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FISCOSoft Impresso Impressão gerada em 18/08/2015 Publicado em nosso site em 26/04/2010 ICMS/SP - Apuração do ICMS - Roteiro de Procedimentos Roteiro - Estadual - 2010/3507 Sumário Introdução I - Apuração do imposto II - Regime periódico de apuração II.1 - Não cumulatividade II.2 - Sistemática e período de apuração II.3 - Escrituração dos livros fiscais II.4 - Centralização da apuração II.4.1 - Determinação do estabelecimento centralizador - Transferência de saldos II.4.2 - Notas Fiscais de transferências de saldos II.4.3 - Escrituração pelo estabelecimento que transfere o saldo II.4.4 - Escrituração pelo estabelecimento centralizador II.4.5 - Informação na GIA II.4.6 - Hipóteses em que não se aplica a centralização da apuração II.4.7 - Opção e renúncia III - Contribuintes dispensados de escrituração IV - Contribuintes sazonais V - Regime de estimativa V.1 - Notificação do enquadramento V.2 - Apuração do imposto efetivamente devido VI - Simples Nacional Introdução O ICMS é um imposto não cumulativo, devendo ser calculado por meio de apuração. Por conta disso, em apertada síntese, fica o contribuinte autorizado a creditar-se do valor do imposto pago pelas entradas de mercadorias e serviços (de transporte intermunicipal e interestadual e de comunicação) para compensar com valores devidos em suas saídas tributadas. No Estado de São Paulo, em relação aos contribuintes obrigados à escrituração fiscal, destaca-se o Regime Periódico de Apuração, que possibilita a aplicação efetiva do "princípio da não cumulatividade", o qual norteia o ICMS. Ademais, por esse regime, em regra, cada estabelecimento deve apurar e recolher seu imposto independentemente de ser matriz ou filial, havendo previsão, no entanto, para centralização da apuração e do recolhimento do imposto. O Regime de Estimativa vigorou até 31.12.2000 e a partir de 1º.01.2001, os contribuintes antes enquadrados na estimativa passaram a apurar o imposto por meio do Regime Periódico de Apuração. Note-se que o Regime de Estimativa consistia na determinação de um valor mensal a recolher pelo contribuinte do ICMS. Ante isto, no presente Roteiro abordaremos os procedimentos fiscais relativos à apuração do imposto pelos contribuintes paulistas, dando ênfase ao Regime Periódico de Apuração, com base no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490/2000 (RICMS/SP) e outros atos normativos, atualizados no que se refere à possibilidade de centralização da apuração e do recolhimento do ICMS. I - Apuração do imposto O contribuinte obrigado à escrituração fiscal deve apurar o imposto a recolher de acordo com o regime em que estiver enquadrado. No Estado de São Paulo há previsão no Regulamento do ICMS para dois regimes: a) Regime Periódico de Apuração e b) Regime de Estimativa. Ressalte-se, todavia, que o Comunicado CAT nº 116/2000 dispõe sobre a cessação do Regime de Estimativa a partir de 1º.01.2001, não havendo atualmente, contribuintes enquadrados nesse regime. Além desses dois regimes, cabe observar também que, o contribuinte do ICMS pode optar pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, nos termos da Lei Complementar nº 123/2006. Nesse caso, irá recolher o ICMS juntamente com os demais tributos abrangidos pelo Regime Simplificado. Fundamentação: art. 86 do RICMS/SP. II - Regime Periódico de Apuração O Regime Periódico de Apuração consiste na sistemática de apropriação de créditos relativos às entradas para compensar FISCOSoft On Line 1

Apuracao ICMS

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Roteiro de Apuração Base de Cálculo de ICMS

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Page 1: Apuracao ICMS

FISCOSoftImpresso

Impressão gerada em 18/08/2015

Publicado em nosso site em 26/04/2010

ICMS/SP - Apuração do ICMS - Roteiro deProcedimentosRoteiro - Estadual - 2010/3507

Sumário

Introdução

I - Apuração do imposto

II - Regime periódico de apuração

II.1 - Não cumulatividade

II.2 - Sistemática e período de apuração

II.3 - Escrituração dos livros fiscais

II.4 - Centralização da apuração

II.4.1 - Determinação do estabelecimento centralizador -

Transferência de saldos

II.4.2 - Notas Fiscais de transferências de saldos

II.4.3 - Escrituração pelo estabelecimento que transfere o

saldo

II.4.4 - Escrituração pelo estabelecimento centralizador

II.4.5 - Informação na GIA

II.4.6 - Hipóteses em que não se aplica a centralização da

apuração

II.4.7 - Opção e renúncia

III - Contribuintes dispensados de escrituração

IV - Contribuintes sazonais

V - Regime de estimativa

V.1 - Notificação do enquadramento

V.2 - Apuração do imposto efetivamente devido

VI - Simples Nacional

Introdução

O ICMS é um imposto não cumulativo, devendo ser

calculado por meio de apuração.

Por conta disso, em apertada síntese, fica o contribuinte

autorizado a creditar-se do valor do imposto pago pelas

entradas de mercadorias e serviços (de transporte

intermunicipal e interestadual e de comunicação) para

compensar com valores devidos em suas saídas tributadas.

No Estado de São Paulo, em relação aos contribuintes

obrigados à escrituração fiscal, destaca-se o Regime

Periódico de Apuração, que possibilita a aplicação efetiva do

"princípio da não cumulatividade", o qual norteia o ICMS.

Ademais, por esse regime, em regra, cada estabelecimento

deve apurar e recolher seu imposto independentemente de ser

matriz ou filial, havendo previsão, no entanto, para

centralização da apuração e do recolhimento do imposto.

O Regime de Estimativa vigorou até 31.12.2000 e a partir de

1º.01.2001, os contribuintes antes enquadrados na estimativa

passaram a apurar o imposto por meio do Regime Periódico

de Apuração.

Note-se que o Regime de Estimativa consistia na

determinação de um valor mensal a recolher pelo

contribuinte do ICMS.

Ante isto, no presente Roteiro abordaremos os

procedimentos fiscais relativos à apuração do imposto pelos

contribuintes paulistas, dando ênfase ao Regime Periódico de

Apuração, com base no Regulamento do ICMS, aprovado

pelo Decreto nº 45.490/2000 (RICMS/SP) e outros atos

normativos, atualizados no que se refere à possibilidade de

centralização da apuração e do recolhimento do ICMS.

I - Apuração do imposto

O contribuinte obrigado à escrituração fiscal deve apurar o

imposto a recolher de acordo com o regime em que estiver

enquadrado. No Estado de São Paulo há previsão no

Regulamento do ICMS para dois regimes:

a) Regime Periódico de Apuração e

b) Regime de Estimativa.

Ressalte-se, todavia, que o Comunicado CAT nº 116/2000

dispõe sobre a cessação do Regime de Estimativa a partir de

1º.01.2001, não havendo atualmente, contribuintes

enquadrados nesse regime.

Além desses dois regimes, cabe observar também que, o

contribuinte do ICMS pode optar pelo Regime Especial

Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições

devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte -

Simples Nacional, nos termos da Lei Complementar nº

123/2006. Nesse caso, irá recolher o ICMS juntamente com

os demais tributos abrangidos pelo Regime Simplificado.

Fundamentação: art. 86 do RICMS/SP.

II - Regime Periódico de Apuração

O Regime Periódico de Apuração consiste na sistemática de

apropriação de créditos relativos às entradas para compensar

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com débitos relativos às saídas, considerando sempre um

período pré-fixado na legislação.

Fundamentação: art. 87 do RICMS/SP.

II.1 - Não cumulatividade

Conforme já mencionado o ICMS é um imposto sujeito ao

princípio da não cumulatividade. Esse princípio está previsto

no art. 155, §2º, inciso I, da Constituição Federal de 1988

(CF/1988) e prevê a compensação do que for devido em cada

operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação

de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo

mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.

Ainda de acordo com as regras constitucionais, o

contribuinte do ICMS tem direito a creditar-se desse imposto

para compensar débitos de saída subsequente, desde que:

a) tenha sido cobrado em operação anterior;

b) a operação anterior não esteja amparada por isenção ou

não incidência, salvo previsão em contrário.

Além disso, se a operação subsequente realizada pelo

contribuinte estiver amparada por não incidência ou por

isenção, o crédito apropriado relativo à operação anterior

deverá ser estornado, salvo se houver previsão em contrário.

Internamente, o Regulamento do ICMS do Estado de São

Paulo também dispõe sobre a apropriação do crédito.

Vejamos:"Art. 59. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que

for devido em cada operação ou prestação com o

anteriormente cobrado por este ou outro Estado,

relativamente à mercadoria entrada ou à prestação de

serviço recebida, acompanhada de documento fiscal hábil,

emitido por contribuinte em situação regular perante o fisco."

Nesse sentido o Regulamento esclarece ainda que:

a) imposto devido é o resultante da aplicação da alíquota

sobre a base de cálculo de cada operação ou prestação sujeita

à cobrança do tributo;

b) imposto anteriormente cobrado corresponde à importância

calculada nos termos da letra "a" e destacada em documento

fiscal hábil;

c) documento fiscal hábil é aquele que atenda a todas as

exigências da legislação pertinente, seja emitido por

contribuinte em situação regular perante o fisco e esteja

acompanhado, quando exigido, de comprovante do

recolhimento do imposto;

d) situação regular perante o fisco é a do contribuinte que, à

data da operação ou prestação, esteja inscrito na repartição

fiscal competente, se encontre em atividade no local indicado

e possibilite a comprovação da autenticidade dos demais

dados cadastrais apontados ao fisco.

Fundamentação: art. 155, §2º, incs. I e II, da CF/1988; art. 59

do RICMS/SP

II.2 - Sistemática e período de apuração

Considerando que um estabelecimento efetua várias

operações de entradas e de saídas no exercício de suas

atividades, para verificar o montante do imposto a pagar, há a

necessidade de se apurar o imposto devido com base no foi

cobrado de imposto nas operações anteriores e no que vai se

pagar nas subsequentes.

O valor do imposto a recolher, portanto, resulta da diferença

entre o ICMS devido nas operações ou prestações realizadas

pelo contribuinte (calculado por meio da aplicação da

alíquota do produto pela base de cálculo da operação ou

prestação) e aquele cobrado relativamente às operações ou

prestações anteriores.

De forma bem simples vejamos um exemplo prático de um

comércio varejista de vestuário (valores em Reais):

Valor das operações de entrada de mercadorias para revenda

= 100.000,00

Alíquota aplicável sobre as entradas = 12%

Imposto cobrado pelas entradas (crédito) = 100.000,00 x

12% = 12.000,00

Valor das operações de saída de mercadorias (revenda) =

160.000,00

Alíquota aplicável sobre as saídas = 18%

ICMS devido pelas saídas (débito) = 160.000,00 x 18% =

28.800,00

ICMS a recolher no período (débito - crédito) = 28.800,00 -

12.000,00 = 16.800,00

Destarte, se do confronto entre débitos e créditos resultar

saldo devedor, caberá ao contribuinte efetuar o recolhimento

desse valor, dentro do prazo fixado, que pode variar de

acordo com a atividade que exerce. Por outro lado, caso

resulte saldo credor, esse crédito poderá ser transferido para

o período de apuração subsequente para ser compensado com

os débitos relativos às operações e prestações subsequentes.

Relativamente à periodicidade, a apuração deverá ser

realizada tomando-se por base o período previsto na

legislação, que no caso do ICMS aqui de São Paulo é mensal.

Ou seja, o contribuinte enquadrado no Regime Periódico de

Apuração irá apurar o ICMS mensalmente, no último dia do

mês, considerando as operações de entrada e saída realizadas

dentro desse período.

Fundamentação: arts. 85 a 87 do RICMS/SP.

II.3 - Escrituração dos livros fiscais

A apuração pelo Regime Periódico de Apuração se dá por

meio da escrituração dos livros fiscais, ocorrendo da seguinte

forma:

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Page 3: Apuracao ICMS

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1) no livro Registro de Saídas deverão ser escriturados:

a) o valor contábil total das operações ou prestações;

b) o valor total da base de cálculo das operações ou

prestações com débito do imposto e o valor total do

respectivo imposto debitado;

c) o valor fiscal total das operações ou prestações isentas ou

não tributadas;

d) o valor fiscal total de outras operações ou prestações sem

débito do imposto;

2) no livro Registro de Entradas deverão ser escriturados:

a) o valor contábil total das operações ou prestações;

b) o valor total da base de cálculo das operações ou

prestações com crédito do imposto e o valor total do

respectivo imposto creditado;

c) o valor fiscal total das operações ou prestações isentas ou

não tributadas;

d) o valor fiscal total de outras operações ou prestações sem

crédito do imposto.

Após os lançamentos nos livros Registro de Entradas e de

Saídas, deverá ser lançado pelo valor total no livro Registro

de Apuração do ICMS:

a) o valor do débito do imposto, relativamente às operações

de saída ou às prestações de serviço, bem como de outros

débitos;

b) o valor dos estornos de créditos;

c) o valor total do débito do imposto;

d) o valor do crédito do imposto, relativamente às entradas

de mercadoria ou aos serviços tomados, bem como de outros

créditos;

e) o valor dos estornos de débitos;

f) o valor total do crédito do imposto;

g) o valor do saldo devedor, que corresponderá à diferença

entre o total de débitos e o total de créditos apurados;

h) o valor das deduções previstas pela legislação;

i) o valor do imposto a recolher ou o valor do saldo credor a

transportar para o período seguinte, dependendo do resultado

da apuração.

Nota: Considerando tratar-se de apuração mensal, esta deverá

ser realizada no último dia de cada mês.

Reforça-se que se do confronto entre débitos e créditos

resultar saldo devedor, caberá ao contribuinte efetuar o

recolhimento desse valor, dentro do prazo fixado, que pode

variar de acordo com a atividade que exerce.

Caso resulte saldo credor, esse crédito poderá ser transferido

para o período de apuração subsequente para ser compensado

com os débitos relativos às operações e prestações

subsequentes.

Fundamentação: art. 87 do RICMS/SP.

II.4 - Centralização da apuração

O art. 25 da Lei Complementar nº 87/1996, com redação

dada pela Lei Complementar nº 102/2000, dispõe que para

apuração do imposto, os débitos e créditos devem ser

apurados em cada estabelecimento, compensando-se os

saldos credores e devedores entre os estabelecimentos do

mesmo contribuinte localizados no mesmo Estado.

Assim, os estabelecimentos de um mesmo titular (matriz e

filiais - assim entendidos aqueles pertencentes a um mesmo

número básico de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas

Jurídicas - CNPJ), localizados no Estado de São Paulo, têm a

possibilidade de compensar os seus saldos (credores e

devedores) centralizadamente. Se após as compensações o

saldo centralizado for devedor este será objeto de

recolhimento único.

Frise-se que a centralização da apuração é facultativa para os

estabelecimentos de um mesmo titular localizados no Estado.

No que tange à legislação, a centralização da apuração é

tratada nos artigos 96 a 102 do RICMS/SP. Esses artigos

foram alterados por conta da publicação, no DOE de

27.08.2008, do Decreto nº 55.355/2008, que produziu efeitos

a partir do período de apuração relativo a agosto de 2008.

Ato contínuo foi publicada a Portaria CAT nº 115/2008, no

DOE de 10.09.2008, com vistas a detalhar os procedimentos

a serem adotados pelos contribuintes para fins de apuração e

recolhimento centralizado do imposto. Como não poderia

deixar de ser, referida portaria revogou a Portaria CAT nº

76/2001, que até então tratava desse mesmo assunto.

A justificativa do Governo do Estado para publicação de

novos atos normativos em substituição aos ora existentes foi

a de aperfeiçoar o controle das transferências de saldos

devedores e credores entre os estabelecimentos de

contribuinte que optar pela centralização da apuração e do

recolhimento do ICMS.

Fundamentação: art. 25 da Lei Complementar nº 87/1996;

art. 96 do RICMS/SP; Decreto nº 55.355/2008. II.4.1 - Determinação do estabelecimento centralizador -

Transferência de saldos

Para que seja possível a apuração centralizada do imposto, o

contribuinte deve eleger um estabelecimento centralizador,

bem como todos os estabelecimentos envolvidos devem estar

enquadrados no mesmo regime de apuração. Para efeito de

determinação do estabelecimento centralizador, a legislação

prevê que deve ser aquele que estiver sujeito ao menor prazo

para pagamento do ICMS.

Nota: Todos os estabelecimentos pertencentes a uma mesma

empresa, localizados no Estado de São Paulo, deverão ser

incluídos na centralização, mas somente um deles será

eleito como estabelecimento centralizador.

Ocorrendo a centralização, os saldos, credor ou devedor,

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Page 4: Apuracao ICMS

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apurados por cada estabelecimento, serão transferidos, total

ou parcialmente, para o estabelecimento determinado como

centralizador.

Nas transferências deve ser observado que:

a) se o saldo for devedor, a transferência deverá ser total;

b) se for credor, a transferência não poderá exceder o

montante a ser absorvido pelo estabelecimento centralizador

no mesmo período de apuração, haja vista que é vedado ao

estabelecimento centralizador apurar saldo credor em razão

das transferências de saldo decorrentes da centralização da

apuração.

Nota: Até agosto de 2008, se o saldo fosse credor a legislação

não impunha limite para a transferência, simplesmente

previa que a transferência podia ser total ou parcial.

Fundamentação: arts. 97 e 99, parágrafo único do RICMS/SP

e art. 1º da Portaria CAT 115/2008.II.4.2 - Notas Fiscais de transferências de saldos

Para a efetivação da transferência de saldo seja credor ou

devedor, cada um dos estabelecimentos centralizados deve

emitir Nota Fiscal contendo, além dos requisitos normais, as

seguintes indicações:

a) natureza da operação: Transferência de Saldo

(Devedor/Credor) - Art. 98 do RICMS;

b) como destinatário, o estabelecimento centralizador, com

seus dados identificativos;

c) no campo "Informações Complementares", a expressão:

Transferência do Saldo (Devedor/Credor) - Apuração do Mês

de (...);

d) o valor do saldo transferido, em algarismos e por extenso.

Essa Nota Fiscal deverá ser emitida até o dia 9 do mês

subsequente ao da apuração, exceto pelos contribuintes

enquadrados no Código de Prazo de Recolhimento - CPR

1031, os quais deverão emitir a referida Nota Fiscal até o 3º

dia útil do mês subsequente ao da apuração.

Fundamentação: art. 98, inc. I, RICMS/SP; art. 2º, inc. I e

parágrafo único, Portaria CAT 115/2008. II.4.3 - Escrituração pelo estabelecimento que transfere o

saldo

A Nota Fiscal de transferência de débito/crédito deve ser

lançada no livro Registro de Saídas pelo estabelecimento

centralizado, nas colunas "Documento Fiscal" e

"Observações" com menção da expressão: "Transferência de

Saldo Devedor/Credor - Art. 98 do RICMS.

No mesmo mês de referência da apuração do saldo a

transferir, deverá ser lançado no livro Registro de Apuração

do ICMS o valor transferido no quadro "Crédito do Imposto -

Outros Créditos", se o valor referir-se a saldo devedor, e no

quadro "Débito do Imposto - Outros Débitos", se o saldo for

credor, com a expressão "Transferência de Saldo - Art. 98 do

RICMS".

Fundamentação: art. 98, incs. II e III do RICMS/SP; art. 2º,

incs. II e III, Portaria CAT 115/2008. II.4.4 - Escrituração pelo estabelecimento centralizador

O estabelecimento centralizador lançará o valor recebido em

transferência no mesmo período no livro Registro de

Apuração do ICMS, no quadro "Débito do Imposto" - item

002 - "Outros Débitos", ou "Crédito do Imposto" - 007 -

"Outros Créditos", conforme o caso, com a indicação do

número e da data de emissão da Nota Fiscal e do número de

inscrição estadual do estabelecimento transmitente.

O Fisco permite que esse lançamento seja feito

englobadamente, em uma única linha, no caso de o

contribuinte possuir mais de 20 (vinte) de estabelecimentos

centralizados no Estado. Para tanto, o estabelecimento

centralizador deve manter à disposição do Fisco relação

mensal, constando de forma individualizada o número da

Nota Fiscal e o valor recebido em transferência de cada um

de seus estabelecimentos.

Fundamentação: art. 99 do RICMS/SP; art. 3º da Portaria

CAT 115/2008. II.4.5 - Informação na GIA

Os valores mencionados nos subtópicos anteriores deverão

ser informados também na Guia de Informação e Apuração

do ICMS - GIA, utilizando-se, conforme o caso, um dos

seguintes códigos da Ficha de Apuração do ICMS:

a) no quadro "Débito do Imposto":

a.1) 002.18 - Transferência de saldo credor para

estabelecimento centralizador;

a.2) 002.19 - Recebimento de saldo devedor em

estabelecimento centralizador;

b) no quadro "Crédito do Imposto":

b.1) 007.29 - Transferência de saldo devedor para

estabelecimento centralizador;

b.2) 007.30 - Recebimento de saldo credor em

estabelecimento centralizador.

Fundamentação: art. 4º da Portaria CAT 115/2008. II.4.6 - Hipóteses em que não se aplica a centralização da

apuração

A centralização de apuração não se aplica nos seguintes

casos:

a) ao valor do imposto devido na condição de sujeito passivo

por substituição tributária com retenção antecipada do

imposto (substituto tributário);

b) à operação ou prestação, relativamente à qual a legislação

exija recolhimento do imposto em separado;

c) aos saldos devedores e credores resultantes da atividade de

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Page 5: Apuracao ICMS

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revenda de combustíveis e demais derivados de petróleo,

conforme definido na legislação federal, com os saldos

devedores e credores de outro estabelecimento do mesmo

titular que exerça atividade diversa.

Ressalte-se ainda que em relação à geração, apropriação e

utilização de crédito acumulado de que tratam os artigos 72 e

seguintes do RICMS/SP, permanecem no âmbito de cada

estabelecimento, independentemente da centralização.

Fundamentação: arts. 100 e 101 do RICMS/SP. II.4.7 - Opção e renúncia

Conforme já mencionamos a centralização da apuração é

uma faculdade do contribuinte.

Dessa forma, a opção pela centralização da apuração, a

renúncia a ela e a alteração do estabelecimento centralizador

serão efetuadas por meio de termo lavrado no livro Registro

de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de

Ocorrências de cada estabelecimento abrangido. Tais atos

produzirão efeitos:

a) a partir do primeiro dia do mês subsequente em relação à

primeira opção;

b) a partir do primeiro dia do terceiro mês subsequente ao de

sua renúncia, bem como ao da segunda opção em diante;

c) a partir do primeiro dia do ano subsequente, na alteração

do estabelecimento centralizador, devendo o termo ser

lavrado até o último dia do mês de novembro.

No termo lavrado nos livros dos estabelecimentos

centralizados devem constar os dados identificativos do

estabelecimento centralizador. Já no termo lavrado no livro

do estabelecimento centralizador devem constar todos os

dados que identifiquem os estabelecimentos envolvidos na

centralização.

Nota: Além da lavratura do termo no Livro de Ocorrências, cada

estabelecimento deverá informar a opção, renúncia ou

alteração do estabelecimento centralizador ao Posto Fiscal a

que estiver vinculado.

Fundamentação: art. 102 do RICMS/SP.

III - Contribuintes dispensados de escrituração

Quando o contribuinte do ICMS não estiver obrigado a

manter escrituração fiscal, assim como em outros casos

expressos na legislação, a apuração do imposto a recolher

será pela diferença entre o imposto devido sobre a operação

ou prestação tributada e o cobrado na imediatamente

anterior, desde que efetuada com a mesma mercadoria ou

seus insumos, ou ainda com o mesmo serviço.

Nesses casos os recolhimentos serão efetuados em GARE

(recolhimentos especiais, código 063-2) no momento da

saída das mercadorias.

Fundamentação: Arts. 103 e 115, inc. VIII do RICMS/SP.

IV - Contribuintes sazonais

A apuração do imposto de contribuintes que tenham

operações ou prestações durante períodos determinados

(finados, festas natalinas, juninas ou carnavalescas) em

caráter eventual e transitório, será feita provisoriamente pelo

Fisco, mediante estimativa do montante das operações ou

prestações e, posteriormente, pelo contribuinte na própria

guia de recolhimento em relação à diferença entre o valor

real e o valor estimado.

Fundamentação: art. 105 do RICMS/SP

V - Regime de Estimativa

O Regime de Estimativa teve aplicação até 31.12.2000,

sendo que a partir de 1º.01.2001, os contribuintes antes

enquadrados na estimativa passaram a apurar o imposto por

meio do Regime Periódico de Apuração.

O estabelecimento enquadrado no regime de estimativa tinha

o valor do imposto a recolher mensalmente determinado pelo

fisco, por período certo e prevalecendo enquanto não fosse

revisto.

Ou seja, o Fisco, por meio da análise da atividade do

estabelecimento presumia o volume de operações realizadas

e determinava um valor fixo a ser recolhido,

independentemente das entradas e saídas efetivas.

Fundamentação: art. 88 do RICMS/SP.

V.1 - Notificação do enquadramento

O contribuinte enquadrado no Regime de Estimativa era

notificado do seu enquadramento e da parcela a recolher em

cada mês.

Uma vez notificado, o contribuinte, em relação a cada

estabelecimento enquadrado no regime de estimativa, ficava

obrigado:

a) a recolher, mensalmente, as parcelas do imposto estimado,

até o dia 16 do mês subsequente ao de referência;

b) em relação às operações ou prestações que realizasse:

b.1) a emitir normalmente os respectivos documentos fiscais;

b.2) a escriturar os correspondentes livros fiscais;

c) a apresentar a guia de informação correspondente ao

período, vedada a sua apresentação segundo o regime

periódico de apuração.

Fundamentação: arts. 89 e 90 do RICMS/SP.

V.2 - Apuração do imposto efetivamente devido

Em relação a cada estabelecimento enquadrado no regime de

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Page 6: Apuracao ICMS

FISCOSoft Impresso

estimativa, o contribuinte estava obrigado, em 30 de junho e

31 de dezembro de cada exercício, a apurar o ICMS,

conforme as regras do Regime Periódico de Apuração,

considerando também os valores do imposto e das operações

de entrada e saídas de mercadorias e dos serviços prestados

ou tomados relacionados com infrações, cujos débitos

exigidos em auto de infração tenham sido recolhidos no

curso do respectivo período.

A diferença do imposto verificada entre o montante

determinado pelo fisco e o apurado no livro Registro de

Apuração do ICMS:

a) se favorável ao fisco poderia ser recolhida sem os

acréscimos legais correspondentes à multa prevista no artigo

528 e aos juros de mora, independentemente de qualquer

iniciativa fiscal, até o último dia útil do mês subsequente ao

término do período de apuração;

b) se favorável ao contribuinte, seria deduzida em

recolhimentos futuros.

A dedução em recolhimentos futuros poderia ser efetuada

pela Secretaria da Fazenda, independentemente de

requerimento do contribuinte, desde que:

a) o contribuinte tivesse entregado, no prazo, a guia de

informação e recolhido todas as parcelas do imposto

estimado;

b) a análise da guia de informação e de outros elementos

indiciários confirmassem o saldo apurado pelo contribuinte.

Fundamentação: art. 91 do RICMS/SP.

VI - Simples Nacional

O Simples Nacional, que vigora desde 1º.07.2007,

caracteriza-se pelo recolhimento unificado de vários tributos

federais, estaduais e municipais, dentre eles o ICMS. Dessa

forma, tratando-se de operação ou prestação praticada por

contribuinte paulista sujeito às normas do Simples Nacional,

salvo disposição em contrário, o imposto deverá ser

calculado segundo as regras do artigo 18 da Lei

Complementar nº 123/2006.

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