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ARTE – AULA 05 a 08 EAD – 9° ANO AULA 05 EAD - 9° ANO VANGUARDAS O Expressionismo é uma vanguarda artística europeia do século XX. Esse movimento artístico está entre os primeiros representantes das vanguardas históricas e talvez, o primeiro a focar em aspectos subjetivos. Origem Devemos destacar que o Expressionismo não possui uma localização geográfica definida e sua duração é difícil de determinar. O consenso é que o expressionismo surgiu na Alemanha em meados de 1905. Por isso é também chamado de Expressionismo alemão. Edvard Munch é considerado o precursor do Expressionismo. Sua obra mais importante é O Grito (1893). Ela representa uma das mais emblemáticas do movimento expressionista. O Expressionismo constituiu-se como um campo artístico multidisciplinar e interdisciplinar ao entrecruzar os saberes da arquitetura, artes plásticas, literatura, música, etc. Este movimento artístico cativou os círculos artísticos e intelectuais alemães durante as duas primeiras décadas do Século XX. Ele surge como uma reação ao Positivismo do movimento Impressionista. Características Com uma visão trágica do ser humano, o Expressionismo, como o próprio nome suscita, busca ser uma expressão dos sentimentos e das emoções do autor da obra. Assim, os artistas exageram e distorcem os temas em seu processo de catarse. Revelando o lado pessimista da vida, esta escola utilizou a arte enquanto forma de refletir a angústia existencialista do indivíduo alienado, fruto da sociedade moderna, industrializada. Estilo Expressionista:

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ARTE – AULA 05 a 08 EAD – 9° ANO

AULA 05 EAD - 9° ANO

VANGUARDAS

O Expressionismo é uma vanguarda artística europeia do século XX. Esse movimento artístico está entre os primeiros representantes das vanguardas históricas e talvez, o primeiro a focar em aspectos subjetivos. Origem

Devemos destacar que o Expressionismo não possui uma localização geográfica definida e sua duração é difícil de determinar. O consenso é que o expressionismo surgiu na Alemanha em meados de 1905. Por isso é também chamado de Expressionismo alemão. Edvard Munch é considerado o precursor do Expressionismo. Sua obra mais importante é O Grito (1893). Ela representa uma das mais emblemáticas do movimento expressionista.

O Expressionismo constituiu-se como um campo artístico multidisciplinar

e interdisciplinar ao entrecruzar os saberes da arquitetura, artes plásticas, literatura, música, etc. Este movimento artístico cativou os círculos artísticos e intelectuais alemães durante as duas primeiras décadas do Século XX. Ele surge como uma reação ao Positivismo do movimento Impressionista. Características Com uma visão trágica do ser humano, o Expressionismo, como o próprio nome suscita, busca ser uma expressão dos sentimentos e das emoções do autor da obra. Assim, os artistas exageram e distorcem os temas em seu processo de catarse. Revelando o lado pessimista da vida, esta escola utilizou a arte enquanto forma de refletir a angústia existencialista do indivíduo alienado, fruto da sociedade moderna, industrializada. Estilo Expressionista:

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Já que compreende a deformidade do mundo real, o Expressionismo encontrou uma forma subjetiva para representar a natureza e o ser humano. A proposição despreza a perspectiva e a luz, pois essas são, via de regra, intencionalmente modificadas.

É constante a temática da miséria, solidão e loucura, pois é um reflexo do espírito de época, apesar de rejeitar a verossimilhança. Por outro lado, o Expressionismo defendia a liberdade individual por meio da subjetividade e do irracionalismo. Os temas explorados eram considerados depravados e subversivos, os quais eram plasmados por meios plásticos de caráter metafísicos, conduzindo o espectador à introspecção. É interessante notar como no Expressionismo, a objetividade da imagem se opõe ao subjetivismo da expressão. Ou seja, é dissuadido por meio da linha e da cor (fortes e puras) usadas de forma emotiva, em formas retorcidas e agressivas. Principais Artistas Os principais representantes da arte expressionista foram:

• Marc Chagall (1887-1985)

• Paul Klee (1879-1940)

• Wassily Kandinsky (1866-1944)

• Amedeo Modigliani (1884-1920)

• Edvard Munch (1863-1944)

• José Orozco (1883-1949)

• Constant Permeke (1886-1952)

• Cândido Portinari (1903-1962)

• Diego Rivera (1886-1957)

• Georges Rouault (1871-1958)

• Chaim Soutine (1893-1943)

• David Siqueiros (1896-1974)

• Vincent Van Gogh (1853-1890) Arte Expressionista:

Com dito anteriormente, o expressionismo foi um estilo artístico utilizado por diversas categorias da arte, expresso na arquitetura, escultura, pintura, literatura e música. Arquitetura Expressionista:

A arquitetura expressionista empreendeu o uso de novos materiais. Com isso ampliou as possibilidades de fabricação em larga escala de materiais de construção como o tijolo, o aço ou o vidro. Escultura Expressionista:

A escultura expressionista variou muito segundo cada artista, os quais tiveram em comum apenas a temática da distorção das formas. Pintura Expressionista:

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A pintura expressionista deu grande ênfase nas cores como forma de criar efeito de dinamismo e o sentimentalismo fruto de suas emoções e sentimentos mais profundos. Literatura Expressionista:

Na literatura expressionista a guerra, a cidade, o medo, a loucura, o amor e a perda da identidade serão uma forma de retratar em palavras a sociedade burguesa da sua época. Além do militarismo, a alienação do indivíduo e a repressão familiar, moral e religiosa. Música Expressionista

A música expressionista primava pela separação da música de qualquer fenômeno externo. Refletia o seu estado anímico do compositor, alheio das regras e convenções acadêmicas.

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CUBISMO

Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Para Cézanne, a pintura não podia desvincular-se da natureza, tampouco copiava a natureza; de fato, a transformava. Ele dizia: “Mudo a água em vinho, o mundo em pintura”. E era verdade. Em suas telas, a árvore da paisagem ou a fruta da natureza morte não eram a árvore e a fruta que conhecemos – eram pintura. Preservavam-se as referências exteriores que as identificavam como árvore ou fruta, adquiriam outra substância: eram seres do mundo pictórico e não do mundo natural. Por isso, é correto dizer que Cézanne pintava numa zona limite, na fronteira da natureza e da arte. Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.

O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes. Principais características:

• geometrização das formas e volumes

• renúncia à perspectiva

• o claro-escuro perde sua função

• representação do volume colorido sobre superfícies planas

• sensação de pintura escultórica cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave

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Braque e Picasso, seguindo a lição de Cézanne deram inicio à geometrização dos elementos da paisagem. Braque enviou alguns quadros para o Salão de Outono de 1908, onde Matisse, como membro do júri, os viu e comentou: “Ele despreza as formas, reduz tudo, sítios, figuras e casas, a esquemas geométricos, a cubos”. Essa frase, citada por Louis Vauxcelles, em artigo publicado, dias depois, no Gil Blas, daria o nome ao movimento. O cubismo se divide em duas fases:

Cubismo Analítico – (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.

Cubismo Sintético – (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis. Principais artistas:

Pablo Picasso (1881-1973) Tendo vivido 92 anos e pintado desde muito jovem até próximo à sua morte passou por diversas fases: a fase Azul, entre 1901-1904, que representa a tristeza e o isolamento provocados pelo suicídio de Casagemas, seu amigo, são evidenciados pela monocromia e também a representa a miséria e o desespero humanos; a fase Rosa, entre 1904-1907, o amor por Fernande origina muitos desenhos sensuais e eróticos, com a paixão de Picasso pelo circo, iniciam-se os ciclos dos saltimbancos e do arlequim. Depois de descobrir as artes primitivas e africanas compreende que o artista negro não pinta ou esculpi de acordo com a tendência de um determinado movimento estético, mas com uma liberdade muito maior. Picasso desenvolveu uma verdadeira revolução na arte. Em 1907, com a obra Les Demoiselles d’Avignon começa a elaborar a estética cubista que, como vimos anteriormente, se fundamenta na destruição de harmonia clássica das figuras e na decomposição da realidade, essa tela subverteu o sentido da arte moderna com a declaração de guerra em 1914, chega ao fim a aventura cubista. Também destacamos a obra Guernica que foi mostrada pela primeira vez na Exposição Internacional de Paris, em 1937.

Foi concebido e executado com grande rapidez em seu estúdio em Paris. Picasso pretendia que seu quadro fosse uma denúncia contra a s mortes que estavam destruindo a Espanha na terrível Guerra Civil (1936-39), e contra a perpétua desumanidade do Homem. A motivação imediata do quadro foi a

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destruição de Guernica, capital da região basca, no dia da feira da cidade, 26 de abril de 1937. Em plena luz do dia, os aviões nazistas, sob as ordens do general Franco, atacaram a cidade indefesa. De seus 7 mil habitantes, 1654 foram mortos e 889 feridos. Algumas frases de Pablo Picasso:

“A obra de um artista é uma espécie de diário. Quando o pintor, por ocasião de uma mostra, vê algumas de suas telas antigas novamente, é como se ele estivesse reencontrando filhos pródigos – só que vestidos com túnica de ouro”. “A Arte não é a verdade. A Arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade”. “Braque sempre disse que na pintura só conta a intenção. É verdade. O que conta é aquilo que se faz. É isso o importante. O que era afinal o mais importante no cubismo, era aquilo que se queria fazer, a intenção que se tinha. E isso não se pode pintar”. “Nada pode ser criado sem a solidão. Criei em meu redor uma solidão que ninguém calcula. É muito difícil hoje em dia estar-se sozinho, pois existem relógios. Já alguma vez se viu um santo com relógio?” “Não sou nenhum pessimista, não detesto a arte, pois não poderia viver sem lhe dedicar todo meu tempo. Amo-a como a minha única razão de ser. Tudo que faço relacionado com a arte dá-me a maior alegria. Mas por isso mesmo não vejo por que razão todo o mundo pretende interrogar a arte, exigindo-lhe certificados, deixando correr livremente sua estupidez em relação a este tema”.

Georges Braque (1882-1963, 81 anos) Foi um pintor e escultor francês que juntamente com Pablo Picasso inventaram o Cubismo. Braque iniciou a sua ligação as cores, na empresa de pintura decorativa de seu pai. A maior parte da sua adolescência foi passada em Le Havre, mas no ano de 1889, mudou-se para Paris onde, em 1906, no Salão dos Independentes, expôs as suas primeiras obras no estilo de formas simples e cores puras (fovismo. No Outono de 1907, conheceu Picasso com quem se deu quase diariamente até que em 1914 devido a Grande Guerra se separaram. Braque foi mobilizado e ferido na cabeça em 1915, tendo sido agraciado com a Cruz de Guerra e da Legião de Honra. Durante dois anos, devido ao ferimento esteve afastado da pintura.

Juan Gris (1887-1927), pintor espanhol que aderiu ao cubismo em 1912, era um homem muito lúcido em cuja arte o fator racionalizante tinha grande peso. Por essa razão, não conseguiu entregar-se totalmente à liberdade inventiva de Picasso e Braque, mantendo seu cubismo preso a uma

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composição formal muitas vezes rígida e fria. Não obstante, dá uma contribuição importante ao introduzir no cubismo uma visão nova do espaço como espaço-tempo, ao decompor o objeto no plano, buscando exprimir as várias etapas de sua apreensão no tempo.

Fernand Léger (1881-1955) se desenvolveu o seu cubismo numa direção diferente de Braque e Picasso. Se também ouviu a frase de Cézanne, que chamava a atenção para a geometria contida nos objetos naturais, passou a pintá-los não como se fossem cubos, mas como cilindros e cones, tal como se observa em seu quadro “Nus dans la forêt” (1909-10). Léger nunca atingira o grau de abstração dos dois mestres cubistas, Picasso e Braque. De origem modesta, de família de camponeses normandos, desde cedo se interessou pelo desenho, o que o leva a Caen, capital da Alta Normandia, França, aos dezesseis anos, onde trabalhou como aprendiz de arquiteto. Em 1900, mudou-se para Paris, onde em um escritório de arquitetura e retoques fotográficos trabalhou como desenhista. Reprovado no exame de ingresso da Escola de Belas-Artes de Paris, estudou na Escola de Artes Decorativas e na Academia Julien; frequentando ainda vários ateliês, entrando em contato com a arte de Cézanne.

Aproxima-se dos cubistas em 1909, conhecendo os poetas Apollinaire, Max Jacob, Blaise Cendrars, os pintores Albert Gleizes, Robert Delaunay e, mais tarde, Georges Braque e Pablo Picasso. Em 1911, expôs no Salão dos Independentes e, no ano seguinte, participa da Section D’Or, e publica seu ensaio ‘Les origines de la peinture contemporaine’, na revista Der Sturm. Em contato com o Cubismo, Léger não aceitou sua representação exclusivamente conceitual, suas abstrações curvilíneas e tubulares contrastavam-se com as formas retilíneas preferidas por Picasso e Braque, e preconizavam uma aproximação às imagens orgânicas surrealistas. Robert Delaunay (1885-1941), pintor francês o seu caminho no movimento cubista, o levaria a uma redescoberta da cor e do ritmo espacial, que daria à sua pintura algo de composição musical. Quando em 1912, pintou seus “Discos simultâneos”, uma nova vertente surgiu no cubismo, à qual o poeta Apollinaire daria o nome de orfismo. AS fontes da pintura de Delaunay são as mesmas de Braque, ou seja, a lição cezanniana, que estão evidentes na séria de “Villes”, suas primeiras telas cubistas. Nelas, ele abdica das cores vivas que marcaram sua pintura anterior. Ele cria um novo repertório de signos (ou objetos figurativos). Como Léger, ele chega rapidamente a uma linguagem abstrata, que se aproxima do decorativo, mas de que ele se afasta imprimindo em sua pintura a preocupação de expressar o dinamismo da vida moderna. A partir de 1912, Delaunay recorre à cor como seu meio de expressão. Interessa-se pela lei dos contrastes simultâneos de Chevreul, que servirá de pretexto para suas “frases cromáticas” e outras obras, fundadas na exploração daqueles contrastes. AULA 07 EAD - 9° ANO

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FAUVISMO

O estilo começou em 1901, mas foi denominado e reconhecido como um movimento artístico em 1905, em Paris, no Salão de Outono e desenvolveu-se até 1907.

Os artistas desse período foram denominados do francês le fauves, as feras, porque eles não seguiam os cânones impressionistas vigentes na época. Usavam as cores puras e intensas, sem misturá-las ou matizá-las. Quem lhes deu este nome foi o crítico conservador Louis Vauxcelles, pois as pinturas fovistas estavam expostas ao lado de uma estatueta renascentista de um menino, no Salão de Outono, “um Donatello entre as feras” disse ele, comparando os artistas fovistas com feras selvagens.

O Dicionário Houaiss indica fovismo como um termo homônimo de Fauvismo. O campo da criação artística é atingido fortemente pela velocidade da Revolução Industrial, o artista possui, diante de si, cada vez mais informações em razão das mudanças e dos acontecimentos de sua época. Há um novo propósito: pintar as sensações que despertam o estado de espírito no livre curso dos impulsos interiores.

Os pintores fovistas receberam influência das obras de Van Gogh, por seu emocionalíssimo e ardor passional no uso das cores, e por Gauguin, com seu primitivismo e visão sintética da natureza. Os princípios deste movimento artístico são: Criar em arte não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos; Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias; A cor pura deve ser exaltada; As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens. Características da pintura: Simplificação das formas, não há busca pela perspectiva; Pincelada violenta, espontânea e definitiva; Ausência de pinturas ao ar livre; Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade; O movimento rítmico das linhas, texturas e para dar continuidade dos elementos desenhados; Uso exclusivo das cores puras, assim como saem das bisnagas, há pouca ou nenhuma gradação entre os matizes; Pintura por manchas largas, formando grandes planos; Impulsividade e experimentação, em vez de exaustivos estudos preparatórios. Destacamos alguns dos principais artistas:

Henri Matisse (1869-1954), pintor francês, nas suas pinturas ele não se preocupa como realismo, tanto das figuras como das suas cores. O que interessa é a composição e não as figuras em si, como de pessoas ou de naturezas-mortas. Abandonou assim a perspectiva, as técnicas do desenho e o efeito de claro-escuro para tratar a cor como valor em si mesma. Dos pintores

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fovistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade. Foi, também, escultor, ilustrador e litógrafo.

Raoul Dufy (1877-1953), pintor, gravador e decorador francês. Contrastes tonais e a geometrização da forma caracterizaram sua obra. Impressionista a princípio, evoluiu gradativamente para o fovismo, depois de travar contato com Matisse. Morreu um ano depois de receber o prêmio de pintura da Bienal de Veneza.

Maurice de Vlaminck (1876-1958), nasceu em Paris, em uma família de músicos, foi o mais autêntico fovista, dizia: “Quero incendiar a Escola de Belas Artes com meus vermelhos e azuis”. Trabalhou junto com André Derain em um estúdio que mantinham juntos. Casou-se duas vezes e teve duas filhas com a segunda esposa.

André Derain (1880-1954), pintor francês, totalmente autodidata, começou a pintar aos 15 anos. Por volta de 1900, ligou-se a Maurice de Vlaminck e a Henri Matisse, com os quais se tornou um dos principais pintores fovistas. Nessa fase, pintou figuras e paisagens em brilhantes cores chapadas, recorrendo a traços impulsivos e a pinceladas descontínuas para obter suas composições espontâneas. Dizia, “As cores chegaram a ser para nós cartuchos de dinamite.” A obra de Derain mostrou uma superfície mais tranquila, que o resto dos fauvistas, produto da aplicação de tonalidades quentes e harmônicas. Sua obra agradou tanto ao galerista Vollard que ele tentou repetir com esse artista o sucesso alcançado com Monet, organizando em Londres uma exposição com suas obras mais fauvistas. No entanto, ao voltar, o pintor assinou um contrato com Kahnweiler, o marchand de Picasso. Foi assim que Derain entrou em contato com a elite cubista e abandonou o fauvismo. Após romper com o fovismo, em 1908, sofreu influências de Cézanne e depois do Cubismo. Na década de 1920, seus nus, retratos e naturezas-mortas haviam adquirido uma entonação neoclássica, com o gradual desaparecimento da gestualidade espontânea das primeiras obras. Henri Rousseau, pintor francês, não era um fovista, mas a sua grande cena de selva na obra “O Leão Faminto Atacando um Antílope” foi exibida perto da obra de Henri Matisse e pode ter tido uma influência do nome pejorativo usado no comentário de Vauxcelles, publicado em 17 de outubro de 1905 em Gil Blas, um jornal diário, e passou para o uso popular.

As pinturas ganharam uma condenação considerável como “Um pote de tinta foi arremessado na cara do público”, escreveu o crítico Camille Mauclair, mas também alguma atenção favorável. A pintura que foi escolhida para os ataques da crítica foi “Mulher com um Chapéu”, de Matisse, e a compra deste trabalho por Gertrude e Leo Stein teve um efeito muito positivo sobre ele, que estava sofrendo a desmoralização da má recepção de suas obras. Carta-Prefácio, de Maurice de Vlaminck, extraído de Lettres, Poèmes ET 16 Reproductions dês Oeuvres Du Peintre (Paris,1923): Caro amigo,

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Você me pergunta o que penso do movimento que se opera na “jovem pintura francesa” e em que obra estou trabalhando? Vou fazer o possível para satisfazê-lo. Nunca vou ao museu. Fujo de seu odor, de sua monotonia e de sua severidade. Reencontro ali as iras do meu avô quando eu cabulava a aula. Empenho-me em pintar com o coração e os rins, sem me preocupar com o estilo. Nunca me pergunto a um amigo como ele ama a sua mulher para amar a minha, nem que mulher devo amar; não me interessa como se amavam e, 1802. Amo como homem, e não como um colegial ou professor. Não tenho de agradar a ninguém, a não ser eu mesmo. O estilo a priori, como o cubismo, o rondismo, etc., etc., deixa-me indiferente. Não sou modista, nem médico, nem homem de ciência. A ciência me dá dor de dente. Ignoro a matemática, a quarta dimensão, a seção áurea. O “uniforme cubista” é muito militarista para mim, e você sabe como faço pouco o “gênero soldado”. A caserna me trona neurastênico e a disciplina cubista, e faz lembrar as palavras do meu pai: “O regimento te fará bem! Dar-te-á caráter! ” Detesto a palavra clássico no sentido em que o público a emprega. Os loucos me dão medo. A loucura raciocinada, matemática, cubista e cientifica de 4 de agosto de 1914 demonstrou-nos cruelmente a falsidade do resultado. A “pintura”, caro amigo, é bem mais difícil e em mais tola que tudo isso. Se isso pode interessá-lo, alguns detalhes suplementares. Não vou a enterros, não danço no dia 14 de julho, não aposto em corrida de cavalos e não participo de manifestações de rua. Adoro crianças. Valminck

AULA 08 EAD - 9° ANO

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ARTE MODERNA BRASILEIRA

O MODERNISMO foi um movimento artístico do século XX, voltado aos sentimentos do homem, do pintor, do artista. Além da luz e da cor, nesse movimento era importante a leitura do sentimento, a leitura da emoção. A Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana de 22 ocorreu em São Paulo no ano de 1922, de 11 a 18 de fevereiro, no Teatro Municipal e foi o 1º meio de expressão de um movimento artístico. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos. Tinha por objetivo dar ao público de São Paulo “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual”. (...) renovar o estagnado ambiente artístico e cultural de São Paulo e do país e descobrir o Brasil, repensando-o de modo a desvinculá-lo, esteticamente da amarras que ainda o prendiam à Europa.

O que pretendiam os Modernistas? Renovação da linguagem, busca de experimentação, liberdade criadora, rompimento com o passado, uso do adjetivo “novo”, busca pela identidade nacional Alguns Nomes MÚSICA: Heitor Villa-Lobos. LITERATURA: Oswald de Andrade com Memórias Sentimentais de João Miramar; Raul Bopp com Cobra Norato; e Mário de Andrade, com Paulicéia Desvairada. Paulo Prado e Graça Aranha foram os padrinhos da Semana. ARTES PLÁSTICAS:

ANITA MALFATTI (1899 - 1964): Anita Malfatti foi pioneira da arte moderna brasileira. Estudou na Alemanha e nos Estados Unidos com artistas de tendências expressionistas. Sua pintura, com cores que fugiam as regras acadêmicas, chocou a crítica mas se impôs junto aos modernistas. Na Semana de Arte Moderna de 22, expôs 20 obras. Este tema com frutas que nos moldes acadêmicos seria de natureza-morta com frutos tropicais ganhou dinamismo e cunho social com a presença da mulher.

VICTOR BRECHERET (1894 – 1955): Iniciou sua formação no Liceu de Artes e Ofícios, em São Paulo. Completou os estudos em Roma e Paris, retornando em 1919 e integrando o grupo dos artistas modernistas.

EMILIANO DI CAVALCANTI (1897 - 1976): Di Cavalcanti começou a pintar em 1917 e em 1922 foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de São Paulo. Logo depois passou dois anos em Paris, onde teve contato com artistas como Léger e Picasso. Ao regressar ao Rio de Janeiro, engajou-se no movimento modernista, sempre em busca de temas brasileiros

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para pintar. Emprega cores terrosas com as do período barroco: ocre, terra de siena queimada e verdes-escuros. Aliás, há quem veja em suas obras a grandiosidade do barroco, os corpos roliços cheios de sensualidade, principalmente quando retrata mulatas.

VICENTE DO REGO MONTEIRO (1899 - 1970): Nasceu em Recife, em 1899. É um artista múltiplo: pintor, desenhista, muralista, escultor e poeta. Freqüentou a Academia Julian em Paris, de 1911 a 1914, voltando ao Brasil para morar no Rio de Janeiro. Em 1920 expôs algumas obras em São Paulo, conhecendo o grupo de modernistas da cidade e abrindo caminho para a exposição de oito obras suas na Semana de Arte Moderna de 1922, enfatizando temas nacionais. Em 1932, fixaria residência no Recife, alternando períodos no Brasil e na França até 1950. Sua pintura é marcada pela sinuosidade e sensualidade. Contido nas cores e contrastes, as obras do artista nos reportam a um clima místico e metafísico. A temática religiosa é freqüente em sua pintura, chegando a pintar cenas do Novo Testamento, com figuras que, pela densidade e volume, se aproximam da escultura. A obra de Vicente do Rego Monteiro integra importantes acervos de museus brasileiros e europeus. Outros Modernistas

LASAR SEGALL (1891 - 1957): O tema do êxodo, ou seja, do deslocamento dos povos de sua terra natal para outra, desconhecida, é constante na arte. Lasar Segall, russo, também deixou seu testemunho daquela dolorosa partida dos portos de Hamburgo na Alemanha, de onde saíram os emigrantes do norte da Europa.

TARSILA DO AMARAL (1890 – 1973): Tarsila do Amaral, paulista do interior, teve sua formação com conceituados artistas da vanguarda francesa. A modernidade dos anos 1920 ganhou força até o início dos anos 1930, quando ela participou ativamente dos movimentos Pau Brasil (1924) e Antropofagia (1929). Por ocasião da Semana de Arte Moderna, em 1922, Tarsila estava em Paris. No ano seguinte, lá pintou “A negra”, figura certamente surgida da saudade de Tarsila por sua terra e das lembranças das fazendas de cafezais do interior paulista. A inovação de A negra reside na criação de um monumento à raça negra, de uma ama-de-leite despida de suas vestes, mas carregada de simbolismos, cujo seio amamentou negros e brancos, assim contribuindo, de forma mais intima para a formação e o sustento da raça brasileira.

CANDIDO PORTINARI - Importante pintor brasileiro, cuja temática expressa o papel que os artistas da época propunham: denunciar as desigualdades da sociedade brasileira e as consequências desse desequilíbrio. Seu trabalho ficou conhecido internacionalmente através dos corpos humanos sugerindo volume e pés enormes que fazem com que as figuras pareçam relacionar-se intimamente com a terra, esta sempre pintada em tons muito vermelhos. Portinari pintou painéis para o pavilhão brasileiro da Feira Mundial de Nova York, Via Crucis - para a igreja de São Francisco, na Pampulha, Belo Horizonte (MG) e murais da sala da Fundação Hispânica na Biblioteca do

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Congresso, em Washington. Sua pintura retratou os retirantes nordestinos, a infância em Brodósqui, os cangaceiros e temas de conteúdo histórico como Tiradentes, atualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo, e o painel A Guerra e a Paz, pintado em 1957 para a sede da ONU.

BRUNO GIORGI (1905- 1993) Nascido em Mococa, interior paulista, em 1905, Bruno Giorgi começa a estudar arte na Itália, em 1920. Na década de 30, é preso por sua oposição ao emergente Mussolini. Extraditado para o Brasil em 1935, o escultor volta à Europa no ano seguinte. Em 1937, matricula-se em academias de Paris e conhece um de seus mestres, Aristides Mailol. Retorna ao Brasil, 1939, e logo depois trava contato com o Grupo Santa Helena, de Volpi, Rebolo e Bonadei. Muda-se para o Rio em 1943, cidade onde viveria o resto de sua vida. O Ministério da Educação e Cultura abre espaço, em 1947, para a primeira de uma longa séria de obras de Giorgi instaladas em áreas públicas, o “Monumento à Juventude Brasileira”. Participa da Bienal de Veneza, em 1950. No ano seguinte é um dos destaques da 1ª. Bienal de São Paulo e do Salão Paulista de Arte Moderna, no qual é agraciado com o Primeiro Prêmio Governo do Estado. Volta a Veneza em 1952 e à Bienal de São Paulo em 1953, recebendo a distinção de Melhor Escultor Nacional. Em 1960, Giorgi entrega sua obra mais conhecida, “candangos”, exposta na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Outro monumento marcante do escultor na cidade é “Meteoro”, de 1967, no prédio do Itamaraty. Nos anos 70, as obras de Giorgi chegam ao espaço público das duas maiores cidades brasileiras. Em 1978, é inaugurada “Condor”, na Praça da Sé, em São Paulo. No ano seguinte é a vez de “Construção” no Parque da Catacumba, no Rio. Seu último monumento é “Integração”, de 1989, instalado no Memorial da América Latina, em São Paulo. Morre no Rio, em 1993.

VOLPI (1896-1988) – A família de Alfredo Volpi mudou-se de Lucca, na Itália, para o Brasil quando ele tinha 1 ano , em 1897. No cenário suburbano do Cambuci, o humilde imigrante pinta paredes. Aos 19 anos, começa a trabalhar com decoração de interiores e a retratar paisagens dos arredores de São Paulo. A partir de 1937, o núcleo Santa Helena dá origem à Família Artística Paulista. Os artistas, a maioria autodidatas, saídos de profissões artesanais, são preteridos pela organização do 1ª. Salão de Maio. Decidem então criar o Salão da Família Artística Paulista, que conta com a participação de convidados como Anita Malfatti. Em sua segunda edição, dois anos depois, o salão atrai nomes como Portinari e Ernesto de Fiori. Nessa altura, os santelenistas já tinham aberto as portas do Salão de Maio, onde têm presença marcante em 1939. Na década de 40, as paisagens começam a abrir espaço para composições com temas como janelas, fachadas e bandeirolas. Em 1950, recebe o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro no Salão Nacional de Belas Artes. Vai à Itália, onde recebe a influência dos mestres pré-renascentistas. Sua pintura torna-se mais despojada, num percursos, sem rumo à abstração geométrica pura. Em 1951, participa da 1ª. Bienal

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de São Paulo. No ano seguinte, está presente na Bienal de Veneza. Na segunda edição da Bienal paulistana, recebe sua maior consagração, o prêmio de Melhor Pintor Nacional. Em meados da década, deixa-se influenciar pelo concretismo – participa da Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna do Rio, em 1956 – sem renunciar a um estilo absolutamnete pessoal e característico. “Volpi pinta volpis”, descreve Willys de Castro. Em 1957, o MAM carioca organiza sua primiera retorspectiva. O mesmo ocorre na 6ª. Bienal de São Paulo. Consagrado pela crística e pelo público, continua a morar no mesmo Cambuci da juventude . Morre em São Paulo, em 1988.

1: Quando e onde se iniciou o movimento de Vanguardas? 2: Cite características do Fauvismo 3: Cite características do Cubismo 4: Em que cidade ocorreu a semana da arte moderna? 5: A semana da arte moderna foi um grande marco, por quê? https://www.todamateria.com.br/expressionismo/ https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/cubismo/ http://ensinodaarte.webnode.com.br/news/arte-moderna-brasileira/ https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/fovismo/