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FACULDADE DINÂMICA DO VALE DO PIRANGA ELAINE CRISTINA PEDRO FELIPE FURTADO DA SILVA MANOEL OSVALDO MARTINS MIRELA DAS GRAÇAS BERGAMINI TAVARES NEUSA MARIA ROSA DA SILVEIRA SILVANA MARTINS THAÍS LUCIANY BOMBASSARO VERA LÚCIA SERRA SILVA VASCONCELLOS ARGUMENTOS CONTRA O ABORTO

Argumentos Contra o Aborto

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Aborto - Argumentos Contra - Visão Jurídica - Pontos Principais

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Page 1: Argumentos Contra o Aborto

FACULDADE DINÂMICA DO VALE DO PIRANGA

ELAINE CRISTINA PEDRO

FELIPE FURTADO DA SILVA

MANOEL OSVALDO MARTINS

MIRELA DAS GRAÇAS BERGAMINI TAVARES

NEUSA MARIA ROSA DA SILVEIRA

SILVANA MARTINS

THAÍS LUCIANY BOMBASSARO

VERA LÚCIA SERRA SILVA VASCONCELLOS

ARGUMENTOS CONTRA O ABORTO

Ponte Nova - MG

2012

Page 2: Argumentos Contra o Aborto

ELAINE CRISTINA PEDRO

FELIPE FURTADO DA SILVA

MANOEL OSVALDO MARTINS

MIRELA DAS GRAÇAS BERGAMINI TAVARES

NEUSA MARIA ROSA DA SILVEIRA

SILVANA MARTINS

THAÍS LUCIANY BOMBASSARO

VERA LÚCIA SERRA SILVA VASCONCELLOS

ARGUMENTOS CONTRA O ABORTO

Trabalho Multidisciplinar apresentado às disciplinas de Introdução ao Estudo do Direito I e Ciência Política/ Teoria Geral do Estado, do Curso de Bacharelado em Direito da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Direito.Professores: Bruno Franco e Ramon Mapa.

Ponte Nova - MG

2012

Page 3: Argumentos Contra o Aborto

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................3

2 O INÍCIO DA VIDA HUMANA........................................................................................3

3 CONTEXTO LEGAL.........................................................................................................3

4 ARGUMENTOS CONTRA O ABORTO.........................................................................4

REFERÊNCIAS..........................................................................................................................6

Page 4: Argumentos Contra o Aborto

1 INTRODUÇÃO

Aborto é sempre um tema polêmico, que causa calorosas discussões entre os que

são a favor da escolha e os que são a favor da vida. O presente trabalho tem o objetivo de

expor argumentos contra a prática do aborto, em favor da vida da criança gerada.

Primeiramente, apresentaremos uma base científica em relação ao início da vida e, em

seguida, analisaremos o contexto jurídico brasileiro, os quais servirão de base para o

entendimento de tais argumentos a serem apresentados.

2 O INÍCIO DA VIDA HUMANA

Desde 1827, com Karl Ernest Von Baer, considerado o pai da embriologia

moderna, descobriu-se que a vida humana começa na concepção, isto é, no momento em que

o espermatozoide entra em contato com o óvulo, fato que ocorre já nas primeiras horas após a

relação sexual. É nessa fase, na fase do zigoto, que toda a identidade genética do novo ser é

definida. A partir daí, segundo a ciência, inicia a vida biológica do ser humano. Todos fomos

concebidos assim. O que somos hoje, geneticamente, já o éramos desde a concepção.

3 CONTEXTO LEGAL

O primeiro e mais importante de todos os direitos fundamentais do ser humano é o

direito à vida e dele decorrem todos os outros direitos. É o primeiro dos direitos naturais que o

direito positivo pode simplesmente reconhecer, mas que não tem a condição de criar, pois é

inerente à condição de ser humano.

O direito à vida no Ordenamento Jurídico Brasileiro:

a) O artigo 5º da Constituição Brasileira: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no

País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade...”. Os direitos previstos no artigo 5º da Constituição Federal são cláusulas

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pétreas, isto é, são direitos que não podem ser suprimidos da Constituição, nem mesmo

por emenda constitucional.

b) O Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos – 1969),

em seu artigo 4º prevê: “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse

direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção.

Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.” O Pacto de São José da Costa

Rica entrou para o Ordenamento Jurídico Brasileiro através do Decreto 678/1992 e tem

status de norma constitucional, vale dizer, deve ser observado pela legislação

infraconstitucional.

c) O Código Civil Brasileiro, em harmonia com a Constituição Federal e o Pacto de São José

da Costa Rica, afirma em seu artigo 2º que: “A personalidade civil da pessoa começa do

nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do

nascituro”.

Se a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro, parece óbvio que

ela põe a salvo o mais importante desses direitos, que é o direito à vida. Seria contraditório se

a lei dissesse que todos os direitos do nascituro estão a salvo menos o direito à vida.

Sendo assim, todo o ataque à vida do embrião significa uma violação do direito à

vida. Por isso que o atual Código Penal Brasileiro prevê punição para aqueles que atentem

contra a vida do embrião. O mais interessante é que o crime de aborto está previsto no Título I

da Parte Especial do Código Penal, que trata dos “Crimes Contra a Pessoa”, em seu Capítulo

I, que trata dos “Crimes Contra a Vida”, o que demonstra claramente que a lei brasileira

reconhece o embrião como uma pessoa viva.

4 ARGUMENTOS CONTRA O ABORTO

a) A legalização de qualquer forma de aborto viola a Constituição Federal, os Pactos

sobre Direitos Humanos que o Brasil se obrigou a cumprir e todo o Ordenamento

Jurídico Brasileiro: Desta forma, nenhuma lei que vise legalizar o aborto no Brasil

poderia ser aprovada.

b) Direito à vida: a vida se inicia a partir da concepção e é protegida Ordenamento Jurídico

Brasileiro. Desta forma, o aborto é um assassinato, um crime contra a vida. O Estado tem

o dever de impedir que a liberdade de um possa acarretar a morte de outrem.

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c) O aborto não é um método contraceptivo.

d) Toda prática de aborto, legal ou criminoso, apresenta riscos à mãe.

e) O feto sofre morte violenta e dolorosa.

f) O aborto legalizado não reduz as taxas de mortalidade materna, não contribui à

saúde da mulher e não diminui a sua incidência.

g) A pílula do dia seguinte é abortiva: sua principal ação é modificar o endométrio e

impedir a fixação do embrião no útero. E desde a fecundação existe vida humana.

h) Não existe o chamado “Direito de Abortar”: Um feto é o filho da mulher e não a

própria mulher. Ela tem apenas o direito de decidir se concebe ou não um filho. E não o

direito de rejeitar a sua existência.

i) O aborto não é uma medida de combate à pobreza e exclusão social: Afirmar o

contrário é o mesmo que dizer que a única forma de erradicar a pobreza é matar os pobres.

j) O aborto não é um ato médico: e promovê-lo como tal é distorcer o fundamento da

medicina – a defesa de toda a vida humana.

k) O caso do aborto terapêutico: O aborto tem por resultado direto matar alguém e não

curar alguém. Não pode, portanto ser denominado como “terapêutico”.

l) O caso dos fetos anencéfalos: A liberação do aborto de anencéfalos fere a dignidade

humana, pois o bebê apresenta de fato uma má-formação, porém ele não está em morte

cerebral, e é tão humano quanto os bebês com síndrome de down, com AIDS, com

qualquer outra doença ou sem qualquer uma delas. A liberação do assassinato de bebês

anencéfalos não resolve a principal causa do problema, apontada pela medicina brasileira:

a falta de ácido fólico na época da gestação.

m) O caso da gravidez resultante de estupro: O aborto não é uma alternativa compassiva,

pois uma criança concebida num estupro também é vítima e tem o mesmo valor humano

que um bebê concebido num casamento. Além disso, será que um filho deve sofrer a pena

de morte por crimes que o pai cometeu? Não foi a criança quem cometeu o estupro.

A própria experiência do aborto, física e emocionalmente, pesa na mulher tanto quanto o

trauma do estupro. O trauma maior é que, embora saiba que não teve culpa no estupro, ela

sente-se responsável pelo aborto, até mesmo quando ela consente sob pressão.

Embora a maioria dos ativistas que defendem a legalização do aborto alegarem que a pena

de morte é um castigo cruel para os criminosos, estranhamente, nos casos de mulheres

grávidas num estupro, eles escolhem morte para a criança inocente. Nem mesmo levam

em consideração pelo menos a opção compassiva de deixar a criança nascer para depois

entregá-la para a adoção.

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Page 7: Argumentos Contra o Aborto

REFERÊNCIAS

Congresso Arquidiocesano de Bioética, 2, 2010, Niterói. Questão de aborto: abordagem jurídica. Disponível em: <http://www.slideshare.net/blogdoseminario>. Acesso em: 12 mai. 2012.

CÂNDIDO, Daniele Cristine; REPIS, Graziela Trojan. Feto anencéfalo: suas implicações no ordenamento jurídico brasileiro. Revista Científica Sensus: Direito, Londrina, v. 1, n. 2, p. 38-54, jan.-jun. 2011.

TESSARO, Anelise. Aborto, bem jurídico e direitos fundamentais. 2006. 127 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Criminais) – Faculdade de Direito, PUCRS, Porto Alegre, 2006.

SOUSA, Danilo Noleto de. Aspectos éticos do aborto: aborto eugênico, no caso de fetos com má-formação. Disponível em: <http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=3448&idAreaSel=19&seeArt=yes>. Acesso em: 12 mai. 2012.

Palestras Católicas. Gestação x Aborto: imagens fortes. 19 fev. 2009. Disponível em: <http://palestrascatolicas.wordpress.com/2009/02/19/gestacao-x-aborto-imagens-fortes/>. Acesso em: 12 mai. 2012.

ANDRADE, Ana Marisa Carvalho. Considerações jurídicas acerca do início da vida humana. Abr. 2012. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/21637/consideracoes-juridicas-acerca-do-inicio-da-vida-humana>. Acesso em: 12 mai. 2012.

CLEMENTE, Alessandro. O direito à vida e a questão do aborto. Disponível em: < http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo400.shtml>. Acesso em 15 mai. 2012.

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COIMBRA, Celso Galli. O juramento dos médicos: “manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde a sua concepção”. 24 jan. 2009. Disponível em: < http://biodireitomedicina.wordpress.com/2009/01/24/o-juramento-dos-medicos-manterei-o-mais-alto-respeito-pela-vida-humana-desde-sua-concepcao/>. Acesso em: 20 mai. 2012.

RUDÁ, Antônio Sólon. Direito penal e bioética. Ago. 2010. Disponível em: < http://jus.com.br/revista/texto/17427/direito-penal-e-bioetica >. Acesso em: 20 mai. 2012.

MATEUS, M. D.. Stresse pós-aborto. Disponível em: < http://aborto.aaldeia.net/stresse-pos-aborto/>. Acesso em: 23 mai. 2012.

MARTIN, Ives Gandra da Silva. Fundamentos do direito natural à vida. Disponível em: < http://www.academus.pro.br/professor/ivesgranda/material/artigos_fundamentos.htm>. Acesso em: 23 mai. 2012.

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