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RIO DE JANEIRO / RJ ABRIL/2010 SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO E RESTAURO ARQUITETÔNICO

Arquitetura Brasileira

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RIO DE JANEIRO / RJ ABRIL/2010

SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO E RESTAURO ARQUITETÔNICO

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RIO DE JANEIRO / RJ ABRIL/2010

MARISTELA SOUZA MÔNICA GÓES NATÁLIA LIMA

SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ

Trabalho de conclusão da disciplina História da Arquitetura Brasileira, do curso de pós-graduação em Gestão e Restauro Arquitetônico. Profº.:Willian S. M. Bittar

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Pós‐ Graduação em Gestão e Restauro Arquitetônico Prof.ª: William S. M. Bittar. ....História da Arquitetura Brasileira 

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ESTILOS ARQUITETÔNICOS NO BAIRRO DA TIJUCA DO COLONIAL AO MODERNISMO.

A escolha pelo bairro da Tijuca obviamente não foi gratuita, primeiro por se localizar

na cidade do Rio de Janeiro, uma cidade que parece ter incorporado a visão de que

o lugar físico ocupado remete claramente a sua posição social, pois perguntar “onde

você mora?” faz parte do ritual carioca de conhecer o outro. Além disso, o termo

“tijucano” reforça mais uma vez a percepção do lugar ocupado como fator de

identificação e distinção. Por ser um termo sem equivalentes na cidade do Rio, faz

da Tijuca um objeto de análise bastante pertinente e demonstra mais uma vez que o

mapa da cidade é percebido enquanto mapa social, onde as pessoas se definem e

são definidas.

Os bairros se diferenciam pela sua paisagem urbana, estilos de vida, consumo,

concentração ou não de serviços, infra-estrutura, problemas cotidianos, dentro de

uma hierarquização que simboliza a hierarquização social.

A Tijuca ocupa uma posição muito particular nessa hierarquia, um lugar

intermediário entre a Zona Sul e a Zona Norte, assumindo com ambas uma relação

contraditória e ambígua. A grande infra-estrutura que possui, variedade de comércio

e serviços, shoppings, lazer, cinema, escolas, hospitais, transporte público, metrô e

ônibus, lhe proporciona um lugar de destaque na Zona Norte, tem status de centro

de influência e referência para os bairros próximos. No senso comum, é tido como

um bairro pequeno-burguês, conservador em política e comportamento social, com

fronteiras imprecisas, percebidas no âmbito do simbólico, que vão aumentando na

medida em que novos empreendimentos imobiliários são lançados e fazem uso do

prestígio do bairro como atrativo para realização de negócios. E as histórias do

Brasil Colônia vão desaparecendo com a sede desenfreada pelo consumo.

A Tijuca já foi berço de nobreza e tradição. Hoje serve de moradia para gente que

vive o ritmo frenético do dia-a-dia de uma grande cidade.

  

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IDENTIFICAÇÃO DA CIDADE E DO BAIRRO

A cidade do Rio de Janeiro está localizada na região litoral norte do Estado de Rio

de Janeiro (ver imagem 01), o município foi fundado em 1565 por Estácio de Sá, com o

nome de São Sebastião do Rio de Janeiro, em homenagem ao então Rei de

Portugal, D. Sebastião.

LEGENDA: Estado do Rio de Janeiro Capital Rio de Janeiro Território Nacional Oceano Atlântico

Imagem 01 – Mapa do Estado do Rio de Janeiro

Em 1º de julho de 1565, após a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, as terras

situado na zona Norte da cidade, atual bairro Tijuca (ver mapa 01/05), foram doadas, à

Companhia de Jesus. Com essa doação, a Companhia de Jesus tornou-se a maior

proprietária de terras da capitania até sua expulsão do Brasil, em 1759.

Durante a permanência dos Jesuítas, nestas terras, eles montaram dois grandes

engenhos de açúcar, o primeiro dos quais passou a chamar-se Engenho Velho,

depois que o segundo, ou Novo, começou a funcionar alguns quilômetros mais ao

norte.

Ao lado do Engenho Velho uma pequena igreja foi erguida em 1583, hoje atual

Igreja de São Francisco Xavier; na rua que tem o nome do mesmo Santo, e já

reconstruída ou reformada várias vezes.

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Dois séculos depois de dissolvida a Sociedade em Portugal e suas colônias, as

terras dos padres foram divididas e vendidas, e um bairro de chácaras nascera ao

redor da igreja, também chamado Engenho Velho - bairro este mais tarde

incorporado à Tijuca.

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TIJUCA

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Profº.: Willian S. M. BittarUniversidade

Bairro Tijuca

Mapa de situação doBairro na cidade do Riode janeiro

Cidade do Rio de JaneiroLegenda:

Localização do bairro da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro

Fonte: www.rio.rf.gov.br

MAPA 01/06

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DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Fundado no período Colonial, em 1565, o Bairro da Tijuca passou por várias

transformações até os dias atuais. Interferindo, diretamente no uso, e no

reaproveitamento das suas edificações.

O recorte temporal propõe classificar exemplares de edificações, do período colonial

ao modernismo, que contam a história e a evolução do bairro através delas.

O recorte espacial, das edificações, ficou centralizado nas principais ruas do bairro,

responsável pela formação urbanística do bairro (ver mapa 06/06). São elas:

• Rua Conde de Bonfim (rua Haddock Lobo – avenida Edson Passos) – Antiga

rua do Andaraí Pequeno – o nome foi alterado pela Câmara Municipal em 3

de julho de 1871. Em homenagem a José Francisco de Mesquita, o conde de

Bonfim, proprietário de terras e casas na Tijuca e no Alto da Boa Vista. Como

artéria principal do bairro, a Conde de Bonfim assistiu a muitos

acontecimentos marcantes na vida da cidade desde o século XIX até os

nossos dias (ver mapa 02, 03 e 04/06).

• Rua Barão de Mesquita (rua São Francisco Xavier – rua Barão do Bom

Retiro) – Antiga rua do Andaraí Grande e Babilônia – Jerônimo José de

Mesquita, o barão de Mesquita, pertencia a uma das famílias nobres da corte

de D. Pedro II. Filho do Conde de Bonfim. Faleceu, em 1886, no seu solar da

Haddock Lobo, que depois abrigou o Instituto La-Fayette (hoje Fundação

Bradesco). Na rua Barão de Mesquita, o prédio construído nos terrenos da

antiga chácara do Andaraí, está instalado o Batalhão da Polícia do Exército. A

chácara servira de residência a oficiais que voltaram da Guerra da Paraguai e

como hospital militar (ver mapa 05/06).

• Rua São Francisco Xavier (Largo da Segunda-feira – largo Subtenente

Manoel Henrique Rabelo) – Nome dado em homenagem a são Francisco

Xavier, filho de uma abastada família espanhola, que aos 28 anos, tornou-se

um dos primeiros jesuítas. A rua surgiu, entre os séculos XVI e XVIII, como

  

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um estreito caminho pelo qual podia se atravessar os extensos canaviais dos

jesuítas do Engenho Velho (ver mapa 02/06).

• Rua Haddock Lobo (largo do Estácio – rua Conde de Bonfim) – Uma das

mais antigas vias públicas do bairro, a Haddock Lobo, antigamente rua do

Engenho Velho, ligava os bairros do Rio Comprido, Engenho Velho, Andaraí

Grande, Fábrica das Chitas e Tijuca. O nome foi dado em homenagem ao

médico, comerciante, delegado e juiz, Roberto Jorge Haddock Lobo.

• Rua e travessa José Higino (rua Barão de Mesquita – praça Gabriel Soares)

– Antiga rua D. Afonso, denominada José Higino pelo Decreto 182, de 19 de

outubro de 1895. Em homenagem ao pernambucano Doutor em direito José

Hygino Duarte, ministro do Supremo Tribunal Federal, e, representante do

Brasil na primeira Assembléia do Congresso Pan-Americano, no México, em

1901 (ver mapa 03/06).

• Rua e travessa Mariz e Barros (Praça da Bandeira – rua São Francisco

Xavier) – Antiga rua Nova do Imperador; o nome foi alterado pela Câmara

Municipal em 16 de novembro de 1874. Em homenagem a Antônio Carlos de

Mariz, filho do visconde de Ihaúma e de Maria Tereza Maziz e Barros, foi o

primeiro comandante do encouraçado Tamandaré, lutou entre 1864 e 1866,

na Guerra do Paraguai (ver mapa 02/06)

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Localização das ruas Conde de Bonfim, Mariz e BarrosBarão de Mesquita e

Fonte: www.rio.rf.gov.br

MAPA 02/06

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Localização rua Conde de Bonfim e José Higino

Fonte: www.rio.rf.gov.br

MAPA 03/06

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Localização da rua Conde de Bonfim

Fonte: www.rio.rf.gov.br

MAPA 04/06

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Localização da rua Barão de Mesquita

Fonte: www.rio.rf.gov.br

MAPA 05/06

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HISTÓRICO DO BAIRRO DA TIJUCA

Na época do descobrimento do Brasil, os primeiros exploradores que chegaram

nesta região ouviram dos índios a expressão “Tijuca”, que na língua tupi quer dizer

charco, pântano, alagadiço. De fato toda a área ao pé do maciço da Tijuca e da

serra do Andaraí era um grande pântano, até que o governo do Marquês de Pombal,

administrador da colônia no reinado de Dom José I , pertencia aos jesuítas.

O terreno entre o Rio Comprido e Inhaúma foi dado aos jesuítas graças a uma

interferência de Mem de Sá, que esperava que os padres pudessem tirar sustento

dessas terras para assim levar adiante os trabalhos da igreja. Os jesuítas montaram

então, por volta de 1583, três engenhos de açúcar na região: o primeiro passou a se

chamar Engenho Velho; o segundo, Engenho Novo, foi construído um pouco mais

ao norte, e o terceiro foi chamado de São Cristóvão. Ao lado do Engenho Velho os

padres fundaram na mesma época a igreja de São Francisco Xavier, que está no

mesmo local até hoje. Em 1759, os jesuítas foram expulsos do país, e a grande

sesmaria, batizada de Iguaçu foi vendida pelo governo a centenas de novos

sitiantes.

Para se ter uma idéia da vastidão dessas terras basta dizer que hoje estão nelas os

bairros do Rio Comprido, Estácio, São Cristóvão, Maracanã, Tijuca, Vila Isabel,

Grajaú, Andaraí, Engenho Novo, Méier e Benfica. Mais precisamente no Engenho

Velho, passou a florescer então um bairro de chácaras, palacetes e vivendas, que

pertenciam a nobres e estrangeiros abastados.

As grandes chácaras e sítios eram auto suficientes, pois além do café, com efeito, o

melhor da corte, gerador de rendas de seus produtores, se cultivavam o anil, a

mandioca, cacau, cana-de-açúcar e grande infinidade de frutas: laranja, bananas e

limas. A Tijuca nesta época não era um bairro, mas a montanha, ou como diria José

de Alencar em carta endereçada a Machado de Assis: “A Tijuca é um escabelo entre

o pântano e a nuvem, entre a terra e o céu”. (ALENCAR, 1868.)

  

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__________________________________________________________________________ Em 1859,os primeiros bondes da América do Sul trafegaram de forma experimental

no bairro. Eram carros de tração animal da Companhia de Carris de Ferro da Cidade

à Boa Vista, chamados de “carros da Tijuca” ou “maxabombas”. Dez anos depois,

começaram na cidade os serviços regulares de bondes puxados a burros, com a

linha inicial indo do Centro ao Largo do Machado.

Somente no período compreendido entre 1870/90 que o nome Tijuca passará a

abranger uma maior área, obedecendo ao movimento de urbanização que se

instalava em todo o Rio de Janeiro. Começou a descer as montanhas, lá ficou sendo

a Floresta e o que antes era Engenho Velho passou a pertencer a Tijuca, trecho da

atual Haddock Lobo e início da rua Conde de Bonfim, Fábrica das Chitas (a Fábrica

na realidade não fabricava nada, nela apenas se estampava tecidos vindo da Índia,

ela se manteve em atividade por apenas vinte anos, mas seu nome permaneceu por

um século), atual shopping Tijuca e arredores. O bairro do Andaraí Pequeno também

foi engolido pela Tijuca. Nesta época, os solares, pertencentes às famílias abastadas

vão caracterizar o bairro que aos poucos irão incorporá-los, transformando em

colégios, pensões, asilos, etc.

A Tijuca também fez história com seu cinemas. Em 26 de outubro de 1907 era

inaugurado na Haddock Lobo, número 27, o primeiro cinema da região, o Pathé

Cinematográfico. Até o final daquela década, mais nove cinemas foram abertos na

Tijuca.

Até mesmo o velho e feio largo da Fábrica de Chitas, que passou a se chamar praça

Saens Peña em 1911, em homenagem ao presidente argentino, ficou mais bonito

com a proliferação dos cinemas. Os cinemas se foram e hoje em dia a praça é

gradeada, reflexo da insegurança e de um tempo em que não se frequenta mais a

Praça à noite.

Atualmente, Saens Peña pulsa vigorosamente. Milhares de pessoas passam todos

os dias em um correr para fazer a vida, pegar ônibus, metrô, comprar, vender, pagar.

Na rua Haddock Lobo 252 ficava o palacete de dona Adelaide Moss, lembrava

Pedro Nava em seu livro de memórias. Ele é o exemplo do processo de urbanização

que passou a Tijuca.

  

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__________________________________________________________________________ A casa era uma dessas belas construções do fim do século passado, com jarrões na cimalha, florões, monograma, cinco janelaços de fachada, com gradis prateados onde dragões simétricos ficavam frente a frente, ladeando o ornamento central; jardim de gramado liso, duas palmeiras imperiais e a fonte de pedra que escorria seu fio de prata sobre limos e peixes vermelhos; portão com pilastras de granito; o clássico caramanchão de cimento imitando bambu e o colmo de palha e todo traçado de trepadeiras. O prédio da D. Adelaide era de porão habitável (cujo pé direito era mais alto que os do apartamento de hoje) e de andar superior luxuoso, cheio de ornatos esculpidos nos tetos, vidraças biseautées, vastos salões, lustres com pingentes de cristal; um sem-número de quartos; portas almofadadas com maçanetas lapidadas; pias, bidês e latrinas de louça ramalhetada; vastas banheiras de mármore onde a água chegava pelo bico aberto de dois cisnes de pescoço encurvado e feitos de metal amarelo sempre reluzente do sapólio. Bela casa, na segunda etapa de sua existência. Porque a primeira e inaugural era sempre a residência de grande do Império ou figurão da República. A segunda, pensão familiar. A terceira, casa de cômodos. Depois cabeça-de-porco substituída pelos arranha-céus de hoje. (NAVA, 1986 p. 240)

Junto com a decadência dos cinemas veio o apogeu do futebol. Em 1950 era aberto

às margens do rio Maracanã, o estádio Mário Filho, o maior do mundo. Os domingos

ficaram mais alegres e festivos. Com e regime militar, a Tijuca que sempre teve seus

moradores representantes do conservadorismo, talvez por causa da estreita relação

com a nobreza imperial no séc XIX, abrigou alguns capítulos negros da historia do

Brasil. Era lá, no 1 Batalhão de Polícia do Exercito, que soldados eram treinados

para a repressão.

No período de 1870/1890, o Rio de Janeiro quase duplica seu contingente

populacional sofrendo um real processo de urbanização. Período de cristalização da

revolução científica-tecnológica, a 2a revolução industrial. As novas condições da

economia propiciam a gestação de novas elites com o pensamento cosmopolita. Na

Tijuca, as grandes chácaras, os sítios e as fazendolas – imagens de um bairro

aristocrático, onde representantes da velha elite, nobres como a Baronesa de

Rouen, a família Taunay, Príncipe de Montbelliard, Barão de Bom Retiro, Barão de

Itamaraty, Barão do Andaraí, Rio Branco e Mauá, o Visconde de Souto entre outros

possuíam suas residências de campo – aos poucos, vão se transformando em

residências oficiais. Grandes solares oitocentistas são erguidos com vastos jardins e

próximos às belas paisagens naturais do Rio de Janeiro.

As melhorias urbanas, água encanada, esgoto, iluminação, gás encanado geraram

uma grande valorização das antigas terras do Engenho Velho. Retalhar a terra e

construir casas de vila ou avenida para aluguel parecia um negocio rentável. Em ato

contínuo e principalmente graças à atuação dos proprietários de terras que repartem

suas chácaras, a Tijuca vai transformando sua paisagem e consolidando-se

  

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__________________________________________________________________________ enquanto bairro. Nas grandes propriedades se faziam os melhores negócios. A febre

dos loteamentos já tomava todo o bairro. Edifícios e casas pupulavam em um

frénetico jogo imobiliário. Nos terrenos maiores erguiam-se casas de centro com

grandes jardins e o quintal de pomar e hortas. Nos lotes estreitos e compridos,

construir casas de vila que se moldavam a eles, tanto para vender quanto alugar era

um bom negócio.

A paisagem da Tijuca se transformava radicalmente e aos poucos deixava de ser a

moradia de classes abastadas. No seu lugar, chegavam funcionários públicos,

militares, comerciantes, profissionais liberais, com algum poder aquisitivo – reflexo

da complexificação da economia que estratificava a sociedade – atraídos pelas

facilidades do bairro: as melhores escolas, transporte em quantidade, bons clubes,

comércio razoável. Novamente a Tijuca se transformava, alterando seu perfil social e

sua paisagem. As famílias mais ricas migravam para residências próximas a praia. A

modernidade se instalava no Rio de Janeiro. “Comprava-se” novas formas de morar,

um novo estilo de vida, ordem cultural centrada nos estímulos sensoriais da imagem:

propaganda, viagens a Europa, zepelins, transatlânticos, aviões, telégrafos, telefone,

iluminação elétrica, utensílios domésticos, fotografia, cinema, radiodifusão, televisão,

coca-cola, aspirina, enlatados, refrigerantes, etc..

O processo de modernização da cidade do Rio de Janeiro trouxe para a Tijuca dos

casarões aristocráticos, as vilas operárias e os barracos. A década de 70 foi a mais

marcante em sua transformação urbana, caracterizada por um processo de

verticalização e adensamento.

Uma grande característica física-geográfica do bairro da Tijuca é a sua proximidade

com o Maciço da Tijuca. Esta particularidade possibilitou e ainda possibilita a

ocupação de suas encostas por um grande número de favelas em busca de um

mercado de subsistência e redução do tempo de deslocamento casa-trabalho. A

distância social não impede a contiguidade física que é recorrente em quase toda a

cidade do Rio de Janeiro.

Não se tem notícia da época exata da origem das favelas na Tijuca, mas sabe-se

que estão dentre as mais antigas da cidade, ainda nos primórdios do séc. XX. A

ocupação dos morros, como é o caso do Borel e Salgueiro, foi estimulada pelos

  

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proprietários dos terrenos na encosta. O português Domingos Alves Salgueiro que

deu nome a um dos morros lucravam com o aluguel e principalmente com a venda

de barracos para uma população muito pobre que não tinha condições de residir em

cortiços, ou nas casas de cômodos existentes na Tijuca. Essa forma de ocupação

estimulada pelos proprietários dos terrenos nos morros, ou os que se tomavam

como tal, e a ausência de políticas habitacionais mais eficientes foram muito

importantes para o surgimento deste tipo de habitat, bastante “peculiar”. Além do

aluguel e venda dos barracos, o português Salgueiro também possuía uma fábrica

de conserva na rua dos Araújos. Fábricas como a do Salgueiro, as de tecido, cerveja

e cigarros, um mercado de trabalho abundante propiciado pelo emprego doméstico

nas casas e mansões atraiu pessoas vindas da capital, e das decadentes fazendas

de café do interior dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e do Nordeste. Essa

lógica de ocupação perdura até os dias de hoje e fica evidente na composição social

da Tijuca.

Page 18: Arquitetura Brasileira

Curso de Pós-Graduação em Gestão e Restauro ArquitetônicoHistória da arquitetura Brasileira

Profº.: Willian S. M. BittarUniversidade

LISTAS DAS EDIFICAÇÕES - BAIRRO TIJUCA

ANONºCARACTERIZAÇÃO

ESTILÍSTICA EDIFICAÇÃO

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

SÉC. XVI - 1567

SÉC. XIX - 1857

SÉC. XIX - 1866

SÉC. XX - 1904

SÉC. XX - 1907

SÉC. XX - 1920

SÉC. XX - 1920

SÉC. XX - 1929

SÉC. XX - 1930

SÉC. XX - 1930

SÉC. XX - 1952

SÉC. XX - 1953

SÉC. XX - década da 30

SÉC. XX - 1977

Colonial

Eclético classizante

Neoclássico

Eclético

Neogótico

Eclético Art Nouveau

Art Decó

Neocolonial hispânico

Neocolonial

Eclético

Eclético neo-românico

Eclético

Normando

Moderno

Paróquia São Francisco Xavier

1º Batalhão da Polícia do Exército

Palacete Babilônia - Sede do Colégio Militar

Conjunto Industrial da Hanseática -Brahma

Igreja Redentorista Santo Afonso

Palacete Garibaldi

Antigo cine-teatro América

Hospital Universitário Gaffrée Guinle

Instituto de Educação

Casa Gramado

Paróquia dos Sagrados Corações

Casa da Vila da Feira e Terras da Santa Maria

Residência da rua Dona Delfina

SESC Tijuca

Page 19: Arquitetura Brasileira

Curso de Pós-Graduação em Gestão eRestauro Arquitetônico

Fonte: http://maps.google.com.br/maps

MAPA DE RECORTE ESPACIALDAS EDIFICAÇÕES

LEGENDA

MAPA 06/06

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Paróquia São Francisco Xavier do Engenho Velho

Rua São Francisco Xavier, 75 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

Curso de Pós-Graduação em Gestão eRestauro ArquitetônicoUniversidade

Denominação:

Localização:

Colonial

Caracterização estilística:

SÉC. XVI - julho de 1567 - sendo reformadaem 1928

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

Igreja CatólicaUso atual/original:

Arquidiocese de São Sebastiãodo Rio de Janeiro

Proprietário:

Tombamento Municipal -Decreto nº 23.236 de 05/08/2003

Proteção existente/proposta:

Fonte: http://br.olhares.com/igreja_sao_francisco_xavier_foto1933933.htmlacesso: 22/03/2010

Page 21: Arquitetura Brasileira

Matriz de São Francisco Xavier do Engenho Velho,em 1817, em gravura de Ender.Fonte: www.marcillio.com/rio/entisfrx.htmlacesso: 30/03/2010

Curso de Pós-Graduação em Gestão eRestauro ArquitetônicoUniversidade

Descrição Arquitetônica:

Histórico:

Edificada pelos Jesuítas, junto com dois engenhos deaçúcar, com a ajuda dos catecúmenicos (índios catequizados)e dos escravos, a Igreja de São Francisco Xavier do EngenhoVelho, teve sua origem numa pequena capela, construída em1583, próximo do Rio dos Trapicheiros, em terras pertencentesà Companhia de Jesus, tendo sido erguida com a participaçãode José deAnchieta e pode ser considerada o berço da Tijuca.

Após a canonização de São Francisco, que se deu em1622, foi fundada a Igreja, por iniciativa do Padre AndréManoel. Em 1759, a Companhia de Jesus foi expulsa do Brasil,e a estrutura territorial da região se transformou, e os bens daordem religiosa foram seqüestrados e incorporados aos benspúblicos. A Igreja passou a pertencer ao Curato de SãoFrancisco Xavier, pela Provisão Imperial de 11 de abril de 1761. O Curato foi elevado a ParóquiaEncomendada em 1762.

A Igreja tornou-se com o tempo, um centro religioso e social do Engenho Velho e em torno delase desenvolveu o Bairro da Tijuca.

Em 1805, estando a Igreja em ruína, foi iniciada a construção de um novo templo, que ficoupronto em 1815 e dele ainda restam a fachada e as torres decoradas com azulejos, porque orestante já teve reconstruções posteriores.

A Igreja como se vê atualmente é proveniente da reforma ocorrida em 1928 na gestão deMonsenhor Mac Dowell. Em 1931, a Igreja foi agregada à Basílica de São João Latrão, de Roma,passando a gozar de todas as indulgências e graças espirituais anexas à mesma, condição únicana América do Sul, na época recebeu do Papa Pio XI uma relíquia de São Francisco Xavier. Em1960, a cúpula da Igreja ruiu e uma nova foi construída de concepção semelhante a anterior.(http://www.marcillio.com/rio/entisfrx.html)

Reconstruída entre 1805 e 1815, a fachada da Igreja de São Francisco Xavier, ladeada portorres sineiras,

arrematada por frontão reto com inscrição no tímpano: Igreja SãoFrancisco Xavier do Engenho Velho e coroado por acrotério com volutas e estátua em mármorebranco representando a fé, ao alto.

arrematadas por cimalha, ornamentadas com pequenos obeliscos em cada vérticee com as calotas, ou bulbos, revestidas em azulejo decorativos e na ponta extrema uma cruz,conferem simetria à fachada. É “

Todo o conjunto foi composto seguindo os padrões da fachada principal , única parte original doedifício, que se caracteriza pela fachada composta por figuras geométricas básicas, frontõestriangulares, janelas próximas ao formato retângular e paredes marcadas pelo contraste entre apedra e as superfícies brancas, de caráter bidimensional.

O frontispício organiza-se em três tramos marcados por pilastras e cunhais e duas faixashorizontais definidas pela linha das envasaduras. No tramo central, a portada única, guarnecidapor duas colunas e por um, pequeno frontão de granito, faz composição com a janelacorrespondente ao coro, ladeada por nichos com estátuas em mármore representando a caridadee a esperança. As torres, arrematadas por cimalha, bulbos revestidos em azulejos e pináculos,conferem simetria à fachada. Suas portas, com molduras semelhantes às da portada, ainda quesimplificadas, são encimadas por janelas com molduras retas e vergas curvas .

Na sua reconstrução buscou-se resgatar as raízes da arquitetura religiosa do período colonial,de origem maneirista portuguesa. Mas, ao longo das várias intervenções outras característicasestéticas foram agregadas.

(ALVIM, p. 299)

Page 22: Arquitetura Brasileira

1º Batalhão da Polícia do Exército - BPEBatalhão Marechal Zenóbio da Costa

Rua Barão de Mesquita, 425 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

Curso de Pós-Graduação em Gestão eRestauro ArquitetônicoUniversidade

Denominação:

Localização:

Eclético classicizante

Caracterização estilística:

SÉC. XIX - construído em 1857

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

Militar / ResidencialUso atual/original:

Exército Brasileiro

Proprietário:

Tombamento Municipal -Lei 1.956, de 29/03/1993

Proteção existente/proposta:

Fonte: Arquivo pessoal da equipedata: 17/03/2010

Page 23: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

Histórico:

Conjunto arquitetônico adquirido pela Coroa Imperial em 1857 para a construção de umhospital militar. O prédio do 1º Batalhão da Polícia do Exército, inicialmente foi ocupado pelo 1ºRegimento de Cavalaria Ligeira e, em seguida pelo Hospital Militar da Corte, cumpriu outrasfunções ao longo do tempo até acolher, em 11 de novembro de 1946, a companhia de Polícia doExército.

Durante o período militar o prédio foi sede do DOI-CODI (Destacamento de Operações deInformações - Centro de Operações de Defesa Interna) onde foram presos, torturadas e atéassassinadas diversas pessoas que manifestavam-se contra a ditadura militar.

O 1º Batalhão da Polícia do Exército homenageia o Marechal Euclides Zenóbio da Costa,Comandante da Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial, e foi inaugurado em 6 dedezembro de 1951.

Localizada na Rua Barão de Mesquita, 425, no bairroda Tijuca, a edificação cpossui o aspecto de monumentalidade da fortalezasmedievais. A simetria das fachadas e a implantação emformato "U" com um pátio central também nos remete àessa estética, símbolo de força e poder.Dos elementos de releitura eclética destaca-se:

Frontão central em formato de “arco de volta inteira”¹de gosto românico ;

Bossagens da superfície da parede (referêncianeogótica para que os frisos desenhados aludirem a umrevestimento em pedra);

Ritmo dos vãos e parede frontal no centro da fachada chamando a atenção para a entradaprincipal;

Alpendres ou balcões, estreitos, de para-peito em ferro de delicados desenhos, suportados pormísulas(cachorros) discretas compõem o pórtico de entrada de efeito visual neo -clássico;

Ornamentos decorativos neobarrocos são os frontões curvos de janelas e da cornija com peçasde formas volutas de folhagens e cártulas com rolos em relevo.

Esquadrias de madeira, com bandeira fixa em vidro, e parte móvel em vidro e veneziana, estiloadequado para favorecer a ventilação e a iluminação - influência neocolonial.

Apesar de observarmos partes obstruídas por alvenaria e alteradas para a instalação deaparelhos de ar condicionado.

onstruída no final do século XIX,

(KOCH, p.65 )

Fonte: http://maps.google.com.br/acesso: 30/03/2010

Fachada Principal do BPEFoto do arquivo pessoal do grupodata: 17/03/2010

Fachada Principal do BPEFoto do arquivo pessoal do grupodata: 17/03/2010

Fachada Principal do BPEFoto do arquivo pessoal do grupodata: 17/03/2010

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Sede do Colégio Militar - Palacete Babilônia

Rua São Francisco Xavier, 267 - TijucaRio de Janeiro/RJ

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Denominação:

Localização:

Neoclássico

Caracterização estilística:

SÉC. XIX - em 1866

Época da construção:

Em obras de restauro

Estado de conservação:

Militar / ResidencialUso atual/original:

Exército BrasileiroProprietário:

Tombamento Federal -Processo 0641-T-61 de 29/12/2000Tombamento Municipal -Decreto nº 12.864 de 29/04/1994

Proteção existente/proposta:

Fonte: www.funceb.org.bracesso: 10/01/2010

Mapa de situação

Page 25: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

Histórico:

Situado no centro do Colégio Militar do Rio de Janeiro, na Rua São Francisco Xavier, 267,esquina com a Rua Barão de Mesquita, a entrada para o Colégio se faz através de uma aléia depalmeiras imperiais .

O Palacete Babilônia possui características e elementos arquitetônicos do estilo neoclássico,como:

Fachada principal - sem frontão triangular, formado apenas por arquetrave, colunata dupladestacado por quatro colunas .

Janelas com cimalhas retangulares e cimbrada( arco) e balcao com balaustrada e cachorro.Pilastras com base, fuste liso, capitel e entablamentoFachada lateral esquerda - caracterizada pelo pórtico tetrastilo sobre pedestais e com

escadas de um só lance, paralelas à fachada. O pórtico é coroado por uma varanda a serviço deum sobrado, seguidamente duas janelas de peito e três sacadas iguais às da frente .

Fachada posterior e lateral direita - menos ornamentadas, evidenciando-se as janelas. Fachada posterior dominada por um frontão e fachada lateral demonstra umpequeno sobrado.

(foto 01)

(foto 03)

(foto 04) (foto 05 e 06)

Monumentalidade simetricaFachadas ritmadasAspecto imponente e solidoEmbasamento alto e com juntas desenhadas (mais recentemente ocupado como pavimento

terreo) e escadaria em cantaria.Cúpula central

ebalaustrada, (foto 02)

Sede do Primeiro Colégio Militar do Brasil,fundado pouco antes da Proclamação daRepública, em 09 de março de 1889, na antigaChácara do Conde de Bonfim,o Palacete daBabilônia foi construído entre os anos

Em 1866, a edificação

Conde de Bonfim, dando aoPalacete o estilo neoclássico.

e parte da fazenda,atual área do Colégio Militar, foi comprada ereformada pelo

de 1837e 38, por Antonio Alves da Silva Pinto, para sersede de uma fazenda, situada nos atuaisba i r ros do Maracanã e da Ti juca

.

Em 1870, passou a propriedade para seufilho, Jerônimo José de Mesquita – Barão deMesquita.

Em 1887, a propriedade foi herdada pelaBaronesa de Itacurussá, filha do Barão deMesquita e casada com Manuel Miguel Martins – Barão de Itacurussá.

E em 1888, a Baronesa vendeu a Chácara da Pedra da Babilônia, situada na Rua SãoFrancisco Xavier nº 267, número atual, no bairro da Tijuca, para aAssociação Comercial do Rio deJaneiro, instituição responsável pela compra do imóvel para a instalação do Colégio Militar

(www.crmj.ensino.eb.br)

Foto: Palacete Babilônia, em 1912Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/98/Cm5.jpgacesso: 10/01/2010

Page 26: Arquitetura Brasileira

Foto 01: Entrada do Colégio por meio das PalmeirasImperiais.Fonte: www.mecenas.eb.bracesso: 10/01/2010

Foto 02: Fachada Principal - Palacete da BabilôniaFonte: www.mecenas.eb.bracesso: 10/01/2010

Foto 03: Vista da lateral esquerda - Palacete da BabilôniaFonte: www.mecenas.eb.bracesso: 10/01/2010

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Fotos:

Page 27: Arquitetura Brasileira

Foto 06: Vista da lateral direita - Palacete da BabilôniaFonte: www.mecenas.eb.bracesso: 10/01/2010

Foto 05: Detalhe do Frontão na lateral direita - Palacete da BabilôniaFonte: www.mecenas.eb.bracesso: 10/01/2010

Foto 04: Fachada posterior - Palacete da BabilôniaFonte: www.mecenas.eb.bracesso: 10/01/2010

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Fotos:

Page 28: Arquitetura Brasileira

Conjunto Industrial da Hanseática - BrahmaAtual Extra Hipermercado e Centro Coreográfico do Rio de Janeiro

Rua José Higino, 115 - TijucaRio de Janeiro/RJ

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Denominação:

Localização:

Caracterização estilística:

SÉC. XX - construído entre 1904 e 1914

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

Comércio e Cultura / IndustrialUso atual/original:

Prédio Principal é Particular e Anexopertence a Prefeitura do Rio de Janeiro

Proprietário:

Tombamento Municipal -Decreto nº 13.267 de 30/09/1994

Proteção existente/proposta:

Fonte: http://www2.rio.rj.gov.br/smu/caderno_novo/acesso: 30 de março de 2010

Mapa de situação

Eclético

Page 29: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

Histórico:

O Conjunto é caracteriza-se por um ecletismo historicista, é composto por diversos prédios,construídos em diferentes períodos, e conseqüentemente, com diferentes estilos ecomposições arquitetônicas, conseqüência do crescimento da área produtiva nos períodosde 1904 a 1947.

O 1º bloco - o principal - foi o primeiro a ser construído e caracteriza-se porreferências neoclássicas inspiradas nas antigas fábricas inglesas do século XIX, janelas comarcos romanos com elementos imitando tijolos. Paredes em tijolos aparentes, e molduras lateraisem pilastras ornamentada como colunas dóricas. A assimetria e os ornamentos decorativos dafachada frontal, somados ao telhado tipo mansarda completam o conjunto de forma eclética.

O 2º bloco foi construído em 1940, pelo arquiteto Christian Nielsen (especialista em prédiosfabris), o prédio anexo , elemento verticalizado, simétrico, com simples traçadosgeométricos e inspiração art déco.

Entre os edifícios destaca-se as chaminés de tijolos aparentes, a aléia de Palmeiras e duasmangueiras, também tombadas.

Um 3º bloco seria formado por duas cúpulas, já demolidas, estas foram substituídas porestrutura metálica na mesma forma e cobertas por lonas de plástico.

(foto 01)

(foto 02)

O edifício abrigou a 1ª CERVEJARIADO RIO DE JANEIRO”, que produzia 4 marcas de cervejae em 1941 foi adquirida pela Companhia Cervejaria Brahma, que encerrou suas Atividades em1992na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro.

Acomunidade se uniu para pedir o tombamento do conjunto arquitetônico e hoje este divide seuespaço entre o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro e o super mercado Extra.

O Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, foi desenhado pelos arquitetos LuizAntônio Rangel eRicardo Macieira, e ocupa parte das instalações de uma antiga fábrica de cerveja, . O projetoconservou a imagem externa da edificação, considerada um marco na memória do bairro,concentrando as intervenções nos interiores,para adequá-los às especificidades do novoprograma.

Ao projetar uma unidade do hipermercado Extra, no térreo e no primeiro andar das antigasinstalações da cervejaria, o arquiteto sugeriu ao grupo controlador Pão de Açúcar que cedessemà prefeitura carioca a utilização cultural da parte alta do prédio, inapropriada ao novo uso.Com o sinal verde da empresa, ele buscou uma parceria com a Secretaria Municipal das Culturas.

O centro é composto por salas de dança e ensaio; centro de memória com biblioteca, videotecae bancos de dados; sala de múltiplo uso, para conferências, seminários etc.; apartamentos paravisitantes; sala de exposições/galeria de arte; loja de material de dança, café, auditório para 300pessoas e administração/serviços.

O programa foi acomodado na totalidade do segundo ao sexto andares - tudo somado,chega a cerca de 3800 metros quadrados.

Foi assim que nasceu o complexo cultural, inaugurado no segundo semestre de 2004.O centro, dedicado ao estudo e pesquisa da dança, promove intercâmbios com artistas eespecialistas, forma bailarinos, coreógrafos e diretores, além de produzir espetáculos.

Page 30: Arquitetura Brasileira

Foto 02:Fonte:www.memoriabravobrasil.com.br/imagens/Rio%20de%20Janeiro/Centro%20coreografico.jpg

Foto 01: Jaime SilvaFonte:www2.rio.rj.gov.br/smu/caderno_novo/site%20tijuca/bens/imagens/Rua%20Jose%20Higino%20115.jpgacesso:30/03/2010

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Fotos:

Page 31: Arquitetura Brasileira

Igreja Congregação Redentorista Sto Afonso

Rua Barão de Mesquita, 275 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

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Denominação:

Localização:

Neogótico

Caracterização estilística:

Séc. XX - inaugurada em junho de 1907

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

Igreja CatólicaUso atual/original:

Arquidiocese de São Sebastiãodo Rio de Janeiro

Proprietário:

Tombamento Municipal -Decreto nº 23.236 de 05/08/2003

Proteção existente/proposta:

Fonte: www.skyscropercity.com/showthread.phd?tacesso: 22/03/2010

Page 32: Arquitetura Brasileira

Igreja Santo Afonso, 1911Fonte: ROSE, Lili

Igreja de Santo Afonso na década de 60.Fonte: fotolog.terra.com.br/luizd:342acesso: 30/03/2010

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Descrição Arquitetônica:

Histórico:

Situada na esquina entre a Rua Barão de Mesquita e Major Ávila.A Igreja foi erguida por iniciativa do Padre Francisco Lahmeyir comajuda da família do Barão de Bom Retiro, em terras doadas por D.Elisa, filha do Barão de Mesquita.

Inicialmente surgido na Inglaterra, no século XVIII, o neogóticosomente se popularizou no Brasil perto do final do reinado de D.Pedro II, especialmente a partir da década de 1880, final do séc. XIX,e como a Igreja Matriz de Santo Afonso foi construída no ínicio doséc.XX, seu estilo é classificado como neogótico tardio.

Os aspectos arquitetônicas desta edificação, como uma dasramificações do eclético, são puramente estéticos e simplificados,pois além do neogótico apresenta também característicasromânicas. Estruturalmente não se utilizou dos elementos originaisda arquitetura gótica, como o uso diferenciado da cantaria, osarcobotantes e arcos ogivias das janelas.

“Um dos maiores segredos do enorme êxito gótico foi o empregode pequenas pedras, muito bem cortadas e aparelhadas, muito maisfáceis de transportar e colocar.”

Dos três atributos da arquitetura gótica: arcobotante, pedra eabóbada de berço nervurada, apenas esta última foi utilizada nesta obra, favorecendo a elevadaaltura da nave principal e com isso a melhor penetração da luz natural através dos vitrais e colunasmais esbeltas, com seus capiteis cúbicos tipicamente góticos.

Na análise da fachada encontram-se seus aspectos mais marcantes, dividindo em três faixasverticais - torre, grande rosácea e torre; e, três faixas horizontais - torre, grande rosácea, entradas

que refletem a distribuição interna: Nave central e transepto.As torres pontiagudas, corucheu octogonal (KOCH, p.65 e 66), posicionadas no primeiro plano

da fachada, remetem a pretensão dos eclesiásticos medievais traduzido como a “lei da ascençãoespiritual” .

Os aspectos românicos aparecem no portal de entrada formado por arcos e coluntas emplanos escalonados, e as janelas com arcada cega sobre janelas geminadas todos com arcadasde volta inteira, sem os típicos arcos ogivais góticos.

(CARVALHO, p.217)

(CARVALHO, p.217)

(CARVALHO, p.217)

A Igreja Santo Afonso foi a terceira casa da CongregaçãoProvíncia Redentorista do Rio de Janeiro, dedicada à SantoAfonsoMaria Ligório, patrono dos moralistas e confessores. Foramencarregados da construção da igreja por influência do CardealArcoverde, os Padres Gualter Perriens e Francisco Lohmeyer e o Ir.Lucas Kersten. A construção da igreja começou em abril de 1904,que foi inaugurada em junho de 1907.

Foi na igreja Santo Afonso que se fundou a primeira "LigaCatólica Jesus, Maria, José", em março de 1908, com 125 homens.

A Congregação Redentorista foi trazida para o Brasil pelospadres holandeses. Em abril de 1894, foi fundada a primeiracomunidade redentorista em Juiz de Fora - MG. Poucos mesesdepois, vieram os redentoristas da Baviera (Alemanha), dandoinício à grande Província de São Paulo, começando o seu trabalhoemAparecida (SP) e em Goiás. (http://santoafonso.net/safonso)

Page 33: Arquitetura Brasileira

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Fotos:

http://www.flickr.com/photos/claudiolara/3046038132/acesso: 30/03/2010

Fonte:www.marcillio.com/rio/entispar.htmlacesso: 30/03/2010

Fonte:www.marcillio.com/rio/entispar.htmlacesso: 30/03/2010

Fonte: www.marcillio.com/rio/entispar.htmlacesso: 30/03/2010

Fonte:www.marcillio.com/rio/entispar.htmlacesso: 30/03/2010

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Denominação:

Localização:

Caracterização estilística:

SÉC. XX - construído entre 1920

Época da construção:

Estado de conservação:

CulturaUso atual/original:

Prédio Principal e Anexo pertencema Prefeitura do Rio de Janeiro

Proprietário:

Tombamento Municipal -Decreto nº 13.946 de 08/06/1995

Proteção existente/proposta:

Fonte: http:creferenciadamusicacarioca.blogspot.comfoto Rudy Trindade

Mapa de situação

Eclético Art Nouveau

Centro de Referência da Música Carioca Artur da TávoraPalacete Garibaldi

Rua Conde de Bonfim, 824 Tijuca

Recém-restaurado

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Descrição Arquitetônica:

Histórico:

O art nouveau surgiu como uma tendência arquitetônica inovadora do fim do século XIX(1890):um estilo floreado (Flower art na Inglaterra, "Modern Style", "Liberty" ou estilo "Floreale" naItália.), em que se destacam as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes,labaredas e outros elementos.

O edifício apresenta linhas curvas, delicadas, irregulares e assimétricas. Mosaicos e mistura demateriais características de muitas obras arquitetônicas, arts & crafts e que teve grandedestaque durante a Belle époque, nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas doséculo XX.A “Arte Nova” foi tardia no Brasil, este Palacete data de 1920, mesmo ano em que o movimentoterminou em Portugal. Os princípios estéticos adotados pela Art Nouveau no Brasil erasemelhante ao do estilo que já proliferava em Portugal de influência francesa. A aplicação da ArteNouveau tanto em Portugal como no Brasil deve-se sobretudo à ação da burguesia urbana, quetinha a possibilidade de personalizar a própria edificação pela utilização dos novos materias deconstrução produzidos em série e acessíveis às classes abastadas.

A arquitetura deste palacete de 2 pavimentos apresenta traços estruturais e volumetria dereferência eclética, típica dos palacetes paulistanos do final do séc.XIX, como castelinhosmodernos rodeado de lindos jardins. Os aspectos mais relevantes são a utilização de materiais etécnicas inovadoras tais como o uso de massa de cimento, do ferro e do vidro, artísticamentetrabalhados seguindo a nova estética orgânica (vegetativas) nos elementos decorativos, vitrais eguardas-corpo.

A torre lateral é referência às torres neogóticas e como o pórtico de entrada. As fachadas deabundante ornamentação de formas e linhas retas e contínuas criando efeitos estéticos plásticose de sombreamentos. As escadas externas e internas passam a ter formas mais sinuososas.

O “art nouveaut” se faz expressivo nesse prédio na forma tripla da janela com a parte centralmais larga que as outras duas,

assimetria das fachadas. Os elementosdecorativos possuem traços também ecléticos, que inspiraram os artistas deste novo estilo,como o de estilo neoromânico,(sob o beiral - frisos de discos, bossagens, e mísulas decoradas),neo classico (balaustrada no térreo). No seu interior destacam-se a decoração em estuquepintado imitando madeira, numa exuberante e diversificada composição de formas e texturas

janelas de arco rebaixado, em alguns momentos com vergas detijolos aparentes e outras sem vergas acentuando a

.

O Centro Municipal de Referência da Música Carioca, funciona num antigo palacete na esquina deconde de Bonfim com Rua Garibaldi, foi inaugurado no dia 16 de junho de 2007, a suarestauração durou 2 anos e custou entorno de R$3,7 milhões.

É um espaço de convergência de todos os estilos musicais na cidade do Rio de Janeiro, dedicadoà memória, à criação e à pesquisa da música brasileira, principalmente a carioca. O equipamentoda Prefeitura, que, oferece espaço para ser ocupado por exposições no interior do casarão e salade pesquisas. No prédio anexo funcionam seis salas de aula onde são realizados cursos demúsica conveniados com instituições dedicadas ao assunto.

O Centro Municipal de Referência da Música Carioca também possui espaço destinado a umestúdio de gravação que futuramente servirá de base para a gravadora da Prefeitura do Rio deJaneiro. O anexo, projeto novo, possui um belo auditório de 156 lugares, com uma intensaprogramação musical.Os jardins do Centro Municipal de Referência da Música Carioca Arthur da Távola completam obelo conjunto arquitetônico, patrimônio tombado da cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: www.creferenciadamusicacarioca.blogspot.com

Page 36: Arquitetura Brasileira

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Fonte: Http://www.creferenciadamusicacarioca.blogspot.com

Fotos:

Antes da restauração

Depois da restauração

Fachadas restauradas

Page 37: Arquitetura Brasileira

Antigo Cine-teatro América

Rua Conde Bonfim, 334 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

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Denominação:

Localização:

Art Decó

Caracterização estilística:

SÉC. XX - inaugurada em 1920

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

Comércio / CinemaUso atual/original:

Particular

Proprietário:

Não existe

Proteção existente/proposta:

Fonte: Arquivo pessoal da equipedata: 17/03/2010

Page 38: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

Histórico:

A arquitetura déco representa uma certa tendência de passagem entre a arquitetura produzidado ecletismo para o modernismo. Assim, observa-se elementos avançados do estilo subsequëntecom certas comedições, simplicidade de formas, geometrização acentuada nas texturas, frisos –linhas retas, e jogo de volumes.

A tentativa de racionalização dos volumes e dos elementos de ornamentação, comornamentações pontuais e com materiais que representassem a modernidade e que os volumesseguissem a composição tripartite clássica - embasamento, corpo principal e coroamento.

O art déco é marcado pelo rigor geométrico e predominância de linhas verticais, havendo atendência de tornar, através da percepção, o edifício mais alto. Os volumes arquitetônicos sãotambém marcados pelo escalonamento, pela transposição da idéia do apróximação de formasaerodinâmicas.

As formas geométricas e a volumetria típica do estilo no edifício vem sendo gradativamentedescaracterizadas, a cada intervenção frisos são argamassados e esquadrias são fechadas comalvenaria, o próprio uso atual destruiu toda a composição do espaço interno.

O entorno da Praça Saens Peña foi marcado pelas construções em estilo Art Déco, muito emvoga a partir da década de 1930. Os prédios dos antigos cinemas Carioca eAmérica nas esquinasda Rua Major Ávila, trecho conhecido atualmente como "Rua das Flores", são exemplos desteperíodo.

O 1º cine – teatro América foi projetado pelo arquiteto italiano Antonio Virzi (1882-1954),inaugurado em 01/06/1918, e tinha entorno de 1200 lugares . O arquiteto chegou ao Brasilpor volta de 1910, ficou conhecido como um dos grandes nomes da arquitetura art nouveau,entretanto, tanto neste cinema quanto na Basílica de Nossa Senhora de Lourdes, localizado noBoulevard 28 de Setembro, 200, em Vila Isabel, detonam uma maior expressão do estilo ecléticoneoromânico.

O cine América foi demolido e reconstuído na década de 30 . A localizaçãopermanece, inalterada, rua Conde de Bonfim, 334, enfrente a praça Saenz Peña. Área conhecidacomo Cinelândia da Tijuca, porque era o bairro com maior número de salas de projeção do Rio deJaneiro.

O primeiro cinema foi inaugurado em 1908 na rua Haddock Lobo, nº 27 chamado o PathéCinematográfico, até o final da década mais nove foram abertos na área. O auge aconteceu nadécada de 1940, quando foi inaugurado o cinema Olinda, o maior do Brasil, com 3.500 lugares.

A decadência dos cinemas na Praça, segundo consta (CASA DA PALAVRA), começou apartirda década de 50 e até os anos 80 alguns resistiam bravamente à concorrência com os cinemas deshoppings e centros culturais, com salas menores e mais modernizadas.

No início do séc.XXI tanto o cine América quanto o cine Carioca, outro cinema localizado aolado em estilo art decó já tendendo para art nouveau, foram fechados e adaptados para novosusos, viraram uma farmácia e uma igreja Evangélica, respectivamente .

(foto 01)

(foto 02 e 03)

(foto 04)

Page 39: Arquitetura Brasileira

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Fotos:

Foto 02: Ano de 1933Fonte: ROSE, Lili & AGUIAR, Nelson

Foto 03: Ano de 1960Fonte: Postado por Saudades do Rio, em 05/03/2008

Foto 04: Ano de 2010Fonte: Arquivo pessoal da equipe

Foto 01: Ano de 1918Fonte: Postado por Saudades do Rio, em 21/04/2006

Page 40: Arquitetura Brasileira

Hospital Universitário Gaffrée Guinle

Rua Mariz e Barros, 775 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

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Denominação:

Localização:

Neocolonial hispânico

Caracterização estilística:

SÉC. XX - inaugurado em 1929

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

SaúdeUso atual/original:

Universidade Federal Estado doRio de Janeiro

Proprietário:

Tombamento Municipal -Decreto nº 23.236 de 05/08/2003

Proteção existente/proposta:

Fonte: http://fotolog.terra.com.br/bfg1:204acesso: 30/03/2010

Page 41: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

O projeto do Hospital, foi assinadopelo escritório do arquiteto Porto d'Ave(Porto d'Ave & Haering), sobfiscalização e orientação dos médicosEduardo Rabello e Gilberto de MouraCosta.

O projeto do hospital contava comum prédio principal de quatropavimentos, onde estavam localizadosos diversos serviços e um ambulatório.Além deles havia ainda: superintendência dos serviços administrativos; serviços de estatística ede enfermagem; renda da instituição; serviços sanitários; anfiteatro; rouparia; salão de honra;biblioteca; e museu. No campus foram projetados pavilhões especiais para abrigar: o Instituto dePesquisa; o biotério; a capela — consagrada a Na Sra da Conceição do Brasil; as oficinas deconservação; o dormitório dos empregados e a lavanderia . Os pavilhões foramconstruídos por etapas de uma planta retangular com pátio central. A conformação final em «U»aberto para a rua é comum a outros hospitais da época

O estilo arquitetônico do Gaffrée&Guinle é caracterizado como sendo neocolonial. Movimentoque buscava, através de elementos arquitetônicos surgidos durante o período da Colônia, oencontro da identidade nacional. Entretanto, como se tratava de uma instituição de saúde, háoutros elementos arquitetônicos a serem levados em conta. O pesquisador da Fiocruz e doutor emUrbanismo pela FAU/UFRJ Renato da Gama-Rosa Costa definiu as tendências arquitetônicas naárea da saúde naquela época em dois modelos, o pavilhonar e o monobloco. O Gaffrée&Guinleera um caso particular, pois sua construção se deu numa “época de transição entre os dois estilos.Aconstrução pavilhonar é um edifício com diversos blocos, aonde cada especialidade médica temo seu pavilhão. Tal modelo é considerado mais arcaico, e é caracterizado por uma construçãoaberta e arejada, já que havia o medo das doenças se propagarem pelo ar. O edifício emmonobloco, que é o que se utiliza nos hospitais de hoje, não tem essa preocupação por causa dosavanços da assepsia moderna.”

(Imagens 01 e 02)

(http://leonardosoarescoelho.wordpress.com/)

Imagem 01 - Hospital da Fundação Gaffrée e Guinle, fachada principal, projetoPorto d’Ave & Haering. Eng e Archº - Fonte: COSTA & SANGLARD

Imagem 02 - Hospital da Fundação Gaffrée e Guinle, fachada posterior, com a capela, o Instituto de Pesquisa e acasa do administrador , projeto Porto d’Ave & Haering. Eng e Archº - Fonte: COSTA & SANGLARD

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Histórico:

O Hospital Gaffrée e Guinle ,situado na Tijuca, bairro da zona norte do Rio deJaneiro, foi inaugurado no dia 01 de novembrode 1929. Era o maior e mais moderno da entãocapital federal, com capacidade para 320 leitosdistribuídos por 12 enfermarias e quartosparticulares, ambulatórios para um milatendimentos diários, 12 salas de cirurgia e 02salas de parto. Sua criação para o combate àsífilis e às doenças venéreas está intimamenteligada à reforma sanitária levada a cabo porCarlos Chagas em 1920.

Nos anos 30 e 40 o Hospital Gaffrée tornou-se centro de tratamento e pesquisa de doenças venéreas.

Em 1947, o Serviço Nacional de Câncer ocupou 02 enfermarias e um ambulatório e, maistarde, construiu seu próprio bloco cirúrgico no terreno do hospital.

Em 1959, a Escola de Medicina e Cirurgia mantinha 100 leitos.Em 1963, um decreto do então presidente João Goulart desapropriou-o, com o objetivo de

incorporá-lo à Escola de Medicina e Cirurgia. Somente em janeiro de 1966, a Escola de Medicina eCirurgia receberia o Hospital Gaffrée e Guinle.

Em 1968, o Gaffrée passou a ser denominado Hospital Universitário Gaffrée e Guinle,necessitando de uma grande reforma para se adaptar às novas finalidades de Hospital de Ensino.

Em 1969, pelo Decreto 773, passou a ser uma das unidades da FEFIEG e a partir de 05 dejunho de 1979, passou a integrar a Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO), fazendo parte deseu Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Decreto-Lei 6.555.

Em 1º de junho de 1982, é assinado Convênio com o INAMPS, passando o hospital a atenderaos segurados da Previdência Social.

Em 16 de outubro de 1987, através da Portaria nº 05 de 13/10/1987, o Hospital Gaffrée e Guinletorna-se credenciado como "Centro Nacional de Referência em AIDS". Desde 1989, o Gaffréepossui um Centro de Testagem e Aconselhamento Anônimo, passando a ser denominado a partirde 1993, de Centros de Orientação eApoio Sorológico.

O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle hoje é essencialmente um hospital de ensino.

(imagem 03 e 04)

Imagem 03 - Vista aérea do Hospital Gaffrée e Guinle, projetoPorto d’Ave & Haering. Eng e Archº - Fonte: COSTA & SANGLARD

Imagem 04: Fachadaprincipal.Fonte: COSTA &SANGLARD

Page 43: Arquitetura Brasileira

Instituto de Educação

Rua Mariz e Barros, 273 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

Curso de Pós-Graduação em Gestão eRestauro ArquitetônicoUniversidade

Denominação:

Localização:

Neocolonial

Caracterização estilística:

SÉC. XX - construído em 1930

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

EducaçãoUso atual/original:

Governo do Estado do Rio de JaneiroProprietário:

Tombamento Estadual -Decreto nº 875 (antiga GB) de 20/10/1965Tombamento Municipal -Decreto nº 19.342 de 17/12/2000

Proteção existente/proposta:

Fonte: www.inepac.rj.gov.br/modules/Guia/images/Inst..data: 30/03/2010

Page 44: Arquitetura Brasileira

Imagem 03: Fachada principal.Fonte: Guia da arquitetura eclética no Rio de Janeiro, p. 75

Curso de Pós-Graduação em Gestão eRestauro ArquitetônicoUniversidade

Descrição Arquitetônica:

Projetado por Ângelo Bruhns e José Cortez, em 1927, o projeto foi escolhido por concursopúblico, cujo edital especificava a opção estilística neocolonial. O partido adotado, em plantaquadrangular , se desenvolve ao redor de um pátio central em forma de claustro,circundado por três galerias superpostas que dão acesso às salas de aula e demaisdependências. Ao centro, uma fonte arremata a composição .As fachadas apresentamelementos compositivos e decorativos inspirados na arquitetura do período colonial executadosem argamassa. A cobertura em telhas de barros de capa e canal e o pórtico de acesso no terraço

.Ainda é possível encontrar elementos barrocos,

como:Pórtico - volutas, pináculos e frisos;Portal com ornamentos barrocos - oráculo,

volutas, frontão sobre janelas e portas em formatocimbrado, arcos romanos com fecho;

Portal sob o pórtico - avançado, formando umalpendre cercado de balaustrada;

Pavimento térreo textur izado comobossagens; e

Bicoloridade da fachada, acentuando oselementos de representação estrutural, pilastras efrisos.

(imagem 01)

(imagem 03)

(imagem 02)

Imagem 01: Planta Baixa do Instituto de EducaçãoFonte: Guia da arquitetura eclética no Rio de Janeiro, p. 75

Imagem 02: Vista do Pátio InternoFonte: Guia da arquitetura eclética no Rio de Janeiro,p.75

Page 45: Arquitetura Brasileira

Imagem 05: Aspecto interno do Instituto de Educação do Riode JaneiroFonte: Arquivo Lourenço Filho. CPDOC/FGV

Imagem 04: Aspecto externo do Instituto de Educação.Fonte: Foto Malta. 1 (1), 1934ARQUIVOS,

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Histórico:

No dia 11 de outubro de 1930, a Escola Normal ganhou a sua sede definitiva, na Rua Mariz eBarros, num prédio majestoso em Estilo Neocolonial carioca, escolhido em um concurso queespecificava a opção estilística do projeto. O projeto vencedor foi de Ângelo Brunhs e José Corteze foi construído entre 1928 e 1930 pela Sociedade Comercial e Construtora Ltda

O prédio fica me torno de um pátio em forma de claustro e tem o centro arrematado por umafonte.

Em 19 de março de 1932 a Escola passou a chamar-se Instituto de Educação pelo Decreto no3810.

O Instituto de Educação foi por muito tempo a única escola da cidade que formava professores,a segunda foi a Escola Normal Carmela Dutra, nome dado em homenagem à esposa doPresidente Eurico Gaspar Dutra.

No dia 10 de setembro de 1997, através do Decreto no 23.482 o Instituto de Educação foitransferido pelo Governo do Estado para a Fundação de Apoio à Escola Técnica - FAETEC,vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.Posteriormente, em 3 de junho de 1998, com as mudanças na Lei de Diretrizes e Bases,estabelecendo que o professor de 1a a 4a série deve ter formação superior ele passou adenominar-se Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro e no mesmo ano em 18 desetembro o Governo instituiu o Colégio deAplicação – CAP/ISERJ.

. .(Imagem 04)

(imagem 05)

(http://www.marcillio.com/rio/entigrt2.html)

Page 46: Arquitetura Brasileira

Casa Granado

Rua Conde Bonfim, 300 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

Curso de Pós-Graduação em Gestão eRestauro ArquitetônicoUniversidade

Denominação:

Localização:

Eclético

Caracterização estilística:

SÉC. XX - inaugurada em 1930

Época da construção:

Razoável o estado de conservação

Estado de conservação:

Comércio/ SaúdeUso atual/original:

Particular

Proprietário:

Tombamento Municipal -Decreto nº 14.587 de 22/02/1996

Proteção existente/proposta:

Fonte: arquivo pessoal da equipeacesso: 17 de março de 2010

Page 47: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

A composição arquitetônica destaedificação, reúne características de váriosestilos, com evidência para elementosneoclassizante com inspiração clássica,como o ritmo dos elementos da fachada e asimetria do conjunto. Ainda encontramoselementos decorativos :

Clássicos:Mísulas(cachorro);Balcões com balaustradas; ePortas em arco com bossagem.

Que se harmonizam com os elementosneocoloniais:

Esquadrias em madeira e vidro comveneziana, próprias para nosso clima.

E, com os elementos art déco quecompõe com o conjunto de cinemas e outros pequenos edifícios art déco da rua.

Ainda, podemos destacar outros elementos que complementam o estilo eclético, como:

(imagem 01)

Processos técnicos avançados;Sistemas construtivos simples;Esquemas mais complexos, a par

das linhas ortogonais;Formas regulares, geométricas e

simétricas;Espaços interiores organizados

segundo critérios geométricos eformais de grande racionalidade;

Entablamentos direitos: frisos ecornijas;

A decoração recorreu a elementosestruturais com formas clássicas, àpintura rural e ao relevo em estuque;

Decoração de caráter estrutural:uso de pilastras;

Embasamento: as portas em arcointeiro, e paredes com bossageminseridas na superfície - os frisosimitando pedra ;

Mísulas sob o balcão - alpendres, e sobre os frisos do beiral - cornija, sacadas combalaustradas;

Elementos decorativos barrocos medalhão - cartula com rolos, e frisos com arabescos emformas de folhagens - gótico inglês (KOCH, p.66 );

Parte superior - letreiro e marcos com frisos verticais - art decó, e ladeados por volutasbarrocas;

Relógio em estrutura metálica - art decó.As esquadrias em madeira estão soltas, e foram alteradas para a instalação de ar

condicionado, causando infiltração na fachada, e deixando o emboço aparente em algumaspartes pela falta pintura.

(imagem 02)

Balcão com balaustrada

Mísulas

Entablamento emforma geométrica

Frisos com folhagens

Esquadrias de vidro e venezianaem madeira

Mísulas

Imagem 01: Detalhe dos elementos arquitetônios da fachada.Fonte: arquivo pessoal da equipe.Data: 17/03/2010

Uso do ferrocomo elementoestrutural

Portas em arco combossagem inseridana superfície.

Medalhão decorativo

Imagem 02: Detalhe da porta, do medalhão decorativo e do uso do ferro.Fonte: arquivo pessoal da equipeData: 17/03/2010

Page 48: Arquitetura Brasileira

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Histórico:

A primeira loja Granado,foi fundada pelo português José António Coxito Granado, em 1º dejaneiro de 1870, ficava na rua Direita, 14/16 no Centro. A Botica, estabelecimento de comércio deprodutos farmacêuticos, é a mais antiga do Brasil,

A filial da rua Conde de Bonfim, 300, no bairro da Tijuca,foi projetada pelo arquiteto RicardoBuffa, em 1926, e sua inauguração no ano de 1930. A qualidade e eficácia desses produtos logotornaram a farmácia uma das fornecedoras oficiais da Corte. O imperador D.Pedro II em 1880conferiu à Granado o título de Farmácia Oficial da Família Real Brasileira.

Em 1903, João Bernardo Granado, irmão do Coxito, criou o PolvilhoAntisséptico, produto maisantigo e desde então “carro-chefe” da empresa. Sua fórmula, que teve registro aprovado porOswaldo Cruz permanece inalterada.

No período republicano, a Granado manteve seu status e conquistou, entre outros, o jurista RuiBarbosa, Francisco Pereira Passos e o abolicionista José do Patrocínio.Em 1912, a farmácia expandiu para um prédio na rua do Senado, onde hoje ainda funciona umadas suas fábricas. Anos depois foi adquirida a fabrica em Belém do Pará, onde são produzidos ossabonetes em barra.

E uma nova fábrica está em construção em Japeri (RJ), com instalações e equipamentosmodernos em 30.000m² de área. Depois de três gerações na família Granado, a farmácia hoje épresidida pelo inglês Christopher Freeman. Em 2004, já sob o seu comando, a Phebo foiincorporada à empresa, bem como os produtos que fabricava. Três anos depois, novos produtoscomeçaram a ser desenvolvidos: a linha Isabela Capeto, colônias e velas perfumadas.Ao longo de todos esses anos, a tradição de qualidade de produtos de origem vegetal, comeficácia comprovada, se manteve. Reconhecida em todo país, a Granado se firma no mercadobrasileiro de cosméticos como exemplo de sucesso, solidez e constante crescimento.(www.granado.com.br/sobre/default.aspx)

Page 49: Arquitetura Brasileira

Paróquia dos Sagrados Corações

Rua Conde de Bonfim, 474 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Fonte: www.paroquiadossagradoscoracoes-rj.orgacesso: 22/03/2010

Mapa de situação

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Denominação:

Localização:

Eclético neo-românico

Caracterização estilística:

Séc. XX - inaugurada em 16/03/1952

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

Igreja Católica

Uso atual/original:

Arquidiocese de São Sebastiãodo Rio de Janeiro

Proprietário:

Tombamento Municipal -Decreto nº 23.236 de 05/08/2003

Proteção existente/proposta:

Page 50: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

Inaugurada em 1952, a Paróquia dos Sagrados Corações possui o estilo neo-românico, um estiloque surgiu no século XIX e existiu até as primeiras décadas do século XX

particularmente utilizado em edifícios religiosos.arquitectónico revivalista

Baseia-se na reinterpretação do , vigente entre os séculos XI e XIII durante aeuropeia, e nesta obra encontramos também referências bizantinas e góticas.

estilo românico IdadeMédia

A análise da fachada os elementos românicos são mais expressivos: o ritmo inconstante dasjanelas, de inspiração bizantina, em arcos regulares, às vezes cegos e às vezes vazados - isolados,geminados (duplos) ou triplos.

A volumetria da fachada é valorizada pelos cheios e vazios formados pelos elementos vazados epelos elementos decorativos – frisos, vãos, pilatras criando um jogo de luz e sombra sobre amonocromia do revestimento.

As paredes são revestidas por bossagens dando a sensação de terem sido executadas porpedras.

A rosácea rentilhada e as janelas com fechamento em vitrais coloridos faz referência ao estilogótico.

A torre única na lateral esquerda nos remete aos antigos palácios bizantinos, dando mais aimpressão de ser uma torre de proteção das fortalezas medievias que uma de uma torre sineira.

Análise da fachada da Paróquia dos Sagrados Corações:

FRONTÃO:triangulartímpano com escultura

ROSÁCEA:rentilhada com vitralmísulas sobre os frisosarcos gregosjanelas geminadas com vitrais e

separadas por colunas.

PÓRTICO DE ENTRADAarcos cegos com pequenas

janelas em vitraisportão central em madeira

trabalhada e duas portas laterais demenor dimensão

TORRE:unitaleralelementos

vazados dinâmicos

PÓRTICO DE ENTRADA:frontão triangulartímpano com escultura rosácea

rentilhada e vitraisportão e portas laterais com arcada

românicaarcos de volta inteiratímpano e arquitrave decorados

SEM TORRE:assimetria�

Page 51: Arquitetura Brasileira

Imagem 01:Paróquia em 1920fonte: www.flickr.com/photosacesso: 30/03/2010

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Descrição Arquitetônica:

Histórico:

“O largo coberto por quebrada, da organização das três (com abóbada

quebrada ao centro e transversais nas colaterais), da simplicidade da planta das três capelas da

cabeceira, escalonadas e quadrangulares.Asimplificação estrutural à simplificação da descarga dos

arcos torais, que assentam – na nave central – em mísulas em cunha;

forma retangular, com três naves - nave central e naves laterais;

colunas cilíndricas e grossas e com capitéis esculpidos com plantas, animais e monstros;

tetos em abóbada de berço iluminadas por aberturas em arco perfeito”

transepto abóbada naves

(pt.wikipedia.org/wiki/Neo-rom%C3%A2nico)

A Congregação dos Sagrados Corações chegou ao Brasil em 1925,quando a província da Holanda enviou os três primeiros missionários,entre os quais o servo de Deus Pe. Eustáquio van Lieshout, hoje BeatoEustáquio. Em 1932, chegaram os cinco primeiros enviados pelaprovíncia da Espanha.

Primeiro fundaram a Paróquia de N. S. do Desterro, em CampoGrande. Depois a de Oswaldo Cruz e a de Santa Rita de Turiassú. E tinhaprometido também uma Paróquia no centro. Então, foi escolhido o bairroda Tijuca, onde os padres chegaram em 1934. Começaram então aprocurar um lugar para ser a sede da futura Paróquia dos SagradosCorações. Foi alugada uma casa na rua Desembargador Isidro e depoisuma mais espaçosa, com um salão, à rua Conde Bonfim, 406. Mais tardeachou-se um terreno para a construção definitiva nesta mesma rua, nosnúmero 474 e 476.

A fundação canônica da Paróquia verificou-se aos 31 de maio de 1936, Festa do DivinoEspírito Santo. A missa, solene e cantada, foi celebrada às 09:00 h por Mons. Francisco de AssisCaruso, no local onde está hoje a Igreja definitiva. Foi nomeado como primeiro pároco o Pe.Alberto Alvarez, com provisão canônica do Cardeal Dom Sebastião Leme, datada de 26 de maiode 1936.

Em seguida uma série de acontecimentos:17 de junho de 1941 - iniciaram-se a obras de construção do convento e do salão paroquial;19 de março de 1942 - o Núncio Apostólico Dom Aloísio MaselIa fez a benção da Igreja dos

Sagrados Corações, funcionando provisoriamente no salão e,8 de setembro de 1946, foi lançada solenemente a Pedra Fundamental da futura e definitiva

Igreja Matriz.Em maio de 1947 terminou a demolição das antigas construções de duas casas, onde a

comunidade religiosa tinha morado oito anos, no andar superior, ficando a parte de baixo comosalão paroquial.

16 de março de 1952, Dom Jaime de Barros Câmara inaugurou a nova Matriz, iniciada em1947 e que media 19 por 24 metros,

.A seguir aconteceram outros melhoramentos sucessivos: bancos, sinos e toda a organização

paroquial, com suas Associações Religiosas e Serviços Pastorais. Os párocos também sesucederam através dos anos, sempre coadjuvados por outros religiosos da Congregação dosSagrados Corações, sendo Pároco atualmente o Pe. GeraldoAbílio Ribeiro ss.cc.

(http://www.paroquiadossagradoscoracoes-rj.org)

hoje encontra-se rodeada de edifícios e estabelecimentoscomerciais (ver imagem 01).

Page 52: Arquitetura Brasileira

Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria

Rua Haddock Lobo, 195 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

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Denominação:

Localização:

Eclético

Caracterização estilística:

SÉC. XX - fundada em 12 de julho de 1953

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

Clube Social/ResidencialUso atual/original:

Particular

Proprietário:

Tombamento Municipal -Decreto nº 14.587 de 22/02/1996

Proteção existente/proposta:

Fonte: http://hist-cvftsm.blogspot.com/acesso: 30 de março de 2010

Page 53: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

Histórico:

Os variados aspectos decorativos da arquitetura ecleticada Casa Vila da Feira poderia ser confundido com a própriahistória da cidade portuguesa que deu origem ao clube.

A arquitetura caracteristica da cidade da Vila da Feira foiformada por influências estilísticas greco-romana, maneirista,barroca e renascentistas. Neste palacete ecleticoencontramos varios elementos inspirados no

Janelas geminadas em arco de volta inteira apoiada emcapitéis e colunas

Portas, em arco de volta inteira,Alpendres com guarda-corpo em ferros.Cachorros sobre alpendres e frisos sob o beiral do

telhadoArcos e fechos decorados

Elementos decorativos de estuque: guirlanda de frutas,frisos decorados, cártula a e ornatos com riqueza de detalhesem formas orgânicas.

Assimetria nas fachadasDecoração com ladrilhos portugueses pintados.Portões e guadra -corpo em ferro artisticamente trabalho em forma de cesto (influencia

espanhola).

Neo-Renascimento

Maneirismo português

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Rio/acesso: 30/03/2010

A casa da Vila funciona como clube português, fundado pelo Comendador Manuel LopesValente, em 12 de julho de 1953, inicialmente tinha a intenção de funcionar como uma espéciede Consolado das Terras de Santa Maria da Feira, em homenagem a sua terra natal - Vila daFeira e Terras de Santa Maria, município que pertence a área metropolita do Porto, região nortede Portugal.

O Comendador era diretor da Casa dos Poveiros e informou, em 10 de abril de 1953 seudesejo de fundar uma casa com o nome de Vila da Feira, sendo apoiado pelo Presidente Alípioda Silva Oliveira e o aval dos demais diretores, que oferecerem as dependências de sua sede.

Após um encontro na rua Miguel Couto, nº27/5º andar, em 1953, com várias personalidadesde origem portuguesa inclusive feirense, todos foram unânimes na idéia de fundar a “CASA DAVILADAFEIRA”.

Em 15 de setembro de 1954, reunidos em Assembléia, o Conselho Deliberativo autorizou aemissão de 700 títulos de Sócio-Proprietário e a compra de um prédio que seria o “Solar SantaMariano”. Entre várias propostas de casas para ser sede, a escolhida foi a da rua HaddockLobo,195 pertencente ao sr. Manuel José de Magalhães Machado.(http://hist-cvftsm2.blogspot.com/)

Page 54: Arquitetura Brasileira

Residência

Rua Dona Delfina, 114 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

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Denominação:

Localização:

Normando

Caracterização estilística:

SÉC. XX - década de 30

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

ResidênciaUso atual/original:

Particular

Proprietário:

Não existe

Proteção existente/proposta:

Fonte: Arquivo pessoal da Equipedata: 17/03/2010

Page 55: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

Estilo de construção que teve sua origem na Normandia, no noroeste da França. Alcançougrande desenvolvimento na Inglaterra, depois da conquista normanda de 1066 e durante o séc.XII, foi desenvolvida pelos Normandos nas várias terras sobre seu domínio ou influência.

A arquitetura normanda um forma proveniente da arquitetura Românica. Que predomina naInglaterra desde a conquista normanda até o surgimento do Gótico. Os normandos introduziramum grande número de castelos, fortificações, mosteiros, abadias, igrejas e catedrais.

É caracterizado pelo arredondamento habitual românico - arcos (particularmente sobre asjanelas e portas) e de proporções enormes, especialmente em comparação com outras variaçõesregionais do estilo. Inicialmente era plana e monumental, com molduras aplicadas a pequenoselementos. As arcadas eram simples e os capitéis careciam de ormamentos. Conforme evoluiu oestilo, tornou-se mais rico e os exemplares posteriores continham numerosos adornos. Os pilareseram esbeltos e estriados.

aimento acentuado do telhado,e utilizacao do espaco do telhado como comodo;Mansards - janelas no telhado;uso de madeiramento aparente, no ecletismo nao tinha funcao estrutural e sim decoracao de

fachada, para chamar atencao ao estiloChaminé lateral.

Os exemplares do estilo neo-normando no Rio de Janeiro, influencia do normando europeuou se encontram nos bairros da Urca, Grajau e Tijuca, em geral foram construidospara serem residencias (bangalo romando). O edificio situado na esquina entre a Rua DonaDelfina eAv. Maracanã, esta residência tem características deste estilo :

C

pan-de-bois,

Page 56: Arquitetura Brasileira

Sesc Tijuca

Rua Barão de Mesquita, 539 - TijucaRio de Janeiro/RJ

Mapa de situação

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Denominação:

Localização:

Moderno

Caracterização estilística:

SÉC. XX - inaugurada em 1977

Época da construção:

Bom estado de conservação

Estado de conservação:

Cultura e EsporteUso atual/original:

Instituição sem fins lucrativos -Serviço Social do Comércio

Proprietário:

Não existe

Proteção existente/proposta:

Fonte: http://www.canalteatro.com.br/_img/teatros/19/1_max.jpgacesso: 31/03/2010

Page 57: Arquitetura Brasileira

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Descrição Arquitetônica:

Projeto vencedor, do concurso público nacional parao SESC Tijuca, foi projetado pelos arquitetos

Em estilo moderno brutalista, o SESC Tijuca, utiliza:Materiais aparentes, como os tijolos cerâmicos, vigas e colunas em concreto aparente - hoje

pintados, pedras decorativas e esquadrias metálicas e panos de vidro;" " metálicosgeometrização com modulações 4mx4m, dispostas a 45º em relação à testada do terreno.terraços jardins projeto paisagístico original de Roberto Burle Marx

MarcoAntônio Coelho da Silva, Sérgio Jamel, Maria deLourdes Davies de Freitas e Ângela Tâmega Meneses,que partiu do aproveitamento da casa existente nocentro do terreno, um velho casarão, com umaarquitetura típica do século XIX.

A idéia de preservar o casarão que a partir de 1893abrigara o tradicional Colégio Santos Anjos, tendo sidovendido a uma família inglesa, em 1926 e ao Sesc, em1967 .

Para a permanência da construção foi criado umsistema construtivo contínuo e escalonado ao invés deblocos isolados . Quanto aos materiaispara revestimento, foram adotados os que, na medida do possível, eliminavam o trabalho deconservação, incorporando a si, o envelhecimento. Partindo do casarão, que ficou conhecido daclientela como Casa Rosa, agora transformada em magnífico salão de festas, foram surgindo asoutras construções, dotando a nova unidade de complexo esportivo, núcleo cultural, teatro com300 lugares, restaurante, núcleo de recreação infantil e núcleo de saúde para exames desanidade, higiene infantil e assistência odontológica. Tudo isso emoldurado pelos jardins de BurleMarx.

(imagem 01)

(imagem 02 e 03)

brises solei

Imagem 02: Plantabaixa da implantaçãodo SESC Tijuca

F o n t e : X AV I E R ,A l b e r t o . B R I T O ,Alfredo. NOBRE, AnaLuiza. p. 118

Imagem 03: Cortel o n g i t u d i n a l d aimplantação do SESCTijuca

F o n t e : X AV I E R ,A l b e r t o . B R I T O ,Alfredo. NOBRE, AnaLuiza. p. 118

Imagem 01: Casarão do século XIX.Fonte:www.investarte.com.br/sesc/scripts/historico.aspacesso: 07/04/2010

Page 58: Arquitetura Brasileira

Numa das últimas chácaras do bairro,oomeça a nascer o SESC Tijuca, emárea de 12 mil m²Fonte:www.investarte.com.br/sesc/scripts/historico.aspacesso: 07/04/2010

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Fotos:

Foto : Concluída a construção a integração com oCasarão com as novas construções foram alicerçadaem 9 mil m² de área construídaFonte: Foto do arquivo pessoal da equipeData: 03/04/2010

Foto : Vista aérea do SESC TijucaFonte: XAVIER, Alberto. BRITO, Alfredo. NOBRE, AnaLuiza. p. 118

Foto : Paredesem tijolosaparente,Fonte: Foto doarquivo pessoalda equipeData: 03/04/2010

Foto : Parede emângulo de 45°Fonte: Foto doarquivo pessoalda equipeData: 03/04/2010

Foto : Vistatérrea do SESCTijuca, Brises

solei

Fonte: XAVIER,Alberto. BRITO,Alfredo. NOBRE,Ana Luiza. p. 118

Foto : Fachada PrincipalFonte: arquivo pessoal da equipeData: 03/04/2010

Foto : Fachada PrincipalFonte: XAVIER, Alberto. BRITO, Alfredo.NOBRE, Ana Luiza. p. 118

Foto : Fachada PrincipalFonte: arquivo pessoal da equipeData: 03/04/2010

Ao invés de blocos isolados o projetooptou por um sistema construtivocontínuo e escalonado respeitandoárvores centenárias e palmeiras queenfeitavam o local.Fonte:www.investarte.com.br/sesc/scripts/historico.aspacesso: 07/04/2010

Partindo do velho casarão construídono século XIX, preservado etransformado em salão de festa, novasconstruções foram surgindo paraabrigar os vários setores da unidade,Fonte:www.investarte.com.br/sesc/scripts/historico.aspacesso: 07/04/2010

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Histórico:

O século 20 foi marcado pelo lançamento daambém foi

marcado pelo início da Guerra Fria, onde duas potências mundiais, EUA e URSS, brigam pelasupremacia tecnológica e militar.

No Brasil, à volta dos "pracinhas" da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que haviam lutado naItália contra o regime nazi-facismo, foram aclamados pela população.

Com a nova Constituição de 1946, o país ingressa numa agitada fase de redemocratização elegalidade, repensando suas instituições, ainda digerindo sua breve, mas educativa participação naII Guerra Mundial, às voltas com a tarefa de construir um novo modelo econômico e social.

Com o advento da industrialização, o processo migratório em direção aos grandes centrosurbanos aumentou. Diante da falta de infra-estrutura no saneamento, transportes, educação esaúde, a classe empresarial tomou a iniciativa, em uma reunião em Teresópolis da I Conclap(Conferência Nacional das Classes Produtoras), no ano de 1945, com o intuito de gerar novasmedidas e compromissos sociais para o país. Então, surgia a idéia da criação do Serviço Social doComércio.

Com a Conferência das Classes Produtoras e o lançamento da Carta da Paz, os empresárioschegaram a conclusão de que a melhor maneira de conciliar o crescimento econômico com a justiçasocial era criar um organismo mantido com a contribuição patronal e dedicado especificamente aoserviço social em benefício do trabalhador. Foi através dessas reivindicações que nasceu o SESC,criado através de um Decreto-Lei Nº 9.853 e assinado pelo presidente da república Eurico GasparDutra, no dia 13 de setembro de 1946.

O primeiro Sesc criado no Brasil foi no Distrito federal, em 03 de outubro de 1946.Em 1960 o Núcleo da Tijuca é inaugurado. E, em 1966, para atender ao núcleo da Tijuca foi

adquirido um amplo terreno com 14.000 metros quadrados, situado na rua Barão de Mesquita, nº539.

A partir de 1974, o Sesc criou n lazer passou a ser prioridade e evoluiriaatravés dos anos 80. As atividades do programa "Habitação" foram extintas por volta de 1973, o quenão ocorreu com as de nutrição (com os restaurantes para comerciários), educação e saúde(principalmente no setor odontológico).

Época de destaque para o esporte e lazer e também para a educação. Lugares onde não haviabiblioteca e nem sequer uma livraria se alvoroçavam. O Sesc havia adotado um sistemarevolucionário para o Brasil: a Biblioteca Circulante. Constituída por caixas de livros que, numsistema de rodízio, se deslocavam para postos situados em lojas, sindicatos, associações e escolas,o Sesc também sistematizou a implantação de bibliotecas nas capitais e no interior, proporcionando apopulação o acesso à leitura.

Em 1977 o Sesc passa a desenvolver um trabalho específico com a Terceira Idade. São pessoascom idade superior a 60 anos que vivem, na sua maioria, sozinhas.

Em 31 de março de 1977,nserido em terreno bastante acidentado de 12 mil m², coberto por vegetação, sendo

algumas árvores centenárias, e com uma imponente residência do início do século XIX.

bomba nuclear em Hiroshima e em Nagasaki, emagosto de 1945, pelos Estados Unidos, após o ataque a Pearl Harbour pelos japoneses. T

ovas iniciativas, e o

depois de um concorrido concurso entre arquitetos, foi inaugurado oSESC Tijuca. I

Em meio ao caos do trânsito, que castigava os moradores da Tijuca e adjacências, em razão dasobras do metrô – que na Praça Saens Peña só seria inaugurado em 1982 – surgia imponente a maiore mais moderna unidade do SESC no Rio. Pela sua grandiosidade, logo passaria a ser chamado deTijucão. A casa estava pronta, restava habitá-la e dar-lhe alma. Isso ficaria por conta dos usuários edos funcionários que ali trabalhariam.

A nova unidade chegava como um presente a uma comunidade que na época se encontravacarente de boas notícias e realizações. Os antigos cinemas, que durante quatro décadas fizeram aalegria dos moradores da Grande Tijuca, já começavam a desaparecer. Teatros não existiam (excetoalgumas salas improvisadas em clubes ou instituições). Logo o teatro, que nos anos 70 representavaa vanguarda da cultura, com o surgimento de diversos grupos.

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Pós‐ Graduação em Gestão e Restauro Arquitetônico Prof.ª: William S. M. Bittar. ....História da Arquitetura Brasileira 

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