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1 APROVEITAMENTO DAS ESTRUTURAS DAS FUNDAÇÕES E SERVIÇOS DE INTERESSE DO ESTADO PELA UERGS - UMA OPORTUNIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, ECONÔMICO E SOCIAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RESUMO O presente documento registra uma proposta de aproveitamento das Fundações (extintas através da Lei nº 14.982/2017) pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) com o objetivo de potencializar suas atividades de ensino, extensão e pesquisa a fim de alavancar o desenvolvimento tecnológico, econômico e social de nosso Estado. O encerramento das atividades das Fundações representa grande impacto negativo nas políticas públicas protagonizadas pelo Estado, que até então contavam com a experiência da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) no suporte analítico e no desenvolvimento/adaptação de tecnologias para as cadeias produtivas gaúchas; com a Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE), no levantamento e análise de dados macroeconômicos; com a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB), promovendo a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e elaborando políticas públicas para a gestão do meio ambiente, e com a Fundação Piratini (TVE e FM Cultura) como importante ferramenta para a produção e difusão de conteúdos culturais e educativos. Por outro lado, num momento de recessão econômica, surgem diversos projetos capazes de estimular o desenvolvimento no Estado, entre eles: o Polo Carboquímico, vultuosos investimentos na mineração na Metade Sul, projetos de infraestrutura, de energias alternativas, de pecuária sustentável, entre outros. Neste cenário, é importante salientar que todos esses projetos apresentam conexão direta com os temas: Energia, Agricultura, Meio Ambiente, Infraestrutura, Tecnologia e Inovação. Dentro desse cenário temos algumas incógnitas: 1) Será que possuímos estrutura suficiente para atender e dar suporte a investimentos de tamanha importância ao Estado? 2) Como fornecer e garantir apoio tecnológico (para adaptação às realidades locais), suporte analítico, espaços para inovação e desenvolvimento de tecnologia, gestão ambiental eficiente, mão de obra qualificada à cadeia produtiva? Assim, restam como dúvidas relevantes:

APROVEITAMENTO DAS ESTRUTURAS DAS ......partindo de um planejamento estratégico focado na reestruturação da UERGS. Algumas das ações propostas são apresentadas a seguir: 5.1)

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APROVEITAMENTO DAS ESTRUTURAS DAS FUNDAÇÕES E SERVIÇOS

DE INTERESSE DO ESTADO PELA UERGS - UMA OPORTUNIDADE

PARA O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, ECONÔMICO E SOCIAL

DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RESUMO

O presente documento registra uma proposta de aproveitamento das Fundações

(extintas através da Lei nº 14.982/2017) pela Universidade Estadual do Rio

Grande do Sul (UERGS) com o objetivo de potencializar suas atividades de

ensino, extensão e pesquisa a fim de alavancar o desenvolvimento tecnológico,

econômico e social de nosso Estado. O encerramento das atividades das

Fundações representa grande impacto negativo nas políticas públicas

protagonizadas pelo Estado, que até então contavam com a experiência da

Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) no suporte analítico e no

desenvolvimento/adaptação de tecnologias para as cadeias produtivas gaúchas;

com a Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE), no

levantamento e análise de dados macroeconômicos; com a Fundação

Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB), promovendo a conservação e o uso

sustentável dos recursos naturais e elaborando políticas públicas para a gestão

do meio ambiente, e com a Fundação Piratini (TVE e FM Cultura) como

importante ferramenta para a produção e difusão de conteúdos culturais e

educativos. Por outro lado, num momento de recessão econômica, surgem

diversos projetos capazes de estimular o desenvolvimento no Estado, entre

eles: o Polo Carboquímico, vultuosos investimentos na mineração na Metade

Sul, projetos de infraestrutura, de energias alternativas, de pecuária

sustentável, entre outros. Neste cenário, é importante salientar que todos esses

projetos apresentam conexão direta com os temas: Energia, Agricultura, Meio

Ambiente, Infraestrutura, Tecnologia e Inovação.

Dentro desse cenário temos algumas incógnitas:

1) Será que possuímos estrutura suficiente para atender e dar suporte a

investimentos de tamanha importância ao Estado?

2) Como fornecer e garantir apoio tecnológico (para adaptação às

realidades locais), suporte analítico, espaços para inovação e

desenvolvimento de tecnologia, gestão ambiental eficiente, mão de obra

qualificada à cadeia produtiva?

Assim, restam como dúvidas relevantes:

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1) Não estaríamos desperdiçando as estruturas das fundações (em

processo de extinção ou com atividades suspensas) frente a estas

oportunidades e, acima de tudo, os recursos humanos altamente

qualificados e imprescindíveis para um suporte adequado aos

empreendimentos e ao desenvolvimento socioeconômico do Estado?

2) Não seria uma oportunidade para a potencialização da Universidade

Estadual atender as demandas nesses eixos do desenvolvimento?

3) Não seria a UERGS compatível com as diretrizes de uma universidade de

cunho tecnológico, com a criação de institutos ou centros de

excelência, com atuação forte na formação de recursos humanos

voltados às necessidades do Estado, na extensão universitária, na

pesquisa, na inovação e, tornando-se assim, um agente protagonista no

suporte às políticas públicas com o foco no desenvolvimento

socioeconômico do Estado?

4) Qual o tipo de arranjo institucional que o Estado possui no momento para

captar recursos de entidades de fomento ao desenvolvimento científico

e tecnológico, tais como a FINEP, o CNPq e a CAPES?

OBJETIVO

O presente documento tem por objetivo propor o aproveitamento parcial das

estruturas pertencentes às Fundações Estaduais em processo de extinção, de

maneira a serem utilizadas como forma de potencializar a UERGS. Os recursos

atualmente disponíveis (estruturas, metodologias de trabalho e serviços) seriam

parte integrante de um processo de reestruturação das entidades envolvidas.

Algumas premissas foram adotadas para o desenvolvimento dessa proposta:

1) Planejamento estratégico para aproximação da UERGS aos conceitos

de uma universidade tecnológica, com o foco na sustentabilidade

econômica e ambiental, com forte aproximação da indústria e das

políticas públicas.

2) Absorção parcial das estruturas físicas e do patrimônio das fundações

em extinção, criando institutos tecnológicos ou centros de excelência

com o foco em eixos como economia e estatística, planejamentos

setoriais, tecnologia ambiental, energia sustentável, suporte à

agricultura, à indústria e de infraestrutura.

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3) Aperfeiçoamento, diversificação e complementação do quadro técnico

da UERGS com incorporação de parte dos profissionais das fundações,

com a otimização de equipes e de estrutura, posteriormente ao

levantamento de necessidades e ajustes das questões trabalhistas que

envolvem os processos de extinção.

4) Retomada de alguns cases existentes de excelência nas Fundações,

como por exemplo, o sistema da qualidade implantado na CIENTEC, com

ensaios acreditados junto ao Inmetro, indicadores econômicos e

ferramentas de gestão ambiental.

5) Inserção da UERGS em políticas públicas, com preferência para a

criação leis e mecanismos de geração de receita. Exemplos: IRGA

(taxação do arroz), antiga Lei do 1% da CIENTEC (revogada), entre outros

mecanismos a serem criados, para dar sustentabilidade à nova

instituição. Outras propostas: suporte e qualificação aos processos

licitatórios junto à CELIC, avaliação da conformidade em alimentos,

merenda escolar, obras públicas, entre outros.

6) Qualificação da participação da indústria (pesquisa aplicada) com foco

no desenvolvimento, a partir de um planejamento e estudo prévio de

vocações áreas de interesse do Estado.

7) Desenvolvimento dos espaços colaborativos como parques

tecnológicos (vide o modelo Sapiens de Santa Catarina) para fomentar a

participação da iniciativa privada.

8) Formação e qualificação de recursos humanos capazes de atuar em

áreas estratégicas para o desenvolvimento do RS e firmar convênios entre

a UERGS, reconfigurada, e demais órgãos da administração pública, para

a busca por soluções práticas para os problemas do Estado.

A modelagem e estruturação da Universidade deve ocorrer com a participação

direta do atual Governo do Estado, avaliando-se as disponibilidades de recursos

humanos e de infraestrutura, considerando as questões trabalhistas envolvidas

e a avaliação das necessidades para viabilização do projeto.

JUSTIFICATIVA

Em reunião institucional entre SENGE e a Reitoria da UERGS, no ano de 2018,

observou-se uma identificação com os interesses da Universidade. Por parte do

Sindicato, havia um movimento defendendo uma reformulação da CIENTEC, o

qual entendia que a UERGS seria o órgão da administração Estadual com as

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características regimentais aproximadas do modelo institucional defendido. Por

parte da UERGS, dadas as necessidades da instituição e da oportunidade

identificada, também já havia sido declarado o interesse pelo tema através de

ofícios enviados ao Governo do Estado.

A Superintendência de Planejamento - SUPLAN/UERGS, analisou a listagem de

bens dos Laboratórios da CIENTEC, encaminhada em anexo ao ofício

GAB/DA/SDECT nº 118/2018, a fim de verificar a possibilidade da utilização

racional e eficiente do patrimônio público do Estado do Rio Grande do Sul nas

atividades de ensino, pesquisa e extensão da UERGS. Manifestou interesse e

relacionou os cursos de graduação e mestrados profissionais atualmente

oferecidos pela UERGS, que podem fazer uso imediato da estrutura laboratorial

existente na CIENTEC. Cabe ressaltar neste ponto que estas estruturas e

equipamentos, montadas e adquiridas com recursos federais destinadas à

pesquisa, somente poderão ser doados a instituições que os empreguem nos

mesmos fins para os quais os mesmos foram adquiridos (pesquisa tecnológica)

e caracterizam uma dificuldade adicional no descomissionamento das

Fundações. A incorporação de outros espaços com laboratórios e infraestrutura

apropriados para o ensino e pesquisa nas Fundações Zoobotânica, Piratini e de

Economia e Estatística, também avaliados, permitiria a expansão do Campus

Central da UERGS para além da área da CIENTEC. A incorporação dessas

estruturas se justifica também na possibilidade de dar continuidade nas

atividades essenciais para o estado, previstas na Constituição e apontadas pelo

Ministério Público e o Tribunal de Justiça, amenizando os conflitos políticos,

técnicos e jurídicos.

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O APROVEITAMENTO DA FUNDAÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

PELA UERGS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1) Mudança imediata do Campus Central e da Reitoria para a Sede da

CIENTEC (Rua Washington Luiz, 675, Porto Alegre) gerando economia na

ordem de 3 milhões por ano frente aos custos atuais de locação de espaço

físico pela UERGS.

2) Incorporação de toda a estrutura e patrimônio da CIENTEC (Sede e

Campus no Distrito Industrial de Cachoeirinha) por parte da UERGS

(orçamento de custeio previsto para a CIENTEC deve ser repassado à

UERGS).

3) Utilização imediata do parque de laboratórios da CIENTEC nas áreas de

ensino e pesquisa da UERGS, permitindo a qualificação imediata dos

cursos correlatos.

4) Transferência imediata de projetos, convênios e contratos da CIENTEC

para a UERGS, permitindo a retomada dos projetos de pesquisa e

convênios que se encontram paralisados em função do processo de

extinção (assunto levantado pelo MP em Ação Civil Pública).

5) Criação de um Grupo de Trabalho destinado ao estudo, montagem e

modelagem de implementação para projetos de curto e longo prazo,

partindo de um planejamento estratégico focado na reestruturação da

UERGS. Algumas das ações propostas são apresentadas a seguir:

5.1) Criação de institutos de tecnologia ou centros de excelência

específicos para atuação em políticas públicas e suporte a indústria, com

a retomada de algumas atividades da CIENTEC com o foco na

sustentabilidade da universidade, a partir da execução de consultorias,

prestação de serviços e pesquisa aplicada, como também definição de

modelo jurídico adequado para essas formações.

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5.2) Retomada do Estudo/Projeto Parque Tecnológico da CIENTEC em

Cachoeirinha.

5.3) Retomada das Incubadoras da CIENTEC (Cachoeirinha e Porto Alegre).

5.4) Desenvolver política pública vinculada a possíveis atividades de

contraprestação de serviços da universidade para a sociedade. Alguns

exemplos: Lei da Infraestrutura (Lei do 1% revogada); Lei dos Alimentos

(Lei do 1% com o foco no controle tecnológico dos alimentos, merenda

escolar estadual e municipal consumidos pelos órgãos públicos), podendo

abranger outras áreas de interesse conectados a políticas públicas.

5.5) Estudo e traçado de linhas prioritárias de pesquisa, visando o

desenvolvimento de pesquisas aplicadas nas áreas de interesse do

Estado, permitindo a captação de recursos externos para a manutenção

de parte das estruturas laboratoriais e aquisição de consumíveis,

contribuindo para a sustentabilidade da Universidade.

5.6) Estudo minucioso dos custos e receitas da Universidade, associando

valores monetários aos seus trabalhos e contraprestações ao Estado e

sociedade, de maneira a utilizá-los em indicadores de desempenho

institucional.

Todas essas atividades propostas, estão em consonância com a lei de criação

da UERGS e com o estatuto da Universidade.

DESCRIÇÃO

Ciente da importância de um projeto de desenvolvimento científico,

tecnológico e de inovação que vise o aproveitamento e a utilização racional e

eficiente do patrimônio público do Estado do Rio Grande do Sul nas atividades

de ensino, pesquisa e extensão da UERGS, apresentamos algumas ponderações

acerca do aproveitamento da área e do patrimônio da Fundação de Ciência e

Tecnologia - CIENTEC:

I. A utilização de equipamentos de laboratório, tanto para

ensino como pesquisa, demanda infraestrutura que deve seguir uma série de

padrões técnicos relativos à qualidade e segurança;

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II. Em geral, para a plena execução de determinada técnica

ou processo faz-se necessário que um conjunto de equipamentos esteja

instalado de forma integrada, no mesmo espaço físico. Portanto, considerando

algumas exceções, equipamentos isolados não teriam aproveitamento pleno e

racional;

III. Equipamentos que, porventura, não tenham um

planejamento adequado de conservação, climatização e utilização

especializada correm risco de sucateamento e prejuízo irreparável ao erário.

IV. Equipamentos obtidos por meio de convênios com agências

de fomento – FINEP, CNPq, etc - deverão ser mantidos para continuidade dos

projetos e mantendo o destino previsto para os bens públicos adquiridos.

Ademais, considerando que a Reitoria da UERGS está situada em prédio alugado

na Rua Sete de Setembro, 1156, ao custo mensal de R$ 45.000,00; o Campus

Central da UERGS, na Av. Bento Gonçalves, 8855, está sediado em uma área da

CEEE por meio de contrato de cessão onerosa à Universidade e que requer obras

para torná-lo adequado a todas as atividades que foram planejadas, quando da

sua concepção, no ano de 2013. O custeio mensal do Campus Central é da ordem

de R$ 90.000,00 que inclui gastos com energia elétrica, água e esgoto,

vigilância, jardinagem e limpeza. O valor do aluguel dos espaços utilizados pela

UERGS no Campus Central é da ordem de R$ 180.000,00, para uma utilização

parcial e compartilhada do campus com a CEEE; A biblioteca da CIENTEC, que

já foi considerada a segunda melhor do país dentro da sua área de atuação,

possui espaço, mobiliário e acervo de periódicos de excelência, e poderia ser

utilizada para atender aos cursos de graduação e pós-graduação da UERGS. A

área contempla ainda estrutura para alimentação, espaços para pesquisa e salas

administrativas que podem comportar atividades da Universidade. Frisamos que

a cedência integral da infraestrutura da CIENTEC para a UERGS possibilitará a

otimização dos custos para o Estado do RS e infraestrutura adequada para a

Universidade com menos investimentos.

Portanto, acreditamos que a destinação de toda área e estrutura da CIENTEC

à UERGS é estratégica para o Estado do Rio Grande do Sul, uma vez que

desonera o Estado de aluguéis, permite a consolidação do Campus Central para

a Universidade, contemplando Reitoria, Biblioteca Central, Unidade de Ensino

e Centros de Pesquisa, além de viabilizar a consolidação de cursos de Pós-

Graduação como Mestrados e Doutorados, sem contar que com isto haverá

conservação e utilização do Patrimônio Público, evitando assim a deterioração

dos bens disponíveis.

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Relacionamos a seguir, os cursos de graduação e mestrados profissionais

atualmente ofertados pela UERGS, que podem fazer uso imediato da estrutura

laboratorial remanescente da CIENTEC:

Departamento de Química: cursos de Engenharia de Energia, Engenharia de

Bioprocessos e Biotecnologia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Gestão

Ambiental, Agronomia, Biologia Marinha, Mestrado em Ambiente e

Sustentabilidade, mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos e mestrado

em Formação Docente para Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática.

Laboratório de Águas: cursos de Gestão Ambiental, Biologia Marinha, mestrado

em Ambiente e Sustentabilidade;

Laboratório de Análises Inorgânicas: cursos de Engenharia de Energia,

Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e mestrado em Ciência e Tecnologia

de Alimentos.

Laboratório de Análises Orgânicas: cursos de Engenharia de Energia,

Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e mestrado em Ciência e Tecnologia

de Alimentos.

Laboratório de Ensaios de Combustíveis: cursos de Engenharia de Energia e

Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia.

Laboratório de Ensaios de Materiais: cursos de Engenharia de Energia,

Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e Automação Industrial.

Laboratório de Química de Alimentos: curso de Ciência e Tecnologia de

Alimentos e mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Laboratório de Análises Cromatográficas: cursos de Engenharia de Energia,

Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Ciência e Tecnologia de Alimentos

e Agronomia.

Departamento de Engenharia Eletroeletrônica: cursos de Engenharia da

Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Energia,

Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e mestrado em Formação Docente

para Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática.

Departamento de Alimentos: curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos e

mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Departamento de Engenharia de Processos: curso de Engenharia de Energia,

Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e Engenharia de Controle e

Automação.

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Departamento de Engenharia Metal Mecânica: curso de Engenharia de

Energia, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e Engenharia de Controle

e Automação.

Departamento de Geotecnia: mestrado em Ambiente e Sustentabilidade.

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SUGESTÃO DE OCUPAÇÃO CAMPUS CENTRAL E ÁREA ADMINISTRATIVA CONTEXTO TERRITORIAL

PROPOSTA DE OCUPAÇÃO

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O APROVEITAMENTO DA FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO RIO

GRANDE DO SUL PELA UERGS

DESCRIÇÃO

A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) é reconhecida

internacionalmente como uma instituição de pesquisa de referência sobre a

biodiversidade, em especial de espécies e ecossistemas do RS. O Museu de

Ciências Naturais da FZB detém um dos principais acervos científicos da

América Latina (cerca de 600 mil exemplares/lotes conservados e mais de

quatro mil exemplares de plantas vivas), com os mais completos bancos de

dados e coleções de espécies da fauna e da flora gaúchas, além de exemplares

de outras partes do mundo que, em conjunto, possuem valor inestimável e

importância mundial.

Também é o único órgão no Estado que mantém, no Jardim Botânico (Rua

Doutor Salvador França, 1427, Jardim Botânico, Porto Alegre), acervos vivos de

espécies da flora raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção, cujo resguardo

requer cuidados e manejo especializados.

A FZB é a única instituição pública do Estado que executa pesquisa e

monitoramento da biodiversidade com a finalidade de subsidiar as políticas

públicas estaduais de gestão e planejamento ambiental, conservação da

natureza e uso sustentável dos recursos naturais, mantendo um corpo técnico

altamente qualificado, formado por especialistas nos mais diversos grupos da

fauna e da flora.

Entre as pesquisas desenvolvidas pela FZB estão a descrição de novas espécies

de plantas e animais, a realização de inventários biológicos, o manejo de

animais peçonhentos visando à produção de soro antiofídico, a recuperação de

ambientes degradados, o impacto de estradas sobre a fauna, a proliferação de

algas tóxicas, o efeito de espécies parasitas e exóticas invasoras, a fauna fóssil,

a manutenção de banco de sementes representativo da flora de todo o Rio

Grande do Sul, para fins de pesquisa e melhoramento do manejo de sementes

visando ao repovoamento e à restauração de ambientes degradados e muitos

outros.

A FZB é reconhecidamente uma instituição de suma importância para a

formação de recursos humanos nas área s de pesquisa e conservação do meio

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ambiente. Diversos profissionais que hoje atuam em órgãos públicos ou privados

de meio ambiente e de pesquisa tiveram parte da sua formação na FZB.

Atualmente, a FZB conta com 30 cotas de bolsas de iniciação científica

(programas PIBIC/CNPq e PROBIC/FAPERGS), além de vários estudantes de

mestrado e doutorado que desenvolvem pesquisas sob orientação de

especialistas da instituição. Recentemente, a FZB aprovou, em parceria com

a UERGS, um curso de Pós–Graduação em nível de mestrado, modalidade

acadêmico, na área de Sistemática e Conservação da Diversidade Biológica,

em fase de implementação, e as duas instituições têm estudos para oferecer,

em conjunto, cursos de especialização voltados ao aperfeiçoamento de

agentes ambientais municipais, qualificando a gestão e o licenciamento

ambientais nos municípios e no Estado.

Conforme exposto acima, as atividades e o histórico da FZB demonstram uma

estreita afinidade da instituição com o universo acadêmico e uma vocação

intrínseca para atuação junto à Universidade no que se refere à produção de

conhecimento no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. Também é

muito claro que a incorporação de parte da estrutura da FZB pela UERGS

aumenta o potencial dessas duas instituições para desenvolver projetos,

produtos e soluções em termos de gestão de meio ambiente e políticas públicas

para o desenvolvimento do Estado, assim como amplia sobremaneira o potencial

para prestação de serviços e captação de recursos.

CONTRIBUIÇÕES DA FZB À UERGS PARA O ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Identificamos abaixo as principais e imediatas contribuições da FZB a partir

desta proposta de assimilação de parte da sua estrutura pela UERGS:

1) Acréscimo de laboratórios, equipamentos e infraestrutura de ensino e

pesquisa;

2) Incorporação de coleções científicas, bancos de dados e banco de

sementes, colocados à disposição da pesquisa básica e aplicada;

3) Incorporação de áreas de lazer e ensino de ciências;

4) Incorporação da biblioteca da FZB, com seu acervo altamente

especializado em Ciências Naturais, com cerca de 5.300 volumes de

livros, 400 trabalhos acadêmicos e 1.300 títulos de periódicos;

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5) Incorporação da edição de revistas científicas indexadas e de projeção

internacional (Iheringia séries Zoologia e Botânica);

6) Publicação de revistas de divulgação, livros e outros materiais impressos

ou digitais com finalidade didática ou de difusão científica;

7) Oferecimento de novos cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu e Lato

Sensu, como por exemplo:

a) Mestrado em Sistemática e Conservação da Diversidade Biológica

(Aprovado na CAPES em 2018),

b) Especialização em Conservação da Biodiversidade Ambiental e

c) Especialização em Gestão e Sustentabilidade Ambiental;

8) Ampliação da capacidade de oferecer treinamentos, cursos de

capacitação, aperfeiçoamento e extensão, como por exemplo:

a) Capacitação de Soldados e Oficiais do Comando Ambiental da Brigada

Militar para perícia e fiscalização ambiental;

b) Capacitação de Guardas-parque atuantes na manutenção de áreas

protegidas no Estado e

c) “Programa Escola de Formação de Gestores Ambientais do Estado”,

voltada para capacitação dos Gestores de Unidades de Conservação e

demais estruturas/órgãos gestores e aplicadores das políticas públicas

ambientais;

9) Disponibilização de novas expertises à Universidade e diversificação das

atividades e linhas de pesquisa;

10) Ampliação da capacidade de formação de recursos humanos em

pesquisa;

11) Atuação na política estadual de educação ambiental;

12) Atendimento à escolas e outras instituições de ensino e pesquisa;

13) Ampliação da capacidade de atuação em inovação científica e

tecnológica e em bioprospecção potencializada com o suporte do Núcleo

de Inovação Tecnológica da UERGS, garantido o caráter de inovação e a

propriedade intelectual da produção científico-tecnológica, como

exemplo o pedido de Patente obtida recentemente em 2018 pela UERGS-

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UFRGS do “Uso da Biomassa de Briófita como Agente Fitorremediador

em Soluções Contaminadas por Metais e Nutrientes”.

GESTÃO AMBIENTAL, POLÍTICAS PÚBLICAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

O potencial que a FZB já demonstrou ter para contribuir com dados, produtos

e serviços úteis às políticas públicas de meio ambiente estão em perfeita

consonância com os propósitos fundamentais da UERGS, onde essas

contribuições podem por ter continuidade por meio de convênios, parcerias e

prestação de serviços junto ao poder público, sendo, além disso, intensificadas

e diversificadas pelo acréscimo da infraestrutura da Universidade. A atuação da

UERGS nas políticas ambientais, por meio da incorporação da FZB, garante que

o Estado do Rio Grande do Sul prossiga fazendo a sua parte para que sejam

atingidas metas de preservação dos recursos naturais previstas em acordos dos

quais o país é signatário.

Contribuições da FZB à UERGS para a gestão ambiental e para as políticas

públicas de meio ambiente:

1) Convênios com SEMA e outros órgãos da administração estadual para

prestação de serviços e atendimento às demandas do estado;

2) Assistência à órgãos do poder executivo, legislativo judiciário e

Ministério Público em temas científicos e de meio ambiente;

3) Participação em conselhos, comitês, câmaras técnicas e grupos de

trabalho;

4) Atendimento técnico especializado às comunidades, aos municípios e às

regiões em que as unidades universitárias estão inseridas;

5) Emissão e supervisão de laudos paleontológicos necessários ao

licenciamento de empreendimentos em áreas com influência de sítios

paleontológicos;

6) Planos de manejo de unidades de conservação e parques estaduais,

municipais e privados;

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7) Participação em Planos Ambientais Municipais;

8) Atuação em planos de ação nacionais para a conservação da

biodiversidade, mapeamento de áreas prioritárias para a conservação e

outros instrumentos de gestão ambiental;

9) Subsídio às políticas públicas de gestão, licenciamento e zoneamento

ambientais;

10) Coordenação das avaliações de espécies da fauna e da flora ameaçadas

de extinção;

11) Participação nas políticas de gestão de fauna, controle de espécies

exóticas, monitoramento e conservação da fauna;

12) Participação em programas de proteção à biodiversidade e

ecossistemas, auxiliando o Estado no cumprimento de metas e acordos

de conservação;

13) Participação em programas de recuperação de áreas degradadas;

14) Participação em programas de uso sustentável de recursos naturais;

15) Aumento da capacidade de captação de recursos e financiamentos,

celebração de convênios e parcerias e execução de projetos e prestação

de serviços.

ESTRUTURA FÍSICA

Em termos de estrutura física, o aproveitamento da FZB junto à UERGS é, acima

de tudo, uma oportunidade de otimização da gestão desses espaços que são

indissociáveis do patrimônio ambiental representado pelos acervos da FZB e

que, por lei, precisam ser mantidos pelo Estado como patrimônio ambiental e

cultural. Entre as exigências estabelecidas pela resolução CONAMA 339/2003

para certificação de jardins botânicos, por exemplo, estão a manutenção de

setores de pesquisa, educação ambiental, coleções, banco de germoplasma,

publicação técnico-científica e biblioteca. Cabe ressaltar que o Jardim Botânico

de Porto Alegre cumpre com excelência todos os requisitos estabelecidos pelo

CONAMA, motivo pelo qual foi certificado como "categoria A". De forma

semelhante, o acervo representado pelas coleções científicas é parte

indissociável do Museu de Ciências Naturais da FZB. São 57 coleções de animais

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e plantas, atuais e fósseis, organizadas e mantidas em salas sob condições

específicas e com curadoria especializada. Para possibilitar todos os

procedimentos necessários à curadoria e manutenção desse acervo, o MCN

dispõe de diversos laboratórios e salas de preparação apropriadas.

Além disso, a área construída da sede da FZB pode ser reformada e ampliada,

a fim de adequar o espaço às atividades da Universidade:

1) Contribuições da FZB à UERGS para aproveitamento da estrutura física:

2) Área de 39 ha do Jardim Botânico, onde situa-se o arboreto de cerca de

2.300 exemplares, além de áreas construídas do JB, do MCN e da

Administração Central da FZB

3) Laboratórios de pesquisa

4) Laboratório de análises químicas

5) Sala de microscopia

6) Gabinetes para pesquisadores

7) Salas de coleções e herbário

8) Banco de sementes

9) Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais

10) Serpentário vivo

11) Viveiros de mudas

12) Setor de cultivo de plantas medicinais

13) Setores de jardinagem

14) Setores de manutenção, obras e apoio operacional

15) Biblioteca

16) Salas de exposição

17) Salas de reuniões e auditórios

18) Depósitos

19) Garagem e estacionamento externo

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O APROVEITAMENTO DA FUNDAÇÃO PIRATINI (TVE E FM CULTURA)

NA ESTRUTURA DA UERGS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Aumentar a difusão do conhecimento científico ao público, de forma

crítica, lúdica e acessível, aproximando ainda mais a população da

produção acadêmica.

2. Colaborar para o aumento no número de vagas oferecidas pela Uergs

mantendo a qualidade e aperfeiçoando os custos até mesmo dos cursos

já existentes a partir de aulas a distância, colaborando com a

contingenciamento de despesas no estado, principalmente em diárias,

hoje utilizada muito na universidade para ministração de aulas;

A proposta de vinculação das atividades da TVE e da FM Cultura à Universidade

Estadual do Rio Grande do Sul parte do tripé ensino, pesquisa e extensão. Com

isso, busca-se o aprimoramento das estruturas físicas já existentes em espaços

otimizados dentro de espaços citados anteriormente e que atendam parte dos

serviços e pessoal.

ENSINO

Disponibilização do conteúdo no site da universidade e por aplicativo para

dispositivos móveis. A partir de estudos, propor o aperfeiçoamento e

desenvolvimento da área, com ensino, cursos extensão e especialização com

vias ao desenvolvimento do estado utilizando-se da infraestrutura de pessoal e

material já disponíveis.

MODALIDADES EAD

1. O aprimoramento dos cursos com a implementação de mais encontros

a distância conforme legislação. Essa medida diminuiria o número de dias

que os estudantes de cada região precisam se deslocar até os campi da

UERGS. Ao mesmo tempo, permitiria o aumento imediato do número de

vagas de forma mais eficiente. Por fim, a diminuição do número de

diárias gastas por professores para deslocamento para atividade fim.

2. Cursos de extensão e profissionalizantes voltados para as necessidades

das economias regionais. Seria um instrumento de qualificação da mão-

de-obra.

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EXTENSÃO

Além do apoio na produção e distribuição de material para o ensino de cursos

de extensão, destacamos duas outras formas como a TVE e a FM Cultura podem

colaborar para o fortalecimento e expansão da UERGS no que se refere à

extensão:

1. Oferta de cursos de extensão na área da comunicação.

2. Divulgação das ações da universidade, tendo em vista a importância

da comunicação para levar a universidade para além-muros e estar em

contato com a comunidade.

TVE E FM CULTURA

Nos últimos 20 anos, as emissoras receberam mais de cem prêmios pela

qualidade do conteúdo produzido por seus profissionais. Temos um quadro

técnico competente e qualificado, que alia experiência e atualização.

A TVE e a FM Cultura, há mais 30 anos, transmitem ao vivo os grandes eventos

do estado como Festival de Cinema de Gramado, Expointer, Feira do Livro de

Porto Alegre, Pelotas Jazz Festival, Desfiles Cívico e Farroupilha, Dança Alegre

Alegrete, Concerto de Natal da OSPA na Praça da Matriz, Navegantes, Jornada

Literária de Passo Fundo, festivais nativistas e etc.

Até o início de 2018, a TVE e a FM Cultura eram as emissoras gaúchas com o

maior número de programas locais. Ambas são reconhecidas por artistas e

produtores culturais como fundamentais para a economia da cultura, por serem

os canais com programas diários e semanais dedicados à divulgação do que é

produzido no estado.

Cabe ressaltar a importância do acervo de mais de 40 anos da TVE,

representando a memória de momentos marcantes da história do estado, em

áreas como política, economia, ciências, esportes e artes. Em seus arquivos,

encontram-se desde fitas cassetes, CDs, DVDs até as grades de programação das

primeiras transmissões do canal. Os arquivos audiovisuais consistem de mais de

dezesseis mil documentos imagéticos, um patrimônio com amplo potencial para

futuras pesquisas.

As televisões e rádios públicos são espaços ideais para experimentações

técnicas e, ao mesmo tempo, para reflexão sobre temas que não recebem

espaço em emissoras privadas, reforçando a consciência cidadã.

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APROVEITAMENTO DAS ATIVIDADES DA FUNDAÇÃO DE ECONOMIA

E ESTATÍSTICA (FEE) PELA UERGS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Criação do Instituto de Economia e Estatística vinculado à UERGS. (IEE-

UERGS).

DESCRIÇÃO

No contexto do “Plano de Modernização do Estado” do Governo do Estado do

Rio Grande do Sul, ora vigente e aprovado pela Assembleia Estadual por meio

da Lei 14.982/2017, entre outras, apresenta-se a proposta da assimilação de

parte da estrutura e serviços executados pela FEE para criação do Instituto de

Economia e Estatística vinculado à UERGS em articulação com as demandas e

estratégias regionais de desenvolvimento sustentável dos municípios

gaúchos.

JUSTIFICATIVA

A Incorporação da Fundação de Economia e Estatística (FEE) à estrutura da

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), na qualidade de Instituto,

cuja criação sob o bojo das Unidades Universitárias é prevista originalmente

pelo Regimento Geral da Universidade - RGU (Capítulo III)1. A Criação do

Instituto de Economia e Estatística (IEE) atenderá ao estado e toda a

Universidade, com sede na Unidade de Porto Alegre. O IEE será responsável

pelo desenvolvimento de serviços estratégicos e de interesses do estado.

Objetivando-se à continuidade de atividades de pesquisa e assessoria

(extensão), disponibilizando cursos de especialização ou extensão, em

articulação com as demandas da comunidade acadêmica, dos municípios e das

regiões do Estado. A FEE possui quadro qualificado, atualmente composto por

40 doutores e 89 mestres, especializados em temas de interesse para o Estado,

com atuação multidisciplinar.

1 Texto aprovado na 69ª Sessão do Consun, realizada nos dias 25 e 26 de março de 2010,

Resolução

Consun nº 03/2010 e alterado pelas Resoluções nº 007/2014, 013/2014, 030/2014 e 005/2015.

Ver: http://www.uergs.rs.gov.br/upload/arquivos/201705/17132236-rgu-atualizado-2017.pdf .

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O IEE terá como finalidades básicas:

I - efetuar pesquisas, análises e estudos de natureza teórica e aplicada,

relacionadas com problemas econômicos e sociais do Estado e do País;

II - identificar e propor alternativas globais e setoriais de desenvolvimento

econômico e social do Estado;

III - estruturar e operar o sistema de contas regionais, proceder a análises

conjunturais bem como realizar estudos e pesquisas, tendo em vista o

preparo de indicadores econômicos e sociais;

IV - coletar, processar; classificar, selecionar, avaliar e divulgar dados

estatísticos;

V - colaborar na elaboração e/ou coparticipar na execução e controle de

programas ou projetos dos Governos Federal, Estadual e Municipal;

VI - colaborar, mediante convênio ou outros instrumentos formais, com

outras unidades da UERGS e outras instituições públicas ou entidades

privadas, na realização de cursos, estudos e pesquisas;

VII - prestar serviços e realizar pesquisas de interesse dos setores

econômicos e dos consumidores;

VIII - fornecer subsídios à política financeira do Estado, desenvolvendo

estudos específicos e indicando fontes de recursos para investimentos;

IX - divulgar informações técnicas e os resultados de suas atividades,

inclusive adquirindo direitos autorais nacionais ou estrangeiros para a

publicação de trabalhos técnicos ou científicos;

X - manter intercâmbio cultural com Universidades e outras instituições,

nacionais ou estrangeiras;

XI - proporcionar estágios a alunos e egressos da UERGS ou outras

instituições nacionais ou estrangeiras;

XII - promover e apoiar cursos e atividades de pós-graduação, extensão,

especialização e aperfeiçoamento;

XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com as suas finalidades.

INDICADORES

Atualmente, a FEE é responsável pela produção de mais de vinte e cinco

indicadores, com séries históricas longas e metodologias consistentes,

reconhecidas pelos seus pares. Entre os principais indicadores, citamos:

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● Produto Interno Bruto – acordo de cooperação FEE-IBGE

○ PIB estadual – trimestral e anual

○ PIB municipal - anual

● População – obrigação legal da FEE (Lei Estadual n° 11.038/1997 –

distribuição ICMS)

○ População (por sexo)

○ População (por faixa etária)

● Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) – obrigação legal da

FEE (Lei Estadual n° 11.179/1998 – Consulta Popular, e Lei Estadual n°

11.916/2003 - Fundopem)

● Indicadores da Pesquisa Emprego e Desemprego (PED) da Região

Metropolitana de Porto Alegre – acordo de cooperação FEE-FGTAS-DIEESE

○ População Economicamente Ativa

○ População de inativos maiores de 10 anos

○ Taxa de participação (total, por tipo, por atributo pessoal – sexo,

idade, posição do domicílio, cor, tempo de residência)

○ Taxa de desemprego (total, por tipo, por atributo pessoal)

○ Tempo médio e mediano despendido pelos desempregados na

procura de trabalho

○ Nível de ocupação, por setor de atividade econômica, por posição

na ocupação,

○ Distribuição dos ocupados, por setor de atividade econômica, por

posição na ocupação

○ Horas Semanais Trabalhadas pelos ocupados e pelos assalariados

no trabalho principal, por setor de atividade econômica

○ Rendimento médio real dos ocupados e dos assalariados no

trabalho principal, por grupos de trabalhadores, segundo o

rendimento,

○ Salário médio real no trabalho principal, segundo o setor de

atividade econômica e o registro em carteira de trabalho

● Matriz Insumo-Produto

● Índice de Vendas do Comércio (IVC)

● Índice de Vendas da Indústria (IVI)

● Índice de Exportações

● Índice de Rentabilidade das Exportações Gaúchas (IREG)

● Indicadores do Agronegócio:

○ Exportações, Emprego formal celetista,

○ Estatísticas da Proteína Animal do RS

● Indicadores Antecedentes da Economia Gaúcha

● Indicadores Ambientais:

○ Índice de Potencial Poluidor da Indústria (Inpp-I)

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○ Índice de Dependência do Potencial Poluidor da Indústria (Indapp-

I)

PUBLICAÇÕES

A FEE é responsável por um conjunto de publicações regulares e não regulares:

● Carta de Conjuntura FEE (mensal)

● Ensaios FEE (trimestral)

● Indicadores Econômicos FEE (trimestral)

● Informe PED anual

● Informe PED mensal

● Informe PED especial – Idosos

● Informe PED especial – Negros

● Textos para discussão

● Mulher e Trabalho (descontinuado)

● Anuário Estatístico do RS (descontinuado)

● Documentos FEE (descontinuado)

● Resumo Estatístico Municipal (descontinuado)

● Teses FEE (descontinuado)

● Mapas FEE (descontinuado)

Desses periódicos, vale destacar dois indexados no sistema Qualis da área

“Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo”:

● Ensaios FEE (ISSN 0101-1723) – publicação semestral, ano X,

Qualis B3;

● Indicadores Econômicos FEE (ISSN 0103-3905) – publicação

bimestral, ano X, Qualis B3.

Quanto aos trabalhos coletivos produzidos em edições especiais, destacam-se:

● 25 anos de Economia Gaúcha

● Economia gaúcha e os anos 80: uma trajetória regional no contexto da

crise brasileira

● Três décadas de economia gaúcha

● A produção gaúcha na economia nacional

● RS em Números

● RS 2030

● Relatórios sobre Arranjos Produtivos Locais (APLs) no RS.

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BANCO DE DADOS SOCIOECONÔMICOS DO RS

A FEE reúne hoje 993 variáveis sobre a realidade socioeconômica do estado,

com dados desde 1970, disponibilizados em portais de informação, de acesso

aberto e gratuito:

➢ Portal FEE Dados: https://feedados.fee.tche.br/

➢ Portal FEE Dados Abertos: https://dados.fee.tche.br/

➢ DADOS RS: https://dados.rs.gov.br/

FERRAMENTAS INFORMACIONAIS

A partir desse conjunto de variáveis, a FEE já disponibiliza ao público uma série

de ferramentas de visualização de dados, que visam facilitar a compreensão,

bem como o monitoramento da realidade socioeconômica gaúcha, fundamental

para o estudo e o planejamento de ações e políticas públicas. As ferramentas

são totalmente desenvolvidas por pesquisadores e técnicos da FEE, a partir das

mais modernas linguagens de programação, de acesso e conhecimento público.

▪ Monitor da Economia Gaúcha (MEG): http://visualiza.fee.tche.br/#meg

▪ CrimeVis: http://visualiza.fee.tche.br/#crimevis

▪ PopVis: http://visualiza.fee.tche.br/#popvis

▪ IdeseVIs: http://visualiza.fee.tche.br/#idesevis

▪ PIBvis: http://visualiza.fee.tche.br/#pibvis

BIBLIOTECA FEE

Criada em 1988, a Biblioteca FEE é especializada em temas socioeconômicos

do Rio Grande do Sul, com um acervo compreende livros, relatórios técnicos,

teses, anais, estatísticas sobre o Rio Grande do Sul, bem como periódicos

nacionais e estrangeiros, abrangendo as seguintes temáticas:

● Principais temáticas:

○ ECONOMIA (especialmente do Rio Grande do Sul)

■ Agricultura

■ Agropecuária

■ Comércio Exterior

■ Comércio Interno

■ Desenvolvimento Econômico

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■ Desenvolvimento Regional

■ Desenvolvimento Sustentável

■ Finanças Públicas

■ Integração Econômica (MERCOSUL)

■ Orçamento Público

■ Planejamento Econômico

■ Planejamento Regional

■ Política Econômica

■ Reforma Agrária

■ Sistema Financeiro

○ ESTATÍSTICA

■ Demografia

■ Perfil socioeconômico do Estado e dos Municípios

○ CIÊNCIA POLÍTICA

■ Administração Pública

○ GEOGRAFIA

○ HISTÓRIA

○ RELAÇÕES INTERNACIONAIS

○ SOCIOLOGIA

● Temáticas complementares:

○ ADMINISTRAÇÃO

○ BIBLIOTECONOMIA

○ COMUNICAÇÃO

○ DIREITO

○ INFORMÁTICA

○ LETRAS

Atualmente, a Biblioteca FEE conta com um acervo de aproximadamente 20 mil

monografias. Além do acervo, conta com coleções especiais:

o Coleção Cláudio Accurso – 916 obras (1.049 exemplares) doadas

pelo economista Cláudio Accurso compreendendo principalmente

a área socioeconômica desde 1924.

o Coleção IBGE – 710 obras (1788 exemplares) doadas pelo IBGE no

período em que a Biblioteca da FEE foi biblioteca depositária e

também herdadas do acervo do antigo Departamento de Economia

e Estatística. Esta coleção possui os Censos desde 1920 até o

último de 2010.

o Coleção Histórica – 269 obras (495 exemplares) que

compreendem documentos do início do século passado com dados

estatísticos oriundos de secretarias do Governo do Estado do RS

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como registros civis, abate de gado, produção agrícola, valor

adicionado, etc.

o Coleção de periódicos – Cerca de 40 títulos de periódicos

publicados pelo Departamento de Economia e Estatística e

Fundação de Economia e Estatística com dados e artigos sobre o

RS desde o início de século XX.

Com atendimento ao público de segunda a sexta-feira em sua sede a Rua Duque

de Caxias 1691, a Biblioteca da FEE atende também muitas solicitações por e-

mail e telefone e disponibiliza informações estatísticas através do site da FEE:

www.fee.rs.gov.br. Atende usuários internos, órgãos do governo e a

comunidade em geral.

Além do acervo, a Biblioteca FEE presta os seguintes serviços:

● Consulta local para a comunidade;

● Serviço de empréstimo de obras, que podem ser emprestadas com

prazo de 15 dias para devolução;

● Orientação no uso dos recursos informacionais da Biblioteca

(Catálogo, Site da FEE, FEEDADOS);

● Levantamento bibliográfico;

● Serviço de Referência (atendimento ao cliente por e-mail,

telefone e no local);

● Empréstimo domiciliar para os funcionários da FEE;

● Empréstimo entre bibliotecas;

● Comutação Bibliográfica (somente para os pesquisadores da FEE);

● Alerta eletrônico de novas aquisições;

● Normalização bibliográfica, catalogação e obtenção de número de

ISBN e ISSN para as publicações da Instituição;

● Sistema de gerenciamento de bases bibliográficas.

O software que gerencia as bases de dados da Biblioteca para o catálogo,

circulação, cadastro de usuários, etc é o Gnuteca, que possui atualmente

62.415 obras (67.691 exemplares) catalogadas entre monografias, periódicos,

artigos capítulos de livros, etc.

Ainda, a Biblioteca FEE realiza o letramento/treinamento para usuários no uso

dos seguintes índices e bases de dados produzidas pela FEE: Pesquisa Emprego

Desemprego - RMPA (PED), Textos para Discussão, Índice de Desenvolvimento

Sócio Econômico (IDESE), Índice das Exportações, Índice de Vendas do

Comércio, Índice de Venda da Indústria, Matriz insumo Produto, Perfil

tributário, PIB Estadual, PIB Municipal, PIB Trimestral de Atividade Produtiva

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(ITAP), ISMA, População, Estimativas Populacionais, Projeções Populacionais,

Indicadores de Potencial Poluidor da Indústria, Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio, Perfil Socioeconômico Municípios RS, FEE DADOS.

INFRAESTRUTURA FÍSICA ATUAL DA FEE

A FEE está localizada na região central de Porto Alegre (Rua Duque de Caxias,

1691 – Bairro Centro Histórico), em endereço e imóveis próprios, composto por

um casarão tombado e um prédio de 8 andares e subsolo. Além de escritórios,

a FEE conta com:

● Sala de Eventos equipada com computador e Datashow, com capacidade

de 30 pessoas,

● Auditório, igualmente equipado, com capacidade de até 80 pessoas,

● Sala Multiuso, equipada para gravação de vídeo e realização de

entrevistas e reuniões, com capacidade de até 8 pessoas.

PLANTAS DA EDIFICAÇÃO UTILIZADA PELA FEE:

A seguir, apresentamos as plantas baixas da edificação utilizada pela

FEE.

Térreo:

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2º andar:

PLANTAS DO PRÉDIO:

Subsolo (Auditório e salas):

Térreo:

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2º, 3º, 5º a 8º andar (divisórias moduláveis e variáveis conforme núcleo):

Biblioteca (fundos do 4º andar):