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notICEas Boletim Informativo do Instituto das Comunidades Educativas Maio 2016 abril|maio 2017

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notICEasBoletim Informativo do Instituto das Comunidades Educativas

Maio 2016abril|maio 2017

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CONVERSAS EM (GRANDE) RODA EM

VOLTA DE RUI D’ESPINEY

Fez no passado mês de abril, maisexatamente a 28, que o meu amigo Ruipartiu… numa altura em que toda a gente lhedeixou uma palavra amiga, eu não consegui.Há em mim um turbilhão de emoções e ideiasque não consegui (consigo) expor. Passadoum ano e recordando-o como se fosse vivodeixo algumas frases soltas do que recordo esinto:

Risadas contidas… risadas desfreadas.

Únicas, próprias de um espaço amado,

Inventávamos e reinventávamos tanto.

Dias felizes, passados com amizade.

Esquecida do presente, recordo o passado,

Sincero na tua verdade,

Penso em ti, meu amigo.

Imagino-te a rir… e nos nossos livros.

Não, não sinto falta deles,

Eles são apenas o objeto mais lindo que mefaz recordar-te em cada dia.

“Yes!”, ou “Sim!”, se preferires… recordo-tee sinto tanto a tua ausência!

Maria Joaquina Costa

Abril, 2017

PARA O RUI

Um ano.

Uma roda.

Um grupo pessoas reunidas e torno d’

Um amigo

Um ponto luminoso

Uma inspiração

Um elo comum a todos os presentes que sereuniram para invocar, recordar, Rui d’Espiney.

Um momento simples mas emotivo, como nãopoderia deixar de ser.

Fica aqui a breve nota.

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CRES(SER) EM ÁGUEDAProjeto de promoção da Saúde Mental

na gravidez e primeira infância

Em Abril de 2017 demosinício ao projectoCres(SER) em Águeda - oICE é parceiro. Trata-se deum projeto de intervençãocomunitária, abrangente emultissetorial, que vaiintervir de forma integradaem diferentes cenáriospotenciando recursos ecriando sinergiasinterinstitucionais.

Tem por finalidade “Promover a saúde mental nagravidez e primeira infância na população doconcelho de Águeda” e como objetivo geralimplementar estratégias preconizadas pela OMS /DGS neste âmbito. O público-alvo são as criançasdos 0-3 anos, tendo como público-alvo estratégicoGrávidas/pais grávidos mães/pais, outros familiaresou cuidadores; Profissionais de Saúde das Unidadesde Saúde do concelho; Educadoras e Auxiliares dasCreches/Amas do concelho.

É verdade que a evolução da saúde emPortugal garante já, à maioria das crianças,boas condições de sobrevivência e e saudefísica; encontramo-nos na linha da frente noscuidados à mulher grávida e à criança, noscuidados preventivos relacionados com avacinação, nutrição, diagnóstico precoce etratamento de doenças, e temos avançadosignificativamente na prevenção de acidentes.

A saúde mental, no entanto, ainda é um casosério... O primeiro estudo de prevalência deperturbações mentais em adultos, comrepresentatividade nacional, publicado em2013, no âmbito da World Mental Health SurveyInitiative (WMHSI), da Universidade de Harvarde da OMS mostra que,em termoscomparativos, Portugal apresentou a segundataxa de prevalência mais elevada dos 9 paísesEuropeus presentes no WMHSI, com 22,9%(Irlanda 23.1%, Espanha 9,2% e Itália 8,2%)1 .

1 Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental – 1.º relatório -coordenado por José Miguel Caldas de Almeida (PI), Miguel Xavier

O projecto Cres(SER) , pretende contribuir paraque todas as crianças nascidas em Águedatenham as suas necessidades básicasasseguradas.

Segundo a Pedagogia da Interdependência, asquatro necessidades fundamentás do serhumano são:

• Sentir-se seguro

• Sentir-se amado

• Ser capaz de amar

• Sentir-se envolvido

PEDAGOGIA DA INTERDEPENDÊNCIA

Internacionalmente conhecida como GentleTeaching) foi fundada pelo Professor John McGee,no início da década de 1980.

Tem como objetivo a criação de vínculos humanos,do companheirismo e do sentido de pertença a umacomunidade. O respeito absoluto pela pessoa e ajustiça são valores básicos da Pedagogia daInterdependência

E o caminho a percorrer desenvolve-se por etapas:a criança deve aceitar que fazemos coisas para ela;

• aceitar que fazemos coisas com ela;

• aceitar fazer coisas connosco;

• gostar de fazer coisas para os outros.

Ver mais em

http://www.gentleteachingportugal.assol.pt/o-que-e/

O projecto Cres(SER) intervém na formação deprofissionais de saúde, profissionais dascreches e famílias e, simultaneamente, nosmeios de comunicação social. Envolve umamplo leque de parceiros/serviços quetrabalham na comunidade. Tem duração de 3anos. Não é subsidiado, ou melhor: ésubsidiado pelo entusiasmo dosintervenienientes, que são muitos, conformese pode ver na descrição da equipa técnica !

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Equipa Técnica restrita:

1 Psicóloga da URAP do ACES Baixo Vouga a exercer funções no Centro de Saúde de Águeda (coordenadora);

1 Médica de Medicina Geral e Familiar (ICE);

1 Técnico Superior cedido pela Câmara Municipal de Águeda (através de um Programa do IEFP).

Equipa Técnica alargada:

2 Docentes do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro (áreas de Educação de Infância e Psicologia);

1 Psiquiatra e outros profissionais (A. Social e Enfermeiras) da Equipa de Saúde Mental Comunitária do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar Baixo Vouga (CHBV);

1 Pediatra do Serviço de Pediatria do CHBV;

1 Médico de Medicina Geral e Familiar (Coordenador para a S. Mental do ACES Baixo Vouga);

1 Docente da Escola Superior de Saúde da U. Aveiro (Enfermeira Especialista em S. Materna);

1 Enfermeira do DPSM do CHBV;

1 Médica de Saúde Pública do ACES Baixo Vouga (coordenadora da USP)

1 Fisioterapeuta da URAP (Centro de Saúde de Águeda);

1 Assistente Social da URAP;

1 Assistente Social da Segurança Social

1 Médica de Saúde Pública do DSP da ARS do Centro;

Consultor Externo:

1 Psiquiatra do Centro Hospitalar Psiquiátrico do CHUC

(Coordenador da Unidade de Violência Familiar, Centro de Responsabilidade Integrada de Psiquiatria, Grupo V!!! e membro da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Saúde Mental.)

O Projeto Siga (Setúbal Interinstitucional GeraAção), surge no âmbito CLDS3G (ContratosLocais de Desenvolvimento Social), e tem porfinalidade “promover a inclusão social doscidadãos, de forma multissectorial e integrada,através de ações a executar em parceria, paracombater a pobreza persistente e a exclusãosocial em territórios deprimidos”

A quando da sua formalização para apresentarem candidatura a SEIES - Sociedade de Estudose Intervenção em Engenharia Social, entidadecoordenadora do projeto, convidou a APACCF -Associação de Professores e Amigos dasCrianças do Casal Figueiras, O CCSS - CentroComunitário de São Sebastião e o ICE - Institutodas Comunidades Educativas.

Tendo presente as linhas orientadoras doprograma e as especificidades de cadaentidade ao ICE e à APACCF coube, o trabalhocom as famílias, sendo da responsabilidade doICE o trabalho mais especifico com as escolas ecrianças.

Para que o trabalho com as escolas e ascrianças seja consistente é necessário perceberas realidades familiares de cada criança e comoaos professores não compete e também nãotêm disponibilidade para este tipo de trabalho,nós podemos ser a mais valia que lhes falta.

Até ao presente temos feito sessões sobrecidadania nas escolas, com o objetivo de lhesincutir outros conhecimentos e competências,mas também de os conhecer e conhecer assuas realidades familiares.

A par do supracitado existe o trabalho feitopela SEIES e pelo CCSS, que promovem asquestões do emprego e empreendedorismoassim como da importância do associativismo.

Este é um projeto com a duração de 3 anos,que iniciou em agosto de 2016, e que de formaarticulada as 4 entidades têm vindo a trabalharpara o desenvolvimento do concelho deSetúbal (excetue-se a freguesia de Azeitão, quenão foi abrangida pelo programa), tendo comoprincipio a articulação com as entidades locaise de cada pequena localidade.

SETÚBAL INTERINSTITUCIONAL

GERA AÇÃO

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O trabalho holístico e sistémico é a aspiraçãode qualquer profissional que trabalhe emdesenvolvimento social.

E como o sábio povo diz: “…por vezes umaimagem, vale mais que mil palavras”, deixo-vosalgumas fotos de trabalhos realizados emescolas das zonas periférica e rural trabalhadaspelo ICE e a APACCF.

Nas escolas do 1ºCEB trabalhou-se a Cidadaniadas Crianças, durante o ano letivo de 2016/17

Temáticas:

Bens Públicos. O que são? De quem são? Ecomo devemos cuidar deles

Direitos das Crianças

Foram realizadas algumas dinâmicas para estatemática. A foto mostra-nos a Dinâmica da Teiacom grupos de alunos do 1º ao 4º ano. Cadacriança era “escolhida” para identificar umdireito (ou dever). Um adulto escrevia numpostit autocolante e colocava na teia… Nofinal retiravam-se os postit’s, voltaram-se a lere a confirmar com as crianças, se concordavamque era um direito… ou seria antes um dever.Os mais velhos ajudavam os mais novos nareflexão

Ambiente e Alimentação Saudável

Reciclar / reaproveitar os recipientes para as“culturas”… que foram feitos em colaboraçãocom o Centro de Dia das Pontes

Cultivar. Com o apoio de uma eng. Agrónomaas crianças aprenderam a cultivar. Aquitiveram a ajuda dos seniores do Centro de Diadas Pontes

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Cuidar. Com a colaboração das professorase auxiliares as crianças cuidaram das suasculturas.

…e o resultado foi vê-las crescer, lindas elivres de produtos químicos.

Respeito pela Diferença

Trabalhámos Culturas e Etnias e tantoquanto nos foi possível desmistificámos aexistência do “lápis cor de pele” …enraizado nas escolas do 1.º CEB.

MAIO, MÊS DO DIÁLOGO INTERCULTURAL

Integrámos, o Programa: Maio, mês doDialogo Intercultural e com o apoio da CâmaraMunicipal previmos o transporte das criançasdas escolas periféricas ao Parque Verde daBela Vista, dia 29, para uma atividadeintercultural …. acabou por se realizar noMulticultural, não sendo por isso menos rica.As crianças acompanhadas de docentes eauxiliares desfrutaram de uma manhãdiferente, onde estivera presentes as “Dançasdo Mundo”,

Contaram com a participação de uma, aliásduas “Contadoras de Histórias”, que lhesenriqueceram a imaginação e oconhecimento,

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e pintaram um mural.

Foi divertido “Brincar e Aprender”. Resta-nos agradecer a todas as pessoas que contribuíram para que este momento se tornasse mais rico.

E para mais tarde recordar… terminamos com esta foto.

OUTRAS DINÂMICAS NA(S) ESCOLA(S)E porque não é possível trabalhar com a criançasem envolver a escola e a família, todo estetrabalho foi realizado com a APACCF queenvolveu as famílias e permitiu sermosconvidadas, pela escola, a participar na festa doDia da Família

… e ainda algumas das famílias sugeriram-nosque seria importante reviver com as crianças,algumas culturas que se estão a perder, comoera à data o Dia da Espiga. Aceitámos o desafioconvidando-as a participar… e aqui ficam osresultados

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E SIGA…ACONTECEU EM TEMPOS NÃO LETIVOS:

FÉRIAS DA PASCOA

Entre 10 e 14 de Abril propiciou-se às criançasdas zonas mais afastadas da cidade umconjunto de atividades, tendo presente a faltade oferta existente nas localidades.

A apoiar a dinâmica, contámos com o apoiode dois voluntários: O Bernardo e a Madalena,mas também com 4 alunas do 2º ano do cursode Educação Básica da ESE de Setúbal.

Sob a orientação dos técnicos, que foram osgrandes dinamizadores seguintes atividades:

Coloriram-se ovos de pascoa…

Elaborou-se um coelho em 3D, tendo estesido pintado pelas crianças e exposto no Poloda Biblioteca da Gambia

Fez-se uma caça aos ovos, no CRCD daGambia onde pais e filhos se envolveram. Ospais só acompanharam os filhos comotambém se envolveram numa reflexão,orientada pela Dra. Filipa Horta, sobre asnecessidades existentes naquele território.

Realizou-se (mais) uma atividadeintergeracional, com a Colaboração do Poloda Biblioteca e o Centro de Dia das Pontes,onde a confeção de doces foi o mote para umpleno convívio de crianças e idosos.

Estivemos nas zonas periféricas da cidadeonde não existem praticamente instituições, àexceção das sedes das juntas de freguesia euma ou outra coletividade… contudo ainexistência destas dinâmicas não trouxe umamaior adesão de crianças e/ou familiares…mas permitiu-nos um maior estreitamento derelações com as Juntas de Freguesia daGâmbia, Pontes e Alto da Guerra e do Sado,com o Polo da Biblioteca da Gâmbia, o Centrode Dia das Pontes, o Clube Desportivo,Cultural e Recreativo de Gâmbia e o UniãoCultural Recreativo Desportivo Praiense quenão só nos cederam espaços como têm vindoa apoiar na construção de relação com aspopulações locais, numa logica depercebermos as suas necessidades e apoiar ascrianças e familiares.

Maria Joaquina Costa

“MUNDOS AO LARGO”Festejámos a diversidade, as raízes culturaisde cada um de nós e a possibilidade deaprendermos uns com os outros. Foi ummomento de FESTA, para nos conhecermos edivulgarmos identidades. As festas, assimcomo a vida, fazem-se com as pessoas. Portudo isto foi um serão fantástico de alegria,de música, de poesia, de dança e degastronomia com pequenos e grandes.

Envolveram-se para além do ICE e da Câmara,as Associações: 4 Ás – Associação deAngolanos e Amigos de Angola; EDINSTVO –Associação dos Imigrantes dos Países deLeste; Associação Cultural BUSUIOC dosCidadãos Moldavos da Península de Setúbal.

Esta atividade realizou-se no Largo da RibeiraVelha (em Setúbal) com a participação derestaurantes locais e teve uma grande adesão.Estava uma noite fantástica de verão…celebrou-se, mais uma vez, a pessoa de cadaUM…

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“Me gritaram negra" (Victoria Santa Cruz)Tinha sete anos apenas,apenas sete anos,Que sete anos!Não chegava nem a cinco!De repente umas vozes na ruame gritaram Negra!Negra! Negra! Negra! Negra! Negra! Negra! Negra!"Por acaso sou negra?" – me disseSIM!"Que coisa é ser negra?"Negra!E eu não sabia a triste verdade que aquilo escondia.Negra!E me senti negra,Negra!Como eles diziamNegra!E retrocediNegra!Como eles queriamNegra!E odiei meus cabelos e meus lábios grossose mirei apenada minha carne tostadaE retrocediNegra!E retrocedi . . .Negra! Negra! Negra! Negra!Negra! Negra! Neeegra!Negra! Negra! Negra! Negra!Negra! Negra! Negra! Negra!E passava o tempo,e sempre amarguradaContinuava levando nas minhas costasminha pesada cargaE como pesava!...Alisei o cabelo,Passei pó na cara,e entre minhas entranhas sempre ressoava a mesma palavraNegra! Negra! Negra! Negra!Negra! Negra! Neeegra!Até que um dia que retrocedia, retrocedia e que ia cairNegra! Negra! Negra! Negra!Negra! Negra! Negra! Negra!Negra! Negra! Negra! Negra!Negra! Negra! Negra!E daí?E daí?

Negra!SimNegra!SouNegra!NegraNegra!Negra souNegra!SimNegra!SouNegra!NegraNegra!Negra souDe hoje em diante não queroalisar meu cabeloNão queroE vou rir daqueles,que por evitar – segundo eles –que por evitar-nos algum dissaborChamam aos negros de gente de corE de que cor!NEGRAE como soa lindo!NEGROE que ritmo tem!Negro Negro Negro NegroNegro Negro Negro NegroNegro Negro Negro NegroNegro Negro NegroAfinalAfinal compreendiAFINALJá não retrocedoAFINALE avanço seguraAFINALAvanço e esperoAFINALE bendigo aos céus porque quis Deusque negro azeviche fosse minha corE já compreendiAFINALJá tenho a chave!NEGRO NEGRO NEGRO NEGRONEGRO NEGRO NEGRO NEGRONEGRO NEGRO NEGRO NEGRONEGRO NEGRONegra sou!

Na festa “Mundos ao Largo” foi declamado pela Associação de Angolanos e Amigos de Angola o poema “Me gritaram Negra” da autoria de Victoria Santa Cruz ativista contra o racismo. Vale a pena revisitá-lo no Youtube(https://www.youtube.com/watch?v=lN5M0jehU7s)

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XX FEIRA DE PROJETOS EDUCATIVOS DA

MOITA

Testemunhos de quem acompanhou afeira…20 anos…(como diz a canção) “émuito tempo…”

“Eu, tive o privilégio de durante alguns bonsanos da minha carreira docente tertrabalhado em regime de mobilidade numorganismo da Sociedade Civil (ICE) cujofundador e Diretor Executivo foi RuiD’Espiney.

Este homem que, fisicamente já não estáentre nós, eu considero um grande sonhadore visionário em termos da educação é ogrande conceptualizador da Feira daProjetos da Moita e da AniMaio que aantecedeu.

Realizámos na Península de Setúbal com oenvolvimento de quase todas asorganizações que estavam ligadas e outinham responsabilidades relativas àEducação em 1993/94/95 A AniMaio. Esta foium processo de participação e envolvimentoda sociedade formal e informal e umproduto que cresceu muito e acabou por seextinguir naturalmente.

No Concelho da Moita a dinâmica departicipação, de construção, de partilha, … eo envolvimento, felizmente era muito forte,quer a nível institucional (CM Moita e Juntasde Freguesias) quer a nível das organizações(Escolas, JI, Associações, …) e contámostambém com a vontade política de quem àdata era responsável pela Educação noMunicípio (José Manuel Fernandes). Criou-seum grupo de trabalho com representantesdestas organizações e por técnicos do ICE -Eu tenho o Privilégio de ter sido um deles – einiciámos um processo de reflexão muitoparticipado sobre o que localmentequeríamos fazer para continuar a partilhar,cooperar, divulgar todos os processos eresultados da envolvência em ProjetosEducativos que envolviam todo o tipo deestruturas e todas as pessoas ligadas, dealguma forma, à educação e formação fossede forma mais formal fosse de formainformal ou não formal.

Em maio de 1997 realizámos no Pavilhão deExposições da Moita a primeira Feira deProjetos da Moita. Esta Feira tinha standscom exposição física dos Projetos que cadaJardim, Escola, Associação, … Centro de Dia,Centro de Saúde, Câmara Municipal, … quispartilhar, em cada um destes Stands haviasempre uma pessoa que recebia e explicavao que estava patente. Todas as manhãs,tardes e noites havia, em palco animaçãotambém resultado dos diferentes Projetosque estavam em curso. No pavilhãoadjacente funcionaram os diferentesateliers/aulas vivas. Estes ateliers foramsempre animados e orientados pelasdiferentes organizações e funcionaram cominscrições que haviam sido previamenterecolhidas junto dos participantes –Associações, Escolas, ATL’s, …

A equipa de trabalho que esteve por detrásdesta organização (CMM, ICE, Escolas eAssociações, …) reuniu muito, refletiumuito, fez muitos contactos para conseguirpôr a primeira Feira de pé. Mas, ainda hoje,olhando para trás sinto que foi um tempo demuito trabalho mas, fundamentalmente demuita satisfação profissional e que no finaldaqueles dias o corpo, efetivamente, estavacansado de gerir o previsto e o imprevisto,mas o coração estava cheio por ter sido

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possível viver na primeira pessoa e por dentroaquela fantástica experiência educativa. Émuito bom ver ‘os filhos crescer’.”

Augusta Alves

(Professora)

Imagem: Parte da Exposição Municipal alusiva às 20edições da Feira de Projetos Educativos (2017)

Da esquerda para a direita: Augusta Alves|JoaquinaCosta|Manuela Correia

“Trabalho no ICE praticamente desde a suafundação e ainda este era muito recentequando comecei a ouvir falar da Feira deProjetos Educativos da Moita. Aqui entre nós, afeira faz 20 anos em maio e o ICE 25, em julho.

Nestes 20 anos de crescimento conjunto, têmvivenciado e partilhado experiências, masacima de tudo o ICE tem estado semprepresente, dando sempre o seu contributo numParceria que se quer de Apoio, Entreajuda e deAcção (3 dos 5 tipos de parceria definidas porRui d’Espiney) em conjunto com a CamaraMunicipal da Moita e a Comunidade Educativa,refletindo e prospetivando um caminho onde aeducação e a escola caminhem em interação,para que as crianças cresçam e se tornemhomens conscientes e promotores deconsciencialização de outros.

É reconfortante ver docentes e encargadosde educação que fizeram parte desteprocesso enquanto aluno, hoje, 20 anosdepois, trazerem os seus alunos e os seusfilhos. Assim como o contrário, muitosdocentes que realizaram as primeiras feiras,hoje reformados vem reviver memórias etrazem os netos… podendo-se considerartambém esta Feira uma “amálgama” deliciosade intergeracionalidade, com todos os afetospresentes.

Termino com um grande obrigada a todas aspessoas que durantes estes anos contribuírampara a realização deste evento.”

Joaquina Costa

(Técnica de Desenvolvimento e IntervençãoSocial)

“A Feira É/SEMPRE foi um espaço de encontrocomunitário. Converte-se em momentos deaprendizagem, de empoderamento doscidadãos e cidadãs da Moita.

Promove oportunidades de encontro e derelações significativas entre os implicados, ummomento inovador entre crianças, jovens,famílias, docentes e comunidades.

Decorre de encontros à volta de uma“chama” que é a educação, a formação e obem-estar de todos. A feira é, na realidade,uma “chama” que tem força, poder e umcaminho já percorrido (pelos diversostrabalhos de projetos já desenvolvidos…) quenos conforta, dando-nos um testemunho decidadania ativa. Continuemos a alimentar a“chama”…!

Manuela Correia

(Educadora de Infância)

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“Ao longo destes 20 anos, algumas coisas forammudando, mas os principais objetivos queestiveram na origem e no processo organizativo daprimeira edição mantêm-se atuais.

Desde logo, a dimensão da festa e da animação,sempre renovadas a cada ano, pela inclusão denovos participantes ou pelas possibilidades decada um participar de modo diferente.

Este acontecimento sempre se afirmou comoespaço e momento de encontro, de partilha etroca, de reflexão e debate, de festa e animação,onde quem faz e interage se misturam.

Onde a diversidade de quem intervémquotidianamente nos domínios do ensino e daeducação, mas também da ação social e da culturaganha corpo e rostos concretos.

Onde se torna possível ganhar conhecimento econsciência, criar e desenvolver laços e ligaçõesentre diferentes atores e agentes educativos, queno seu quotidiano desenvolvem a sua atividade. Emomentos destes, contribuem certamente paraacrescentar sentido e inspiração para continuar, epor isso tendem a afirmar-se como momentosimportantes de realização de aprendizagenspessoais e coletivas.

De entre os objetivos formulados há 20 anosafirmava-se a intenção de contribuir para“desenvolver processos que se orientem nosentido da afirmação de uma identidade social,educativa e cultural à escala do concelho”. Hoje,torna-se evidente a “institucionalização” doevento, através da sua integração, não apenas naação e calendarização das atividades e projetos daautarquia, mas igualmente dos diferentes parceirosque vêm tornando possível a sua concretização.

A presença da diversidade das comunidadeseducativas do concelho, está nas organizaçõesconcretas que se fazem representar, nos modoscomo o fazem, nas interações construídas portodos os que participam, contribuindo deste modopara a criação de um conhecimento maisinformado (e desejavelmente mais crítico) dadiversidade de atores e contextos educativos, quediariamente vivem nos seus lugares físicos deorigem e pertença. Este acontecimento tendeassim a afirmar-se como elemento constitutivo econstrutivo desta identidade “social, educativa ecultural à escala do concelho”. Ao longo do tempo,o efeito inicial de “novidade” foi sendo substituídopelo aparecimento e consolidação de algumasrotinas, num processo que tende a repetirmetodologias e modos de fazer.

Para além de introduzir elementos de segurança eprevisibilidade, principalmente para quem assumeresponsabilidades na execução de tarefas eprocedimentos, tal tendência não deve contribuirpara ocultar a necessidade de acrescentarvitalidade e interesse a esta iniciativa.

Mas, estou também convicto que este eventocontém em si, nos modos como se organiza e seprojeta no futuro, elementos fundamentais quemelhor desenvolvam o que de tão importante jáfoi realizado. Mais do que iniciativa que seorganiza, para em seguida se disponibilizar àfruição de outros é processo e construçãocoletivos. E é nesse sentido que a renovação sepoderá afirmar.

Desde logo (e sobretudo) deve privilegiar-se adimensão democrática presente nos processos dasua organização. Quer pela valorização dotrabalho de parceria, como e fundamentalmentepela possibilidade de todos se fazeremrepresentar na comissão organizadora, porreferência à organização de pertença.

O "desenho" das próximas edições dependerá,como no passado, dos modos diferenciados comocada escola/agrupamento (e outras organizações eprojetos de intervenção na comunidade nodomínio educativo) se apropriar deste evento e ocolocar no conjunto e no contexto dos seusprojetos educativos e planos de atividades.Assumir uma posição de relativa expetativa epassividade em relação a outros (no quadro daestrutura organizativa atual) só poderá aprofundarrelações de dependência já existentes, nãopotencializando e desenvolvendo possibilidadesde abordagens mais críticas, eventualmente maiscentradas em reflexões mais internas sobre aprópria identidade de cadaescola/agrupamento/organização.

Nas relações de parceria que se estabeleceram, háque apostar no dinamismo de cada um e narelação que permanentemente se poderáreconstruir.

Perante constrangimentos ou limitaçõesidentificados há que contrapor e valorizar aspossibilidades, que o contexto e a realidade nosoferecem.

Chegar aqui foi bom…o futuro será, (comosempre) em grande parte o que quisermos eformos capazes.”

Rogério Palma

(Professor)

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TERTÚLIA EM PALMELA

Em Palmela realizamos mais uma tertúlia(6/4/2017) muito participada com maiores dePalmela, Setúbal e Quinta do Conde. Mais umavez levantarem-se uma serie de problemáticaspara refletir e pensar como as concretizar oulevar por diante… A saber, entre outras:reformas baixas; as Assembleias Municipaisdeviam ter mais espaço para ouvir os cidadãose cidadãs; falta de respostas para cuidadospaliativos; maior articulação entre asuniversidades Séniores; promover a felicidadee o gosto de ser velho; criar condições paraatividades intergeracionais.

TERTÚLIAS EM LARES/CENTROS DE DIA

Em parceria com Fátima Rodrigues da Cruz

Vermelha de Setúbal foram animadas várias

tertúlias para ouvirmos maiores que estão

institucionalizados. Fica aqui o resultado de

uma tertúlia…

2.º CONGRESSO DISTRITAL DA ANCIANIA

27 DE ABRIL DE 2017 – CINEMA CHARLOT –

AUDITÓRIO MUNICIPAL /SETÚBAL

Dinamizámos de novo tertúlias com os

maiores e realizámos o 2.º Congresso…um

caminho iniciado em 2014 e para continuar…é

a cidadania dos idosos e idosas que é fulcral…

Como uma imagem vale mais que mil palavras… aqui ficam evidências…

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TERTÚLIA EM VANICELOS – SETÚBAL …. PREOCUPAÇÕES…

Uma coisa que preocupa as pessoas de maisidade é a solidão, o medo da noite quandoestamos sózinhos, a sensação de insegurança.Era bom que pudessemos estar sempreligados a uma central de assistência.

As nossas famílias nem sempre estãopresentes, têm a sua vida. E o pior é quandoainda temos de cuidar dos nossoscompanheiros, não temos quem ajudedurante a noite. É muito triste e cansativo.Durante o dia é mais fácil, há o apoiodomiciliário, mas à noite não. Devia havermais apoios.

Os centros de dia ajudam a dar-nos maisqualidade de vida, conhecer novas pessoas,voltamos a encontrar amigos e pessoas quenão víamos há muito tempo, temos passeios eatividades, há pouco tempo até fizemos umfilme e foi muito divertido!

As conversas também são importantes, um diadestes vamos ter uma tertúlia com as nossasfamílias para falarmos das nossas ideias e doque nos preocupa. As relações familiares sãomuito importantes na vida de todos, masprincipalmente para nós, os mais velhos.

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BREVES

• O ICE passou a integrar dois grupos de trabalho temáticos:

1 – IN2SET: Envelhecimento Ativo e Qualidade de Vida. Parceiros: IPS de Setúbal, Cáritas Diocesanade setúbal, UDIPSS Setúbal, União das Misericórdias Portuguesas; ADREPES, Segurança Social.

2 – Educação para a Cidadania, no âmbito do Roteiro Cidadania e Igualdade promovido pelaANIMAR. Funcionará entre maio e julho de 2017 com a participação de diversas entidades,associações numa perspetiva de auscultação e organização de contributos para políticas territoriaisnesta área.

• O ICE participou na festa de aniversário do projeto de voluntariado Mãos Dadas com a dinâmicado grupo de teatro dos maiores com a orientação de Manuela Correia. Está em processo apreparação de uma peça de Teatro Infantil para PARTIRMOS para as escolas…

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O ICE (Instituto das Comunidades Educativas)participou, uma vez mais, nesta iniciativacomo parceiro de formação das Jornadas,através do seu centro de formaçãocomunidades educativas do CPDF (Centro deProfessores para o Desenvolvimento eFormação) com o Curso de Formação“Educação Ambiental para aSustentabilidade: Aprender fora de Portas”,contribuindo desta forma para partilharexperiências e reflexões sobre questõesrelacionadas com a Educação Ambiental paraa Sustentabilidade; alargar o conhecimentosobre as questões sócio ambientais atuais;promover experiências de aprendizagemativa em temas transversais; refletir sobre asimplicações pedagógicas de estratégias deensino-aprendizagem dentro e fora da sala deaula e realçar o papel das instituições, dasempresas, das ONGs e da sociedade civil naspolíticas locais.

Leonel Pires

XXIII JORNADAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A cidade de Guimarães foi palco das XXIIIJornadas Pedagógicas de EducaçãoAmbiental, entre os dias 24 e 26 de marçosubordinado ao tema “Ecocidadania”. Oencontro contou com diversas comunicaçõesorais, conferências, painéis, oficinas e saídasde campo e, foi organizado pela ASPEA emparceria com o Município de Guimarães.

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A École Citoyenne, ou Escola Cidadã, é umaassociação que tem por objectivo promover edesenvolver a aprendizagem da cidadania e dademocracia na comunidade, criada em 1998em Toulouse. Desenvolvemos acções para umdesenvolvimento sustentável da sociedade edos indivíduos que a compõem: em torno dequestões sociais, de condutas de risco, decomportamentos discriminatórios. Com aequipa de teatro fórum, trabalhamos para quea cidadania não seja apenas uma utopia, masque se enraíze numa realidade de terreno. AÉcole Citoyenne é portadora da filosofia doteatro do oprimido.

Sobre o Teatro do Oprimido: O teatrofórum, ou o teatro imagem, são formasoriginais para tomar a palavra que permitemencenar situações susceptíveis deproblematização e de complexidade, a debatercolectivamente.

Pequenas cenas, que apresentam uma situaçãoconflitual, são representadas uma primeira vezpelos actores profissionais. Então o joker, oucoringa – moderador ou animador da palavra -interroga o publico sobre os seus pontos devista e as suas propostas para intervir pararesolver a situação. O joker convida pessoas dopúblico a apresentar as suas propostas, vindoao palco substituir um dos actores, tomar olugar de um personagem para experimentar asua hipótese de solução. A cena pode serrepresentada tantas vezes quantas aspropostas do público e até chegar a propostaspara debater e encontrar saídas positivas.

A ESCOLA CIDADÃ, EM TOULOUSE Trata-se de uma associação que tem na suacomposição um conjunto de 10 artistas,essencialmente actores e palhaços. A ideia,retomada da filosofia do Teatro do Oprimido,é utilizar a linguagem artística para promovera participação e a transformação social, ouseja, permitir o debate, a reflexão, discussãoe, muito importante, a experimentação. Nestesentido, face às situações encenadas, a ideianão é apresentar uma mensagem de soluçãoou as "condutas ajustadas", mas permitir apartilha de saberes, práticas, astúcias, pontosde vista.

Através desta partilha, promove-se uma

abertura de horizontes, o alívio para

contrariar a individualização dos problemas,

tantas vezes vividos na esfera privada, familiar

(por exemplo a relação aos ecrãs - telemóveis,

jogos de vídeo, redes sociais - sexualidade,

discriminação, questões de parentalidade,

etc.).

O meu trabalho, enquanto mediadora

sociocultural, é o de permitir uma ancoragem

no terreno, nos territórios prioritários, para

que as intervenções artísticas de carácter mais

pontual, se inscrevam numa dinâmica de

trabalho comunitário que desenvolvo com as

populações e as organizações locais -

associações, estruturas educativas, programas

de renovação urbana. Além disso, todas as

peças elaboradas devem ser precedidas de um

conjunto de conversas com o público

potencial para recolher as suas vivências e

problemáticas relativamente ao tema, para

que a peça tenha pertinência face ao vivido

pelas pessoas.

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Criámos uma peça sobre a educação

multicultural: um casal em que um elemento é

crente, outro não. Gestão de escolhas

educativas, da alimentação e do vestuário.

Preparamos actualmente uma peça sobre a

transmissão. O que uma geração passa aos

filhos? Passa-se em torno de um churrasco em

que pai e filhos discutem receita, as brasas, a

cosedura, etc. Esta peça também resulta do

facto que queremos introduzir a discussão

sobre o lugar do pai na educação dos filhos.

Junto algumas fotografias para verem umpouco o que dá o nosso trabalho, estas sãosobre uma intervenção clownesca sobre arenovação urbana: convivência com vizinhos,espaços privados, espaços colectivos, etc.

As populações com que trabalhamos sãocaldos multiculturais. Temos uma maioria depessoas oriundas de Marrocos, Argélia, mastambém há muitos "franceses", pessoasoriundas de Egipto, Tunísia, Portugal,Espanha, Haiti, ilhas francesas de Guadalupe,da Reunião, etc. Quanto a esta dimensão,elaborámos por exemplo uma peça pelo natalpara questionar, por um lado a gestão dasprendas/consumo, mas igualmente o que é onatal quando não se é católico.

Irene Santos

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MANIFESTO POR UM FUTURO SOLIDÁRIO

FASE – Fórum Ambiental, Social e Económico

1. No mundo atual, onde vivem 7,5 mil milhões de seres humanos, aos persistentes problemas dapobreza, das desigualdades económicas, sociais e culturais e aos conflitos que ameaçam a paz e asegurança internacionais, juntam-se enormes riscos ambientais que ameaçam esta casa comumque é o nosso planeta.

Apesar das enormes potencialidades dos avanços científicos e tecnológicos, as políticasneoliberais generalizaram o desemprego e a precariedade laboral, promoveram a exploraçãoincontrolada dos recursos naturais e uma crescente concentração de riqueza, condenandocentenas de milhões à pobreza e à fome, à doença e à morte prematura, multiplicando osdesastres ecológicos e as guerras.

Um por cento da humanidade tem hoje mais riqueza que os restantes 99 por cento e oitomultimilionários acumulam mais riqueza que a metade mais pobre da população mundial.

As crises económica, social e ambiental que estamos a sofrer são apenas diferentesmanifestações de uma mesma crise que destrói seres humanos e a terra onde todos vivemos.

2. Portugal não é exceção neste mundo de desigualdades. No nosso país, aos efeitos da crise docapitalismo global somam-se problemas e fragilidades estruturais e os constrangimentosresultantes da enorme dívida pública e externa, da União Económica e Monetária e das políticasausteritárias de uma União Europeia em crise, que impedem um desenvolvimento pleno do nossopaís.

Apesar da solução política que suporta a atual governação ter feito um corte positivo com aausteridade destrutiva, enfrentar estes constrangimentos e abrir perspetivas consistentes demelhoria para o presente e para o futuro, constitui um desafio que exige, além do concurso dospartidos e das instituições políticas, a mobilização informada e esclarecida da cidadania e doconjunto das organizações sociais.

As dinâmicas contraditórias da globalização, as encruzilhadas e os problemas do país à escalanacional, regional e local levam-nos a colocar no centro do debate a crítica do capitalismocontemporâneo e do atual modelo económico, a procura de soluções alternativas para umasociedade sustentável mais justa e mais democrática e a ação coletiva das cidadãs e cidadãos quequerem juntar forças, ideias e vontades e se inspiram na carta de princípios e no lema do FórumSocial Mundial -“Um outro mundo é possível”.

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3. Defendemos que a economia deve subordinar-se à construção de uma sociedade mais justa,menos desigual e mais sustentável, na qual a depredação dos recursos naturais e o consumo decombustíveis fósseis sejam progressivamente substituídos pela utilização generalizada e eficientedas energias renováveis, pela reutilização e reciclagem e pela defesa e gestão coletiva dos benscomuns.

Questionamos o atual modelo de crescimento e queremos debater caminhos alternativos queassegurem a melhoria das condições materiais de existência, recusando o consumo desenfreado eo desperdício, e que garantam uma mais justa distribuição da riqueza e a valorização do trabalhocom direitos.

Queremos dinamizar e aprofundar debates sobre o nosso tempo e o nosso futuro. Estamosconvictos de que fazemos mais e melhor trabalhando de forma coletiva e organizada, assumindoas utopias enquanto alavancas para a construção de uma alternativa de sociedade sustentável edemocrática, fortalecendo os mecanismos da democracia representativa e de outras formas departicipação cidadã, associativa, comunitária e de democracia direta.

Propomo-nos contribuir para estes objetivos através da constituição de um movimento decidadãs e cidadãos, de associações, movimentos sociais e organizações não-governamentais, quese reconheçam nesta declaração comum e que manifestem a vontade de debater e trabalhar emcomum na luta contra as desigualdades e a pobreza e para mudar a direção do nosso caminhocoletivo no sentido de políticas de desenvolvimento sustentáveis que evitem a catástrofe social eambiental. Esse movimento é o Fórum Ambiental, Social e Económico (FASE).

4. Os signatários entendem o FASE como um processo, um movimento e uma rede alargada dedebate, partilha de experiências, cooperação e construção de propostas e de ação coletiva, abertoà participação e adesão quer individual quer de organizações sociais. Para isso, o FASE irá promoverfóruns temáticos, regionais e locais, em articulação com outras redes e iniciativas cidadãs.

O FASE espera contar com os contributos e experiências do movimento sindical e de outrosmovimentos sociais (ecologista, feminista, LGBT, de migrantes, etc.), de iniciativas e organizaçõesnos domínios do desenvolvimento local, da economia social e solidária, dos modelos degovernação e cogestão pública, do comércio justo, da gestão dos bens comuns e de outrasexperiências alternativas.

Como primeira grande iniciativa, os signatários decidem convocar uma Assembleia Magna doFórum Ambiental, Social e Económico, a ter lugar nos próximos dias 27 e 28 de maio, em Lisboa,aberto a todas as cidadãs e cidadãos e organizações sociais interessados. Constituindo-se como umespaço participativo de reflexão sobre os novos desafios e objetivos convergentes das causassociais e ambientais, pretende-se que contribua para uma agenda política progressista e para umprojeto de futuro que envolva e mobilize a cidadania e confronte positivamente os poderesestabelecidos. O processo de preparação desta Assembleia Magna envolverá a realização de fórunse encontros locais que favoreçam uma ampla participação.

Fevereiro de 2017.

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CADERNO ICE N.º 10

EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E AÇÃO

LOCAL COMUNITÁRIA

ÍNDICE

• APRESENTAÇÃOFernando Ilídio Ferreira, Germán Vargas Callejas eOrlando FreitasPARTE I - PERSPETIVAS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS• PERSPETIVAS DO DESENVOLVIMENTO LOCAL E

COMUNITÁRIO: DESENVOLVIMENTO ALTERNATIVO EALTERNATIVAS AO DESENVOLVIMENTO

João Caramelo e Fernando Ilídio Ferreira• EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SUSTENTABILIDADE

AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SOCIAL:REFERENTES TEÓRICOS, PERSPETIVAS DEINTERVENÇÃO

Paulo Delgado, Luís Rothes e Lídia Mota• VISIONES ACTUALES DE LA ACCIÓN COMUNITARIA

EN LAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE BIENESTAR: RETOSPARA LOS SERVICIOS SOCIALES EN ESPAÑA

Laura Varela Crespo• EDUCAÇÃO, COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO:

DESAFIAR AS FRONTEIRAS E APRENDER A ESCUTARO SUL

Júlio Gonçalves dos Santos• CONTRIBUTOS PARA PENSAR A RELAÇÃO ENTRE

EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO NO MUNDORURAL

Fernando Ilídio Ferreira e João Caramelo• “SE NÃO SABE, PORQUE É QUE PERGUNTA?”Irene SantosPARTE II - ESTUDOS, PROJETOS E PROPOSTAS• EL DESARROLLO SOSTENIBLE Y LOCAL EN LAS

COMUNIDADES INDÍGENAS DE LOS ANDES, UNENFOQUE EDUCATIVO Y SOCIAL

Germán Vargas Callejas• COMUNIDADES UNIVERSITARIAS EN TRANSICIÓN. EL

CASO DEL PROGRAMA USC EN TRANSICIÓNLucia Iglesias da Cunha e Miguel Pardellas Santiago• ASSOCIAÇÕES E INICIATIVAS DE DESENVOLVIMENTO

LOCAL: O PROJETO “À DESCOBERTA DO MUNDORURAL”

Joana Lúcio, Orlando Freitas e Fernando Ilídio Ferreira• PATRIMONIO, EDUCACIÓN CULTURAL Y

DESARROLLO LOCAL. UN PROYECTOSOCIOCULTURAL EN BUÑO, PUEBLO ALFARERO

Héctor Pose• ESCOLA E INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA:

INTERGERACIONALIDADE, EDUCAÇÃO EDESENVOLVIMENTO SOCIAL LOCAL

Abílio AmiguinhoCOMUNIDADES DE APRENDIZAJE: DE LATRANSFORMACIÓN EDUCATIVA A LATRANSFORMACIÓN SOCIALSandra Girbes Peco y Rosa Valls Carol• PROFISSIONAIS DE INTERVENÇÃO EM REDE: UM

ESTUDO SOBRE TRÊS EXPERIÊNCIAS DE REDESSOCIAIS

Daniela Gomes e Ana Paula Marques

DISPONÍVEL!!!

Preço: 12,50€ *

Disponível para venda na Sede do ICE

* Este valor não inclui portes de envio

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Morada:

Rua do Moinho, nº 1 - R/C - D11, Bairro da Bela Vista,

2910-614 Setúbal

Coordenadas GPS:

38.521673, -8.865575

Link para localização:

http://goo.gl/maps/1ewnR

Tel: 265 783 006

Correio eletrónico:

[email protected]

Website:

http://www.iceweb.org/

O ICE - Instituto das Comunidades Educativas - é umaassociação de âmbito nacional, de utilidade pública semfins lucrativos, com o estatuto de ONGD e sede emSetúbal.

Constituído a 15 de Julho de 1992, é o resultado daconfluência de projetos de intervenção e do envolvimentoe articulação de autarquias, instituições académicas,personalidades ligadas à cultura e educação e diferentesONG's.

Tem como finalidades a organização, gestão, animação eapoio a projetos de intervenção, investigação edesenvolvimento, no âmbito educativo, cultural, social eeconómico.

Ao longo da sua existência tem desenvolvido projetosapoiados por programas de financiamento europeus(GRUNDVIG, SOCRATES, EQUAL, POEFDS) e nacionais(LUTA CONTRA A POBREZA, SER CRIANÇA, SIQE) a maioriados quais como entidade interlocutora/promotora.

As investigações que conduz traduzem-se já numsignificativo número de publicações com contributos nodomínio da formação, da educação, do desenvolvimentolocal e da animação comunitária.

Anima várias redes de parceria onde se acham implicadasautarquias, coletividades, associações, escolas,universidades e serviços públicos. Cerca de 80% do seuvolume de trabalho é assegurado em regime devoluntariado.

Adota como princípios e traços de especificidade:

• Elege, como objeto privilegiado de intervenção, acomunidade local, na perspectiva da sua afirmação edesenvolvimento.

• Estrutura da sociedade civil, o ICE define como principalobjetivo e razão de ser o combate contra a exclusãosocial, promove a cultura educativa e odesenvolvimento integrado local em Portugal -combate a que se associa a solidariedade de princípiocom as problemáticas do desenvolvimento e educaçãodos países de língua oficial portuguesa, bem como ointercâmbio e a articulação com projetos e instituiçõesde desenvolvimento local e educativo da Europa.

• Trabalha a dimensão educativa, enquanto vertente deum desenvolvimento que só pode ser integrado esistémico. E entende como dimensão educativa osníveis de educação formal, não formal e informal,considerados na sua interdependência mas também nasua autonomia relativa.

• Assume o reconhecimento e a recuperação dadiferença que a diversidade implica.

“Dar espaço ao local, tempo à sua afirmação, poder ao seu poder…”

Aos Sócios e Amigos do ICE

APOIAR FINANCEIRAMENTE O

ICE SEM GASTAR UM CÊNTIMO!!!

Basta, para o efeito, aquando dadeclaração de rendimentos IRS,preencher no Anexo H - Quadro 9(Consignação de 0,5% do ImpostoLiquidado) - Campo 901 -indicando oNIPC da nossa associação: 502827564