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Ana Paula Rocha Língua portuguesa – A sua relação com a integração dos alunos estrangeiros 1 * Professora do Ensino Secundário, Formadora de Formação Contínua de Professores e Investigadora na área das Ciências da Educação. Membro colaborador na Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Língua portuguesa – A sua relação com a integração dos alunos estrangeiros Ana Paula Rocha * RESUMO A escola é um dos espaços por excelência onde ocorre a socialização dos alunos estrangeiros e as culturas se influenciam e miscigenam. Encarada como um espaço privilegiado para desenvolvimento da integração sociocultural dos jovens não nativos, os estabelecimentos de ensino asseguram essa inclusão, especialmente, através do ensino da língua portuguesa, ao criarem condições promotoras do sucesso e beneficiadoras de uma educação multicultural. Aos alunos coloca-se o esforço de adaptação a uma realidade inicialmente estranha. Aos professores justapõe-se o desafio de se tornarem parceiros de aprendizagem e principais interlocutores nesse relacionamento que se visa acolhedor e afetivo. FUNDAMENTOS PARA O ENSINO DO PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA A identidade da Europa revela-se hoje através da diversidade linguística, acentuada por fatores como a mobilidade dos cidadãos, a economia globalizada e os fluxos migratórios que contribuem para o multilinguismo e plurilinguismo das nações que a constituem. A maioria dos países depara-se, consequentemente, com uma população escolar culturalmente e linguisticamente heterogénea. Portugal, país tradicionalmente de emigração, tem vindo a acolher o fenómeno migratório, desde os anos 90, o que atribui contornos multiculturais à sociedade portuguesa. Segundo o apuramento dos dados, de um questionário aplicado no ano lectivo 2004- 2005, referidos no documento orientador do programa para a integração de alunos que não falam português como língua materna, existem, na globalidade das escolas públicas portuguesas, alunos de 120 nacionalidades (Perdigão, 2005). Este facto decorre, conforme refere outra autora no seu estudo, do aumento do número de cidadãos de nacionalidade estrangeira a residir em Portugal em situação regular, por se ter passado de cerca de 54 mil em 1980 (0,6% da população), para 350 mil em 2001 e para 500 mil em 2004 (perto de 5% da população residente) (Rosa, 2005). Estes números apresentam, contudo, já no ano de 2013, uma linha declinante da qual dá conta o relatório estatístico anual do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, como consequência da aquisição da nacionalidade portuguesa, da alteração dos fluxos migratórios e do impacto da crise económica (SEF & GEPF, 2013). Segundo esse documento verifica-se, mais recentemente, a consolidação da tendência de queda do número de Citar este artigo: Rocha, A. P. (2014). Língua Portuguesa – a sua relação com a integração dos alunos estrangeiros. Almadaforma. Revista do Centro de Formação da Associação das Escolas de Almada. Língua Portuguesa, Memória, Música e Matriz, nº 7, setembro 2014, pp. 27-31

Artigo PLNM.relação Com Integração

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A escola é um dos espaços por excelência onde ocorre a socialização dos alunos estrangeiros e as culturas se influenciam e miscigenam. Encarada como um espaço privilegiado para desenvolvimento da integração sociocultural dos jovens não nativos, os estabelecimentos de ensino asseguram essa inclusão, especialmente, através do ensino da língua portuguesa, ao criarem condições promotoras do sucesso e beneficiadoras de uma educação multicultural. Aos alunos coloca-se o esforço de adaptação a uma realidade inicialmente estranha. Aos professores justapõe-se o desafio de se tornarem parceiros de aprendizagem e principais interlocutores nesse relacionamento que se visa acolhedor e afetivo.

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  • Ana Paula Rocha Lngua portuguesa A sua relao com a integrao dos alunos estrangeiros

    1

    * Professora do Ensino Secundrio, Formadora de Formao Contnua de Professores e Investigadora na rea das Cincias da Educao. Membro colaborador na Unidade de Investigao e Desenvolvimento em Educao e Formao do Instituto de Educao da Universidade de Lisboa.

    Lngua portuguesa A sua relao com a integrao dos alunos

    estrangeiros

    Ana Paula Rocha *

    RESUMO

    A escola um dos espaos por excelncia onde ocorre a socializao dos alunos estrangeiros e as culturas se influenciam e miscigenam. Encarada como um espao privilegiado para desenvolvimento da integrao sociocultural dos jovens no nativos, os estabelecimentos de ensino asseguram essa incluso, especialmente, atravs do ensino da lngua portuguesa, ao criarem condies promotoras do sucesso e beneficiadoras de uma educao multicultural. Aos alunos coloca-se o esforo de adaptao a uma realidade inicialmente estranha. Aos professores justape-se o desafio de se tornarem parceiros de aprendizagem e principais interlocutores nesse relacionamento que se visa acolhedor e afetivo.

    FUNDAMENTOS PARA O ENSINO DO PORTUGUS LNGUA NO MATERNA

    A identidade da Europa revela-se hoje

    atravs da diversidade lingustica,

    acentuada por fatores como a mobilidade

    dos cidados, a economia globalizada e os

    fluxos migratrios que contribuem para o

    multilinguismo e plurilinguismo das naes

    que a constituem. A maioria dos pases

    depara-se, consequentemente, com uma

    populao escolar culturalmente e

    linguisticamente heterognea. Portugal,

    pas tradicionalmente de emigrao, tem

    vindo a acolher o fenmeno migratrio,

    desde os anos 90, o que atribui contornos

    multiculturais sociedade portuguesa.

    Segundo o apuramento dos dados, de um

    questionrio aplicado no ano lectivo 2004-

    2005, referidos no documento orientador

    do programa para a integrao de alunos

    que no falam portugus como lngua

    materna, existem, na globalidade das

    escolas pblicas portuguesas, alunos de

    120 nacionalidades (Perdigo, 2005). Este

    facto decorre, conforme refere outra

    autora no seu estudo, do aumento do

    nmero de cidados de nacionalidade

    estrangeira a residir em Portugal em

    situao regular, por se ter passado de

    cerca de 54 mil em 1980 (0,6% da

    populao), para 350 mil em 2001 e para

    500 mil em 2004 (perto de 5% da

    populao residente) (Rosa, 2005). Estes

    nmeros apresentam, contudo, j no ano

    de 2013, uma linha declinante da qual d

    conta o relatrio estatstico anual do

    Servio de Estrangeiros e Fronteiras, como

    consequncia da aquisio da

    nacionalidade portuguesa, da alterao dos

    fluxos migratrios e do impacto da crise

    econmica (SEF & GEPF, 2013). Segundo

    esse documento verifica-se, mais

    recentemente, a consolidao da

    tendncia de queda do nmero de

    Citar este artigo:

    Rocha, A. P. (2014). Lngua Portuguesa a sua relao com a

    integrao dos alunos estrangeiros. Almadaforma. Revista do

    Centro de Formao da Associao das Escolas de Almada.

    Lngua Portuguesa, Memria, Msica e Matriz, n 7, setembro

    2014, pp. 27-31

  • Ana Paula Rocha Lngua portuguesa A sua relao com a integrao dos alunos estrangeiros

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    estrangeiros em Portugal, totalizando

    401.320 cidados. Destes salienta-se a

    nacionalidade brasileira como a principal

    comunidade residente, seguida de outras

    em nmeros de menor destaque e

    decrescentes: cabo-verdiana, ucraniana,

    romena, angolana, chinesa, guineense,

    inglesa, s. tomense e moldava. O relatrio

    denuncia o facto de a populao de jovens,

    entre os zero e os catorze anos,

    permanecer constante na estrutura

    populacional de estrangeiros.

    Reconhece-se, portanto, que a sociedade

    portuguesa apresenta caractersticas de

    incluso de indivduos de diferentes

    origens. Surge, assim, como fundamental o

    respeito pelas necessidades especficas dos

    alunos estrangeiros integrados no sistema

    educativo nacional atravs de

    instrumentos que assegurem condies

    equitativas de acesso ao sucesso,

    designadamente, no domnio da lngua

    portuguesa.

    Com efeito, uma educao que apresenta

    traos de multiculturalidade exigente

    porque obriga a repensar a sociedade, a

    perspectivar o diferente, a encarar o

    desafio de mentalidades e a familiarizar-se

    com aquilo que no era a norma. Por seu

    turno, os alunos de origem no nacional

    colocam-se perante o repto de viverem

    num pas do qual desconhecem tradies,

    onde no so imediatamente

    compreendidos, tendo de se adaptar a

    uma cultura distinta que pode resultar num

    choque. Este desconforto pode ser

    especialmente impulsionado pelo idioma,

    at que tudo se comece a tornar familiar.

    Naturalmente centra-se aqui o contributo

    maior que a Escola pode dar, ao

    proporcionar o ensino de uma lngua no

    materna a alunos estrangeiros, atravs da

    qual se pode estimular a integrao plena,

    o exerccio da cidadania e a socializao

    que ir consolidar o tecido humano

    nacional. Aqui reside a fundamentao

    sociolgica para a disseminao do ensino

    e aprendizagem do Portugus Lngua No

    Materna (PLNM) no territrio portugus.

    ENSINO DO PORTUGUS LNGUA NO

    MATERNA

    As atividades no mbito do Portugus

    Lngua No Materna no constituem uma

    criao recente no meio escolar nacional.

    Comearam a estruturar-se, de forma mais

    sistemtica, em 1986, quando foi

    autorizada a leccionao do primeiro curso

    de lngua materna, para alm do

    portugus, ao nvel do Ensino Bsico e

    Secundrio. Mais tarde, foi o Decreto-Lei

    6/2001, no seu art. 8, que veio estipular:

    as escolas devem proporcionar

    actividades curriculares especficas de

    aprendizagem de lngua portuguesa como

    segunda lngua aos alunos cuja lngua

    materna no seja o portugus. Por seu

    turno, o Despacho Normativo n. 30, de

    2007 de 10 de agosto, oficializou a

    presena do Portugus Lngua No

    Materna no currculo dos Ensinos Bsico e

    Secundrio.

    O reconhecimento institucional, dos

    especialistas em polticas pblicas,

    manifestado pela admisso da urgncia de

    um ensino intercultural e do papel

    relevante da lngua portuguesa na

    formao dos alunos numa sociedade

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    plural, conduziu ao desenho de um perfil

    para o professor a quem so atribudas as

    atividades de ensino do PLNM. Segundo o

    documento orientador do programa para a

    integrao de alunos que no falam

    portugus como lngua materna so

    estipulados como requisitos a capacidade

    de comunicao adequada aos

    interlocutores, de boa receptividade ao

    outro evitando preconceitos e

    esteretipos, e de relacionamento positivo

    e empenhado com a diferena (Perdigo,

    2005). Determina-se, tambm, que ser

    responsvel, no 1 ciclo, o professor titular

    e, no caso dos 2 e 3 ciclos do ensino

    bsico e do ensino secundrio, os

    professores com habilitao para o ensino

    da disciplina de Lngua Portuguesa, ou

    Portugus ou lnguas estrangeiras, os quais

    devero comprovar a formao acadmica

    cientfica e pedaggica na rea da Lngua

    Portuguesa, ou Portugus e/ou incluir

    formao cientfica e pedaggica numa

    lngua estrangeira, bem como formao

    cientfica e pedaggica em Portugus

    Lngua no Materna/Lngua Estrangeira

    (Perdigo, 2005). O mesmo documento

    no estabelece o dever destes profissionais

    disporem de conhecimento profundo

    acerca dos pases de onde so originrios

    os alunos, salientando, ao invs, a mais-

    valia de um comportamento

    manifestamente tolerante e construtivo

    perante as identidades sociais,

    comportamentos e valores dos alunos,

    identificando como imperativo que esteja

    receptivo a novas aprendizagens.

    Estes deveres, de entre os vrios

    enumerados no documento, so

    particularmente pertinentes, na medida

    em que o ensino do PLNM coloca os

    professores e alunos numa situao de

    aprendizagem bipolar, isto , numa posio

    em que ambos se tornaro parceiros

    aprendentes e ensinantes nas atividades e

    relacionamento, o que proporciona a

    ambos uma troca de informaes e

    respectivas concluses relativamente s

    culturas em presena: as dos docentes e as

    dos alunos.

    APRENDIZAGEM DA LNGUA

    PORTUGUESA PARA A EFETIVAO

    INTERCULTURAL

    A aprendizagem da lngua atinge elevado

    valor em virtude da sua conexo com a

    questo do sucesso na escola multicultural.

    Conforme se encontra consagrado no

    Quadro Europeu Comum de Referncia, as

    finalidades da aprendizagem e ensino das

    lnguas, prendem-se com certos domnios e

    caratersticas que implicam as transaes

    nesses domnios. Estes so,

    designadamente, o domnio privado,

    enquanto indivduo centrado no ambiente

    pessoal e familiar; o domnio pblico, como

    cidado ou membro de organizaes; o

    domnio profissional, na qualidade de

    trabalhador; e o domnio educativo,

    quando o indivduo se empenha numa

    aprendizagem organizada (Quadro

    Europeu Comum de referncia para as

    lnguas, 2001). O aprendente da lngua, ao

    tornar-se plurilingue, estabelece relaes

    com grupos sociais que se sobrepem,

    vindo a definir a sua identidade e

    desenvolvendo a interculturalidade na

    qualidade de agente social. Este processo

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    ocorre na medida em que as suas

    competncias lingusticas e culturais,

    relativas a uma lngua, so modificadas

    pelo conhecimento de outra contribuindo

    para uma consciencializao, capacidade e

    aptido de realizao interculturais.

    Pelas razes atrs expostas se preconiza a

    integrao dos alunos provenientes da

    imigrao nas mesmas escolas que os

    nacionais, providenciando, em funo das

    necessidades, apoios individuais

    aprendizagem como condio de sucesso

    (Eurydice, 2004).

    No ambiente escolar , porm, importante

    que os professores estejam conscientes

    dos fatores que podero levar a

    aprendizagens mais acentuadas, ou

    limitadas, no decorrer do tempo. Com

    efeito, em funo da relao gentica e

    tipolgica estabelecida entre a lngua

    materna e a lngua no materna, do

    contexto de aquisio formal, informal ou

    misto, e da idade, os produtos da

    aprendizagem podem ter caractersticas

    muito dissemelhantes variando de

    indivduo para indivduo (Leiria et al, s. d.).

    No ser o contexto de imerso na lngua

    portuguesa, semelhante para os indivduos

    com origens diversas no nacionais, o

    aspeto mais destacvel na aquisio das

    aprendizagens que iro obter. Embora o

    material lingustico a que so sujeitos

    (input) possa ocorrer no ambiente escolar,

    segundo as mesmas oportunidades de

    aprendizagem, variedade, riqueza e uso, a

    distncia lingustica entre a lngua materna

    e no materna, assim como os hbitos

    culturais da comunidade e da famlia,

    sobrepe-se, causando algum afastamento

    que levar ao refgio na lngua materna:

    conhecido que os falantes de chins e de

    guzerate1, por exemplo, mantm muito

    vivas, no mbito da comunidade e da

    famlia, as suas lnguas e tradies,

    restringindo deste modo os contextos de

    uso da L22. Em contrapartida, africanos e

    eslavos, por exemplo, embora sem

    perderem a sua identidade, parecem mais

    disponveis para contactos propiciadores

    de oportunidades de aprendizagem e de

    uso da L2 (Leiria et al, s. d.).

    assim que se chega concluso de que

    possvel estabelecer cinco grandes grupos

    que, no que lngua portuguesa respeita,

    requerem atitudes distintas por parte da

    escola: 1. alunos para quem o portugus

    europeu ou o brasileiro foi sempre a lngua

    materna; 2. alunos para quem a lngua

    materna no nenhuma das anteriores; 3.

    alunos filhos de emigrantes para quem a

    lngua materna apesar de ser o portugus

    no foi a lngua de comunicao central; 4.

    alunos para quem a lngua materna o

    crioulo ou uma variedade do portugus; 5.

    alunos com um quadro lingustico

    complexo gentico e tipologicamente

    afastado do portugus (Leiria et al, s. d.).

    Logo, salienta-se como fundamental criar

    contextos optimizados para a

    aprendizagem e domnio da lngua

    portuguesa, oral e escrita, que constituam

    factores determinantes no sucesso escolar

    1 O guzerate (tambm gujarate, gujarati, guzarate,

    guzerti ou gujarti) uma lngua indo-ariana e um dos 22 idiomas oficiais da ndia. 2 Uma segunda lngua (L2) qualquer lngua

    aprendida aps a primeira lngua ou lngua-me (L1).

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    destes alunos estrangeiros. Essas

    condies, metodologias, atividades e

    recursos passam pelas prticas e atividades

    que no se foquem na reflexo

    metalingustica e meta discursiva sobre

    produes literrias e no literrias. Os

    professores responsveis pelo ensino do

    Portugus Lngua No Materna esto

    cientes da relevncia que devem atribuir

    compreenso e produo de unidades

    comunicativas, colocando o nfase no

    desenvolvimento das competncias

    lingusticas do aprendente e no seu

    trabalho.

    Por conseguinte, a forma como so vividas

    as relaes interculturais, proporcionadas

    pelos docentes em sala de aula, assim

    como as aes e estratgias que a escola

    implementa, decorrentes das diretivas do

    sistema de ensino portugus, representam

    as questes chave que contribuem para

    reduzir o trauma, muitas vezes vivido pelos

    indivduos que se afastam do pas de

    origem. Neste sentido, parece muito

    coerente a conceptualizao da educao

    multicultural defendida por Banks & Banks.

    Segundo estes especialistas, no deve ser

    proporcionado um currculo paralelo ao

    currculo oficial para as minorias tnico-

    culturais, pois a sua cultura ocorre no

    espao escolar. Esta posio no infirma,

    contudo, que se proceda alterao dos

    processos de construo do conhecimento

    ou reestruturao do currculo e das

    prticas sempre que se justifique, como

    bem apontam.

    Para concluir, as premissas que atrs foram

    descritas impe-se para o benefcio de

    todos e para o melhor conhecimento, do

    pas acolhedor, que se espera que os

    alunos estrangeiros sejam assim capazes

    de adquirir. [] Enquanto fonte de

    intercmbios, de inovao e de

    criatividade, a diversidade cultural to

    necessria para a Humanidade como a

    biodiversidade o para a natureza. Neste

    sentido, constitui o patrimnio comum da

    Humanidade e deve ser reconhecida e

    afirmada em benefcio das geraes

    presentes e futuras (Artigo 1.

    Declarao Universal sobre a Diversidade

    Cultural, 2001).

    Referncias:

    BANKS, J. A. & Banks, C. A. M. (2001). Multicultural Education: Issues and Perspectives (4th ed.). New York: John Wiley & Sons, Inc.

    EURYDICE (2004). Integrating immigrant children into schools in Europe.

    LEIRIA, I. et al (s.d.). Portugus Lngua No Materna no Currculo Nacional Orientaes Nacionais: Perfis lingusticos da populao escolar que frequenta as escolas portuguesas. Lisboa: Direo Geral de Educao.

    PERDIGO, M. (coord.) (2005). Portugus Lngua No Materna no Currculo Nacional: Documento Orientador. Lisboa: Direco-Geral da Inovao e Desenvolvimento Curricular.

    QUADRO EUROPEU COMUM DE REFERNCIA PARA AS LNGUAS (2001). Aprendizagem, ensino, avaliao. Porto: Edies ASA.

    ROSA, M. J. V. (2005), (Des)encontro entre as Migraes Internacionais Laborais e as Qualificaes Escolares:o Caso dos Europeus de Leste em Portugal. Lisboa: Socinova Migration, Universidade Nova de Lisboa.

    SEF, GEPF (2014). Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo, 2013. Oeiras: Servio de Estrangeiros e Fronteiras.

    Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortogrfico.