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ISSN 2176-185X Autores Monike Fernandes Pereira Técnica em Artes Gráficas pelo SENAI Fundação Zerrenner, aluna do 6º semestre do curso de editoração das Faculdades Integradas Rio Branco. E-mail: [email protected] Paulo Durão Mestre em Artes/História da Cultura e Especialista em Comunicação e Artes pela Universidade Mackenzie; graduado em Design Gráfico pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, técnico em Artes gráficas pelo SENAI e Publicidade pela FECAP. Professor dos cursos de Editoração, Publicidade, Jornalismo e Design das Faculdades Integradas Rio Branco; professor no curso de Design na FMU, além de ter ministrado aulas na Universidade Ibirapuera para o curso de Publicidade e Propaganda. E-mail: [email protected] Resumo O mercado editorial está em crescimento, a classe média está aumentando e o mercado de livros digitais está começando a dar os primeiros passos no país. Os rumores de que o impresso será extinto devido à presença do meio digital não é verdade, já que podemos perceber que os setores estão em crescimento, e uma das maneiras de driblar um possível substituto é unir o meio impresso ao digital, um complementa o outro. Palavras-chave Livro, Leitor Digital, Mercado Editorial, Leitura, Editoração. As mudanças do mercado editorial com a presença da mídia digital Monike Fernandes Pereira Paulo Durão ANO 1, VOL 2, AGO/DEZ 2011

As mudanças do mercado editorial com a presença da mídia digital

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Page 1: As mudanças do mercado editorial com a presença da mídia digital

ISSN 2176-185X

AutoresMonike Fernandes PereiraTécnica em Artes Gráficas pelo SENAI Fundação Zerrenner, aluna do 6º semestre do curso de editoração das Faculdades Integradas Rio Branco.E-mail: [email protected]

Paulo DurãoMestre em Artes/História da Cultura e Especialista em Comunicação e Artes pela Universidade Mackenzie; graduado em Design Gráfico pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, técnico em Artes gráficas pelo SENAI e Publicidade pela FECAP. Professor dos cursos de Editoração, Publicidade, Jornalismo e Design das Faculdades Integradas Rio Branco; professor no curso de Design na FMU, além de ter ministrado aulas na Universidade Ibirapuera para o curso de Publicidade e Propaganda.E-mail: [email protected]

ResumoO mercado editorial está em crescimento, a classe média está aumentando e o mercado de livros digitais está começando a dar os primeiros passos no país. Os rumores de que o impresso será extinto devido à presença do meio digital não é verdade, já que podemos perceber que os setores estão em crescimento, e uma das maneiras de driblar um possível substituto é unir o meio impresso ao digital, um complementa o outro.

Palavras-chaveLivro, Leitor Digital, Mercado Editorial, Leitura, Editoração.

As mudanças do mercado editorial com a presença da mídia digital

Monike Fernandes PereiraPaulo Durão

ANO 1, VOL 2, AGO/DEZ 2011

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A internet ainda não foi capaz de diminuir o prestígio nem as vendas dos livros impres-sos, conforme os dados obtidos no Relatório

de Produção e Vendas do setor Editorial Brasileiro (2009), realizada anualmente pelo Sindicato Nacio-nal dos Editores de Livros (SNEL) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Este relatório fornece um panorama completo do mercado editorial no país e através destes da-dos podemos verificar abaixo (tabela 1) que há um constante crescimento nas vendas dos livros e tam-bém do faturamento.

PRODUÇÃO E VENDAS DO SETOR EDITORIAL BRASILEIRO

Tabela 1: (http://www.snel.org.br/ui/pesquisaMercado/diagnostico.aspx)

A internet está mudando significativamente o compor-tamento de leitura em relação à busca de notícias rápidas. Você se conecta às páginas no ciberespaço e obtém notícias do dia, com ou sem custo e sem agredir o meio ambiente, afinal gastase toneladas de papel com o jornal impresso.

O jornal é o segmento que, sem dúvida, foi alvo das mu-danças mais significativas do século XX, Julio Coutinho, diretor da Q.I. Press Controls América Latina diz:

Assim como a televisão a cores ameaçou em sua época o mercado de revistas, a Internet tem sido indicada como

séria ameaça aos jornais. O que se vê na atualidade é uma convivência entre as duas mídias e certamente pode-se afirmar que haverá uma convivência harmoniosa entre ambas. Somos da opinião de que uma complementa a outra. Certamente os jornais já estão e continuarão a necessitar de criatividade e atualização para que possam enfrentar a convivência com internet. (COUTINHO, 2010, p. 46).

Do ponto de vista de Fernando Campião, responsável pela área de jornais da Agfa:

Na verdade, o jornal é um produto lucrativo e viável. Claro que não diferente de outras indústrias, também passa por mudanças, e naturalmente precisa se adaptar aos novos modelos de mercado. Se olharmos em vol-ta, muitas das indústrias que por anos tiveram seu pro-cesso estável e previsível, também estão passando por um processo cíclico de renovação. Vejam o que tem ocorrido com a automobilística, de energia, de compu-tadores, livreira, e outras. Eu creio que a dificuldade do jornal, hoje, é planejar o futuro sem ter uma definição clara de por onde essa informação irá fluir. Se de forma digital, numa tela de computador, numa tela de iPad, numa tela digital qualquer ou se continuará no papel jornal. Eu, pessoalmente, crio que haverá espaço por um bom tempo para a convivência desses meios. E de uma coisa tenho certeza: os jornais continuarão a ser o melhor e mais confiável meio de gerir informação, independente da forma como essa informação será di-vulgada (CAMPIÃO, 2010, p. 46 e 47)

Atualmente, uma das melhores formas para se obter uma leitura profunda e demorada, continua sendo a velha tinta preta no papel, acompanhada das outras experiências que acompanham a boa leitura. O público que sente prazer em ler tem afeto físico pelo livro, o escolhe na estante e sente prazer em folhear. Esse tipo de comportamento ainda existe, mas com o passar dos anos e com o surgimento de novas tecnologias, esse comportamento está mudando aos poucos.

Já podemos dizer que, há alguns anos, existe no mercado um livro eletrônico viável: o Kindle, da Amazon, pequeno aparelho que tem como função principal ler e-books1 (livros digitais) e outros tipos de mídia digital.

¹ E-book - Livro em formato digital que pode ser lido em vários equipamentos eletrônicos, inclusive celulares. Os formatos mais comuns são PDF e HTML.

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O aparelho possibilita baixar (download) qualquer livro de um catálogo de 20 mil títulos (quase todos em inglês), com a vantagem de que pode ser feito de qualquer lugar, pela rede 3G, e tem capacidade para armazenar até 1.500 obras no aparelho que pesa 400 gramas. Sua tela é monocromática e pequena, com apenas 6 polegadas. O ponto forte deste produto é a sua tela, pois ele não emite luz. A tela é feita de tinta de verdade - preta para as letras, branca para o fundo, e a leitura flui como se a tela fosse de papel. Quando a página é virada, a tinta eletrônica demora para se reposicionar e virar a página é eufemismo, na verdade, ao contrário de um livro comum, elas não são sensíveis ao toque, tem de apertar um botão para que a página vire, e isso não é muito legal quando se quer imitar um livro.

Em agosto deste ano, o mais novo lançamento é o Cooler, produzido pela CoolerBook, e vendido no site do Gato Sabido, www.gatosabido.com.br, ele roda no sistema operacional Linux, mas é compatível com Windows e Mac. Não tem conexão sem fio, transfere livros via cabo USB. Pode armazenar até 4GB com cartão SD, possui o processador Samsung e a bateria gira 8 mil páginas, hoje seu preço está em torno de 600 reais, e a sua tecnologia funciona com uma tela “estilo papel”, reproduzindo a experiência real da leitura de um livro convencional.

Em janeiro de 2010, surgiu o iPad, aparelho em formato de prancheta, que une as funções de computador, videogame, tocador de música e visualizador de vídeos, além de leitor de livros digitais. Tudo o que Kindle não tem, o iPad tem de melhor: tela enorme, colorida, páginas que você vira com os dedos, sem botão, como se estivesse com um livro real. Mas o iPad tem uma diferença significativa em relação ao Kindle, sua tela é de LCD que emite luz, por isso, ler um livro inteiro nele é cansativo para os olhos.

Hoje, dezenas de empresas estão trabalhando justamente para unir o que os dois têm de bom. A Philips, está desenvolvendo um protótipo, o Liqua-vista, com tela colorida de tinta. A empresa E-Ink, que faz a tela do Kindle, também está pesquisando para solucionar a união. A qualquer momento, um livro eletrônico ideal chegará ao mercado.

Leitores de livros digitais

Existem 4,6 milhões de brasileiros que lêem livros em formato digital, de acordo com o gráfico abaixo, este índice ainda é baixo comparado aos 90,5 milhões que lêem revistas e 86,5 milhões que lêem livros con-forme a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.

O livro digital serve como ajuda para criar o hábito da leitura e o formato digital produz maior apelo entre os leitores mirins, de acordo com a coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Maria Márcia Sigrist Malavasi. A leitura de um livro físico é mais proveitosa do que de um eletrônico, mas as duas formas são vantajosas.

Kindle

Ipad

Cooler

Gráfico 1: Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em 2008 pelo Instituto Pró-Livro

Figura 1: Kindle http://www.mobilewhack.com/wp-content/images/2009/05/amazon-kindle-2-photo.jpg; Cooler http://farm4.static.flickr.com/3511/3833700732_d7f6a4580d_o.jpg

Figura 2: http://www.revolucaodigital.net/wpcontent/uploads/2010/01/apple_iPad_01.jpg

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“A leitura digital ainda deixa o jovem muito isolado, no entanto, entre a inexistência da leitura e a existência da leitura digital, é preferível aproveitar a leitura em forma-to digital. Eles tem cor, ação, movimento. Então, quanto menor a criança, maior efeito tem na motivação para ler” (MALAVASI, 2010, p. A10).

Mercado para livros digitais

O segmento editorial brasileiro está apostando na conversão do livro impresso para o formato di-gital como alternativa para atrair mais leitores. De acordo com a consultoria IDC – especializada em tecnologia da informação e telecomunicações – as vendas mundiais de E-Readers (leitores de livros di-gitais), devem ter alcançado 5 milhões de unidades em 2010 e ultrapassar 6 milhões em 2011.

As vendas dos e-books começam aos poucos a dar os primeiros passos no País, com lançamentos de títulos em todas as áreas. Entre livrarias e edi-toras que oferecem e se propõem a comercializar o produto tecnológico estão Cultura, Saraiva, Edi-tora Melhoramentos e Artmed, com expectativa de investimentos de até R$ 1,2 milhão nos próximos cinco anos.

O tema “livros digitais” foi apresentado para o público na Bienal do Livro que aconteceu em agosto de 2010, nos estandes da Imprensa Oficial, Submarino, Editora Positivo, livraria Gato Sabido e na Melhoramentos chamando a atenção, principalmente de crianças e adolescentes.

De acordo com o diretor comercial da Editora Melhoramentos, Manildo Cavalcante, o público infanto-juvenil incentivou a empresa a lançar 20 livros em formato digital, incluindo a obra “O menino maluquinho”, de Ziraldo, e outros como “Meu Pé

de Laranja Lima”, que é um verdadeiro sucesso de vendas. A expectativa é a de que, em 2010, as vendas totais – livros físicos e virtuais – aumentassem 20% em relação ao ano anterior, quando a Melhoramentos registrou 15% de crescimento

Investimos US$ 250 mil na conversão dos formatos e devemos aplicar mais US$ 1 milhão nos próximos cin-co anos. (CAVALCANTE, 2010).

Por sua vez, a Livraria Cultura tem uma loja apenas para esse formato. São 120 mil exemplares – apenas 1 mil em português – mas com importância significativa na sua estratégia de crescimento. Segundo o diretor comercial da Cultura, Fábio Herz, as editoras estão se adaptando à no va realidade de mercado.

As vendas de e-books representam 1% do nosso fa-turamento. Ainda é pouco, mas sentimos que esse nicho deverá crescer muito. (HERZ, 2010)

O livro digital tem várias vantagens que poderão ser fatores relevantes para a sua aquisição. As vantagens estão na portabilidade, quer permite levar o arquivo em cartões de memória, Pen-Drives, CDs, ou deixá-lo armazenado na web. O preço, em média, é 30% menor que a versão impressa, sem falar na praticidade e no peso da obra, outro fator é poder buscar por assuntos com palavras-chaves.

Índices de vendas e preços dos livros A CBL, o sindicato dos editores e a FIPE

divulgaram, conforme tabelas 2 e 3, que, em 2009, foram publicados no país 52.509 títulos (2,7% a mais do que em 2008), com um total de 386.367.136 exemplares (aumento de 13, 5%). As vendas em 2009 atingiram 228.704.288 exemplares.

Tabela 2: Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, 2009. Realizada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)http://www.cbl.org.br/telas/cbl/downloads

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No período de 2004-2009, os preços reduziram-se em termos reais 36,14% no subsetor Didáticos, 21,17% no subsetor Obras Gerais, 44,9% no subsetor Religiosos e 34,24% no subsetor CTP, consideradas as vendas ao mercado como um todo, uma queda média dos preços médios reais de 33,42%. Isto significa que, consideradas as vendas feitas pelo setor editorial ao mercado, o preço médio do livro vendido, está cerca de 1/3 mais barato do que se encontrava em 2004. O gráfico abaixo mostra a queda nos preços dos livros.

Através dos gráficos apresentados, podemos concluir que com o aumento no número de vendas e a diminuição dos preços dos livros, o mercado para os livros impressos está em crescimento e ao mesmo tempo ficando mais acessível à população de menor renda.

Roberto Muylarert, presidente da ANER, faz uma análise dos avanços do setor brasileiro e diz,

através da Revista “Em Revista”2, que as editoras brasileiras vivem um dos melhores momentos de sua história e comemoram o crescimento das vendas, da circulação e da publicidade. O aumento do poder de consumo da classe C também se reflete de maneira positiva no mercado editorial.

A Em Revista publicou alguns dados significativos sobre o mercado editorial de revistas. Por meio de dados fornecidos pelo (IVC) Instituto Verificador de Circulação e pela Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), podemos verificar um aumento no número de títulos publicados no Brasil.

A pesquisa da financeira do grupo francês BNP Paribas, a Cetelem, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ipsos, apontou avanços importantes em relação ao consumo brasileiro no ano de 2007. Houve um aumento da chamada classe C, que já detém a maior fatia da renda nacional e reúne cerca de 90 milhões de indivíduos, quase metade da população do país. Desta forma, podemos entender que quanto mais pessoas tiverem o poder de

² Revista “Em Revista” Aner - Edição Especial - Setembro

Tabela 3: Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, 2009. Realizada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)

Gráfico 2: Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, 2009. Realizada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)

Tabela 4: Fontes IVC e ANER

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consumir, mais perto estarão de descobrir o prazer de consumir a leitura através de revistas, livros, jornais e também na internet.

Daina Ruttul, diretora da Ipsos Marplan, empresa especializada em estudos de hábitos de mídia e consumo, também destaca a importância da disseminação do costume de leitura.

O aumento do poder aquisitivo permitiu que uma grande parcela da população começasse a consumir bens, como revistas. (RUTTUL, 2010, p. 36)

Através da leitura da pesquisa Retratos da leitura no Brasil podemos verificar que o número de nãoleitores diminui de acordo com a renda familiar e com a classe social. Quase não há não-leitores na classe A e há apenas 1% de não-leitores quando a renda familiar é de mais de 10 salários mínimos. Isso pode levar à conclusão de que o poder aquisitivo é significativo para a constituição de leitores assíduos.

Gráfico 4: Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em 2008 pelo Instituto Pró-Livro

Através destes dados podemos concluir que as pessoas que mais lêem são as que mais tem poder aquisitivo.

Impressos X Digitais

O cenário do mercado para revistas está tão pro-missor que fica evidente que as tradicionais revis-tas impressas, em vez de resistir à Internet, estão somando forças. As editoras de revistas terão um grande desafio, o de transformar a concorrência da internet em uma aliada de longo prazo.

Procuramos estar sempre na vanguarda e encararmos a internet como oportunidade de migração de nosso conteúdo com atributos complementares, e não como um substituto de meio impresso (KACHAR, 2010, p. 38)

Conforme o relatório feito por Maria Antonieta da Cunha, da equipe da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, entre as boas surpresas, a maior, sem dúvida, é o crescimento do índice de leitura. Mesmo assim ela afirma:

Há uma grande, enorme fatia da população que não conhece os materiais de leitura, ou conhece muito mal. Há um claríssimo problema de acesso aos materiais de leitura, especialmente ao livro. Mesmo tendo-os por perto, falta a descoberta, a volta na chave que faz a súbita ligação e torna o sujeito capturado para a leitura. Ele não descobriu a senha. Por isso mesmo, à frente da leitura (5º ou 4º lugar, conforme o enfoque), depois apenas de ver televisão, ouvir música e (às vezes) ouvir rádio, os entrevistados (mesmo os mais novos) afirmam preferir ocupar seu tempo livre... descansando!!!Ao mesmo tempo, a falta de tempo (com índices de às vezes mais de 50%) é a alegação mais comum dos entrevistados, em várias respostas, para tentar justificar o não envolvimento com a leitura. (CUNHA, 2010, p.12)

Gráfico 3: Pesquisa CETELEM – IPSO 2005/2006/2007

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COUTINHO, Julio. Jornais: Mudanças e Desafios. DESKTOP. São Paulo, Edição 114, 42 a 47, Fe-vereiro/Março de 2010.

CUNHA, Maria Antonieta. Pesquisa: Retratos da Leitura no Brasil. São Paulo, 121. Professora aposentada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG e PUC-MG), 2010.

ECO, Umberto; CARRIERE, Jean Claude; TELLES, Andre. Não contém com o Fim do livro. São Paulo, Record, 2010.

HERZ, Fabio. E-reader em versão nacional. Diário do Comércio, 22 de Agosto de 2010. Disponível em: http://www.dcomercio.com.br/materia.aspx? id=50595&canal=53

KACHAR. Admirável Mercado Novo. Em Revista. São Paulo, Edição Especial, IV, 31 a 41, Setembro de 2010.

MALAVASI, Maria Márcia Sigrist. Livro digital ajuda a criar hábito da leitura. Correio Popu-lar, 07 de novembro de 2010. Disponível em: http://www.sinosistema.net/sgc/sgc/index.php? pessoa_id=138&acao_adm=clipping&cmp_ clipping_id=539229&acao=ver_detalhes. Aces-so em: 13/11/2010.

PESQUISA PRODUÇÃO e Vendas do Setor Edi-torial Brasileiro, 2009. Disponível em: http://www.abdl.com.br/UserFiles/FIPE2008.pdf

PESQUISA RETRATOS da Leitura no Brasil. Disponível em: http://www. prolivro.org.br/ipl/publier4.0/texto.asp?id=48

REVISTA “EM REVISTA” Aner - Edição Especial – Setembro, 2010.

RUTTUL, Daina. Admirável Mercado Novo. Em Revista. São Paulo, Edição Especial, IV, 31 a 41, Setembro de 2010.

VILCHES, Lorenzo. A migração digital. São Paulo, 2003.

Conclusão

A tecnologia que entrou no mercado editorial como: iPods, iPads, SmartPhones, E-reader, permi-tiu uma grande inovação na leitura digital. Com essa mudança, temos opções para lermos livros, revistas e jornais, através da mídia impressa e digital.

Foi verificado que o livro digital estimula a leitu-ra entre crianças e adolescentes e que temos várias vantagens, como a portabilidade, preço reduzido, praticidade e facilidade de encontr'ar palavras cha-ves, além de preservar o meio ambiente já que não há a produção de papel.

As editoras estão em processo de adaptação a essa nova realidade, porém as mídias impressas não perdem espaço no mercado, e continuam em crescimento constante. Pesquisas relacionam que o fato procedeu do crescimento da classe C, permitindo acesso à cultura e à leitura, fato que refletiu no mercado editorial.

As editoras e revistas estão se adaptando à nova tecnologia e somando forças, atribuindo que o mais importante é oferecer conhecimento contínuo. Cada tipo de leitura tem seu espaço e público alvo a serem atingidos. As editoras de revistas terão um grande desafio, o de transformar em aliada de longo prazo a tecnologia digital, em vez de resistir.

Referências Bibliográficas, eletrônicas e filmes BARBOSA, João Alexandre. Entre livros. São Pau-

lo: Ateliê Editorial, 1999.

BEIGUELMAN, Giselle. Livro depois do livro. Editora Petrópolis; São Paulo, 2003.

CAMPIÃO, Fernando. Jornais: Mudanças e Desa-fios. DESKTOP. São Paulo, Edição 114, 42 a 47, Fevereiro/Março de 2010.

CAVALCANTE, Manildo. E-reader em versão na-cional. Diário do Comércio, 22 de Agosto de 2010. Disponível em: http://www.dcomercio.com.br/ materia.aspx?id=50595&canal=53