ARQUITECTURA Proto Racionalismo

Embed Size (px)

Citation preview

Proto-racionalismo

1910 at cerca de 1918

Questes sobre o urbanismo

Geometrias

Proto-racionalismoTecnologia do beto

Simplificao formal

Funcionalismo Recusa esprito decorativo da Arte Nova Standartizao Economia

Cimento Desde a antiguidade mas em edifcios e construes de grande dimenso - utilizao notvel pelos romanos Utilizando pedras e areias vulcnicas da regio Npoles, de Pozzuoli, que reagem com a cal e a gua, endurecendo, formavam um ligante que podia unir pedras de diversos tamanhos

Prtico Amlia, construdo em 193 a.C.

Anfiteatro de Pompeia, 75 a. C. (paredes circulares) Coliseu de Roma, fundaes e paredes, 80 d.C.

Panteo de Roma, 127 d.C., abbada

1818: Louis Vicat (Engenheiro da cole Nationale des Ponts et Chausses) sistematiza e controla os componentes e o processo est associado descoberta do cimento hidrulico os componentes reagem com a gua criando micro cristais e aumentando a resistncia da pasta Ponte de Souillac, 1824

Engenheiro Louis Vicat

Investigaes experimentais sobre a cal de construo, o concreto e as argamassasFotografia Jacques Mossot http://en.structurae.de/photos/index.cfm?JS=1541

Cimento Portland aglomerante hidrulico

Joseph Aspdin

21 de Outubro de 1824

Solicita Patente n 5022 Um aperfeioamento no mtodo de produzir pedra artificial.

Montou a fbrica Aspdin & Beverly Patent Portland Cement Manufacturers, perto de Leeds http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq028/arq028_01.asp

Joseph-Louis Lambot

Exposio Mundial de Paris de 1855

Pequenos botes em betonilha armada, 1848

Exposio de Paris de 1867 Cimento armado aplicado horticultura

Joseh Monnier Continuou a desenvolver a tcnica realizou painis com aplicao na arquitectura

Caixas de Laranjeiras em viveiro, 1867 BOSC, J.-L. Joseph Monier et la naissance du ciment arm, Editions du Linteau, Paris, ISBN 2-910342-20-4, 2001.

30 de Novembro de 1895 Franois Hennebique

Chamou Bton Arm

Registo de ttulo de patente da inveno de um vigamento ligeiro e de grande resistncia, em beto de cimento, com barras de ferro e estribos travessas metidos na massa

Edifcio Hennebique Rue Danton n.1. 6e, Paris, 1901.

http://en.structurae.de/structures/data/inde x.cfm?ID=s0012842

Beto material que resulta da mistura de um ligante (em geral, cimento) com gua e granulados naturais (silex, calcrio, granito, basalto, prfiro, mrmore ) Muitas variedades de beto Fragilidade a pequena resistncia traco Cimento armado Armao em ferro Beto armado Armao em AoBeto trabalha a compresso (oferece resistncia)

Beto pr-esforado

Ao trabalha a traco (oferece resistncia)

BetoTransformao das relaes dimensionais dos elementos da arquitectura

Vigas de grandes dimenses

Economia de pilares Simplificao da construo As paredes deixam de ter funo de suporte O espao desenvolve-se em todos os sentidos

Os edifcios podem ter paredes concavas ou convexas e desenvolver-se assimetricamente

Filme sobre o beto armado:

http://www.youtube.com/watch?v=0ThCQi2U8C4

Mostrar na aula a partir de 2 19

Texto sobre beto armado e beto pr-esforado http://www.ferrericon.com/Whatis.html

Filme sobre beto armado e beto pr-esforado http://www.youtube.com/watch?v=RUmjjedbK-0

Depurao na via proto-racionalista: August Perret

Peter BehrensJoseph Hoffmann Adolf Loos

Otto Wagner

Tony Garnier

Estrutura de beto armado 8 pisos Encaixe da varandas a 45 graus Divisrias no estruturais no no interior Piso do rs-do-cho = inovao Colunas e vigas de beto libertao do espao Cobertura plana terrao Revestimento decorativo em cermica

Auguste Perret, Prdio na rua Franklin, Paris, 1902-03

O arquitecto diferenciou o revestimento cermico dando legibilidade aos elementos estruturais

Auguste PerretGaragem na Rue Ponthieu,1905-06

Auguste Perret

Garagem na Rue Ponthieu,1905-06

Auguste Perret, Notre-Dame du Raincy,,1922

Beto armado

Auguste Perret, Notre-Dame du Raincy,,1922

Auguste Perret

Tour d'Orientation, 1925 Grenoble, Isre, Rhone-Alpeshttp://en.structurae.de/persons/alpha/index.cfm?let=p

Auguste Perret

Edifcio da Rue Raynouard, 51-55, 1929-32

Deutsch WerkbundFundao: Outubro de 1907 Associao de arquitectos, artesos, industriais, professores e profissionais de publicidade

Objectivos: - produtos de qualidade no mbito das artes aplicadas - novo estilo para a arquitectura - tirar a maior vantagem da industrializao e da mecanizao - optimizar as formas dos objectos e utenslios - reformar as artes e os ofcios na Alemanha - arte e indstria

Muthesius -

"The English House" ,1905Lilly Reich, primeira

Peter Behrens mulher directora da Werkbund em 1920 Theodor Fisher Joseph Hoffmann, Joseph Maria Olbrich, Paul Schulze-Naumburg Bruno Paul, Max Laeuger, Adelbert Niemeyer, Wilhelm Kreis Richard Riemerschmid, Fritz Schumacher, Henry van de Velde, Lilly

Peter BehrensFabrica de turbinas AEG, Berlim

- Estudou pintura na Escola de Karlsruhe e Dusseldorf (1886-9)

1907 - Responsvel pela publicidade, comunicao visual e grfica da Fbrica AEG e pelo design de utenslios e mobilirio - Nomeado membro do Conselho Artstico

Estruturas em ao Envidraamentos extensos

Importante contribuio para o conceito de design industrial

Flyer para exposio em Berlin

Chaleira elctrica, 1909

Peter Behrens

Alexanderhaus, edifcio de escritrios, 1930-1932 , Mitte, Berlim Beto armado

Joseph Hoffmann, Sanatorio Purkersdorf, 1903, arredores de Viena

O edifcio no simboliza apenas a sade; , ele mesmo uma ferramenta no tratamento de distrbios nervosos (Leslie Topp, An Architecture fot Modern Nerves: Josef Hoffmanns Pukersdorf Sanatorium)

Joseph Hoffmann, Palais Stoclet, Bruxelas, 1905-11

Placas de mrmore de Carrara e molduras de bronze Artistas plsticos convidados: Franz Metzner Gustav Klimt

Desenhado para o Hall por Joseph Hoffmann

Inspiraes: William Morris e o Movimento Art & Crafs

Wiener Werksttte Fundada por Joseph Hoffmann e por Koloman Moser em 1903

Sitzmaschine mquina para sentar desenhada por Hofmann para o Sanatrio

Copos de licor, 1908 Vaso, 1920

Faqueiro, 1905 Cadeira de braos, 1929

Adolf Loos (1870-1933) Preocupao com a economia no tratamento do espao

Proposta de tratamento dos espaos interiores hierarquias e funes definidas pelos materiais, pelos nivelamentos e pelas alturas das divises Explorao das qualidades de diversos materiais nos revestimentos interiores Criao de zonas intermdias

Contraste interior (riqueza dos materiais, liberdade total de decorao)/exterior (revestimento a estuque, simplicidade)Jogo de volumes puros no exterior

Ornamento e crime, 1908() Como o ornamento no est mais relacionado organicamente com a nossa cultura, ele no mais tambm a expresso da nossa cultura. O ornamento que criado hoje, no tem nenhuma relao connosco, no tem de modo nenhum uma relao humana, nenhuma relao com a ordem mundial. ()

() A troca do ornamento tem com resultado uma desvalorizao precoce do produto de trabalho. O tempo do trabalhador, o material utilizado so capitais que so desperdiados. Estabeleci uma frase: a forma de um objecto dura tanto, isso quer dizer, ela to suportvel tanto quanto o objecto dura fisicamente. Eu vou tentar explicar isso: um traje vai mudar sua forma mais que um casaco de pele precioso. O traje de baile de uma mulher, destinada somente por uma noite, vai mudar mais depressa sua forma que uma escrivaninha. Que penria ter de modificar a escrivaninha to depressa quanto ao traje de baile, porque a sua forma antiga se tornou insuportvel, assim se perdeu o dinheiro usado para a escrivaninha. ()

()O no ornamentar um signo de fora mental.

http://www.eesc.usp.br/babel/loos.pdf

Adolf Loos 2 fase: sintonia com os valores protoracionalistas Legibilidade da adopo da estrutura em beto armado Simplificao da forma => geometrizao Funcionalidade Economia Planeamento do espao - Espacialidade Raumplan Economia esttica Concentrao nos processos tcnicos Independncia da arquitectura arquitectura pura - especificidade espacial e materiais Coberturas horizontais (em terrao)

Casas particulares Aplicao do conceito Raumplan espaos contnuos e flexveis; diferentes nveis e alturas; solues diferentes em cada obra. Concepo de Raumplan funcional e psicolgica, em acordo com a esttica da Einfhlung (considerando a projeco sentimental no espao)Casa Karma, Casa Steiner, Casa Moller, Casa Mueller

Adolf Loos Simplicidade das formas vs riqueza dos materiais

Villa Karma, 1903-1906. Clarens, perto de Montreux.

1908 - escreveu "Ornamento e Crime" Adolf Los, Casa Scheu, Viena, 1912-1913

Casa Steiner, 1910

Casa Steiner, 1910

Como o ornamento no est mais organicamente ligado nossa cultura, no mais, tambm, uma expresso da nossa cultura. O ornamento, criado agora, no tem relao connosco, no tem relao com o ser humano, no tem relao com o mundo tal como ele agora. No pode ser desenvolvido.

Casa Steiner, 1910 Eu descobri a seguinte verdade e apresento-a ao mundo: a evoluo cultural tem implcita a remoo do ornamento dos objectos de uso dirio. Eu pensei que com isto dava ao mundo uma nova fonte de prazer; ele no me agradeceu. O que oprimiu as pessoas foi a constatao de que nenhum ornamento deveria ser criado. [] Mas eu disse: No lamentem! No vem que a grandeza da nossa poca reside na sua inabilidade para produzir uma nova forma de decorao? Ns j conquistamos o ornamento; ns ganhmos o caminho da ausncia de ornamentao.

Adolf Loos

Casa Moller, 1927-28, Starkfriedgasse 19, Viena

Espao Raumplan

Adolf LoosVilla do Dr. I. Frantisek e Milanda Mueller, 1928-30, Praga

http://www.galinsky.com/buildings/villamuel ler/index.htm

Adolf Loos Casa de Tristan Tzara Paris, 1926

A minha arquitectura no concebida segundo planos mas em espaos. []Eu desenho espaos. Para mim no h rs-do-cho, primeiro andar etc. Para mim h apenas espaos contnuos, salas, ante-cmaras, terraos, etc. os pisos surgem e os espaos relacionamse uns com os outros. Cada espao requer uma altura diferente: a sala de jantar necessariamente mais alta do que a despensa, ento os tectos so colocados e nveis diferentes [] Adolf Loos, Shorthand record of aconversation in Plze (Pilsen), 1930

1 fase Dualidade: Conteno no exterior/riqueza e individualizao no interior

Caf Museum, 1898-1899, Viena

Adolf Loos1 fase -Tipologia de edifcio misto: comrcio e habitao -Composio tripartida -Zona inferior do edifcio recebe maior ateno- embasamento alto, colunas inspiradas na ordem toscana, afirmao do fuste, qualidades da pedra (elementos descontextualizados, evocaes histricas) -Friso de janelas sobre a arquitrave - Janelas sem moldura nos pisos de habitao - Cobertura lisa de cobre mas inflexo da cornija

Goldman & Salatsch Building (1909-1911)

Vertentes do Trabalho de Otto Wagner

Architecto Urbanista Escritor - Teorizao sobre a arquitectura Docente na escola de Arquitectura da Academia de Viena (foi professor de Josef Maria Olbrich e de Josef Hoffmann)

Otto Wagner

Caixa postal, Viena, 1904-1906 e 1912 Beto armado, ferro e vidro

Caixa postal, Viena, 1904-1906 , e 1912

Caixa postal, Viena, 1904-1906 , e 1912

Otto Wagner

Beto, ferro e vidro

Caixa postal, Viena, 1904-1906 , e 1912 Um homem num vago de comboio moderno, concordar, por exemplo, muito bem com a estao, com o vago-cama com todos os nossos veculos ,mas o que pensaramos se, por exemplo vssemos utilizar uma bicicleta a uma pessoa vestida com roupa da poca de Lus XV?

Tijolo de Vidro

Nowhere has the slightest sacrifice been made for the benefit of any traditional form. (Otto Wagner)

Utilizao profusa de alumnio

Otto Wagner Trabalho anterior

Subway Pavilion, Karlsplatz 1898

Otto Wagner Trabalho anterior

Majolikahaus, Viena 1898-1899

Fonte das imagens: http://www.archdaily.com/125067/ad-classicsmajolikahaus-otto-wagner/

Otto Wagner Trabalho anterior

Bloco de apartamentos junto Casa Majlica, Viena

1899http://bc.bluffton.edu/~sullivanm/wagner/apttopdet.jpg

Telha de cobre

Construo de tijolo com revestimento de placas de mrmore Unio das placas bandas em mrmore e parafusos com cabea em cobre http://bc.bluffton.edu/~sullivanm/wagner/church.html

Otto Wagner

Figuras femininas aladas em alumnio

Caixa postal, Viena, 1904-1906

Otto Wagner

A arte do nosso tempo tem que nos oferecer formas modernas, criadas por ns, formas que correspondam ao que ns fazemos e desejamos fazer In A arte da construo do nosso tempo, 1914

Tony Garnier (1869-1948) UrbanismoConcretizao: 1901-1917 (mas comeou a estudar o tema em 1899 (aluno das Beaux-Arts) CIDADE INDUSTRIAL Projecto de uma cidade nova para 36 000 habitantes lugar no especificado (algures no sudeste e Frana) mas respondendo a necessidades de cidades existentes como Saint-Etienne, Saint-Charmon, Chasse, Givors - Projecto global: Concepo urbanstica e planificao de cada edifcio

Capa do Portfolio do Projecto da cidade industrial de Tony Garnier, na verso de 1932

Antecedentes e contextos para a compreenso da proposta de Tony Garnier

Gustave Dor, As primeiras cidades de operrios em Inglaterra, 1876

Aspectos sociais

Taine, Notas sobre Inglaterra, 1872 Por volta das seis, as oficinasvomitam para a rua uma multido agitada e ruidosa; na atmosfera turva v-se mexer homens, mulheres e crianas. As suas vestes esto sujas; muitas crianas caminham descalas; as suas caras so tristes e apagadas; [] Seguimo-los; Que ruas to tristes! Atravs da janela aberta v-se a pobre habitao, frequentemente a um nvel mais baixo que o cho hmido; montes de meninos plidos, descarnados e sujos esto entrada e respiram o ar empestado da rua, menos empestado, contudo que o do interior da casa.

Gustave Dor , Imagens de Londres

Dulary, mdico, citado por Considrant: Nos seus sujos tugrios, s a porta deixa entrar a ar j empestado das canalizaes e das latrinas; a pequena janela no se abriu todo o inverno. Se lhes digo que falta o ar, respondem-me que tm frio e que no tm lenha nem agasalhos; se lhes digo que devem alimentar-se,respondem-me que nem sempre tm po. O seu quarto no tem, frequentemente, outro mvel para alm de uma cama onde se apertam pai, me e filhos, doentes, no doentes, moribundos e, algumas vezes, mortos

Durand-Brager, Jovens vagabundos

Frederick Engels (1820-1895) As batatas que o operrio compra so, quase sempre, ms; as verduras e legumes esto retardados; o queijo, passado e de m qualidade; o toucinho, ranoso e a carne magra, velha, dura, procedente de animais velhos, frequentemente doentes, e muitas vezes j est podre.

Gustave Dor, Refgios debaixo das pontes e dentro das barcas, 1876, Londres

Paris descrito por Victor Considrant (1808-1893) [] Todas estas janelas, todas estas portas, todas estas aberturas so outras tantas bocas que precisam de respirar; e por cima de tudo isto podeis ver, quando o vento no sopra, uma atmosfera de chumbo, pesada, cinzenta, azulada e composta de todas as exalaes imundas da grande sanita. Essa atmosfera a coroa que leva a grande capital; nesta atmosfera Paris respira; debaixo dela se afoga Paris uma imensa oficina de putrefaco onde a misria, a peste e as enfermidades trabalham em conjunto, onde no conseguem penetrar o ar e o sol. Paris um mau lugar, onde as plantas murcham e morrem e onde, por cada 7 crianas, 4 morrem em cada ano.

O inferno uma cidade que se parece com Londres Shelley

Clera Londres e Paris, 1832 e 1849

Jacob A. Riis, Un lugar por cinco centavos, ca. 1889

Utopias Sc. XIX projectos de transformao da sociedadeReagem ao individualismo

Pretendem resolver a questo social

Socialistas utpicos

Saint-Simon, tienne Cabet, CharlesFourier, Victor Considrant, Robert Owen

Cidade-jardim

Superpopulao das cidades Arts And Crafs Criao de zonas industrializadas sem planeamento urbano Problemas de higiene e saneamento Despovoamento das zonas rurais Crescimento urbano sem planeamento

Preocupaes sobre o urbanismo 1898 Sir Ebenezer Howard1898 Tomorrow, a Peaceful Path to Real Reform reeditado em 1902 com o ttulo Garden Cities of Tomorrow

Projecto de cidades para 32 000 pessoas ncleos urbanos afastados das grandes cidades

Critica cidades industriais superpovoadas Defende combinao das vantagens da cidade com as vantagens do campo Town-Country Prope cidades com 32 000 habitantes Planos circulares com sistema radial e concntrico de ruas No centro reas verdes e edifcios pblicos Central Park zona recreativa e de passeio de fcil acesso A zona de parques interiores rodeada por um Crystal Palace, com galeria coberta de vidro e aberta para o parque atravs de arcadas, com lojas e stands

Town and country musr be married, and out of this joyous union will sprong a new hope, a new life and a new civilization. (Ebenezer Howard, 1898)

Zonas de habitao com reas verdes Uma grande avenida com escolas e igrejas

As fbricas, os mercados, os centros comerciais, no crculo exteriorAuto-suficincia: agricultura e criao de gado

O estado deve ser o proprietrio do terrenoAdministrao e cultivo: iniciativa privada

Ebenezerd Howard: "Slumsless, Smokeless Cities"

Letchworth, primeira Cidade-Jardim

Casa prprias, grandes jardins, concepo de terreno como propriedade comum

Barry Parker e Raymond Unwin desenham Letchworth, 30 milhas a norte de LondresFonte: www.letchworthgardencity.net http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq042/arq042_02.asp

Cidade de pequena dimenso Sir Ebenezer Howard Planeamento rigoroso Sntese do conforto da vida urbana com a proximidade da natureza e calama da vida no campo Estratgias:

-Planeamento de uma zona urbana compacta rodeada por uma cintura verde-Articulao de zona residencial, industrial e agrcola dentro da cidade -Impedimento da expanso da cidade sobre a zona verde envolvente Letchworth, primeira Cidade-Jardim -Inflaccionamento do terreno usado em favor do desenvolvimento global da cidade

Sir Ebenezer Howard No centro da cidade: Centro cvico e cultural Cmara, Sala de espectculos, Museu, teatro, Biblioteca, Hospital Plano radial a partir deste centro: 6 ruas principais Letchworth, primeira Cidade-Jardim Em zonas circulares concntricas a partir deste centro, dispe-se a zona residencial e comercial Mais afastada a zona industrial

Welwyn Garden City, dcada de 20

Fundada por Ebenezer Howard

Na Alemanha Hellerau fundada por Karl Scmidt Hellerau perto de Dresden 1909-1910 Objectivo: nova fbrica, zona de pequenas casas em banda, zona de moradias unifamiliares e rea para servios Arquitectos contactados: Richard Riemerschmid (1868-1957) Heinrich Tessenow (1876-1950) Hermann Muthesius (1861-1927)

Festspielhaus

Garden City Falkenberg, 1913-15 Arredores de Berlim, (sudeste) Arquitectos: B. Taut e L. Lesser. Foto: Landesdenkmalamt Berlin, W. Bittner

Tony Garnier (1869-1948) UrbanismoConcretizao: 1901-1917 (mas comeou a estudar o tema em 1899 (aluno das Beaux-Arts) CIDADE INDUSTRIAL Projecto de uma cidade nova para 36 000 habitantes lugar no especificado (algures no sudeste e Frana) mas respondendo a necessidades de cidades existentes como Saint-Etienne, Saint-Charmon, Chasse, Givors - Projecto global: Concepo urbanstica e planificao de cada edifcio

Capa do Portfolio do Projecto da cidade industrial de Tony Garnier, na verso de 1932

Tony GarnierIdeias gerais sobre a cidade e o urbanismo herdeiras de Fourier

Conceito de cidade zonificada

Diferenciao de zonas na cidade de acordo com funes: -Trabalho -Habitao -Educao, Cultura e lazer -Sade

-Zona industrial separada

Tony Garnier (Lyon, 1869-1948)Ideias gerais sobre a cidade e o urbanismo: Cidade pensada para um determinado n. de habitantes (35 ou 36 000) com possibilidades de expanso Necessidade de se ter em conta a indstria quando se pensa a cidade ser a grande condicionante da cidade no futuro Exigncias bsicas em relao ao local: acessibilidade de matrias primas, disponibilidade de energia, possibilidade de construir vias de comunicao proximidade de um rio Planificao da cidade tendo em considerao condies de iluminao, exposio solar, exposio ao vento Local com zona plana (industrial), colina (zona residencial) e zona alta (equipamentos de sade)

As terras mais altas e um lago ao norte Estao hidroelctrica a norte distribui electricidade, luz e calor abastece a industria e o consumo da cidade A indstria principal colocada na zona plana facilitando o acesso das fontes de energia e do rio Um vale e um rio ao sul Zona metalrgica definida a sul da cidade antiga (a nordeste) Minas do lado este do rio

Estao

A zona em redor da estao reservada a edifcios de uso comum: hteis, armazns de maneira que o resto da cidade fique livre de edifcios altos Na praa em frente estao, h mercados ao ar livre

Um grande relgio visvel em toda a cidade

Edifcios pblicos (construdos em beto e vidro) agrupados em 3 Grupos principais : Grupo I - servios administrativos e assembleias Grupo II - Edifcios dedicados a coleces histricas, arqueolgicas ou industriais; de espcies botnicas, etc; Biblioteca Grupo III - Desportos e espectculos (edifcios para espectculos, anfiteatro, ginsios, piscinas, campos de jogos Grupos II e III organizados com reas verdes e veredas propcias ao passeio a p, zona de descanso, fontes e fresco

A zona principal da cidade inclui residncias e edifcios pblicos

Normalizao dos factores higinicos Sistema de ruas perpendiculares com diferentes larguras Relao entre a altura dos edifcios e as dimenses das ruas Independncia de percursos para pedonais e de viaturas Necessidade de pensar e estabelecer normas de ordenamento e edificao

Valorizao e ordenao dos espaos verdes (conceito da cidade jardim)

rea residencial composta de blocos paralelepipdicos, direccionados este oeste

Na nossa cidade, ns consideramos que a orientao e a direco dos ventos impem certas solues arquitectnicas, que podem ser sumariadas da seguinte forma: 1) Na habitao domstica, os quartos de dormir devem ter pelo menos uma janela virada a sul, suficientemente grande para iluminar toda a dependncia e permitir luz solar directa; 2) Ptios ou poos de iluminao, ou seja, espao fechados servindo apenas pata iluminar ou arejar so proibidos. Qualquer espao, no importa a dimenso, deve ser iluminado e ventilado directamente do exterior. 3) No interior das casas, as paredes, chos, etc., so feitos de materiais macios com esquinas arredondadas Estas regras, impostas na arquitectura privada, devem orientar tanto quanto possvel os edifcios pblicos

Zona residencial

Lotes de 15 x 15 metros com uma face para a rua principalOs edifcios podem compreender um ou mais lotes, mas o edificado deve ser sempre menos de metade da rea do terreno, sendo o restante um jardim Uma grelha de ruas paralelas e perpendiculares A rua mais importante parte da Estao de caminho de Ferro, na direco este-oeste

As dimenses das ruas em cada direco (este-oeste ou norte-sul) so regulamentadas

Tipologia de edifcio preferencial: a habitao unifamiliar com um ou dois pisos, de forma cbica ou geometria simples do desenho, sem ornamento. [Mas Garnier diz em seguida: nous pouvons ensuite disposer les arts dcoratifs sous toutes leurs formes] A construo desenvolvida em verticais e horizontais como expresso de equilbrio e serenidade Para os prdios de habitao colectiva defende pouca elevao em altura Utilizao da cobertura em terrao com utilizao como espaos de lazer Procura de solues funcionais e econmicas: utilizao de beto armado, estruturas metlicas, vidro standartizao

Escola de Ensino Artstico

Edouard Herriot, presidente da Cmara de Lyon Tony Garnier Architect-en-Chef de la Ville de Lyon

1905-1919 Les Grands Travaux de la Ville de Lyon

Estdio

Homenagem em 1985Integrada nas operaes de reabilitao da Cit dHabitations bom march des Etats Unis

A obra do arquitecto Tony Garnier em Lyon ( Mercado do Matadouro, Estdio, Hospital e Bairro dos Estados Unidos)

A cidade ideal de Tony Garnier Vises de 6 artistas contemporneos sobre a cidade ideal

Quartier des Etats Unis, Lyon, 1919

Mercado de animais

MUSEU URBANO TONY GARNIER 25 pinturas murais temticas

EstaoHospital

MUSEU URBANO TONY GARNIER

Depurao na via proto-racionalista:Sanatrio Pukersdorf, 1903

Joseph Hoffmann

Palcio Stoclet, 1905-1911

Joseph OlbrichOtto Wagner

Casa Habich, 1900-1901Caixa Postal, Viena, 1904-1906

Adolf LoosPeter Behrens August Perret Tony Garnier

Villa Karma, Montreux-Clarens , 1903-1906

Fbrica de Turbinas AJ, Berlim, 1909 Casa da Rua Francklin, Paris, 1903 Cidade Industrial

"My architecture is not conceived in plans, but in spaces (cubes). I do not design floor plans, facades, sections. I design spaces. For me, there is no ground floor, first floor etc.... For me, there are only contiguous, continual spaces, rooms, anterooms, terraces etc. Storeys merge and spaces relate to each other. Every space requires a different height: the dining room is surely higher than the pantry, thus the ceilings are set at different levels. To join these spaces in such a way that the rise and fall are not only unobservable but also practical, in this I see what is for others the great secret, although it is for me a great matter of course. Coming back to your question, it is just this spatial interaction and spatial austerity that thus far I have best been able to realise in Dr Mller's house" Adolf Loos, Shorthand record of a conversation in Plze (Pilsen), 1930