PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE SAÚDE – NUTRIÇÃO

GESTÃO DE UPR

NAYARA MEUCCI

Artigos sobre o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)

O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) é um programa no qual governo, empresas e trabalhadores partilham uma responsabilidade importante: prover melhores condições nutricionais aos trabalhadores.

O objetivo do programa é repercutir positivamente na qualidade de vida, redução de acidentes de trabalho e aumento da produtividade.

Artigo 1 :Como implantar o PAT – Programa de Alimentação ao Trabalhador – em Empresas da cidade de Poços de Caldas

Segundo Adriana seu estudo teve como objetivo mostrar às empresas de Poços de Caldas como implantar o PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador, um programa do Ministério do Trabalho, por meio de uma pesquisa documental, de maneira a oferecer informações sobre como se afiliar, como executar o programa, e o acompanhamento de seus benefícios. O artigo mostra que no caso do trabalhador promove a melhoria da saúde e do estado nutricional, melhora a qualidade de vida e aumenta a satisfação com a empresa. Para o empregador o artigo indica quepromove a melhoria do clima organizacional, com reflexos na produtividade, redução do absenteísmo, licenças médicas e rotatividade. O Programa ainda beneficia as empresas com dedução do Imposto de Renda de até 4% dos gastos diretos com alimentação, e isenção de encargos sociais sobre o valor do benefício concedido. Por outro lado o governo reduz despesas e investimentos na área de saúde. O artigo se refere ainda a importância da presença do profissional nutricionista na execução do programa, para a fiscalização do cumprimento dos padrões previstos no PAT e implantação de programas de Educação Alimentar e promoção da saúde.

Artigo 2 :

Aspectos dietéticos das refeições oferecidas por empresas participantes do Programa de Alimentação do Trabalhador na Cidade de São Paulo, Brasil.

Ana Paula Gines Geraldo et al avaliou os aspectos dietéticos das refeições oferecidas por empresas inscritas no programa na Cidade de São Paulo, Brasil, em relação às recomendações nutricionais do Guia Alimentar , investigou 72 empresas, caracterizadas conforme setor

(indústria, serviços ou comércio), porte (micro, pequenas, médias ou grandes), modalidade do PAT (autogestão, gestão terceirizada do tipo refeição transportada ou gestão terceirizada do tipo preparo e distribuição de refeição na empresa) e supervisão de nutricionista (sim ou não). A quantidade per capita dos alimentos foi determinada nos cardápios de 3 dias de almoço, jantar e ceia. O valor nutricional das refeições foi definido com base nas variáveis energia, carboidrato, proteína, gorduras totais, gordura poliinsaturada, gordura saturada, gordura trans, açúcares livres, colesterol e frutas e hortaliças.

O estudo mostrou que a maioria dos cardápios das empresas de porte pequeno teve baixa oferta de frutas e hortaliças (63,9%) e gordura poliinsaturada (83,3%) e excesso de gorduras totais (47,2%) e colesterol (62,5%). As empresas de médio e grande porte do setor industrial e de serviços, com gestão da nutricionista, teve, em média, refeições com maior valor energético, maior porcentagem de gorduras poliinsaturadas ,maior quantidade de colesterol e maior quantidade de frutas e hortaliças do que as pequenas e médias empresa do setor de comércio, tendo autogestão como modalidade e sem supervisão de nutricionista. A adequação dos cardápios oferecidos às metas do guia alimentar, as refeições também foram mais adequadas em relação à oferta de frutas e hortaliças nas grandes empresas com supervisão da nutricionista.Em contrapartida as pequenas empresas apresentaram maior adequação da quantidade de colesterol .

Portanto é necessária uma ação mais direcionada aos gestores de empresas e aos responsáveis pelas unidades de alimentação e nutrição, principalmente no grupo de empresas que não tem a supervisão de nutricionista.

Artigo 3 :

PAT: Avaliando o conhecimento do programa por parte dos gestores.

O estudo em questão buscou avaliar o conhecimento dos gestores administrativos e técnicos do PAT sobre promoção de alimentação saudável e saúde e a interface deste tema com o programa, composto por 8 por empresas cadastradas no PAT, localizadas em Chapecó-SC, com mais de 150 funcionários, que possuíam refeitório e contavam com nutricionista. Foi aplicado um questionário com perguntas sobre o programa como por quê a empresa estava cadastrada no programa e se o gestor sabia decrever para que o programa servia.

Em relação ao porquê da empresa ter sido cadastrada no PAT, os gestores administrativos referem-se ao benefício fiscal concedido a empresa. Já os gestores técnicos com maior frequência enfatizaram os benefícios para o trabalhador. Em nenhum momento, os gestores administrativos quanto gestores técnicos, citaram os benefícios para o governo, entre eles: redução de despesas e investimentos na área da saúde, crescimento da atividade econômica e bem-estar social. Sobre o que é o PAT, os gestores administrativos, comentaram com maior frequência a respeito do bem estar para o funcionário. Referente à mesma questão os gestores técnicos citam mais características sobre o programa. O artigo mostrou que grande parte dos gestores técnicos e administrativos responsáveis pelo PAT apresenta conhecimento vago sobre o programa, observando que muitos dos gestores deixam mais explícitos os

objetivos fiscais para a empresa não ressaltando os objetivos principais que são referentes ao trabalhador.

Referências:

Borjes, Lúcia C., and Janaina Santos de Lima. "PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR-PAT: AVALIANDO O CONHECIMENTO POR PARTE DOS GESTORES ADMINISTRATIVOS E TÉCNICOS." Nutrire 38.Suplemento (2013): 398-398.

Geraldo APG, Bandoni DH, Jaime PC. Aspectos dietéticos das refeições oferecidas por empresas participantes do Programa de Alimentação do Trabalhador na Cidade de São Paulo, Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2008;23(1):19–25.

De Paula , Adriana G. Como implantar o PAT – Programa de Alimentação ao Trabalhador – em Empresas da cidade de Poços de Caldas,Brasil,2011.