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Artemia Salina (Artemia salina): Cultivo e aspectos biológicos. Universidade Federal de Alagoas Unidade de Ensino de Penedo – Campus Arapiraca Dourinaldo Ferreira Mario Melo Marcio Roberto Roney Rodrigues Valdinei Farias Penedo, 2015.

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Artmia Salina (Artemia salina)

Artemia Salina (Artemia salina):Cultivo e aspectos biolgicos.

Universidade Federal de AlagoasUnidade de Ensino de Penedo Campus Arapiraca

Dourinaldo FerreiraMario MeloMarcio RobertoRoney RodriguesValdinei FariasPenedo, 2015.

A crescente demanda mundial por pescado - influenciada pelo crescimento populacional e por alimentos mais saudveis provocou um aumento nos sistemas de cultivo, necessitando de alimentos estratgicos como a Artemia sp.ALIMENTO VIVO

PRATICIDADE NA AQUICULTURA

- Tem sido usado como vetor para bioencapsulao de componentes nutricionais e profilticos.

No Brasil, Artemia sp. fora introduzido pelo homem na dcada de 70, com registros nas salinas da regio Nordeste, no Rio Grande do Norte, colonizadas a partir de inoculaes de cistos feitas em Macau (RN) em 1977;

Este material biolgico teve como origem os EUA e sua disperso ocorreu por vrios mecanismos, tais como: pssaros aquticos, ao antrpica e elica;

- Dispersou por vrias salinas nos Estados do Cear e Rio Grande do Norte, sendo produzido nos evaporadores como um subproduto da indstria da extrao do sal.

CistosApresentam 3 camadas estruturais:Crion: formada por lipoprotenas, proporcionam proteo adequada aos embries (rupturas mecnicas e radiao ultravioleta). As lipoprotenas so impregnadas de quitina e hematina, sendo que esta determina a cor da casca (marrom plido-marrom escuro);

Membrana cuticular externa :funciona como filtro, influenciando a permeabilidade, protegendo o embrio contra molculas maiores que CO2;

Cutcula embrionria: camada transparente e elstica que se transforma em membrana de ecloso durante a incubao;

Estgios LarvaisEstgio I: -Apresenta 400 a 500 m de comprimento;

-Tem uma cor marrom-laranja (por acumulao de reservas vitelnicas), um olho vermelho naupliar na regio da cabea;

- 3 pares de apndices: 1 par de antenas (funo sensorial), 2 par de antenas (funo locomotora e filtradora) e as mandbulas (funo de absoro dos alimentos);

- A larva no se alimenta, permanecendo com a boca e o nus fechados (reserva vitelnica).

Estgio II- As larvas filtram pequenas partculas de 1 a 50 m de alimentos (bactrias e detritos);

Esta filtrao realizada pelo segundo par de antenas e a ingesto ocorre no trato digestivo funcional;

- A larva cresce e se diferencia por 15 mudas;

- Pares de apndices lobulares aparecem na regio torcica.

Adultos- Apresentam comprimento de 1 cm, corpo alongado, segmentado e dividido em cabea, trax e abdome;trato digestivo linear;

- 11 pares de toracpodos (segmentos da regio torcica), responsveis pela alimentao, respirao e natao;

- Possui brnquias nos toracpodos;

- No possui carapaa, apresentando exoesqueleto especfico;

- Cabea apresenta dois segmentos fusionados, suportando dois olhos pedunculados, um olho nuplio, antnulas e antenas;* Nos machos, antenas se diferenciam em clsper, utilizado na cpula (para prender-se s fmeas).

- Os machos apresentam o pnis situado na parte posterior do abdome;

- As fmeas apresentam uma bolsa incubadora (tero externo) situada atrs do 11 par de toracpodos.

Fatores ambientais Salinidade: 3 a 300 partes por mil.Oxignio: no mnimo 1 a 2 mg/L. (4 mg/L). **pode viver abaixo de 1 mg/L onde apresentam cor avermelhada**;Temperatura: suporta 5 a 40C. (25C a 28C);Luz: alta sensibilidade devido aos olhos compostos.

ReproduoSexuada e partenognese;Oviparidade e ovoviviparidade;

Cistos liberados no ambiente: (O baixo, escassez de alimento e alta salinidade);

Nuplios liberados no ambiente: (salinidade moderada, alto teor de O dissolvido e abundncia em alimento);

Alcana a maturidade sexual: duas semanas (25C) ou 1 a 2 meses (-C);

4 a 5 dias: produo de 100 a 300 descendentes (Arana, 1999).

Ciclo de Vida

Inicia-se no ambiente natural (cistos que flutuam na superfcie da gua);

Metabolicamente inativo por cinco ou mais anos;

Retomada do metabolismo vem com a imerso em gua salina (hidratao);

Rompimento da membrana externa do cisto, resultando no aparecimento do embrio (aprox. 20 h);

Assim, mantido em estgio de sombrinha desenvolvimento completo;

- Curto intervalo de tempo: rompimento da membrana de ecloso para o nascimento do primeiro estgio larval.

Desenvolvimento de nauplios at a fase adulta = 8 dias. (Van Stappen, 1996)

(Vinatea, 1994) Diz que o ciclo dura aproximadamente 14 dias (metanuplio I, II, III e IV; juvenil e adulto);

(Igarashi, 2008) Ciclo com 4 estgios morfolgicos: nuplio; metanuplio; pr adulto e adulto.Em contrapartida...

A produo de cistos de Artemia no mundo: Colheitas comerciais acima de 1.000 t;EUA 90% da produo (China, Vietn e Tailndia);GSL no estado de Utah com 900 t coletadas em boa safra;A maior parte dos exportada como: - Tipo A (US$ 120 por kg e taxa de ecloso > 85%); - Tipo B (US$ 60 por kg e 70 a 85% de taxa de ecloso); - Tipo C (US$ 30 por kg e taxa de ecloso < 70%); - Armazenada.Consumo centrado em larviculturas de camares (85%) e peixes (10%), e em lojas de aqurios (5%).

Por: Prof Marcos Rogrio Cmara / UFRN

Cultivo de Artemia salinaExtensivo:

Praticado em salinas como segunda fonte de renda;

Densidade em torno de 100 artmias/litro;

As microalgas so a principal fonte de alimento;

Adubao da gua feita com fertilizantes orgnicos ou minerais.

Cultivo de Artemia salinaIntensivo:

Pode ser atravs do sistema batch e flow-through;

A alimentao pode ser natural (microalgas cultivadas) ou inerte (farinhas de subprodutos agrcolas);

Densidade praticada pode ser em torno de 10.000 artmias/litro.

Requisitos bsicos para o cultivo de Artemia em escala comercial:Reconhecimento e seleo do terreno(inclui condies ambientais, taxa pluviomtrica, qualidade da gua):

fundo misto areia-argila;salinidade 100 %0 (livre de predadores);temperatura 20C;alimento: microalgas,Dunaliella, Chaetoceros, etc;turbidez: 40 cm;vento predominante.

Fertilizao:(depois de 5 dias h bloom de fitoplncton)

orgnica: 200 500 kg/ha/esterco de galinha500 1.000 kg/ha/esterco de gado bovinoinorgnica: 50 100 kg/ha/fosfato de amnio40 80 kg/ha/uria

A frequncia de fertilizao deve ser de 1 a 2 semanas/cada fertilizao.

Inoculuo:1 a 10 nauplios/litro, exemplo para um cultivo de 3 hectares sero necessrios 120 gramas de cistos.1g de cistos = 250.000 nauplios

Exploso demogrfica:Aos 12 ou 15 dias alcanam a maturidade sexual e h reproduo ovovivipara (nauplios) como ovpara (cistos).Manejo:Renovao semanal de gua 20%;Menter a salinidade a 120 %o = 11 graus Beaum (11 Be) para produzir tanto cistos como biomassa;Depurar a populao 3 vezes/semana. Exemplo, em 1 ha = 3kg/intermendirio;Fertilizao;Observao peridica do status populacional;

Limpeza de coletores de cistos.cistos: de 0,5 a 1,0 kg de cistos processados/ha/dia. (15 30 kg/ha/ms);biomassa: de 5 a 15 kg/semana. (20 60 kg/ha/ms).Produo: No artemial de Cristo Redentor (Artemisa Aqicultura S.A.) em Aeara, Cear, Brasil.Processamento:cistos: seco at menos de 10% de unidade, ao sol com corrente de ar quente;biomassa: congelamento rpido em capa fina.

Importncia Econmica- Com o crescimento da aquicultura, o consumo mundial de Artemia aumentou consideravelmente, ocasionando um aumento no preo do insumo que passou de US$ 10/Kg, no incio dos anos 50, para 100 US$,em 2001 (Freitas, 2002).

Importncia Econmica- Geralmente empregada na alimentao de estgios larvais e ps-larvas de camares, variando a sua aplicao entre msis e zoea, de acordo com alguns autores (Van Stappen,1996);

- Relata-se que a utilizao de artmias alimentadas com HUFA provocam uma maior sobrevivncia e menor variao de produo nas pisciculturas.

Importncia Econmica- So vantajosas por conta de diminurem a lixiviao nos viveiros e por estimularem a predao por parte do organismo cultivado.

- As vantagens da produo de Artemia sp., em tanques ou "raceways, que so realizadas a densidades altas, independente das condies meteorolgicas ou disponibilidade da gua do mar natural, pois utilizam gua do mar artificial (sistemas de recirculao).

OBRIGADO!

VINATEA, J. Cultivo de alimento vivo para larvas e alevinos de peixes que sero es tabulados em tanoues, represas e reservatrios de gua. FAO. Setembro, 1988.

CMARA, M. R. Artemia no Brasil: em busca de um modelo auto-sustentvel de produo. UFRN, Bilogo e Prof. do Depto. de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Referncias Bibliogrficas

Descapsulao de Cisto de Artemia:

Comercializada em cistos;Praticidade quanto ao uso;Fabricao nacional;Alto investimento.

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