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Noções de Arquivologia
Prof. Fabrício Mariano
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Capítulo 1:
Conceito e Princípios de
Arquivamento
Prof. Fabrício Mariano 3
Definição Lei 8.159/91
Art. 2º: “Consideram-se arquivos, para os
fins desta lei, os conjuntos de documentos
produzidos e recebidos por órgãos públicos,
instituições de caráter público e entidades
privadas, em decorrência do exercício de
atividades específicas, bem como por pessoa
física, qualquer que seja o suporte da
informação ou a natureza dos documentos”.
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Definição T. R. Schellenberg
“Arquivos são documentos de qualquer
instituição pública ou privada que hajam sido
conservados de valor, merecendo
preservação permanente para fins de
referência e de pesquisa e que hajam sidos
depositados ou selecionados para depósito,
num arquivo de custódia permanente".
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Princípios do arquivamento
Finalidade – servir
Função – guardar
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Centro de documentação
órgão responsável pelo tratamento e
disseminação da informação:
arquivos,
bibliotecas,
museus,
centros de documentação, entre outros
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Arquivar a documentação
colocá-la em lugares previamente fixados,
nas melhores condições de:
segurança;
Acessibilidade;
conformidade com sua organização e
classificação;
variam com as características funcionais e
operacionais de cada empresa.
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O processo da informação
compreende graus separados ou operações
elementares:
produção,
registro e formação,
catalogação,
Conservação,
difusão e exploração pelo utilizador.
É uma cadeia de transmissão da informação.
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Tratamento da informação
O tratamento da informação não numérica
compreende duas partes:
a análise documental;
a manutenção documental.
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A análise documental
desdobra-se em:
Registrar: registro cronológico de todos os
documentos neles encontrados;
Classificar: selecionar os documentos de acordo
com um planejamento e programação
determinados. É o conjunto de regras lógicas
para orientar o arquivista.
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A manutenção documental
Ordenar: reunir a documentação nos grupos que
foram definidos na etapa de classificação. A
ordenação é um ato executório, é o ato de fazer o
arquivo.
Classificação =>parte teórica,
Ordenação =>parte prática;
Conservar: é a guarda dos documentos em locais
adequados e nas melhores condições possíveis;
Procurar: busca dos documentos;
Difundir: redistribuição da informação.
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Diferenciação entre Arquivo e
Biblioteca
Arquivo Biblioteca
Só serve ao país de origem* Pode receber doações de outros países
Cópias devem ser evitadas Podem ser feitas cópias
Tem objetivo funcional Tem objetivo de consulta e pesquisa
*Observação: Se um documento sai de um Arquivo de um país A para um
país B, este, ao chegar ao país B, será classificado como material de
Biblioteca.
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Questões de Concursos
1) (CVM) Uma loja de uma grande rede recebeu um auto de infração. Para elucida-lo, os dirigentes da rede precisavam encontrar certos documentos, mas a desorganização do arquivo vem lhes causando dificuldades. Alguns de seus problemas são: as várias origens dos documentos foram mescladas; não existe cronologia formal nos volumes de documentos; os documentos correntes são misturados aos intermediários e permanentes; existem; desordenadamente, várias revistas especializadas, catálogos de preços, boletins, folhetos de publicidade, fotografias, disquetes etc. O procedimento correto para se iniciar essa organização é:
a) solicitar a colaboração do diretor da empresa
b) fazer o levantamento documental
c) numerar o acervo para eliminar os documentos
d) arranjar sistematicamente a documentação
e) elaborar os instrumentos de pesquisa
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2) Qual a alternativa que não está ligada a função do arquivo?
a) recolhimento dos fatos
b) relação dos fatos que podem ser úteis as finalidades diretivas
c) conservação ordenada dos fatos recolhidos e classificados de modo a permitir sua preservação enquanto se revelar necessária e útil a sua consulta
d) procura de fatos recolhidos e conservados para consulta e elaboração.
e) os fatos recolhidos são arquivados ao acaso, mas devem ser arrumados por assunto, mas a ordem não é importante.
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3) Schellenberg afirma que “...fornecer as bases para o entendimento
entre a própria repartição e os funcionários do arquivo, sobre o que
deve ser feito com esses documentos da repartição a que dizem
respeito...” significa falar objetivamente de planos de:
a) identificação.
b) destinação.
c) classificação
d) procedência
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4) (TSE – Técnico Judiciário – CESPE – 2007) É possível estabelecer uma série de diferenças entre arquivo e biblioteca. Acerca dessas diferenças, assinale a opção correta.
a) Os documentos de arquivo são produzidos e conservados com objetivos funcionais e os de biblioteca, com objetivos culturais.
b) Os documentos de arquivo são colecionados de fontes diversas e os de biblioteca, por atividades organizacionais.
c) Os documentos de arquivo são classificados a partir de métodos predeterminados e os de biblioteca, pelas particularidades das atividades geradoras.
d) Os documentos de arquivo devem existir em numerosos exemplares e os de biblioteca, em um único exemplar ou em limitado número de cópias.
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Capítulo 2:
Arquivística: Origem e
História
Prof. Fabrício Mariano 18
Definição
“A arquivística, também conhecida como
Arquivologia, tem por objetivo o
conhecimento da natureza dos arquivos,
teorias, métodos e técnicas a serem
observados na sua constituição,
organização, desenvolvimento e utilização”.
(Fonte: Dicionário de Terminologia Arquivística)
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Legitimação em alguns países
França:
A origem da custódia dos documentos (guarda
pelo governo);
destruição do arquivo de propriedade do antigo
regime;
12 setembro de 1790: criado o arquivo nacional
com o objetivo de guardar documentos da nova
França.
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Inglaterra:
Após 50 anos a Revolução Francesa, a
Arquivística foi legitimada na Inglaterra;
sua legitimação de fato se deu por uma
circunstância prática (para organização de
documentos público e privados) e cultural.
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Estados Unidos:
Após 100 anos a revolução Francesa, a
Arquivística foi legitimada nos EUA;
ocorreram debates no congresso sobre a
importância dos arquivos para pesquisa da
história americana.
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Questões de Concursos
1) (NCE) De acordo com Schellenberg, o primeiro Arquivo nacional criado foi oficializado por decreto de:
a) 1630;
b) 1790;
c) 1815;
d) 1840;
e) 1910;
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2) (NCE) A preocupação com a avaliação de documentos surge:
a) Em decorrência da proliferação de tipos de publicações e sociedades científicas, 1890.
b) Na revolução Industrial na Inglaterra;
c) Em conseqüência do aumento considerável da produção de documentos durante e após a Primeira Guerra Mundial;
d) Em conseqüência do aumento considerável da produção de documentos e após a II Guerra Mundial;
e) Em torno de 1455, com a invenção da imprensa por Gutenberg (1400-1467).
Prof. Fabrício Mariano 24
3) (NCE) A abordagem da teoria das três idades é oriunda:
a) Estados Unidos
b) França
c) Canadá
d) Espanha
e) Reino Unido
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Capítulo 3:
Idade dos Documentos
Prof. Fabrício Mariano 26
Classificação T. R. Schellenberg
Primeira Idade: Arquivo Corrente ou Ativo;
Segunda Idade: Arquivo Intermediário ou
Temporário;
Terceira Idade: Arquivo Permanente,
Custódia, Morto ou Inativo.
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Classificação Marilena Leite Paes
Primeira Idade: arquivo ativo;
Segunda Idade: arquivo inativo;
Terceira Idade: arquivo permanente.
Prof. Fabrício Mariano 28
Classificação Heloísa Bellotto
Primeira Idade: arquivo corrente;
Segunda Idade: arquivo intermediário;
Terceira Idade: arquivo permanente ou
histórico.
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Classificação Lei 8159/91:
“Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes.
§ 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam de consultas freqüentes.
§ 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados.”
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Tabelas de Temporalidade dos
Documentos (TTD)
é um instrumento arquivístico que tem por objetivo definir prazos de guarda e destinação de documentos;
instrumento resultante do processo de avaliação de documentos;
Na elaboração da tabela de temporalidade devem ser observadas a teoria das três idades;
a TTD é um método de pesquisa utilizada pelo profissional de Arquivo.
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Classificação quanto à entidade
mantenedora
Públicos;
Privados.
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Classificação quanto o acesso
Franqueados: tem como característica o
fato de serem disponibilizados ao público;
Restritos: referentes a segurança nacional e
a ordem política;
Confidenciais: documentos de posse do
Ministério das Relações Exteriores e
acessados somente por pessoas
credenciadas.
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Questões de Concursos
1) (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO – 2006) A teoria arquivística apresenta as três idades dos arquivos como estágios de sua evolução. A idade em que são arquivados os documentos que perderam todo o valor de natureza administrativa é a:
(A) permanente.
(B) corrente.
(C) especializada.
(D) empresarial.
(E) pública.
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2) (ANEEL – Técnico Administrativo – ESAF – 2004) De acordo com o conhecimento arquivístico sistematizado, nas organizações, os documentos mais recentes e freqüentemente consultados localizam-se nos:
a) arquivos permanentes.
b) arquivos históricos.
c) arquivos correntes.
d) arquivos intermediários.
e) arquivos de segurança.
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3) (ANEEL – Técnico Administrativo – ESAF – 2004) O instrumento de
destinação que determina prazos para transferência, recolhimento,
eliminação e mudança de suporte de documentos chama-se:
a) plano de classificação.
b) inventário.
c) listagem de eliminação.
d) tabela de temporalidade.
e) termo de recolhimento.
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4) (BR Distribuidora – Técnico de Administração e Controle –
Cesgranrio – 2008) A teoria das três idades dos documentos,
compreendendo o arquivo corrente, o arquivo intermediário e o arquivo
permanente, corresponde, efetivamente, ao:
(A) valor secundário.
(B) conjunto orgânico.
(C) ciclo vital.
(D) instrumento de pesquisa.
(E) arranjo funcional.
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5) (BR Distribuidora – Técnico de Administração e Controle –
Cesgranrio – 2008) As passagens dos documentos dos arquivos
correntes para os arquivos intermediários e destes para os arquivos
permanentes são conhecidas, respectivamente, como:
(A) identificação e acesso.
(B) transferência e recolhimento.
(C) proveniência e procedência.
(D) envio e recebimento.
(E) descrição e difusão.
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6) (BR Distribuidora – Técnico de Administração e Controle – Cesgranrio – 2008) A avaliação orienta ações relativas à análise e à seleção dos documentos, visando à fixação de prazos para a sua guarda e eliminação. A partir da teoria das três idades, a aplicação de critérios de avaliação efetiva-se no arquivo:
(A) corrente.
(B) ativo.
(C) intermediário.
(D) permanente.
(E) especial.
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Capítulo 4:
Documentação Técnica
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Definição
Documentação é o fundamento do
conhecimento, sendo fixada materialmente
através da escrita de letras ou números,
desenhos, gráficos, objetos, cenas e
suscetível de ser utilizado como informação e
controle em consultas, estudos ou provas.
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Documentação Natural
também chamada de original, é aquela que informa a documentação empresarial de qualquer forma. Exemplos:
cartas
exposição de motivos
avisos
ofícios
contratos
apólices
termo de responsabilidade, etc.
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Documentação Oficial
Documentação proveniente de órgãos públicos.
A correspondência oficial, segundo a natureza do
assunto, classifica-se em:
Secreta: Sigilo, segredo de Estado.
Confidencial: informações de caráter pessoal, devem ficar
restritas.
Reservada: resguarda restrita ou transitória.
Ostensiva ou Ordinária: É a que não se acha incluída
nas anteriores e cuja divulgação não prejudica a
administração.
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Documentação Artificial
criada pela transcrição, no todo ou em parte, da documentação original para completar outro ciclo de informação, ou melhor, para por em evidência os elementos inerentes aos citados documentos, tais como:
fichas
gráficos
desenhos
mapas
filmes
fitas
microcópias
cópias
impressões
Prof. Fabrício Mariano 44
Classificação de documentos quanto
ao gênero:
De acordo com Marilena Leite Paes, os documentos podem ser classificados, de acordo com o gênero, como: Escritos ou textuais: documentos manuscritos, datilografados
ou impressos;
Cartográficos: documentos em formatos (mapas, plantas, ...);
Iconográficos: documentos em suportes sintéticos (fotografias, desenhos, gravuras, ...);
Filmográficos: documentos em películas cinematográficas e fitas magnéticas (fitas, filmes, ...);
Sonoros: documentos com dimensão e rotação variáveis;
Micrográficos: documentos em suporte fílmico resultantes da microimpressão de imagens, mediante utilização de técnicas específicas;
Informáticos: documentos produzidos, tratados ou armazenados em computador (disco rígido, disco óptico, fita magnética, ...).
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Suporte
É o material-base do objeto arquivado, ou
seja, são os materiais sobre os quais as
informações são registradas. Exemplos:
Documentos escritos ou textuais => suporte é o
papel;
Documentos filmográrico => suporte é a película
fotográfica, entre outros.
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Questões de Concursos
1) (TSE – Técnico Judiciário – CESPE – 2007) Os suportes dos
documentos de arquivo incluem:
a) papel, papel fotográfico, película videográfica.
b) plantas, mapas, fotografias.
c) mídia eletrônica, película filmográfica, iconográfico.
d) negativo fotográfico, diapositivo, audiovisual.
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2) (PMRP – Arquivista – VUNESP - 2008) Filme de nitrato, papel, certidão de óbito, folha e cópia são exemplos, respectivamente, das seguintes definições técnicas:
(A) suporte, formato, tipo, formato e forma.
(B) suporte, suporte, tipo, formato e forma.
(C) suporte, suporte, espécie, forma e formato.
(D) suporte, formato, tipo, forma e formato.
(E) suporte, forma, espécie, forma e formato.
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3) Disco flexível (disquete) e disco rígido (winchester) são exemplos de
suporte:
a) informático
b) sonoro
c) micrográfico
d) iconográfico
e) existem duas opções anteriores corretas
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Capítulo 5:
Material Arquivístico
Prof. Fabrício Mariano 50
Material arquivístico
É todo equipamento de consumo usado em
arquivos.
Existe grande variedade de material
arquivístico, sendo difícil caracterizar todos
os disponíveis.
Prof. Fabrício Mariano 51
Material de Consumo
É aquele que sofre desgaste a curto ou
médio prazo. Exemplos:
fichas,
guias,
pastas,
tiras de inserção e outros.
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Caixas
MD/L
Onde:
MD – massa
documental
L – largura da caixa
Documentação na
vertical
Dedo na vertical para
puxar a caixa
NUMERAÇÃO
1 - máximo 9 caixas
01 - máximo 99 caixas
001 - máximo 999 caixas
0001 - máximo 9 caixas
FURO
LETRAS
(Normógrafos)
Nº DE CAIXAS
POSIÇÃO
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Pastas
Consiste em uma folha de papelão
resistente, dobrada ao meio, que serve para
guardar e proteger os documentos;
Toda pasta de arquivo possui uma guia;
A notação pode ser alfabética, numérica e
alfanumérica. A , 010 , A-50
Prof. Fabrício Mariano 54
Ficha
Retângulo de cartolina onde se registra a
informação.
As dimensões variam de acordo com as
necessidades.
Prof. Fabrício Mariano 55
Guias
Separam:
as pastas nas gavetas dos arquivos, reunindo-as
em grupos,
as partes ou seções dos arquivos ou fichários .
Finalidade: facilitar a busca dos documentos.
Prof. Fabrício Mariano 56
Funções das Guias
Primária – Indica a primeira posição de uma
gaveta ou seção de um arquivo;
Secundária – Subdivisão da primária;
Subsidiária – Subdivisão da secundária;
Especial – Localização de um nome ou
assunto de grande freqüência.
Prof. Fabrício Mariano 57
Guia Fora
que tem como notação a palavra “FORA” e
indica a ausência de uma pasta do arquivo.
São destinadas a implantar o controle sobre
a saída dos documentos.
Prof. Fabrício Mariano 58
1) (BNDES – Cesgranrio – 2006) A secretária da Diretoria retira uma pasta do arquivo para prestar informações ao Diretor Administrativo da empresa. Passados quatro dias, o chefe do Departamento de Pessoal solicita a mesma pasta. O técnico administrativo verifica que a pasta ainda não fora devolvida, pois no lugar de arquivamento da pasta havia uma ficha com informações sobre o empréstimo. Essa ficha, que ainda é muito utilizada nos arquivos, é a guia:
a) física
b) subsidiária
c) fora
d) especial
e) dentro
Prof. Fabrício Mariano 59
2) (BNDES – Cesgranrio – 2006) No arquivo financeiro da empresa Arquiz de Investimentos Ltda. existe uma pasta de número 14 onde os documentos da firma Antunes & Cia. estavam arquivados. Devido a fatores externos, as transações com a Arquiz de Investimentos Ltda. não puderam continuar. Desta forma, o técnico administrativo transferiu os documentos da pasta para uma caixa e a encaminhou para o arquivo geral da empresa. Sabendo que o arquivo financeiro possui 180 pastas numeradas, o número da pasta 14 será:
(A) transferido junto com a documentação.
(B) aproveitado para um novo cliente.
(C) eliminado, mantendo-se a notação.
(D) conservado no arquivo intermediário.
(E) recolhido ao arquivo permanente.
Prof. Fabrício Mariano 60
3) (BNDES – Cesgranrio – 2006) Uma ficha apresenta os seguinte dados: procedência, data de entrada, data do documento, número, código do assunto, espécie, número de origem, assunto, distribuição, data, recebido. Trata-se de uma ficha de:
(A) descarte.
(B) destinação.
(C) avaliação.
(D) provisão.
(E) protocolo.
61
Capítulo 6:
Mensuração de documentos
textuais
Prof. Fabrício Mariano 62
Tabela de conversão de unidades de
medida de arquivo, suporte papel
Conversão de Em Multiplicar por
Metros lineares Quilogramas 35 a 80 média = 50
Metros lineares Metros cúbicos 0,6 a 0,12 média = 0,8
Quilogramas Metros lineares 0,1 a 0,4 média = 0,025
Quilogramas Metros cúbicos 0,0008 a 0,003 média = 0,0016
Toneladas Metros lineares 10 a 40 média = 25
Toneladas Metros cúbicos 0,80 a 3média = 1,6
Metros cúbicos Metros lineares 8 a 16 média = 12
Metros cúbicos Quilogramas 400 a 800 média = 600
Fonte: Manual de identificação de acervos documentais para transferência e/ou
recolhimento aos arquivos públicos - Publicação técnica nº 40, do Arquivo Nacional, 1985
Prof. Fabrício Mariano 63
Questões de Concursos
1) (Técnico de Administração e Controle – BR Distribuidora – 2008) Para a organização de acervos acumulados, visando à guarda definitiva, é indispensável a quantificação do acervo a partir da unidade de medida do arquivo. Desta forma, caso seja encontrada uma documentação amontoada, medindo 2 metros de comprimento, 1 metro de altura e 3 metros de largura, o arquivista saberá que a medida exata deste arquivo, em m/l, é
a) 6
b) 36
c) 40
d) 60
e) 72
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Capítulo 7:
Métodos de Arquivamento
Prof. Fabrício Mariano 65
Métodos de Arquivamento –
Marilena Leite Paes
Duplex
Decimal
Unitermo ou Indexação coordenada
Básicos
Alfabético
Geográfico
Numérico
Ideográficos
(por assunto)
Simples
Cronológico
Dígito-terminal
Alfabéticos
Numéricos
Enciclopédico
Dicionário
Prof. Fabrício Mariano 66
Padronizados
Variadex
Automático
Soundex
Mnemônico
Rôneo
Prof. Fabrício Mariano 67
Regras de Alfabetação
Nome + sobrenome Luiz Carlos Oliveira
Arquiva-se: OLIVEIRA, Luiz Carlos
Artigos e preposições, tais como: a, o, de, d’, da, do, e, um, uma (não são considerados) André Luiz de Oliveira
Arquiva-se: OLIVEIRA, André Luiz de
Prefixos DE, DE LA, LE, VON, MAC, M, D (não se separa) Stefan De La Rua
Arquiva-se: DE LA RUA, Stefan
Prof. Fabrício Mariano 68
Títulos honoríferos, científicos e profissionais liberais: a titulação não faz parte da regra de alfabetação Presidente Fernando Henrique Cardoso
Arquiva-se: CARDOSO, Fernando Henrique (Presidente)
Sobrenomes compostos: Neste caso, segue-se uma idéia de substantivo + adjetivo André Castelo Branco
Arquiva-se: CASTELO BRANCO, André
Heitor Villa-Lobos
Arquiva-se: VILLA-LOBOS, Heitor
Prof. Fabrício Mariano 69
Grau de parentesco como neto, filho, sobrinho,
júnior segue a idéia acima.
Paulo Carlos Filho
Arquiva-se: CARLOS FILHO, Paulo
Sobrenomes com a palavra Santo, Santa e São
não se separam
Luciano Santo Cristo
Arquiva-se: SANTO CRISTO, Luciano
Prof. Fabrício Mariano 70
Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome que corresponde ao sobrenome da família do pai Francisco de Pina de Mello
Arquiva-se: PINA DE MELLO, Francisco de
Nomes orientais, japoneses, chineses e árabes arquivam-se como se apresentam Li Yutang
Arquiva-se: Li Yutang (do mesmo modo)
Prof. Fabrício Mariano 71
Nomes com sobrenome repetido arquiva-se pela ordem alfabética dos mesmos J. Vasconcelos
John Vasconcelos
Jeil Vasconcelos
Arquiva-se:
VASCONCELOS, J.
VASCONCELOS, Jeil
VASCONCELOS, John
Prof. Fabrício Mariano 72
Empresas: Nome de firmas, empresas, instituições e órgãos governamentais devem ser transcritos como se apresentam EMBRATEL
Arquiva-se: EMBRATEL.
Empresas com artigos O Globo
Arquiva-se: Globo (O)
Observação: alguns autores admitem arquivar O Globo exatamente como se escreve, mas na hora da procura o arquivista procura pela letra G.
Prof. Fabrício Mariano 73
Títulos de congressos, conferências, reuniões,
assembléias deverão ser arquivados de modo
que a numeração não faça parte da regra de
alfabetação e a procura seja feita em ordem
alfabética.
Segunda Conferência de Física
Terceiro Congresso de Geofísica
Arquiva-se:
Conferência de Física (Segunda)
Congresso de Geofísica (Terceiro)
Prof. Fabrício Mariano 74
Questões de Concursos
1) (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO – 2006) Um técnico administrativo é convidado a organizar o arquivo jurídico do Banco de Desenvolvimento Pecuário de sua cidade. Ao chegar à instituição, observa que o acervo é composto, exclusivamente, por processos, aproximadamente 100.000. Sabendo que o documento arquivístico é único e que as formas de acesso são diversas, ele deve optar pelo método de arquivamento mais adequado para esses documentos, que é o método:
(A) enciclopédico.
(B) variadex.
(C) numérico.
(D) ideográfico.
(E) dicionário.
Prof. Fabrício Mariano 75
2) (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO – 2006) Quando se organiza um arquivo utilizando-se o método numérico simples, a preocupação inicial recai somente na atribuição de números a cada novo cliente ou correspondente, obedecendo apenas à ordem de entrada ou registro, como apresentado a seguir:
1- Alba Santos Silva;
2 – Bárbara Assunção;
3 - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social;
4 - Alcedo Costa;
5 - Ricardo Alves e
6 – Banco do Brasil.
Como se observa, essa é a ordem em que os documentos encontram-se no arquivo. No entanto, para a efetiva recuperação dos documentos, é necessário elaborar o índice alfabético remissivo, que terá a seguinte seqüência:
(A) 1, 2, 3, 4, 5, 6
(B) 1, 4, 6, 2, 3, 5
(C) 3, 6, 4, 5, 2, 1
(D) 5, 2, 6, 3, 4, 1
(E) 6, 5, 4, 3, 2, 1
Prof. Fabrício Mariano 76
3) (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO – 2006) No arquivo financeiro da empresa Arquiz de Investimentos Ltda. existe uma pasta de número 14 onde os documentos da firma Antunes & Cia. estavam arquivados. Devido a fatores externos, as transações com a Arquiz de Investimentos Ltda. não puderam continuar. Desta forma, o técnico administrativo transferiu os documentos da pasta para uma caixa e a encaminhou para o arquivo geral da empresa. Sabendo que o arquivo financeiro possui 180 pastas numeradas, o número da pasta 14 será:
(A) transferido junto com a documentação.
(B) aproveitado para um novo cliente.
(C) eliminado, mantendo-se a notação.
(D) conservado no arquivo intermediário.
(E) recolhido ao arquivo permanente.
Prof. Fabrício Mariano 77
4) (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO – 2006) A empresa Dantas & Dantas está iniciando as suas atividades e conta com um número reduzido de pessoas para a organização de seu arquivo que utiliza, como elemento principal, o nome de seus clientes, obedecendo apenas às regras de alfabetação. Assim, para arquivar corretamente os nomes:
1 - Pedro Paulo Santana;
2 - Paulina Santo Cristo;
3 - Robson Santos Ltda; e
4 - Joaquim Vasconcellos Sobrinho, tem-se a seguinte ordem:
(A) 1, 2, 3, 4
(B) 1, 3, 2, 4
(C) 2, 4, 1, 3
(D) 3, 1, 2, 4
(E) 4, 3, 2, 1
Prof. Fabrício Mariano 78
5) (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO – 2006) Existem critérios para que os documentos sejam organizados pelo método geográfico. A literatura apresenta, pelo menos, duas modalidades para essa ordenação. Se, em um arquivo, a opção é pela modalidade (estado, cidade, correspondente), a organização dos correspondentes 1 - Luiz Carlos Abrantes, de Itu, São Paulo; 2 - Antonio Carlos Ambróte, de Ribeirão Preto, São Paulo; 3 - Moysés da Costa, de São Paulo, São Paulo, 4 - Cláudio Ribeiro, de São Luís, Maranhão; 5 - Alda Barreto, de Codó, Maranhão, deve ser a seguinte:
(A) 1, 2, 3, 5, 4
(B) 3, 5, 1, 2, 4
(C) 4, 5, 3, 1, 2
(D) 5, 2, 3, 1, 4
(E) 5, 4, 3, 2, 1
79
Capítulo 8:
Guarda dos documentos
Prof. Fabrício Mariano 80
Guarda dos documentos
Instalações
Iluminação
Arejamento
Higienização
Disposição (Layout)
Prof. Fabrício Mariano 81
Fatores Químicos
Acidez;
Alcalinidade.
Prof. Fabrício Mariano 82
Fatores Físicos
Luz solar;
Infravermelho;
umidade relativa do ar;
variação de temperatura.
Prof. Fabrício Mariano 83
Fatores Biológicos
Poeira;
Higienização;
aparecimento de:
fungos,
bactérias,
insetos.
Prof. Fabrício Mariano 84
Principais operações de conservação
de documentos
De acordo com Marilena Leite Paes, as
principais operações de conservação de
documentos são:
Restauração
Banho de Gelatina
Alisamento
Desinfestação
Encapsulação
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Restauração
Exige do profissional da área conhecimento dos papéis e tintas empregados.
O método objetiva aumentar a resistência do papel ao envelhecimento natural e as agressões externas do ambiente (mofo, pragas, manuseio, etc.).
Um dos métodos mais comuns é a aplicação de uma película protetora em um dos lados do papel, por meio de: solução vaporizada,
imersão ou processos de laminação e silking (método que utiliza tecido crepeline ou musseline de seda, de grande durabilidade e com adesivo a base de amido).
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Banho de Gelatina
Este método consiste em mergulhar o documento em gelatina ou cola objetivando aumentar a resistência do documento.
Não prejudica a visibilidade e flexibilidade, proporcionando a passagem dos raios ultravioletas e infravermelhos.
Este método apresenta contratempos, pois torna-se suscetível a ataques de insetos e fungos, além de exigir grande habilidade de seu executor.
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Alisamento
Consiste em colocar os documentos em
bandejas de aço inoxidável expondo-os a
ação do ar e com umidade variando de 90 a
95% por um período de 1 hora, em uma
câmara de umidificação, posteriormente,
será passado a ferro folha por folha em
máquinas elétricas.
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Desinfestação
É o combate aos insetos através da
fumigação, que consiste em utilizar uma
substância química de modo que venha a
garantir a integridade do papel e da tinta
sobre sua ação.
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Encapsulação
Método que utiliza películas de poliéster e fita
adesiva de duplo revestimento;
o documento é colocado entre as duas
lâminas de poliéster fixadas nas margens
externas por fita adesiva nas duas faces em
um espaço de 3 milímetros, deixando o
documento solto dentro das duas lâminas.
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Questões de Concursos
1) (BR Distribuidora) Para recuperarmos documentos danificados ou atacados por pragas temos algumas técnicas arquivísticas, indique a que apresenta a característica a utilização de tecidos (crepeline ou musseline de seda) de grande durabilidade:
a) Desinfestação
b) Banho de Gelatina
c) Tecido
d) Silking
e) Laminação Mecanizada
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2) (TSE – Técnico Judiciário – CESPE – 2007) A conservação compreende os cuidados prestados aos documentos e ao seu local de armazenamento. As principais operações de conservação são:
a) higienização, exaustão, congelamento e preservação.
b) umidificação, limpeza, calafetação, restauração.
c) laminação, refrigeração, evaporação e encapsulamento.
d) desinfestação, limpeza, alisamento e restauração.
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3) (TRE/PB – Técnico Judiciário – FCC – 2007) Para um eficiente programa de conservação preventiva, é preciso:
(A) preencher as falhas dos documentos com polpa de papel.
(B) promover a digitalização dos documentos por processo fotostático.
(C) aumentar o grau de acidez e oxidação dos documentos em suporte-papel.
(D) evitar oscilações acentuadas de temperatura e umidade nos depósitos de documentos.
(E) plastificar e encapsular os documentos avulsos, inibindo a penetração de raios ultravioletas.
Prof. Fabrício Mariano 93
Questões de Concursos
4) (TRE/MS – Técnico Judiciário – FCC – 2007) A longevidade de
documentos em suporte papel supõe ações preventivas, como:
(A) o emprego de tintas ferrogálicas
(B) a exposição à luz natural do sol
(C) o uso constante de fungicidas
(D) a manutenção do pH neutro
(E) a reenfibragem e a laminação
94
Capítulo 9:
Setor protocolo
Prof. Fabrício Mariano 95
Introdução
Em uma instituição pública ou privada, o
setor protocolo tem como objetivo receber a
documentação, movimentar e enviar a quem
é de interesse.
Prof. Fabrício Mariano 96
Atividades de Controle do Setor
Protocolo
Atividades: recebimento, registro,
classificação, distribuição, movimentação e
expedição.
Atribuição: prestar assistência técnica à
arquivos setoriais, fazer cumprir normas de
trabalho, promover organização e
reorganização dos arquivos, treinar e orientar
pessoal.
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Questões de Concursos
1) (BNDES – Cesgranrio – 2006) O setor que funciona como um centro
de distribuição e redistribuição de documentos é conhecido como setor
de:
a) arquivo e microfilmagem
b) registro e movimentação
c) transferência e recolhimento
d) destinação e custódia
e) codificação e transposição
Prof. Fabrício Mariano 98
2) (BNDES – Cesgranrio – 2006) Uma ficha apresenta os seguinte dados: procedência, data de entrada, data do documento, número, código do assunto, espécie, número de origem, assunto, distribuição, data, recebido. Trata-se de uma ficha de:
(A) descarte.
(B) destinação.
(C) avaliação.
(D) provisão.
(E) protocolo.
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Capítulo 10:
Terminologia Específica
Prof. Fabrício Mariano 100
Acervo: é o conjunto de documentos de um arquivo
Amostragem: Técnica de seleção de documentos representativos de um conjunto.
Anexação: Juntada em caráter definitivo, na qual prevalece, para referência, o número do processo mais antigo.
Anexo: Documento juntado a outro ou a um processo por afinidade de conteúdo, em caráter definitivo.
Prof. Fabrício Mariano 101
Apensação: Juntada em caráter temporário, feita com o objetivo de elucidar ou subsidiar a matéria tratada, conservando cada processo a sua identidade e independência.
Apenso: Documento juntado a processo sem contudo passar a integrá-lo.
Arranjo: processo que na organização de arquivos permanentes, consiste na ordenação dos documentos em fundos, na ordenação das séries dentro dos fundos.
Prof. Fabrício Mariano 102
Atividade-fim: Expressão que designa as
atividades desenvolvidas em decorrência da
finalidade de uma instituição.
Atividade-meio: Expressão que designa as
atividades que dão suporte à consecução
das atividades-fim de uma instituição.
Prof. Fabrício Mariano 103
Ciclo vital dos documentos: Sucessivas
fases por que passam os documentos de um
arquivo, da sua produção até sua eliminação
ou guarda permanente.
Descrição: Conjunto de procedimentos que,
levando em conta os elementos formais e de
conteúdo das unidades de arquivamento
representam-nas nos instrumentos de
pesquisa.
Prof. Fabrício Mariano 104
Classificação: Organização dos documentos de
um arquivo ou coleção, de acordo com um Plano de
Classificação ou Quadro de Arranjo.
Ato ou efeito de analisar e identificar o conteúdo de
documentos, selecionar a categoria de assunto sob a qual
devem ser arquivados e determinar o código para a sua
recuperação;
Ato pelo qual se atribui a documentos, ou às informações
neles contidas, graus de restrição de acesso. Também
chamada classificação de segurança.
Prof. Fabrício Mariano 105
Fundo ou núcleo: a principal unidade de arranjo estrutural fundamentado no princípio da proveniência, que é o princípio segundo o qual devem ser mantidos no mesmo fundo, todos os documentos provenientes de uma mesma fonte geradora de um arquivo.
Fundo aberto: Conjunto ao qual podem ser acrescentados novos documentos, em função do gerador do arquivo continuar em atividade. Também referido como núcleo aberto.
Fundo fechado: Fundo que, em função do fato do gerador do arquivo não se encontrar mais em atividade, não receberá acréscimos de documentos de data posterior a sua existência. Também referido como núcleo fechado.
Prof. Fabrício Mariano 106
Juntada: Ato ou efeito de apensação ou anexação de um processo a outro. Termo também aplicado à junção de documentos a um processo.
Protocolo: denominação geralmente atribuída a setores encarregados do recebimento, registro, distribuição e movimentação de documentos em curso.
Tabela de equivalência: instrumento de PESQUISA auxiliar que dá equivalência de antigas notações para as novas que tenham sido adotadas, em decorrência de alterações no sistema de arranjo de um arquivo.
Prof. Fabrício Mariano 107
Questões de Concursos
1) (CESPE – 2009 – ANTAQ – Analista Administrativo – Arquivologia) Acerca da teoria e da prática de arranjo nos arquivos permanentes, julgue os itens a seguir.
( ) De acordo com Schellenberg, o instrumento de classificação não deve ser elaborado a priori, sobre uma base especulativa, mas a posteriori.
Prof. Fabrício Mariano 108
2) (BR Distribuidora – Técnico de Administração e Controle –
Cesgranrio – 2008) A teoria das três idades dos documentos,
compreendendo o arquivo corrente, o arquivo intermediário e o arquivo
permanente, corresponde, efetivamente, ao:
(A) valor secundário.
(B) conjunto orgânico.
(C) ciclo vital.
(D) instrumento de pesquisa.
(E) arranjo funcional.
Prof. Fabrício Mariano 109
3) (BR Distribuidora – Técnico de Administração e Controle – Cesgranrio – 2008) As passagens dos documentos dos arquivos correntes para os arquivos intermediários e destes para os arquivos permanentes são conhecidas, respectivamente, como:
(A) identificação e acesso.
(B) transferência e recolhimento.
(C) proveniência e procedência.
(D) envio e recebimento.
(E) descrição e difusão.
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Capítulo 11:
Arquivos Especiais
Prof. Fabrício Mariano 111
Introdução
Os arquivos especializados são aqueles que têm
sob sua custódia os documentos resultantes da
experiência humana em um campo específico.
Também podem ser definidos como arquivos que
têm sob sua guarda documentos em diferentes
tipos de suporte, tendo por esta razão, tratamento
especial.
Para o arquivista o que importa é a informação,
independente do suporte (papel, cd, dvd, etc).
Prof. Fabrício Mariano 112
Arquivos digitais
De acordo com o artigo 1º, §2º, Resolução nº 20, de
16 de julho de 2004, “considera-se documento
arquivístico digital o documento arquivístico
codificado em dígitos binários, produzido, tramitado
e armazenado por sistema computacional. São
exemplos de documentos arquivísticos digitais:
planilhas eletrônicas, mensagens de correio
eletrônico, sítios na internet, bases de dados e
também textos, imagens fixas, imagens em
movimento e gravações sonoras, dentre outras
possibilidades, em formato digital”.
Prof. Fabrício Mariano 113
Arquivos informáticos permitem diversos
suportes diferentes, sendo que estes
atualizam-se com grande velocidade no
tempo.
Como exemplo de suportes informáticos
utilizados, citamos: DVD, CD, disco rígido,
fita magnética, entre outros.
Prof. Fabrício Mariano 114
Metadados
Metadados (DD ou Dicionário de dados), ou Metainformação, são dados sobre outros dados;
Um item de um metadado pode dizer do que se trata aquele dado, geralmente uma informação inteligível por um computador;
Os metadados relacionados aos documentos arquivísticos digitais, que costumam estar registrados nos sistemas de gestão de documentos, devem acompanhar o documento digital no momento da transferência ou recolhimento.
Exemplos: nome do autor, nome do destinatário, assunto, data de produção, data da transmissão, data do recebimento, etc.
Prof. Fabrício Mariano 115
Questões de Concursos
1) São imprescindíveis para assegurar autenticidade, compreensão e
uso dos documentos digitais:
a) metadados
b) softwares
c) autor do documento
d) tamanho dos arquivos
e) data de criação do documento
Prof. Fabrício Mariano 116
2) (UFRJ / Arquivista / 2004) “Documento elaborado por meio de um computador, sendo seu autor identificável por meio de um código, chave e outros procedimentos técnicos e conservados, na maioria, em memórias eletrônicas de massa”, é o documento:
a) sistemático;
b) mutável;
c) sonoro;
d) imagnético;
e) eletrônico.
117
Capítulo 12:
Questões de Concursos
Prof. Fabrício Mariano 118
1) (BNDES/2009/Cesgranrio) A necessidade de reduzir erros, no arquivamento de grande volume documental que utiliza o número como elemento principal, orientou o surgimento do método dígito terminal, em que os documentos são numerados sequencialmente, e os números dispostos em três grupos de dois dígitos cada um (grupos: primário, secundário e terciário). Nesse método, os dossiês com os números (1) 034899, (2) 306218, (3) 482920, (4) 557718 e (5) 513120 ficam organizados na ordem
(A) 1,3,4,2,5
(B) 2,4,3,5,1
(C) 3,2,1,5,4
(D) 3,5,4,2,1
(E) 4,5,3,1,2
Prof. Fabrício Mariano 119
2)(BNDES/2009/Cesgranrio) A partir de um processo de reestruturação do sistema de arquivos em um banco, e com o objetivo de evitar a proliferação de depósitos de documentos que causaria transtornos à instituição, como o aumento do quantitativo de recursos humanos e a dispersão de originais e cópias dos documentos, o Técnico em Arquivo, com base nos princípios e normas gerais da arquivística, tem de estabelecer, como recomendação especial, que o arquivo intermediário seja subordinado técnica e administrativamente ao arquivo
(A) permanente.
(B) corrente.
(C) especial.
(D) especializado.
(E) morto.
Prof. Fabrício Mariano 120
3) (BNDES/2009/Cesgranrio) A climatização dos ambientes arquivísticos é um fator especialmente importante para a preservação de acervos documentais. Ela implica o controle eficiente de temperatura e de umidade relativa do ar nos ambientes dos depósitos de arquivamento e na guarda de documentação. A prática dos conservadores tem levado à implantação de sistemas de controle desses elementos, fundamentais à conservação de acervos. Assim, o controle da climatização deve ser realizado por meio da leitura de aparelhos colocados nos depósitos arquivísticos, que são
(A) hidrômetro, densitômetro e termômetro.
(B) higrômetro, termo-higrógrafo e termômetro.
(C) termógrafo, higrógrafo e termossensor.
(D) desumidificador, exaustor e vaporizador.
(E) ventilador, condensador e hidrotermostato.
Prof. Fabrício Mariano 121
4) (BNDES/2009/Cesgranrio) No arquivo de uma instituição, após um levantamento documental, são identificados documentos com as seguintes características: “texto padronizado, usado em engenharia, arquitetura e urbanismo, que acompanha os desenhos de um projeto no qual são explicitados e justificados os critérios e as soluções adotados e outros pormenores.” (Bellotto, 1998). Essas características são específicas de
(A) Medida Provisória.
(B) Instrução Normativa.
(C) Memorial Descritivo.
(D) Exposição de Motivos.
(E) Ordem de Serviço.
Prof. Fabrício Mariano 122
5) (BNDES/2009/Cesgranrio) A tecnologia que tem qualidade arquivística e que foi regulamentada pelo Decreto no 1.799, de 30 de janeiro de 1996, é a microfilmagem de documentos oficiais, abrangendo qualquer espécie ou em qualquer suporte. A microfilmagem tem de ser realizada em filme original, com o mínimo de 180 linhas de definição, garantidas a segurança e a qualidade de imagem e de reprodução. No entanto, para efeito de segurança, há obrigatoriedade da extração de filme
(A) nitrato.
(B) jaqueta.
(C) master.
(D) sépia.
(E) cópia.
Prof. Fabrício Mariano 123
6) (BNDES/2009/Cesgranrio) A Lei no 8.159, de 08 de janeiro de 1991, dispõe sobre a Política de Arquivos Públicos e Privados e garante, em seu Art. 4o: “Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.”. Fixa, assim, as categorias de sigilo, como as dos documentos que, referentes à segurança da sociedade e do Estado, serão restritos por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a contar da data de seu(sua)
(A) arquivamento.
(B) produção.
(C) identificação.
(D) classificação.
(E) desclassificação.
Prof. Fabrício Mariano 124
7) (BNDES/2009/Cesgranrio) O Conselho Nacional de Arquivos, criado a partir da Lei no 8.159, tem a finalidade de definir a Política Nacional de Arquivos como órgão central do Sistema Nacional de Arquivos. Nessa esteira legislativa, exerce orientação normativa, visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo, entendendo gestão documental como o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes a produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos nas fases
(A) especial e especializada.
(B) intermediária e permanente.
(C) primária e terciária.
(D) corrente e intermediária.
(E) ativa e inativa.
Prof. Fabrício Mariano 125
8) (BNDES/2009/Cesgranrio) A atividade de classificar documentos por assuntos é muito importante, pois visa a agrupar temas como forma de agilizar a recuperação da informação, além de facilitar tarefas arquivísticas como avaliação, seleção, eliminação, recolhimento e acesso. A classificação é, portanto, um referencial para a recuperação dos documentos. O código de classificação de documentos de arquivo para a administração pública federal tem classes que vão de 000 a 900. As classes de 100 a 800 destinam-se aos assuntos relativos às atividades-fim do órgão. Essas classes representam
(A) diversidade de assuntos da empresa.
(B) situação das classes do acervo.
(C) conjunto orgânico institucional.
(D) referencial teórico do arquivo.
(E) objetivo principal da instituição.
Prof. Fabrício Mariano 126
9) (BNDES/2009/Cesgranrio) A maioria dos arquivos, seja público ou privado, possui instrumentos de trabalho que auxiliam o desenvolvimento das atividades cotidianas; um exemplo de instrumento que deve figurar em todos os arquivos possui a seguinte estrutura:
Essa estrutura corresponde à(ao)
(A) tabela de classificação.
(B) ordem de serviço.
(C) instrumento de pesquisa.
(D) recibo de empréstimo.
(E) aviso de prescrição.
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10) (BNDES/2009/Cesgranrio) Em uma instituição arquivística, onde é utilizado o código de classificação de documentos de arquivo para a administração pública, realiza-se uma classificação a partir da classe 012 – Comunicação Social.
Comunicação Social
Relações com a imprensa
Credenciamento de jornalistas
Entrevistas. Noticiários. Reportagens. Editoriais
Divulgação Interna
Campanhas Institucionais. Publicidade
A ordem correta para os assuntos acima tem de obedecer à seguinte estrutura:
(A) 012.1, 012.11, 012.12, 012.2 e 012.3
(B) 01201, 01202, 01203, 01204 e 01205
(C) 12.01, 12.02, 12.03, 12.04 e 12.05
(D) 12,1, 12,01, 12,2, 12,02 e 12,3
(E) 12.001, 12.002,12.003,12.004 e 12.005
Prof. Fabrício Mariano 128
Gabaritos
Cap. 1: 1 – B, 2 – E, 3 – B, 4 – A.
Cap. 2: 1 – B, 2 – C, 3 – A.
Cap. 3: 1 – A, 2 – C, 3 – D, 4 – C, 5 – B, 6 – A.
Cap. 4: 1 – A, 2 – B, 3 – A.
Cap. 5: 1 – C, 2 – B, 3 – E.
Cap. 6: 1 – E.
Cap. 7: 1 – C, 2 – D, 3 – B, 4 – D, 5 – E.
Cap. 8: 1 – D, 2 – D, 3 – D, 4 – D.
Cap. 9: 1 – B, 2 – E.
Cap. 10: 1 – B, 2 – C, 3 – B.
Cap. 11: 1 – A, 2 – E.
Cap. 12: 1 – B, 2 – A, 3 – B, 4 – C, 5 – E, 6 – B, 7 – D, 8 – E, 9 – D, 10 – A.
Prof. Fabrício Mariano 129
Bibliografia
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento
documental. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.
FARIA, A. Nogueira de. Organização de empresas. Rio de Janeiro: Editora
Record, 1969.
MARIANO, Fabrício José Teixeira. Arquivologia para concursos. Rio de
Janeiro: Editora Academia, 2010.
PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
SCHELLENBERG, Theodore R. Arquivos Modernos: princípios e técnicas.
Rio de Janeiro: FGV, 2005.
http://www.siga.arquivonacional.gov.br/Media/siga/roteiro%20para%20mensuracao%20de%20documentos%20textuais.pdf. FONTE: Arquivo Nacional Dicionário de Termos Arquivísticos: subsídios para uma terminologia brasileira. Rio de Janeiro, 1992.