prazeres e a vulnerabilidade, a violência contra a mulher, a prevenção de HIV e a representação da mulher e do feminino na mídia da imprensa brasileira. Os Temas Socioeducacionais serão contemplados de forma a apresentar nuances sobre Meio Ambiente – Lei 9.795/99; Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual. AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnosticada, para que haja uma intervenção eficaz no processo de ensino-aprendizagem, para que de fato a Sala de Apoio à aprendizagem cumpra seu papel de apoio pedagógico ao aluno. A avaliação será realizada toda aula, sendo que, ao final de cada trimestre será elaborada um relatório com base nos conteúdos dados e se for detectado que o aluno continua com dificuldade de aprendizagem, haverá uma retomada dos conteúdos não assimilados, de forma diversificada, oportunizando ao aluno o direito de rever e aprender o que não foi assimilado anteriormente. Caso o aluno já esteja apto ele será dispensado da sala de apoio, sendo colocado outro aluno que tenha dificuldades em aprender. Livro „‟Aprendizagem divertida‟‟ de Solange Valadares e Rogéria Araújo, quadro negro, TV pendrive, jogos, brincadeiras, figuras geométricas e sólidos geométricos.

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BIBLIOGRAFIA PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008. VALADARES, SOLANGE; ARAÚJO, ROGÉRIA. Aprendizagem divertida. 4ª ed. Editora FAPI, 2005. GIOVANNI JR; JOSÉ RUY; CASTRUCCI; BENEDICTO. A conquista da matemática. 1ª Ed. São Paulo: FTD, 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG. 1990.