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Arte Conceitual

Arte Conceitual · Para a arte conceitual, vanguarda surgida na Europa e nos Estados Unidos no fim da década de 1960 e meados dos anos 1970, o conceito ... Slide 1 Author: TRF

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Arte Conceitual

A Traição das Imagens, 1928

René Magritte (1898-1967)

Arte Conceitual

Para a arte conceitual, vanguarda surgida na Europa e nos Estados Unidos no fim da década de 1960 e meados dos anos 1970, o conceito ou a atitude mental tem prioridade em relação à aparência da obra. O termo arte conceitual é usado pela primeira vez num texto de Henry Flynt, em 1961, entre as atividades do Grupo Fluxus. Nesse texto, o artista defende que os conceitos são a matéria da arte e por isso ela

estaria vinculada à linguagem.

Joseph Kosuth (1945)

Devido à grande diversidade, muitas vezes com concepções contraditórias, não há um consenso que possa definir os limites do que pode ou não ser considerado como arte conceitual. Segundo Joseph Kosuth (1945), em seu texto Investigações, publicado em 1969, a análise linguística marcaria o fim da filosofia tradicional, e a obra de arte conceitual, dispensando a feitura de objetos, seria uma proposição analítica, próxima de uma tautologia. Como, por exemplo, em Uma e Três Cadeiras, ele apresenta o objeto cadeira, uma fotografia dela e uma definição do dicionário de cadeira impressa sobre papel.

"A Arte como ideia“ Joseph Kosuth

Embora os artistas conceituais critiquem a reivindicação moderna de autonomia da obra de arte, e alguns pretendam até romper com princípios do modernismo, há algumas premissas históricas que podem ser encontradas em experiências realizadas no início do século XX. Os ready-mades de Marcel Duchamp (1887 - 1968), cuja qualidade artística é conferida pelo contexto em que são expostos, seriam um antecedente importante para a reelaboração da crítica dos conceituais. Outro importante antecedente é o Desenho de De Kooning Apagado, apresentado por Robert Rauschenberg (1925 - 2008) em 1953. Como o próprio título enuncia, em um desenho de Willem de Kooning (1904 - 1997), artista ligado à abstração gestual surgida nos Estados Unidos no pós-guerra, Rauschenberg, com a permissão do colega, apaga e desfaz o seu gesto. A obra final, um papel vazio quase em branco, levanta a questão sobre os limites e as possibilidades de superação da noção moderna de arte.

DAMIEN HIRST 1965, BRISTOL, INGLATERRA. VIVE E TRABALHA EM LONDRES E DEVON,

INGLATERRA.

FELIX GONZALEZ-TORRES 1957, GUAIMARO, CUBA – 1996, NOVA YORK.

JEFF KOONS 1955, NOVA YORK. VIVE E TRABALHA EM NOVA YORK.

Leonardo Da Vinci, Mona Lisa, 1503-1507 Leandro Erlich, Window and Ladder, 2008

“A arte nos convida a uma consideração intelectual, e isso não com o intuito de criar

arte novamente, mas para conhecer filosoficamente o que é arte”

G. W. F. Hegel, Hegel’s Aesthetics: Lectures on Fine Arts, 1975

Wladimir Wagner Rodrigues [email protected]