CONTOS E FÁBULAS NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1º AO 5º ANO.

Lucidalva Celina da SilvaSergivânia Almeida de Oliveira

Resumo: O presente trabalho visou mostrar a importância da literatura infantil contos e fábulas desde as séries iniciais visando auxiliar não só na identificação dos gêneros mas, propiciar a criança viajar no mundo da imaginação, ludicidade visto que tais gêneros com suas alegorias e personagens podem proporcionar uma aprendizagem prazerosa e cheia de descobertas, buscando respostas para nossos questionamentos sobre a importância da literatura infantil, dos gêneros textuais nas séries iniciais para o desenvolvimento da leitura na educação infantil. Salientamos que as historias infantis fazem parte da infância de toda criança contribuindo para seu desenvolvimento, a importância do professor neste processo e de sua formação como atuante mediador é de suma importância fazendo cumprir o que consta nos autos da Lei e garantir, através de sua prática que essas crianças se desenvolvam integralmente.O objetivo geral do trabalho foi proporcionar aos alunos a oportunidade de leituras convidativas através da literatura infantil dos contos e das fábulas .A partir dos objetivos específicos podemos conhecer a importância dos gêneros, suas contribuições tanto para o habito a leitura desde as séries iniciais e as dificuldades quando esta prática não é vivenciada. Tal pressuposto enfrentado pelos nossos professores e por nós, pois também fomos desprovidos desta contribuição nas séries inicias o hábito da leitura, e as dificuldades encontradas no reconhecimento dos gêneros. Através da nossa pesquisa e conversações com alguns professores podemos perceber que ainda é muito escasso o trabalho com obras literárias nas séries iniciais da educação infantil nas redes publicas de ensino, mas que também já há um grande avanço por parte de alguns profissionais da educação que buscam a ludicidade e imaginação propiciada na literatura infantil como auxilio para aquisição da leitura além de contribuir em aspectos morais da sociedade e propiciar o desenvolvimento e a criatividade da criança.

Palavras-chave: Gêneros textuais Contos e Fábulas; Prática docente; leitura e escrita; Desenvolvimento Infantil.

Alunas do curso de especialização em psicopedagogia clinica e institucional , graduada em letras pela FAESC Faculdades da Escada.

1-Lucidalva Celina da Silva graduada em letras ano 2010.1 e pós-graduada em psicopedagogia Clinica e institucional ano 2015.

2- Sergivânia Almeida de Oliveira graduada em letras ano 2010.1 e pós-graduada em psicopedagogia Clinica e institucional ano 2015.

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Abstract: This study aimed to show the importance of children's tales and fables literature from the early series aiming to help not only in identifying genres but encourage the child to travel in the world of imagination, playfulness seen such genres with its allegories and characters can provide a pleasant learning and full of discoveries, seeking answers to our questions about the importance of children's literature, the genres in the early grades to the development of reading in early childhood education. We emphasize that children's stories are part of the childhood of every child contributing to its development, the importance of the teacher in this process and its formation as a mediator acting is of paramount importance enforcing what appears in the records of law and to ensure, through its practice that these children develop integralmente.O overall objective was to provide students with the opportunity of inviting readings by children's literature of tales and fables .From the specific objectives we can know the importance of genres, his contributions to both the habit reading since the early grades and difficulties when this practice is not experienced. This assumption faced by our teachers and for us, because we were also deprived of this contribution in the initial series the habit of reading, and the difficulties encountered in recognition of genres. Through our research and conversations with some teachers we can see that it is still very scarce work with literary works in the early grades of early childhood education in the public school systems, but also there is already a great step forward by some educational professionals seeking playfulness and imagination fostered in children's literature as an aid to reading acquisition and contribute to moral aspects of society and encourage the development and creativity of children.Keywords: Text genres Tales and Fables; Teaching practice; reading and writing; Child Development.

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IntroduçãoO presente trabalho visa mostrar a importância da literatura infantil contos

e fábulas nas series iniciais da Educação infantil, enfatizando a importância dos

gêneros ao prazer pela leitura. Para tal levantamento abordamos um aspecto

muito importante que é a formação do professor de educação infantil .A nova

Lei de Diretrizes e Bases da Educação infantil – LDB 9394/96 sancionada em

20 de Dezembro de 1996 diz que : “Os educadores que atuam na educação

infantil não podem possuir apenas formação do ensino médio “. Ou seja

necessitam de formação continuada para que os trabalhos lúdicos necessários

a esta faixa de aprendizagem possam ser cumpridas. O presente trabalho

baseia-se em pesquisas bibliográficas ancoradas em BETTELHEIM (1980),

OLIVEIRA (2007), PERRAULT, COELHO (2003, ZILBERMAN (1998). Entre

outros autores que abordam a importância da literatura infantil para o prazer e

hábito a leitura na educação infantil.

A importância da leitura na educação infantil vem sendo muito discutido

nos dias atuais, isto se dar pelas mudanças ocorridas durante as décadas e da

necessidade que desde cedo as crianças possam ter acesso não só a leitura

mas a temas antes não abordados a globalização, a interdisciplinaridade, as

diversidades culturais.e a necessidade pelo habito de ler. Assim sendo este

trabalho tem como objetivos

*Desenvolver a leitura nas séries iniciais da educação infantil;

*Reconhecer a importância da literatura infantil e da leitura dos( contos e

fabulas) nas séries inicias;

*Ampliar os conhecimentos a cerca da literatura infantil no Brasil e a

importância de Monteiro Lobato;

*Identificar as obras literárias utilizadas na educação infantil e suas

preferências;

*Conhecer as estratégias utilizadas em sala de aula em relação a leitura,

verificando se são utilizadas estratégias que possibilitem a formação de

leitores.

Para tal pesquisa serão aplicados questionários anexo I e anexo II onde

serão abordados todos os pontos acima referidos com o intuito de identificar

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até que ponto o conhecimento e acervo a literatura infantil tem sido abordados

nas series iniciais da educação infantil e o incentivo a pratica da leitura.

Os contos e fábulas são narrativas populares que fazem parte da história,

sendo elas cheias de alegorias e personagens falantes que trazem em seus

enredos um fundo moral para as curtas narrativas que propiciam as crianças

uma viagem ao mundo imaginário e contribuindo para uma leitura prazerosa.

As obras de Monteiro Lobato foi um ganho para a literatura infantil no Brasil , o

autor viu a necessidade de criar historias que fizessem parte dos conflitos, da

família, da cultura, das diferenças sociais vividas pelas crianças mediante as

realidades sociais do país, possibilitando o contato das crianças com o mundo

imaginário e o real proporcionando que as mesmas criassem mecanismos

através das narrativas para resolução de problemas, conflitos e para que não

perdessem o mais importante o direito a sonhar, criar, imaginar contribuindo

para formação de leitores.

Com as evoluções tecnológicas e cientificas temos percebido que muitos

costumes tem sido modificados, diferente de algumas décadas as crianças tem

preferido os eletrônicos, tablets, games entre outros que são sonho de

consumo da criançada, quando perguntadas dificilmente uma criança dirá que

gostaria de ganhar um livro,não que as tecnologias e os avanços não tenham

sido um lucro para humanidade, mas, se tratando de crianças em formação tais

ferramentas necessitam ser monitoradas e os cuidados para que distorções de

valores não ocorram necessitam ser redobrados, dentre eles destacamos o

hábito de ler que esta relacionado não só as crianças mas também a jovens e

adulto, o acervo tecnológicos e ferramentas utilizadas nos dias atuais como

jogos eletrônicos, games, internet tem ganho um espaço muito grande no

século XXI.

A historia nos conta que durante os séculos V,VI o conceito de criança

desde a Grécia antiga Grecia antiga não existia uma educação voltada para os

pequenos, pois não havia um olhar diferenciado as crianças que aos seis anos

entravam para escola com o intuito de aprender a aritmética repassada pelos

PAIDEIA um tipo de pedagogo que acompanhavam as crianças que para eles

significava simplesmente criação de meninos. A historia a sua evolução

começando 400 anos A.C com sistemas rudimentares, onde as primeiras

inscrições eram feitas por meio de desenhos após este processo os signos

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ganharam relações com palavras e logo começaram a aprimorar-se e o povo

começou a escrever suas experiências e situações vividas que logo viraram

estórias contadas e repassadas primeiro por toda corte.Os pensamentos e

criações com a linguagem escrita logo ganharam popularidade, surgindo então

os gêneros literários. Falar sobre a importância da leitura é considerar as

influencias que sofreram durante os séculos passando pelas civilizações

americanas, egípcias, chinesas, mesopotâmias com as grego Romanas e

formação do alfabeto Romano que hoje é utilizado por diversas nações. Sendo

primordial para formação das palavras escrita. Rego salienta que “as palavras

funcionam como matéria prima da criação artística”.

Dentro desta perspectiva surgem os contos e as fabulas que são

narrativas populares curtas, que a partir de historias contadas vão assimilando

a linguagem que por sua vez passam a fazer parte do mundo das crianças e

dos contextos da sala de aula.partindo do pressuposto como já vimos

anteriormente sobre a importância da representação simbólica os personagens,

cores, alegorias são introduzidas no mundo das crianças através dos gêneros

textuais contos e fabulas, que por fazerem parte do mundo imaginário recriam

no meio social a assimilação a linguagem escrita,reprodução de idéias,

pensamentos, vivencias do cotidiano desde a educação infantil e passam a ser

reconhecidas e reproduzidas através do deleite a leitura auxiliando na

familiarização do gêneros. Por serem curtas narrativas e com personagens que

encantam o mundo imaginário.

Assim sendo o presente trabalho tem como tem como objetivo evidenciar

importância da literatura infantil(contos e fabulas) na formação de leitores

desde as series iniciais da educação infantil para o desenvolvimento das

crianças tanto social como cognitivo e motor.

“Literatura infantil são os livros que têm a capacidade de

provocar a emoção, o prazer, o entretimento, a identificação

e o interesse da criançada”. ( Leo cunha)

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CAPÍTULO I

1.1.A ORIGEM DOS CONTOS E DAS FÁBULAS

Desde a antiguidade se ouve as estórias contadas, este ato nos leva a

lembranças desde os primórdios onde as maiorias das pessoas tinham uma

estória para contar seja ela misteriosa, engraçada, de terror ou de fundo moral,

bem sabemos que todas estas narrativas partiam de experiências vivenciadas

envolvendo o locutor e o interlocutor em meio aos acontecimentos. Nesta

época os contos ainda não eram voltados para o público infantil, ou seja, não

eram contos de fadas e as historias originais não tem relação nenhuma com as

contadas hoje pois apresentavam temas de terror e susto e violência sem a

preocupação que os escritos tinham influencia nas crianças. Não existia um

trato nem preocupação com tais aspectos onde não eram levadas em

consideração as fases do desenvolvimento infantil.o que só passou a ser

modificado quando o Frances Charles Perrault adaptou alguns contos para que

fossem aceitos pela sociedade. Depois de Perrault os Irmãos Grimm e o

dinamarquês Hans Cristian aperfeiçoaram a proposta de Perrault com a

preocupação em adaptar as narrativas para o publico infantil com lição moral,

desfecho, alegorias, cores onde as crianças pudessem compreender e

interessar-se pelos contos.

Os contos nos dias atuais tem a preocupação do irmãos Grimm que

através das narrativas as crianças possam desenvolver suas habilidades,

sabendo que as narrativa sofrem influencia na vida das crianças por aguçarem a

emoção e imaginação. Sendo assim as temáticas são voltadas para a bondade

sem deixar de mostrar que existe algumas pessoas más , mas que a bondade

eé sempre o melhor caminho, trabalhando o trato com as pessoas, o respeito as

diferenças, a coletividade diferente das temáticas utilizadas no começo das

narrativas onde horror, morte, vingança todos sentimentos negativos norteavam

o enredo.

Hoje os contos têm a função de propiciar as crianças e até aos adultos

uma viagem pelo mundo da imaginação graças ao trabalho dos irmãos Grimm

no Brasil e em Portugal no século XIX que era titulado de contos da carochinha

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que foi substituído por contos de fadas no século XX. Onde os contos passam a

também transmitir valores sociais e culturais que seguem de geração a geração,

sendo eles ligados a vários aspectos do desenvolvimento contribuindo com o

amadurecimento, trazendo sentimentos que fazem parte da vida diária: amor,

ódio, inveja, amizade entre outros. Dando a oportunidade de repensar, recriar e

enfrentar os desafios reais sejam no âmbito escolar, familiar ou social. Entre os

grandes autores alem dos irmãos Grimm, o Frances Perrault com os contos: A

Bela adormecida, Chapeuzinho Vermelho, Gato de botas, Pequeno Polegar

citamos Andersen com o Patinho feio. No Brasil o marco da literatura infantil

Monteiro Lobato O Saci, O rabo do macaco, O gato vaidoso, O macaco e o

coelho, Historias de tia Nastácia.

Apesar dos contos serem de fadas a expressão “fadas” quase não aparece

a maioria dos contos tem como alegorias animais falantes, princesas,

príncipes, heróis, além das adaptações dos textos folclóricos como Saci, O

curupira que fazem alusão ao acervo cultural de cada povo animais resgatando

a historia para que não morra a cultura.Outro Gênero Textual a ser destacado

são as fabulas que significa uma composição literária em que os personagens

são geralmente , forças da natureza ou objetos, que apresentam características

humanas, tais como a fala, os costumes, etc. Estas histórias são geralmente

feitas para crianças e terminam com um ensinamento moral de caráter

instrutivo.sendo um poema épico de caráter moralizante surgido no oriente e

desenvolvidas por Esopo que viveu no século V a.C na Grécia. O autor

buscava transmitir em sua narrativa um fundo moral ao homem e a sociedade

da época. algumas das fábulas mais conhecidas são: a cigarra e a formiga, a

raposa e as uvas, a lebre a a tartaruga e o leão e o ratinho. Os mais famosos

escritores. No Brasil o mais conhecido fabulista é Monteiro Lobato, autor das

fábulas "a coruja e a águia", "o cavalo e o burro", "o corvo e o pavão", entre

outras. As fabulas tem uma relação com a sabedoria popular e com os

conhecimentos empírico do povo e é um aliado a introdução da leitura e ao

habito de ler , porem o professor necessita estar ciente de sua importância

utilizando-a de forma eficiente com praticas pedagógicas voltadas a realidade

de seus educando para que de fato seja um aliado a leitura e a escrita,

principalmente se apresentarem impatia pelo habito de ler, é necessário que

haja uma interação entre todos envolvidos no processo e que os próprios pais

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sejam contagiados pela leitura possibilitando que os alunos vivenciem também

nas atividades extra classe.

1.2- A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS E DAS FABULAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Como vimos nos capítulos anteriores os contos e as fabulas trazem

consigo fantasias e o lúdico a vivencia das crianças possibilitando uma leitura

prazerosa, assimilação e organização do pensamento seja ela de forma verbal

ou escrita, e possibilitam o imaginário e o desenvolvimento de seus conceitos a

cerca da historia.

Nesta fase do desenvolvimento as crianças não conseguem compreender

temas complexos sendo conceitos de sociedade e conceitos de mundo, uma

descoberta a ser feita que so acontecerá quando adquirirem maturidade

natural, desta forma seus pensamentos ainda são fantasiosos e animistas

sempre buscando uma alegoria para as coisas e o mundo que o cerca, nem

tudo faz sentido, na introdução dos contos e das fabulas nas praticas

pedagógicas utilizadas pelo professor proporcionam que as experiências

vividas pela criança seja na resolução de problemas, conflitos de sentimentos e

idéias sejam gerador de forma produtiva e criativa compreendendo que os

enfrentamentos são primordiais para o amadurecimento em todas outras fases

do desenvolvimento. Se tratando das crianças nas series inicias do ensino

fundamental podemos destacar alguns aspectos:

*Interesse por ler e escrever, A atenção da criança está voltada para o significado das coisas;

*O egocentrismo está diminuindo. Já inclui outras pessoas no seu universo;

* Seu pensamento está se tornando estável e lógico, mais ainda não é capaz de compreender idéias totalmente abstratas;

*Só consegue raciocinar a partir do concreto;

*Começa a agir cooperativamente;

*Textos mais longos, mas as imagens ainda devem predominar sobre o texto.

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Neste sentido a familiarização com os contos e as fabulas proporcionam interação da criança com os símbolos que por sua vez transmitem a mensagem que é recebida e assimilada pela criança que consegue fazer a leitura visual do seu modo seqüenciar uma estória através de seus personagens, onde tais enredos nem sempre estão dentro de um parâmetro lógico, mas o importante é que o desenvolvimento seja posto em pratica não cabendo ao professor correções, pois a maturidade e racionalidade não são consideradas nesta fase.

Por fim, para se terem estórias moralizadoras, é preciso fazê-las com amor para que atinjam diretamente a alma do leitor, a sua imaginação, a sua sensibilidade, para que seja alcançada e sentida a beleza e, com ela, a moral implícita, e, neste âmbito, a estória fabulosa torna-se um excelente recurso, pois diverte, educa e instrui a criança naturalmente, despertando alegria e emoção nela, prendendo sua atenção e realizando suas finalidades educativas. (MACHADO, 1964, p.58).

É nesse sentido que a escola é considerada como espaço para a

cooperação e construção de novos conhecimentos sobre o meio social em que as crianças são inseridas, tendo como objetivo, garantir a promoção do desenvolvimento integral considerando suas habilidades e especificidades.

A Educação Infantil deve priorizar ainda o desenvolvimento físico, afetivo,

psicomotor, cognitivo e social da criança, sendo este um dever do estado e um

direito da criança garantido por lei e explícito no artigo 205 da Constituição

Federal de 1988. Vejamos:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).

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1.3- O PAPEL DA LITETRATURA INFANTIL NA ESCOLA.

Em meio a infância a criança sofre as influencias dos adultos que as

cercam, assim que nascem quando bebes são cercados de mimos e atenção.

Os brinquedos, as cores e as musicas de ninar fazem parte de sua interação

com o mundo, no seu desenvolvimento ate chegar na educação infantil onde

terá o primeiro contato com professores e colegas que passarão a fazer parte

de sua rotina diária, Nesta fase escolar também será lhe apresentada as

musicas não mais de ninar e sim infantis junto com historias infantis, a escola

assume o papel de mediador destas novas experiências vivenciadas.

Para a autora ZIBERMAN(1998,p.18) a escola assume o papel duplo- O

de introduzir a criança a vida adulta e ao mesmo tempo o de protegê-la contra

as agressões do mundo exterior. Isto implica dizer que a interação da criança

com o mundo ao seu redor passara a ser compreendida com o auxilio da

escola que muitas vezes assume vários papeis

A família nesta faze da infância da infância sempre será primordial para que

seu desenvolvimento ocorra de forma que o amor e o dialogo sejam eixos de

uma convivência familiar que tende a contribuir com a escola. O que de certa

forma em muitos casos não ocorre, pois a escola nem sempre encontra na

família este aliadas, por varias dificuldades hoje encontradas pela escola,

problemas familiares desestrutura dos pais, problemas financeiros ou sociais

ou pelo desconhecimento dos pais a cerca do papel da escola confundido com

o papel da família.

Diante do exposto indagamos: Se a criança não tem esta estrutura como

terá acesso a literatura no âmbito familiar? Muitas vezes este momento só

acontece no primeiro contato com a escola que apresentará o acervo infantil

as crianças, e introduzi-las no mundo da imaginação que propiciará

compreender que os conflitos vivenciados no dia a dia também fazem parte dos

enredos. Para Beltelheim (2004) “a agressividade e o” descontentamento com

irmãos, mães e pais podem ser vivenciados na fantasia dos contos: O medo da

rejeição é trabalhado em João e Maria, a rivalidade entre irmão em Cinderela e

a separação entre as crianças e os pais em Rapunzel e Patinho feio.

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Tais enfrentamentos encontrados pela escola são vivenciados nos

gêneros textuais que oportunizam através da leitura a compreensão, onde a

criança inicia seu aprendizado de mundo sendo primordial as praticas utilizadas

na escola.

ZILBERMAN (1998, P.21) abrange a relação entre o acesso a literatura na

escola, segundo ele tanto a escola quanto a literatura estão voltadas ao

desenvolvimento e formação do cidadão, sendo as obras literárias uma viagem

ao mundo encantado onde a criança pode fantasiar, abrindo um leque de

atividades que podem ser trabalhadas auxiliando no desenvolvimento e

formação da criança , sendo as obras literárias uma viagem ao mundo

encantado onde a criança.

Vale ressaltar que é de suma importância que as leituras estejam em

consenso com os interesses das crianças sendo a leitura proposta um

momento de lazer, um prazer e não uma tortura. (OLIVEIRA 2007 P.193)

(KRAMER 2009) afirmam que para o funcionamento escolar se concretize é

necessário seguir algumas diretrizes sendo elas o orientar e planejar e a

dinâmica dos trabalhos com as crianças.

Para Paulo Freire (2000 p. 5)”Leitura boa é leitura que nos empurra para a

vida, que nos leva para dentro do mundo, que nos interessa a viver”.

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1.4- CONCEPÇÕES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

De acordo com Piaget a criança aprende construindo e reconstruindo seu

pensamento através da assimilação e acomodação das suas estruturas, a

estas fases ele nomeou como estágios sensórios-motor, simbólico, e estagio

conceptual que iremos abordar:

*Estagio Sensório-motor que vai do 0 até os 2 anos de idade onde se inicia o

desenvolvimento das coordenações motoras, a criança aprende a diferenciar

os objetos do próprio corpo e os pensamentos das crianças esta vinculado ao

concreto.

*Estagio simbólico: dos dois até os sete anos, o pensamento da criança esta

centrado nela mesma, é um pensamento egocêntrico, é nesta fase que se

apresenta a linguagem, como socialização da criança, que se dá através da

fala, desenhos e das dramatizações.

*Estagio conceptual: A criança continua bastante egocêntrica, ainda tem

dificuldade de se colocar no lugar do outro, e a predominância do pensamento

esta vinculada mais acomodações que assimilações.

Quando abordamos os estágios do desenvolvimento podemos identificar

aspectos peculiares a faixa etária da criança na educação infantil onde a

linguagem é a representação de todos os desejos e anseios da criança, nela

são exteriorizadas emoções, frustrações, sonhos, expressões corporais

característicos do estagio simbólico, sendo a linguagem parte da personalidade

enquanto se expressa.(KRAMER,1993,p.59). Na visão de KRAMER (2009) e

importante permitirmos que a criança demonstre seus interesses e

curiosidades. O autor ressalva que é importante que ao se relacionar com o

mundo da leitura a criança não fique limitada e sim consiga criar diversidades

de pensamentos, historias sendo elas dentro de sua realidade ou não, para o

autor a criatividade, o construir proporcionará o desenvolvimento.

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CAPÍTULO II

2- ULTILIZAÇÃO DOS CONTOS E DAS FÁBULAS NO CONTEXTO ESCOLAR.

A linguagem é um fator primordial para a transmissão dos contos e das

fabulas que teve inicio com PERRALT ressaltando a importância de contar

estórias como vimos no capitulo anterior, se tratando dos métodos para a

contação das estórias e de como auxiliam no sentido de chamar atenção da

criança para as narrativas.

Fonte Wikipédia pesquisa realizada em 14/03/2015

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Fonte Wikipédia pesquisa realizada em 14/03/2015

O ato de contar estórias sempre foi mágico e cheio de descobertas, e a

cultura do povo sempre esteve interligada nos escritos desde a Grécia antiga,

atividades artísticas feitas por meio da oralidade. Sendo realizadas por adultos

que sempre tem o primeiro contato com a criança seja em casa ou na escola.

Se tratando da contribuição do professor é necessário que o mesmo esteja

preparado para a atividade envolvendo os textos literários estando atentos para

alguns aspectos.

*Escolha do livro;*Recursos visuais;*entonação;*expressão corporal. A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode

fazê-lo por meio da escuta da leitura do professor, ainda que

não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um

texto já é uma forma de leitura (RCNEI, VOL. 3, p.141).

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Assim como brincar o ato de contar historias é primordial para o

desenvolvimento da criança na fase da infância que segundo Vigotsky estão

divididos em três aspectos: social, Cultural e Históricos segundo o autor é

necessário que o professor ao propor as atividades e a escolha dos textos a

serem trabalhados estejam atentos aos aspectos mencionados, sabendo que

o contexto dos livros, as imagens e suas narrativas podem ser uma grande

contribuição na aquisição da leitura, mesmo sendo ela ainda precoce e visual

por meio dos signos e das simbologias apresentadas.

A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode

fazê-lo por meio da escuta da leitura do professor, ainda que

não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um

texto já é uma forma de leitura (RCNEI, VOL. 3, p.141)

Em documentos oficiais do governo que norteiam a situação didática em

sala de aula. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) é citada a

importância da leitura realizada pelo professor e das estratégias utilizadas.

“Vivencia de Emoções, exercício da fantasia e da imaginação”. (p.42)

Na familiarização com os textos literários, historias infantis, as crianças

despertam sua imaginação, é como se estivessem envolvidos naquele mundo

cheio de fantasias e cores, de personagens que permitem criar inúmeros finais

e possibilidades para os personagens, estando sua capacidade de criação em

pleno exercício, estimulando outros sentidos como a coordenação a arte e sua

vontade de ouvir as historias mais de uma vez, pois se analisarmos a criança

sempre vai pedir para que o professor ou o contador repita a historia e, cada

vez que ela é recontada em sua imaginação é despertado algum fato novo que

não foi assimilado na primeira leitura. Isto desperta o senso critico e a narrativa

das crianças vinculando o real ao fictício, as emoções contidas na historia e na

vida.

Se tratando da ludicidade contida nas narrativas é importante ressaltar o

fortalecimento da criação, das expressões corporais e também lingüísticas

adquiridas com habito da leitura.

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“Ah, como é importante para a formação da criança ouvir muitas, muitas histórias... escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo”

(Abramovich, 1991, p.16)

Por tanto contar historias infantis são estratégias pedagógicas que favorecem a pratica docente, contribuindo para enfrentamentos e resoluções de problemas, estimulam as crianças na sua iniciação com o mundo mágico das descobertas através da leitura são trabalhadas suas habilidades cognitivas através das praticas utilizadas pelo professor nas metodologias propostas visuais, lúdicas, motoras que envolvem musica, dança, fantoches, cartazes, cores envolvidas nas próprias narrativas.

Fonte Wikipédia pesquisa realizada em 15/03/2015

2.1- ESTAGIOS DO DESENVOLVIMENTO NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LEITURA.

Desde os primeiros anos de vida predomina-se na criança a subjetividade, seu primeiro contato desde a gestação com a mãe através da comunicação, troca de carinho na barriga, o reconhecimento da voz onde nasce todos os sentimentos envolvidos na gestação que passam a ser exteriorizados com afagos, toques, expressão corporal.Primeiro a criança comunica-se por expressões, uma das mais evidentes o choro onde ela expressa o que esta sentindo, dor, fome. A linguagem não verbal marca esta fase da infância constituindo um espaço importante a aprendizagem pois a criança começa a perceber que os códigos utilizados por ela como o “choro” passam a chamar a atenção do adulto para si, seu choro simboliza o estado que ainda não pode ser falado mas que passa a ser compreendido.

Quando o processo de se erguer, sentar, engatinhar, andar começam a aparecer a criança já alcançou sua motricidade, ela agora estar em movimento com as pessoas e objetos a sua volta, descobrindo tamanhos, formas, sons e

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cores que despertam seu processo sensório motor, desafiando seus limites passa a ir mais longe “andar” correr, cair, levantar aprender estes movimentos propicia a criança mais segurança ocasionando o amadurecimento do sistema nervoso. Neste processo de consciência do corpo é necessário para estabelecer sua identidade.Aos três anos quando inicia sua vida escolar no jardim da infância a criança já consegue reconhecer objetos, trabalhar a pintura, encaixe de pequenas peças, cortar, colar, o aperfeiçoamento de sua motricidade acontece nesta fase onde as atividades propostas aperfeiçoam as habilidades já adquiridas, sendo de suma importância a contribuição do processo nesta fase do desenvolvimento. Quando a criança passa a ter contato com os livros onde o professor contador de historias começa a lhe apresentar os enredos e seus personagens, um turbilhão de emoções cercam as crianças, pois assim como as narrativas elas também se comunicam por meio do lúdico, desenhos que dão vida a língua imaginaria.

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3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos aspectos apresentados sobre a importância dos contos e das fabulas para formação de leitores na infância podemos identificar vários aspectos importante que também ocorrem com as obras literárias e os trabalhos nas series iniciais, o prazer da criança pelo lúdico, o brincar, criar, imaginar as cores através do mundo encantado apresentado nas historias. Rego(1995) ressalva que o estimulo a leitura pode começar pelos livros contendo textos curtos cujas historias já são conhecidas pela criança. Contextualizando as leituras iniciais, estamos oferecendo a criança um suporte para que ela consiga descobrir novas correspondências som-grafia, ao dominarem os mecanismos da leitura, as próprias crianças buscarão a leitura de novos livros(Rego, 1995 p.69).

Reforçando a visão de Rego (1995) COELHO em seu livro O conto de fadas afirma através dos gêneros literários é possível é possível despertar a criança o prazer em ouvi-las.Se tratando deste espaço citado pela autora de escuta, fica claro o quanto é importante para a criança ser ouvida, o espaço para expressar suas visões e criações a cerca das narrativas além de trabalhar o desenvolvimento psíquico, a formulação de ideias e o desenvolvimento da oralidade.

O ato de contar historias para as crianças na infância desperta o gosto pelos livros auxiliando na descoberta de varias ideias, A interação com a cultura e o começo para formação de leitores pois a medida que se desenvolvem as crianças tornam-se capazes de compreender o que as narrativas querem repassar. Bettelheim(1978) ressalta aspectos importantes para o processo de narração das historias pelo professor ou pelo adulto leitor.

Pra que uma historia realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas para enriquecer sua vida deve estimular a imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções: estar harmonizado com suas ansiedades e aspirações;reconhecer plenamente suas dificuldades e ao mesmo tempo, sugerir soluções para os problemas que as perturbam. Resumindo, deve de uma só vez relacionar-se com todos os aspectos de sua personalidade e isso sem nunca menosprezar a criança, buscando dar inteiro credito a seus predicamentos e, simultaneamente, promovendo a confiança nela mesma e no seu futuro. (BETTELHEIM, 1978, P.20).

Trabalhar a leitura na Educação infantil e antes de mais nada repensar o mundo da criança em seu vários aspectos como já vimos anteriormente, os trabalhos voltado a literatura infantil nas series inicias, o contexto familiar, se as crianças já tem este contato em casa nas leituras feitas pelos pais seja para o lazer ou antes de dormir são questionamentos que necessitam ser feitos pelo professor, pois a apropriação das nformações também irá contribuir na hora de realizar a escolha das narrativas trabalhadas. Sendo o professor um mediador de todo processo de apresentação a leitura, sabendo que a mesma nos proporciona uma visão de mundo, estabelecendo um vinculo de comunicação e interação entre leitor e ouvintes. Os contos e as fabulas em suas narrativas apresentam narrações que possibilitam que as crianças apreciem e se aproximem dos livros assim como sentem a necessidade de estar perto de um

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brinquedo e manuseá-lo, despertando o interesse pela leitura. Coelho (2000) ressalva que o objetivo principal no conato das crianças com a literatura infantil e as pequenas narrativas contadas seja propiciar um momento onde as crianças se envolvam e desenvolvam sua oralidade e expressões . A autora afirma que os contos propiciam consciência critica até chegar a idade que poderá opinar e participar como ser social das decisões e idéias referente a assuntos que norteiam a sociedade contribuindo no processo de construção da identidade da criança.

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