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1 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal APRESENTAÇÃO Este documento foi construído coletivamente nos vários encontros entre os educadores deste Colégio, com o objetivo de concretizar a organização do trabalho pedagógico e administrativo deste espaço educacional, tendo como princípio a garantia da qualidade de ensino, pautada pelo acesso, permanência e êxito de todos os que aqui se encontram diariamente. Buscamos materiais que fundamentaram os marcos que norteiam a construção deste Projeto. As dificuldades foram muitas, os equívocos conceituais também, uma vez que neste momento falamos de sujeitos integrais, de pessoas em processo de formação, de sociedade contraditória, de direitos, de deveres e não apenas de conteúdos específicos de cada disciplina. Refletimos problemas, discutimos soluções, amarramos compromissos, embasados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, de nº 9394/96, que no seu art. 14 introduziu a gestão democrática a ser construída no interior das escolas. Enfim, acreditamos estar realimentando o caminho na construção deste documento de acordo com a realidade da nossa Escola e os seus valores, procurando caminhos para formar a identidade da mesma, nos esforçando no trabalho árduo de organizá-la coletivamente, seguindo os pressupostos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB , de nº 9394/96, que no seu art. 14 introduziu a gestão democrática a ser construída no interior das escolas, pois entendemos a reorganização da escola como uma reflexão do seu cotidiano, para que possa ocorrer realmente a consolidação desta proposta. Como afirma Ilma Passos: “A construção do projeto político pedagógico requer continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de tomada de decisões e instalação de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório”. Nosso objetivo é o de possibilitar a reflexão coletiva dos educadores sobre sua prática pedagógica, buscando melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem da escola, resgatando a função social da escola pública e garantindo os princípios democráticos e da gratuidade.

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1 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

APRESENTAÇÃO

Este documento foi construído coletivamente nos vários encontros entre os

educadores deste Colégio, com o objetivo de concretizar a organização do trabalho

pedagógico e administrativo deste espaço educacional, tendo como princípio a garantia da

qualidade de ensino, pautada pelo acesso, permanência e êxito de todos os que aqui se

encontram diariamente.

Buscamos materiais que fundamentaram os marcos que norteiam a construção deste

Projeto. As dificuldades foram muitas, os equívocos conceituais também, uma vez que neste

momento falamos de sujeitos integrais, de pessoas em processo de formação, de sociedade

contraditória, de direitos, de deveres e não apenas de conteúdos específicos de cada

disciplina.

Refletimos problemas, discutimos soluções, amarramos compromissos, embasados na

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, de nº 9394/96, que no seu art. 14

introduziu a gestão democrática a ser construída no interior das escolas.

Enfim, acreditamos estar realimentando o caminho na construção deste documento de

acordo com a realidade da nossa Escola e os seus valores, procurando caminhos para

formar a identidade da mesma, nos esforçando no trabalho árduo de organizá-la

coletivamente, seguindo os pressupostos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

– LDB , de nº 9394/96, que no seu art. 14 introduziu a gestão democrática a ser construída

no interior das escolas, pois entendemos a reorganização da escola como uma reflexão do

seu cotidiano, para que possa ocorrer realmente a consolidação desta proposta.

Como afirma Ilma Passos: “A construção do projeto político pedagógico requer

continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de tomada de

decisões e instalação de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório”.

Nosso objetivo é o de possibilitar a reflexão coletiva dos educadores sobre sua prática

pedagógica, buscando melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem da escola, resgatando

a função social da escola pública e garantindo os princípios democráticos e da gratuidade.

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2 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Assim, o documento final expressa à política de gestão democrática da Escola,

contemplando princípios de valores praticados, respaldados num oferecimento de boa

formação aos seus alunos, espaço de diálogo e aceitação das diferenças, compromisso ético

e moral, assumindo posições e atitudes coletivas e integradoras, reconhecendo e trabalhando

para que a educação pública seja um bem público de direito à todos, num contínuo exercício

de democracia e justiça social.

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3 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

ESTABELECIMENTO:

Colégio Estadual Maria da Luz FurquimEnsino Fundamental, Médio e Normal código: 00022

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO:Área Metropolitana Norte Código: 02

MUNICÍPIO: RIO BRANCO DO SUL CÓDIGO: 2240

ENDEREÇO: Rua Paraná nº 90 Bairro:Centro CEP: 83540-000

FONE/FAX : (41) 3652-7235

E-MAIL: [email protected] ou [email protected]

SITE: http://www.rblmaria.seed.pr.gov.br

CURSOS EM FUNCIONAMENTO:

• Curso Ensino Fundamental 5/8 Rec. de curso: Ato: Res. 4192/1994 de 26/08/1994 DOE: 12/09/1994

• Curso Ensino Médio Rec. De curso: Ato: Res. 4026/1997 DOE: 09/01/1998

• Curso Profissionalizante Formação de Docentes Educação Infantil dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Aut. de Funcionamento: Ato: Res. 2408/2008 de 13/06/2008 DOE: 11/08/2008

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4 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

O QUE FUNDAMENTA LEGALMENTE A CONSTRUÇÃO DO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

Constituição Federal de 1988

Capítulo III

Da Educação, da Cultura e do Desporto

Seção I

Da Educação

Art. 205 A educação , direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e

incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,

seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art.206 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o

saber;

III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições

públicas e privadas de ensino;

IV- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V- Valorização dos profissionais, garantido, na forma da lei, plano de carreira para op

magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivo por

concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico para todas as

instituições mantidas pela União.

VI- Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII- Garantia de padrão de qualidade.

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5 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Lei De Diretrizes e Bases da Educação Nacional

Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996.

Titulo II

Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Art.2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos

ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,

seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art.3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e

o saber;

III - Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV – Respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII- Valorização do profissional da educação escolar;

VIII- Gestão democrática do ensino público, na forma da Lei e da legislação dos

sistemas de ensino;

IX- Garantia do padrão de qualidade;

X- Valorização da experiência extra-escolar

XI- Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

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6 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Os Docentes e a construção do Projeto Político Pedagógico

TÍTULO IV

Da Organização da Educação Nacional

Art.13 Os docentes incumbir-se-ão de

I- Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

II- Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino;

III- Zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV- Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

V- Ministrar os dias letivos e horas aula estabelecidas, além de participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao

desenvolvimento profissional;

VI- Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade.

Art. 14 Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino

público na educação

básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I- Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico

da escola;

II- Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes.

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7 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

1 MARCO SITUACIONAL

1.1 ANÁLISE CRÍTICA DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA

PRÁTICA DOCENTE, EXPLICITANDO AS PRINCIPAIS QUESTÕES DA

ESCOLA

As dimensões que envolvem toda a escola, implicam em direitos, deveres,

compromissos e responsabilidade de todos os segmentos da comunidade envolvendo também

parceria pública e privada, contribuindo para o pleno desenvolvimento da pessoa,

preparando-a para o exercício consciente da cidadania, qualificação para o trabalho.

Propiciar-lhe elementos para se tornar cidadão engajado, participativo, buscando uma

sociedade verdadeiramente democrática, justa e solidária.

A escola deve trabalhar a interdisciplinaridade do “ser” buscando sua formação

integral, isto é, o desenvolvimento dos domínios cognitivos, afetivos, psicomotor e social.

A nossa proposta é voltar para o contexto social, cultural, econômico e regional do

educando. Priorizar suas necessidades para enfrentar o meio em que está inserido.

A proposta de ensino precisa ser colocada em prática para não permanecer apenas na

ação reflexiva.

Igualdade de oportunidades; condição para acesso e permanência na escola; qualidade

para todos. Forma de se trabalhar os conteúdos mobilidade, vivência, análise das mudanças.

Todos estes aspectos, fazem parte da natureza da ação pedagógica e a valorização do

magistério, sendo princípios vitais da qualidade na formação profissional e continuada. Visão

global da transformação social, professores que os alunos gostariam de ter e como seriam os

alunos que os professores gostariam de ter; aprender a ensinar; o que fazer para a permanência

na escola, pois o aluno precisa trabalhar e, a escola, o professor, não são interessantes.

1.2 DADOS DO MUNICÍPIO

INFORMAÇÕES ADMINISTRATIVAS - 2007Origem do município - Desmembramento Cerro AzulData de instalação do município 11/10/1947Data de comemoração do município 11 de OutubroFONTE: IPARDES

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8 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

ÁREA TERRITORIAL E DISTÂNCIA À CAPITAL - 2007Área territorial 816,712 km²Distância à capital da sede municipal 28,36 kmFONTE: ITCG (Área), SETR (Distância)

NÚMERO DE DOMICÍLIOS SEGUNDO USO E ZONA - 2000DOMICÍLIOS URBANA RURAL TOTAL

TOTAL DE DOMICÍLIOS Coletivos Particulares

Ocupados Não ocupados

De uso ocasional Fechados Vagos

5.9295

5.9245.376

5484627

475

3.3471

3.3462.521

825390

-435

9.2766

9.2707.8971.373

43627

910FONTE: IBGE - Censo DemográficoNOTA: Dados da sinopse preliminar do censo.

DEMOGRAFIA

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO AS FAIXAS ETÁRIAS E SEXO - 2000FAIXAS ETÁRIAS (anos) MASCULINO FEMININO TOTAL

Menores de 1 anoDe 0 a 4 De 5 a 9De 10 a 14 De 15 a 19 De 20 a 24 De 25 a 29 De 30 a 34 De 35 a 39 De 40 a 44 De 45 a 49 De 50 a 54 De 55 a 59 De 60 a 64 De 65 a 69 De 70 e mais TOTAL

3101.3871.6621.6561.6831.4871.2631.137

981809777504439354290404

15.143

3421.3561.6081.5021.5571.3791.2181.075

942763617498433324232352

14.198

6522.7433.2703.1583.2402.8662.4812.2121.9231.5721.3941.002

872678522756

29.341FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Resultados da amostra

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO A ZONA – 2000POPULAÇÃO URBANA RURAL TOTAL

Total 20.049 9.292 29.341

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Resultados da amostra

CONTAGEM DA POPULAÇÃO – 2007: 31.486

POPULAÇÃO ESTIMADA – 2008: 32.815 FONTE: IBGE

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9 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

EDUCAÇÃO

MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA - 2007

FONTE: FUNDEPAR

CORPO DOCENTE E ESTABELECIMENTOS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA - 2006EDUCAÇÃO BÁSICA PRÉ-ESCOLAR FUNDAMENTAL MÉDIODOCENTES

Estadual MunicipalParticular

ESTABELECIMENTOS DE ENSINOEstadualMunicipalParticular

41-

329

13-

112

34616116718459

342

101101

--55--

FONTE: MEC - INEPNOTA: Corpo Docente - um docente pode lecionar em mais de um grau / modalidade de ensino.

TAXA DE ANALFABETISMO SEGUNDO AS FAIXAS ETÁRIAS – 2000FAIXAS ETÁRIAS (anos) TAXA (%)De 15 ou mais De 15 a 19 De 20 a 24 De 25 a 29 De 30 a 39 De 40 a 49 De 50 e mais

16,72,94,36,410,821,047,0

FONTE: IBGE

TRABALHO

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) SEGUNDO ZONA E SEXO – 2000URBANA RURAL MASCULINO FEMININO PEA TOTAL

8.041 4.026 8.369 3.698 12.067

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Resultados da amostraNOTA: PEA de 10 anos e mais.

Federal Estadual Municipal Particular TOTAL

--

123-

123

--

26365

301

-2.7523.463

2656.480

1.261

1.261

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10 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

POPULAÇÃO OCUPADA SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS - 2000ATIVIDADES ECONÔMICAS Nº DE PESSOAS

Agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca Indústria extrativa, distribuição de eletricidade, gás e água Indústria de transformação Construção Comércio, reparação de veículos automotivos, objetos pessoais e domésticos Alojamento e alimentação Transporte, armazenagem e comunicação Intermediações financeiras, ativ. imobiliárias, aluguéis, serv. prestados a empresas Administração pública, defesa e seguridade social Educação Saúde e serviços sociais Outros serviços coletivos sociais e pessoais Serviços domésticos Atividades mal definidas TOTAL

2.990377

1.3961.1511.232

34548148941846516528282842

10.661

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Resultados da amostra

PRODUTO E RENDA

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) PER CAPITA – 2005PIB per Capita (R$1,00)

12.124

FONTE: IBGE, IPARDESNOTA: Nova metodologia. Referência 2002.

INDICADORES

ÍNDICE DE GINI - 2000ÍNDICE DE GINI

0,550

FONTE: IBGE - Censo DemográficoNOTA: Mede o grau de concentração de uma distribuição, cujo valor variade zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima).

COEFICIENTE DE MORTALIDADE – 2006INFORMAÇÃO COEFICIENTE UNIDADE

Infantil (CMI) 9,98 mil nascidos vivosFONTE: SESA-PRNOTA: Dados reavaliados pela fonte.

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11 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

DENSIDADE DEMOGRÁFICA – 2007DENSIDADE DEMOGRÁFICA (hab/km²)

38,55FONTE: IPARDESNOTA: Calculada em função da contagem da população do IBGE.

GRAU DE URBANIZAÇÃO – 2000GRAU DE URBANIZAÇÃO (%)

68,33FONTE: IBGE - Censo Demográfico

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH-M) – 2000INFORMAÇÃO ÍNDICE UNIDADEEsperança de vida ao nascer Taxa de alfabetização de adultos Taxa bruta de freqüência escolar Renda per capita Longevidade (IDHM-L)Educação (IDHM-E)Renda (IDHM-R) IDH-M Classificação na unidade da federaçãoClassificação nacional

66,0183,2668,89178,95 0,683 0,7850,6390,7023302.953

Anos%% R$ 1,00

FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - PNUD, IPEA, FJP

1.3 ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA

No ano de 1914, foi criado em Rio Branco do Sul, uma Escola Isolada, que

funcionava em estabelecimento próprio, constituído de madeira, área doada pelo chefe do

município, Coronel Carlos Pioli. Funcionavam nessa Casa Escolar, quatro classes, em dois

períodos. Foi nessa época que a escola recebeu as primeiras professoras normalistas das quais

citam-se: Aurora Oliveira Cortes e Nair Kalmann.

Em 1936, a escola isolada foi elevada à categoria de Casa Escola General Osório,

funcionando com quatro classes em dois períodos.

No ano de 1955, aos 22 dias do mês de junho, o estabelecimento foi elevado à

categoria de Grupo Escolar com a denominação de Maria da Luz Furquim, por decreto que

recebeu o nº. 11.197. Tendo como primeira Diretora a professora normalista Sara Furquim,

que dirigiu o estabelecimento até 1966. A escolha do nome dado ao estabelecimento foi em

homenagem póstuma à ex-professora do mesmo.

Durante esse período a Escola funcionou regularmente, de acordo com o regimento

Interno dos Grupos Escolares e com média de seiscentos alunos por ano letivo, sendo seu

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12 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

corpo docente 20 a 25 professores especializados para trabalhos manuais e orientação escolar.

Na gestão do então Prefeito Octávio Furquim, foi construído seu prédio próprio, em

alvenaria, com quase todos os requisitos pedagógicos.

Na inauguração estiveram presentes várias autoridades; o Governador, Secretário da

Educação e Secretário de Viação de Obras e a Sra. Professora Diva – Chefe de Ensino

Normal, a qual foi homenageada com a inauguração da biblioteca com o seu nome.

A partir de 1960, o Grupo Escolar Maria da Luz Furquim, passou a pertencer a 2ª

Inspetoria Regional de Ensino. Em 1967, teve como diretora a professora normalista Flora

Zacarquim, entregando o cargo à Irmã Tereza Modsinski, que permaneceu até o final de

1968.

Em 1969, foi designada por Portaria nº 2.725/69 a professora Irmã Edviges Gaioski,

para exercer a função nesse Grupo Escolar, como Diretora, até maio de 1977.

Em 1977, no dia 24 de maio, tomou posse como diretora da Escola Maria da Luz

Furquim a professora Irmã Leoni Lúcia Walesco, designada para exercer a função pela

Resolução 831/77.

Em 18 de janeiro de 1978, pelo decreto nº 4559/78, ficou incorporada ao Complexo

Escolar Barão do Rio Branco com o nome de Escola Maria da Luz Furquim – Ensino de 1º

grau.

No dia 28 de abril de 1980, pela Resolução nº 601/80 assumiu a direção da Escola a

Irmã Emília Cochenski, sendo a mesma, em novembro de 1983, escolhida por eleição através

da lista tríplice, designada pela resolução nº 2.942/83.

Em 20 de janeiro de 1983, pela resolução 205, o estabelecimento passou a chamar-se

Escola Estadual Maria da Luz Furquim- Ensino de 1º grau.

Em 1984, pela resolução nº 2.157/84, assumiu a direção a professora Irmã Wanda

Kreczynski, que teve seu mandato renovado em novembro de 1985, através de eleição direta

para diretores de Escolas Estaduais, empossada pela resolução nº 190/86, permanecendo até

03 de janeiro de 1988, quando em 04 de janeiro, deste mesmo ano, através da Resolução nº

4.905/87, assumiu a direção a professora Rosina Costa de Moraes, sendo reeleita e empossada

pela Resolução nº 3.497/89 aos 02 de janeiro de 1990.

Em 02 de janeiro de 1990, através da resolução nº 1821/90 teve a autorização de

funcionamento de 5ª a 8ª séries e Habilitação Magistério, passando a denominar-se Colégio

Estadual Maria da Luz Furquim-Ensino de 1º e 2º graus. O funcionamento do Curso de

2º grau de Educação Geral-Preparação Universal foi autorizado no ano de 1991, quando o

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13 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

ensino de 1ª a 4ª série foi municipalizado, passando a escola à Escola Municipal Prefeito

Octávio Furquim – Ensino de 1º Grau, pela Resolução Secretarial nº 1.717/91.

No dia 02 de agosto de 1993, a professora Rosina Costa Moraes, foi novamente

empossada, a qual foi reeleita através da eleição direta para diretores de escolas

Estaduais, tendo como base legal a Resolução nº 4.042/93.

A Professora Vera Lúcia Pereira Baido foi eleita pelo voto direto e tomou posse em 20

de janeiro de 1998, pela Resolução nº 4272/97.

A partir de 1998, segundo as normas da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), passa a se

chamar Colégio Estadual Maria da Luz Furquim-Ensino Fundamental e Médio. Em

dezembro de 2000, no processo de transição, o nome da Professora Vera Lúcia foi

referendado, permanecendo no cargo de Diretora do Colégio Estadual Maria da Luz Furquim

– EFM. Em nova consulta a Comunidade Escolar realizada em outubro de 2001, a

Professora Vera Lúcia Pereira Baido é reeleita e reconduzida ao cargo de Diretora, pela

Resolução nº 3069/01 DOE 01/04/02.

Em 2002, o Colégio passa a funcionar em sua nova sede na Rua Paraná, nº 90, Centro,

com instalações amplas: sala de secretaria; 10 salas de aula; sala de direção ; sala de

orientação; sala de supervisão; sala de professores; lavatórios; dependências sanitárias

amplas e bem estruturadas; cantina; depósito de merenda; sala de refeitório; Laboratório de

Informática; Laboratório de Ciências, que comporta 40 alunos ; Biblioteca; Sala Multiuso;

cancha poliesportiva com iluminação; portão eletrônico.

Em 2005 a professora Juciane de Bonfim Santos é eleita diretora do Colégio, tomando

posse em 2006 através da resolução nº058/06 – DOE 7145, sendo reeleita em 2008.

Em 2007, foi reimplantado o CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES DA

EDUCAÇÃO INFANTIL E DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, EM

NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL, que era um grande anseio de toda a

comunidade escolar riobranquense, com autorização de funcionamento sob número

2408/2008- DOE de 11/08/2008 passando então, o Colégio, denominar-se Colégio Estadual

Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Nesse mesmo ano, foi

implantado o recurso pedagógico TV Pendrive e o Sistema PR Digital.

Em 2008 com recursos recebidos da SEED, através da APMF, o Colégio foi

contemplado com a construção de duas salas de aula, emergenciais, construídas em madeira.

Ti

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14 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Em 2009, teve início a construção da cancha poliesportiva com cobertura, finalizada

agora em 2010. Teve início o processo de abertura do Curso Técnico em Meio Ambiente, ao

qual estamos nos adequando para obter a autorização de funcionamento.

Neste ano de 2010, foi implantada internet wirelles, proporcionando acesso a todos os

professores que desejarem utilizar-se desse recurso pedagógico para elaborarem suas aulas e

trabalharem com os alunos.

♦ Espaço Físico

No ano de 2002 , recebemos uma Unidade Nova para o Colégio Estadual Maria da

Luz Furquim, o qual hoje conta com:

Sala da secretaria da escola contendo: escrivaninhas, arquivos de aço, armários,

telefones, microcomputadores, impressoras (multifuncional e wireless), fax, interfone e

câmera direcionada ao portão de entrada do Colégio, sinal eletrônico. Contamos com o

sistema PR Digital, proporcionando interligação do sistema escola.

Salas de aula, num total de 13, com capacidade para 40 alunos cada , com

excelente luminosidade natural; sistema de áudio e, todas com TV’s PENDRIVE

devidamente instaladas;

Sala da direção contendo : computador , impressora , armários , escrivaninha ,

cadeiras;

Sala da equipe pedagógica contendo: computador , impressora , armários ,

escrivaninhas , cadeiras; retroprojetor;

Sala dos professores contendo: biblioteca do professor implantada em 2008,

quadro branco, mesa de reuniões, cadeiras, sofás, armários, murais, mimeografo;

Sala de atividades extracurriculares/complementação curricular: Sala de Apoio,

Projeto Viva a Escola, Celem Espanhol e Sala de Recurso, com cadeiras, carteiras, mesa,

quadro de giz, armário. Estamos aguardado material de trabalho para atendimentos aos

alunos da Sala de Recursos (computador, impressora, ....

Lavatório em cada piso ;

Cantina contendo: freezers , geladeiras, liquidificador industrial, batedeira ,

processador industrial, fogão industrial, balcões de mármore com portas de vidro,

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15 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

utensílios diversos, forno elétrico, microondas, casa do gás com instalação para cilindro P-

45;

Depósitos: de merenda ; material de limpeza; material de Educação Física;

Pátio coberto, conjugado com refeitório equipado com mesas e bancos e

lavatório com 7 torneiras (com sanitários masculino e feminino, anexos); bebedouro de

água filtrada refrigerada para melhoria da qualidade da água consumida por toda a

comunidade escolar.;

As dependências sanitárias são amplas e bem estruturadas, banheiros

masculinos (01 lavatório com 6 torneiras, 6 vasos sanitários e 2 mictórios , chuveiro) ,

femininos (com 10 vasos sanitários cada , chuveiro, 01 lavatório com 6 torneiras) , um

banheiro para portadores de deficiências físicas , dois banheiros anexos à sala de

professores (1 vaso sanitário e lavatório em cada)

Laboratório de informática, contendo 30 microcomputadores (PR Digital e

Proinfo), totalmente operantes, com acesso à internet banda larga, permitindo acesso à

rede mundial de computadores (WEB- World Wide Web) possibilitando integração aos

diversos canais de fonte de pesquisa e enriquecimento de propostas pedagógicas.; mesas e

cadeiras para 60 alunos , quadro branco , persianas , janelas e portas com proteção de

grade de ferro, armário e sistema de alarme;

Laboratório de Ciências , que comporta 40 alunos , possui vidraria básica para

aulas de Química , Física , Biologia , Ciências , 02 microscópios , equipamentos de física ,

torsos , persianas, lavatório , bancadas , capela ; quadro de giz.

Biblioteca , com acervo bibliográfico que atende ensino fundamental, médio e

profissionalizante; persianas , cadeiras e mesas,copiadora, material pedagógico ;

aquisição da Enciclopédia Barsa, enriquecendo os recursos de pesquisas além da internet.

A sala multiuso foi destinada à sala de aula, tendo em vista a demanda de

abertura de turmas.

Cancha poliesportiva coberta e com iluminação;

Portão eletrônico ;

Melhoraria do pátio externo, adaptado para cancha alternativa, totalmente

reconstituído o piso, para a realização de práticas esportivas.

Instalação de um sistema de câmeras de segurança, alocado em determinados

ambientes como: saguão, corredores e pátio externo, objetivando preservar o patrimônio.

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16 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Revitalização da fachada do Colégio em parceria com a APMF, que está em

fase de construção, com calçamento, estacionamento, ajardinamento e paisagismo.

Instalação de sistema de áudio em todas as salas do estabelecimento de ensino .

Aquisição de recurso tecnológico como: notebook, Datashow/multimídia,

câmera fotográfica

Revitalização estética da pintura externa e interna.

Manutenção de portas e fechaduras, seguido de pintura.

Reposição de equipamentos deteriorados com o tempo como: Aquisição de

aparelhos de utilidades domésticas e enceradeira.

1.4 REALIDADE DA ESCOLA

A população atendida pela escola tem procedência da área urbana (centro e periferia

da cidade) e área rural. É constituída de pré-adolescentes, adolescentes, jovens e adultos.

Tem um perfil diferenciado quanto às características socioeconômicas, pois sendo uma

escola de porte grande conta com alunos oriundos da classe média, média-baixa, menos

favorecidos. Portanto, apesar de estar localizada na área central da cidade de Rio Branco do

Sul, recebe alunos da periferia da cidade e da área rural, denotando grande diversidade.

Neste universo, encontramos muitas famílias desestruturadas, com baixa escolaridade

e uma minoria com graduação. Podemos analisar esses cenários, no questionário

socioeconômico direcionado aos nossos alunos o qual apresentamos nos anexos desse

documento, onde obtivemos uma amostragem para as constatações pertinentes.

O Mundo do Trabalho está constituído de agricultores, comerciantes, operários,

funcionários públicos, autônomos, bóias-frias, famílias no subemprego e desemprego.

A aprendizagem escolar é bastante comprometida mediante a realidade social em que

nossos alunos estão inseridos. Mas, com todas as dificuldades, podemos observar que a

metodologia adotada pela escola tem conseguido suplantar essas dificuldades e tem

conseguido ajudar seus alunos a seguir em frente. As avaliações externas institucionais quanto

aos índices de aprovação e reprovação, demonstram que temos conseguido manter uma linha

constante de desempenho, constatando assim, que nossos esforços estão na direção certa.

Enaltecemos as conquistas dos nossos alunos, que têm conseguido passar em

concursos, em vestibulares e conseguem inserir-se no mercado do trabalho.

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17 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

A participação da comunidade local deixa a desejar. A participação nos eventos

promovidos está aquém da meta desejada pela Escola, que se esforça para fortalecer a prática

da gestão democrática. Ainda não conseguimos encontrar uma maneira de atrair os pais, mas

buscamos insistentemente esta realidade.

Existe ainda, uma grande defasagem de valorização da importância da educação. Isso,

é reflexo do processo histórico-cultural da sociedade, que tem dificuldade em repassar valores

firmes referentes a essa responsabilidade com a educação.

Não existe educação sem o tripé: formação do professor, valorização e condições de

trabalho, sendo no dia-a-dia uma luta constante e imprescindível para fazer a diferença.

1.5 SÍNTESE DA REFLEXÃO DOS DADOS DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O QUE TEMOS? O QUE QUEREMOS?

SOCIEDADE

Desigual, injusta, pobre, semi-alfabetizada, desestruturada, ino-perante, preconceituosa e renda mal distribuída.

Justa, comprometida, humana, solidária, critica, consciente, acesso à cultura e renda bem distribuída.

ESCOLA

Rotatividade de professor, ensino descontextualizado (médio).

Sem rotatividade, definição do quadro de professores, fixação do professor na escola.

ALUNOS

Heterogêneos, conformados, desmo-tivados, revoltados, rebeldes, omissos, carentes, alegres, com potencial.

Envolvidos, comprometidos com a aprendizagem, com perspectivas, felizes.

PROFESSORES

Comprometidos e descomprometidos, motivados e desmotivados, diversidade (cultural sem leitura), atuantes responsáveis e sem estabilidade.

Comprometidos, assíduos, esta-bilizados, com segurança de trabalho, plano de saúde, médico, psicológico, fonoaudiólogo, avaliação ocupacional e investimento educacional

FUNCIONÁRIOS Defasagem, estabilidade e sem estabilidade, valorização salarial, sem plano de saúde, motivados e desmotivados, comprometidos e descomprometidos.

Valorizados motivados, concursados, com plano de saúde plano de carreira, formação continuada.

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18 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Queremos:

Escola com comprometimento, comunidade participativa, trabalhar com os elementos

constitutivos da gestão democrática: participação, pluralismo, autonomia, transparência,

alunos com melhores horizontes, formação que faça a diferença, reconhecimento dos

educadores, remuneração compatível e formação continuada.

Desafio:

Como trabalhar essas questões no seio da escola, dentro da sala de aula e no cotidiano

das atividades formativas, de tal forma que os alunos consigam incorporar conhecimentos e

comportamentos que levem a uma transformação para uma sociedade mais justa e humana,

com : bons exemplos, boas atitudes, postura, diálogo, ética profissional e humana,

perspectiva, atualização dos membros da escola, coletividade, união, unidade de pensamento,

profissionalismo, enfim, interação de toda a comunidade escolar.

1.6 EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Nosso Colégio insere no calendário escolar do ano letivo, várias atividades com

experiências pedagógicas extraclasse. Na reunião do momento pedagógico, que inicia as

atividades do professor dentro da escola, discutimos e priorizamos vários temas que serão

desenvolvidos na sala de aula e também extraclasse , pois a educação é um processo

formativo que se desenvolve também fora do ambiente familiar , sendo na convivência do dia

a dia , nos movimentos sociais e nas manifestações culturais.

As atividades extraclasses permitem ao aluno desenvolver-se integralmente no

aspecto físico, emocional e social. Os projetos permitem ao aluno o envolvimento com sua

turma e outras turmas , para pesquisa , discussão , debate e conclusão , oportunizando o

crescimento individual do aluno. As feiras e palestras são os resultados e a complementação

do trabalho em sala de aula , em busca de aprimoramento dos conteúdos numa linguagem de

valorização e vinculação entre escola e prática.

Entre projetos, atividades extraclasse, festivais, semana cultural, feiras, oficinas e

palestras , citamos:

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19 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Participação no FERA - Festival de Arte da Rede Estudantil do Paraná

Jogos Escolares ( nível municipal e regional)

Festa junina

Gincana do meio ambiente

Campanha da Solidariedade

Mostra de Poesia

Festival de Dança

Participação em concursos

Grêmio estudantil

Palestras: ( saneamento básico, meio ambiente, saúde preventiva, sexualidade

e drogas).

Feiras (Cultural , Ciências)

Conferencias (escolar e regional) do Meio Ambiente

Projetos (Grupo de Dança , Campanha do Agasalho, Concurso Garota e Garoto

Maria Luz, Cidadania, Mostra Literária)

1.7 QUADRO DE PESSOAL – FORMAÇÃO

PROFESSORES

NOME FUNÇÃO VÍNCULO FORMAÇÃO

ALISSON NAGIB BOMFIM Prof. GEOGRAFIA PSS NÃO LICENCIADO

ALVARO FONSECA DUARTE Prof. HISTÓRIA QPM LICENCIATURA PLENA

ALVIN ALEXANDRO FERREIRA DA SILVA Prof. EDUCAÇÃO FÍSICA PSS LICENCIATURA PLENA

ANDREA SILVA BARBOSA SCHMIDT Prof. BIOLOGIA/CIÊNCIAS PSS LICENCIATURA PLENA

ANDREIA APARECIDA DE CRISTO SZARWARK

Prof. GEOGRAFIA/PRÁTICA DE ESTÁGIO

QPMLICENCIATURA PLENA

ANE CAROLINE LESNIOWSKI Prof. FILOSOFIA PSS NÃO LICENCIADO

ANGELA APARECIDA LINS MACHADO Prof. SOCIOLOGIA/FILOSOFIA PSS LICENCIATURA PLENA

ANTONIO RAMOS Prof. INGLÊS QPM LICENCIATURA PLENA

ARMANDO SCHWARTZ FILHO Prof. FÍSICA/MATEMÁTICA QPM LICENCIATURA PLENA

CARLOS LEONARDO LESNIOWSKI Prof. SOCIOLOGIA/FILOSOFIA PSS NÃO LICENCIADO

CELIANE FORMES DALAZUANA Prof. MATEMÁTICA PSS LICENCIATURA PLENA

CLAUDETE GALLI Prof. SOCIOLOGIA PSS LICENCIATURA PLENA

CRISLEINE ESTER PAES PINTO Prof. MATEMÁTICA QPM LICENCIATURA PLENA

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20 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

DANIEL BOMFIM FARIA Prof. EDUCAÇÃO FÍSICA PSS LICENCIATURA PLENA

DANIELA ELIZA FREITAS BONTORIN Prof. MATEMÁTICA QPM LICENCIATURA PLENA

DANIELA NEVES WOSCH MIRANDA Prof. EDUCAÇÃO FÍSICA PSS LICENCIATURA PLENA

DANIELE AGNER BEDIN Prof. INGLÊS PSS LICENCIATURA PLENA

DANUSA BEDIM Prof. ARTE PSS LICENCIATURA PLENA

DULCINEIA APARECIDA FERREIRA Prof. LÍNGUA PORTUGUESA PSS LICENCIATURA PLENA

ELIANE DO ROCIO BARROS TEIXEIRA Prof. ARTE QPM LICENCIATURA PLENA

ELIANE LIESEMBERG DIAS FERREIRA Prof. INGLÊS PSS LICENCIATURA PLENA

ELISANGELA RODRIGUES BAIDO Prof. MATEMÁTICA QPM LICENCIATURA PLENA

ELOINA DO ROCIO MORAES PORFIRIO Prof. LÍNG PORT/ ORG TR.PED. PRÁTICA DE ESTÁGIO

QPMLICENCIATURA PLENA

EMERSON DE OLIVEIRA Prof. EDUCAÇÃO FÍSICA PSS LICENCIATURA PLENA

ETELVINO VIEIRA CAVALCANTE NETO Prof. QUÍMICA QPM LICENCIATURA PLENA

EVANISE PASCOA COSTA Prof. ARTE QPM LICENCIATURA PLENA

EVELYN FRANCYELLI LILLES TEIXEIRA Prof. EDUCAÇÃO FÍSICA PSS NÃO LICENCIADO

FERNANDA BITTENCOURT DE GOES Prof. INGLÊS PSS LICENCIATURA PLENA

FERNANDO ALVES RAMOS Prof. MATEMÁTICA/ EDUC FIS PSS NÃO LICENCIADO

FLAVIA MARIA WOSCH ABRAM Prof. HISTÓRIA PSS LICENCIATURA PLENA

FRANCIELE CRISTINA ROCHA Prof. CIÊNCIAS PSS NÃO LICENCIADO

GILDEMAR SILVA LIMA Prof. BIOLOGIA PSS LICENCIATURA PLENA

GLAUCIA CAVALLI Prof. ARTE QPM LICENCIATURA PLENA

GLEISIANE FERNANDA DE FREITAS Prof. MATEMÁTICA PSS LICENCIATURA PLENA

JENIFFER MALTACA GONCALVES Prof. GEOGRAFIA PSS NÃO LICENCIADO

JOANA LEONI DE FARIA GRANIEL Prof. LÍNG PORT/CELEM ESP QPM LICENCIATURA PLENA

JOSE ANTONIO RIBEIRO Prof. QUIMICA PSS NÃO LICENCIADO

JOSIANE CRISTINE TEIXEIRA Prof. BIOLOGIA QPM LICENCIATURA PLENA

LEA CRISTINA DOS SANTOS Prof. SALA DE RECURSOS QPM LICENCIATURA PLENA

LILIAN DE FATIMA SIQUEIRA Prof. HISTÓRIA PSS LICENCIATURA PLENA

LILIANE DENISE LICODIEDOFF Prof. QUÍMICA/CIÊNCIAS QPM LICENCIATURA PLENA

LUCIA PEREIRA DE LARA Prof. FILOSOFIA PSS LICENCIATURA PLENA

MARCIA JOCILIANE TOSTO Prof. LÍNGUA PORTUGUESA PSS NÃO LICENCIADO

MARI ESTELA DOMAKOSKI MARCANTE Prof. TRAB PED NA EDUC INF PSS LICENCIATURA PLENA

MARIA HELENA BUSATO TEIXEIRA Prof. GEOGRAFIA QPM LICENCIATURA PLENA

MARIA ROSELI DE FARIA BRITO Prof. LINGUA PORTUGUESA QPM LICENCIATURA PLENA

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21 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

MATEUS GONCALVES DE OLIVEIRA Prof. FILOSOFIA/HISTÓRIA PSS NÃO LICENCIADO

MAURICIO JOSE ANTONIACOMI Prof. FILOSOFIA/SOCIOLOGIA PSS LICENCIATURA PLENA

MICHELE ROMANO Prof. HISTÓRIA PSS NÃO LICENCIADO

MIREILLE ELIAS CRUZ ROSA Prof. INGLÊS PSS NÃO LICENCIADO

NABIANE BOMFIM CARNEIRO Prof. EDUCAÇÃO FÍSICA PSS LICENCIATURA PLENA

NEUSA TEREZINHA ROMANO Prof. GEOGRAFIA PSS LICENCIATURA PLENA

PATRICIA HELENA WOSCH DE CARVALHO Prof. MATEMÁTICA QPM LICENCIATURA PLENA

PAULO CEZAR LARA AMESTRONG Prof. FÍSICA QPM LICENCIATURA PLENA

REGINA APARECIDA RIBEIRO DO VALE Prof. PRÁTICA DE FORMAÇÃO PSS LICENCIATURA PLENA

ROSANA APOLINARIO DA ROSA Prof. EDUCAÇÃO FÍSICA PSS LICENCIATURA PLENA

ROSELI DO ROCIO DE SOUZA Prof. SOCIOLOGIA PSS LICENCIATURA PLENA

ROSILDA MARIA COSTA LESNIOVSKI Prof. LIT INFANTIL/LING PORT MET DO ENS DE PORT ALFAB

PSSLICENCIATURA PLENA

ROZILDA SANTANA GUIMARAES Prof. ARTE/ INGLÊS PSS NÃO LICENCIADO

RUBIA CLEMENTE ZEM Prof. QUÍMICA PSS NÃO LICENCIADO

SANDRA DO ROCIO FREITAS ZONATTO Prof. CIÊNCIAS PSS NÃO LICENCIADO

SOLANGE DE FATIMA ELIAS Prof. CONC NORT ED ESPEC PSS LICENCIATURA PLENA

SUZANA APARECIDA BRACOVESCZ MOR-DHOST

Prof. SOCIOLOGIA PSSLICENCIATURA PLENA

SUZANA APARECIDA WOSNIAK DE FREI-TAS

Prof. ARTE PSSLICENCIATURA PLENA

VANDERSON ISMAEL CORREA DE ALMEI-DA

Prof. INGLÊS PSSNÃO LICENCIADO

VERA LUCIA PEREIRA Prof. LÍNGUA PORTUGUESA QPM LICENCIATURA PLENA

VERIDIANE CRISTINA BENATO Prof. LÍNGUA PORTUGUESA PSS LICENCIATURA PLENA

VIVIANE ALESSANDRA CAVALLI Prof. ENSINO RELIGIOSO PSS NÃO LICENCIADO

VIVIANE DYSARZ DE MEIRA Prof. LÍNGUA PORTUGUESA QPM LICENCIATURA PLENA

VIVIANE RAQUEL ELIAS COSTA Prof. LÍNGUA PORTUGUESA QPM LICENCIATURA PLENA

WILTON RICARDO BINI Prof. EDUCAÇÃO FÍSICA PSS LICENCIATURA PLENA

OBS: Os professores de Sociologia e Filosofia trabalham com alunos do Curso Formação de Docentes, ministrando as disciplinas de:

Fund Hist da Educação; Fund Psic da Educação; Fund Sociol da Educação; Fund Hist e Pol da Educação; Fund Filos da Educ.

FUNCIONÁRIOS

NOME FUNÇÃO VÍNCULO FORMAÇÃO

AGLAIR CROPOLATO COSTA 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

ESTAT. ADMIN ENSINO FUND INC FUNDAMENTAL

ANDREIA TOME 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA PSS PEDAGOGIA

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22 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

BEATRIZ DO ROCIO PUCHMILLER DA SILVA

9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

QFEB ENSINO MÉDIO

BERENICE FARIA GEFER 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA PSS PEDAGOGIA

CLAIR DE FATIMA DA SILVA COSTA 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

PSS ENSINO MÉDIO

CLEMENTINA DOS SANTOS NOVAK 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

QFEB ENSINO FUNDAMENTAL

CLEUNICE DYSARZ MARIANO 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA PSS PEDAGOGIA

DERCI TEREZINHA FARIA RIBAS 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

PSS ENSINO MÉDIO

ELZA WENDRECHOVSKY BONFIM 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC AD-MINIST

QFEB MAGISTÉRIO SUPERIOR

EUZIANE DE SOUZA CAMPOS 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC AD-MINIST

QPPE ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO

GISELE PATRICIA BINI SILVA 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC AD-MINIST

QFEB ENSINO MÉDIO

JANETE MATOSO DE LARA 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

PSS ENSINO MÉDIO

JEFFERSON CARLOS CAPPELLARO VI-DAL DA CRUZ

9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

QFEB ENSINO MÉDIO

JOCELI FATIMA DO ROSARIO 9043 - PROFUNCIONARIO QPM PEDAGOGIA

JOCIMARA BARROS TEIXEIRA CAVA-LHEIRO

9132 - DIRETOR AUXILIAR QPM HISTÓRIA

JOHNNY JOSE CORDEIRO PAES 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC AD-MINIST

QFEB ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO

JUCIANE DE BONFIM SANTOS 9131 - DIRETOR QPM PORTUGUÊS/INGLÊS

KARINE RAFAELA BONTORIN 9731 - SECRETARIO/ESCOLA QFEB ADMINISTRAÇÃO

LUANA TEREZINHA LICODIEDOFF 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC AD-MINIST

QFEB ENSINO MÉDIO

MARIA APARECIDA RIBAS DOS SAN-TOS

9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

QFEB ENSINO MÉDIO

MARIA DE LOURDES AMESTRONG TOSTO

9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

QFEB ENSINO MÉDIO

MARIA EMILIANE LAZAROTO 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA PSS PEDAGOGIA

MARILENE DO ROCIO ROCHA 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC AD-MINIST

QFEB ECONOMIA

MARILES DO ROCIO CORDEIRO PAES 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

QFEB ENSINO FUNDAMENTAL

MARILZA DE FATIMA CORDEIRO RI-BEIRO

9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

PSS ENSINO MÉDIO

OTILIA DO ROCIO CUMIN 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA PSS PEDAGOGIA

ROSELI DE LARA PAES 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

QFEB ENSINO MÉDIO

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23 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

SIMONE ANTUNES DE FRANCA 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

PSS ENSINO MÉDIO

SONIA MARA ABRAM ELIAS CRUZ 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA PSS PEDAGOGIA

SONIA MARIA DE FÁTIMA ALVES DA SILVA

BIBLIOTECÁRIA QPM MAGISTÉRIO

TEREZINHA DE FARIA 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

PSS ENSINO FUNDAMENTAL

1.8 CAPACIDADE FACE À DEMANDA.

As instalações da escola e seus recursos atendem satisfatoriamente a demanda local

prevista, conforme o georrefenciamento, ou seja, limitar-se a receber somente os alunos

preestabelecidos .

Porém, além de termos uma contínua demanda da comunidade local em busca de

vaga, nossa Escola evoluiu muito na oferta de atividades extracurriculares (como, por

exemplo, Sala de Apoio à Aprendizagem, Sala de Recurso, Viva a Escola). Nesse sentido, a

capacidade instalada não está sendo suficiente para podermos efetivar com qualidade nossa

proposta que é a de utilizar ao máximo todos os recursos importantes para a formação de

nossos alunos e atendimento da comunidade escolar. A realidade da Escola se modificou e

necessariamente estamos adequando espaços para propiciar formação diferenciada aos nossos

alunos, que é uma grande determinação de todos que fazem parte da mesma.

Também, a nossa Escola, muitas vezes, não consegue atender a procura por vagas,

principalmente nas 5ªs séries do Ensino Fundamental e também das 1ªs séries do Ensino

Médio. Temos uma demanda de muitas famílias itinerantes que vêm em busca de maiores

oportunidades em nossa região. Chegam fora do calendário de matrículas na data prevista,

surgindo então, a lista de espera. Isto ocorre tanto para o Ensino Fundamental, quanto para o

Ensino Médio.

Existe também, uma demanda pelo Curso Técnico em Meio Ambiente. Muitos alunos

terminam o supletivo ou mesmo o ensino médio regular e demonstram interesse em obter uma

formação técnica ao invés de frequentar uma faculdade.

Atendendo a demanda da comunidade, a Escola fez os encaminhamentos para a

implantação do curso para o ano de 2011. Porém, a Secretaria de Estado da Educação pediu

para aguardar, pois nesse momento não está abrindo a demanda para o curso.

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24 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

1.9 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE SERVIDORES

Estes acontecimentos são importantíssimos na caminhada da Escola, em busca da

contínua atualização e troca de experiências de todos àqueles que estão envolvidos no

processo educacional, renovando procedimentos e adequando-se à realidade que está em

constante transformação. O papel da educação e a prática pedagógica devem estar sempre

presente nas nossas discussões no sentido de sempre estarmos atentos na nossa caminhada em

busca da escola que queremos.

Sempre que há oportunidade participamos dos encontros promovidos:

- Pela SEED: Simpósios, Seminários, por Disciplina.

- Pelo NREAM-NORTE: Jornadas Pedagógicas, Grupo de Estudos, Fóruns, Temas

Sociais Contemporâneos.

- Encontros internos promovidos pelo Colégio: Reunião Pedagógica, Conselho de

Classe, Hora Atividade Acompanhada.

1.10 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

A participação efetiva dos membros da comunidade escolar e local é a base para a

democratização da escola e da sua gestão.

Isso, está intrinsecamente relacionado ao aprendizado e a vivência do exercício de

participação e de tomadas de decisão. É um processo construído coletivamente, levando em

conta a realidade de cada sistema de ensino dos entes federativos e cada instituição escolar.

Não é um processo imposto. Deve brotar naturalmente dos segmentos participantes,

mediante seus valores e princípios.

O grande desafio é como fazer isso acontecer. Como trazer a comunidade para dentro

da escola. Como despertar o interesse, ou melhor, como ajudar a entender o quão importante é

sua participação para o avanço da qualidade na escola pública.

Temos buscado incansavelmente concretizar essa premissa, no entanto, a caminhada

segue a passos lentos, numa participação incipiente. Temos ainda, muito que enriquecer esse

processo.

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25 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

• APMF

Associação de Pais Professores e Funcionários – APMF, do colégio. Destacamos a

importância no seu dia-a-dia, pois, busca a integração dos segmentos da sociedade

organizada, no contexto escolar, discutindo a política educacional visando sempre a realidade,

dessa comunidade, proporcionando ao educando, condições para participar de todo o processo

educativo.

Infelizmente, temos grande dificuldade dessa importante integração da APMF com as

ações do Colégio. Ainda não obtivemos sucesso no entendimento do significado da

participação da comunidade na Escola.

• Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil do Colégio tem atuação ainda muito tímida. Contamos com um

professor coordenador Álvaro Fonseca Duarte e o presidente do Grêmio o aluno Diego

Rangel com seus membros auxiliares, que estão fazendo um trabalho de enaltecimento à

importância da atuação do grêmio no colégio, pois favorece o relacionamento, a convivência

entre os jovens, de se fazer representar melhor na busca coletiva dos seus anseios, desejos e

aspirações. Quanto ao professor, se enriquece, pois tem maiores oportunidades de se

aproximar e enxergar melhor a realidade dos seus alunos.

• Conselho Escolar

O conselho atua conforme prevê o Estatuto do Conselho Escolar o qual destacamos o

cap. II art°. 11° e 12º e cap. III art° 13° , ressaltando:

- Os integrantes do Conselho Escolar têm como interesse maior os alunos, sendo fiel às

finalidades e objetivos da educação pública, definidos no seu Projeto Político-Pedagógico,

assegurando o cumprimento da função da escola que é ensinar.

- Ter como pressupostos de que a educação é um direito de todo cidadão; que seu acesso

deverá ser amplamente possibilitado; deverá contar com este direito obedecendo aos

princípios da universalidade e da gratuidade; a democratização da gestão escolar constitui

responsabilidade de todos os sujeitos que constituem a comunidade escolar, privilegiando a

legitimidade, a transparência, a cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a

interação em todos os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da organização

escolar.

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26 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

- Ser instrumento de democratização das relações no interior da escola, promover a

abertura da comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a especificidade

do trabalho pedagógico escolar. Promover o exercício da cidadania no interior da escola,

articulando a integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar,

objetivando a construção de uma escola pública de qualidade.

• Conselho Tutelar

A partir da lei 8.069 de 13/06/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente foi

sancionado, fazendo assim com que os municípios criassem os Conselhos Tutelares.

O Conselho Tutelar é o órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado,

pela sociedade, de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos

nesta lei.

Este conselho é composto de cinco membros, eleitos pelos cidadãos locais para o

mandato de 3 anos.

A atuação do Conselho Tutelar junto à esta escola é satisfatório.

• Encontros com pais

Bimestralmente, a Escola convida os pais ou responsáveis para participarem de uma

reunião, oportunizando conversação com todos os educadores que trabalham na Escola

(direção, equipe pedagógica, professores, funcionários). Durante esses encontros, a diretora

expõe os acontecimentos rotineiros pertinentes à escola: recursos recebidos, aplicações desses

recursos, discussão de comportamento, assiduidade, zelo do patrimônio, etc. Também, nesse

momento, aproveita-se para entregar os boletins dos alunos.

1.11 CRITÉRIOS DA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS

No início de cada ano letivo, procuramos formar as turmas da seguinte maneira:

- não deixar repetentes juntos.

- juntamos alunos com a mesma maturidade.

- separamos alunos indisciplinados, indicados pelos professores.

- procuramos deixar juntos alunos que moram próximos.

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27 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

NÍVEIS DE TURMAS/ ALUNOS

ENSINO FUNDAMENTAL

TURNO SÉRIES TURMAS ALUNOS

MANHÃ 8ª 1 34

TARDE

5ª 4 130

6ª 3 104

7ª 3 88

8ª 3 81

ENSINO MÉDIO

TURNO SÉRIES TURMAS ALUNOS

MANHÃ1º 4 130

2º 4 116

3º 2 64

NOITE1º 2 58

2º 3 95

3º 3 77

FORMAÇÃO DE DOCENTES

TURNO SÉRIES TURMAS ALUNOS

MANHÃ 1º 1 36

2º 1 16

NOITE

1º 1 26

2º 1 24

3º 1 23

4º 1 23

CELEM

TURNO SÉRIES TURMAS ALUNOS

TARDE 1º 2 54

2º 1 17

VIVA A ESCOLA

TURNO SÉRIES TURMAS ALUNOS

MANHÃ --- 2 43

TARDE --- 2 40

TOTAL 45 1279

1.12 RELAÇÃO AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM – RECUPERAÇÃO

No início de cada ano letivo e até o primeiro mês de aula, fazemos uma retomada da

série anterior, para montar o nosso planejamento de acordo com as necessidades de

aprendizagem apresentadas.

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28 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

As avaliações, são instrumentos para verificação dos resultados do processo de ensino

aprendizagem, para detectar as dificuldades, perceber o progresso, retornar a matéria quando

necessário. É preciso que esteja relacionada com os objetivos, conteúdos e métodos expressos

no planejamento e desenvolvidos no decorrer das aulas.

As avaliações são desenvolvidas durante o bimestre, através da presença, participação

ativa na sala de aula, atitudes e comportamento, e, deverão constar no livro de chamada, um

mínimo de quatro avaliações no bimestre, entre provas elaboradas oral ou escritas,

apresentação de trabalhos e pesquisas.

Essa relação nos permite conhecer melhor o nosso aluno no dia-a-dia, no

desenvolvimento dos conteúdos, oportunizando a recuperação tanto na sala de aula, como,

com tarefas e em trabalhos. Convocamos os pais para conversar, quando os alunos

apresentam uma dificuldade, seja de relacionamento, adaptação ou aprendizagem, ou, quando

apresentam uma dificuldade com o professor. Também, conversamos em sala separada com

professor e aluno, para se conhecerem melhor e poderem conviver harmonicamente na sala

de aula, oportunizando a aprendizagem. Fazemos reunião da turma com o professor quando os

alunos apresentam queixas do professor ou, vice-versa, possibilitando o diálogo, a

compreensão e respeito ao outro, na sua essência.

E, como avaliações, são instrumentos para verificar resultados do processo ensino-

aprendizagem, ressaltamos que o nosso sistema de avaliação é bimestral.

Adotamos o critério da “semana de provas”, pois, se por acaso, o aluno por um motivo

ou outro não comparecer, poderá justificar através de um requerimento o motivo da sua

ausência no dia da prova e assim, reconhecer a importância de sua presença neste dia. Em

outros casos (dia-a-dia) o professor faz a recuperação diretamente após a avaliação,

oportunizando-o assim, recuperar o conteúdo, conforme determina o Regimento Escolar da

Escola, no capítulo pertinente ao Sistema de Avaliação Utilizado pela Escola. No final de

cada bimestre, fazemos uma reunião para os pais tomarem conhecimento da aprendizagem,

atitudes, comportamento. Após a reunião com os pais que possibilita o diálogo com os

professores, entregamos os boletins.

Quando existe um número significativamente grande de alunos abaixo da média na

turma, fazemos uma reunião com os alunos da turma, professores e pais, o qual, sentimos os

resultados bem melhores.

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29 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

1.13 INSTRUMENTOS DE REGISTROS

Adotamos em nossa escola alguns instrumentos de registro, cujos modelos das fichas

apresentamos nos anexos deste documento. Estes instrumentos permitem a organização do

espaço escola, construindo um ambiente de respeito e de cumprimento de compromissos

assumidos por todos que fazem parte da comunidade escolar. Não são instrumentos de

coerção ou punição, mas sim, mecanismos utilizados para reforçar o compromisso de

responsabilidade dos membros que convivem e interagem no cotidiano da Escola.

advertência

autorização entrar sem carteirinha

lembrete obrigatoriedade do uniforme

autorização para entrar sem uniforme

convocações - pais ou responsáveis

convocações - muitas faltas do aluno

requerimento- aluno solicitando vaga

informação aos professores - motivo da falta do aluno

ficha acompanhamento de faltas

ficha comunicando motivo da falta do aluno (aos professores)

ficha de ocorrência de alunos

ficha diagnóstico

ficha perfil do aluno

ficha termo de responsabilidade (pai e aluno)

ficha compromisso com o livro didático

ficha encaminhamento – orientação educacional

ficha FICA (Conselho Tutelar)

livro de ocorrências - professor

livro de ocorrências – funcionários

livro ponto do professor

livro ponto dos funcionários

livro ata conselho de classe

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30 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

livro ata de reuniões pedagógicas

livro ata de reuniões de pais

1.14 REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Tendo como premissa a gestão democrática participativa, constantemente, direção e

equipe pedagógica, especificamente quanto à prática pedagógica, sempre criam momentos

para trocas de experiências, nos momentos em que os professores estão reunidos durante o

intervalo das aulas. É uma forma utilizada para que todos estejam sempre “falando a mesma

língua” objetivando, desta forma, alcançar melhores resultados para atingir a qualidade de

ensino que queremos proporcionar aos nossos alunos.

Nesses momentos, são discutidas as ações desenvolvidas pela Escola, as expectativas

e perspectivas das metodologias empregadas.

Durante a hora-atividade dos professores, procuramos fazer o acompanhamento

orientado, informando: sobre documentos recebidos; reuniões pedagógicas; orientar sobre

livro registro ou questões sobre planejamento; trocas de experiências e discussões sobre

avaliações e trabalhos, sobre as disciplinas; relação professor-aluno e, até conversando com

pais quando solicitado ou, quando nos procuram. Às vezes, quando necessário, reforço de

conteúdo para um aluno que procura (leitura, comentário de textos). Sempre acontecem

conversações para opiniões sobre pautas para serem discutidas durante os encontros

pedagógicos.

1.15 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é o espaço de reflexão pedagógica onde os sujeitos envolvidos

no processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas

eficazes, que visam sanar as dificuldades e necessidades apontadas no processo ensino-

aprendizagem.

É organizado a cada bimestre, de acordo com o calendário escolar, por turno e

modalidade de ensino. É constituído pela diretora e /ou diretora auxiliar, equipe pedagógica e

pelo corpo docente.

Antes do Conselho de Classe acontece sempre o pré-conselho em sala de aula,

direcionado pelo professor do horário ou o professor padrinho de turma, que promove a

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31 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

reflexão sobre questões pertinentes à turma, questões essas que serão discutidas no Conselho

de Classe. Após o Conselho de Classe, o professor padrinho de turma dá o feedback das

questões referentes à turma que foram analisadas e discutidas durante o Conselho de Classe e

os possíveis encaminhamentos. Ainda durante o Conselho de Classe poderá ocorrer a efetiva

participação dos funcionários durante as reflexões e discussões relacionadas aos alunos.

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32 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

2 MARCO CONCEITUAL

2.1 CONCEPÇÕES NORTEADORAS DO PPP – PENSANDO SOBRE A

REALIDADE EDUCACIONAL DO NOSSO PAÍS

Sabemos que, sobretudo, a realidade educacional do Brasil não é animadora, mas

como educadores, devemos pensar em estratégias de ação no sentido de dinamizar e avançar a

caminhos melhores.

Se observarmos as relações sociais, podemos detectar um mundo relacionado à lógica de

exclusão, em todos os sentidos.

É claro que não podemos ser ingênuos e pensar que a escola por si poderá reverter os

problemas sociais, que se refletem em todos os espaços e, principalmente na educação,

impedem o desenvolvimento da cidadania dos homens de maneira acentuada. Mas nada

impede que os educadores acreditem e lutem, no intuito de evitar reproduzir práticas de

exclusão social.

A escola por sua vez, deve ser um referencial de práticas transformadoras e

fundamentalmente emancipatórias. O educador deve ser sujeito a serviço da emancipação do

homem. Ir além da sociedade que está posta, e, portanto, negar os tradicionais modelos de

educação. Isso requer uma consciência de mundo que nos remete a uma questão fundamental

do homem: a sua história.

O homem é um ser histórico sendo, portanto, gestado socialmente. Isso nos reverte

novamente a questão da realidade socioeconômica e cultural e como esta sociedade vem

sendo estruturada.

Cabe aos educadores repensar o papel da educação repensando também o papel da

escola de forma que esta possa direcionar suas práticas educativas para a verdadeira

concretização, dentro dos objetivos que queremos.

Ao falarmos em prática educativa não devemos esquecer que existem fenômenos

educativos, ou seja, é preciso refletir como esses fenômenos se articulam e acontecem. Não

acreditamos que existe somente um fenômeno, mas vários. O que nos cabe entender é a

variedade de fenômenos e como eles contribuem para a formação dos indivíduos e grupos

sociais e por fim na sociedade. Neste sentido é que entra a problematização, a reflexão destes

fenômenos e sua formalização.

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33 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

A escola como instituição por natureza considerada formal, no sentido de esclarecer, e

de fato, formar consciências reflexivas a respeito do educativo, não forma. Isso somente será

possível se os educadores possuírem fundamentos referentes à realidade, com capacidade de

integrar os conhecimentos sistematizados, com a história de vida do educando.

Quando se refere à prática educativa, no âmbito pedagógico, é importante focalizarmos

olhares na realidade, para não correr o risco de agir de maneira fragmentada e irreal.

A nossa sociedade é de classes e, portanto, desigual. Características que são próprias das

sociedades capitalistas. Com estas afirmações poderemos observar as relações de capital e

trabalho.

Não podemos negar que se trata de um mundo permeado de contradições, e essas

contradições se dão no princípio das relações sociais, que se contrapõe à educação, e esta

deverá estar atenta no sentido de esclarecer a realidade e a estrutura socialmente existente e

dominante.

Desenvolver a visão de mundo é uma das funções da escola, partindo das relações

sociais, levando em consideração as condições de vida norteadas pelos direitos, deveres e

igualdade na busca da dignidade humana.

O trabalho, é uma produção concreta da existência do homem, e do próprio

conhecimento no decorrer de sua história, é uma maneira de se opor a alienação do modo de

produção capitalista.

A força do trabalho ao mesmo tempo em que assegura a sociedade capitalista é uma

arma emancipatória dos trabalhadores, no sentido reivindicatório, na lógica da igualdade de

usufruir, dos bens que produz.

A educação transformadora é o elo que integra de maneira política as questões sociais a

questionamentos referentes às desigualdades e possíveis reversões das práticas autoritárias.

O educador deve utilizar-se de procedimentos metodológicos para uma organização da

realidade educativa, na tentativa de possibilitar a apropriação do conhecimento de maneira

democrática e crítica, propiciando ao educando igualdade de aquisição do conhecimento,

qualidade, permanência, revertendo ou evitando qualquer prática fragmentada que impeça a

garantia da cidadania.

Educar para a prática democrática e para cidadania, implica numa administração

conjunta, autônoma dos princípios educativos, com objetivos claros, que norteiam o trabalho

educativo, abrindo espaço para a sociedade, construindo uma nova dimensão e superação

diante desta ordem social.

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34 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

2.2 O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NO BRASIL

A problemática referente à qualidade do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do

Brasil é parte de um processo histórico desde a colonização do País. A história da educação

brasileira configura os grandes desníveis educacionais do ensino público no decorrer dos tem-

pos. A educação realizada na maioria das escolas públicas brasileiras tem carregado uma mar-

ca de insuficiência perante seus objetivos. A evasão escolar, as reprovações , a escassez de

professores, a indisciplina e a agressividade do aluno, o aligeiramento do ensino, entre outros,

compõem o cenário precário em que se encontra o ensino público Fundamental e Médio. As

observações da caminhada negativa da escola pública, vem sendo acompanhada por décadas e

demonstram que a trajetória decadente do ensino, vem sucessivamente ocorrendo há mais de

quatro décadas.

A transformação dos processos produtivos da chamada Terceira Revolução Industrial,

marcada pela tecnologia e novas modalidades de organização e gestão da produção levam à

globalização do processo produtivo e do sistema financeiro e à formação dos grandes blocos

econômicos.

Sob vários aspectos, na época da globalização do mundo reabre-se a problemática do trabalho, no modo pelo qual o trabalho entra na vida do indivíduo, família, grupos, classes e coletividade, em todas as noções e continentes, ilhas e arquipélagos... aos poucos, ou de repente, conforme o caso a grande maioria da população assalariada mundial se vê envolvida no mercado global...” (IANNI 1997,P.18)

Juntamente com tais mudanças estruturais, o projeto neoliberal promove a liberdade de

ação do capital. Também no plano ético, as leis de mercado regulam livremente os interesses

e as relações sociais. Isso só pode ocorrer se alguns grupos, ou seja, a maioria for excluída do

direito à própria vida. Desta forma, defende-se um Estado mínimo que interfere apenas o

necessário para garantir o processo de reprodução do capital.

O aumento da pobreza e da exclusão levam as sociedades a conformarem-se e

dividirem-se, portanto, o acesso à educação de qualidade e a permanência na escola vira

privilégio das minorias.“ A discriminação educacional articula-se, desta forma, com os

profundos mecanismos de discriminação educacional racial, sexual e regional existentes em

nossas sociedades” (GENTILI, 1996 p.75)

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35 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

As determinações do mundo do trabalho caminham para uma diminuição dos postos

formais de modo a polarizar-se. Assim aumenta o processo de seletividade da formação em

ciência e tecnologia e no caso brasileiro, há uma grande preocupação em generalizar o ensino

fundamental, pois, o mundo do consumo hoje, exige um mínimo de educação e assim, oferta-

se estudo de boa qualidade para poucos e estudo acelerado para a maioria e com a

universalização do ensino fundamental, o capitalismo consegue a sua efetivação.

Sendo a educação um direito universal, as novas determinações conseguem substituir

este conceito de universalidade pelo de eqüidade, e de um direito assegurado pela

Constituição de 1988, que garantia a educação para todos, os novos projetos diferenciam o

tratamento das clientelas para que as desigualdades permaneçam.

O novo projeto de educação – LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases) – sustentado por

recursos oriundos de organismos internacionais (Banco Mundial, BIRD) orientam para a

formação de diferentes “competências” e uma racionalização dos custos, assim, entra em cena

um novo sistema educacional, ou seja, o Sistema de Educação Profissional que através do

decreto 2.208 retira da rede regular de ensino o Ensino Profissional. Portanto, os cursos

profissionais com foco no mercado de trabalho passam a ser ofertados por agências de

formação profissional tendo como característica o aligeiramento geral na qualificação. “Por

ter seu foco no mercado, a educação profissional, embora priorize os desempregados e

excluídos, não terá sentido nem eficácia como estratégia contencionista ou assistencialista,

destinada a reter o acesso ao 3º grau ou ajudar os pobres ou retirar os menores da rua”.

(KUENZER 1997, p. 140).

A dupla função do Ensino Médio no Brasil que é preparar para a continuidade dos

estudos e para o mundo do trabalho, não se coloca apenas sob a ótica pedagógica, mas

também política pelas demandas alavancadas por mudanças nas bases materiais de produção.

O Ensino Médio no Brasil tem se constituído ao longo da história da educação brasileira como o nível de mais difícil enfrentamento, em termos de concepção, estrutura e formas de organização, em decorrência de sua própria natureza de mediação entre a educação fundamental e a formação profissional stricto sensu. Como resultado disso, continua sem identidade, sequer física, uma vez que tem crescido nos “espaços ociosos” das escolas de 1º grau, o que se agrava com o descaso do Estado em todos os níveis, com um financiamento que atende precariamente a uma demanda (16% dos alunos entre 15 e 19 anos) que cresce significativamente, com uma proposta pedagógica confusa e de qualidade insatisfatória para atender às suas finalidades:

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36 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental e a preparação básica para o trabalho e para a cidadania através da construção da autonomia intelectual e moral. (KUENZER 1997, p.138)

Desta forma, a escola tem como função, formar os intelectuais que, atuarão nos campos,

econômico, social e político. Tal formação não se relaciona apenas ao campo da produção,

mas envolve comportamentos, idéias e normas que nela se originam e é a partir dessas

exigências que a escola deve elaborar suas propostas.

2.3 O ENSINO MÉDIO INTEGRADO À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Levantamos a necessidade de cursos técnicos com organização curricular subseqüente

ao Ensino Médio, já que a atual legislação permite e orienta para um novo redimensionamento

da oferta dos cursos profissionalizantes.

Com o objetivo de resgatar o ensino de Formação de docentes (curso de Magistério),

nota-se a necessidade de colocar a formação para o professor com uma proposta de vida social

e de cultura. A formação do professor é área de conhecimento que estuda os processos através

dos quais os professores adquirem e melhoram sua atuação, seus conhecimentos e

competências, permitindo-lhes intervir na prática educacional, com o objetivo de melhorar a

qualidade da educação.

A procura da clientela ao curso à distância de qualidade duvidosa foi devido à

exigência legal de profissionais com formação profissional na área. Portanto, de forma

consciente, com o compromisso de uma escola que quer corresponder às necessidades da

realidade em que está inserida, nos esforçamos para reimplantar o Curso Formação de

Docentes (antigo Magistério), acreditando ser a melhor forma de contribuir para a evolução

da sociedade local, numa formação que exige, que devemos, estar pensando na prática

educacional pedagógica que se consolida na medida que os ensinamentos sejam voltados para

o cotidiano, debatendo os problemas sociais da realidade local, regional e nacional.

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37 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

2.4 PONTOS POSITIVOS DA REALIZAÇÃO DE CURSOS PROFISSIONALIZANTES E

TÉCNICOS

Práticas voltadas realmente ao dia a dia da educação. O magistério é a base do educador

das séries iniciais da educação com as disciplinas: estrutura e funcionamento; estágios sob

orientação; didática na aula prática; postura do professor; psicologia do desenvolvimento:

conhecer para compreender o processo ensino-aprendizagem e seus vários subsídios,além de

confeccionar e utilizar materiais pedagógicos.

Solicitamos a abertura de cursos profissionalizantes para este estabelecimento de ensino,

considerando as condições da escola em seu aspecto físico (laboratórios de ciências e

informática equipados, biblioteca e demais dependências, adequadas, solicitamos a abertura

do para formação ao magistério, que já existia em nosso Colégio e foi cessado por imposição

da SEED em 1996. Podemos afirmar com certeza que o professor que apresenta esta formação

destaca-se pelo seu desempenho e pela qualidade do trabalho, refletindo nas salas de aula.

Conforme prevê o art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, a criança e o

adolescente têm o direito a uma educação com qualificação para o trabalho, portanto o ensino

profissionalizante é a condição para assegurar efetivamente este direito.

Nosso município destaca-se por seu aspecto geográfico, sendo, mediante isso, uma

excelente opção para o ecoturismo, para prática de esportes radicais, bem como, lazer e

outros, lançamos um olhar empreendedor acerca da nossa realidade. A formação técnica na

área meio ambiente contribuirá para inserção no mercado de trabalho, gerando renda e

melhoria da qualidade de vida da nossa população. Daí a atuação e interferência direta da

escola neste processo.

O Curso de Técnico em Meio Ambiente vem ao encontro da nossa realidade. As

indústrias de cimento e cal, atividade econômica que faz parte da nossa região, criam uma

demanda de organização para a preservação ambiental, uma vez que, nosso meio ambiente

sofre o impacto da ação das mesmas. Além disso, favorecerá a formação profissional dos

cidadãos riobranquenses que atualmente, não dispõem de cursos técnicos em escolas públicas.

O Ensino Profissional é fundamental para formação do jovem, tendo em vista a escassez

de oportunidades de formação acadêmica. Concluído o Ensino Médio nossos jovens ficam a

mercê de um mercado de trabalho exigente, a formação profissional, experiências são pré-

requisitos indispensáveis para ingressar no mundo do trabalho, considerando ainda, outros

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38 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

fatores que estão intimamente ligados com a qualidade da educação básica que eles

receberam, portanto não podemos ficar alheios à importância de uma educação

profissionalizante de qualidade que atenda as exigências do mercado local.

2.5 NOSSAS REFLEXÕES NO MARCO CONCEITUAL

2.5.1 Quanto à Metodologia

Quando falamos de Metodologia do Ensino, temos que ter em mente todos os sujeitos,

elementos e aspectos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, são

relevantes os sujeitos do processo educativo – professor e aluno, bem como a relação que se

estabelece entre eles.

O professor, mediador do conhecimento produzido, elaborado e acumulado pela

humanidade, é responsável pela articulação deste saber, com aquele trazido pelo aluno,

métodos e procedimentos de ensino que auxiliem seus alunos na apropriação deste

conhecimento.

O aluno, sujeito que busca a aquisição deste saber acumulado pela humanidade e das

formas de sua produção, é, como bem afirma Luckesi, “um sujeito com capacidade de

aprendizagem, conduta inteligente, criatividade, avaliação e julgamento” (1994,p.119).

Desta forma, para que realmente se desenvolva a aprendizagem, é necessário que se

estabeleça entre professor e aluno/educador e educando uma relação dialógica, pautada na

afetividade. Neste contexto, a metodologia adotada é o diálogo autêntico. Aquele em que os

sujeitos do ato de conhecer se encontram mediatizados pelo objeto a ser conhecido. Hão

engajamento ativo de ambos os sujeitos do ato de conhecer: educando-educador e educador-

educando. Dá-se relevância aos grupos de discussão.

2.5.2 Aprendizagem

Quando falamos em processo ensino e aprendizagem, devemos nos lembrar que ele está

intimamente ligado à comunicação, pois esse processo é fundamentado pela troca de

conhecimentos, experiências dos sujeitos envolvidos – professor e aluno -.

Nesta troca de experiências a comunicação, verbal ou não, é fundamental para que isso

ocorra.

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39 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Desta forma, ensinar é um ato de comunicação, de troca de conhecimentos,

sentimentos, idéias, crenças ou valores próprios da cultura de um grupo, transmitindo-o às

novas gerações, inserindo-as no contexto social do grupo.

Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem ,é um processo histórico, fruto de uma relação

mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.”

Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato de ensinar “é

o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é

produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1995, p.17), Este

processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais necessários a sua

formação e a sua humanização.

Nada mais democrático que ensinar com o compromisso que haja a aprendizagem por

parte de todos os alunos. Contudo, a forma, o tempo e o entorno pelo qual se aprende, por

parte dos sujeitos, são diferentes. Isso deve ser considerado. Não se trata de negligenciar o

que deve ser ensinado em nome das dificuldades do sujeito, deve-se, sim, modificar as formas

de mediação para que ele de fato aprenda.

É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e

cultural, existentes que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente,

para a inclusão de todos os indivíduos (…) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma

proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de

vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos (SEED/PR,

2005).

Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o ensino e

aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético10 de apropriação do

conhecimento que possibilite compreender o real em suas contradições, são algumas das

muitas defesas da abordagem histórico-cultural.

2.5.3 Currículo

Antes de desenvolver nossas atividades curriculares é essencial que conheçamos

nossos sujeitos (de onde vem), procurar saber quais são os conhecimentos produzidos pela

sociedade para não continuar sendo aquela escola que tinha o molde do cidadão onde se

jogavam muitos conhecimentos que a sociedade impunha.

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40 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

[...] o currículo como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual ou num guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimentos, valores e atitudes; o currículo como experiência recriada nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominadas como é o caso da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma (SACRISTAN, 2000, p. 14).

Ao observarmos a escola, principalmente a pública, notamos que se constitui de um

espaço democrático dentro da sociedade contemporânea. Servindo para discutir suas questões,

possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico, trazer as informações, contextualizá-las

e dar caminhos para o aluno buscar mais conhecimento.

Analisando as bases que compõe nossa sociedade atual, vemos as problemáticas

criadas pelo sistema capitalista que se organiza com bases na propriedade privada, lucro,

exploração do ser humano e da natureza e se manifestam na ideologia do sistema.

Esse sistema prega a acumulação privada de bens de produção, formando uma

concepção de mundo e de poder baseada no acumular sempre para consumir mais, onde

quanto mais bens possuir, maior será o poder que exercerá sobre a sociedade, o que acaba por

provocar diversos problemas para a população, principalmente para as classes menos

favorecidas, como: falta de qualidade na educação, ineficiência na saúde, aumento da

violência, tornando os sistemas públicos, muitas vezes, caóticos.

Segundo Freitag (1980, p.17) “a educação é responsável pela manutenção, integração,

preservação da ordem e do equilíbrio, e conservação dos limites do sistema social. E reforça

"para que o sistema sobreviva, os novos indivíduos que nele ingressam precisam assimilar e

internalizar os valores e as normas que regem o seu funcionamento."

Assim a educação não alienada deve ter como finalidade a formação do homem para

que este possa realizar as transformações sociais necessárias à sua humanização, buscando

romper com o os sistemas que impedem seu livre desenvolvimento.

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41 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

A alienação toma as diretrizes do mundo do trabalho no seio da sociedade capitalista e

no modo como esse modelo de produção nega o homem enquanto ser, pois a maioria das

pessoas vive apenas para o trabalho alienado, não se completa enquanto ser, tem como

objetivo atingir a classe mais alta da sociedade ou, ao menos, sair do estado de oprimido, de

miserável. Perde-se em valores e valorações, não consegue discernir situações e atitudes, vive

para o trabalho e trabalha para sobreviver. Sendo levado a esquecer de que é um ser humano,

um integrante do meio social em que vive, um cidadão capaz de transformar a realidade que o

aliena, o exclui.

Há uma contribuição de Saviani (2000, p.36) que, a respeito do homem considera "(...)

existindo num meio que se define pelas coordenadas de espaço e tempo. Este meio

condiciona-o, determina-o em todas as suas manifestações." Vê-se a relação da escola na

formação do homem e na forma como ela reproduz o sistema de classes.

O essencial do trabalho educativo é garantir a possibilidade do homem tornar-se livre,

consciente, responsável a fim de concretizar sua humanização. E para isso tanto a escola

como as demais esferas sociais devem proporcionar a procura, a investigação, a reflexão,

buscando razões para a explicação da realidade, uma vez que é através da reflexão e do

diálogo que surgem respostas aos problemas.

Saviani (2000, p.35) questiona "(...) a educação visa o homem; na verdade, que sentido

terá a educação se ela não estiver voltada para a promoção do homem?" E continua sua

indagação ao refletir "(...) uma visão histórica da educação mostra como esta esteve sempre

preocupada em formar determinado tipo de homem. Os tipos variam de acordo com as

diferentes exigências das diferentes épocas. Mas a preocupação com o homem é uma

constante."

A educação vista de outro paradigma, enquanto mecanismo de socialização e de

inserção social aponta-se como o caminho para construção da ética. Não a usando para

cumprir funções ou realizar papéis sociais, mas para difundir e exercitar a capacidade de

reflexão, de criticidade e de trabalho não-alienado.

[...] sem ingenuidade, cabe reconhecer os limites impostos pela exploração, pela exclusão social e pela renovada força da violência, da competição e do individualismo. Assim, se a educação e a ética não são as únicas instâncias fundamentais, é inegável reconhecer que, sem a palavra, a participação, a criatividade e a política, muito pouco, ou quase nada, podemos fazer para interferir nos contextos complexos do

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42 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

mundo contemporâneo. Esse é o desafio que diz respeito a todos nós. (RIBEIRO; MARQUES; RIBEIRO 2003, p.93)

A escola não pode continuar a desenvolver o papel de agência produtora de mão de

obra. Seu objetivo principal deve ser formar o educando como homem humanizado e não

apenas prepará-lo para o exercício de funções produtivas, para ser consumidor de produtos,

logo, esvaziados, alienados, deprimidos, fetichizados.

A educação escolar, considerada como o principal meio de transformação social

através da conscientização, criticidade e reflexão do homem em relação ao meio em que vive,

tem tomado outros significados no seio da alienação da sociedade e acaba desempenhando o

papel de depósito de jovens, onde oferece os conhecimentos úteis ao mercado de trabalho e

legitima os valores ditos pela classe dominante, integrando-se ao processo de acumulação de

capital que perpetua e reproduz o sistema de classes.

Mas a escola não pode ser vista apenas como instrumento de dominação. E, através

dela, que se busca a superação da realidade vigente. E é a escola, também, que proporciona o

surgimento de muitos movimentos sociais que almejam a superação da crise capitalista. A

escola pode e deve ser vista como espaço de prazer, de trocas, de experiências, onde aprende-

se a viver e a conviver. Não fosse assim, não haveria reações dos mais diferentes tipos por

parte de alunos e de professores que insatisfeitos com determinada situação buscam

mudanças.

É urgente superar a educação tantas vezes deseducadora, abandonando posturas

embutidas na ideologia do sistema e ultrapassar a visão distorcida da educação como mero

instrumento de formação para o mercado de trabalho. Reformular o compromisso de

educadores com a atividade pedagógica e renovar o comportamento frente à sociedade.

A escola, enquanto instituição ética e socializadora, consiste num dos principais meios

para a formação crítica e cidadã. E para o exercício dessa incumbência, a escola precisa

assegurar a realização de atividades que possuem relação com todos os aspectos que

envolvem a tarefa maior da escola: a qualidade em educação. Tendo como objetivo o processo

de ensino e aprendizagem e a realização de atividades que não possuem uma relação direta

com o processo educativo, mas concorrem para torná-lo efetivo, propiciando as condições

básicas para que ele se realize, assim podemos citar algumas:

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43 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Possuir autonomia, definindo e construindo seu próprio caminho pedagógico;

Oferecer instrumentos de compreensão da realidade local, onde a escola considere a

realidade na qual está inserida, promovendo a identidade cultural do aluno;

Propor planejamento adequado com ações articuladas aos objetivos, assim como

programas de avaliação de desempenho;

Possuir um currículo contextualizado, que seja organizado e que assegure as

aprendizagens fundamentais estabelecidas para o país, mas que se identifique com o

contexto local;

Promover a inclusão e a participação dos educandos em relações sociais diversificadas

e cada vez mais amplas;

Estimular o exercício da cidadania;

Criar a ação educativa partilhada com a comunidade local, ultrapassando os muros da

escola;

Incentivar o professor a assumir sua condição de pesquisador;

Organizar os conteúdos distribuídos pelas disciplinas e sua carga horária;

Planejar as aulas com exatidão dos objetivos com um tempo técnico, usando os verbos

adequados;

Buscar as experiências vividas pelos alunos, orientados pela escola ligadas ao

currículo atualmente fala-se que as avaliações determinam os currículos:vestibular,

Enem.

Organizador do processo educativo escolar; envolve intenções e práticas; conjunto de

escolhas que ocorrem nas Secretarias de Educação, nas escolas e vão às salas de aula;

gera efeitos contribuindo para construção das identidades.

2.5.4 Conteúdo

Os conteúdos de ensino são definidos como o conjunto de conhecimentos, hábitos,

habilidades, valores e atitudes na vida social, sendo organizados pedagógica e didaticamente,

visando à assimilação ativa e aplicação pelos alunos no cotidiano.

Eles retratam a experiência social da humanidade e constituem o objeto de mediação

escolar no processo de ensino.

Os conteúdos se organizam nas matérias de ensino e se dinamizam pela articulação

objetivos-conteúdos-métodos e pela organização do ensino em condições concretas.

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44 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Desta forma, o ensino é a atividade específica da escola, focada na aprendizagem dos

alunos e no processo didático como mediação de objetivos e conteúdos, buscando a realização

dessa aprendizagem.

2.5.5 Relação Professor/ Aluno

A relação professor-aluno é considerada aspecto fundamental da organização do

processo ensino e aprendizagem, pois, para que os objetivos sejam alcançados, é necessário

que esta interação se estabeleça,de acordo com as modalidades de ensino dentro do ambiente

escolar.

Para Libâneo, dois aspectos são essenciais nessa interação: cognoscitivo e o sócio-

cultural.

Aspectos cognoscitivos:

É o processo ou movimento transcorrido no ato de ensino e aprendizagem visando a

transmissão e assimilação de conhecimentos. Portanto, ele diz respeito às formas de

comunicação dos conteúdos escolares e às tarefas solicitadas aos alunos.

Para que haja uma boa interação no aspecto cogniscitivo, segundo o professor

Libâneo, se forem considerados;

O manejo dos recursos de linguagem, como por exemplo, a variação do tom de

voz e a simplicidade da linguagem empregada.

A elaboração de um bom plano de aula, com objetivos claros;

A explicação aos alunos do que se espera deles em relação à assimilação dos

conteúdos;

O uso adequado da Língua Portuguesa.

Aspectos sócio-emocionais:

Refere-se aos vínculos afetivos estabelecidos pela interação professor e alunos, bem

como aos aspectos disciplinares acordados. Independe da atividade a ser desenvolvida, a

interação precisa estar direcionada para todos os alunos.

Desse modo, o professor precisa assegurar o respeito por parte de seus alunos,

direcionando a aprendizagem, orientando-os para a realização de atividade autônoma e

independente. Compete a ele o controle desse processo, estabelecendo normas, junto com os

alunos, e deixando claro para eles os objetivos das atividades.

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45 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

2.5.6 Avaliação

Na questão avaliar, em todos os campos, existe uma vasta discussão, porém na

educação é fundamental que tenhamos claro o que é avaliar.

A avaliação não é um fim e sim um meio, para que possamos reavaliar o processo

ensino e aprendizagem dos alunos e a escola como um todo, para que a partir da avaliação,

possa ocorrer às possíveis intervenções. Avaliação, é um processo que ajuda na reflexão no

que temos que melhorar, avançar em relação ao processo ensino e aprendizagem. A nota pode

ser de forma numérica, conceito ou menção, é uma exigência formal das instituições e é

obrigatória para aprovação do aluno.

Conceitos sobre avaliação, segundo vários autores:

Piletti (2000, p.190): “avaliação é um processo contínuo de pesquisar que visa

interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças

esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de decidir

sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo.”

André & Passos (2001, p.182) “permite, estão em dupla retroalimentação. Por um lado

indica aos alunos seus ganhos, sucessos, dificuldades, a respeito das distintas etapas, pelas

quais passa, durante a aprendizagem e ao mesmo tempo permite a construção/reconstrução do

conhecimento. Por outro lado, indica ao professor como se desenvolve o processo de

aprendizagem, portanto, o de ensino, assim como os aspectos mais bem-sucedidos ou os que

exigem mudanças.”

Fernandes (2005, p. 132) avaliar é “orçar, computar, estimar, apreciar, apreçar,

aquilatar, taxar, arbitrar, cotar, julgar, louvar, medir, pesar, ponderar, considerar, reputar e

prezar”.

Both (2008, p.28): “é imprescindível que haja concepções claras de avaliação e do

papel a ser por ela comprido no contexto de ensino e aprendizagem. Não é objetivo principal

da avaliação identificar o quanto o aluno sabe e com que profundidade aprendeu os

conteúdos, mas, sim verificar quais foram os avanços em relação ao seu conhecimento.”

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46 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

2.5.7 Diversidade

As sociedades contemporâneas são heterogêneas, compostas por diferentes grupos

humanos, interesses contrapostos, classes e identidades culturais em conflito. Vivemos em

sociedades nas quais os diferentes estão quase que permanentemente em contato. Os

diferentes são obrigados ao encontro e à convivência. E são assim também as escolas.

As idéias multiculturalistas discutem como podemos entender e até resolver os

problemas gerados pela heterogeneidade cultural, política, religiosa, étnica, racial,

comportamental, econômica, já que teremos que conviver de alguma maneira.

Stuart Hall (2003) identifica pelo menos seis concepções diferentes de

multiculturalismo na atualidade:

1. Multiculturalismo conservador: os dominantes buscam assimilar as minorias diferentes às

tradições e costumes da maioria;

2. Multiculturalismo liberal: os diferentes devem ser integrados como iguais na sociedade

dominante. A cidadania deve ser universal e igualitária, mas no domínio privado os diferentes

podem adotar suas práticas culturais específicas;

3. Multiculturalismo pluralista: os diferentes grupos devem viver separadamente, dentro de

uma ordem política federativa;

4. Multiculturalismo comercial: a diferença entre os indivíduos e grupo deve ser resolvida nas

relações de mercado e no consumo privado, sem que sejam questionadas as desigualdades de

poder e riqueza;

5. Multiculturalismo corporativo (público ou privado): a diferença deve ser administrada, de

modo a que os interesses culturais e econômicos das minorias subalternas não incomodem os

interesses dos dominantes;

6. Multiculturalismo crítico: questiona a origem das diferenças, criticando a exclusão social, a

exclusão política, as formas de privilégio e de hierarquia existente nas sociedades

contemporâneas. Apóia os movimentos de resistência e de rebelião dos dominados.

Os multiculturalismos nos ensinam que reconhecer a diferença é reconhecer que

existem indivíduos e grupos que são diferentes entre si, mas que possuem direitos correlatos,

e que a convivência em uma sociedade democrática depende da aceitação da idéia de

compormos uma totalidade social heterogênea na qual:

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a) não poderá ocorrer a exclusão de nenhum elemento da totalidade;

b) os conflitos de interesse e de valores deverão ser negociados pacificamente;

c) a diferença deverá ser respeitada.

A política do reconhecimento e as várias concepções de multiculturalismo nos

ensinam, enfim, que é necessário que seja admitida a diferença na relação com o outro. Isto

quer dizer tolerar e conviver com aquele que não é como eu sou e não vive como eu vivo, e o

seu modo de ser não pode significar que o outro deva ter menos oportunidade, menos atenção

e recursos.

A democracia é uma forma de viver em negociação permanente tendo como parâmetro

a necessidade de convivência entre os diferentes, ou seja, a tolerância. Mas para valorizar a

tolerância entre os diferentes temos que reconhecer também o que nos une.

2.5.8 Conhecimento

Fundamentando-se nos princípios teóricos expostos, propõe-se que o currículo da

Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com

vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo. Esta ambição

remete às reflexões de Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço de

conhecimento, na escola, deveria equivaler à ideia de atelier-biblioteca-oficina, em favor de

uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica.

Esta será uma de suas ideias chaves até o final da vida. O homem renascentista, para

ele (Gramsci) sintetiza o momento de elevada cultura com o momento de transformação

técnica e artística da matéria e da natureza; sintetiza também a criação de grandes ideias

teórico-políticas com a experiência da convivência popular. Sem dúvida, deve ele estar

imaginando o homem renascentista como um Leonardo da Vinci no seu atelier-biblioteca-

oficina: as estantes cheias dos textos clássicos, as mesas cheias de tintas e modelos

mecânicos; ou então escrevendo ensaios políticos e culturais como um Maquiavel que

transitava da convivência íntima com os clássicos historiadores da literatura greco-romana,

para a convivência, também íntima, com os populares da cidade de Florença. À luz desses

modelos humanos, Gramsci sintetiza, no ideal da escola moderna para o proletariado, as

características da liberdade e livre iniciativa individual com as habilidades necessárias à

forma produtiva mais eficiente para a humanidade de hoje (NOSELLA, p. 20).

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48 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Esse é o princípio implícito nestas diretrizes quando se defende um currículo baseado

nas dimensões científicas, artística e filosófica do conhecimento. A produção científica, as

manifestações artísticas e o legado filosófico da humanidade, como dimensões para as

diversas disciplinas do currículo, possibilitam um trabalho pedagógico que aponte na direção

da totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.

Com isso, entende-se a escola como o espaço do confronto e diálogo entre os

conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Essas são as fontes

sócio-históricas do conhecimento em sua complexidade.

Em breve retrospectiva histórica, é possível afirmar que, até o Renascimento, o que se

entendia por conhecimento se aproximava muito da noção de pensamento filosófico, o qual

buscava uma explicação racional para o mundo e para os fenômenos naturais e sociais.

A filosofia permite um conhecimento racional, qual um exercício da razão. [...] A

partir do século VI a.C., passou a circunscrever todo o conhecimento da época em explicações

racionais acerca do cosmo. A razão indagava a natureza e obtinha respostas a problemas

teóricos, especulativos. Até o século XVI, o pensamento permaneceu imbuído da filosofia

como instrumento do pensamento especulativo. [...] Desta forma, a filosofia representou, até o

advento da ciência moderna, a culminância de todos os esforços da racionalidade ocidental.

Era o saber por excelência; a filosofia e a ciência, formavam um único campo racional

(ARAUJO, 2003, p. 23-24).

Com o Renascimento e a emergência do sistema mercantilista de produção, entre

outras influências, o pensamento ocidental sofreu modificações importantes relacionadas ao

novo período histórico que se anunciava. No final do século XVII, por exemplo, Isaac

Newton, amparado nos estudos de Galileu, Tycho Brahe e Kepler, estabeleceu a primeira

grande unificação dos estudos da Física relacionando os fenômenos físicos terrestres e

celestes. Temas que eram objeto da filosofia, passaram a ser analisados pelo olhar da ciência

empírica, de modo que “das explicações organizadas conforme o método científico, surgiram

todas as ciências naturais” (ARAUJO, 2003, p. 24).

O conhecimento científico, então, foi se desvinculando do pensamento teocêntrico e os

saberes necessários para explicar o mundo, ficaram a cargo do ser humano, que explicaria a

natureza por meio de leis, princípios, teorias, sempre na busca de uma verdade expressa pelo

método científico.

A dimensão filosófica do conhecimento não desapareceu com o desenvolvimento da

razão científica. Ambas caminharam no século XX, quando se observou a emergência de

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métodos próprios para as ciências humanas, que se emanciparam das ciências naturais. Assim,

as dimensões filosófica e científica transformaram a concepção de ciência ao incluírem o

elemento da interpretação ou significação que os sujeitos dão às suas ações – o homem torna-

se, ao mesmo tempo, objeto e sujeito do conhecimento.

Além disso, as ciências humanas desenvolveram a análise da formação, consolidação e

superação das estruturas objetivas do humano na sua subjetividade e nas relações sociais.

Essas transformações, que se deram devido à expansão da vida urbana, à consolidação do

padrão de vida burguesa e à formação de uma classe trabalhadora consciente de si, exigem

investigações sobre a constituição do sujeito e do processo social. São as dimensões filosófica

e humana do conhecimento que possibilitam aos cientistas perguntarem sobre as implicações

de suas produções científicas. Assim, pensamento científico e filosófico constituem

dimensões do conhecimento que não se confundem, mas não se deve separar.

Temas que foram objeto de especulação e reflexão filosófica passaram daí por diante pelo crivo do olhar objetivador da ciência. [...] As ciências passaram a fornecer explicação sobre a estrutura do universo físico, sobre a constituição dos organismos e, mais recentemente, sobre o homem e a sociedade. A filosofia passou a abranger setores cada vez mais restritos da realidade, tendo, no entanto, se tornado cada vez mais aguda em suas indagações; se não lhe é dado mais abordar o cosmo, pois a física e suas leis e teorias o faz mais apropriadamente, o filósofo se volta para a situação atual e pergunta-se: o que faz de nós este ser que hoje somos? (o) que é o saber, (o) que é o conhecer e de como se dá a relação entre mente e mundo (ARAUJO, 2003, p. 24).

Por sua vez, a dimensão artística é fruto de uma relação específica do ser humano com

o mundo e o conhecimento. Essa relação é materializada pela e na obra de arte, que “é parte

integrante da realidade social, é elemento da estrutura de tal sociedade e expressão da

produtividade social e espiritual do homem” (KOSIK, 2002, p. 139). A obra de arte é

constituída pela razão, pelos sentidos e pela transcendência da própria condição humana.

Numa conhecida passagem dos Manuscritos econômico-filosóficos, Karl Marx argumenta que

“o homem se afirma no mundo objetivo, não apenas no pensar, mas também com todos os

sentidos” (MARX, 1987, p. 178) e os sentidos não são apenas naturais, biológicos e

instintivos, mas também transformados pela cultura, humanizados.

Para Marx, o capitalismo e a propriedade privada determinam a alienação dos sentidos

e do pensamento, reduzindo-os à dimensão do ter. Portanto, a emancipação humana plena

passa, necessariamente, pelo resgate dos sentidos e do pensamento.

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50 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Para o ouvido não musical a mais bela música não tem sentido algum, não é objeto.

[...] A formação dos cinco sentidos, é um trabalho de toda história universal até nossos dias. O

sentido que é prisioneiro da grosseira necessidade prática tem apenas um sentido limitado

(MARX, 1987, p. 178).

O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o trabalho

criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão artística, pois criar “é

fazer algo inédito, novo e singular, que expressa o sujeito criador e simultaneamente,

transcende-o, pois o objeto criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto

concreto é uma nova realidade social” (PEIXOTO, 2003, p. 39).

Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental para a educação,

pois a escola é, a um só tempo, o espaço do conhecimento historicamente produzido pelo

homem e espaço de construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo

de criação. Assim, o desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos, inerente à dimensão

artística, tem uma direta relação com a produção do conhecimento nas diversas disciplinas.

Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para

humanização dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de alienação e repressão à

qual os sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua especificidade,

conhecimentos de diversos campos, possibilitando um diálogo entre as disciplinas escolares e

ações que favoreçam uma unidade no trabalho pedagógico. Por isso, essa dimensão do

conhecimento deve ser entendida para além da disciplina de Arte, bem como as dimensões

filosófica e científica não se referem exclusivamente à disciplina de Filosofia e às disciplinas

científicas. Essas dimensões do conhecimento constituem parte fundamental dos conteúdos

nas disciplinas do currículo da Educação Básica.

2.5.9 Sociedade

Partindo da idéia que a escola é a reprodução social, as primeiras apreciações em torno

dos chamados aparelhos ideológicos do Estado foram feitas por Gramsci. As superestruturas

do bloco histórico constituem uma totalidade complexa em cujo interior se distinguem duas

esferas essenciais: a sociedade política e a sociedade civil. A sociedade política agrupa o

aparelho de Estado, entendido este em seu sentido restrito, realizando o conjunto das

atividades da superestrutura que dão conta da função de dominação. Por sua vez, a sociedade

civil constitui a maior parte da superestrutura e é formada pelo conjunto dos organismos

vulgarmente chamados privados e que correspondem à função de hegemonia, que o grupo

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social dominante exerce sobre a sociedade global. Esta sociedade civil pode ser considerada

sob três aspectos analiticamente diferentes e complementares:

Como ideologia da classe dominante, ela alcança todos os ramos da ideologia, da arte à ciência, incluindo a economia, o direito, etc. Como concepção do mundo, difundida em todas as acamadas sociais para vinculá-las à classe dirigente, ela se adapta a todos os grupos: dai provêm seus diferentes graus qualitativos: filosofia, religião, sentido comum, folclore; como direção ideológica da sociedade, ela se articula em três níveis essenciais: a ideologia propriamente dita, a estrutura ideológica - isto é, as organizações que a criam e a difundem - e o material ideológico, isto é: os instrumentos técnicos de difusão da ideologia: sistema escolar, mass media e bibliotecas. (PORTELLI, 1971: 23).

A partir destas considerações gerais, os problemas da estrutura e do material

ideológico passaram a ser temas recorrentes de analise. Não obstante, o característico nesses

estudos foi subordinar o conflito social surgido no interior de tais instituições à analise formal

de tais aparelhos ideológicos. Contudo, o processo educacional deixou de ser analisado como

um processo a-histórico, para ser referido à sociedade capitalista. Então, as perguntas

fundamentais passaram a ser: que relação guarda o sistema escolar com a estrutura das

relações de classe? Como tal sistema escolar age de maneira a assegurar a reprodução

ideológica e, em conseqüência, a reprodução da sociedade capitalista? E, por fim, a pergunta,

como os fatores sociais agem no interior desse sistema educacional? Um dos principais

esforços de elucidação deste problema foi enunciado desta maneira:

Para compreender adequadamente a natureza das relações que unem o sistema escolar à estrutura das relações de classe e elucidar sem cair em uma espécie de metafísica da harmonia das esferas o do providencialismo do melhor e do pior, das correspondências, homologias e coincidências redutíveis em ultima analise à convergência de interesses, alianças ideológicas e afinidades entre habitus, deixando de lado o discurso interminável que resultaria de percorrer em cada caso a rede completa das relações circulares que unem estruturas e praticas pela mediação do habitus como produto das estruturas, para definir os limites de validade (isto é, validade desses limites) de uma expressão abstrata como a de sistema de relações entre o sistema de ensino e a estrutura das relações de classe?. (BOURDIEU & PASSERON, 1976:212).

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Isto é, o nexo conceitual entre estruturas e práticas, que estes autores elaboram, é o de

habitus definido como:

Sistema de disposições duráveis e transferíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona a cada momento como matriz de percepções, apreciações e ações, e torna possível a realização de tarefas suficientemente diferenciadas, graças à transferencia analógica de esquemas que permitem resolver problemas da mesma forma, e, graças a correções incessantes dos resultados obtidos, dialeticamente produzidos por estes resultados (BOURDIEU & PASSERON, 1976:214).

Com estes postulados, tenta-se demonstrar que a sociedade se organiza não apenas a

partir de bens econômicos, mas também a partir da produção de bens simbólicos, de habitus

de classe, que, transmitidos fundamentalmente pela família, levam a que os indivíduos

organizem um modo de vida e uma determinada concepção do mundo. A introdução desta

dimensão se fundamenta no conceito de classe em jogo: As diferenças propriamente

econômicas são explicadas por distinções simbólicas na maneira de usufruir esses bens, ou

melhor, (é) através do consumo, e mais, através do consumo simbólico (ou ostentatorio) que

se transmitem os bens simbólicos, as diferenças de fato (se transformam assim) em distinções

significativas.

A lógica do sistema de ações e procedimentos expressivos não pode ser compreendida

de maneira independente de sua função, que é dar uma tradução simbólica do sistema social

como sistema de inclusão e exclusão, segundo a expressão de Mc Guire, mas também

significar a comunidade ou a distinção, transmutando os bens econômicos em atos de

comunicação. De fato, nada mais falso do que acreditar que as ações simbólicas (ou o aspecto

simbólico das ações) nada significam Alem delas mesmas; em verdade, elas expressam

sempre uma posição social segundo uma lógica que é a mesma da estrutura social: a lógica da

distinção (BOURDIEU & PASSERON, 1976:217). Agora, bem instaladas as classes sociais

em nível do mercado, este passa a ser visualizado como a mediação entre a produção - ou a

forma de participação na produção - e o jogo de distinções simbólicas onde se reproduzem as

relações de força entre as classes. Então, a pergunta é: quem e através de que mecanismos,

reproduzem essas distinções simbólicas? Esses autores privilegiam família como instituição

reprodutora do sistema social. A família é que introduz o indivíduo no mundo da cultura, as

crianças são socializadas muito antes de entrarem na escola. Essa socialização corresponde a

valores (em sentido amplo) que são patrimônio cultural do universo social a que pertencem.

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53 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Como, então, se relaciona a sua ação com aquela empreendida pelo sistema educacional?

Durkheim, como seus seguidores, se esforçava por assinalar que a importância do

processo educacional se baseava no fato de que o mesmo tinha como função principal a

transmissão da cultura na sociedade. Esta cultura era assim apresentada como única, indivisa,

propriedade de todos os membros que compõem o conjunto social. Uma das pretensões de

Bourdieu e Passeron é justamente demonstrar a não existência de uma cultura única, mas que,

na realidade, devido ao fato de que elas correspondem a interesses materiais e simbólicos de

grupos ou classes diferentemente situadas nas relações de força, esses agentes pedagógicos

tendem sempre a reproduzir a estrutura de distribuição do capital cultural entre esses grupos

ou classes, contribuído do mesmo modo para a reprodução da estrutura social:

Com efeito, as leis do mercado em que se forma o valor econômico ou simbólico, isto é, o valor enquanto capital cultural, dos arbítrios culturais reproduzidos pelas diferentes ações pedagógicas (indivíduos educados) constituem um dos mecanismos mais o menos determinantes segundo os tipos de formação social, pelos quais se acha assegurada a reprodução social, definida como reprodução das relações de força entre classes sociais. (BOURDIEU & PASSERON, 1976:218).

O sistema escolar reproduz assim, a nível social, os diferentes capitais culturais das

classes sociais e, por fim, as próprias classes sociais. Os mecanismos de reprodução

encontram sua explicação última nas relações de poder, relações essas de domínio e

subordinação que não podem ser explicadas por um simples reconhecimento de consumos

diferenciais. Assim, quando analisam a função ideológica do sistema escolar, uma de suas

preocupações é justamente a da possível autonomia que pode ser atribuída a ele, em relação à

estrutura de classes. Com efeito, Bourdieu e Passeron perguntam: Como levar em conta a

autonomia relativa que a Escola deve à sua função específica, sem deixar escapar as funções

de classes que ela desempenha, necessariamente, em uma sociedade dividida em classes?

(BOURDIEU & PASSERON, 1976:219). E respondem: Se não é fácil perceber

simultaneamente a autonomia relativa do sistema escolar, e sua dependência relativa à

estrutura das relações de classe, é porque, entre outras razões, a percepção das funções de

classe do sistema escolar está associada, na tradição teórica, a uma representação

instrumentalista das relações entre a escola e as classes dominantes como se a comprovação

da autonomia supusesse a ilusão de neutralidade do sistema de ensino. (BOURDIEU &

PASSERON,1976:220). O que parece, sim, surgir da exposição é que no caso das relações

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entre escola e classes sociais a harmonia apresentada pelos autores parece perfeita: as

estruturas objetivas produzem os habitus de classe e, em particular, as disposições e

predisposições que, gerando as práticas adaptadas a essas estruturas, permitem o

funcionamento e a perpetuação das estruturas. Bourdieu e Passeron falam da reprodução das

classes do ponto de vista de uma analise ideológica.

Neste sentido, a noção de existência de códigos linguisticos é de central importância.

Existem códigos lingüisticos que se expressam claramente na linguagem, gerando relações

diferentes, constituem representações, significações próprias da cultura de grupos ou classes

sociais.

Frente a essa cultura fragmentada, o sistema escolar impõe uma norma linguística e

cultural determinada, mas aproximada àquela que é parte do universo simbólico das famílias

burguesas, e distanciada, em consequência, daquela dos setores populares. O êxito ou o

fracasso das crianças na escola se explica pela distancia de sua cultura ou língua em relação à

cultura e à língua escolares. Finalmente, introduziremos o ponto de vista de Poulantzas sobre

o papel da escola, no qual se privilegia como eixo de analise a divisão trabalho

intelectual/trabalho manual, como forma de analisar tanto a função ideológica como a de

reprodução da força de trabalho anexa à mesma:

Com efeito, só se pode dizer de forma totalmente análoga e aproximativa que a escola

forma trabalho intelectual de um lado e trabalho manual (formação técnica) de outro.

Numerosos estudos mostraram amplamente que a escola capitalista não pode, situada globalmente como está, ao lado do trabalho intelectual, formar o essencial do trabalho manual. A formação profissional operária é essencialmente o saber técnico operário não se ensina (não pode ser ensinado) na escola capitalista, nem mesmo em suas máquinas e aparelhos do ensino técnico. O que, se ensina principalmente à classe operaria é a disciplina, o respeito à autoridade, a veneração de um trabalho intelectual que se acha quase sempre fora do aparelho escolar. De maneira alguma, as coisas se apresentam da mesma forma para a nova pequena burguesia e para o trabalho intelectual, sendo sua força de trabalho, em seu lado intelectual, efetivamente formada pela escola. (POULANTZAS,1975:288)

Isto é, o que, Poulantzas, tenta reafirmar é que as funções da escola só podem ser

analisadas em função das classes sociais às quais dirige sua ação, e não em função de

instituições ou redes escolares. Isso nos permite encontrar no interior da escola uma

reprodução da divisão social do trabalho e afirmar que: O principal papel da escola capitalista

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55 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

não é qualificar diferentemente o trabalho manual e o trabalho intelectual, mas, muito mais,

desqualificar o trabalho manual (sujeitá-lo), qualificando só o trabalho intelectual.

2.5.10 Tecnologia

Etimologicamente a palavra Tecnologia é a conjunção dos termos tecn(o) e lógia, cuja

origem provém da Grécia antiga. O termo tecn(o) surge do grego techno, de techne (técnica),

expressando a idéia de arte ou habilidade. No entanto a partir do século XIX, na linguagem

erudita surgiu o termo lógia que deriva do grego log(o), significando palavra, estudo,

tratamento ou conhecimento.

Para Kenski (2008, p.15), as tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana.

Na verdade, foi a engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu origem às mais

diferenciadas tecnologias.

Cada época foi marcada por elementos tecnológicos que se fizeram importantes para a

sobrevivência da espécie humana. A água, o fogo, um pedaço de madeira ou um osso de um

animal qualquer eram usados para matar, dominar ou afastar animais ou outros homens que

podiam representar ameaças.Para Kenski (2003, p. 18), "segundo o Dicionário de filosofia de

Nicola Abbagnano(1982), a tecnologia, é o estudo dos processos técnicos de um determinado

ramo de produção industrial ou de mais ramos". No entanto, tecnologia envolve todo um

conjunto de técnicas, que são utilizados para o desenvolvimento das ferramentas tecnológicas.

Muitos dos produtos, equipamentos, ferramentas que utilizamos no nosso cotidiano não

são considerados por muitos como tecnologia. Óculos, dentaduras, alimentos, medicamentos,

prótese, vitaminas e outros produtos são resultados de sofisticadas tecnologias (Kenski, 2003).

A expressão "Tecnologia na Educação" abrange a informática, mas não se restringe a

ela. Inclui também o uso da televisão, vídeo, rádio e até mesmo cinema na promoção da

educação. Entende-se tecnologia como sendo o resultado da fusão entre ciência e técnica. O

conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado como o conjunto de procedimentos

(técnicas) que visam "facilitar" os processos de ensino e aprendizagem com a utilização de

meios (instrumentais, simbólicos ou organizadores) e suas conseqüentes transformações

culturais.

O uso de tecnologia em educação não é recente. A educação sistematizada desde o

início utiliza diversas tecnologias educacionais, de acordo com cada época histórica. A

tecnologia do giz e da lousa, por exemplo, é utilizada até hoje pela maioria das escolas. Da

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56 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

mesma forma, a tecnologia do livro didático ainda persiste em plena era da informação e do

conhecimento. Na verdade, um dos grandes desafios do mundo contemporâneo consiste em

adaptar a educação à tecnologia moderna e aos atuais meios eletrônicos de comunicação.

Nos anos 50 e 60, a tecnologia educacional era vista como sinônimo de recursos

didáticos. A partir da década de 60, o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa

passou a revolucionar o mundo em todos os setores, principalmente no campo da educação.

Muitos afirmam que as máquinas trouxeram uma revolução nos processos de ensino e

aprendizagem. Porém, um quadro negro eletrônico continua sendo um quadro negro.

Comparando-se uma aula do século XIX com uma de hoje, por exemplo, nota-se que as idéias

continuam sendo as mesmas. A escola continua sendo uma das instituições que resistem até os

dias atuais com as mesmas características desde sua criação.

Ao longo do tempo a tecnologia se tornou mais complexa e o uso das normas exige um

domínio cognitivo mais apurado. O problema é como aproveitar tais recursos na sua

totalidade.

2.5.11- Formação Continuada

A Escola se dedica ao seu pressuposto maior que é oferecer uma educação que faz a

diferença. E, mediante isso, acredita na importância de uma formação contínua de todos os

profissionais da educação que fazem parte do seu quadro, num processo de interação com

todos os meios significativamente formativos que ofereçam um crescimento para a qualidade

do ensino.

Ao priorizar os conhecimentos e práticas pedagógicas que interfiram ou criem

mecanismos de ação para suprir as limitações dos seus educandos, deseja cumprir o seu papel

de ofertar oportunidades de crescimento estudantil e, concomitantemente social, aos seus

educandos, formando-os para a vida.

O objetivo essencial da comunidade escolar Maria da Luz Furquim é suprir as

fragilidades de seus alunos utilizando, para isso, toda a sua infra-estrutura. Entende que a

formação coletiva, de qualidade, dos seus educadores, refletirá nas ações que caracterizam o

importante papel da Escola, expresso no Projeto Político Pedagógico.

Dessa forma, enaltece a formação contínua, sempre compartilhando conhecimentos,

de todos: direção, equipe pedagógica, professores e funcionários.

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57 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

2.5.12- Educação

De acordo com a Constituição Federal, em seu título VIII, capítulo III, seção I, artigo

205, em que trata da educação, diz o seguinte:

“ A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e

incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabelece, por assim dizer, as

diretrizes e bases da educação Brasileira. Sancionada a partir da Lei 9394/96, a LDB, em seu

títuloI, artigo 1º, assim define a educação:

“A educação, abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar,

na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”.

2.5.13- Homem e Mundo

‘’A relação do homem com o mundo é com plena e multifacetada. Se, por um lado,

somos sempre produto da nossa inserção e adaptação a um mundo que já aí estava antes de

nós, por outro, a medida que a nossa individualidade e autonomia se vão estruturando, vamo-

nos tornando seres cada vez mais ativos, com capacidade de intervir, de participar, de

produzir e de criar, convertendo-nos em agentes de transformação do mundo’’

Carlos Fontes

Portanto, de um lado Homem (um ser aberto à experiência) do outro Mundo ( campo

onde decorrem as nossas vivências) e também Experiência (vivências, contatos mais ou

menos prolongados, saberes empíricos)

O Homem é, em certo sentido, um produto do meio, mas também o agente da sua

transformação.

A forma como vivemos, as diferentes experiências, depende em grande medida da

atitude como as que encaramos (atitudes ativas e atitudes passivas).

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58 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

2.5.14- Cultura

É a maneira de viver de um povo. A cultura engloba tudo que um povo aprende,

produz e adota como hábitos de vida. Sua língua, sua história, suas obras de arte, seus

costumes de alimentação e suas tradições religiosas, estando em permanente processo de

mudança.

2.5.15- Gestão

A noção de gestão encontra-se implícita tanto no processo de organização política para

a construção de uma nova ordem social. Trata-se, portanto, de uma reflexão sobre as relações

de poder que constituem a estrutura do Estado e que expressam o conjunto de relações

econômicas, sociais e culturais da sociedade.

A gestão democrática da educação, na forma específica da formação escolar, insere-se

no contexto da formação do Estado moderno e no processo de instituição das modernas

democracias. O Estado, ao exercer a sua função efetiva de implementar um projeto econômico

e político, também realiza a sua função educativa de adequar os indivíduos às exigências da

produção e às condições sociais de uma época e de uma sociedade, ou seja, a política efetiva-

se pela relação com a cultura e toda ação que vise concretizar um projeto político precisa

considerar a questão da formação do homem.

Nesse contexto, a noção de educação aparece renovada, porque faz parte da própria natureza

do Estado e seus objetivos. Se essa função cabe ao Estado, é necessário explicitar a sua

estrutura e conhecer os mecanismos dos quais lança mão para “criar e manter um certo tipo de

civilização e de cidadão”, ou seja, é preciso entender o compromisso de instituições políticas

e sociais com a formação do homem no sentido de gerar e consolidar uma determinada forma

de convivência social e de relações individuais. (GRAMSCI, A., Quaderni del Carcere.

Torino, Einaudi.Editore, 1977).

2.5.16- Cidadania

Conceito que permite ao indivíduo ter o direito de intervir na direção dos órgãos

governamentais, direta ou indiretamente, como atuante efetivo com o voto (direto) ou com

concorrência a cargos públicos (indireto), nunca esquecendo a democracia, sabendo que, em

uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos

deveres dos demais, ou seja, da sociedade.

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2.5.17- Tempo e Espaço

A pergunta sobre o que é o tempo tem intrigado estudiosos, matemáticos, físicos,

filósofos a curiosos ao longo da história da humanidade. Contudo, dificilmente se chegará a

um consenso da definição absoluta e definitiva de tempo porque ele é, para o ser humano,

apenas um evento psicológico, apenas uma sensação derivada da transição dum movimento.

O tempo, apesar de estar vinculado a eventos externos ao indivíduo, sempre será definido de

forma idiossincrática, tanto que estudiosos conceituados ousaram setenciar:

"É o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só."

(John Wheeler)

"Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e

persistente ilusão." (Albert Einstein)

"A cada segundo que passa é um milagre que jamais se repete." (Antiga frase dita, pela

Rádio Relógio, do Rio de Janeiro)

A construção do conceito de tempo pelas crianças :

A construção do conceito de tempo é longa e complexa. Para construção deste

conceito, as crianças atravessaram diferentes etapas. Segundo Piaget, nossas idéias sobre o

tempo não são inatas, mas resultam de construções lógicas que se originam da experiência e

da ação. A construção do conceito de tempo esta intimamente relacionada com o domínio da

linguagem. Através da linguagem, as crianças podem gradualmente, operar diferentes ritmos

de narrativa, articulando atividades mentais distintas que traduzem sua experiência dinâmica

da realidade. O desenvolvimento do conceito de tempo ocorre concomitantemente com o do

espaço e por ser uma noção abstrata é de longa duração. Os conhecimentos cotidianos das

crianças sobre tempo e espaço, são o ponto de partida para esta construção que deverá ser

ampliado pela escola. A criança só constrói a noção de tempo quando é capaz de perceber a

duração e a sucessão do tempo (simultaneidade) e o fato de que não é possível parar o tempo

(continuidade).

Quando se fala em espaço e tempo na escola, geralmente se pensa em aspectos bem

concretos como a divisão/duração dos horários, dos períodos letivos, das disciplinas ou da

dimensão/distribuição das salas, corredores, gabinetes, pátios. No entanto, há uma dimensão

menos aparente desta temática, aduzindo elementos para fundamentar a tese de que espaço e

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60 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

tempo, são conceitos que, na forma como os conhecemos, foram construídos no início da

modernidade no campo das ciências naturais e de lá transferidos para o campo da educação.

No Brasil, parte dos trabalhos que tratam sobre a questão do espaço e do tempo

escolares, estão relacionados a: currículo, prática pedagógica, inovações didático-

metodológicas, relações que se estabelecem no processo de ensino e aprendizagem no interior

da sala de aula, organização dos níveis de escola (séries e ciclos), ano letivo, uso do tempo

nas atividades em sala de aula, diversidade dos tempos da escola (tempo pedagógico, tempo

do professor, tempo das crianças, etc.) entre outros.

Tempo e espaço, escolares: uma visão histórica

Falar de tempo e espaço escolares exige uma definição do que se entende por tais

conceitos e que concepções estão aí envolvidas. Tanto o termo “tempo” quanto o termo

“espaço” têm definições diversas e os profissionais de várias áreas, como historiadores,

psicólogos, sociólogos, antropólogos, pedagogos, arquitetos etc., ocuparam-se em definir e

dar-lhes sentido.

Para este marco conceitual, considera-se o espaço como lugar e o tempo como um

símbolo social resultante de um longo processo de aprendizagem humana.

Nesta perspectiva, o espaço, assim como o tempo, não podem ser entendidos como

neutros, pois sendo uma construção social expressam as relações sociais que neles se

desenvolvem.

Mas, nem sempre as escolas em nossa sociedade foram organizadas como são hoje.

Uma escola para a criança: o espaço construído como lugar da infância

Se entendemos que a organização do tempo e do espaço, escolares, é construção

humana que foi elaborada no decorrer da história e que, portanto, expressa as relações sociais

que aí se estabelecem, podemos vislumbrar a possibilidade de mudanças na estrutura espaço-

temporal das escolas de modo a se tornarem espaços que favoreçam o processo de

desenvolvimento e formação das crianças, respeitando-as como sujeitos de direitos.

Mayumi de Souza Lima (1989; 1994; 1995) defende a importância da qualidade do

espaço na educação das crianças, no sentido de proporcionar um espaço que, ao invés de

confinar a infância no interior da escola, proporcione as condições mais favoráveis para o

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processo de desenvolvimento da criança. Partindo de reflexões sobre o desaparecimento, nos

centros urbanos, (em decorrência de uma expansão das cidades acompanhada pela

especialização e fragmentação do espaço urbano através da ocupação especulativa) de espaços

públicos de aprendizado coletivo onde antes as crianças podiam circular e brincar, esta

arquiteta defende que, na realidade brasileira o espaço escolar tem se tornado um candidato

potencial a ocupar o lugar de convívio e produção de cultura entre as crianças.

2.6 REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO

De que forma podemos articular tais elementos na pratica escolar visando a uma escola

para todos? Que medidas, procedimentos, posturas ou princípios podem ser consensuados

entre professores, equipe pedagógica, direção para que esta articulação aconteça na escola?

Resgatar o valor da escola pública; gestão democrática; troca de experiências; maior

comprometimento; receber diálogos e parcerias; articulação dos elementos; trabalhar valores;

delimitar responsabilidades; utilizar recursos tecnológicos; outras práticas.

Tendo em vista, que a escola é elemento básico da vida social e da cultura: como

trabalhar a diversidade no espaço escolar em suas diferentes manifestações com o intuito da

promoção da cidadania?

Criando projetos; valorizando a cultura de cada um; envolvendo a comunidade e

parcerias; estudando as culturas locais.

Que avanços são percebidos na realidade escolar?

Liberdade de ação do professor; maior integração aluno/escola; diálogo aluno/professor;

flexibilidade na execução do planejamento; respeito às individualidades.

Que medidas a escola pode tomar para que o respeito à diversidade seja parte do seu

cotidiano?

Temas transversais; assunto do cotidiano X conhecimento científico; troca de

experiências/ informações; eventos/cursos; valorização da opinião do aluno/professor;

envolver a comunidade com questionário, plenárias com pais e conselho escolar.

Qual o papel da escola pública na atualidade?

Retomada de sua função de ensinar (conhecimento que possibilite o acesso ao saber

elaborado) e cumprir o seu papel possibilitando o exercício da cidadania; resgatar o papel da

família na educação de seu filho(a), vendo a escola como mediadora de conhecimento e

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cultura; reconhecimento da atuação do professor; transformador da sociedade; deixar de ser

assistencialista.

Retomar conhecimento científico e através da realidade fazer transformações

significativas.

2.7 INCLUSÃO

Nós, educadores, lutamos sempre pelo mesmo ideal. Todos os agregados neste labor

são sábios e importantes, pois o trabalho dignifica o cidadão. Portanto, é necessário que a

escola esteja voltada com projetos para a realidade onde está inserida, e, desta forma,

propiciando mecanismos de ação para a efetivação de suprimento das necessidades da

comunidade escolar.

A ação coletiva deverá estar voltada para a inclusão e diversidade na formação de

pessoas críticas, capazes de mobilizarem-se na sociedade, garantindo o direito à cidadania.

Falando em inclusão na escola pública, pode-se levar em conta que não são apenas

palavras soltas ou leis obrigatórias. A inclusão deve começar no interior de cada pessoa que

faz parte da comunidade escolar, deve ser interiorizada, compreendida como um processo

permanente, contínuo, necessário. Cada pessoa deve sensibilizar-se com o diferente, e quando

falamos em diferente, não nos referimos apenas aos portadores de deficiências e sim, a pessoa

portadora de necessidades especiais, que são inúmeras e não a minoria como pensamos. Se

levarmos em conta que “Narciso não acha belo o que não é sua imagem”, compreenderemos

que TODOS nós somos DIFERENTES, porém, com direitos iguais e garantidos por lei.

Precisamos incentivar contribuições para a efetivação do propósito da inclusão, que se

concretiza quando ocorre a somatória de todos os profissionais engajados para atingir o

mesmo objetivo que é: garantir que cada aluno seja respeitado em suas características,

interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem conforme suas peculiaridades.

2.8 CONTRIBUIÇÕES DAS DISCIPLINAS

Na construção do PPP do Colégio Maria da Luz Furquim, no envolvimento dos seus

pressupostos, da incansável busca pela necessidade de expressar a verdadeira essência que

nossa Escola deseja: transmitir na prática das disciplinas, além dos conteúdos característicos

de cada uma delas, mas sim, trabalhar com a interação dos indivíduos, formando cidadãos

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críticos, participativos, conscientes do exercício da cidadania, os professores analisaram as

possibilidades de cada uma das disciplinas da grade curricular, se voltando em como fazer

isso acontecer, que premissas seguir.

Nessa conversação, houve um consenso de que quem trabalha na formação de

pessoas, precisa despertar nos mesmos, o sentimento de compromisso com os problemas e

enfrentamentos que afetam a sua realidade, preocupando-se com questões como: direitos

conquistados, liberdade de expressão, condições de vida saudável, respeito às diferenças,

preocupação com o meio ambiente, dentre outros problemas sociais.

Sendo assim, relatam o que denominam “contribuições das disciplinas”, expondo

ideias que expressam o consenso geral dos professores, reproduzidas em algumas das

disciplinas, que retratam o pensamento coletivo para não tornar as colocações aqui

apresentadas em informações repetitivas.

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

Utilizando o recurso de adaptação curricular, são estabelecidos pequenos ajustes nas

ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula. Essas modificações

promovidas no currículo, pelo professor, acontecem de forma a permitir e promover a

participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades especiais no processo de

ensino e aprendizagem, na escola regular. São denominadas de Pequeno Porte porque sua

implementação encontra-se no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivos do professor,

não exigindo autorização, nem dependendo de ação de qualquer outra Instância superior, nas

áreas, política, administrativa, e/ou técnica.

Podendo ser implementadas em várias áreas e momentos da atuação do professor,

podem ocorrer da seguinte forma:

Adaptação de Conteúdos : Prioriza os tipos de conteúdos (áreas ou unidades de

conteúdos), reformulação da sequência de conteúdos, ou ainda, a eliminação de

conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para objetivos

educacionais.

Adaptação de Objetivos: Ajustes que o professor pode fazer nos objetivos pedagógicos

constantes de seu plano de ensino de forma a adequá-los às características e condições do

aluno com necessidades educacionais especiais. Priorizar determinados objetivos para

um aluno, caso essa seja a forma de atender às suas necessidades educacionais, ou utilizar

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maior variedade de estratégias pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos,

em detrimento de outros, menos necessários, numa escala de prioridade estabelecida a

partir da análise do conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância do

referido objetivo para o seu desenvolvimento e a aprendizagem significativa do aluno.

Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática : método de ensino às

necessidades de cada aluno é, na realidade, um procedimento fundamental na atuação

profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor não

atender ao jeito que cada um tem para aprender, faz parte da tarefa de ensinar procurar as

estratégias que melhor respondam ás características e às necessidades peculiares a cada

aluno, uma outra adaptação é a modificação do nível de complexidade das atividades.

Nem todos os alunos conseguem apreender um determinado conteúdo se ele não lhe for

apresentado passo a passo, mesmo que o "tamanho" dos passos precise ser diferente de

um aluno para outro, assim, o professor tanto pode precisar eliminar componentes da

cadeia que constitui a atividade, como dar nova seqüência à tarefa, dividindo a cadeia em

passos menores, com menor dificuldade entre um e outro, etc.

Adaptação do Processo de Avaliação: Ajuste que pode se mostrar necessária para atender

a necessidades educacionais especiais de alunos é a adaptação do processo de avaliação,

seja por meio da modificação de técnicas, como dos instrumentos utilizados, (utilizar

diferentes procedimentos de avaliação, adaptando-os aos diferentes estilos e

possibilidades de expressão dos alunos), são vários os recursos e materiais que podem ser

úteis para atender às necessidades especiais de vários tipos de deficiência. O ajuste de

suas ações pedagógicas tem sempre de estar atrelado ao processo de aprendizagem no

aluno.

Adaptação na Temporalidade: Sugere que o processo de ensino e aprendizagem, tanto

aumentando, como diminuindo o tempo previsto para o trato de determinados objetivos e

os conseqüentes conteúdos, o professor pode organizar o tempo das atividades propostas,

levando-se em conta o tipo de deficiência.

O convívio escolar refere-se a todas as relações e situações vividas na escola, dentro e

fora da sala de aula, em que estão envolvidos direta ou indiretamente os sujeitos da comunida-

de escolar.

A parte diversificada do currículo destina-se a atender as características regionais da

sociedade, cultura e clientela. O desenvolvimento da parte diversificada é importante para en-

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65 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

riquecer o currículo ou mesmo o aprofundamento de estudos, tais como: educação ambiental,

relações étnicas e ensino especial.

RELAÇÕES ÉTNICAS

Sociedade e cultura são dois termos que devem ser distinguidos. Embora toda cultura

precise de uma sociedade para se desenvolver, uma sociedade não contém necessariamente uma

única cultura (embora não seja possível uma sociedade prescindir de cultura). A sociedade é então

a base para a existência da cultura, e a cultura só de desenvolve pela interação social.

Há diversas classificações quanto ao nível de agregação cultural das sociedades. Pode-se,

por exemplo, partir de construções culturais de caráter universal, padrões que existem em

quaisquer culturas existentes; alguns destes padrões são:

divisão sexual e/ou etária dos trabalhos.

distinção entre bom e mau comportamento.

Linguagem oral.

manifestações artísticas.

conceito de Privacidade.

regras para atividade sexual.

Um segundo nível seria representado por Culturas Nacionais, pouco homogêneas mas

que conservam traços fundamentais de semelhança (idioma, padrão de trocas monetárias, por

exemplo). Aparecem desde então às restrições quanto a sexo, idade, e classe social, no que

concerne tanto ao aprendizado de certos elementos culturais quanto à prática de certas

atividades. É muito comum a distinção entre os gêneros no aprendizado dos padrões culturais.

Outra distinção que fica plenamente caracterizada é a divisão em profissões: determinados

membros se especializam em algum aspecto da cultura, sendo-lhes desnecessário conhecer

outros aspectos que ficam por conta de outras profissões.

FÍSICA

A Física, percebida enquanto construção histórica como atividade social humana,

emerge da cultura e leva a compreensão de que modelos explicativos não são únicos nem fi-

nais, tendo se sucedido ao longo dos tempos, como o modelo geocêntrico, substituído pelo he-

liocêntrico, a teoria do calórico pelo conceito de calor como energia, ou a sucessão dos vários

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modelos explicativos para a luz. O surgimento de teorias físicas mantém uma relação comple-

xa com o contexto social em que ocorrem.

Perceber essas dimensões históricas e sociais corresponde também ao reconhecimento

da presença de elementos da física em obras literárias, peças de teatro ou obras de arte.

Assim, será importante estimular a efetiva participação dos jovens na vida de seu bair-

ro e cidade, conscientizando-os de sua responsabilidade social, bem como, suscitando o inte-

resse em atuar como agente conscientizador no seu meio, esclarecendo formas possíveis de

agir, para obter uma vida mais saudável, na sociedade em geral.

A Relação entre Física e Meio ambiente é muito importante. O principal elo entre a

física e o meio ambiente é de transformação energética o que podemos observar através da re-

ciclagem e racionamento de energia.

A energia necessária para a transformação de matéria prima desses materiais em pro-

dutos finais para o comércio, é muito grande, sem falar na agressão do meio ambiente para

obtenção dessa matéria prima.

Através da reciclagem do lixo estaremos reciclando energia e principalmente a nature-

za mineral e vegetal. Na atualidade estamos vivenciando uma das maiores crises de energia

elétrica devido à estiagem que tudo indica ser provocada por uma mudança na atmosfera por

causa das grandes quantidades de poluentes liberados diariamente.

Abrindo espaço para desenvolver e o conceito de Maquinas térmicas e incineração de

lixo e por sua vez fazendo a relação entre escalas termométricas, calorimetria.

O ensino da física deve contribuir para a formação de uma cultura cientifica e efeti-

va, que permita ao individuo a relação entre fatos, fenômenos e processos naturais.

No dia-a-dia, nos deparamos com diversos fenômenos estudados por essa ciência. Pro-

vavelmente, contudo, eles apareceram entremeados com outros estudos, sem que se pudessem

perceber certas características próprias desses fenômenos.

A física é uma ciência básica, pois os conceitos de que ela trata, tais como o movimen-

to, as forças, a energia, a matéria, o calor, o som, a luz, a eletricidade, os átomos, etc., passa-

ram a ser indispensável para a melhor compreensão tanto de qualquer outra ciência quanto das

técnicas que delas foram se originando. Por outro lado, muitos conceitos estudados na quími-

ca, matemática, biologia, sociologia e em vários outros ramos do conhecimento são necessá-

rios e importantes para uma melhor compreensão da física.

“A física está presente em quase todos os momentos de nossa vida”.

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Física, é a ciência que estuda a natureza, este significado indica, na verdade, a maneira

pela qual, a física surgiu, com a preocupação de nos levar ao conhecimento dos fenômenos

naturais. Em sua origem, os objetivos da física eram, portanto, os mesmos de outras ciências,

hoje conhecidas com nomes diferentes. Não havia fronteiras definidas entre os campos dessas

ciências e todas procuravam desvendar a natureza.

A denominação "Filosofia Natural" abrangia quaisquer estudos feitos na tentativa de

melhor descrever os fenômenos que ocorriam na Terra ou que daqui podiam ser observados,

ouvidos, percebidos, etc.

Pouco a pouco, a física passou a ter seu próprio campo de estudos, mas seu relaciona-

mento com as outras ciências, continuou a ser muito forte. Os fenômenos nela estudados estão

presentes a todo o momento, em todos os lugares, no cotidiano das pessoas, na Terra, em ou-

tras galáxias, enfim, em todo universo.

Novos fenômenos naturais que vão sendo descobertos e, também, os conhecimentos

referentes a um novo mundo que vem sendo criado pelo homem ampliam cada vez mais o

campo da física, tornando nossas vidas profundamente envolvidas por ela.

Tradicionalmente, a física é apresentada através desses ramos. Por comodidade didáti-

ca, esse mesmo critério de classificação é respeitado na maioria dos textos de ensino da física.

Esses ramos, no entanto, não constituem compartimentos estanques; pelo contrário, os fenô-

menos estudados em cada um deles estão relacionados entre si através de um pequeno número

de princípios básicos, sendo possível, então, encará-los como um todo, tornando a física uma

estrutura lógica e consistente.

INCLUSÃO

Para atender as características específicas dos diferentes alunos em seu processo de

apreender e construir conhecimento e responder efetivamente às necessidades educacionais

especiais de alunos, faz-se necessário modificar os procedimentos de ensino, tanto

introduzindo atividades alternativas às previstas, como introduzindo atividades

complementares, através da: flexibilização curricular.

A diversidade não é uma dificuldade e traz um desafio enriquecedor ao processo ensino

aprendizagem. Quando trabalhamos as diferenças estamos nos referindo à educação inclusiva.

Devemos ter em mente que inclusão é, uma ação de um método progressivo lento e complexo.

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68 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

A escola é, um lugar de crescimento onde cada discente se apropria do conhecimento

baseado em sua realidade e suas habilidades, cabendo ao professor somente o papel de media-

dor entre aluno-conhecimento.

Para facilitar que isso ocorra há necessidade de que o professor tenha um currículo flexí-

vel, preparações especiais, materiais de apoio, sala apropriada (sala de recursos), e uma equi-

pe de profissionais habilitados em educação especial propiciando um apoio permanente.

De acordo de com LBD lei 9394196, capitulo V, artigos 58, 59 e 60 a proposta pedagó-

gica deve contemplar a modalidade do ensino especial em todas as áreas de conhecimento de-

senvolvidas no ambiente escolar.

GEOGRAFIA

A educação, é o principal alicerce da vida social. Ela amplia e transmite cultura, estende

a cidadania, constrói saberes para o trabalho. Mais do que isso, ela é capaz de ampliar as

margens da liberdade humana, à medida que a relação pedagógica adote como compromisso e

horizonte ético-político a solidariedade e a emancipação.

O direito das pessoas à educação é resgatado pela política nacional da educação

independentemente de gênero, etnia, idade ou classe social.

Vivemos numa era marcada pela competição e pela excelência, em que progressos científicos

e avanços tecnológicos definem exigências novas, impondo uma renovação no pensar e agir.

Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na sociedade brasileira para que a educação seja

de qualidade e que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos

autônomos críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e

responsabilidade na sociedade em que vivem.

A geografia é a área do conhecimento comprometida em tornar o mundo compreensível

para os alunos, explicável e passível as transformações, assim sendo assume grande

relevância em sua meta de buscar um ensino para conquista da cidadania plena.

O objetivo principal da geografia é estudar as relações entre o processo histórico na

formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do

lugar, do território a partir da paisagem do espaço geográfico que se constitui em uma

produção social proporcionando o conhecimento das diferentes culturas existentes no mundo.

Assim, o espaço na geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica, em que

interagem, fatores naturais, sociais, econômicas e políticas. Por ser dinâmica, ela se

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69 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

transforma ao longo dos tempos históricos e as pessoas redefinem suas formas de viver e

percebê-la.

O estudo da geografia possibilita aos alunos a compreensão de sua posição no conjunto

das relações da sociedade com a natureza, permite também que adquiram conhecimentos para

compreender as atuais redefinições espaciais, sociais, econômicas e políticas mundiais e

locais, e perceber a relevância de uma atitude de solidariedade e de compromisso com o

destino das futuras gerações.

Na dinâmica das relações sociedade-natureza, as questões ambientais têm a ver com a

qualidade de vida das pessoas, implicando os direitos de cidadania nos âmbitos individuais e

coletivos (segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, art. 225), onde diz

que “todos têm direitos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem do uso comum do

povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e a coletividade o

dever de defendê-lo e preservá-lo, para as gerações presentes e futuras”.

Para traduzir as preocupações da sociedade brasileira de hoje o tema meio ambiente foi

incorporado pelos temas transversais, sendo de importância urgente e presente na nossa vida

cotidiana.

O tema transversal, meio ambiente constitui uma das dimensões da educação escolar

geral e, conseqüentemente, não podendo ser visualizada como disciplina e sim como enfoque

de conteúdos socioambientais a serem trabalhados em todas as disciplinas em proporção

adequada de abrangência, e aprofundamento de acordo com as séries e níveis de ensino.

A geografia guarda uma íntima relação com a educação ambiental, tendo como papel

formativo no desenvolvimento do educando, ao orientá-lo na leitura do espaço, desde o

imediato ao mais remoto, a educação geográfica, envolve-se motivada e justificadamente nos

dias de hoje com as questões ambientais. No trato das dinâmicas naturais e das relações entre

sociedade e a natureza, emergem problemas de várias dimensões.

A formação de um raciocínio geográfico no contexto das relações sociedade-natureza

leva o educando a aprender e pensar nas interdependências ambientais, na perspectiva de

mudanças e transformações, devido ao desenvolvimento socioeconômico compatíveis com a

qualidade de vida, nos âmbitos locais e em diferentes lugares, povos ou nações.

CIÊNCIAS

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais ”a ciência domina a natureza e

descobre suas leis. Deve ser percebida em sua dimensão humana, trabalho , disciplina , erro ,

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70 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

esforço e posicionamentos éticos , superando a postura de que ensinar ciências é sinônimo de

mera descrição de suas teorias e experiências , sem refletir sobre seus aspectos éticos e

culturais.

O ensino de ciências é uma das áreas em que se pode reconstruir a relação ser

humano/natureza em outros termos, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência

social e planetária, permitindo ao aluno se posicionar acerca de questões polêmicas, perceber

a vida, seu próprio corpo como um todo dinâmico, que interage com o meio. Deve contribuir

para a percepção da integridade pessoal e para a formação da auto-estima, da postura de

respeito ao próprio corpo e ao dos outros, para o entendimento da saúde como um valor

pessoal e social para a compreensão da sexualidade humana sem preconceitos. A convivência

com produtos científicos e tecnológicos é algo universal, portanto, cresce a necessidade de

conhecimentos a fim de poder, interpretar e avaliar informações, para poder participar e julgar

decisões políticas ou divulgações científicas na mídia. Faz-se necessário favorecer o

desenvolvimento de uma postura reflexiva e investigativa, de não-aceitação, a priori, de idéias

e informações , assim como a percepção dos limites das explicações , incluindo modelos

científicos.

“Para que a aprendizagem seja significativa, é essencial considerar o desenvolvimento

cognitivo dos estudantes, relacionando a suas experiências, sua idade, sua identidade cultural

e social, e os diferentes significados e valores que as Ciências Naturais podem ter para eles. O

processo de ensino na área de ciências pode ser desenvolvido dentro de contextos sociais e

culturalmente relevante para os educandos. Os temas devem ser flexíveis para abrigar a

curiosidade e dúvidas, é necessário que o professor, aponte relações , questione , pergunte,

problematize , organize os trabalhos com vários materiais,dialogue , debata , associe, desafie

seu aluno”.

“Quanto ao ensino de atitudes e valores, as práticas escolares e a postura do professor

estarão sempre sinalizando , coibindo e legitimando atitudes e valores. Esta dimensão dos

conteúdos demanda a reflexão sobre situações concretas, para que valores e posturas sejam

promovidos, tendo em vista, o cidadão que se tem a intenção de formar.”

A avaliação, segundo a Professora Edwiges Rosalia Ferreira , deve ser foco constante

de preocupações, ela precisa conduzir a aprendizagem, desta forma o questionar, o discutir , o

refazer , o pesquisar , o interagir, o corrigir , o fazer pedagógico são importantes e devem

permear a avaliação.Dar um diferente olhar a tudo isso é um compromisso que precisamos

assumir,é avançarmos na reflexão e chegarmos à ação para que todos possamos aprender.

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71 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

A Educação Fiscal deve estar inserida no ensino de ciências. Aprender sobre Educação

Fiscal envolve não somente aprender os conteúdos conceituais (conceitos, fatos e princípios) ,

mas também , os conteúdos procedimentais(saber que envolve tomar decisões e realizar ações

objetivando uma meta) e principalmente os conteúdos atitudinais ( normas , valores e atitudes

que permeiam o saber escolar).Os valores morais , os princípios éticos, são relevantes,

sobrepujando o saber sobre que tributos pagamos ou que impostos nos são cobrados ou qual o

percentual determinado para cada tipo de tributo.

O ensino de ciências deve possibilitar ao aluno os quatro pilares da educação :

aprender a aprender (conceitos, a desenvolver o pensamento crítico e reflexivo)/ aprender

fazer (novas culturas , políticas e práticas escolares)/ aprender a ser (identidade e

intimidade) / aprender a viver junto (criando vínculos).

Segundo a Professora Rosita E. Carvalho , a inclusão deve estar inserida e ser

respeitada no ambiente escolar e no ensino de ciências, levando em consideração:

• Sujeitos: minorias étnicas, religiosas, grupos sociais em desvantagens, de pessoas que

freqüentam ou não a escola , que estejam em situação de deficiência;

• Os procedimentos utilizados para a sua efetivação na prática devem ser diferenciados

conforme o sujeito e o espaço.

Quando desde cedo se identifica a diversidade biológica acentuada, deve ocorrer uma

estimulação intensificada, dando maior ênfase aos fatores do contexto do que nas limitações

das pessoas.

As condições ensino-aprendizagem devem ser satisfatórias para que as dificuldades

sejam sanadas, respeitando as limitações.

A inclusão deve ser entendida como um princípio (valor) e processo contínuo e

permanente. Não deve ser entendidoa como uma lei a ser acatada, com datas, ordens

hierárquicas.

A escola/sala de aula, deve ser um espaço dialógico de construção de conhecimento e

multiculturalismo, que ofereça condições para que todos os alunos aprendam e participem ,

em ambiente prazeroso, de efetivo exercício da cidadania , que ressignifique o que já se tem,

criando culturas inclusivas , elaborando práticas inclusivas e desenvolvendo-as .

O ensino de ciências deve priorizar e valorizar também a Educação do Campo.O

conceito de campo ,buscando ampliar e superar a visão do rural como o local de atraso, no

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qual as pessoas não precisam estudar ou basta uma educação precarizada e aligeirada. Deverá

sim, ser considerado como lugar de vida onde as pessoas produzem conhecimento na sua

relação de existência e sobrevivência. Há uma produção cultural no campo que deve se fazer

presente na escola. Conhecimentos que devem ser levados em consideração, como ponto de

partida das práticas pedagógicas, para que estes indivíduos ,quando em nossas salas de aula,

não acabem sendo excluídos (ribeirinhas, agricultores, quilombolas, pescadores

,camponeses ,meeiros ,bóias-frias,sem-terra, indígenas...), taxados a não aprendam, pois o

conhecimento da “cidade” não lhes terá significado algum . Cabe destacar que a Educação do

Campo não pode estar desvinculada de um projeto de desenvolvimento do campo que se

pretende construir, principalmente em ciências, pois ressignificar o papel do cidadão no uso

consciente e racional de insumos, agrotóxicos, sementes transgênicas ou crioulas,

desmatamento irresponsável, pesca predatória, queimadas, utilização de mão de obra escrava,

utilização dos recursos naturais, ecologia sustentável, agroecologia, preparo natural do solo, e

uma lista infindável de temas sócio-políticos indispensáveis nos dias de hoje. O aluno do

campo deve sentir que a escola é e pode fazer diferença na sua vida!

A Educação Ambiental deve ser amplamente discutida no ambiente escolar e

principalmente nas aulas de ciências, sendo considerada como aprimoramento da cidadania.

A perspectiva ambiental deve remeter os alunos à reflexão sobre os problemas que afetam a

sua vida, a de sua comunidade, a de seu país e de seu planeta. É necessário, que o aprendizado

seja significativo, estabelecendo ligações entre o que aprenderam e a sua realidade cotidiana,

e o que já conhecem utilizar o conhecimento sobre o Meio Ambiente para compreender a sua

realidade e atuar nela, por meio do exercício da participação em diferentes instancias:

atividades dentro da própria escola e nos movimentos da comunidade.

EDUCAÇÃO FÍSICA

O verdadeiro valor da Educação Física no âmbito escolar, está expressa nas manifestações

corporais durante a formação humana, refletindo sobre os diferentes problemas sociais como: pre-

conceitos étnicos e sociais, violência, exclusão social, etc. Elementos esses que se inscrevem na

corporalidade, que é expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais his-

toricamente produzidas, que pretende possibilitar a comunicação e interação de diferentes indiví -

duos com eles mesmos, com os outros, com seu meio social e natural.

Sendo a Educação Física a humanização das relações humanas para além da dimensão

motriz, é que surge a importância dessa prática na vida da criança, adolescente e jovem, para que

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possa contribuir em suas diversas relações sociais e humanas expressas através da corporalidade

que é a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente

produzidas, que pretende possibilitar a comunicação e interação e de diferentes indivíduos.

Portanto, faz-se necessário ultrapassar modelos antigos para alcançar as contribuições que

essa disciplina pode proporcionar nas diferentes situações frente à realidade do dia a dia.

Educação Física e a Educação Especial:

A Educação desse novo milênio tem como objetivo fundamental, formar cidadãos. A

competição no mercado de trabalho, progressos científicos e avanços tecnológicos definem novas

exigências para os jovens. É necessário, portanto que haja uma revisão curricular para que o traba-

lho do professor e dos especialistas em educação esteja voltado para esta demanda.

A interação professor-aluno pode ser decisiva para a conquista dos objetivos educacionais.

Nos decursos das atividades escolares, o desejável e o desagradável, podem ser fatores determi-

nantes para que a aprendizagem do aluno se efetive ou não.

Quando o professor de Educação Física consegue realizar um trabalho levando em consi-

deração a diversidade existente entre seus alunos, ajustando a quantidade dos conteúdos e a quali-

dade da ajuda pedagógica às necessidades e características individuais, o processo de construção

do conhecimento se efetiva.

A construção dessa nova Educação Física não envolve apenas a necessidade de reavaliar

conceitos, objetivos, perspectivas e atividades. Outro ponto fundamental dessa lista é torná-la

mais democrática e menos excludente. Como o esporte tem como meta a vitória, ele acaba por

provocar uma divisão entre bons e ruins. Isso faz com que a criança que não está no topo se sentir

desprestigiada. Não é difícil enxergar essa discriminação no dia-a-dia: o goleiro que é mandado

para o banco de reservas porque tomou um frango ou o aluno humilhado porque não consegue

realizar um determinado exercício.

Garantir a participação de todos é, portanto, uma preocupação que deve nortear a atual

Educação Física. Em vez de insistir em atividades que valorizam apenas a desempenho e o rendi -

mento, deve-se privilegiar aquelas em que todos tenham oportunidade de desenvolver suas poten-

cialidades.

O mesmo princípio vale para os portadores de necessidades especiais. Muitas vezes, sob o

pretexto de preservá-los, a escola opta por dispensá-los da Educação Física. Essa pode ser uma so-

lução para amenizar a situação, mas nem sempre é o melhor para o aluno. Antes de tomar essa ati -

tude, deve-se descobrir se a criança gostaria de participar dos exercícios junto com os colegas. Es-

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timulá-la (dentro de seus limites, bem entendido) ajuda a aumentar sua auto-estima e a explorar

seu potencial, dentro de suas limitações e através de exercícios adaptados.

O profissional de Educação Física é quase sempre o mais próximo dos alunos. A informa-

lidade dos trajes e o fato de a avaliação ser menos rigorosa são fatores que ajudam a popularizá-lo.

Sendo mais fácil de trabalhar temas como descriminação racial e social, drogas, alimentação, se -

xualidade, devido ao fato dos alunos estarem mais descontraídos, estarem mais em contato uns

com os outros.

Portanto, contemplar a inclusão nas aulas de Educação Física contribuirá não só para o

aluno de necessidades especiais, mas principalmente para os demais que terão a oportunidade de

estarem se relacionando e assim poderem aprender a conviver, a respeitar e a valorizar mais a si

mesmo e aos que os cercam.

Educação Física e a Cultura Afro-brasileira

Para se ter um bom conhecimento de nosso País, é necessário estudar sobre os povos que

deram a sua origem: europeus, indígenas e africanos. È de primordial importância que a escola

resgate principalmente a identidade dos afro-brasileiros. Negar qualquer etnia, além de esconder

uma parte da história, leva os indivíduos a sua negação, bem como, reproduzir aos educando que a

etnia negra, sua história, seus valores, suas manifestações religiosas, suas danças e sua cultura são

inferiores ou menores

Ao longo da nossa história, o povo africano e seus descendentes têm contribuído enorme-

mente para o desenvolvimento de uma cultura brasileira, em seus vários aspectos. Entretanto,

sempre houve, por parte da sociedade do nosso país, o não-reconhecimento e a discriminação ve-

lada dessa contribuição.

As manifestações culturais de origem africana representam uma forma de expressão da

resistência sócio-política da população negra, oprimida durante mais de três séculos de escra-

vidão. Compreendê-las, significa inserir-se em um mundo social, cultural e lingüístico que

contribui para a formação da cidadania e da nacionalidade dos indivíduos.

Pensar em dança é pensar no momento em que a comunicação escrita e falada não foi

suficiente para expressar os sentimentos do homem. É preciso atentar para o fato de que em

todas as épocas da história e para todos os povos, a dança é a expressão através de

movimentos do corpo, organizados em sequências de experiências que transcendem o poder

das palavras e da imitação. É a representação de suas manifestações, de suas emoções, de suas

crenças, da sua cultura e uma forma de comunicação. Assim, a dança tem se constituído, ao

longo dos anos, uma possibilidade de manifestar o corpóreo, o sensível e o estético como

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dimensões que forma e são negligenciadas no pensamento ocidental marcado pela priorização

do racional em detrimento da sensibilidade.

Consideramos a Capoeira um misto de dança e luta que em seu conjunto de gestos

expressa de forma explícita a busca de emancipação do negro no Brasil escravocrata.

Trabalhar com este conteúdo e com as danças Afro- brasileiras, resgatando sua historicidade

aproxima o aluno de suas referências culturais e do registro da sua história de resistência

proporcionando-lhe o conhecimento de sua principal arma: o corpo como um instrumento de

luta, de rompimento de barreiras sociais e de busca pela autonomia.

Educação Física e a Educação Ambiental

A educação ambiental, se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe

atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que

procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compre-

endendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambien-

tais.

O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de

interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os re-

cursos naturais. Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição at-

mosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição

dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.

Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em

relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável

(processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar

os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações

atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos

evidentes junto à qualidade de vida de todos.

A Educação Física deve conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da

preservação do meio ambiente, o qual reflete diretamente sobre o ser humano de maneira posi -

tiva ou negativa, influenciando na saúde das pessoas.

Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental

A concretização das ações podem ser através de visitas a Museus, parques ecológicos,

grutas, passeios em trilhas ecológicas, etc.

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Normalmente, as trilhas são interpretativas. Apresentam percursos nos quais existem

pontos determinados para interpretação com auxílio de placas, setas e outros indicadores, ou

então pode-se utilizar a interpretação espontânea, na qual deverá ser estimulada a curiosidade

a medida que eventos, locais e fatos se sucedem. Feitos através da observação direta em rela -

ção ao ambiente, os desenhos tornam-se instrumentos eficazes para indicar os temas que mais

estimulam a percepção ambiental do observador.

Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios, formando Clubes de Ciências

do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar

problemas ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente), é também uma forma efi-

caz de práticas de ação em favor do meio ambiente. Os temas mais trabalhados são reciclagem

do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente.

As atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental, com o in-

tuito de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos ao conhecimento e

melhoria de seu próprio ambiente, são muito relevantes. Deverão ser organizadas e incentiva-

das diversas atividades que envolvem a comunidade da região, como caminhadas rústicas pela

região.

QUÍMICA

A química estuda tudo que está em nosso redor, incluindo nós mesmos, por intermédio

da compreensão dos materiais (do que é e como são constituídos) e das transformações que

eles podem sofrer. Os conhecimentos básicos dessa ciência nos permitem entender porque a

mistura de diferentes produtos de limpeza doméstica pode produzir gases tóxicos, porque

muitos alimentos devem ser guardados na geladeira e as reações que acontecem em nosso

organismo quando ingerimos um determinado alimento.

Segundo os parâmetros curriculares do ensino médio o aprendizado de química, pelos

alunos do ensino médio, implica que eles compreendam as transformações químicas que

ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada e, assim, possam julgar com

fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola, assim

tomar decisões autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. Este aprendizado deve

possibilitar ao aluno, a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção

de um conhecimento cientifico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas

aplicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

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Como ensinar química no ensino médio

Diferentes necessidades educacionais e culturais pressupõem diversas percepções dos

conhecimentos químicos e diversas propostas de ação pedagógica. Considerando a vivencia

dos alunos e os fatos do dia a dia, a tradição cultural, a mídia e a vida escolar, busca-se

reconstruir os conhecimentos químicos que permitam refazer essas leituras do mundo, agora

com fundamentos também na ciência. O conteúdo a ser abordado deve proporcionar um

conhecimento amplo a cerca da transformação química, envolvendo inicialmente seu

reconhecimento qualitativo e suas inter-relações com massa, energia e tempo. É importante

apresentar ao aluno fatos concretos, observáveis e mensuráveis, uma vez que os conceitos que

o aluno trás para a sala de aula advém principalmente da sua leitura do mundo macroscópico.

A aprendizagem só será valida no sentido que o aluno aproprie-se do conhecimento,

atribuindo um conjunto de significações que vão além da simples reflexão passiva. Os

conteúdos da aprendizagem escolar não são somente objetos de conhecimento mais ou menos

complexos; são acima de tudo, produtos da atividade e do conhecimento humano.

A perspectiva de ensinar química esta ligada a sobrevivência e ao desenvolvimento

sócio ambiental sustentável, deve oferecer a oportunidade do não estabelecimento de barreiras

rígidas entre as assim chamadas áreas do conhecimento da química: química orgânica, físico-

química, bioquímica, química inorgânica, etc., eliminando a memorização descontextualizada

do ensino da química descritiva.

Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida deve-se ter clara a necessidade de

períodos pré e pós-atividade, visando à construção de conceitos. Desta forma, não

desvinculam teoria e laboratório.

Considerando a contextualização sócio-cultural, o estudo da química propõe

reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do ser humano

com o ambiente. A lei nº. 9795/99 propõe a educação ambiental, que é inserida no conteúdo

geral da disciplina, estando intimamente ligada a todos os conteúdos estudados, através de

aplicações praticas, ao reconhecer o papel da química no sistema produtivo, industrial e rural.

Com conteúdos adaptados, o reaproveitamento de materiais como papel, plástico,

metal, bem como a correção de pH em áreas que sofreram desastres ambientais, podem ser

trabalhados utilizando conteúdos relacionados com a química inorgânica (composição da

matéria, tipos de reações químicas, funções químicas, neutralização, calculo estequiométrico,

alem de conceitos de cinética química).

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78 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Qualidade de vida, bioquímica e as novas tecnologias de aperfeiçoamento genético,

são trabalhadas com os conceitos de funções químicas orgânicas, que também podem tratar

dos problemas causados pelos combustíveis fósseis, as alterações ambientais provocadas pela

sua combustão completa e incompleta. Durante o estudo da química orgânica, trata-se de

assuntos como: vitaminas, açúcares, proteínas (polímeros naturais), reciclagem e produção de

polímeros sintéticos (PET, PVC,...).

Com base em informações trabalhadas no dia a dia da ciência em questão, oferecemos

fundamentos necessários para a implantação da Agenda XXI escolar, municipal, estadual ou

nacional, através de conceitos relacionados com o desenvolvimento sustentável da

comunidade, seja ela qual for.

A relação entre desenvolvimento cientifico e tecnológico da química e aspectos sócio-

políticos e culturais, como a produção artesanal e as técnicas primitivas de conservação de

alimentos, são elementos que devem ser preservados e valorizados dentro do estudo da cultura

afro-brasileira e a cultura proveniente das áreas rurais, valorizando a base da nossa sociedade

(lei nº. 10639/01/2003; parecer 03/2004). Esses temas envolvem cinética química, soluções e

transformações químicas, podendo ser apresentado desde as series iniciais até o final do

ensino médio.

O estudo da química deve reconhecer os limites étnicos e morais que podem estar

envolvidos no desenvolvimento de novas tecnologias, permitindo ao aluno, o julgamento

consciente da sociedade moderna.

Caracterização do indivíduo formado

Os discursos e as visões do mundo presentes na sala de aula são inúmeros e sócio-

culturalmente diversos: o discurso do livro didático, do professor dos colegas, dos fatos

experimentais, do senso comum e da mídia são concepções que os alunos trazem,

comprometendo a construção do conhecimento cientifico.

Visando formar indivíduos capazes de contextualizar a realidade na qual estão

inseridos, há a necessidade de inserção de discussões com os alunos a respeito de valores

como solidariedade, fraternidade, responsabilidade social, etc., visando o interesse coletivo.

Baseado na perspectiva de KUWABARA (2002, p.155) temos: “Um projeto de

sociedade deve visar formar cidadãos capazes de julgamentos independentes e de tomada de

decisões que estendam os benefícios ao maior numero de pessoas.” Sendo assim, a inclusão

de alunos com necessidades especiais oriundos de cursos supletivos e portadores de

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79 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

deficiência deve ser de atenção especifica do professor, através de atividades de reforço

paralelas as aulas, estimulo a grupos de estudo e atividades que colaborem tanto na aquisição

de conhecimentos como na formação de indivíduos críticos e capazes.

Os saberes da química devem ser ensinados, oportunizando aos alunos o acesso ao

conhecimento científico e as condições para o desenvolvimento de sua atitude cidadã.

2.9 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO

A organização do Colégio está na seguinte forma:

Diretora: Juciane de Bonfim Santos

Diretora auxiliar: Jocimara Barros Teixeira Cavalheiro

Pedagogas: Andréia Tomé de Lara; Berenice Faria Geffer; Cleunice Dysarz Mariano; Joceli

Fátima do Rosário; Maria Emiliane Lazaroto; Otília do Rocio Cumin; Sonia

Mara Abram Elias Cruz

Secretária: Karine Rafaela Bontorin

Inspetora de Alunos: Roseli de Lara Paes

Agentes Educacionais II (Técnicos Administrativos)

Agentes Educacionais I (merendeiras e serviço de apoio)

Alunos: manhã - início 07h30m às 11h50m

Tarde – início 13h10m às 17h20m

Noite – início 19h00m às 22h40m

Adotamos carteirinhas de identificação para todos os professores, funcionários e

também para os alunos.

Os alunos entregam a carteirinha a um funcionário na hora que chegam e o professor

da última aula do dia faz a devolução.

Fazemos reunião de pais no início do ano letivo e também após o Conselho de Classe de cada

Bimestre.

Os alunos fazem o lanche no refeitório a partir da terceira aula de cada horário e em

seguida voltam para a sala.

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80 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

O intervalo é de dez minutos sendo:

- manhã: 10h00m às 10h10m

- tarde: 15h40m às 15h50m

- noite: 20h10m às 20h20m

Sempre que há um evento na cidade ( circo, teatro, desfile etc.) nossos alunos

participam.

Durante os bimestres, os professores programam aulas extraclasse como visitas a

zoológico,Parque aquático, parque das ciências, jardim botânico, museus, monumentos e

prédios históricos, cinemas, teatros,feira de profissões, HEMEPAR, câmara de vereadores,

gruta. Agendamos ônibus com antecedência na Secretaria Municipal de Educação.

Quanto à questão de disciplina são utilizadas as fichas de advertências, convocação e

perfil do aluno (apresentadas nos anexos). O professor chama a atenção em sala de aula,

comunica os pais através da advertência. Quando esgota os argumentos, encaminham às

pedagogas, que através do perfil conversam para fazer acordo com o aluno, com os pais e, se

for o caso, encaminhar ao Conselho Tutelar.

2.10 CARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO/PAPEL DE TODOS OS PROFISSIONAIS

QUE ATUAM ESCOLA/COMUNIDADE

A postura da escola perante a comunidade escolar é a universalização do ensino.

Dentro do contexto de inclusão, formar sujeitos com formação crítica e cidadã, dentro do

tripé: educação, cidadania e cultura.

Para desenvolver esse objetivo e obter sucesso, a escola tem que caminhar para uma

educação de qualidade. Desta forma, precisa assegurar a realização de atividades que possuem

relação com essa tarefa maior, ou seja, a qualidade.

A multidisciplinaridade deve voltar-se para atividades, que embora não estejam numa

relação direta com o processo educativo, concorrem de forma efetiva propiciando condições

básicas para que ele se realize.

Podemos priorizar alguns pontos importantes a serem observados:

- Oferecer instrumentos de compreensão da realidade local, onde a escola considere a

realidade na qual está inserida, promovendo a identidade cultural do aluno;

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81 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

- Propor planejamento adequado com ações articuladas aos objetivos, assim como

programas de avaliação de desempenho;

- Possuir um currículo contextualizado, que seja organizado e que assegure as

aprendizagens fundamentais estabelecidas para os pais, mas que se identifique com o contexto

local;

- Promover a inclusão e a participação dos educandos em relações sociais

diversificadas e cada vez mais amplas;

- Estimular o exercício da cidadania;

- Criar a ação educativa partilhada com a comunidade local, ultrapassando os muros da

escola;

- Incentivar o professor a assumir sua condição de pesquisador, dentre tantas outras.

Assim sendo, a escola deve estar atenta às políticas educacionais que garantam a

sustentabilidade e as condições adequadas para a educação de qualidade. E, tendo como

pressuposto a sua gestão democrática e participativa, garantir que todos os segmentos sociais

façam parte da história da escola, do seu dia a dia, garantindo a sua função primordial dentro

dos parâmetros da lei, participando das decisões, diretrizes e organização de forma

amplamente democrática.

CARACTERIZAÇÃO DAS FUNÇÕES

Direção e Direção - Auxiliar: a importância da pontualidade e a responsabilidade em zelar

pela escola; atendimento à comunidade; administrar a organização dos trabalhos; buscar

parcerias; ser a base, o alicerce, dar aval; determinar a ação; dar sustentação; administrar os

conflitos; respeitar e orientar; direcionar de forma harmoniosa e democrática todo contexto.

Secretária: cabe ao secretário (a) escolar cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus

superiores hierárquicos; distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos

auxiliares; organizar e manter em dia a coletânea de Leis, Regulamentos Diretrizes, Ordem e

serviço, Circulares, Resoluções e demais documentos; organizar o expediente a ser submetido

ao despacho do Diretor; elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades

competentes; apresentar ao Diretor em tempo Hábil todos os documentos que devem ser

assinados; coordenar e supervisionar as atividades administrativas referente a matricula,

transferências e conclusão de curso.

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82 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Equipe Pedagógica: apoiar professor e aluno para integrar a escola; buscar reflexão; auxiliar

a direção e o administrativo; orientar e supervisionar os trabalhos; aproximar pais, alunos e

professores para colocar em prática os objetivos, as metas da escola; atender bem pais e

professores; possibilitar ordem e respeito; ponte de ligação entre todos.

Professor: domínio de classe; ensinar; educar; compreender; igualar-se ao aluno para

compreendê-lo melhor; respeitar o tempo; pontualidade; tratar bem o aluno; cuidar do

ambiente de trabalho; manter a ordem e disciplina dentro e fora da sala de aula; domínio de

conteúdo; postura; dedicação; preparar o aluno para o mundo; respeitar sua individualidade;

colaborar com a direção, equipe pedagógica, administrativo e serviços gerais; facilitador da

aprendizagem e cuidar da afetividade; ser educação.

Agente Educacional II (apoio Técnico Administrativo): manter a documentação atualizada,

organizada e precisa; bom relacionamento para atender a todos; dar apoio para que o trabalho

aconteça; eficiência; ser gentil, paciente, comunicativo e competente.

Agente Educacional I (manutenção e apoio): apoio para que a educação aconteça; manter a

higiene e a alimentação (merendeira); conscientizar da importância de zelar pela manutenção,

valorizando-se sempre; respeito, tratar a todos igualmente; atender as normas e

determinações; auxiliar as outras equipes.

Atribuições da Merendeira: cabe ao auxiliar de apoio responsável pela merenda dos alunos

(a merendeira) zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo

as normas estabelecidas na legislação sanitária; cuidar para manter um cardápio balanceado

com qualidade nutricional, cuidando da higiene e boa conservação dos alimentos, cuidando do

armazenamento seguro e manutenção do estoque no depósito da merenda escolar.

Atribuições do inspetor de alunos: cabe ao auxiliar de apoio responsável pela vigilância da

movimentação dos alunos nos períodos das atividades escolares, recebê-los na entrada de cada

período, recolhendo as carteirinhas e verificando se estão devidamente uniformizados,

informando à direção ou à equipe pedagógica as irregularidades ocorridas; orientar os alunos

sobre as normas disciplinares do Colégio, para manutenção da ordem; manter-se em alerta

para a segurança individual e coletiva dos alunos, percorrendo os diversos espaços da Escola,

observando os acontecimentos e, caso ocorra algum inconveniente, comunicar à direção ou à

equipe pedagógica.

Atribuições do guardião: cabe ao guardião, zelar pela segurança do Colégio, realizando

rondas periódicas; cuidar para que pessoas estranhas sem finalidade específica de estar no

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83 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

prédio, permaneça nas dependências do mesmo; comunicar irregularidades imediatamente à

direção; zelar pelo patrimônio da Escola.

2.11 TRABALHO COLETIVO

O modelo de escola democrática tem como principal determinação a constante

atuação comunidade escola. É imprescindível, que mecanismos de ação forneçam a

possibilidade de que esta realidade possa realmente ser presenciada no dia-a-dia da escola e,

que ela esteja disponível e organizada para atender esta integração.

O Colégio Maria da Luz Furquim busca sempre esta integração, criando formas para

que os acontecimentos que interessam à comunidade escolar, possam ser informados de forma

objetiva, transparente e rápida, bem como, que no meio em que a escola está inserida, possa

também haver participação coletiva, sempre na procura de encontrar melhores soluções para

os problemas. Portanto, procura receber toda ajuda possível para cumprir o seu papel na

comunidade.

É neste contexto, que é sempre bem-vinda a participação ativa dos pais. O Colégio,

se mantém aberto à comunidade nos finais de semana, quando solicitado, para a mesma

usufruir o espaço, na realização de eventos voltados ao desenvolvimento e integração.

Temos parcerias nos eventos da Escola (lazer, recreação, atividades socioculturais) previstas

uma vez por mês no Calendário Escolar.

O Projeto Político Pedagógico - PPP da escola, foi elaborado com a participação de

toda a comunidade escolar (alunos, professores, pais, direção, funcionários em geral,

conselheiros tutelares e demais membros da comunidade escolar).

Quando são realizadas atividades de confraternização com a comunidade (festas,

gincanas, bailes, formaturas), garante-se a presença de todos, mesmo daqueles pais e alunos

desprovidos de recursos financeiros.

A parceria com os serviços públicos também é uma forma importante de a Escola

trabalhar em "sintonia" social. A boa convivência que o Colégio mantém com as instituições

públicas locais, permite que sempre que precise de atendimento possa contar com atenção e

respeito. Quando necessário, alunos são encaminhados para o serviço de saúde, e outros

serviços públicos que ora precisem ser acionados, e pode contar com apoio.

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84 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

O Colégio desenvolve atividades em parceria, ajudando em campanhas, como, contra

dengue, educação para saúde bucal, campanha de matrícula, pesquisa sobre o acervo do

museu. Também, tem parceria com outras instituições como: universidades, organizações da

sociedade civil, empresas, fundações, associações etc., para o funcionamento de projetos ou

para o desenvolvimento de ações conjuntas, como, elaboração do projeto político-pedagógico,

formação de professores, atividades pedagógicas, comemorações.

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85 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

3 MARCO OPERACIONAL

3.1 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

São enormes os desafios que os educadores se defrontam na implementação das

mudanças para educação:

- As novas concepções sobre educação.

- As revisões e atualizações nas teorias de desenvolvimento e aprendizagem.

- Suas metodologias técnicas e materiais de apoio colocam em questão e redefine o

papel na atualidade.

Embora todas as políticas destinadas a prover as condições básicas, apenas a atuação

de professores, na prática dos princípios da reforma, poderá garantir o bom uso dos materiais,

fazer o desenvolvimento curricular um processo vivo. " A dimensão política se cumpre na

medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica".(SAVIANI,

1982).

Sabe-se que apenas profissionais preparados e comprometidos com a aprendizagem

dos alunos, podem dar sustentação a médio e a longos prazos, à reforma da educação.

Diante desses questionamentos e desafios, rever o papel dos educadores e sua

formação, tanto inicial quanto continuada, tem papel crucial na preparação profissional dos

educadores.

O decreto n º 3276 de 12/1999 fornece indicadores importantes sobre algumas

competências a serem desenvolvidas pelos professores:

Comprometimento com os valores estéticos, políticos e éticos inspiradores da

sociedade democrática;

Compreensão do papel social da escola;

Domínios dos conteúdos a serem socializados, e de seus significados em diferentes

contextos e de sua articulação interdisciplinar;

Domínio do conhecimento pedagógico, incluindo as novas linguagens e tecnologias,

considerado os âmbitos do ensino e da gestão, de forma a promover a efetiva aprendizagem

dos alunos;

Conhecimento de processos de investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da

prática pedagógica;

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86 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional.

Tais habilidades são essenciais para que os processos possam desempenhar suas

incumbências, tais como definidas no artigo 13 da Lei de Diretrizes e Bases – LDB, para

todos os docentes da educação básica, sem exceção:

Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

Elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino;

Zelar pela aprendizagem dos alunos;

Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente

dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

Tanto essas incumbências quanto às competências, estabelecidas pelo Decreto 3276,

oferecem importantes indicadores para traçar o perfil que se espera de um educador, no século

recém iniciado e, que se caracteriza por:

Zelar constantemente pela aprendizagem do aluno, inclusive daqueles com

dificuldades de aprendizagem;

Associar o exercício de sua autonomia ao trabalho coletivo de elaboração da proposta

pedagógica da escola;

Considerar que sua responsabilidade vai além da sala de aula, colaborando na

articulação entre escola e a comunidade.

Por meio de uma ação planejada e refletida do professor no dia-a-dia da sala de aula, a

escola realiza seu maior objetivo: fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de

aprender cada vez mais com autonomia.

Para atingir esse objetivo, é preciso focar a prática pedagógica no desenvolvimento

dos alunos, o que significa:

Observá-los de perto e conhecê-los;

Compreender suas diferenças, demonstrar interesses, conhecer suas dificuldades,

incentivar suas potencialidades;

Num mundo cheio de informações, perceber o que reforça a necessidade de planejar as

aulas, com base no conhecimento que eles já sabem e o que precisam e desejam saber.

Proposta: buscar as atualizações, interdisciplinaridade conteúdos que se

aproximem das disciplinas.

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87 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Planejamento: de acordo com a necessidade de compreensão e apropriação do

aluno, readequá-lo, integrar a Parte Diversificada ao Núcleo Comum.

Contextualização: adaptação dos conteúdos, direcionados ao entorno da escola,

criar atividades que envolvam o aluno na compreensão de onde ele vive.

Variedades de Estratégias e dos Recursos de Ensino e Aprendizagem: inserir

nos conteúdos recursos que possam estar disponibilizados; oportunizar aos alunos, nas aulas

expositivas, estratégias que possam desenvolver oralidade e expressão, fazer exposições de

trabalhos dos alunos com maior freqüência.

Incentivo a Autonomia e ao trabalho Coletivo : respeito à opinião dos alunos,

estar atento à participação de todos, promover discussões com outras instâncias da educação.

Pratica Pedagógica Inclusiva: retomar a prática de acolhida aos que chegam ou

retornam a escola, melhorar a relação humana em todos os âmbitos.

PLANO DE AÇÃO

Objetivos Ação/Atividade Descrição da ação Responsabilidade Cronograma Organizar o traba-lho.

Apresentar o Livro Registro. Definir os projetos da Escola, SEED e Núcleo.Organizar os Con-selhos de Classe.

Organizar reunião de pais.

Discutir e especifi-car avaliação e re-cuperação paralela.

Discutir e reestrutu-rar o

Reunião com pro-fessores, administra-tivo e funcionários

Professores

Professores

Reunião com pro-fessores.

Reunião com pro-fessores e pais

Reunião com pro-fessores, Momento Pedagógico, Conse-lho de Classe e Hora Atividade.

Reunião com os pro-fessores

Dinâmica; distribui-ção de temas; distri-buição de tarefas à equipe do Admistra-tivo e serviços ge-rais. Organização do lanche, calendário de provas; definição dos projetos. .

Formalizar mini planos de ação. Dialogar sobre comportamento, aprendizagem e dificuldades no dia-a-dia.

Dialogar sobre aproveitamento escolar e atitudes dos alunos

Leitura de texto. Legislação para veri-ficar instrumento de avaliação

Leitura de textos pertinentes, LDB ,

Direção e pedago-gas, administrativo e funcionários

Pedagogas

Pedagogas e pro-fessores.

Direção, pedagogas e professores.

Direção , pedagogas e professores.

Direção, pedagogas e professores.

Direção, pedagogas e professores.

Momento Pedagógi-co.

Momento Pedagógi-co.Início de cada bi- mestre .

Final de cada bi-mestre.

Início de cada bi-mestre.

Permanente

Momento Pedagógi-co, sempre.

Final de semestre.

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88 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

planejamento.

Estabelecer meca-nismos para avaliar o PPP. Buscar parcerias pa-ra auxiliar no pro-cesso educativo.

Reunião com todos os segmentos do ColégioDiálogo e discussões com pais, Conselho Escolar, Conselho Tutelar e Conselho de Direitos

ECA.

Leitura do PPP, des-taque das metas atin-gidas e não atingidasLeitura do ECA, LDB, pareceres, Re-gimento, para escla-recimentos de Direi-tos e Deveres.

Direção, pedagogas, professores, Conse-lho Escolar, pais e alunos

Sempre

3.2 TIPO DE GESTÃO

A Gestão Democrática permeia a atuação do Colégio Maria da Luz Furquim. "... A

verdadeira educação deve ser necessariamente democrática posto que, por seu caráter

histórico, supõe a relação entre sujeitos autônomos (cidadãos)" ( PARO, Vitor,2001.p.11).

A escolha de diretores no processo eletivo, não garante a democratização da escola,

ela só acontece se estiver articulada.

Portanto, o Colégio Maria da Luz Furquim, prioriza a gestão democrática, conforme

demonstra o Plano de Ação da Direção do Colégio 2008-2011, apresentado nos anexos.

Para isto, toma como direcionamento, as seguintes concepções:

Utilização racional dos recursos humanos e materiais disponíveis no

desenvolvimento da atividade escolar.

Direção e controle do trabalho alheio.

Compreensão da administração como atividade meio e concentração de esforços

coletivos para a execução dos fins da educação.

Formação e fortalecimento do Conselho Escolar.

Conciliar atividades formativas destinadas aos pais e responsáveis dos educandos,

com as que ocorrem regularmente na escol, possibilitando um processo de formação

continuada da comunidade na compreensão da educação, processos pedagógicos.

Desestimular a cultura da não-participação dos pais.

Distinguir presença de participação e, colaboração de participação.

Propiciar palestras que ajudem os pais ou responsáveis a compreenderem seus filhos

(educação sexual, drogas na adolescência, relação pai e filho na adolescência).

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89 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Não chamar os pais somente para reprimir a atuação dos filhos.

Possibilitar que os pais conheçam a proposta pedagógica da escola.

Discutir com os profissionais da escola sua postura com relação à abertura e respeito

à participação da comunidade quanto às questões pedagógicas, discutindo com clareza a

participação dos pais nas discussões e construção da proposta pedagógica da escola,

independentemente do seu conhecimento técnico para isto.

Uma rede pública pode ir criando em si mesma as condições de ser democrática, na medida em que a sociedade, historicamente, venha experimentando mais democracia, na medida em que o 'sabe com quem está falando?' vá desaparecendo até tornar-se uma absoluta estranheza... Uma rede pública pode ir criando em si mesma as condições de ser democrática, na medida em que, mobilizando-se e organizando-se, lute contra o arbítrio, supere o silêncio que lhes está sendo imposto... (Paulo Freire)

Juntamente com a democratização econômica e política a democratização da educação

e da escola, através da universalidade, da gratuidade e da permanência é uma exigência para

emancipação da classe trabalhadora. Neste sentido a participação de toda comunidade

(estudantes, mães, pais, funcionários, professores, pedagogas, direção) na escola não é uma

concessão mas uma prática que expressa princípios, que influencia na qualidade da educação

e está vinculada a um projeto coletivo por uma sociedade não excludente.

A democratização da gestão do sistema educativo e da escola é um princípio articulado

ao caráter público desta atividade, que deve ser mantida pelo Estado e que este, também,

precisa ser democratizado. Isso implica na democratização do próprio Estado, na

desprivatização da educação ocorrida na última década e na efetivação de mecanismos de

acompanhamento, controle e definição das políticas educacionais, bem como, da organização

do trabalho educativo na escola com participação de todos e todas.

Há uma evidente indissociabilidade entre as práticas didático-pedagógicas, enquanto

práticas sociais, em tempos e espaços historicamente localizados e os projetos políticos em

disputa na sociedade. Nesta, a educação que se situa no campo progressista, parte da

realidade, construindo e reconstruindo o conhecimento a partir dos saberes e das práticas de

educandos e educadores. Pois a democracia se expressa na organização, na gestão da escola,

no currículo e está articulada a um projeto de escola, de educação e de sociedade, permeados

por uma dimensão epistemológica, política, ética e estética.

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90 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Além de sua dimensão política, de ampliação da participação, a democratização da

escola se expressa no aprendizado de práticas democráticas, no exercício da cidadania,

efetivando-se como um exercício permanente de formação de sujeitos participativos e

democráticos.

Abrindo os portões e muros escolares como um exercício para a efetivação da

participação popular no interior da escola e desta na comunidade é que vamos superar a lógica

burocrática, fragmentada e autoritária que ainda permeia o cotidiano da escola.

A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da

compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a formulação de um projeto

político-pedagógico libertador.

O caráter da participação é outro pressuposto importante para avançarmos na gestão

democrática. Não estamos falando de "integração da escola com a família e a comunidade" ou

de "colaboração dos pais". Buscamos a participação enquanto mecanismo de representação e

participação política.

A organização dos sujeitos (pais, mães, alunos/as, professores/as, funcionários/as, etc.) deve ocorrer a partir da possibilidade real de serem tomadas decisões e, sobretudo, o reconhecimento da responsabilidade, da diversidade de concepções e de práticas, neste sentido, o consenso não é o ponto de partida mas de chegada, devendo ser buscado dialógica e coletivamente, tendo em vista o que aponta Vitor Paro '(...) coloco como horizonte a transformação do esquema de autoridade no interior da escola. (...) este horizonte se articulará com os interesses dos dominados e o processo de transformação da autoridade deverá constituir-se no próprio processo de conquista da escola pelas camadas trabalhadoras. (PARO:1997,p.10).

Na luta pela democratização da Escola entendemos os limites históricos para sua

implantação, desde a própria organização e estrutura da sociedade capitalista e, nesta, a

própria organização escolar, sua cultura, sua lógica interna.

Uma sociedade com tradição autoritária, têm modelos autoritários de organização e,

não por acaso, articulada com interesses autoritários de uma minoria, oriente-se na direção

oposta à da democracia. Não há democracia plena numa sociedade de classes, nesta há as

lutas pela democratização em sentido amplo: econômica, política e cultural.

A classe trabalhadora e nesta os trabalhadores/as da educação se organizam na luta por

uma sociedade justa, democrática, solidária e buscam alargar ao máximo os espaços de

participação, com avanços e retrocessos, mas tendo a democracia representativa como limite

histórico e a participativa como princípio.

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91 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Na década de 90, vinculado à lógica da sociedade capitalista globalizada, temos um

processo de implantação de políticas de gestão e financiamentos internacionais da educação,

com programas implantados de forma autoritária, via reformas educacionais, que vão da

legislação, da organização dos sistemas educativos, da formação dos trabalhadores/as da

educação ao modelo curricular no dia da escola, via PCN's.

Esta lógica do controle das decisões sobre a educação tem influenciado, com raras

exceções, uma cultura de gestão da educação e da escola autoritária, passiva e conformada

diante da realidade, a favor da desmobilização e do fatalismo.

As origem das reformas nos anos 90 situam-se na crise de legitimidade do Estado na

condução e implementação das políticas no contexto do capital financeiro e da reestruturação

produtiva. Se fundamentam no discurso da agilidade, racionalidade administrativa e da

eficácia técnica na condução das políticas públicas. Na administração escolar ocorre a

transposição de teorias e modelos de organização e administração empresariais, burocráticos,

gerando um esvaziamento da dimensão pedagógica da educação.

Em alguns momentos, tais transferências contribuíram para tentar eliminar a luta

política no interior das escolas, insistindo no caráter neutro da técnica e na assepsia política da

educação a favor da ordem estabelecida: a do mercado.

Assim, são muitos os desafios para a construção da democracia na escola, entre estes

desafios, apontamos:

Incompatibilidade existente entre modelos burocráticos e práticas democráticas, ou

seja, entre as estruturas administrativa burocratizada, centralizada, verticalizada e outro que-

fazer político-pedagógico;

O sistema educacional é hierárquico e autoritário devendo ser transformado com o

princípio da participação dos sujeitos;

Há uma distância entre representantes e representados, é preciso aliar as práticas

representativas com práticas de democracia direta, no sentido da ampliação do espaço de

reflexão e de decisão.

A gestão democrática da escola e, de todo sistema educacional, apresenta-se como

mais uma dentre outros desafios para a construção das novas relações sociais, constituindo um

espaço público de decisão e de discussão não tutelado pelo Estado, é portanto bandeira de luta

da classe trabalhadora.

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92 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Os trabalhadores da educação lutam pela Escola Pública Democrática, de Qualidade e

para Todos e Todas, exemplo disso tem sido as mobilizações em: Fóruns Mundial, Nacional,

Estaduais e Municipais, Congressos Nacionais de Educação- CONED's; ANPED; grupos de

estudos e pesquisas em universidades e entidades sindicais; organização dos professores e

funcionários em sindicatos; Projeto Político Pedagógico da Escola, Conselhos de Escola,

estudos e discussões no interior das escolas, etc. Divulgar e mobilizar para esta luta é tarefa

de todos aqueles que estão comprometidos com esses princípios.

Outro desafio está na revisão permanente das práticas no cotidiano da escola, de

reflexão sobre elas e de compromisso com a democracia em sentido amplo.

A superação da cultura de gestão autoritária só vai acontecer com o debate e a

construção coletiva. Com a participação de toda comunidade escolar via conselhos de escola,

conselhos de classe, grêmios estudantis, reuniões de pais e mães e reuniões pedagógicas que

aprofundem a construção acerca da escola que queremos e de como construí-la. Refletindo e

buscando as soluções em conjunto com consensos possíveis e trabalhando com os dissensos

como algo saudável na formação de sujeitos democráticos.

3.3 CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR

De acordo com a LDB, Art. 23 Par. 2 º e Art. 24 Inciso I , o calendário escolar foi

elaborado contemplando as 800 (oitocentas) horas, distribuídas em 200 (duzentos) dias

letivos. Foram inseridos também, os eventos determinados pelo Colégio e também pela

Secretaria de Estado da Educação - SEED.

3.4 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS

EDUCATIVOS

Biblioteca: Utilização de fichas de acompanhamentos de leitores; utilização do regulamento

da biblioteca; organizar o acervo para melhorar o acesso dos alunos à pesquisa, informatizar,

elaborar um projeto de um grupo de trabalho dinamizador.

Laboratório de Ciências e Informática: Trabalhar normas de utilização e segurança, de

acordo com a reserva, “alguém” para auxiliar e deixar o ambiente adequado para a utilização.

No laboratório de informática: capacitar professores; home-page da escola, manutenção

constante, aquisição de programas, presença de um monitor para auxilio as professores.

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93 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Sala Multiuso: Agendar com antecedência, atividades extraclasse (vídeo, palestras, recursos),

som vídeo DVD.

3.5 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR

PROFESSOR

Conforme detalhado no item 1.12 - Critérios da Organização de turmas, as turmas

(após devidamente organizadas, seguindo os critérios definidos) recebem a grade de horários,

com as aulas específicas, de acordo com a grade curricular determinada. Procura-se agrupar as

aulas de forma diversificada, atendendo para que não fique muito cansativo aos alunos, mas,

que possa, também, atender com praticidade professores e colégio e, podendo ser adequado ao

cumprimento da Hora Atividade, obedecendo as normas da instrução n º. 002/2004. Procede-

se a distribuição das turmas para os professores, seguindo a seguinte ordem:

1º . Professores QPM

2º . Extraordinárias

3º . PSS

4º . Quanto a formação do professor na disciplina, se sobrar carga horária, a escola

opta ou não, em adequá-lo nas disciplinas em aberto.

O nosso Colégio, pelo grande número de alunos, também possui mais que um

professor por disciplina em cada horário, dificultando assim, a possibilidade de reunir os

professores da mesma disciplina num mesmo dia, portanto, estamos justificando essa

impossibilidade de cumprir a instrução n º 002/2004 – SUED, na íntegra .

3.6 BASE NACIONAL COMUM - LEM

Lingua Espanhola

Professora Joana Leoni de Faria Graniel

Considerando a necessidade de reestruturação dos Centros de Línguas Estrangeiras

Modernas (CELEMS) existentes na Rede Estadual da Educação Básica, e a importância que a

aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento

psicopedagógico do ser humano, na compreensão de valores sociais e na aquisição de

conhecimentos sobre culturas, o ensino desta língua, vem de encontro às necessidades das

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94 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

pessoas terem acesso ao conhecimento de uma língua que possa lhes possibilitar melhor

aceitação no mercado de trabalho, bem como, num mundo globalizado, se comunicar mais

facilmente.

A implantação do CELEM no estabelecimento de Ensino Colégio Estadual Maria da

Luz Furquim é oferecido a todos os alunos matriculados no Ensino Fundamental (5ª a 8ª

séries) e no Ensino Médio e profissional e, também sendo ofertado aos Professores e

Funcionários do Estado.

A comunidade usufrui deste curso com 20% das vagas, desde que comprove que

terminou a 1ª fase do Ensino Fundamental.

O curso básico é composto de 320 horas/aulas, sendo 4 semestres com carga horária

semanal de 4 h/aula em 2 dias; turmas formadas no mínimo de 10 a 30 alunos.

A disciplina no CELEM tem que ser diferente da grade curricular e sua duração é de 2

anos. A declaração de conclusão do curso será emitida pela SEED, depois de cumprida a

carga horária de 320 horas.

As atividades do CELEM estão integradas às demais atividades do Colégio.

Quanto ao procedimento para a formação das turmas ocorre da seguinte maneira:

divulgação nas salas de aulas em todos os períodos -- faixas e avisos.

Para a efetivação da matrícula, com documentação exigida, números de alunos por

turma com 25 alunos, sendo que 20% desses, refere-se a comunidade.

A freqüência é de no mínimo 75% da carga horária semestral, atingindo desempenho

satisfatório proposto pelo sistema de avaliação contido no Regimento Escolar do Colégio,

sendo média 6,0 (seis).

Os recursos materiais usados para o desenvolvimento das aulas são dicionários, TV,

Datashow, aparelho de som, DVD, retroprojetor e livros.

Quanto ao sistema de recuperação é igual ao sistema normal do Colégio, ou seja:

avaliação através de trabalhos em duplas, em grupo e individual de forma oral, escrita e

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95 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

prova semestral, sendo que o aluno que não atinge a média tem direito de recuperação do

conteúdo não atingido.

Sobre o horário que atualmente está funcionando o CELEM, é dividido em três

turmas, num total de 77 alunos, no período da tarde.

3.7 PROJETOS INTEGRADOS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Projetos do Colégio

Além dos projetos desenvolvidos pela SEED durante o ano letivo, o nosso colégio

promove outros, com o objetivo de motivar nos professores e nos alunos, os sentimentos de

cooperação, união, solidariedade, com a comunidade; diminuir os conflitos entre professor e

aluno; favorecer o desenvolvimento do senso de responsabilidade; motivar para os trabalhos

escolares; estimular o esforço de auto-superação.

Projetos desenvolvidos:

Solidariedade: Interdisciplinar. Arrecadar alimentos não perecíveis, material escolar,

agasalhos, calçados, brinquedos, durante a semana cultural.

Divulgação : Entre os meses de fevereiro e abril - em sala de aula pelos coordenadores de

turma e representantes do Grêmio; professores e alunos do Curso Formação de Docentes;

através de cartazes, jornais e rádios comunitárias.

Coleta: seleção e armazenagem, alunos representantes de turma.

Elaboração de cesta básica: “kit” de material escolar e bazar de roupas, calçados e

brinquedos - equipe pedagógica, professores, coordenadores de turma e alunos

representantes de turma.

Distribuição: para entidades filantrópicas e às famílias carentes de alunos da escola.

Meio ambiente : Interdisciplinar. Início em março com pesquisas por grupos de alunos

sobre os temas trabalhados em Biodiversidade:

- Transgênicos

- Organismos Vivos Modificados

- Biopirataria

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96 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

- Espécies Exóticas

- Sustentabilidade

- Diversidade das espécies

- diversidade Étnica-Racial

- Evolução

Os trabalhos serão apresentados e debatidos em sala de aula e os resultados ou

conclusões, demonstrados através de cartazes e murais, alusivos aos temas em exposição.

Hino Nacional Brasileiro e Cidadania: (parecer nº. 03/2004). Interdisciplinar. Despertar,

incentivar e exercitar os sentimentos de amor e respeito aos símbolos (nacionais, estaduais

e municipais) e ao próximo (idosos, portadores de deficiências, diferenças). No período de

fevereiro a dezembro, trabalhamos nas disciplinas de História e Língua Portuguesa, o estudo

e análise do Hino Nacional Brasileiro através de textos, vídeos, conversa informal de

atitudes, presenciada pelos professores e auxiliares de coordenador, entoação do hino

Nacional, sendo cada turma em sua respectiva sala, uma vez por semana.

Coral: Coordenado pela professora de Educação Física, alunos que têm vocação e

habilidade para o canto ou instrumento musical, ensaiam e fazem apresentação nos eventos

da escola ou quando são convidados.

Mostra literária: coordenado pelos professores de língua Portuguesa, em sala de aula.

Apresentação com desenvolvimento de leitura, oralidade e produção, envolvendo os vários

estilos poéticos, com produção de livros de poesia, contos e exposição.

Semana cultural : conforme definido em calendário, acontece nos meses de maio ou

junho, sendo três dias de atividades variadas e voltadas para a realidade e necessidades dos

educandos e comunidade escolas.

Palestras : temas diversos, palestrantes convidados através de parcerias com jornal Gazeta

do Povo, PUC, SESI-PR, VOTORANTIM CIMENTOS, Ministério Público, Patrulha

Escolar, profissionais liberais, entre outras.

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97 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Oficinas : são inúmeras as oficinas ofertadas, voltadas para as várias necessidades dos

educandos: artesanato, práticas em laboratórios (química e informática), gastronomia

(alimentação saudável), atividades físicas (qualidade de vida e integração), artes cênicas e

plásticas, música (instrumental e vocal), dança, capoeira, entre outras.

Entre os oficineiros estão professores do estabelecimento e convidados,

parcerias com a comunidade.

Show de talentos :os alunos se inscrevem para apresentações nas categorias músicas,

danças ou poesia. Cada grupo ou solo passa por um corpo de jurados composto por pais,

representantes do comércio, APMF, entre outros. Os vencedores são contemplados com um

prêmio, sendo premiados o primeiro, segundo e terceiro, lugares.

Concurso “garoto e garota” Maria da Luz Furquim : realizado desfile para escolha da

garota e garoto Maria da Luz em duas modalidades: Ensino Fundamental (5ª a 7ª séries);

Ensino Fundamental (8ª série); Ensino Médio e Profissionalizante. O corpo de jurados é

convidado pelo Conselho Escolar e, a premiação é realizada para os primeiros, segundos e

terceiros lugares.

Projeto voleibol: realizado aos sábados na quadra do Colégio. Sob a coordenação do

Senhor Júlio, pai de aluno, e do Jeferson, funcionário de apoio, os alunos têm

possibilidade de praticar este esporte, desenvolvendo habilidades e se integrando

coletivamente.

Semana da criança : a semana é dedicada às crianças e, durante um dia dessa semana, o

colégio se dedica a oferecer atividades diferenciadas, como: recreação, lanche especial,

brinquedos, para alunos do Ensino Fundamental. A arrecadação de alimentos, roupas e

brinquedos realizada na semana cultural são destinadas aos alunos e às famílias carentes

bem como, às instituições beneficentes locais.

Além dos projetos aqui descritos, temos trabalhos com temas sexualidade, doenças

sexualmente transmissíveis, AIDS, prevenção de drogas, higiene, temas emergenciais.

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98 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

3.8 DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação escolar do Colégio Estadual Maria da Luz Furquim tem como

principal função o diagnóstico do nível de apropriação do conhecimento científico pelo aluno.

Prioriza a atividade crítica, sintética e a de elaboração pessoal, não enfatizando o

processo de memorização. A Avaliação é contínua, cumulativa e processual, refletindo o

desenvolvimento global do aluno devendo respeitar suas características individuais com

preponderância dos aspectos qualitativos.

O sistema de avaliação é bimestral sendo composto por duas valorações. A valoração

4,0 ( quatro) será dada a uma prova escrita e a valoração 6,0 (seis) será dada a diferentes

instrumentos avaliativos dentro de cada disciplina.

Os instrumentos avaliativos são planejados e elaborados com critérios que busquem

coletar verdadeiramente os dados da aprendizagem, promovendo um juízo qualitativo correto

sobre a aprendizagem dos alunos e sua reorientação sempre que necessário.

Os resultados decorrentes da avaliação são registrados em documentos próprios que

asseguram a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.

Aos pais é assegurado o direito de serem informados sobre o rendimento escolar de

seus filhos durante o processo avaliativo que permeia todo o período bimestral, com o intuito

de buscar alternativas, juntamente com o corpo docente e equipe pedagógica, para auxiliar a

recuperação dos conhecimentos não assimilados pelo aluno.

A escola propicia ao aluno a recuperação de estudos independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos, sendo esta recuperação de forma permanente e

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, organizada com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-pedagógicos diversificados.

Os resultados obtidos das avaliações da aprendizagem são informados aos pais e/ou

responsáveis por meio de reuniões com a entrega do boletim escolar e convocações para os

mesmos quando estes faltam às reuniões. Estes mesmos resultados são discutidos com o corpo

docente em momentos de planejamento e momentos pedagógicos, utilizando-se tabelas

comparativas e gráficos, que buscam viabilizar o redirecionamento do processo ensino-

aprendizagem em todas as disciplinas.

Frente aos desafios atuais enfrentados pela educação faz-se necessário que o corpo

docente utilize em sua prática pedagógica, diferente metodologias de ensino conforme sua

área de conhecimento. Como diferentes metodologias, citamos leitura e compreensão de

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99 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

texto, pesquisa bibliográfica, produção de textos, apresentação oral, atividades experimentais,

modelagem didática, debates, aulas expositivas e expositivas dialogadas, atividades a partir de

recursos audiovisuais como filmes, documentários, músicas, teatro, trabalho em grupo.

Tais metodologias buscam estimular e motivar os alunos para que concretizem a sua

aprendizagem e construam seus conhecimentos.

3.9 SALA DE APOIO

Sala de Apoio à Aprendizagem – 5ª Série

A SAA- Sala de Apoio à Aprendizagem, para os alunos da 5ª série, iniciou-se em

março/2006. As aulas realizam-se às 3ªs e 5ªs feiras, sendo duas aulas de Língua Portuguesa e

duas aulas de Matemática, no horário das 07h30min às 09h10min e 09h20min às 11h00min,

com intervalo de dez (10) minutos entre as aulas, tendo como docentes: Profª Daniela Eliza

Freitas Bontorin – Matemática e, Profª Viviane Raquel Elias Costa – Língua Portuguesa.

A seleção dos alunos acontece através de avaliação diagnóstica realizada no início do

ano letivo nas disciplinas observando as principais dificuldades de aprendizagem entre elas:

Dificuldades para transcrever corretamente a linguagem oral, havendo confusão

de letras e trocas ortográficas;

Dificuldades na aprendizagem da leitura e, consequentemente, na escrita;

Dificuldades na compreensão e nos processos matemáticos.

Após o encaminhamento e permanência do aluno na SAA, observam-se os avanços

que o mesmo obteve, ou ainda a defasagem, o que gera a permanência do aluno por mais

algum tempo na SAA. Essa avaliação acontece sempre que necessário e/ou nos conselhos de

classe mediante a conversação com todo o grupo de docentes, equipe pedagógica e direção.

Só assim é decidido se o aluno permanece, ou é liberado da SAA.

A dificuldade em aprender refere-se às situações difíceis encontradas pela criança.

Essas dificuldades de aprendizagem são consideradas “sintomas”, e é pela intensidade com

que se apresentam esses sintomas e comportamentos e pela duração que eles têm na vida

escolar que se faz necessária a busca das possíveis causas, bem como, de alternativas em

reconhecer aqueles alunos com dificuldade de aprendizagem, geralmente crianças rotuladas

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100 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

como: lentas, preguiçosas, incompetentes, etc. Esse fato pode torná-las distantes, rebeldes,

agressivas, muitas vezes motivos de repetência e evasão escolar.

Existem vários fatores que podem desencadear dificuldades no processo de aprender,

os fundamentais são:

Fatores Orgânicos: Saúde física (condições mínimas de saúde e assistência),

alimentação inadequada, pois, a alimentação é uma necessidade primária e, quando não

saciada, pode interferir na disponibilidade da pessoa para qualquer atividade, no entanto, uma

criança com fome está menos disponível para brincar, correr e, inclusive, para aprender,

encontrando assim, inúmeras dificuldades.

Fatores psicológicos: inibição, fantasia, ansiedade, angústia, inadequação à realidade,

sentimento generalizado de rejeição, etc.

Fatores ambientais: o tipo de educação familiar, o grau de estimulação que a criança

recebeu desde os primeiros dias de vida, a influência nos meios de comunicação, etc.

Fatores Pedagógicos: os fatores pedagógicos se referem aos métodos de ensino e às

defasagens de séries anteriores.

Há várias maneiras para constatar uma dificuldade da criança em aprender, mas o

ponto de partida é o próprio desempenho do aluno.

Esses fatores são presenciados pelos nossos alunos que, muitas vezes, não estão

motivados à aprender tendo na sala de apoio a oportunidade de um atendimento

individualizado com metodologias alternativas até mesmo porque várias dos alunos são

repetentes de séries anteriores e em casa não encontram essa oportunidade. Desta forma o

papel fundamental da SAA, além de resgatar o aluno em vários aspectos, também é fazer com

que essas dificuldades de aprendizagem, sejam superadas, melhorando a auto-estima do aluno

o que reflete em seu crescimento educacional e pessoal.

3.10 SALA DE RECURSOS

A inclusão tem como objetivo proporcionar um espaço democrático na escola

oferecendo e garantindo a permanência de todos os alunos sem distinção social cultural étnica

de gênero ou em razão de deficiência e características pessoais.

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101 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

O atendimento Educacional Especializado tem como função identificar elaborar e

organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para plena

participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades

desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas

em sala de aula comum não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento

complementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora

dela.

A Sala de Recursos é um serviço de natureza pedagógica que apoia e complementa

atendimento educacional realizado em classes comuns, nas séries iniciais do Ensino

Fundamental. A sala de recursos realiza suas atividades no período manhã 20 horas semanais

tendo como docente Prof. Léa Cristina dos Santos QPM com licenciatura plena em Biologia

Pós Graduada em Educação Especial.

Seleção dos alunos:

Alunos que apresentarem transtornos globais do desenvolvimento, distúrbio avançado

de aprendizagem que ocasionam prejuízos no desenvolvimento biopsicossocial em grau que

requeira apoio e atendimento especializados.

Para o ingresso na Sala de Recursos:

O aluno deve estar matriculado e frequentando o Ensino Fundamental, na classe

comum das séries finais, podendo o serviço estender-se a alunos de escolas próximas nas

quais ainda não exista esse atendimento. Os alunos que frequentarão a sala de recursos do

Colégio Maria da Luz Furquim foram submetidos à avaliação psico-educacional, realizada no

contexto escolar e registrada em relatório próprio. Esses alunos foram avaliados por uma

equipe multidisciplinar (psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo e fisioterapeuta).

Quando o aluno da Sala de Recursos frequentar a classe comum em outro

estabelecimento, deverá apresentar relatório da avaliação pedagógica e declaração de

matrícula deste.

A Sala de recursos, para 20 horas semanais, será composta do número máximo de 20

alunos. O aluno poderá ser atendido individualmente ou em grupos de até 05 (cinco) alunos

segundo cronograma preestabelecido. O aluno deverá receber atendimento de acordo com as

suas necessidades, podendo ser de 02 (duas) a 04 (quatro) vezes por semana, não

ultrapassando 02 (duas) horas diárias.

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102 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

O horário de atendimento deverá ser em período contrário àquele em que o aluno está

matriculado na classe comum.

Os grupos de alunos em atendimento serão organizados preferencialmente por faixa

etária e/ou conforme necessidades pedagógicas semelhantes.

O cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo professor da Sala de

Recursos, junto com o professor da classe comum e equipe pedagógica da escola, em

consonância com a indicação dos procedimentos de intervenção pedagógica que constam no

relatório da avaliação psicoeducacional realizada no contexto escolar. No cronograma deverá

estar garantido um período para o encontro entre professor da Sala de Recursos, o professor

da classe comum e a equipe pedagógica da escola em que o aluno frequenta a classe comum.

O Professor da Sala de Recursos deverá realizar:

a) o controle de frequência dos alunos, em formulário próprio elaborado pela escola;

b) contato periódico com o professor da classe comum, com a equipe pedagógica da

escola, com a família e com os profissionais dos atendimentos complementares (psicólogos,

psiquiatras, neurologistas, e outros) para orientação e acompanhamento do desenvolvimento

do aluno;

c) participar das reuniões do Conselho de Classe;

d) participar das atividades previstas no Calendário Escolar

A Pasta Individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe comum,

deverá conter os relatórios de avaliação psicoeducacional no contexto escolar e de

acompanhamento semestral, elaborados pelos professores da Sala de Recursos e da classe

comum, analisados e vistados pela equipe pedagógica, e outros documentos pertinentes.

A articulação entre a área educacional, a área sócio-familiar e a área clínico

terapêutica deve funcionar para propiciar apoio e intervenções necessárias ao

desenvolvimento do aluno.

Considerando a diversidade do alunado, os serviços de apoio especializados deverão

oferecer atendimento educacional com professor especializado, complementado, quando

necessário, por atendimento multiprofissional (Psicólogo, Assistente Social, Terapeuta

Ocupacional, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico Neurologista, Psiquiatra, entre outros),

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103 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

visando atender as necessidades do professor, da equipe pedagógica, do aluno e de sua

família.

O Colégio Estadual Maria da Luz Furquim apresenta uma sala destinada a atender as

necessidades das atividades que serão desenvolvidas, com relação a espaço físico,

luminosidade, ventilação e mobília a sala de atendimento encontra-se dentro das exigências.

Com relação aos materiais o Colégio oferece para o trabalho da sala de recursos

material pedagógico específico, adequados às peculiaridades dos alunos.

Aspectos Pedagógicos

O trabalho pedagógico deve ser sistemático, mediante: trabalho em pequenos grupos

ou individualizado quando necessário cronograma funcionais na busca de alternativa para

potencializar o cognitivo, emocional, social, motor e neurológico.

O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos deverá partir dos interesses,

necessidades e dificuldades de aprendizagem específicos de cada aluno, oferecendo subsídios

pedagógicos, contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na classe comum e, utilizando-

se ainda, de metodologias e estratégias diferenciadas.

O professor da Sala de Recursos deverá apoiar e orientar o professor da classe comum

quanto às adaptações curriculares, avaliativas e metodológicas que poderão ser desenvolvidas

na sala de aula, a fim de um melhor atendimento aos alunos com necessidades educacionais

especiais.

O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos deve oportunizar autonomia,

independência e valorização das ideias dos alunos, desafiando-os a empreenderem o

planejamento de suas atividades.

A Sala de Recursos é o local de apoio, estímulo ao crescimento, desenvolvimento e

busca do saber, não é local para a realização de atividades de reforço escolar (repetições dos

conteúdos da prática educativa da sala de aula).

O professor da Sala de Recursos deverá elaborar um planejamento pedagógico para

cada aluno, de forma a atender as intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação de

ingresso.

O acompanhamento pedagógico do aluno deverá ser registrado semestralmente em

formulário próprio, elaborado pelos professores da Sala de Recursos e da classe comum

juntamente com a equipe pedagógica, e deverá ser arquivado na Pasta Individual do aluno.

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104 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Semestralmente, a equipe pedagógica da escola, Núcleos Regionais de Educação e

Secretarias Municipais de Educação realizarão o acompanhamento da prática docente e

reavaliação periódica dos processos de intervenção educativa propostos para cada aluno, com

a finalidade de realizar ajustes ou modificações no processo de ensino-aprendizagem.

O aluno freqüentará a Sala de Recursos pelo tempo necessário para superação das suas

dificuldades e obtenção de êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

Quando o aluno não mais necessitar do Serviço de Apoio Especializado em Sala de

Recursos, o desligamento deverá ser formalizado por intermédio de relatório pedagógico

elaborado pelos professores da Sala de Recursos, classe comum e equipe pedagógica, e

sempre que possível ou se fizer necessário, com o apoio dos professores da classe comum, o

qual será arquivado na Pasta Individual do aluno.

3.11 PROJETO VIVA A ESCOLA

O Programa Viva a Escola visa à expansão de atividades pedagógicas realizadas na

escola como complementação curricular, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de

atender às especificidades da formação do aluno e de sua realidade. O Viva Escola se propõe

a dar atendimento aos estudantes no horário contrário ao turno em que atualmente frequentam

a escola.

As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes objetivos:

Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública

Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no

estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar;

Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades

pedagógicas de seu interesse;

Possibilitar aos educandos, maior integração na comunidade escolar, fazendo a

interação com colegas, professores e comunidade.

Poderão participar das atividades somente alunos regularmente matriculados na Rede

Pública Estadual, exceto quanto às atividades do núcleo de conhecimento Integração

Comunidade e Escola.

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105 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Os critérios de participação durante a elaboração das atividades, deverão priorizar os

alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, consideradas as realidades da

escola e da comunidade, bem como as necessidades dos alunos.

O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento:

Expressivo-Corporal: esportes, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginástica, lutas, teatros,

danças;

Científico-Cultural: história e memória, cultura regional, atividades literárias, artes

visuais, músicas, investigação científica, divulgação científica e mídias;

Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de Apoio à

Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala de Apoio da

Educação Escolar Indígena;

Integração Comunidade e Escola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório para o

Vestibular.

3.12 INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS

Um dos principais desafios das nossas escolas, é fazer com que nossos alunos nela

permaneçam e consigam concluir os níveis de ensino em idade adequada e que jovens e

adultos tenham seus direitos educativos atendidos.

Será que sabemos quem são os alunos que na nossa escola apresentam maior

dificuldade no processo de aprendizagem?

A resposta a esta pergunta, nos faz refletir sobre a importância de o Colégio

determinar estratégias para conduzir com seriedade este relevante contexto dentro das escolas.

Precisamos observar:

• Saber quem são aqueles que mais faltam;

• Onde e como eles vivem;

• Quais são as suas dificuldades;

• Saber sobre os que abandonaram ou se evadiram;

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106 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

• Saber os motivos;

• O que estão fazendo;

• Fazer esforços para trazê-lo de volta à escola;

• Tratar essa situação com o cuidado e o carinho que ela merece.

Para tanto, precisamos estar atentos para identificarmos e sabermos que ações

podemos aplicar, no máximo da capacidade de influência da escola, na realidade social em

que está inserida, para resolver os problemas de permanência na escola.

Fatores que causam a evasão e a repetência:

Ensino Médio

Desmotivação do aluno; trabalho; dificuldade de manter o aluno na escola; transporte;

falta de perspectiva de vida (futuro); dificuldade da escola em acompanhar o aluno com

vistas ao melhor aproveitamento.

Educação de Jovens e Adultos

Conscientização; oportunidade de horários; transporte; tratamento diferenciado e

estimulante por parte dos educadores.

Educação Especial

Profissionais devidamente capacitados; maior aceitação por parte dos professores e

alunos, tratamento de igualdade (direitos e deveres).

Educação do Campo

A educação do campo está compreendida através dos sujeitos que têm no campo seu

espaço de vida. É uma educação que deve ser no e do campo, o povo tem o direito de ser

educado no lugar onde vive, tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a

sua participação vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais.

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107 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

3.13 ESTRATÉGIAS DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E

COMUNIDADE

Recursos que a escola dispõe para realizar seus projetos e constantemente expõe

à comunidade escolar para cumprir o propósito da gestão com transparência:

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA-PDDE, recurso recebido pela

APMF da escola e, recursos do FUNDO ROTATIVO, recebido da SEED, sendo depositado

diretamente na conta corrente da Escola.

Todos os recursos são movimentados sob a orientação e fiscalização dos órgãos

colegiados.

Atividades Extras – Curriculares

Feiras: Ciências; Produção Literária; Solidariedade; Meio Ambiente;.

Festivais: Dança; Talento.

Teatro; Poesia; Cultura.

No dia-a-dia: Planejamento; conteúdo; procedimentos; avaliação; esporte; jogos;

xadrez e ginástica.

Campanhas: Material escolar; uniforme; agasalhos; alimentos; brinquedos; material

de higiene pessoal.

Civismo e Patriotismo: Símbolos nacionais; manifestações de patriotismo “Minha

Pátria”, Brasil, Paraná, o meu Estado e Rio Branco do Sul.

Comemorações: religiosas e cívicas.

3.14 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

O Colégio pode contar com a colaboração de entidades representativas da comunidade

escolar e da comunidade em geral, as quais estão devidamente organizadas, com seus

representantes atuando permanentemente junto ao Colégio, integrados na busca do melhor

possível para o desenvolvimento educacional dos alunos e na integração com todos os

profissionais da educação que atuam no Colégio (direção, professores, funcionários).

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108 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Existe o consenso de que é importante, cada vez mais conhecer, discutir e buscar

soluções para a nossa realidade.

3.15 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP

Tendo como premissa essencial que o Projeto Político Pedagógico – PPP deve ser

um documento construído de forma democrática, portanto amplamente participativa, a sua

discussão, elaboração, desenvolvimento e avaliação, deve sempre estar pautada na

participação de toda a comunidade escolar.

Desta forma, o PPP do Colégio Maria da Luz Furquim teve a participação da direção,

equipe pedagógica, professores, funcionários, pais, alunos, enfim participaram da discussão,

da elaboração e acompanhamento do projeto, todos os membros pertencentes à comunidade

escolar do mesmo.

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109 Colégio Estadual Maria da Luz Furquim – Ensino Fundamental, Médio e Normal

4 ANEXOS

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Anexo A – Questionário sócio- econômico

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Anexo B- Advertência

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Anexo C -Autorização para entrar sem carteirinha

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Anexo D - Lembrete obrigatoriedade do uniforme

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Anexo E – Autorização para entrar sem uniforme

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Anexo F – Convocação pais ou responsável

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Anexo G – Convocação- muitas faltas do aluno

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Anexo H – Requerimento – aluno solicitando vaga

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Anexo I – Informação aos professores – motivo da falta do aluno

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Anexo J -Ficha acompanhamento de faltas

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Anexo K – Ficha ocorrência de alunos

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Anexo L – Ficha diagnóstico

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Anexo M – Ficha perfil do aluno

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Anexo N – Ficha termo de responsabilidade (pai e aluno)

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Anexo O – Ficha compromisso com o livro didático

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Anexo P – Ficha de acompanhamento clínico

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Anexo Q - Plano de ação da direção 2008 - 2011

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