AS DERMATOSES MICOTICAS MAIS COMUNS NA INFÂNCIA

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    AS DERMATOSES MICOTICAS MAIS COMUNS NA INFNCIA

    SAIR

    OBJETIVAS

    TNEA CAPITIS

    a infeco fngica mais comum em peditria, de fato, precisamente, uma infeco fngica superficial(ou dermatofitose) do couro cabeludo, sobrancelhas e pestanas.

    Ela atinge principalmente a haste capilare os folculos.

    A etiologia representada porfungos:

    1. Trichophyton2. Microsporum (Microsporum

    canis e o Microsporum audouini)3. Trichophyton tonsurans

    responsvel poraproximadamente 90% dos

    casos de Tinea capitis

    A Tinea capitis afecta principalmentecrianas em idade escolar (3-7 anos). Atransmisso faz-se atravs do:

    contacto com animais infectadossolode pessoa para pessoa.

    Existem crianas e adultos portadores assintomticos. Chapus, pentes, almofadas e lenis garantem asobrevivncia dos fungos por longos perodos de tempo.

    O perodo de incubao desconhecido.

    A incidncia:

    maior em afro-americanosmdia em caucasianos e hispnicos,baixa nos asiticos.

    A incidncia de tinha do couro cabeludo nos adultos tem aumentado nos ltimos anos.

    Precisa ter cuidado com os seguintes aspectos:

    uma doena de fcil disseminaoos sinais clnicos so inespecificos, o que pode tornar o diagnstico muitodificilo tratamento eficaz geralmente demora, da, aumenta o nmero de portadoresassintomticos

    Por sso mesmo. importante que os profissionais de sade estejam atentos a esta hiptese de diagnstico.

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    ETIOPATOGENIA

    Desde que o esprulos so inoculados, as hifas do fungo crescem no estrato crneo da pele, de formacentrfuga. A progresso em profundidade se faz ao longo do cabelo e invadindo a queratina, medida queesta formada.

    Um tempo, a leso impercebvel. medida que o cabelo cresce, no 12 - 14 dia o primeiro dano (cabelosquebradios) aparece visvel sobre a superfcie da pele. Pela 3 semana j so evidentes cabelos partidos.

    A infeco continua a disseminar-se no estrato crneo envolvendo outros cabelos.

    A etiologia desta dermatomicose gerou uma classificao em funo de como os dermatfitos formam esporosdepois de invadir a haste capilar:

    infeco ectotrix: significa que os esporos vem-se no exterior dahaste capilarinfeco endotrix: os esporos, que medem entre 4 e 8 m,dispem-se ao longo da haste capilar; (Trichophyton spp)

    A tinha favosa uma forma de Tinea capitis causada essencialmente pelo T. Schoenleinii. Tem uma formacaracterstica de invaso endotrix em que h muito poucos esporos presentes, visualizando-se as hifasparalelas haste capilar. Geralmente surge em pessoas com ms condies de higiene e baixo nvelscio-econmico, com elevada transmisso intradomiciliria.

    FORMAS CLINICAS:

    Forma tonsurante: placas de descamao no couro cabeludo (nica ou mltiplas), com cotos pilosos (plostonsurados). Evoluo crnica.

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    Inflamatria (qurion ou kerion celsi). Forma aguda (microabscessos) - simula infeco bacteriana.

    CLNICA

    So vrias e vrias formas de manifestao da tinea:

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    dermatose descamativa no inflamatria (semelhante dermatite seborreica)doena inflamatria com leses eritematosas e descamativas com alopcia(leses tipo Krion celsi), ou seja, fenmenos inflamatrios, de tipo foliculiteagrupada, que surgem sobre reas pilosas. Produzem-se ndulos, comtendncia supurativa, que quando acentuada, promove a expulso dos plosparasitados e na sua resoluo ficam cicatrizes que originam uma alopciadefinitiva.

    Nas formas agudas comum haver febre, tumefaco ganglionar regional e, eventualmente, aparecimento deerupo secundria designada porides.

    As infeces produzidas por fungos, em fase agudos, inflamatrios, podem ser

    responsveis por reao disidrtica distncia: a erupo vesico-bolhosa

    apresenta-se nas mos e/ou nos ps, sendo achado o fungo somente no foco de

    infeco original (no local da inflamao produzida pelo fungo). As

    manifestaes distncia so chamadas "-ides" (nesse caso, mcides). O exame

    direto positivo para dermatfitos no foco e negativo na leso de mcide. O

    fenmeno da manifestao distncia tido como resposta a absoro de

    produtos antignicos oriundos dos fungos, Infeces bacterianas tambm podem

    ser responsveis pelo aparecimento de disidrose.

    O tipo de leso vai depender da interaco entre o hospedeiro e o agente etiolgico.

    Podemos distinguir:

    I) INFECES ECTOTRIX

    a) Infeces Ectotrix com esporos pequenos:

    o fungo causador antropoflico (ex M. ferrugineum)pequena rea circular que se estende lentamente, poucoescamosa e eritematosa, com perda parcial do cabeloleses inflamatrias quando o agente etiolgicoresponsvel uma espcie zooflica ou geoflica (ex. M.canis)

    b) Infeces Ectotrix com esporos grandes:

    causadas por espcies zooflicas: T. verrucosum e T.mentagrophytescaractersticas inflamatrias mais evidentes do que ascausadas por M. canisleses solitrias com reas de tumefaco e pstulas(Krion) com perda de cabelos.

    II) INFECES ENDOTRIX

    reas circulares de alopcia com ligeiro eritema edescamaodescamao disseminada com eritema generalizado,tipo dermatite seborreica, levando a uma perdaprogressiva de cabelo.por vezes desenvolve-se um Krion, seguido decicatrizao e alopcia permanente.

    III) FAVO

    crostas e escamas amarelas e aderentes (esctulafvica)podendo complicar-se de alopcia cicatricialformas de infeco por T. schoenleinii semelhantes adermatite seborreicaexiste a falsa tinha amiantcea, dificultando o seudiagnstico.raramente, a tinha favosa pode ser provocada pelo T.violaceum e M. gypseum.

    DIAGNSTICO

    importante estabelecero agente etiolgico especfico.

    Na microscopia ptica encontraremos elementos do fungo em amostras de cabelo ou pele infectada. Fungoe fungo, pode ser qualquer um, ento, para a identificao do agente especfico precisamos de cultura. O

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    diagnstico correcto porque clinicamente as leses podem ser semelhantes mas a teraputica difere.

    A colheita das amostras de pele deve ser feita nas zonas de alopcia por raspagem. Os cabelos devem serigualmente raspados do couro cabeludo e no arrancados. As amostras devem ser humedecidas com umagota de hidrxido de potssio 30% (KOH) e observadas ao microscpio ptico com baixa intensidade de luz ecom pouca ampliao. Os dermatfitos mostram hifas ramificadas e compridas de uma cor verde plidocaracterstica.

    Frequentemente no vemos as hifas mas sim o cabelo fragmentado e normalmente rodeado de mltiplosesporos:

    A cultura dos fungos uma tcnica simples e faz-se em meios j preparados e comercializados para oefeito, sem necessidade de estufa.

    Os patogneos mais comuns crescem nos meios Sabouraud dextrose agar. Contudo, contaminantescrescem tambm rapidamente neste meio, mascarando os verdadeiros patogneos.

    Assim, necessrio adicionar ciclohexamina e cloranfenicol para tornar o meio mais selectivo para oisolamento do dermatfito (Mycosel, Mycobiotic).

    O Dermatophyte Test Medium (DTM) contm um indicador de pH de fenol, que serve para diferenciar osdermatfitos de outros fungos. As diferentes espcies de Trichophyton podem ser distinguidas pelas suasnecessidades nutricionais, reveladas nos meios Trichophyton agar n 1 a 7, com diferentes suplementos. Saps 4 semanas sem crescimento que as culturas podem ser consideradas negativas.

    METODO ALTERNATIVO

    Podemos diferenciar algumas espcies com um mtodo semiquantitativo: a lmpada de Wood - uma fonteartificial de luz ultravioleta de longo espectro. Observamos:

    uma fluorescncia verde brilhante nos cabelos infectados poralgumas espcies de Mycrosporum.uma fluorescncia verde acizentada em caso de infestao com

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    T. schoenleiniioutras espcies de Trichophyton noapresentam fluorescncia

    O diagnstico diferencial deve ser efectuado com as seguintes situaes:

    Dermatite seborreicaFalsa tinha amiantceaTricotilomaniaAlopcia traumtica

    PsoraseImptigo/ foliculiteAlopcia areataDermatite atpicaSfilis secundria

    TRATAMENTO

    REGRA NO 1: os medicamentos tpicos no so capazes de penetrarem adequadamente no folculo e hastecapilar

    A griseofulvina, disponvel desde 1958, o nico antifngico de administrao oral autorizado pela U.S.Food and Drug Administration (FDA) para tratamento das tinhas do couro cabeludo nas crianas.

    A dose de 10 a 20 mg/Kg/dia, durante seis a oito semanas, devendo ser tomado com uma refeio gordapara facilitar a absoro.

    No comrcio achamos ela como:

    FULCIN Uso peditrico ou adulto. Apresentaes: Comp. emb. c/20 c/500mg cada.SPOROSTATIN Uso adulto e peditrico (acima de 2 anos de idade).Apresentaes.Comp. sulc. ct. c/20. Composio. cada comp. sulc.: griseofulvinamicrocristalina 500mg.

    Podem surgir reaes adversas como:

    sonolnciacefaleias

    nuseasfotossensibilidadereaces urticariformes

    O uso do champ de sulfureto de selnio a 2,5%, duas vezes por semana, associado a griseofulvina, reduz afrequncia de culturas positivas.

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    Outra alternativa o champ de cetoconazol a 2%.

    Pode ser til o uso de queratolticos que promovem a remoo do estrato crneo, local principal de infecofngica nas micoses superficiais. Deve sersempre alertada a necessidade de evitar a partilha de objectospessoais como pentes, escovas, chapus, toalhas, roupas ou almofadas.

    Tratando-se de espcies antropoflicas, os contactantes da pessoa infectada devem fazer o tratamentocom champs antifngicos para reduzir o estado de portador assintomtico e evitar a propagao da doena.

    A terbinafina, o itraconazol e o fluconazol tambm so eficazes no tratamento da tinha do couro cabeludo,apesar de ainda no terem sido aprovados pela FDA para a idade peditrica.

    As doses recomendadas:

    terbinafina - 3 a 6 mg/kg/dia, durante 2 a 6 semanas,

    No h ainda casos descritos de uso de terbinafina em crianas com idade

    inferior a 2 anos. Aps esta idade, parece ser bem tolerada, com poucos

    efeitos laterais descritos, sendo as mais comuns perturbaes

    gastrointestinais e exantema cutneo, em cerca de 2% das crianas

    tratadas.

    itraconazol de 3 a 5 mg/Kg/dia, durante 2 a 4 semanas

    O itraconazol tem sido usado para tratar casos de Tinea capitis por M.

    canis e T. tonsurans, com bons resultados e sem efeitos laterais descritos.

    fluconazol de 6mg/kg/dia durante 20 dias.

    A complicao tipo Krion necessita da teraputica associada de corticide oral, durante os primeiros 8 a 15dias, para reduzir a inflamao e a incidncia de cicatriz.

    NO ESQUECER!

    A Tinea capitis tem um impacto social marcado, causando grande preocupao aos pais e professores, levando restrio de actividades sociais e da frequncia escolar pela criana infectada. aconselhvel o absentismo escolar at 5 dias aps o incio da teraputica oral.As infeces provocadas por espcies zooflicas implicam a observao veterinria dos animais de estimaoem contacto.

    CANDIDIASE

    Vrias espcies do gnero Cndida (nome anterior do gnero era Monilia - o termo monilase ainda usadoocasionalmente) causam candidase de pele ou de membranas mucosas.

    A maioria das infeces humanas tem como agente patgeno C. albicans

    C. parapsilosis, C. tropicalis, C. krusei, C. lusitaniae, C. glabrata (antes Torulopsis glabrata) e vrias outrasespcies tm sido relatadas como patgenos com uma freqncia cada vez maior.

    O fungo tem quatro formas morfolgicas:

    clamidosporos de parede dupla (7 a 17 mm de dimetro)blastporos ovais a redondos ou clulas leveduriformes (3 a 6 mm dedimetro)pseudo-hifa (processos filamentosos que se alongam da clulaleveduriforme sem a conexo citoplasmtica de uma hifa verdadeira)pseudomiclio, que uma massa de pseudo-hifas e representa a fasetecidual da Cndida

    A Cndida cresce aerobicamente em meios de cultura rotineiros de laboratrio, mas pode necessitar devrios dias de incubao.

    C. albicans ser o patgeno isolado com mais freqncia um rpido teste microbiano de tubo deve ser realizadoantes de mais testes de identificao. C. albicans a nica espcie que forma um tubo de germes quandosuspenso em soro de coelho ou humano e incubado por 1-2 horas.

    As outras espcies clinicamente importantes podem ser identificadas dentro de 48 horas com base nosresultados dos, testes bioqumicos.

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    A Cndida uma causa comum de infeces da membrana mucosa oral (candidase oral) e infeces de peleperineais (dermatite de fraldas) em crianas recm-nascidas. Com a melhora da sobrevida das crianas commuito baixo peso, as infeces disseminadas por Cndida tm tornado-se mais frequentes em berarios decuidados especiais.

    EPIDEMIOLOGIA

    Nos adultos, C. albicans parte comum da microbiota gastrintestinal e vaginal. para lembrar que, na mulher, ataxa de colonizao vaginal aumenta na gravidez (de menos de 20% a mais de 30%)

    Nos cinco primeiros dias de vida 10% de crianas a termo so colonizados gastrointestinal e respiratrio. Apsduas semanas de idade acontece a colonizao da pele. Em crianas pesando menos de 1.500 g a colonizaose aproxima de 30%.

    Os fatores de risco neonatais para candidase invasiva:

    1. prematuridade2. cirurgia abdominal3. suporte ventilatrio prolongado4. cateterizao intravenosa prolongada5. nutrio parenteral6. administrao de antibiticos de amplo espectro

    PATOGENIA

    Danos de mecanismos de defesa especficos e no-especficos de uma criana recm-nascida poderesultar em inabilidade de localizar, controlar e erradicar infeces por Cndida

    A entrada e invaso pela Cndida frequnte pelas superfcies mucocutneas e a colonizao decateteres intravenosos.A infeco clnica est relacionada quantidade inoculada.

    O problema que, acontecendo a disseminao hematognica, h risco de vasculite e ndulos miliares emmuitos rgos:

    fgadobaopulmesrinstrato gastrintestinalcoraoolhosmeninges

    MANIFESTAES CLNICAS

    As manifestaes de candidase neonatal sistmica - formas de extrema gravidade:

    candidase oral com infeco fngica secundriadermatite de fralda com infeco fngica secundriafungemia que pode ser assintomtica ou pode estar associada a sepse echoque, indistinguvel da sepse bacteriana.

    A Cndida causa doena significativa em 2% a 5% de crianas prematuras, pesando menos de 1.500 g.

    Quase metade destes pacientes apresenta evidncia cutnea de infeco por Cndida. O organismopoderia ser cultivado das leses de:

    eritrodermia difusavesicopstulas

    Em mais de 50% dos pacientes h envolvimento renal, que tem as seguintes formas clinicas:

    subclnicacandidria persistentemassa no flanco,

    hipertenso,insuficincia renal,abscessos renais,necrose papilarbolas fngicas no sistema coletor renal (obstruo ehidronefrose)

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    Em at um tero dos casos h envolvimento do sistema nervoso central. A leso consta em formao deabscessos nas meninges, nos ventrculos, ou no crtex cerebral.

    Pior que a doena do sistema nervoso central pode ser inaparente. As manifestaes clnicas faltam as vzes,ou seja, uma avaliao do lquido cefalorraquidiano em todos os recm-nascidos com candidasedisseminada mais que obrigatrio.

    Tambm obrigatrio o exame da retina que deve ser feitos em recm-nascidos com candidase sistmica,porque o endoftalmite foi observado em at 45% dos casos.Sobre esse exame de retina tem mais uma coisa importante: so necessrios varios, e no somente um...Porque? Isso imprescindvel para monitorar a resoluo das leses retinianas. A endoftalmia se inicia com

    corioretinite mas o pior que ela pode se estender ao vtreo.

    A candidase que acomete a retina apresenta-se como exsudatos com aspecto de bolas de algodo.

    Pneumonia ocorre em at 70% dos pacientes com candidemia disseminada com base nos estudos de autpsia,embora em alguns pacientes no haja evidncias radiogrficas de pneumonia na avaliao inicial. As culturas dotubo endotraqueal no tm bom valor preditivo para mostrar envolvimento pulmonar.

    Em 20% dos casos a candidase pode causar osteoartrite.

    Vasculite da aorta ou veia cava endocardite, trombos infectados nos vasos e trio direito so complicaespossveis.

    A) FORMA ORAL

    A candidase oral ou a pseudomembranosa uma infeco superficial da membrana mucosa que afetaaproximadamente 2% a 5% dos recm-nascidos normais.

    Fonte de infeco: mes (no parto) permanecendo colonizadas. Pode se desenvolver to precocemente quantosete a 10 dias de vida.

    No primeiro ano de vida recorrncia ou persistncia da candidase favorecida por uso de antibiticos.

    Os antibioticos so utilizados, normalmente, para acabar com os

    germes patgenos. Mas ele no sabe fazer a diferena entre estes e a

    flora saprofita, fisiolgica, presente normalmente nas mucosas, cuja

    funo - entre outras - proteger as entradas de outros germes, entre

    os quais a Candida. O antibiotico vai eliminar, ento, a flora normal,

    junto com a flora patgena, o resultado sendo um desequil ibrio da flora

    saprofita (disbiose) que vai permitir o desenvolvimento dos fungos que,

    em condies normais no conseguiriam nada.

    A mucosa e invadida superficialmente por placas de Cndida. Quando falamos de mucosa trata-se de lbios,

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    mucosa oral, lngua e palato.

    Podemos confirmar o diagnstico retirando as placas destas superfcies o que vai causar reas de discretosangramento.

    QUADRO CLINICO

    H formas assintomticas e formas com dor, desconforto e diminuio do apetite .

    incomum aps os 12 meses de idade , mas pode ocorrer em crianas mais velhas, quando tratadas com

    antibiticos.Quando aparece sem razes aparentes (como um tratamento antibitico recente), merece investigao embusca de alguma doena de base , como diabete melito ou imunodeficincia, especialmente infeco pelo HIVtransmitida verticalmente (especialmente se for persistente ou recorrente)

    O tratamento de casos brandos pode no ser necessrio. Quando h necessidade de tratamento, o agenteantifngico mais prescrito a nistatina.

    Os agentes teraputicos eficazes:

    gel de miconazol (No Brasil se chama DAKTARIN)suspenso de anfotericina Bvioleta gencianaclotrimazol

    Para infeces recorrentes ou resistentes, uma nica dose de fluconazol pode ser til. O fluconazol tem-semostrado seguro em crianas prematuras, e eficaz em doses nicas em crianas infectadas com HIV e comcandidase oral.

    Em crianas alimentadas ao seio materno, uma dose nica de suspenso de fluconazol pode ser adequada notratamento da me e de sua criana.

    B) DERMATITE DE FRALDAS

    Conhecida, tambm, como monilase perineal a infeco mais comum causada por Cndida. Tempreferncia para as reas intertriginosas do perneo.

    COMO : se apresenta como um eritema papularconfluente com ppulas eritematosas satlites.

    A dermatite de fraldas por Cndida muitas vezescomplica outras dermatites no-infecciosascausadas por fraldas e ocorre como um efeitocolateral do tratamento antibitico oral. Muitosmdicos tratam qualquer erupo perineal queesteja presente por mais de trs dias comoCndida.

    O tratamento geralmente com creme, p ou pomada de nistatina; creme de clotrimazol a 1%; pomada demiconazol a 2%, ou creme ou pomada de anfotericina.

    Se uma reao inflamatria significativa estiver presente, a adio de hidrocortisona a 1 % pode ser til noprimeiro ou segundo dia. A combinao de drogas com corticosterides tpicas, comoclotrimazol/triamcinolona, deve ser usada com cautela ou no ser usada em crianas, porque oscorticosterides tpicos relativamente potentes podem levar a efeitos colaterais locais no desejados. As trocasfreqentes de fraldas e curtos perodos sem fraldas so tratamentos adjuntos importantes.

    A dermatite das fraldas um diagnstico de localizao, que engloba um amplo grupo de dermatoses deetiologia multifactorial. A dermatite da fralda irritativa primria o sinnimo de dermatite da fralda.

    De fato, falamos sobre termos genricos: dermatite das fraldas, eritema da fralda, dermite da fralda. Nofinal, tudo faz parte de um conjunto de dermatoses inflamatrias, que atingem a rea do corpo coberta pelafralda.

    O QUE INCLUIMOS QUANDO FALAMOS SOBRE A DERMATITE DE FRALDAS?

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    Principalmente com fins didcticos inclumos na dermatite das fraldas:

    a) dermatite da fralda irritativa primria

    b) a dermatite de contacto alrgica s borrachas da fralda (muito rara)

    c) as dermatites exacerbadas pelo uso destas:

    psorase,eczema atpico,dermatite seborreica,

    miliria,dermatite Candidisica,dermatite de contacto alrgica

    d) as dermatites que ocorrem nesta localizao mas que no se relacionam com o seu uso

    acrodermatite enteroptica,histiocitose de clulas Langerhans,granuloma glteo infantil,dermatite estreptoccica perianalimpetigo

    DERMATITE DA FRALDA IRRITATIVA PRIMRIA

    Dermatite em W (considerada por alguns autores sinnimo de dermatite das fraldas).

    A dermatite da rea da fralda mais prevalente (provavelmente a afeco cutnea mais frequente na 1 infncianos pases desenvolvidos) constitua-se num grande desconforto para a criana.

    A sua prevalncia exacta desconhecida, porque geralmente tratada de forma conservadora em casa. Aidade prevalente entre os 6 e os 12 meses.

    No tem predileco por sexo ou raa.

    A dermatite das fraldas se chamava antes dermatite amoniacal porque vrios pesquisadores acreditavam que aamnia libertada na urina, fosse o principal factor envolvido na etiologia desta. Em 1977 se demonstrou atravsde testes epicutneos que a amonia no tem implicao nenhuma. Ou seja, o papel preciso das fraldasmantm-se desconhecido.

    A teoria multifactorial veio depois, a dermatite da fralda irritativa primria sendo assim interpretada como oresultado final de uma cascata de eventos.

    FASE I: Ento o que desencadeia o processo seriam as leses a nvel do estratocrneo, induzidas por exposio a mltiplos factores, tais como:

    hiperhidrataofricotemperaturairritantes qumicosurinafezes

    FASE II: factores adicionais do mesmo tipo potenciam o comprometimento dabarreira cutnea, originando um ciclo vicioso vulnervel s infeces por agentesmicrobianos oportunistas (Candida albicans)

    ETIOLOGIA:

    No desenvolvimento da dermatite da fralda irritativa primria tm de ser considerados vrios factores:

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    1. Fraldas

    A fralda por si s, muito raramente ou nunca est implicada no desenvolvimento de dermatites irritativas oualrgicas, apesar da preferncia para o termo dermatite da fralda"

    A melhoria na qualidade do material destas fraldas descartveis, superabsorventes com capacidade de absorode gua 50 vezes superior, com 3 camadas:

    uma interna que funciona como filtro,uma intermdia com capacidade de absoro de lquidosuma externa prova de gua (previne a perspirao e dessa forma aumenta

    a temperatura e umidade local, tendo um papel fundamental naimpermeabilidade da fralda).

    Isto resultou em diminuo da frequncia e severidade da dermatite das fraldas e melhoria dos cuidados dehigiene. Contudo, sendo mais oclusivas. as fraldas modernas predispem a dermatite de contacto alrgica.

    Como seria a fralda ideal (que ainda no existe)?

    boa capacidade de conter gua.permitir um bom arejamento (menos oclusiva)mudar de cr imediatamente aps a criana urinar

    2. Fezes / Urina

    A amnia libertada na degradao bacteriana da uria urinaria. Ela no constitui a causa primria dadermatite das fraldas pode actuar como um factor agravante numa pele previamente lesionada. Contudo sabido que a exposio prolongada da pele urina aumenta a sua permeabilidade a substncias irritantes.

    No improvvel que outros produtos resultantes da degradao da urina, ainda no identificados,desempenhem um papel importante no desencadeamento da dermatite.

    A barreira epidrmica pode ser prejudicada pelas enzimas digestivas proteolticas e lipolticas das fezes dascrianas. Em caso de diarria, por exemplo, o contacto com as fezes prolongado. O aumento do pH localaumenta a actividade das proteases e lipases fecais, constituindo estas enzimas factores importantes naetiopatogenia da dermatite.

    3. Frico

    Tem dois tipos de frico durante os movimentos da criana:

    frico pele-pelefrico pele-fralda

    A frico um factor de predisposio e nem de longe um factor dominante

    A predileco desta dermatite pelas superfcies convexas (genitais, ndegas, parte inferior do abdmen erea proximal das coxas) e pelo no atingimento das pregas, conhecida tambm por dermatite em forma de W

    4. Hidratao

    O ambiente de hiperhidratao causado no apenas pelas fraldas, mas tambm pela ureia urinria e por certassiuaes clnicas como febre.

    Apesar das fraldas modernas conterem material absorvente que reduziu significativamente a humidade da reada fralda, o ambiente tropical, quente e hmido no foi ainda completamente eliminado.A hidratao excessiva responsvel por macerao cutnea que leva posteriormente a alteraes dafuno barreira da epiderme, criando o ambiente ideal para a proliferao de microorganismos.

    5. Temperatura

    Um aumento da temperatura local, causada pela perspirao da pele subjacente leva a vasodilatao econsequentemente a inflamao

    6. Irritantes qumicos

    Tm um efeito txico directo sobre a pele. Entre eles destacam-se alguns leos, desodorizantes econservantes.

    7. Substncias com capacidade sensibilizante

    A dermatite das fraldas muitas vezes confundida com a dermatite de contacto alrgica s fraldas,contudo esta situao excepcional nos primeiros anos de vida,

    8. Microorganismos

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    A Candida albicans contamina frequentemente crianas com dermatite das fraldas com mais de 3 dias deevoluo, sendo muito raramente isolada na ausncia de dermatite. H forte associao entre a severidade dadermatite e o n de colnias.

    As opinies so diferentes. Tem autores que acreditam que a C. albicans invada apenas secundariamente apele lesada. Outros defendem que esta possa desempenhar um papel primrio.

    evidente que inmeras bactrias so implicadas, contudo, as evidncias mais recentes favorecem a infecopela C.albicans.

    CLNICA:

    O aspecto clssico de eritema brilhante, confluente com aspecto envernizado. Ao longo do tempo pode serque o quadro clinico mude.

    Tambm, pode se apresentar como ppulas eritematosas, associadas a edema e ligeira descamao.

    Tipicamente vai achar isto nas reas de maior contacto com a fraldadermatiteem W:

    superfcies convexas das ndegas,

    coxas,parte inferior do abdmen,pubis,grandes lbiosescroto.

    As pregas so poupadas.

    Quando o eritema comea a resolver, a pele torna-se enrugada com aspecto apergaminhado.

    Em crianas com menos de 4 meses de idade, a primeira manifestao pode ser um ligeiro eritemaperianal.

    H subtipos morfolgicos menos frequentes de dermatite da fralda irritativa primria:

    a) dermatite das mars eritema em banda, confinado apenas s margens dafralda na rea do abdmen e das coxas, resulta da frico constante queocorre no bordo da fralda, agravada porciclos consecutivos de humidade esecagem.

    b) dermatite de Sevestre-Jacquet, dermatite de Jacquet, pseudo-siflide deJacquet ou eritema papuloerosivo sifilide, forma incomum e grave dedermatite da rea da fralda que se desenvolve pela persistncia eintensidade do agente agressor, associao de fatores agravantes (irritantestpicos, fungos) e/ou por manejo inadequado. Caracteriza-se porppulas firmese salientes, de colorao vermelho-escura ou violcea, que sucedem fase vsico-erosivo-ulcerativa, e suas ulceraes so ovais ou redondas, com fundo raso e deconfigurao crateriforme, leses papuloerosivas e lceras.

    Atinge mais frequentemente crianas mais velhas. Nos rapazes, as lceraspodem envolver a glande e o meato urinrio, causando desconforto e disria.

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    DIAGNSTICO DIFERENCIAL

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    PREVENO

    Trata-se de um conjunto de medidas que tm como principais objetivos:

    manter a rea seca,

    limitar a mistura e disperso da urina e das fezesreduzir o contacto com a peleevitar irritao e maceraomanter, sempre que possvel, um pH cido.

    Isto deveria servir tanto para a preveno quanto para o tratamento da dermatite da fralda irritativa primria.

    Como no existe dermatite das fraldas em crianas que no usam isto, assim, a remoo da ocluso,permanece a melhor e mais antiga medida na preveno e tratamento desta situao.

    As medidas preventivas incluem a eliminao ou minimizao de todos os factores implicados na etiopatogeniadesta entidade, de fato, so 5 aspectos fundamentais na preveno da dermatite das fraldas:

    1. Frequncia da troca de fraldas

    2. Capacidade de absoro das fraldas.3. Controle de infeces.4. Fraldas descartveis versus fraldas de pano.5. Higiene diria.

    Frequncia da troca de fraldas

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    A fralda deve ser mudada, sempre que possvel, aps a criana defecar ou urinar.

    Em recm-nascidos a troca deve ser horria, enquanto nas restantes crianas com 3 a 4 horas de intervalo.

    Capacidade de absoro das fraldas.

    Hoje em dia, a maioria das fraldas comercializadas contm um material acrlico em gel superabsorvente, eficazem manter a rea da fralda seca e em meio cido. Contudo isto no deve constituir um estmulo para os paismanterem a mesma fralda por perodos mais longos.

    Controlo de infeces.

    A C.albicans contamina frequentemente a dermatite da fralda. A infeco por esta levedura deve ser consideradaem dermatites com mais de 3 dias de evoluo

    Fraldas descartveis versus fraldas de pano.

    As fraldas descartveis suprabsorventes so as que possuem maior capacidade de manter a rea da fraldaseca. Em 3 estudos, em que foram comparadas fraldas descartveis superabsorventes com fraldas de pano, foidemonstrado que as primeiras produzem um nmero significativamente menor de eritema. No foram descritasainda reaces alrgicas ao material absorvente contido nas fraldas descartveis. Apesar disso vrios autoresdo preferncia s fraldas de pano pela menor ocluso que estas provocam

    Higiene diria

    A higiene da rea da fralda com gua morna e algodo, sem recorrer a sabonetes, suficiente na limpezadiria. Quando so utilizados sabes suaves, estes no devero ser aplicados mais do que 2 vezes pordia.Apesar dos toalhetes de limpeza serem prticos e libertarem um cheiro agradvel, no so recomendados pelamaioria dos autores.Aps cada muda de fralda, dever ser aplicada uma pasta protectora ou um emoliente. As pastas soconstitudas pela mistura de ps ( ex: xido de zinco, amido, dixido de titnio) com gorduras (ex: vaselina eparafina ). Aderem bem pele, tm boa capacidade de absoro e reduzem a macerao.Desconhece-se se os aditivos presentes em alguns cremes barreira (ex: vitaminas) melhoram a sua qualidade,embora sejam conhecidas reaes de sensibilizao tanto irritativas como alrgicas.

    Preparaes contendo cido brico e p talco (p de amido) devem ser evitados pelos riscos de toxicidadee de desenvolvimento de granulomas.

    TRATAMENTOO tratamento mdico consiste em medidas simples, ajustadas de acordo com a severidade e o tipo de dermatite.

    1. Se uma dermatite no melhora aps higiene adequada e aplicao de cremesbarreira, poder-se- adicionar um creme com aco anti-candida ( ex:nistatina ou derivados do imidazolclotrimazol, econazol, cetoconazol, miconazol e sulconazol).

    2. Se o eritema persistir pode-se associar um corticide de baixa potncia(ex: hidrocortisona a 1%) no mximo 2 vezes por dia. Corticides de potncia,mais elevada esto contra-indicados pelo risco aumentado de atrofia e deestrias, alm de que o efeito oclusivo da fralda aumenta a potncia docorticide aplicado.

    3. Em dermatites severas e prolongadas, podem ser utilizados alcatres em

    pomada. Em alguns pases o seu uso est contraindicado pelos riscos decarcinognese.

    4. Anti-fngicos orais com aco anti-candida (fluconazol, cetoconazol)podem ser necessrios em dermatites difceis de controlar, tendo comoobjectivo principal tratar a colonizao intestinal por candida.

    5. Em situaes de infeco bacteriana secundria, podem ser utilizados vriosantibacterianos de acordo com a clnica da dermatite

    INFECES PERIUNGUEAIS

    A paroniquia e onicomicose podem ser devido a Cndida, embora este agente seja muito menos comum que o

    Trichophyton ou Epidermophyton como causa de infeco periungueal.A onicomicose por Cndida difere das infeces por tinha, pela sua propenso de envolvimento das unhasda mo e no do p e pela paronquea associada. As infeces por Cndida muitas vezes respondem atratamentos consistindo em manter as mos secas e usar um agente antifngico tpico. Um curto curso deterapia sistmica com uma droga antifngica azlica oral pode ser necessria.

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    A onicomicose uma infeco que atinge as unhas, causada porfungos. As fontes de infeco podem ser osolo, animais, outras pessoas ou alicates e tesouras contaminados.

    As unhas mais comumente afetadas so as dos ps, pois o ambiente mido, escuro e aquecido, encontradodentro dos sapatos e tnis, favorece o seu crescimento. Alm disso, a queratina, substncia que forma asunhas, o "alimento" dos fungos.

    DEFINIO:

    Onicomicose uma infeco ungueal causada por dermatfitos, leveduras e fungos filamentosos no

    dermatfitos. So classificadas clinicamente em

    onicomicose subungueal distal,onicomicose superficial branca,onicomicose proximal subunguealonicomicose distrfica total

    O exame micolgico requer treinamento de pessoal especializado:

    1. limpeza prvia do stio de coleta com lcool etlico2. garantir uma quantidade de material adequada3. escolha o local de acordo com a forma clnica de onicomicose:

    distal e lateral: transio unha sadia-alterada;

    superficial branca - lmina ungueal;proximal subungueal - leito ungueal proximal;distrfica total - leito ungueal por curetagemonicomicose por Candida - prega unguealoniclise - subungueal proximal

    O exame micolgico direto realizado aps a clarificao das escamas com soluo aquosa de hidrxido depotssio e dimetil sulfxido.

    Soluo aquosa de KOH + DMSO (dimetil sulfxido):

    DMSO....................................40 mlgua destilada...................... 60 mlKOH ......................................20 g

    soluo aquosa....................100 mlA cultura realizada em gar Sabouraud com cloranfenicol ou gar Sabouraud com cloranfenicol ecicloheximida (Mycosel ou Mycobiotic).

    E se no for possvel identificar a espcie do fungo atravs da cultura?

    Neste caso util izada a tcnica de microcultivo em lmina.

    Utilizam-se, por isto, placas de Petri contendo lminas dispostas sobre um

    basto de vidro. Com todo cuidado e assepsia, um pequeno quadrado (1 cm) de

    gar Sabouraud posto sobre a lmina. Com ala de platina, retira-se um

    pequeno fragmento de uma colnia e semeiam-se os lados do gar. Uma

    lamnula estril vai ser colocada sobre o gar e gua destilada estril na placa

    para evitar dessecamento do meio.Quando houver desenvolvimento satisfatrio, submeta-se ao do formol (0,5

    ml durante 1 hora) retire a lamnula e o fragmento do meio de cultura. Coloca-se,

    numa lmina, uma gota de lactofenol azul algodo e a lamnula em cima.

    Importante que podemos utilizar algumas tcnicas para ampliar a preciso do diagnstico etiolgico.

    Quando possvel, as coletas devem ser realizadas em diferentes ocasies, com intervalo de uma semana.

    Quando so isolados fungos filamentosos no dermatfitos, devem ser realizadas culturas repetidas (nomnimo trs), sendo o material coletado em diferentes ocasies. Colnias sugestivas devem ser repicadas eisoladas. Quando h dvida diagnstica, associao de mtodos diagnsticos (exame direto + cultura) pode serbastante til.

    IMPORTANTE!

    importante salientar que na coleta do material o paciente deve estar sem uso de antifngico tpico huma semana e/ou antifngico sistmico h dois mses.

    H condies facilitadoras da instalao das onicomicoses:

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    doenas da microcirculaodiabetes,hipertenso arterial

    imunossupresso,hiperhidrose,psorase ungueal,deformidades ortopdicas

    Deve ser realizada avaliao laboratorial antes de se iniciar o tratamento (funo heptica, colesterol e examesgerais), e duranteo tratamento, dependente das condies clnicas do paciente. As condies clnicas do paciente limitadoras dotratamento:

    hepatopatia,insuficincia renal,sndrome de m absoro,gastrite.

    Dependendo da forma clnica ou agente etiolgico, pode-se esperar uma resposta teraputica varivel, maior oumenor dificuldadediagnstica e maior ou menor durao do tratamento.

    TRATAMENTO

    No tratamento das onicomicoses, alm do diagnstico preciso, vrios fatores interferem na escolha do melhormtodo teraputico e no resultado final do tratamento.

    1. Fatores inerentes idade, em especial aos grupos etrios abaixo de 10anos e acima de 60 anos. Estes grupos tm caractersticas prprias quetero importncia na escolha da droga, via de administrao, dose e duraodo tratamento.

    2. O sexo tem influncia, seja pela maior preocupao com o aspecto esttico,ou por atividades profissionais.

    3. O nvel scio-econmico vai ter importncia no acesso a determinadasmedicaes.

    4. Hbitos, hobbies e atividades desenvolvidas pelos pacientes tambmpodem ser determinantes

    H possibilidade de interaes medicamentosas. Por atuarem em enzimas do sistema citocromo P-450, sopassveis de apresentarem interao com outros medicamentos.e

    As drogas de uso sistmico utilizados no tratamento das onicomicoses pertencem basicamente a dois grandesgrupos farmacuticos:

    os derivados azlicosas alilaminas

    Atualmente a teraputica das onicomicoses est baseada em trs tratamentos distintos:

    terapia tpica (incluindo avulso da lmina ungueal afetada)terapia sistmicaterapia combinada

    Terapia Tpica

    Est indicada nos casos em que a matriz ungueal no est envolvida, quando existir contra-indicao notratamento sistmico, na onicomicose superficial branca e na profilaxia ps-tratamento. Tem como vantagem obaixo nvel de efeito sistmico e interao medicamentosa.

    As drogas utilizadas na terapia tpica das onicomicoses so:

    amorolfina 5% esmalte,ciclopirox 8% esmaltetioconazol soluo 28%.

    A droga ideal para o tratamento tpico deve ter penetrao efetiva e altas concentraes na lmina ungueal.

    Estudos demonstram que a amorolfina 5% e o ciclopirox 8% em veculo esmalte atravessam a lmina ungueal eatingem o leito ungueal em concentraes superiores concentrao inibitria mnima para a maioria dos fungosque causam onicomicose.

    A amorolfina um derivado morfolnico com amplo espectro de ao, incluindo dermatfitos, leveduras e fungosfilamentosos no dermatfitos.Age em duas diferentes enzimas envolvidas na biossntese do ergosterol, modificando a morfologia da hifa,

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    atuando como fungicida e fungisttico.

    O ciclopirox est indicado contra dermatfitos, Candida spp, e alguns fungos filamentosos no dermatfitos.Atua em diferentes processos metablicos da clula, principalmente nas mitocndrias. As solues e cremesmostram-se pouco efetivos no tratamento das onicomicoses.

    A amorolfina est indicada para uso semanal enquanto o ciclopirox 8% est indicado para uso dirio, sendoque alguns trabalhos util izam esta droga trs vezes por semana.

    O lixamento deve ser feito semanalmente em ambas.

    Para diminuir a massa crtica fngica, permitindo uma maior concentrao e biodisponibilidade da droga emelhorar o debridamento da placa ungueal pode ser usada a avulso:

    1. qumica pasta de uria a 40% resulta em oniclise, possibilitando a remooda lmina ungueal

    2. mecnica abraso mecnica da placa ungueal pode ser utilizada com auxliodo dermabrasor, utilizando lixas dgua esterilizadas

    3. cirrgica, em desuso, pela possibilidade de distrofia temporria oupermanente da lmina, conseqente a traumas da matriz unguea

    Terapia Sistmica

    Est indicada nos casos em que a matriz ungueal est envolvida. Apresenta riscos de interaes

    medicamentosas e efeitos colaterais, porm considerada mais efetiva.

    As drogas mais utilizadas em nosso meio so:

    GriseofulvinaTerbinafinaItraconazolFluconazol

    Terapia Combinada

    A combinao da terapia tpica e sistmica pode aumentar as taxas de cura ou mesmo diminuir o tempo detratamento, no entanto ainda no existem trabalhos conclusivos. Tem a mesma indicao da terapia sistmica e

    a vantagem de ser mais efetiva quando comparada a monoterapia oral por possibilitar um efeito sinrgico.

    As indicaes absolutas para esta modalidade teraputica

    dermatofitomahiperceratose da placa ungueal (espessura maior de 2 mm)forma distrfica total.

    Outras indicaes relativas incluem a resistncia do paciente ao tratamento monoterpico e as demais formas deonicomicose.

    VULVOVAGINITES

    A vulvovaginite uma infeco por Cndida comum de pacientes do sexo feminino na puberdade ou ps-puberdade , que afeta at 75% de pacientes do sexo feminino durante sua vida.

    Os fatores de predisposio nas mulheres adultas incluem:

    gravidezuso de contraceptivos oraispouca higieneuso de antibiticos orais

    O QUE DIFERENTE PARA A CRIANA:

    As meninas na pr-puberdade com vulvovaginite por Cndida geralmente possuem um fator de predisposio

    como diabete melito ou tratamento antibitico prolongado. As manifestaes clnicas podem incluir dor ouprurido, disria, eritema vulvar ou vaginal, uma exsudao branca ou com consistncia de queijo e placasmucosas semelhantes candidase oral.

    A vulvovaginite por Cndida pode ser tratada efetivamente com cremes vaginais ou comprimidos de nistatina,clotrimazol ou miconazol. A terapia oral com uma dose nica de fluconazol to eficaz quanto clotrimazoltpico em mulheres. A candidase vulvovaginal persistente pode ser tratada com sgurana e eficcia com

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    fluconazol.

    A vulvovaginite a maior causa de demanda de consulta ginecolgica em pediatria, consistindo nainflamao dos tecidos da vulva e da vagina. Na criana, freqentemente, a vulva torna-se inicialmenteinflamada, com ou sem acometimento secundrio da vagina.

    Vrios fatores esto implicados na inflamao da rea genital:

    lbios vaginais delgados que no protegem o intrito,baixas concentraes de estrognio deixando a mucosa vaginal susceptvel irritaoe infeco,

    exposio a irritanteshigiene deficienteinfeco por patgenos especficos.

    H uma variedade de sintomas:

    corrimento vaginalprurido/queimao vulvardisria

    Ao exame local encontramos:

    edemaeritema

    corrimentoescoriao

    importante que o mdico sempre proceda a uma avaliao padro da criana portadora de infecotransmitida sexualmente a fim de encaminha-la aos servios de proteo criana.

    Anatomicamente, a vulva das crianas relativamente desprotegida pois os pequenos e grandes lbios sofinos e h ausncia de coxim adiposo e dos pelos pbicos presentes nas mulheres adultas. A pele vulvar delgada e sensvel, sendo por isso, facilmente traumatizada ou apresentando-se freqentemente inflamadapela exposio a determinados irritantes.

    Outros fatores favorecidos:

    mucosa vaginal atrfica e delgada

    pH neutro (entre 6,0 e 7,0)cavidade vaginal aquecida e mida sendo excelente meio de culturanveis relativamente baixos de estrognioepitlio muito delicado torna-se passvel de invaso bacteriana

    A vulvovaginite recorrente costuma cessar depois que a menina atinge a puberdade, quando:

    o pH da vagina torna-se mais cido (maior produo de cido actico eltico)h aumento da proliferao de clulas epiteliais superficiais e glicognioh acentuao da flora bacteriana normal

    Alm dessas diferenas marcantes em relao a genitlia de uma mulher em fase reprodutiva, as crianastendem a ter hbitos e comportamentos que podem facilitar a inflamao do tecido vaginal e vulva

    uma higiene freqentemente insuficienteas brincadeiras (irritao crnica por areia ou sujeira)os lbios menores tendem a abrir-se quando a menina fica de ccorasproximidade do orifcio anal vagina (bactrias fecais transferidas para area vulvovaginal)a masturbaouso de roupas apertadas ou de material sintticopermanncia com roupas de banho midaso uso de fraldas,determinados sabonetes ou cremesa urina.os vasos sanitrios de adulto (ao tentar se equilibrar nestes, a vagina ficalogo abaixo da uretra durante a mico, podendo ocorrer reteno de

    pequenas quantidades de urina no interior da vagina, o que causa irritaolocal, mau cheiro e sada de urina da vagina como uma secreo aquosa).fstula entre a uretra e a vaginaureter ectpico, nesta situao a eliminao de urina bem mais abundantecorpo estranho intra-vaginalconstipao intestinal

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    APRESENTAO CLNICA

    Na paciente peditrica, o corrimento vaginal uma queixa de apresentao comum, sendo com freqnciao sintoma primrio da vulvite, vaginite ou vulvovaginite. Por isto, deve-se observar a cor, odor, e tempo dedurao do corrimento.

    Sinais e sintomas associados:

    pruridodisriamico freqenteenurese

    A vulvite costuma apresentar um curso mais prolongado que a vaginite e manifesta-se por:

    disriapruridoeritema de vulva

    A vulvovaginite consiste na associao destas manifestaes,

    O estado hipoestrognico se manifesta por:

    grandes lbios subdesenvolvidospequenos lbios facilmente identificveis

    tecidos vaginais com colorao avermelhada (camada unica de clulas de revestimentovaginal)vasos subjacentes facilmente visveis

    A presena de fezes e depsito de secrees interlabiais denotam m higiene.

    SANGRAMENTO PR-MENARCA

    O sangramento vaginal nas meninas pr menarca deve-se principalmente s vulvovaginites.

    lquen esclerosopuberdade precocetrauma

    Entretanto, quando se evidencia, vaginoscopia, massa no intrito vaginal deve-se pensar em outrosdiagnsticos diferenciais:

    plipohemangiomacondilomahematoma do hmen (devido a trauma)presena de corpo estranho,prolapso uretralprolapso cervicalsarcoma botriide

    PRURIDO VULVAR

    O prurido vulvar uma queixa bastante comum nas crianas prpberes, sendo um achado muitofreqente nos pacientes com vulvovaginite. Em um grupo de crianas com prurido no h uma causaespecfica possvel de ser determinada (culturas negativas e ausncia de achados no exame fsico),estabelecendo-se o diagnstico de prurido vulvar inespecfico.

    As causas de prurido que podem ser determinadas so divididas em no infecciosas e infecciosas:

    Causas de Prurido Vulvar

    NO INFECCIOSAS

    PsicognicaHigiene inadequada

    Dermatite de contatoDermatite atpicaPsoraseLquen esclerosoLquen planoLquen simples

  • 7/28/2019 AS DERMATOSES MICOTICAS MAIS COMUNS NA INFNCIA

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    07/04/13 AS DERMATOSES MICOTICAS MAIS COMUNS NA INFNCIA

    www.misodor.com/DERMATOSES INFANTIS.php 22/23

    INFECCIOSAS

    ViralBacterianaFngicaInfestaes

    LEUCORRIA FISIOLOGICA:

    Ocorre nos dois extremos da infncia.

    A) No peri-natal: proporciona momentos de ansiedade e preocupao. A explicao de que esta umasituao normal (certificando-se de que no h alteraes no exame da genitlia da recm-nascida) tranqilizaos pais. Importante saber:

    os estrognios maternos estimulam as glndulas endocervicais e o epitliovaginal doneonatocorrimento acinzentado e gelatinosopode haver a presena de sangue

    B) Na menarca (precisamente 6 a 12 meses que a antecedem)

    h aumento da produo endgena de estrognioso corrimento vaginal que no est associado a qualquer sintoma irritativo.o quadro faz parte do processo natural de maturao sexualgeralmente o desenvolvimento das mamas e o estiro puberal ocorrem nestemomento.

    A Candida albicans o agente etiolgico mais comum da candidase, mas a Candida tropicalis, Candidaglabrata, Candida krusei entre outras podem ser responsveis por esta patologia. Todas as espcies deCandida patognicas para os seres humanos tambm so encontradas como comensais, principalmente nasregies como boca, fezes e vagina.

    As espcies de Candida crescem com rapidez em temperaturas de 25 a 37C em meios simples e assumemformas de clulas ovais em brotamento. Em meios especiais de cultura e nos tecidos so formadas hifas ouestruturas ramificantes alongadas denominadas de pseudohifas, pois as hifas no so septadas. A C.

    albicans pode ser identificada presumivelmente por sua capacidade de formar tubos germinativos no soro oupela formaO de esporos grandes e de paredes espessas, denominados de clamidsporos. A identificao finaldas espcies depende de provas bioqumicas.

    Pode-se observar um grande contraste da incidncia de candidase nas adolescentes e mulheres adultas emrelao ao paciente peditrico.

    A Candida spp parece preferir um ambiente estrogenizado, no representando, geralmente, um fator devulvovaginite nas meninas prpberes.Para se desenvolver nos genitais, este fungo necessita de glicognio, explicando a sua maior incidncia emmeninas acima dos dez anos de idade. Sabe-se tambm que a vulvovaginite por Candida mais comumaps perodos festivos, onde os doces so ingeridos em maior quantidade.

    A infeo por Candida est associada ao exantema de fraldas, assim, a vulvovaginite por este

    microorganismo rara em criana, devendo ser considerada em indivduos com candidase cutneo-mucosacrnica. Situaes de imunodepresso devem ser pesquisadas, como o Diabetes Melitos, o uso deantibioticoterapia ou corticoterapia pode ser responsvel pelo desenvolvimento da infeco.

    difcil determinar o meio de contaminao, objetos, mos, vestes associados pouca higiene so fatoresfacilitadores.

    Os sinais e sintomas so semelhantes queles observados nasmulheres adultas. A principal caracterstica:

    corrimento esbranquiado, em grumos semelhante a leite coalhado;placas brancas, cremosas sobre uma mucosa vaginal eritematosa;inflamao da regio vulvar e perineal intensa, a qual representada por

    pele irritada, edemaciada e vezes com pontilhado branco, progredindopara vesiculao e ulcerao, acompanhada de ardncia, prurido equeimao nas regies afetadas:

    Antes que o tratamento seja iniciado necessrio que o diagnstico seja estabelecido, o que feito peloexame microscpico direto com visualizao dos filamentos do fungo nas secrees vaginais, com

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    07/04/13 AS DERMATOSES MICOTICAS MAIS COMUNS NA INFNCIA

    clarificao com potassa (KOH) a 10%, a qual facilita a visualizao das pseudohifas

    Deve-se confirmar o diagnstico com o isolamento da Candida por meio de cultura.

    A cultura isolada no diagnstica, j que este fungo pode fazer parte da flora normal.

    O tratamento pode ser iniciado com aplicao tpica de nistatina ou imidazis (clotrimazol e miconazol) naforma de vulos vaginais, supositrios, creme ou espuma.

    COMO APLICAR NA CRIANA? No aplicador vaginal comum adapta-se um prolongamento de pequenocalibre (aplicador para virgem), que passa facilmente pelo orifcio himenal. Esta introduo deve ser cuidadosa

    e pode ser realizada pela me ou responsvel pela paciente depois de orientao do mdico. Devem serrealizadas um total de 10 aplicaes, as quais podem ser realizadas em dias consecutivos ou alternados.

    Nos casos de recidiva pode-se associar nistatina na dose de 250.000U/dia por via oral, com o objetivo deerradicar o fungo do aparelho digestivo, o qual considerado como fonte de contaminao para os rgosgenitais. Outros produtos tambm podem ser usados topicamente na vagina, tais como violeta de genciana a 2%e anfotericina B.A irritao local pode ser tratada com creme de corticide, associado a fungicidas e/ou banhos de assento comgua bicarbonatada. Nos casos rebeldes, alm da repetio do tratamento, deve-se lembrar da possibilidade deexistir diabetes melito, ou outras situaes de imunossupresso, o que pode levar a condies favorveis paradesenvolvimento do fungo.

    Nas crianas que apresentam reaes aos antifngicos tpicos, que so imunodeprimidas ou nos casosrebeldes o uso de fluconazol oral em suspenso na dose nica de 4,5mg/Kg pode ser considerado.

    MISODOR, 23 06 2012

    BIBLIOGRAFIA:

    1. NELSON TRATADO DE PEDIATRIA. 17.ed. 2 vol. Ricard E. Behrman, Robert Kliegman, Waldo E.Nelson. Elsevier. ISBN: 8535213961. 2005 pp 1075 - 1078.

    2. DERMATOSES RELEVANTES NA INFNCIA - Elisa Fontenelle: Hospital Municipal Jesus Santa Casa daMisericrdia do Rio de Janeiro, Hospital Universitrio Pedro Ernesto - disponvel:https://www.cremerj.org.br/palestras/926.PDF

    3. TINHAS DO COURO CABELUDO NA IDADE PEDITRICA: Teresa Hernndez, Susana Machado, SniaCarvalho, Manuela Selores/ NASCER E CRESCER - revista do Hospital de Crianas Maria Pia ano 2004,vol. XIII, n. 1

    4. D-ra Shirley dos Campos: Dermatologia/Pele Disidrose - disponvel no endereo:http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/3923

    5. DERMATITE DAS FRALDAS ASSADURAS DIAGNSTICO, CUIDADOS, TRATAMENTO: Rodrigo daSilva Reis Moura - Doutorando em medicina pela Faculdade de Medicina de Valena-RJ, disponivel noendereo: http://medfoco.com.br/dermatite-das-fraldas-assaduras-diagnostico-cuidados-tratamento/

    6. DERMATITE DAS FRALDAS: D-ra Natividade Rocha - Interna Complementar de Dermatovenereologia -Hospital Geral Santo Antnio, SA - Porto; D-ra Manuela Selores Directora e Chefe do Servio deDermatologia - Hospital Geral Santo Antnio, SA - Porto - Artigo publicado em NASCER E CRESCER,revista do hospital de crianas Maria Pia, ano 2004, vol. XIII, n. 3

    7. Juliana Dumet Fernandes; Maria Ceclia Rivitti Machado; Zilda Najjar Prado de Oliveira . Quadroclnico e tratamento da dermatite da rea das fraldas: parte II. An. Bras. Dermatol. [online]. 2009,vol.84, n.1 [cited 2012-06-10], pp. 47-54 . Available from: . ISSN 0365-0596.http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962009000100007.

    8. Doenas da Pele - Onicomicose (micose da unha) - Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista.Disponivel em: http://dermatologia.net/novo/base/doencas/onicomicose.shtml

    9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA - Departamento de Cabelos e Unhas: Manual de condutanas onicomicoses - Diagnstico e tratamento Elaborao: Ligia Rangel B. Ruiz Nilton Di Chiacchio

    10. ROTEIRO DE AULAS PRTICAS MICOLOGIA - BMM 280- MICROBIOLOGIA BSICA - MEDICINADocentes: Prof. Benedito Corra Prof. Carlos P. Taborda Prof. Mrio Henrique de Barros Tcnicas: ShirleiA. Vieira Marques Tatiana Alves dos Reis, disponivel emhttp://www.icb.usp.br/bmm/grad/arquivos/pdf_sys/med2009_micologia.pdf

    11. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, CENTRO DE CINCIAS MDICAS Faculdade de Medicina:

    VULVOVAGINITESNA INFNCIA ANA FLVIA DE ARAUJO MALHEIROS, disponvel emhttp://www.uff.br/mmi/ped/vulvovaginite.pdf

    http://www.uff.br/mmi/ped/vulvovaginite.pdfhttp://www.icb.usp.br/bmm/grad/arquivos/pdf_sys/med2009_micologia.pdfhttp://dermatologia.net/novo/base/doencas/onicomicose.shtmlhttp://dermatologia.net/novo/base/colabora.shtmlhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000100007&lng=en&nrm=isohttp://medfoco.com.br/dermatite-das-fraldas-assaduras-diagnostico-cuidados-tratamento/http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/3923https://www.cremerj.org.br/palestras/926.PDFhttp://www.misodor.com/FARMACON/ANFOTERICINA%20B.htmlhttp://www.misodor.com/FARMACON/NISTATINA.htmlhttp://www.misodor.com/FARMACON/MICONAZOL.htmlhttp://www.misodor.com/FARMACON/CLOTRIMAZOL.htmlhttp://www.misodor.com/FARMACON/NISTATINA.html