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FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II 40 UNIMES VIRTUAL Aula: 08 Temática: Relevo - Rebaixo Nesta aula falaremos sobre escultura, porém sob o olhar cauteloso, apreciativo dos fundamentos que permeiam a tridimensionalidade. Certamente, quanto mais atentos esti- vermos, as possibilidades de nossa crítica e criatividade se ampliarão ao vivenciarmos algumas atividades propostas. Boa aula! Vamos relembrar o Cubismo? Situa-se no início da fase final da destruição da figura, que começou no Impressionismo. Tinha por objetivo atomizar o objeto, destruindo-o e in- troduzindo no quadro a noção de tempo. No cubismo, não se tratava mais de imitar a natureza, mas de inventar a partir de certos emblemas, de conceitos. O Cubismo rejeita tudo o que é movimento atmosférico, pro- curando a cristalização do objeto (sua cubização), as suas propriedades permanentes. Caracteriza-se por utilizar objetos simples, desprovidos de conotação literária ou dramática, como casas, garrafas, copos, frutas e tudo é geometricamente reduzível e de fácil identificação. Pablo Picasso. Guitarra, 1924. O período do Cubismo parece oferecer fortes elementos para a produção de trabalhos. No texto inicial, identificamos aspectos elementares do cubis- mo, como a fragmentação de um corpo em unidades menores. Quando ob- servamos alguns artistas e suas obras, percebemos várias possibilidades

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UNIMES ESTUDOS DE ESCULTURA

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FUNDAMENTOS DE EXPRESSÃO E LINGUAGEM TRIDIMENSIONAL II40UNIMES VIRTUAL

Aula: 08

Temática: Relevo - Rebaixo

Nesta aula falaremos sobre escultura, porém sob o olhar cauteloso, apreciativo dos fundamentos que permeiam a tridimensionalidade. Certamente, quanto mais atentos esti-

vermos, as possibilidades de nossa crítica e criatividade se ampliarão ao vivenciarmos algumas atividades propostas. Boa aula!

Vamos relembrar o Cubismo?

Situa-se no início da fase final da destruição da figura, que começou no Impressionismo. Tinha por objetivo atomizar o objeto, destruindo-o e in-troduzindo no quadro a noção de tempo. No cubismo, não se tratava mais de imitar a natureza, mas de inventar a partir de certos emblemas, de conceitos. O Cubismo rejeita tudo o que é movimento atmosférico, pro-curando a cristalização do objeto (sua cubização), as suas propriedades permanentes. Caracteriza-se por utilizar objetos simples, desprovidos de conotação literária ou dramática, como casas, garrafas, copos, frutas e tudo é geometricamente reduzível e de fácil identificação.

Pablo Picasso. Guitarra, 1924.

O período do Cubismo parece oferecer fortes elementos para a produção de trabalhos. No texto inicial, identificamos aspectos elementares do cubis-mo, como a fragmentação de um corpo em unidades menores. Quando ob-servamos alguns artistas e suas obras, percebemos várias possibilidades

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tridimensionais. Podemos imaginar sólidos geométricos, como cilindros, cubos, pirâmides, entre outros, e até mesmo sobreposições de superfícies planas. Notamos, ainda, vários relevos que fazem parte de um conjunto de saliências e reentrâncias de uma superfície.

Lembre-se de que identificamos novos componentes de um problema, ou seja, de que tentaremos estabelecer a relação tridimensional a partir de relevos que serão criados. Assim,

devemos observar atentamente quais são os critérios mínimos que identi-ficam formas e formatos em situação diferente da relação bidimensional.

Nesse momento, devemos conhecer os componentes pertencentes a esta relação: bi e tridimensional. Quando conhecemos tais elementos, dificil-mente surge uma idéia genial, justamente, porque não coletamos os dados que se apresentam.

A essência do processo criativo é a produção do novo e do original. Assim, a bissociação estabelece a conexão de vários níveis para o problema que se apresenta - em nosso caso, o problema da criação de tridimensionais. Para tanto, teremos o arranjo coerente de elementos que se relacionam e determinam o que é tridimensionalidade, bem como outros elementos que determinam o belo (beleza esteticamente aceita) e critérios técnicos. Fre-qüentemente, necessitamos de referências (referência estética, referência de técnicas e outros) para que todo o contexto contribua para a associa-ção de dados. Por fim, há criação.

Visite os sites abaixo (acesso em 28/02/2008):

http://br.youtube.com/watch?v=wYgAKJVNuAc

http://br.youtube.com/watch?v=Ag7szgLVIYs

Exercício

• Relevo e rebaixo

Material: estilete e sabão de coco.

Técnica: explorar recortes no sabão de coco, que propiciem relevos e rebaixos.

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Importante: lembre-se de que, se não houver planejamento prévio neste trabalho, os resultados podem parecer aquém de seus propósitos.

Rubens de SouzaEstudo de relevos e rebaixos

Sabão de coco – 3,0 X 7,0 X 9,0 cm. 2007.

Nesta aula relembramos aspectos importantes do Cubismo e as vantagens na aparência estética, quando aplicamos sali-ências na superfície, bem como os rebaixamentos a partir da

diminuição de alturas que provocam níveis diferentes de profundidades.