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USPARTILHA…
“Felicito o excelente empe-
nho organizativo evidencia-
do pela Unidade de Saúde
Publica do ACeS do Baixo
Vouga que só foi possível
com a forte dedicação indivi-
dual de cada um dos profis-
sionais ”.
Dr. Pedro Almeida,
Diretor Executivo do ACeS Baixo Vouga
1º Congresso da Unidade de Saúde Pública
Nos dias 17 e 18 de maio decorreu, em Oliveira do Bairro, o 1º Con-
gresso da Unidade de Saúde Pública do ACeS Baixo Vouga, em conjun-
to com a ACT. O Dr. Pedro Almeida, diretor executivo do ACeS fez o
balanço do congresso.
“Julgo poder afirmar, sem dúvida e sem falsa modéstia, que este con-
gresso teve um significado muito especial para os nossos profissionais e
para a nossa comunidade e, mais em particular, para a Unidade de Saú-
de Pública do ACeS.”
Afirmou ainda “A Unidade de Saúde Pública do ACeS (…) tem exerci-
do um papel fundamental na construção de pontes entre o que é feito
por cada um, o esforço de todos e aquilo que é prioritário e se deseja
mudar, de um modo mais efetivo e sustentável, reduzindo as desigualda-
des e as iniquidades em saúde.”,
Em jeito de resumo, o Dr. Pedro Almeida ressalvou que a relação do
médico de família e médico de saúde pública com o médico de trabalho
é essencial.
“A nossa riqueza e a nossa eficácia reside na colaboração multidiscipli-
nar e multiprofissional entre profissionais como meio de reforço de com-
petências. Aí também este congresso conseguiu alcançar este resulta-
do.”
NEWSLETTER DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA BAIXO VOUGA Julho 2017 N.º 1
Neste Artigo Congresso
Revive
Temperaturas extremas
Acidentes
Missão Sorriso
Estória(s)
REVIVE
O REVIVE (Rede Nacional de Vigilância de Vetores) é um projeto de colaboração entre o Instituto Ricardo Jorge (INSA), a Direcção-Geral da Saúde e as Administrações Regionais de Saúde e tem como finalidade melhorar o conhecimento sobre vetores no nosso país e os agentes pato-génicos que estes podem transmitir à população portuguesa. Os vetores são, sobretudo, artrópodes que transmitem a infeção atra-vés de picada quando eles próprios são portadores de agentes patogéni-cos, como vírus e parasitas. Os mais comuns são os mosquitos (culicídios), mosca da areia (flebótomos) e carraças (ixodídeos). A cria-ção de redes de vigilância de vetores é essencial para se proceder à de-teção atempada de potenciais introduções de espécies exóticas e invaso-ras com impacto em saúde pública e para prevenir e controlar agentes patogénicos emergentes. Atualmente o projeto divide-se em REVIVE-Mosquitos e REVIVE-Carraças, diferenciando no método de colheita do vetor e nos agentes patogénicos pesquisados. Está a iniciar-se uma terceira vertente, o REVI-VE-Flebótomos, mas inda não está a ser operacionalizada. No ACeS Baixo Vouga, o REVIVE está implementado sob a alçada da Unidade de Saúde Pública, nas vertentes Mosquitos e Carraças. O REVI-VE-Mosquitos está implementado desde 2008, com início em apenas al-guns concelhos (Murtosa, Ílhavo e Aveiro), tendo sido progressivamente alargado a outros concelhos e em 2016 todos os concelhos do ACeS fa-zem colheitas de mosquitos. A colheita é feita pelo Técnico de Saúde Ambiental (TSA) com colocação de armadilhas para fase adulta e colhei-ta de imaturos em águas paradas.
O REVIVE-Carraças foi implementado em 2016 em todos os concelhos do ACeS Baixo Vouga. A colheita do vetor efetua-se em fase de vida livre do artrópode em bal-dios pelos TSA ou fase parasitaria em ani-mais (com a colaboração de veterinários locais) ou humanos (em colaboração com os serviços de saúde), sendo esta uma co-lheita oportunista.
Por: Adelaide Lalanda; Anabela Moura; Catarina Marques; Iolanda Duarte
Objetivos
O REVIVE tem como objetivos: 1. Monitorizar a atividade de artrópodes hematófagos 2. Caracterizar as espécies e sua ocorrência sazonal 3. Identificar agentes patogé-nicos importantes em saúde pública, dependendo da densi-dade dos vetores, o nível de in-feção ou a introdução de espé-cies exóticas para alertar para as medidas de controlo
Amostras de carraças (ixodídeos)
Armadilha CDC para captura de mosquitos em habitação
Armadilha CDC para captura de mosquitos junto a linha de água
Módulo Verão
Saiba como proteger-se
nos dias mais QUENTES:
Proteja-se do sol e do
calor: Evite a exposição
ao sol entre as 11 e as
17h; fora de casa utilize
roupa leve, chapéu e pro-
teção UVA e UVB
Beba e faça uma alimen-
tação equilibrada: Au-
mente a ingestão de água;
faça refeições leves, mais
frequentes e pouco condi-
mentadas
Refresque-se: nos perío-
dos de maior calor, per-
maneça em ambientes
frescos
Em casa: Evite que o
calor entre durante o dia,
fechando persianas ou
portadas e abra as janelas
durante a noite; use me-
nos roupa na cama, so-
bretudo dos bebés, idosos
e doentes acamados
Ao ar livre: Trabalhado-
res e desportistas no exte-
rior, devem reforçar a hi-
dratação e fazer repousos
regulares em locais fres-
cos. Os desportistas de-
vem evitar o exercício, nas
horas de maior calor.
Em viagem: escolha as
horas de menor calor para
viajar; evite a permanên-
cia de pessoas dentro das
viaturas expostas ao sol,
especialmente crianças,
grávidas ou idosos
Para mais informações
deverá ligar para a Saú-
de 24: 808 24 24 24
Temperaturas Extremas no ACeS Baixo Vouga
Portugal é um dos países europeus vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos
climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica, justificando assim, a
existência de um Plano de Contingência Saúde Sazonal (PCSS).
Assim, a Unidade de Saúde Pública , elabora anualmente o seu plano local, tendo por
base o despacho n.º 2483/2017 de 23 de março de 2017.
O PCSS valoriza a intervenção, a comunicação e monitorização contínuas, ao longo do
período de vigência (Módulo Verão e Inverno), adaptando-se à sazonalidade e às suas
especificidades, sempre que necessário.
A finalidade é prevenir e minimizar os efeitos negativos das temperaturas extremas na
saúde da população em geral e dos grupos vulneráveis em particular. Incluem-se nos gru-
pos vulneráveis: idosos, crianças, grávidas, pessoas com doenças crónicas e pessoas que
exercem atividades ao ar livre.
Intervenção da Saúde Pública
Divulgação de material informativo para promover a literacia sobre medidas preventi-
vas dos efeitos adversos das temperaturas extremas,
Divulgação atempada para os alertas e as respetivas recomendações,
Estabelecimento de parcerias com as entidades locais, para delinear e recomendar
medidas específicas de resposta atempada, em situações de emergência,
Alerta para a importância do conforto térmico das habitações, dos estabelecimentos
sociais e de saúde,
Identificação das condições de conforto térmico nos estabelecimentos de permanên-
cia/alojamento de grupos vulneráveis. Recomendações de correção, caso necessário.
Por: Alexandra Francisco; Ana Rodrigues; Ofélia Almeida
A Prevenção de
Acidentes no ACeS
A equipa de Prevenção de Acidentes, constituída por profissionais da USP e
URAP, tem como objetivo diminuir o número de acidentes não intencionais na
comunidade.
A uniformização e atualização de conhecimentos dos profissionais, que são
referência para as famílias, como os profissionais de saúde e dos estabeleci-
mentos de apoio social e da educação, é fulcral para obter ganhos em saúde.
Nesse sentido, no âmbito da segurança infantil, apostamos na formação a profissio-
nais de saúde de todas as unidades funcionais do ACeS, incluindo das equipas da
Saúde Escolar e de preparação para o parto e parentalidade, do serviço de Pediatria do
CHBV e de estabelecimentos de apoio social, com valências de creche e pré-escolar.
O ACeS dispõe de simuladores de
banco automóvel e sistemas de
retenção de crianças que têm sido
utilizados nas formações.
Em parceria com a APSI, foi dinamizado o Workshop “ABC da segurança — como
transportar o bebé no automóvel”, dirigido a grávidas e famílias com crianças até
aos 3 anos.
O feedback destas ações foi muito positivo.
- “A clareza, a qualidade e a utilidade que as informações transmitidas vão ter na mi-
nha prática profissional a partir de hoje”
- “Informações muito pertinentes, tendo vindo trazer resposta a muitas das dúvidas
com que nos deparamos diariamente”
Publicámos ainda artigos em jornais locais e regionais sobre Velocidade, Cintos de Se-
gurança, Sistemas de Retenção de Crianças, Quedas, Afogamentos,
Segurança Infantil em Férias, Intoxicações e Queimaduras.
Para alcançar cada vez mais pessoas, estamos a preparar spots de radio. Estejam
atentos às rádios locais!
Por: Ana Lebreiro; Ana Vieira; Dulce Seabra; Fábio Gomes; Marta Santo; Susana Conde; Tânia Silva
Transporte sempre os bebés e crianças em sistema de retenção adequado (“cadeirinha”)
Nunca deixe as crianças sozinhas perto de água e escolha sempre zonas balneares com vigilância
Tenha atenção às escadas, janelas, varandas e muros sem a devida proteção ou fáceis de escalar
Não tenha crianças por perto durante a confeção e transporte de alimen-tos quentes
Mantenha os produtos tóxicos e medicamentos nas embalagens origi-nais e fora do alcance das crianças
Projeto da responsabili-
dade da USP a imple-
mentar pelas equipas
de saúde escolar. Enqua-
dra-se no Eixo estratégi-
co da capacitação, ten-
do como área de inter-
venção a alimentação
saudável e atividade físi-
ca.
Horizonte temporal:
A desenvolver ao longo
de 5 anos letivos .
Objetivos Gerais:
Promover estilos de
vida saudáveis
(Alimentação Saudá-
vel e Atividade Física)
na comunidade esco-
lar da área de abran-
gência do ACeS Bai-
xo Vouga.
Prevenir e controlar
a pré-obesidade e
obesidade infantil.
Público alvo:
Crianças do ensino
pré-escolar e 1º Ciclo
( 2º e 4º anos).
Pais e Encarregados
de Educação.
Comunidade educati-
va envolvida.
No dia 14 de julho decorreu na Sede do ACeS BV a cerimónia formal de entrega do prémio, na qual estiveram presentes o Diretor Executivo, a Coor-denadora Regional do Programa de Saúde Escolar, representantes da Equipas locais de saúde escolar e parceiros.
Em Outubro 2016 foi apresentada pela USP BV uma candidatura à “Missão Sorri-so”, com o projeto “Na Medida Certa”, O mesmo sido contemplada com um prémio de cerca de 18.000 euros. Este montante foi utilizado na aquisição de material infor-mático e material didático, a distribuir pe-las equipas locais de saúde escolar, para permitir uma melhor operacionalização do projeto.
Projeto “Na Medida Certa”
Missão Sorriso
O Projeto “Na Medida Certa” visa promover a alimentação saudável e prá-tica de atividade física regular, bem como prevenir e controlar a pré-obesidade e obesidade infantis nas crianças dos jardins-de-infância e es-colas do 1ºciclo do ensino básico, dos 11 concelhos da área de abrangên-cia do ACeS Baixo Vouga.
Foram também convidadas crianças de
uma IPSS local para participar no convirjo
com a Leopoldina” , tomar contacto e
familiarizarem-se com os materiais didác-
ticos.
Projeto “Na Medida Certa”
Missão Sorriso
O Projeto “Na Medida Certa” visa promover a alimentação saudável e prática de
atividade física regular, bem como prevenir e controlar a pré-obesidade e obesidade
infantis nas crianças dos jardins-de-infância e escolas do 1ºciclo do ensino básico,
dos 11 concelhos da área de abrangência do ACeS Baixo Vouga.
Por: Anabela Resende; Judite Matias; Rui Leitão
No dia 14 de julho decorreu na Sede do
ACeS BV a cerimónia formal de entrega
do prémio, na qual estiveram presentes o
Diretor Executivo, a Coordenadora Regio-
nal do Programa de Saúde Escolar, repre-
sentantes da Equipas locais de saúde
escolar e parceiros.
Projeto da responsabili-
dade da USP a imple-
mentar pelas equipas
de saúde escolar. Enqua-
dra-se no Eixo estratégi-
co da capacitação, ten-
do como área de inter-
venção a alimentação
saudável e atividade físi-
ca.
Horizonte temporal:
A desenvolver ao longo
de 5 anos letivos .
Objetivos Gerais:
Promover estilos de
vida saudáveis
(Alimentação Saudá-
vel e Atividade Física)
na comunidade esco-
lar da área de abran-
gência do ACeS Bai-
xo Vouga.
Prevenir e controlar
a pré-obesidade e
obesidade infantil.
Público alvo:
Crianças do ensino
pré-escolar e 1º Ciclo
( 2º e 4º anos).
Pais e Encarregados
de Educação.
Comunidade educati-
va envolvida.
Em Outubro 2016 foi apresentada pela USP BV
uma candidatura à “Missão Sorriso”, com o
projeto “Na Medida Certa”, tendo sido con-
templada com um prémio de cerca de 18.000
euros. Este montante foi utilizado na aquisi-
ção de material informático e material didático,
a distribuir pelas equipas locais de saúde esco-
lar, para permitir uma melhor operacionaliza-
ção do projeto.
Foram também convidadas crianças de
uma IPSS local para participar no con-
vívio com a “Leopoldina”, tomar contacto e
familiarizarem-se com os materiais didáti-
cos.
Lusofonia da Alma Iolanda Duarte
Se um oceano nos separa e a cor da pele nos torna vulneráveis, a língua é o
passaporte para a irmandade guineense .
-Portuguesa ?
-Sim, respondo com alguma hesitação …..
-És da casa... és irmã !
Orgulhosos da sua identidade multicultural e pacificados com a história, vivem
sem preconceito as aventuras e desventuras do futebol português, que elegem co-
mo seu. As memórias coloniais são histórias do passado, não esquecidas, mas bem
resolvidas.
Numa população que não chega aos 2 milhões e em que a esperança média de
vida ronda os 55 anos, a sobrevivência é fruto quase exclusivo de uma selecção
natural, uma vez que o sistema de saúde existente, muito incipiente, sem recursos
humanos e materiais, não chega a todos nem a todo o lado . Até hoje, desde a inde-
pendência, nenhum governo chegou ao fim da legislatura, pois é deposto e substituí-
do por outro, o que dá uma instabilidade ao país que não lhe permite desenvolver.
E é neste contexto que eu aprendo o significado de pertencer a uma etnia, a uma
família e o verdadeiro sentido da honra e da palavra, que não precisa de ser escrito,
apenas ser garantido pelo régulo (chefe da tribo ) .
E o que dizer de uma adolescente que partilha comigo o único ovo que tem co-
mo alimento para aquele dia ?
O que mais guardo da Guiné? ……. olhares e sorrisos intransponíveis na sua
generosidade, que me apaziguam as saudades de casa e que impulsionam a voltar,
uma e outra vez .
Não é uma questão de pele é uma questão de alma, a alma lusófona.
Criança no Hospital Nacional
Simão Mendes
Emília, mulher e mãe orgulhosa
de ser guineense
Expressão de estranheza peran-
te mim, por ver uma pelélé
( branca em crioulo ) pela primei-
ra vez
A Agulha
Rabiça que temo como faúlha.
Da vacina?
Nem por isso!
Mas a agulha…
Ai que sina!
Esse bico metediço,
Até me embrulha!
O que faço eu então?
Pudesse eu comer a vacina com pão…
Ai esse bico metediço
Podia saber a melão…
Podia saber a chouriço…
Mas não!
Venha lá essa vacina…
É prevenção!
Sabe disso quem me ensina,
E tem razão!
Mesmo com medo eu sou assim...
Sou valente!
Digo que sim!
E sigo em frente. Bigorna
Unidade de Saúde Pública—Morada: Av. Dr. Lourenço Peixinho, nº 42, 3804-502 - Aveiro Tlf: 234 401 200
Email: [email protected]