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Artigo Uma Comissão da Verdade de verda- de poderia começar seus trabalhos propon- do ao Congresso Nacional uma lei simples: proibir em todo o território nacional que logradouros públicos sejam batizados com nomes de pessoas que enxovalharam a democracia. Em São Paulo, a situação é vergo- nhosa. A principal rodovia do estado cha- ma-se Castello Branco. De tão naturalizada está a questão, que poucos param para pensar no seguinte: aquele foi o chefe da conspiração que acabou com a democracia no Brasil, em 1964. A homenagem foi feita por Roberto de Abreu Sodré, governador biônico, que inaugurou a via em 1967. Es- távamos em plena ditadura e seria natural que um serviçal do regime quisesse adular seus superiores. A cidade comporta ainda o eleva- do (?) Costa e Silva, em homenagem ao segundo governante da ditadura. O idealizador foi outro funcionário do regime, Paulo Maluf, em 1969. O mesmo Maluf mimoseou, em 1982, quando governador, o famigerado Caveirinha, alcunha que imortalizou o general Milton Tavares de Souza, falecido no ano anterior. Caveirinha foi chefe do Centro de Informação do Exér- cito (CIE) e suas grandes obras foram a implantação dos DOI-CODI e da Operação Bandeirantes (Oban), órgãos responsáveis pelo assassinato de inúmeros oponentes do regime. Foi também um dos planejado- res da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-76). Os nomes dos funcionários mais ou menos graduados da ditadura podem ser localizados com uma rápida olhada no Google. Castello, Costa e Silva, Médici e Figueiredo emprestam seus nomes a cen- tenas de ruas, avenidas, estradas, escolas e edifícios públicos espalhados pelo Brasil. Manter tais denominações significa conservar viva a memória de gente que deve ser colocada em seu justo lugar na História: o daqueles que perpetraram crimes contra a democracia e a cidadania, prejudicaram o País e contribuíram para o atraso em vários campos de atividade. Na Itália não existe rua, monumento ou edifício público com o nome de Benito Mussolini. A decisão faz parte de uma luta ideológica que visa extirpar as marcas da intolerância, da brutalidade e da xenofo- bia que marcaram a vida do país entre 1924 e 1944. Tampouco há na Alemanha uma avenida Adolf Hitler, um aeroporto Herman Göering (que foi ás da aviação na I Guerra Mundial), um viaduto Joseph Goebbels ou coisas que o valham. Aliás, evitou-se durante décadas batizar crianças com o nome Adolf, por motivos mais ou menos óbvios. Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai também não fazem rapapés à memória de responsáveis pelos anos de terror institucionalizado. No Brasil, como os zumbis da ditadu- ra não apenas assombram, mas aparen- temente intimidam o poder democrático, as mudanças não acontecem. Estão aí, fagueiros e lampeiros na vida nacional, figuras como José Sarney, Marco Maciel, Paulo Maluf e outras, crias da ditadura e cheios de autoridade na vida pública. Banir os nomes de gente dessa laia dos logradouros públicos é um bom passo para se consolidar a democracia. Gilberto Maringoni – Jornalista e cartunista Ditadores e torturadores não podem ser nomes de ruas Protesto no BNB Passaré fez parte de um Dia Nacional de Luta (pág. 3) Funcionários do BNB cobram PLR e criticam má-gestão Bancários debatem terceirização. Juiz do trabalho alerta sobre perigos desse processo no Brasil e convoca organização da categoria para combater esse mal (pág. 2) Caixa deve abrir novas agências e Sindicato cobra mais convocações para o Estado. O banco deve inaugurar este ano 30 novas unidades no Ceará (pág. 3) Mesa de crédito do Banco do Brasil ainda vem causando transtornos aos funcionários. Dirigentes do SEEB/CE alertam para irregularidades (pág. 4) Bancários da Caixa apontam retrocesso nas negociações das regras de promoção por mérito. A Comissão Paritária reuniu-se nos dias 12 e 13/3, em Brasília (pág. 6) CONVITE No próximo dia 23/3, às 19h, o Sindicato dos Bancários do Ceará convida todas as bancárias a se fazerem presentes no evento que vai homenagear as mulheres. Na ocasião, o Sindicato vai fazer a entrega da comenda Bárbara de Alencar à bioquímica Maria da Penha, um dos grandes símbolos da luta feminina por justiça e contra a violência doméstica. Durante o evento, a professora Dayane Evellin (graduada em Filosofia pela UECE) fará uma explanação sobre “A Ascensão da Mulher aos Espaços de Poder nos Séculos XX e XXI”. Ao final haverá sorteio de brindes e coquetel. O evento acontece na sede do Sindicato (Rua 24 de Maio, 1289 – Centro).

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Artigo

Uma Comissão da Verdade de verda-de poderia começar seus trabalhos propon-do ao Congresso Nacional uma lei simples: proibir em todo o território nacional que logradouros públicos sejam batizados com nomes de pessoas que enxovalharam a democracia.

Em São Paulo, a situação é vergo-nhosa. A principal rodovia do estado cha-ma-se Castello Branco. De tão naturalizada está a questão, que poucos param para pensar no seguinte: aquele foi o chefe da conspiração que acabou com a democracia no Brasil, em 1964. A homenagem foi feita por Roberto de Abreu Sodré, governador biônico, que inaugurou a via em 1967. Es-távamos em plena ditadura e seria natural que um serviçal do regime quisesse adular seus superiores.

A cidade comporta ainda o eleva-do (?) Costa e Silva, em homenagem ao segundo governante da ditadura. O idealizador foi outro funcionário do regime, Paulo Maluf, em 1969. O mesmo Maluf mimoseou, em 1982, quando governador, o famigerado Caveirinha, alcunha que imortalizou o general Milton Tavares de Souza, falecido no ano anterior. Caveirinha foi chefe do Centro de Informação do Exér-cito (CIE) e suas grandes obras foram a implantação dos DOI-CODI e da Operação Bandeirantes (Oban), órgãos responsáveis pelo assassinato de inúmeros oponentes do regime. Foi também um dos planejado-res da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-76).

Os nomes dos funcionários mais ou menos graduados da ditadura podem ser localizados com uma rápida olhada no Google. Castello, Costa e Silva, Médici e Figueiredo emprestam seus nomes a cen-tenas de ruas, avenidas, estradas, escolas e edifícios públicos espalhados pelo Brasil.

Manter tais denominações signifi ca conservar viva a memória de gente que deve ser colocada em seu justo lugar na História: o daqueles que perpetraram crimes contra a democracia e a cidadania, prejudicaram o País e contribuíram para o atraso em vários campos de atividade.

Na Itália não existe rua, monumento ou edifício público com o nome de Benito Mussolini. A decisão faz parte de uma luta ideológica que visa extirpar as marcas da intolerância, da brutalidade e da xenofo-bia que marcaram a vida do país entre 1924 e 1944. Tampouco há na Alemanha uma avenida Adolf Hitler, um aeroporto Herman Göering (que foi ás da aviação na I Guerra Mundial), um viaduto Joseph Goebbels ou coisas que o valham. Aliás, evitou-se durante décadas batizar crianças com o nome Adolf, por motivos mais ou menos óbvios. Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai também não fazem rapapés à memória de responsáveis pelos anos de terror institucionalizado.

No Brasil, como os zumbis da ditadu-ra não apenas assombram, mas aparen-temente intimidam o poder democrático, as mudanças não acontecem. Estão aí, fagueiros e lampeiros na vida nacional, fi guras como José Sarney, Marco Maciel, Paulo Maluf e outras, crias da ditadura e cheios de autoridade na vida pública. Banir os nomes de gente dessa laia dos logradouros públicos é um bom passo para se consolidar a democracia.

Gilberto Maringoni – Jornalista e cartunista

Ditadores e torturadores não podem ser nomes de ruas

Protesto no BNB Passaré fez parte de um Dia Nacional de Luta (pág. 3)

Funcionários do BNB cobram PLR e criticam má-gestão

• Bancários debatem terceirização. Juiz do trabalho alerta sobre perigos desse processo no Brasil e convoca organização da categoria para combater esse mal (pág. 2)

• Caixa deve abrir novas agências e Sindicato cobra mais convocações para o Estado. O banco deve inaugurar este ano 30 novas unidades no Ceará (pág. 3)

• Mesa de crédito do Banco do Brasil ainda vem causando transtornos aos funcionários. Dirigentes do SEEB/CE alertam para irregularidades (pág. 4)

• Bancários da Caixa apontam retrocesso nas negociações das regras de promoção por mérito. A Comissão Paritária reuniu-se nos dias 12 e 13/3, em Brasília (pág. 6)

CONVITENo próximo dia 23/3, às 19h, o Sindicato dos Bancários do Ceará

convida todas as bancárias a se fazerem presentes no evento que vai homenagear as mulheres.

Na ocasião, o Sindicato vai fazer a entrega da comenda Bárbara de Alencar à bioquímica Maria da Penha, um dos grandes símbolos da

luta feminina por justiça e contra a violência doméstica.Durante o evento, a professora Dayane Evellin (graduada em Filosofi a

pela UECE) fará uma explanação sobre “A Ascensão da Mulher aos Espaços de Poder nos Séculos XX e XXI”.

Ao fi nal haverá sorteio de brindes e coquetel. O evento acontece na sede do Sindicato (Rua 24 de Maio, 1289 – Centro).

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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Tomaz de Aquino – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiários: Anderson Lima e Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

ELEIÇÕES CASSI

Fotos: Drawlio Joca

O amor e a paixão ganham espaço de destaque no Centro Dra-gão do Mar de Arte e Cultura com o espetáculo “Sim, Não, Talvez: Uma Doc-Dança Sobre o Barravento ou a Devastação da Calma”, do grupo “Artelaria Produções”. As apresenta-ções acontecem nas quintas-feiras, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. O espetáculo tem censura livre e os ingressos custam R$ 2,00 e R$ 1,00.

O espetáculo transita entre as linguagens da dança, do teatro, da música e das artes visuais. Em lugar de questionar, evidencia fragilidades: relações que o corpo apaixonado (des)constrói com o espaço onde habita.

Com o texto Sim, Não, Talvez... de Ricardo Guilherme, distende-se em uma comunicação que se quer cada vez mais pessoal, testemunhal, embora sempre dialogando com o meio, se refazendo pelo espaço, se contagiando e embebendo-se das potências à sua volta.

Quinta Com Dança apresenta a variação dos comportamentos na paixão

Testemunhamos a paixão em nossos corpos, reinventamos e questionamos as formas de amar, uma vontade que nasce em cada poro. Evidenciamos: com o corpo e suas afeições: fragilidades: des-nudar outras bocas, outras mãos, outros membros, outros pontos de tato, olfato, audição e visões: des-locamentos no corpo daquilo que está dentro para fora: e vice-versa.

A quem se destina? É feito carta apaixonada e contra o anonimato: nunca secreto: destina-se a quem interessar possa! Não contém glúten e pode ser consumido desmesura-damente.

Quinta com dança – A apre-sentação do espetáculo faz parte da programação de março do projeto Quinta com Dança do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, contempla-do por edital de estímulo à dança no Estado, lançado pelo Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC).

Sim, Não, Talvez: uma Doc-Dança sobre o

Barravento ou a Devastação da Calma

Quintas-feiras, dias 22 e 29, às 20h, no Teatro

Dragão do MarIngressos: R$ 2,00 (inteira)

e R$ 1,00 (meia). Mais informações: (85)

3488-8600

Candidatos da Chapa 1 visitam unidades do BB em Fortaleza

Entre os dias 2 e 13 de abril, os associados da Cassi participarão da eleição de novos diretores e conselheiros do plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil. A Contraf-CUT e o Sindicato dos Ban-cários do Ceará apoiam a Chapa 1 – Cuidando da Cassi, encabeçada por Mirian Fochi, candidata a Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e hoje secretária de Assuntos Jurídicos da confederação.

Mirian, juntamente com o candi-dato a suplente do Conselho Fiscal e diretor do Sindicato, José Eduardo, visitaram algumas agências do BB em Fortaleza no último dia 12/3 e falaram sobre as propostas da Chapa 1. Além disso, os candidatos pediram apoio e o voto dos bancários do Ceará.

“Apoiamos a Chapa 1 para cuidar da Cassi por ela representar, em seus candidatos, o compromisso

na defesa dos interesses de saúde dos funcionários do Banco do Brasil, com apoio da maioria do movimento sindical e das entidades representa-tivas. Destacamos ainda a grande participação associativa e sindical dos seus candidatos em todas as regiões do País”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e funcionário do BB, Carlos Eduardo Bezerra.

“Hoje, diversos interesses pro-curam desviar a Cassi de seus objetivos, defendendo a associação com empresas do mercado e outras medidas que podem por a perder tudo que os bancários conquistaram no plano. Os membros da Chapa 1 são as pessoas mais indicadas para defender os bancários nesse momen-to complexo”, afi rma Marcel Barros, secretário geral da Contraf-CUT e funcionário do Banco do Brasil.

Na quinta-feira, dia 15/3, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou um amplo debate sobre o processo de terceirização. Na explanação do tema, o juiz do trabalho Grijalbo Coutinho, falou sobre os perigos, as con-sequências e os caminhos para combater a terceirização no Bra-sil. Na ocasião, Coutinho, que é titular do Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins, lançou no Ceará o livro “Terceirização Bancária no Brasil: Direitos Humanos Violados pelo Banco Central”, que traça um interessante perfil da questão no País atualmente.

Segundo Coutinho, a ter-ceirização da maneira que é praticada no Brasil, tanto fere o Direito do Trabalho quanto os Direitos Humanos. “Respeitar os direitos humanos é também dar o direito à educação de qualidade, à saúde, ao trabalho digno e des-respeitar os direitos sociais é ferir os direitos humanos”, pondera.

Coutinho relata que a terceiri-zação começou a ser apresentada como uma tática administrativa, mas na verdade, ela é puramente uma precarização do trabalho. “Ela busca, justamente, reduzir custos. As grandes marcas mun-diais hoje têm pouquíssimos em-pregados formais. Os processos produtivos estão cada vez mais fragmentados, de forma a reduzir os gastos a todo custo. Tudo é terceirizado”, analisa.

Projeto de lei – Grijalbo Coutinho fez ainda críticas seve-ras ao projeto de lei 4330/04, do deputado Sandro Mabel (PMDB/GO). Ele avalia que se o projeto for aprovado, a terceirização será totalmente legitimada e assim, haverá o caos no mundo do

Terceirização é violação dos direitos humanos, afi rma juiz do trabalho

trabalho. “Se a maioria for de tra-balhadores terceirizados, de que vale lutar por direitos sociais, por isonomia, por melhoria de salário e de condições de trabalho? A terceirização mina a organização dos trabalhadores porque as conquistas serão para poucos e aí, passarão a não ter o mesmo impacto. Da mesma forma que os trabalhadores passarão a não ter a mesma força”, alerta.

O PL 4330/04 amplia e facilita o processo de contratação de terceiros pelos empregadores, ameaçando assim os direitos trabalhistas. O projeto aguarda parecer na Comissão de Cons-tituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Aprovado, ele representa na prática uma verdadeira refor-ma trabalhista com a precariza-ção de direitos do trabalhador, caminhando para aniquilamento do próprio direito do trabalho.

Terceirização bancária – Coutinho ressaltou que, na categoria bancária, os números da terceirização são alarmantes: uma categoria que já foi em torno de um milhão de profissionais, hoje está reduzida há cerca de 400 mil bancários. “E não foi só a automação que reduziu o em-

prego bancário. A terceirização nos bancos contribuiu bastante para esse quadro”, disse.

Ele alerta que os bancários vivem um momento crucial de afirmação como categoria e que essa é a hora de partir em defe-sa dos terceirizados. “É preciso primarizar”, afirma.

Ele destaca que o discurso de quem defende a terceirização bancária é de que barrar o proces-so é barrar o acesso bancário aos mais pobres. “O Banco Central pode até dizer que tem que abrir uma agência em cada esquina, mas não pode legislar sobre a terceirização. Além disso, com tantos lucros, os bancos podem contratar bancários para fazer esse processo de bancarização. Acesso ao crédito não quer dizer sacrificar uma categoria profis-sional”, rebate.

Ao final, Grijalbo Coutinho faz uma convocação à categoria bancária: “é preciso que o ban-cário se dispa do preconceito e passe a ver o terceirizado como seu colega de trabalho. Falar de terceirização não é falar contra o terceirizado. É falar ao seu favor. É preciso lutar para fazer o processo inverso. É preciso primarizá-los”, conclui.

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IDEC

CONCURSADOS

AOS COLEGAS DO AMBIENTE DE CONTABILIDADE DO BNB

Fotos: Drawlio Joca

O Sindicato dos Bancários do Ceará cometeu grave equívoco ao mencionar na Tribuna Bancária Nº 1226, edição de 5 a 10 de março de 2012, em matéria intitulada “Sindicato debate questões pendentes nas negociações e cobra PLR, ‘possíveis irregularidades na contabilidade do Banco’”.

O SEEB/CE compreende que o papel dos que fazem a contabilidade do Banco é de alta qualifi cação téc-nica e se atém aos números que são encaminhados ao Ambiente por diversas áreas do Banco que atuam na concessão de créditos, não tendo, portanto, qualquer responsabilidade sobre decisões tomadas por instâncias de deliberação, a nível de diretoria do Banco.

A Diretoria do Sindicato pede desculpas aos colegas do Ambiente de Contabilidade do Banco pelo erro cometido e espera continuar contando com a confi ança de todos os benebeanos.

Atenciosamente,

Tomaz de AquinoDiretor do SEEB/CE

A Caixa Econômica Federal prevê a abertura de 91 agências e 50 casas lotéricas no Ceará até 2015, segundo o superintendente nacional da Caixa, Gilberto Ochi. Em visita a Fortaleza, o superintendente disse que o número de agências no Estado, que hoje é de 63, será mais que o dobro num prazo de três anos.

Nesse período, o total de novos postos de atendimento bancário será de quase 2.500 Brasil afora, além das 5.000 Casas Lotéricas em processo de implantação. “Nosso objetivo é ter pelo menos uma Casa Lotérica em cada município do País”, diz Ochi.

Concurso – Ainda em 2012, 30 agências serão inauguradas no Ceará e mais 16 estão previstas para o próximo ano. Em âmbito nacional, serão abertas 1.046 agências. Para os inscritos no concurso da Caixa, a notícia veio em boa hora, visto que os novos postos devem aumentar a perspectiva de contratação dos aprovados.

O edital recrutava funcionários apenas para cadastro reserva, mas nos dois anos de validade do resul-tado, o quadro de demanda deve mudar por conta do crescimento da instituição.

De acordo com Ochi,o projeto de expansão levará a criação de pelo menos 15.000 cargos de gerência, o que torna as chances de crescimento na empresa maiores.

Caixa deve abrir 91 agências no Ceará até 2015. Sindicato cobra

mais convocaçõesSindicato cobra mais convo-

cações para o Ceará – O Sindicato dos Bancários do Ceará já vem cobrando do banco há algum tempo mais convocações para o Estado. No último dia 15 de dezembro de 2011, a entidade participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa (AL/CE) com o objetivo de discutir o problema da demora e da baixa convocação dos apro-vados em concurso do banco. A audiência atendeu a requerimento do deputado estadual Heitor Férrer (PDT), que presidiu os trabalhos. É importante ressaltar que o concurso vence em junho/2012 e a CEF fala em fazer um novo concurso sem convocar todos os aprovados do concurso vigente.

Para o presidente da APCEF/CEe diretor do SEEB/CE, Áureo Júnior, o direito dos aprovados no concurso deve ser preservado. “Se há deman-da, se há previsão de abertura de novas agências, que se chamem esses companheiros que já foram aprovados e que fi zeram por merecer pertencer ao quadro de empregados da Caixa”, concluiu.

Comissão dos Concursados – O contato com o grupo pode ser feito através da comunidade no Orkut – Concurso Caixa 2010 – Ceará, atra-vés do email: [email protected], ou ainda pelo telefone 8806 0177 (Aurélio).

Alguns dos maiores bancos de varejo do País “empurram” para os clientes pacotes de tarifas mais caros do que o perfi l do correntista sugere. É o que revela uma pesqui-sa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

No caso do Santander, por exemplo, essa disparidade signifi -cou um acréscimo de 69% no pa-cote (R$ 33,60, ante R$ 19,90). No HSBC, o plano contratado custou 53% a mais do que o indicado para o perfi l do cliente (R$ 37,50 em vez de R$ 24,50).

No início de dezembro de 2011, seis pesquisadores do Idec foram a agências dos maiores bancos de varejo do País – Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e HSBC – para abrir contas correntes. Todos foram orientados a descrever para o fun-cionário um perfi l que se adequasse a pacotes com valores entre os mais baixos de cada instituição.

“Repetimos uma pesquisa que já havíamos feito em 2008, logo após o Banco Central implementar a nova regulamentação para o tema, e a conclusão é que não houve melhora de lá para cá”, afi rmou a gerente jurídica do Idec, Maria Elisa Novais. Ela observa que mesmo os bancos que acabaram oferecendo o custo-benefício adequado para o cliente relutaram em fazê-lo. “Em geral, eles não dão a melhor opção ao consumidor”.

Encaixam-se nesse caso descrito pela advogada o Itaú e a Caixa. Em ambos, o pesquisador do instituto conseguiu “comprar” o pacote oferecido, mas só depois de muita negociação. Na Caixa, o pesquisador fi cou com o plano Caixa Fácil, que custa R$ 9,80 por

Órgão aponta que bancos “empurram” pacotes mais caros aos

clientes

mês. No Itaú, foi escolhido o Maxi Conta Itaú Econômica, ao custo mensal de R$ 11,80.

Apenas dois bancos apontaram de imediato planos mais adequados ao perfi l do cliente: Banco do Brasil e Bradesco. No primeiro, o pacote buscado pelo pesquisador era até mais caro do que o sugerido pelo banco – R$ 19,70 em vez de R$ 27,90. No segundo, o plano “vendi-do” custa R$ 19,55, abaixo dos R$ 22,40 do plano que o pesquisador procurava.

Falhas – Na avaliação do Idec, o problema mais grave foi o do Santander. “O atendente do banco disse que o cliente (pesquisador) não podia contratar o pacote que queria porque tinha uma renda muito alta para aquele plano”, co-mentou Maria Elisa. “Mas isso não está em nenhuma regulamentação do Banco Central”.

No HSBC, o sistema tecnoló-gico enquadrou automaticamente o pesquisador do Idec em um pacote mais caro do que o sugerido. Segun-do o relato do instituto, o funcionário chegou a dizer ao pesquisador que daria um “jeitinho”. Informou que, após a contratação, alteraria para um plano mais barato, o que não ocorreu até o momento.

Com uma participação massi-va do funcionalismo, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou na Praça Jáder Colares, no BNB Passaré, na última quarta-feira, 14/3, uma grande manifestação cobrando da direção do Banco mais respeito aos funcionários e explicações sobre operações de crédito prejudiciais à Insti-tuição que põem em risco a sua própria existência.

O protesto fez parte de um Dia Nacional de Luta tam-bém pelo pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), conforme orientação da Contraf-CUT, através da Comissão Nacio-nal dos Funcionários do BNB (CNFBNB), órgão que assessora as negociações com o Banco. “Nós, do Sindicato, Comissão Nacional e Contraf-CUT orien-tamos esse Dia de Luta em todo o Nordeste como um ato de indignação, pois todo ano os funcionários do BNB têm pro-blemas na hora de receber sua PLR. Os bancários não podem pagar essa conta, pois já passam por muitas dificuldades no seu dia-a-dia, como cumprimento de metas absurdas, extrapola-ção de jornada, entre outras. E se o Banco não encontrar uma solução para o pagamento da nossa PLR, nós iremos até as últimas consequências, até mesmo com paralisação das atividades do BNB”, avisou o diretor do Sindicato e funcio-nário do BNB, Océlio Silveira.

Já o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, Ro-bério Ximenes, lembrou que o antigo Banco do Estado do Ceará (BEC), do qual é oriundo, também passou por situações semelhantes. “O BEC passou por gestões fraudulentas e nós conseguimos agir, começando um trabalho de vigilância, que resultou num grande dossiê com todas as denúncias, infeliz-mente, devidamente barrado e engavatado pelo ex-governador Tasso Jereissati. A atuação do Sindicato, da AFBEC e dos próprios funcionários do BEC foi fundamental para mostrar a indignação que existia na

Manifestação no Passaré cobra pagamento da PLR e

explicações sobre operações e o futuro do Banco

época. Queremos chamar os companheiros do BNB a dar um ‘basta’ agora. O ‘basta’ tem que ser dado logo, porque quem paga o preço maior é sempre o trabalhador”, convocou.

O coordenador da Comissão Nacional e diretor do Sindicato, Tomaz de Aquino, chamou a direção do Banco à respon-sabilidade, principalmente, o presidente da empresa, Jurandir Santiago. “Tenho 32 anos de BNB e nunca vi um presidente que se esconde dos trabalhadores Está passando da hora de dar uma resposta a essa administra-ção do Banco. Nós não vamos pagar essa conta. No dia que o balanço do Banco foi publicado, com elevadíssima cota de pro-visões para créditos duvidosos, nós procuramos o Banco e não recebemos explicações convin-centes. E continuamos insistindo, mas até agora, nenhuma resposta concreta”, afirmou.

Estudo – Tomaz falou

ainda do estudo que o Sindi-cato dos Bancários do Ceará solicitou ao Dieese com uma análise do balanço do BNB. O documento constatou queda abrupta no total a ser distri-buído a título de PLR em 2011 em relação a 2010. A redução ocorreu devido ao elevado crescimento das provisões para créditos de liquidação duvido-sa que, no exercício passado, aumentaram em 124% no curto prazo. Com isso, há o risco de os trabalhadores ficarem sem o pagamento da segunda parcela da PLR e até mesmo de serem forçados a devolver parte do que já receberam.

E Tomaz avisa: “se até o dia 28/3 não houver uma negociação digna, de transparência sobre o que está acontecendo no Banco, nós vamos fazer uma grande assembleia no Sindicato e de-cretar uma greve pela PLR, pela isonomia, pelo PCR e, acima de tudo, pelo Banco do Nordeste do Brasil”, concluiu.

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NEGOCIAÇÃO

LAZER

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

DIEESE

Desde o fim do ano passado, o Sindicato denuncia uma série de irregularidades no trabalho da mesa de crédito do Banco do Brasil. Descumprimento das normas internas e de itens da norma regulamentadora (NR-17) expõe os funcionários a riscos de saúde, legais e laborais. Dessa vez, o Sindicato está na defesa de uma funcionária que passa por um processo administrativo por uma concessão de crédito supostamente não-autorizada pelo cliente.

Segundo o diretor Gustavo Tabatinga, a funcionária realizou a operação por telefone e foi questionada pelo dono da conta, que depois negou ter contratado o empréstimo. Como o contato não foi presencial, o cliente não formalizou a operação com a sua assinatura e, consequentemente, a funcionária não teve como com-provar a solicitação. “Agora, o banco está cobrando explicações dela sobre o motivo da operação ter sido questionada”.

Tabatinga destaca ainda que as ligações não são gravadas, o que agrava as irregularidades diante das normas. “Sem assina-tura do cliente para comprovar o crédito e sem arquivo digital com a voz dele, não tem nada que comprove que o cliente soli-citou aquela operação de crédito, absolutamente nada. E o banco transfere o risco da atividade econômica para o funcionário, quando na verdade deve ser da própria empresa. Se houver qual-quer problema, o funcionário será responsabilizado”, afirma, caracterizando a situação como “de extremo risco”.

Em novembro do ano pas-sado, o Sindicato presenciou

Sindicato denuncia, mais uma vez, irregularidades

na mesa de crédito

outras irregularidades na mesa de crédito, localizada na Superin-tendência do BB, em Fortaleza. Em visita ao prédio, diretores constataram flagrante desrespei-to aos funcionários convocados para o trabalho, como ambiente sem ar-condicionado e falta de equipamentos adequados para o atendimento telefônico. Além disso, o Sindicato tem conhe-cimento de que funcionários estão trabalhando aos sábados sob a pressão do cumprimento das metas.

“O funcionário não está obrigado a descumprir as nor-mas internas, mesmo que a pressão do gerente seja grande. Se determinada prática não está prevista nos normativos internos, o funcionário não está obrigado, mesmo se coagido, a descumpri-las”, diz o diretor Tabatinga. A orientação do Sindicato é que os funcionários não assumam

riscos, cumpram os normativos e, se for necessário, procurem a entidade para que sejam tomadas as providências cabíveis – que podem ser desde reuniões nos locais de trabalho até denúncias aos gerentes adeptos de práticas irregulares.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorados pela Comissão de Empresa dos Fun-cionários do Banco do Brasil, se reuniram na terça-feira (13/3) com os representantes da instituição, em Brasília, para debater o novo programa de metas – o Sinergia BB.

Após a apresentação feita pelo banco sobre as linhas gerais do programa foi exposta pela re-presentação dos funcionários uma série de problemas e incertezas que o novo programa vem causando na rede de varejo no que diz respeito à forma como as dependências serão avaliadas em seus resultados, ao fi nal do semestre.

Os sindicatos ouviram os traba-lhadores e uma das críticas aponta-das é com relação à individualização das metas nas carteiras de clientes. Muitos gestores afi rmam que antes, no antigo acordo de trabalho, tinham condições de gerir e acompanhar a evolução dos resultados na depen-

Contraf aponta problemas no programa de metas do Banco do Brasil e cobra mudanças

dência como um todo e, agora, não é mais possível essa administração geral da agência.

O coordenador da Comissão de Empresa, Eduardo Araújo, disse que o movimento sindical não aceita a individualização das metas e também não admite que existam rankings.

Além do debate sobre o pro-grama de metas Sinergia BB, a Contraf-CUT cobrou que o banco negocie a jornada de 6 horas para os comissionados sem redução de salário.

Cassi – Os representantes dos bancários afi rmaram que a Contraf-CUT espera uma resposta do banco com relação à posição de seus re-presentantes indicados no Conselho Deliberativo da Cassi para votarem a adequação da caixa de assistên-cia em relação à resolução 254, da Agência Nacional da Saúde (ANS). O conselho se reunirá esta semana e a Contraf-CUT protocolou junto ao

banco pedido para a regularização.Também foram discutidas

questões regionais, como a retira-da de portas giratórias em função do projeto Nova Ambiência e a questão do assédio moral. O banco respondeu que está respeitando a legislação local em relação às portas de segurança.

Dia Nacional de Luta – A Comissão de Empresa defi niu a data de 28 de março como novo Dia Nacional de Luta pela Jornada de 6 horas para todos, sem redução de salários. Além disso, o dia de luta cobrará propostas efetivas do ban-co para as questões que estão na mesa de negociação permanente, como melhorias do plano de carreira e soluções para os trabalhadores oriundos de bancos incorporados.

Foi defi nido ainda que na próxi-ma negociação entre a Contraf-CUT e o BB a questão do Banco Postal entrará na pauta.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconô-micos (Dieese) e as centrais sindicais realizam na próxima terça-feira, 27/3, das 14h às 18h, no Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) – Av. Imperador, 498, Centro – a 7ª edição da Jornada Nacional de Debates, com o tema “Negociações Coletivas em 2012 e Rotatividade”.

Entre as questões abordadas durante o evento destacam-se conjuntura nacional e internacional, perspectivas para as negociações e rotatividade.

Os interessados devem confi rmar presença no e-mail [email protected] ou pelo telefone: (85) 3253 3962.

Negociações coletivas e rotatividade em debate

O Sindicato dos Bancários do Ceará realiza no próximo dia 6/4, Sexta-feira da Paixão, um passeio cultural e religioso pelo maciço de Baturité, passando por Guaramiran-ga e terminando em Pacatuba, para assistir a tradicional encenação da Paixão de Cristo naquele município.

As inscrições podem ser rea-lizadas, impreterivelmente, até o próximo dia 30/3 e o formulário para preenchimento já está disponível no site (http://www.bancariosce.org.br/sorteio_inscricao.asp). O passeio é aberto à participação de bancários sindicalizados da ativa e aposenta-

Passeio cultural e religioso serána sexta-feira da Paixão

dos, com direito a acompanhante, com todas as despesas pagas pelo Sindicato.

O transporte para o passeio sairá da sede do Sindicato, às 8h do dia 6/4, e retornará após a encenação da primeira sessão do espetáculo da Paixão de Cristo, com previsão de chegada a sede do SEEB/CE para as 20h do mesmo dia. Um almoço de confraternização será oferecido aos participantes do passeio na cidade de Guaramiranga. Os ingressos para a entrada na peça teatral em Pacatuba também serão fornecidos pelo Sindicato.

Maria da Penha Maia Fernandes, cearense, biofarmacêutica e símbolo da luta contra a violência doméstica. Ela sobreviveu a duas tentativas de assassinato pelo marido, Marco Antônio: primeiro, com um tiro nas costas enquanto dormia e que a deixou paraplégica; depois, o mesmo homem a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la embaixo do chuveiro.

A sua tragédia pessoal se tornou a bandeira de luta pelos direitos da mulher. Durante 20 anos, Maria da Penha lutou na Justiça para ver a covardia do marido – e pai de suas três fi lhas – ser punida. Marco An-tônio foi julgado por duas vezes e condenado, mas saiu em liberdade devido aos recursos impetrados pelos advogados.

A decepção com a Justiça brasi-leira deu fôlego para continuar a luta em defesa da mulher. Maria da Penha abraçou a causa e se engajou em movimentos sociais contra a violência e a impunidade. Em 1998, o seu livro “Sobrevivi...posso contar” publicado quatro anos antes, serviu de instru-mento para denunciar e condenar a Justiça brasileira, frente a Comissão

SEEB/CE homenageia Maria da Penha em evento para as mulheres

Interamericana de Direitos Humanos da OEA, por tolerância e omissão estatal no tratamento de casos de violência contra a mulher.

Com a condenação, o Brasil foi obrigado a mudar a legislação para que, nas relações de gênero, existissem mecanismos efi cazes de proteção à mulher em situação de violência doméstica e de punição ao agressor. Foi elaborado, então no Governo Lula, o projeto de lei que se transformou, em 2006, na Lei Federal 11340 – a Lei Maria da Penha.

Pela história de luta e pelo simbolismo que carrega, Maria da Penha é até hoje homenageada nos quatro cantos do País. O Sindicato dos Bancários do Ceará escolheu o mês das mulheres para também prestar sua homenagem e entregará a Comenda Bárbara de Alencar no dia 23/3, às 19h, na sede da entidade, durante o evento de comemoração a elas. Convidamos todas as bancárias a participar da programação, que terá ainda a palestra “A ascensão da mulher aos espaços de poder nos séculos XX e XXI” da professora Dayane Evellin, sorteio de brindes e um coquetel.

CAFÉ E ALMOÇO GRÁTISAlimente-se de notícias

7h30 – Programa Rádio Bancários

na FM 107,9 (Universitária FM)

12h – Programa Vida e Trabalho na TV MetrópoleCanal 26

Para denunciar ao Sindicato qualquer tipo de abuso e

irregularidade nas agências do Banco do Brasil, os

funcionários devem procurar os diretores:

José Eduardo (85) 9155 8330

Bosco Mota (85) 9155 4822

Gustavo Tabatinga (85) 9153 1235

Carlos Eduardo (85) 9155 4439 Plauto Macedo (85) 9155 5945

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ITAÚ

TERCEIRIZAÇÃO

SANTANDER

SAÚDE

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Contraf-CUT negocia PCR, saúde e bolsas educação com o banco no dia 26/3

Na última terça-feira, 13/3, foi realizada, na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará, uma plenária envolvendo vários diri-gentes sindicais da CUT Ceará. Estavam presentes, entre as prin-cipais lideranças, o presidente estadual da CUT, Jerônimo do Nascimento, e a secretária geral da entidade, Joana Almeida.

O objetivo foi traçar algumas metas para os Congressos Esta-dual e Nacional da CUT (CECUT e CONCUT) que acontecem em breve. “Essa plenária antecede o Congresso da CUT, tanto o nacional quanto o estadual. E enquanto dirigente da CUT, membro do campo que comanda a CUT, somos nós que norteamos as políticas e é importante estar-mos sempre dialogando”, analisa Jerônimo. “Em 2012, a principal meta é a realização do Congresso da CUT, tanto o estadual quanto o nacional, tirar as diretrizes po-líticas de construção da Central para o próximo período e eleger a nova diretoria dentro desse ce-nário de pluralidade e da unidade da CUT. Nós vamos traçar todo um plano de lutas para desenvol-vermos nos próximos três anos. Esse ano fazemos 29 anos de luta política e de transformação da sociedade brasileira”, reforça Joana Almeida.

Jerônimo destacou ainda

Plenária da CUT debate Congressos

Estaduais e Nacional

algumas pautas importantes para os trabalhadores no ano de 2012, tais como: a redução da jornada de trabalho; a votação no Congresso Nacional sobre a lei contra o trabalho escravo; o trabalho decente e a Conferência Nacional do Trabalho Decente e, sobretudo as eleições muni-cipais. “Esse ano serão definidas as prefeituras municipais e nós, da CUT, que representamos os trabalhadores em cada municí-pio, também contribuiremos com esse processo, pois apresentare-mos uma pauta voltada para os trabalhadores para que nossos sindicatos possam entregar,em seus municípios, aos candidatos a prefeito e aos candidatos a vereadores”, explica.

Quanto à pluralidade de centrais sindicais nos últimos tempos, Jerônimo afirma que é preciso atuar com respon-sabilidade. “Isso faz parte da democracia e nós lutamos para que essa pluralidade existisse. Nada mais justo que aqueles que, estando em uma estru-tura e não concordando com ela, saiam e criem uma nova organização. Agora, há que se criar isso com responsabilidade. Acredito que a CUT tem feito seu trabalho com muita respon-sabilidade e tem se fortalecido por isso. Estamos chegando aos 29 anos em 2012, com força e poder de representação, mas nada contrário a quem quer se organizar”, conclui.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam no próximo dia 26/3 as negociações com o Itaú Unibanco, em São Paulo. A rodada havia sido marcada inicialmente para o dia 16/3, mas foi adiada. Os trabalhadores discutirão o Progra-ma Complementar nos Resultados (PCR) e as bolsas educação para 2012, bem como o plano de saúde, envolvendo problemas de convê-nios médicos.

“Recebemos o PCR de 2011, de acordo com os valores esta-belecidos por dois anos em 2010. Chegou a vez de abrir os debates

sobre os números do programa para 2012. Com lucros recordes ano após ano, o Itaú precisa negociar parâmetros que de fato tragam valorização para os principais res-ponsáveis por esses resultados gi-gantescos, que são os funcionários do banco”, destaca Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco.

Na última negociação com o banco, no dia 10 de fevereiro, os trabalhadores entregaram ao banco a minuta específi ca de reivindica-ções dos funcionários, que possui

nove itens: emprego, remunera-ção, combate às metas abusivas, saúde e condições de trabalho, segurança bancária, liberdade sin-dical, previdência complementar, plano de saúde e igualdade de oportunidades.

“A minuta foi construída no Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais do Itaú Unibanco, realiza-do nos dias 14 e 15 de dezembro, em Nazaré Paulista (SP)”, disse o diretor do Sindicato e represen-tante do Nordeste na Comissão de Empresa dos funcionários do Itaú, Ribamar Pacheco.

A Contraf-CUT, federações e sin-dicatos retomam no dia 20 de março, às 15h, a mesa temática de Saúde do Trabalhador com a Fenaban, em São Paulo. Será a primeira reunião desse fórum neste ano.

“Entre os pontos de destaque estão a retomada da discussão do problema do assédio moral nas agências, a avaliação do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt) e a reabilitação profissio-nal”, adianta o secretário de Saúde

Bancários retomam mesa temática com Fenaban no dia 20/3

do Trabalhador da Contraf-CUT, Plínio Pavão.

“Nossa expectativa é que os bancos avancem nas questões específi cas ao longo de todo ano. Acreditamos que é possível a construção de resultados efetivos e permanentes neste espaço”, avalia o dirigente sindical.

No mesmo dia 20/3, às 10h, a Contraf-CUT reúne o Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador, na sede da entidade, preparando os debates na mesa temática.

A Fenaban manteve na reunião do último 15/3 da mesa temática de Terceirização, em São Paulo, a mes-ma formulação e os posicionamentos apresentados no último encontro, em junho de 2011, já criticados na oca-sião pela Contraf-CUT, federações e sindicatos.

Assim, a área específi ca do call center defi nida como foco da nego-ciação continua sendo apenas aquela que envolva as atividades receptivas, nas quais seja acessada diretamente a conta corrente do cliente, em opera-ções conclusivas, inclusive prestadas nos fi nais de semana.

Os bancários reiteraram a reivin-dicação de que sejam apresentados dados mais objetivos sobre as áreas em debate, particularmente sobre o número de trabalhadores envolvidos. No entanto, a Fenaban reafi rmou não ter como fornecer tais informações, alegando tratar-se de dados confi -denciais de cada banco.

“Essas informações são funda-mentais para darmos continuidade aos debates sobre a área escolhida e a formulação ora apresentada. Sem essa materialidade, fi ca difícil para nós qualquer defi nição”, afi rma Miguel Pereira, secretário de Or-ganização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Diante do impasse, a Contraf-CUT irá convocar as federações e

Fenaban mantém proposta de call center e mesa temática não avança

sindicatos para defi nir uma posição sobre a manutenção da proposta dos bancos para a área de call center. Depois, irá agendar nova rodada junto à Fenaban, inicialmente prevista para o fi nal de maio.

Fórum contra Terceirização – O Fórum em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização foi recebido na quarta-feira (14/3) em audiência pelo novo presidente da Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, deputado federal Ricardo Berzoini (PT/SP), em Brasília. O objetivo foi discutir a tramitação da regulamentação da terceirização diante do projeto de lei substitutivo ao PL 4330/04, do deputado Sandro Mabel (PMDB/GO). O substitutivo, que teve como relator o deputado Roberto Santiago (PSD/SP), amplia e facilita o processo de contratação de terceiros pelos empregadores, amea-çando assim os direitos trabalhistas. O projeto aguarda parecer na CCJC.

O Fórum solicitou ao deputado a garantia de um debate democrático dentro da CCJC durante o processo de tramitação do projeto, fato que não ocorreu na aprovação da matéria no âmbito da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (Ctasp). Berzoini assumiu compro-misso de ampliar o debate.

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam no próximo dia 3/4, das 14h às 16h, o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) com o Santander para discutir as demandas dos funcionários. A reunião será rea-lizada em São Paulo.

A retomada do CRT ocorre junto com uma agenda de várias reuniões para tratar de outros temas importantes para os traba-lhadores, conforme estabelece o acordo aditivo do Santander à con-venção coletiva dos bancários. Nos próximos dias, será encaminhada a pauta dos trabalhadores para os representantes do banco, a partir da consulta feita anteriormente para as entidades sindicais.

GT SantanderPrevi – Na sexta-feira (16/3), aconteceu a instalação do GT do SantanderPrevi para discutir, de forma conjunta, a possibilidade de alterar o processo eleitoral, sus-penso no ano passado por decisões judiciais depois de ações movidas por participantes diante da falta de democracia nas eleições. Haverá

Contraf retoma Comitê de Relações Trabalhistas dia 3/4

novas reuniões no dia 23 de março e no dia 13 de abril.

GT Call Center – O GT do Call Center será instalado na próxima quarta-feira (21/3), às 10h, em São Paulo, para discutir as demandas específi cas dos trabalhadores. No-vas reuniões estão agendadas para os dias 28 de março e 4 de abril.

Fórum de Saúde e Condi-ções de Trabalho – A retomada do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho, previsto na cláusula 22ª do aditivo do Santander, está marcada para o próximo dia 10 de abril, das 14h às 16h, em São Paulo.

Reunião da COE do Santan-der – A Contraf-CUT realizará no dia 2/4, às 10h, uma reunião da COE do Santander, no auditório do Sindicato dos Bancários de São Paulo. O objetivo é preparar os debates no CRT e no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho, bem como discutir o andamento dos grupos de trabalho.

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Promoção por Mérito

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INFORMAÇÃO PRESTADA PELOPORTEIRO OU SÍNDICOREINTEGRAÇÃO AO SERVIÇOPOSTAL EM / /

DATA:RUBRICA:

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9912180326-DR/CESIND. DOS BANCÁRIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

Mala DiretaPostal

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ESPORTE

CAIXA

PLR

A Comissão Paritária da Promo-ção por Mérito da Caixa Econômica Federal reuniu-se nos dias 12 e 13/3, em Brasília, para tratar da sistemática de avaliação para o ano base 2012, visando a promoção de janeiro de 2013.

O processo de avaliação do ano base 2011 foi concluído em feverei-ro, refl etindo importantes avanços conquistados pelo movimento dos empregados ao longo dos últimos anos. As promoções foram retroativas a 1º de janeiro deste ano.

A expectativa era de que, nesta reunião, a primeira da Comissão Paritária este ano, ocorressem avan-ços nas defi nições para o processo seguinte, viabilizando assim a anteci-pação aos empregados das regras e critérios norteadores da promoção de 2013. No entanto, a Caixa acabou por inserir difi culdades nas discussões.

Os representantes da Caixa apresentaram proposta global com várias alterações em relação ao processo anterior. Para a Contraf-CUT, muitas delas signifi cam retro-cessos. São os casos, por exemplo, da exigência de que o empregado complete 365 dias de empresa para ser avaliado e promovido, da altera-ção dos pesos das modalidades de avaliação subjetiva e da mudança da linha de corte.

Pela proposta da empresa, as modalidades da avaliação subjetiva,

Contraf-CUT vê retrocesso em propostas

da Caixa Econômica

que hoje possuem mesmo peso, passariam a ter a seguinte confor-mação: 40% para a avaliação do gestor, 30% para a avaliação dos pares e 30% para a auto-avaliação. A linda de corte, hoje em 8,2 pontos, passaria a ser pela média nacional, que foi de 9,15 na última avaliação. Entre os retrocessos desejados pela empresa consta ainda a inversão dos pesos conferidos aos critérios de avaliação. A Caixa quer que os critérios subjetivos passem a pesar 60% e os objetivos 40%.

A proposta da Caixa passa, so-bretudo, pela alteração dos fatores de

avaliação subjetiva, com inclusão de critérios de orientação ao resultado. Os representantes dos empregados na Comissão Paritária refutaram de pronto qualquer coisa que venha nesse sentido, por representar vin-culação a metas.

A Caixa fi cou de encaminhar à representação dos empregados a bibliografi a e os normativos que serviram de fundamentação às mu-danças que estão sendo propostas, relativas à avaliação subjetiva, para posterior retomada das discussões na Comissão Paritária da Promoção por Mérito.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), com a assessoria da Comissão Executiva dos Em-pregados (CEE/Caixa), e a Caixa Econômica Federal realizam no próximo dia 21/3, às 14h, em Bra-sília, mais uma rodada da mesa de negociações permanentes.

Na pauta, os destaques são a instalação da Comissão de Con-ciliação Voluntária (CCV) para a 7ª e 8ª hora, o Processo Seletivo Interno (PSI), a modelagem do aten-

Rodada de negociações permanentes está confi rmada para

quarta-feira, 21/3dimento, o descomissionamento de caixas e o contencioso jurídico na Funcef.

Jair Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e diretor vice-presidente da Fenae, considera fundamental a mobilização dos trabalhadores para reforçar as reivindicações na mesa de negociações com a Caixa. Ele diz ser preciso estar atento aos temas pautados, dentre outras questões, reafi rmando assim a luta por novas e necessárias conquistas.

Sacolas em extinçãoNo Brasil, estima-se que o uso de sacola plástica seja 41 milhões por dia, 1,25 bilhão

por mês e 15 bilhões por ano. Mas isso é apenas uma parte do uso mundial do produto. Dados da Associação Brasileira de Supermercados indicam que, no mundo,

são distribuídas de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano. Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags

tem sido prioridade em muitos países, inclusive no Brasil. Mais de 60% das capitais brasileiras – 17 das 27 capitais – aprovaram leis que proíbem ou que regulam o uso

de sacolas plásticas. Em pelo menos três capitais – Manaus, Fortaleza e Curitiba – há projetos tramitando na Câmara Municipal sobre o assunto.

FelicidadeÉ tetra. Como já aconteceu no futebol, o Brasil conquistou mais um tetra. Dessa vez, o País é tetracampeão em felicidade. Segundo pesquisa feita

pela Fundação Getúlio Vargas com cerca de 200 mil pessoas em 158 países, a pesquisa realizada em 2011 buscou saber a expectativa de

felicidade das pessoas nos próximos cinco anos e também no presente. O Brasil vence nos dois. Depois do Brasil, no quesito países mais felizes

aparecem Panamá, Costa Rica, Colômbia, Qatar, Suíça e Dinamarca.

Guia sobre plano de saúdeFoi lançado no dia 12/3 o Guia Prática sobre Planos de Saúde com

informações para esclarecer dúvidas dos benefi ciários ou de quem deseja contratar um plano pela primeira vez. O Guia pode ser acessado pela

internet, no endereço www.ans.gov.br. O guia descreve o papel da ANS e suas atribuições, traz um passo a passo com orientações para contratação de um plano, com exemplos sobre os vários tipos de produtos oferecidos

pelas operadoras. Há também recomendações ao consumidor, no momento de escolher um plano.

O Grupo de Trabalho instituído para construir um novo modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na Caixa Econômica Federal chegou a uma proposta, pela qual se assegura, como premissas básicas, que seja mantida a aplicação da regra da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e que sejam incluídas no total de recursos para distribuição, após aplicação da regra básica da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária, eventuais sobras em relação ao limite estabelecido pelo governo de 11,25% do lucro líquido das empresas estatais. A PLR adicio-nal na Caixa (4%) foi considerada fora do alcance atribuído ao GT.

As reuniões do GT da PLR ocor-reram nos dias 8, 9 e 14/3, em Brasília. O fórum foi composto paritariamente, com representantes indicados pela Caixa e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Finan-ceiro (Contraf/CUT).

Para assegurar a distribuição de eventuais sobras dos 11,25% do lucro líquido, a proposta do GT é de que se proceda a uma alteração para mais no teto e no percentual do salário previsto na regra da Fenaban. Eventualmente, poderia ocorrer tam-bém o aumento da parcela fi xa. Ou seja: o debate é no sentido de que

GT defi ne proposta a ser referendada na mesa das negociações permanentes com a Caixa

seja estabelecido um programa que distribua eventuais diferenças ou sobras entre o valor distribuído pela regra básica da Convenção Coletiva, cujo limite é de 15%, e o teto defi nido pelo governo federal.

A regra básica defi nida na mesa da Fenaban em 2011 foi de 90% do salário mais R$ 1.400,00 fi xos, com teto de R$ 7.827,29. Pela proposta do GT, caso a aplicação da regra Fenaban não ultrapasse o limite de 11,25% do lucro líquido, esses valores poderiam ser elevados, por exemplo, para 95% do salário e teto de R$ 9.000,00.

Ainda na reunião com a Caixa, entre as premissas fundamentais que a proposta própria de PLR pre-cisa contemplar, os representantes dos empregados elencaram a não-vinculação de metas e a garantia de um modelo que abranja todos os bancários.

Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor vice-presidente da Fenae, Jair Ferreira, a discussão em torno de um novo modelo de PLR é importante, e certamente estará entre os temas prioritários da campanha salarial 2012, quando os trabalhadores esperam concluir uma proposta satisfatória.

Foto: Augusto Coelho

Devido às chuvas, foram adiados os jogos da Copa dos Campeões de Futsoçaite que deveriam ter ocorrido no sábado, dia 10/3. O campeonato volta à ativa no dia 21/3, com a realização de dois jogos da 6ª rodada:

19h30 – AABB x Safra21h – Apcef x BNBOs jogos acontecem no Racha Society (próximo ao antigo Rapidão Cometa, na BR 116).Já no sábado, 24/3, acontecem mais três partidas pela 7ª rodada. Confi ra:8h – Safra x Bradesco9h20 – BNB x Bradesco Empresa10h40 – Bradesco Polo x SantanderEsses três jogos acontecem também no Racha Society (próximo ao antigo Rapidão Cometa, na BR 116).

Mudanças nos jogos da Copa dos Campeões de Futsoçaite

“Quer dizer então que se o trabalhador tiver mais dinheiro para comprar produtos industrializados

e a indústria vender mais, terá de demitir? A verdade é: salário baixo causa crise internacional no capitalismo. Nos Estados Unidos, por exemplo,

um ciclo de rebaixamento constante de salários e combate às atividades sindicais, iniciado nos

anos Reagan, levou com o tempo os trabalhadores a enfrentar o empobrecimento através da falsa

promessa de crédito abundante e deu no que deu”Artur Henrique, presidente da CUT nacional, sobre editorial do jornal Estado de S.

Paulo que afi rmava que salário alto causa desemprego