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tIRO POLICIAL – FUZIL AUTOMÁTICO LEVE F Fuzil Automático Leve – FAL APRESENTAÇÃO Arma de origem Belga, projetada e fabricada pela Fabrique Nationale d’Armes de Guerre, S.A., de emprego individual, portátil, funciona utilizando as pressões dos gases resultantes da queima da carga de projeção sobre o êmbolo, automática, de alma raiada, alimentada por um carregador com capacidade para 20 cartuchos, sentido de alimentação de baixo para cima, podendo executar o tiro de repetição, quando obturado o orifício de passagem dos gases. Faz o tiro direto contra pessoal e blindados, podendo tornar-se uma arma de choque, armando-se a baioneta. CARACTERÍSTICAS

Armamento 7,62

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Descrição do ARMAMENTO FAL 7,62

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tIRO POLICIAL – FUZIL AUTOMÁTICO LEVE

F

Fuzil Automático Leve – FAL

APRESENTAÇÃO

Arma de origem Belga, projetada e fabricada pela Fabrique Nationale d’Armes de Guerre, S.A., de emprego individual, portátil, funciona utilizando as pressões dos gases resultantes da queima da carga de projeção sobre o êmbolo, automática, de alma raiada, alimentada por um carregador com capacidade para 20 cartuchos, sentido de alimentação de baixo para cima, podendo executar o tiro de repetição, quando obturado o orifício de passagem dos gases. Faz o tiro direto contra pessoal e blindados, podendo tornar-se uma arma de choque, armando-se a baioneta.

CARACTERÍSTICAS

1. Designação

1.1. Nomenclatura: Fuzil 7,62 M964

1.2. Simbologia Fz 7,62 M964

2. Calibre 7,62 mm

3. Funcionamento Automático

4. Alimentação com carregador metálico, tipo cofre,bifilar, com capacidade para 20 cartuchos

5. Sentido da Alimentação de baixo para cima

6. Cadência Teórica de Tiro 650 a 700 tiros por minuto

7. Cadência Prática de Tiro

7.1. Tiro Automático 120 tiros por minuto

7.2. Tiro Semi-automático 60 tiros por minuto

8. Peso

8.1. Arma sem carregador 4.200 gramas

8.2. Cano 800 gramas aproximadamente

8.3. Carregador vazio 250 gramas

8.4. Carregador cheio 730 gramas

8.5. Baioneta com bainha 350 gramas

9. Comprimento

9.1. Arma 110 cm

9.2. Cano 533 mm

9.3. Baioneta 290 mm

10. Raiamento

10.1. Número de raias 4

10.2. Sentido da esquerda para a direita

10.3. Passo 305 mm

11. Refrigeração a ar

12. Alcance de utilização 600 m

13. Munição

13.1. Cartucho

- Ordinário (A) Car 7,62 – NATO

- Perfurante Car 7,62 Pf – NATO

- Traçante Car 7,62 Tr – NATO

- Perfurante – Incendiário Car 7,62 PfI – NATO

- Para lançamento de granada (C) Car 7,62 Lç – NATO

- Festim (B) Car 7,62 Ft – NATO – Blank Star

-

Manejo Car 7,62 Ma - NATO

(A) (B) (C)

13.2. Granada

- Antipessoal cor havana – cinta adesiva de segurança de cor vermelha

- Anticarro cor amarela – ogiva verde oliva – cinta de segurança de cor branca

- Incendiária cor cinza

- Exercício cor preta

FUNCIONAMENTO

1. OPERAÇÕES DE ALIMENTAÇÃO, CARREGAMENTO E ENGATILHAMENTO

Antes do tiro o mecanismo se encontra à frente; a arma está com o registro de segurança na posição “S”. Introduzir, oblíqüamente, no receptor do carregador, um carregador cheio, fazê-lo girar da frente para trás e empurrá-lo a fundo; o carregador se engraza no receptor pela sua parte anterior e posterior.

Puxar para trás a alavanca de manejo, localizada no lado esquerdo da caixa da culatra e logo deixá-la retornar à posição inicial (à frente); um cartucho é introduzido na câmara; o fuzil está carregado e engatilhado.

Para disparar a arma, colocar o registro de tiro e de segurança, seja na posição “R”, para o tiro semi-automático, seja na posição “A”, para o tiro automático.

2. OPERAÇÕES DURANTE O RECUO DO MECANISMO

Ao comprimir o gatilho é provocada a percussão. No instante em que o projétil ultrapassa o evento de admissão, uma parte dos gases passa pelo evento do obturador e vai para o cilindro dos gases. O êmbolo é lançado para trás, golpeia o impulsor do ferrolho e o lança também para trás. Depois de retroceder alguns milímetros, os ressaltos do impulsor do ferrolho obrigam a parte posterior do ferrolho a elevar-se, desfazendo, assim, o contato deste com o seu apoio na caixa da culatra; a arma está destrancada. Continuando o recuo do impulsor do ferrolho e do ferrolho, o extrator retira da câmara o estojo; a seguir, o martelo, empurrado pelo impulsor do ferrolho, é forçado a girar para trás.

Prosseguindo o recuo, o culote do estojo bate no ejetor fixo à caixa da culatra e o estojo é ejetado pela janela de ejeção, situada à direita da parte ântero-superior da culatra.

Durante o movimento para a retaguarda, as molas recuperadoras alojadas na coronha são comprimidas pela haste do impulsor do ferrolho articulada na parte posterior do mesmo. Enquanto isso, o êmbolo volta à sua posição na frente, sob a ação de sua mola.

3. OPERAÇÕES DURANTE O AVANÇO DO MECANISMO

As molas recuperadoras que se comprimiram durante o recuo, se distendem e empurram o ferrolho com seu impulsor para frente. O ferrolho introduz o cartucho seguinte na câmara, enquanto que o martelo permanece na posição engatilhado, por ação do disparador; a parte anterior do ferrolho vem de encontro à parte posterior do cano; o cartucho foi introduzido na câmara, estando o culote empolgado pela garra do extrator.

O impulsor do ferrolho, que funciona sobre o ressalto superior do ferrolho, obriga a parte posterior deste a baixar e a vir colocar-se na frente do ressalto de trancamento, localizado na caixa da culatra; a arma está trancada.

O impulsor do ferrolho continua, isoladamente, seu movimento para a frente; ao final do movimento, o ressalto posterior esquerdo do impulsor do ferrolho atua sobre o disparador, fazendo-o girar de modo a liberar o martelo do disparador e o impulsor do ferrolho bate com a sua parte anterior na caixa da culatra, fazendo aflorar a cauda do percussor.

No tiro automático é o disparador que libera o martelo e assim permite que o tiro seja automático; neste caso, depois do primeiro disparo de cada rajada, o gatilho intermediário não atua mais sobre o disparador. No tiro semi-automático o martelo, liberado anteriormente pelo disparador, é finalmente, solto pelo gatilho intermediário. Para execução do tiro seguinte, o mecanismo de disparo exige que o gatilho seja solto e novamente comprimido.

4. REGISTRO DE TIRO E DE SEGURANÇA

A asa do registro de tiro e de segurança pode ficar em três posições:

a) A posição alta “S”, na qual a arma está travada; com efeito, nesta posição, comprimido o gatilho, a cauda deste vem bater na parte cheia do corpo do registro de tiro e de segurança, não permitindo atingir o gatilho intermediário; permanecendo este imóvel, o tiro é impossível.

b) A posição anterior “A”, na qual o mecanismo está pronto para o tiro automático; a cauda do gatilho encontra-se em frente a um rebaixo profundo existente no corpo do registro de tiro e de segurança, de modo que a ação sobre o gatilho provoca, por meio do seu ressalto, o giro do gatilho intermediário, cujo dente anterior se desprende do entalhe de armar do martelo; a percussão é realizada. Além disso, a amplitude do giro é tal que o martelo não fica mais retido, a não ser pelo disparador, enquanto não se solta o gatilho; como a percussão depende do disparador, este liberará o martelo em cada fechamento, após o trancamento completo; o tiro é automático.

Ao soltar o gatilho, o dente anterior do gatilho intermediário levanta-se, prendendo o martelo que empurra ligeiramente o gatilho intermediário para a retaguarda; em conseqüência, o dente posterior do gatilho intermediário vem colocar-se sobre o ressalto do gatilho e o mecanismo está engatilhado, pronto para disparar uma nova rajada.

c) A posição posterior “R”, na qual o mecanismo está pronto para o tiro semi-automático; a cauda do gatilho encontra-se em frente a um rebaixo menos pronunciado do que na posição “A”, de tal modo que, ao comprimir o gatilho, provoca-se um giro de menor amplitude do gatilho intermediário e tal que, depois do primeiro disparo, o martelo venha a ficar preso pelo gatilho intermediário. Isto se dá porque o dente posterior do gatilho intermediário, ao perder o apoio do ressalto do gatilho, cai no rebaixo do mesmo, fazendo que se eleve o dente anterior do gatilho intermediário, para ficar em condições de prender o martelo em (C1). Assim, o disparo de um segundo cartucho não é mais possível, se o gatilho continuar comprimido. Dever-se-á deixar de comprimir o gatilho para continuar o tiro. Ao soltar o gatilho, o martelo, acionado por sua mola, gira ligeiramente e, como se encontra ainda em contato com o gatilho intermediário, empurra este para a retaguarda, de tal modo que o dente posterior (B2) do gatilho intermediário vem se colocar sobre o ressalto (A2) do gatilho; uma pressão sobre este provoca o segundo disparo e, assim, sucessivamente.

A

– Gatilho B – Gatilho Intermediário C – Martelo

D

– Disparador E – Regulador de tiro e de segurança

5. RETÉM DO FERROLHO

Durante o percurso do ferrolho para trás, o transportador do carregador, estando este vazio, empurra para cima o retém do ferrolho, obrigando-o a permanecer à retaguarda. Isto indicará ao usuário que o carregador está vazio.

Par prosseguir o tiro, introduzir um novo carregador e atuar sobre a asa do retém do ferrolho, para liberar o ferrolho, que vai à frente.

6. PROCEDIMENTOS APÓS O ÚLTIMO DISPARO

a. Disparado o último cartucho do carregador, o retém do ferrolho, acionado pelo transportador, impede a volta para a frente do ferrolho;

b. Pressionar o retém do carregador;

c. Retirar o carregador fazendo-o girar para a frente;

d. Introduzir um novo carregador;

e. Empurrar para baixo a asa do retém do ferrolho. O ferrolho volta à frente;

f. A arma está de novo pronta para o tiro.

7. PROCEDIMENTOS APÓS O TIRO

1. a. Travar a arma (registro de tiro e de segurança colocado em “S”);

b. Retirar o carregador;

c. Puxar a alavanca de manejo bem à retaguarda para extrair e ejetar o cartucho que se encontra na

câmara;

d. Deixar o ferrolho voltar à frente.

8. PROCEDIMENTOS PARA O TIRO DE REPETIÇÃO

a. Situação inicial: arma alimentada (carregador cheio no receptor do carregador);

b. Com a ponta de um projétil empurrar a fundo o retém do obturador do cilindro dos gases e mantê-lo nesta posição;

c. Fazer girar o cartucho e o obturador de 180º no sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio, de modo que apareçam em cima as letras “Gr” em lugar da letra “A”;

d. Deixar o retém do obturador voltar ao seu alojamento (o entalhe do obturador ficará para baixo);

e. Realizar as operações de carregamento;

f. Após cada disparo, repetir as operações de carregamento.

9. REFORÇADOR PARA O TIRO DE FESTIM

O Fuzil 7,62 mm, M964 é equipado com um reforçador para o tiro de festim que se aparafusa na parte anterior do quebra-chamas.

10. REGULAÇÃO DOS GASES

a. Generalidades – a finalidade da regulação dos gases é a de assegurar o funcionamento correto da arma, com escapamento máximo dos gases ou, permitir a admissão mínima para seu funcionamento normal sem desgastes excessivos das peças componentes do mecanismo.

A rotação do anel regulador de gases para a direita (no sentido da rotação dos ponteiros de um relógio) tem por fim reduzir o orifício de escapamento de gases e, portanto, aumentar o volume de gases destinado a atuar sobre a cabeça do êmbolo.

A rotação do anel regulador de gases para a esquerda (no sentido ao dos ponteiros de um relógio), produz um efeito oposto: o aumento do escapamento e a diminuição do volume de gases que atua sobre a cabeça do êmbolo.

Graças a um sistema de molas e entalhes, o anel regulador de gases pode tomar 13 posições (existem 12 entalhes de abertura). Para retornar à sua posição adequada com facilidade, são gravados números sobre o anel (um número de dois em dois entalhes; o número 1 está em correspondência com a abertura zero). Por exemplo, quando o número 5 se encontra em frente ao orifício, a regulação corresponde a oito entalhes de abertura.

b. Processo de Regulação dos Gases – existem vários processos para regular os gases da arma. Sugerimos, no entanto, um que deu bons resultados e que nos parece o melhor:

- Colocar na arma um carregador vazio;

- Todos os tiros se realizam introduzindo os cartuchos a mão, um a um, no carregador

vazio, pela janela de ejeção;

- O ponto de referência é a retenção ou não, à retaguarda, do conjunto ferrolho-impulsor, pelo retém do ferrolho.

c. Operações

1ª Operação – após aparafusar o anel regulador de gases, até que venha bater no alojamento do obturador do cilindro dos gases, desaparafusar o anel, uma volta completa, de modo que apareça o número 7 do anel, na altura do orifício de escapamento.

Esta posição corresponde à abertura máxima e causa, ao disparar, o incidente de tiro chamado “falta de recuo”, identificado pela não retenção à retaguarda do conjunto ferrolho-impulsor, pelo retém do ferrolho.

2ª Operação – aparafusar o anel regulador, um entalhe de cada vez, disparando um tiro em cada uma destas posições, até o momento em que o conjunto ferrolho-impulsor fique retido à retaguarda, pelo retém do ferrolho.

3ª Operação – verificar esta retenção disparando alguns cartuchos, um a um, seguindo o processo indicado anteriormente.

4ª Operação – se num dos disparos a retenção à retaguarda do conjunto não se der, reiniciar a 3ª operação, após aparafusar o anel de um entalhe.

5ª Operação – recomeças, se necessário, a 4ª operação, até o momento em que, dados cinco disparos, houver cinco retenções, sem incidentes, do conjunto ferrolho-impulsor pelo retém do ferrolho.

6ª Operação – a arma está, então, regulada. Para maior segurança, recomenda-se, no entanto, aparafusar de mais um entalhe o anel regulador.

Observações:

- Na falta da chave especial de regulação, a regulação pode ser feita com o auxílio da ponta do projétil de um cartucho, ou ainda com a mão;

- Para cada arma, a regulação dos gases foi feita na fábrica, antes da entrega;

- Em princípio, o atirador não deve modificar a regulação dos gases; esta operação só deverá ser realizada na presença do mecânico de armamento leve, ou de um elemento graduado;

- A força com que é ejetado um estojo constitui um indício precioso que, na prática, permite verificar a regulação dos gases;

Quando a ejeção do estojo se dá a uma distância de 1,50m a 2,00m, e o ângulo de ejeção (ângulo formado pelo eixo do cano e o sentido da queda do cartucho) for de 45º, deve ser considerada normal. Uma ejeção violenta significa um excesso de admissão de gases; neste caso, deve-se aumentar o escapamento. Uma ejeção fraca é, ao contrário, indício de uma insuficiência de admissão; neste caso deve-se reduzir o escapamento dos gases.

11. REGULAÇÃO DO APARELHO DE PONTARIA

a. Generalidades - o Fuzil 7,62 mm, M964 é regulado antes de ser posto em serviço, porém, às vezes há necessidade de realizar certas correções, em elevação e direção, para adaptar a arma ao atirador que vai utilizá-la. Esta regulação deve ser executada por um mecânico de armamento leve ou instrutor que tenha à sua disposição ferramentas especiais.

b. Correção em Elevação – os erros em elevação serão corrigidos aparafusando ou desaparafusando a massa de mira. Se a massa de mira for desaparafusada, o ponto médio dos impactos se deslocará para baixo e vice-versa.

A mola e a lingüeta de fixação da massa de mira trabalham nos entalhes existentes debaixo do círculo da massa de mira; o círculo está dividido em 16 entalhes, o que facilita o trabalho do mecânico de armamento leve para calcular os deslocamentos em altura do ponto médio dos impactos.

O deslocamento de 1 entalhe da massa de mira corresponde a uma variação média, em altura, do ponto médio dos impactos, de 1 cm, à distância de 100 metros.

c. Correção em Direção – os erros em direção serão corrigidos deslocando-se a alça de mira para a esquerda ou para a direita. Se o ponto médio dos impactos estiver situado à direita do ponto visado, o parafuso esquerdo, de correção do desvio de alça, é desaparafusado ligeiramente e o parafuso direito é aparafusado, fazendo com que a alça se desloque lateralmente em seu suporte, da direita para a esquerda. Apertar, em seguida, o parafuso esquerdo, para bloquear a alça. Quando a correção tiver sido efetuada, antes do tiro, deve-se apertar corretamente os dois parafusos da alça. Se o ponto médio dos impactos estiver situado à esquerda do ponto visado, a alça deve ser deslocada da esquerda para a direita.

O deslocamento de 1 entalhe do parafuso de correção do desvio de alça, corresponde a

uma variação média em direção, do ponto médio dos impactos, de 1 cm., à distância de 100 m.

12. AÇÃO IMEDIATA E INCIDENTES DE TIRO

a. Generalidades – O fuzil 7,62 M 964 é muito pouco sensível às variações de uma munição normal, se esta for de boa qualidade. A munição de má qualidade provocará sempre incidentes, qualquer que seja o tipo de arma.

b. Os incidentes de tiro são, geralmente, de dois tipos:

(1) Os resultantes da falta de limpeza, em conseqüência da negligência do soldado, da falta de conhecimento da arma ou, ainda, de remoção incompleta dos lubrificantes. (As pólvoras modernas de boa qualidade deixam poucos resíduos).

(2) Os ocasionados por uma deficiência mecânica acidental da arma. Estes são menos freqüentes. Um incidente em que o mecanismo não retorne à sua posição à frente (a menos que se trate de carregador vazio), será eliminado, geralmente, executando uma “ação imediata” rápida e sem investigar a causa do mesmo.

c. Conduta de Ação Imediata

(1) Retirar o carregador;

(2) Dar dois golpes de segurança;

(3) Alimentar, isto é, colocar o carregador;

(4) Carregar, trazendo à retaguarda, a alavanca de manejo e soltando-a, a fim de

introduzir um novo cartucho na câmara;

(5) Reiniciar o tiro.

Obs.: Se um incidente se reproduzir, deve-se recorrer ao mecânico de armamento leve ou ao instrutor, a fim de determinar a causa.

d. Quadro de Incidentes de Tiro

FALHA NO

RETÉM DO DO FERROLHO

2) Retém do ferrolho.

3) Carregador defeituoso.

2) Limpar a arma sujo.

3) Examinar, limpar ou substituir o carregador após participar ao su- perior imediato.

13. DESMONTAGEM SUMÁRIA

a. O soldado deverá ser treinado para executar esta desmontagem no escuro.

Antes de iniciá-la, procederá às seguintes operações:

(1) Tirar o carregador, comprimindo o retém do carregador;

(2) Dar dois golpes de segurança para assegurar-se de que a câmara está desimpedida;

(3) Engatilhar a arma; o conjunto, ferrolho - impulsor do ferrolho, volta à frente;

(4) Travar a arma; o martelo fica à retaguarda.

b. A desmontagem sumária obedecerá à seguinte seqüência:

(1) Empurrar para cima, tanto quanto possível, a chaveta do trinco da armação, situada do lado esquerdo da armação; ao mesmo tempo, pressionar, para baixo, com a mão esquerda, o conjunto cano - caixa da culatra, que girará em torno do eixo da armação. A arma estará assim em condições de ser desmontada.

(2) Tirar o conjunto, ferrolho – impulsor do ferrolho, puxando-o pela haste do impulsor.

(3) Retirar a tampa da caixa da culatra, fazendo-a deslizar para trás.

(4) Separar o ferrolho do impulsor do ferrolho. Libertar, do impulsor do ferrolho, a parte anterior do ferrolho e continuar este movimento até encontrar resistência; pressionar a parte posterior do percussor e simultaneamente, sob a forma de alavanca, desarticular as duas peças.

(5) Retirar o percussor. Por meio duma pressão na parte posterior do percussor, tirar o pino deste; se o pino não cair, usar a ponta de um projetil ou um toca-pino.

Uma vez removido o pino, o percussor sairá do alojamento sob a ação de sua mola.

(6) Retirar o obturador do cilindro de gases.

a. Para as armas não dotadas de alça para o tiro de granada:

- Por meio de um cartucho ou toca-pino comprimir o retém do obturador; em seguida, fazer girar o obturador de um quarto de volta no sentido dos ponteiros de um relógio.

Realizada esta operação, o obturador do cilindro de gases sairá do seu alojamento sob a ação da mola do êmbolo.

b. Para as armas dotadas de alça para o tiro de granada:

- Comprimir o eixo - retém do obturador do cilindro de gases e ao mesmo tempo elevar a alça até uma posição que permita fazê-la girar no sentido dos ponteiros de um relógio.

- Girar a alça até que o eixo retém do obturador do cilindro de gases venha chocar-se com o cano; com auxílio do polegar da mão esquerda comprimir o eixo – retém do obturador e ao mesmo tempo forçá-lo de encontro ao cano, completando ¼ de volta; o obturador do cilindro de gases sairá impulsionado pela pressão da mola do êmbolo.

(7) Tirar o êmbolo e sua mola do cilindro de gases.

a. Separar a mola do êmbolo.

Observações:

a. A desmontagem do extrator far-se-á com auxílio de um cartucho ou de uma ferramenta especial e será realizada periodicamente pelo mecânico de armamento leve por ocasião de sua inspeções.

b. As operações de montagem obedecem a uma seqüência inversa das de desmontagem.