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As Novas Escrituras, Vol. 3

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As Novas Escrituras, Vol. 3 - O Livro da Comunhão

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Edição eletrônica revista e anotada Ano de 2009

Centro Lusitano de unificação Cultural

do Brasil

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� Outrora, irmãos, o meu amado discípulo João Batista cumpriu a tarefa de abrir caminho e, anunciando minha chegada, despertar as mentes humanas para que prestassem atenção. Depois eu vim, ele me reconheceu, assinalou-o e as men-tes ainda embrutecidas souberam compreender que eu vinha em serviço divino. Nesse tempo era mais fácil conseguir que a mensagem penetrasse nas mentes porque elas eram pouco ativas e o trabalho preliminar consistia somente em desper-tá-las para que captassem as novas ideias. A capacidade crítica era diminuta. Hoje, irmãos, estou de volta. O novo João Batista, constituído por alguns grupos de discípu-los aí está: ele trará novas de mim e do que venho fazer e abrir-me-á caminho. No entanto a sua tarefa (tal como a minha) será mais difícil: os meus discípulos deverão despertar a receptividade de mentes humanas errantes que estão aprendendo a pensar e que são muito rápidas a julgar e a criticar pelas aparências fechando-se em seu orgulho. Eu deverei evitar a armadilha das polê-micas estéreis e apelar para a intuição dos ho-

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mens que, como outrora fiz com suas mentes, venho despertar. Como pano de fundo da nossa atuação e como eterna chama de esperança, traremos conosco o Amor e sua infinita força de Sabedoria. Este pequeno livro que venho prefaciar terá um papel muito importante na tarefa inicial de aplanar meu caminho porque dele transparecerão o poder de uma inteligência pura e dilatada, o apelo simbólico à intuição e a força inspirativa de vários grandes seres, meus irmãos e pais da Humanidade. Com ele, pois, está meu doce “Fiat” e a esperança do que prenuncia.

MAITREYA

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Comunhão, irmãos, sabeis o que significa esta palavra? Sabeis como deverá ser lido este texto para que ela seja compreendida? Eis o método: lede mas sempre procurando sentir intimamente qual a verdadeira intenção do autor das palavras materializadas. Este é um bom método para lidar com todos os escritos, de todos os tempos, em todo o mundo porque ele vos conduz à verdadeira compreensão que surge quando comungais com o pensamento do autor. O que é comungar com o pensamento do autor? É entrar em nosso interior aquela Unidade de que esse outro eu faz parte. Digo palavras estranhas? Talvez não. Aceitai que, no mais profundo de vós próprios, nada vos separa de nada e assim é possível a comunhão com todos os seres emanados do Grande Uno. Aí é possível encontrar todas as vibrações que permitirão sintonizar-vos com o palpitante ritmo vital de todos vossos irmãos; aí podeis descobrir o eco de tudo que eles são e sentir que tudo é parte de vós próprios. Sei que novamente estas palavras, acolhidas com benevolência por alguns, soarão estranhas a muitos. No entanto tudo isto é para mim indu-bitável e até essa estranheza é sentida em meu coração sem que me perturbe. Irmãos, é-vos difícil sentir a unidade das coisas, dos seres e dos homens porque vos identi-ficais com aquilo que não parece ser comum a todos eles e lhe chamais eu. Vós, seres humanos, identificais-vos com vosso pequeno ser, feito de

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pensamentos, desejos, recordações e vivências sensoriais, assente numa base carnal falsamente sólida mas que vos dá uma das poucas perma-nências de que sois capazes. Identificando-vos com o que difere entre vós e fincando o pé (como o fazeis) nessa diferença formal, não podereis encontrar a visão da unidade. Vos digo mais: não podeis encontrar vossa real identidade perma-nente pois quem se encontra pacífica e tranquila-mente a si mesmo encontra todos os seres e comunga com eles. Porquê? Porque o movimento intrínseco é uma das realidades comuns àquilo a que chamais seres vivos e porque a isso que chamais movimento subjaz aquilo que chamais energia e em tudo está patente a Vida, que mostra-se como vibração essencial, palpitação. Reparai irmãos como isto é simples: existe em vós alguma coisa que é comum a todos os seres; essa “alguma coisa” é também o que vos faz mover, ser o que sois e aquele que sois. Quando deixardes de vos identificar com o que em vós existe de menos profundo e essencial para vos identificardes com tal essência, encontrareis aquilo mesmo que é via de acesso ao coração de todas as criaturas. Somente então sentireis e sabereis o que é a verdadeira comunhão. Eu estou com a verdadeira comunhão. Sou um dos seres que procuram implantá-la, ou melhor, fazê-la consciente nas criaturas deste pla-neta para que, no fim, elas atinjam a paz e a tranquilidade que tanto lhes falta. Eu sei, para além de todas as dúvidas, aquilo que os melhores

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poetas têm pressentido e ecoado em suas odes ao amor e à paz de espírito ou que os grandes místicos viveram durante instantes. Eu vos digo, pois, que o melhor modo de acolherdes esta mensagem será o silêncio pelo qual penetrareis fundo em vosso ser procurando aí a fibra que vibrará com ela. Para isso procurai colocar-vos no lugar do autor ou em seu estado se preferirdes. Tentai identificar-vos um pouco com aquilo que pelo meu espírito perpassa constantemente: vivei comigo! Esta mensagem ficou por assinar. Talvez isso não pareça nada estranho a quem ler com olhos de ler, dada a impessoalidade de seu apelo.

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Pela Fé, pelo Poder, pelo Amor, pelo triunfo do Pai, Deus de todo o Universo, Senhor de todos os destinos em vós, em mim e no mistério do tem-po: vos saúdo, irmãos! Venho anunciar que comigo está o poder: o poder que o Pai colocou em mim para que nova-mente se cumpra o que está escrito em Sua Von-tade portentosa. Invocai-me, sempre que seja necessário, para que se faça a nova afirmação do amor. E, uno com legiões e legiões de relam-pejantes anjos azuis, filhos diversos do mesmo Pai celeste, irmãos convosco na mesma caminhada, responderei. A Chama Azul do Poder e da Fé des-cerá para afastar trevas, dispersar trevosos, quei-mar obstáculos e alargar veredas de comunhão. Não hesiteis: chamai por meu nome e res-ponderei. Aprendei, contudo, a chamar pois eu so-mente atendo chamadas verdadeiras: das que são ditadas pelo amor, das que cumprem a Nova Era, das que brotam da inspiração da presença divina em vós, imperturbavelmente eterna na afirmação do ser. Para que os seres comunguem, apelai e recebei o impulso. Meus seres angélicos são a or-dem defensora da justiça verdadeira, que é lei de equilíbrio e servidora da unidade. Eu, uno com os Anjos da Fé e do Poder, defendo os caminhos do amor para que agora e sempre os homens saibam que não estão sós e que podem tocar as auras de outros seres enriquecendo-se com partes da uni-dade. Determinadas correntes de energia divina

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não podem ser quebradas e determinados estados cíclicos devem sempre atingir a culminação em ordem. Por isso vos garanto, irmãos, que o mal está já batido e que seus representantes serão inexoravelmente expelidos para longe sempre que ousem fazer frente à Fraternidade em avanço. Por isso vos digo que me chameis para que eu possa encontrar em vosso interior a ténue fibra através da qual pulsará o poder divino. Por isso, finalmente, eu vos asseguro que nada pode opor-se ao triunfo definitivo do saber e do amor que salvaguardarei pela fé inabalável e pelo ímpeto vibrante de minhas hostes. Benditos sejais, sempre!

MIGUEL

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Irmãos, vós não tendes a gratidão! Começais por não ter gratidão pela vida e esse é o maior causador de todos os outros pecados de ingratidão. Ela é-vos concedida pelo Ser bendito que é a vida de todo o Universo, pelo poderoso Deus que tudo sustenta com a Sua presença. Essa é a maior de todas as dádivas. Não me refiro àquilo que os homens costumam chamar vida, isto é, a existência no plano físico. A Vida é um conceito tão elevado que é sumamente difícil, senão impossível, defini-lo às mentes humanas. No entanto a vida não é a existência física mas sim aquele sopro sustentador do ser que permite a existência em todos os planos (físicos ou não). O que chamamos de vida é-vos concedido em estado puro, em estado inqualificado, em estado virgem, podemos dizer. Cabe a cada ser, com seus impulsos de ação física ou psíquica, qualificá-la negativa ou positivamente. Cada ser e, mais especificamente, cada ser humano tem a grave responsabilidade de ir colorindo negativa ou positivamente esse impulso de vida que lhe é concedido e de fazer de seu mundo e do mundo dos outros um céu ou um inferno. O mundo pode ser (e um dia há de ser) um verdadeiro paraíso quando apenas qualificardes a vida de forma positiva, harmônica e amorosa. Nesse dia, o reino de Deus estará assente sobre a Terra. Entretanto os homens, com suas ações de desamor, desar-monia, egoísmo, violência e estupidez, têm prefe-rido construir um mundo de males, doenças,

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sofrimento e dor. Tudo isso, irmãos, porque vós não tendes a gratidão! Além de não mostrardes gratidão pela vida, vós não mostrais gratidão pelos vossos irmãos (com quem estais imersos na mesma vida que a todos sustém) nem mesmo por aqueles que vos estão mais próximos percorrendo também o reino evolutivo humano. Os seres humanos deveriam estar unidos numa fraternal comunhão de amor e de vida. Deveriam ter percebido que a verdadeira vitória só poderá ser a de todos. Contudo, ao longo dos tempos, seres humanos têm violentado, escravi-zado, tiranizado, roubado e espezinhado outros seres humanos. Têm chegado mesmo ao ponto de se permitirem, através da morte, tirar a outros seres humanos a possibilidade de continuarem a viver - e a aprender - no plano físico. Têm-se desencadeado os mais cruéis conflitos por diferen-ças de raças, de países, de cidades, de partidos, de interesses e até de religiões. À parte disso, existem as crueldades de todos os dias feitas de egoísmo, de faltas de ternura e de compreensão, de traições, mentiras e enganos, agressões, insul-tos e atropelos, irreconhecimentos e zombarias e de tolas, irrisórias e pretensas superioridades baseadas em maior riqueza, posição, origem social, educação ou hábitos - coisas muito impor-tantes, na verdade, para quem vive na aparência, incapaz de enxergar algo de mais profundo. Sim, os homens são irmãos, chegam mesmo a chamar-se irmãos mas portam-se ainda com os

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velhos instintos canibais ou mesmo bestiais. Tudo isso, irmãos, porque vós não tendes a gratidão! Se fazeis tudo isto aos vossos semelhantes da Humanidade, o que não fareis aos habitantes dos reinos gradativamente menos evoluídos? Aí não há quaisquer barreiras: julgais que tudo é permitido porquanto entendeis que tendes poder sobre essas criaturas. Tendes poder, sim, mas não para serdes cruéis. Também um pai tem algum poder sobre seus filhos, enquanto jovens, mas isso não lhe dá o direito à crueldade pois esse poder deve ser exercido no próprio interesse daquele sobre quem recai. De igual modo a vossa superioridade em face aos vossos irmãos mais jovens, manifestados sob uma forma animal ou vegetal, não vos exime de responsabilidades. Vós, todavia, não pensais assim e por isso torturais, abateis, exterminais, cortais e queimais a vosso bel-prazer aqueles com quem podereis conviver num paraíso e que existem (ainda que vós o não possais perceber) para convosco comungarem na mesma alegria de vida. Vós tendes preferido ser inimigos de tudo, até de vós mesmos. Tudo isto, irmãos, porque vós não tendes a gratidão! Além dos reinos evolutivos patentes, existem outros, invisíveis a vossos olhos profanos e ingratos. Quando tudo estiver certo e souberdes ser harmoniosos e pacíficos, uma multidão de seres - Anjos, Arcanjos, Gnomos, Duendes, Ondi-nas, Silfos e tantos outros - fará parte de vossa vida e comungará visivelmente convosco. Agora,

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porém, eles têm de se ocultar porque, em nome da Lei, assim o mereceis. Eles sofrem com essa separação e também com o modo como menos-prezais as virtudes de que uns são guardiões ou como usais, aviltais ou tratais com indiferença e desamor a matéria (seja em que nível ou estado for) de que outros são os construtores ou a própria essência. Tudo isto, irmãos, porque vós não ten-des a gratidão! Porque sei o mal que a vós próprios fazeis com tais atitudes, eu suspiro e oro: “Oh, irmãos, se vós tivésseis a gratidão!...”

LAMORAE

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Irmãos, só sereis capazes de viver a grande alegria da comunhão com todos os outros seres quando o vosso fascínio pelas aparências e pelos fenômenos decair e voltardes a atenção para o íntimo das coisas. A aparência divide pois, olhando para a multi-plicidade das formas e dos fenômenos, só encon-trareis motivos de separação. Vós sereis facil-mente tentados a sentir-vos afastados de um ser humano com cor de pele diferente, de uma planta ou de um ser encarnado no reino animal; achareis difícil sentir-vos comungar com um homem ou mulher que tenham, por exemplo, uma ideologia política contrária à vossa. No entanto, acima das formas e dos fenô-menos que dividem, as qualidades agrupam e a vida divina une. Podeis encontrar o amor, a beleza ou a sabedoria tentando, ainda que incompleta-mente, manifestar-se numa mulher ou num ho-mem de qualquer ideologia. A vida (o sopro da vida) existe, sem dúvida. em qualquer ser. Nós, Anjos e Arcanjos, somos os guardiões do lado interno das coisas. Vós, seres humanos, estais frequentemente ocupados com a aparência e as formas; nós nos dedicamos às qualidades e às virtudes. Por isso, quando vos dedicais fortemente a certas qualidades ou virtudes, estais, conscientemente ou não, a poder contatar e a receber apoio de alguns de nós. Através das qualidades, nós comungamos realmente. Aos irmãos de vosso mundo um pouco menos evoluídos, um pouco mais jovens de alma,

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falta a unidade na diversidade. Aos irmãos de nosso mundo, ainda menos realizados, falta maior diversidade na unidade. Quando vós transmu-tardes a vossa ferocidade e a perfeita comunhão for possível, marcharemos lado a lado, de mãos dadas. Que a luz do Cristo brilhe dentro de vós!

JOFIEL

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Vós, irmãos, sereis vencidos pelo amor. A ferocidade do animal humano que habita dentro de vós será submetida ao poderoso homem divino que é vosso ser real. O amor de Deus interiorizado em cada ser, em seu íntimo, é aquilo que é real. Tudo o resto, transitórios resquícios de imperfei-ção e de desamor, são poeiras que temporaria-mente ocultam o brilho imperecível desse dia-mante de amor. Embora imortal, ele é temporaria-mente obnubilado pela poeira do esquecimento até ao dia, irmãos, em que o amor seja suficiente-mente forte para que vos lembreis do vosso diamante profundo. Então começareis a limpá-lo da poeira exte-rior que o obscurece até que seu fulgor possa brilhar de novo em toda sua magnificência e não só nele vos descobrireis a vós mesmos mas também descobrireis a presença real do Pai e a comunhão com a jóia íntima manifestada no coração de todos os seres. Vossa vida mudará para sempre pois não mais consentireis em conspurcar-vos no desamor, no egoísmo e no pó das aparências. Então contemplareis, enternecidos, a grandeza do amor que tudo sustenta e, no cimo de um monte, vosso coração exultará com a visão da beleza do mundo, do todo unido pelo alento do Pai Eterno. Depois, irmãos, vossa vida será toda consagrada a descobrir, a fazer revelar a beleza oculta em cada ser e a ensinar a cada um de vossos irmãos no amor profundo que a dureza de sentimentos, o orgulho da mente e a maldade das ações têm de

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ser transmutados em alegria. Onde, irmãos, encontrar alegria, senão no amor mais profundo? Quando, irmãos, fordes para sempre venci-dos pelo amor, vossa vida será todos os dias uma festa de comunhão e todos os seres serão iguais para vós, à luz da eternidade. Quando, irmãos, fordes para sempre ven-cidos pelo amor, vós vivereis em Cristo e o Cristo viverá em vós para sempre, para a eternidade, no amor mais profundo. Se vos disserem que nós desprezamos o intelecto, não devereis aceitar isso como verdade. Pelo contrário, nós não queremos mais o místico e o devoto ardente de emoção mas destituído de uma mente forte, desenvolvida e consciente. O que não podemos deixar de repetir, todavia, é que, acima da mente concreta (com seus próprios processos), existe algo muito superior: a intuição. As duas devem unir-se e não eliminar-se cabendo a cada uma seu lugar. A intuição deve ficar como o fator inspirador e a luz que guia; o intelecto, como o princípio que trabalha e concretiza os sussurros da intuição. Esta é uma conquista fundamental para a vivência da comunhão pois representa uma consciência muito mais alargada do que a puramente intelectual. Enquanto o intelecto trabalha com partes, com somas e enca-deamentos de fatos e com pensamentos particu-lares, a intuição traduz-se em apreensões totais que captam a síntese íntima dos fenômenos, das coisas e dos seres. A intuição pode fazer ver num instante o que o intelecto poderia levar anos a

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compreender. A intuição é dirigida ao todo, a mente às partes. Por isso a intuição leva à comunhão, à vivência do Todo. Uma verdade que, quando integralmente aceite e compreendida, contribuirá decisivamente para que se viva em comunhão é a da evolução e das vidas sucessivas. Não deveis separar estas duas teorias pois a sua interligação é profunda. De fato vive-se, encarna-se sucessivamente com o fim de evoluir, de se obter um aperfeiçoamento cada vez maior. Quando um homem aceita e compreende profundamente estas verdades, sabe que, desde idades incontáveis, viveu sob muitas formas, em muitas circunstâncias e lugares. Sabe que existiu em corpos de várias raças, cores, nacionalidades e de um ou outro sexo. Sabe que passou, embora os tenha superado definitiva-mente, estados de evolução semelhantes aos atuais reinos animal, vegetal e mineral e que progride para integrar-se em reinos superiores ao humano. Sabe que cometeu os mesmos erros e teve as mesmas faltas que agora pode observar em seus semelhantes e que à sua frente estão seres que o precedem em progresso e evolução. Sabe que as situações em que hoje se encontram outros seres podem ter sido as suas de ontem ou vir a ser as de amanhã. Por isso sentir-se-á mais identificado com quem agora está revestido de uma forma diferente da sua. Por isso tenderá a sentir-se menos separado de quem considera estar errado e mais facilmente usará o perdão - outro dos fundamentos da verdadeira comunhão.

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Por isso sabe que seus inimigos de hoje serão seus amigos de amanhã, tal como sabe que aqueles de quem hoje sofre injustiças podem ter sido suas vítimas no passado. Por isso sabe que todos os seres estão irmanados e devem comungar no mesmo objetivo, que é a evolução e a marcha para a perfeição. Irmãos, pela minha parte tudo farei para que a verdadeira comunhão seja um fato entre todos os seres do planeta (fisicamente encarnados ou não) e para que possa-se ainda inaugurar uma superior comunhão com os habitantes de outros planetas e sistemas. Na verdade, em todos os mundos, sistemas e galáxias se marcha para a grande comunhão universal. No entanto, irmãos, isso só poderá começar a ter sentido para os homens e mulheres da Terra quando já viverem, ao menos em parte, a realidade da comunhão planetária. Eternamente convosco e sempre pronto a servir-vos,

RAFAEL

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A vivência da comunhão, tal como a temos exposto, não é uma utopia. Ao longo dos tempos, homens como S. Francisco de Assis e outros místicos cristãos, no Ocidente, como Ramakrishna e tantos místicos hindus e budistas ou ainda adep-tos Sufis e outros místicos do Islão têm vivido os conceitos aqui propostos. Para isso, irmãos, preci-sais muito de três coisas: humildade, introspeção e amor. Necessitais de humildade para vos dirigirdes quer aos seres que estão acima, quer aos que estão abaixo, quer aos que estão paralelos a vós. Lembrai-vos do exemplo do Cristo: em Sua mani-festação de há 2.000 anos, era humilde para com o que estava acima de Si. Ele mesmo dizia: “Porque me chamas bom (mestre)? Só o Pai é bom!” Ele é igualmente humilde para os que estão abaixo de Si pois ama os homens e os seres imersos nas trevas. Não devora nem tortura cruelmente os seres que estão abaixo d'Ele como, afinal, vós costumais fazer. Além disso precisais ainda da humildade para conhecerdes que a verdade é um diamante de muitas faces, um edifício com muitas partes, das quais podereis estar olhando apenas para uma. Assim mais facilmente respeitareis e sentireis a necessidade de comungar com os que possam estar vendo outra face ou outra parcela da verdade. Precisais também de introspecção pois, por estranho que pareça, é dentro de vós que encon-trareis a comunhão com os outros. É dentro de vós que encontrareis vosso ser profundo,

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emanação de Deus e princípio de unidade. Esse é o ser capaz de sentir-se em comunhão íntima com todos os outros seres. Eis uma afirmação plena de significado e contra a qual não se pode sofismar. Finalmente precisais de amar muito pois é o amor que une e faz comungar. Amai muito sobre-tudo os homens e os seres que, por sua apa-rência, raça, ideologia, religião, sexo ou cultura, possam parecer mais contrários a vós. Amai sempre cada vez mais lembrando que o amor só pode ser perfeito quando é sabedoria, tal como a sabedoria só é perfeita quando é amor e tal como ambas só serão verdadeiramente úteis quando impulsionadas por uma poderosa vontade. Na verdade, irmãos, é preciso que em vós exista também a comunhão das diversas qualidades e virtudes. Eu oro para que isto seja possível pois, ver-dadeiramente, vos amo.

SAMUEL

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Tem-vos sido apontada a equivalência entre o amor e a comunhão. Não pode haver verdadeira comunhão sem que a ela tenha levado o amor, tal como não pode existir o verdadeiro amor sem que este tenha sido preparado, alicerçado e construído sobre uma sentida comunhão. A este binômio amor-comunhão pode e deve acrescentar-se um terceiro elemento: a alegria. Com esta constrói-se o triângulo perfeito (alegria-amor-comunhão). Este é o objetivo de toda a evo-lução. Esta é a meta que toda a Humanidade bus-ca e tão desajeitadamente tem procurado atingir. Como encontrar a alegria, caminho direto pa-ra o amor-comunhão? Será que ela se atinge atra-vés do prazer físico, do bem-estar material ou da abundância econômica? Não se pode dizer que não. Mas esses estados raramente induzem à ver-dadeira alegria. Mais frequentemente conduzem à preocupação em não perder o conquistado, ao e-goísmo, à auto-admiração, quando não ao ódio, à separatividade e à luxúria. Por isso, aquele ou a-queles que velam pelo bem da Humanidade fre-quentes vezes se servem de uma maravilhosa dá-diva que fazem chegar a esta: a dor. A afirmação que acabo de fazer parecerá a muitos um paradoxo. Contudo alguns de vós já terão por certo compreendido o significado profun-do da mesma. A dor, dádiva providencial, é a porta que se abre para o caminho mais direto na obten-ção da alegria. É ofertada individualmente sob a forma de doença, humilhação, perda de bens, po-

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sições ou entes queridos e coletivamente através de pestes e epidemias, guerras, grandes aciden-tes, catástrofes naturais, etc. Entre os homens mais evoluídos, a dor é re-cebida com gratidão. As provocações são acata-das e vencidas com fé, coragem, energia e amor. Destas qualidades resulta a alegria das contas sal-dadas, dos serviços prestados, dos deveres cum-pridos. Esses homens continuam a evoluir atin-gindo, desta forma, estados cada vez mais avan-çados de comunhão com o todo, de fusão com o divino, de regresso à Casa Paterna. E o resto da Humanidade? Aqueles que não sabem receber a dor com a gratidão devida às grandes dádivas? Aqueles a quem a dor provoca revolta, rebelião, ódio e amargura? Esses, meus irmãos, são aqueles que mais seriamente nos pre-ocupam. Esses, meus irmãos, sendo embora as ovelhas tresmalhadas que, em veloz correria, fa-zem com que os cães fiéis e os zelosos pastores percam seu tempo em quase vãs procuras e cha-mamentos, são também as ovelhas que não que-remos ver perdidas e a quem fazemos um derra-deiro chamamento porque o dia está finando e é preciso recolher a chão coberto. Em ocasiões desta natureza é frequente-mente necessário que aquele ou aqueles que ve-lam por todos recorram a um supremo ato de dádi-va amorosa que se reveste da forma da grande dor coletiva. É então que, por vezes, surgem a grande guerra, a grande catástrofe, o grande dilú-vio ou o grande cataclismo.

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Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça. Quem tiver coração para sentir, que ame. Quem tiver cabeça para pensar, que se alegre. Quem tiver a alma a comandar, que comungue.

MIGUEL

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Ritmo vibrante. perfeição onipresente. Trans-mutação. Liberdade. Nestes quatro pilares assenta o império da Nova Era. por estas quatro rodas desliza o veículo da Nova Era. Desta argamassa cimenta-se o templo renovado. Eu sou o Arcanjo do 7º Raio. Venho falar destas coisas para que cada vez mais vos seja dado envolver-vos na chama violeta e subir por seu impulso. Defini quatro tônicas; delas falarei. Ritmo vibrante. O ritmo é a chave de todas as permanências. Toda a estrutura da matéria as-senta em ritmos vibratórios: aqueles que definem as características dos átomos e as suas possibili-dades. Todas as variantes de energia podem ain-da ser caracterizadas pelo ritmo: ele faz variar a cor, o alcance e, sobretudo, define o tipo de ener-gia. Meditai para descobrir se não é assim recor-dando os conceitos de comprimento de onda e de frequência vibratória. Vede agora que existem rit-mos básicos e frequências vibratórias básicas que constituem a matéria prima de que tudo pode ser derivado: todas as matérias, todas as energias e respectivas propriedades. Em seguida, compre-endei que o 7º Raio irá abrir-vos a via para que utilizeis o ritmo em vossas vidas e compreendais melhor a importância de respeitar e amar os ritmos em vós e em todas as emanações de vida: ritmos cardíacos, ritmos vitais e sonoros; ritmos visíveis, audíveis ou simplesmente inteligíveis. Aprendei a valorizar o ritmo, a compreendê-lo e amá-lo cada vez mais alto e mais longe para que sua perfeição aumente. Esta é uma de minhas recomendações.

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Outra tônica é a da perfeição onipresente. O 7º Raio - principal força construtora em ação na Nova Era de 2.000 anos - não é a perfeição mas é maravilhosamente aperfeiçoador: penetra em vós e em todas as emanações de vida trazido pela benção dos grandes seres ou da sublime presen-ça divina em vós e aperfeiçoa tudo quanto está imperfeito. A chama energética violeta converte a falta de saúde em equilíbrio e livre circulação da energia da alma seja no plano físico ou nos níveis psíquicos. Ela transforma estados de espírito debi-litantes e contraproducentes em poderes e capa-cidades de conquista. Sobretudo, modifica e aper-feiçoa atitudes, emoções e pensamentos para que a luz possa penetrar na forma e ser nela desperta-da. Não será esta a grande tarefa da evolução? Falemos agora da transmutação. A chama violeta é ainda a chama da transmutação. Inspira o ritmo e gera as perfeições que, finalmente, per-mitirão a transmutação do chumbo (a escória da Humanidade) em ouro espiritual. Ela vos traz a chave para que, utilizando vossas energias segun-do o ritmo adequado, com conta, peso e medida, na dose devida para cada atividade, possais vos aperfeiçoar e, por fim, vos transmutar completa-mente nas manifestações divinas que sois essen-cialmente. Isto nos transporta à última tônica - últi-ma na ordem que escolhi e não porque não exis-tam e se interpenetram todas simultaneamente. A chama violeta é a chama da liberdade. Traz às emanações de vida deste bem-amado pla-neta a ocasião, a oportunidade misericordiosa, de

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se libertarem da ilusão e da dor e alcançarem a “liberdade dos Céus”. Ela cria as condições para que todos despertem em si mesmos o potencial divino e possam exercer a liberdade que ele lhes traz. Esse potencial depende do ritmo, do aperfei-çoamento e da transmutação para ser exercido na liberdade que o caracteriza e é direito e respon-sabilidade de todos. Por fim, irmãos, tudo isto é impossível sem o amor e a comunhão das almas. O egoísmo (tal como todo o desrespeito e intole-rância para com o arbítrio dos outros) impede ca-da um de ser livre. Somente, quando esta grande verdade for realizada por vós e quando compreen-derdes que é impossível ser livre quem pretende colocar cadeias no corpo ou no espírito dos ou-tros, podereis atingir a recompensa da era do 7º Raio. Deixo-vos a minha bênção de luz.

EZEQUIEL

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Em nome de Deus! Vos anuncio que, no futu-ro, não haverá quaisquer barreiras entre as almas de todos os seres. Tudo quanto existe no Universo celebrará e viverá a grande bem-aventurança de que tudo é uno. As almas de todos os irmãos (seja qual for a forma que ocupem) serão tão íntimas, vivenciadas e compreendidas como a própria alma de cada ser. Tudo isto pode parecer uma linguagem estra-nha para alguns ouvidos e algumas mentes. Tudo, porém, é simples, mais simples do que todas as explicações da ciência dos fenômenos ou do que as vãs teorias de sistemas veiculadas pelos presu-midos intelectuais das aparências. Há um Ser que sempre foi porque é da Sua essência ser. É impossível Ele não ser. No Univer-so tem, teve e terá sempre que haver algo pois sua essência é precisamente ser. Ele é a Vida de todo o Universo. Podem chamá-lo Ser ou Vida ou Deus ou Absoluto ou o Pai ou Parabrahman ou o Grande Alento ou o Grande Oceano ou a Essência de tudo. É indiferente. Ele é a unidade portentosa de que derivam todas as pluralidades. Ele é o imu-tável, o que permanece sempre, porque só a Vida e o Ser são imutáveis e permanecem no centro da constante cambiante das formas e dos fenômenos que são a expressão. Esse alento respira nas expansões e contra-ções de todos os seres. N'Ele tudo vive, se move e tem o ser individual. É d'Ele o sopro donde vêm todos os sopros, é Ele o Uno de onde vêm todas as formas particulares, é Ele o Ser que dá o ser a

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todos Seus filhos, é d'Ele a vida que pulsa em to-dos os corações - dos homens, dos Anjos, dos Ar-canjos, das Fadas ou dos Silfos, dos animais, das plantas, dos planetas, das estrelas e das pedras pois todos têm coração. De fato o coração - que existe em cada ser - é o centro magnético onde se manifesta uma expressão individual dessa vida una, uma centelha de ser e de vida à volta de cuja presença atraente se agrupam os átomos. A vida que há em todos os corações de todos os seres é igual, é idêntica porque vem da mesma fonte, da mesma vida que é a origem e o ser de tudo. Somos, pois, todos nós, acima, abaixo, para-lelamente ao reino humano ou dentro deste, gotas do mesmo oceano. Por isso devemos comungar e sermos unos. Só uma absurda imperfeição, filha do pecado original da separatividade e do egoís-mo, nos tem separado por tão longo tempo, tão longo! Eu, porém, anuncio-vos que, um dia, ne-nhuma barreira haverá entre as gotas do grande oceano. Também já vos foi anunciado o nascimento e a oportuna manifestação do Senhor Cristo, do pro-feta Maitreya, do grande enviado Madhi. Eu contu-do, anuncio-vos agora o surgimento de um outro Cristo, ainda mais importante do que aquele: o Cristo grupal, o grande intermediário constituído pela união de todos os discípulos. Este é o Avatar grupal vindo dos melhores filhos da Mãe Huma-nidade (aqueles que querem e sabem servir) como o Cristo Maitreya é vindo da casa do Pai. Alguns, incautos e irrefletidos, desprezarão

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talvez ou, pelo menos, não considerarão a real im-portância desse Cristo grupal pois isso pode impli-car trabalho e também confiança nas capacidades íntimas do homem e é mais fácil esperar a salva-ção por obra de um Filho de Deus. No entanto, eu vos digo que os homens e todos os seres são tão filhos de Deus como o Senhor Maitreya, Cristo ou Madhi (como o queiram chamar). A diferença está apenas na vontade de utilizar as mesmas capaci-dades infinitas com que Deus dotou cada um de Seus filhos e na vivência e realização dessa filia-ção. Por grande, poderoso e sublime que seja - e é - um Cristo individual que entre vós se manifes-tará, maiores coisas que as d'Ele pode fazer o Cristo grupal. Aliás só se as fizer poderá cumprir-se integralmente o Plano. Se assim for, posso a-nunciar-vos que esta manhã será mais bela e me-nos brumosa do que as outras e os raios de Sol serão mais brilhantes do que os de antanho. Uno convosco e com tudo no grande oceano, Eu sou

GABRIEL

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Da comunhão de todos os discípulos e homens de boa vontade nasceu, no seio da Mãe Humanidade, o Cristo grupal. Este é o filho do homem que, junto com o filho de Deus Pai, o Cristo Maitreya, trabalha pela evolução de toda a Humanidade. Esta, irmãos, é pois a época histórica em que, pela primeira vez, se unem um Messias, um Cristo vindo do Pai e um Messias, um Cristo grupal que sintetiza o melhor da Mãe Huma-nidade. O grau de crescimento da consciência da Humanidade possibilita que, pela primeira vez, ela colabore, através dos seus melhores filhos unidos em um só, no esforço crístico, na sua própria redenção. Existem, algures em várias partes da Terra, grupos de discípulos que sintetizam e canalizam este esforço que agora se pede a todos os discí-pulos e homens de boa vontade. Eles são como que os signos zodiacais por onde viaja o Cristo-Sol. Eles são, contudo, apenas a síntese, repito-o, posto que necessária se faz a colaboração de todos os discípulos dos Mestres e de todos aqueles em que começa a despertar o espírito do Cristo. Nesta hora, em que a Humanidade pode colaborar conscientemente em sua própria reden-ção, vos pedimos, pois, que mediteis profunda-mente no que foi dito; vos apelamos a consa-grardes vossas vidas a servir e a colaborar na ascensão da Humanidade; vos convidamos a esquecer divisões, separatismos de pormenores e

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de caprichos e a vos juntardes às energias e às vontades que vivificam esse Cristo grupal de que vos falo. Todos são preciosos e, como disse um irmão nosso, “até migalhas são úteis no grande serviço”. Creio ter dito o suficiente a todos aqueles para quem as palavras Amor e Serviço são mais do que palavras. A esses em particular mas também a todos os seres humanos em geral dou minha benção.

PAULO (Mahachohan)

Nota da edição eletrônica de 2009: A figura do Cristo Grupal consti-tuída por grupos selecionados de discípulos, foi mais tarde alarga-da a todos os homens e mulheres de boa-vontade, que constituem o Novo Grupo de Servidores do Mundo. Eles são agora o autêntico Avatar que sobe e se encontrará com o Avatar de desce (Maitreya) num verdadeiro e inédito matrimônio Crístico.

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Da profundeza onde Sou, ouso falar-vos de mim. Deus mo autoriza e a consciência a isso me impele. É preciso dar-vos a ideia de quem Sou e como sinto, até onde as palavras puderem ir. O restante percurso acontecerá em vosso íntimo. Minha pátria é o Universo todo a que não me apego. Meu ser é todo de Deus pois mais nenhu-ma entidade é digna de possuí-lo: nem eu nem ninguém. É de Deus pois, na verdade, esta reali-dade está além de todas as entidades. Já fui mil homens, seres e coisas. Senti mi-lhares de emoções, tive milhares de pensamentos, vivi e revivi. No entanto não sou nem nunca fui apenas um homem pois sei que algo me impelia e esse algo é infinitamente maior. Aspiro à realização final da unidade. Contudo as perturbações de outrora já não são comigo: transcendi-as e deixei de ser aquele que as sofria. Perdi-me para descobrir que a bússola do espírito me guiara até ao ponto de julgar-me perdido para me reencontrar. Desde então não sou feliz nem poderoso. Não chamo meu a nenhum trono, não gozo a companhia de ninguém. Não protesto por nenhuma herança, não conheço o mundo nem vivo nele. Me banho no Oceano da Vida e sinto e comungo com o poder superior a mil bombas atô-micas. Em meu coração estão contidas as cria-turas do Universo, que abraço. A mente de que me sirvo é pura luz, cedida por Aquele de Quem nada sei dizer. Estou ligado a um nome ao qual prestam homenagem apenas porque o equilíbrio das coisas assim o pede e a ação se faz segundo

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a lei. Não tenho que chegar a lugar algum; no entanto a velocidade em que vivo é superior a mil vezes mil lasers, mil vezes um milhão de fogue-tões. Não amo nenhum ser particular como quem ama um ser particular porque onde Sou tudo é luz e chama dourada de amor. Não tenho raiva a obstáculos pois no reino onde vivo não existem coisas que se superem mas apenas energia que progride inexoravelmen-te. Sinto vontade de ser sem querer ser porque o apelo dos homens ecoa em meu coração e é bom perante o Pai que assim seja. Por isso volta-rei, se isso é palavra que expresse o real, até vós. Mostrarei algo que me fará inteligível para vos convidar a superar a limitação de tudo o que já haveis pensado. Eu Sou amor, luz, vibração e o que está além deles. Sinto harmonia em situações insuspeitadas e veiculo energia que nunca pode-reis imaginar se fordes só homens. Pela minha vinda sereis ascendidos se dei-xardes a ascensão elevar-vos. Comigo apren-dereis se deixardes que a sabedoria aconteça em vós, despertada serenamente. Pelo meu poder abandonareis todos os tronos se deixardes a pura e infinita ambição do Deus interior trabalhar partin-do de vosso coração. Comigo aprendereis as mensagens de que necessitais desde que saibais escutá-las sem me ver. Partilhai do meu dia e a comunhão trabalhará em vós. Vinde até mim, vinde comigo e sabereis

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todos os lugares, todas as coisas e todas as ale-grias. Partilhai a vibração e nada jamais nos sepa-rará. Eternamente, Eu Sou,

MAITREYA

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O Livro da Comunhão está a chegar ao fim mas a vivência, a festa da comunhão, está ainda a começar com uma Nova Era. O que lestes neste livro contém em si as sementes da grande fraternidade a ser vivida no 3º Milênio, a qual unirá em estreito abraço os ho-mens entre si, com os reinos e seres que lhe estão acima ou abaixo no arco evolutivo e com os reinos Angélico e Elemental que lhes estão paralelos. Contudo isto só poderá acontecer se os princípios contidos neste livro forem realmente vividos. Nós nutrimos a esperança de que compreendais como este livro deve influir em todos os aspectos da vossa vida, desde a política à alimentação, pas-sando pela totalidade dos vossos pensamentos, sentimentos e atos. Deveis, portanto, ter diaria-mente presente nas vossas vidas este sublime conceito de comunhão. Pedimos em especial que nele vos concentreis mais fortemente em todos os períodos de lua-cheia. Nesses dias, em particular, procurai sentir como todos os seres - desde o mais elevado Mestre até à mais minúscula bacté-ria - estão unidos na mesma Vida que a todos sustém e penetra. Todo o sentido do Universo e de cada criatu-ra é marchar para Deus. Nele todos seremos unos porque é dele que vêm todo o ser e toda a vida. Eis, pois, por que tudo o que possa levar à unida-de está no caminho do bem, que é o caminho de Deus. Nós rogamos para que isto seja possível porque é parte do plano que Deus quer para esta

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Nova Era que desponta. Pelo nosso lado, de todo o coração, desejamos a comunhão convosco. Cabe a vós cumprir a vossa parte. Que a luz do Cristo brilhe cada vez mais dentro de vós.

SAINT-GERMAIN e PORTIA