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AS FESTAS DE OUTUBRO DE SANTA CATARINA E SUA IMPORTÂNCIA NA ECONOMIA LOCAL Diego Roth Rocha Faria 1 , Luiz Carlos Carvalho Júnior 2 1 Pós-graduando em Gestão da Competitividade Empresarial 2 Professor Departamento de Ciências Econômicas da UFSC, [email protected] Resumo O turismo tem sido um importante fator para a economia de diversas regiões e até mesmo de alguns países, utilizando suas belezas naturais e atrativos turísticos para equilibrar sua balança comercial. Dentro desse aspecto, este trabalho tem o objetivo de mostrar como as Festas de Outubro, tem colaborado para manter as tradições e culturas das diversas etnias de imigrantes do estado de Santa Catarina, assim como se tornaram grandes geradoras de receita para seus municípios, além é claro de serem uma vitrine para outros atrativos turísticos das cidades como arquitetura e belezas naturais. Algumas festas não só movimentam o comércio local, mas ajudam a desenvolver o comércio de cidades vizinhas, já que em algumas cidades o número de turistas chega a superar o número de leitos disponível no município. Através deste estudo queremos mostrar como uma festa organizada pode gerar receita e desenvolvimento para a região e tornar-se a referência turística de uma cidade, colocando-a na mídia nacional e até na mídia internacional. Fato este que somado as belezas naturais do estado, segundo Santur, tornaram Santa Catarina em 2009, tri-campeã em destino turístico na eleição pelos leitores de uma das principais revistas especializada em turismo.

As Festas de Outubro em Santa Catarina e sua importância na economia local

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AS FESTAS DE OUTUBRO DE SANTA CATARINA E SUA IMPORTNCIA NA ECONOMIA LOCALDiego Roth Rocha Faria1, Luiz Carlos Carvalho Jnior22

Ps-graduando em Gesto da Competitividade Empresarial Professor Departamento de Cincias Econmicas da UFSC, [email protected]

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ResumoO turismo tem sido um importante fator para a economia de diversas regies e at mesmo de alguns pases, utilizando suas belezas naturais e atrativos tursticos para equilibrar sua balana comercial. Dentro desse aspecto, este trabalho tem o objetivo de mostrar como as Festas de Outubro, tem colaborado para manter as tradies e culturas das diversas etnias de imigrantes do estado de Santa Catarina, assim como se tornaram grandes geradoras de receita para seus municpios, alm claro de serem uma vitrine para outros atrativos tursticos das cidades como arquitetura e belezas naturais. Algumas festas no s movimentam o comrcio local, mas ajudam a desenvolver o comrcio de cidades vizinhas, j que em algumas cidades o nmero de turistas chega a superar o nmero de leitos disponvel no municpio. Atravs deste estudo queremos mostrar como uma festa organizada pode gerar receita e desenvolvimento para a regio e tornar-se a referncia turstica de uma cidade, colocando-a na mdia nacional e at na mdia internacional. Fato este que somado as belezas naturais do estado, segundo Santur, tornaram Santa Catarina em 2009, tri-campe em destino turstico na eleio pelos leitores de uma das principais revistas especializada em turismo.

Palavras-chaves: Turismo, desenvolvimento regional, turismo regional,economia.

1. IntroduoDo dicionrio Aurlio, Festa, reunio alegre para fim de divertimento; o conjunto de cerimnias com que se celebra qualquer acontecimento, solenidade, comemorao; dia santificado de descanso, de regozijo; comemorao litrgica, solenidade da igreja, romaria; regozijo, alegria, jubilo. As festas so desde a antiguidade um momento de sociabilizao do indivduo. Desde quando o homem passou a dominar o fogo, cada vez que voltavam com a caa reuniam-se em torno do fogo para saciar sua fome,

juntamente com os outros integrantes da tribo. Com o passar dos tempos as necessidades foram mudando e o foco das festas tambm. Na Roma antiga as festas foram criadas para desviar a ateno do povo do cenrio poltico, com a criao do coliseu e as famosas lutas de gladiadores. Estas no s desviavam a ateno do pblico, mas tambm era grande fonte de renda para os donos de escravos que tinham uma atividade extremamente legal para a poca. Na poca medieval as festas eram realizadas nos castelos e apenas a nobreza participava. Estas festas tinham como celebrao a conquista de uma batalha, ou o casamento de um dos filhos do rei. Nos dias atuais a festas so mais do que uma grande sociabilizao do indivduo, mas tambm representam uma atividade que movimenta a economia local gerando receita aos cofres pblicos e ao comrcio. No Brasil as maiores festas so realizadas no perodo de carnaval, onde se aliando ao vero e as frias escolares, promovem um grande fluxo de turistas nacionais e estrangeiros. Em Santa Catarina aps o enorme sucesso da Oktoberfest em Blumenau, muitas cidades prximas comearam a divulgar suas festas atraindo cada vez mais turistas. Cada cidade foi buscar na sua colonizao a essncia para a formao de cada festa. Hoje so 13 cidades com festas distintas no ms de outubro, e a proximidade de algumas permite que o turista conhea at trs festas em um fim de semana. O objetivo deste trabalho mostrar como so importantes as festas no s para a economia no perodo em que elas so realizadas, mas a possibilidade que elas permitem de fazer com que o turista retorne em outro perodo para conhecer a cidade e assim movimente a economia em outras datas. Para tanto foram coletadas informaes em sites das prefeituras, informaes e dados disponibilizados pela secretaria de turismo, e reportagens.

2. Fundamentao tericaO incio do turismo propriamente dito est muito ligado com o surgimento da indstria, embora esta atividade tenha deixado sua marca h muitos sculos atrs. H uma necessidade de fazermos uma anlise no passado, para compreender o significado das viagens do homem na histria. Na antiguidade uma viagem era basicamente motivada por trs interesses: motivos econmicos, polticos e militares. Nos dias de hoje embora esses motivos ainda permaneam, tambm outros motivos surgiram como descanso, passeios culturais, religiosos, sade e curiosidades.

A viagem turstica atual estar marcada aps o surgimento da sociedade industrial, a grande concentrao de pessoas nas cidades onde a sada de turismo torna-se uma questo de sobrevivncia. Encontramos laos desse mesmo tipo com algumas cidades da antiguidade, onde podemos destacar Roma. (Casteli) O Estado Romano havia tornado-se o maior imprio do mundo, Roma tinha tornado-se uma capital cosmopolita e comeava a enfrentar problemas similares aos de nossas grandes cidades na atualidade, como segurana. Procuraram compensar esses inconvenientes criando o circo romano, onde o mais famoso o Coliseu. O Circo Mximo tinha capacidade para 40.000 pessoas e ao mesmo tempo em que tiravam de circulao marginais das ruas era uma das maiores opes de lazer de Roma. As termas romanas deixaram de ser apenas locais para banho e tornaram-se estabelecimentos com bibliotecas, jardins para passeios, piscinas, massagens alm claro do banho. Outro fato importante a ressaltar a criao das vilas romanas construdas nas colinas ao redor de Roma. Essas residncias secundrias pertenciam s altas camadas da sociedade e eram sinais de fora, a propriedade de uma dessas casas. Atualmente podemos dizer que a sociedade faz o mesmo com seus refgios secretos, sejam casas de praia ou campo. Com a decadncia do imprio romano, viajar tornou-se mais perigoso. Esse alto risco perdurou por sculos, porm comeava a surgir outro movimento turstico, a peregrinao. Muitos cristos se dirigiam de toda a Europa em direo a Roma, Jerusalm e a San Tiago de Compostela, e tambm os mulumanos a caminho de Meca. Comeam a surgir os primeiros meios de hospedagem, que no podem ser chamados de hotis, pois no visavam o lucro, em sua grande maioria eram mosteiros e oferecer abrigo constitua um ato de caridade. Com a renascena italiana, grandes descobertas abriram novos horizontes. Com o renascimento desenvolvendo as artes e a cincia muitos artistas comearam a viajar de cidade em cidade pintando palcios e edificando igrejas e outros monumentos, tambm atores e msicos com suas apresentaes. Surgem tambm os Tours, pessoas que vinham em busca de novos conhecimentos para a aplicao em suas sociedades, onde podemos destacar principalmente os ingleses. No sculo XVII surgem algumas publicaes com o objetivo de orientar o turista, uma dessas a Of Travel de Francis Bacon, que fornecia lista de atraes e a recomendao de se falar o idioma do pas a ser visitado. Nos ltimos sculos vrias publicaes surgiram algumas permanecem at hoje como o caso do guia Michelin e outras inmeras literaturas surgiram alm claro da principal ferramenta moderna a internet.

Com a revoluo industrial, as cidades cresceram e tornaram-se atrativos tursticos pela sua arquitetura, beleza, negcios e cultura, para uma parte da populao, porm outra parte sofria com as altas jornadas de trabalho, impostas pela indstria, que constituram na principal busca por lazer e descanso, caso este tambm nos dias de hoje.A concentrao urbana, envolveu o homem urbano da era industrial de tal modo num processo de desgaste fsico e mental que, se ele no usufruir momentos de lazer explode.

Com a industrializao, as viagens que a aristocracia faziam eram utilizadas como complemento em sua formao, a burguesia nascente comeam a inseri-las no contexto profissional como uma orientao econmica e busca por inovaes, principalmente em viagens a Inglaterra. Surge o movimento romantismo, exaltando o que natural, reformulando a posio do homem com a natureza e despertando novamente a ateno para os balnerios e at mesmo o surgimento de esportes que colocam o homem em contato com a natureza como o alpinismo. No sculo XIX, surge o hoje aclamado como primeiro agente de viagens Thomas Cook. Foi ele o responsvel pelo que chamamos hoje de agencia de viagens. Cook organizou a primeira viagem turstica de trem, comprou e revendeu ingressos a mais de 500 pessoas, a partir deste momento se massifica o turismo. Em 1867 inventa o voucher espcie de tquete com a qual o viajante paga a empresa prestadora do servio e que ser ressarcido pela agncia de viagens. Outros grandes comerciantes do turismo nesse tempo foram o ingls Thomas Bennet e o alemo Louis Stangen. Cesar Ritz, considerado nos dias de hoje o pai da hotelaria moderna, foi o grande responsvel pela estruturao dos meios de hospedagem, estes fundamentais para o desenvolvimento do turismo. Ele introduziu o banheiro nas unidades habitacionais criando as sutes, criou a figura do sommelier e transformou instalaes decadentes e hotis luxuosos, revolucionando a administrao hoteleira. As viagens tursticas de hoje s apresenta um privilgio em relao s viagens realizadas alguns sculos atrs. Enquanto que na antiguidade as viagens eram realizadas por pequenas minorias ou at mesmo alguns casos individuais, nos dias atuais ela est aberta a grande parte da populao do globo. Com a criao de novas redes de hotis, novos meios de hospedagem, com a inovao tecnolgica nos meios de transportes, a abertura de fronteiras por acordos entre as naes, a popularizao dos cruzeiros martimos, a estabilizao da economia em pases em desenvolvimento, so fatores que

levaram a expanso gigantesca do turismo nos ltimos anos. Isso chama a ateno de alguns pases para o desenvolvimento do turismo como uma opo de obter ou chegar mais prximo de um equilbrio na sua balana comercial, alem de promoverem o Estado e a gerao de empregos. De acordo com Lage, Milone(2000) a oferta turstica pode ser definida como o conjunto de atraes naturais e artificiais de uma regio, assim como de todos os produtos tursticos disposio dos consumidores para a satisfao de suas necessidades. Nesse contexto as festas de outubro so atrativos tursticos usados para trazer os turistas, que uma vez na cidade daro a ateno aos elementos naturais como o clima, a geografia, a fauna e flora e os elementos artificiais como fatores histricos, culturais e religiosos dentre outros. Em lugares onde h uma atividade turstica ela ir gerar uma variedade de impactos econmicos. Dentre os impactos positivos podemos citar que o turismo aumenta a renda devido entrada de divisas, ou seja, os gastos efetuados na regio provm de outras regies. A entrada de divisas pelo setor turstico de grande importncia para o crescimento econmico da regio e at mesmo do pas. Outro impacto positivo o estmulo a novos investimentos e conseqente gerao de empregos. Esses empregos no necessariamente est ligado de forma direta ao turismo, pois a grande movimentao gera empregos em hotis e restaurantes, mas tambm em lojas de artesanato, supermercados, e outros setores de servios. Outro exemplo que pode ocorrer em uma regio que no tenha uma infraestrutura de hotis para atender aos seus turistas abre espao para que pessoas comuns recebam em suas casas turistas fornecendo hospedagem e alimentao. O turismo tambm age como meio de redistribuio de riquezas, pois o turista obtm sua renda em sua regio e gasta em outra com o propsito da viagem. Esse fenmeno possibilita uma equiparao nas riquezas do pas, pois quem trabalha numa regio de grandes centros como as capitais, onde o poder aquisitivo maior e em uma viagem turstica ao interior faz essa distribuio na forma de hospedagem, alimentao, transporte, compras aumentando a riqueza local.

3. Festas de Outubro

OKTOBERFEST Festa da Cerveja - BlumenauA Oktoberfest de Blumenau, hoje a maior festa alem das Amricas, se tornou uma das festas mais populares do Brasil, foi inspirada na festa homnima alem em Munique. Tudo comeou com o casamento do Rei da Baviera com a Princesa da Saxnia em 12 de outubro de 1810, e para festejar o foi organizado uma corrida de cavalos. Grandioso foi o sucesso, que a festa passou a ser realizada todos os anos com a participao do povo da regio. A festa ganhou uma nova dimenso em 1840, quando chegou a Munique o primeiro trem transportando visitantes para o evento. Passaram a ser montadas barracas e promovidas vrias atraes. A cerveja, proibida desde os primeiros anos, s comearia a ser servida em 1918. Atualmente, a Oktoberfest de Munique recebe anualmente um pblico de quase 10 milhes de pessoas. O consumo de cerveja chega a sete milhes de litros. A realizao da Oktoberfest, j vinha sendo preparada em Blumenau desde 1980, porm foi logo aps a grande enchente de 1983 que atingiu o municpio, que ela teve seu incio. A idia era resgatar o potencial turstico da cidade, com isso a idia de integr-la ao calendrio de Blumenau e da EMBRATUR, partiu dos empresrios locais que viram a oportunidade de melhorar a economia da cidade. Assim realizou-se a primeira Oktoberfest entre 05 e 14 de outubro de 1984, na PROEB (Fundao Promotora de Eventos de Blumenau) e teve o apoio tambm da ACIB (Associao Comercial e Industrial de Blumenau), CDL (Clube de Diretores Lojistas) alm de sindicatos patronais e empresas do ramo turstico-hoteleiro e outras entidades com fins lucrativos. (BITTELBRUNN JR. 2007) A primeira edio foi realizada em 10 dias, e foi um sucesso de pblico, pois passaram pelo pavilho da PROEB 102.000 pessoas o que representava 53% da populao local. Veio 1985 e Blumenau ganhou status de primeiro mundo e a festa teve que ser ampliada de 10 para 17 dias ficando nesse formato at 1993. O espao foi ampliado e agora a festa estava em dois pavilhes. Em 1986 d-se a consagrao da festa, o pblico mais que dobrou em relao ao ano anterior, o trnsito e a segurana foram itens levados a srio para assegurar o bom desempenho da festa. Nesse ano, ainda vieram participaes nacionais que estavam em evidncia na mdia, alm da participao de grandes bandas alems que influenciaram as bandas locais. Outras cidades aproveitam o sucesso e lanam suas prprias festas. Em 1987 sucesso repetido com um incremento de 72.000 pessoas em relao ao ano anterior. O trnsito teve uma ateno maior que comeou com mudanas quatro meses antes da festa. A banda Nussblerg Buam trouxe a primeira cano dedicada a Blumenau, Gruss na Blumenau, lembrana para Blumenau.

Em 1988, o grande problema foi a inflao, o pas digeria um novo pacote econmico, mas as cervejarias prometeram manter o mesmo preo nos 17 dias de festa. A Oktoberfest recebeu mais de um milho de pessoas. E Surgiu uma polmica discutida at os dias de hoje: no seria melhor proibir outros tipos de musicas que no fossem alems? No ano de 1989, a preocupao era os altos preos do ingresso e do chope, mas foram superados apresentando quase que o mesmo pblico do ano anterior. Nesse ano foi inaugurado o placar eletrnico que marcava o nmero de Oktoberfesteiros. Cinco bandas alems animaram a festa junto com outras locais, que comeam a se achar discriminadas. Recorde de venda de chope na Oktoberfest de 1990, que permanece at hoje. Embora os nmero de ingressos vendidos tenha sido menor que o ano anterior, o pblico aumentou em 5.000 pessoas. Com muita chuva em 1991, houve uma queda de pblico de quase 115 mil pessoas. Neste ano foi lanado o livro Oktoberfest A festa da Cerveja na abertura do evento.Houve ampliao do pavilho B e a construo de um portal. O ano de 1992 se consagrou como a maior edio da festa, com patrocinadores exclusivos injetando muito dinheiro e a Secretaria de Turismo com o projeto Blumenau e a Oktoberfest na sua cidade, visitaram 34 cidades no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile. O recorde de pblico permanece at hoje embora as vendas de ingresso no tenham passado de 442 mil e a estimativa fosse de 1,2 milho de pessoas. Nota-se ainda neste ano uma mudana no perfil do pblico que antes era de pessoas acima de 30 anos e agora os adolescentes eram o pblico predominante. Ao completar uma dcada, a Oktoberfest j comea a pensar no futuro, a festa j no era novidade e dividia ateno com festas de outras cidades e at mesmo em sua cidade com uma Oktoberfest paralela. O Brasil entra no plano Real, e as pessoas se assustam com os preos da festa, pois um cachorro quente custava R$ 3,00 (equivalente a CR$ 8.250,00 na antiga moeda era muito dinheiro). A festa fica marcada pelo desfile da Centopia do Chope conhecida hoje at na Alemanha e pelo retorno da banda Helmuth Hgl. A partir desta edio, se acrescenta mais um dia de festa. A dcima segunda edio voltou a apresentar crescimento, embora a prefeitura tenha investido na decorao da cidade, a rede hoteleira reclamou que as operadoras no investiram na festa, pois os 4200 leitos ficaram com uma ocupao de 75%. O vocalista de uma banda alem se despediu e veio viver no Brasil fazendo parte da banda Cavalinho Branco. Os turistas voltaram a elogiar a festa. Nas trs edies seguintes, Blumenau enfrentou problemas com a festa em relao ao tempo com muita chuva para o perodo, o que derrubou o

numero de visitantes. O foco de busca de turistas que havia mudado buscando pessoas com poder aquisitivo no obtm sucesso e a secretaria de turismo volta a fazer a Oktoberfest para a famlia. A grande atrao foi a Centopia do Chope que aps abrir a Oktoberfest de Munique mostrando a irreverncia dos brasileiros faz tambm a abertura dos desfiles de Blumenau. Em 1999 pela primeira vez houve a participao dos clubes de caa e tiro que montam um estande onde o turista pode testar sua mira com carabinas de ar comprimido. Esta promoo visou popularizar a tradio mantida pelos clubes. Em 2000, Blumenau comemorou seus 150 anos em grande estilo, os nmeros de publico voltaram a crescer e novas atraes foram implementadas. O maestro alemo Helmuth Hgl, falecido em junho daquele ano, foi homenageado sendo o novo nome do pavilho A. Pela primeira vez a populao participou da seleo do cartaz de divulgao da festa. A festa voltou a crescer. Nas edies seguintes, as maiores mudanas foram na infra-estrutura com a criao de um novo pavilho e pela primeira vez a Oktoberfest recebeu a visita do Presidente da Repblica. Comemorou-se duas dcadas da festa. Em 2005, a principal mudana foi a entrada das cervejarias regionais e a decorao dos pavilhes que teve como tema a colonizao do Vale do Itaja. O parque foi remodelado de forma a transportar os turistas para antigas vilas alems. A festa voltou a ter uma temtica apresentada nos desfiles que mudaram de data, para atender a solicitao dos turistas. Em 2006 houve grande divulgao nos trades tursticos em busca de publico de qualidade. Foi um grande sucesso e a festa voltou a patamares de 600 mil pessoas e ganhou mdia atravs do programa global Mais Voc com a apresentadora Ana Maria Braga. Nos anos seguintes, a festa voltou a registrar crescimento e em 2008 comemorou 25 anos com muita chuva, mas em 2009 veio a superao e apresentou um resultado de publico melhor que as ultimas 13 edies com a visita de 731 mil pessoas. Assim, a Oktoberfest vem conseguindo manter viva sua festa, pois j passou pelas fases de explorao, investimento, desenvolvimento, consolidao, estagnao e declnio ou rejuvenescimento. (RUSCHMANN, 1997)

Tabela 1 - Histrico da Oktoberfest

EDIO ANO PBLICO POPULAO 1984 102.000 191.004 I 1985 362.371 II 1986 802.230 III 1987 874.945 IV V 1988 1.009.057 VI 1989 954.692 VII 1990 959.998 VIII 1991 844.255 212.025 IX 1992 1.010.060 X 1993 853.000 XI 1994 827.000 XII 1995 929.793 XIII 1996 515.213 230.204 XIV 1997 500.245 XV 1998 500.000 XVI 1999 607.417 XVII 2000 616.222 261.808 XVIII 2001 626.620 XIX 2002 502.937 XX 2003 605.538 XXI 2004 313.184 XXII 2005 365.288 XXIII 2006 602.941 XXIV 2007 690.144 292.972 XXV 2008 594.636 XXVI 2009 731.934 299.416

CHOPE EM LITROS 103.000 182.530 485.855 560.713 721.652 765.739 774.672 561.774 553.491 406.814 501.062 502.386 352.293 290.395 312.037 284.571 290.337 265.342 242.654 263.120 270.000 266.811 370.000 365.000 373.984 450.514

CHOPE PER CAPITA 1,01 0,50 0,61 0,64 0,72 0,80 0,81 0,67 0,55 0,48 0,61 0,54 0,68 0,58 0,62 0,47 0,47 0,42 0,48 0,43 0,86 0,73 0,61 0,53 0,63 0,62

Fonte: Proeb

Analisando a tabela Histrico da Oktoberfest, podemos concluir que embora a festa tenha batido recordes de pblicos e de venda de litros de chope o consumo per capita nunca mais se equiparou com a 1 edio. Chegando mais proximo apenas na 21 edio.

Grfico 1 - Pblico x Populao da Oktoberfest

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo. No grfico acima compreendemos que enquanto a taxa de crescimento da populao deu-se de forma crescente moderada, diferentemente do pblico na Oktoberfest que teve um rpido crescimento at 1995 onde comeou o declnio voltando a atingir a casa das 700 mil pessoas apenas em 2009.

Grfico 2 - Pblico x Consumo Chope da Oktoberfest

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo.

Neste outro grfico percebemos a grande variao de pblico aps a 12 edio da festa, o consumo embora acompanhe este movimento o faz de forma mais cadenciada.

SCHTZENFEST Festa dos Atiradores Jaragu do SulRealizada em Jaragu do Sul no estado de Santa Catarina, a Schtzenfest festa dos atiradores uma das mais empolgantes das festas do ms de outubro. A inspirao da festa remonta ao sculo XIV, onde as sociedades de atiradores tinham como finalidade bsica a defesa, preparando seus membros para o manejo correto de armas para sua utilizao em caso de guerras. Entre as guerras as sociedades promoviam eventos entre si para a disputa do melhor atirador, que era coroado como rei dos atiradores. Estas competies cresceram e tronaram-se grandiosas festas populares, desenvolvendo ento novas modalidades de tiros. Com o fim das guerras e sem seu carter militar, as sociedades transformaram-se em entidades recreativas e esportivas, as festas perpetuaram ficando conhecidas como Schtzenfest, festa dos atiradores. Com a grande colonizao de alemes no Brasil, essa tradio permaneceu ainda mais forte, pois a necessidade de sociabilidade, fez com que diversas sociedades de atiradores fossem criadas, principalmente no sul do Brasil. As sociedades representavam muito mais que apenas a sociabilidade em si, mas estavam ligadas a aspectos de formao de grupos, relaes econmicas, culturais e esportivas. Embora a primeira Schtzenfest tenha se realizado em 1989, ela j vinha sendo idealizada desde 1978 pelas sociedades de atiradores, que queriam realizar um grande encontro promovendo a escolha do rei dos atiradores. Com essa idia eles queriam incentivar a prtica de tiro ao alvo e preservar uma parte da cultura alem que a marcha em busca do rei Em 1988 registrada na Santur, a festa do tiro. A partir da realizaramse muitas reunies e encontros com o poder pblico e as sociedades de atiradores para discutir a realizao da festa. Em uma dessas reunies fundada a ACSTVI - Associao dos Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do Itapocu. Atualmente esta associao est composta por 19 sociedades entre os municpios de Corup, Guaramirim, Jaragu do Sul e Schroeder Em 25 de agosto de 1989, feito o lanamento da festa com um grande baile e tambm eleita atravs de votos a primeira rainha da festa; Sonia Hornburg da sociedade Aliana. De 13 a 22 de outubro de 1989 realiza-se a primeira edio da Schtzenfest.

Em sua primeira edio a festa foi to bem recebida pela populao que o grande nmero de pessoas visitantes no primeiro dia surpreendeu a organizao do evento. Ao fim dos 10 dias de festa computou-se 56 mil visitantes, quase metade da populao de Jaragu do Sul na poca. Hoje a festa est na sua XXI edio, ela organizada pela prefeitura e a CCO - Comisso Central Organizadora sendo que esta formada com pessoas competentes da sociedade. Cada comisso se responsabiliza pela organizao de um determinado assunto na festa. Em 2009 houve uma grande reestruturao da festa. Esta reestruturao foi recompensada com o crescimento de quase 635% no nmero de visitantes em relao ao ano anterior e sem dvida nenhuma voltou a movimentar a economia da cidade. Como toda grande festa, a Schtzenfest tambm tem o seu mascote. O primeiro mascote foi criado pelo departamento da empresa WEG e foi chamado de Hans Bier. O mascote era um senhor simptico com uma carabina na mo direita e um caneco de chope na esquerda e no fundo havia um alvo. Para marcar a dcima edio realizou-se um concurso para o desenho de um novo mascote. Entre os 18 trabalhos, Fernando Cesar Bastos foi o ganhador, Wilfried o nome do novo mascote, ele represente um jovem simptico, carismtico e engraado. Com um sorriso no rosto vestindo os trajes tpicos alemes est segurando a carabina na mo esquerda e com a direita parece convidar o pblico para a festa. Para a XXI festa o mascote foi novamente restilizado, porm desta vez no houve a necessidade de mudana no desenho. Ele apenas foi processado por novas tecnologias grficas ganhando uma forma em 3D. Mas ainda o mesmo jovem carismtico convidando ao pblico para essa grande festa. Alm do divertimento proporcionado ao pblico atravs dos shows e bailes, a festa conta com os estandes de tiros onde so realizadas as competies, parque de diverses para a crianada, vrias opes de alimentao inclusive restaurantes servindo a comida tpica alem como Eisbein (joelho de porco), Scaloppe, Kassler (bisteca de suno defumada), Schlachplatte (joelho de porco, bisteca defumada e salsichas branca e rosa), Marreco recheado com repolho roxo e Strudel. Tabela 2 - Histrico da Schtzenfest

EDIO

ANO 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

PBLICO 55.719 71.659 76.090 80.454 92.746 95.664 95.490 94.695 90.261 102.654 100.737 97.715 104.555 90.157 91.204 81.652 83.056 81.625 73.554 18.600 117.865

CHOPE EM LITROS 47.000 75.000 81.363 59.100 70.015 86.990 89.882 83.119 83.152 80.610 80.850 77.750 71.184 57.530 63.590 61.820 64.830 55.870 42.500 11.120 63.000

TIROS 30.000 45.000 55.000 63.442 48.298 48.631 45.709 47.446 58.861 55.216 66.479 83.529 101.263 200.438 194.129 111.969 117.443 95.367 99.347 55.540 93.190

SOCIEDADES 20 23 26 26 27 24 25 25 25 24 24 23 21 22 21 21 20 19 20 16 19

I II III IVV VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI

Fonte: Secretaria de Turismo

Grfico 3 - Pblico x Consumo Chope x Tiros da Schtzenfest

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo.

Confrontando os dados da tabela histrico da Schtzenfest com dados do IBGE, podemos analisar que durante a terceira edio da festa em 1991 o pblico participante da festa representou quase 99% da populao naquele ano. Em sua oitava edio o pblico ultrapassa o nmero de cidados da cidade em pouco mais de 2%. Na primeira metade da dcada de noventa houve um crescimento acentuado no pblico da festa, crescimento este que permanece menos acentuado durante a segunda metade da dcada de noventa e que chega a ao ano de 1999 com um crescimento de 57% em relao ao pblico da primeira edio. No ano de 2000 a dcima segunda edio da festa apresenta um nmero decrescente de participantes em relao aos anos de 1998 e 1999, porm atinge a 90% em relao populao. A partir do ano 2001 tem incio a um decrescente nmero de visitantes at chegar em 2007 representando apenas 56% da populao. Na ltima edio aps uma reformulao da festa apresenta um crescimento estrondoso em relao ao ano anterior chegando a atingir quase que 85% do nmero da populao da cidade.

Grfico 4 - Pblico x Populao da Schtzenfest

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo.

De acordo com a tabela histrico da Schtzenfest o total de chope consumido na ltima edio foi de 63.000 litros. O consumo per capita foi de 530 ml. O chope era vendido em copos de 400 ml a um preo de R$ 4,00, assim podemos dizer que o valor arrecadado com as vendas de chope foram de R$ 630.000,00.

Para a XXI Schtzenfest houve um pblico de 117.865 pessoas que geraram uma receita aproximada de R$ 1.629.897,50. Deste pblico cerca de dez por cento so de turistas. As principais regies emissoras de turistas so Paran, So Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Schtzenfest no movimenta apenas a economia de Jaragu do Sul, mas tambm das cidades vizinhas de Corup, Guaramirim e Schroeder.

MAREJADA Festa Portuguesa e do Pescado ItajaA histria e criao da Marejada, Festa Portuguesa e do Pescado, iniciou pela necessidade de desenvolver a atividade turstica no municpio de Itaja. Com a proximidade da cidade de Blumenau, que promove a Oktoberfest, onde a maior parte da demanda turstica utilizava a estrutura hoteleira de Balnerio Cambori para sua estadia, empresrios e comerciantes de Itaja se agregaram em um propsito de criar um evento para absorver uma parte dessa demanda. Em 1987, a Comisso Municipal de Turismo de Itaja, formada por empresrios e comerciantes do municpio, iniciaram o planejamento contando com o apoio da Prefeitura Municipal. Prximo ao principal plo turstico do sul do Brasil Balnerio Cambori, e por sua importncia como produtora de pescados, e com terminal porturio internacional, tornaram oportuna a realizao de um evento cultural que reproduzisse a importncia da cidade na regio e no pas. A festa recebeu este nome inspirada no sobe e desce das mares, que os pescadores chamam de marejada. Desde sua criao, a Marejada procura divulgar os potenciais econmicos e tursticos da cidade, proporcionando diversas opes de entretenimento, promovidos junto a atividades culturais e artsticas, shows tpicos do folclore portugus e brasileiro como: o Boi de Mamo, Pau de Fita, Cantigas de Roda, Fadistas, Bailinhos, Fandango Portugus. Tambm foi implantado um engenho de mandioca e derivados, produo e exposio de artesanato: peas em argila, renda de bilros, crivo, entalhe, todos estes com manuseio na presena dos visitantes. Mas, destaca-se como principal atrativo da festa a gastronomia tpica com quiosques servindo petiscos a base de frutos do mar, restaurantes especializados em pratos tpicos da culinria lusitana: Bacalhau Gomes de S, Bifanas de Carne de Porco, Pregos, Bacalhau Ea de Queiroz, Camaro Aoriano, Caldeirada, Cambira, Sardinha na brasa, Pastis de Nata, Tarte de Natas, Papo de Anjo, Fios de Ovos e uma variedade de petiscos e frutos do mar entre outros pratos s ali encontrados, o que proporciona o resgate da cultura popular.

A primeira edio da festa em 1987 teve cinco dias de durao, passando no ano de 1989 h ter 10 dias e em 1991 passou para 17 dias de durao. Atualmente so 11 dias de festa. A Maior Festa Portuguesa e do Pescado do Brasil j se tornou nos dias de hoje um grande instrumento de divulgao do municpio de Itaja, alm de ser o seu maior evento turstico-cultural. Tambm j considerada a 2 maior festa em pblico e em consumo de chope entre as Festas de Outubro no Estado de Santa Catarina, s ficando atrs da Oktoberfest em Blumenau. A Marejada mostra as tradies portuguesas e aorianas atravs da msica, da cultura e da gastronomia, fazendo com que o turista se encante e o morador se identifique. Tabela 3 - Histrico da MarejadaEDIO ANO PBLICO CHOPE EM LITROS CHOPE PER CAPITA S/D S/D S/D 0,377 0,379 0,431 0,399 0,395 0,368 0,368 0,562 0,488 S/D S/D 0,345 0,316 0,276 S/D S/D 0,284 147.494 134.261 119.631 POPULAO

I II III IVV VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

S/D S/D S/D 86.459 115.585 165.654 209.950 234.435 250.000 175.000 124.862 160.000 S/D S/D 161.460 180.390 226.340 163.324 177.294 135.356

S/D S/D S/D 32.596 43.811 71.386 83.800 92.574 92.000 64.400 70.158 78.000 S/D S/D 55.679 56.948 62.523 S/D S/D 38.459

XXI XXII XXIII

2007 2008 2009

122.667 155.073 106.864

32.000 40.331 31.000

0,261 0,260 0,290

163.218

172.081

Fonte: Setur Itaja. Analisando a Tabela histrico da Marejada, analisamos que o melhor perodo da festa em termos de pblico foi na primeira metade dos anos noventa, onde o pblico participante da festa superou a populao da cidade. Aps 1995 percebemos que a festa manteve-se com uma mdia de 160000 pessoas participando do evento, destaque para a edio de 2003 que superou os 220000 visitantes.

Grfico 5 - Pblico x Consumo Chope da Marejada

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo.

No grfico 5 percebemos que o consumo de chope vem descrescendo a cada edio, mesmo com o aumento do pblico em alguns anos. O Consumo per capita porm vem mantendo-se em torno de 300 ml de chope.

Grfico 6 - Pblico x Populao

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo.

No grfico seis percebemos o grande crescimento da populao da cidade de Itaja nos ltimos anos, fato que no ocorre com a mesma intensidade com a festa da Marejada, pelo contrrio apresenta um decrescimento de pblico nos ltimos anos, apesar de um bom resultado no ano de 2008.

TIROLERFEST Festa da Imigrao Austraca Treze TliasFundada em 1933 por imigrantes austracos, a cidade possui pouco mais de cinco mil habitantes. A arquitetura dos Alpes est presente em praticamente todas as construes, dando a impresso de que se est em uma tpica cidade da ustria. A tradio pode ser vista nos jardins e na decorao das casas, na arte do entalhe em madeira, na gastronomia tpica, no hbito de beber cerveja e nas comemoraes festivas, quando toda a comunidade ostenta com orgulho seus trajes tpicos. Treze Tlias est festejando 76 anos de Imigrao Austraca. Homens e mulheres de estatura alta, crianas loiras de olhos azuis, sotaque carregado, trajes tpicos com cores vibrantes e bordados primorosos. Assim so os

habitantes de Treze Tlias, no meio-oeste catarinense, que promovem todos os anos a mais bela festa fora do Tirol: a Tirolerfest. A Tirolerfest est para os habitantes do Tirol Brasileiro assim como a Oktoberfest est para Blumenau. Durante seis dias a cidade fica tomada pela alegria e pelo esprito festivo da dana, da msica e dos grupos folclricos. Bebe-se milhares de litros de chope e cerveja e so consumidos os mais deliciosos pratos tpicos da ustria. As histrias da Ptria-Me e a saga dos imigrantes so revividos nos desfiles alegricos pelas ruas centrais da cidade. noite, nos pavilhes de shows, habitantes, turistas e muitos austracos em visita a familiares, divertem-se e levantam canecas em festivos brindes de confraternizao e amizade, no mais autntico estilo de vida tirols. (SANTUR,2010) A Tirolerfest Festa da Imigrao Austraca foi realizada pela primeira vez em outubro de 1934. O evento que inicialmente era promovido em dois dias, foi ampliado, e a cada novo ano ganha mais e mais destaque seja na mdia regional, estadual ou nacional. A Tirolerfest enfatiza atravs da dana, do canto, das famosas bandas, a cultura austraca, isso sem esquecer as deliciosas comidas tpicas regadas a um bom copo de cerveja. Bailes, desfiles histricos, exposio de arte e artesanato. Tudo isso e muito mais a espera dos turistas. Tabela 4 Dados das ltimas edies da TirolerfestEDIO LXXV LXXVI ANO 2008 2009 PBLICO 15.000 20.000 HSPEDES NOS HOTIS 2940 2462 POPULACAO 5800 6004

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo. A 76 edio da Tirolerfest foi um sucesso, segundo dados da secretaria de turismo do municpio, foram mais de 20.000 pessoas visitando Treze Tlias. Esse nmero representa quase trs vezes o nmero da populao no perodo da festa. Em relao ao ano de 2008, houve um crescimento de 5000 novos visitantes, e com um diferencial em 2008 foram dez dias de festa enquanto em 2009 a festa foi realizada em cinco dias. Grfico 7 - Pblico x Populao

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo. No grfico sete, podemos perceber claramente que o crescimento de pblico tem sido de uma forma muito mais acentuada que o crescimento da populao. Com esse dado podemos perceber que a organizao da festa consegue atingir seu objetivo, que alm de promover e incentivar o turismo na cidade consegue movimentar o comrcio local. A cidade aproveita para divulgar seus pontos tursticos como os diversos parques da cidade, monumentos, a arquitetura e o trabalho dos escultores locais. Grfico 8 - Pblico x Hospedagem

Fonte: Elaborao prpria com dados da Secretaria de Turismo. Como podemos ver no grfico oito, em 2008 a soma dos turistas hospedados nos hotis da cidade mais a populao local representa pouco mais de 58% do total de visitantes da festa, em 2009 essa representao no chega a 45%, o que podemos concluir que esse aumento de visitantes hospedando-se em cidades vizinhas, movimentou no s o local da festa como de toda a regio prxima, pois nos hotis da cidade no existem leitos

suficientes para essa demanda. A Tirolerfest vem se consolidando a vitrine turstica para o municpio de Treze Tlias. A Tirolerfest a nica festa que desenvolve um tema para cada ano. Este tema geralmente est ligado sua cultura. Em 2009 o tema escolhido para a festa foi a Edelweiss, flor tpica dos alpes, que significa amor e amizade eterna. Para 2010 o tema j foi escolhido, o Campanrio. A funo primria do Campanrio era de se comunicar, pois conforme os sinos soavam as pessoas sabiam seu significado. Outros dois smbolos colocados s vezes individualizados s vezes junto; o galo que representa o despertar para o novo amanhecer e as setas que representam o pontos cardeais indicam a direo a ser seguida. Para a Festa de 2010 os significados so especficos, o Campanrio expressa a cultura austraca e o som representa o convite a todos os turistas e moradores para participarem da Festa Tirolesa. Os pontos cardeais significam o direcionamento do turista na localizao da maior festa austraca, o galo remete ao despertar para o trabalho, ele chama o turista para a vida, a festa e um aprendizado cultural. (Secretaria de Turismo)

FENARRECO Festa do Marreco Recheado BrusqueA festa nacional do marreco de Brusque, mais conhecida como Fenarreco, foi criada em 1985 para festejar a cultura alem e divulgar um famoso prato da culinria alem: o ente mit rotkohl, ou marreco com repolho roxo. Esta iguaria degustada com pur de batatas, chucrute, molhos fortes e naturalmente com o chope gelado. A festa entrou para o calendrio no ms de outubro, integrando-se ao roteiro das festas de outubro, juntamente com a Oktoberfest(Blumenau) e a Marejada(Itaja). A cidade de Brusque, est localizada no Vale Europeu, sendo um dos mais importantes plos confeccionistas do pas. Sua colonizao alem, italiana e polonesa traduz um estilo de vida peculiar at hoje, atravs da arquitetura e gastronomia. A Fenarreco recebe um grande movimento de turistas que gera um grande aumento na receita dos comercirios. A rede hoteleira da cidade chega a obter um incremento de 30% durante os dias da semana e aos fins de semana e feriados chega a atingir os 100% de leitos disponveis no municpio.

Os turistas geralmente aproveitam a proximidade e tambm visitam outras duas festas que acontecem nas cidades vizinhas como a Marejada em Itaja e a Oktoberfest em Blumenau, da mesma maneira que muitos turistas dessas cidades tambm visitam Brusque e a Fenarreco.

Grfico 9 Nmero de Participaes na festa

Fonte: Pesquisa de Satisfao ao visitante 24 edio da Fenarreco/2009. A Fenarreco aps entrar em um perodo de decadncia, a secretaria de turismo em 2009 a reestruturou e voltou a colocar a Fenarreco como uma das grandes festas realizadas em outubro. Podemos verificar de acordo com o grfico nove que em 2009 quase 50% dos visitantes era a primeira vez que participavam do evento. E podemos dizer que muitos voltaram a participar pela grande reestruturao feita pela secretaria de turismo. Ainda assim a fenarreco mostra que uma festa de qualidade pois 45% de seu pblico j participou de mais de trs edies da festa. Grfico 10 Avaliao das instalaes

Fonte: Pesquisa de Satisfao ao visitante 24 edio da Fenarreco/2009. Toda esta qualidade da festa est representada no grfico dez, na pesquisa de satisfao onde o pblico avaliou os principais servios da 24 Fenarreco em nvel de bom a excelente, reconhecendo o esforo da secretaria de turismo em colocar a Fenarreco de volta as festas mais visitadas no circuito Festas de Outubro. Grfico 11 Residncia permanente do pblico

Fonte: Pesquisa de Satisfao ao visitante 24 edio da Fenarreco/2009.

Passaram pelos pavilhes da Fenarreco em 2009 cerca de 140.000 pessoas. Como podemos verificar no grfico onze, a grande parte do pblico reside na cidade, 37800 visitantes provm de outras cidades catarinenses e 26600 visitantes de outros estados. Este ano a festa realizar sua 25 edio e como novidade abrir os portes as 11 horas para o almoo, sempre com msica ao vivo. Outro diferencial para este ano ser o concurso nacional de grupos folclricos de diferentes etnias. Eles se apresentaro durante a festa competindo e animando.(Secretaria de Turismo)

OUTRAS FESTAS REALIZADAS NO MS DE OUTUBRO BREVE RELATOKEGELFEST Festa Nacional do Bolo Rio do SulA cidade de Rio do Sul tambm no poderia ficar de fora do circuito das Festas de Outubro, e em 1990 foi criada a Kegelfest A Festa Nacional do Bolo. A festa tem como objetivo manter as tradies germnicas do Alto Vale com suas comidas tpicas, do bom chope e com o jogo de bolo. Durante vrias dcadas o bolo foi praticado como principal esporte dentro dos clubes de tradies alems que mantiveram a denominao de Caa e Tiro. A festa que antes era apenas para as competies dos clubes passou a ser realizada em conjunto com a Secretaria de Indstria, comrcio e turismo, como atrativo turstico para a cidade de Rio do Sul. Para incentivar a participao foram criados os concursos de tomadores de chope no pino e a Copa Kegelfest atraindo bolonistas de todo o sul do pas. O bolo um esporte trazido para o Brasil pelos imigrantes alemes, ela apresenta duas modalidades: Bolo 23, onde a bola tem 23 cm de dimetro e pesa entre 10 e 12 kg e o Bolo 16 onde a bola tem 16 cm de dimetro e pesa 3 kg. A cancha tem 30 metros de comprimento por 2 metros de largura, os pinos apresentam 40 centmetros de altura e pesam em torno de 2 kg cada. Ao total so nove pinos, dispostos a uma distancia de 35 centmetros um do outro, exigindo muita concentrao do atleta. Devido ao esporte, os organizadores da festa afirmam que na Kegelfest bate o recorde de consumo de chope por participante, devido ao grande esforo fsico. Em 2003 o evento ganhou local prprio, o Centro de Eventos Hermann Purnhagen, foi construdo para maior segurana e conforto.

Alm do chope h muita comida tpica como Eisbein a pururuca, Eisbein cozido, File ente mit, Fleischwurst, Kassler e o Marreco Recheado. Durante toda a festa o pblico pode participar do Tiro ao Alvo, Tiro ao Pssaro e a competio de Chope no Pino.(Secretaria de Turismo)

FENAOSTRA Festa da Ostra FlorianpolisAlavancada pelo cultivo da ostra, cuja produo anual j alcana a marca de mais de um milho de dzias, a Fenaostra mistura ingredientes irresistveis para quem aprecia os deliciosos pratos base de frutos do mar e quer iniciar-se nos prazeres da degustao dos mais variados pratos, tendo a ostra como ingrediente principal. A Fenaostra a nica promoo do gnero no pas a reunir num mesmo espao atividades nas reas gastronmica, tcnicocientfica, econmica, artstica e cultural, tendo como tema a maricultura. So cursos, concursos, workshops, seminrios, feiras de produtos e servios, jornadas de negcios, alm de um amplo salo de gastronomia e de muita diverso, com mais de 150 artistas mostrando o melhor da msica, teatro, dana e folclore regionais. Essa diversidade foi a receita para o sucesso do evento, criado em 1999, e faz dele um diferencial no circuito festivo de outubro em Santa Catarina. Mais que uma festa, a Fenaostra um cardpio de oportunidades, que gera impactos diretos no consumo e produo de ostras. Graas a esse desempenho, Florianpolis detm a liderana absoluta dos mercados do estado e do Brasil, com 1,2 milho de dzias, o que corresponde a 80% da produo nacional. A Festa Nacional da Ostra tem estandes para comercializao de artesanato, com nfase para produtos com motivos marinhos e venda de lembranas do festival. Mas, o destaque na rea de exposies a Feira de Produtos e Servios, voltada gastronomia e aqicultura, contando com a participao de 25 empresas de Santa Catarina e do Brasil, alm de convidados da Frana, terceiro maior produtor de moluscos do mundo, e dos Aores, regio que influenciou a colonizao de Florianpolis. Por trs do embalo festivo, o evento traz tambm uma srie de atividades de cunho cientfico. (SANTUR, 2010)

HEIMATFEST Festa das Origens ForquilinhaA Heimatfest Festa das Origens direciona as atenes no ms de outubro ao sul de Santa Catarina, para a cidade de Forquilhinha. O municpio mostra seu lado festivo, suas etnias, costumes, gastronomia e diversas outras atraes para os visitantes.

As etnias colonizadoras do municpio alem, italiana, polonesa, japonesa, portuguesa e negra so homenageadas durante a festa. A Heimatfest surgiu para motivar os moradores a resgatar e manter vivas as tradies culturais, a gastronomia e o acervo histrico dos colonizadores responsveis pela formao do municpio de Forquilhinha. O municpio conhecido como a cidade mais alem do Sul de Santa Catarina, devido aos alemes terem sido os pioneiros na formao da colnia. Durante os 10 dias de festa acontecem desfiles, apresentaes artsticas e musicais, atividades esportivas, encontros e palestras, mostras e exposies, concursos, diversidade gastronmica, festivais, bailes, shows, lazer e entretenimento. Todas as atraes da Heimatfest so realizadas no Centro de Eventos com rua coberta, no Centro de Forquilhinha. O espao em estilo germnico foi construdo para abrigar a festa e se tornou uma das maiores atraes da regio. Em 2010 a festa entra em sua quinta edio.(SANTUR, 2010)

OBERLANDFEST Festa do Folclore Rio NegrinhoPromovida pelo Grupo Folclrico Germnico Oberland uma entidade cultural sem fins lucrativos, que precisa de recursos financeiros para manter suas atividades. Dessa forma seus membros representados por cerca de vinte casais vm realizando anualmente desde 1991 uma festa tpica germnica, que envolve toda a comunidade de Rio Negrinho e regio. Com o lucro dos pontos de consumo de bebidas e da praa de alimentao que o grupo mantm ativas suas atividades. A Oberlandfest chamou a ateno da populao da cidade e caiu logo no gosto popular. Nos trs dias do evento acontecem atraes que vo dos tradicionais bailes animados por bandas tpicas, concursos de tiro ao alvo, tomadores de chope em metro, bierwagen, desafios entre serradores de lenha e muita comida tpica. O evento acontece no Clube da Sociedade Musical Rio Negrinho e envolve toda a comunidade que se diverte noite nos animados bailes regados a chope.

BANANENFEST Festa da Banana CorupCom o intuito de difuso da cultura do municpio, o Rotary Club, Casa da Amizade, Associao dos Bananicultores de Corup (ASBANCO) e o Seminrio Sagrado Corao de Jesus, em parceria com a administrao municipal, desenvolveram o projeto para criao de uma festa popular e surgiu ento no ano de 2002 a Bananenfest, Festa da Banana, sendo que Corup naquele ano j se destacava como maior produtor nacional desta fruta, e cujo ttulo foi oficializado em 03 de dezembro de 2002, pela Assemblia Legislativa do Estado de Santa Catarina, sob aprovao do Projeto de Lei n 12.472.

Em outubro de 2009, realizou-se a VIII Bananenfest, vindo ao encontro dos princpios da preservao e difuso da histria de um povo, fazendo conhecer mais e melhor toda a histria scio-cultural do municpio de Corup, buscando junto comunidade o apoio e envolvimento cada vez mais efetivo para que seu povo sinta-se orgulhoso e lisonjeado com a capacidade e potencialidade do municpio em fazer-se presente nacionalmente no rol de grandes festas, mobilizando dezenas de pessoas em busca de conhecimento, diverso, lazer e cultura. A Bananenfest tem como objetivo divulgar o municpio de Corup como Capital Catarinense da Banana, juntamente com o Estado de Santa Catarina que conquistou a nvel nacional a posio de maior exportador de banana, acompanhada pela difuso da cultura local, tradies, seu uso e aproveitamento na culinria e o manejo adequado para produo da fruta e demais matrias primas possveis de serem exploradas junto bananeira. (SANTUR, 2010)

4. Consideraes FinaisAo trmino deste estudo podemos perceber que muitas cidades aproveitaram-se do sucesso da Oktoberfest e lanaram suas festas para um novo pblico e no somente para os cidados de sua cidade. Percebemos que algumas se tornaram altamente organizadas fazendo uma grande concorrncia pela busca de turistas. Outras no entanto no se tornaram to importantes e algumas at deixaram de figurar as festas de outubro. Fato marcante que podemos ressaltar que as festas que j esto sendo realizadas a uma ou duas dcadas j passaram por altos e baixos. J atingiram seus picos de pblico e de consumo de chope, decaram e retornaram a uma boa mdia de freqentadores. Notamos que algumas festas tambm evoluram bastante em termos de produto oferecido ao turista, deixaram de apenas vender chope, mas promoveram suas culturas, lanaram suas cidades em mbito nacional, especializaram a gastronomia e o prprio chope, onde algumas passaram a oferecer o produto produzido em sua prpria regio. Outro fato importante de destacar que as principais festas tiveram um maior movimento de pblico at o ano de 1995, aps esse perodo mantiveram uma boa mdia de pblico, mas devido ao surgimento de outras festas no conseguiram atingir seus recordes como o caso da Oktoberfest de Blumenau que no atingiu mais sua marca de um milho de pessoas. Esse fato foi conquistado pela Schtzenfest que em 2009 teve 117 mil pessoas visitando o

evento e superando sua melhor marca que havia sido em 2001 com 104 mil pessoas. Dentre as festas pesquisadas outra constatao que podemos fazer que poucas ainda utilizam a internet como meio de divulgar seu evento. No existe um site prprio para algumas festas, e muitas esto vinculadas aos sites da prefeitura do municpio, que trazem pouca informao sobre a programao e dados da festa dos anos anteriores. Nos dias de hoje a internet uma excelente ferramenta de divulgao turstica para os municpios, uma vez que expe o municpio ao acesso de pessoas de toda parte do globo. Com isso a Santur que o orgo mximo do governo na prospeco de turistas para o estado deveria fazer um trabalho especfico com esses municpios dando um suporte maior nessa nova forma de estrutura. Sem dvida, Santa Catarina um estado beneficiado pelas diversas culturas e belezas naturais. Fato este que tornaram o Estado vencedor pela terceira vez consecutiva como melhor estado para turismo, prmio concedido pela revista Viagem e Turismo.

5. RefernciasBITTELBRUNN JR. Antonio Turismo e Desenvolvimento regional : o caso Oktoberfest de Blumenau Santa Catarina, Blumenau: 2007. CASTELI, Geraldo Turismo Atividade marcante do sculo XX, Caxias do Sul: Educs,1990. LAGE, Beatriz Helena Gelas; MILONE, Paulo Csar Economia do Turismo, 7 ed. ver ampl. So Paulo: Atlas, 2001. RODRIGUES, Adyr Balastreri Turismo Desenvolvimento Local, So Paulo: Hucitec, 2002. RUSCHMANN, Doris Van de Meene Turismo e Planejamento sustentvel: a proteo do meio ambiente, Campinas: Papirus, 1997. __. Consulta Thomas Cook. Disponvel . Acesso em 03 Maro 2010. em:

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