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O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Claucimera Cumerlatto Lovison*
Genessi de Fátima Pasquali*
Rosemeri Lazaretti Bastos Machado*
RESUMO
Considerando os vários fatores que devem ser pensados na elaboração do
planejamento pedagógico na Educação Infantil, surgem questionamentos sobre o
que fazer com as crianças bem pequenas e como planejar o trabalho educativo com
as crianças de zero a cinco anos. Pesquisas mostram que a Educação Infantil teve
pouca preocupação na construção de um desenvolvimento saudável da criança
pequena, a partir de uma postura crítica e reflexiva. Contudo, atualmente, muito se
discute sobre essa primeira etapa da educação básica. O planejamento é o primeiro
passo da prática pedagógica, facilitando o trabalho educativo do professor e
preparando a criança para a sua vida futura. Pretende-se conhecer como deve ser o
planejamento de atividades na Educação Infantil, as principais características dos
planejamentos de atividades para crianças de zero a cinco anos, e analisar como se
processam as atividades com crianças pequenas, envolvendo o cuidar e o educar.
As pesquisas basearam-se no Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil, na LDB 9394/96, em obras de Ostetto (2002), Vasconcellos (1995, 2000),
Libâneo (1993) e na observação direta do planejamento e prática pedagógica feitos
pela professora regente da turma onde foi realizado o Estágio Supervisionado na
Educação infantil. Constatou-se que ela tem contato com o ato de planejar e há
coerência entre o que ela relatou sobre o assunto, o que foi observado e a prática
em sala de aula. Verificou-se o registro do planejamento que é feito através de
temas e projetos, em conjunto com outras educadoras e sob orientação da
instituição.
Palavras-chave: Educação Infantil. Planejamento docente. Prática pedagógica.
* Acadêmicas do Curso Convalidação Normal Superior - Pedagogia, Modalidade à Distância, da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL, Curitiba – PR... Atuam na educação como Professoras das Séries Iniciais do Ensino Fundamental e na Educação Especial.
1. INTRODUÇÃO
Planejamento, planejar e planos são traduzidos como sinônimos. No entanto,
é relevante repensar os conceitos porque são eles que determinam a opinião e a
postura que se deve ter frente aos acontecimentos, pois são concepções e
argumentações para justificar as escolhas que se pretende realizar. Objetivamente
planejar significa tomar decisões. Então surgem os questionamentos: Que decisões?
Que escolhas? O que privilegiar e por quê? Essas questões fundamentam as
práticas realizadas, porque assim é que se escolhe aquilo que se sabe e acredita. É
um momento extremamente rico. Porém, é importante destacar que essas escolhas
não são definitivas. Elas poderão ser ampliadas, mudadas, recontextualizadas com
leituras, estudos e outras experiências.
O planejamento é o pensamento. Quando ainda está se definindo
compreensões ou quando se pensa no que realizar para construir uma prática que
responde às intencionalidades pretendidas, é apenas pensamento. Não foram feitas
opções, calcula-se a diferença entre uma e outra proposta de ação, trocam-se idéias
e chega-se na fase que define a prática de sala de aula. Esse momento é inevitável,
e a centralidade dele está em ter, e quando necessário buscar subsídios teóricos e
práticos para que o pensamento possa de modo amplo e restrito, dar importância ao
que se pretende realizar, tornando-se assim um processo educativo que contribua
para a significação de práticas mais consequentes e solidárias. O exemplo ensina, e
trabalhar coletivamente na escola, pesquisar esses subsídios teóricos e práticos e
buscar orientações dos especialistas são formas de adquirir e ensinar o respeito às
idéias dos outros, e ainda promover a convivência, a solidariedade e a socialização.
A Educação Infantil ficou muito tempo como uma modalidade com planos
inferiores às outras etapas da educação básica. As pesquisas mostram que essa
modalidade de ensino contou com pouca preocupação em contribuir para a
construção de um desenvolvimento saudável do ser humano em crescimento. Por
causa disso, o planejamento do trabalho educativo era visto, na maioria das vezes,
como uma atividade sem importância. Os professores eram considerados como
tutores, ou seja, eles cumpriam a tarefa de “cuidar” das crianças. As práticas
pedagógicas baseadas em planejamentos de atividades com objetivos definidos,
conteúdos de qualidade, metodologias contextualizadas e avaliações críticas e
reflexivas, não eram consideradas parte importante do processo educacional.
Contudo, essa modalidade de ensino amadureceu em muitos aspectos.
Atualmente, muito se discute sobre Educação Infantil, e a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional nº. 9394/96 a colocou num patamar de igualdade com o
Ensino Fundamental e Médio, completando assim a educação básica. É nessa fase
que o planejamento deve ser entendido como o primeiro passo do processo ensino-
aprendizagem. Portanto, o docente precisa ter em mente que planejar é a
possibilidade do professor escrever e ser autor de seu conhecimento, e também de
seu pensamento, de sua história e da história de seus alunos.
Assim como a maioria das pessoas planeja suas ações, suas decisões, seu
trabalho e sua vida, com o educador não pode ser diferente. As boas práticas em
sala de aula mostram-se eficientes e eficazes no cenário educacional, justamente
porque são planejadas a partir de uma postura crítica e reflexiva. O planejamento
facilita esse trabalho educativo do professor, possibilitando ao aluno um resultado
eficiente que contribuirá na preparação para a sua vida familiar, social e profissional.
Diante destes fatores que devem ser pensados na organização do
planejamento na educação infantil, surgem as ansiedades e dúvidas: O que fazer
então com as crianças, principalmente as bem pequenas? É possível fazer
atividades com crianças do berçário, além de dispensar-lhes os cuidados físicos?
Como planejar o trabalho educativo com as crianças de zero a cinco anos,
principalmente as menores de três anos?
A metodologia utilizada para responder a essas questões foi a observação do
planejamento da professora regente e também de sua prática em sala de aula, na
Escola Municipal de Educação Infantil Pequeno Príncipe, onde realizou-se o Estágio
Supervisionado do Curso Convalidação Normal Superior - Pedagogia. Além disso,
foi realizada a revisão da literatura, mediante leitura sistemática, com fichamento de
cada obra, como também dos artigos e de outras contribuições teóricas, ressaltando
os pontos abordados pelos autores, pertinentes ao assunto em questão.
2. A EDUCAÇÃO INFANTIL EM SEU CONTEXTO HISTÓRICO
Historicamente, no Brasil, a Educação Infantil tem sido encarada de diversas
formas: como função de assistência social, como função sanitária ou higiênica e,
mais recentemente, como função pedagógica.
As tarefas das crianças pequenas nas creches e pré-escolas são muitas e de
grande importância para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e o principal
instrumento utilizado nessas instituições são as brincadeiras. Elas têm de aprender a
brincar com as outras, respeitar limites, controlar a agressividade, relacionar-se com
adultos e aprender sobre si mesmas e seus amigos, tarefas estas de natureza
emocional.
Segundo as pesquisas, a escola dos pequeninos precisa ser um ambiente
livre, onde o princípio pedagógico deve ser o respeito à liberdade e à criatividade
das crianças. Nela, elas devem se locomover e ter atividades criativas, e a
desobediência e a agressividade devem ser orientadas, por serem condições
necessárias ao sucesso das pessoas.
Entende-se que a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil
deve ser orientada pelo princípio básico de procurar proporcionar à criança o
desenvolvimento da autonomia, isto é, a capacidade de construir as suas próprias
regras e meios de ação, que sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras
pessoas, sejam elas adultas ou crianças. Obviamente, esta construção não se
esgota no período de 0 a 5 anos de idade, devido às próprias características do
desenvolvimento infantil, mas tal construção necessita ser iniciada nessa fase.
3. O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Sabe-se que ao planejar as atividades pedagógicas o professor pensa e
organiza o que vai fazer durante a aula, para que tenha em mente tudo o que
acontecerá no decorrer do dia. Sendo assim, o planejamento é a forma do professor
organizar uma ação, um pensamento, uma intencionalidade, traçando caminhos
para alcançar os objetivos propostos.
Sobre isso Vasconcellos (2000, p. 35) nos diz que “Planejar é antecipar
mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto; é buscar
fazer algo incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal”.
Libâneo (1993, p. 221) manifesta sua contribuição dizendo que “O
planejamento é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos da sua organização e coordenação em face de objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”.
Sendo assim, percebe-se a necessidade de que os professores revisem as
atividades que planejaram e realizaram, refletindo se estas foram adequadas ao
interesse e à necessidade dos alunos, porque Vasconcellos (2000, p. 80) acrescenta
“O planejamento é o processo contínuo e dinâmico de reflexão, de tomada de
decisão, colocação em prática e de acompanhamento”.
O RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil) explicita
os seguintes princípios sobre o que seria o planejamento de um trabalho de
qualidade:
• respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças
individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.;
• direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento,
interação e comunicação infantil;
• acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o
desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à
interação social, ao pensamento, à ética e à estética;
• a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais
diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma;
• atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao
desenvolvimento de sua identidade. (Brasil, 1998, v. 1, p.13)
Para que a criança possa participar ativamente desse processo, o trabalho
pedagógico na Educação Infantil deve proporcionar-lhe situações em que ela possa
vivenciar as mais diversas experiências, fazer escolhas, tomar decisões, socializar
conquistas e descobertas. Vale ressaltar que não se trata de um trabalho sem
organização, onde o educador e os demais adultos oferecem às crianças atividades
sem objetividade e só observam e esperam o desenvolvimento dos pequeninos.
Trata-se de uma organização do trabalho pedagógico em que o pessoal do apoio, o
educador e as crianças têm papéis ativos.
Considerando que o planejamento deve ser uma atitude crítica do educador
diante do seu trabalho docente, este permitirá que ele repense, revise e busque
novos significados para sua prática pedagógica, pois ele precisa ter a clareza das
proposições, princípios e intencionalidades constantes no Projeto-político
pedagógico da escola. Por isso, cabe ao educador pesquisar e conhecer o
desenvolvimento infantil, a fim de poder organizar atividades onde a criança possa
experimentar situações das mais diversas, e que garantam uma participação com
criatividade e prazer em cada uma das etapas de sua vida escolar.
O ato de planejar requer habilidade para prever uma ação que se realizará
posteriormente. Para isso, é importante o professor ter uma previsão de todos os
meios e recursos necessários nas diferentes etapas do planejamento, do seu
desenvolvimento e da sua efetiva execução, para que possa alcançar os objetivos
desejados.
É importante ressaltar que planejar é pensar sobre aquilo que existe e sobre o
que se quer alcançar. O ato de planejar deve submeter-se a uma constante
avaliação criteriosa durante todo o processo educacional, de forma que possibilite a
observação da concordância ou discordância entre os elementos que o constituem.
Sendo assim, pode-se encarar o planejamento como um processo de prever
necessidades, pois o conhecimento da realidade auxilia o professor a estabelecer,
com mais precisão, quais as mais importantes urgências e necessidades que devem
ser enfocadas, analisadas e estudadas durante o ato de planejar.
De acordo com Luciana Esmeralda Ostetto, (2002, p. 175), “Tanto creches
quanto pré-escolas, como instituições educativas, têm uma responsabilidade para
com as crianças pequenas, seu desenvolvimento e sua aprendizagem, o que requer
um trabalho intencional e de qualidade”. Portanto, o planejamento deve possibilitar
um trabalho mais significativo e transformador na sala de aula, na escola e na
sociedade.
O plano de aula é o produto deste processo de reflexão e decisão. Não deve
ser feito por uma exigência burocrática, mas sim corresponder a um projeto de
compromisso do professor educador. Sobre isso, Vasconcellos nos diz “A finalidade
do plano é criar e organizar o trabalho. Para tanto, deve ser objetivo, verdadeiro,
crítico e comprometido” (1995, p. 60).
Consta na LDB n. 9394-96 no art. 13, Inciso V, que são funções do professor
“ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional”. Percebe-se, portanto que, em lei, o planejamento é
uma das funções do professor.
De acordo com a Professora Marilene Lima (Psicóloga - CRP n.º 06/68588,
Mestre em Educação: História, Política, Sociedade) “Planejar é uma questão de
autoria: é a possibilidade do professor escrever e ser autor de seu conhecimento, de
seu pensamento, de sua história, da história de seus alunos e de seu destino de
aprendiz e ensinante”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, além de ratificar
o contido na Constituição e no ECA quanto à obrigatoriedade de oferecimento de
educação infantil em creches e pré-escolas por parte do Estado (art. 4o, inciso IV),
em seu artigo 29, define como finalidade da educação infantil "o desenvolvimento
integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade". Além
disso, no artigo 31 afirma que “a avaliação nessa etapa da educação far-se-á
mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental." Tudo isso demonstra
preocupação com a questão ao propor como objetivo o desenvolvimento integral da
criança e uma avaliação de caráter mais qualitativo.
Através da observação direta feita em sala de aula e no planejamento da
professora regente da turma, na Escola Municipal de Educação Infantil Pequeno
Príncipe, onde foram realizadas todas as etapas do estágio supervisionado,
concluiu-se que as crianças são encaminhadas no processo educacional por meio
de planejamentos coletivos realizados em encontros pedagógicos especiais para
esse tipo de atividade. Trabalha-se um tema durante a semana e as atividades
contemplam a interdisciplinaridade por meio de projetos que vão de encontro com a
realidade do município. Assim, o planejamento é baseado nos aspectos de
desenvolvimento psicomotor, afetivo, cognitivo e social, observando a criança como
um todo e considerando o contexto histórico e social onde ela se encontra inserida.
A professora responsável disse que “esse tipo de planejamento pedagógico
visa o desenvolvimento integral e a construção da autonomia infantil”. Por esta
razão, optou-se por projetos de trabalho que possibilitam, ao professor e às
crianças, um papel ativo na construção do conhecimento e na melhoria da qualidade
de vida, já que o planejamento abrange também os temas transversais, que são
essenciais na preparação do ser humano para a vida futura.
Entretanto, de acordo com especialistas e experiências já realizadas na
educação infantil, é necessário que os profissionais dessa área considerem que o
desenvolvimento de cada criança se dá em ritmos diversos, de acordo com a história
de vida delas e com as possibilidades oferecidas pelo seu meio ambiente. As
variações nesse ritmo de aprendizagem não podem ser vistas como "atrasos" ou
"deficiências". Sendo assim, a avaliação da aprendizagem não deve apenas
identificar tais problemas, mas apontar soluções, caminhos e possibilidades de
atuação pedagógica, para que a criança possa vir a superá-los, com o auxílio dos
educadores.
Essa postura avaliativa mediadora leva a refletir que cada momento da vida
da criança representa uma etapa altamente significativa, e ainda precede as suas
próximas conquistas. Por isso, o professor deve buscar estratégias de
acompanhamento da história que cada criança vai constituindo ao longo de sua
descoberta do mundo. Isto significa que não é esperado que a criança reproduza os
conhecimentos que o professor transmitiu, pois ele é o mediador do conhecimento
que surge da relação que a criança estabelece com as outras crianças, com os
adultos e com o meio ambiente e a cultura.
Quanto aos relatórios de avaliação observados na escola citada
anteriormente, percebeu-se que são elaborados de maneira que registram a história
do processo de construção do conhecimento e também apontam sugestões e
possibilidades de ação educativa para pais, educadores e para a própria criança,
sob a forma de atividades a serem oportunizadas, materiais a serem oferecidos,
jogos, novas alternativas pedagógicas e de relacionamento.
Este deve ser o objetivo fundamental de qualquer ação educativa voltada para
as crianças pequenas. A organização do trabalho pedagógico visa alcançar estes
objetivos, respeitando a criança em seu ritmo de desenvolvimento, suas expressões,
sua linguagem, também suas idéias, desejos e expectativas, ampliando cada vez
mais este mundo infantil.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho propiciou informações sobre a importância do planejamento em
educação infantil, as novas alternativas de conteúdos significativos ocorrida no
cenário educacional, o planejamento de atividades, a pedagogia de projetos e a
estruturação de um planejamento adequado, a partir do relato da experiência
observada numa escola de Educação Infantil durante as etapas do Estágio
Supervisionado.
Durante a observação e o desenvolvimento desse trabalho, percebeu-se o
entusiasmo e a participação efetiva das crianças. Apesar da pouca idade, os
objetivos propostos no planejamento pedagógico estão sendo alcançados pela
maioria delas, iniciando-se assim um senso de responsabilidade para com as coisas
naturais, com o próprio corpo, e com a realidade e o contexto social em que estão
inseridas. Os familiares são incentivados a se envolver em todo o processo
educacional, construindo a consciência de que este é o mundo real de que dispõem
para viver e que o cuidado de todos é primordial para uma convivência harmoniosa e
saudável.
Para que as crianças de todas as idades, especialmente as que participam da
Educação Infantil, sejam bem atendidas, o professor deve planejar as atividades e
empenhar-se ao máximo para tornar a vida de seus alunos agradável, motivadora,
estimulante e significativa do ponto de vista educativo. Para isso, ele deve buscar
informações de especialistas e repensar constantemente a sua própria experiência
profissional.
A criatividade, os recursos presentes no ambiente dentro dos limites
organizacionais de cada escola, o planejamento coletivo, a elaboração de atividades
por meio de projetos, os espaços disponíveis, os materiais e equipamentos, também
são fundamentais no planejamento pedagógico na Educação Infantil. Sendo assim,
percebe-se que quando o professor explora bem os espaços e materiais
disponibilizados pela escola, ele faz com que o tempo que a criança passe na
mesma se torne mais agradável, descontraído, estimulante, o que proporciona à
criança aprendizagens muito mais significativas.
Os educadores devem tomar consciência da importância da busca do
conhecimento, da qualificação e de sua formação profissional, além de tomar
consciência do papel de ser educador infantil, pois a criança requer um trabalho
intencional e de qualidade, onde cuidar e educar são funções inseparáveis. No
cotidiano, o professor precisa estar inserido num amplo processo de interação, onde
o ensino e a aprendizagem exigem a sua capacidade de planejar e decidir.
5. REFERÊNCIAS
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______. Lei n. 9.394/96, de 20 de Dezembro de 1996 - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível no site: http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/lei9394. Acessado em 10 de outubro de 2010.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Coleção magistério – 2º grau. Série formação do professor. São Paulo: Cortez, 1993.
LIMA, Marilene. Conteúdos escolares em classes de Educação Infantil - as questões: conceitual, procedimental e atitudinal. Disponível no site: http://www.pedagobrasil.com.br/formasp.asp. Acessado em 04 de outubro de 2010.
OSTETTO, Luciana Esmeralda. Encontros e encantamentos na educação infantil: partilhando experiências de estágio. Campinas, Papirus, 2002.
OSTETTO, Luciana Esmeralda. Planejamento na educação infantil, mais que a atividade: a criança em foco. Disponível no site: www.komarca.com.br/diariodacreche/planejamento. Acessado em 01 de junho de 2010.
VASCONCELLOS, C. dos S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo, Libertad, 1995.
VASCONCELLOS, C. dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo, Libertad, 2000.