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Arminianismo 1 Arminianismo Parte de uma série sobre Arminianismo Jacobus Arminius História Protestantismo Reforma Os Cinco Artigos da Remonstrancia Debate CalvinistaArminiano Arminianismo na Igreja da Inglaterra Pessoas Jacó Armínio Simon Episcopius [1] Hugo Grotius Os Remonstrantes John Wesley Doutrina Depravação total Eleição condicional Expiação ilimitada Graça preveniente Preservação condicional Portal do Arminianismo O Arminianismo (também chamado tradição reformada arminiana, a fé reformada arminiana, ou teologia reformada arminiana) é uma escola de pensamento soterológica de dentro do cristianismo protestante, baseada sobre ideias do teólogo reformado holandes Jacobus Arminius (1560 - 1609) [2] e seus seguidores históricos, os Remonstrantes. A aceitação doutrinária se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entre Atanásio e Orígenes, até a defesa de Agostinho de Hipona do "pecado original." O arminianismo holandês foi originalmente articulado na Remonstrância (1610), uma declaração teológica assinada por 45 ministros e apresentado ao estado holandês. O Sínodo de Dort (161819) foi chamado pelos estados gerais para mudar a Remonstrância. Os cinco pontos da Remonstrância afirmam que: 1. 1. a eleição (e condenação no dia do jugamento) foi condicionada pela fé racional ou não-fé do homem; 2. 2. a expiação, embora qualitativamente suficiente à todos os homens, só é eficaz ao homem de fé; 3. 3. sem o auxílio do Espírito Santo, nenhuma pessoa é capaz de responder à vontade de Deus; 4. 4. a graça não é irresistível; e 5. 5. os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão fora da possibilidade de cair da graça.

Arminianismo

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Arminianismo 1

Arminianismo

Parte de uma série sobre

Arminianismo

Jacobus Arminius

História

ProtestantismoReforma

Os Cinco Artigos da RemonstranciaDebate Calvinista–Arminiano

Arminianismo na Igreja da Inglaterra

Pessoas

Jacó ArmínioSimon Episcopius [1]

Hugo GrotiusOs Remonstrantes

John Wesley

Doutrina

Depravação totalEleição condicionalExpiação ilimitadaGraça preveniente

Preservação condicional

Portal do Arminianismo

O Arminianismo (também chamado tradição reformada arminiana, a fé reformada arminiana, ou teologiareformada arminiana) é uma escola de pensamento soterológica de dentro do cristianismo protestante, baseadasobre ideias do teólogo reformado holandes Jacobus Arminius (1560 - 1609)[2] e seus seguidores históricos, osRemonstrantes. A aceitação doutrinária se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entreAtanásio e Orígenes, até a defesa de Agostinho de Hipona do "pecado original."O arminianismo holandês foi originalmente articulado na Remonstrância (1610), uma declaração teológica assinadapor 45 ministros e apresentado ao estado holandês. O Sínodo de Dort (1618–19) foi chamado pelos estados geraispara mudar a Remonstrância. Os cinco pontos da Remonstrância afirmam que:1.1. a eleição (e condenação no dia do jugamento) foi condicionada pela fé racional ou não-fé do homem;2.2. a expiação, embora qualitativamente suficiente à todos os homens, só é eficaz ao homem de fé;3.3. sem o auxílio do Espírito Santo, nenhuma pessoa é capaz de responder à vontade de Deus;4.4. a graça não é irresistível; e5.5. os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão fora da possibilidade de cair da graça.

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O ponto crucial do arminianismo remonstrante reside na afirmação de que a dignidade humana requer a liberdadeperfeita do arbítrio.[3]

Desde o século XVI, muitos cristãos incluindo os batistas (Ver A History of the Baptists terceira edição por RobertG. Torbet) tem sido influenciados pela visão arminiana. Também os metodistas, os congregacionalistas das primeirascolônias da Nova Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, e os universalistas e unitários nos séculos XVIII e XIX.O termo arminianismo é usado para definir aqueles que afirmam as crenças originadas por Jacobus Arminius, porémo termo também pode ser entendido de forma mais ampla para um agrupamento maior de ideias, incluindo as deHugo Grotius, John Wesley e outros. Há duas perspectivas principais sobre como o sistema pode ser aplicadocorretamente: arminianismo clássico, que vê em Arminius o seu representante; e arminianismo wesleyano, que vêem John Wesley o seu representante. O arminianismo wesleyano é por vezes sinônimo de metodismo. Além disso, oarminianismo é muitas vezes mal interpretado por alguns dos seus críticos que o incluem no semipelagianismo ou nopelagianismo, ainda que os defensores de ambas as perspectivas principais neguem veementemente essasalegações.[4]

Dentro do vasto campo da história da teologia cristã, o arminianismo está intimamente relacionado com o calvinismo(ou teologia reformada), sendo que os dois sistemas compartilham a mesma história e muitas doutrinas. No entanto,eles são frequentemente vistos como rivais dentro do evangelicalismo por causa de suas divergências sobre osdetalhes das doutrina da predestinação e da salvação.[5]

História

Retrato de Jacobus Arminius.

Embora tenha sido discípulo do notável calvinista Teodoro de Beza,Arminius defendeu uma forma evangélica de sinergismo (crença que asalvação do homem depende da cooperação entre Deus e o homem),que é contrário ao monergismo, do qual faz parte o calvinismo (crençade que a salvação é inteiramente determinada por Deus, sem nenhumaparticipação livre do homem). O sinergismo arminiano diferesubstancialmente de outras formas de sinergismo, tais como opelagianismo e o semipelagianismo, como se demonstrará adiante. Demodo análogo, também há variações entre as crenças monergistas, taiscomo o supralapsarianismo e o infralapsarianismo.

Arminius não foi primeiro e nem o último sinergista na história daIgreja. De fato, há dúvidas quanto ao fato de que ele tenha introduzidoalgo de novo na teologia cristã. Os próprios arminianos costumavamafirmar que os pais da Igreja grega dos primeiros séculos da era cristã emuitos dos teólogos católicos medievais eram sinergistas, tais como oreformador católico Erasmo de Roterdã. Até mesmo PhilippMelanchthon (1497-1560), companheiro de Lutero na reforma alemã,era sinergista, embora o próprio Lutero não fosse.

Arminius e seus seguidores divergiram do monergismo calvinista porentenderem que as crenças calvinistas na eleição incondicional (eespecialmente na reprovação incondicional), na expiação limitada e na graça irresistível:•• seriam incompatíveis com o caráter de Deus, que é amoroso, compassivo, bom e deseja que todos se salvem.•• violariam o caráter pessoal da relação entre Deus e o homem.•• levariam à conseqüência lógica inevitável de que Deus fosse o autor do mal e do pecado.

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Contexto históricoPara se compreender os motivos que levaram à aguda controvérsia entre o calvinismo e o arminianismo, é precisocompreender o contexto histórico e político no qual se inseriam os Países Baixos à época.De acordo com historiadores, tais como Carl Bangs, autor de "Arminius: A Study in the Dutch Reformation (1985)",as igrejas reformadas da região eram protestantes, em sentido geral, e não rigidamente calvinistas. Emboraaceitassem o catecismo de Heidelberg como declaração primária de fé, não exigiam que seus ministros ou teólogosaderissem aos princípios calvinistas, que vinham sendo desenvolvidos em Genebra, por Beza. Havia relativatolerância entre os protestantes holandeses. De fato, havia tanto calvinistas quanto luteranos. Os seguidores dosinergismo de Melanchthon conviviam pacificamente com os que professavam o supralapsarianismo de Beza. Opróprio Arminius, acostumado com tal "unidade na diversidade", mostrou-se estarrecido, em algumas ocasiões, comas exageradas reações calvinistas ao seu ensino.Essa convivência pacífica começou a ser destruída quando Franciscus Gomarus, colega de Arminius na Universidadede Leiden, passou a defender que os padrões doutrinários das igrejas e universidades holandesas fossem calvinistas.Então, lançou um ataque contra os moderados, incluindo Arminius.De início, a campanha para impor o calvinismo não foi bem sucedida. Tanto a igreja quanto o Estado nãoconsideravam que a teologia de Arminius fosse heterodoxa. Isso mudou quando a política passou a interferir noprocesso.À época, os países baixos, liderados pelo príncipe Maurício de Nassau, calvinista, estavam em guerra contra adominação da Espanha, católica. Alguns calvinistas passaram a convencer os governantes dos Países Baixos, eespecialmente o príncipe Nassau, de que apenas a sua teologia proveria uma proteção segura contra a influência docatolicismo espanhol. De fato, caricaturas da época apresentavam Arminius como um jesuíta disfarçado. Nada dissofoi jamais comprovado.Depois da morte de Arminius, o governo começou a interferir cada vez mais na controvérsia teológica sobrepredestinação. O príncipe Nassau destituiu os arminianos dos cargos políticos que ocupavam. Um arminiano foiexecutado e outros foram presos. O conflito teológico atingiu tamanha proporção que levou a Igreja a convocar oSínodo Nacional da Igreja Reformada, em Dort, mais conhecido como o Sínodo de Dort, onde os arminianos,conhecidos como "remonstrantes", tiveram a oportunidade de defender seus pontos de vista perante as autoridades,partidárias do calvinismo. As discussões ocorreram em 154 reuniões iniciadas em 13 de novembro 1618 e encerradaem 9 de maio de 1619, cujo o assunto era a predestinação incondicional defendida pelo calvinismo e a predestinaçãocondicional defendida pelo arminianismo. Os arminianos acabaram sendo condenados como hereges, destituídos deseus cargos eclesiásticos e seculares, tiveram suas propriedades expropriadas e foram exilados.Logo que Maurício de Nassau morreu, os calvinistas perderam o seu poder na região e os arminianos puderamretornar ao país, onde fundaram igrejas e um seminário, o qual até hoje existe na Holanda (RemonstrantsSeminarium).Em síntese, as igrejas protestantes holandesas continham diversidade teológica, à época de Arminius. Tantomonergistas quanto sinergistas eram ali representados e conviviam pacificamente. O que levou a visão monergista àsupremacia foi o poder do Estado, representado pelo príncipe Maurício de Nassau, que perseguiu os sinergistas.Para Arminius e seus seguidores, sua teologia também era compatível com a reforma protestante. Em sua opinião,tanto o calvinismo quanto o arminianismo são duas correntes inseridas na reforma protestante, por serem, ambas,compatíveis com o lema dos reformados sola gratia, sola fide, sola scriptura.

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Teologia

Os CincoArtigos

daRemonstrancia

Eleição condicional

Expiação ilimitada

Depravação total

Graça preveniente

Preservação condicional

A teologia arminiana geralmente cai em um dos dois grupos - Arminianismo Clássico, elaborado a partir do ensinode Jacobus Arminius - e Arminianismo Wesleyano, com base principalmente de Wesley. Ambos os grupos sesobrepõem consideravelmente.

Arminianismo ClássicoO arminianismo clássico (às vezes chamado de arminianismo reformado) é o sistema teológico que foi apresentadopor Jacobus Arminius e mantido pelos Remonstrantes;[6] sua influência serve como base para todos os sistemasarminianos. A lista de crenças é dado abaixo:• A depravação é total: Arminius declarou: "Neste estado [caído], o livre-arbítrio do homem para o verdadeiro

bem não está apenas ferido, enfermo, inclinado, e enfraquecido; mas ele está também preso, destruído, e perdido.E os seus poderes não só estão debilitados e inúteis a menos que seja assistido pela graça, mas não tem poderalgum exceto quando é animado pela graça divina."[7]

• A expiação destina-se à todos: Jesus morreu para todas as pessoas, Jesus atrai todos a si mesmo, e todas aspessoas têm oportunidade de se salvarem pela fé.[8]

• A morte de Jesus satisfaz a justiça de Deus: A penalidade pelos pecados dos eleitos é paga integralmenteatravés da obra de Jesus na cruz. Assim, a expiação de Cristo é destinada a todos, mas requer a fé para serefetuada. Arminius declarou que: "Justificação, quando usado para o ato de um juiz, também é exclusivamente aimputação da justiça através da misericórdia... ou esse homem é justificado diante de Deus... de acordo com origor da justiça sem qualquer perdão."[9] Stephen Ashby esclarece: "Arminius só considera duas maneiraspossíveis em que o pecador pode ser justificado: (1) pela nossa adesão absoluta e perfeita à lei, ou (2)exclusivamente pela divina imputação da justiça de Cristo."[10]

• A graça é resistível: Deus toma a iniciativa no processo de salvação e a sua graça vem a todas as pessoas. Estagraça (muitas vezes chamada de preveniente ou pré-graça regeneradora) age em todas as pessoas paraconvencê-las do Evangelho, chamá-las fortemente à salvação, e capacitar a possibilidade de uma fé sincera.Picirilli declarou que "realmente esta graça está tão próxima da regeneração que ela leva inevitavelmente aregeneração, a menos que, por fim seja resistida." [11] A oferta de salvação por graça não age irresistivelmente emum simples causa-efeito (i.e num método determinístico), mas sim de um modo de influência-e-resposta, quetanto pode ser livremente aceita e livremente negada.[12]

• O homem tem livre arbítrio para responder ou resistir: O livre-arbítrio é limitado pela soberania de Deus, masa soberania de Deus permite que todos os homens tenham a opção de aceitar o Evangelho de Jesus através da fé,simultaneamente, permite que todos os homens resistam.

• A eleição é condicional: Arminius define eleição como "o decreto de Deus pelo qual, de Si mesmo, desde a eternidade, decretou justificar em Cristo, os crentes, e aceitá-los para a vida eterna."[13] Só Deus determina quem

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será salvo e a sua determinação é que todos os que crêem em Jesus através da fé sejam justificados. SegundoArminius, "Deus a ninguém preza em Cristo, a menos que sejam enxertados nele pela fé".[13]

• Deus predestina os eleitos a um futuro glorioso: A predestinação não é a predeterminação de quem irá crer,mas sim a predeterminação da herança futura do crente. Os eleitos são, portanto, predestinados a filiação pelaadoção, glorificação, e vida eterna.[14]

• A justiça de Cristo é imputada ao crente: A justificação é sola fide. Quando os indivíduos se arrependem ecreem em Cristo (fé salvífica), eles são regenerados e trazidos a união com Cristo, pela qual a morte e a justiça deCristo são imputados a eles, para sua justificação diante de Deus.[15]

• A segurança eterna é também condicional: Todos os crentes têm plena certeza da salvação com a condição deque eles permaneçam em Cristo. A salvação é condicional a fé, portanto, a perseverança também écondicional.[16] A apostasia (desvio de Cristo) só é cometida por uma deliberada e proposital rejeição de Jesus erenúncia da fé.[17]

Os cinco artigos da remonstrância que os seguidores de Arminius formularam em 1610 o estado acima de crençasrelativas (I) eleição condicional, (II) expiação ilimitada, (III) depravação total, (IV) depravação total e a graçaresistível, e (V) possibilidade de apostasia. Note, entretanto, que o artigo quinto não nega completamente aperseverança dos santos, Arminius mesmo, disse que "nunca me ensinaram que um verdadeiro crente pode cair ...longe da fé ... ainda não vou esconder que há passagens de Escritura que parecem-me usar este aspecto, e asrespostas a elas que me foi permitido ver, não são como a gentileza de aprovar-se em todos os pontos para o meuentendimento ".[18] Além disso, o texto dos artigos da Remonstrancia diz que nenhum crente pode ser arrancado damão de Cristo, e à questão da apostasia, "a perda da salvação" é necessário mais estudos antes que pudesse serensinada com plena certeza.As crenças básicas de Jacobus Arminius e os Remonstrances estão resumidos como tal pelo teólogo Stephen Ashby:1. Antes de ser chamado e capacitado, alguém é incapaz de crer... somente capaz de resistir.2. Depois de ter sido chamado e capacitado, mas antes da regeneração, alguém é capaz de crer... também capaz de

resistir.3. Após alguém crer, Deus o regenera, alguém é capaz de continuar crendo... também capaz de resistir.4. Após resistir ao ponto de descrer, alguém é incapaz de acreditar... só capaz de resistir.''[19]

Interpretação dos Cinco Pontos

O terceiro ponto sepulta qualquer pretensão de associar o arminianismo ao pelagianismo ou ao semipelagianismo.De fato, a doutrina de Arminius é perfeitamente compatível com a Depravação Total calvinista. Ou seja, em seuestado original o homem é herdeiro da natureza pecaminosa de Adão e totalmente incapaz, até mesmo, de desejar seaproximar de Deus. Nenhum homem nasce com o "livre-arbítrio", ou seja, com a capacidade de não resistir a Deus.O quarto ponto demonstra claramente que é a graça preveniente que restaura no homem a sua capacidade de não resistir à Deus. Portanto, para Arminius, a salvação é pela graça somente e por meio da fé somente. Nesse sentido, os arminianos do coração concordam com os calvinistas no sentido de que a capacitação, por meio da graça, precede a fé, e que até mesmo a fé salvadora seja um dom de Deus. A diferença está na compreensão da operação dessa graça. Para os calvinistas, a graça é concedida apenas aos eleitos, que a ela não podem resistir. Para os arminianos, a expiação por meio de Jesus Cristo é universal e comunica essa graça preveniente a todos os homens; mas ela pode ser resistida. Assim como o pecado entrou no mundo pelo primeiro Adão, a graça foi concedida ao mundo por meio de Cristo, o segundo Adão (conforme Romanos 5:18, João 1:9 etc.). Nesse sentido, os arminianos entendem que I Timóteo 4:10 aponta para duas salvações em Cristo: uma universal e uma especial para os que creem. A primeira corresponde à graça preveniente, concedida a todos os homens, que lhes restaura o arbítrio, ou seja, a capacidade de não resistir a Deus. Ela é distribuída a todos os homens porque Deus é amor (I João 4:8, João 3:16) e deseja que todos os homens se salvem (I Timóteo 2:4, II Pedro 3:9 etc.), conforme defendido no segundo ponto do arminianismo. A segunda é alcançada apenas pelos que não resistem à graça salvadora e creem em Cristo. Estes são

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os predestinados, segundo a visão arminiana de predestinação.Portanto, embora a expressão "livre-arbítrio" seja comumente associada ao arminianismo, ela deve ser entendidacomo "arbítrio liberto" ou "vontade liberta" pela graça preveniente, convencedora, iluminadora e capacitante quetorna possíveis o arrependimento e a fé. Sem a atuação da graça, nenhum homem teria livre-arbítrio.Ao contrário dos calvinistas, os arminianos creem que essa graça preveniente, concedida a todos os homens, não éuma força irresistível, que leva o homem necessariamente à salvação. Para Arminius, tal graça irresistível violaria ocaráter pessoal da relação entre Deus e o homem. Assim, todos os homens continuam a ter a capacidade de resistir àDeus, que já possuíam antes da operação da graça (conforme Atos 7:51, Lucas 7:30, Mateus 23:37 etc.). Portanto, aresponsabilidade do homem em sua salvação consiste em não resistir ao Espírito Santo. Este é o coração dosinergismo arminiano, o qual difere radicalmente dos sinergismos pelagiano e semipelagiano.No que tange à perseverança dos santos, os remonstrantes não se posicionaram, já que deixaram a questão em aberto.

Citações das obras de Arminius

Os textos a seguir transcritos, escritos pelo próprio Arminius, são úteis para demonstrar algumas de suas ideias.…Mas em seu estado caído e pecaminoso, o homem não é capaz, de e por si mesmo, pensar, desejar, ou fazer aquiloque é realmente bom; mas é necessário que ele seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições ou vontade, eem todos os seus poderes, por Deus em Cristo através do Espírito Santo, para que ele possa ser capacitadocorretamente a entender, avaliar, considerar, desejar, e executar o que quer que seja verdadeiramente bom. Quandoele é feito participante desta regeneração ou renovação, eu considero que, visto que ele está liberto do pecado, ele écapaz de pensar, desejar e fazer aquilo que é bom, todavia não sem a ajuda contínua da Graça Divina.

Com referência à Graça Divina, creio, (1.) É uma afeição imerecida pela qual Deus é amavelmente afetado emdireção a um pecador miserável, e de acordo com a qual ele, em primeiro lugar, doa seu Filho, "para que todoaquele que nele crê tenha a vida eterna," e, depois, ele o justifica em Cristo Jesus e por sua causa, e o admite nodireito de filhos, para salvação. (2.) É uma infusão (tanto no entendimento humano quanto na vontade e afeições,)de todos aqueles dons do Espírito Santo que pertencem à regeneração e renovação do homem - tais como a fé, aesperança, a caridade, etc.; pois, sem estes dons graciosos, o homem não é capaz de pensar, desejar, ou fazerqualquer coisa que seja boa. (3.) É aquela perpétua assistência e contínua ajuda do Espírito Santo, de acordo com aqual Ele age sobre o homem que já foi renovado e o excita ao bem, infundindo-lhe pensamentos salutares,inspirando-lhe com bons desejos, para que ele possa dessa forma verdadeiramente desejar tudo que seja bom; e deacordo com a qual Deus pode então desejar trabalhar junto com o homem, para que o homem possa executar o queele deseja.

Desta maneira, eu atribuo à graça O COMEÇO, A CONTINUIDADE E A CONSUMAÇÃO DE TODO BEM, e a talponto eu estendo sua influência, que um homem, embora regenerado, de forma nenhuma pode conceber, desejar,nem fazer qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação do mal, sem esta graça preveniente e excitante, seguinte ecooperante. Desta declaração claramente parecerá que de maneira nenhuma eu faço injustiça à graça, atribuindo,como é dito de mim, demais ao livre-arbítrio do homem. Pois toda a controvérsia se reduz à solução desta questão,"a graça de Deus é uma certa força irresistível"? Isto é, a controvérsia não diz respeito àquelas ações ou operaçõesque possam ser atribuídas à graça, (pois eu reconheço e ensino muitas destas ações ou operações quanto qualquerum,) mas ela diz respeito unicamente ao modo de operação, se ela é irresistível ou não. A respeito da qual, creio, deacordo com as escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida.

Extraído de As Obras de James Arminius Vol. I [20]

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Arminianismo Wesleyano

Parte de uma sériesobre

Metodismo

John Wesley

História

•• Cristianismo•• Protestantismo•• Pietismo•• Anglicanismo•• Arminianismo•• Wesleyanismo

Doutrinas

•• Artigos da Religião•• Graça preveniente•• Expiação Governamental•• Novo nascimento•• Justiça transmitida•• Perfeição cristã•• Segurança•• Preservação condicional dos santos•• Obras de Piedade•• Obras de Misericórdia

Pessoas chave

•• John Wesley•• Richard Allen•• Francis Asbury•• Thomas Coke•• William Law•• Albert C. Outler•• James Varick•• Charles Wesley•• George Whitefield• Bispos · Teólogos

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Arminianismo 8

Grandes grupos

•• Conselho Metodista Mundial•• Igreja AME•• Igreja AME Sião•• Igreja do Nazareno•• Igreja CME•• Igreja Metodista Livre•• Igreja Metodista do Sul da África•• Igreja Metodista da Grã-Bretanha•• Igreja Metodista da Índia•• Igreja Metodista Unida•• Igreja Unida do Canadá•• Igreja Unida na Austrália•• Igreja Wesleyana

Relação de grupos

•• Movimento de Santidade•• Igreja Moraviana•• Exército da Salvação

Portal do metodismo

John Wesley foi historicamente o advogado mais influente dos ensinos da soterologia arminiana. Wesley concordoucom a vasta maioria daquilo que o próprio Arminius defendeu, mantendo doutrinas fortes, tais como as do pecadooriginal, depravação total, eleição condicional, graça preveniente, expiação ilimitada e possibilidade de apostasia.Wesley, porém, afastou-se do Arminianismo Clássico em três questões:• Expiação – A expiação para Wesley é um híbrido da teoria da substituição penal e da teoria governamental de

Hugo Grócio, advogado e um dos Remonstrantes. Steven Harper expõe: "Wesley não colocou o elementosubstitucionário dentro de uma armação legal …Preferencialmente [sua doutrina busca] trazer para dentro dopróprio relacionamento a 'justiça' entre o amor de Deus pelas pessoas e a aversão de Deus ao pecado …isso não éa satisfação de uma demanda legal por justiça; assim, muito disso é um ato de reconciliação imediato."[21]

• Possibilidade de apostasia – Wesley aceitou completamente a visão arminiana de que cristãos genuínos podemapostatar e perder sua salvação. Seu famoso sermão "A Call to Backsliders" demostra claramente isso. Harperresume da seguinte forma: "o ato de cometer pecado não é ele mesmo fundamento para perda da salvação … aperda da salvação está muito mais relacionada a experiências que são profundas e prolongadas. Wesley via doiscaminhos principais que resultam em uma definitiva queda da graça: pecado não confessado e a atitude deapostasia."[22] Wesley discorda de Arminius, contudo, ao sustentar que tal apostasia não é final. Quandomenciona aqueles que naufragaram em sua fé (1 Tim 1:19), Wesley argumenta que "não apenas um, ou cem, mas,estou convencido, muitos milhares … incontáveis são os exemplos … daqueles que tinham caído, mas que agoraestão de pé"[23]

• Perfeição cristã – Conforme o ensino de Wesley, cristãos podem alcançar um estado de perfeição prática. Isso significa uma falta de todo pecado voluntário, mediante a capacitação do Espírito Santo em sua vida. Perfeição cristã (ou santificação inteira), conforme Wesley, é "pureza de intenção; toda vida dedicada a Deus" e "a mente que estava em Cristo, nos capacita a andar como Cristo andou." Isso é "amar a Deus de todo o seu coração, e os outros como você mesmo".[24] Isso é 'uma restauração não apenas para favor, mas também para a imagem de Deus," nosso ser "encheu-se com a plenitude de Deus".[25] Wesley esclareceu que a perfeição cristã não implica perfeição física ou em uma infabilidade de julgamento. Para ele, significa que não devemos violar a

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longanimidade da vontade de Deus, por permanecer em transgressões involuntárias. A perfeição cristã coloca osujeito sob a tentação, e por isso há a necessidade contínua de oração pelo perdão e santidade. Isso não é umaperfeição absoluta mas uma perfeição em amor. Além disso, Wesley nunca ensinou um salvação pela perfeição,mas preferiu dizer que "santidade perfeita é aceitável a Deus somente através de Jesus Cristo."[24]

Outras Variações

Arminianismo e outras visões

Alegoria da disputa teológica entre arminianos eos seus oponentes

Para compreender o arminianismo é necessário ter compreensão dasseguintes alternativas teológicas: pelagianismo, semipelagianismo ecalvinismo. Arminianismo, como qualquer outro sistema de crençamaior, é frequentemente mal compreendido tanto pelos críticos quantopelos futuros adeptos. Abaixo estão listados alguns equívocos comuns.

Comparação com os protestantes

Esta tabela resume as visões clássicas de três diferentes crençasprotestantes sobre a salvação.[26]

'Tema' Luteranismo Calvinismo Arminianismo

Arbítriohumano

Depravação total, sem olivre-arbítrio

Depravação total, sem o livre-arbítrio A depravação não se opõe ao livre-arbítrio

Eleição Inconditional, somenteeleição para a salvação

Eleição incondicional para a salvação e danação(dupla-predestinação)

Eleição condicional, baseando-se na fé ouincredulidade prevista

Justificação Justificação de todos os quecreêm completa na morte de

Cristo.

Justificação é limitada aos eleitos para a salvação,completa na morte de Cristo.

Justificação é possível para todos, mas sóse aplica sobre quem põe fé em Jesus.

Conversão Monergista, através dosmeios de graça, resistível

Monergista, sem meios, irresistível Sinergista, pela graça preveniente, deveser recebida, resistível por causa do

livre-arbítrio

Preservação eapostasia

Cair da graça é possível, masDeus dá garantia de

preservação.

Perseverança dos santos: os eternamente eleitos emCristo necessariamente perseverarão na fé e na

santidade até o fim

A preservação é condicional a fé contínuaa Cristo; há possibilidade de uma total e

definitiva apostasia

Equívocos Comuns• Arminianismo defende salvação baseada em obras - Nenhum sistema conhecido de arminianismo nega a

salvação "somente pela fé" e "pela fé do primeiro ao último". Este equívoco é muitas vezes dirigido contra apossibilidade de apostasia arminiana, que os críticos exigem manutenção contínua das boas obras para alcançar asalvação final. Para os arminianos, no entanto, tanto a salvação inicial e a segurança eterna são "apenas pela fé";daí "pela fé do primeiro ao último". Crença que a fé é a condição para entrar no Reino de Deus; a incredulidade éa condição para sair do Reino de Deus - não a falta de boas obras.[27][28][29]

• Arminianismo é pelagiano (ou semipelagiano), nega o pecado original e a depravação total - Nenhumsistema de arminianismo fundado em Arminius ou Wesley nega o pecado original ou depravação total;[30] tantoArminius quanto Wesley fortemente afirmaram que a condição básica do homem é tal que ele não pode ser justo,compreender a Deus, ou buscar a Deus.[31]

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Arminianismo 10

Muitos críticos do arminianismo, tanto no passado como no presente, afirmam que o arminianismo tolera ou mesmoexplicitamente apoia o pelagianismo ou semipelagianismo. Arminius se refere ao pelagianismo como "a grandementira" e afirmou que "Devo confessar que eu o detesto, do meu coração, as conseqüências [de tal teologia]."[32]

David Pawson, um pastor inglês, denunciou a associação como "caluniosa", quando atribuída a doutrina de Arminiusou Wesley.[33] Na verdade a maioria dos arminianos rejeitam todas as acusações de pelagianismo; no entanto, devidoprincipalmente aos adversários calvinistas,[34][35] os dois termos permanecem entrelaçados no uso popular.• Arminianismo nega o pagamento substitutivo de Jesus pelos pecados - Tanto Arminius quanto Wesley

acreditavam na necessidade e suficiência da expiação de Cristo por meio da substituição.[36] Arminius declarouque a justiça de Deus foi satisfeita individualmente[37] enquanto Hugo Grotius e muitos dos seguidores de Wesleyensinaram que Deus foi satisfeito governamentalmente.[38]

Comparação com o CalvinismoDesde sempre, Arminius e seus seguidores se revoltaram contra o calvinismo no início do século XVII, asoteriologia protestante tem sido amplamente dividida entre calvinismo e arminianismo. O extremo do calvinismo éo hipercalvinismo, que insiste que os sinais da eleição devem ser procurados antes de evangelização do inregeneradoocorrer e que os eternamente condenados não têm a obrigação de se arrepender e crer, e o extremo do arminianismoé o pelagianismo, que rejeita a doutrina do pecado original em razão da responsabilidade moral, mas a esmagadoramaioria dos protestantes, pastores evangélicos e teólogos se prendem a um destes dois sistemas ou em algum lugarentre eles.

Similaridades

• Depravação total – arminianos concordam com os calvinistas sobre a doutrina da depravação total. Asdiferenças ficam na compreensão de como Deus medica a depravação humana.

• Efeito substitucionário da expiação – arminianos também afirmam como os calvinistas o efeito substitucionárioda expiação de Cristo e que esse efeito está limitado somente ao eleito. Arminianos clássicos concordam com oscalvinistas que esta substituição foi uma satisfação penal por todo o eleito, enquanto a maioria dos arminianoswesleyanos sustentam que a substituição foi em natureza governamental.

Diferenças

• Natureza da eleição – arminianos defendem que a eleição para salvação eterna está ligada a condição da fé. Adoutrina calvinista da eleição incondicional declara que a salvação não pode ser ganha ou alcançada e, portanto,não depende de qualquer esforço humano, de modo que a fé não é uma condição de salvação, mas os meiosdivinos para isso. Em outras palavras, arminianos acreditam que devem sua eleição à sua fé, enquanto que oscalvinistas acreditam que devem sua fé à sua eleição.

• Natureza da graça – arminianos acreditam que através da graça de Deus, é restaurado o livre-arbítrioconcernente a salvação da toda a humanidade, e que cada indivíduo, portanto, é capaz de aceitar o chamado doEvangelho através da fé ou resistír a ele através da incredulidade. Calvinistas defendem que a graça de Deus, quepermite a salvação, é dada somente ao eleito e que irresistivelmente o conduz a salvação.

• Extensão da expiação – arminianos, juntamente com os quatro pontos calvinistas ou amiraldiano, defendem umatiragem universal e extensão universal da expiação em vez da doutrina calvinista que a tiragem e expiação élimitado em extensão somente aos eleitos. Ambos os lados (com a exceção dos hipercalvinistas) acreditam que oconvite do Evangelho é universal e que "deve ser apresentado a todo o mundo, [eles] podem ser alcançados semqualquer distinção."[39]

• Perseverança na fé – arminianos acreditam que a salvação futura e a vida eterna estão seguras em Cristo e protegidas de todas as forças externas, mas é condicional sobre permanecer em Cristo e pode ser perdida através da apostasia. Calvinistas tradicionais acreditam na doutrina da perseverança dos santos, ou seja, porque Deus escolheu alguns para a salvação e efetivamente pagou por seus pecados particulares, Ele os conserva da apostasia,

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e aqueles que apostataram nunca foram verdadeiramente regenerados (que é, novo nascimento). Calvinistas nãotradicionais e outros evangelicais defendem uma similar, mas diferente, doutrina de segurança eterna que ensinaque, se uma pessoa já foi salva, sua salvação nunca pode estar em perigo, mesmo que a pessoa abandonecompletamente a fé.

Leitura adicional• Four Views on Eternal Security. Grand Rapids: Zondervan, 2002. ISBN 0310234395

• Forlines, Leroy F.. The Quest for Truth: Answering Life's Inescapable Questions. Nashville: Randall HousePublications, 2001. ISBN 0892658649

• Forster, Roger. God's Strategy in Human History. [S.l.]: Wipf & Stock Publishers, 2000. ISBN 1579102735

• Mcgonigle, Herbert. Sufficient Saving Grace. Carlisle: Paternoster, 2001. ISBN 1842270451

• Olson, Roger. Arminian Theology: Myths and Realities. Downers Grove: IVP Academic, 2006. ISBN 0830828419

• Pawson, David. Once Saved, Always Saved? A Study in Perseverance and Inheritance. London: Hodder &Stoughton, 1996. ISBN 0340610662

• Picirilli, Robert. Grace, Faith, Free Will: Contrasting Views of Salvation. Nashville: Randall House Publications,2002. ISBN 0892656484

• (2003) "Will The Real Arminius Please Stand Up? A Study of the Theology of Jacobus Arminius in Light of HisInterpreters". Integrity: A Journal of Christian Thought 2: 121-139.

• Shank, Robert. Elect in the Son. Minneapolis: Bethany House Publishers, 1989. ISBN 1556610920

• Walls, Jerry L.; Dongell, Joseph R.. In: Jerry L.. Why I Am Not a Calvinist. Downers Grove: InterVarsity Press,2004. ISBN 0830832491

• Wesley, John. "The Question, 'What Is an Arminian?' Answered by a Lover of Free Grace" [40]

• Witski, Steve. "Free Grace or Forced Grace?" [41] from The Arminian Magazine, Spring 2001• Satama, Mikko (2009). "Aspects of Arminian Soteriology in Methodist-Lutheran Ecumenical Dialogues in 20th

and 21st Century" [42] Master's Thesis, University of Helsinki, Faculty of Theology.

Referências[1] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ Simon_Episcopius[2] Magnusson, Magnus (ed). Chambers Biographical Dictionary (Chambers: Cambridge University Press, 1995) 62[3] Arminianism (http:/ / www. britannica. com/ EBchecked/ topic/ 35372/ Arminianism). Encyclopædia Britannica Online[4] Olson, Roger E. Arminian Theology: Myths and Realities (Downers Grove: Intervarsity Press, 2006) 17–18, 23, 80–82, 142–145, 152[5] Gonzalez, Justo L. The Story of Christianity, Vol. Two: The Reformation to the Present Day (New York: Harpercollins Publishers, 1985;

reprint – Peabody: Prince Press, 2008) 180[6] Ashby, Stephen "Reformed Arminianism" Four Views on Eternal Security (Grand Rapids: Zondervan, 2002), 137[7] Arminius, James The Writings of James Arminius (three vols.), tr. James Nichols and W.R. Bagnall (Grand Rapids: Baker, 1956), I:252[8][8] Arminius I:316[9][9] Arminius III:454[10] Ashby Four Views, 140[11] Picirilli, Robert Grace, Faith, Free Will: Contrasting Views of Salvation: Calvinism and Arminianism (Nashville: Randall House

Publications, 2002), 154ff[12] Forlines, Leroy F., Pinson, Matthew J. and Ashby, Stephen M. The Quest for Truth: Answering Life's Inescapable Questions (Nashville:

Randall House Publications, 2001), 313–321[13] Arminius Writings, 3:311[14] Pawson, David Once Saved, Always Saved? A Study in Perseverance and Inheritance (London: Hodder & Staughton, 1996), 109ff[15] Forlines, F. Leroy, Classical Arminianism: A Theology of Salvation, ch. 6[16] Picirilli Grace, Faith, Free Will 203[17][17] Picirilli 204ff[18] Arminius Writings, I:254[19] Ashby Four Views, 159[20] http:/ / www. arminianismo. com/ index. php?option=com_content& task=category& sectionid=8& id=76& Itemid=35[21] Harper, Steven "Wesleyan Arminianism" Four Views on Eternal Security (Grand Rapids: Zondervan, 2002) 227ff

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1872; repr, Grand Rapids: Baker, 1986) 3:211ff[24] Wesley, John "A Plain Account of Christian Perfection", Works[25] Wesley, John "The End of Christ’s Coming", Works[26] Quadro elaborado a partir, embora não seja copiado, de Lange, Lyle W.God So Loved the Word: A Study of Christian Doctrine. Milwaukee:

Northwestern Publishing House, 2006. p. 448.[27] Pawson Once Saved, Always Saved? 121-124[28] Picirilli Grace, Faith, Free Will 160ff[29] Ashby Four Views on Eternal Security 142ff[30][30] Ashby 138-139[31] Arminius, Writings 2:192[32] Arminius Writings, II:219ff (the entire treatise occupies pages 196-452)[33] Pawson Once Saved, Always Saved?, 106[34][34] Pawson 97-98, 106[35] Picirilli Grace, Faith, Free Will, 6ff[36] Picirilli Grace, Faith, Free Will 104-105, 132ff[37] Ashby Four Views on Eternal Security 140ff[38] Picirilli Grace, Faith, Free Will 132[39] Nicole, Roger, "Covenant, Universal Call And Definite Atonement" (http:/ / www. apuritansmind. com/ Arminianism/

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• Arminian Theology – Myths and Realities (http:/ / www. ivpress. com/ cgi-ivpress/ book. pl/ code=2841)• Arminianismo.com (http:/ / www. arminianismo. com)

Ligações externas• Arminian Theology – Myths and Realities (http:/ / www. ivpress. com/ cgi-ivpress/ book. pl/ code=2841)• Arminianismo.com (http:/ / www. arminianismo. com)• As Obras de James Arminius Vol. I (http:/ / www. arminianismo. com/ index. php?option=com_content&

task=category& sectionid=8& id=76& Itemid=35)• As Obras de James Arminius Vol. II (http:/ / www. arminianismo. com/ index. php?option=com_content&

task=category& sectionid=8& id=94& Itemid=35)• The Works of James Arminius, Vol. 1 (http:/ / www. ccel. org/ ccel/ arminius/ works1. all. html)• The Works of James Arminius, Vol. 2 (http:/ / www. ccel. org/ ccel/ arminius/ works2. all. html)• The Works of James Arminius, Vol. 3 (http:/ / www. ccel. org/ ccel/ arminius/ works3. all. html)• Sociedade de Arminianos Evangélicos (http:/ / www. evangelicalarminians. org/ index)• O que é um Arminiano? (http:/ / personaret. blogspot. com/ 2010/ 07/ o-que-e-um-arminiano. html) por John

Wesley• Sermão #58: "Sobre a Predestinação" (http:/ / gbgm-umc. org/ Umhistory/ Wesley/ sermons/ serm-058. stm) por

John Wesley• "Eleição Coletiva em Romans 9", Journal of the Evangelical Theological Society, June 2006 (http:/ / findarticles.

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por J. Kenneth Grider (perspectiva arminiana)• Características do Arminianismo de Wesley (http:/ / wesley. nnu. edu/ wesleyan_theology/ theojrnl/ 21-25/ 22-06.

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• Uma Comparação da Teologia Arminiana com a Tradição Calvinista (http:/ / www. monergism. com/thethreshold/ articles/ topic/ arminianism. html) (perspectiva calvinista)

• Christian Cyclopedia article on Arminianism (http:/ / www. lcms. org/ ca/ www/ cyclopedia/ 02/ display.asp?t1=A& word=ARMINIANISM) (perspectiva luterana)

• Calvinist Theological Seminary (http:/ / www. calvinistchurch. com/ ) (perspectiva calvinista)

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