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1 Skeletal Biomechanics Disciplina: TÓPICOS ESPECIAIS EM CIÊNCIAS DOS MATERIAIS I - MEC3108 - (2015 .1 ) Professor: DANILO ALVES PINTO NAGEM Alunos: FRANKLIN MEDEIROS GALVÃO RODRIGO LACERDA DE MELO

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  • 1Skeletal Biomechanics

    Disciplina: TPICOS ESPECIAIS EM CINCIAS DOS MATERIAIS I - MEC3108 - (2015 .1 )

    Professor: DANILO ALVES PINTO NAGEM

    Alunos:

    FRANKLIN MEDEIROS GALVO

    RODRIGO LACERDA DE MELO

  • 2BIOMECNICA ESQUELTICA

    SISTEMA ESQUELTICO - Introduo

    O sistema esqueltico constitudo por um nmero de diferentes tecidos, queso formas especializadas de tecido conjuntivo. Os tecidos conjuntivosesquelticos primrios so ossos, cartilagens, ligamentos e tendes.

  • 3BIOMECNICA ESQUELTICA

    SISTEMA ESQUELTICO - Introduo

    O esqueleto humano uma notvel estrutura composta de 206 ossos. Osossos rgidos ligam-se em vrias articulaes, uma concepo que permite oesqueleto proporcionar um suporte estrutural para o corpo, enquanto mantma flexibilidade necessria para o movimento.

  • 4206

    OSSOS DO CORPO HUMANO

  • 5 Princpio de construo do esqueleto: com o mximo de resistncia e com o mnimo

    de material;

    Estrutura ssea relacionada funo e s cargas a que so suportadas pelo

    esqueleto;

    Leve para diminuir a massa corporal total e portanto favorecendo a mobilidade (15 a

    20 % do peso corporal);

    Resistente e elstico para resistir compresso e trao;

    Aproximadamente 206 ossos

    OSSOS - FUNES ESTRUTURAIS

  • 6Carbonato de Clcio, Fosfato de Clcio, Colgeno e gua.

    O carbonato e o fosfato de clcio do rigidez ao osso e so osresponsveis pela resistncia compresso;

    O colgeno d elasticidade ao osso e contribui para a resistncia trao;

    A gua tambm importante para a resistncia do osso.

    ESTRUTURAS DO TECIDO SSEO

    Principais Constituintes:

  • 7Composio aproximada da matriz extracelular de tecido sseo baseado em

    valores de consenso a partir de vrias fontes.

    COMPONENTES MASSA (%)

    Fase mineral (hidroxiapatita) 70

    Matriz orgnica (osteide)

    Colgeno (principalmente do tipo I) 18

    Protenas no-colgenas e proteoglicanos 02

    gua 10

    ESTRUTURAS DO TECIDO SSEO

  • 8 O tecido sseo constitudo por clulas incorporadas em uma matrizextracelular

    Assim, o tecido dinmico est sendo constantemente renovado. Naverdade, estima-se que 10-15% do osso em todo o corpo substitudo por

    um novo osso a cada ano.

    COMPOSIO E ESTRUTURA DO TECIDO SSEO

    Tecido Dinmico:

  • 9 O tecido sseo antigo constantemente destrudo e um novo tecido formado emseu lugar, em um processo conhecido como REMODELAO.

    Em um adulto saudvel, uma delicada homeostase (equilbrio) mantida entre a

    ao dos osteoclastos (reabsoro) durante a remoo de clcio e a dos

    osteoblastos (aposio) durante a deposio de clcio. Se muito clcio for depositado,

    podem se formar calos sseos ou esporas, causando interferncias nos movimentos.

    Se muito clcio for retirado, h o enfraquecimento dos ossos, tornando-os flexveis e

    sujeitos a fraturas.

    COMPOSIO E ESTRUTURA DO TECIDO SSEO

    OSTEOBLASTOS, OSTEOCLASTOS E OSTECITOS:

  • 10

    Ostecitos so clulas maduras derivadas dos Osteoblastos, residentes em lacunas

    da matriz ssea.

    H de 20000 a

    30000 ostecitos

    por mm de osso.

    REMODELAO SSEA

  • 11

    OSSO TRABECULAR (ou esponjoso) - mais poroso Densidade relativa < 0,7 Densidade aparente 0,1 1 g / cm3

    OSSO CORTICAL - menos poroso Densidade relativa > 0,7 Densidade aparente 1,8 g / cm3

    TECIDO SSEO: OSSO TRABECULAR E CORTICAL

    Difere pela sua Porosidade:

  • 12

    Substncia compacta (osso cortical): Lamelas dispostas umas sobre asoutras, paralelas ao longo do osso e sem espao entre si. Formam trabculas

    paralelas. Maior quantidade de substncia mineral.

    Substncia esponjosa (osso trabecular): Lamelas se entrecruzam nas maisvariadas direes, formando cavidades e pontos de unio. Trabculas com

    distribuio aparentemente irregular. Suporta maior deformao

    TECIDO SSEO: OSSO TRABECULAR E CORTICAL

  • 13

    TECIDO SSEO: OSSO TRABECULAR E CORTICAL

  • 14

    Reveste a superfcie exterior da maioria dos ossos e encontrado nos veiosdos ossos longos;

    Devido sua baixa porosidade (tipicamente

  • 15

    Perto das superfcies exteriores e interiores do osso, as lamelas estodispostas em circunferncia e paralelas uma das outras; estas so

    conhecidas como lamelas concntricas;

    As lamelas esto ligadas ao canal central por canais microscpicoschamados canalculos;

    Um canal mais circundante de lamelas que intervm no osso chamadosteon

    OSSO CORTICAL OU COMPACTO

    Microestrutura do osso cortical

  • 16

    OSSO CORTICAL OU COMPACTO

    Microestrutura do osso cortical

  • 17

    encontrado nas vrtebras e nas extremidades dos ossos longos, tais como o

    fmur, a tbia e raio;

    O estudo do osso trabecular importante porque fraturas relacionadas

    idade ocorrem principalmente em locais do osso trabecular, como o fmur

    proximal (quadril), a extremidade distal do rdio (punho), e os corpos vertebrais

    (coluna).

    OSSO TRABECULAR OU ESPONJOSO

  • 18

    Estrutura tridimensional do osso trabecular a partir da crista ilaca da pelve de um

    homem de 37 anos sem distrbios sseos conhecidos (A) e de uma mulher de 73 anos

    de idade com osteoporose (B). Nota-se densa, a estrutura em forma de placa do osso

    jovem, enquanto que o osso com osteoporose menos denso

    OSSO TRABECULAR OU ESPONJOSO

  • 19

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Conceitos importantes sobre as propriedades dos materiais

    A determinao e/ou conhecimento das propriedades mecnicas muitoimportante para a escolha do material para uma determinada aplicao, bemcomo para o projeto e fabricao do componente.

    As propriedades mecnicas definem o comportamento do material quandosujeitos esforos mecnicos, pois estas esto relacionadas capacidade domaterial de resistir ou transmitir estes esforos aplicados sem romper e sem sedeformar de forma incontrolvel.

  • 20

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Principais propriedades mecnicas dos materiais

    Resistncia trao

    Elasticidade

    Ductilidade

    Fadiga

    Dureza

    Tenacidade

    Cada uma dessas propriedades est associada habilidade do material

    de resistir s foras mecnicas e/ou de transmiti-las

  • 21

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Conceito de tenso e deformao

    Para uma carga esttica ou

    relativamente lenta ao longo do tempo

    aplicada uniformemente sobre uma

    seo reta ou superfcie de um

    membro, o comportamento mecnico

    pode ser verificado atravs de um

    ensaio de tenso-deformao.

  • 22

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Como feito o ensaio de trao

    F

    F

    Representao esquemtica do ensaio de trao.

    A mquina de ensaios de trao

    projetada para alongar o corpo de prova a

    uma taxa constante, alm de medir

    contnua e simultaneamente a carga

    aplicada e os alongamentos resultantes;

    O ensaio destrutivo;

    O resultado um grfico na forma de

    carga ou fora em funo do

    alongamento;

  • 23

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Ensaio mecnico de trao de uma pea ssea

  • 24

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Definio de tenso e deformao

    oA

    F

    Sendo:

    = tenso (Pa);

    F = carga instantnea aplicada (N) e

    Ao = rea da seo reta original antes da aplicao da carga (m2).

    oo

    oi

    l

    l

    l

    ll

    Sendo:

    = deformao (adimensional);

    li = comprimento instantneo e

    lo = comprimento original.

  • 25

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Deformao Plstica e Deformao Elstica

    DEFORMAO ELSTICA

    Prescede deformao plstica;

    reversvel;

    Desaparece quando a tenso removida;

    praticamente proporcional tensoaplicada (obedece a lei de Hooke).

    DEFORMAO PLSTICA.

    irreversvel porque resultado dodeslocamento permanente dos tomos e

    portanto no desaparece quando a

    tenso removida.

  • 26

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Mdulo de Elasticidade ou Mdulo de Young

    o quociente entre a tenso aplicada e adeformao elstica resultante Lei de Hooke.

    Est relacionado com a rigidez do material ou resistncia deformao elstica.

    E = /Sendo:

    = tenso (Pa);

    = deformao;

    E = mdulo de elasticidade (Pa);

  • 27

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Mdulo de Elasticidade ou Mdulo de Young

    Deformao ()

    Tenso

    ()

    = E

    A lei de Hooke vlida at este

    ponto.

    Mxima tenso que o material suporta

    sem sofrer deformao permanente.

  • 28

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Limite de resistncia a trao e tenso de ruptura

    tenso mxima aplicada ao

    material antes da ruptura tenso que promove a ruptura do material

  • 29

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Cargas mecnica sobre os ossos

    Compresso Trao Cisalhamento Toro Flexo

  • 30

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Cargas mecnicas sobre os ossos

    Compresso Trao Toro Cisalhamento

  • 31

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Resposta ssea a tenses

    Hipertrofia - Ossos de pessoas fisicamente ativas so mais densos. Exerccios regulares parecem aumentar a densidade do esqueleto como um

    todo. Ex: mero de tenista

    Atrofia - Resposta a tenso reduzida. Diminui a quantidade de clcio reduzindo peso e resistncia (desmineralizao). Ex: Astronautas, acamados e

    idosos

  • 32

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Caractersticas dos ossos

    Caractersticas anisotrpicas: comportamento varia de acordo com

    a direo da aplicao da carga.

    Suporta maiores cargas no

    sentido longitudinal.

  • 33

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Caractersticas dos ossos

    Caractersticas viscoelsticas: comportamento varia de acordo com a

    velocidade com que a carga aplicada e

    com a durao da mesma.

    Em uma velocidade maior de aplicao de carga, o osso pode suportar maiores aplicaes de carga

    antes de ceder ou fraturar

  • 34

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Propriedades biomecnicas do osso cortical e do osso trabecular

    Osso cortical - baixa porosidade (5 a 30%

    do volume),

    Osso esponjoso - alta porosidade (30 a

    90% do volume),

  • 35

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Propriedades biomecnicas do osso cortical e do osso trabecular

    Osso cortical - baixa porosidade (5 a 30%

    do volume), mais rgido, suporta

    maiores tenses e menores

    deformaes.

    Osso esponjoso - alta porosidade (30 a

    90% do volume), menos rgido,

    suporta menores tenses e maiores

    deformaes.

  • 36

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Propriedades biomecnicas do osso cortical

    As variveis que mais influenciam

    as propriedades mecnicas do osso

    cortical so:

    a porosidade;

    o grau de mineralizao;

    a orientao das fibras de colgeno.

    Resumo das propriedades mecnicas do osso cortical humano

  • 37

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Propriedades biomecnicas do osso trabecular (esponjoso)

    As variveis que influenciam as

    propriedades mecnicas do osso

    trabecular so:

    a porosidade ou densidade aparente;

    a orientao das trabculas (organizao estrutural);

    as propriedades materiais de cada trabcula individual

    Curvas tenso-deformao de compresso do osso trabecular de diferentes

    densidades relativas

  • 38

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Propriedades biomecnicas do osso trabecular: dependncia da densidade

    E =3790 0.063

    ult = 68 0.062

    a densidade aparente o

    parmetro responsvel por

    cerca de 75% da variabilidade

    das propriedades mecnicas

    (considerando um mesmo tipo

    de osso trabecular, tipo de

    tenso traco ou compresso

  • 39

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Propriedades biomecnicas do osso trabecular: modelos de clula unitria

    Estimar as propriedades mecnicas de osso trabecular com base na sua densidade relativa.

    Modelos idealizados para a microestrutura do

    osso trabecular: (A) de baixa densidade

    estrutura equiaxial; (B) estrutura de densidade

    equiaxial superior; (C) orientada estrutura

    prismtica; (D) orientada para a estrutura da

    placa paralela.

    Devido variabilidade da arquitetura do osso trabecular, foram idealizados vrios modelos

    que tm sido utilizados para representar a

    microestrutura do osso trabecular

  • 40

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Propriedades biomecnicas do osso trabecular: modelos de clula unitria

    Anlise dos outros modelos na

    figura sugere que o expoente da

    densidade na relao do mdulo

    densidade deve situar-se entre 1(dependncia linear) e 3(dependncia cbica),dependendo

    da estrutura

  • 41

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Propriedades biomecnicas do osso trabecular: modelos de clula unitria

    Anlise dos outros modelos na figura

    sugere que o expoente da densidade deve

    situar-se entre 1 (dependncia linear) e 2

    (a dependncia quadrada), em funo da

    estrutura.

    E sobre as previses do modelo para a

    dependncia da densidade na resistncia

    compresso?

  • 42

    PROPRIEDADES BIOMECNICAS DO OSSO

    Concluso

    O estudo da estrutura dos ossos, bem como suas propriedades mecnicas, de fundamental importncia para a sade geral dos homens ou animais, de modo

    a se prevenir ou tratar s leses sseas.

  • 43

    FIM