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Universidade de Coimbra (ano econ mico de 1886/87).
9 – , nº 248, 6º ano, 2 de Maio de 1882
10 – , caixa 50, ma o 29 - Of cio do Administrador do Concelho de
Pombal para o Governador Civil, de 30 deAgosto de 1858
11 – CONCEI ÃO, Maria A. da , LOPES, Henrique, GASPAR, Jos , e CAMPOS, Maria
Fernanda, Pombal - Breve estudo hist rico - 1877/1884, ed. C mara Municipal de Pombal, Pombal,
1993, pg. 24.
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O POMBALENSE .
Arquivo Distrital de Leiria
.
202 O crescimento urbano
VI.VII.As Miseric rdiasó
Cabe às Miseric rdias um papel de especial relevo no contexto
da assistência aos pobres e aos doentes. Em 1498 D. Leonor,
vi va de D. João II, deu origem a este movimento de ineg vel valor
social.
Nos in cios do s culo XVI d -se a funda ão da Miseric rdia de
Pombal, embora o seu compromisso, isto , os seus estatutos,
date de 1630 . Amadeu Mora situa a sua cria ão à volta de 1505 e
o padre Jos Pinto, nas Inquiri ões Paroquiais de 1721, aponta o
ano de 1502.
Segundo as Inquiri ões de 1721 ainda não possu a Hospital,
« ». Igualmente
Br s Raposo da Fonseca em 1721 apenas se refere à Irmandade
da Miseric rdia, sem referir Igreja ou Hospital .
Porém o padre Carvalho da Costa diz, relativamente aos in cios do século
XVIII, que «
» , o que poderia antever a existência do Hospital .
Pinho Leal, por seu turno, considera que a igreja da Misericórdia (cujas ru nas
se conservaram at h pouco tempo) data de 1745 . Julgamos que esta data
estar correcta, pois, conforme se refere em 1870, a Miseric rdia de Pombal «
» .
Na documenta ão consultada, a primeira referência à Igreja da Misericórdia
surge no Tombo da Gramela, quando em 1768 se mede o Celeiro - «
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1 2
limitando-se a dar agasalho aos pobres passageiros
a igreja da Miseric rdia tem bastante renda, porque, como fica na
estrada real, são muitos os enfermos e pobres passageiros, especialmente no
tempo das Caldas
quaze no centro da Villa, na rua da Mizericordia. Ignora-se a epocha da funda ão;
porem as armas reaes com a esphera indicam q. foi fundada no tempo d’El-Rei D.
Manuel; com tudo a inscrip ão arithmetica que se vê na porta principal da capella
de 1745
dahi corta o
3
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ó
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ç
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203As Misericórdias
Grav. 90 - Antiga Misericórdiade Pombal
Norte a entestar na Cap lla da Sancta Mizericordia, e tem treze
varas e meia
por uma e
outra cousa se acharem em estado de grande ruina originado da
Invasão Francesa
(doc. nº 99)
N’outro tempo havia aqui hum
Hospital, cujas despezas se fazião pelos rendim.tos da Mizericordia, q. tem hum
bom fundo, mas como por ora nada h , estão
os pobres privados deste Beneficio, emq.to
não se liquidar alguma couza
sendo a
freguesia de S. Martinho de Pombal das mais
exten as deste Bispado, e de maior nº de
Freguezes, a maior p. destes pobrissimos,
porq. sendo acometida a d. Fregª de huma
espece de epidemia em q. os infermos
perecião, a Santa Casa lhe mandou erigir
, em q. se recolhessem, e curasse, com a
vista de Medico, Sirurgião, botica e Infermeira q. deles cuidasse
forma o de
hum Hospital para os enfermos indegentes
dois quartos terreos
casas
é
á
ç
ç
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13
14
». Esta igreja foi duramente atingida pela 3ª invasão
francesa.
Em 1840 foi deliberado que se constru sse uma grade que
fechasse a capela-mor e se fizesse de novo o altar do Espirito
Santo e se restaurasse o retábulo do mesmo altar, «
» . Em 1911 encontrava-se inteiramente
arruinada. O telhado e o madeiramento foram retirados e vendidos
conjuntamente com a Casa do Despacho por 432$50
.
A Miseric rdia era igualmente proprietária da igreja de Nossa
Senhora do Monte do Carmo (a igreja do Carmo) e da Capela de S. Luzia.
O Hospital já funcionava antes de 1811 - «
» . Deve ser,
pois, dos finais do s c. XVIII. A confirmá-lo
est a afirma ão feita em 1805: «(...)
(...)
» . Os
rendimentos mostraram-se insuficientes e fechou.
Como o Hospital era insuficiente, a Câmara projectou em 1835 a «
» . As obras do Hospital ir o decorrer
entre 1832 e 1837, sendo ampliado entre 1848 e 1850. Duas casas serviam de
hospedaria e de enfermaria com situados junto à Igreja da
Miseric rdia, ao fundo de um p tio. Em 1863 j tem 3 que passam a ter
vidros nas janelas (at a eram frestas). Receberá um primeiro andar nessa altura.
A Mesa adquire então os terrenos entre a esta ão dos caminhos de ferro e a
í
ó
é
á ç
ó á á
é í
ç
te
ta
Huma espece de Ospital ou Albergue
ã
ã
204 As Miseridórdias
Estrada de Coimbra para aí fazer novo edif cio. Não se concretizará o projecto.
Como referimos atrás, só em 1889 surgirá um novo Hospital num edif cio junto à
Ponte Pedrinha (frente aos Correios) doado por D. Em lia Godinho Valdez.
Passará a dispor de uma enfermaria masculina (4 camas) e uma feminina (2
camas), além de um quarto particular. Em 1930 recebe mais um piso.
Os estatutos da Misericórdia de Pombal irão desaparecer na voragem dos
acontecimentos de 1811, razão pela qual segue os da sua congénere de Lisboa,
entretanto mandados vir . Só terá novos estatutos em 1872, aprovados pelo
Conselho do Distrito em 1873. De l respigámos alguns dos seus artigos:
«
(o número de irmãos)
(no funeral)
»
Este Compromisso será abolido em 1913, sendo aprovados novos Estatutos.
As receitas da Miseric rdia de Pombal derivavam dos foros recebidos quer em
dinheiro quer em géneros (em 1872 possu a 90 prazos), quer de capitais a juro.
í
í
í
á
ó
í
15
Capitulo 1º
Art. 1º -A irmandade terá a invocação de Nossa Senhora da Misericordia. O seu
anno economico principia em dois de Julho, dia da Vizitação de Nossa Senhora a
Santa Isabel.
Art. 2º - nunca será inferior a quarenta, e deverão ter as
seguintes qualidades:-
Primeiro - Serem de boa consciencia, de bons costumes religiosos e caritativo,
não podendo admittir-se os que tiverem sido convencidos em juizo, como authores
ou cumplices em algum crime grave.
(...) Capitulo 4º - Da administração da Irmandade
Artigo 1º - A Meza deverá ser composta de um Provedor, um Secretario e um
Mordomo ou Thesoureiro e quatro irmãos.
Artigo 2º -Haverá tambem um Cartorario, um andador, enfermeiro, enfermeira e
todo a mais pessoa perciza
(...) Artigo 55 º - Junto os irmãos na egreja da Misericordia, sahirá a irmandade
incorporada , indo o andador de balandrau com a campainha,
seguindo-se a bandeira da irmandade levada pelo irmão que a Meza precedente
tiver nomeado, acompanhado por dois brandões levados por irmãos da mesma
forma nomeados, seguindo-se depois os irmãos em boa ordem, indo o Mordomo
com vara preta, deregindo a irmandade, no fim o procurador e secretario com mais
varas pretas e de traz d'elles o esquife levado por irmãos; e d'esta maneira irão no
acompanhamento dando o logar costumado aos clerigos e confrarias.
(...) Artigo 58º - A obrigação do enterramento dos mortos comprehende o das
pessoas indigentes que fallecerem no hospital .
205As Misericórdias
Grav. 91 - Antiga igreja daMisericórdia de Pombal
Grav. 92 - Hospital da Misericórdia (Pombal)
Norte a entestar na Cap lla da Sancta Mizericordia, e tem treze
varas e meia
por uma e
outra cousa se acharem em estado de grande ruina originado da
Invasão Francesa
(doc. nº 99)
N’outro tempo havia aqui hum
Hospital, cujas despezas se fazião pelos rendim.tos da Mizericordia, q. tem hum
bom fundo, mas como por ora nada h , estão
os pobres privados deste Beneficio, emq.to
não se liquidar alguma couza
sendo a
freguesia de S. Martinho de Pombal das mais
exten as deste Bispado, e de maior nº de
Freguezes, a maior p. destes pobrissimos,
porq. sendo acometida a d. Fregª de huma
espece de epidemia em q. os infermos
perecião, a Santa Casa lhe mandou erigir
, em q. se recolhessem, e curasse, com a
vista de Medico, Sirurgião, botica e Infermeira q. deles cuidasse
forma o de
hum Hospital para os enfermos indegentes
dois quartos terreos
casas
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». Esta igreja foi duramente atingida pela 3ª invasão
francesa.
Em 1840 foi deliberado que se constru sse uma grade que
fechasse a capela-mor e se fizesse de novo o altar do Espirito
Santo e se restaurasse o retábulo do mesmo altar, «
» . Em 1911 encontrava-se inteiramente
arruinada. O telhado e o madeiramento foram retirados e vendidos
conjuntamente com a Casa do Despacho por 432$50
.
A Miseric rdia era igualmente proprietária da igreja de Nossa
Senhora do Monte do Carmo (a igreja do Carmo) e da Capela de S. Luzia.
O Hospital já funcionava antes de 1811 - «
» . Deve ser,
pois, dos finais do s c. XVIII. A confirmá-lo
est a afirma ão feita em 1805: «(...)
(...)
» . Os
rendimentos mostraram-se insuficientes e fechou.
Como o Hospital era insuficiente, a Câmara projectou em 1835 a «
» . As obras do Hospital ir o decorrer
entre 1832 e 1837, sendo ampliado entre 1848 e 1850. Duas casas serviam de
hospedaria e de enfermaria com situados junto à Igreja da
Miseric rdia, ao fundo de um p tio. Em 1863 j tem 3 que passam a ter
vidros nas janelas (at a eram frestas). Receberá um primeiro andar nessa altura.
A Mesa adquire então os terrenos entre a esta ão dos caminhos de ferro e a
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Huma espece de Ospital ou Albergue
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204 As Miseridórdias
Estrada de Coimbra para aí fazer novo edif cio. Não se concretizará o projecto.
Como referimos atrás, só em 1889 surgirá um novo Hospital num edif cio junto à
Ponte Pedrinha (frente aos Correios) doado por D. Em lia Godinho Valdez.
Passará a dispor de uma enfermaria masculina (4 camas) e uma feminina (2
camas), além de um quarto particular. Em 1930 recebe mais um piso.
Os estatutos da Misericórdia de Pombal irão desaparecer na voragem dos
acontecimentos de 1811, razão pela qual segue os da sua congénere de Lisboa,
entretanto mandados vir . Só terá novos estatutos em 1872, aprovados pelo
Conselho do Distrito em 1873. De l respigámos alguns dos seus artigos:
«
(o número de irmãos)
(no funeral)
»
Este Compromisso será abolido em 1913, sendo aprovados novos Estatutos.
As receitas da Miseric rdia de Pombal derivavam dos foros recebidos quer em
dinheiro quer em géneros (em 1872 possu a 90 prazos), quer de capitais a juro.
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Capitulo 1º
Art. 1º -A irmandade terá a invocação de Nossa Senhora da Misericordia. O seu
anno economico principia em dois de Julho, dia da Vizitação de Nossa Senhora a
Santa Isabel.
Art. 2º - nunca será inferior a quarenta, e deverão ter as
seguintes qualidades:-
Primeiro - Serem de boa consciencia, de bons costumes religiosos e caritativo,
não podendo admittir-se os que tiverem sido convencidos em juizo, como authores
ou cumplices em algum crime grave.
(...) Capitulo 4º - Da administração da Irmandade
Artigo 1º - A Meza deverá ser composta de um Provedor, um Secretario e um
Mordomo ou Thesoureiro e quatro irmãos.
Artigo 2º -Haverá tambem um Cartorario, um andador, enfermeiro, enfermeira e
todo a mais pessoa perciza
(...) Artigo 55 º - Junto os irmãos na egreja da Misericordia, sahirá a irmandade
incorporada , indo o andador de balandrau com a campainha,
seguindo-se a bandeira da irmandade levada pelo irmão que a Meza precedente
tiver nomeado, acompanhado por dois brandões levados por irmãos da mesma
forma nomeados, seguindo-se depois os irmãos em boa ordem, indo o Mordomo
com vara preta, deregindo a irmandade, no fim o procurador e secretario com mais
varas pretas e de traz d'elles o esquife levado por irmãos; e d'esta maneira irão no
acompanhamento dando o logar costumado aos clerigos e confrarias.
(...) Artigo 58º - A obrigação do enterramento dos mortos comprehende o das
pessoas indigentes que fallecerem no hospital .
205As Misericórdias
Grav. 91 - Antiga igreja daMisericórdia de Pombal
Grav. 92 - Hospital da Misericórdia (Pombal)
Havia igualmente inúmeras esmolas.
Um dos seus maiores benfeitores foi frei Valentim Alexandre de Carvalho,
religioso do Convento do Cardal, onde foi professor. Por testamento feito em 1764,
deixa à Miseric rdia foros, vinhas, pinhais, olivais, etc. .
O quadro seguinte permite determinar a importância das nossas miseric rdias
entre si e face às suas cong neres do distrito de Leiria :
Os seus fundos resultam fundamentalmente de juros do capital :
As principais despesas eram com o Hospital, embora a organiza ão de festi-
vidades religiosas representasse
tamb m algum encargo - a 2 de
Julho de cada ano realizava a
Festa da Visita ão de Santa Isabel,
bem como as cerimónias da
Semana Santa. Estas últimas
revestiam um grande aparato.
Segundo Amadeu Mora, a Igreja
era vistosamente armada com
panos vindos de Coimbra e o chão
atapetado de rosmaninho e ale-
crim. Junto dos altares ardiam
ó
ó
é
ç
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ç
16
17
18
206 As Misericórdias
continuamente 32 velas e 4 tochas de quilo e meio de cera. Das 3 procissões,
salienta-se a de 5ª feira à noite, chamada «dos fogareus» ou «dos archotes» e a de
6ª feira ou «do enterro». Era costume figurarem ao vivo S. João Baptista, Maria
Madalena, Ver nica e as 3 Marias .
Vejamos nessa data a estrutura das principais despesas:
A sua actividade social era de grande importância se atentarmos na estat stica
da pobreza apresentada por D. Ant nio da Costa Macedo referente aos meados
do s culo XIX :
Estes pobres são na sua maioria idosos:
Ignora-se também a data de funda ão da Misericórdia do Louri al, embora nas
Informa ões Paroquiais de 1721 se diga que do «
» .
Amadeu Mora por sua vez aponta o ano de 1608 .
Sabemos, porém, que a resolu ão r gia de 24 de Julho de 1734 aprova
superiormente os seus estatutos .
Segundo refere Jos Ruivo, a Igreja da Misericórdia é de 1608 e o seu Hospital
ó
í
ó
é
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ç
ç é
é
19
20
21
22
23
cart rio dela não consta quem a
fundou, por não haver disso documento e o que s se colhe de alguns livros
antigos ser instituida pelos anos de 1589 pouco mais ou menos e ter sido seu
primeiro provedor D. Fernando de Menezes, ascendente dos condes da
Ericeira
ó
ó
é
207As Misericórdias
Grav. 93 - Misericórdia do Louriçal
QUADRO XXRendimento anual das Misericórdias - 1852
QUADRO XXIRendimento das Misericórdias - 1852
QUADRO XXIIDespesas das Misericórdias - 1852
QUADRO XXIIIA pobreza - 1852
QUADRO XXIVA pobreza (por idade) - 1852
Havia igualmente inúmeras esmolas.
Um dos seus maiores benfeitores foi frei Valentim Alexandre de Carvalho,
religioso do Convento do Cardal, onde foi professor. Por testamento feito em 1764,
deixa à Miseric rdia foros, vinhas, pinhais, olivais, etc. .
O quadro seguinte permite determinar a importância das nossas miseric rdias
entre si e face às suas cong neres do distrito de Leiria :
Os seus fundos resultam fundamentalmente de juros do capital :
As principais despesas eram com o Hospital, embora a organiza ão de festi-
vidades religiosas representasse
tamb m algum encargo - a 2 de
Julho de cada ano realizava a
Festa da Visita ão de Santa Isabel,
bem como as cerimónias da
Semana Santa. Estas últimas
revestiam um grande aparato.
Segundo Amadeu Mora, a Igreja
era vistosamente armada com
panos vindos de Coimbra e o chão
atapetado de rosmaninho e ale-
crim. Junto dos altares ardiam
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206 As Misericórdias
continuamente 32 velas e 4 tochas de quilo e meio de cera. Das 3 procissões,
salienta-se a de 5ª feira à noite, chamada «dos fogareus» ou «dos archotes» e a de
6ª feira ou «do enterro». Era costume figurarem ao vivo S. João Baptista, Maria
Madalena, Ver nica e as 3 Marias .
Vejamos nessa data a estrutura das principais despesas:
A sua actividade social era de grande importância se atentarmos na estat stica
da pobreza apresentada por D. Ant nio da Costa Macedo referente aos meados
do s culo XIX :
Estes pobres são na sua maioria idosos:
Ignora-se também a data de funda ão da Misericórdia do Louri al, embora nas
Informa ões Paroquiais de 1721 se diga que do «
» .
Amadeu Mora por sua vez aponta o ano de 1608 .
Sabemos, porém, que a resolu ão r gia de 24 de Julho de 1734 aprova
superiormente os seus estatutos .
Segundo refere Jos Ruivo, a Igreja da Misericórdia é de 1608 e o seu Hospital
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cart rio dela não consta quem a
fundou, por não haver disso documento e o que s se colhe de alguns livros
antigos ser instituida pelos anos de 1589 pouco mais ou menos e ter sido seu
primeiro provedor D. Fernando de Menezes, ascendente dos condes da
Ericeira
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207As Misericórdias
Grav. 93 - Misericórdia do Louriçal
QUADRO XXRendimento anual das Misericórdias - 1852
QUADRO XXIRendimento das Misericórdias - 1852
QUADRO XXIIDespesas das Misericórdias - 1852
QUADRO XXIIIA pobreza - 1852
QUADRO XXIVA pobreza (por idade) - 1852
funcionava pelo menos em 1633 . Desconhecemos
quando deixou de funcionar, pois a ltima referência
que localizámos diz respeito a 1750 e sabemos
que em 1887 não existia.
Das suas despesas nos dá conta o Provedor em
1835 - «
» .
Declara-se em 1870 que «
» .
Quanto à Miseric rdia de Abi l pouco ou nada
sabemos, a não ser que em 1620 já funcionaria, de
acordo com a data inscrita no altar . Nas Inquiri ões
de 1721 diz-se em rela ão aAbi l:- «
» .
No entanto as Memórias Paroquiais de 1758 dão-nos algumas pistas sobre a
sua forma ão no reinado de D. João III - «
(....)»
Sabe-se que esta Misericórdia se regia pelo compromisso da Misericórdia de
Lisboa, a exemplo da de Pombal.
Tamb m no relato de 1721 se afirma que «
24
25
26
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28
29
ú
ó ú
ç
ç ú
ç
é
he feita com esmolas a pobres, e a
enfermos, que não tem meios para accudir sua
doen a, a passageiros que vem com Guias de
outras Mizericordias, e finalmente em festas da
Igreja, que se costumão fazer annualmente pela
Semana Santa, e em dia de Santa Izabel
são soccorridas
aproximadamente todos os annos cem pessoas
com remedios e esmolas
H hua caza de
Stª Mizª e Caza de hospital suposta que nella se não curem por falta de
rend(i)m(ent)os e do anno em q foi fundada ou por quem nam pude alcansar
not(ici)a
Nesta villa ha huma Igreja, q. no prezente
tempo serve de Caza da Mizericordia. Digo no prezente tempo, porquanto h
tradi ão de (...) de livros antigos, q. se achão no archivo da mª Santa Caza, q. esta
fora antiguamente huma capella dedicada ao Divino Espirito Santo com sua
Irmandade, e como quer q. fossem aumentandose em numero os Irmãos e com as
entradas destes e tãobem com os (...) q. se comprassem alguns bens; com outros
q. os legados pios deyxarão alguns defuntos, forão crescendo os rendimentos de
sorte q. se concordarão a nobreza e povo em fazer supplica a Sua Mag. q. lhe
convertesse em caza de Misericordia a referida Capela, e lhes desse para seu
governo, e estabelicimento hum Estatuto ou Compromisso. Anuio a Mag. do Snr.
Dom João terceyro aos rogos dos sobreditos
h hum pequeno hospital com
á
ç
á
á
ç
á
e
e
30.
208 As Misericórdias
acomoda ão pª quatro camas, q. mais raras vezes
tem ezercido, assim por ser esta terra de sertão de
pouco frequentada passagem de Peregrinos
São socorridas annualmente 150 pessoas, incluindo pobres, que
transitam com penas, e outros, que vão a banhos das Caldas. Despezas
especiais:- S faz a despeza com 2 sermões e procissão de enterro, quando se faz
festividade da semana Sancta. São socorridos com remedios, e esmolas, os
doentes pobres nos seus domicilios. Acompanha
os defuntos, sepultura na tumba, ministrando a
cera precisa. Não ha hospitaes, ou enfermarias,
mas tão somente uma caza destinada para dar
pousada aos pobres, transeuntes
ç
ó
á
» .
A Misericórdia de Abi l é dissolvida pelo
Governo Civil de Leiria por alvar de 28 de Agosto
de 1869, sob a acusa ão de irregularidades
cometidas e os seus bens são incorporados na sua
congénere de Pombal no ano seguinte.
Sobre a Misericórdia da Redinha calcula-se que
j funcionava em 1622, mas em 1839 não possu a
estatutos por terem desaparecido a quando da 3ª
invasão francesa . Sobre a sua actividade diz-se
em 1870: - «
» .
Fa amos também uma breve referência às
confrarias paroquiais. Uma das suas principais
fun ões dizia respeito à manuten ão da igreja e do
culto . Para isso, os confrades cotizavam-se para
pagar as obras e despesas de conserva ão do
edif cio sagrado e dos altares, organizavam
procissões e festas religiosas. Vejamos então o
que se passava em Pombal :
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209As Misericórdias
Grav. 94 - Igreja da Misericórdia do Louriçal
Grav. 95 - Misericórdia de Abiúl
Grav. 96 - Igreja da Misericórdia da Redinha
QUADRO XXVConfrarias de Pombal - 1839
funcionava pelo menos em 1633 . Desconhecemos
quando deixou de funcionar, pois a ltima referência
que localizámos diz respeito a 1750 e sabemos
que em 1887 não existia.
Das suas despesas nos dá conta o Provedor em
1835 - «
» .
Declara-se em 1870 que «
» .
Quanto à Miseric rdia de Abi l pouco ou nada
sabemos, a não ser que em 1620 já funcionaria, de
acordo com a data inscrita no altar . Nas Inquiri ões
de 1721 diz-se em rela ão aAbi l:- «
» .
No entanto as Memórias Paroquiais de 1758 dão-nos algumas pistas sobre a
sua forma ão no reinado de D. João III - «
(....)»
Sabe-se que esta Misericórdia se regia pelo compromisso da Misericórdia de
Lisboa, a exemplo da de Pombal.
Tamb m no relato de 1721 se afirma que «
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he feita com esmolas a pobres, e a
enfermos, que não tem meios para accudir sua
doen a, a passageiros que vem com Guias de
outras Mizericordias, e finalmente em festas da
Igreja, que se costumão fazer annualmente pela
Semana Santa, e em dia de Santa Izabel
são soccorridas
aproximadamente todos os annos cem pessoas
com remedios e esmolas
H hua caza de
Stª Mizª e Caza de hospital suposta que nella se não curem por falta de
rend(i)m(ent)os e do anno em q foi fundada ou por quem nam pude alcansar
not(ici)a
Nesta villa ha huma Igreja, q. no prezente
tempo serve de Caza da Mizericordia. Digo no prezente tempo, porquanto h
tradi ão de (...) de livros antigos, q. se achão no archivo da mª Santa Caza, q. esta
fora antiguamente huma capella dedicada ao Divino Espirito Santo com sua
Irmandade, e como quer q. fossem aumentandose em numero os Irmãos e com as
entradas destes e tãobem com os (...) q. se comprassem alguns bens; com outros
q. os legados pios deyxarão alguns defuntos, forão crescendo os rendimentos de
sorte q. se concordarão a nobreza e povo em fazer supplica a Sua Mag. q. lhe
convertesse em caza de Misericordia a referida Capela, e lhes desse para seu
governo, e estabelicimento hum Estatuto ou Compromisso. Anuio a Mag. do Snr.
Dom João terceyro aos rogos dos sobreditos
h hum pequeno hospital com
á
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e
e
30.
208 As Misericórdias
acomoda ão pª quatro camas, q. mais raras vezes
tem ezercido, assim por ser esta terra de sertão de
pouco frequentada passagem de Peregrinos
São socorridas annualmente 150 pessoas, incluindo pobres, que
transitam com penas, e outros, que vão a banhos das Caldas. Despezas
especiais:- S faz a despeza com 2 sermões e procissão de enterro, quando se faz
festividade da semana Sancta. São socorridos com remedios, e esmolas, os
doentes pobres nos seus domicilios. Acompanha
os defuntos, sepultura na tumba, ministrando a
cera precisa. Não ha hospitaes, ou enfermarias,
mas tão somente uma caza destinada para dar
pousada aos pobres, transeuntes
ç
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A Misericórdia de Abi l é dissolvida pelo
Governo Civil de Leiria por alvar de 28 de Agosto
de 1869, sob a acusa ão de irregularidades
cometidas e os seus bens são incorporados na sua
congénere de Pombal no ano seguinte.
Sobre a Misericórdia da Redinha calcula-se que
j funcionava em 1622, mas em 1839 não possu a
estatutos por terem desaparecido a quando da 3ª
invasão francesa . Sobre a sua actividade diz-se
em 1870: - «
» .
Fa amos também uma breve referência às
confrarias paroquiais. Uma das suas principais
fun ões dizia respeito à manuten ão da igreja e do
culto . Para isso, os confrades cotizavam-se para
pagar as obras e despesas de conserva ão do
edif cio sagrado e dos altares, organizavam
procissões e festas religiosas. Vejamos então o
que se passava em Pombal :
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209As Misericórdias
Grav. 94 - Igreja da Misericórdia do Louriçal
Grav. 95 - Misericórdia de Abiúl
Grav. 96 - Igreja da Misericórdia da Redinha
QUADRO XXVConfrarias de Pombal - 1839
Competia tamb m à confraria um conjunto de cuidados perante a morte de um
confrade:- promover os sacramentos ao moribundo, efectuar a traslada ão de
casa para a igreja, bem como acompanhar o velório e o enterro.
As confrarias do Carmo, do Rosário e das Almas são extintas em 1868 pelo
Governo Civil de Leiria e os seus bens incorporados na Misericórdia de Pombal 2
anos depois. A do Sant ssimo terá a mesma sorte em 1871 e os bens entregues à
Junta da Par quia de Pombal. Todas elas possu am avultados bens.
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_______________
1 – Arquivo da Universidade de Coimbra, Informa ões Paroquiais de 1721 - Pombal (22 de
Maio) - fls.1 a 3 v. - Padre Jos Pinto, vig rio de Pombal.
2 – MORA,Amadeu C., Esbo o Hist rico da Santa Casa da Miseric rdia de Pombal, ed. Santa
Casa da Miseric rdia de Pombal, 1953, pg. 9.
3 – Manuscritos da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, c dice nº 503, fl.118 e
seguintes - (de Hist ria)
», feita em Leiria em 1721 pelo Provedor de Leiria Br s Raposo
da Fonseca
4 – LIMA, Baptista, Terras de Portugal, vol V, Lisboa 1937, art. Pombal e BAPTISTA, João
Maria, Chorographia Moderna de Portugal, vol. IV, Lisboa, 1876, pg. 136.
5 – Muitos dos que se dirigiam às Caldas da Rainha, com frequência traziam uma guia passada
pelas Miseric rdias das suas terras, em que se pedia o aux lio das autoridades do percurso; aqui
recebiam a dormida e a esmola; além disso, a Miseric rdia de Pombal mandava-os conduzir a Leiria ou
aAbi l ou Redinha. MORA,Amadeu C., , 1953, pgs. 25 e 26.
6 – LEAL, Pinho, PortugalAntigo e Moderno, vol. VII, Lisboa, 1876, pg. 132.
7 – Arquivo Distrital de Leiria, caixa 40, ma o 6 - Of cio do Administrador do Concelho de
Pombal para o Governador Civil - Inqu rito sobre os estabelecimentos de Beneficiência P blica, de 26
de Dezembro de 1870.
8 – Cerca de 15 metros.
9 –Acta da sessão da Mesa da Santa Casa da Miseric rdia de Pombal de 12 de Mar o de 1840
MORA,Amadeu C., , pg. 16.
10 –ADEFESA, nº 972, 24 de Dezembro de 1911, pg. 2.
11 – Servia para as reuniões mais solenes da Misericórdia (as normais eram na Sala do
Despacho) e nela passou a celebrar-se a missa quando entrou em ru na a Igreja da Miseric rdia.
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Not cias remetidas à Academia Real debaixo da Real Protec ão do mui alto e
muito poderozo Rei N. Snr. D. João o 5º
.
in op. cit.
in op. cit.
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210 As Misericórdias
Sofreu s rios danos terr veis na 3ª invasão.
12 – Arquivo da Universidade de Coimbra - Invasões Francesas - Cat - Cor. B. Pimenta - doc.
175.
13 – Processo de Breve Papal de 1805 citado MORA,Amadeu C., , 1953, pgs. 58 e 59.
14 – Arquivo Distrital de Leiria, caixa 61 - Oficio da Câmara Municipal de Pombal para o Sub
Perfeito da Comarca de Leiria, de 23 de Mar o de 1835.
15 – , caixa 50, ma o 9 - Mappa demonstrativo das Mizericordias, 4 de Setembro de 1839.
16 – MORA,Amadeu C., , 1953, pg. 19.
17 – MACEDO, D.Ant nio da Costa de Sousa, , pg. 235.
18 – , , pg. 362.
19 – MORA,Amadeu C., , 1953, pgs. 44 a 46.
20 – MACEDO, D.Ant nio da Costa de Sousa, , pg. 221.
21 – Arquivo da Universidade de Coimbra, Informa ões Paroquiais de 1721 - Louri al (29 de
Maio, pelo vig rio Jer nimo Ferreira de T vora) - fls. 1 a 3v.
22 – MORA,Amadeu C., , pg. 9.
23 –Arquivo Distrital de Leiria, caixa 40, ma o 6.
24 – RUIVO, Jos da Silva - A Igreja da Miseric rdia do Louri al, Ed. Santa Casa da
Miseric rdia do Louri al, 1992, pg. 19.
25 – Historia da Funda ão do Real Convento do Louri al ..., pg. 3.
26 – Arquivo Distrital de Leiria, caixa 40, ma o 6 - Of cio do Administrador do Concelho de
Pombal para o Governador Civil - Inqu rito sobre os estabelecimentos de Beneficiência Pública, de 26
de Dezembro de 1870.
27 – , caixa 74 - Of cio do Provedor da Misericórdia do Louri al para o Governador Civil de
11 de Setembro de 1835.
28 – , Luiz, Diccionario geografico ou Noticia Historica de todas as cidades, villas,
lugares e aldeas, etc., tomo I, Lisboa, 1747, pgs. 12 e 13. O p lpito seiscentista da igreja da
Miseric rdia, conservado no Museu deAbi l, tem inscrita a data de 1616.
29 –Arquivo da Universidade de Coimbra, Informa ões Paroquiais de 1721 -Abi l (21 de Maio)
30 – Mem rias Paroquiais de 1758, fls. 97 e 98.
31 –Arquivo Distrital de Leiria, Mem rias Paroquiais de 1721,Abi l, fl. 97.
32 – , caixa 50, ma o 9 - Mappa demonstrativo das Mizericordias, 4 de Setembro de 1839.
33 – , caixa 40, ma o 6 - Of cio do Administrador do Concelho de Pombal para o
Governador Civil - Inqu rito sobre os estabelecimentos de Beneficiência P blica, de 26 de Dezembro
de 1870.
34 – SÁ, Isabel dos Guimarães, art. As confrarias e as miseric rdias Hist ria dos Munic pios
e do poder local, dir. C sar Oliveira, ed. C rculo de Leitores, col. Grandes Temas de Hist ria, Lisboa,
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op. cit.
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idem op. cit.
op. cit.
op. cit.
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in
CARDOSO
211As Misericórdias
Competia tamb m à confraria um conjunto de cuidados perante a morte de um
confrade:- promover os sacramentos ao moribundo, efectuar a traslada ão de
casa para a igreja, bem como acompanhar o velório e o enterro.
As confrarias do Carmo, do Rosário e das Almas são extintas em 1868 pelo
Governo Civil de Leiria e os seus bens incorporados na Misericórdia de Pombal 2
anos depois. A do Sant ssimo terá a mesma sorte em 1871 e os bens entregues à
Junta da Par quia de Pombal. Todas elas possu am avultados bens.
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1 – Arquivo da Universidade de Coimbra, Informa ões Paroquiais de 1721 - Pombal (22 de
Maio) - fls.1 a 3 v. - Padre Jos Pinto, vig rio de Pombal.
2 – MORA,Amadeu C., Esbo o Hist rico da Santa Casa da Miseric rdia de Pombal, ed. Santa
Casa da Miseric rdia de Pombal, 1953, pg. 9.
3 – Manuscritos da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, c dice nº 503, fl.118 e
seguintes - (de Hist ria)
», feita em Leiria em 1721 pelo Provedor de Leiria Br s Raposo
da Fonseca
4 – LIMA, Baptista, Terras de Portugal, vol V, Lisboa 1937, art. Pombal e BAPTISTA, João
Maria, Chorographia Moderna de Portugal, vol. IV, Lisboa, 1876, pg. 136.
5 – Muitos dos que se dirigiam às Caldas da Rainha, com frequência traziam uma guia passada
pelas Miseric rdias das suas terras, em que se pedia o aux lio das autoridades do percurso; aqui
recebiam a dormida e a esmola; além disso, a Miseric rdia de Pombal mandava-os conduzir a Leiria ou
aAbi l ou Redinha. MORA,Amadeu C., , 1953, pgs. 25 e 26.
6 – LEAL, Pinho, PortugalAntigo e Moderno, vol. VII, Lisboa, 1876, pg. 132.
7 – Arquivo Distrital de Leiria, caixa 40, ma o 6 - Of cio do Administrador do Concelho de
Pombal para o Governador Civil - Inqu rito sobre os estabelecimentos de Beneficiência P blica, de 26
de Dezembro de 1870.
8 – Cerca de 15 metros.
9 –Acta da sessão da Mesa da Santa Casa da Miseric rdia de Pombal de 12 de Mar o de 1840
MORA,Amadeu C., , pg. 16.
10 –ADEFESA, nº 972, 24 de Dezembro de 1911, pg. 2.
11 – Servia para as reuniões mais solenes da Misericórdia (as normais eram na Sala do
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Sofreu s rios danos terr veis na 3ª invasão.
12 – Arquivo da Universidade de Coimbra - Invasões Francesas - Cat - Cor. B. Pimenta - doc.
175.
13 – Processo de Breve Papal de 1805 citado MORA,Amadeu C., , 1953, pgs. 58 e 59.
14 – Arquivo Distrital de Leiria, caixa 61 - Oficio da Câmara Municipal de Pombal para o Sub
Perfeito da Comarca de Leiria, de 23 de Mar o de 1835.
15 – , caixa 50, ma o 9 - Mappa demonstrativo das Mizericordias, 4 de Setembro de 1839.
16 – MORA,Amadeu C., , 1953, pg. 19.
17 – MACEDO, D.Ant nio da Costa de Sousa, , pg. 235.
18 – , , pg. 362.
19 – MORA,Amadeu C., , 1953, pgs. 44 a 46.
20 – MACEDO, D.Ant nio da Costa de Sousa, , pg. 221.
21 – Arquivo da Universidade de Coimbra, Informa ões Paroquiais de 1721 - Louri al (29 de
Maio, pelo vig rio Jer nimo Ferreira de T vora) - fls. 1 a 3v.
22 – MORA,Amadeu C., , pg. 9.
23 –Arquivo Distrital de Leiria, caixa 40, ma o 6.
24 – RUIVO, Jos da Silva - A Igreja da Miseric rdia do Louri al, Ed. Santa Casa da
Miseric rdia do Louri al, 1992, pg. 19.
25 – Historia da Funda ão do Real Convento do Louri al ..., pg. 3.
26 – Arquivo Distrital de Leiria, caixa 40, ma o 6 - Of cio do Administrador do Concelho de
Pombal para o Governador Civil - Inqu rito sobre os estabelecimentos de Beneficiência Pública, de 26
de Dezembro de 1870.
27 – , caixa 74 - Of cio do Provedor da Misericórdia do Louri al para o Governador Civil de
11 de Setembro de 1835.
28 – , Luiz, Diccionario geografico ou Noticia Historica de todas as cidades, villas,
lugares e aldeas, etc., tomo I, Lisboa, 1747, pgs. 12 e 13. O p lpito seiscentista da igreja da
Miseric rdia, conservado no Museu deAbi l, tem inscrita a data de 1616.
29 –Arquivo da Universidade de Coimbra, Informa ões Paroquiais de 1721 -Abi l (21 de Maio)
30 – Mem rias Paroquiais de 1758, fls. 97 e 98.
31 –Arquivo Distrital de Leiria, Mem rias Paroquiais de 1721,Abi l, fl. 97.
32 – , caixa 50, ma o 9 - Mappa demonstrativo das Mizericordias, 4 de Setembro de 1839.
33 – , caixa 40, ma o 6 - Of cio do Administrador do Concelho de Pombal para o
Governador Civil - Inqu rito sobre os estabelecimentos de Beneficiência P blica, de 26 de Dezembro
de 1870.
34 – SÁ, Isabel dos Guimarães, art. As confrarias e as miseric rdias Hist ria dos Munic pios
e do poder local, dir. C sar Oliveira, ed. C rculo de Leitores, col. Grandes Temas de Hist ria, Lisboa,
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idem op. cit.
op. cit.
op. cit.
op. cit.
idem
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in
CARDOSO
211As Misericórdias
VI.VIII. O Ensino
Nos finais do s culo XIX, o ndice de analfabetismo em Portugal atingia 84,4%
(Censo de 1878) . Pombal não era, por certo, excep ão.
A forma ão recebida era basicamente religiosa. significativa esta passagem
das Inquiri ões Paroquiais de 1721 relativamente à Mata Mourisca:
«
»
A primeira escola de Pombal de que temos not cia funcionava no Convento do
Cardal e a eram ministradas, al m das primeiras letras, aulas de artes e latim.
Nela leccionou desde a funda ão do Convento at 1716 frei ValentimAlexandre de
Carvalho . Segundo Robalo Pombo, ao ser criada, visavam-se igualmente os
estudos preparatórios para a Universidade; o Geral da Ordem não autorizou em
virtude da cerca do Convento ser pequena, mas o chamado Ensino Menor
continuou aí a funcionar, autorizado por circular de 1780.
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Não achei not cia que houvesse varão algum nesta freguesia insigne e
assinalado em virtude nem em letras; mas antes achei muita falta de doutrina
cristã, porque não havia ningu m que soubesse os 14 artyigos da nossa santa F
Cat lica, nem entendê-los distintamente e isso s algum homem que sabia ler.
Tive logo todo o cuidado e desvelo em lhes ensinar a doutrina cristã e lhes fiz
aprender todas as ora ões da cartilha de M. In cio e hoje sabem at as
Benaventuran as
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1996, pg. 57.
35 – Arquivo Distrital de Leiria, caixa 45, ma o 33 e caixa 73 - Actas do Conselho do Governo
Civil, de 18 de Fevereiro de 1839.
36 – Missa cantada e sermão.
37 – Missa cantada, sermão e sacramento exposto.
38 – MORA,Amadeu C., , 1953, pg. 48.
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op. cit.
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213O ensino
GRÁFICO XO analfabetismo no concelho de Pombal - 1878 / 1991
As Misericórdias