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ARTIGO PDE 2012: EDUCAÇÃO FÍSICA: a práxis · resgatando o sentido do mover-se humano, de forma intencional e consciente. ... Práxis é uma palavra grega que significa “ação”

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ARTIGO PDE 2012: EDUCAÇÃO FÍSICA: a práxis

Autora: Ana Maria Guimarães Villela1

Orientadora: Ana Maria Pereira2

Resumo

Este estudo teve como objetivo discutir as questões sobre a práxis, conhecimento prático-teórico, no âmbito da Educação Física Escolar, para o desenvolvimento do pensamento crítico transformador dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Conceber uma Educação Física sem desequilíbrios (totalmente prática ou somente teoria) foi o nosso propósito, resgatando o sentido do mover-se humano, de forma intencional e consciente. Este trabalho qualitativo em educação utilizou da pesquisa exploratória bibliográfica na primeira fase da construção do projeto. Fez-se relevante compreender o que é práxis, estudar a sua relação com a educação e, ainda, a práxis no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos da Educação Física. Na segunda fase do trabalho nos ocupamos com a construção do projeto de intervenção pedagógica na escola em forma de uma Unidade Didática. A intervenção pedagógica, terceira fase do projeto, foi materializada com estudantes de 5ª série, do ensino fundamental, do período da noite, do Colégio Estadual Julia Wanderley Ensino Fundamental e Médio, situado á Rua Itapuí, n° 901, no município de Prado Ferreira/Paraná. Nada é passível de ser concluído e acabado, pois não há estudo e pesquisa que esgote um tema científico, ou seja, não existem conclusões fixas para os problemas que foram inicialmente apontados. Todavia, notamos que podemos fazer a diferença nas aulas de Educação Física, podemos tirá-la da alienação do físico tão só e transformá-la em uma área de conhecimento que ajuda na formação e na educação do ser humano. Neste processo inacabado esperamos que outros estudos possam ser elaborados no sentido de ter uma Educação Física conectada a uma práxis pedagógica transformadora.

Palavras-chave: Educação Física; Teoria e prática; Práxis.

1 Introdução

1Graduada em Educação Física, atua no Colégio Estadual Júlia Wanderley-Ensino Fundamental e Médio.

2 Profª Drª vinculada a Universidade Estadual de Londrina.

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Busca-se refletir neste artigo pedagógico a consolidação e a importância

do conhecimento teórico-prático, a práxis, nas aulas de Educação Física com o

objetivo de contribuir na formação do estudante sob o paradigma de uma

práxis transformadora.

A práxis transformadora como ação pedagógica objetiva e assimila um

novo paradigma, já que uma práxis pedagógica refuta a concepção de aulas

voltadas apenas para o físico, considera o homem na perspectiva da totalidade

e da complexidade. E ainda, preconiza que os conteúdos a serem ensinados

sejam carregados de sentido e de significado, que levem os estudantes a serem

práxicos, ganhando nova visão de mundo, de homem, de sociedade e de

cultura através da dialética entre teoria e prática.

O desafio que se apresenta para a Educação Física é de que ela possa

ser percebida como um componente curricular, tão importante como os demais,

fazendo com que os objetivos educacionais sejam alcançados, e não uma mera

prática.

O ser humano dividido em corpo e alma, fruto do dualismo antropológico

cartesiano ainda está presente na Educação Física. A visão do corpo como

instrumento de produtividade, rendimento ou mera compensação,

lamentavelmente ainda é muito forte e se manifesta na Educação Física ainda

hoje – visão tecnicista.

Indispensável se faz ir além da visão tecnicista, ainda presente na ação

pedagógica, e direcioná-la para uma práxis transformadora, centrada na

reflexão, compreensão e superação da realidade. Esta práxis transformadora da

realidade visa a melhoria do ensino-aprendizagem expressa nos conteúdos:

jogos, esportes, ginásticas, danças e lutas tendo como tema central a

motricidade humana, entendida como objeto de estudo da Educação Física.

O que culminou este trabalho foram as angústias e desejos de que a

Educação Física tivesse uma nova roupagem, em que, professores e

estudantes a vissem como uma disciplina capaz de ser reconhecida como um

processo de ensino e aprendizagem tão importante como as demais no âmbito

educacional.

A Educação Física é uma disciplina que aborda, pedagogicamente, na

escola uma área do conhecimento denominada cultura corporal de movimento.

Então, se é considerada uma disciplina que trata de uma área do conhecimento,

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não poderíamos observar nas escolas aulas pautadas na prática pela prática,

quase sem nenhum embasamento teórico que consolida o ensino-

aprendizagem de seus conteúdos. Ensinar Educação Física não significa

somente fazer atividades de caráter prático. Há que experimentar as atividades

práticas aliadas à compreensão das mesmas, objetivando a formação e

educação do ser humano.

Observa-se que os estudantes gostam muito de participar das aulas,

desde que seja no âmbito da exercitação. Eles se mostram resistentes em

estudar a teoria. Todavia, isso se deve a uma cultura tradicional de que

Educação Física é só atividade prática, cultura essa que se consolidou no

processo de construção dos fazeres e dos saberes da referida área do

conhecimento, ficando a disciplina mais ligada a dimensões procedimentais, ou

seja, da prática em comparação com as conceituais, ou teóricas.

Ao estudarmos a História da Educação Física no Brasil deparamo-nos

com as transformações sociais ocorridas a partir do século XIX. Estas foram de

suma importância para a consolidação da Educação Física como componente

obrigatório dos currículos escolares.

As influências advindas dessa época ainda hoje influenciam as aulas no

âmbito escolar, uma vez que os conteúdos são tratados de maneira mais

prática. Coube à Educação Física a “tarefa de formar corpos saudáveis e dóceis

que permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao processo produtivo sem

a preocupação de fundamentarmos essa prática” (PARANÁ, 1996, p. 15).

Ainda hoje, depois de passado um século, notamos uma Educação

Física voltada para a formação do corpo saudável, ágil e disciplinado, em que

os melhores fisicamente, têm maiores oportunidades de participarem dos jogos

e esportes, excluindo os mais fracos e menos habilidosos.

Os estudantes pouco se interessam em conhecer os aspectos teóricos

dos conteúdos. Assim, entendem essa disciplina tão somente como treinamento

do corpo, a ação sem nenhuma reflexão sobre o fazer corporal (CAMPOS,

2008).

A experiência como professora há vários anos justifica a preocupação

das aulas de Educação Física estarem sob esse imenso fazer prático, que trata

somente do físico. Nota-se que os estudantes gostam mais da prática, pois

quando iniciamos com o ensino dos conteúdos teóricos começam a surgir os

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problemas.

Acreditamos que a Educação Física terá maior legitimidade como

disciplina no currículo escolar, quando ensinar os seus conteúdos observando a

formação integral do ser humano, portanto, os estudantes deverão ter acesso a

todos os seus saberes e aos seus fazeres e, não somente, a simples prática

com fim em si mesma.

O contexto escolar da Educação Física deve oportunizar a aquisição de

conhecimentos que auxiliem e contribuam para a evolução e autonomia dos

estudantes em lidar com situações do cotidiano deles e, não apenas, a

realização de um amontoado de exercícios ou jogar bola.

Os estudantes não estão nas aulas de Educação Física somente para

correr, brincar, jogar, exercitar, ou seja, fazer atividades com um fim em si

mesma. Muitas vezes, o aluno não sabe por que está realizando determinada

atividade ou movimento, nem os valores sócio-culturais e os significados da

práxis pedagógica da Educação Física.

Conciliar a teoria e a prática muitas vezes se torna uma tarefa difícil para

os educadores. Mesmo quando o conteúdo é a iniciação esportiva, o professor

depara-se com a pressão dos estudantes, tendo em vista a vontade em praticar

a modalidade propriamente dita. Assim, enquanto a ocupação do professor é

ensinar fundamentos e as regras básicas, este é movido pelos estudantes,

principalmente por aqueles com maiores habilidades motoras e técnicas, a

deixá-los jogar de forma livre.

A preocupação dos estudantes é jogar e não aprender um dado

conteúdo, que é patrimônio histórico e cultural da humanidade.

Neste contexto torna-se relevante discutir e contribuir para uma

Educação Física mais consolidada na área de conhecimento. Assim a questão

que norteia este projeto é: Como trabalhar a relação teoria e prática, a práxis,

nas aulas de Educação Física Escolar?

A partir dessa pergunta problema, o objetivo deste trabalho foi estudar as

questões sobre a práxis no âmbito da Educação Física Escolar.

Sendo assim, os nossos objetivos específicos foram traçar orientações e

diretrizes para indicar possíveis encaminhamentos metodológicos nas aulas de

Educação física, tendo em vista uma práxis (teoria e prática) transformadora.

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2 Desenvolvimento

Este trabalho PDE teve como temática o estudo radical, rigoroso em

conjunto com a práxis (teoria e prática), no ensino dos conteúdos da Educação

Física, tais como: jogos, esporte, ginástica, danças e lutas. Estes conteúdos

deverão ser ensinados na escola, pois eles constituem área do conhecimento

da disciplina de Educação Física.

Para consolidar esse estudo, faz-se relevante entender o que é práxis,

sua origem, e o seu significado. Estudar práxis e sua relação com a educação

e, ainda, a práxis no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos da

Educação Física.

2.1 A Práxis

Práxis é uma palavra grega que significa “ação” propriamente dita, ação

que tem um fim em si mesma, quando utilizada para mencionar uma situação

filosófica, corriqueiramente, utilizada para se referir a “prática” (VAZQUEZ,

1977).

Práxis, em grego antigo, significa ação para efetivar uma atividade

concreta, mas uma ação que tem seu fim em si mesma e que não cria ou

produz um objeto alheio ao agente ou a sua atividade. Nesse sentido, a ação

moral, (...) exemplo dado por Aristóteles, é práxis (VAZQUEZ, 1977, p. 4). Ou

seja, para Aristóteles toda e qualquer ação que tenha um fim em si mesma e se

mantenha no interior do sujeito é práxis.

Aristóteles reconhece a superioridade do teórico sobre o prático. A atividade prática material carece de um significado propriamente humano [...] a unidade de teoria e prática é impossível, impraticável, e, portanto, é preciso renunciar a idéia de que a segunda seja regida pela primeira [...] admite uma teoria da práxis política que, levando em conta os Estados empíricos, reais, seja uma arte de dirigir na prática os assuntos públicos (VAZQUEZ, 1977, p. 20).

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Só nos assuntos políticos a prática era reconhecida. Basta lembrar que a

Grécia era uma sociedade escravocrata e as atividades braçais/manuais não

tinham valor.

Na Antiguidade com Platão, a vida teórica, era valorizada. A

contemplação das essências adquiriu, na época, uma primazia e um estatuto

metafísico. O filósofo isolou a teoria das atividades práticas.

Vásquez explica que Platão:

(...) tem consciência de que o pensamento e a ação devem manter-se em unidade. A teoria se torna prática não só porque seja um saber de salvação, mas também porque a teoria se ajusta plenamente à prática, com que a primeira deixa de ser um saber puro e cumpre uma função social, política. Somente na atividade política Platão vê uma prática digna, com a condição de que ela se deixe impregnar totalmente pela teoria (VAZQUEZ, 1977, p. 19).

O termo práxis sofreu alterações ao longo do processo histórico. Na

Idade Média a práxis apresentou-se desvalorizada, tendo no cristianismo o seu

desenvolvimento com o abandono da filosofia aristotélica, mas o termo ganhou

uma conotação genérica e passou a ser compreendido como ação e fato

(FREITAS, 1992).

Desde a antiga Grécia até o Renascimento, a práxis era quase que

unicamente teórica, apenas com exceção da atividade humana relacionada com

a política. No entanto, o contexto humanizador da Renascença elevou o homem

a uma condição de sujeito ativo, construtor e criador do mundo (PEREIRA,

2006). Assim, o homem adquiriu dignidade humana não só pela teoria

(contemplação), mas, também, pela sua ação (prática) no mundo.

Já na Modernidade, a práxis adquiriu uma conotação totalmente nova.

Práxis vinculada à realidade é produção da atividade concreta do homem.

Pode-se dizer que práxis humana é a ação do ser no mundo, é o indivíduo em

situação concreta e real, no exercício consciente ou ingênuo de uma dada ação

(PEREIRA, 2006). Ou seja, é o ser humano sabendo agir concretamente no

mundo em que vive.

Para Marx a relação entre teoria e práxis é teórica e prática; prática, na

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medida em que a teoria, como guia da ação, molda a atividade do homem,

particularmente a atividade revolucionária; teórica, na medida em que essa

relação é consciente (VÁSQUEZ, 1977, p. 117).

Marx ressalta o caráter real, objetivo, da práxis na medida em que transforma o mundo exterior que é independente de sua consciência e de sua existência. O objeto da atividade prática é a natureza, a sociedade ou os homens reais. A finalidade dessa atividade é a transformação real, objetiva, do mundo natural ou social para satisfazer determinada necessidade humana. E o resultado é uma nova realidade, que subsiste independentemente do sujeito ou dos sujeitos concretos que a engendram com sua atividade subjetiva, mas que, sem dúvida, só existe pelo homem e para o homem, como ser social (VAZQUEZ, 1977, p. 194).

Vásquez (1977, p. 3) define a práxis como uma atividade material do

homem que transforma o mundo natural e social para fazer dele um mundo

humano. É o homem agindo na sua existência, dando significado,

transformando a realidade na qual vive.

A práxis se manifesta também no momento existencial do homem, como

a angústia, a náusea, o medo, a alegria, o riso, a esperança, etc. (KOSIK, 2002,

p. 224). É possível afirmar que a práxis se renova continuamente.

Segundo Otaviano Pereira (1982) apud (MEDINA, 1985, p. 70), a práxis

não sendo prática pura é a prática objetivada (individual e socialmente) pela

teoria. [...] A práxis, enfim, é a ação com sentido humano. É a ação projetada,

refletida, consciente, transformadora do natural, do humano e do social.

Ainda segundo o autor, o homem se define como homem, como ser da

ação (da práxis). Isso significa, da cultura e do discurso (da teoria, da

mediação), num dinamismo sem precedentes, numa definição aberta, e não

acabada. Então, de acordo com Otaviano Pereira o ser humano é, ao mesmo

tempo, um ser de ação e um ser de discurso, numa relação dinâmica, aberta,

que nunca se esgota. Assim, teoria e prática se entrelaçam.

Práxis é a prática objetivada pela teoria, é a prática aprofundada por uma

reflexão sobre a capacidade do ato teórico em antecipar idealmente a prática. O

próprio sentido de unidade no interior da práxis já assimila a teoria na ação de

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qualquer atividade humana (PEREIRA, 1982).

A prática, ao mesmo tempo que é o pressuposto básico da teoria, não

pode ser entendida separadamente dela. Do mesmo jeito, é impossível falar de

teoria sem falar do aspecto teórico da prática. Embora sejam indissociáveis,

elas mantêm uma autonomia. A teoria antecipa a prática, pois o homem é capaz

de projetar uma prática antes de ela acontecer (PEREIRA, 1982).

A práxis do homem não é atividade contraposta à teoria; é determinação

da existência humana como elaboração da realidade (KOSIK, 2002, p. 222).

A práxis favorece uma prática pedagógica que permite a superação dos

próprios limites do ser humano. Por isso no âmbito da escola defendemos a

práxis, no equilíbrio entre o conhecimento teórico a ser ensinado e a

intervenção prática a ser vivenciada e experimentada. Sendo assim, as aulas

pautadas no universo prático dos conteúdos da Educação Física, objeto de

estudo e reflexão desse trabalho, não tem sentido de ser.

Acreditamos que a capacidade de reflexão do estudante sobre suas

possibilidades corporais, com autonomia, de modo a exercê-las significamente

no seu contexto sócio-histórico o torna capaz de gerir sua própria vida, podendo

transformá-la e assim transformar a sociedade em que vive. É o que chamamos

de uma Práxis Transformadora, necessária no âmbito do universo escolar, em

especial na Educação Física.

2.2 Práxis e Educação

Esta fase do trabalho é sobre Educação e Práxis, mesmo por que, pela

sua importância a Educação é um assunto muito extenso e que precisaria de

outro trabalho de pesquisa para discorrer sobre ela, assim como a Práxis.

É na Grécia que começa a "História da Educação" com sentido na nossa

realidade educativa atual. Para os gregos, a educação tinha o nome de Paidéia,

no sentido de formação harmônica do homem para a vida da polis, através do

desenvolvimento de todo o corpo e de toda a consciência. A educação grega

preocupava-se com a formação do cidadão, educação “da” e “para” a cidade,

isto é, para a comunidade. Werner Jaeger (1995, p. 7) apud Lima, observa

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que para o homem grego, a Paidéia caracterizava-se como a formação integral

do homem por meio de sua cultura, esta última entendida como a totalidade de

manifestações e formas de vida.

Para os gregos, segundo o autor (p. 13), a Paidéia (Educação) era um

processo de construção consciente e de intervenção na realidade

historicamente situada. É este sentido de educação (Paideia) que queremos

aqui resgatar. Educação como sinônimo daquilo que somos, sabemos, fazemos,

pensamos, imaginamos, acreditamos e amamos individual e coletivamente.

O processo de ensinar e de aprender, não é tão simples assim. Para que

haja educação é necessário que o estudante, além de dominar os conteúdos,

venha a compreendê-los e entender sua razão de ser.

A Práxis, como já a definimos no item anterior deste trabalho é nada

menos que uma “ação” no processo de ensino-aprendizagem, objetivando

interação entre a teoria e a prática, o pensar e o agir, o saber e o fazer,

buscando a superação, a realização do homem no mundo em que vive.

Freire sustenta que, a capacidade de agir (ação) e refletir (reflexão) é a

condição primeira para que os sujeitos assumam atitudes comprometidas com a

transformação (FREIRE, 2002, p. 17). Ainda, segundo Freire, a capacidade de

atuar, operar, transformar, a realidade de acordo com intenções definidas,

aliadas à capacidade, e refletir, faz do homem um ser de práxis.

Ser práxico é aquele que utiliza o conhecimento aprendido na escola

para sua vida em sociedade. Aí está a verdadeira relação entre teoria e prática.

Por que isso não tem acontecido na escola, nomeadamente nas aulas de

Educação Física? Esse é o ponto fulcral desse trabalho e, através deste,

propomos uma mudança de paradigma na maneira de ensinar e de aprender,

os conteúdos de Educação Física.

A educação permite que o estudante saia do senso comum e caminhe

rumo ao conhecimento científico. “Educar é transformar a humanidade”

(VAZQUEZ, 1977, P. 158).

De nada vale saber fazer sem compreender, todavia, no âmbito

educacional não cabe improvisos e senso comum, o fazer por fazer. Há que

criar espaços em que todo e qualquer fazer esteja conectado ao sentido e

significado deste fazer, à luz de um saber teórico.

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Segundo Pereira (2006):

A aprendizagem sob a égide de um sentido e de um significado é práxis autêntica, porque está para além do simples acto pedagógico na transmissão de um conteúdo e porque tem sentido na acção. E é a existência desse sentido da experiência humana, vivida concretamente, que possibilita uma educação na busca de ser mais, já que o sentido do movimento motiva o empenho da auto-superação e da transcendência.

Esquecemos tudo aquilo que não tem sentido e nem significado para as

nossas vidas.

Como a “reflexão consiste no pensar a práxis, no sentido de transformá-

la e torná-la mais competente, a mesma constitui-se um ato político, uma vez

que pressupõe um agir planejado e intencional” (ZEICHNER, 1993, p. 12). Ou

seja, toda ação planejada e intencional é um ato político.

Um educador pode ensinar uma teoria na intenção de materializá-la na

prática. Ele pode ensinar uma teoria de uma dada prática sem se afastar da

fusão unitária: teoria e prática, ou melhor, conhecimento-práxis (PEREIRA,

2006, p. 270).

A teoria depende da prática, na medida em que a segunda é fundamento

da primeira, já que determina o horizonte de desenvolvimento e progresso do

conhecimento (VAZQUEZ, 1977, p. 215). Neste sentido, teoria e prática devem

caminhar juntas, pois uma aplicada à outra informa e forma nosso contexto de

ação.

De acordo com VAZQUEZ, 1977, é possível falar de níveis diferentes da

práxis: a práxis criadora e/ou inovadora e a práxis reiterativa e/ou imitativa.

A práxis inovadora e/ou criadora é aquela cuja criação não se adapta

plenamente a uma lei previamente traçada e culmina num produto novo e único

(VAZQUEZ, 1977, p. 246).

É exatamente ela que lhe permite enfrentar novas necessidades, novas

situações. O homem é o ser que tem de estar inventando ou criando

constantemente novas soluções (VAZQUEZ, 1977, p. 247).

A práxis reiterativa e/ou imitativa é aquela em conformidade com uma lei

previamente traçada, e cuja execução se reproduz em múltiplos produtos que

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mostram características análogas (VAZQUEZ, 1977, p. 246).

Na práxis reiterativa ou imitativa, se rompe a unidade do processo prático. O determinante é o modelo. Na imitativa, o ideal permanece imutável, pois já se sabe por antecipação, antes da própria realização, o que se quer fazer e como fazer. Não se inventa o modo de fazer. Seu modo de transformar já é conhecido, porque já foi criado antes. Fazer é repetir ou imitar outra ação. Não cria, não faz emergir uma nova realidade humana, e nisso reside sua limitação e sua inferioridade em relação à práxis criadora (VAZQUEZ, 1977, p. 258).

Se o homem não fizesse mais do que repetir-se a si mesmo, e o mundo,

por sua vez, fosse para ele mera reiteração, o homem não poderia permanecer

como tal, já que justamente o que o define, face ao animal, é o fato de criar-se,

formar-se ou produzir-se a si mesmo, mediante uma atividade teórico-prática

que nunca se pode esgotar (VAZQUEZ, 1977, p. 259).

Compreender a práxis se faz necessário no papel exercido pelo

professor em relação ao que se pretende atingir no campo educacional, ou seja,

os conteúdos a serem ensinados e a aprendizagem dos estudantes.

“Os professores têm a responsabilidade de organizar os saberes e os

fazeres, ou melhor, a práxis, construindo itinerários educativos, ao mesmo

tempo em que preservam as mais diferentes identidades culturais” (PEREIRA,

2006, p. 28).

Entende-se que:

[...] o processo educativo, tendo em vista a formação do homem, deve organizar o conhecimento de modo que ensine a compreensão da condição humana no mundo, [...] encorajando ações que possam romper com a prática mecânica centrada no aspecto bilogizante, decorrente da teoria da ciência médica; romper com a prática militar de outrora, que preconizava disciplina no sentido de totalidade e subseviência [...] romper com o excessivo desportivismo que prioriza regras, técnicas e resultados. Há que se resolverem os reais problemas existentes no nosso tempo, reflexos da nossa construção social (PEREIRA, 2006. p. 172).

Defende ainda Pereira, que a prática sobreposta à teoria não é capaz de

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consolidar um autêntico processo educacional. É indispensável a compreensão

da teoria e da prática, bem como a relação dialética entre ambas, traduzida

numa práxis que é a busca da unidade/complexidade, teoria-prática (PEREIRA,

2006. p. 172).

Em suma, a práxis pedagógica na educação deve ser uma

interação entre a teoria e a prática para então, ser uma atividade

transformadora. Os estudantes são seres capazes de também transformar

a história, ou seja, a sua própria história. E não ser apenas transformados por

ela.

Sendo assim, a práxis que pretendemos ter na educação é aquela

que leva e conduz os estudantes a serem criadores, inovadores, agentes

de suas vidas, podendo transformar a realidade onde estão inseridos social e

culturalmente por meio dos jogos, esporte, ginástica, danças e lutas e, o papel

do professor é o de estar junto nesse processo, contribuindo nessa

construção/transformação.

Uma educação que prima pela qualidade da formação de seus

estudantes, é aquela que está sempre preocupada com a sua práxis, numa

efetiva relação/interação teoria e prática.

2.3 Práxis na Educação Física

A Educação Física escolar sob a perspectiva da práxis defende a

educação, formação e, sobretudo, a autonomia dos estudantes. Essa formação

ocorre no âmbito da práxis (relação teoria e prática), traduzida na motricidade

humana, ou seja, na ainda chamada Educação Física como área do

conhecimento e não mais como área de atividade.

No contexto da Educação Física tradicional, por um longo tempo a sua

prática e a sua reflexão teórica restringiram-se aos aspectos fisiológicos e

técnicos. Entretanto, atualmente vem-se buscando superar essas concepções

limitadas de aulas. Preconiza-se uma aula sob o paradigma da

Complexidade/Motricidade Humana, em que há um ensino mais crítico dos

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conteúdos em que considere também as dimensões culturais, sociais, políticas

e afetivas, presentes no corpo vivo das pessoas enquanto sujeitos que

interagem e se movimentam.

A visão reducionista que o estudante e a sociedade em geral possuem

quanto aos objetivos das aulas de Educação Física interfere na sua valorização

e importância. Muitas vezes, o aluno não sabe por que está realizando

determinada atividade ou movimento, nem os valores socioculturais e o

significado da prática pedagógica da Educação Física.

No fim do século passado e na primeira metade deste, a Educação Física

foi marcada pelas influências médicas e militares que marcaram a sua inserção

nas escolas, portadora de práticas de higienização e disciplinarização dos

corpos, tanto para o estabelecimento de uma ordem na escola, quanto para a

preparação de mão de obra para o mundo do trabalho. Este período foi

marcado principalmente / apenas / somente por uma educação do físico. Essas

influências ainda hoje são observadas nas aulas de Educação Física.

O ser humano, dividido em corpo e alma ou em corpo e mente, é uma

herança histórica presente na Educação Física, e esse paradigma cartesiano

também influencia as demais áreas do conhecimento (Português, Matemática,

Ciências, História, Geografia, etc.) que são tratadas apenas a nível da mente

(raciocínio). A visão do corpo unicamente como instrumento de produtividade,

rendimento ou mera compensação é ainda muito forte e se manifesta na

Educação Física por meio de atividades repetitivas, mecânicas e

condicionantes, denominadamente de visão tecnicista.

Trabalhar o corpo unicamente pensando no físico faz da Educação Física

uma domadora de corpos, esquecendo que o ser humano é uno, inteiro,

completo, carregado de pensamentos, sonhos, sentimentos e intencionalidades.

Necessário se faz superar a supremacia da visão tecnicista, ainda

presente na ação pedagógica dos profissionais da área e direcioná-la para uma

práxis centrada na reflexão, compreensão e superação da realidade, por meio

da apropriação do saber científico e de sua reelaboração. Essa práxis,

transformadora da realidade, visando a melhoria do processo ensino-

aprendizagem na Educação Física, terá como tema central a motricidade

humana, entendido como objeto de estudo da Educação Física.

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Uma formação humana na sua totalidade compreende aspectos que

envolvem além do corpo humano orgânico, os de ordem econômica, religiosa,

política, legais, sociais, educacionais entre outros.

A aula, num processo educativo, deve aproximar os estudantes da

percepção da totalidade das suas atividades, uma vez que lhe permite articular

ação (o que faz), com o pensamento sobre ela (o que pensa) e com o sentido

que dela tem (o que sente) (COLETIVO DE AUTORES, 1993).

A tarefa do profissional de Educação Física em sua função básica só

será possível de se concretizar por intermédio de uma práxis. Somente as

ações dos educadores poderão efetivar mudanças, sejam quais for os

conteúdos a serem ensinados, ações estas em que a teoria e a prática estejam

conectadas.

Contudo, qualquer prática humana, sem uma teoria que lhe dê suporte,

torna-se uma atitude tão estéril (apenas imitativa) quanto uma teoria distante de

uma prática que a sustente (Medina, 1985, p. 68).

A evolução da Educação Física no campo do saberes e fazeres faz parte

do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada à prática

dos seus conteúdos e à teoria que lhe dê subsidio. Uma práxis autêntica.

Pretende-se que essa articulação dos saberes e dos fazeres tenham

sentido e significado na vida dos estudantes, não só na formação corporal, mas

na formação como um todo. E nesse sentido, teoria e prática devem depender

uma da outra, no sentido de construir uma práxis (teoria e prática)

transformadora.

A Educação e a Educação Física não se realizam de forma neutra e

independente. Não se tornam práticas educativas se distantes dos costumes,

das classes sociais, da política, de uma ética, de uma estética e, enfim, do

contexto existencial mais amplo que as envolvem (FREIRE, 1985, p. 32). Isto é,

a cultura existente e presente no âmbito da escola e no ensino aprendizagem.

Conforme Pereira, “o professor tem poder de deixar ou não a cultura

entrar na escola” (PEREIRA, 2006. p. 277). Porém, a aprendizagem só irá

ocorrer, efetivamente, se os estudantes conseguirem estabelecer relações entre

o conteúdo que está sendo ensinado e os referenciais culturais que ele já

possui.

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Para os estudantes, é importante o envolvimento nas atividades que se

aproximam das práticas da Educação Física, seja em qual conteúdo estiverem

aprendendo, não somente nos fazeres. É relevante que se tenham

conhecimento dos saberes que estão adquirindo, podendo assim, agir e

transformar a realidade de acordo com sua vivência e/ou necessidade. Essa

relação de aprender algo e transportar para a vida é o que chamamos de práxis.

Aos estudantes, é importante que respeitem as diferenças da cultura

corporal e se posicionem frente a elas de modo autônomo, sabendo situar-se

diante dos atos desmedidos do culto ao corpo, como por exemplo, a frenética

busca do corpo perfeito como modelo ideal incentivado pela mídia,

desrespeitando a natureza e a formação corporal de cada um.

Na escola, a “ludicidade” está presente nas aulas de Educação Física, é

o prazer de praticar qualquer atividade física dentro da cultura corporal de

movimento, que pode ser tanto nos esportes, como também nos jogos, na

ginástica, nas danças e nas lutas e, que, bem ensinados, esses conteúdos,

contribuirão de forma eficaz para uma formação global e transformadora dos

estudantes, abrangendo tanto aspectos físicos e motores, como cognitivos e

sociais.

3 Percurso Metodológico

Este trabalho PDE discutiu a relação teoria/prática, a práxis, nas aulas de

Educação Física escolar, conforme a literatura pertinente, com o intuito de

promover novas reflexões a respeito de como pode ser a prática pedagógica,

de nós professores, no âmbito da escolarização de nossos estudantes.

É um estudo bibliográfico de cunho qualitativo, em educação,

comprometido com a organização do trabalho pedagógico na Educação Física

Escolar, com objetivo de organizar e sistematizar os conteúdos para serem

ensinados nas aulas.

A revisão literária se fez presente como embasamento teórico para o

entendimento do objeto em estudo: a Práxis na Educação e na Educação

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Física. Teve como objetivo mostrar por meio de estudos já publicados, o que já

se tem a respeito do tema escolhido e os equívocos ainda existentes para

estudos futuros. A referência teórica foi um meio de melhor explicar e

compreender todo o processo de pesquisa.

A intervenção pedagógica aproximou o cotidiano escolar das aulas de

Educação Física, favoreceu um enlace entre um saber e fazer crítico e ético,

que se traduz numa práxis transformadora.

Segundo Pereira:

Promover uma autêntica práxis pedagógica em Educação Motora, ramo da Ciência da Motricidade Humana, [...] significa fazer diagnósticos, que nada mais são interpretar os sinais de uma apurada leitura da realidade, no intuito de desvelar o estado do contexto em que será realizada a intervenção, para a partir daí conjecturar hipóteses e definir estratégias, no sentido de pôr em prospectiva as mudanças e as transformações, levando em consideração a organização de conteúdos e a respectiva seriação, as metodologias de ensino-aprendizagem e os processos de avaliação.( PEREIRA, 2006. p. 226).

Segundo Lakatos; Marconi (2003), a pesquisa bibliográfica é

compreendida por oito fases, sendo estas fundamentais para a elaboração da

pesquisa: a escolha do tema; a elaboração do plano de trabalho; a

identificação; a localização; a compilação; o fechamento; a análise e

interpretação; e a redação. Para um melhor desenvolvimento dessa pesquisa

seguimos essas fases propostas pelo autor.

”Educação Física: a práxis,” é o título escolhido para esse trabalho de

pesquisa. Em seguida, o levantamento bibliográfico com identificação das obras

que abordam o tema escolhido: livros, artigos, teses, e sites da internet. Assim

sendo, o trabalho de pesquisa contém: título, introdução/problematização,

objetivos e a fundamentação teórica.

Em seguida veio a fase de análise e interpretação do material escolhido

e estudado que, segundo Marconi; Lakatos (2003), é a fase das críticas ao

material bibliográfico, considerado um juízo de valores a um determinado

material científico.

17

Na primeira fase da capacitação PDE (Plano de Desenvolvimento

Educacional) tratamos dos estudos teóricos, da revisão bibliográfica do tema,

Educação Física: a práxis, no ensino da Educação Física escolar em nossas

escolas. Na segunda fase focalizou a elaboração pedagógica de uma Unidade

Didática (Planos de aulas) para serem aplicados/ensinados nas aulas de

Educação Física. E após, a terceira fase do trabalho PDE compreendeu a

intervenção na realidade da escola, por meio dos estudos em sala de aula sob

novas perspectivas de ensino como parte fundamental e essencial ao processo

de escolarização a que se pretendia alcançar.

Como era de se esperar a resistência dos estudantes ainda é marcante

no processo de ensinar e aprender os conteúdos de Educação Física, tendo

como base uma práxis educativa em que a teoria e a prática estejam ligadas a

todo o momento, pois o aluno está acostumado com o simples “rola bola” da

Educação Física tradicional.

Pode-se verificar junto á literatura pesquisada, que a Educação Física no

passado, se preocupava e se detinha em realizar a prática, em formar

estudantes que detivessem um corpo saudável, executores e repetidores de

habilidades motoras, sem o devido conhecimento sobre a motricidade humana.

Valorizavam excessivamente a prática de habilidades como um fim em si

mesma, sem comprometimento com o processo de aprender um dado

conteúdo, voltado à formação humana.

A Educação Física tem os seus conteúdos concentrados em jogos,

esportes, ginásticas, danças e lutas e deve dar conta de explicar, como se

processa o movimento, em que circunstâncias, o que o movimento proporciona,

e qual a sua interferência na vida dos indivíduos que o praticam, pensando em

uma formação que encaminha o estudante para uma reflexão consciente de

sua vida e da sociedade na qual está inserido.

O que sugerimos nessa empreitada foram orientações e diretrizes para

um encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física, tendo em

vista uma articulação entre teoria e prática e, ainda, práxis transformadora.

Para materialização do projeto PDE elaboramos uma unidade didática

com o conteúdo estruturante Ginástica: formas básicas de locomoção; andar,

correr, saltar, saltitar, girar/rolar/quadrupejar que fazem parte dos

conhecimentos da cultura corporal de movimento, que os estudantes já

18

vivenciaram, mas, com uma nova visão destes, proporcionando aos mesmos

compreenderem que teoria e prática, vivem juntas, se entrelaçam, não vivem

isoladas. Juntas são fundamentais para a formação integral do homem.

4 A intervenção didático pedagógica nas aulas de Educação Física.

Ao retomar suas atividades na escola, a professora apresentou aos

estudantes um dos conteúdos da Ginástica, especificamente, as Formas

Básicas de Locomoção, com o objetivo de contribuir para a formação e

educação, sob o paradigma da práxis pedagógica transformadora. Essa

contribuição visa a compreensão, a apreensão do conhecimento historicamente

construído, a consciência crítica e a aquisição de valores éticos, considerando

nos estudantes suas experiências, necessidades e desejos.

As aulas somente aconteceram depois da construção de um Projeto

inicial em que a proposta pedagógica se fez, propiciando a assimilação de um

novo paradigma, de uma nova visão de mundo, homem, sociedade, cultura, por

meio da pedagogia da Motricidade Humana, tendo em vista, uma nova práxis.

O objetivo dessa nova práxis foi para sanar as dificuldades e os

problemas decorrentes do atrelamento do físico com os exercícios mecanizados

e movimentos repetitivos, que acontecem nas aulas de Educação Física,

fundamentados em técnicas de modelos ultrapassados, tendo no conteúdo

programático esportivo a não preocupação com o ensino de formação do

homem que aprende e vivencia.

Para melhor ensinar Ginástica, especificamente as formas básicas de

locomoção, de acordo com a práxis transformadora nas aulas de Educação

Física, foi preciso elaborar diretrizes para um encaminhamento metodológico.

Os conteúdos foram ensinados a partir dos estudos de (DARIDO;

SOUZA JUNIOR, 2007), em três dimensões: conceitual, procedimental e

atitudianal.

Conforme a dimensão conceitual, o professor é aquele que favorece o

conhecimento da cultura corporal do movimento praticado na aula, bem como

as transformações que passaram ao longo do tempo, seu modo correto de

19

execução das atividades praticadas no seu cotidiano como: levantar um objeto

do chão, se sentar diante do computador, etc. e como realizar determinada

atividade física adequadamente. Em suma, é o que se deve saber.

Na dimensão procedimental o professor ajuda o estudante a vivenciar,

praticar as formas básicas de locomoção no conteúdo da ginástica como: andar,

correr, saltar, saltitar, etc. sabendo que são importantes para a vivência no dia a

dia, como formas de adquirir habilidades motoras e uma melhor qualidade de

vida. Resumindo, seria o que se deve saber fazer.

No que se refere à dimensão atitudinal, o professor ensina o que é,

respeito, solidariedade, saber respeitar os colegas, os adversários, saber

resolver os problemas com diálogo e não com violência, usando de cooperação

e sabendo interagir com as diversidades, sem preconceito de raça, cor, sexo,

etc. e adotar hábito de praticar atividades físicas visando um estilo de vida ativo.

Ou seja, como se deve ser.

Essas dimensões (conceitual, procedimental e atitudinal) estavam

presentes em cada conteúdo ensinado. Um exemplo: quando os estudantes

estão experimentando uma atividade de andar para frente, o professor pode

ensinar a eles sobre a importância desse movimento, qual o objetivo do andar,

onde chegamos quando caminhamos. Tanto a dimensão procedimental como a

conceitual estão sendo ensinadas. Os mesmos exercícios de andar para frente

podem ser feitos em duplas, trios e/ou em grupos, com o professor indagando o

respeito ao próprio limite do estudante e ao do colega, ensinando também,

assim, a dimensão atitudinal (DARIDO; SOUZA JUNIOR, 2007).

Como se pode notar, o andar também se refere às nossas conquistas,

tem a ver com o sentido que damos à nossa existência, de estar e viver a vida

de uma maneira ativa. Andar significa ainda ir atrás de conquistar nossos

sonhos, andar até a escola para aprender, andar longe das drogas, da

violência, andar sem fazer exclusão, andar sem praticar o bullyng, andar com

honestidade, andar para frente sem medo, à procura de conquistar um espaço,

com respeito, sabendo que cada um tem sua oportunidade, basta apenas

andar/caminhar atrás e ser feliz. Uma relação com o mundo, a vida e o

conteúdo aprendido.

20

Nesse sentido, podemos compreender que tanto a dimensão conceitual,

quanto a procedimental e a atitudinal foram importantes para a formação dos

estudantes e estão envolvidas numa mesma atividade.

Coube ao professor de Educação Física problematizar, interpretar,

relacionar, analisar com seus estudantes as amplas manifestações dessa

cultura corporal, de tal forma que estes compreenderam os sentidos e

significados impregnados nessas práticas corporais (Darido, Souza Júnior,

2007, p. 14), com a finalidade de alcançar os objetivos de aprendizagem, tendo

todas as dimensões o mesmo nível de importância.

De acordo com João Batista Freire (1994), a intervenção pedagógica

deve partir do conhecimento que o próprio estudante possui, uma vez que esse

conhecimento, ele adquiriu fora do âmbito escolar, pois seu mundo é rico em

movimento humano carregado de liberdade, autonomia e escolhas.

Demonstraremos agora como ocorreram essas ações no espaço escolar

com objetivo de sanar os problemas acima citados. As atividades das aulas

ocorreram sob o paradigma da motricidade, com intencionalidade, sentido e

significado, objetivando a formação do sujeito emancipado, crítico e ético.

Segui um cronograma de cinco (05) planos de aulas planejadas sobre o

conteúdo Ginástica, formas básicas de locomoção: andar, correr, saltar, saltitar,

girar/rolar/quadrupejar. Foram necessárias de quatro (04) a seis (06) aulas para

executar cada plano de aula. Contando nesse ínterim com as negociações

realizadas com os estudantes. Os planos de aulas estarão em anexo no final

desse artigo para melhor compreender como se deram as aulas ou como as

aulas foram realizadas no contexto escolar.

Cronograma de planos de aulas sobre as Formas Básicas de

Locomoção.

1- Plano de aula 1 - Andar

2- Plano de aula 2 - Correr

3- Plano de aula 3 - Saltar

4- Plano de aula 4 - Saltitar

5- Plano de aula 5 - Girar/Rolar/Quadrupejar

21

Esse Plano de Ensino foi materializado no Colégio Estadual Júlia

Wanderley - Ensino Fundamental e Médio situado à Rua Itapuí, nº 901, no

município de Prado Ferreira/Paraná. Há vários anos faço parte do quadro de

docentes dessa escola e boa parte desses anos estive fora de sala de aula,

respondendo como Documentadora Escolar. Fui muito bem recebida pela

direção e equipe técnico pedagógica da escola, que me deram apoio e

condições necessárias para a implementação do projeto. Para mim foi um

recomeço nas atividades como professora em sala de aula.

Como havia de se esperar, os estudantes resistiram às aulas pautadas

numa práxis em que teoria e prática estavam constantemente ligadas para a

construção do conhecimento dos conteúdos ensinados. A negociação frente ao

ensino da teoria para a compreensão dos conteúdos se fez necessária a todo o

momento. Muitas vezes, até cedendo aos apelos de jogar bola, como eles estão

acostumados.

O conteúdo escolhido para a intervenção foi a Ginástica, suas formas

básicas de locomoção: andar, correr, saltar, saltitar, rolar/girar/quadrupejar.

Como a Ginástica é muito pouco trabalhada nas aulas durante todo o processo

de escolarização, a rejeição foi ainda maior.

O jogar bola nas quadras escolares é uma cultura que existe hà muitos

anos, como já vimos nesse trabalho, por isso, não fiquei tão surpresa quanto a

reação dos estudantes, só um pouco desestimulada e decepcionada frente ao

desejo de mudar a maneira de ensinar um conteúdo, com uma metodologia

diferenciada, voltada para uma ação/reflexão, com intencionalidade, sentido e

significado, objetivando a formação do sujeito emancipado, crítico e ético.

Na escola, o que se pode observar é o desinteresse dos estudantes pela

aprendizagem “teórica” no âmbito da Educação Física e das outras disciplinas

também. Então, todos os professores precisam trabalhar integrados no

ambiente escolar para construir a função educacional da disciplina Educação

Física, por meio de uma articulação conjunta dos seus objetivos conceituais,

procedimentais e atitudinais. Todas as aulas de Educação Física devem

articular estes objetivos.

Mesmo numa aula em que o ensino se aproxima mais da “prática” na

quadra poliesportiva, o professor deve estruturar procedimentos de ensino que

relacionem conhecimentos “teóricos” e “práticos”. O estudante deve saber que

22

qualquer ambiente dentro da escola é espaço de ensino, de aula em que

acontece a aprendizagem. A aproximação mais voltada à teoria tem como

objetivo proporcionar ao estudante o conhecimento dos principais conceitos do

conteúdo que está sendo desenvolvido, além disso, é imprescindível explicar a

importância e o por quê ensinar tal conteúdo nas aulas. Na realização da

prática, o estudante poderá vivenciar os conceitos estudados na teoria e, por

meio da orientação e supervisão do professor, realizar movimentos de

vivência/experiência da corporeidade que possibilitarão a aprendizagem do

conteúdo estudado.

Com certa dificuldade e persistência foi possível ensinar os conteúdos

dos planos de aulas elaborados para intervenção nesse processo de ensino

projetado pelo PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) da rede de

ensino do Estado do Paraná. Ao final de cada aula foi possível perceber que

mesmo com a resistência inicial por parte de alguns estudantes, observou-se

que esse quadro foi se revertendo no decorrer do ensino dos conteúdos de

ginástica e, que os conteúdos teóricos nelas inseridos, foram assimilados.

Aos poucos, acreditamos que uma nova realidade será efetivada nas

aulas de Educação Física, desde que, nós professores estejamos abertos a

mudanças.

As dificuldades que vivenciei durante a intervenção na escola não são

diferentes das dificuldades que compartilhei com o Grupo de Trabalho em Rede

(GTR) que também faz parte do programa PDE. O GTR possibilita a inclusão

virtual dos Professores da Rede nos estudos, reflexões, discussões e

elaborações realizadas pelo Professor PDE, como forma de democratização do

acesso aos conhecimentos teórico-práticos específicos das áreas/disciplinas do

Programa. São professores da rede que vivenciam as mesmas angústias,

dificuldades e anseios que o professor PDE.

As experiências partilhadas com os professores estudantes do GTR

contribuíram muito e me fizeram fortalecer no sentido de continuar lutando para

que a práxis pedagógica nas aulas de Educação Física que queremos, seja

cada vez mais vista como uma possível realidade. Não é fácil, mas nada que

queiramos com determinação e persistência é impossível de se conseguir e/ou

de se realizar.

23

O presente trabalho de intervenção foi implementado com estudantes de

5ª série, do ensino fundamental, do período da noite, do Colégio Estadual Julia

Wanderley Ensino Fundamental e Médio, situado á rua Itapuí, n° 901, no

município de Prado Ferreira/Paraná. Para tanto, foram elaborados 05 (cinco)

planos de aulas, e para cada plano houve a necessidade de o4 (quatro) a 06

(seis) aulas. Os conteúdos ensinados nas aulas de Educação Física

envolvendo Ginástica; formas básicas de locomoção, andar, correr, saltar,

saltitar, rolar/girar/quadrupejar se aproximaram do pensamento de uma práxis

transformadora. Há ainda um caminho a percorrer em que teoria e prática

devem estar unidas, visando os processos educativos e formativos do ser

humano, perspectivando um sujeito culto, crítico e ético.

5 CONCLUSÃO

O PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) do Estado do

Paraná possibilitou a constatação de que é um importante instrumento de

formação continuada, aproximando a Escola Pública das Universidades, em

que a troca de experiências e o contato com as novas teorias incentivam a

criação de novas metodologias, resultando, com certeza, mudanças

significativas no processo de ensino-aprendizagem.

Nesse Processo de Formação Continuada PDE a nossa intenção não foi

oferecer receitas, mas sim proporcionar uma reflexão em torno dos fazeres e

dos saberes (teoria e prática) no âmbito da Educação Física escolar com a

finalidade de nortear uma práxis pedagógica nas aulas de Educação Física.

Assim, buscou-se conectar os conteúdos a uma práxis pedagógica que conduz

o estudante a refletir, questionar, problematizar, o que está sendo ensinado,

compreender o sentido e o significado, de modo a, vivenciar efetivamente a

cultura corporal de movimentos nas aulas e levar para a vida.

O processo histórico demonstra que a Educação Física, nas escolas,

ficou atrelada tão somente ao físico. Desse modo, nas aulas há uma tendência

a se desenvolver os saberes práticos, ou seja, não há relação entre a teoria e a

prática, nem preocupação em ensinar um dado conteúdo numa relação com a

24

educação e a formação humana, visando a emancipação do estudante para a

vida. Normalmente nas aulas, os exercícios são reproduzidos pelo professor e

repetidos pelos estudantes sem quaisquer questionamentos.

As aulas de Educação Física sob o paradigma tradicional cartesiano a

que estamos acostumados presenciar nas escolas foi o que motivou a

elaboração desse projeto PDE. A escolha de uma teoria que vislumbrasse

nossos anseios foi feita junto com o professor-orientador para que

redimensionássemos a concepção de Educação Física, e que oferecesse

possíveis respostas aos problemas encontrados nas aulas de Educação Física.

A proposta desse trabalho PDE foi a de conectar o conteúdo escolhido,

“Ginástica” nas suas Formas Básicas de Locomoção, modalidade pouco

ensinada nas escolas, a um compromisso de uma nova práxis pedagógica à luz

de um novo paradigma, a Práxis Emancipatória.

A escolha do conteúdo a ser ensinado na intervenção foi aleatória,

poderia ser qualquer outro conteúdo, pois o objetivo era uma nova práxis

pedagógica dos conteúdos a serem ensinados nas aulas de Educação Física.

Motivamos-nos na realização desse estudo devido nossa preocupação

com o ensino da Educação Física, principalmente em garantir aos estudantes o

acesso aos conhecimentos da área. Outro aspecto que justificou nosso estudo

foi o fato de a escola ser o espaço em que a educação acontece e, portanto, é

na Educação Física escolar que os conhecimentos podem ser de fato

socializados, pelo acesso garantido a todos.

O estudo em questão nos possibilitou entender como um dado

conteúdo, a ginástica, traduzido nas Formas Básicas de Locomoção pode ser

visualizado como práxis pedagógica emancipadora, em que teoria e prática

acontecem ao mesmo tempo, uma dependendo da outra. Além do mais, no

decorrer da intervenção, as experiências positivas, bem como, os problemas

enfrentados com os estudantes foram aos poucos sendo superados.

Percebemos que na práxis pedagógica, a metodologia apresentada para

o desenvolvimento das aulas de intervenção, pode ser utilizada para o

encaminhamento de um trabalho com todos os conteúdos na Educação Física

escolar, e que esta apresenta importantes fatores para que as aulas sejam

trabalhadas de uma forma diferenciada das que geralmente observamos nas

escolas.

25

O conhecimento aqui produzido poderá fornecer elementos para os

profissionais que estudam e ensinam a Ginástica, bem como, para aqueles que

se preocupam com as questões metodológicas. A proposta metodológica

abordada contribuiu no sentido de levar os estudantes a aprender sobre um

conhecimento que foi historicamente produzido e sistematizado, mas que

puderam vivenciar de uma forma prazerosa e de acordo com suas

necessidades e, principalmente, com base no que já conheciam sobre o

mesmo. Com isso, puderam estar em contato com um conhecimento até então

nunca explorado nas aulas de Educação Física, puderam ampliar seus

conhecimentos e identificar como estes podem estar presentes em suas ações

cotidianas.

Foi interessante ensinar na perspectiva da práxis, que leva o estudante a

pensar sobre suas ações e, consequentemente, refletir sobre a implicação dos

mesmos para a sua vida. Mesmo com todas as dificuldades, foi possível

encontrar um ambiente de discussões/reflexões com os estudantes em torno

dos ensinamentos dos conteúdos apresentados.

A partir dessas considerações, entendemos que à luz dessa concepção

de práxis foi possível o encaminhamento das aulas abordando o conhecimento

Gímnico no ambiente escolar, oferecendo valiosos elementos que podem ser

utilizados para que as aulas de Educação Física sejam tratadas de forma

diferenciada. Nesse estudo, acreditamos ter elucidado algumas questões que

contribuirão para possíveis encaminhamentos no sentido de levar esse universo

de saberes até a escola de uma maneira significativa, contribuindo efetivamente

para que os estudantes possam refletir sobre a prática da Educação Física e da

ginástica de maneira diferenciada para as suas vidas.

Ao finalizar é imperioso lembrar que Gadotti (2005) desafia seus leitores

a “dar a pensar e pensando, concluímos que o novo brota do velho e o desafio

consiste justamente em levar as pessoas a pensarem, a agirem de forma crítica

e de modo compromissado”.

Urge, portanto, que os profissionais da educação desenvolvam no

coletivo a capacidade de pensar, de refletir e passem a agir conscientemente.

Assim descobrirão ainda durante o processo educacional de sua formação

como docente, os encantos deste ofício milenar que é a arte de educar.

26

Para finalizar, deixo registrada a satisfação pessoal que este Programa

me proporcionou, não apenas pela valorização profissional, mas principalmente,

pela oportunidade de superar limites, vencer obstáculos, que em muitos

momentos pareciam intransponíveis. Cada etapa foi um desafio, um

aprendizado, superado com o apoio do Professor-orientador e dos

companheiros, Professores PDE, que não mediram esforços para que este

Programa fosse tão brilhantemente conduzido.

“Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão”.

Paulo Freire

6 REFERÊNCIAS

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ZEICHNER, kenneth. Novos caminhos para o practicum: uma perspectiva para os anos 90, os professores e sua formação. 2. ed. Portugal: Dom Quixote, 1995.

29

7 ANEXOS

7.1 PLANOS DE AULAS

4.1INTERVENÇÕES SOB O PARADIGMA DA

COMPLEXIDADE/MOTRICIDADE, CONSIDERANDO A PRÁXIS, NA

UNIDADE DIDÁTICA.

O ensino das Formas Básicas de Locomoção, tem como objetivos

gerais desta Unidade Didática:

Favorecer o conhecimento da cultura corporal dos movimentos das

Formas Básicas de Locomoção; ter conhecimento e aquisição das noções

básicas de locomoção, andar, correr, saltar, saltitar, girar/rolar/quadrupejar,

sentindo/refletindo as sensações do corpo próprio; experimentar/vivenciar as

Formas Básicas de Locomoção, de modo individual e em coletividade, sabendo

ser, estar e viver juntos.

Serão utilizados como recursos/materiais:

-TV pendrive, DVD, Aparelho de som, CD e materiais esportivo como:

bolas, arco, cochonetes, corda, etc.

PLANO DE AULA 01 - ANDAR

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos. - Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela.

4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções.

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- Assunto da aula: andar

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções da forma básica do andar nas aulas. - Experimentar, sentir, vivenciar e refletir as sensações do corpo durante o andar de modo individual e coletivamente na atividade. - Respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola 5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS: ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01: 1- Nome da atividade: Andar. 2- Objetivo: Explicar para os estudantes o objetivo da aula. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Aprendizagem dos conceitos do andar, uma das formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sócio-cultural; relação do andar com a evolução do humano.

Comentários/Reflexões

Nessa metodologia preparamos os estudantes para enfrentar uma

vida no mundo, da qual eles participam como sujeitos ativos. Isso é possível mediante o ensino de um dado conhecimento, das

capacidades, dos valores, das atitudes e hábitos que constituem esses conhecimentos escolares e que são considerados valiosos para a

formação do homem. Comentários/Reflexões

Deixar claro para o estudante que nas aulas de Educação Física há sempre um conteúdo a ser aprendido; Levar o estudante a compreender para que serve a aula;

ATIVIDADE 02: 1- Nome da atividade: Problematização da aula. 2- Objetivo: Propiciar reflexões iniciais sobre o andar. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é andar? É possível andar com Ritmo? Qual a importância do andar para á vida humana? Andar está presente no seu dia a dia? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o andar? Comentários/Reflexões

31

Essas reflexões são importantes para favorecer aos estudantes a apropriação dos seus próprios conceitos e definições dos conhecimentos ensinados, no decorrer das aulas.

ATIVIDADE 03: 1- Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre andar. 2- Objetivo: Compreender e identificar o significado de andar. 3- Disposição: Sentados à vontade, cada estudante com um texto. 4- Material: Texto elaborado pela professora. 5- Desenvolvimento: O estudante terá um tempo de 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá a discussão e ao debate.

O que é Andar? Andar é a execução de um deslocamento, com transferência do peso do corpo de um pé para o outro, sem perda do contato com o solo (Ilona Peuker, pg. 35). Ou ainda muitas vezes definido como o processo de perder e de recuperar o equilíbrio continuamente, enquanto nos movimentamos para frente, em posição ereta (Gallahue, 2005, pg.252). Caracteriza-se por ter um dos pés sempre em contato com o chão, enquanto o outro se mantém no ar durante a transferência do peso do corpo para a progressão no espaço (Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas, Seed 1984, pg.13). Portanto o andar é fundamental para se atingir um lugar, um objeto, ou mesmo para conseguir uma meta (andar em busca de algo que se quer na vida). O ser humano está sempre em busca de alguma coisa.

Comentários/Reflexões

Mais que aprender sobre a definição de andar, e realizar as atividades sugeridas pelo professor, é preciso que o estudante faça uma reflexão da importância desse movimento e compreenda que o andar/caminhar faz parte da Motricidade Humana do ponto de vista que considera o homem inteiro, práxico, que caminha em busca de sonhos e ideais visando uma vida melhor, mais feliz, na construção de um mundo humano, solidário e ético.

ATIVIDADE 04: 1- Nome da atividade: Andar. 2- Objetivo: Descobrir o corpo no domínio do espaço e no tempo nas atividades de andar. 3- Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. 4- Desenvolvimento: Espalhados pela quadra, andar como quiserem, à vontade. Em seguida com orientação da professora: Andar para frente, andar para trás, andar lado direito, andar lado esquerdo, em diagonal e em ritmo de deslocamento que vai do mínimo ao máximo e do máximo ao mínimo. 5- Variações: Exercícios individuais: - Andar com passos bem grandes; - Andar com passos pequenos; - Andar para frente, ao sinal, andar plano baixo, a outro sinal, plano alto; - Andar com as pontas dos pés, com o calcanhar, com o lado direito do pé, com lado esquerdo do pé;

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- Andar para frente rápido, depois moderado e depois bem lento; - Andar para trás lento, depois moderado e depois mais rápido; - Andar para trás rápido, depois moderado e depois bem lento; - Andar deslizando os pés, unindo os passos; - Andar molejando; - Andar articulando os braços para frente, para trás, - Andar passo cruzado para frente e para trás; - Andar de olhos fechados; Exercícios com materiais: - As mesmas atividades anteriores só que segurando uma bola; - Idem a anterior, jogando a bola para o alto e pegando-a novamente; Exercícios em duplas: - Dois a dois de costas, com a bola entre os dois, executar o andar para frente, trás, lado direito, esquerdo; - Idem com a bola segurada entre a testa de cada um. Comentários/Reflexões

Após a vivência das atividades, o professor em círculo com os estudantes deve discutir e refletir sobre as possibilidades do andar em relação ao corpo próprio, descobrindo e sentindo o corpo no espaço e tempo, sentindo as diferenças do seu corpo nas diferentes direções e intensidades, percebendo como é realizar atividades com o outro, respeitando-o com suas especificidades e diferenças.

Comentários/Reflexões

Percebam que muitas vezes andamos tão apressadamente nos afazeres do dia-a-dia, que não percebemos que o ato de andar nos leva a algum lugar, e que dependendo de como andamos representa mesmo nosso humor, nossa auto-estima, o que estamos sentindo, ou, qual a intenção pela qual andamos. Podemos nos locomover rumo à nossa felicidade, rumo à nossa liberdade. Reflitam sobre isso.

Comentários/Reflexões

Comentar ainda sobre as vantagens e as possibilidades do andar/caminhar para se ter uma melhor qualidade de vida.

6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula 2- Disposição: Estudantes sentados. 3- Desenvolvimento: Com o caderno de anotações e pesquisa na mão, cada um na sua vez, com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - O que é andar para vocês? - Qual o sentido do ato de andar? - Como você anda no seu dia a dia? - Todos andam iguais? - Defina você agora, o que é andar?

Para a próxima aula, pesquisar (net, biblioteca da escola), o tema: “O que é correr?” assunto da aula seguinte. Obs.: Não esquecer de trazer o caderno com as resposta sobre o andar.

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7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13. 8 - ANÉXOS 01

1- Material Didático para estudo dirigido do andar.

PLANO DE AULA 02 – CORRER

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos. - Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela. 4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: Correr

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções da forma básica do correr nas aulas. - Experimentar, vivenciar, sentir e refletir as sensações do corpo durante o correr de modo individual e coletivamente na atividade. - E respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola

5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01:

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1- Nome da atividade: Correr 2- Objetivo: Explicar para os estudantes o objetivo da aula. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Aprendizagem dos conceitos do correr, uma das formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sócio-cultural; relação do correr com a evolução do humano. ATIVIDADE 02: 1- Nome da atividade: Problematização da aula. 2- Objetivo: Propiciar as reflexões iniciais sobre o correr. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é correr? Todos têm a mesma velocidade, o mesmo ritmo quando corre? Qual a importância do correr para á vida humana? Correr está presente em quais situações no seu dia a dia? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o correr?

Comentários/Reflexões

As reflexões são muito importantes para nortear o processo ensino-aprendizagem. O professor tem um papel fundamental em intermediar essas reflexões, pois propicia a formação de conceitos e definições a serem aprendidos pelos estudantes.

ATIVIDADE 03:

1 - Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre o correr. 2 – Objetivo: Compreender e identificar a definição do movimento de correr. 3 – Disposição: Estudantes sentados na quadra. 3 – Material: Texto elaborado pela professora. 5 – Desenvolvimento: Os estudantes terão 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá a reflexão e ao debate e assistir à um vídeo.

O que é correr?

A corrida é uma forma exagerada de caminhar (andar). Difere desta porque existe uma breve fase aérea em cada passada, na qual o corpo fica sem contato com a superfície de apoio (Gallahue, 2005, pg. 252).

É a execução de um deslocamento, com transferência do peso do corpo de um pé para o outro, com a perda momentânea de contato dos dois pés com o solo (Ilona Peuker, pg. 35).

Correr ainda, segundo (Zaipa M. Pallarés, 1981, pg. 76), é um deslocamento em que os pés se afastam do chão, ligeiramente, havendo uma pequena suspensão.

Comentários/Reflexões

Uma atividade dá prosseguimento à outra e assim, as reflexões ficarão mais consistentes, podendo os estudantes verbalizar e elaborar seus próprios conceitos dos conhecimentos ensinados na aula. Retomar as discussões iniciais.

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ATIVIDADE 04 – 1 – Nome da atividade: Correr. 2 – Objetivo: vivenciar/sentir o movimento do corpo próprio, no correr. 3 – Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. Desenvolvimento: Correr livremente pela quadra. Variações: Exercícios Individuais: - Correr para frente, trás, e laterais direita e esquerda, diagonal direita e esquerda;

- Correr lento, moderado e rápido, depois correr rápido, moderado e lento. -Explorem as diferenças de intensidade do mínimo ao máximo, do máximo

ao mínimo; - Correr no mesmo lugar; - Correr com elevação dos joelhos, no lugar, em deslocamento; - Correr erguendo os calcanhares, tentando tocar os glúteos; - Corrida intensa, corrida moderada, corrida fraca; - Correr com os braços erguidos, com a mão na cabeça; - Correr e tocar o colega no ombro; - Correr em círculo, correr em zigue e zague, correr em curva;

Exercícios com materiais: - Segurar a bola com as mãos à frente, acima da cabeça, com a mão direita, com a mão esquerda, atrás do corpo, passando a bola de uma mão para a outra, correndo; - Correr quicando as diferentes bolas no chão; Exercícios em duplas:

- Correr com o outro de olhos fechados de mãos dadas, primeiro um e depois o outro. O de olhos abertos conduz o outro, fazer a troca; Exercícios em duplas, trios, grupo todo e com materiais:

- Correr com o outro segurando uma bola, um de frente para o outro, para frente, trás e lateral direita e esquerda;

- Correr passando a bola para um colega, com as duas mãos, com a mão direita, mão esquerda;

- Correr passando a bola para um grupo de três; - Correr passando a bola para o grupo todo. - Correr chutando a bola para o outro, para um trio, para o grupo todo.

Comentários/Reflexões

Durante ou depois das atividades, o professor deve perguntar aos estudantes o que sentiram e as dificuldades em executar as atividades de correr sozinho e em grupo. Cada um tem seu ritmo próprio, sua velocidade, é importante entender isso e respeitar as diferenças e potencialidades, ninguém é igual.

Comentário/Reflexões

Ensinar também que, assim como o andar, as atividades de correr provocam outras sensações no corpo próprio, correr moderadamente é importante para a saúde do ser humano, faz bem para todo o corpo, pois, desenvolve a resistência aeróbia e anaeróbia e faz bem para o coração, e os pulmões.

6 - AVALIAÇÃO

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1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula. 2- Disposição: Estudantes sentados. 3- Desenvolvimento: Com o caderno de anotação e pesquisa na mão, cada um na sua vez com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - Qual o sentido do ato de correr? - Todos têm a mesma velocidade? - O que sente no corpo quando corre? - Defina você agora, o que é correr?

Para a próxima aula, pesquisar (net, biblioteca da escola), o tema: “O que é saltar?”, assunto da aula seguinte. Obs.: Não esquecer de trazer o caderno com as resposta sobre o correr. 7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13. 8 – ANÉXO 02 1- Material Didático para estudo dirigido do correr.

PLANO DE AULA 03 – SALTAR

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos. - Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela.

4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: Saltar

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções básicas do saltar nas aulas. - Experimentar, vivenciar, sentir e refletir as sensações do corpo durante a atividade de saltar individual e coletivamente. - Respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas.

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- Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola

5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01 Nome da atividade: Saltar Objetivo: Explicar para os estudantes o objetivo da aula. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: A aprendizagem dos conceitos do saltar, uma das formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sociocultural; relação do saltar com a evolução do humano.

ATIVIDADE 02:

1- Nome da atividade: Problematização inicial do saltar 2- Objetivo: Propiciar as reflexões iniciais sobre o saltar. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é saltar? Qual a importância do saltar para á vida humana? Saltar está presente em quais situações no seu dia a dia? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o saltar? Comentários/Reflexões

Observação: Não esquecer de levar o estudante a refletir sobre o que está sendo ensinado. Cada movimento que seu próprio corpo realiza é carregado de intenções, sentido e significado.

ATIVIDADE 03:

1 - Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre a definição de saltar. 2 – Objetivo: Compreender e identificar a definição de saltar. 3 – Disposição: Estudantes sentados na quadra. 3 – Material: Texto elaborado pela professora. 5 – Desenvolvimento: Os estudantes terão 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá a reflexão e ao debate e assistir a um vídeo.

.O que é saltar?

Saltar é um movimento no quais os pés perdem o contato com o chão e a permanência no ar é destacada (Ilona Peuker, pg. 46).

O saltar é um grande afastamento do chão, pelo qual se procura vencer o peso do corpo para atingir a altura ou a distância. O domínio do saltar desenvolve a força de vontade, a firmeza, o impulso, a decisão, o vencer-se a si próprio (Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas, Seed 1984, pg.13).

O saltar envolve um impulso em um ou dois pés com pouso em ambos os pés (Gallahue, 2005, pg. 224).

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Desprender-se da ação da gravidade, manter-se no ar e cair sem machucar-se (Lino Castellani Filho...(et al.).2009, pg. 77).

Comentários/Reflexões

É preciso que antes de qualquer atividade os estudantes façam alongamentos, pois os saltos implicam em grande esforço e solicitação dos músculos do corpo, para não causar lesões e ninguém se machucar.

ATIVIDADE 04 1 – Nome da atividade: Saltar. 2 – Objetivo: vivenciar o movimento do corpo próprio, e sentir o corpo no espaço e no tempo. 3 – Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. Desenvolvimento: Atividades prescritas pela professora: Desloquem-se no espaço e saltem de qualquer forma, livremente. Na hora da queda devemos flexionar os joelhos (molejar) para amortecer a queda e proteger as articulações. Variações: Exercícios individuais:

- Vamos andar e pular para frente com pernas afastadas; - Saltar com os pés unidos no lugar; - Agora vamos saltar com os pés unidos deslocando em várias direções,

frente, trás, laterais, esquerda e direita; - Saltar com o pé esquerdo, para frente, trás, e lateral esquerda e direita. Repetir a atividade com o pé direito;

- Saltar sucessivamente para frente com as pernas em grande afastamento. Realizar a atividade para trás e laterais;

- Combinar o andar e o correr com o movimento de saltar. Andar, correr e na sequencia dar um salto. Exercícios com materiais: - Segurar a bola entre os tornozelos e, dar vários saltos para frente, trás, lado direito e lado esquerdo; - Segurar a bola entre os tornozelos e saltando, lançá-la para o alto e apanhar com as duas mãos;

- Saltar quicando a bola em círculo de esquerda ou de direita; - Lançar a bola para o alto, saltar e pegá-la antes de chegar ao solo;

Exercícios em duplas, trios, grupo todo: - Dois a dois, de frente um para o outro distante mais ou menos uns três metros, saltar arremessando a bola para o colega;

- Idem saltando para recebê-la; - Dois a dois um na posição de banco, o outro salta e depois passa por baixo e vice-versa;

- Em trios, saltar sobre os companheiros; - O grupo de mãos dadas em círculo, girar para a direita saltitando e depois para a esquerda; - Combinar o andar e o correr com o movimento de saltar. Andar, correr e na sequência dar um salto. ComentáriosReflexões

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Durante a atividade, o professor ensinará que saltar é uma capacidade motora, que desenvolve força nos membros inferiores, que eles ficarão mais ágeis e fortes. Saltar desenvolve também outra capacidade motora que chamamos de resistência, a capacidade dos músculos resistirem ao cansaço.

Comentários/Reflexões

O professor pode também explicar e realizar com os estudantes os saltos que já existem e que são utilizados pelos ginastas na Ginástica Rítmica Desportiva ou na Ginástica Olímpica. Exemplo: salto tesoura; salto grupado; salto pulo; salto espacato; salto aberto; Salto leap.

Comentários/Reflexões

Os saltos citados acima exigem certas habilidades específicas, o professor pode ensiná-los usando da técnica que lhe é própria, o objetivo é favorecer que o estudante experimente/aprenda o salto, porém, sem se preocupar com o alto desempenho.

6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula. 2- Disposição: Estudantes sentados. 3- Desenvolvimento: Com o caderno de anotações e de pesquisas nas mãos, um estudante de cada vez, com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - Qual o sentido do ato de saltar? - Todos têm a mesma capacidade de saltar? - Defina você agora, o que é saltar?

Para a próxima aula, pesquisar (net, biblioteca da escola), o tema: “O que é saltitar?”, assunto da aula seguinte. Obs.: Não esquecer de trazer o caderno com as resposta sobre o saltar. 7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13.

PLANO DE AULA 04 – SALTITAR

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos.

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- Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela.

4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: Saltitar

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções básica do saltitar. - Experimentar, vivenciar, sentir e refletir as sensações do corpo durante a atividade de saltitar individual e coletivamente. - Respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola

5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01 Nome da atividade: Saltitar. Objetivo: Explicar para os estudantes o objetivo da aula. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Aprendizagem dos conceitos do saltitar, uma das formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sócio-cultural; relação do saltitar com a evolução do humano. ATIVIDADE 02: 1- Nome da atividade: Problematização da aula. 2- Objetivo: Propiciar as reflexões iniciais sobre o saltitar. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é saltitar? Que importância tem essa atividade na aula? Para que serve? O que ela desenvolve? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o saltitar? Comentários/Reflexões

Questionar sempre, problematizando inclusive durante a execução da atividade proposta, para que a ação motora seja sempre mediada pela reflexão dessa mesma ação. A reflexão está presente em todo o processo da aula, visando levar o estudante a compreender o que fez.

ATIVIDADE 03: 1 - Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre o saltitar. 2 – Objetivo: Compreender e identificar o significado do saltitar.

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3 – Disposição: Estudantes sentados na quadra. 3 – Material: Texto elaborado pela professora. 5 – Desenvolvimento: O estudante terá um tempo 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá uma reflexão e ao debate e assistir a um vídeo.

O que é saltitar?

É um salto em miniatura. A fase de permanência no ar é curta (Ilona Peuker, pg. 5). O saltito envolve impulso com um pé e pouso no mesmo pé (Gallahue, 2005, pg.224). É um salto de pequena elevação, com um afastamento rápido do chão (Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas, Seed 1984, pg.14).

ATIVIDADE 04

1 – Nome da atividade: Saltitar. 2 – Objetivo: Vivenciar e desenvolver as capacidades motoras de movimentos coordenados, de agilidade do corpo próprio, e sentir o corpo no espaço e no tempo. 3 – Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. 4 - Desenvolvimento: Atividades prescritas pela professora: Vamos saltitar livremente pelo espaço. Variações: Exercícios Individuais: - Saltitar como se fosse pular um obstáculo, dando impulso com um pé e caindo sobre o outro;

- Saltitar estendendo uma das pernas à frente; - Saltitar com elevação do joelho na altura do peito;

- Saltitar sobre um pé só, variando as direções, frente, trás, laterais, trocar de pé;

- Saltitar com os pés unidos, variando as direções e intensidade; - Vamos saltitar fazendo rotação dos braços para frente, depois para trás; - Saltitar elevando os pés para trás, tocando os glúteos; - Agora vamos saltitar tipo “frevo”; - Vamos saltitar para o lado direito, depois esquerdo; - Vamos saltitar fazendo um giro de meia volta para a direita e para a esquerda; - Saltitar girando uma volta;

Exercícios com materiais: - Saltitar segurando uma bola hora com a mão direita, hora com a mão esquerda;

- Saltitar quicando a bola no chão com uma das mãos; - Saltitar com bola nas mãos e braços elevados acima da cabeça;

Exercícios com o outro: - Dois a dois de mãos dadas, saltitar movimentando-se para frente, trás, direita e esquerda;

- A mesma atividade em trios, em grupo de cinco, e com o grupo todo. Comentários/Reflexões

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O comentário do professor durante ou após as atividades poderá ajudar os estudantes a perceberem o movimento no tempo e no espaço, a agilidade do corpo e as possibilidades de movimento que o corpo pode fazer. Os saltitos auxiliam o desenvolvimento das capacidades motoras de movimentos coordenados, de agilidade e orientação espaço-temporal.

6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula. 2- Disposição: Estudantes sentados em círculo com o caderno de anotações e de pesquisas na mão. 3- Desenvolvimento: Um estudante de cada vez, com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - Qual o sentido do ato de saltitar? - Todos têm a mesma capacidade de saltitar? - Defina você agora, o que é saltitar?

Para a próxima aula, pesquisar (net, biblioteca da escola), o tema: “O

que é Girar, Rolar, quadrupejar?”, assunto da aula seguinte. Obs.: Não esquecer de trazer o caderno com as resposta sobre o saltitar. 7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13.

PLANO DE AULA 05 - GIRAR/ROLAR/QUADRUPEJAR

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos. - Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela.

4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: Girar/Rolar/Quadrupejar 4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções básicas do girar/rolar/quadrupejar. - Experimentar, vivenciar, sentir e refletir as sensações do corpo durante as

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atividades de girar/rolar/quadrupejar de modo individual e coletivo. - Respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola

5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01 Nome da atividade: girar/rolar/quadrupejar. Objetivo: Ter conhecimento e aquisição das noções básicas de girar/rolar/quadrupejar, percebendo o corpo no espaço. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Aprendizagem dos conceitos do girar/rolar/quadrupejar, formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sociocultural; relação do girar/rolar/quadrupejar com a evolução do humano.

ATIVIDADE 02:

1- Nome da atividade: Problematização inicial do girar/rolar/quadrupejar. 2- Objetivo: Propiciar as reflexões iniciais sobre o girar/rolar/quadrupejar. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é girar/rolar/quadrupejar? Que importância tem essas atividades na aula? Para que serve? O que ela desenvolve? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o girar/rolar/quadrupejar? Comentários/Reflexões

Volto a falar da importância da reflexão em torno do movimento a ser ensinado pelo professor e aprendido pelo estudante no início da aula. Saber o que, o porquê, e para que se estuda determinado conteúdo é fundamental para que o estudante construa seu aprendizado, sua vivência em torno de sentido e significado, podendo assim, saber ser, estar, fazer, comunicar, compartilhar e transformar o mundo ao seu redor.

ATIVIDADE 03: 1 - Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre a definição de girar/rolar/quadrupejar. 2 - Objetivo: Compreender e identificar a definição dos movimentos de girar/rolar/quadrupejar. 3 – Disposição: Estudantes sentados. 3 – Material: Texto elaborado pela professora. 5 – Desenvolvimento: Os estudantes terão 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá a reflexão e ao debate e assistir a um vídeo.

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O que é girar/rolar? Dar voltas sobre os eixos do próprio corpo (Lino Castellani Filho... (et al.).2009, pg. 77). É mover-se em círculo em torno do eixo do próprio corpo, em deslocamento, no lugar ou em torno do eixo do corpo (Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas, Seed 1984, pg.14). É um movimento de rotação com a mesma intensidade executado no mesmo lugar ou com deslocamento (Ilona Peuker, pg. 45).

O que é quadrupejar?

É deslocamento em quatro apoios ao solo. (dois pés e duas mãos) “Andar de quatro pés”, imitarem os quadrúpedes (Ferreira, 1995, p. 541).

Comentários/Reflexões

Algumas atividades de rolar, girar, quadrupejar são associadas ao andar, correr, saltar e saltitar, que juntas constituem as formas básicas de locomoção.

ATIVIDADE 04

1 – Nome da atividade: girar/rolar/quadrupejar. 2 – Objetivo: vivenciar o movimento do corpo próprio, e sentir o corpo no espaço e no tempo. 3 – Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. 4 - Desenvolvimento: Atividades prescritas pela professora: Os estudantes espalhados pela quadra irão deslocando andando, saltando, saltitando, correndo e também girando, rolando e quadrupejando em diferentes direções e intensidades. Variações: Exercícios individuais:

- Andar realizando um giro; - Andar, deitar e executar rolamento para frente levantar e continuar andando; - Idem correndo; - Girar com as pontas dos pés unidos, com e sem deslocamento;

- Girar com um pé só, direito e esquerdo, com e sem deslocamento, para direita e para esquerda;

- Girar com os calcanhares, pés unidos, com e em deslocamento; - Girar com um calcanhar depois o outro, com e sem deslocamento; - Saltar e no ar tentar executar um giro completo; - Girar sentado, apoiando nos glúteos; - Rolar no chão para frente e para trás; - Rolar para a direita e para esquerda; - Correr e rolar; - Deslocar em posição quadrúpede para frente, para trás e laterais. - Deslocar em posição quadrúpede com joelhos estendidos; - Deslocar em posição quadrúpede com joelhos flexionados;

- Deslocar em posição quadrúpede com o dorso voltado para o solo, posição de caranguejo, perna flexionada;

- Quadrupejar sob a linha da quadra de voleibol, contornando-a; Exercícios com materiais:

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- Quadrupejar em volta da bola; - Rolar a bola em quadrupedia com a cabeça; - Rolar por cima de uma bola;

- Girar segurando uma bola, braços acima da cabeça; - Girar nas pontas dos pés, segurando a bola, braços estendidos para frente;

Exercícios com o outro: - De mãos dadas com um colega de frente um para o outro, girar o corpo para a direita e para a esquerda (corrupio);

- Idem em trios, grupo de cinco, ou grupo todo; - Deitados no chão, rolar por cima de um colega, de vários colegas.

Comentários/Reflexões

Ao longo da aula o professor vai organizando outras propostas, outros exercícios/ ou variando a proposta inicial, alterando a dinâmica da aula, sem perder de vista o objetivo.

Comentários/Reflexões

No final da aula, com os estudantes em círculo, o professor deverá conversar com eles, perguntando como sentiram o corpo nos movimentos de girar/rolar/quadrupejar. Fazê-los perceber que esses movimentos que constituem as formas básicas de locomoção têm objetivo diferenciado, desenvolvem uma capacidade motora diferenciada, e a combinação de todos enriquece o vocabulário motor do estudante.

6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula. 2- Disposição: Estudantes sentados, caderno de anotações e de pesquisas na mão. 3- Desenvolvimento: Um estudante de cada vez, com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - Qual o sentido do ato de girar/rolar/quadrupejar? - Todos têm a mesma capacidade de girar/rolar/quadrupejar? - Defina você agora, o que é girar/rolar/quadrupejar? Trazer na próxima aula.