Aprovar Ano06 Livro04 High

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Por dentro da UEA

ndiceQUMICAFunes inorgnicas .................................... Pg. 03(aula 31)

esta apostila do Aprovar, voc ir saber como a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) faz para vencer as distncias e as dificuldades de logstica caractersticas da regio amaznica e estar presente em todos os 62 municpios do Estado. A UEA utiliza uma ferramenta denominada Sistema Presencial Mediado - uma plataforma tecnolgica moderna e dinmica que permite a transmisso de aulas de cursos de graduao, psgraduao e projetos especiais, como o Aprovar.

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QUMICAFunes inorgnicas II ................................ Pg. 05(aula 32)

HISTRIAAmaznia imperial ...................................... Pg. 07(aula 33)

No total, por este sistema, a UEA j formou mais de 16 mil professores da rede pblica de ensino em todos os 62 municpios amazonenses, tendo graduado, nos ltimos oito anos, um total de mais de 20 mil alunos. O sistema j foi utilizado com sucesso em dois cursos de graduao e um de ps-graduao: Cincia Poltica, encerrado em 2007, Programa de Formao e Valorizao de Profissionais da Educao (Proformar), encerrado em 2008, e na Especializao em Gesto Escolar, encerrado em 2008. Atualmente, vem sendo utilizado no curso de Especializao em Educao Matemtica, com 120 alunos em 12 municpios do interior. E em trs cursos de graduao: Licenciatura em Matemtica, com 1.200 alunos matriculados, distribudos em 16 municpios do interior; Tecnologia em Anlise e Desenvolvimento de Sistemas, com 380 alunos, em 12 municpios; e Educao Fsica, com 832 alunos, em 16 municpios do interior. Esta mesma ferramenta tambm utilizada na transmisso das aulas do Aprovar, que alm de oferecer esta apostila como material de apoio didtico, veicula, de segunda a sexta-feira, durante uma hora, aulas pela televiso e pelo rdio. O Sistema Presencial Mediado da Universidade do Estado do Amazonas Adquiriu recentemente uma nova plataforma tecnolgica, que permite maior interatividade entre professores e alunos, por meio de modernos recursos tecnolgicos como tele e videoconferncias. A nova plataforma entrou em operao e tem 69 pontos instalados, nos 62 municpios do Estado. Isso significa uma ampliao de capacidade para um mximo de 690 salas transmitindo e recebendo informaes simultaneamente por meio da internet e outros recursos tecnolgicos de comunicao. O novo sistema possibilita a transmisso de dados, som e imagem com qualidade digital. Neste Vestibular 2009, a Universidade do Estado do Amazonas est oferecendo, por meio do Sistema Presencial, mais um curso novo. Trata-se do curso de Cincias Econmicas, que ter turmas nos seguintes municpios: Itacoatiara, Parintins, Tabatinga, Tef, Lbrea, Boca de Acre, Carauari, Coari, Eirunep, Humait, Manacapuru, Manicor, Maus, Presidente Figueiredo e So Gabriel da Cachoeira. O curso de Licenciatura em Matemtica, que j vinha sendo oferecido por meio do Sistema em 12 municpios, tambm ganhar turmas novas, a partir deste Vestibular 2009, em mais 19 municpios: Anori, Apu, Barcelos, Beruri, Borba, Codajs, Fonte Boa, Iranduba, Itamarati, Itapiranga, Japur, Juru, Juta, Mara, Novo Airo, Novo Aripuan, So Paulo de Olivena, Tapau, Uarini. Tambm oferecido por meio do sistema de educao a distncia, o curso de Licenciatura Intercultural Indgena integra a gama de programas arrojados que vm sendo executados pelo Governo do Estado, tendo em vista a universalizao do ensino superior. Voc saber mais sobre este curso na prxima apostila do Aprovar. At 2014, estaro sendo ofertados mais cursos em parceria com programas do Ministrio da Educao (MEC), com o Governo do Estado, via Secretaria de Educao e Qualidade do Ensino (SEDUC) e por meio da Secretaria de Segurana Pblica (SSP).

HISTRIARepublica velha (1889 1930) ................. Pg. 09(aula 34)

GEOGRAFIAA evoluo do capitalismo ........................ Pg. 11(aula 35)

FSICAMovimentos circulares ............................. Pg. 13(aula 36)

MATEMTICAFuno exponencial .................................... Pg. 15(aula 37)

MATEMTICAMatrizes e suas aplicaes ....................... Pg. 17(aula 38)

BIOLOGIACitologia II .................................................. Pg. 19(aula 39)

BIOLOGIABioenergtica ............................................. Pg. 21(aula 40)

Programao Aprovar 2009 ...................... Pg. 23 Referncias bibliogrficas ........................ Pg. 24

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QumicaProfessor Pedro CAMPELOAula 31

Funes inorgnicasSo grupos de compostos inorgnicos que apresentam propriedades semelhantes. Podemos dividir em quatro grupos ou funes: a) cidos b) Bases c) Sais d) xidos 1.1. Identificao a) cido: H____ (inicia a frmula com H, exceto a gua) b) Base: ____OH(termina a frmula com OH) c) Sal: ___ ___(no inicia com H nem termina com OH) d) xido: ___O( formado por dois elementos, sendo o ltimo o O) Obs.: Essa uma maneira bem simples para identificar as funes inicialmente, as definies mais detalhadas sero apresentadas mais adiante. 2. CIDO 2.1. Introduo Funo cido consiste das seguintes substncias: cidos slfurico, H2SO4; cido ntrico, HNO3; cido clordrico, HCl; cido sulfdrico, H2S. Todos esses cidos possuem, em sua estrutura qumica, o elemento hidrognio combinado com um ametal (Cl, S) ou com um radical negativo (SO4-2, NO3). Podese, assim, definir essa funo da seguinte maneira: Funo cido o grupo de compostos que em soluo aquosa se ionizam, produzindo o ction hidrognio como on positivo.(Definio de Arrhenius). Os cidos apresentam as propriedades relacionados abaixo: Tm sabor azedo. O limo por exemplo, azedo porque contm cidos do ctrico. Conduzem bem a eletricidade quando a soluo. Por exemplo, para realizar a eletrlise (ou quebra de molcula por corrente eltrica) da gua, fazse passar uma corrente eltrica por uma poro de gua acidulada, pois a gua pura no boa condutora de eletricidade. Alteram a cor dos indicadores. (Indicadores so substncias que tm a propriedade de mudar de cor; essa mudana de cor indica o carter cido ou bsico da soluo). Por exemplo, a fenolftalena vermelha se torna incolor quando a ela acrescentado um cido; o papel de tornassol azul fica vermelho quando mergulhado em cido. Reagem com os hidrxido (bases), produzindo sal e gua. O cido clordrico, por exemplo, reage com o hidrxido de sdio (soda custica), formando cloreto de sdio e gua. Assim: HCl + NaOH NaCl + H2Ocido + Base Sal + gua

2.2. Definio cido, segundo Arrhenius (1887), toda substncia que, em soluo aquosa, libera nica e exclusivamente os ons H+ . Um exemplo o cido clordrico, de frmula HCl: HCl H+ + Cl Alguns anos mais tarde, em 1923, Brnsted e Lowry propuseram a ideia de que cido uma substncia que pode ceder prtons (ions H+). Esta ltima definio, generaliza a teoria de cidos de Arrhenius. A teoria de Brnsted e Lowry de cidos tambm serve para dissolues no aquosas; as duas teorias so muito parecidas na definio de cido, mas a de BrnstedLowry muito mais geral. Lewis em 1923 ampliou ainda mais a definio de cidos, teoria que no obteve repercusso at alguns anos mais tarde. Segundo a teora de Lewis um cido aquela espcie qumica que, em qualquer meio, pode aceitar um par de eltrons. Desta forma incluem-se substncias que se comportam como cidos, mas no cumprem a definio de Brnsted e Lowry, sendo denominadas cidos de Lewis. Visto que o prton, segundo esta definio, um cido de Lewis ( tem vazio o orbital 1s, onde pode alojar-se o par de eltrons ), pode-se afirmar que todos os cidos de Brnsted-Lowry so cidos de Lewis, e todos os cidos de Arrhenius so de Brnsted-Lowry. Exemplos de cidos de Brnsted e Lowry: HCl, HNO3, H3PO4 se doarem o H+ durante a reao. Se estiverem em soluo aquosa tambm so cidos de Arrhenius. Exemplos de cidos de Lewis: Ag+, AlCl3, CO2, SO3 se receberem par de eltrons 2.3. Classificao Os cidos podem ser classificados em dois grupos: hidrcidos e oxicidos. Hidrcidos: Observe a frmula dos seguintes cidos: cido ioddrico, HI; cido sulfdrico, H2S ; cido clordrico,HCl. Observe que esses cidos no possuem tomos de oxignio. Os hidrcidos so, portanto, os cidos que no possuem oxignio em sua frmula. Oxicidos: Considere agora os seguintes cidos: cido carbnico, H2CO3;

cido sulfuroso, H2SO3; cido sulfrico, H2SO4; cido nitroso, HNO2; cido ntrico, HNO3. Como voc pode percebe, esses cidos apresentam tomos de oxignio. Os oxicidos so, portanto, cidos que possuem oxignio em sua frmula. 2.4. Equao de ionizao Os cidos so compostos moleculares, ou seja, apresentam ligaes covalentes, portanto so formados por molculas (espcies neutras). Em soluo aquosa, sofrem ionizao, formam ons. a) HCl + H2O H3O+ + Cl b) H2S + 2H2O 2H3O+ + S2 c) H3PO4 + 3H2O 3H3O+ + PO43 d) H4SiO4 + 4H2O 4H3O+ + SiO44 Obs.: o nmero de hidrognios ionizveis igual ao nmero de hidrognios na molcula do cido, exceto nos cidos FOSFOROSO (H3PO3), que apresenta dois hidrognios ionizveis, e HIPOFOSFOROSO (H3PO2), que tem apenas um hidrognio ionizvel. 2.5. Nmero de hidrognios ionizveis Os cidos so classificados pelo nmero de hidrognios ionizveis em: a) Monocidos ou monoprticos: apenas 1H+ (HNO3) b) Dicidos ou diprticos: 2H+ (H2SO4) c) Tricidos ou triprticos: 3H+ (H3PO4) d) Tetrcidos ou tetraprticos: 4H+ (H4SiO4) Obs. Dicidos, tricidos e tetrcidos so chamados de policidos ou poliprticos. 2.6. Fora dos cidos Um cido forte aquele que se ioniza completamente na gua, isto , libera ons H+, porm no os recebe. O exemplo anterior (cido clordrico) um cido forte. Outros so o cido sulfrico e o cido ntrico. Um cido fraco tambm libera ons H+, porm parcialmente, estabelecendo um equlibrio qumico. A maioria dos cidos orgnicos so deste tipo, e tambm alguns sais como o cloreto de alumnio. HAc H+ + Ac (em soluo aquosa) Neste caso HAc equivale ao cido actico, e a seta dupla indica o equilbrio. Aspectos gerais da Fora dos cidos Ao tratar de hidrcidos: So fortes os cidos HCl, HBr e HI. HF o nico moderado e os demais so cidos fracos. Ao tratar de Oxicidos: Considere a notao geral: HxOy. Teremos um: a) cido forte se: y x 2 b) cido moderado se: y x = 1 c) cido fraco se: y x = 0 2.7. Nomenclatura dos cidos Os elementos da qumica inorgnica esto divididos em quatro grupos, segundo o conceito de Arrhenius: cidos, bases, sais e xidos. Cada um dos compostos destes grupos recebe um sistema de nomenclatura dinmica, baseado na composio da espcie em questo e no nmero de oxidao (NOx). Note que este artigo cobre apenas as regras de nomenclatura, em funo para consulta. necessrio ter conhecimento das propriedades de cada grupo para entender. Nomenclatura dos Hidrcidos: cido + elemento qumico + drico Exemplos: cido Clordrico (HCl) cido Bromdrico (HBr) cido Ioddrico (HI) cido Sulfdrico (H2S) cido Selendrico (H2Se) cido Telurdrico (H2Te) cido Ciandrico (HCN) Nomenclatura dos Oxicidos: Para facilitar a nomenclatura dos oxicidos necessrio a memorizao dos cidos fundamentais: a) HNO3 : cido ntrico b) H2CO3: cido carbnico c) H3BO3: cido brico d) HClO3: cido clrico (Br e I seguem a mesma frmula do Cl) e) H2SO4: cido sulfrico (Se e Te seguem a mesma frmula do S) f) H3PO4:cido fosfrico (As e Sb seguem a mesma frmula do P) g) H4SiO4:cido silcico Oxicidos com diferentes Nmeros de Oxidao (NOX): a) cido PER__________ICO = fundamental + 1 tomo de oxignio b) cido __________ICO = fundamental c) cido __________OSO = fundamental 1 tomo de oxignio d) cido HIPO _________OSO = fundamental 2 tomos de oxignio Exemplos: cido PERclrICO = HClO4 cido clrICO = HClO3 cido clorOSO = HClO2 cido HIPOclorOSO = HClO

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Oxicidos com diferentes Graus de Hidratao: a) cido ORTO________ICO = fundamental b) cido META________ICO = fundamental H2O c) cido PIRO_________ICO = 2xFundamental H2O Exemplos: cido ORTOfosfrICO = H3PO4 cido METAfosfrICO = HPO3 cido PIROfosfrICO = H4P2O7 3. BASE 3.1. Introduo Algumas bases (lcalis) conhecidas: Soda Custica (NaOH); Leite de magnsia (Mg(OH)2); Cal hidratada (apagada) (Ca(OH)2); Cloro de piscina; gua do mar (devido aos sais e outras substncias diludas nessa gua, ela apresenta um pH relativamente alto, pois isso a torna bsica); Banana verde; Anticidos em geral; Produtos de limpeza; Amnia (NH3); Sabo (todos) e detergente. 3.2. Definio Segundo Svante Arrhenius, uma base (tambm chamada de lcali) qualquer substncia que liberta nica e exclusivamente o nion OH (ons hidroxila ou oxidrila) em soluo aquosa. As bases possuem baixas concentraes de ions H+ sendo considerado base as solues que tm pH acima de 7. Possuem sabor adstringente (ou popularmente, cica) e so empregadas como produtos de limpeza, medicamentos (anticidos) entre outros. Muitas bases, como o hidrxido de magnsio (leite de magnsia) so fracas e no trazem danos. Outras como o hidrxido de sdio (NaOH ou soda custica) so corrosivas e sua manipulao deve ser feita com cuidado. Quando em contato com o papel tornassol vermelho apresentam a cor azul-marinho ou violeta. Em 1923, o qumico dinamarqus Johannes Nicolaus Brnsted e o ingls Thomas Martin Lowry propuseram a seguinte definio: Uma base um aceitador de prtons (on hidrnio H+) Mais tarde Gilbert Lewis definiu como base qualquer substncia que doa pares de eltrons no ligantes, numa reao qumicadoador do par electrnico. As bases neutralizam os cidos, segundo conceito de Arrhenius, formando gua e um sal: CaSO4 + 2H2O H2SO4 + Ca(OH)2(cido sulfrico + hidrxido de clcio = sulfato de clcio + gua)

b) Fe, Co e Ni NOX = +2 e +3 c) Au NOX = +1 e +3 d) Sn, Pb e Pt NOX= +2 e +4 Obs.: No caso dos elementos com nox varivel, devemos indicar o nox com algarismos romanos ou, com as terminaes ICO e OSO para o maior e menor nox repectivamente. Fe(OH)3 : hidrxido de ferro III ou hidrxido frrico Fe(OH)2 : hidrxido de ferro II ou hidrxido ferroso 4. SAL Em qumica, um sal um composto inico, ou seja, formado por ctions e nions. Eles so tipicamente o produto de uma reao qumica entre: Uma base e um cido: forma-se um sal e gua. Por exemplo: NaOH + H2SO4 Na2SO4 + 2H2O Um metal e um cido: forma-se um sal e hidrognio. Por exemplo: Mg + H2SO4 MgSO4 + H2 Um xido cido e um xido bsico: forma-se um sal. Por exemplo: CO2 + CaO CaCO3 Os ons que formam os sais podem ser monoatmicos (como o nion fluoreto, F, ou o ction clcio, Ca2+) ou poliatmicos (como o nion sulfato, SO42). Podem ainda ser inorgnicos (como o j referido sulfato) ou orgnicos (como o nion acetato, CHCOO). Em geral, os sais formam cristais. So frequentemente solveis em gua, onde os dois ies se separam. Os sais em geral tm um alto ponto de fuso, reduzida dureza e pouca compressibilidade. Se fundidos ou dissolvidos em gua, conduzem electricidade, pois dissociam-se nos seus ies constituintes, passando estes a funcionar como electrlitos. O sal mais popularmente conhecido o cloreto de sdio, vulgarmente conhecido como "sal comum" ou "sal da cozinha", por ser largamente utilizado na alimentao humana. A neutralizao dos cidos pelas bases pode ser total ou parcial, dando origem a sais cidos ou bsicos. 4.1. Formulao e nomenclatura A frmula qumica de um sal sempre representada usando em primeiro lugar o ction e depois o nion que o compem. Um sal designado juntando o nome do nion e o nome do ction que o constituem, por esta ordem. O nion toma um nome de acordo com a terminao do nome do cido que lhes d origem:

3.3. Classificao das bases a) Quanto ao nmero de hidroxilas Monobases ( 1 OH ): NaOH, KOH, NH4OH Dibases ( 2 OH ): Mg(OH)2, Ca(OH)2, Fe(OH)2, Ba(OH)2 Tribases ( 3 OH ): Al(OH)3, Fe(OH)3 Tetrabases ( 4 OH ): Sn(OH)4, Pb(OH)4 b)Quanto ao grau de dissociao Bases fortes: So as que dissociam muito. Em geral os metais alcalinos e alcalino-terrosos formam bases fortes (famlia IA e IIA da Tabela peridica). Porm, o hidrxido de Berlio e o hidxido de Magnsio so bases fracas. Bases fracas: So as bases formadas pelos demais metais e o hidrxido de amnio, por terem carter molecular. c) Quanto solubilidade em gua Solveis: Todas as bases formadas pelos metais alcalinos so solveis. Podemos citar tambm o hidrxido de amnio, que apesar de ser uma base fraca, solvel. Pouco solveis: So as bases formadas pelos metais alcalino-terrosos em geral. Insolveis: As demais bases. Vale lembrar sempre alguma parcela dissolve, mas chama-se insolvel quando essa quantidade insignificante em relao ao volume total. 3.4. Equao de dissociao As bases so compostos inicos, ou seja, apresentam ligaes inicas, portanto so formados por ons (espcies eletrizadas). Em soluo aquosa, sofrem dissociao inica. a) NaOH Na+ + OH b) Ca(OH)2 Ca2+ + 2OH c) Al(OH)3 Al3+ + 3OH 3.5. Nomenclatura Hidrxido de __________________(nome do elemento ou ction) Exemplos: a) NaOH : hidrxido de sdio b) Ca(OH)2 : hidrxido de clcio c) Al(OH)3 : hidrxido de alumnio Obs.: necessario que saibamos o NOX de alguns elementos. Elementos com NOX fixo: a) Grupo 1 (1A) e Ag : NOX = +1 b) Grupo 2 (2A) e Zn : NOX = +2 c) Alumnio NOX = +3 d) Ction amnio(NH4) NOX = +1 Elementos com NOX varivel: a) Cu Hg NOX = +1 e +2

Usando a regra do nmero de oxidao

A terminao do nome do nion depende do nmero de oxidao do seu tomo central.

Exerccios propostos01. Assinale a alternativa que apresenta a frmula de um cido.a) KOH d) CaO b) NaCl e) HI c) H2O

02. Qual das seguintes substncias classificada como um xido?a) HIO d) H3PO4 a) b) c) d) e) b) KNO2 e) LiOH c) P2O5

03. Sobre os cidos incorreto afirmar:So compostos moleculares. Apresentam ligaes covalentes. Sofrem ionizao em meio aquoso. So formados por ons. Neutralizam as bases.

04. Assinale o cido mais forte.a) HI d) HCN b) HF e) H3BO3 b) H3PO2 e) HPO3 c) H2CO3

05. Qual dos compostos a seguir classificado como dicido?a) H3PO3 d) H4P2O7 c) H3PO4

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QumicaProfessor Pedro CAMPELOAula 32

Funes inorgnicas5. XIDO Um xido um composto qumico binrio formado por tomos de oxignio com outros elementos. Os xidos constituem um grande grupo na qumica pois a maioria dos elementos qumicos formam xidos. Alguns exemplos de xidos com os quais convivemos so: ferrugem (xido de ferro III), gs carbnico (xido de carbono IV ou dixido de carbono), cal (xido de clcio). Nos xidos, o elemento mais eletronegativo deve ser o oxignio. Os compostos OF2 ou O2F2 no so xidos, pois o flor mais eletronegativo que o oxignio. Estes compostos so chamados fluoretos de oxignio. 5.1. xidos bsicos So xidos em que o elemento ligado ao oxignio um metal com baixo nmero de oxidao (+1, +2 e +3). Os xidos de carter mais bsico so os xidos de metais alcalinos e alcalino-terrosos. Os xidos bsicos possuem estrutura inica devido diferena de eletronegatividade entre o metal (que baixa) e o oxignio (que alta), por terem este carter inico apresentam estado fsico slido. Alguns exemplos: Na2O - xido de sdio CaO - xido de clcio (cal viva) BaO - xido de brio (barita) CuO - xido de cobre(II) (xido cprico) Cu2O - xido de cobre(I) (xido cuproso/cuprita) FeO - xido de ferro(II) (xido ferroso) Fe2O3 xido de ferro(III) (xido frrico) Reaes Reagem com a gua formando uma base e com cidos formando sal e gua (neutralizando o cido). Exemplos: Na2O + H2O 2NaOH K2O + H2O 2KOH CaO + H2O Ca(OH)2 FeO + H2O Fe(OH)2 Na2O + 2HNO3 2NaNO3 + H2O Cu2O + 2HCl 2CuCl + H2O CaO + H2SO4 CaSO4 + H2O 3FeO + 2H3PO4 Fe3(PO4)2 + 3H2O 5.2. xiodos cidos ou anidridos So xidos em que o elemento ligado ao oxignio um ametal ou metal com alto nmero de oxidao (nox +5 +6 +7) . Possuem estrutura molecular, pois a diferena de eletronegatividade entre o oxignio e o outro elemento no to grande. Resultam da desidratao dos cidos e, por isso, so chamados anidridos de cidos. Alguns exemplos: CO2 xido de carbono IV ou dixido de (mono)carbono ou anidrido carbnico SO2 xido de enxofre IV ou dixido de (mono)enxofre ou anidrido sulfuroso. SO3 xido de enxofre VI ou trixido de (mono)enxofre ou anidrido sulfrico. Cl2O xido de cloro I ou monxido de dicloro ou anidrido hipocloroso. Cl2O7 xido de cloro VII ou heptxido de dicloro ou anidrido perclrico. SiO2 xido de silcio ou dixido de (mono)silcio ou anidrido silcico. MnO3 xido de mangans VI ou trixido de (mono)mangans Mn2O7 xido de mangans VII ou heptxido de dimangans ou anidrido permangnico. Reaes Reagem com gua formando um cido oxigenado e com bases formando sal e gua (neutralizando a base). Exemplos: SO2 + H2O H2SO3 P2O5 + 3H2O 2H3PO4 N2O3 + H2O 2HNO2 CO2 + H2O H2CO3 SO2 + 2KOH K2SO3 + H2O P2O5 + 6LiOH 2Li3PO4 + 3H2O N2O3 + Ba(OH)2 Ba(NO2)2 + H2O CO2 + Ca(OH)2 CaCO3 + H2O 5.3. xidos anfteros So xidos de metais de transio e semi-metais capazes de reagir tanto com cidos quanto com bases, fornecendo sal e gua. Por possurem propriedades intermedirias entre os xidos cidos e os xidos bsicos, podem se comportar como xidos cidos e como bsicos. Dependendo do metal ligado ao oxignio pode haver predominncia do carter cido ou bsico. O carter cido do xido aumenta medida que seu elemento formador aproxima-se, na tabela peridica, dos no-metais. O carter bsico do xido aumenta medida que o elemento formador aproxima-se dos metais alcalinos e alcalino-ter-

rosos. A estrutura dos xidos anfteros pode ser inica ou molecular. Alguns exemplos: SnO xido de estanho II SnO2 xido de estanho IV Fe2O3 xido de ferro III ZnO xido de zinco Al2O3 xido de alumnio Reaes Reagem com cidos formando sal e gua (o metal do xido torna-se o ction do sal), e com bases formando sal e gua tambm (neste caso o metal formador do xido torna-se o nion do sal). Exemplos: ZnO + H2SO4 ZnSO4 + H2O ZnO + 2KOH K2ZnO2 + H2O Al2O3 + 6HCl 2AlCl3 + 3H2O Al2O3 + 2NaOH 2NaAlO2 + H2O 5.4. xidos neutros So xidos que no apresentam caractersticas cidas nem bsicas. No reagem com gua, nem com cidos, nem com bases. O fato de no apresentarem carter cido ou bsico no significa que sejam inertes. So formados por no-metais ligados ao oxignio, e geralmente apresentam-se no estado fsico gasoso. Alguns exemplos: CO xido de carbono II NO xido de nitrognio II N2O xido de nitrognio I - veja xido nitroso 5.5. xidos duplos, salinos ou mistos So aqueles que originam dois xidos ao serem aquecidos. Quando se reage um xido duplo com um cido, o produto formado composto de dois sais de mesmo ction, mas com nox diferentes, e mais gua. Alguns exemplos: Fe3O4, Pb3O4, Mn3O4 Exemplo de reao: Fe3O4 +8 HCl 2FeCl3 + FeCl2 + 4H2O 5.6. Perxidos So os xidos formados por ctions das famlias dos metais alcalinos (1A) e metais alcalinos terrosos (2A) e pelo oxignio com nox igual a 1. Um exemplo o perxido de hidrognio (H2O2), componente da gua oxigenada. Sua aplicao se d em cortes e feridas que correm o risco de infeco bacteriana. A degradao do perxido de hidrognio pela enzima catalase libera oxignio (O2) o que causa a morte de bactrias anaerbicas. Exemplos: Na2O2, BaO2 5.7. Nomenclatura xidos de Metais xido de [Nome do Metal], caso o ction apresente somente uma carga Na2O xido de sdio ZnO xido de zinco Al2O3 xido de alumnio Caso o elemento apresente mais de uma carga, poderemos utilizar xido de [nome do elemento] + carga do elemento. Fe2O3 xido de ferro III SnO2 xido de estanho IV Pode-se tambm fazer uso dos sufixos ico (maior Nox) e oso (menor Nox), para o caso do elemento apresentar duas cargas. Fe2O3 xido frrico FeO xido ferroso Cu2O xido cuproso CuO xido cprico SnO xido estanoso SnO2 xido estnico xidos de Ametais [Mono, Di, Tri...] + xido de [(Mono), Di, Tri] + [Nome do Ametal] SO3 Trixido de (Mono)Enxofre N2O5 Pentxido de Dinitrognio xidos cidos ou Anidridos Anidrido [Nome do Elemento] + se nox = (+1 e +2) prefixo HIPO + sulfixo OSO Exemplo: Anidrido Hipoiodoso I2O NOX do Iodo = +1 Anidrido [Nome do Elemento] + se nox = (+3 e +4) + sulfixo OSO Exemplo: Anidrido Iodoso I2O3 NOX do Iodo = +3 Anidrido [Nome do Elemento] + se nox = (+5 e +6) ? + sulfixo ICO Exemplo: Anidrido Idico I2O5 NOX do Iodo = +5 Anidrido [Nome do Elemento] + se nox = (+7) prefixo HIPER/PER + sulfixo ICO Exemplo: Anidrido Peridico I2O7 NOX do Iodo = +7 SO3 Anidrido Sulfrico SO2 Anidrido Sulfuroso Exceo: CO2 dixido de carbono ou Anidrido Carbnico

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Exerccios propostos01. O cido pirofosfrico :a) Um hidrcido. d) Fraco. b) Dicido. e) Poliprtico. c) Um composto binrio.

15. Ao se aplicar o conceito atualizado de Arrhenius a um cido inorgnico, forma-se uma certa espcie qumica caracterstica que:a) um ction, no qual o nmero total de prtons menor que o nmero total de eltrons. b) um nion, no qual o nmero total de eltrons menor que o nmero total de prtons. c) uma molcula polar. d) um on, no qual o nmero total de prtons maior que o nmero total de eltrons. e) um on, no qual o nmero total de prtons igual ao nmero total de eltrons.

02. A substncia mais adequada para neutralizar as propriedades do HCl :a) CO2 d) CO b) NaCl e) HClO3 c) NaOH

03. A frmula do cido hipoiodos :a) HIO d) HIO4 b) HIO2 e) HI c) HIO3

16. Qual das alternativas apresenta o nome do composto de frmula CaSO4?a) Carbonato de clcio d) Sulfato de clcio b) Sulfeto de clcio c) Sulfito de clcio e) Carbonato de enxofre

04. Dicido, tercirio, fraco e oxicido.a) H2SO4 d) H3PO4 b) H2SO3 e) H3PO3 c) H2S

17. O nitrito de sdio derivado do cido:a) Ntrico d) Ciandrico b) Nitroso e) Sulfdrico c) Amonaco

05. A frmula do cido pirossulfrico ;a) H2S2O7 d) H2S b) H4S2O7 e) HCN c) H4S2O8

18. Qual a substncia que apresenta oxignio na sua composio?a) cido ciandrico d) Fluoreto de zinco b) cido sulfdrico c) Cloreto de fsforo e) Nitrato de potssio

06. Sobre o hidrxido de sdio incorreto afirmar:a) b) c) d) e) uma base inorgnica. um composto inico. Tem frmula Na2O. Sofre dissociao inica. Apresenta uma ligao covalente na sua estrutura.

19. Assinalar a frmula do pirofosfato frrico.a) Fe4(P2O7)3 d) FeP2O7 b) Fe3(P2O7)4 e) Fe(PO3)3 c) FePO4

20. Na reao do HBr com o KOH, o sal formado o:a) b) c) d) e) Brometo de clcio Bromato de clcio Brometo de potssio Bromato de potssio Bromito de potssio

07. A frmula do hidrxido platnico :a) Pb(OH)4 d) Pt(OH)2 b) Pt(OH)4 e) Pt(OH)3 c) Pb(OH)2

08. Qual das seguintes substncias insolvel em gua?a) NaOH d) NH4OH b) KOH e) AgOH c) LiOH

21. Qual dos sais a seguir um sal cido?a) CaOHCl d) Na2HPO3 b) CaSO4 e) NaH2PO2 c) NaHCO3

09. O nmero de oxidao do cobre no hidrxido cprico :a) 0 d) +3 b) +1 e) +4 c) +2

22. Assinale a afirmao incorreta.a) b) c) d) e) CO2 um xido cido. CaO um xido bsico. CO um xido neutro. SO3 chamado de anidrido. N2O5 um xido neutro.

10. Analise as afirmativas abaixo e indique a incorreta.a) b) c) d) e) Na ionizao de HCl ocorre a formao do H3O+. O HClO4 apresenta um hidrognio ionizvel. O H3PO4 apresenta trs hidrognios ionizveis. O H3PO3 apresenta dois hidrognios ionizveis. O H3PO2 apresenta trs hidrognios ionizveis.

23. Qual das substncias seguintes neutraliza o HCl?a) SO3 d) CO2 b) Na2O e) N2O c) CO

11. O HCl, quanto ao nmero de hidrognios cidos, elementos qumicos, presena do carbono, presena do oxignio e estado fsico, classifica-se, respectivamente, como:a) b) c) d) e) Monocido, ternrio, inorgnico, oxicido, lquido. Monocido, binrio, inorgnico, hidrcido, gasoso. Dicido, binrio, inorgnico, oxicido, gasoso. Dicido, ternrio, orgnico, hidrcido, gasoso. Monocido, binrio, orgnico, hidrcido, lquido.

24. Um xido que tanto reage com cido sulfrico como com hidrxido de sdio originando diferentes sais pode ser o:a) Al2O3 d) Na2O b) Cl2O5 e) P2O3 c) K2O

25. Qual dos seguintes xidos convm ser encarado como composto de adio de dois xidos diferentes?a) Al2O3 d) FeO b) Fe2O3 e) P2O3 c) Pb3O4

12. O acido que corresponde classificao monocido, oxicido e ternrio :a) HNO3 d) HCl b) H2SO4 e) H3PO3 c) H3PO4

26. Qual a frmula do xido de prata?a) PtO d) AgO b) PtO2 e) Ag2O3 c) Ag2O

13. As frmulas dos cidos hipofosforoso, fosforoso, fosfrico e metafosfrico so, respectivamente:a) b) c) d) e) H3PO2, H3PO3, H3PO4 e HPO3. HPO2, H3PO4, H3PO2, HPO3. H3PO3, H3PO2, H3PO4 e HPO3. HPO3, H3PO2, H3PO4 e HPO2. H3PO4, HPO2, H3PO3 e H3PO2.

27. Qual das alternativas apresenta um perxido?a) CaO d) H2O b) ZnO e) OF2 c) Na2O2

28. Reagindo um mol de cido sulfrico com um mol de hidrxido de sdio, iremos obter:a) Bissulfato de sdio b) Sulfato de sdio c) Sulfito de sdio d) Sulfeto de sdio e) Sulfato dicido de sdio

14. O cido metafosfrico difere do cido ortofosfrico:a) b) c) d) e) Pela valncia do fsforo. Pelo grau de oxidao do fsforo. Pelo grau de hidratao. Pelo nmero de elementos. No h diferena entre eles.

29. Qual das frmulas a do xido cprico?a) K2O d) CuO b) K2O2 e) CO2 c) Cu2O

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HistriaProfessor Francisco MELO de SouzaAula 33

tornou-se insuficiente. Os governos locais passaram a importar mo-de-obra nordestina por meio de propagandas enganosas. A Mo-de-obra Em princpio, os nordestinos passaram a se instalar ao longo dos rios, tanto os do Amazonas quanto os do Par, mas logo se lanaram empresa da floresta. Nesse perodo, comeou a penetrao nos rios Purus, Juru, Bolvia (Acre) e Peru. Mas esse povoamento no se processou de forma planejada, pois teria vindo cerca de meio milho de nordestinos para a Regio Amaznica. O arrocho era a tcnica utilizada pelos nordestinos; tratava-se de fazer cortes profundos nas rvores e, depois, amarr-las com cip a fim de esprem-la uma tcnica predatria. O Seringal No incio da explorao do produto, no se formou a propriedade fundiria. Os extratores atiravam-se s atividades predatrias, uma vez que a explorao era passageira. Com o rush da borracha, a situao modificou-se. O abandono do sistema predatrio de aniquilamento das rvores e o incio da concorrncia entre os que viviam da empresa tornaram-se necessrios ocupao permanente da terra. A posse da terra no ocorria de forma tranquila. Geralmente, havia conflitos entre os seringalistas e os seringueiros contra os ndios ou, ainda, entre os prprios seringalistas. Na margem, erguiam-se o barraco central e os menores (esses barraces serviam como armazm de borracha defumada). O barraco central, construdo de madeira ou paxiba, com cobertura de zinco e levantado sobre barrotes de madeira para a proteo contra as enchentes, era a residncia do seringalista, o depsito de produtos de abastecimento dos seringais e o escritrio. Com o desenvolvimento das atividades e os grandes lucros, as residncias ganharam a feio de chals europeus. Os barraces eram feitos de paxiba e cobertos de palha; neles moravam os empregados do seringal. O centro era o interior do seringal, onde se instalavam e trabalhavam os seringueiros. Prximo a ele, situava-se outra barraca onde se fazia a defumao do ltex. As Tcnicas de Produo A primeira tarefa, que levava dias, era a abertura de estradas (caminhos) para a coleta do ltex. Em cada estrada, havia, em mdia, cem ou duzentas rvores, e cada seringueiro tinha, a seu cargo, trs estradas, trabalhando uma a cada dia. A tarefa de coleta era feita no vero. Em geral, iniciava-se em maio e estendiase at novembro. O seringueiro saa de madrugada para a estrada, levando uma lanterna na testa, a poronga, um rifle a tiracolo e um terado na cintura. Dessa forma, os seringueiros faziam pequenas incises nas rvores e, depois, colocavam uma tigelinha para coletar o ltex. Seu regresso ocorria entre duas e trs horas da tarde, quando fazia uma rpida refeio e, depois, passava defumao do ltex. A borracha produzida no era homognea. Era classificada conforme seu acabamento, apresentao, resistncia e impermeabilidade: borracha fina, entrefina e sernambi. As Casas Aviadoras Eram estabelecimentos comerciais que abasteciam o seringal, dele recebendo a borracha. Realizavam, tambm, as operaes de venda no exterior. Toda a despesa necessria instalao do seringal era financiada pela casa aviadora que, pela transao, cobrava juros e comisses. O abastecimento do seringal era feito, na poca, da coleta do ltex. Os produtos aviados consistiam em utenslios para a extrao, vesturios, alimentao, remdios etc., que eram vendidos a crditos ao seringalista e transportados ao seringal pelos navios-gaiola pertencentes s casas aviadoras. O fruto do aviamento era, tambm, debitado na conta do seringalista. Os Tipos Sociais O regato marcou a paisagem social da Amaznia desde o incio do sculo XVIII. Foi obscurecido pela presena das casas aviadoras. Eram aventureiros que iam vender quinquilharias ao homem amaznico. Em princpio, eram os portugueses ou os caboclos que exerciam essas atividades; depois, foram substitudos por judeus, srios, libaneses. Essa atividade era considerada ilegal pelos seringalistas, que, por sua vez, possuam o monoplio sobre o fornecimento de mercadorias ao seringal. O Apogeu do Rush A borracha apareceu, pela primeira vez, nos registros de exportao brasileira em 1827, com uma modesta exportao de trinta e uma toneladas. Durante muitos anos, nem toda a exportao do Amazonas era feita diretamente para o exterior; grande parte descia ao Par e seguia rumo Europa.

Amaznia imperialNo perodo em que ocorreu a Independncia do Brasil, em 1822, a Amaznia pertencia Coroa portuguesa, como uma unidade poltico-administrativa, ou seja, como uma colnia, dividida em duas capitanias: Par e Rio Negro, subordinadas Provncia do Gro-Par. A elevao do Estado do Brasil categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815, no modificou a estrutura poltica anterior. O Gro-Par s foi incorporado ao Brasil em 11 de agosto de 1823, quando as tropas do almirante ingls John Pascoe Greenfel assassinaram vrios paraenses, que, por sua vez, encontravam-se num conflito com os portugueses. As principais ocorrncias desse perodo:

A primeira viagem do navio a vapor Guapiau, que saiu de Belm, em 1843, com destino a Manaus. A criao das diretorias de ndios pelas quais as aldeias passavam a ser administradas por diretores pagos com honras e graduaes institudas em 1845. A elevao da vila de Manaus para cidade de Nossa Senhora da Conceio da Barra de So Jos do Rio Negro, em 1848.

A Navegao a Vapor Antes da utilizao do navio a vapor, as trocas comerciais entre Belm e Manaus eram feitas por 30 a 40 escunas de 15 toneladas e por cerca de duas mil canoas, num transporte que durava at dois meses. A navegao a vapor no rio Amazonas iniciou-se a partir de presses internacionais. A lei n.. 3749, de 7 de dezembro de 1866, autorizou a navegao internacional no rio Amazonas, Tocantins, Tapajs e o So Francisco. A empresa de navegao de maior expresso era a de Mau, mas havia pequenas empresas locais. Alexandre Amorim criara a Companhia Fluvial do Alto Amazonas, obtendo o monoplio do Purus, do Madeira e rio Negro por vinte anos. Foi a partir da que empresas inglesas e norte-americanas passaram a se instalar no Amazonas. A CABANAGEM A guerra civil que ocorreu no Par e no Amazonas, a Cabanagem, foi um movimento revolucionrio com caractersticas populares. A participao de tapuios, caboclos e negros, a parte mais pobre da populao que habitava as cabanas, deu origem ao nome do movimento. Essa populao era explorada violentamente pelos fazendeiros e pelas autoridades polticas, militares e religiosos locais. A revolta foi uma tentativa de modificar sua situao miservel e de injustia social. Tomaram parte na revolta Alberto Patronni, o Cnego Batista Campos, Flix Clemente Malcher, os irmos Vinagre, Lavor Papagaio, Eduardo An-gelim e outros. A guerra tomou, impetuosamente, o territrio paraense e, depois, o amazonense. O lder no Amazonas foi Bernardo de Sena. O general Soares Andrea foi responsvel por reprimir o movimento no Par. No Amazonas, os cabanos tomaram a vila de Manaus; posteriormente, Maus, Parintins, Silves e Borba. O repressor do movimento, no Amazonas, foi Ambrsio Aires, o Bararo. Ambrsio Aires formou um exrcito de voluntrios e ao retornar de Autazes foi atacado por sete canoas dos cabanos, grande parte compostas por ndios muras, onde foi morto. O ltimo foco do movimento foi a cidade de Maus. Nesse perodo, destacou-se o comandante Miranda Leo, que ps fim ao movimento no Amazonas. A RVORE QUE CHORA A industrializao do ltex ocorreu aps a viagem de Charles Marie de la Condamine, em 1743, que desceu o Amazonas, comissionado pela Academia de Cincias de Paris para a medio do arco do Meridiano, no Equador, e levou amostra para a Academia de Cincias Naturais de Paris. Mas o interesse comercial e industrial pelo ltex s aumentou significativamente a partir da segunda metade do sculo XIX, aps a descoberta do processo de industrializao. Com a vulcanizao da borracha, em 1839, por Charles Goodyear e por Hancock, em 1842, que tornou mais resistente e quase insensvel s variaes de temperatura, assegurando sua elasticidade e impermeabilidade, o uso do produto estendeu-se pela Europa e pelos Estados Unidos. a partir da que o surto da borracha inicia-se, pois aumenta a procura dessa matria-prima no mercado mundial. Em princpio, o trabalho utilizado na produo era o do indgena e do caboclo. Com o tempo, essa mo-de-obra

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De 1850 em diante, a goma elstica passou a ser o principal produto de exportao do vale do Amazonas, desaparecendo as produes de caf, tabaco, algodo, salsa, cravo e diminuindo a de cacau. At 1845, o Par possua, alm da indstria extrativa, a manufatureira, produzindo sapatos, mochilas impermeabilizadas etc., exportando a borracha manufaturada. Em 1850, foram exportados 138 873 pares de sapatos. Dessa data em diante, comeou a ser mandada para o exterior apenas a borracha bruta e pouco manufaturada. At o incio do sculo XIX, no existiam, no Pas, fbricas de artefatos de borracha. Na medida em que o mercado internacional solicitou a utilizao da borracha como matria-prima industrial, o Brasil aumentou sua produo. A partir de 1852, a exportao cresceu sempre: em 1852: 1632 toneladas; em 1875: 7 729 987 toneladas; em 1900: 24 301 456 toneladas. A ltima dcada do sculo XIX e os primeiros anos do sculo XX constituram a poca urea da borracha. Os preos altos, ento, alcanaram o apogeu. A Decadncia do Ciclo Em 1876, o botnico ingls Sir Henry Wikhan embarcou 70.000 sementes de seringueira para a Inglaterra clandestinamente. Dentre elas, vingaram 7.000 mudas, as quais foram levadas para o Ceilo e, posteriormente, para a Malsia, Samatra, Bornu e outras colnias britnicas e holandesas, nas quais se produziu uma goma de qualidade superior nativa amaznica. A partir da, a produo amaznica despencou vertiginosamente, principalmente com a queda do preo do produto no mercado internacional. A produo asitica suplantou a nativa. A LIBERTAO DOS ESCRAVOS NO AMAZONAS Os negros tiveram pouca participao na produo de riquezas na Amaznia devido grande quantidade de mo-de-obra indgena, com preos mais baixos. Alm do mais, foi criada, em 1873, a Sociedade Emancipadora Amazonense, cuja finalidade era arrecadar fundos para libertar os escravos. A libertao dos escravos negros ocorreu no governo de Theodoreto Souto. Jos Paranagu foi um dos defensores da libertao, tendo sido o presidente da Sociedade Libertadora, fundada em 24 de novembro de 1882. Outras entidades surgiram, tais como a Comisso Central Abolicionista Amazonense, Primeiro de Janeiro, Libertadora Vinte e Cinco de maro, Cruzada Libertadora, Clube Juvenil Emancipador, Cinco de Setembro, Clube abolicionista Manacapuruense, Libertadora Codajaense e Amazonense Libertadora. (DOS SANTOS: 2003, p.173) No dia 24 de maio de 1884, foram libertados os escravos de Manaus. E, em 10 de julho do mesmo ano, foi a vez da libertao dos escravos da provncia. ANEXAO DO ACRE Com o ciclo da borracha, milhares de nordestinos em busca de novas seringueiras ultrapassaram os limites do territrio brasileiro e chegaram ao Acre, em territrio boliviano. Em 1898, a Bolvia instalou uma alfndega no rio Aquiri, em Puerto Alonso, iniciando a cobrana de pedgios aos brasileiros, que se recusavam a fazlo, originando represses e revides. Em 1898, inmeros seringalistas expulsaram os bolivianos. Estava iniciado o conflito. Nessa poca, a Bolvia iniciou entendimentos com empresrios internacionais para organizar uma companhia destinada a explorar o Acre. A empresa teria apoio militar dos Estados Unidos. O Estado do Amazonas financiou a segunda rebelio (1899), com a finalidade de incorporar o territrio ao Amazonas. Em 1900, ocorreu a terceira rebelio. Os bolivianos temerosos aceleraram as negociaes com os grupos estrangeiros da Blgica e dos Estados Unidos. Era uma tentativa de alijar a Inglaterra do mercado da borracha. Em 1902, ocorreu a quarta revolta, comandada por Plcido de Castro. O conflito teve incio em Xapuri, que foi proclamado Estado Independente do Acre. A luta prosseguiu pela bacia do Purus. Em janeiro de 1903, Puerto Alonso foi tomada, passando a se chamar Porto do Acre. No dia 17 de novembro de 1903, foi assinado o Tratado de Petrpolis entre Brasil e Bolvia. Pelo acordo, a Bolvia vendia o Acre por dois milhes de libras, e o Brasil terminaria a construo da estrada de ferro MadeiraMamor. b)

c)

d)

e)

nas provncias do Norte do Imprio, arregimentou grande nmero de pessoas em defesa da abolio, o que contribuiu para que a liberdade chegasse mais cedo ao Norte. No sculo XIX, o emprego da mo-de-obra negra era pouco significativo para a manuteno e a reproduo da riqueza das elites da regio, j que o trabalho compulsrio dos ndios continuava a suprir essas necessidades. As restries quanto aquisio de novos escravos no mercado internacional, a partir de 1850, provocaram uma reduo da populao escrava do Amazonas, que envelheceu e perdeu valor, levando os senhores a facilitar o processo de libertao de seus escravos. As presses britnicas na Amaznia, incentivando o uso do trabalho assalariado, com o objetivo de facilitar a circulao de suas mercadorias, foram decisivas para o fim da escravido na regio. Tanto a intensidade da propaganda abolicionista quanto as restries para reposio dos escravos envelhecidos so fatores que contribuem para explicar a precocidade da abolio na Provncia do Amazonas.

02. Sobre as constantes epidemias ocorridas no perodo do rush da Amaznia, correto afirmar.a) A culpa do desenvolvimento do beribri, da malria e da varola da prpria populao nordestina, pois vivia de forma rude, sem nenhum tipo de higiene pessoal. b) Tais epidemias eram uma consequncia imediata do processo de conquista sanitria da Amaznia. Mas, principalmente, do abandono e da falta de investimento em infra-estrutura por parte dos seringalistas. c) Os alimentos recebidos pelos seringueiros eram frescos e de boa qualidade. O contingente de vitaminas, constantes do cardpio daqueles nordestinos, era suficiente para seu regime de nutrio. d) O curanderismo a que se haviam habituado, tanto caboclo como nordestino, valendo-se do conhecimento farmacutico dos pajs, havia desaparecido. e) O curandelismo, conhecimento da farmacopeia amaznica dos pajs, fora utilizado, com xito, na cura de doenas epidmicas, pelos mdicos locais.

03. O exemplo de participao do povo na adeso Proclamao da Repblica, no Amazonas, fica patente:a) b) c) d) e) Na criao do Partido Republicano Amazonense. No Clube Republicano do Amazonas. No Clube da Repblica Federalista Ama-zonense. Na formao da Aliana Republicana. Na liga tenentista.

04. Com a Repblica, sobe ao poder, no Estado do Amazonas, o engenheiro Augusto Ximenes, que tomou medidas:a) liberais, dando ampla autonomia para os seguimentos polticos do Amazonas; b) liberais, mas procurando conciliar-se com as foras polticas constitudas. c) conservadoras, centralizando o poder totalmente em suas mos. d) autonomistas, procurando nomear, pela capacidade, pessoas para ajuda-lo na sua administrao. e) nem liberais, nem conservadores, pois seguiu, fielmente, as ordens e as indicaes vindas do Rio de Janeiro.

05. (UEA2006) A respeito da Cabanagem, assinale a afirmativa correta.a) A cabanagem foi o desdobramento das rebelies indgenas lideradas pelo Cnego Batista Campos e teve carter mais ingnuo e religioso do que poltico. b) Iniciada como conflito entre oligarquias, a Cabanagem, pela participao dos lderes exaltados e das massas dos cabanos que seguiam sua liderana, converteu-se em rebelio de cunho social. c) A rebelio dos cabanos, muito violenta pela intensa participao popular, manifestou-se contra a deposio de D. Pedro I, a quem os mais simples se devotavam. d) A interveno estrangeira no Par visou ao controle da desordem generalizada evidente de confuso ideolgica dos cabanos, e no mera represso da contestao poltica, j to tolerada pelo Imprio. e) A Cabanagem comeou como um conflito entre os oligarcas Clemente Malcher e Lobo de Souza, mas converteu-se em conflito social pelo radicalismo antiescravista.

Exerccios01. (UFAM) A abolio da escravido negra na Provncia do Amazonas ocorreu em 24 de maio de 1884. Nessa ocasio, o Presidente da Provncia, ao entregar em praa pblica as ltimas cartas de alforria, afirmou que, a partir daquele momento, Manaus tornava-se uma cidade sagrada. A precocidade dessa deciso, em relao Lei urea (1888), leva-nos a considerar que:a) A propaganda abolicionista encontrou terreno frtil para espalhar-se

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HistriaProfessor DILTON LimaAula 34

Hipotecas do prdio da alfndega do Rio de Janeiro e da estrada de ferro Central do Brasil como garantia de pagamento. CONVNIO DE TAUBAT (1906) Acordo assinado no governo de Rodrigues Alves (19021906). As principais oligarquias reuniram-se em Taubat (SP) a fim de tomar decises importantes sobre a produo cafeeira. Participaram desta reunio os representantes de So Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Governo Federal deveria comprar a produo excedente de caf, realizando a estocagem desta produo e se fosse preciso, a queima dos estoques. Objetivo: valorizar o caf, evitando a queda nos preos. MOVIMENTOS SOCIAIS 1) GUERRA DE CANUDOS (1894 1897) Revolta ocorrida no Serto da Bahia, no governo de Prudente de Morais. Estava ligada s condies econmicas do Nordeste, ao messianismo e ao misticismo religioso como sada para a misria. Lder: beato Antnio Mendes Maciel, conhecido como Antonio Conselheiro. Movimento marcado pelo messianismo religioso. Objetivo: luta pela terra e pela criao de uma comunidade igualitria. Esta revolta inspirou Euclides da Cunha a produzir a obra Os Sertes. 2) CANGAO Bandos armados que buscavam riquezas por meio de assaltos s fazendas, saques a armazns e a vilas. Esses cangaceiros formavam o que se convencionou chamar de "banditismo social": forma de luta que extrapolou a Repblica Velha, chegando Era Vargas, nos anos de 1940. Dentre os vrios lideres de grupos de cangao, merecem destaque: Capito Antonio Silvino, Capito Virgulino (Lampio) e Corisco. 3) GUERRA DO CONTESTADO (1912 1916) Revolta que teve incio no governo Hermes da Fonseca (191012) e foi sufocada no governo Venceslau Brs (19141918) nos limites entre Paran e Santa Catarina. Caractersticas semelhantes Guerra de Canudos: religiosidade, misticismo, messianismo e luta pela terra. Lideres: monges Joo e Jos Maria. 4) REVOLTA DA CHIBATA Aconteceu no governo Hermes da Fonseca. Revolta no Batalho Naval, no Rio de Janeiro, 1910. Foi comandada pelo marinheiro Joo Cndido, conhecido como Almirante Negro". Causas da revolta: maus-tratos (surras de chibata) que sofriam os marinheiros. Os rebeldes, sob o comando do negro Joo Candido, apoderaram-se de dois navios de guerra da marinha: os encouraados So Paulo e Minas Gerais. Eles exigiam o fim dos castigos corporais, a melhoria nos soldos e reduo da jornada de trabalho. Se as reivindicaes no fossem atendidas, o Rio de Janeiro seria bombardeado. O governo fingiu que negociaria com os revoltosos, mas optou por sufocar o movimento, condenando o lder Joo Cndido priso. 5) REVOLTA DA VACINA Marcou o governo Rodrigues Alves. Ocorreu no Rio de Janeiro, em 1904. Esteve ligada s condies de vida da populao: desemprego, pssimas condies de moradia, saneamento, fome, etc. Destaque para o sanitarista Oswaldo Cruz, defensor das campanhas de vacinao obrigatria. Foi instituda a Lei da Vacina (piv da revolta; o povo, de modo geral, ficou contra a obrigatoriedade da vacinao instituda pela Lei da Vacina). 6) REVOLTA DO JUAZEIRO Ocorreu no Cear, no serto do Cariri, em 1914. Confronto armado entre as oligarquias cearenses, dominadas pela famlia Accioly, e o Governo Federal. O conflito originou-se da interferncia do poder central na poltica estadual, nas primeiras dcadas do sculo XX. Foi liderada pelo padre Ccero e apoiada pelos coronis que protestavam contra o interventor do Cear, imposto pelo presidente Hermes da Fonseca. Prevaleceu, no fim do conflito, a vitria dos sertanejos liderados pelo padre Ccero. Os Accioly voltaram a comandar o Cear; o padre Ccero, a cidade de Juazeiro. CRISE DA REPBLICA OLIGRQUICA (anos de 1920) Semana de Arte Moderna (1922).

Republica velha (18891930)PROCLAMAO DA REPBLICA Foi a vitria dos republicanos. A Repblica era um desejo coletivo que unia, no mesmo ideal, grupos que estavam descontentes com o Imprio: Fazendeiros do Oeste Paulista. Setores do exercito. Camadas mdias urbanas. Setores do clero (igreja). REPBLICA DA ESPADA (1889-1894) Exrcito no poder Perodo em que o Brasil foi governado pelos militares. Tivemos dois presidentes: Deodoro da Fonseca (1889 1891). Floriano Peixoto (1891 1894). ENCILHAMENTO Ministro da Fazenda: Rui Barbosa. Meta: industrializao. Poltica emissionista: emisso de grande quantidade de papel-moeda sem lastro-ouro. Consequncias: inflao galopante; especulao financeira. CONSTITUIO DE 1891 Foi elaborada por uma Assembleia Constituinte. Estabeleceu como forma de governo a Repblica; como sistema de governo o Presidencialismo. Sofreu forte influncia dos Estados Unidos. O Pas passou a chamar-se Repblica dos Estados Unidos do Brasil. Transformou o Brasil em federao composta de 20 estados autnomos. Imps o voto universal (direto) e descoberto (aberto) para todos os cidados maiores de 21 anos. No podiam votar analfabetos, mulheres, mendigos, praas de pr e religiosos de ordem monstica. Adotou a diviso em trs Poderes: Executivo, Legislativo e Judicirio. Promoveu a separao entre a Igreja Catlica e o Estado. Observao O presidente da Repblica era eleito para um mandato de 4 anos, vedada a reeleio. OLIGARQUIAS NO PODER (1894 1930) Primeiro presidente: Prudente de Morais. Ultimo presidente: Washington Lus. POLTICA DO CAF-COM-LEITE Poltica de So Paulo com Minas Gerais, na esfera nacional. Minas: produtor de leite; So Paulo: produtor de caf. Essa poltica marcou toda a Repblica Velha, alternando presidentes mineiros e paulistas no poder. CORONELISMO Fenmeno social e poltico tpico da Republica Velha, caracterizado pelo prestgio do poltico e por seu poder de mando. O chefe poltico local ou regional era maior ou menor de acordo com o nmero de votos por ele controlado. POLTICA DOS GOVERNADORES Teve incio no governo Campos Sales (18981902). Consistia numa troca mtua de favores entre os governadores estaduais e o Governo Federal. Por acordo, ficou determinado que os grupos polticos que governavam os Estados dariam total apoio ao Governo Federal, que, em troca, s reconheceria a vitria dos deputados que pertencessem ao grupo. Como consequncia, formaram-se as oligarquias estaduais. Observao Os candidatos que no fizessem parte dessa poltica seriam "degolados", ou seja, no seriam reconhecidos como vitoriosos. FUNDIN LOAN [emprstimos de fundos] (1898) Realizado no governo de Campos Sales, pelo ministro da Fazenda Joaquim Murtinho. Estabeleceu um acordo da dvida externa com os banqueiros ingleses do grupo Rotschild. A negociao estabelecia: Suspenso do pagamento dos juros por trs anos. Novo emprstimo no valor de 10 milhes de libras esterlinas. Treze anos para o Brasil iniciar a amortizao.

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Criao do PCB (1922). Tenentismo. Crise mundial de 1929. TENENTISMO Movimento da jovem oficialidade brasileira de contestao s apodrecidas instituies da Repblica Velha. Tinha carter elitista; os jovens oficiais preparavam-se na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro. Acreditavam que o caminho para salvar a ptria era a tomada do poder. Os tenentes indispuseram-se com a alta oficialidade e acusaram a cpula do exrcito de estar a servio das oligarquias dominantes. Os tenentes, apesar da preocupao com a misria popular, no acreditavam que o povo, despreparado, fosse capaz de lutar pelos prprios interesses. frente da luta deveriam estar, portanto, os jovens oficiais. PRINICPAIS MANIFESTAES TENENTISTAS: 1) REVOLTA DO FORTE DE COPACABANA (1922) Foi a primeira manifestao armada tenentista. Travada na praia de Copacabana, marcou o fim do governo de Epitcio Pessoa. O objetivo era evitar a posse de Artur Bernardes. No confronto com as foras do governo, morreram 16 oficiais, sobrevivendo apenas os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes que, mais tarde, participariam de outros movimentos tenentistas. Esta revolta ficou conhecida como "Os 18 do Forte". 2) REVOLUO PAULISTA DE 1924 No segundo aniversrio da primeira revolta tenentista, explode, em So Paulo, outra manifestao armada dos tenentes. Dessa manifestao, o movimento expandiu-se para o Norte e Nordeste do Pas. Os tenentes tomaram varias cidades brasileiras, entre elas Natal, Belm, Santarm, bidos e Manaus. 3) COLUNA PRESTES (1924 1927) Representou o ponto culminante da luta armada da jovem oficialidade. Teve como lder Lus Carlos Prestes. Percorreu cerca de 25 mil quilmetros de Sul a Norte. Tinha por objetivo conscientizar a populao brasileira do perigo que representavam para o pas as oligarquias dominantes. Propunha salvar o Brasil pela entrega do poder aos tenentes.

03. (FGV) A poltica de valorizao do caf, implementada no decorrer da Repblica Velha, atendia aos interesses dos cafeicultores. Para tanto, utilizava os seguintes instrumentos:a) investimentos na produo e desvalorizao cambial; b) compra e queima do excedente produzido e desvalorizao cambial; c) compra e queima do excedente produzido e investimentos na produo; d) financiamentos para modernizao tecnolgica e investimentos na produo; e) compra e queima do excedente produzido e financiamentos para modernizao tecnolgica. A primeira poltica de valorizao do caf, chamado Convnio de Taubat determinava que os grandes estados poderiam emitir papel-moeda para comprar os estoques excedentes e deveriam ser estocados. Quando os estoques estivessem muito cheios, esses excedetnes deveriam ser queimados. Portanto a resposta a letra B.

04. UERJ ) A febre especulativa comeou ainda sob o Imprio (...). A libertao dos escravos provocara o sbito aumento da necessidade de pagar salrios e os fazendeiros sentiam carncia de dinheiro (...). [O] primeiro governo republicano, (...) convicto de que a circulao monetria era insuficiente e, ademais, aberto a ideias de industrializao, (...) estabeleceu um mecanismo de bancos privados emissores, o que incitou ainda mais a especulao (...).(GORENDER, Jacob. A burguesia brasileira. So Paulo: Brasiliense, 1986.)

O processo descrito acima ilustra a seguinte poltica econmica desenvolvida no governo provisrio de Deodoro da Fonseca, de 1889 a 1891:a) Poltica do caf-com-leite d) Encilhamento b) Positivismo c) Naturalizao e) Funding Loan

A febre especulativa foi causada pelo descontrole da poltica do ministro da Fazenda Rui Barbosa. Essa poltica causou uma tremenda inflao no pas e uma grave crise especulativa. Portanto a resposta a letra D.

05. (MACKENZIE ) O movimento resultou da conjugao de trs foras: uma parcela do exrcito, fazendeiros do oeste paulista e representantes das classes mdias urbanas.(Emilia Viotti)

Exerccios comentados01. ( UFPR ) Ora entendidos como bandidos, ora como verdadeiros heris, no incio do sculo XX, homens e mulheres das classes populares impunham suas leis e afrontavam o poder no Nordeste brasileiro, sendo destacados na histria, na literatura e no cinema. Ainda hoje so forte referncia no cancioneiro popular. Sobre esse movimento popular e seus integrantes, correto afirmar:a) Defendiam o movimento integralista, cujo objetivo era o povoamento efetivo dos sertes. b) Eram chamados de cangaceiros, e seu movimento caracterizava-se como uma forma de banditismo social. c) Seus membros realizavam protestos contra a mecanizao da agricultura e a monocultura. d) Seguiam um lder messinico que defendia o retorno da Monarquia e o comunismo agrrio. e) Tratava-se de um movimento separatista que recusava a hegemonia da regio Sul. Tinha-se verdadeiros bandidos que lutavam por justia social, formando bando de cangaceiros, causando temor para as oligarquias. Portanto a resposta a letra B.

Momentaneamente unidas, segundo a autora, conservaram profundas divergncias na organizao do novo regime. Identifique o fato histrico mencionado pelo texto.a) b) c) d) e) Golpe da Maioridade. Introduo do Parlamentarismo no Imprio. Guerra do Paraguai. Organizao do Gabinete de Conciliao. Proclamao da Repblica.

O movimento que se refere a autora Emlia Viotti foi o nascimento do governo republicano, que foi conduzido principalmente pelos cafeicultores do Oeste paulista, mas os membros do exrcito e das camadas mdias contriburam para derrocada do Imprio e a proclamao da Repblica. Portanto a resposta a letra E.

02. (UFF) Durante a Primeira Repblica, a liderana do movimento operrio no Rio de Janeiro e em So Paulo foi disputada por diversas correntes polticas. Dentre essas correntes podemos destacar como fora hegemnica:a) o socialismo utpico b) o trabalhismo varguista c) o anarco-sindicalismo d) o marxismo e) o socialismo cientfico As lutas operrias foram conduzidas principalmente pelos anarquistas e pelos sindicalistas. Portanto a resposta a letra C.

03. (FGV) (...) tem-se ressaltado o [seu] carter espontneo (...) e no h motivo para se rever o fundo dessa qualificao. A ausncia de um plano, de uma coordenao central, de objetivos pr-definidos patente. Os sindicatos tm restrito significado; o Comit de Defesa Proletria expresso da liderana anarquista e em menor escala socialista no s se forma no curso do movimento, como procura apenas canalizar reivindicaes. O padro de agressividade da greve relaciona-se com o contexto sociocultural de So Paulo e com a fraqueza dos rgos que poderiam exercer funes combinadas de representao e de controle. (Boris Fausto, Trabalho urbano e conflito social) O texto faz refernciaa) Greve Geral de 1917. b) Greve pelas oito horas de 1907. c) Intentona Comunista de 1935. d) Revoluo Constitucionalista de 1932. e) ao Levante Tenentista de 1924. As lutas operrias foram fortemente comandadas pelos anarquistas e pelos sindicalistas, que organizaram a Greve Geral de 1917. Portanto a resposta e a letra A.

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GeografiaProfessor HABDEL JafarAula 35

A evoluo do capitalismoMigraes populacionais [...] os movimentos migratrios significam a existncia de dois problemas: tanto a ruptura do emigrante com o seu lugar de origem quanto a necessidade de reintegrao social na condio de imigrante em seu lugar de destino. O primeiro marcado pelo distanciamento fsico das relaes familiares e de amizade, assim como pelo abandono das imagens dos lugares que marcam o cotidiano das pessoas [...]. O segundo representa a condio de forasteiro, de estranho, e a consequente necessidade de integrao com o novo espao fsico e social. Ruptura e reintegrao so processos que acompanham os migrantes, quase sempre com conflitos tanto de natureza psicolgica como sociocultural.(Francisco C. Scarlato, Populao e Urbanizao Brasileira, in Geografia do Brasil, Jurandir L. S. Ross (org.) Edusp, 2002).

As migraes populacionais so deslocamentos de populaes entre regies de um mesmo pas ou entre pases. [...] Com a tendncia mundial a uma estabilizao do crescimento vegetativo das populaes, as migraes esto constituindo-se no elemento mais importante da vida de grandes contingentes populacionais(Oliva, Jaime e Giansanti, Roberto. Espao e Modernidade: temas da Geografia Mundial. Atual. p. 190. 2001).

Esse intenso trnsito de pessoas que verificamos desde as ltimas dcadas do sculo XX pressupe causas estruturais e econmicas. A concentrao da riqueza e a expropriao crescente do trabalhador deterioram, cada dia mais, a vida de milhes de pessoas nos pases pobres. At mesmo nos pases centrais do capitalismo, essa uma realidade preocupante e combustvel para insensatas demonstraes de xenofobia. Ainda que existam causas polticoideolgicas, naturais, religiosas, psicolgicas e blicas, os fatores que mais alimentam esse trnsito humano em direo aos pases centrais so as ligados economia. A busca por uma vida melhor, por ascenso social e a insero nessa nova realidade tecnolgica o verdadeiro motor dessa horda de migrantes. Todo movimento migratrio se relaciona a duas reas antagnicas. As repulsivas caracterizam-se pelo crescente desemprego, pela informalidade e pelos baixos salrios. Nelas encontramos ainda, de um lado, o atraso tecnolgico da produo e, de outro, a adoo de tecnologias poupadoras de mo-de-obra. Nota-se o drama e as consequncias da intensa concentrao de terras e a mecanizao nas reas rurais. Esses fatores acabam produzindo os excedentes populacionais e disponibilizam milhares de famlias para a marcha em direo aos osis econmicos desse capitalismo global. Por sua vez, as reas atrativas oferecem melhores perspectivas de emprego, salrio e oportunidades, portanto melhores condies de vida. Outras razes que colocam milhes de pessoas em movimento so as perseguies polticas, religiosas ou tnicas. Fazem parte desse grupo as guerras e os desastres naturais (enchentes, secas, vulces em erupo, tsunamis, tornados). A degradao econmica, a corrupo poltica quase sempre aliada ao trfico de drogas, a lavagem e os desvios de dinheiro pblico so outra face desse problema. Podemos incluir tambm nessa relao a violncia perpetrada por grupos radicais, narcotraficantes e a violncia promovida pelo prprio Estado. Os governos podem contribuir para esse quadro, seja pela sua inpcia, seja pela sua incompetncia para resolver os males que afligem as sociedades. De outra forma, a imposio de medidas truculentas em relao aos seus opositores, s minorias ou para manter sua influncia poltica ou os interesses econmicos em alguma regio do planeta so exemplos claros de como esse problema pode ser agravado. Classificao dos movimentos migratrios Podemos classificar os movimentos migratrios segundo alguns aspectos. Um movimento migratrio pode ser encarado como espontneo ou voluntrio quando a deciso da sada parte do prprio sujeito. Exemplo disso so os Italianos, alemes, espanhis, que vieram para a Amrica a partir da segunda metade do sculo XIX. A migrao forada quando o sujeito obrigado a migrar, no tomando parte da deciso da sada e dos locais de destino. Foi isso o que aconteceu com os negros africanos durante a expanso europeia. Um fato idntico se deu com muitos brasileiros que se viram obrigados a fugir do Pas a partir do Golpe Militar de 1964. O estado pode intervir nos

movimentos migratrios, seja restringindo, seja estimulando os fluxos de entrada ou de sada. Uma nova onda xenfoba varreu os pases centrais do capitalismo desde o final do sculo XX. Nos EUA e por toda a Europa, assiste-se imposio de leis mais severas e restritivas aos imigrantes que j esto dentro de suas fronteiras e, principalmente, queles que desejam cruz-las. Mas nem sempre foi assim. A Conquista do Oeste nos EUA, a reconstruo da Europa arrasada pela Segunda Guerra Mundial e at a expanso das lavouras de caf no Brasil foram acompanhadas de legislao e de atitudes que estimularam a entrada de imigrantes dos mais variados cantos do planeta. Com relao ao espao de movimentao, as migraes podem ser internas ou nacionais e externas ou internacionais. Quando o indivduo muda de cidade, estado ou regio, mas no sai do seu pas de origem, ele realiza a migrao interna. Durante a industrializao de So Paulo, a construo de Braslia ou a explorao do ltex na Amaznia, muitos nordestinos deixaram para trs suas famlias e seu lugar na tentativa de melhorar de vida. No entanto, quando o migrante procura melhorias nas condies de vida em outro pas, ele realiza o que chamamos migrao externa ou internacional. Porm, muitas vezes, esses movimentos so mais complexos do que se imagina. H casos em que o migrante desloca-se diretamente da rea rural de um pas do Magreb (Arglia, Marrocos e Tunsia) para Paris ou para alguma grande cidade da Espanha. Nesse exemplo, a migrao , ao mesmo tempo, rural-urbana (xodo rural), internacional (entre pases) e transcontinental (da frica para a Europa). Outro dado importante a durao do movimento migratrio. Esse tempo pode ser provisrio ou definitivo. Na migrao temporria, a sada do migrante por tempo determinado, ou seja, j existe a inteno de retorno. Exemplo disso encontramos em um turista em frias ou num profissional que vai ao exterior para fazer um curso de especializao. Em ambos, j existe implcita a inteno do retorno. Assim, podemos encontrar algumas variaes para esses casos. O deslocamento dirio do trabalhador de sua casa (subrbio ou periferia) para seu trabalho (centro), entre o incio da manh e o anoitecer, uma migrao reversvel, ou seja, de ida e de volta. Como esse movimento se completa no mesmo dia, chamamos isso de migrao pendular. Se esse mesmo movimento for realizado entre a periferia e o centro de duas cidades fronteirias (entre pases vizinhos), ser chamado de migrao transfronteiria ou Commuting. H outro movimento de ida e de volta que ocorre por ocasio das estaes do ano. Trata-se da transumncia, que um movimento sazonal realizado, geralmente, em relao economia agrcola. O turismo e as festas folclricas ou religiosas tambm marcam essa sazonalidade dos movimentos migratrios de alguns locais. O oposto desses movimentos se chama migrao definitiva. Nela, no h o retorno das pessoas para sua regio de origem. O xodo rural um caso emblemtico desse tipo de movimento. Na esperana de encontrar melhores condies de vida, muita gente abandona o campo e muda-se para as cidades. As motivaes e as consequncias dos processos migratrios so mltiplas. Seguramente, os movimentos modernos, em grande escala, resultam da modernizao das sociedades. Mas, vistos mais de perto, notaremos que os deslocamentos populacionais variaram de intensidade, de ritmo e de direo ao longo dos sculos XIX e XX. Porm jamais as discusses em torno dos fluxos migratrios foram to inflamadas como atualmente. Alm da magnitude de seus fluxos, so muitas as polmicas e os conflitos que tm ocorrido nos pases receptores. Muito se tem discutido sobre os provveis efeitos no mercado e na economia dos pases que recebem migrantes e, por outro lado, sobre o significado dos contatos entre universos culturais distintos. Embora os deslocamentos de populao sempre tenham existido, podemos situar a segunda metade do sculo XIX como o primeiro momento de migraes macias, com caractersticas intercontinentais. Complementado um processo iniciado ainda no sculo XVI, com a expanso martimo-comercial e com a ocupao de novos territrios (a Amrica e a Oceania, por exemplo), a partir de 1850, ocorre um grande deslocamento de europeus em direo a essas reas. Entre 1846 e 1890, foram cerca de 377 mil indivduos por ano; entre 1891 e 1920, cerca de 910 mil, chegando aos 366 mil por ano no perodo entre 1921 e 1929. Calcula-se que o xodo europeu tenha chegado a 50 milhes de pessoas. No incio do sculo XX, tambm foi grande a emigrao de japoneses, chineses e coreanos e povos do Oriente Mdio para a Amrica Latina e para os EUA(Oliva, Jaime e Giansanti, Roberto. Espao e Modernidade: temas da Geografia Mundial. Atual. p. 190 e 191. 2001).

As melhores condies estruturais dos pases desenvolvidos ajudam a compreender que no foi por acaso que esses pases se transformaram em reas de atrao populacional, enquanto pases subdesenvolvidos ou mercados emergentes, como o Brasil e a Argentina, tradicionais reas atrativas, so agora

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repulsivas (os dois pases atravessam um longo perodo de estagnao e de crises econmicas). Nas ltimas dcadas do sculo XX, presenciamos no somente a ida de pessoas em direo Europa (principalmente Alemanha) e ao Japo, mas tambm o seu retorno. Os EUA so um dos pases que mais recebem imigrantes. Devido a problemas econmicos e falta de oportunidades, uma grande escalada migratria tem-se estabelecido do Mxico para os Estados Unidos. Aps a Segunda Guerra Mundial, houve, no mbito global, uma srie de conflitos, a reestruturao de fronteiras e lutas tnicas que provocaram a migrao de inmeras pessoas. So justamente os pases mais pobres que mais emitem migrantes que se deslocam em razo das pssimas condies de vida. A Europa recebe migrantes de pases perifricos que para l se dirigem em busca de trabalho. Internamente, isso tambm ocorre em pases de industrializao tardia como Portugal, Grcia e Espanha (reas de emigrao) e cujo destino so pases mais desenvolvidos como a Alemanha, Reino Unido e Frana. O esfacelamento do bloco socialista iniciou um movimento migratrio que se dirigiu para a Europa Ocidental. Na sia, h cerca de 43 milhes de imigrantes. Conta, ainda, com refugiados da guerra civil no Afeganisto, que se abrigam no Ir, no Iraque e no Paquisto. Israel recebe populaes da Comunidade dos Estados Independentes, sendo 31% de sua populao constituda de imigrantes. Tailndia e Cingapura, por se terem industrializado recentemente, atraem grande nmero de pessoas. Na frica, aps a descolonizao, as inmeras guerras e conflitos de etnia e de fronteiras deslocaram 16 milhes de pessoas de seus pases. A Costa do Marfim tem 30% de sua populao composta de imigrantes. Os EUA e o Canad atraem populaes dos pases menos desenvolvidos (24 milhes de pessoas). Na Amrica do Sul, grande parte dos imigrantes so os refugiados polticos das dcadas de 1970 e 1980 que saram de seus pases, como do Chile, por exemplo. Cerca de 5 milhes de pessoas se dirigiram para a Austrlia, e 25% de sua populao composta de imigrantes. Em todo movimento migratrio, alm das causas, existem tambm as consequncias. Entre elas, as mais importantes so a ocupao e o povoamento de uma determinada rea, os impactos no desenvolvimento econmico e as mudanas nos costumes. Observa-se, ainda, a perda de populao economicamente ativa nas reas de emigrao (sada). Em alguns casos, comum o aparecimento de rejeio ou de conflito entre os nativos e os imigrantes. Como exemplo disso, podemos citar a xenofobia, que se constitui em averso ao estrangeiro; o apartheid (segregao racial) e as tentativas de separatismo, que consiste na perda de unidade territorial. Pelo oposto, podese verificar a aceitao, a assimilao, a aculturao entre os povos que se encontram e que passam a dividir o mesmo espao. Ocorre, ainda, como consequncia desses movimentos migratrios, a influncia na relao entre o nmero de homens e o de mulheres. Nas reas de imigrao, pode ocorrer predomnio de homens, pois, em um movimento migratrio, estes predominam. J nas reas de emigrao, geralmente ocorre um predomnio de mulheres, pois so elas, juntamente com as crianas e com os velhos, que ficam para trs.

c) As migraes latino-americanas para pases da Unio Europeia vm sofrendo restries que dificultam a entrada e a permanncia de trabalhadores estrangeiros. d) A imigrao europeia para o Brasil, apesar de se haver intensificado no sculo XIX, em virtude da expanso cafeeira, sofreu restries por causa dos problemas ocasionados pelo sistema de parceria. e) O volume de migraes intra-regionais consideravelmente maior do que o daquelas dirigidas a naes no latinas, apesar de o mapa indicar destinos variados dos migrantes latino-americanos.

02. (Pucrs) O mundo apresenta redes de mobilidade populacional que transcendem fronteiras internacionais em busca de melhores condies de vida. Nesse deslocamento, pode-se afirmar corretamente quea) na Amrica do Sul, os imigrantes que chegaram nas duas ltimas dcadas so representados por refugiados polticos e por japoneses que veem nas reas metropolitanas melhores condies de vida do que no seu pas. b) todos os pases da Amrica do Norte apresentam excelentes possibilidades econmicas para os imigrantes, continuando vlida a ideia de "fazer a Amrica". c) dos pases africanos a maioria dos imigrantes que chegam atualmente ao Brasil para trabalhar nas indstrias da Grande So Paulo. d) a busca dos melhores salrios oferecidos pelos pases produtores de petrleo atrai ao Golfo Prsico muitos trabalhadores da ndia e de outras naes. e) a porcentagem de populao estrangeira na Austrlia superior dos Estados Unidos, devido proximidade com a frica e estabilidade econmica e poltica do pas.

03. (Mackenzie) Considere as afirmaes abaixo, a respeito dos efeitos positivos da imigrao nos Estados Unidos da Amrica. I. A mo-de-obra estrangeira mais barata, diminuindo o custo de produo. II. A mo-de-obra estrangeira disputa os mesmos empregos com os trabalhadores nacionais, pressionando os salrios para baixo. III. A mo-de-obra estrangeira integra-se bem ao mercado de trabalho, suprindo a carncia de mo-de-obra qualificada. IV. A mo-de-obra estrangeira amplia o mercado interno. Esto corretas:a) apenas I e II. c) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. b) apenas II, III e IV. d) apenas I e IV.

04. (UFMG) Considerando-se os reflexos das migraes internacionais na organizao do espao mundial, INCORRETO afirmar que, na atualidade, ha) um aumento de aes decorrentes da xenofobia que caracteriza parcela da populao dos pases receptores de imigrantes. b) um crescimento do contingente de imigrantes ilegais, o que tem favorecido a criao de leis que dificultam e criminalizam a presena deles nos pases receptores. c) uma plena integrao cultural e socioeconmica, no pas receptor, das geraes posteriores de imigrantes, tornadas cidados nacionais. d) uma tendncia mudana do perfil tnico, nos pases receptores, em razo do nmero de imigrantes recebidos e de seu comportamento demogrfico diferenciado.

Exerccios01. (Cesgranrio) Destino dos Migrantes Latino-americanos

Fonte: Diviso de Populao das Naes Unidas (2002), Thomas-Hope, Circa Pulso Latino-Americano. O Globo, Rio de Janeiro, 30 abr. 2003.

05. (UFG) As migraes atuais de trabalhadores oriundos dos pases pobres em direo aos pases ricos tm como causasa) a desigual densidade demogrfica nos pases pobres e a boa qualidade de vida nos paises ricos. b) o desemprego estrutural nos pases pobres e a alta produtividade tecnolgica dos pases ricos. c) a competio pelo mercado de trabalho nos pases pobres e o aumento do trabalho informal nos pases ricos. d) o crescimento de conflitos sociais, no campo, nos pases pobres, e a estabilidade econmica nos pases ricos. e) a crise fiscal nos pases pobres e o interesse dos pases ricos pelos salrios baixos do migrante.

Observando o mapa acima, relativo ao processo migratrio latino-americano, e considerando, tambm, as caractersticas do processo de imigrao para a Amrica Latina, assinale a afirmao INCORRETA.a) Os Estados Unidos so o principal plo de atrao dos movimentos migratrios latino-americanos h mais de um sculo. b) Os latino-americanos, assim como a maior parte dos migrantes, saem de seus pases procura de trabalho, de boas oportunidades e de salrios melhores.

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FsicaProfessor CARLOS JENNINGSAula 36

r 10 vm = = = 2m/s t 5

Velocidade Vetorial Instantnea A direo, o sentido e a "rapidez" (mdulo) do movimento, em cada ponto da trajetria, so os elementos que o vetor velocidade instantnea representa. 1. Em um movimento retilneo: A velocidade vetorial, em dado instante, tem o sentido do movimento e a direo da reta em que ele ocorre:

Movimentos circularesUm satlite em rbita circular em torno da Terra realiza um movimento que, alm de circular, uniforme. Em telecomunicaes, destacam-se os satlites denominados geoestacionrios. Esses satlites descrevem uma circunferncia com cerca de 42.000km de raio, no mesmo plano do equador terrestre, e mantm-se permanentemente sobre um mesmo local da Terra, completando, portanto, uma volta a cada 24 horas.

2. Em um movimento curvilneo: A velocidade vetorial instantnea tem direo tangente curva, no ponto considerado, e sentido indicado pela orientao do vetor: Ateno: uma grandeza vetorial s constante se forem constantes sua direo, seu sentido e sua intensidade. Assim, o nico movimento que tem velocidade vetorial constante o movimento retilneo uniforme. Acelerao Vetorial Instantnea a acelerao vetorial de um mvel em cada ponto de sua trajetria. Vamos decompor o vetor acelerao instantnea, tomando como base a direo do vetor velocidade: 1. Acelerao tangencial (at) Compe a acelerao vetorial na direo do vetor velocidade ( v ) e indica a variao do mdulo deste. Possui mdulo igual ao da acelerao escalar: v at = a = t Importante: 1. Em movimentos acelerados, at e v tm o mesmo sentido, como na figura, acima. 2. Em movimentos retardados, at e v tm sentidos contrrios. 3. Em movimentos uniformes, at nula, j que o mdulo de v no varia nesses movimentos. 2. Acelerao centrpeta ou normal (ac) Componente da acelerao vetorial na direo do raio de curvatura (R); indica a variao da direo do vetor velocidade ( v ); tem sentido apontando para o centro da trajetria (por isso, centrpeta) e mdulo dado por: v2 ac = R Importante: nos movimentos retilneos, ac nula porque o mvel no muda de direo nesses movimentos. 3. Acelerao vetorial resultante A obteno da intensidade da acelerao resultante pode ser feita aplicando-se o Teorema de Pitgoras no tringulo retngulo em destaque na figura anterior: 2 2 2 a = a t+ a c

A Lua completa uma volta ao redor da Terra em aproximadamente 27 dias (perodo de translao). Nesse mesmo intervalo de tempo, ela tambm completa uma rotao em torno de seu eixo (perodo de rotao). Em virtude dessa igualdade de perodos de translao e rotao da Lua, ela nos mostra sempre a mesma face. A outra face (face oculta) s ficou conhecida com o advento da era espacial. Na Cinemtica Escalar, estudamos a descrio de um movimento em trajetria conhecida, utilizando as grandezas escalares. Agora, veremos como obter e correlacionar as grandezas vetoriais descritivas de um movimento, mesmo que no sejam conhecidas previamente as trajetrias. Deslocamento Vetorial A figura ilustra um deslocamento escalar (S) de um barco, de A para B, num trecho do rio Purus. rA e rB so vetores-posio com origem em O. Ao ir de A para B, o barco realizou um deslocamento r , com origem no ponto A e extremidade no B, dado pela diferena entre o vetor-posio no fim do deslocamento e o vetor-posio no incio:

AplicaoUm corpo descreve uma trajetria circular de dimetro 20cm, com velocidade escalar de 5m/s, constante. Nessas condies, calcule a acelerao qual fica submetido o corpo. Como D=20cm, o raio R=10cm=0,1m; v=5m/s. O mdulo da velocidade no muda (v constante), ento: at = 0. A acelerao do corpo : v2 2 2 2 2 2 a = a t + a c a = a t a = ac = R 2 2 v = = 250m/s2 5 a = R 0,1 MOVIMENTOS CIRCULARES Deslocamento escalar O permetro de uma circunferncia corresponde medida do arco relativo a uma circunferncia completa (uma volta): S = 2R (Unidade no SI: metro m). A correspondente medida, em radianos, desse arco vale: S 2 R = = = 2 rad R R Assim, quando um corpo se desloca sobre uma circunferncia, podemos fornecer a sua posio mencionando o ngulo central correspondente. Deslocamento angular A medida algbrica do ngulo que define a posio do corpo, em relao origem, chamada de fase (). A variao sofrida pela fase ( ), num dado intervalo de tempo, recebe o nome de deslocamento angular: = o (unidade no SI: radiano rad). Relao entre os deslocamentos escalar e angular uma constante de valor igual ao raio da circunferncia: S S = R = R Velocidade escalar linear e velocidade angular Do mesmo modo como

r = rB rA Importante: em trajetria curvilnea, fcil verificar que |r| < |S|. Em trajetria retilinea |r| = |S|.Velocidade Vetorial Mdia Numa trajetria qualquer (retilnea ou curvilnea), a velocidade vetorial mdia definida pela razo entre o vetor deslocamento e o correspondente intervalo de tempo: r vm = t Ateno: o vetor velocidade mdia tem a mesma direo e o mesmo sentido do vetor deslocamento). PARA ENTENDER: Numa curva de rio, em certo instante, um homem observa um barco deslocarse desde a posio A, a 6m do ponto O em que est posicionado. Depois de 5s, o barco est na posio B, a 8m do mesmo referencial. Qual o mdulo da velocidade vetorial mdia do movimento do barco? Dados os mdulos dos vetoresposio, r1 = 6m e r2 = 8m, podemos calcular o mdulo do deslocamento vetorial:

Mdulo da velocidade vetorial mdia:

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definimos a velocidade escalar mdia (vm= S/t), podemos definir a velocidade angular mdia: m= (unidade no SI: rad/s). t Relao entre velocidade escalar mdia e angular mdia Opera-se por meio do raio: vm m = vm = m R R Relao entre acelerao centrpeta e velocidade angular: 2 2 v ( R) 2 ac = = ac = R R R Acelerao escalar linear e acelerao angular Do mesmo modo como definimos a acelerao escalar mdia (am = v/t), podemos definir a acelerao angular mdia: m = t Relao entre acelerao escalar mdia e angular mdia Opera-se por meio do raio: am m = am = m R R MOVIMENTOS PERIDICOS Aqueles que se repetem identicamente em intervalos de tempo iguais. O movimento de translao do planeta Terra ao redor do Sol peridico, ou seja, cada volta ocorre em um intervalo de tempo definido: 365 dias e 6 horas, aproximadamente. Esse tempo, gasto para completar um ciclo de movimento, denominado perodo. Grandezas caractersticas 1. Frequncia (f) Representa o nmero de voltas (n) que o mvel efetua por unidade de tempo: n f = (unidade no SI: rotaes por segundo t (rps), que recebe o nome de hertz Hz). 2. Perodo (T) Representa o intervalo de tempo correspondente a uma volta completa:

Aplicaes01. (FGV) A funo horria do espao, para um MCU de raio 2m, S = 5 + 4t (SI). Determine: a) A funo horria de fase. Soluo: R = 2m; S = 5 + 4t S 5 + 4t = = = 2,5 + 2t R 2 b) As velocidades escalar e angular do movimento. Soluo: Das funes horrias do espao e da fase, respectivamente, retiramos: v = 4m/s e = 2rad/s c) As aceleraes tangencial e centrpeta para esse movimento. Soluo: at = 0 (MCU); 2 2 v 4 2 ac = = = 8m/s R 2 02. Encontre uma expresso da velocidade escalar linear v de um ponto da superfcie da Terra, referida apenas ao movimento de rotao, em funo da latitude L. A Terra, suposta esfrica, tem raio R e seu perodo de rotao T. Soluo: Um ponto P qualquer, de latitude L, da superfcie terrestre descreve uma circunferncia de raio r em relao ao eixo da Terra, com velocidade angular dada por: 2 = (I) T Do tringulo destacado, temos: r cosL = r = RcosL (II) R A velocidade escalar linear dada por: v = r (III) Substituindo (I) e (II) em (III), obtemos: 2RcosL v = T MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTE VARIADO (MCUV) Caractersticas: Trajetria: circunferncia. Velocidade vetorial: varivel em mdulo, direo e sentido. Acelerao tangencial: constante em mdulo, varivel em direo e sentido. Acelerao centrpeta: varivel em mdulo, direo e sentido. Expresses do MCUV:

t T = (unidade no SI: segundo s). nRelao entre T e f O perodo o inverso da frequncia: f = 1/T ou T = 1/f Relao entre , T e f : 2 = = = 2 f t T

AplicaoUm mvel percorre uma trajetria circular de 4m de raio, dando 4 voltas em 8s. Quais as velocidades tangencial e angular do mvel? Soluo: Comecemos pelo perodo: 4 voltas 8s 1 volta T Ento: T =2s Agora, a velocidade tangencial: 2 R 2. 3,14 .4 v = = = 12,56m/s T 2 Finalmente, a velocidade angular: 2 2. 3,14 = = = 3,14rad/s T 2 MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU) Caractersticas: Trajetria: circunferncia. Movimento peridico. Velocidade vetorial: constante em mdulo e varivel em direo e sentido. Acelerao tangencial: nula. Acelerao centrpeta: constante em mdulo e varivel em direo e sentido. Frequncia e perodo: constantes. Funes horrias escalar e angular (de fase):

AplicaoUma partcula em MCUV tem sua velocidade angular alterada de 2 rad/s para 10 rad/s, durante 20s. Calcule o nmero de voltas que a partcula efetua nesse intervalo de tempo.Soluo: A acelerao angular da partcula : 0 = 2 rad/s; =10 rad/s = 0 + t 10 = 2 + . 20 10 2 = . 20 2 = rad/s2 5 O deslocamento angular: 2= 20 +2 t 2 1002 = 42 + 2. = 120 rad 5 O numero de voltas: 1volta 2 rad n voltas 120 rad n=60

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MatemticaProfessor Cladio Barros VITORAula 37

Funo exponencialToda funo f: IR IR definida por f (x) = ax, com aIR, 0 < a 1 e xIR chamada de funo exponencial. Sendo a > 1 a funo crescente:

a) 3 e 2 b) 1 e 6 c) 1 e 6 d) 1 e 6 e) 2 e 3 Soluo (43x)2x = 40 (3-x)(2-x) = 0 x = 3 ou x = 2 04. Na funo exponencial y=2x 4x, determine os valores de x para os quais 1 < y 20 x2 4x > 0 x < 0 ou x > 4 2 ( II ) 2x 4x < 25 x2 4x < 0 2 x 4x 5 < 0 1 < x < 5 ( I ) ( II ) = ]1,0[ ] 4,5 [ 05. Uma substncia se decompe aproximadamente segundo a lei Q(t) = k. 20,5t, em que k uma constante, t indica o tempo (em minutos) e Q(t) indica a quantidade da substncia (em gramas) no instante t.2

D = IR Im = IR+*

Caso 0 < a < 1 a funo decrescente. D = IR Im = IR+*

Equao exponencial: ax = ay x = y; com 1 a >0 Inequao exponencial Se a > 0 ax1 > ax2 x1 > x2 Se 0 < a < 1 ax1 < ax2 x1 > x2

Soluo: Q (t) = k . 2 0,5t t = 0 Q(0) = 2048 = k . 20,5 . 0 k = 2048 Q (t) = 2048 . 20,5t Q (t) = 211 . 20,5t Q (t) = 2110,5t ; Q (a) = 512 = 2110,5a 2110,5a = 2a 110,5a = a a = 4 25x+125 06. A equao =5x+1, admite como solues os 6 nmeros a e b. Ento: a) a/b=1 b) a+b=0 c) a.b = 2 d) a b = -3 e) a = b2 Soluo: b) 07. Se

Aplicaes01. O nmero de bactrias de uma cultura, t horas aps o incio de certo experimento, dado pela expresso N(t) = 1200.20,4t. Nessas condies, quanto tempo aps o inicio do experimento a cultura ter 38.400 bactrias? Soluo: N (t) = 1200 . 20,4t = 38400 38400 20,4t = 20,4t = 32 1200 20,4t = 25 0,4t = 5 t = 12,5h 02. (PRISE) Devido a extrao indiscriminada de aaizeiros em certas regies do Estado, a produo de aa decrescente anualmente, segundo a funo y = 32. (1/2)x, onde x o tempo em anos e y represente as toneladas de aa produzidas anualmente. Nessas condies, daqui a 6 anos a produo de aa em torno de: a) 0,5t b) 2t c) 3t d) 4t e) 8t Soluo: y(x) = 25. (1/2)x y(6) = 25 . (1/2)6 y(6) = 1/2 = 0,5t 03. Os Valores de x que satisfazem a equao (43x )2x =1 so dados por:

2x+2y = 2 a) 2 b) 1 c) 0 d) 1 e) 2 Soluo: a)

{

3x+y = 1

ento o valor de x y :

08. A soluo da inequao (1/2)x +5x+1 1/2 :2

a) x 0 b) -5 x 0 c) x 0 d) x 5 ou x 0 e) n.d.a Soluo: b) LOGARTIMO A ideia bsica dos logaritmos a de transformar operaes aritmticas complicadas, como potenciao e radiciao, em operaes mais simples. logba = c bc = a onde a > 0 e 0 0. Assim sendo, qual a rea da regio hachurada?06. O quociente do logartmo(em qualquer base) de minha idade pelo logartmo(na mesma base) da idade de meu filho de 8 anos 5/3. Qual a minha idade? a) 44 anos b) 40 anos c) 36 anos d) 32 anos e) 30 anos Soluo: d) 07. O valor de log32. log43. log54. log65. log76. log87. log98. log109 : a) 0 b) 1 c) log2 d) log3 e) log5 Soluo: c)08. Aumentando um nmero x de 16 unidades, seu logartmo na base 3 aumenta 2 unidades. Ento, x :a) 2 b) 3 c) 0 d) 4 e) 5 Soluo: a)16MatemticaProfessor CLCIO FreireAula 38Multiplicao de matrizes O produto de uma matriz por outra no determinado por meio do produto dos seus respectivos elementos. Assim, o produto das matrizes A=(aij)m x p e B=(bij) p x n a matriz C=(cij) m x n, em que cada elemento cij obtido por meio da soma dos produtos dos elementos correspondentes da isima linha de A pelos elementos da j-sima coluna B. Exemplo:Matrizes e suas aplicaesNotao geral Costuma-se representar as matrizes por letras maisculas e seus elementos por letras minsculas, acompanhadas por dois ndices que indicam, respectivamente, a linha e a coluna que o elemento ocupa. Assim, uma matriz A do tipo m x n representada por: ou, abreviadamente, A = [aij]m x n, em que i e j representam, respectivamente, a linha e a coluna que o elemento ocupa. Por exemplo, na matriz anterior, a23 o elemento da 2. linha e da 3. coluna. Da definio, temos que a matriz produto A . B s existe se o nmero de colunas de A for igual ao nmero de linhas de B: A matriz produto ter o nmero de linhas de A (m) e o nmero de colunas de B(n): Se A3 x 2 e B2 x 5 , ento (A . B)3 x 5 Se A4 x 1 e B2 x 3, ento no existe o produto. Se A4 x 2 e B2 x 1, ento (A . B)4 x 1 Propriedades Verificadas as condies de existncia para a multiplicao de matrizes, valem as seguintes propriedades: a) associativa: (A . B) . C = A . (B . C) b) distributiva em relao adio: A . (B+C) = A . B + A . C ou (A+B) . C=A.C+B.C c) elemento neutro: A . In = In . A = A, sendo In a matriz identidade de ordem n. Exemplo: Considerando a equao matricial a, b e c so nmeros reais, podemos afirmar que: a) c + b = 4 b)a um nmero positivo c) no existem nmeros reais a, b e c d)c no um nmero inteiro e) a + b = c Soluo: em queNa matriz, temos:Ou, na matriz B = [ 1 0 2 5 ], temos: a11 = 1, a12 = 0, a13 = 2 e a14 = 5. Denominaes especiais Matriz transposta: matriz At obtida a partir da matriz A, trocando-se, ordenadamente, as linhas por colunas ou as colunas por linhas. Por exemplo:SeDesse modo, se a matriz A do tipo m x n, At do tipo n x m. Note que a 1. linha de A corresponde 1. coluna de At e a 2. linha de A corresponde 2. coluna de At.Matriz simtrica: matriz quadrada de ordem n, tal que A = At . Por exemplo, simtrica, pois a12 = a21 = 5,a13 = a31 = 6, a23 = a32 = 4, ou seja, temos sempre aij = aji. Matriz oposta: matriz A obtida a partir de A, trocando-se o sinal de todos os elementos de A. Por exemplo, Igualdade de matrizes Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m x n, so iguais se, e somente se, todos os elementos que ocupam a mesma posio so iguais: A=B aij = bij para todo 1 i m e todo 1 j n e A = B, ento c = 0 e b = 3 Operaes envolvendo matrizes Adio Dadas as matrizes, A = [aij]mxn e B = [bij]mxn, chamamos de soma dessas matrizes a matriz C = [cij]mxn, tal que cij = aij + bij, para todo 1 i m e todo 1 j n. Exemplos: Dividindo os membros da segunda equao por 3, obtemos o par ordenad