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Apresentção:Eduardo Cacere
Comissão Nacional de Ritual e Liturgia
SUPREMO CONSELHO DA ORDEM DEMOLAY PARA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Nosso Ritual
Seu Simbolismo e Significado
“Porque fazemos o que fazemos, quando
fazemos”
Tio Dave Compton
• David Spencer Compton vive em
Seattle, Washington, no Estados
Unidos. É Membro Ativo (Classe I)
do DeMolay International, sendo
considerado uma das maiores
autoridades mundiais sobre o
Ritual da Ordem DeMolay.
• Atualmente está numa casa de
repouso devido a idade e
debilitação.
Vale lembrar: -Tio Dave, não teve contato direto com Frank Sherman Land, sendo que nasceu em 1948. -Seu estudo foi baseado na maçonaria, na história e no conhecimento de pessoas que conheceram Dad Land.
O q
ue
sig
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ica
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ala
vra
A palavra “Ritual” é um
substantivo latino derivado de
“ritualis”. “Ritus” é a palavra
latina para rito e “alis” é a palavra
latina que denota o conteúdo
(relacionado a ou empregado
durante) um rito.
Uma ordem prescrita para se executar
rituais ou cerimônias. Um procedimento
seguido regularmente.
Ritual pode ser definido como:
Ritual? Um livro contendo os ritos ou formas
cerimoniais a serem observadas por
uma organização.
Qualquer prática feita ou repetida
regularmente de uma maneira
estabelecida e precisa, de modo a
satisfazer nosso senso de propriedade
e que se sinta que tenha um
significado simbólico ou quase
simbólico.
A forma verbal de uma cerimônia ou
rito.
O ato de executar uma cerimônia ou rito.
Para trazer novos membros para a Ordem DeMolay; para honrar as
pessoas; para preparar o Capítulo para conduzir os trabalhos; para
substituir os Oficiais do Capítulo; para deixar uma impressão
duradoura da Ordem na mentes dos DeMolays, Consultores,
Maçons, pais e do público em geral.
O Ritual da Ordem DeMolay é usado pelas seguintes razões:
Um “Ritualista” é então:
1. Alguém que seja hábil na prática regular de cerimônias ritualísticas ou ritos.
2. Alguém que estude os significados de rituais, ritos e cerimônias – tanto palavras
quanto procedimentos.
3. Alguém que apoie ou pratique o uso de rituais.
tem um Ritual? P
or
qu
e a
Ord
em D
eMo
lay
No início, a palavra que guiava a Ordem DeMolay
não era “ritual”. Era “beisebol”. O novo clube
tinha quase 6 meses de idade antes que a ideia de se
ter uma série de cerimônias iniciasse um conjunto
de valores que o clube promoveria e uma crença
moral para seus membros vivenciarem.
Então, por que após um início bem sucedido como
um clube, foi determinado que a Ordem DeMolay
precisava de um sistema de valores e um conjunto
de cerimônias e ritos para explicar e exemplificar
esses valores?
A melhor explicação para o motivo pelo qual
DeMolay tem um ritual pode ser encontrada no
livro fundamental sobre Frank Land e a Ordem
DeMolay, “Hi, Dad!”, no Capítulo 4 - “Eu Assim
Prometo e Juro”, começando na página 38
Frank A. Marshal
Frank Sherman Land
(...) “Da reunião de organização em março de 1919 até meados do verão, o novo clube
DeMolay cresceu com um time de beisebol campeão, liderado por Louis Lower como
pitcher e Ray Hedrick como catcher. Havia atividades sociais, projetos de serviços, planos
de formação de uma banda, uma patrulha, um corpo de tambores e outro de bandeiras.
Mas Land não estava satisfeito. Seu clube precisava de algo mais.”
Então, certa noite no Templo do Rito Escocês, ele viu seu amigo Frank Marshall, e sabia
que ele tinha achado a solução.
“Temos um problema a ser resolvido e é aí que você entra. Eu estive pensando em
dar alguma coisa ao nosso clube como qualidade distintiva e acho que já sei o
que. Frank (Marshall), eu quero que você escreva um ritual para o Conselho
DeMolay.”
“Tudo está em criação e ainda não muito claro. Para mim, deveria haver duas
partes, ou seções, dois graus. Os romanos, como você sabe, tinham uma cerimônia
para quando o jovem vestia a toga da maioridade. Nos dias do Rei Arthur, o
escudeiro tinha que passar uma noite em reflexão e dedicação antes de receber o
toque de uma espada nos seus ombros e entrar para a cavalaria. Talvez uma das
seções possa ser assim. Dramatizar os anos do jovem enquanto cresce para
cumprir um sonho – um tipo de coroa – uma Coroa da Juventude. Atualmente,
estamos perdendo nossos velhos valores e eles devem ser mantidos.” (...)
Trechos do Hi, Dad.
Então, no início da Ordem DeMolay, um ritual foi escrito para principiar sua
marcha através dos tempos.
Claramente, Frank Land foi guiado por sua própria experiência de vida.
Três fatores principais foram guias para Frank Land:
Amor e Serviço a Deus, Amor e Serviço aos Pais (Lar) e Amor e
Serviço à Pátria.
Seguindo a visão de Frank Land e as palavras inspiradas de Frank Marshall, o ritual
DeMolay foi criado para alcançar o seguinte:
- Fornecer uma ligação comum entre todos os membros, em que não importa
onde um membro vá, ele estará à vontade e “se sentirá em casa.”
- Dar forma à organização, que os membros posam usar para conduzir
trabalhos e ritos.
- Lembrar todos os membros de nossos ensinamentos e valores.
- Afirmar a todos os Maçons e membros da Família Maçônica, pais, convidados
e publico em geral que a Ordem DeMolay apoia e sua missão com os jovens.
- Propiciar uma iniciação impressionante e cheia de significado e uma
apresentação à Ordem DeMolay.
O que é o Ritual DeMolay?
O Ritual foi escrito por Frank Marshall, baseado em um
esboço do que ele deveria conter, feito por Frank Land. A
encenação do Grau DeMolay foi ideia de Marshall e veio
como uma agradável surpresa a Land. Naquela primeira
noite após Land explicar a Marshall suas ideias sobre o
ritual, Marshall escreveu os Graus Iniciático e DeMolay
e seus juramentos. Após Land ter revisado e aprovado
seus esforços iniciais, Marshall deu sequência
escrevendo as cerimônias de Abertura e
Encerramento e a Cerimônia das Nove Horas.
- As “Cerimônias Públicas” são publicadas
no Monitor de Cerimônias Públicas.
- As cerimônias “Secretas” são publicadas no
Ritual dos Trabalhos Secretos.
O DeMolay Internacional publica as cerimônias DeMolay em dois livros:
A S
imbolo
gia
do
Ritual DeMolay
Sala Capitular no DeMolay Floorwork Simulator
Tanto o Tio Frank Marshall, o autor do ritual,
quanto o Tio Frank Land, o fundador da
Ordem, eram Mestres Maçons e membros
ativos do Rito de York e Escocês Antigo e
Aceito. Tio Marshall era muito envolvido com
o trabalho nos graus do Rito Escocês e
também era crítico do Kansas City Star, o
jornal local. O ritual da Maçonaria, em geral,
é construído sobre símbolos e alegorias. O
mais notável dos símbolos é o Templo do
Rei Salomão e sua construção. Outros
simbolismos maçônicos podem ser
encontrados em suas referências à natureza e
à vida humana. A razão pela qual a Maçonaria
usa símbolos é por eles serem ferramentas
contínuas para instrução e lembranças sempre
presentes dos princípios e ensinamentos da
Maçonaria. Resumindo, o simbolismo é
uma forma de instruir os membros sobre a
sua organização sem a necessidade da
pregação direta.
1. O Leste
O Capítulo está situado de Leste para Oeste,
porque no mundo antigo o Oriente era fonte
de Sabedoria e tolerância enquanto o
Ocidente vivia uma aura de ignorância e
brutalidade. Assim, o progresso veio de
Leste para o Oeste e assim está orientada a
Sala Capitular. O Mestre Conselheiro, se
senta no Leste, símbolo do Sol Nascente.
Para os antigos, o Sol era o símbolo da
doação da vida e do poder da Divindade. A
Luz era a causa da vida e Deus era a fonte de
onde toda a luz fluía. O Sol era a
manifestação e a imagem visível de Deus.
2. Canto Nordeste
Quando a pedra fundamental de
um edifício é lançada, a primeira
pedra é colocada naquele que será
o canto nordeste do mesmo. Diz-
se que a força fundamental do
edifício depende da força de sua
fundação. O simbolismo da
“fundação” é levado além no
Capítulo DeMolay.
3. Altar
No centro do Templo do Rei
Salomão ficava o Santo dos Santos.
(Sanctum Sanctorum). Nesse local
ficava a Arca da Aliança, que
continha as duas tábuas de pedra
sobre as quais Deus escreveu seus
Dez Mandamentos. Para a fé
judaica, essas tábuas eram a Lei de
Deus e a regra e guia para todos os
seus empreendimentos. O Altar
representa o Santo dos Santos. A
Palavra de Deus é colocada sobre
o Altar para regular e guiar todas
as nossas ações.
4. Círculo das Sete Velas
Iluminando o Santo dos Santos ficava
um candelabro com sete (7) velas,
representando os sete planetas
conhecidos (a Lua, Mercúrio, Vênus,
o Sol, Marte, Júpiter e Saturno). No
Altar DeMolay a Sele Luzes se
erguem para simbolizar seus sete
princípios, e são colocadas a vista
lembrando a todos de seus deveres.
As sete (7) velas da Ordem DeMolay
são colocadas “ao redor” do Altar
como para nos guiar na condução
de nossas vidas.
5. Círculo
Desde tempos imemoriais, o círculo é um símbolo de força. Ele não tem pontos fracos, não tem início nem fim. Também é visto como um símbolo do universo ou do mundo em que vivemos. O círculo é visto como como um instrumento para circunscrever nossas ações. O círculo é um dos grandes símbolos DeMolay
6. Livros de Nossa Fé
Nenhum Capítulo DeMolay é completo sem que a Palavra de Deus
repouse, aberta, sobre o Altar. Quando a Ordem começou, o
Cristianismo era a religião predominante nos Estados Unidos; por
isso a Bíblia Sagrada foi usada para representar a Palavra de Deus.
No entanto, isso não significa que a Ordem DeMolay seja uma
organização Cristã. O Livro Sagrado usado sobre o Altar pode ser
qualquer livro que represente a fé dos membros do Capítulo.
7. Triângulo Para a Ordem DeMolay, o
simbolismo do triângulo é
principalmente aquele da
perfeição: é uma recordação
ao DeMolay para que
confirme, guie e apoie os
ensinamentos da Ordem em
sua vida diária.
Tais ensinamentos podem ser resumidos
como Amor a Deus, Amor ao Lar e Amor à
Pátria. Daí um DeMolay pode trazer
sabedoria, força e harmonia a sua vida.
8. Posição DeMolay na Oração Na primeira vez que o clube executou
o ritual, assim como o Tio Land,
também o Tio Marshall e os
DeMolays originais trabalharam nos
detalhes de movimentação de solo;
surgiu a questão de como os
DeMolays deveriam se ajoelhar para
as orações. Uma pintura de George
Washington ajoelhado em oração em
Valley Forge estava pendurada na
parede da sala em que eles estavam
reunidos. Apontando para a figura,
Tio Land sugeriu que os DeMolays se
ajoelhassem da mesma maneira.
9. Cruzando entre o Altar e o Leste Quando a Bíblia está aberta sobre o Altar, a mão guia da Divina
Providência está dentro do Capítulo. Como o líder do grupo, o Mestre
Conselheiro, no Leste, conta com a ajuda de Deus para auxiliá-lo em
seu trabalho. Simbolicamente, há um fluxo de influência da Palavra
de Deus ao Leste e ao Mestre Conselheiro. Quando alguém passa
entre o Altar e o Leste, esse fluxo de influência e inspiração é
quebrado. Assim, para não interromper essa relação entre Deus e o
Mestre Conselheiro, ninguém deve cruzar entre o Altar e o Leste
10. Velas, Bíblia Sagrada, Livros Escolares
Para um DeMolay ler a Palavra de Deus
ou adquirir conhecimento, primeiramente
ele deve ter luz. Assim, ao abrir uma
reunião ou cerimônia, devemos primeiro
acender as sete (7) velas. Uma vez que o
DeMolay tenha a luz, a primeira coisa
que ele faz é reconhecer seu dever para
com seu Deus e Seus ensinamentos,
abrindo a Palavra Sagrada, que agora
ele pode ler e aprender, devido à luz das
velas. E ao reconhecer a primazia de seu
Deus, ele passa ao conhecimento terreno,
representado pelos livros escolares.
Assim, na abertura, a sequência é velas, Palavra Sagrada e livros escolares.
11. Movimentos de Solo O sol nasce no leste, está em seu ponto
mais alto ao meio-dia, ou sul, se põe no
oeste, e passa a noite na escuridão, ou o
norte. Como na passagem da vida – a
manhã da vida – nascimento e infância
(leste), o meio-dia da vida – juventude
(sul), os últimos anos da vida – meia
idade e velhice (oeste), e o fim da vida
ou a morte (norte). Então, mais uma
vez, a menos que seja expressamente
exigido pelo ritual, os movimentos de
solo são sempre do Leste para o Sul,
daí para o Oeste e Norte, retornando
ao Leste.
12. Números Na Ordem DeMolay os números 3 e 7 são particularmente importantes.
Há três Conselheiros, cujos postos são elevados acima do nível do solo
do Capítulo por um, dois e três degraus; os ensinamentos da Ordem são
encontrados em três pontos – o juramento do Grau Iniciático, o
juramento do Grau DeMolay e as 7 virtudes; há três partes do dia –
manhã, tarde e noite; há três partes da vida humana – juventude,
maturidade e velhice; há três partes da juventude – bebê, criança, jovem.
Três é o número de princípios em que os juramentos e preceitos podem
ser resumidos – amor a Deus, amor ao lar, amor à pátria. Três é o
número de partes do sinal do Grau Iniciático – marcha, sinal e
testemunho. Sete é o número de virtudes cardeais ou preceitos da
Ordem.
13. Dúvidas
Obrigado !
Comissão Nacional de Ritual e Liturgia SUPREMO CONSELHO DA ORDEM DEMOLAY PARA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL