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7/18/2019 arquivo http://slidepdf.com/reader/full/arquivo-56d62394e2e09 1/167 Pr Vicente Paula Leite , s ; , . • > tEBaBBSÊBm ÊEMTRO EDUCÂGIIONIÂL TE®1L@©D© SSiDAS ASSEMBLÉIAS DÊ DEUSjá  NO BRASIL

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Pr Vicente Paula Leite

, s ; , . • >tEBaBBSÊBm 

ÊEMTRO EDUCÂGIIONIÂL TE®1L@©D© 

SS iD A S ASSEMBLÉIAS DÊ DEU Sjá  NO BRASIL

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Curso Avançadoem Teologia

CETADEB - Centro Educacional Teológico das

Assembléias de Deus no BrasilRua Antônio José de Oliveira, 1180

Bairro São Carlos - Cx. Postal 241

86800-490 - Apucarana - PRFone/Fax: (43) 3426-0003

Celular: (43) 9960-8886

E-mail: [email protected]  

Site: www.cetadeb.com.br

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CETADEB Metodologia do Trabalho cientifico

METODOLOGIA DO TRABALHO 

CIENTÍFICO

Pr Vicente Paula Leite 

Copyright © 2010 by Vicente Paula Leite

Capa e Designer: Márcio Rochinski

Diagramação: Hércules Carvalho Denobi

Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os

direitos reservados a Denobi e Acioli Empreendimentos

Educacionais.

O conteúdo dessa obra é de inteira responsabilidade do autor.

Todas as citações foram extraídas da versão Almeida Revista e

Atualizada da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação

entre parêntesis ao lado do texto indicando outra fonte.

IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Gráfica Lex Ltda

1^ Edição -Set/2010

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CETADEB Me todolog ia do Trabalho Científico

DIRETORIAS E CONSELHOS

Diretor Pr Hércules Carvalho Denobi

Vice-Diretora Eliane Pagani Acioli Denobi

Conselho Consult ivo 

Pr Daniel Sales Acioli - Apucarana-PRPr Perci Fontoura - Umuarama-PRPr José Polini - Ponta Grossa-PR

Coordenação Teológica Pr Genildo Simplício - São Paulo-SP

Dc Márcio de Souza Jardim - Guaíra-PR

Assessoria Jurídica Dr Mauro José Araújo dos Santos - Apucarana-PR

Dr Carlos Eduardo Neres Lourenço - Curitiba-PR

Dr Altenar Aparecido Alves - Umuarama-PRDr Wilson Roberto Penharbel - Apucarana-PR

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CETADEB Me todologia do Trabalho Científico

Aut ores dos Materiais Didát icos Pr José PoliniPr Ciro Sanches Zibordi

Pr João Antônio de Souza Filho

Pr Genildo Simplício

Pr Jamiel de Oliveira Lopes

Pr Vicente Paula LeitePr Marcos Antonio Fornasieri

Pr Sérgio Aparecido Guimarães

Pr José Lima de JesusPr José Mathias Acácio

Pr Reinaldo PinheiroPr Edson Alves Agostinho

Rubeneide O. Lima Fernandes

Zilma J. Lima Lopes

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CETADEB Metodolog ia do Trabalho Científico

NOSSO CREDO

£ 3 Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: O

Pai, Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

G3 Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de

fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17).

í f i Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e

expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos esua ascensão vitoriosa aos céus (!s 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

d Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de

Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra

expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo aDeus (Rm 3.23 e At 3.19).

EH Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo

e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus,para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).

D3 No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e naeterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus

pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor(At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).

£ 3 No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro umasó vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12).

íHl Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida

santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no

Calvário, através do poder regenerador, inspirador e

santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver comofiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e lPe 1.15).

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CETADEB Me todolog ia do Trabalho Científico

0 3 No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus

mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial defalar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4;

10.44-46; 19.1-7).

£ 0 Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo EspíritoSanto à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana

vontade (ICo 12.1-12).

EQl Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fasesdistintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua

Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda -

visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobreo mundo durante mil anos (lTs 4.16. 17; ICo 15.51-54; Ap

20.4; Zc 14.5; Jd 14).

CO Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo,

para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de

Cristo na terra (2Co 5.10).

CQl No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará osinfiéis (Ap 20.11-15).

CQ E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza

e tormento para os infiéis (Mt 25.46).

Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil - CGADB

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ABREVIAÇÕES

a.C.-antes de Cristo.ARA - Almeida Revista e AtualizadaARC-Almeida Revista e CorrigidaAT - Antigo TestamentoBV - Bíblia VivaBLH - Bíblia na Linguagem de Hojec.-Cerca de, aproximadamente,cap. - capítulo; caps. - capítulos,cf. - confere, compare.d.C. - depois de Cristo.e.g. - por exemplo.Fig. - Figurado.fig. - figurado; figuradamente.gr. - gregohb. - hebraicoi.e. - isto é.

IBB-Imprensa Bíblica BrasileiraKm - Símbolo de quilometrolit. - literal, literalmente.LXX - Septuaginta (versão grega do AT)m - Símbolo de metro.MSS - manuscritosNT - Novo TestamentoNVI - Nova Versão Internacional

p-página.ref. - referência; refs. - referênciasss. - e os seguintes (isto é, os versículos consecutivos de um capítulo até oseu final. Por exemplo: lPe 2.1ss, significa lPe 2.1-25).séc. - século (s).v-versículo;vv-versículos.ver - veja

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SUMÁRIO

Lição I - D ir et r iz es  Pa r a   Le it u r a .......................................................... 11

A t iv id a d es  - Li ç ã o  1........................................................................42

Lição II - Diretrizes Pa ra Elaboraçã o de Fichamentos....................45

A t iv id a d es - L   iç ã o   II ....................................................................72

Lição III - Diretrizes Para Elaboração de M o n o gr af ias ................ 73

A t i v i d a d e s - L i ç ã o   III ...............................................................102

Lição IV- Referências de Documentos Diversos ......................... 103A t i v i d a d e s  - Lição IV ................................................................131

Lição V - Ref er ên c i a s   d e  Do c u m e n t o s   D iv er s o s

(C o n t i n u a ç ã o ) .................................................................. 133

A t iv id a d es  - L i ç ã o  V .................................................................162

Refer ên c ias  Bib l io g r á f ic a s ........................................................164

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CETADEB Metodolog ia do Trabalho Científico

Lição I

L v ]£ = ic a

a

P — i

Ca

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Anotações:

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CETADEB Metodologia doTrabalho Científico

DIRETRIZES PARA LEITURA

I) INTRODUÇÃO

Podemos definir um trabalho científico como a

apresentação (oral ou escrita) de uma observação científica, ou

ainda, a apresentação de uma ideia ou conjunto de ideias, a

respeito de uma observação científica. A observação pode ser

relativamente simples ou pode ser complexa, mas, deve sempre ser

relatada de forma clara, organizada e concisa, para facilitar a sua

compreensão.

As diversas modalidades de comunicação científica

podem ser divididas em comunicação oral e comunicação escrita.

As principais formas de comunicação científica oral são:

1  Aulas 

1 Palestras 1 Seminários 

i Conferências

Painel  

1 Simpósios

1 Temas Livres 

1 Mesa Redonda ou

As principais formas de comunicação científica escritasao:

1 Relatório 1 Resumos 

1 Pôster em Congresso

1 Monografia ou Tese1  Artigos (Jornais ou 

Revistas)

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II) O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E OUTROS TIPOS DE 

CONHECIMENTO

O conhecimento, sinteticamente, só pode ser visto

como uma só espécie, entretanto, costuma-se diferenciá-lo em:

conhecimento científico, conhecimento teológico, conhecimento

vulgar e conhecimento filosófico.

O conhecimento científico procura alcançar a verdade

dos fatos (objetos) e depende da escala de valores e das crenças dos

cientistas; ele resulta de pesquisas metódicas e sistemáticas da"realidade". E por meio da classificação, da comparação, da

aplicação de métodos, da análise e síntese, o pesquisador extrai do

contexto social, ou do universo, princípios e leis que estruturam um

conhecimento rigorosamente válido e universal.

Em outras palavras, visa explicar "por que" e "como"

ocorrem os fatos. Suas hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade

conhecida por meio da experimentação. Por exemplo: Naagricultura, agrônomos fazem uso de sementes selecionadas, de

adubos químicos, de defensivos contra as pragas e tenta-se, até, o

controle biológico dos insetos daninhos.

O conhecimento teológico está intimamente ligado à fé

e à crença divina. Ele parte do princípio de que as "verdades"

tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em

"revelações" de Deus (divindade sobrenatural). A adesão daspessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática é

interpretada como decorrente do ato de um criador divino, cujas

evidências não são postas em dúvida nem sequer verificáveis.

Exemplo: "No princípio criou Deus os céus e a terra"   (Gn 1.1).

O conhecimento vulgar ou popular (senso - comum) é

o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se

adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos;

experiências vivenciadas ou transmitidas de pessoas para pessoas,

fazendo parte das antigas tradições.

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CETADEB Me todologia do Trabalho Científico

Este tipo de conhecimento é superficial (conforma-se

apenas com a aparência), é sensitivo (referente às vivências), é

subjetivo (é o próprio sujeito que organiza suas experiências e

conhecimentos), é assistemático (as ideias não são sistematizadas) e

é acrítico (raramente o conhecimento é avaliado de forma crítica).

Por exemplo: Um camponês iletrado que sabe o

momento certo da semeadura, a época da colheita e todas as

providências a serem tomadas no plantio, ou também, alguém que

corta o cabelo na lua crescente por crer que eles crescem mais

rápido do que quando cortado em outras luas.

O conhecimento filosófico conduz a uma reflexãocrítica sobre os fenômenos e possibilita informações coerentes. É

caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os

problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado

unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana. O objeto

da análise da filosofia são as ideias, "nela prevalece o processo

dedutivo, que antecede a experiência, e não exige confirmação

experimental, mas somente coerência lógica". (RUIZ, 1979, p. 110).Por exemplo: "Penso, logo existo" (René Descartes).

Portanto, o estudante de teologia, em seus trabalhos

científicos, fará uso, principalmente, dos conhecimentos científicos

e teológicos.

2.1) A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Apesar de todo o avanço tecnológico observado na

área de comunicações, principalmente audiovisual, nos últimos

tempos, ainda é, fundamentalmente, através da leitura que se

realiza o processo de transmissão/aquisição da cultura. Daí a

importância capital que se atribui ao ato de ler, enquanto

habilidade indispensável, nos cursos de graduação.

Entre os professores universitários é generalizada a

queixa de que os alunos não sabem ler. O que pode parecer um

exagero tem sua explicação.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

Os alunos, de modo geral, confundem leitura com a

simples decodificação de sinais gráficos, isto é, não estão

habituados a encarar a leitura como o processo mais abrangente,

que envolve o leitor com o autor, não se empenham em prestar

atenção, em entender e analisar o que lêem.

Tal afirmativa comprova-se com um exemplo simples:

Quando o professor numa prova pergunta aos alunos quais as

influências das ideias de um autor sobre o comportamento de

alguém num dado momento, o que se espera, obviamente, é a

enumeração destas influências, porém, muitas vezes, a resposta do

aluno aponta a que se referem essas influências e não quais são.

Ora, por mais correta que seja a resposta, não responde ao que foisolicitado.

Aprender a ler não é uma tarefa tão simples, pois exige

uma postura crítica, sistemática, uma disciplina intelectual por parte

do leitor, e esses requisitos básicos podem ser adquiridos através da

prática.

Os livros, de modo geral, expressam a forma pela qual

seus autores vêem o mundo; para entendê-los é indispensável nãosó penetrar em seu conteúdo básico, mas também ter sensibilidade,

espírito de busca, para identificar, em cada texto lido, vários níveis

de significação e interpretações das ideias expostas por seus

autores.

Já se tornou comum, quando se trata de leitura, a

citação de Paulo Freire: "a leitura do mundo precede a leitura da

palavra...". O que ele quer dizer com isso é que, primeiroconhecemos o mundo e depois, as palavras. Contudo, para

continuarmos a ler o mundo é preciso conhecer e ler a palavra.

De alguma maneira, podemos ir mais longe e dizer que

a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo,

mas por certa forma de "escrevê-lo" ou de "reescrevê-lo", quer

dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente.

O processo de ler implica vencer as etapas da

decodificação, da percepção, para se chegar à interpretação e,

posteriormente, à aplicação. A decodificação é uma necessidade

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

óbvia, tarefa que qualquer pessoa alfabetizada pode empreender;

pois consiste apenas na "tradução" dos sinais gráficos em palavras.

A compreensão diz respeito à percepção do assunto, ao

significado do que foi lido e a interpretação baseia-se nacontinuidade da "leitura do mundo", isto é, na apreensão e

interpretação das ideias, nas relações entre o texto e o contexto.

Vencidas as etapas anteriores, o leitor pode passar à aplicação do

conteúdo da leitura, de acordo com os objetivos propostos.

Para penetrar no conteúdo, apreender as ideias

expostas e a intencionalidade subjacente ao texto, é fundamental

que o leitor estabeleça um "diálogo" com o autor, que setransforme, de certa forma, em co-autor, a fim de reelaborar o

texto, ou seja, "reescrever o mundo", como sugere Paulo Freire.

2.2) TIPOS DE LEITURA

Quanto aos tipos ou natureza da leitura, vale lembrar

aqui que existem, além da leitura verbal, outros tipos de leitura que

são utilizados habitualmente, em diversas situações. Quando

alguém pára num sinal de trânsito, por exemplo, está executando

uma ordem recebida através de leitura de um símbolo, que pode

indicar tanto a necessidade de parar, como a mão de direção, aproibição de estacionar etc.

Esta leitura, por intermédio de imagens ou símbolos,

recebe o nome de icônica, palavra derivada de ícone - que vem do

grego, com o significado de "imagem". Mas nem só os sinais de

trânsito são passíveis de uma "leitura icônica". Hoje, imagens que

constituem uma linguagem universal, são referências obrigatórias

nos aeroportos, grandes estradas, shopping centers e áreas deturismo e lazer.

Pode-se também estabelecer um tipo de comunicação

sonora, utilizando-se os sons de apitos, assobios, buzinas etc. Notrânsito, há um tipo de sinalização por meio de apitos; motoristas

de caminhão também costumam usar o som da buzina como um

código de comunicação nas estradas.

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Todos esses códigos de comunicação, apesar da sua

universidade, são circunscritos a situações específicas; já o código

verbal, que abrange um número muito maior de situações, é o mais

utilizado no processo ensino/aprendizagem.

2.3) F i n a l i d a d e D e  l e i t u r a

As finalidades de leitura mantêm estreita correlação

com as suas diversas modalidades. Nem sempre se utiliza a leitura

com o objetivo específico de adquirir conhecimentos. A leitura pode

ser casual, espontânea, quase reflexa, como no caso dos anúncios,

cartazes, outdoors. Pode-se buscar simplesmente o lazer ou oentretenimento, por intermédio da leitura de livros e revistas.

A leitura pode ter como finalidade a informação sobre

fatos ou notícias, com ou sem o objetivo da aquisição de

conhecimentos. Faz-se, neste caso, a distinção entre leitura

informativa, mais ligada à cultura geral e a formativa, relacionada

com a aquisição ou ampliação de conhecimentos. Outra finalidade,

não menos importante, é a distração, o entretenimento.

2.4) M o d a l i d a d e s  D e  Leit u r a

A leitura pode ser oral ou silenciosa, técnica e de

informação, de estudo, de higiene mental e prazer.

Nos antigos cursos primários, que correspondem à

primeira etapa do primeiro grau atualmente, a leitura oral era

sempre precedida da leitura silenciosa. Levando-se em conta que

esta última é a modalidade mais utilizada no mundo moderno,

 justifica-se que deva ser treinada, desde os primeiros anos

escolares.

Contudo, não se pode banir a leitura oral, que além de

útil, é uma habilidade que, como tal, não dispensa o exercício, a

prática. Tanto quanto é aborrecida uma leitura oral malfeita, é

agradável a leitura feita com arte.

A leitura técnica de relatórios ou obras de cunho

científico implica, muitas vezes, a habilidade de ler e interpretar

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

tabelas e gráficos; a de informação, como já foi referido, acha-se

ligada às finalidades da cultura geral. A leitura de higiene mental ou

prazer tem por objetivo o lazer. A de estudo, que interessa mais de

perto aos objetivos deste livro, visa à aquisição e ampliação de

conhecimentos.

Não se pode empregar a mesma técnica e a mesma

velocidade para todas as modalidades de leitura. Não se lê um

romance como um livro científico, um livro de álgebra como um

manual de literatura.

Quanto à velocidade da leitura, convém notar que este

é um fator relativo, que depende não só da sua modalidade oufinalidade, mas também do treinamento e até do temperamento do

leitor.

As técnicas da chamada leitura dinâmica, que

estiveram tão em moda há algum tempo, não se prestam para a

leitura cuja finalidade é o estudo. Podem, contudo, ser aplicadas na

leitura de contato ou leitura prévia.

2.5) Fa s e s  d a   l e i t u r a   i n f o r m a t i v a

A leitura de estudo é classificada por alguns autores,

como leitura informativa, cuja finalidade é a coleta de dados ou

informações que serão utilizados na elaboração de um trabalho

científico ou para responder a questões específicas. A leitura pode

ter finalidade formativa, ligada à cultura geral, às notícias e

informações genéricas; de distração ou lazer e informativa, sendoesta última à modalidade que prioriza a aquisição e ampliação de

conhecimentos.

Observa-se, portanto, uma discrepância entre os

termos aqui adotados, segundo os quais a leitura informativa tem

por objetivo a informação, em sentido genérico, e a leitura de

estudo ou formativa, visa, especificamente, à formação de uma

bagagem cultural, através da aquisição e ampliação deconhecimentos.

É consenso entre autores da área de metodologia que

as fases da leitura informativa ou de estudo devam ser as seguintes:

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CETADEB Metodolog ia do Trabalho Científico

A)  LEITURA DE RECONHECIMENTO OU PRÉ-LEITURA

A fase da pré-leitura - permitirá ao estudante uma

visão global do assunto a ser tratado, além de permitir-lhe

selecionar documentos que apresentam dados ou informaçõesimportantes que poderão ser aproveitadas na fundamentação

teórica de seu trabalho.

A pré-leitura ou leitura de reconhecimento pode ser

feita, no caso de livros, através de um exame prévio da folha de

rosto, dos índices, da bibliografia, do prefácio, da introdução e

conclusão.

Artigos científicos exigem uma leitura integral para que

haja compreensão do assunto.

B)  EXPLORATÓRIA OU PRÉ-LEITURA

É a leitura de sondagem, tendo em vista localizar as

informações, uma vez que já se tem conhecimento de sua

existência. Parte-se do princípio de que um capítulo ou tópico tratade assunto que nos interessa, mas pode omitir o aspecto

relacionado diretamente com o problema que nos preocupa.

Examinam-se a página de rosto, a introdução, o prefácio, as

"orelhas" e a contracapa, a bibliografia e as notas de rodapé.

C)  LEITURA CRÍTICA EREFLEXIVA

a) REFLEXIVA - mais profunda do que as anteriores, refere-se aoreconhecimento e à avaliação das informações, das intenções

e dos propósitos do autor, procede-se à identificação das

frases-chaves para se saber o que o autor afirma e porque o

faz.

b) CRÍTICA - avalia as informações do autor. Implica saber

escolher e diferenciar as ideias principais das secundáriashierarquizando-as pela ordem de importância. O propósito é

obter de um lado uma visão sincrética e global do texto, de

outro, descobrir as intenções do autor.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

No primeiro momento da fase crítica deve-

se entender o que o autor quis transmitir e, para tal, a análisee o julgamento das ideias dele devem ser feitas em função de

seus próprios propósitos, e não dos do pesquisador; é nosegundo momento que devemos com base na compreensão

do que e do porquê de suas proposições, retificar ou ratificar

nossos próprios argumentos ou conclusões.

D)  LEITURA INTERPRETATIVA

A leitura interpretativa relaciona as informações do

autor com os problemas para os quais, através da leitura de textos,está se buscando uma solução.

Se, de um lado o estudo aprofundado das ideias

principais de uma obra é realizado em função dos propósitos que

nortearam seu autor, de outro, o aproveitamento integral ou parcial

de tais proposições está subordinado aos propósitos de quem

estuda ou pesquisa: trata-se de uma associação de ideias,

transferência do que é pertinente e útil, o que contribui pararesolver os problemas propostos por quem efetua a leitura.

Assim é pertinente e útil, tudo aquilo que tem a função

de provar, retificar ou negar, definir, delimitar, e dividir conceitos,

 justificar ou desqualificar e auxiliar a interpretação de proposições,questões, métodos, técnicas, resultados ou conclusões.

E)  LEITURA SELETIVALeitura seletiva é a que visa à seleção das informações

mais importantes relacionadas com o problema em questão.

A determinação prévia dos distintos propósitosespecíficos é importante para essa fase, que se constitui no último

passo na localização do material para exame e o primeiro de uma

leitura mais séria e de aprofundamento maior.A seleção consiste na eliminação do supérfluo e na

concentração em informações verdadeiramente pertinentes ao

nosso problema.

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CETADEB Me todologia do Trabalho Científico

F) A LEITURA COM MÉTODO DE ESTUDO 

A leitura com método de estudo envolve múltiplas

habilidades que envolvem, além da decodificação de palavras, ainterpretação e a compreensão do texto.

O bom leitor se constrói através da superação de

dificuldades e deficiências que muitas vezes remontam aos

primeiros anos de escolarização.

Salomon (1977, p. 45-48) descreve características do

bom e do mau leitor, a partir de hábitos adquiridos, que podem ser

assim esquematizadas:

a) Algumas técnicas de leitura poderão servir para um bom

aproveitamento nos estudos. A primeira delas é a sublinha -

que consiste em destacar as ideias principais e as palavras-

chave.

b) Aconselha-se não sublinhar logo na primeira leitura, a não ser

que se tenha conhecimento prévio do assunto. Deve-se ter ocuidado de sublinhar apenas o que é importante. É bom

destacar que as ideias secundárias servem de complemento àideia principal, ilustrando-a, completando-a, explicando-a. Se

bem utilizada, essa técnica facilitará a releitura do texto com

economia de tempo.

c) Para melhor fixação da leitura o aluno deve elaborar, a partir

das palavras-chave, um esquema que é um esboço ou

radiografia do texto lido. O esquema é um tipo de trabalho

que antecede a elaboração de resumos. Na elaboração do

esquema usam-se linhas, setas, colchetes, chaves e outrossímbolos; pode ser construído tanto na linha vertical quanto

na horizontal, conforme preferência do autor.

d) As leituras realizadas pelo aluno devem ser documentadas emforma de "anotações" que se forem bem feitas, serão

excelente recurso para o aluno nos processos de leitura epesquisa. Uma sugestão é usar a técnica de fichamento.

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Fichar é fazer anotações em fichas - de papel (encontradas

em papelarias, nos mais diversos tamanhos) ou virtuais que

poderão ser digitadas e arquivadas em pastas específicas.

Segundo Andrade (2003, p. 61), a vantagem de seutilizar o fichamento para a documentação dos dados está na

possibilidade de obter-se a informação exata na hora necessária.

Além disso, pela facilidade do manuseio, remoção, renovação ou

acréscimo de informações, o uso de fichas é indispensável na tarefa

de documentação bibliográfica.

III) ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOSCada vez torna-se mais usada a interpretação de textos

em testes importantes, como vestibular, concursos públicos eprovas de proficiência1. Eles costumam ser o "bicho-papão" que

apavora os alunos, mas não deveria ser assim, já que provavelmente

são a única parte do teste que já traz suas próprias respostas,bastando que o aluno as encontre.

3.1) D e l i m i t a ç ã o  d a  u n i d a d e   d e   l e i t u r a

A primeira medida a ser tomada pelo leitor é oestabelecimento de uma unidade de leitura. Unidade é um setor do

texto que, forma uma totalidade de sentido. Assim, pode-se

considerar capítulo, uma seção ou qualquer outra subdivisão. Toma-

se uma parte que forme certa unidade de sentido para que se possatrabalhar sobre ela.

Dessa maneira, determinam-se os limites do interior

dos quais se processará a disciplina do trabalho de leitura e estudoem busca da compreensão da mensagem.

De acordo com esta orientação, a leitura de um texto,

quando feita para fins de estudo, deve ser feita por etapas, ou seja,apenas terminada a análise de uma unidade é que se passará à

1Capacidade; Habilidade.

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seguinte. Terminado o processo, o leitor se verá em condições de

refazer o raciocínio global do livro, reduzindo a uma forma sintética.

A extensão da unidade será determinada

proporcionalmente à acessibilidade do texto, a ser definida por suanatureza, assim como pela familiaridade do leitor com o assunto

tratado. O estudo da unidade deve ser feito de maneira contínua,

evitando-se intervalos de tempo muito grandes entre as várias

etapas da análise.

3.2) A A n á l i s e T e x t u a l

A análise textual:   primeira abordagem do texto com

vistas à preparação da leitura.

Determinada a unidade de leitura, o estudante-leitor

deve proceder a uma série de atividades ainda preparatórias para a

análise aprofundada do texto.

Procede-se inicialmente a uma leitura seguida e

completa da unidade do texto em estudo. Trata-se de uma leitura

atenta, mas ainda corrida, sem buscar esgotar toda a compreensão

do texto.

A finalidade da primeira leitura é uma tomada de

contato com toda a unidade, buscando-se uma visão panorâmica,uma visão de conjunto do raciocínio do autor. Além disso, o contato

geral permite ao leitor sentir o estilo e método do texto.Durante o primeiro contato deverá ainda o leitor fazer

o levantamento de todos aqueles elementos básicos para a devida

compreensão do texto. Isso quer dizer que é preciso assinalar todosos pontos passíveis de dúvida e que exijam esclarecimentos que

condicionam a compreensão da mensagem do autor.

O primeiro esclarecimento a ser buscado são os dados

a respeito do autor do texto. Uma pesquisa atenta sobre a vida, a

obra e o pensamento do autor da unidade fornecerá elementos

úteis para uma elucidação das ideias expostas na unidade.

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Observe-se, porém, que esses esclarecimentos devemser assumidos com certa reserva, a fim de que as interpretações dos

comentadores não venham prejudicar a compreensão objetiva das

ideias expostas na unidade estudada.

Deve-se assinalar, a seguir, o vocabulário: trata-se defazer um levantamento dos conceitos e dos termos que sejam

fundamentais para a compreensão do texto ou que sejam

desconhecidos do leitor.

Em toda unidade de leitura há sempre alguns conceitos

básicos que dão sentido à mensagem e, muitas vezes, seusignificado não é muito claro ao leitor numa primeira abordagem. É

preciso eliminar todas as ambigüidades desses conceitos para que

se possa entender univocamente o que se está lendo.

Por outro lado, o texto pode fazer referências a fatos

históricos, a outros autores e especialmente a outras doutrinas, cujo

sentido no texto é pressuposto pelo autor, mas nem sempre

conhecido do leitor.

Todos esses elementos devem ser, durante a primeiraabordagem, transcritos para uma folha à parte. Percorrida a

unidade e levantados todos os elementos carentes de maiores

esclarecimentos, interrompe-se a leitura do texto e procede-se a

uma pesquisa prévia no sentido de se buscar esses informes.

Esses esclarecimentos são encontrados em dicionários,textos de história, manuais didáticos ou monografias especializadas,

enfim, em obras de referência das várias especialidades. Pode-se

também recorrer a outros estudiosos e especialistas da área.

3.3) A A n á l i s e T e m á t i c a

De posse dos instrumentos de expressão usados pelo

autor, do sentido unívoco de todos os conceitos e conhecedor detodas as referências e alusões utilizadas por ele, o leitor passará,

numa segunda abordagem, à etapa da compreensão da mensagem

global veiculada na unidade.

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A análise temática procura ouvir o autor, apreender,

sem intervir nele, o conteúdo de sua mensagem. Praticamente,trata-se de fazer ao texto uma série de perguntas cujas respostas

fornecem o conteúdo da mensagem.

Em primeiro lugar busca-se saber do que fala o texto. A

resposta a esta questão revela o tema ou assunto da unidade.Embora aparentemente simples de ser resolvida, essa questão ilude

muitas vezes. Nem sempre o título da unidade dá uma ideia fiel do

tema.

Às vezes apenas o insinua por associação ou analogia;

outras vezes não tem nada que ver com o tema. Em geral, o tematem determinada estrutura: o autor está falando não de um objeto,

de um fato determinado, mas de relações variadas entre vários

elementos; além dessa possível estruturação, é preciso captar a

perspectiva de abordagem do autor. Tal perspectiva define o âmbito

dentro do qual o tema é tratado, restringindo-o a limites

determinados.

Avançando um pouco mais na tentativa da apreensãoda mensagem do autor, capta-se a problematização do tema,

porque não se pode falar coisa alguma a respeito de um tema se elenão se apresentar como um problema para aquele que discorre

sobre ele. A apreensão da problemática, que por assim dizer

"provocou" o autor, é condição básica para se entenderdevidamente um texto, sobretudo em se tratando de textos

filosóficos.Pergunta-se, pois, ao texto em estudo: como o assunto

está problematizado? Qual dificuldade deve ser resolvida? Qual o

problema a ser solucionado? A formulação do problema nem

sempre é clara e precisa no texto, em geral é implícita, cabendo ao

leitor explicitá-la.

Captada a problemática, a terceira questão surge

espontaneamente: o que o autor fala sobre o tema, ou seja, comoresponde à dificuldade, ao problema levantado? Que posição

assume, que ideia defende, o que quer demonstrar? A resposta a

esta questão revela a ideia central, proposição fundamental ou tese:

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trata-se sempre da ideia mestra, da ideia principal defendida pelo

autor naquela unidade.

Em geral, nos textos logicamente estruturados, cada

unidade tem sempre uma única ideia central, todas as demais ideias

estão vinculadas a ela ou são apenas paralelas ou complementares.

Daí a percepção de que ela representa o núcleo essencial da

mensagem do autor e a sua apreensão torna o texto inteligível.

Normalmente, a tese deveria ter formulação expressa na introduçãoda unidade, mas isto não ocorre sempre, estando, às vezes, difusano corpo da unidade.

Na explicitação da tese sempre deve ser usada umaproposição, uma oração, um juízo completo e nunca apenas uma

expressão, como ocorre no caso do tema.

A ideia central pode ser considerada inicialmente como

uma hipótese geral da unidade, pois que é justamente essa ideia

que cabe à unidade demonstrar mediante o raciocínio. Por isso, a

quarta questão a se responder é: como o autor demonstra sua tese,como comprova sua posição básica? Qual foi o seu raciocínio, a sua

argumentação?

É por meio do raciocínio que o autor expõe, passo a

passo, seu pensamento e transmite sua mensagem. O raciocínio a

argumentação, é o conjunto de ideias e proposições logicamente

encadeadas, mediante as quais o autor demonstra sua posição ou

tese. Estabelecer raciocínio de uma unidade de leitura é o mesmo

que reconstituir o processo lógico, segundo o qual o texto deve ter

sido estruturado. Com efeito, o raciocínio é a estrutura lógica dotexto.

A esta altura, o que o autor quis dizer de essencial já foiapreendido. Ocorre, contudo, que os autores geralmente tocam em

outros temas paralelos ao tema central, assumindo outras posiçõessecundárias no decorrer da unidade. Essas ideias são como que

intercaladas e não são indispensáveis ao raciocínio, tanto que

poderiam ser até eliminadas sem truncar a seqüência lógica do

texto. Associadas às ideias secundárias, de conteúdo próprio e

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independente, complementam o pensamento do autor: são

subtemas e subteses.

Para levantar tais ideias, basta ler o texto perguntando

se a unidade ainda é questão de outros assuntos.

Note-se que é esta análise temática que serve de base

para o resumo ou síntese de um texto. Quando se pede o resumo

de um texto, o que se tem em vista é a síntese das ideias do

raciocínio e não a mera redução dos parágrafos. Daí poder o resumo

ser escrito com outras palavras, desde que as ideias sejam as

mesmas do texto.

É também esta análise que fornece as condições para

se construir tecnicamente um roteiro de leitura como, por exemplo,

o resumo orientador para seminários e estudo dirigido.

Finalmente, é com base na análise temática que se

pode construir o organograma lógico de uma unidade: a

representação geometrizada de um raciocínio.

3.4) A A n á l i s e   in t e r p r et a t i v a

A análise interpretativa é a terceira abordagem do

texto com vistas à sua interpretação, mediante a situação das ideias

do autor.

A partir da compreensão objetiva da mensagem

comunicada pelo texto, o que se tem em vista é a síntese das ideias

do raciocínio e a compreensão profunda do texto. Interpretar, em

sentido restrito é tomar uma posição própria a respeito das ideias

enunciadas, é superar a estrita mensagem do texto, é ler nas

entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é explorar toda a

fecundidade das ideias expostas, é cotejá-las com outras, enfim, édialogar com o autor.

Bem se vê que esta última etapa da leitura analítica é a

mais difícil e delicada, uma vez que os riscos de interferência da

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subjetividade do leitor são maiores, além de pressupor outros

instrumentos culturais e formação específica.

A primeira etapa de interpretação consiste em situar o

pensamento desenvolvido na unidade na esfera mais ampla dopensamento geral do autor, e em verificar como as ideias expostasna unidade se relacionam com as posições gerais do pensamento

teórico do autor, tal como é conhecido por outras fontes.

A seguir, o pensamento apresentado na unidade

permite situar o autor no contexto mais amplo da cultura filosóficaem geral, situá-lo por suas posições aí assumidas, nas várias

orientações filosóficas existentes, mostrando-se o sentido de suaprópria perspectiva e destacando-se tanto os pontos comuns comoos originais.

Nas duas primeiras etapas, busca-se ao mesmo tempo

o relacionamento lógico-estático das ideias do autor no conjunto da

cultura daquela área, assim como o relacionamento lógico-dinâmico

de suas ideias com as posições de outros autores queeventualmente o influenciou, ou que foram por ele influenciados.

Em ambos os casos, tratam-se de uma abordagem genérica.

Depois disso, já de um ponto de vista estrutural, busca-se uma compreensão interpretativa do pensamento exposto e

explicitam-se os pressupostos que o texto implica. Tais pressupostos

são ideias nem sempre claramente expressas no texto, são

princípios que justificam, muitas vezes, a posição assumida pelo

autor, tornando-a mais coerente dentro de uma estrutura rigorosa.

Em outro momento, estabelece-se uma aproximação euma associação das ideias expostas no texto com outras ideias

semelhantes que eventualmente tenham recebido outra

abordagem, independentemente de qualquer tipo de influência.

Faz-se uma comparação com ideias temáticas afins, sugeridas pelosvários enfoques e colocações do autor. Uma leitura é tanto mais

fecunda quanto mais sugere temas para a reflexão do leitor.

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O próximo passo da interpretação é a crítica. N

trata aqui do trabalho metodológico da crítica externa e interna,

adotado na pesquisa científica.

O que se visa, durante a leitura analítica,

formulação de um juízo crítico, de uma tomada de posição, enfim,de uma avaliação cujos critérios devem ser delimitados pela própria

natureza do texto lido.

Tal avaliação tem duas perspectivas: de um lado, o

texto pode ser julgado levando-se em conta sua coerência interna;

de outro lado, pode ser julgado levando-se em conta suaoriginalidade, alcance, validade e a contribuição que dá à discussão

do problema.

Do primeiro ponto de vista, busca-se determinar até

que ponto o autor conseguiu atingir, de modo lógico, os objetivos

que se propusera alcançar; pergunta-se até que ponto o raciocínio

foi eficaz na demonstração da tese proposta e até que ponto a

conclusão a que chegou está realmente fundada numaargumentação sólida e sem falhas, coerente com as suas premissas

e com várias etapas percorridas.

A partir do segundo ponto de vista, formula-se um juízo

críticosobre o raciocínio em questão: até que ponto o autor

consegue uma colocação original, própria, pessoal, superando a

pura retomada de textos de outros autores, até que ponto o

tratamento dispensado por ele ao tema é profundo e não superficiale meramente erudito; trata-se de se saber ainda qual o alcance, ou

seja, a relevância e a contribuição específica do texto para o estudo

do tema abordado.

3.5) A PROBLEMATIZAÇÃO

A problematização é a quarta abordagem da unidadecom vistas ao levantamento de problemas para a discussão.

Retoma-se todo o texto, tendo em vista o levantamento de

problemas relevantes para a reflexão pessoal e principalmente para

a discussão em grupo.

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Os problemas podem situar-se no nível das três

abordagens anteriores; desde problemas textuais, os mais objetivos

e concretos, até os mais difíceis problemas de interpretação, todos

constituem elementos válidos para a reflexão individual ou emgrupo. 0 debate e a reflexão são essenciais à própria atividadefilosófica e científica.

Cumpre observar a distinção a ser feita entre a tarefade determinação do problema da unidade, segunda etapa da análise

temática, e a problematização geral do texto, última etapa da

análise de textos científicos. No primeiro caso, o que se pede é o

desvelamento da situação de conflito que provocou o autor para a

busca de uma solução. No presente momento, problematização é

tomada em sentido amplo e visa levantar, para a discussão e a

reflexão, as questões explícitas ou implícitas no texto.

3.6) A S í n t e s e   p e s s o a l

A discussão da problemática levantada pelo texto, bemcomo a reflexão a que ele conduz, deve levar o leitor a uma fase de

elaboração pessoal ou de síntese. Trata-se de uma etapa ligadaantes à construção lógica de uma redação do que à leitura como tal.

De qualquer modo, a leitura bem-feita deve possibilitar aoestudioso progredir no desenvolvimento das ideias do autor, bem

como daqueles elementos relacionados com elas. Ademais, o

trabalho de síntese pessoal é sempre exigido no contexto das

atividades didáticas, quer como tarefa específica, quer como parte

de relatórios ou de roteiros de seminários. Significa também valioso

exercício de raciocínio - garantia de amadurecimento intelectual.Como a problematização, esta etapa se apóia na retomada de

pontos abordados em todas as etapas anteriores.

3.7)  CONCLUSÃO

A leitura analítica desenvolve no estudante-leitor uma

série de posturas lógicas que constituem a via mais adequada para

sua própria formação, tanto na sua área específica de estudo

quanto na sua formação filosófica em geral.

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3.8) A A r t e E A T é c n i c a   d e  s u b l i n h a r   p a r a   e s q u e m a t i z a r  

E R e s u m i r

Sublinhar é a técnica indispensável não só paraelaborar esquemas e resumos, mas também para ressaltar as ideiasimportantes de um texto, com as finalidades de estudo, revisão ou

memorização do assunto ou mesmo para utilizar em citações.

O requisito fundamental para aplicar a técni

sublinhar é a compreensão do assunto, pois este é o único processo

que possibilita a identificação das ideias principais secundárias,

permitindo fazer a seleção do que é indispensável e do que pode seromitido, sem prejuízo do entendimento global do texto.

Há, porém, certas normas que devem ser obedecidas,

para que a técnica de sublinhar produza resultados eficazes.

Uma delas é a de que não se deve sublinhar parágrafos

ou frases inteiras, mas apenas palavras chave, palavras nocionais2

ou, quando muito, grupos de palavras, isto porque ao sublinhar umafrase inteira, além de sobrecarregar a memória e o aspecto visual,

corre-se o risco de, assumir, reproduzirem-se as frases do autor,sem evidenciar as ideias principais, visto que o resumo deve ser

uma condensação de ideias, não de frases ou palavras.

A técnica de sublinhar pode ser desenvolvida a partir

dos seguintes procedimentos:

a)  Leitura integral do texto, para tomada de contato;

b)  Esclarecimento de dúvidas de vocabulário, termos técnicos e

outros;

c)  Releitura do texto para identificar as ideias principais;

d) Ler e sublinhar, em cada parágrafo, as palavras que contêm aideia-núcleo e os detalhes mais importantes;

2 Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras, indicam

ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental. Exemplos:

Acontecer - considerar - desejar - julgar - pensar - querer - suceder - chover -

correr fazer - nascer - pretender - raciocinar.

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e) Assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, os tópicos

mais importantes;

f) Nunca assinalar nada na primeira leitura;

g) Sublinhar apenas as ideias principais e os detalhes importantes,

usando dois traços para as palavras-chave e um para os

pormenores importantes;

h) Passagens mais significativas devem ser assinaladas com umalinha vertical, à margem;

i) Assinalar, à margem do texto, com um ponto de interrogação, os

casos de discordâncias, as passagens obscuras, os argumentosdiscutíveis;

 j) Ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido;

k) Reconstruir o texto, em forma de esquema ou de resumo,

tomando as palavras sublinhadas como base;

I) Sublinhar com lápis preto macio, para não danificar o texto;

m) Sublinhar com dois traços as ideias principais e com um traço as

secundárias;

n) Dependendo do gosto pessoal, usa-se caneta hidrocor, em várias

cores, podendo-se estabelecer um código particular: Vermelho

(ou verde) para ideias principais; Azul (ou amarelo) para detalhes

mais importantes;

o) O indispensável é sublinhar apenas o estritamente necessário,

evitando-se o acúmulo de anotações que além de causar mau

aspecto, em vez de facilitar o trabalho do leitor, dificulta e gera

confusão. (ANDRADE; HENRIQUES, 1992 p. 50-1).

A partir das palavras sublinhadas, o parágrafo deve

possibilitar uma leitura como texto de telegrama, fluente e

concatenado.

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IV) DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO, 

RESUMO E FICHAMENTO

A) Re l a t ó r i o

O que é relatório?

É uma descrição objetiva de fatos, acontecimentos

e que vem seguida de uma análise, visando tirar conclusões ou

ainda tomar decisões acerca de investigações realizadas narealidade.

No relatório devem-se enumerar os temas discutidos,

os problemas levantados e as soluções apresentadas.

ESTRUTURA DO RELATÓRIO

Compõe-se de três partes: pré-textual, textual e pós-textual.

1) P r é-t e x t u a l :  capa, fo lha de ro sto , resumo , sumár io  

e l istas de i lustrações.

a) A capa deve conter: nome do autor, título, subtítulo (se

houver), local, ano da conclusão do relatório;b) A folha de rosto deve conter: nome do autor do relatório,

título, natureza do trabalho, nome da instituição a que se

refere o relatório;

c) O resumo consiste na apresentação sucinta3 dos pontos

relevantes do relatório. Trata-se de um texto conciso em

que se apresenta um resumo da natureza do trabalho

realizado. Expõe a finalidade (o objetivo), a metodologia, os

resultados alcançados e a conclusão a que se chegou,

3 Resumida, curta.

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sempre de modo bem resumido. Deve ser escrito

guardando uma seqüência lógica, com frases concisas, semutilizar parágrafos.

Nos relatórios de monografias ou teses o resumonão deve ultrapassar uma lauda, contendo aproxi

madamente 500 palavras. Nos artigos científicos, não deveultrapassar 15 linhas;

d) O sumário consiste na enumeração das partes que compõem

o relatório, acompanhadas da numeração das páginas;

e) As listas de ilustrações consistem em apresentar,

separadamente, em cada folha, uma lista própria a cada

tipo de ilustração. Exemplo: Lista de quadros; lista de

gráficos; lista de desenhos etc. A numeração obedece à da

página onde as ilustrações aparecem.

2) T e x t u a l :  i n t r o d u ç ã o , d e s e n v o l v i m e n t o e c o n c l u s ã o

i INTRODUÇÃO

A introdução é a parte inicial do texto. Deve ser elabo

rada ao final de todo texto escrito e deve conter:

a) A contextualização do tema:   Significa dizer que se deve

apresentar breve quadro histórico do fato - o quê a relatar -o ontem e o hoje -, localizando no tempo e no espaço

geográfico. Esta parte, também, responde à questão do

local onde se realizou a atividade e quando foi feita;

b) Os objet ivos da at ividade invest igada.  Esta parte responde

ao para quê finalidade o relatório foi elaborado;

c) A justi f icat iva do relatório.  Esta parte responde ao porque o

relatório foi feito. Detalhes sobre como formular a justificativa;

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d) A metodologia,  ou seja, o caminho usado na investigação.

Esta parte do trabalho responde ao como, com quem, com

que recursos se trabalhou;

e) Out ras informações:   Nesta parte são dadas informaçõessobre o tema do relatório. Deve-se apresentar a síntese

global do estudo realizado, destacando sua importância e

inclusive os resultados alcançados;

f) A composição do document o:   É um breve relato de como

está organizado o documento (em seções? em tópicos?).

A função da Introdução é a de dar ao ieitor uma ideiageral do que ele irá encontrar no corpo do relatório.

1 DESENVOLVIMENTO

Compreende a descrição, o relato (observação,

participação e ou intervenção), organizado segundo critérios

adequados - semelhança, cronologia etc., podendo o texto ser

elaborado em tópicos ou em forma contínua.

É fundamental o registro de dados ou períodos de

realização das atividades descritas.

1 CONCLUSÃO

Nesta parte do relatório deve-se registrar os resultados

das análises das atividades realizadas, bem como o material crítico,feitos de forma fundamentada.

a) Na conclusão deve-se retomar a visão inicial apresentada na

Introdução, principalmente em relação aos objetivos

traçados;

b) Na conclusão apresenta-se, também, os resultados

alcançados, comentando-os e realçando a contribuição daatividade a atividade proposta inicial, que deu origem ao

relatório;

c) Na conclusão não deve aparecer nenhum dado novo.

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3) Pó s -t e x t u a l :  re ferênc ias , g lo ssá r io e an exo s

1 REFERÊNCIAS

Nelas são registradas as fontes consultadas ereferendadas no corpo do trabalho. Devem ser organizadas em

ordem alfabética de autores ou na ordem numérica em que foram

referendados, caso o relator tenha optado pelo sistema numérico.

1 ANEXOS

Nesta parte são incluídos documentos que não foram

elaborados pelo autor, mas que servem de fundamentação,comprovação ou mesmo ilustram o trabalho. São identificados porletras maiúsculas. Exemplo: Anexo A - Histórico Escolar daInstituição.

i GLOSSÁRIO

Consiste em uma lista de palavras que foram utilizadas

no texto, escritas em ordem alfabética, acompanhadas dos seussignificados.

B) O Re s u m o

Trata-se da apresentação concisa de todos os pontos

relevantes do trabalho. Visa fornecer elementos capazes para

permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta integral

do texto. O resumo deve ressaltar a problemática que se pretendeusolucionar e explicar; os objetivos; a abordagem metodológica

empreendida; os resultados e as conclusões.

Os resultados devem evidenciar, conforme os achados

da pesquisa: o surgimento de fatos novos, descobertassignificativas, contradições com teorias anteriores, bem comorelações e efeitos novos verificados.

O resumo deve ser composto de uma seqüêcorrente de frases concisas, e não de uma enumeração de tópicos.

Dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular e do verbo na

voz ativa.

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Deve-se evitar o uso de parágrafos, o uso de frases

negativas, símbolos, fórmulas, equações e diagramas. O resumo é

digitado com espaços simples entre linhas e deve abranger, no

máximo, uma página.

1) Pa s s o s  Pa r a  S e R e s u m i r

Para resumir precisa-se "ler com inteligência". Ler com

inteligência significa percorrer alguns passos. Veja-se, a seguir:

la Pa s s o : Identifique-se precisamente com o texto que deseja

resumir. Para isto, é preciso que se leia o texto todo;

2® Pa s s o : Em seguida, numere os parágrafos do texto;

39 Pa s s o : Sublinhe em cada parágrafo as ideias principais e os

pormenores importantes e faça breves anotações à margem do

texto (sublinhe conforme o ensinado nas páginas 32ss. Não

polua o texto com marcações inúteis).

Lembre-se de que, em geral, cada parágrafo contém

uma ideia principal e começa com uma frase importante. O quese segue no parágrafo é a explicação, é a ilustração da ideia

principal.

49 Pa s s o : Ao   término dessa etapa de assinalamento dos dados

significativos, confronte o que foi detectado com os parágrafos

lidos;

52  Passo: Expresse, então, com suas palavras, o que você entendeudo texto;

69 Pa s s o .  O resumo bem elaborado deve obedecer aos seguintes

itens:

 S Só se deve sublinhar depois de feita a primeira leitura,

porque já se terá a noção do que trata o texto;

S   Deve-se reconstruir o parágrafo a partir das palavrassublinhadas, num movimento integrador de ideias;

 S Evite expressões como "O autor descreve...", ou "Neste

artigo, o autor descreve que...";

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CETADEB Me todolog ia do Trabalho Científico

•S Deve-se suprimir palavras secundárias do texto (advérbios,

conjunções, adjetivos), desde que não prejudique acompreensão;

S   Elimine as informações secundárias; valha-se de paráfrasese/ ou citações literais quando considerar importante manter

a ideia do autor consultado, porém não abuse desses

recursos; apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;

S   Não apresentar juízos críticos ou comentários pessoais;

 S Respeitar a ordem das ideias e fatos apresentados;

S   Empregar linguagem clara e objetiva;

^   Evitar a transcrição de frases do original;

S   Apontar as conclusões do autor;

S   Dispensar a consulta ao original para a compreensão doassunto.

2) R e d a ç ã o  D e  R e s u m o s : Pa r á g r a f o s   E C a p í t u l o s

A técnica de resumir difere, no modo de redigir,quando se trata de um texto curto ou de uma obra inteira. Por

exemplo, curto compreende-se que consta de um parágrafo a umcapítulo, embora esta não seja uma classificação rígida.

Parágrafos e capítulos podem ser resumidos aplicando-

se a técnica de sublinhar e redigindo-se o resumo pela organização

de frases, baseadas nas palavras sublinhadas. Este sistema não

constitui regra absoluta, mas tem a vantagem de manter a ordemdas ideias e fatos e propiciar a indispensável fidelidade ao texto.

Usar vocabulário próprio ou do autor não é questão

relevante, desde que o resumo apresente as principais ideias dotexto, de forma condensada.

Um texto mais complexo resume-se com mais

facilidade se preliminarmente for elaborado um esquema com aspalavras sublinhadas. Não se admitem acréscimos ou comentários

ao texto, mas as opiniões e pontos de vista do autor (do original)

devem ser respeitados.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

Nos textos bem estruturados, cada parágrafo

corresponde a uma só ideia principal. Todavia, alguns autores são

repetitivos e usam palavras diferentes, que contém as mesmas

ideias, em mais de um parágrafo, por questões didáticas ou de

estilo. Neste caso, os parágrafos devem ser reduzidos a um apenas.

3) R e s u m o  O u  S í n t e s e D e T e x t o s

Resumo ou síntese de textos: "é outro trabalho

didático comumente exigido em escolas superiores - seja de toda

uma obra ou de um único capítulo”. 'É o que se faz, muitas vezes,

quando do fichamento de livro.Não se trata propriamente de um trabalho de

elaboração, mas de um exercício de leitura que nem por isso deixa

de ter enorme utilidade didática.

O resumo do texto é, na realidade, uma síntese

ideias e não das palavras do texto. Não se trata de uma

"miniaturização" do texto. Resumindo um texto com as próprias

palavras, o estudante mantém-se fiel às ideias do autor sintetizado.

O resumo é feito em diferentes níveis de profundid

conforme o objetivo a que se propõe: de qualquer maneira, é feito a

partir da análise temática, como já se adiantou.

4) T i p o s  D e R e s u m o s

Há vários tipos de resumo e cada um representacaracterísticas específicas de acordo com as finalidades:

i RESUMO DESCRITO OU INDICATIVO

Nesse tipo de resumo descrevem-se os principais

tópicos do texto original, e indicam-se sucintamente seus

conteúdos. Portanto, não dispensa a leitura do texto original para a

compreensão do assunto.Quanto à expressão, não deve ultrapassar quinze ou

vinte linhas; utilizam-se frases curtas que, geralmente,correspondem a cada elemento fundamental do texto.

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I

i RESUMO INFORMATIVO OU ANALÍTICO

É o tipo de resumo que reduz o texto a 1/3 ou 1/4 do

original, abolindo-se gráficos, citações, exemplificações abundantes,mantendo-se, porém, as ideias principais. Não são permitidas asopiniões pessoais do autor do resumo. O resumo informativo, que

é o mais solicitado nos cursos de graduação, deve dispensar a

leitura do texto original para o conhecimento do assunto.

1 RESUMO CRÍTICO

Consiste na condensação do texto original a 1/3 ou 1/4de sua extensão, mantendo as ideias fundamentais, mas permite

opiniões e comentários do autor de resumo. Tal como o resumo

informativo, dispensa a leitura do original para a compreensão doassunto.

1 PARTES DO RESUMO

Todo resumo deve conter:

a) Título.  Esse título deve ser fiel ao título original do texto quandose está trabalhando somente sobre um texto. Ao se trabalhar

com vários textos, o título deverá ser criado pelo autor que estáescrevendo o resumo.

b) Desenvolvimento 

c) Referências.  Feito o resumo, registrem-se as fontes consultadas,

tendo o cuidado de obedecer à ordem alfabética de autores,como também às normas da ABNT4.

CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

4 Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão

responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao

desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins

lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

A t i v i d a d e s - L i ç ã o   I

• Marque "C" para Certo e "E" para Errado:

1 ) Q Podemos definir um trabalho científico como a apresentação

(oral ou escrita) de uma observação científica, ou ainda, a

apresentação de uma ideia ou conjunto de ideias, a respeito de

uma observação científica.

2 ) ü O conhecimento científico procura alcançar a verdade dosfatos (objetos) e depende da escala de valores e das crenças dos

cientistas; ele resulta de pesquisas metódicas e sistemáticas do

"futuro".

3) U O conhecimento teológico está intimamente ligado à fé e à

crença divina. Ele parte do princípio de que as - "verdades"

tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em"revelações" de Deus.

4 ) ü Leitura seletiva é a que visa à seleção das informações mais

importantes relacionadas com o problema em questão.

5 ) □ A análise interpretativa é a terceira abordagem do texto com

vistas à sua interpretação, mediante a situação das ideias do

autor.

6 ) Q O Resumo é uma descrição objetiva de fatos, acontecimentos

e que vem seguida de uma análise, visando tirar conclusões ou

ainda tomar decisões acerca de investigações realizadas na

realidade.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

Lição II

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Anotações:

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DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO 

DE FICHAMENTOS

CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

U

m fichamento é um trabalho intelectual,

individual, onde o aluno tem oportunidade

de sistematizar suas leituras, de tal forma

que tenha consigo um material de

consulta permanente, ao qual ele poderá

recorrer emdiferentes momentos de sua vida acadêmica ouprofissional. O termo lembra que o exercício de registrar esses

elementos se deu, por um tempo considerável, sobre fichas. O

fichamento no âmbito da atividade de estudo e pesquisa visa à

documentação e à classificação de um conteúdo.

O fichamento é uma maneira excelente de manter um

registro de tudo que você lê. Depois de você fazer um bomfichamento de um texto, ou livro, você nunca mais precisarárecorrer ao original novamente. O que fará com que você ganhetempo.

Além disso, durante o processo de fazer o fichamentovocê pode adquirir uma compreensão maior do conteúdo do texto.

Ele é basicamente o arquivo do texto que você lê contendo areferência e o que você entendeu do conteúdo do texto de uma

obra, de um texto ou mesmo de um tema.

Muitos alunos se mostram ansiosos sobre o quesignifica na prática fazer um fichamento. Alguns acham que

fichamento é o mesmo que resumo e a dúvida faz sentido porque

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Outros ao contrário, consideram que fichamento nada

tem a ver com resumo e só diz respeito à interpretação do texto e,

assim, esses termos - resumo e interpretação - aparecem tambémcomo objeto de dúvida, exigindo esclarecimento.

Além desses termos, é preciso que se explicite um

pouco mais, se formos seguir a definição do dicionário, o que pode

ser entendido como "relevante" ou "importante" em um texto. A

relevância deve ser avaliada tendo em vista o propósito do texto.

Opcionalmente, para fazer o fichamento de uma obraou texto você poderá:

a)  Ler o texto inteiro uma vez ininterruptamente

b)   Ler o texto novamente, grifando, fazendo anotações eprocurando entender o que o autor quer dizer em cada

parágrafo.

c)  Fazer o fichamento

O fichamento, feito da maneira mais ampla, pode

conter:

a)   Indicação da referência bibliográfica.

b)  Resumo do texto.

c)  Registro de comentários e críticas ao texto.d)  Registro de ideias que tivemos a partir do texto.

e)   Transcrições do texto que poderão ser usadasposteriormente como citação em nosso próprio trabalho.

I) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

O primeiro elemento do fichamento deve ser a

identificação do texto lido, ou seja, devemos registrar a referênciabibliográfica. É importante registrarmos a referência bibliográfica no

fichamento porque isso nos permite saber, a qualquer momento em

que consultamos nossas anotações, qual é a origem ou a fonte das

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A referência bibliográfica é o conjunto de elementos

que identificam um texto. Assim: autoria do texto lido, título do

texto, edição, local da editora, editora, ano de publicação são

elementos considerados essenciais para referenciar um livro queestamos lendo.

Mas, se estivermos lendo um artigo de revista, de

 jornal, ou publicado em atas de congresso e o texto que estamos

lendo estiver em meio convencional (papel) ou em meio eletrônico,

esses fatores devem ser levados em consideração quando formos

construirá referência.

Podemos dizer, resumidamente, que, em termos

gerais, para elaborar o resumo que consta do fichamento oestudante/leitor deve:

a)  Identificar o objetivo do texto;

b)   Identificar a estrutura lógica do texto/revelar o plano

lógico da obra em estudo;

c)  Captar os conceitos fundamentais;

d)  Ser fiel às ideias do autor;

e)   Ser escrito na linguagem própria de quem está fazendo oresumo.

II) REGISTRO DE IDEIAS E PROBLEMATIZAÇÃO

Esta parte do fichamento é aquela em que o leitorregistra as ideias que vai tendo a partir da leitura do texto.

A problematização do texto pode ser entendida, aqui,como questões que são levantadas sobre o tema do texto. Essas

questões podem dar origem a discussões e, podem, também, gerara necessidade de pesquisa adicional.

A problematização do texto feita pelo aluno não deve

ser confundida com a problematização do tema feita pelo autor,problematização que é objeto de estudo no exercício do resumo

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III) A TRANSCRIÇÃO PARA CITAÇÃO

É interessante fazer sínteses em torno de alguns temas

de interesse do aluno e/ou de temas destacados pelo autor,inclusive conceitos; temas/conceitos relacionados com a disciplina

para a qual o texto foi lido. Esse registro de trechos de texto lido no

fichamento pode ser: literal e não-literal. Dessa forma, podemos

fazer citações literais e não-literais, estas também chamadas

conceituais ou paráfrases.

PROCEDIMENTOS PARA A TRANSCRIÇÃO

A NBR 10250 que trata dos procedimentos

relacionados às citações, padroniza os modos pelos quais devemos

registrar as supressões, interpolações5, comentários, ênfases ou

destaques que aplicamos nas transcrições:

a)  Supressões: [...]

b)   Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]

c)  Ênfases ou destaques: grifo, negrito ou itálico.

No caso em que reproduzimos uma frase que contém

elementos em destaque (negrito, grifo ou itálico) é necessário que

registremos esse dado entre colchetes, assim: [grifo do autor], No

caso do destaque ter sido dado por quem está citando, também é

preciso registrar esse dado entre colchetes, assim: [grifo nosso].

IV) CITAÇÃO LITERALA transcrição literal é a transcrição de expressão, frase

ou parágrafo tal qual está no texto que estamos lendo. É a cópia

exata do trecho citado.

As transcrições literais são também chamadas

transcrições formais (Cervo; Bervian, 1983, p. 142).

5 s.f. Ação de interpolar; posição, colocação entre duas coisas. O que foi

interpolado: as interpolações são numerosas nos textos antigos. Descontinuação,

interrupção.

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CETADEB Metodologia doTrabalho Científico

Exemplo: Para Morais (2000, p. 8), o critério de

comprometimento visa analisar qual o grau de envolvimento doautor de um texto com o seu discurso e isso não é difícil de ser

realizado dado que "[ou] não é difícil para o leitor ou leitora dealgum recurso intelectual distinguir o que vem do ceme vivo de

convicções do que vem de encarceramentos doutrinários".

Notar que o que vem sob aspas é cópia do texto de

Morais. Para comprovar a veracidade da transcrição devemos

consultar a fonte indicada por quem está fazendo a citação, no casoo texto de Morais, à p. 8.

V) CITAÇÃO NÃO LITERAL, CITAÇÃO CONCEITUAL OU 

PARÁFRASE

Quando queremos usar apenas a ideia ou o conceito

desenvolvido por um autor, podemos fazer citações não-literais ou

citações conceituais. As citações conceituais também são chamadas

paráfrases. Exemplo:   Um texto deve ser entendido também por

aquilo que ele oculta, mascara. Neste sentido, explicitar a intenção

subjacente do autor é uma das tarefas da crítica (MORAIS, 2000, p.

7).Observar que o texto de Morais não foi usado tal qual

se encontra no documento consultado. Para se aprofundar mais

sobre a questão da leitura, o leitor é remetido à p. 7 da obra

publicada por Morais no ano 2000, onde encontrará o texto na sua

integridade.Tenho de citar literalmente a passagem, embora com

supressões, para que haja possibilidade de confronto com a

paráfrase anteriormente estabelecida: Chamam-se citações mistas

aquelas que inserem na síntese de um texto alguns termos ou

expressões textuais tirados dos documentos.

Nesse caso, os termos textuais são transcritos entre

aspas. Exemplo: Morais em seu texto A criticidade6 como

6 Nível de intensidade da critica.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

fundamento do humano mostra a importância da crítica para o

abandono da postura passiva do leitor, postura paradoxalmente

encontrada por séculos nas escolas, ao assumirem como verdade

inquestionável as falas dos autores admitidos como guiasintelectuais e até morais dessas mesmas escolas, ensejando, assim,

um "sonambulismo estéril" (2000, p. 2). Nesta citação temos como

transcrição literal apenas o que vem sob aspas, ou seja:

sonambulismo estéril, o restante da frase é uma paráfrase7.

Quando lemos alguns textos científicos, ou acadêmicos,

podemos ter algumas dificuldades na apreensão do conteúdo e das

informações transmitidas. Para facilitar, ou para nos ajudar nacompreensão dos textos, podemos dividir esta tarefa em momentos

distintos, complementares e progressivos: momento de análise

textual e de análise temática.

A análise textual é o primeiro momento da leitura,

onde procuramos entender o texto como um todo, a fim de

compreender a lógica, o esquema de exposição das ideias, assim

como o raciocínio do autor.Neste momento, é bom assinalar os conceitos

principais que o autor está utilizando e como os define. É nesse

primeiro momento de reconhecimento do texto que se torna

necessário procurar - no dicionário - as palavras que não sabemos,

e - em dicionários especializados, ou em obras de referência - os

conceitos que desconhecemos.

Lembre-se: só podemos escrever se lermos, setivermos dados. O trabalho científico depende de leituras, de fontes

de informação. Se não organizarmos e sistematizarmos o nosso

conhecimento e os nossos dados, não teremos sobre o que e do que

falar.

Use o grifa-texto somente para as ideias e argumentos

principais. Muitas vezes, os textos ficam com muitos destaques,

7 Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por

meio de uma linguagem mais longa.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

perdendo-se assim, o que realmente deve ser destacado. Se tudo é

importante, por que grifar? Essa leitura pode e, como forma de

organização do conhecimento adquirido, deve ser acompanhada de

anotações. Assim, "a análise textual pode ser encerrada com uma

esquematização do texto cuja finalidade é apresentar uma visão deconjunto da unidade".

As anotações e esquematização inicial são realizadas

através do Fichamento: Como expusemos, é necessário criar um

mínimo de organização dos dados que coletamos para, depois, ter

acesso a eles. O Fichamento é um modo de coletar e de separar o

conhecimento, conforme avançamos na pesquisa e nas nossasleituras.

Independente do modo como armazenará as

informações (em pastas, gavetas, no computador, em cadernos...), é

necessário criar e definir um lugar como sendo o seu lugar de

arquivo e de consulta, seja por meio de anotações em fichas (com

papel mais duro, de aproximadamente 15 X 20 cm, que se vende em

papelarias), ou em arquivos de computador. Guardar asinformações em caderno é mais complicado. A durabilidade do

papel não é grande e, como estamos pensando em constante

manuseio do material, se estraga mais rapidamente.

Em caso de computador, crie uma pasta

"Fichamentos". E, dentro dessa pasta, separe os textos - criando

outras pastas - de acordo com os temas e subtemas que compõe a

sua pesquisa.

Como pensamos em organizar o conhecimento, o uso

das fichas ou nomes de arquivos, permitem a criação de ordem

alfabética por titulo, por tema ou por autor. O caderno impede esta

organização, a menos que use fichário.

VI) SUGESTÃO DE FICHAMENTO

Antes de iniciar a leitura do texto, anote, logo no início

do seu documento, as referências bibliográficas de acordo com as

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

normas ABNT. Se for livro de biblioteca, aproveite para anotar o

número do Tombo8.

Assim, quando fizer a bibliografia do trabalho, já a terá

pronta (no computador pode usar copiar - colar), e se precisarvoltar à biblioteca, não terá que consultar novamente a localização

do livro (SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho

científico. 21ã ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2000. p. 53).

Deixe um espaço em branco para fazer um pequeno

resumo.

Comece a fazer as anotações. No Fichamento não seanota tudo que está no livro, não reescrevemos. A ideia que deve

organizar as anotações é a mesma que utilizamos para as anotações

em sala de aula. Ou seja, prestamos atenção na fala do professor e

fazemos anotações pontuais das partes importantes. Se anotarmos

"tudo" o que o professor disser, nos concentraremos mais na

fidelidade da anotação do que em prestar atenção à exposição.

A anotação pode ser tópica, de pequenas frases, deconceitos-chave. Se copiar uma frase mais longa, não se esqueça de

utilizar aspas. Lembre-se: o Fichamento é a criação de um

documento para consulta posterior. Assim, quanto mais informação

tiver sobre o conteúdo do seu documento, melhor. Deixe claro o

que é a sua redação e o que é do "autor".

Conforme for anotando, indique as páginas do

documento original. Quando consultar o seu Fichamento poderá, nocaso de dúvida, retomar rapidamente os pontos obscuros, não

compreendidos ou fazer uma citação.

Ainda que gaste tempo para fazer as anotações,

posteriormente ganhará um tempo muito maior, pois, ao invés de

buscar na memória, ficar procurando em livros ou artigos, terá

anotações já prontas para recorrer.

8 Número de Tombo é o número patrimonial que identifica unicamente cada objeto

do acervo da biblioteca.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

A outra vantagem do Fichamento é no processo de

compreensão da leitura. Quando lemos um livro, um texto, um

documento, sempre fazemos por partes. Introdução,

desenvolvimento e conclusão. E, dentro de cada parte, lemos em

seqüência as diferentes palavras, frases, parágrafos, itens ecapítulos. Este "dissecar" do texto é parte do processo de leitura,

assim como as anotações pontuais que fazemos nesse percurso.

Ao finalizar o Fichamento e ao ler as suas anotações,

terá uma visão global. Se demorarmos um dia para ler um texto,

pela leitura do Fichamento teremos um entendimento geral em

poucos minutos. Assim, o Fichamento permite a leitura e a

compreensão do texto em dois momentos essenciais:a)   Um fragmentado (durante a leitura e nas anotações do texto);

b)   Um mais geral e compreensivo (na leitura do Fichamento).

Ao finalizar a leitura e as anotações, leia o Fichamento

e, a partir de um entendimento mais amplo, redija um pequeno

resumo, no espaço que anteriormente sugerimos deixar em branco.

Assim, o Fichamento fica composto da seguinteestrutura:

a)  O "endereço" da obra, de acordo com a ABNT;

b)  Um pequeno resumo compreensivo do texto como um todo;

c)   As partes específicas que compõe o texto e a referência daspáginas.

A partir dessa leitura textual, é possível fazer umaleitura e análise temática, cujo objetivo é se aprofundar no

entendimento do texto. Em qualquer momento da leitura, importa

entender o que e como o autor expõe suas ideias. Quer

concordemos ou não com as suas ideias, o fundamental é, em

primeiro lugar, entendê-lo.

Para orientar o entendimento do texto, propomos

algumas questões a serem respondidas após sua leitura:a) Qual o tema ou assunto? Do que ele está falando e como

apresenta a sua perspectiva?

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b)   Qual o tipo de texto? Acadêmico, de informação, jornalístico,

técnico?

c)   Qual o problema que o autor pretende desenvolver? Ou seja,

o que levou o autor a escrever seu texto e qual tipo de

questão que procura responder com sua argumentação?d)   A partir disso, como apresenta sua ideia central, qual é a sua

proposição fundamental ou tese?

e)   Se ele defende determinada (s) tese(s), como constrói a

estrutura de argumentos para fundamentá-la(s)?

f )   Existem ideias secundárias, argumentações complementares

que auxiliam na construção da (s) tese(s)?

Resumindo:   Sobre o que o autor está falando? Qual a

questão que pretende responder? Frente a esta questão, qual a sua

resposta? Como fundamenta as suas afirmações e suas respostas?

Seus argumentos são convincentes? Existem outras ideias que

compõem o texto?

Após ter feito o Fichamento, ficará mais fácil responder

as questões de entendimento. Se não conseguir responder, temosduas saídas:

a)  Você não entendeu o texto e tem que reler (o mais provável);

b)   O texto era ruim e não tinha coerência, problema central e

nem objeto de estudo claramente definido (pode acontecer).

VII) FICHAMENTO DE TEXTO ENSAÍSTICO

O ensaio é um texto razoavelmente curto que trata

um único assunto, a partir do ponto de vista escolhido pelo autor.

Para facilitar o trabalho de fichamento de um texto

ensaístico, devemos fazer, em primeiro lugar, uma leitura corrente

exploratória, sem nos determos nas dificuldades.

Muitas delas se resolverão na segunda leitura, quando

 já tivermos uma ideia do texto todo, do conjunto de argumentosque foram desenvolvidos. Devemos aproveitar essa primeira leitura

para numerar os parágrafos.

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Numa segunda leitura, devemos identificar as partes

principais dos textos. Todo texto ensaístico completo apresenta de

forma mais ou menos clara três partes distintas:

1 INTRODUÇÃONela o autor coloca o problema ou a indagação que o

levou a escrever o texto. A introdução nos dá, então, uma ideia do

assunto tratado. Além disso, nela o autor coloca também o ponto

de vista ou o ângulo sob o qual [ele vai abordar] o assunto será

abordado e, às vezes, o método, ou seja, o caminho que vai seguir

(se vai apresentar casos para chegar a uma generalização, ou se vai

partir de um princípio geral e deduzir suas conseqüências).

1 DESENVOLVIMENTO

É o corpo do texto, que apresenta os dados, as ideias,

os argumentos e as afirmações com que o autor constrói um edifício

de relações entre as partes, e que constitui o seu pensamento

original.

A partir da indagação/problema colocada na

introdução, o desenvolvimento revela como o autor conduziu aprocura de soluções/explicações e quais os caminhos que escolheu

em detrimento de outros.

i CONCLUSÃO

Cada construção desemboca em algumas afirmaçõesou em novas indagações decorrentes da organização e dodesenvolvimento do texto.

Na terceira leitura, vamos levantar a estrutura, isto é, o

plano lógico a partir do qual o texto foi escrito. Para isso, resumimos

em poucas palavras as ideias principais de cada parágrafo para

poder, a seguir, agrupá-las sob tópicos gerais.

Perguntamos: A que diz respeito à ideia principal doparágrafo? Há uma Palavra ou um título que condense o assunto

que está sendo tratado?

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

Finalmente se examina a relação que as ideias mantêm

entre si e elabora-se o plano do texto: quais as ideias, fatos ou

argumentos apresentados que estão no mesmo nível, isto é, que

não dependem uns dos outros, mas que se somam no

desenvolvimento do texto? Quais as ideias que dependem ou são

subdivisões de outras?

Finaliza-se o trabalho, organizando esses tópicos sob a

forma de plano, numerando cuidadosamente cada ideia principal e

indicando quais as ideias subordinadas [que a ela estão ligadas] a

essa ideia principal.

VIII) FICHAMENTO DE TEXTOS LITERÁRIOS

A construção do texto literário não obedece ao mesmo

tipo de organização que o de texto ensaístico. Apesar de o escritor

também mostrar uma parte da realidade e defender ideias, isso se

dá de forma encoberta, menos direta, mais figurada.

A história contada vai revelar, através da sua trama, asideias e os valores que o autor defende e que nos cabe buscar no

texto. Para tanto, devemos proceder da seguinte forma:

1-)   Fazemos a leitura emocional, como foi explicada no item

anterior, entregando-nos ao prazer de ler e nos envolvendo

com o assunto.

2<?)   Fazer o levantamento do nível denotativo, isto é, osignificado imediato, literal do texto. O texto literário

também apresenta uma ideia central e um encadeamento

lógico detectado por meio das situações apresentadas que

levam a um final (não necessariamente a uma conclusão).

As perguntas que nos orientam permanecem as mesmas:

Como foi montada a história? Quais os aspectos

importantes mostrados? Respondendo a essas questões,

teremos o resumo do enredo ou trama, que corresponde aonível denotativo do texto ensaístico. O mesmo se aplica a

um filme ou a uma novela de televisão. Não nos

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esqueçamos de que resumir é contar, em poucas palavras, a

história apresentada no texto, mantendo apenas os

detalhes importantes para que se compreenda a situação e

a atuação dos personagens. [Para isso, fazemos e fichamosum resumo do enredo ou trama do texto. E o que é fazer

um resumo? É contar, em poucas palavras, a história

apresentada no texto, mantendo apenas os detalhes

importantes para que se compreenda a situação e a atuaçãodos personagens],

3^)   Procedemos ao levantamento do nível conotativo, ou

figurado, do texto: Que tema o autor está discutindo? Que

ideias, que valores a história simboliza?

IX) TÉCNICAS DE FICHAMENTO DE TÓPICOS

Uma vez escolhido um tema para pesquisa, passamos a

fichar tópicos relativos a esse tema. Esse fichamento utiliza

procedimentos bastante diferentes dos usados no fichamento de

texto.

O objetivo principal desse tipo de fichamento é o

levantamento mais completo possível de informações sobre

determinado assunto. Nesse caso, retirar de um texto somente aspartes que tiverem alguma relação com o assunto em questão.

Como, em geral, todo assunto comporta uma série de

subdivisões, devemos fazer uma ficha em separado para cada ideia,

indicando, no canto superior direito, o tópico e o subtópico ao qual

se refere.

Desse modo, sobre o único tópico [LEITURA] ENSAIO,

teremos inúmeras fichas, cada uma tratando ou de um assunto ou

de um enfoque diferente. Poderemos ter tantas fichas de definições

quanto o número de definições que encontrarmos em autores

diferentes, sendo que cada uma deve trazer a indicação completa

da fonte onde foi encontrada, isto é, nome do autor, nome do livro,

lugar de edição, editora, data da publicação e página onde se

encontra a informação.

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Devemos ter o cuidado de sempre colocar entre aspas

qualquer informação que seja uma citação, isto é, uma cópia direta

de qualquer trecho escrito por outra pessoa. Entretanto, se a

anotação na ficha for redigida com nossas palavras, não usaremos

as aspas e indicaremos entre parênteses que é uma síntese própria,

indicando também o autor, a obra e as páginas que resumimos.

Muitas vezes, durante a preparação das fichas ou

durante a leitura dos textos, ocorrem-nos ideias, questões e

dúvidas, que devemos ter o cuidado de anotar, pois, em geral, serão

esquecidas ao longo do trabalho. Essas ideias, questões e dúvidas

devem ser fichadas de igual maneira, uma em cada ficha, com

indicação de tópico e subtópico e, se possível, o que nos levou a

levantá-las.

A principal vantagem do sistema de fichamento de

tópicos é que as fichas (e, portanto, os assuntos e suas subdivisões),

poderão ser arranjadas e rearranjadas de acordo com o plano do

trabalho, que, geralmente, é feito depois de completadas as

leituras. Além disso, as fichas poderão servir a outros trabalhos sem

que, na hora de elaborá-los, precisemos fazer uma caça

arqueológica em nossas anotações para descobrir onde está àquela

coisa linda que lemos não sabemos mais em que livro.

Concluímos esta parte questionando: Depois de lermos

tudo isso, a primeira pergunta que ocorre é: mas para que toda essa

trabalheira?

Tanto a leitura bem-feita quanto o fichamentocuidadoso envolvem um tempo de trabalho bastante longo. E não

há razão alguma para acharmos que o trabalho intelectual não exija

esforço e dispêndio de energia. Geralmente, quando nos pedem

para fichar um texto, vamos grifando tudo o que nos parece

importante já na primeira leitura e, depois, limitamo-nos a copiar

essas partes na ficha, como se fossem pedaços de uma colcha de

retalhos.Resultado:   passado algum tempo, revemos aquelas

anotações e não conseguimos saber por que eram importantes. Isso

ocorre porque as nossas fichas não nos dão à organização lógica do

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texto e não podemos acompanhar o pensamento do autor. Os

procedimentos aqui discutidos proporcionam exatamente isso: aoentender e anotar a organização do pensamento do autor estamos

tomando posse desse raciocínio. As ideias se tornam mais claras epassamos a saber como umas se relacionam com as outras. O

fichamento nos permite conhecer o percurso do pensamento do

autor e guardá-lo, para que possamos voltar a ele a qualquer

momento.

TEXTOS E DIRETRIZES PARA 

ELABORAÇÃO DE RESENHAS

I) CONCEITO DE TEXTO

Texto é um tecido verbal estruturado de tal modo que

as ideias formam um todo coeso, uno, coerente. Todas as partesdevem estar interligadas e manifestar um direcionamento único.

Assim, um fragmento que trata de diversos assuntos não pode ser

considerado texto.

Da mesma forma, se lhe falta coerência, se as ideias

são contraditórias, também não se constitui texto. Se os elementos

da frase que possibilitam a transcrição de uma ideia para outra não

estabelecem coesão entre as partes expostas. O fragmento não seconfigura um texto. Essas três qualidades - unidade, coerência e

coesão - são essenciais para a existência de um texto. Veja-se um

exemplo:

"O carnaval carioca é uma beleza, mas mascara, com o seu luxo, a miséria social, o caos político, o desequilíbrio que se estabelece entre o morro e a Sapucaí. Embora todos possam 

reconhecer os méritos de artistas plásticos que ali trabalham, o povo samba na avenida como herói de uma grande jornada. E acrescente- se: há manifestação em prol de processos judiciais contra costumes que ofendem a moral e agridem a religiosidade popular. O carnaval 

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carioca, porque se afasta de sua tradição, está tornando-se desgracioso, disforme, feio." 

O trecho anterior é um fragmento que não se constitui

texto. Falta-lhe coerência entre a afirmativa inicial e a final. Aoração subordinada que se inicia com "Embora", não apresenta 

coesão em relação à oração principal; não é possível entender o que

o autor quis dizer com aquelas palavras. Como o texto apresenta

várias informações, várias direções: moral, política, social, religiosa,

estética, acaba por não constituir um todo. Não há completude,

inteireza, unidade.

II) ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO TEXTO

Os elementos estruturais do texto são: o saber

partilhado, a informação nova, as provas, a conclusão, o tema, a

referência.

Por saber partilhado entende-se a informação antiga,

do conhecimento da comunidade. De modo geral, o saber

partilhado aparece na introdução, um local privilegiado para anegociação com o leitor. Exemplificando:

"Não é fácil escrever ou falar sobre seu próprio pai; no mínimo se correrá o risco de ser sentimental, especialmente quando o personagem teve a estatura que Júlio de Mesquita foi aos poucos adquirindo mercê de sua ação e da difusão de seu pensamento, uma e outro sempre polêmico, marcado, como não poderia deixar de ser, todos nós que crescemos sob o influxo de seus ensinamentos, ou vivendo o afastamento imposto pelo exílio, ou a angústia de não saber quando suas incursões pela política, que muitas vezes tinham 

 fronteira com a revolução, o levariam de novo à prisão" (O Estado de São Paulo).

Não é difícil admitir que a informação que vai de "não é

fácil escrever sobre seu próprio pai" até "sentimental" pertence aosaber partilhado. O emissor negocia com o leitor, coloca-se num

nível de entendimento, estabelece um acordo, para, em seguida,

expor informações novas.

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A informação nova caracteriza-se como uma

necessidade para a existência do texto. Sem ela, não há razão para o

emissor escrever nada. Um texto só se configura texto quando

veicula uma informação que não era do conhecimento do leitor, ouque não o era da forma como será exposta, o que implica,

naturalmente, matizes novos e, consequentemente, uma nova

maneira de ver os fatos.

A informação nova não significa originalidade total,

absoluta. É análoga ao contrato que o leitor faz com o ficcionista.

Ninguém, ao ler Dom Casmurro, estará interessado em saber se os

acontecimentos relatados são reais, se houve naquele tempo enaquele espaço uma pessoa que se identificava com a personagemdo livro.

O leitor entra em acordo com o narrador, admitindo

como verossímeis9 os acontecimentos relatados. Da mesma forma,

o leitor de Memórias Póstumas de Brás Cubas   não contesta a

possibilidade de um defunto ser narrador. Aceita o fato e dá

prosseguimento à leitura.

No caso do exemplo apresentado, admitem-se como

informação nova os pormenores que o autor do texto expõe: O pai

era homem de ação, que buscava difundir seu pensamento, era

polêmico, foi exilado, era pessoa que atuava politicamente.

A informação nova serve para desenvolver o texto,

expandi-lo. O autor considera como não sendo do conhecimento detodos e, portanto, capaz de estimular o leitor a continuar na leitura.

A existência de um texto implica ter algo de novo para dizer, ou dizalgo antigo sob forma nova.

O saber partilhado mais a informação nova não são

suficientes para a realização de um texto. É preciso apresentar

provas, fundamentos das afirmações expostas. No caso do texto

9 adj. Que parece verdadeiro; que não repugna à verdade. Semelhante à verdade.

Coerente o suficiente para se passar por verdade.

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apresentado como exemplo, o próprio narrador (em primeira

pessoa) constitui-se numa prova. Trata-se de alguém que conviveu

com Júlio de Mesquita Filho. O narrador acrescenta mais à frente:

"Júlio de Mesquita Filho sempre foi um ser combativo; não apenas isso, no entanto. Foi desde cedo um rebelde. Esse traço de caráter poderia ter produzido apenas um revoltado a mais num meio social acanhado. Ele teve, porém, a sorte de ser rebelde demais. (...) O rebelde paulista, ao cruzar seus passos com os de Trotski, não se deixa influenciar pela personalidade, que deve ter  sido fascinante, do futuro companheiro de Lênin. O cruzar caminhos 

deve, no entanto, ter deixado marcas; em 1925, quando publica 'A Crise Nacional', suas referências à revolução russa não vêm carregadas do acontecimento comum ã época, em São Paulo, no meio social em que então passou a ser o seu." 

Para demonstrar a personalidade de Júlio de Mesquita

Filho cita como prova o livro 'A Crise Nacional'. Se o leitor duvidar

de suas afirmações, poderá recorrer ao livro e chegar às mesmas

conclusões que ele.Ao saber partilhado, à informação nova, às provas o

autor junta seus objetivos, pois todo texto visa chegar a algum

lugar, tem "uma intenção que precisa ser cumprida", como ensina

Siqueira (1990:32). No caso do texto em exame, parece que a

intenção é transmitir uma imagem positiva do pai: um homem de

rebeldia crítica, um homem de ação. Não só um homem de

palavras, mas um cidadão que conhecia a realidade mundial e alocal e que trabalhou para inserir o Brasil no contexto das nações

européias.

Duas informações mais: todo texto trata de um

assunto, a referência. Para saber qual a referência de um texto, o

leitor deve interrogar-se: do que trata o texto? Além do assunto, o

texto tem um tema.

Para conhecê-lo, o leitor deve interrogar-se: sob queperspectiva o texto foi construído? No caso do exemplo, a

referência é o pai do emissor, Júlio de Mesquita Filho. O tema são

os traços de sua personalidade.

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É preciso que todos esses elementos contribuam para

formar uma completude, uma unidade e manifesta uma nova visão

sobre o assunto para que haja de fato um texto.

III) EFICÁCIA DO TEXTO

Antes de examinar a noção de eficácia textual, verifica-

se que uma pessoa tem competência textual se diante de suposto

texto é capaz de perceber que não se constitui texto porque lhe

faltam elementos estruturais, como unidade, completude,

tematização, saber partilhado, informação nova e tem habilidade

para torná-lo texto, completando-o.

Competência textual diz respeito também às

habilidades de uma pessoa para parafrasear um texto, resumi-lo,

dar-lhe um título ou, se lhe for sugerido um assunto, desenvolver

suas ideias e elaborar um texto.

A eficácia do texto é resultado da habilidade do

emissor em produzir uma comunicação que alcance seu objetivo. Seo texto não atinge o objetivo, ele não é eficaz. Daí a necessidade deadaptar a linguagem às condições do receptor.

Com os mais simples, utiliza-se de linguagem segundo

seu nível de escolaridade; com os mais doutos, pode-se valer de um

vocabulário mais rico, de construções menos coloquiais, de sintaxe

mais elaborada. Enviar uma carta para um doutor exige mais

atenção com relação ao rigor gramatical do que enviar uma carta

para um trabalhador humilde que ficou marginalizado da escola.

Além dessa atenção quanto às condições culturais do

receptor, deve o emissor ocupar-se em construir uma mensagem

que se preocupe com a unidade textual, com a coerência das ideias

e com a ênfase.

Para Cintra, Fonseca e Marquesi (1992:13), a eficáciade um texto é resultado "da seleção e organização dos conteúdos

pensados". Por isso, recomendam que o emissor observe a

quantidade, a qualidade e o modo como a informação é veiculada.

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A produção de textos exige a articulação de

conhecimentos em diversos níveis: assunto (cuja exposição

obedecerá a uma estrutura de introdução, desenvolvimento,

conclusão), macroestrutura (o que se exige de um texto

dissertativo, de um narrativo e de um descritivo), superestrutura(exemplo: uma ata é constituída de data, local, relação e

identificação das pessoas presentes, ordem do dia, fecho) e

microestrutura (conhecimentos gramaticais, ortografia, acentuação,

crase, pontuação, concordância verbal e nominal, regência verbal e

nominal, colocação pronominal).

IV) COESÃO E COERÊNCIA

O que queremos mesmo dizer quando afirmamos que

um texto ou um trecho dele está incoerente? E quando

constatamos que a coesão está prejudicada em determinado

trecho?

No trabalho com os alunos em sala de aula, é precisomostrar onde estão os problemas e, sobretudo, indicar

possibilidades e pistas de como eles podem ser resolvidos. Esta é aquestão que pretendemos começar a discutir, buscando apontar

como a coerência e a coesão devem ser avaliadas e estudadas com

base na perspectiva dos gêneros textuais.

Dizemos que um texto é coerente quando percebemos

a existência de uma amarração planejada entre as partes que ocompõem, amarração esta que estabelece uma interdependência

semântica10: relação entre o sentido de cada uma das partes e o

sentido geral do texto.

Em outras palavras, a coerência está diretamente

ligada à compreensão do sentido geral de um texto, isto é, à

10 Semântica é a denominação dada ao estudo da significação das palavras:

Significante e significado. Significante é a parte física da palavra (os fonemas e as

letras). Significado é o sentido da palavra que provoca na mente do ouvinte ou do

leitor uma imagem ou uma ideia.

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possibilidade de interpretação daquilo que se diz, escreve, ouve

etc., sendo o que nos possibilita identificar se há uma unidade desentido no texto.

Um dos mecanismos responsáveis pelainterdependência entre as partes de um texto, isto é, por sua

unidade de sentido, é a coesão: a ligação que se estabelece entre

suas partes. Contribuem para estabelecer estas relações e ligações

os elementos de natureza gramatical (como os pronomes,

conjunções, preposições, categorias verbais), de natureza lexical(sinônimos, antônimos, repetições) e mecanismos sintáticos

(subordinação, coordenação, ordem dos vocábulos e orações).

A coerência e os mecanismos de coesão não funcionam

sempre da mesma forma em todos os textos, pelo contrário, se

manifestam distintamente nos diferentes gêneros textuais,

condicionados pela situação de produção. Vejamos rapidamente

alguns exemplos.

Nos gêneros que se agrupam na ordem do narrar, acoerência existe, sobretudo, em função da organização temporal,

isto é, do modo como se marca o tempo dos acontecimentos

narrados. Mas esta organização está sujeita às especificidades do

gênero. Por exemplo, em um conto11 de assombro12, os elementos

coesivos acionados para garantir a unidade de sentido são distintosdaqueles mobilizados para a construção de um conto de fada13: a

introdução da narrativa, a seleção dos fatos a serem narrados, o

foco nos elementos de cenários e na caracterização de personagens

11 O conto caracteriza-se por ser uma narrativa curta, um texto em prosa que dá o

seu recado em reduzido número de páginas ou linhas. São histórias inventadas

por alguém. Existem também os contos tradicionais que são aquelas histórias que

ninguém sabe ao certo quem inventou e que são transmitidas de geração em

geração e muitas vezes ficam conhecidas por algum autor que criou a sua versão

da história e a reinventou.

12Grande espanto, pasmo. Susto, pavor.13 Os contos de fadas são uma variação do conto popular ou fábula. Partilham com

estes o fato de serem uma narrativa curta, transmitida oralmente, e onde

o herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de triunfar contra

o mal.

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(seus gestos, suas feições, seu modo de ser e agir) são elementos

que precisam estar adequados à finalidade do texto, ao efeito de

sentido que se quer promover.

No caso do conto de assombro, estes aspectos devemestar voltados para o clima de assombro e tensão que caracteriza

este gênero. As construções "era uma vez" e "em um reino

encantado", características de um conto de fadas, tornam-seinconsistentes para o conto de assombro, que tem como um dos

fatores essenciais de sua organização a necessidade de construir a

credulidade do leitor, definindo tempos e lugares com certa

precisão.Em muitos casos, a incoerência ou inconsistência de um

texto decorre da inabilidade de selecionar o que é relevante para a

situação de produção: um conto de assombro que se demora na

descrição de alguns detalhes que não contribuem para a criação do

clima de medo, por exemplo, pode perder o foco e tornar-se, se não

incoerente, improdutivo para o gênero pretendido. Muitas vezes é

este o problema que detectamos nos textos dos nossos alunos,sendo preciso mostrar a eles que a unidade de sentido a ser

trabalhada no texto está diretamente relacionada com ascaracterísticas e as condições de produção exigidas pelo gênero.

Nos textos que se agrupam na ordem do argumentar, a

coerência se constrói fundamentalmente pela ordenação lógica das

ideias. Sabemos que há conectores específicos para expressar as

diferentes articulações sintáticas - causa, finalidade, conclusão,condição etc. - e que tais elementos devem ser usados

adequadamente, de acordo com a relação que se quer exprimir ao

desenvolver uma argumentação.

Sabemos também que estes articuladores exigem a

adequação dos tempos e modos verbais para funcionarem de

maneira eficiente e possibilitar a coerência. Todos estes

conhecimentos são fundamentais para o trabalho com aargumentação. Entretanto, saber isto não é suficiente para construir

uma boa argumentação nos diferentes gêneros circunscritos neste

grupo.

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Convencer um conjunto de leitores de um artigo de

opinião, por exemplo, é muito diferente do que convencer um

interlocutor específico em uma carta reivindicatória. As estratégias

argumentativas a serem mobilizadas para um e para outro caso sedistinguem e precisam levar em conta elementos da situação de

comunicação específica. Numa carta dirigida a um prefeito, por

exemplo, argumentos que apelem para a sua condição de

representante do povo e responsável pelo bem público podem e

devem ser utilizados, mas é incoerente mobilizar este tipo de

argumento quando o que se pretende é dialogar com um

interlocutor que precisa ser convencido e chamado para o seu lugarde cidadão.

Neste último caso, pode ser uma boa estratégia, trazer

para o texto a voz de um cidadão que fala de igual para igual. Isto

significa dizer que a coerência de um e de outro texto precisa ser

definida não pelos argumentos em si, mas pelo seu funcionamento

em cada situação comunicativa.

É por este motivo que vale a pena mostrar aos alunos amaneira como estes mecanismos funcionam no interior dos textos.

Mas como é mesmo que isto pode ser feito?

Certamente esta pergunta não encontrará resposta

desejável e produtiva se a opção for fazer os alunos decorarem uma

interminável lista de conjunções coordenativas e subordinativas. A

compreensão do funcionamento das conjunções, de seu sentido, de

sua função argumentativa, das relações que estabelecem entre asideias em um editorial ou em uma carta aberta é que pode evitar os

períodos incoerentes do ponto de vista sintático, semântico e

principalmente, do ponto de vista da situação comunicativa que sepretende.

Se o professor quer que seus alunos produzam textos

coerentes e coesos, é preciso mostrar o funcionamento destes

mecanismos na situação de produção específica em que o texto estáinserido. Somente desta maneira o aluno vai se familiarizar com

novas aquisições lingüísticas e perceber que solucionar um

problema de coerência ou coesão em um texto não significa

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simplesmente trocar uma palavra, substituir ou modificar um

conectivo, nem adequar os tempos verbais, trata-se, antes de tudo,

de perguntar sobre os elementos que envolvem sua produção.

ANTES DO PONTO FINAL

São muito comuns reclamações como 'não sei

pontuar', 'não sei usar vírgulas'. Estas dificuldades decorrem quase

sempre da ideia de que as regras são rígidas e funcionam em

quaisquer situações de produção. Muito mais produtivo do que

insistir em regras é aliar o ensino da pontuação ao ensino dos

mecanismos de coerência e coesão, mostrando a importância dela

para o estabelecimento do sentido do texto em determinadas

situações comunicativas.

Assim como podemos usar conectores e outros

elementos de coesão para articular vocábulos ou orações.e indicar

as relações existentes entre eles, os sinais de pontuação também

contribuem para a "costura" do texto, orientando o leitor para aconstrução do sentido.

V) O Q u e  é   RESENHA?

Para Andrade (1995, p. 60), resenha é um tipo de

trabalho que "exige conhecimento do assunto, para estabelecer

comparação com outras obras da mesma área e maturidadeintelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor".

A mesma autora (1995, p. 61) define resenha como

"tipo de resumo crítico, contudo mais abrangente: permite

comentários e opiniões, incluem julgamentos de valor,

comparações com outras obras da mesma área e avaliação da rele

vância da obra com relação às outras do mesmo gênero".

Por isso, afirma ser a resenha tarefa de professores e

especialistas no assunto da obra e que ela costuma ser pedida em

cursos de pós-graduação, como exercício para a realização de

trabalhos complexos (monografias).

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Resenha é, portanto, um relato minucioso das

propriedades de um objeto, ou de suas partes constitutivas; é umtipo de redação técnica que inclui variadas modalidades de textos:

descrição, narração e dissertação. Estruturalmente, descreve aspropriedades da obra (descrição física da obra), relata as credenciaisdo autor, resume a obra, apresenta suas conclusões e metodologia

empregada, bem como expõe um quadro de referências em que o

autor se apoiou (narração) e, finalmente, apresenta uma avaliação

da obra e diz a quem a obra se destina (dissertação).

Além dos objetivos gerais da resenha (instrumento de

pesquisa bibliográfica, atualização bibliográfica, decisão deconsultar ou não o texto original), acrescentem-se os de

desenvolvimento da capacidade de síntese, interpretação e crítica.

Ela contribui para desenvolver a mentalidade científica e levar o ini

ciante à pesquisa e à elaboração de trabalhos monográficos.

A resenha crítica inclui-se entre os textos que têm por

objetivo conduzir o leitor para informações puras, afirma Vanoye(1985, p. 74-75). Nesses textos, não se percebe nem a presença do

emissor nem a do receptor. Daí a linguagem em terceira pessoa,

implicando com isso certa neutralidade, que é, no entanto, limitada,

uma vez que na seleção e organização do texto já ocorre intenção

de quem escreve.

VI) PROCEDIMENTOS

Para criar condições de abordagem e inteligibilidade de

qualquer texto, alguns recursos são sugeridos a seguir:

1) DELIMITAÇÃO DA UNIDADE DE LEITURA

O primeiro passo é, portanto, delimitar a extensão da

leitura, que é realizada considerando-se sua natureza e

familiaridade do leitor com o assunto tratado. A leitura de um textoé feita por etapas. Terminada uma etapa, passa-se a outra. Evitem-

se intervalos longos entre uma leitura e outra, visto que prejudicam

a compreensão do texto.

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2) A n á l i s e  t e x t u a l

A análise textual compreende: O estudo do

vocabulário; a verificação das doutrinas expostas; a sondagem de

fatos apresentados; a autoridade dos autores citados; o esquema

das ideias expostas no texto.

Nessa fase da leitura, busca-se responder às questões:

quem é o autor do texto? Que métodos utilizou? Estudam-se o

vocabulário e os conceitos utilizados, bem como se assinalam as

dúvidas.

Sem a compreensão dos conceitos, a leitura fica

prejudicada. Examinem-se também as referências históricas, a refe

rência a outras doutrinas e a outros autores. Às vezes, tais fatos

aparecem no texto como pressupostos, e então cabe ao leitor

analisá-los, buscando esclarecimentos em dicionários,

enciclopédias, manuais, livros didáticos.

A análise textual, segundo Antonio Joaquim Severino(1985, p. 127), "pode ser encerrada com a esquematização do

texto". E ainda acrescenta que o melhor procedimento para sua

realização é dividir o texto em introdução, desenvolvimento e con

clusão.

3) ANÁLISE TEMÁTICA

A análise temática apreende o conteúdo da mensagemsem intervir nele. Responde a várias perguntas:

a)   De que trata o texto? E assim obtém-se o assunto (a

referência) do texto;

b)   Sob que perspectiva o autor tratou do assunto (tema)? Quais

os limites do texto?

c)   Qual problema foi focalizado? Como foi o assuntoproblematizado?

d)   Como o autor soluciona o problema? Que posição assume? E,

assim, toma-se posse da tese do autor;

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e)   Como o autor demonstra seu raciocínio? Quais são seusargumentos?

f)Há outros assuntos paralelos à ideia central?

4) A n á l i s e   iim t er pr et a t iv a

A análise interpretativa objetiva apresentar uma

posição própria a respeito das ideias do texto. Força-se aqui o autor

a dialogar com o leitor. Às vezes, cotejam-se as ideias do textooriginal com as de outro.

Deve-se situar o autor dentro de sua obra e nocontexto da cultura de sua área. Destacam-se as contribuiçõesoriginais.

O passo seguinte é a crítica, avaliação ditada pelanatureza do texto. Responde-se às perguntas:

a)  Qual sua coerência interna?

b)  Qual a originalidade do texto?c)  Qual o alcance do texto?

d)  Qual a validade das ideias?

e)  Qual a relevância das ideias?

f)Que contribuições apresenta?

g)  O autor atingiu os objetivos propostos?

h)  O texto supera a pura retomada de textos de outros autores?

i)  Há profundidade na exposição das ideias?

 j )  A tese foi demonstrada com eficácia?

k)  A conclusão está apoiada em fatos?

Faz-se então a crítica às posições defendidas no texto.

5) P r o b l e m a t i z a ç ã o

A problematização é a penúltima etapa da análise de

textos. Que questões o texto levanta?

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6) S í n t e s e   p e s s o a l

Feita a reflexão sobre o texto, possibilitada pelas fases

anteriores de leitura, passa-se à síntese, que é a fase de elaboraçãode um texto pessoal, que reflita sinteticamente as ideias do texto

original.

A t i v i d a d e s - L i ç ã o   II

Marque "C" para Certo e "E" para Errado:

1 ) Q Um fichamento é um trabalho intelectual, individual, onde o

aluno tem oportunidade de sistematizar suas leituras, de talforma que tenha consigo um material de consulta permanente,

ao qual ele poderá recorrer em diferentes momentos de sua vida

acadêmica ou profissional.

2 ) L I O fichamento é uma maneira excelente de manter um

registro de tudo que você lê.

3 ) Q O primeiro elemento do fichamento deve ser a identificação

do texto lido, ou seja, devemos registrar a referência

bibliográfica.

4 ) Q A transcrição literal é a transcrição de expressão, frase ou

parágrafo tal qual está no texto que estamos lendo. É a cópia

exata do trecho citado.

5 ) ü 0 ensaio é um texto razoavelmente curto que trata de um

único assunto, a partir do ponto de vista escolhido pelo autor.

6 ) Q Texto é um tecido verbal estruturado de tal modo que as

ideias formam um todo coeso, uno, coerente.

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Lição III

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15

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Anotações:

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DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO 

DE MONOGRAFIA

I) MONOGRAFIA

Monografia é uma dissertação que trata de um assunto

particular, de forma sistemática e completa. Esta é sua

característica essencial. Para Lakatos e Marconi (1995d, p. 151),

"trata-se de um estudo sobre um tema específico ou particular, com

suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa meto

dologia". Para Silva et a i   (s.d., p. 181), "a monografia é um tipoespecializado de dissertação".

Ela estuda um assunto com originalidade e em

profundidade, considerando todos os ângulos e aspectos.

Originalidade aqui, no entanto, não quer dizer total novidade, uma

vez que a ciência se sujeita a contínuas revisões.

A origem histórica da palavra MONOGRAFIA vem daespecificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a

um só problema. "Seu sentido etimológico significa: monos (um só)

e graphein (escrever): dissertação a respeito de um assunto único

ou a redução da abordagem a um só assunto" (SALOMON, 1995 p.179).

O trabalho monográfico "consiste no tratamento

escrito de um tema específico" (VERA, 1976, p. 164).

"Esse tratamento deverá resultar em interpretação

científica com a finalidade de apresentar uma contribuição

relevante ou original e pessoal à ciência" (SALOMON, 1972, p. 207).

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Para o manual de normas da Universidade Federal do

Paraná (2002, p. 2), "monografia é a exposição de um problema ou

assunto especifico, investigado cientificamente. O trabalho de

pesquisa pode ser denominado monografia quando é apresentadocomo requisito parcial para a obtenção do título de especialista, ou

pode ser denominado trabalho de conclusão de curso, quando é

apresentado como requisito parcial para a conclusão de curso.

A monografia pode ser defendida em público ou não. A

monografia publicamente comunicada em congressos, encontros,

simpósios, academias, sociedades científicas, segundo normas

estipuladas pela coordenação dessas reuniões e/ou entidades, édenominada memória".

Na monografia de graduação, é suficiente a revisão

bibliográfica, ou revisão da literatura. É mais um trabalho de

assimilação de conteúdos, de confecção de fichamentos e,

sobretudo, de reflexão. É, propriamente, uma ' pesquisa

bibliográfica, o que não exclui capacidade investigativa de

conclusões ou afirmações dos autores consultados.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é outro nome

que se dá às monografias apresentadas ao final dos cursos de

graduação. Também recebe o nome de Trabalho de GraduaçãoInterdisciplinar (TGI) e Trabalho de Conclusão de Curso de

Especialização e/ou Aperfeiçoamento (cursos de lato sensu).

A NBR 14724:2002 assim define esse tipo de trabalhoacadêmico: "Documento que representa o resultado de estudo,devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve

ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo

independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito

sob a coordenação de um orientador".

Na monografia para a obtenção do grau de mestre, além da revisão da literatura, é preciso dominar o conhecimento do

método de pesquisa e informar a metodologia utilizada na pesquisa.

É um trabalho de confecção de fichamentos e reflexão; embora não

haja preocupação em apresentar novidades quanto às descobertas,

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o pesquisador expõe novas formas de ver uma realidade já

conhecida. A apresentação de um ponto de vista pessoal é de rigor.

Deve o trabalho revelar capacidade metodológica e de

sistematização das informações, bem como domínio das técnicas depesquisa.

Finalmente, na monograf ia para a obt enção do grau de  

doutor,  são elementos fundamentais: a revisão da literatura, a

metodologia utilizada, o rigor da argumentação e apresentação deprovas, a profundidade das ideias, o avanço dos estudos na área.

Embora haja confusão quanto ao uso do termomonografia,  devido a seu largo uso no meio acadêmico comotrabalho apresentado ao final de cursos de graduação, ou como

texto escrito relativo a seminário apresentado em cursos de pós-

graduação, a expressão diz respeito a trabalhos escritos que versamsobre um assunto.

A finalidade do trabalho pode ser de variados níveis:

atender a exigências de cursos de graduação, pós-graduação emnível de mestrado, pós-graduação em nível de doutorado. O que

diferencia um texto do outro é o nível da pesquisa. Assim, para um

estudante de graduação é suficiente uma pesquisa bibliográfica

restrita a uma dezena de livros ou pouco mais; de um estudante de

pós-graduação se exige pesquisa bibliográfica mais elástica, reflexãodemorada sobre os fatos relatados, criatividade em relacionar fatos

e observações.Portanto, não há razão para se falar em três níveis:

monografia, dissertação e tese. O trabalho de graduação deve ser

monográfico, assim como o apresentado para a obtenção dostítulos de mestre e doutor. Os três tipos de trabalhos são

dissertativos, bem como pode aparecer em todos eles a defesa de

uma tese.

Talvez, a alternativa seja distinguir monografias

escolares (graduação) de monografias científicas (mestrado e

doutorado). Silva et al. (s.d., p. 181) informam que a monografia é

semelhante à dissertação, desenvolvendo "a clássica estrutura

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tripartida: introdução, desenvolvimento e conclusão", mas distingue

ambos os tipos de trabalhos científicos, afirmando que na

dissertação o pesquisador demonstra conhecimento da literatura

relativa a um tema e define sua posição e que na monografia, alémdisso, é preciso revelar "conhecimento do método de pesquisa que

leva à descoberta científica".

Em seguida, os autores citados distinguem monografias

escolares de monografias científicas. As escolares são usadas em

algumas universidades como iniciação à pesquisa, enquanto as

científicas são o resultado de um estudo original de um tema

delimitado, seguindo a metodologia própria da ciência.

Retomando, na monografia de graduação, o orientando

concentra-se na revisão bibliográfica, ou revisão da literatura. É um

trabalho de assimilação de conteúdos, por meio de resenhas ou de

confecção de fichamentos. Na monografia para a obtenção do grau

de mestre, é preciso dominar o conhecimento do método de

pesquisa e informar a metodologia utilizada na pesquisa. É um

trabalho de confecção de fichamentos e reflexão.

É necessária a apresentação de um ponto de vista

pessoal. Finalmente, na monografia para a obtenção do grau de

doutor, serão elementos fundamentais: a originalidade, os métodos

utilizados, o rigor da argumentação e apresentação de provas, a

profundidade das ideias, o avanço dos estudos na área.

II) ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

A estrutura da monografia compreende int rodução, 

desenvolvimento e conclusão.

1) INTRODUÇÃO

Na introdução, o pesquisador formula claramente o

objeto da investigação. Apresenta sinteticamente a questão a ser

solucionada. Portanto, há necessidade de problematizar a realidade

para se buscar uma solução. Se não há problemas para resolver, não

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há por que iniciar a pesquisa e a redação da monografia. Na

introdução, ainda, apresentam-se a justificativa do trabalho e a

metodologia utilizada na pesquisa (levantamento bibliográfico,

pesquisa de campo, uso de questionários, pesquisa de laboratório) efaz-se referência à literatura relativa ao assunto, anteriormente

publicada.

2) O D e s e n v o l v i m e n t o

Escrita a introdução, o pesquisador passa para nova

etapa da monografia: o desenvolvimento, que compreendeexplicação, discussão e demonstração. Portanto, etapa de exposição

dos fundamentos lógicos do trabalho realizado; etapa de

explicitação, de esclarecimento, de análise, de supressão do

ambíguo, de exame e demonstração do raciocínio, de apresentaçãode provas, de argumentação.

3) A CONCLUSÃO

Finalmente, a conclusão retoma as pré-conclusões

anteriormente expostas em variadas partes do texto, e reforça alinha de pensamento que dá sustentação à monografia. Nesse

momento, o pesquisador procura firmar a unidade temática, as

ideias contidas na exposição. Trata-se de um resumo das conclusões

espalhadas pela monografia, uma síntese das ideias defendidas na

obra.

III) ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA

O aluno na busca da elaboração de sua monografia

passará por algumas fases: Escolha do assunto; pesquisabibliográfica; documentação; crítica; construção e redação.

1) ESCOLHA DO ASSUNTO

A escolha do "assunto" é o ponto de partida da

investigação e consequentemente da própria monografia, é o

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objeto de pesquisa. É preciso escolhê-lo com acerto. Deve ser um

tema selecionado dentro das matérias que mais lhe interessam

durante o curso e que atendam às suas inclinações e possibilidades.

É um início de uma realização profissional. De qualquer maneira, sóse pode esperar êxito quando o assunto é escolhido ou marcado de

acordo com as tendências e aptidões do aluno.

2) PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

À escolha do assunto segue naturalmente, dentro do

processo de elaboração da monografia, a fase de pesquisa

bibliográfica.

O aluno deverá junto ao seu orientador buscar a

bibliografia que possa ser consultada (livros, revistas, artigos,

trabalhos científicos etc.) para a elaboração de seu projeto de

Monografia e consequentemente a Monografia.

3) A D o c u m e n t a ç ã o

A documentação é a parte mais importante da

dissertação, consiste em reunir em coleção o material que nos vai

fornecer a solução do problema estudado. Unir toda a bibliografia

encontrada e elaborar a informação ao trabalho da pesquisa

(poderá ser feito através de fichas).

4) A CRÍTICA

A crítica é um juízo de valor sobre determinado

material científico. Pode ser externa e interna. Externa é a que se

faz sobre o significado, a importância e o valor histórico de um

documento, considerado em si mesmo e em função do trabalho que

está sendo elaborado.

Abrange a crítica do texto (saber se o texto não sofreu

alterações com o tempo, por exemplo), a da autenticidade (autor,

data, e circunstâncias de composição de um escrito) e a da

proveniência do documento (origem da obra).

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5) A CONSTRUÇÃO

Após o longo trabalho de documentação e crítica, o

pesquisador terá diante de si, no mínimo, tríplice fichário dedocumentação (fontes, bibliografias e críticas pessoais). Ele irá

construir a partir desses dados, a Introdução, o Desenvolvimento ea Conclusão de sua monografia.

6 ) A R e d a ç ã o

A monografia é um trabalho escrito. Desde a fase de

sua construção, o trabalho monográfico vem sendo redigido. É umadas operações mais delicadas e difíceis para o pesquisador por ter

que atentar para normas de documentação, requisita de

comunicação, de lógica e até de estilo.

Existe, devido à ansiedade, uma resistência do

pesquisador em redigir, talvez por medo de que seu trabalho não

seja compreendido ou aceito pelo público. Décio V. Salomão sugererecursos pra facilitar a tarefa de redigir:

a) Redação provisória:   fazer primeiramente um esboço,

rascunho, planejamento, a maquete;

b) Redação Def init iva:   consta das três partes da construção da

monografia - Introdução, Desenvolvimento e Conclusão;

c) Estrutura Material da Monografia:   a monografia deve

agradar ao público e também o serviço de documentação(obedecer às normas técnicas elaboradas pela Associação

Brasileira de Normas Técnicas).

Ao redigir-se um texto científico, deve-se ter o cuidado

de corrigir a gramática, de expor o texto com clareza, exatidão e deforma objetiva; deve-se também evitar períodos extensos, redação

simples (linguagem excessivamente familiar e vulgar), a ironiacausticante, os recursos retóricos, a linguagem direta, a precisão erigor com o vocabulário técnico. O pesquisador há de tomar cuidado

com o uso de estrangeirismos, utilizando-os somente nos casos de

indisponibilidade de vocábulo equivalente na língua portuguesa.

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IV) ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

A ordem lógica do pensamento de quem escreve pode

não coincidir com a ordem de descoberta e de intuição do autor.Isto é normal, já que o pensamento expresso não pode perder de

vista a finalidade que tem de comunicar ao leitor essas descobertas.

Por isso, o que interessa antes de tudo é a inteligibilidade do texto.

A construção lógica do trabalho é o arranjo encadeadodos raciocínios utilizados para a demonstração da hipótese

formulada no início. Naturalmente, esses raciocínios, em trabalhos

que comportem elementos de pesquisa positiva de bibliografia,

como na maioria dos trabalhos acadêmicos, são formados a partir

dos dados colhidos nas fontes consultadas e a partir das ideias

descobertas pela reflexão do autor.

Todo trabalho científico, seja uma tese, um texto

didático, um artigo ou uma simples resenha deve constituir uma

totalidade de inteligibilidade, estruturalmente orgânica, deveformar uma unidade com sentido intrínseco e autônomo para o

leitor que não participou de sua elaboração, que internamente as

partes se concatenem logicamente.

Concretamente, isto quer dizer que as partes do

trabalho, seus capítulos e, no interior deles, os parágrafos devem

ter uma seqüência lógica rigorosa determinada pela estrutura do

discurso. Não basta que as proposições tenham sentido em simesmas: é necessário que o sentido esteja logicamente inserido no

contexto do discurso e da redação.

A eficácia de um trabalho escrito que se pretenda claro

e persuasivo está relacionada à habilidade do pesquisador em

explorar as três partes de sua estrutura: int rodução,

desenvolvimento e conclusão.

Acrescente-se que "as partes de um discurso não se

distinguem por fronteiras marcadas a régua", ensina Massaud

Moisés (1979, p. 22).

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1) INTRODUÇÃO

A int rodução   levanta o estado da questão, mostrando o

que já foi escrito a respeito do tema e assinalando a relevância e ointeresse do trabalho. Em todos os casos, manifesta as intenções do

autor e os objetivos do trabalho, enunciando seu tema, seuproblema, sua tese e os procedimentos que serão adotados para o

desenvolvimento do raciocínio. Encerra-se com uma justificação do

plano do trabalho.

Lendo a int rodução,  o leitor deve sentir-se esclarecido

a respeito do teor da problematização do tema do trabalho, assimcomo a respeito da natureza do raciocínio a ser desenvolvido.

Evitem-se intermináveis retrospectos históricos, a apresentação

precipitada dos resultados, os discursos grandiloqüentes. Deve ser

sintética e versar única e exclusivamente sobre a temática intrínsecado trabalho.

Antes da introdução pode-se escrever uma

apresentação; esta, no entanto, será a última parte do trabalho aser definitivamente redigida. A introdução explica minuciosamente

como a pesquisa foi realizada, discorrendo sobre objeto e

delimitação do assunto tratado, natureza do problema que serviu

de base para justificar a obra e sobre as hipóteses e variáveis (caso

trate-se de uma tese de doutorado). Ressalta-se a importância da

pesquisa realizada, o objeto investigado, o objetivo da investigação,

e a justificativa de sua escolha e aplicação. Em geral, faz-se brevedescrição das partes da monografia.

É da índole científica fazer referência às teorias em que

o trabalho se baseou, não se esquecendo a definição de termos

técnicos incorporados ao texto. A introdução jamais deverá ser o

primeiro capítulo da monografia, ela é um texto descritivo-narrativode todo o trabalho que segue.

A int rodução   evita o tratamento abrupto do tema do

trabalho. Prepara-se o leitor, elucidando uma série de questões

que, se desconsideradas, poderiam obscurecer as ideias expostas.

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Na introdução, coloca-se a  proposição  do tema,

declarando-se o objeto do trabalho. Em seguida, por motivo de

aprofundamento do estudo, delimita-se o tema, ou seja, explica-se 

ao leitor que aspectos serão tratados.  Justifica-se por que taisaspectos foram escolhidos.

Explica-se ao leitor qual é o ponto de vista de quem

realiza o trabalho, sob que perspectiva se situa. Que tese será

defendida? Quais são as hipóteses de trabalho?

Referências a autores de nomeada conferem apoio ao

texto. A demonstração da tese depende de análise e discussão doselementos constantes do texto. Ressalva Massaud Moisés (1979, p.

23) que "uma redação escolar de duas páginas ou um artigo crítico

de quatro laudas não podem apresentar introdução tão

pormenorizada".

2) D e s e n v o l v i m e n t o

O desenvolvimento é um elemento da estrutu

texto que busca examinar fatos extrínsecos e intrínsecos. A análise

dos elementos extrínsecos conduz às ideias que subjazem às

formas. Assim, ao desenvolver ideias, parte-se da investigação de

formas externas para o exame de ideias internas.

A argumentação utilizada para ambos os exames inclui

análise de prós e contras, para que o leitor saia convencido daleitura. As opiniões não bastam; é preciso examinar os fatos e

interpretá-los, bem como não deixar nada subentendido. Se

possível, apresente-se farta exemplificação.

O desenvolvimento corresponde ao corpo do tra

será estruturado conforme as necessidades do plano definitivo da

obra. As subdivisões dos tópicos do plano lógico, os itens, seções,

capítulos etc. surgem da exigência da logicidade e da necessidadede clareza e não de um critério puramente espacial. Não basta enu

merar simetricamente os vários itens: é preciso que haja subtítulos  portadores de sentido.

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Em trabalhos científicos, todos os títulos de capítulos

ou de outros itens devem ser temáticos e expressivos, ou seja,

devem dar a ideia exata do conteúdo do setor que intitulam.

A fase de fundamentação lógica do tema deve ser

exposta e provada; areconstrução racional tem por objetivoexplicar, discutir e demonstrar.

Explicar é tornar evidente o que estava implícito,

obscuro ou complexo; é descrever, classificar e definir. Discutir é

comparar as várias posições que se entrechocam dialeticamente.

Demonstrar é aplicar a argumentação apropriada ànatureza do trabalho. E partir de verdades garantidas para novas

verdades.

3) CONCLUSÃO

Após o desenvolvimento, passa-se à conclusão,  que

deve confirmar a hipótese inicial, ou a tese apresentada. Sintetiza-se o desenvolvimento em sua essência.

A conclusão  é, portanto a síntese para a qual caminha o

trabalho. Será breve e visará recapitular sinteticamente os

resultados da pesquisa elaborada até então.

Se o trabalho visar resolver uma tese-problema e se,

para tal, o autor desenvolver uma ou várias hipóteses, através do

raciocínio, a conclusão aparecerá como um balanço doempreendimento.

O autor manifestará seu ponto de vista sobre

resultados obtidos, sobre o alcance dos mesmos.

Quando o trabalho é essencialmente analítico e

comporta uma pesquisa positiva sobre o pensamento de outrosautores, esta conclusão pode ser fundamentalmente crítica.

Quando, porém, a crítica é mais desenvolvida, entrará no corpo dotrabalho como um capítulo.

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4) A BIBLIOGRAFIA

A bibliografia, etapa final de um trabalho realizado

segundo a metodologia científica, segue normas rígidas,

estabelecidas, no Brasil, pela Associação Brasileira de NormasTécnicas (NBR 6023:2000). É realizada em ordem alfabética pelo

sobrenome dos autores.

V) APRESENTAÇÃO GRÁFICA DA MONOGRAFIA

A apresentação gráfica da monografia segundo normas

técnicas, ao lado do conteúdo e da estruturação do texto, é umrequisito que contribui para a consecução de um trabalho capaz de

atingir seu objetivo. Monografia realizada sem a preocupaçãográfica, em geral, acaba mal-sucedida. Do ponto de vista da

apresentação geral, um trabalho científico contém as seguintes

partes:

a)  Capa;

b)   Folha de rosto;c)  Folha de sumário;

d)  Lista de tabelas e/ou figuras;

e)  Núcleo do trabalho:

1 Introdução

1 Desenvolvimento

i Conclusão

f)Apêndices;

g)  Anexos;

h)   Referências Bibliográficas;

i)  Capa final.

1) CAPA

A capa inicial contém apenas três elementos: no alto dapágina, o nome do autor na ordem normal com letras maiúsculas;

no centro da página, o título do trabalho grifado; embaixo - junto à

margem inferior, a cidade e o ano.

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2) Fo l h a  D e  Ro s t o

Esta é a primeira folha após a capa. Ela tem a finalidadede identificar o destino da pesquisa, ou seja, se é monografia de

conclusão de curso, dissertação, tese ou livre-docência, e a que

centro de pesquisa pertence o trabalho. Essa folha tem, no alto, o

nome completo do autor; no meio, o título completo do trabalho;

mais abaixo, à direita, o texto de identificação da natureza do

trabalho, seu objetivo acadêmico e à instituição a que se destina;embaixo, cidade e ano.

3) Fo l h a  d e  S u m á r i o

Todo trabalho científico pressupõe organização. O

sumário tem por função apresentar de forma detalhada o conteúdodo assunto desenvolvido e por objetivo maior facilitar o trabalho do

leitor, principalmente de pesquisadores que, dessa maneira, terão

facilidade na identificação dos assuntos do seu interesse naexecução da leitura preliminar.

Suas partes são acompanhadas dos seus respectivosnúmeros de páginas.

Nas entradas primárias usar caixa alta e negrito; nas

secundárias, caixa alta apenas na primeira letra de cada palavra; nas

terciárias e seguintes, caixa alta somente na primeira letra da

primeira palavra, exceto se constarem nomes próprios, de lugares

ou ciências.

4)  L i s t a  d e  t a b e l a s  e F i g u r a s

Caso constem do trabalho tabelas, figuras ou  ilustrações   são elaboradas as respectivas listas   que se situam com a

respectiva paginação, logo após o sumário.

5) N ú c le o d o t ra b a l h o

Na seqüência vem o núcleo do trabalho: a introdução,

o desenvolvimento e a conclusão. As várias divisões em partes,

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seções e capítulos estruturam-se, no corpo do trabalho, de acordo

com as necessidades do raciocínio e da redação.

a) Int rodução A folha de Introdução é de grande valor em qualquer

trabalho científico e deve ser redigida a partir de argumentos

específicos do assunto pesquisado.

Pode-se fazer uma redação envolvendo o objetivo

específico da pesquisa sem ressaltar um ou outro tópico relevante

ou esboçar o conteúdo dos capítulos principais, do problema e das

hipóteses formuladas. Deve-se procurar tomar como base a folha de

introdução da bibliografia consultada sobre o assunto, pois a

metodologia da linguagem empregada auxilia na elaboração da sua

página.

b) Desenvolvimento 

Constitui o elemento essencial da pesquisa. Aqui o

pesquisador segue o sumário estabelecido no trabalho com as

alterações necessárias, como supressão de um ou outro item,

abertura de subitens e inclusão de outros tópicos. Em suma, é o

coração da pesquisa, onde são apresentadas e discutidas as

informações nos capítulos ou partes, e concentra de 80 a 90 por

cento do total de páginas do trabalho.

c) Conclusão 

Essa é a redação final da pesquisa. Nela são

apresentados os resultados obtidos de acordo com a proposta

do trabalho, no qual se formularam o problema e as

hipóteses. O pesquisador pode iniciar citando o objetivo específico

e, em seguida, escrever o resultado obtido com o levantamento das

informações. Não se esqueça de que a linguagem é impessoal, tantonessa página como nas anteriores. Assim, não se podem utilizar ter

mos como: "Concluo que...", "Concluímos que...", "... chegamos à

conclusão de que..." e "Eu acho que...".

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Se o resultado não for favorável às hipóteses

formuladas, o pesquisador não deve se desesperar, mas sim

apresentar as razões para tal fracasso e sugestões para futuras

pesquisas.

6) A p ê n d i c e

Só se acrescentam quando exigidos pela natureza do

trabalho; os apêndices geralmente constituem desenvolvimentos

autônomos elaborados pelo próprio autor, para completar o próprio

raciocínio, sem prejudicar a unidade do núcleo do trabalho.

7) A n e x o s

No anexo serão colocadas todas as informações

complementares não-produzidas pelo autor, tais como projeto de

lei, decreto, gráfico, tabela, recorte de jornal e revista e estatísticas.

É importante que no texto o autor faça as devidasreferências ao apêndice e anexos, citando-os no desenvolvimento

do texto ou em notas de rodapé.

8) R e f er ên c i a s   b i b l i o g r á f i c a s

Deve relacionar todas as fontes utilizadas para a

composição da pesquisa. Esta pode ser composta por livro, jornal,revista, boletim, ensaio, filme, entrevista, seminário e outras fontes

de pesquisa, que deverão obedecer à orientação para referência

bibliográfica.

VI) APRESENTAÇÃO GRÁFICA DA MONOGRAFIA

A apresentação gráfica da monografia segundo normas

técnicas, ao lado do conteúdo e da estruturação do texto, é um

requisito que contribui para a consecução de um trabalho capaz deatingir seu objetivo.

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1) TEXTOS DATILOGRAFADOS QU DIGITADOS

Os trabalhos são datilografados ou digitados em folha

de papel sulfite, tamanho A4 (210 cm x 297 cm), de um lado só,respeitando as seguintes margens:

a)  Margem superior: 3 cm;

b)  Margem inferior: 2 cm;

c)  Margem esquerda: 3 cm;

d)  Margem direita: 2 cm.

As margens devem acompanhar todo o trabalho. Não

se permite o uso de sinais, como barra, asterisco, aspas eexclamação, para completar a linha e manter a margem correta. A

margem deve ser mantida com o próprio texto, e não com

elementos que não fazem parte dele. Com o uso do computador, o

pesquisador pode utilizar o recurso justificar.

O texto deve ser datilografado ou digitado em espaço

duplo.

Ao tratar do formato, a NBR 14724:2002 estabelece:

"Os textos devem ser apresentados em papel branco, 

format o A4 (21 cm x 29,7 cm), dat ilografados ou digitados na cor  

preta, com exceção das ilustrações, no anverso das folhas, exceto a  

folha de rosto (...) Recomenda-se, para digitação, a ut ilização de  

fonte 12 para o texto e tamanho menor para cit ações de mais de  

t rês linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e  tabelas. No caso de textos dat ilografados, para cit ações de mais de  

t rês linhas, deve-se observar apenas o recuo de 4 cm da margem  

esquerda." 

2) PARÁGRAFO

Modernamente, por influência americana, encontram-

se trabalhos científicos, relatórios, monografias em que não aparece

o espaço branco indicativo de parágrafo. Em vez disso, osparágrafos são alinhados à esquerda e aparece entre eles um

espaço interlinear duplo. Gramaticalmente, recomenda-se o uso do

espaço branco no início dos parágrafos (espécie de "dente").

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3)  Fo n t e , c o r  eT a m a n h o

Para o trabalho científico deve-se usar:

a)   Fonte: Times New Roman ou Arial;b)   Tamanho: 12;

c)  Cor: automática (Preto).

4) N u m e r a ç ã o   Da s  f o l h a s

O número da página deve ser colocado no espaço entre

o limite da folha e a margem determinada para o texto. Assim, não

se conta a margem a partir do número da página, pois ele está

'dentro' dela.

Quanto à localização do número na página, este poderá

aparecer no topo da página, à direita, junto à margem superior. A

numeração deve se iniciar a partir da página de introdução,

contando as páginas anteriores. Utilizam-se números arábicos.

5) Es p a ç a m e n t o

Todo o texto deve ser digitado em espaço duplo de

entrelinhas, exceto para as citações, notas de rodapé, referências,fichas catalográficas, legendas das ilustrações e tabelas, natureza do

trabalho, objetivo, nome da instituição a que está sendoapresentado e área de concentração - que são digitados em espaço

simples. Os títulos das subseções são separados dos textos que os

precedem ou que os sucedem por dois espaços duplos.

6) TÍTULO DOS CAPÍTULOS O u   PARTES. SUBTÍTULOS E INÍCIO

DE PARÁGRAFOS

O pesquisador deve optar entre colocar o título junto à

margem esquerda, conhecido como parágrafo americano, ou no

centro da página, na margem superior. Pode ainda deixar o título

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entre 4 e 5 centímetros da margem esquerda ou seguir a orientação

dada para o emprego do computador, com um recuo na primeira

linha de 1,5 cm.

Não se esqueça de que esses espaços deverãoacompanhar todas as páginas seguintes do trabalho - desde a

primeira até a última página -, para que seja mantido o padrão

estético do texto.

Esses espaços deverão ser utilizados para os subtítulos

e o início de parágrafos, de maneira que a estética do texto produza

uma linha vertical imaginária a partir desses elementos.

O pesquisador poderá utilizar outras medidas para

parágrafos, título de capítulos ou partes e subtítulos; deve, porém,

manter a uniformidade estética da primeira à última página.

7) ENTRELINHAS E PARÁGRAFOS

O espaço duplo entre as linhas do texto é comum nostrabalhos de pesquisa, variando apenas de equipamento para

equipamento.

Para se ter uma ideia mais clara, é importante

considerar que esse espaço corresponde a um centímetro ou à

espessura de uma caneta esferográfica comum.Espaço entre parágrafos para tabelas, gráficos e figuras.

O espaço entre um parágrafo e outro deve ser

proporcional ao empregado nas entrelinhas. Assim, podem-se

utilizar dois espaços duplos, o correspondente a dois centímetros.

Não se esqueça de que o início de um novo capítulo ouparte tem que ser na página seguinte, e dos subtítulos, na mesma

página, seguindo o espaçamento adotado anteriormente.

Antes de iniciar o subtítulo, devem-se discutir osprincipais pontos daquele capítulo ou parte, e não adotar a

identificação do subtítulo logo após as aberturas de capítulo.

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8) CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A APRESENTAÇÃO DA 

MONOGRAFIA

O autor de uma monografia deve estar atento aoequilíbrio das várias partes de texto. Imagine-se uma introdução de

cinco páginas e um desenvolvimento (corpo do trabalho) com três

páginas. Outro exemplo de desequilíbrio: uma bibliografia de 15

páginas para um trabalho de 10 páginas.

Comumente, uma introdução tem de uma a quatro

páginas; o desenvolvimento ocupa de 10 a 60 páginas; a conclusão

tem em média de uma a seis páginas; a bibliografia relaciona 20 a50 obras.

Evidentemente, ela pode ser menor ou maior, manten

do-se sempre, porém, a proporção.

VII) CONSTRUÇÃO DE REFERÊNCIAS

1) PARA QUE SERVE A NORMALIZAÇÃO?

A utilização de normas técnicas na elaboração de

t rabalhos acadêmicos   é fundamental para facilitar a comunicação e

o intercâmbio da informação.

No Brasil existe a ABNT - Associação Brasileira de

Normas Técnicas, que é o fórum nacional de normalização. Esse

órgão é responsável pela emissão de todas as normas técnicas

brasileiras.

As referências aqui identificadas estão em

conformidade com as definidas pelas normas da ABNT (item 6.5,NBR 6023/2002).

2) O QUE É UMA REFERÊNCIA?"Referência é o conjunto de elementos que permite a

identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou

registrados em diversos tipos de material". (NBR-6023, 2002, p.2)

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3) Q u a n d o  s e  u t i l i z a  u m a   r e f e r ê n c i a ?

Após a elaboração de qualquer trabalho de pesquisa,

deve-se indicar todas as fontes efetivamente utilizadas. Relacionam-

se as referências em lista própria, numerada seqüencialmente, em

ordem alfabética de sobrenome de autor e título.

Esta lista vai ao final do trabalho, com o nome de

bibliografia. Quando o autor entender necessário são relacionadasduas listas de referências: bibliografia consultada e bibliografia

recomendada.

NB: recentemente, a ABNT substituiu o vocábulo"bibliografia" por "referência".

4) COMO SE CONSTRÓI UMA REFERÊNCIA?

Geralmente, inicia-se a entrada pelo último sobrenome

do autor seguidos dos prenomes (exceto sobrenomes compostos),

da mesma forma como consta do documento. Quando não houverautoria (pessoal ou entidade), inicia-se pelo título.

5) REFERÊNCIA PARA LIVROS

Os elementos essenciais que compõem a bibliografia,

indispensáveis à identificação dos livros mencionados em todo

trabalho científico, são: forma de entrada (autoria), título, tradução,

edição, imprenta e descrição física.

a ) A u t o r i a  

Forma de entrada é a indicação do responsável pela

obra, podendo este ser um autor, vários autores, coordenador ou

organizador de uma obra coletiva ou ainda uma instituição

responsável por ela. Considera-se também responsável pela obra,

quando necessário, o tradutor.

Para uma correta indicação da forma de entrada,

sigam-se estas orientações:

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i) Um único autor com sobrenome simples 

O sobrenome sempre precede o nome e é colocado em

caixa alta (denominação para LETRA MAIÚSCULA) separados por

vírgula e seguidos de ponto final. SOBRENOME, Nome.

SEVERINO, Antônio Joaquim.

ii) Um único autor com sobrenome composto 

O sobrenome composto sempre precede o nome,

sendo colocado em caixa alta. Ambos são separados por vírgula e

seguidos de ponto final. SOBRENOME COMPOSTO, Nome.LIMA VAZ, Henrique Cláudio de.

iii) Um único autor com sobrenome com designativos de  

parentesco tais como JÚNIOR, FILHO, NETO.

O sobrenome com designativo de parentesco sempre

precede o nome e é colocado em caixa alta. Ambos são separados

por vírgula e seguidos de ponto final. SOBRENOME DESIGNATIVO DEPARENTESCO, Nome.

CARMO NETO, Dionísio.

iv) Um único aut or com sobrenome portador de par tículas  

t ais como de, do, da, dos, das.

As partículas são colocadas após o nome e seguidas deponto final. SOBRENOME, Nome partícula.

LUNA, Sergio Vasconcelos de.

Quando o livro for escrito por mais de um autor,

aplicam-se as regras enunciadas acima e também as seguintes:

v) Dois ou três autores O sobrenome e o nome dos autores devem ser

separados por ponto e vírgula e seguidos de ponto final, colocando-

se preferencialmente o autor mais conhecido em primeiro lugar.

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Caso ambos os autores tenham o mesmo reconhecimento, é

conveniente utilizar-se a ordem alfabética de sobrenomes.

SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade.

1ri) Quat ro ou mais autores Coloca-se o sobrenome e o nome de um dos autores,

de preferência o mais conhecido, seguido da expressão latina "et  

a i " ,  que significa "e outros", seguidos de ponto final. SOBRENOME,

Nome et al.

BASTOS, Lília da Rocha et al.

vii) Vários aut ores sendo um o organizador ou coordenador  

do livro Coloca-se o sobrenome e o nome do organizador ou

coordenador do livro seguida da abreviação Org. ou Coord: com a

letra inicial em maiúscula e entre parênteses seguidos de ponto

final. SOBRENOME, Nome (Org.).

CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de (Org.).

viii ) Quando a obra éda responsabilidade de uma inst ituição Coloca-se o nome da instituição em caixa alta seguido

de ponto final. NOME DA INSTITUIÇÃO.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ.

Quando se tratar de sigla, os jornais recomendam que

esta seja grafada da seguinte maneira:

a)  Até três letras, tudo em caixa alta: ONU, USP, PUC, CBL;

b)   mais de três letras que não formam uma palavra

pronunciável, tudo em caixa alta: ABNT, IBGE, CNBB;

c)   mais de três letras que formam uma palavra pronunciável,grafa-se em caixa alta e baixa: Ibope, Aids, Unesp, Unicamp.

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ix) Quando a inst it uição fo r um órgão governament al 

Deve-se iniciar a referência com o nome do país,estado ou município responsável pela obra em caixa alta. LOCAL.

Órgáo governamental.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria da

Educação Fundamental.

x) Quando a obra fo r de autor ia desconhecida 

Coloca-se a primeira palavra do título da obra em caixa

alta e as demais em tipo normal seguidas de ponto final. PRIMEIRAPALAVRA demais palavras do título.

BÍBLIA de Jerusalém.

xi) Quando a obra fo r publicada sob pseudônimo 

Coloca-se o pseudônimo em caixa alta seguido deponto final. PSEUDÔNIMO.

FREI BENTO.

xi i) Quando a obra fo r uma enciclopédia 

Coloca-se o título em caixa alta seguido de ponto final.

TÍTULO.

GRANDE ENCICLOPÉDIA DELTA LAROUSSE.

b ) T ít u l o  

O título da obra deve aparecer em itálico ou sublinhado

seguido de ponto final:

Etnograf ia da prát ica escolar.

Quando a obra tiver um subtítulo, ambos devem serseparados por dois pontos, sem destaque para o subtítulo e

seguidos de ponto final:Construindo  o saber:  metodologia científica - fundamentos e

técnicas.

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c) T r a d u ção 

Quando a obra for tradução, coloca-se após o título, a

expressão "Tradução por", seguida do nome e sobrenome do

tradutor em tipo de letra comum seguido de ponto final:

Tradução por Luiz Roncari.

d ) E d ição 

A indicação da edição deve constar somente a partir da

segunda edição, e escrita em algarismo cardinal seguido de um

ponto e da abreviatura ed. correspondente à palavra edição seguidode ponto final:

2. ed.

Se a edição for revisada e/ou ampliada, escreve-se

"rev. amp." seguido de ponto final:

3. ed. rev. amp.

e) I m p r e n t a  

Imprenta são as notas tipográficas integradas por: local

da editora, nome da editora e data da publicação. A indicação

desses elementos é a seguinte: local da editora seguido de dois

pontos, nome da editora seguido de vírgula, data da publicação

seguida de ponto final. Não é necessária a indicação da palavra

"editora". Se o local da publicação não estiver indicado na obra,

utiliza-se [S.I.] entre colchetes, abreviatura da expressão latina "Sine  

loco"   sendo o "s" escrito em letra maiúscula. Quando a editora não

estiver indicada, coloca-se também entre colchetes [s.n.],

abreviatura da palavra latina "sine nomine".

São Paulo: Atlas, 1999.

[S.I.: s.n.]

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VIII) BIBLIOGRAFIA DE LIVROS NO TODO

AUTORIA. Título:   subtítulo. Tradução por. Edição. Local: editora,data. número de p. ou v. (Série ou Coleção).

Vejamos alguns exemplos:

1) UM AUTOR ÇOM SOBRENOME SIMPLES;

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico.  22.

ed. rev. amp. São Paulo: Cortez, 2000. 279p.

2) UM AUTOR ÇOM SOBRENOME COMPOSTO;

LIMA VAZ, Henrique Cláudio de. Escri tos de filosof ia   5: Introdução à

ética filosófica. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2000. 246p.

3)  UM AUTOR ÇOM DESIGNATIVO DE PARENTESCO NO 

SOBRENOME;

CARMO NETO, Dionísio. Metodologia científica para principiantes. 

Salvador: Universitária Americana, 1992. 526p.

4) UM AUTOR ÇOM SOBRENOME PORTADOR DE PARTÍCULA;

LU NA, Sergio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa:   umaintrodução. São Paulo: Educ, 1996. 108p.

5) DOIS Q u TRÊS AUTORES:

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia  

do trabalho científico. 4. ed. rev. amp. São Paulo: Atlas, 1995. 214p.

6) Q u a t r o  O u M a is  A u t o r e s :

BASTOS, Lília da Rocha et al o Manual para  a elaboração de projetos  

e relatórios de pesquisa, teses, dissertações  e monografia.  4. ed. rev.

amp. Rio de Janeiro: LTC, 1996. 96p.

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7) VÁRIOS AUTORES ÇOM ORGANIZADOR QU COORDENADOR:

BICUDO, Maria Aparecida Viggiani, SILVA JÚNIOR, Celestino Alves da

(Org.). Formação do educador   e avaliação educacional.  São Paulo:Unesp, 1999. 4v. (Seminários e debates).

CARVALHO, Maria Cecília Maringoni de (Org.). Construindo o saber. 

metodologia científica - fundamentos e técnicas. 5. ed. Campinas:

Papirus, 1995. 175p.

PIMENTA, Selma Garrido (Coord.). Pedagogia, ciência da educação?  

São Paulo: Cortez, 1996. 134p.

8) RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO;

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria de

Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.  Brasília:

MEC/SEF, 1997. lOv.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Normas para publicações da  Unesp.  4. ed. São Paulo: Unesp, 1994. 4v.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Normas para apresentação  

de trabalhos.  6. ed. Curitiba: UFPR, 1996. 8v.

9) AUTORIA DESCONHECIDA;

BÍBLIA de Jerusalém. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 1991. 2.366p.

10) PSEUDÔNIMO;

FREI BETTO. Bat ismo de sangue.  São Paulo: Círculo do Livro, 1982.

310p.

11) QBRA TRADUZIDA;

FONTANA, Josep. História:   análise do passado e projeto social.

Tradução por Luiz Roncari. Bauru: Edusc, 1998. 400p. (Ciências

Sociais).

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12) O BRA PERTENCENTE À SÉRIE Q ü COLEÇÃO;

LUNGARZO, Carlos. O que éciência.  5. ed. São Paulo: Brasiliense,

1993. 86p. (Primeiros Passos, 220).

MACKENZIE, J.M. A part ilha da Áfr ica 1880   - 1990:   o imperialismo

europeu no século XIX. Tradução por Sérgio Bath. São Paulo: Ática,

1994. 78p. (Princípios, 237).

13)  E n c i c l o p é d i a s   E D i c i o n á r i o s ;

BAUER, Johannes B. Dicionário de teologia bíblica.  Tradução porHelmuth Alfredo Simon. São Paulo: Loyola, 1973. 2v.

BUARQUE DE HOLANDA, Aurélio. Dicionário Aurélio básico da língua  

portuguesa.  Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. 380p.

ENCICLOPEDIA DE LA BÍBLIA. 2. ed. Barcelona: Garriga, 1969. 6v.

GRANDE ENCICLOPÉDIA DELTA LAROUSSE. Rio de Janeiro: Delta

S.A., 1972. 15v.

MORENO VILLA, Mariano (Coord.). Dicionário de pensament o  

contemporâneo.  São Paulo: Paulus, 2000. 802p. (Dicionários).

OUTHWAITE, William; BOTTOMORE, Tom (Coord.). Dicionário do  

pensamento social do século XX.  Tradução por Álvaro Cabral e

Eduardo Francisco Alves. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. 970p.

ROUTLEDGE ENCYCLOPEDIA OF PHILOSOPHY. London: Routledge,1998. 10 v.

Anotações:

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A t i v i d a d e s  - L i ç ã o   III

• Marque "C" para Certo e "E" para Errado:

1 ) 0 Monografia é uma dissertação que trata de um assunto

particular, de forma sistemática e completa.

2 ) 0 A Monografia trata-se de um estudo sobre um tema

específico ou particular, com suficiente valor representativo e

que obedece a rigorosa metodologia.3 ) 0   Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é outro nome que se

dá às monografias apresentadas ao final dos cursos de

graduação.

4 ) 0 A estrutura da monografia compreende introdução,

desenvolvimento e conclusão.

5 ) 0  A bibliografia, etapa final de um trabalho realizado segundo a

metodologia científica, segue normas rígidas, estabelecidas, no

Brasil, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

6 ) 0 Monografia realizada sem a preocupação gráfica, em geral,

acaba bem-sucedida.

Anotações:

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Lição IV

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Anotações:

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

REFERÊNCIAS DE DOCUMENTOS 

DIVERSOS

I) DOCUMENTOS E DADOS DA REDE INTERNET

A Internet é um recurso que permite o acesso com

grande velocidade a documentos e informações de muitas partes do

mundo. Oferece uma riqueza imensa para o pesquisador. O material

presente na Internet é muito diversificado. Encontram-se à

disposição do usuário textos em geral, livros, revistas, jornais e

muitos outros. Aos textos, livros, revistas, jornais encontrados naInternet chamamos: e-textos, e-livros, e-revistas e e-jornais.

No Projeto NBR 6023:2000, a ABNT estabeleceu as

normas que regulam as referenciações de documentos de acesso

exclusivo em meio eletrônico. Trata-se das bases de dados, das

listas de discussão, de arquivos em disco rígido, em disquetes. As

referências devem conter os elementos essenciais: autor,

denominação do serviço ou produto, indicações de

responsabilidade, endereço eletrônico e data de acesso.Indicar o site,  os links14  e as especificações do trabalho.

A entrada deve ser pelo nome do autor da matéria, quando existe. A

data deve constar do documento ou então deve-se indicar a data

em que ele foi acessado. Para evitar fusão da data ao endereço,

aconselha-se colocá-la logo após o nome do autor ou da própria

matéria, deixando o endereço da localização na rede para o fim.

14 Links ou Hiperligações são parte dos fundamentos das linguagens usadas para

construção de páginas na Internet (world wide web) e outros meios digitais e são

designadas elementos clicáveis, em forma de texto ou imagem, que levam a

outras partes de um site na Internet ou para outros recursos variados.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

Exemplos: 

AUTORIA. Título:   subtítulo. Data da composição da obra.

Disponível em: <Endereço na lnternet>. Acesso em: data da

obtenção do e-texto.

Exemplos: 

ALLEN, Paul L. Bernord Lonergan:  The Dialectic of Metaphysics and a

Philosophical Framework for a Theology of Science. 17 nov. 1997.

Disponível em: <http://www.lonergan.on.ca/meta.htm >. Acesso

em: 29 dez. 1997.

A PEDAGOGIA da esperança de Paulo Freire. Disponível em:<http://www.rio.rj.gov.br/multirio/cine/ME01/ME01017.html >.

Acesso em: 25 jun. 1998.

CARVALHO, Olavo de. A unidade de sujeito   e objeto:   Resumo do

argumento fundamental contra o subjetivismo moderno. Jul. 1999.

Disponível em:

<http://www.olavodecarvalho.org/textos/sujobj.html >. Acesso em:

20 de set. 1999.

HARNACK, Andrew; KLEPPINGER, Gene. Beyond the MLA Handboolc  

Documenting Electronic Sources on the Internet. 25 novo 1996.

Disponível em: <http://faicon.eku.edu/honors/beyond-

mla/#online>. Acesso em: 28 dez. 1997.

LEVY, Maria Bárbara. Banco do Brasil. In: DICIONÁRIO HISTÓRICO-

BIOGRÁFICO BRASILEIRO. Disponível em:

<http://www.fgv.br/cpdoc/dicl>. Acesso em: 16 dez. 2000.

MELLO, Guiomar Namo de. Corações informados   e cabeças bem  

feitas.Disponível em:

<http://www.uol.com.br/novaescola/aprender/editorialdownload.h tm>. Acesso em: 7 dez. 1999.

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Observações: 

a)   As referências, quando feitas ao iongo do texto, devem ser

registradas de modo análogo ao que se aplica quando de

fontes impressas: (Moura, 1996. p. 5). Isto remete o leitorpara a Bibliografia final, onde o texto de Moura deve aparecer

 junto aos títulos das outras fontes;

b)   Para referenciar uma home page15,  como tal, sem estar-se ci

tando uma matéria em particular, deve-se dar a entrada seja

pelo nome da entidade a que se liga a página, seja pelo

assunto geral da página. Exemplos:GT-CURRICULO/ANPED. http://www.ufrgs.br/faced/

gtcurric. Acesso em: 23 jun. 2000.

Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação:

www.anped.org.br. Universidade de São Paulo:

www.usp.br.

c)   Documentos podem ser referenciados quando disponíveis nas

Listas de Discussão, pois embora tendo a forma de correio

eletrônico, estas listas são coletivas e públicas e podem ser

divulgadas. Exemplo:

DUARTE, Newton. Avaliação Capes, [email protected].

Acesso em 23 ago.2001.

d)   Em referências desta natureza, onde as fontes se assemelham

mais a jornais do que a livros ou periódicos, é melhor

registrar a data completa, indicando dia, mês e ano.

II) R ef er ên c i a s  D e  Do c u m e n t o s   Es p e c i a i s

São considerados materiais especiais ou multimeios:fitas cassete, filmes, vídeos, disquetes, CD-Rom, slides e outros.

15 Home Page é a página inicial de um site da internet (também chamado sítio).

Compreende uma apresentação do site e de todo seu conteúdo.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

Nem sempre os elementos necessários para a

elaboração correta da referência de materiais especiais estão

indicados neles. Sendo assim, para facilitar a identificação,

recomenda-se colocar o maior número de itens encontradosseguindo-se as orientações propostas.

1) BIBLIOGRAFIA DE FlTAS ÇASSETE

A bibliografia de fitas cassete deve ser apresentada sob

dois aspectos: quando utilizada no todo e quando utilizada na parte.

A bibliografia de fitas cassete como um todo deveconter os seguintes elementos: autoria, nome do executante ou

conferencista entre parênteses, título e subtítulo da fita, local e

nome da gravadora e ou distribuidora, número de registro, data,

número de unidades, tipo de suporte e duração. Quando o autor e o

executante ou o conferencista forem a mesma pessoa, dispensa-se

a repetição do nome do executante. Se forem vários os autores,

usa-se a expressão latina "et al",  tal como no material impresso.Quando conveniente, pode-se acrescentar outros dados do

material.

AUTORIA. (Nome e sobrenome do executante ou conferencista).

Título da f it a cassete:   subtítulo. Local: gravadora, distribuidora,

número de registro, data. Número de unidades tipo de suporte

(Duração).

Exemplos: BUARQUE DE HOLANDA, Chico. Construção.  São Paulo: Philips,

Polygram do Brasil, 863.013-2. 1 fita cassete (63 min).

DYLAN, Bob. The t imes they are A-Changing.  New York: Columbia

Records, CBS Records INC, CK8905, 1964. 1 fita cassete.

NASCIMENTO, Milton. E  a lua nos most ra sua face i luminada.  Rio de

Janeiro: Polygram do Brasil Ltda., 817.307-4, 1983. 1 fita cassete (86

min).

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2) M a t er ia l  G r a v a d o  E m  C D E C D -R o m

A bibliografia de CD e CD-Rom no todo devem conter

como elementos de identificação: autoria, nome do executante e do

conferencista entre parênteses, título e subtítulo do CD e CD-Rom,local e nome da gravadora e ou distribuidora, local e data do

evento, número de registro, data, número de unidades e tipo de

suporte e duração. Quando o autor e o executante ou o

conferencista forem a mesma pessoa, dispensa-se a repetição do

nome do executante. Se forem vários os autores, usa-se a expressão

latina "et a l.", da mesma forma como no material impresso.

AUTORIA. (Nome e sobrenome do executante ou conferencista).

Título do CD ou CD-Rom:   subtítulo. Local do evento, data do evento.

Local: gravadora, distribuidora, número de registro, data. Número

de unidades tipo de suporte (Duração).

Exemplos: 

ANPED. Diversidade   e desigualdade:   desafios para a educação na

fronteira do século: 224 reunião anual da Anped. Caxambu, 1999.[S.l.]: Microservice Microfilmagens e Reproduções Técnicas Ltda.,

1999. 1 CD-Rom.

BEETHOVEN, Ludwig von. (Hamburg Symphony Orchestra).

Beethoven:   Symphony N2 9 in D Minor OP 125. London: Wisepack

Ltd., APCD 322, 1993. 1 CD.

FENASOFT. 10 anos de tecnologia.  São Paulo, 1998. Manaus:Videolar, 1998. 1 CD-Rom.

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DA UNISINOS.

Paulo Freire. Ética, utopia   e educação:   Congresso Internacional de

Educação. Unisinos, jun. 1998. [S.l.]: Unisinos, 1999. 1 CD-Rom.

3) MATERIAL GRAVADO EM DISQUETE

A bibliografia de disquetes, quer no todo, quer em

partes assemelha-se à de livros. Nem sempre, no entanto, estão

disponíveis os elementos necessários para referenciar disquetes,

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quer no todo, quer em partes. Recomenda-se elencar o maior

número de elementos.

Quando for utilizado o disquete no todo, a bibliografia

deve conter os seguintes elementos: autor, título e subtítulo do

disquete, local e data do evento, local, publicadora e data da

publicação, número de unidades e especificação do tipo de suporte.

AUTORIA. Título do disquet e:   subtítulo. Local, data do evento. Local:

publicadora, data da publicação. Número de unidades tipo de

suporte.

Exemplo: 

ANPED. 18g reunido anual da Anped:  GT-4 Didática. Caxambu, 1995.

[S.I.: s.n.j. 1 disquete.

III)C i t a ç õ e s

1) UTILIZAÇÃO DAS CITAÇÕES

Citação é "menção de uma informação extraída de

outra fonte" (Item 3.1, NBR 10520/2002). Toda citação deve ser fiel

ao texto e ao pensamento do autor.

Num trabalho acadêmico devem ser indicadas

precisamente as ideias, frases ou conclusões de outros autores. O

local (livros, revistas e todo tipo de materiais gráficos oueletrônicos) de onde são extraídos esses dados é chamado/onte.

Servir-se das citações é necessário em todas as

instâncias científicas e profissionais, pois fundamenta e melhora a

qualidade do texto.

Elas podem ser de dois tipos: transcrição literal de um

texto, integral ou parcial, conservando-se a grafia, pontuação, usode maiúsculas, quando houver, e idioma; ou então síntese redigida

pelo autor do trabalho com base em ideias de outro autor ou

autores.

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As citações têm a função de oferecer ao leitor

condições de comprovar a fonte das quais foram extraídas as ideias,frases ou conclusões, possibilitando-lhe ainda aprofundar as

informações reunidas sobre o assunto em discussão.

É imprescindível, no entanto, que se indique de forma

correta de onde foram extraídas as citações.

Para tanto, é necessário que se trate dos tipos de

fonte, das citações e dos seus registros no texto. A seguir, algumas

orientações metodológicas para fazê-las adequadamente.

2) CITAÇÕES DE FONTES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS

Fontes são obras que apresentam fielmente o

pensamento do autor. No caso da obra ser escrita em outra língua,

deve-se usar ou o original ou as traduções que apresentam maior

fidelidade ao texto original. As fontes podem ser de dois tipos:

Prim árias ou Secun dárias.Fonte primária é a obra de um autor que é objeto de

estudo ou pesquisa. Por exemplo: estudando-se o pensamento de

Pedro Demo, sua obra é fonte primária.

JÁ fonte secundária é a obra de alguém que estuda o

pensamento de outro autor ou faz referência a ele.

Note-se que essa obra será primária em relação aopensamento de seu autor e secundária em relação ao pensamento

do autor escolhido como tema de estudo nesse texto.

Por exemplo: a obra O paradigma emergente e a  prática pedagógica,  de Marilda Aparecida Behrens, é secundária ao

se estudar a teoria proposta por Pedro Demo, e primária se o objeto

de pesquisa for o pensamento da própria Behrens.

3)  CITAÇÕES DIRETAS. INDIRETAS E CITAÇÃO DE ÇlTAÇÃO

A citação direta é a transcrição literal do pensamento

de um autor, podendo ser uma pequena frase ou um trecho mais

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extenso. Quando a citação tem até três linhas, é indicada no texto

pela utilização de aspas!. Este tipo de citação pode ser tomada de

uma fonte primária ou de uma fonte secundária. Se o autor, julgar

que alguma citação contenha erros ou imprecisões, deve colocarentre colchetes a palavra latina "sic1' após a palavra.

Citação indireta é a síntese elaborada pelo pesquisador

a partir das ideias e contribuições de um autor sobre um

determinado tema.

Citação de citação é a transcrição "direta ou indireta de

um texto em que não se teve acesso ao original" (Item 3.2, NBR10520/2002) e deve ser indicada com a palavra latina "apud" que

significa "junto a, em".

4) N o t a s  DE RODAPÉ

As notas de rodapé são "indicações, observações ouaditamentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor" (item

3.6, NBR 10520/ 2002). Devem aparecer no final da página,digitadas em letra menor e espaço simples, ficando destacadas do

textopor um traço a partir da margem esquerda. A seqüência

numérica pode ser uma única ao longo de toda a obra ou pode ser

iniciada em cada capítulo ou parte.

Têm uma dupla função: explicativa ou indicativa.

Servem para que o autor do trabalho: comentários elucidativos a

respeito de itens que julgue necessários e se posicione em relação a

conceitos polêmicos (função explicativa); indique as referências dostextos utilizados na elaboração do trabalho (função indicativa).

Não se indicam referências em notas de rodapé

quando houver notas explicativas.

As notas de rodapé explicativas contribuem para deixar

o texto mais enxuto, fluido e agradável, pois os comentários doautor poderiam fazer parte do corpo do texto, mas provavelmente o

tomariam cansativo e enfadonho, e por isso tenderiam a dispersar o

leitor do foco essencial do estudo.

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Será adotado o sistema de notas de rodapé numeradas

em ordem crescente. O número indicativo da nota é colocado

imediatamente após as aspas finais do trecho citado.

Exemplos:   AUTORIA. Título em itálico. Local: Editora, data. Página

"O professor precisa aprender a pesquisar, porque é a

pesquisa que mais lhe define o exercício profissional."4

4. DEMO, Pedro. Questões para a teleducação.  Petrópolis: Vozes,1998. p. 182.

É crença geral que "só sobrevive no novo mercado detrabalho a pessoa que enfrenta o desafio da educação

permanente".5

5. SANCHES NETO, Rafael. Educação profissional vai além da  

formação técnica.  Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 2000. p. 2.

Obs.: A citação pode aparecer indicada por "ibidem"

(ou "ibid.") e "idem" (ou "id. "). Utiliza-se: "ibidem" - quando acitação for do mesmo autor e mesma obra; "idem" quando a

citação for do mesmo autor e obra diferente.

5) R eg is t r o   d e  c i t a ç õ e s

As citações podem ser registradas tanto no corpo do

texto, chamado pela ABNT de sistema autor-data ou sistemaalfabético, como em notas de rodapé, chamado de sistemanumérico.

O autor do texto deve registrar consistentemente as

citações ao longo do trabalho utilizando um único sistema, ou o

autor-data ou o numérico. No entanto, a ABNT recomenda utilizar o

sistema autor-data para a identificação da fonte e utilizar as notas

de rodapé somente para explicações e comentários.

a ) R eg i st r o   d e  c i t a çõe s   p el o   s is t em a   a u t o r  - d a t a  

A característica do sistema autor-data é colocar os

registros das citações entre parênteses no corpo do texto e não em

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notas de rodapé. Seus elementos são: autoria em caixa alta, data da

publicação do texto citado e a(s) página(s) referendada(s). Quando

não há indicação de autoria, utiliza-se, no lugar da autoria, a

primeira palavra do título em caixa alta seguida de reticências. Ascitações retiradas da Internet seguem as mesmas normas. Contudo,

nem sempre é possível indicar a página pois não está indicada no

texto.

(AUTORIA, data, p.)

"O professor precisa aprender a pesquisar, porque é a

pesquisa que mais lhe define o exercício profissional." (DEMO, 1998,p. 182)

É crença geral que "só sobrevive no novo mercado de

trabalho a pessoa que enfrenta o desafio da educação permanente"

(SANCHES NETO, 2000, p. 2).

Os professores não possuem um saber desligado da

prática, pois "o saber dos professores - como qualquer outro tipo de

saber de intervenção social - não existe antes de ser dito" (NÓVOA,

1995, p. 30).

"Sempre dedicada e amável, cumpria com muita

fidelidade seus deveres de religiosa." (UNIDADE..., 1998, p. 26)

b) P o s ição  r e l a t i v a   d e  a s p a s  , p a r ên t es es   e  p o n t o   f i n a l   (BECHARA,

1999, p . 105) 

i)  Quando a sentença éformada por uma única cit ação, o ponto  

f inal f ica dentro das aspas: 

"A prática de pensar a prática e de estudá-la nos leva à

percepção da percepção anterior ou ao conhecimento do

conhecimento anterior que, de modo geral, envolve um novo

conhecimento." (FREIRE, 1998, p. 113)

ii)  Quando a cit ação faz parte de uma sentença, o ponto final f ica  

fora das aspas, port ant o, depois do parêntese: 

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Há muita polêmica no tocante à pesquisa qualitativa.

No entanto, Pedro Demo afirma que ela possui também qualidades,

e um dos motivos é o de querer "fazer jus à complexidade da

realidade, curvando-se diante dela, não o contrário, como ocorre

com a ditadura do método ou a demissão teórica que imagina

dados evidentes" (DEMO, 2000, p. 152).

ii i) Emprego de aspas simples 

Quando o autor citado assinala algum trecho com

aspas, na citação direta elas são grafadas como aspas simples.

"Atrás desta valorização 'abstrata' da educação escondia-sea dura realidade de exclusão social." (STRECK, 2001, p. 57)

c) C i t a ções  c o m  m a i s   d e  t r ês  l i n h a s  

As citações que constam de mais de três linhas devem

aparecer em parágrafo distinto, com recuo de quatro centímetros,

sem aspas, com espaço simples e com letras menores.

Uma das vantagens do estudo do caso geralmente

mencionadas é a possibilidade de fornecer uma visão profunda e ao

mesmo tempo ampla e integrada de uma unidade social complexa,

composta de múltiplas variáveis. Para se fazer esse tipo de análise,

no entanto, o pesquisador precisa investir muito tempo e recursos,

seja no trabalho de campo, seja na interpretação e no relato dos

dados. (ANDRÉ, 1995, p. 52)

O ciclo filosófico moderno começa com o giro de

atenção que o filósofo francês René Descartes imprime ao pensa

mento, desviando-o da certeza "ingênua" do mundo exterior para o

terreno supostamente firme do cogito.

Daí por diante, o sujeito, considerado enquanto alma

solitária que dialoga consigo mesma num ambiente vazio de seres e

coisas, será tomado como o ponto arquimédico de toda meditaçãofilosófica.

O sujeito solitário está aí ligado diretamente à

universalidade de Deus, e, garantido por esta, pode extrair de si

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mesmo, por dedução, a ciência inteira de Deus, do cosmos e dele

próprio. É o que fará Spinoza, levando às últimas conseqüências odedutivismo solitário e o desprezo pela experiência do mundo

exterior. (CARVALHO, 1999).

d ) E m p r eg o   d a  p a l a v r a   " a p u d  " 

A palavra latina "apud"  significa "junto a, em".

Se no trabalho for utilizada uma fonte secundária,

deve-se fazer o registro da citação da seguinte maneira: sobrenome

do autor do documento original, seguido da palavra "apud"   e

sobrenome do autor da obra consultada, data, página.

"Supõe sempre elaboração acurada, construção e

reconstrução de conceitos, de teorias e práticas, colaboração

alternativa persistente, envolvimento concreto, e, por fim, a

respectiva prática." (DEMO apud BEHRENS, 1999, p. 116-7)

e) E m p r eg o   d a  ex p r es são  " g r i f o   n o s s o  " 

Se o autor pretende destacar uma parte de uma citação

direta, pode ressaltar essa parte com negrito, itálico ou sublinhado,colocando, no final do registro da citação, a expressão "grifo nosso".

"Estas informações são fornecidas imediatamente   a

cada trabalho individual realizado, a cada relatório de grupo

redigido, às questões de compreensão, interpretação ou aplicação

respondidas, aos problemas e casos solucionados." (MASETTO,

1992, p. 31, grifo nosso)

f ) E m p r eg o   d a  exp r es são  " g r i f o   d o  a u t o r  " 

Caso o destaque seja do autor consultado, usa-se a

expressão "grifo do autor"  no final do registro da citação.

"A ciência busca a formalização dos fenômenos;   sendo

ciência manifestação da realidade analítica, felicidade lhe parece

tema espúrio, pois facilmente perde-se na subjetividade emocional

não formalizável." (DEMO, 2001, p. 65, grifo do autor)

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g ) O m i ss õe s   e  a c r és c i m o s   em  c i t a ções 

É permitido omitir parte da citação, desde que tal omissão

não altere o sentido do texto. As mesmas são indicadas porreticências entre colchetes [...].

"Refletir sobre a própria prática à luz dos resultados obtidos

[...] não é tarefa simples para a qual o professor não foi preparado

durante a sua formação." (ALONSO, 1999, p. 15)

É permitido acrescentar algo em uma citação, desde

que tal acréscimo não altere o sentido do texto. Esse acréscimo éindicado colchetes [ ].

Deve-se levar em conta, além [de uma visão

meramente instrumental do ensino e da aprendizagem], que sóuma estratégia seqüencial e interconectada de atividades de

aprendizagem, na qual também se leve em consideração os

problemas cognitivos que serão resolvidos, pode permitir que os

alunos cheguem a compreender as problemáticas que as diferentesdisciplinas apresentam nos temas propostos. (HERNANDEZ;VENTURA, 1998, p. 56)

h ) N o m e  d o  a u t o r    j á  i n c l u íd o   n a  s en t en ça  

Quando o nome do autor já estiver incluído na

sentença, indica-se apenas a data e a página entre parênteses logoapós o nome do autor.

Segundo Paulo Freire (2000, p. 107), "não haveria

criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe

pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos,acrescentando a ele algo que fazemos".

Segundo Papert (1994, p. 161), "transformar ciência em'conhecimento usado' apresenta implicações epistemológicas

porque permite meios mais ricos de pensar sobre o conhecimento

do que a epistemologia verdadeiro/falso fundamentada em

autoridade".

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i ) A u t o r es   c o m  m e s m o   s o b r en o m e  

Quando os autores das obras citadas tiverem o mesmo

sobrenome e houver coincidência também nas datas das obras

referendadas, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes.

Se ainda houver coincidência, colocam-se seus

prenomes por extenso.

"O velho determinismo presente na indústria cultural

de caráter generalista - a coisificação, o fetichismo - fortaleceu-se

com a interatividade presente na nova indústria cultural

fragmentada e fragmentária." (SILVA, M., 2000, p. 55)

"A educação e o currículo são vistos como campos de

conflito em torno de duas dimensões centrais da cultura: o

conhecimento e a identidade." (SILVA, T.T., 2000, p. 32)

 j ) D i v e r s o s   d o c u m e n t o s   d e  u m  m e s m o   a u t o r  

Quando houver citações de diversos documentos domesmo autor, publicados no mesmo ano, a distinção é feitaacrescentando-se letras minúsculas do alfabeto após a data e sem

espaçamento.

"A inclusão econômica é de teor instrumental, embora

indispensável, já que não interessa redistribuir miséria, mas bem-

estar, progresso, crescimento." (DEMO, 1996a, p. 100)

"No fundo, só aprende quem aprende a aprender.Tanto a escola quanto a universidade não buscam o aprendiz, mas o

pesquisador, ou o mestre capaz de projeto próprio." (DEMO, 1996b,

p. 129)"A referência central não é mais a aula, em torno da

qual tudo deveria girar: passa a ser a formação da competência do

aluno, estando o professor e o sistema escolar como tal a serviço."

(DEMO, 1996c, p. 46)

Neste caso, ao elaborar a referência final, o escritor

deverá colocar a letra correspondente ao registro da citação

imediatamente após a data da publicação.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

k ) C i t a ção  i n d i r et a  

Quando se trabalha com citação indireta, ou seja,

paráfrase, não se utilizam aspas e a indicação da fonte é feita damaneira habitual.

Severino (2000, p. 133-42) apresenta detalhadamente

a utilização da Internet como fonte de pesquisa.

I) E m p r eg o   d e  " i b i d e m  " ( o u  " i b i d  . " ) e  " i d e m  " ( o u  " i d . " ) 

As palavras latinas "ibidem"   e "idem"   significamrespectivamente "os mesmos" e "o mesmo". "Ibidem"   pode serabreviado por "ibid."   e "idem",  por "id." 

A primeira vez que uma obra é citada, deve-se fazer o

registro completo. Nas subsequentes, se não houver obra de outro

autor entre uma e outra citação, elas podem aparecer indicadas por

“ibidem”   - quando a citação for do mesmo autor e mesma obra; e

'"idem"   - quando a citação for do mesmo autor e obra diferente.

m ) E m p r eg o   d e  " o p u s   c i t a t u m  " ( o u  " o p . c i t . " ) 

A expressão latina "opus citatum"   significa "obracitada". Pode ser abreviada por "op. cit .".

A primeira vez que uma obra é citada deve-se fazer o

registro completo. Nas citações seguintes, mesmo se aparecer obra

de outro autor entre uma e outra citação, elas podem ser indicadas

pelo nome do autor seguido da expressão latina "opus cit atum"   (ou

"op. cit.")   com a indicação da página.

Exemplo:

8. PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar.

Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 137.9. Ibid., p. 137 ou Ibidem, p. 137.

10. Id.

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n ) E m p r eg o   d a  a b r e v i a ção  " c f . " 

"Cf"   é abreviação de "confira". Quando se trabalha com

citação indireta, ou seja, paráfrase, não se utilizam aspas e a

indicação da fonte deve ser precedida de "cf".

Exemplo: Cf. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do  

t rabalho científico.  São Paulo: Cortez, 2000. p. 133-42.

o ) E m p r eg o   d a  ex p r es são  " p a s s i m  " 

A palavra latina "passim"   significa "aqui e ali" ou "emdiversas passagens".

É utilizada para indicar citações de diversos trechos de

uma mesma obra.Sylvia Helena Souza da Silva Batista indica os seguintes

elementos como essenciais para a formação de professores

universitários: sua fecundidade ocorre quando se desvela "sentidos

e significados que são construídos em tempos e espaçosdiferentes", ela "traz em si uma intencionalidade que tanto opera

nas dimensões subjetivas [...] como nas dimensões intersubjetivas"

e "implica, assim, reconhecimento das trajetórias próprias dos

homens e mulheres"l.

1. BATISTA, Sylvia Helena Souza da Silva. Formação. In FAZENDA,

Ivani (Org.). Dicionário em construção:   interdisciplinaridade. SãoPaulo: Cortez, 2001. p. 135-6, passim.

IV) A s p e c t o s   G r á f i c o s   e  C o n t e ú d o s : O s  

E l e m e n t o s  P r é-T e x t u a i s

Esta lição é um guia prático e conciso para orientá-lo noTCC das PÓS e MBAs da Faculdade. Como conclusão do curso o

aluno deve entregar uma monografia ou um artigo.

120

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

A monografia deve ter no mínimo 30 páginas, já o

artigo deve ter de 15 a 30 páginas; devendo ser entregue uma via

em capa dura preta com letras douradas, juntamente CD ou

pendrive  no prazo de 60 (sessenta) dias após o término do curso.Caso o (a) aluno (a) não possa fazer a entrega no prazo

de 60 (sessenta) dias deverá fazer requerimento, justificado, junto àsecretaria da pós que poderá prorrogar ou não pelo prazo máximo

de 60 (sessenta) dias.

1) CAPA

Deve ser colocado o nome da instituição com a logo naparte superior da página, logo abaixo o nome completo do autor, o

título no meio e a cidade, o mês e o ano de apresentação no final da

página. A capa deve ser preta e dura com letras douradas.

2) F o l h a  d e  r o s t o

Elemento obrigatório, devendo conter o nome doautor, título e subtítulo (se houver), número de volumes (se houver

mais de um), natureza (nota ou justificativa), objetivo, nome dainstituição a que o trabalho é submetido, área de concentração,

nome do orientador e do co-orientador (se houver), local (cidade) e

ano de depósito (entrega) (fig. 2).

3) FOLHA d e  APROVAÇÃO

Elemento obrigatório, devendo conter o nome do autor

do trabalho, o título e subtítulo (quando for o caso), natureza,

objetivo, instituição a que e submetido, área de concentração, data

de aprovação, titulação, identificação dos componentes da banca e

instituição a que pertencem (fig. 3).

4) DEDICATÓRIA (OPCIONAL)Texto curto, no qual o autor presta homenagem ou

dedica seu trabalho a alguém por quem tem afinidade. Sua

colocação é opcional. Não é necessário colocar título.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

5) A g r a d e c i m e n t o s   (Q p c i o n a l I

Local em que o autor manifesta seu agradecimento

àqueles que colaboraram para elaboração do trabalho. O

agradecimento é feito de forma hierárquica, escrevendo o nomecompleto de cada indivíduo ou instituição. Sua colocação é

opcional.

6) E p í g r a f e   (o p c i o n a l )

É uma citação ou pensamento que embasou a

pesquisa. É opcional. Não é necessário colocar título.

Vejamos modelos para apresentação das produções

diversas:

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FIGURA 1 - Capa (Dura)

Elemento Obrigatório

3 Cm (margem superior)

I N S T I T U I Ç Ã O

(fonte 18)

(2 espaços duplos)

NOM E DO A LU NO (fonte 16)

(2 espaços duplos)

T ÍTULO TR AB ALH O: Su b t í tu l o

(fonte 18)

3 Cm

(margem

Esquerda)

LO C A L (fonte 14)

A N O

2Cm

(margem

direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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FIGURA 2 -Folha De Rosto

Elemento Obrigatório

3 Cm (margem superior)

NOME DO AUTOR (fonte 16)

TÍTULO TRABALHO: Subtítulo (se houver)

(fonte 18)

3 Cm

(margem

Esquerda)

(2cm espaço)

Monografia, dissertação ou tese apresentada [nome da

instituição] como um dos pré-requisitos para a obtenção

do grau de bacharel em ......  [área de concentração].

(fonte 12)

NOME DO ORIENTADOR

NOME DO CO-ORIENTADOR

(fonte 12)

2Cm

(margem

-direita)

LOCAL (fonte 14)

ANO

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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FIGURA 3 - Folha De Aprovação

Elemento Obrigatório

3 Cm

(margem

Esquerda)

3 Cm (margem superior)

NOME DO AUTOR (fonte 16)

Espaço simples

TITULO TRABALHO: Subtítulo (se houver)

(fonte 14)

(2cm espaço)Monografia, dissertação ou tese apresentada [nome da

instituição] como um dos pré-requisitos para a obtenção

do grau de bacharel e m ...... [área de concentração].

(fonte 12)

Aprovada em _ J  _/_

BANCA EXAMINADORA

(fonte 12)

NOME DO ORIENTADOR

Instituição

NOME DO COMPONENTE

Instituição

NOME DO COMPONENTE

Instituição

2 cm (margem inferior)

2Cm

(margem

direita)

Imagem reduzida

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FIGURA 4 - Dedicatória

Elemento Opcional

3 Cm (margem superior)

3 Cm

(margem

Esquerda)

Aos meus filhos

(fonte: 12. Entrelinha dupla)2Cm

(margem

- direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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FIGURA 5 - Agradecimentos

Elemento opcional

3 Cm (margem superior)

AGRADECIMENTOS (fonte: 16)

(2 espaços duplos)

3 Cm

(margem

esquerda)

A Deus e à minha família

À Universidade

Ao curso de... e em especial ao(à) coordenador(a)...

Aos(Às) professores(as)...

Aos funcionários...

(fonte: 12. Entrelinha dupla)

2Cm

(margem

direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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FIGURA 6 -Ep ígrafe

Elemento opcional

3 Cm (margem superior)

A ciência é uma mescla de dúvida e certeza.

0 bom cientista é arrogantem ente humilde,

o que não se reduz a um mero jogo de

palavras: arrogante em relação ao método

e humilde quanto à fé no seu3 Cm conhecimento.

2Cm

(margem (margem

Esquerda) .direita)

Bachrach

(fonte: 12. Entrelinha dupla)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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FIGURA 7 - Resumo

Elemento obrigatório

3 Cm (margem superior)

RESUMO

(2 espaços duplos)

3 Cm

(margem

Esquerda)

PALAVRAS-CHAVE:

(fonte: 12. Entrelinha dupla)

2Cm

(margem

direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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FIGURA 8 - Lista ÚnicaElemento opcional

3 Cm (margem superior)

Listas (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

LISTA DE QUAD ROS (Fonte: 14)

1 Títu lo ........   .....................................................(Fonte: 12)

2 Título ........   .....................................................(Fonte: 12)

3 Cm

(margem

Esquerda)

1 Título .........

2 Título .........

LISTA DE TABELAS (Fonte: 14)

.....................................................(Fonte: 12)

.....................................................(Fonte: 12)

2Cm

(margem

direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

A t i v i d a d e s  - L i ç ã o   IV

• Marque "C" para Certo e "E" para Errado:

1 ) ü A Internet é um recurso que permite o acesso com grande

velocidade a documentos e informações de muitas partes domundo.

2 ) Q No Projeto NBR 10250:2, a ABNT estabeleceu as normas que

regulam as referenciações de documentos de acesso exclusivo

em meio eletrônico.3 ) ü Links ou Hiperligações são parte dos fundamentos das

linguagens usadas para construção de páginas na Internet (world

wide web) e outros meios digitais

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

4 ) U A bibliografia de fitas cassete deve ser apresentada sob dois

aspectos: quando utilizada no todo e quando utilizada na parte.

5 ) ü Citação é "menção de uma informação extraída de outrafonte". Toda citação deve ser fiel ao texto e ao pensamento do

autor.

6) d A função do sumário é mostrar a estrutura e conteúdo do

trabalho e facilitar a consulta.

Anotações:

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Lição V

u

©

0 C 3

©a

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REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO

FIGURA 9 -SumárioElemento obrigatório

3 Cm (margem superior)

SUMÁRIO (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................1

2 TÍTU LO: SU BT ÍTUL O.................................................................................13

2.1 It e m ......................................................................................................15

2.1.1 subitem......................................................................................17

3 TÍTULO: SU BT ÍT ULO .................................................................................20

3 Cm

(margemesquerda)

3.1 Ite m ......................................................................................................25

3.1 .1 subitem ...................................................................................... 27

4 CONCLUSÃO.............................................................................................. 45

REFERÊNCIAS................................................................................................ 46

GLO SS ÁR IO ................................................................................................... 48

APÊ NDICE(S ) E/OU ANEXO (S)..................................................................... 50

2Cm

(margem direita)

ÍNDICE(S).........................................................................................................53

(Fonte: 12. Entrelinha dupla)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

FIGURA 9 - Sumário

Obs.: O Título indica o assunto do capítulo, podendodiferenciar-se em título geral (que destaca genericamente o assunto

tratado) e subtítulo (que expressa à temática específica que foi

analisada). Uma linha pontilhada deve interligar a coluna de títulos

com a da enumeração das páginas a que se referem.

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I) E l e m e n t o s  T e x t u a i s

Disposição do Corpo do Trabalho: Introdução,

Desenvolvimento e Conclusão (IDC)

1) INTRODUÇÃO

Parte inicial do texto, na qual o assunto abordado e

apresentado juntamente com seus objetivos, problema de pesquisa,

hipóteses e sua situação no contexto em que se encontra, acrescido

da justificativa da sua escolha, relevância e contribuições para a

área em que se insere.

Também são apresentados os procedimentos

metodológicos (métodos, técnicas, instrumentos de coleta de dados

etc.) e informadas de forma sintética as partes que compõem o

trabalho (fig. 10).

2) DESENVOLVIMENTORepresenta os capítulos do trabalho e seus títulos,

subtítulos, itens e subitens criados pelo autor, devendo manterrelação direta com o tema e lógica entre si. Deve conter a exposição

ordenada e pormenorizada do assunto.

Divide-se em seções e subseções que variam em função da

forma de abordagem dada ao tema. Pode conter materialexplicativo e ilustrativo (quadros, gráficos, tabelas, fotos etc.).

No caso da tese (doutorado), escrever um capítulo

argumentando, explicando e demonstrando a tese comprovada e,

em seguida, fazer a relação entre ele e os demais (fig. 11).

3) CONCLUSÃO

Parte final do texto, na qual se apresentam as conclusões

alcançadas pelo autor, os objetivos correspondentes e as hipóteses

comprovadas (fig. 12).

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FIGURA 10 - Introdução

3 Cm (margem superior) 9

(Fonte: 10)

1 INTRODUÇÃO (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

(2 cm).....

.... (1 espaço duplo entre as linhas).......................

(2 cm).....

(1 espaço duplo entre parágrafos)

3 Cm

(margem

esquerda)

(2 cm).....

.... (1 espaço duplo entre as linhas).....................

2Cm

(margem direita)

(2 cm).....

(1 espaço duplo entre parágrafos)

(Fonte: 12)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

Figura 1 0 - Introdução

Obs.: Numerar em algarismos arábicos, a partir da primeira

folha da introdução, no canto superior direito, a 2 cm da borda,

tamanho da fonte 10, de acordo com a seqüência iniciada com a

folha de rosto e mantê-la até o final do trabalho.

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FIGURA 11 - Desenvolvimento

3 cm (margem superior) 13

(Fonte: 10)

2 TÍTULO: SUBTÍTULO (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

(2 cm).....

.... (1 espaço duplo entre as linhas)...............................

(2 cm)....

(1 espaço duplo entre parágrafos)

....

(1 esp aço duplo entre as lin has )...............................

3 cm 2cm

(margem

esquerda)

2.1 Item

(2 cm).....

(2 espaços duplos entre o texto e o item)

(2 espaços duplos entre o item e o texto)

.... (1 espaço duplo entre as linhas)...............................

(margem direita)

(Fonte: 12)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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FIGURA 12 - Conclusão

3 cm (margem superior) 45

(Fonte: 10)

3 CONCLUSÃO (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

(2 cm)...

. (1 espaço duplo entre as linhas)...

(1 espaço duplo entre parágrafos)

(2 cm)...

. (1 espaço duplo entre as linhas)..

3 cm

(margem

esquerda)

2 cm

(margem direita)

(Fonte: 12)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

SS) E l e m e n t o s  Pó s -T e x t u a i s

1) REFERÊNCIAS

Representam o conjunto dos elementos de um

documento que permitem a sua identificação individual (fig. 13).

São obrigatórias e organizadas de acordo com a norma

NBR 6023-ABNT.

2) G l o s s á r i o

Elemento opcional elaborado em ordem alfabética,

contendo uma listagem de palavras-chave e termos técnicos com

suas respectivas definições. No rodapé são identificadas as fontes

consultadas (fig. 14).

3) APÊNDICE(S) E/Ou ANEXO(S)

Os apêndices compreendem os materiais elaborados

pelo autor; e os anexos, os materiais de autoria de terceiros. São

elementos opcionais identificados por letras maiúsculas

consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas para a sua

identificação, quando esgotadas as letras do alfabeto (fig. 15).

4) ÍNDICE(S)

É um elemento opcional, contendo a relação detalhada

dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos, históricos e

outros, observando a ordem alfabética, acompanhados das páginas

em que são comentados dentro do trabalho (fig. 16).

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FIGURA 13 - Referências

3 cm (margem superior) 45(Fonte: 10)

REFERÊNCIAS (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

SOBRENOME, Nome. Título do Livro. Edição. Local: Editora, ano. Páginas.

SOBRENOME, Nome. Título do Artigo. Título do periódico. Local da

publicação. Volume; número, página inicial-final, m ês, ano.

3 cm

(margem

esquerda)

(Fonte: 12).

Espaço simples entre linhas e duplo entre as referencias. 2 cm

(margem direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

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FIGURA 14-Glossário

3 cm (margem superior) 50

(Fonte: 10)

GLOSSÁRIO (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

Palavra-chave - definição

(Fonte: 12).

Entrelinha dupla.

3 cm

(margem

esquerda)

SOBRENOME, Nome. Título do livro. Edição. Local: Editora, ano, pág.

Rodapé (filete de 3 cm). Fonte 10. Ordem alfabética) Entrelinha simples.

2 cm

(margem direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

142

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FIGURA 15 - Apêndice

3 cm (margem superior) 51

(Fonte: 10)

APÊNDICE -TÍTULO (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

Cópia do Documento

3 cm

(margem

esquerda)

2 cm

(margem direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

143

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FIGURA 16 - Indice

3 cm (margem superior) 53

(Fonte: 10)

ÍNDICE (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

A

Análise de conteúdo, 18

Artigo científico, 21

C

Citação direta, 12

Coleta de dados, 13

DDissertação, 12

Monografia, 15

T

Tese, 21

Trabalho acadêmico, 10

(Fonte: 12. Entrelinha dupla)

2 cm (margem inferior)

3 cm

(margem

esquerda)

2 cm

(margem direita)

Imagem reduzida

144

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

5) VERSO DA FOLHA DE ROSTO

O verso da folha de rosto deve conter a ficha

Catalográfica com as informações necessárias, elaborada depreferência por bibliotecário da instituição onde será defendida,

conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente.

6) Citações E N otas de rodapé

São apresentadas de acordo com as indicações da

norma NBR 10520-ABNT.

7) R ef er ên c i a s

A sua elaboração deve seguir as especificações da

NBR 6023-ABNT.

8) SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto, o seu

nome completo precede a sigla, colocada entre parênteses. Nas

seguintes, a sigla aparece sozinha.

9) ILUSTRAÇÕES

Qualquer que seja o tipo, sua identificação aparece

na parte inferior, "precedida da palavra designativa, seguida de seunúmero de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos,

do respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e

clara". Inseri-las de preferência o mais próximo possível do trecho

em que são comentadas.

10) TABELAS

As tabelas seguem as informações estatisticamente tratadas

de acordo com o IBGE (1993).

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

1 1 ) ERRATA

Elemento opcional, utilizado para as correções

necessárias do texto (Fig. 17). A localização da errata fica logo após

a folha de rosto, de forma avulsa (encartada) ou inserida no

trabalho (quando for possível).

FIGURA 17 -E rra ta

3 cm (margem superior)

ERRATA (Fonte: 16)

(2 espaços duplos)

Folha Linha Onde se lê Leia-se

40 3 antigo artigo

3 cm(Fonte: 12)

2 cm

(margem

esquerda)(margem direita)

2 cm (margem inferior)

Imagem reduzida

1 2 ) E n c a d e r n a ç ã o

O trabalho deve passar por um processo de

encadernação com capa dura na cor do curso ou de espiral comcapa plastificada.

13) TÍTULOS SEM INDICATIVO NUMÉRICO

Os títulos denominados errata, agradecimentos, listas,resumo, sumário, referencias, glossário, apêndices, anexos e índices

devem ser centralizados de acordo com a NBR 6024.

147

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

14)  E lementos sem t í tu lo E Sem ind icativo num érico

Constam desses elementos a folha de aprovação, a

dedicatória e a epígrafe.

15)  INDICATIVO DE SEÇÃO

O indicativo numérico de seção precede seu título, devendo

vir alinhado a margem esquerda e separado deste por um espaço de

caractere.

IV N o r m a s   s u g e r i d a s   p e l a   Co m i s s ã o   d e  Es t u d o  d e  Do c u m e n t a ç ã o   (CE-14), d a   A s s o c i a ç ã o  

B r a s il e ir a  d e N o r m a s  T é c n i c a s  (ABN T).

1) O QUE SIGNIFICA ABNT?

ABNT ou Associação Brasileira de Normas Técnicas é

uma entidade privada, sem fins lucrativos, fundada em 1940. Ela foireconhecida pelo CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial) como o único órgão

responsável pela normalização técnica no Brasil, por meio da

Resolução n° 7 de 24.08.1992.

O papel social da ABNT é o de fornecer a informação

estruturada, por meio de documentação normativa (Normas),

permitindo a competitividade e sustentabilidade da produção,comercialização e uso de produtos e serviços, tanto no mercado

interno, quanto no mercado externo, considerando a proteção ao

meio ambiente e os direitos do consumidor.

A ABNT é composta por Comissões Técnicas, cada qual

responsável pela Normalização de um setor específico. No nosso

caso, pessoas e instituições que produzem e consomem informação

científica, por meio de distintos documentos acadêmicos, aComissão Técnica é denominada ABNT/CB14 - Informação e

Documentação.

148

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

Conforme a informação eletrônica (2009), a CB14 atua

na "normalização no campo da informação e documentaçãocompreendendo as práticas relativas a bibliotecas, centro de

documentação e informação, serviços de indexação, resumos,arquivos, ciência da informação e publicação".

Referência:   INFORMAÇÃO eletrônica. Disponível em:

http://abnt.iso.org/livelink/livelink/cbl4.pdf?func=doc.fetch&nodel d=14091437. Acessado em 2009.

2) O QUE É UMA DEDICATÓRIA?

A dedicatória é um texto, relativamente pequeno,

escrito pelo autor ou pelos autores de uma obra ou trabalho

acadêmico, em que é feita uma homenagem. Conforme a ABNT

(2005, p. 5) a dedicatória é um "elemento opcional" colocado logoapós a Folha de Aprovação, na apresentação de trabalhos

acadêmicos. Na página em que se faz a dedicatória não se

acrescenta outro item.

Geralmente a dedicatória é inserida em Monografias,

de Graduação e Especialização, Dissertações de Mestrado e Teses

de Doutorado. Fora do ambiente acadêmico, às dedicatórias são

usuais em livros, exposições, formaturas, premiações, ilustraçõesetc.

É bom lembrar que a dedicatória (inscrição em que se

dedica a obra a alguém) não tem o mesmo sentido do oferecimento(presentear). No entanto, em alguns casos, ambos os conceitospodem ser entendidos como sinônimos.

Veja o exemplo abaixo:

a)  Ofereço este trabalho a você, Fábio, meu melhor amigo.

b)   Dedico esta Dissertação aos meus pais e irmãos. Pessoas que,verdadeiramente, estiveram ao meu lado qualquer que fosse

minha escolha, qualquer que fosse a onda.

149

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

Referência: 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724.Informação e documentação: Trabalhos acadêmicos

Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.

3) O Q u e  É U m a  "D is s er t a ç ã o "?

Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os

dias. Elas procuram justificativas para a elevação dos preços, para o

aumento da violência nas cidades, para a repressão dos pais. A vida

cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de ideiaspessoais, opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso

persuadir os outros a adotarem ou aceitarem uma forma de pensar

diferente.

Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se

a linguagem para dissertar. A dissertação implica discussão de

ideias, argumentação, organização do pensamento, defesa de

pontos de vista, descoberta de soluções. É, entretanto, necessárioconhecimento do assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada

de posição diante desse assunto.

Na academia a dissertação é um dos diversos e

distintos tipos de documentos acadêmicos, também chamada de

literatura cinzenta ou tese. Em muitos países, a dissertação é umdocumento que uma pessoa entrega ao Programa de Pós-

Graduação como requisito parcial para receber o título de Mestre.Atenção às diferenças entre Mestrado, Mestrado Profissional e

Especialização.

O conteúdo da dissertação pode ser entendido como

um breve tratado sobre algum tema doutrinário, científico ou

artístico. Não, necessariamente, deva tratar sobre algo inédito ou

que venha a trazer uma contribuição original a alguma área de

conhecimento (papel esse que cabe a Tese de Doutorado).

Caracteriza-se pela exposição, defesa de uma ideia que

será analisada e discutida a partir de um ponto de vista. Para tal

150

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CETADEB Metodologia do Trabalho Cientifico

defesa o autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com

fatos, com dados, os quais utiliza para reforçar ou justificar odesenvolvimento de suas ideias.

Conforme a ABNT (2005, p. 2), uma dissertação é um

"documento que representa o resultado de um trabalhoexperimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo,

de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo

de reunir, analisar e interpretar informações.

Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente

sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. Éfeito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando aobtenção do título de mestre."

Referências: 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520.

Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.Rio de Janeiro: ABNT, 2005.

4) A n e x o  O u  a p ê n d i c e?

A função das duas definições, Anexo e Apêndice, é

semelhante, mas com uma grande diferença entre elas: a autoria.

O ANEXO de um trabalho acadêmico deve ser aqueletexto ou documento que não foi elaborado por você, tendo como

objetivo servir de legitimação.

Já o APÊNDICE se configura como texto ou documento

elaborado por você, tendo como objetivo complementar a sua

argumentação. (ASSOCIAÇÃO..., 2005).

Referência: 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 2. ed. NBR14724:Informação e Documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.Rio de Janeiro, 2005.

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5) A s p a s  " d u p l a s ” Qü a s p a s  ' S i m p l e s '?

Todas as citações diretas, de até três linhas, precisam

vir acompanhadas de aspas duplas, como no exemplo a seguir:

A descrição da personagem Remédios, apesar da

crueza quase naturalista, passeia pela poesia e lirismo, como no

trecho: "Atingiu os vinte anos sem aprender a ler e escrever, sem se

servir dos talheres na mesa, passeando nua pela casa, porque sua

natureza reagia[...]" (MÁRQUEZ, 2001, p.192).

Já as aspas simples devem ser utilizadas para destacar

uma citação no interior da citação, como no excerto:"Entretanto, como me perguntaram certa vez: "As

respostas para questões do tipo 'como tudo começou?', não

poderiam ser de caráter empírico?" (MEDAWAR, 2008, p. 93).

Referências: 

MÁRQUEZ, Gabriel Garcia. Cem anos de Solidão. Rio de Janeiro:

Record, 2001.

MEDAWAR, Peter. Os limites da Ciência. São Paulo: UNESP, 2008.

6) O Q u e   É U m a  Q u a l i f i c a ç ã o ?

O exame de qualificação realizado no mestrado e

doutorado, também chamado de qualifying   em alguns programas

(em países de língua inglesa, abrevia-se para quais),  é feito no início

ou na metade do curso de pós-graduação.

Consiste, na maioria dos casos, numa pré-banca de

defesa, na qual o trabalho será avaliado por uma equipe de

professores, incluindo o orientador (a). É o momento em que o

pesquisador tem a oportunidade de discutir seu trabalho,

observando as adequações e as inadequações.Também é o momento de definições, como manter a

estratégia de pesquisa ou modificar o caminho a ser percorrido.

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Os participantes podem fornecer sugestões valiosas ao

trabalho, incluindo, aí, as bibliográficas.

Há espaço para que o pesquisador 'defenda' algumas

decisões, mas sem esquecer que a qualificação pode ser o momentode aparar algumas arestas, refinar o trabalho e dar miais subsídiospara que a pesquisa chegue à reta final.

7) C o m o   f a z e r  A R e f e r ê n c i a  d e   e n t r e v i s t a s ?

Entrevistas ou trechos de entrevistas contidos em

obras podem ser referenciados e citados de duas maneiras no textoacadêmico.

A primeira é colocando a referência normal da obra.

Por exemplo, caso a entrevista em questão estivesse dentro do livro

hipotético O Quereres, de autoria (fictícia, viu, gente?!) de CaetanoVeloso, o pesquisador faria como a seguir:

a ) No co r p o d o t e x t o :  

"A reboque me chegou uma paz melancólica, a plácidaresignação e uma vontade oca de sempre partir." (VELOSO, 2010,

P-21)

Nas referências: 

VELOSO, Caetano. O Quereres. Recife: Bagaço, 2010.Caso o entrevistado em questão tivesse sido um autor

relevante para a pesquisa, o mais indicado é destacá-lo da seguinteforma:

b ) No co r p o d o t e xt o :  

"A reboque me chegou uma paz melancólica, a plácidaresignação e uma vontade oca de sempre partir" (BRAGA apudVELOSO, 201o, p.21)

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Nas referências: 

BRAGA, Rubem, apud VELOSO, Caetano. O Quereres. Recife:

Bagaço, 2010

8) COMO CITAR TRABALHOS EM FASE DE ELABORAÇÃO?

Quando o pesquisador tem acesso a um trabalho que

está em fase de produção e ainda não foi publicado, ainda assim é

possível utilizá-lo como referência no texto acadêmico.

De acordo com a ABNT (2005), a única diferença é que

se deve dispor, ao final da citação, a indicação em fase de

elaboração e incluir os dados disponíveis sobre a obra numa nota de

rodapé.

Exemplo: 

"Publicamos para não passar a vida a corrigir rascunhos.

Quer dizer, a gente publica um livro para livrar-se dele" (em fase de

elaboração)1.

1 O pensamento vivo de Jorge Luis Borges, de autoria d

Jorge Luis Borges, a ser editado pela Martin Claret, 2010.

Referência: 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520.Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.

Rio de Janeiro: ABNT, 2005.

9) COMO FAZER CITAÇÕES ÇOM MAIS DE TRÊS UNHAS?

No texto acadêmico elaborado segundo as normas daABNT, as citações diretas, literais, que contiverem mais do que três

linhas, precisam, necessariamente, ser dispostas recuando 4 cm

pela margem esquerda.

Além do recuo à esquerda, o trecho a ser destacado

deverá vir com a fonte menor do que a utilizada no corpo do texto

(ABNT, 2002). Segue exemplo:

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livro. Por sua vez a ABNT sugere separar essas informações por

vírgula.Com relação a Referência, o ano fica logo após a

autoria da obra e tanto o título, quanto o subtítulo, do livro, estãoem itálico (tem que grifar de alguma forma). Pela ABNT o ano ficaria

após a editora (Bagaço), fechando a referência, e apenas o título do

livro estaria grifado.

Lembrem-se sempre: verifiquem se a revista científica

ou a comissão do evento exigem o uso de alguma norma específica

à submissão de trabalhos.

11) COMO USAR Q PONTO NO FINAL NAS CITAÇÕES?

É uma dúvida mais comum do que se

pode imaginar. A norma 10520, da ABNT, que ^ ^

trata sobre citações, não ajuda muito na solução.

Os exemplos utilizados pela norma não seguem  ____________

um padrão. Além disso, existe uma nota de rodapé que diz: "O uso

do ponto final após as citações deve atender às regras gramaticais"

(ABNT, 2002, p. 2).

Não nos cabe fazer uma análise dos sentidos possíveis

dessa nota, mas se levarmos em conta as alterações realizadas na

língua portuguesa, nos últimos anos, no mínimo, essa norma

poderia ser revisada e atualizada. Vamos, então, sugerir o seguinte:

a)   Sempre que uma citação for utilizada, seja ela direta ou indireta,o ponto final vai ser colocado depois dos parênteses que fecha

os dados da chamada da citação. Veja o exemplo abaixo:

Exemplo 1):   "Toda noção de sujeito da ciência deve ser

considerada como sendo um efeito ideológico particular

(suscetível de tomar diversas formas históricas),

resultando de um desdobramento da forma-sujeito"

(HENRY, 1992, 143-44).

b)   Sempre que uma citação for utilizada, seja ela direta ou indireta,

e os dados de chamada fizerem parte do texto ou da sentença, o

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ponto final vai ser colocado antes das aspas finais da citação.Veja o exemplo abaixo:

Exemplo 2)\   Conforme Henry (1992, 143-44) "toda noção desujeito da ciência deve ser considerada como sendo um

efeito ideológico particular (suscetível de tomar diversas

formas históricas), resultando de um desdobramento daforma-sujeito."

Referências: 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520.

Informação e documentação: citações em documentos:apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

HENRY, Paul. A ferramenta imperfeita: língua, sujeito e discurso.Campinas: Unicamp, 1992.

12) C o m o   f a z e r   a R e f e r ê n c i a   d e   d o c u m e n t o s   S o n o r o s  

(F i t a . Disco, D V D . C D . C a s s e t e , r o l o . V in i l ...)?

De acordo com a ABNT, as mesmas

regras que cabem às informações impressas(livros, periódicos, jornais) valem aos dados

eletrônicos, com o acréscimo de que é necessário

informar o meio de acesso (filmes, videocassete,CD, DVD, película etc.) e, se for o caso, a data em JÊjjiP

que a informação foi acessada (especialmente em

se tratando de conteúdos na Internet).

Outro importante elemento, que, ao ser citado, tem

que ter a sua referência elaborada, é o documento sonoro (disco,CD, DVD, cassete, rolo etc.).

Nesse caso, conforme a ABNT (2002, p.12), é desejávelelaborar a referência da seguinte maneira:

a) Quando referenciar uma obra completa ou no todo, elabore-a daseguinte forma:

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Vida comprida, estrada alongada

Parto à procura de alguém

Ou à procura de nada...

Vou indo, caminhando

Sem saber onde chegar

Quem sabe na voltaTe encontre no mesmo lugar (MARTINS, 1947)

Referência: 

MARTINSHerivelt o. Caminhemos. Rio de Janeiro: Odeon, 1947. MARTINS, Herivelto. Caminhemos. Rio de Janeiro: Odeon, 1947.

MARTINS. Herivelto. Caminhemos. Rio de Janeiro: Odeon, 1947.

A exceção é para as obras sem indicação de autoria ou

quando o título é o próprio elemento de entrada, .que virá

destacado com letras maiúsculas na primeira palavra, excluindo

artigos e palavras monossílabas.

Referência: 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023.

Informação e documentação -

Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

16) COMO ABREVIAR Q NOME DOS MESES?

A prática de abreviar palavras põe em conflito

argumentos de linguistas e educadores, ainda mais se

considerarmos o advento da tecnologias de comunicação. Noentanto, você sabia que essa prática não pode ser vista como

recente ou não-histórica?

O acervo de documentos históricos no Brasil é

riquíssimo para o estudo e análise de uma História ou Arqueologia

das Abreviaturas, seus significados e sentidos. Mas por que

surgiram? Alguns dos fatores que podem ter contribuído para isso

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foram: escassez de recursos em adquirir materiais, como tintas,

papéis e plumas, em razão da distância entre Portugal e o Brasil-

Colônia, além da ausência de um sistema ortográfico oficial para a

Língua Portuguesa.Seguem alguns exemplos: a letra "p", por exemplo,

pode ter até 60 significados identificados, desde as unidades de

medidas, como "pé" e "polegada", até os nomes, como "Paulo" e

"Pedro". A letra "X" pode significar a operação matemática

"multiplicação", mas em tempos antigos significava "Cristo", etc.

Para elaborar trabalhos acadêmicos a ABNT (2002, p.

22) sugere a abreviação dos nomes dos meses do ano, até a terceira

letra, seguida de um ponto, com exceção do mês "Maio", que não é

abreviado. Lembrando que como se trata de uma abreviatura

sempre se coloca o ponto. Vejam a seguir:

 janeiro - ja n . julho - jul.

fevereiro -fev. agosto - ago.

março - mar. setembro - set.abril - abr. outubro - out.

maio - maio novembro - nov.

 junho -ju n . dezembro - dez.

Referência: 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023.

Informação e Documentação: Referências - Elaboração. Rio deJaneiro: ABNT, 2002. p. 22, Anexo A.

17) PARA UM DOWNLOAD SEM ÇüLPA

Atire o primeiro pendrive16   o estudante/pesquisador

que nunca 'baixou' um livro pela Web. Na falta do exemplar

16 Pendrive é um dispositivo de armazenamento constituído por uma memória

flash, tendo aparência semelhante à de um chaveiro e uma ligação USB 'tipo

A' permitindo a sua conexão a uma porta USB de um computador.

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impresso, para fugir dos altos preços ou mesmo por conta dafacilidade em encontrar obras (raras ou não), é muito comum a

procura de textos gratuitos em serviços como o Google Books.

No entanto, boa parte desses livros só conta com uma

visualização parcial, por conta da ilegalidade em se disponibilizar

gratuitamente uma obra que ainda conta com direitos autorais.

Para fazer o download de livros completos, e sem

culpa, há opções muito interessantes. O Domínio Público, por

exemplo, biblioteca digital do Governo Federal, disponibiliza obras

que se encontram em domínio público (cuja data de publicação

ultrapasse os 70 anos) ou que contam com a devida licença dos

proprietários do direito autoral.

O projeto Brasiliana USP, de digitalização de

documentos voltados à temática brasileira, põe à disposição mais

de 3 mil obras (entre livros, imagens, mapas, periódicos, obras de

referências e manuscritos), que podem ser utilizadas mêdiante as

orientações especificadas no site.

Um dos destaques é o programa de digitalização deRevistas Culturais Brasileiras e livros que datam dos primeiros anosda colonização, como é o caso de Tratados da terra e gente do

Brasil, de Fernão Cardim.

Para o deleite dos pesquisadores e alívio às

consciências mais pesadas.

A t i v i d a d e s  - L i ç ã o  V

• Marque "C" para Certo e "E" para Errado:

l ) ü Na apresentação, a Introdução é a parte inicial do texto, na

qual o assunto abordado e apresentado juntamente com seus

objetivos, problema de pesquisa, hipóteses e sua situação nocontexto em que se encontra, acrescido da justificativa da sua

escolha, relevância e contribuições para a área em que se insere.

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CETADEB Metodologia do Trabalho Científico

R ef er ên c ia s  B i b l i o g r á f i c a s

ALMEIDA, Maria Lucia Pacheco de. Como elaborar monograf ias.  4.

ed. Belém: Cejup, 1996.

ALVES, Magda. Como escrever teses e monografias.  Campinas:

Campus, 2003. HOp.

ANDRADE, Maria Margarida. Int rodução àMetodologia do Trabalho  

Científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

AZEVEDO, Israel Belo. O prazer da produção científica.  10. ed. rev. e

amp. São Paulo: Hagnos, 2001. 205p.

BARROS, A.J.P.; LEHFELD, N. A. de S. Fundamentos de metodologia:  

um guia para a iniciação científica. 3. ed. São Paulo: Makron Books,

2000 .

CARVALHO, M. C. M (org.). Metodologia científica:   fundamentos etécnicas construindo o saber. 4. ed. Campinas, SP: Papirus, 1994.

COSTA, Solange Fátima Geraldo et al. Metodologia da pesquisa:  

coletânea de termos. João Pessoa: Ideia, 2000.

CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá. Metodologia Científica:   Teoria e Prática.

Rio de Janeiro: Axcel Books, 2003.

GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de Monografia, Dissertação e Tese.  São Paulo: Avercamp, 2004.

HÜHNE, Leda Miranda (org.). Metodologia Científica:   Cadernos de

Textos e Técnicas. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2002.

MACEDO, Neusa Dias de. In iciação àpesquisa bibliográfica:   guia doestudante para a fundamentação do trabalho de pesquisa. 2. ed.

São Paulo: Loyola, 1994.

MARCONI, Marina de A.; LAKATOS, Eva. M. Técnicas de pesquisa. 

São Paulo: Atlas, 1985.

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MARTINS, Gilberto de Andrade; LINTZ, Alexandre. Guia para  

elaboração de monograf ia e t rabalhos de conclusão de curso.  SãoPaulo: Atlas, 2000.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica:   A Prática deFichamentos, Resumos, Resenhas. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

PESCUMA, Derna; CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Referências  

Bibliográficas:   um guia para documentar suas pesquisas. São Paulo:Olho d'Água, 2003.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica:   Guia para eficiência nos

estudos. São Paulo: Atlas, 1980.

SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia.  9. ed. São Paulo:

Martins Fonseca, 1999.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. 

ed. rev. e amp. São Paulo: Cortez, 2002.

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