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preço 1*00 Quinle-faira 21 <Je Fevereiro de 1957 Ano !! - N.• 102
P r o p r i e t á r i o , i d m i n i i t r a d o r e f d i t o r
V . S . M O T T A P I N T O
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA - IS - TELEF. 026 467 -------------------- — -------------------- ------------ M O N T I J O -----------------
COMPOSIÇÃO B IMPRESSÃO — TIPOGRAFIA «GRIAFEX» — TELEF. 02G 236 — MONTIJO
fllOnumflITOS DE LISBOfla r i f f a - g a w i * w U"-rrw r r n iw r * r r e r » r B S iS ^ ^
P o i * A m a r a l F r a z à o
Num livro com grandes pretensões a propaganda turística, que um dia me veio parar às mãos, há um capítulo que trata dos monumentos da cidade.
Os três monumentos mais recentes — Guerra Peninsular, Mortos da Grande Guerra e Marquês de Pombal — são ali apontados como massas pouco harmoniosas, fracos de concepção, decorativamente exuberantes. E m ais: que deixam impressão desagradável a quem os contempla.
Nada disto é verdade, a meu ver.
Sempre tive a impressão de que o monumento comemorativo da Guerra Peninsular era uma formosa obra
de escultura que honra o seu autor e não deixa de honrar o País. Tenho-o contemplado muita vez e, embora não seja artista nem coisa que se pareça, nunca me causou má impressão. Isto de dizer mal é coisa fácil e para muita gente hábito que não conhece variantes nem as responsabilidades morais que podem advir duma crítica discricionária.
E possível que o monumento aos Mortos da Grande Guerra não seja uma grande preciosidade, mas que impressiona mal quem o vê, isso é mentira. A mim, e creio que a muito boa gente, a impressão causada foi sempre das mais agradáveis,
(Continua na página 4)
Tomar.P a r e c e
que a Natureza capri- chouemjun- tar naquela «concha» as maiores belezas de que podia dispor!
A cidade s u r g e assim, no descer das encostas, nimbada de tona l idades supremas, a u re o lad apor halos de infinita graça e majestade.
Por todos os recantos se esmaltam claridades, manchas políeromas que fazem da região autênticas parcelas dum paraíso ideal!
Atravessando a cidade, com suas pontes engraçadas, de rudimentar arquitectura,
Edificio dos Paços do Concelho, vendo-se ao alto a silhueta do Convento de Cvnto.
espreguiça-se o rio Nabão, de margens floridas e verdejantes, ao qual Tomar deve grande parte das suas seduções.
O visitante deleita-se na magia que o envolve.
E antes de percorrer a face monumental que o há-de assombrar, dispersa o espírito
por horas e horas na contemplação dos quadros opulentos que a Natureza prodigamente lhe oferece.
Portugal pitoresco! Escrínio de maravilhas que é todo o nosso orgulho, que constitui o património mais rico e mais sumptuoso da alma portuguesa !
T O M A
Para que o mundo saiba...A I m p r e n s a d i á r i a r e g i s t o u
o a c o n t e c i m e n t o c o m a e x p a n s ã o q u e o c a s o i m p u n h a .
A o f a z e r m o s e c o , p o r n o s s a p a r t e , d e t a i s a c o n t e c i m e n t o s , q u e r e m o s d e s t a c a r a n o s s a p o s i ç ã o d e d e f e n s o r e s i n t e g é r r i m o s d a s o b e r a n i a p o r t u g u e s a e d o s d i r e i t o s q u e n o s a s s i s t e m , n o c a i n p o i n t e r n a c i o n a l , c o m o p o t ê n c i a s e c u l a r i n d e p e n d e n t e .
A c i r c u n s t â n c i a d e h a v e r u m d e l e g a d o d u m p a í s c h a m a d o I r a q u e — q u e l o c a l i z a m o s f à c i l m e n t e n o m a p a m a s q u e n o s é d i f í c i l i d e n t i f i c a r c o m o N a ç ã o c i v i l i z a d o r a n o m u n d o — , a q u e r e r i m i s c u i r - s e n a v i d a d o s o u t r o s p o v o s , s e m p r o c u r a r c o n h e c e r p r è v i a m e n t e a v e r d a d e d a s s u a s a f i r m a ç õ e s , l e v a - n o s a a d m i t i r o p r o p ó s i t o d e c e r t o s m e m b r o s d a O N U q u e r e r e m d e l i b e r a d a m e n t e d e s v i r t u a r a v e r d a d e d o s f a c t o s , d e m o d o a c o n f u n d i r a o p i n i ã o p ú b l i c a m u n d i a l .
A m a n o b r a n ã o s e r á i n é d ita n a q u e l e s b a s t i d o r e s , m a s c o n s t i t u i n o v i d a d e p o r o a t a q u e V i s a r a g o r a p a r t i c u l a r m e n t e P o r t u g a l .
A t é q u e p o n t o p o d e o I r a q u e , m a n c o m u n a d o c o m a J u g o s l á v i a e a S í r i a , f a z e r - s e i n t é r p r e t e d u m a p o s i ç ã o q u e lh e o u t o r g a o d i r e i t o d e p ô r e m d ú v i d a a s i t u a ç ã o d e p o v o s s o b e r a n o s c o m o P o r t u g a l , é f a c t o r e s t r a n h o à n o s s a c o m p r e e n s ã o m a s n ã o e s t r a n h o a o n o s s o d e s e j o d e s e v e r r e c o n h e c i d o , d u m a V e z
p a r a s e m p r e , a p o s i ç ã o d e P o r t u g a l c o m o P a í s p i o n e i r o d a c i v i l i z a ç ã o c r i s t ã e d e f e n s o r , p o r i s s o m e s m o , d o s d i r e i t o s d a s g e n t e s .
S a b e m o s q u e o c a s o e s t á e n t r e g u e e m b o a s m ã o s . A n o s s a r e p r e s e n t a ç ã o n a s N a ç õ e s U n i d a s é r e a l m e n t e V a - l o r o s a . A r é p l i c a c l a r a e f i r m e d o D r . ^ I b e r t o F r a n c o N o g u e i r a , d e l e g a d o p o r t ú -
A L V A R O P E R E I R A
g u ê s n a C o m i s s ã o d e C u r a d o r i a s , o n d e o a s s u n t o f o i d e b a t i d o , é d e m o l d e a d e i x a r p r e v e r m a i s u m t r i u n f o p a r a a n o s s a d i p l o m a c i a q u e , c o m o é ó b v i o , e s t á a t e n t a e V i g i l a n t e a t o d a e q u a l q u e r m a n o b r a , v e n h a e l a d o n d e v i e r .
P a r a l á , p o r é m , d e s s a b r i l h a n t e r é p l i c a , q u e c o n s i s t i u n u m a e x p o s i ç ã o d e a r g u m e n t o s q u e o r i e n t a m a c o n s t i t u i ç ã o p o l í t i c a p o r t u g u e s a , q u e r e m o s t a m b é m d e s t a c a r , p e l o s e u s i g n i f i c a d o e V a l o r , a s d e c l a r a ç õ e s d o i l u s t r e d e l e g a d o b r a s i l e i r o D r . D o - n a t e l l o G r i e c o q u e , n u m a e x u b e r a n t e d e m o n s t r a ç ã o d e s o l i d a r i e d a d e p a r a c o m P o r t u g a l , f e z u m a r e s e n h a h i s t ó r i c a d a n o s s a a c ç ã o c i v i l i z a d o r a n o m u n d o , c i t a n d o , a p r o p ó s i t o , o B r a s i l c o m o « u m P a í s q u e s e o r g u l h a d e t e r s i d o n o p a s s a d o u m a p r o v í n c i a d e P o r t u g a l » .
C r e m o s q u e a s d e c l a r a ç õ e s d o D r . G r i e c o i m p r e s s i o n a r a m a m a i o r p a r t e d o s d e l e g a d o s p r e s e n t e s à q u e l a s e s s ã o e t i v e r a m a r a r a v i r t u d e , p a r a n ó s p o r t u g u e s e s d e i n c a l c u l á v e l v a l i a , d e o f e r e c e r a o m u n d o o e x e m p l o d a m a i s s ó l i d a e l e a l f r a t e r n i d a d e .
N â o r e s i s t i m o s , p o r i s s o ,
à t e n t a ç ã o d e t r a n s c r e v e r
a l g u m a s p a s s a g e n s d o b r i
l h a n t e d i s c u r s o d a q u e l e e m i
n e n t e d i p l o m a t a :
« T o c a r e m P o r t u g a l é c o m o t o c a r n o B r a s i l ; c o m o b r a s i l e i r o , a o r e f e r i r - m e a P o r t u g a l , n ã o p o d i a d e i x a r d e o f a z e r c o m j u s t i f i c a d o o r g u l h o , p o i s f o i P o r t u g a l q u e m , n o d e c u r s o d e 5 s é c u l o s , l e v o u a c a b o a h i s t ó r i c a e d e s i n t e r e s s a d a m i s s ã o d e c o n s o l i d a r o s f a c t o r e s d o p r o g r e s s o s o c i a l , c u l t u r a l , e c o n ó m i c o e p o l í t i c o q u e p e r m i t i r a m a o
, B r a s i l a l c a n ç a r o d i r e i t o à s u a i n d e p e n d ê n c i a » .
(Continua na página 4)
@ tâ n ieas iiie.q,aittas - 3 9
A s pessoas importantesCertos prosápias que, por
vezes, passam à minha ilhar- 1 ga ou pela minha objectiva causam-me as náuseas enervantes do tártaro emético.
Pergunto a mim mesmo donde lhes veio tanta importância e quem foi que a outorgou, sem que obtenha qualquer resposta.
ALVARO VALENTE
Conheço os prosápias deste mundo retorcido, sei o que são e o que valem ; não obstante, por mais que parafuse, não encontro na sua estrutura básica a razão de tão insulso cometimento.
Presumo que se trata dum arcaico processo de celebridade, em que o autor procura à outrance elevar-se pela
I força dos gestos de «inês- -da-horta», ou pela vacuidade
das afirmações insignifica- tivas.
Isto poderá traduzir-se na frase de compressa: Já que ninguém de mim se ocupa, já que ninguém de mim fala, vou eu falar e dar a i m p r e s são de que vou a c a m i n h o da posteridade máxima.
E então é v ê - l o s , c o m ar majestoso, pimpão, remexendo o nó da gravata e v igiando o vinco das calças, olhando superiormente os insignificantes viventes que vegetam em volta, revirando as pestanas lá do mundo olímpico onde pairam, como se entrouxassem toda a ciência e todo o valor que existem nos livros e sobre a T e rra !
A única preocupação é a sua pessoa: eu, mais eu, sempre eu, eu sei isto, eu fiz aquilo, eu disse outrora, eu hei-de alcançar o zénite, eu e eu e eu.
(Continua na página 4)
PORTUGAL PITORES REntre as
terras mais l i n d a s de Portugal, figura no primeiro plano a cidade de
o A PROVINCIA 21-2-957
M O N T I J O
0 f a c t o h is t ó r ic oA piu ia Riba ISAM II, ie Dulaterra
P O R M O N T I J O
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O d i a 16 d e F e v e r e i r o d e1957 f i c a r á n a h i s t ó r i a d a n o s s a t e r r a c o m o u m f a c t o d e a l t o s i g n i f i c a d o l o c a l . P e n a f o i q u e m u i t o s o n à o t i v e s s e m c o m p r e e n d i d o , p a r a q u e e l e f o s s e r e a l ç a d o c o m o d e v e r i a s e r . N o e n t a n t o , a p o p u l a ç ã o m o n t i j e n s e d e u - l h e 0 r e a l c e e s p o n t â n e o , c o m p a r e c e n d o e m a n i f e s t a n d o - s e e x u b e r a n t e m e n t e .
O t e m p o c o n c o r r e u t a m b é m p a r a q u e t u d o t i v e s s e o b r i l h o q u e e r a d e s e j a d o , p o i s q u e , e m b o r a d e m a n h ã s e a p r e s e n t a s s e c o m m á c a r a , n o s p r e s e n t e o u c o m u m a t a r d e e s p l ê n d i d a , c h e i a d e s o l r u t i l a n t e , a m e n a e p r i m a v e r i l .
L o g o d e m a n h ã c o m e ç a r a m a a p a r e c e r a s p r i m e i r a s j a n e l a s e n g a l a n a d a s , e e m b r e v e a t e r r a a p r e s e n t a v a u m a s p e c t o f e s t i v o , p r ó p r i o d o s d i a s g r a n d e s e s o l e n e s .
P e l a t a r d e , p o u c a s j a n e l a s n ã o t e r i a m s u a s c o l g a d u r a s , v e n d o - s e p o r t o d a a p a r t e m i l h a r e s d e b a n d e i r a s n a c i o n a i s e i n g l e s a s . A l g u n s e s t a b e l e c i m e n t o s t i n h a m s u a s montras o r n a m e n t a d a s e , p o r u m a r e s o l u ç ã o t a m b é m e s p o n t â n e a , e n c e r r a r a m s u a s p o r t a s a t é a s 17 h o r a s , d e m o l d e a p e r m i t i r q u e t o d o s p u d e s s e m a s s i s t i r à p a s s a g e m d o c o r t e j o r e a l .
O s e r v i ç o d e p o l í c i a e r a m o d e l a r . T u d o s e c o n j u g a v a p a r a q u e M o n t i j o m a r c a s s e o s e u l u g a r e d e s s e a o r a - r í s s i m o e s p e c t á c u l o o f u l g o r d o s e u e n t u s i a s m o ,
E a s s i m f o i , n a v e r d a d e .
P e r t o d a s q u i n z e h o r a s p a s s o u , a c a m i n h o d a B a s e A é r e a N . ° 6- M o n t i j o , o D u q u e d e E d i m b u r g o q u e s e d i r i g i a a o e n c o n t r o d e s u a a u g u s t a e s p o s a .
F o i m u i t o s a u d a d o p e l a m u l t i d ã o q u e e s t a c i o n a v a a o l o n g o d o p e r c u r s o , c o r r e s p o n d e n d o S u a A l t e z a
c o m e x t r e m a s i m p a t i a e s o r r i d e n t e .
O n o s s o D i r e c t o r s a u - d o u - o . à p a s s a g e m p e l o n o s s o j o r n a l c o m o s a c r a m e n t a l « W e l c o m e ! » , a q u e e l e c o r r e s p o n d e u t a m b é m c o m s e u « T h a n k s ! » e u m a s a u d a ç ã o .
A A v e n i d a D . N u n o Á l v a r e s P e r e i r a o f e r e c i a u m a s p e c t o d e r a r a b e l e z a , e s t e n d e n d o - s e p e l o s p a s s e i o s u m a m u l t i d ã o a n s i o s a d e s a u d a r a r a i n h a à s u a p a s s a g e m .
V i a m - s e a s c r i a n ç a s d a s e s c o l a s , a s d o O r f a n a t o , t o d a s c o m b a n d e i r a s e f l o r e s , a s j a n e l a s r e p l e t a s d e s e n h o r a s , — u m a p o p u l a ç ã o e m p e s o c ô n s c i a d o s e u d e v e r e p r o n t a a d e m o n s t r a r q u e a h o s p i t a l i d a d e r i b a t e j a n a n ã o é u m m i t o .
P o u c o s m i n u t o s p a r a a s d e z a s s e i s h o r a s , e o c o r t e j o a p r o x i m a v a - s e l e n t a m e n t e .
A ’ f r e n t e a p o l í c i a d e t r â n s i t o , m o t o r i z a d a , e l o g o a p ó s o c a r r o d a r a i n h a I s a b e l e d e s e u m a r i d o , d e j a n e l a s a b e r t a s , e n q u a n t o a s o v a ç õ e s e s t r o n d e a v a m n o s a r e s e t o d a a g e n t e s a u d a v a o s i l u s t r e s v i s i t a n t e s .
F o i u m m o m e n t o v e r d a d e i r a m e n t e e m o c i o n a n t e !
E t a n t o a r a i n h a c o m o o D u q u e s e u m a r i d o s a u d a v a m p a r a a d i r e i t a e p a r a a e s q u e r d a , s a t i s f e i t o s p e l a f o r m a c o r r e c t a e e n t u s i á s t i c a c o m o 0 p o v o m o n t i j e n s e m a n i f e s t a v a a s u a a l e g r i a e s a t i s f a ç ã o .
A ’ p a s s a g e m d a R a i n h a I s a b e l 0 n o s s o D i r e c t o r o f e r e c e u - l h e e x e m p l a r e s d e « A P r o v í n c i a » , d o n . ° 10 1 , q u e t r a z i a a s u a f o t o g r a f i a e u m a s a u d a ç ã o e m i n g l ê s .
A r a i n h a a g r a d e c e u c o m u m a c o r t e s i a e l e v o u c o m e l a o p r i m e i r o j o r n a l p o r t u g u ê s q u e a s a u d o u p e s s o a l m e n t e e c r e m o s q u e a ú n i c a
o f e r t a q u e r e c e b e u e m M o n t i j o .
E l á s e g u i u p a r a S e t ú b a l , s e m p r e a c l a m a d a p o r m u l t i d õ e s q u e a a g u a r d a v a m , c o m a q u e l a s i n c e r i d a d e t ã o p r ó p r i a d o p o v o p o r t u g u ê s ,
A s u a p a s s a g e m p o r M o n t i j o , p o r é m , s e m p r e l h e l e m b r a r á , — t e m o s a c e r t e z a— p o r q u e f o i a I a t e r r a d e P o r t u g a l q u e l h e e x p r e s s o u c o m i n t e n s a v i b r a ç ã o o o r g u l h o e a h o n r a d e s u a v i s i t a .
A o p e r c o r r e r o s c o n f r a d e s c o m q u e m p e r m u t a m o s , e n c o n t r a m o s p o r v e z e s e s c r i t o s q u e s e a d a p t a m m a r a v i l h o s a m e n t e à s v á r i a s r e g i õ e s d o p a í s .
O q u e a s e g u i r t r a n s c r e v e m o s , p a r e c e m e s m o t a l h a d o p a r a a n o s s a t e r r a !
O r a l e i a m e d i g a m d e p o i s s e t e m o s o u n ã o t e m o s r a z ã o :
DIRIGIR UM JORNALc N ã o h á c o i s a m a i s d i f í c i l
d o q u e d i r i g i r u m j o r n a l .
— S e p u b l i c a o u d e s e n v o l v e c e r t a s n o t í c i a s o p ú b l i c o d e s g o s t a - s e p o r q u e o q u e d i z s ã o m e n t i r a s .
— S e a s s u p r i m e é p a r a e n c o b r i r a s v e r d a d e s d o p ú b l i c o .
— S e t r a t a d e p o l í t i c a o s a s s i n a n t e s d e s p e d e m - s e p o r q u e e s t ã o f a r t o s d e p o l í t i c a .
— S e p r e s c i n d e d a p o l í t i c a d e s p e d e m - s e p o r q u e o j o r n a l é i n s í p i d o .
— S e a p o i a o s d i r i g e n t e s d i z e m q u e q u e r g o v e r n a r - s e .
— S e o s a t a c a d i z e m q u e é t r a i d o r .
— S e d á a n o t í c i a q u e c e r t o a r t i g o v a i b a i x a r d e p r e ç o t e m c o n t r a s i o s q u e 0 t ê m a v e n d e r .
— S e n ã o a d á d e s c o n t e n t a o s q u e 0 q u e r e m c o m p r a r .
— S e f a z g a z e t i l h a s a l e g r e s d i z e m q u e p r e t e n d e s e r e s p i r i t u o s o .
— S e n ã o a s f a z d i z e m q u e 0 j o r n a l é u m v e l h o f ó s s i l q u e c h e i r a a r a p é .
— S e p u b l i c a a r t i g o s o r i g i n a i s d i z e m q u e n ã o v a l i a a p e n a o c u p a r e s p a ç o c o m e l e s h a v e n d o t a n t a c o i s a b o a a c o p i a r .
— S e c o p i a d i z e m q u e e s c r e v e à t e s o u r a .
Como é a primeira vez Oue escrevo neste jornal,E sou velho português Bem nascido em Portugal, Apresento cumprimentos Aos ilustres directores; Desejo alegres momentos Aos nossos caros leitores;E previno toda a gente,Sem permitir excepções,Que não serei maldizente Com estes meus beliscões.
Umas simples brincadeiras Que não ofendem ninguém. Tudo por boas maneiras,Tuio sem mal e por bem. Irei jazer uns perfis De tipos da nossa terra, Mas sempre em termos gentis Oue não provoquem a guerra. Também farei comentários Aos casos de mais volume; Mas eu não quero adversá
rios,Vai tudo sem azedume. . .
Não percam a tramontana E esperem para a semana.
— S e a p l a u d e d i z e m q u e é l i s o n j e i r o .
— S e c e n s u r a é u m v i l ã o .— S e r e p r o d u z t u d o q u a n t o
o u v e d i z e m q u e é i n d i s c r e t o .— S e n ã o o r e p r o d u z d i z e m
q u e é i n c o r r e c t o . ». . . P r e s o p o r t e r c ã o , p r e
s o p o r n ã o t e r .(Do «Jornal de Almada*,
com a devida vénia).É o u n ã o é c o m o d i s s e
m o s ?
Concurso H o r a F e l i z
Na passada semana, o relógio do Concurso da Relojoaria e Ourivesaria Contramestre, na Praça 1.° de Maio, em Montijo, parou nas:
9 H o r a s • 5 8 m in u t o s .E contemplou a sr.a D. Celeste
Bordeira Costa, Largo das Palmeiras, 23, em Montijo, que tinha um cartão com essa hora exacta.
Concorra também, estimado leitor ou leitora, e verá a sua sorte consagrada no
CONCURSO HORA FELIZ !
a P r o v í n c i a
no Emissora NacionalN o p a s s a d o d o m i n g o , na
s u a e m i s s ã o « A V o z do C a m p o » , p r o d u ç ã o r a d i o f ó n i c a d a J u n t a C e n t r a l das C a s a s d o P o v o , f o i l i d o 0 a r t i g o q u e « A P r o v í n c i a » p u b l i c o u c o m a e p í g r a f e « C o l c h a s e m B :> r d a d o de C a s t e l o B r a n c o » , d o n o s s o p r e z a d o c o l a b o r a d o r p r o f e s s o r J o s é M a n u e l L a n d e i r o ,
O l o c u t o r t e v e p a l a v r a s d e s i m p a t i a t a n t o p a r a 0 n o s s o j o r n a l , c o m o p a r a f1 a r t i g o e s e u a u t o r , 0 q lie p e n h o r a d a m e n t e a g r a d e c e m o s .
S A N F E R , L . DASEDE Hl ARMAZÉNS
LISBOA, Rua de S. Julião, 41-1.° |||| IDOOTUO, Rua da Bela VistaA E R O M O T O R S A N F E R o m o i n h o q u e r e s i s t i u a o
c i c l o n e - F E R R O S p a r a c o n s t r u ç õ e s , A R A M E S , A R C O S , e t c .
C I M E N T O P O R T L A N D , T R I T U R A Ç A O d e a l i m e n - | t o s p a r a g a d o s
R I C I N O B E L G A p a r a a d u b o d e b a t a t a , c e b o l a , e t c .C A R R I S , V A G O N E T A S e t o d o o m a t e r i a l p a r a C a
m i n h o d e F e r r oA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M
H o m e m a o m a r
Verdades como punhos..,
21-2-957 A PROVINCIA 3
I AGENDA ELEGANTE
AniversáriosFEVEREIRO
— No dia 17, o ar. José Francisco Brito Rato, nosso estimado assinante em Beja.
— No dia 18, o menino José Carlos Gouveia Ricardo, filho do nosso dedicado assinante, sr. António José Ricardo.
— No dia 19, o menino Joaquim Fernando Madeira Martins, filho da nossa estimada assinante, sr.* I). Guiomar Madeira.
— No dia 20, o sr. José Marques Gervásio, nosso prezado assinante, completou 28 anos.
— No dia 21, a menina Helena Sabino Bernardes, sobrinha da nossa estimada assinante, sr.a 1). Laura Bernatdes.
_No dia 21, completou 27 anoso nosso estimado assinante, sr. José Paulo da Silva Futre.
— No dia 22, o sr. João Augusto Tobias, nosso dedicado assinante.
_No dia 23, a menin:'. Maria deLourdes Barata Pereira Gomes, filha do nosso estimado assinante sr. Alvaro Ferreira Barata.
— No dia 23, o sr. Professor José Manuel Landeiro, nosso estimadíssimo colaborador.
— No dia 24, a menina Maria Alexandrina Pinto de Morais, sobrinha do nosso prezado assinante sr. Américo José da Silva.
— No dia 24, o sr. António Maria Carreira, nosso dedicado e bom amigo assinante.
— No dia 26, o sr. Adelino Norberto Pinto Martins, filho do no£so estimado assinante, sr. Norberto Martins Soares.
_No dia 29, a sr.® D. MargaridaRosa Dourado, esposa do nosso dedicado assinante sr. António Martins Vintém.
MARÇO
_No dia 2, completa 26 anos osr. Domingos Alves Martins Junior, filho do nosso estimado assinante sr. Domingos Alves Martins.
— No dia 2, o menino José Fernandes Pelirú, filho do nosso prezado assinante sr. Francisco José Pelirú, residente na Atalaia.
Colchas tm bordado
de Castelo BrancoComo prèviamente se noticiou,
desde o dia 15 que ae encontram em exposição, na Casa Gabriel do Carmo, colchas, naperons e outros trabalhos em bordado de Castelo Branco, os quais tèm sido muito visitados e justamente apreciados. Na verdade, trata-se de trabalhos encantadores que revelam bem o gosto artístico das raparigas da Beira Baixa.
Sociedade F. I.° de Dezembro
B A I L E
Domingo, dia 24, pelas 21,30 horas, na Sociedade Filarmónica 1.® d e Dezembro realizar-se-á mais uma grandiosa Soirée, com a colaboração da famosa Orquestra ELDORADO.
Mais uma noite d e esplêndido sucesso.
M O N T J
(J-etfíifihueT ro ba lh os paro a ma dor es
f o t o g r a f i a s d f lr le
I p a r e I k os f o tográficos
R e p o r ta g e m F o t o g r á f ic a
Rua B u lh ã o P a t o , 11 - M O N T I j O
AGENDA . UTILITÁRIA
Reportagem ...P o r A n í b a l A n j o s
D E S A S T R E S D E * 2 =
Após quarenta e dois anos de ausência da velha Aldeiagalega— actualmente Montijo — c h e g o à simpática v i l a z i n h a ribeirinha, onde, noutros tempos me estive treinando com meu falecido pai, no Sindicato Agrícola de enlão — exactamente no momento em que Sua Majestade a Rainha Isabel II de Inglaterra acaba de descer da sua a v i o n e t a imaculadamente branca, que agora poisa no campo de aviação, submissa, ao lado das aeronaves militares. E a avioneta real tem o aspecto de uma pombi- nha branca ombreando com uma fila de abutres, tal a cor escura destes contrasta sobremaneira com aquela.
Dois grandes automóveis negros deslizam pelo campo fora, em direcção ao centro da vila, para depois seguirem para Setúbal onde está ancorado o «yacht» real. Vai ali S u a Majestade Britânica a Rainha Isabel II de Inglaterra. Cá de longe, do barco da carreira, que me conduz ao Montijo, adivinho-a. Por um pouco a não v i ! Mas vê-la-ei, dentro em pouco através da narrativa colorida do Director de «A Província», o meu amigo Alvaro Valente, que viu a Rainha e lhe falou e ma descreverá, e a seu Esposo o Conde de Montbauten, em todos os seus pormenores.
Mas começo a visita ao Montijo. A vila, que tem actualmente 28.000 habitantes, oferece um ar desusado de festa na sua quietude de gente trabalhadora e ordeira. Mais como guarda de honra, que outra coisa, há ainda uma centena de agentes de segurança. Quanto a forasteiros, pouquissímos ; quase toda a gente é da terra. As janelas têm colga- duras em honra da real visitante.
Os meus olhos ávidos de reviverem um passado longínquo que tem quase meio século, prescrulam todos os recantos desta vila encantadora onde deixei um pedacito da minha meninice, numa ánsia insofrida e simultânea de reviver um passado perdido já para todo o sempre, e constatar a metamorfose verificada que tornou Montijo de
AGRADECIMENTOSC o m a n d a n t e L a d i s l a u M á r i o D u r ã o
de Sá
O f ic ia l d a A r m a d a
Mariana Marques Durão de Sá vem agradecer a todas as pessoas as homenagens prestadas à memória do seu saudoso marido, falecido a 23 de Dezembro de 1956, em Montijo, e às pessoas das suas relações que se dignaram assistir à missa do 30.° dia, celebrada na igreja matriz, pelo seu eterno descanso.
Descansa em Paz.
há quase meio século numa vila progressiva onde apetece viver, onde tudo nos é simpático. O rodar do tempo rasgou-lhe largas e imponentes avenidas, a primeira das quais é, quanto a mim, a Avenida D. Nuno A ’lvares Pereira com os seus revérberos enormes, lindamente alinhado:-; sobre largos passeios.
Ao fundo, na Praça da República, a Igreja do Espírito Santo põe uma nota de religiosidade antiga nesle cantinho de além do Tejo, em continua florescência.
Mesmo à entrada da Avenida A’lvares Pereira e sobre a nossa esquerda, um mercado está em construção, mais adiante o novo Palácio da Justiça se ergue no alto, já em esqueleto; o Parque Municipal, onde está um busto do distinto e malogrado clínico Dr. Cruz, figura veneranda dos meus tempos de criança, tem o encanto indizível de uma evocação.
E neste deambular através da «minha» nova Montijo, a noite vai caindo, cobrindo com o seu manto escuro os homens e as coisas. E tudo se transforma aos meus olhos de novo forasteiro, numa espécie de mutação teatral, feita à vista, onde as mil e uma 1'izes são outras tantas luminárias, como que em honra da Rainha que há pouco cruzou a vila, ou quem sabe, como que p a r a deslumbrarem meus olhos de quem não via Montijo há já tantos anos.
Ao meu espírito acorrem então, como que em tropel, as palavras tão simbólicas de Alphonse Dau- d e t: — «Z,e jour, c’est la vie des êtres: mais la nuit a'est la vie des choses »
Montijo renasceu em q u a s e meio século 1
Lisboa, 18/2/1957.
L U T U O SFaleceu no dia 6 do corrente, em
'Montijo, a sr.* D. Gertrudes Rósa dos Santos, «Carrau», de 75 anos, viúva, natural do Rosário — Sarilhos Pequenos.
Era mãe dos srs. Bernardino Vieira, Daniel Vieira e da sr.® D. Angélica de Jesus dos Santos, casada com o nosso estimado assinante sr. Amaro Soares da Silva, residente no Brasil. O funeral realizou-se no dia seguinte para o cemitério de Montijo, acompanhado de muita assistência.
«A Província», apresenta à família enlutada, e nomeadamente aos seus assinantes, os s e n t i d o s pêsames.
Perdeu-se
A Família de D. Maria Angélica Quaresma Nepomuceno da Cruz, por desconhecimento de muitas direcções, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar à última morada a saudosa extinta, ou que por qualquer forma lhe manifestaram o seu pesar.
A todos, pois, o seu maior reconhecimento.
M I S S A
M a r i a A n g é l i c a Q u a r e s m a N e p o
m u c e n o d a C r u z
A Família comunica que no próximo sábado, 23 do corrente, pelas 8 horas e 30 minutos, será rezada missa na Igreja Matriz de Montijo em sufrágio da sua alma, agradecendo desde já a todas as pessoas que se dignarem assislir ao piedoso acto.
Tendo-se extraviado no passado mês de Janeiro, no trajecto Mon- tijo-Lisboa, um caixote de contadores de água da marca Aster, agradece-se a quem o encontrou o favor de comunicar à redacção deste jornal.
V I A Ç Ã O— No dia 14 do corrente, pelas
22 horas, no pinhal do Castanho, próximo da Moita do Ribatejo, um automóvel guiado pelo seu proprietário, sr. Artur Manuel Palma Rosa, de 20 anos, industrial e natural de Montijo, levando por companheiro o sr. Miguel Pirela Espada, também r e s i d e n t e em Montijo, saiu da estrada e foi embater num muro.
O proprietário do automóvel ficou muito ferido na face e na cabeça, e o seu companheiro com ferimentos na região frontal.
Foram pensados no hospital da C. U. F. e seguiram depois para o hospital de S. José, em Lisboa, onde o segundo ficou internado, embora o seu estado não seja grave.
A G. N. R. da Moita tomou conta da ocorrência.
— No passado domingo, pelas 17,30 horas, quando regressavam para casa, num automóvel conduzido pelo filho do seu proprietário, José Nunes Caiado, devido à estrada estar molhada, este derrapou saindo fora da mesma, e foi embater com uma árvore, que se encontrava antes de chegar a Pegões -Cruzamento.
Aquele proprietário ficou com a mão direita entalada entre o veí- culo"e a dita árvore, e o condutor com pequena ferida na testa. Os restantes ocupantes sofreram apenas o susto. Os prejuízos materiais cão de certa monta.
Campanha Sanitáriacontra a «lin a u a A zu l»
P E G Õ E SSegundo resolução da Câmara
Municipal de Montijo, vão-se efectuar os levantamentos topográficos em Pegões Estação e Pegões Cruzamento, a fim de se poder montar a rede da instalação eléctrica nestas regiões.
Esta x-esolução causou o maior contentatamento entre toda a população, visto se tratar duma antiga aspiração que muito vem beneficiar toda esta área.
Quer pelo comércio, quer pelo movimento do chamado Cruzamento de Pegões, este melhoramento era do legítimo anseio destas populações, pelo que reina o maior entusiasmo em face da justa resolução camarária.
fa rm á c ia s de Serviço
5.’ - fe ira , 21 — M o n t e p i o6.» - fe ir a , 22 — M o d e r n a S á b a d o , 23 — D i o g o Domingo, 24 — G i r a l d e s 2.“ - fe ir a , 25 — M o n t e p i o J.® - fe ir a , 26 — M o d e r n a 4.“ ■ fe ira , 27 — D i o g o
1.° — A lavoura nacional tem ainda presente o perigo que a epizootia de «Língua Azul» constituiu gara a economia do País, pelo que a Direcção-Geral dos Serviços Pecuários deseja esclarecer a lavoura nacional acerca da necessidade imperiosa de orgânizar a defesa sanitária dos rebanhos no presente ano.
Não só nas zonas já atingidas, mas até naquelas que a doença poupou no primeiro surto, hão-de aparecer focos de «Língua Azul», se a vacinação não for efectuada em tempo útil.
De acordo com a experiência adquirida, 3 única medida verdadeiramente eficaz consiste na vacinação preventiva, realizada antes da época normal do aparecimento da doença, ou seja nos primeiros meses do ano.
Só desse modo se poderá evitar que durante o tempo quente a epizootia volte a surgir com carácter tão alarmante como no ano transacto.. 2.° — A Direcção-Geral dos Ser
viços Pecuários espera que a lavoura, consciente dos riscos que ela própria corre, inicie rapidamente a vacinação preventiva que começa a ser executada imediatamente.
Para conhecimento dos interessados se publicam as normas segundo as quais se desenvolverá, este ano, a Campanha de profilaxia da Febre Catarral dos Ovinos:
1.® — A Campanha de luta contra a «Febre Catarral dos Ovinos» (Língua Azul), foi iniciada em 1 de Fevereiro de 1957, com base na vacinação preventiva;
2.® — Para as vacinações a praticar até 1 de Maio a vacina será c e d i d a gratuitamente pela Direcção Geral dos Serviços Pecuários, através das Intendências de Pecuária, a todos os médicos-vete- rinários que a requisitarem. Só será utilizada na campanha a vacina produzida no Laboratório Central de Patologia Veterinária;
3.a — Por cada rebanho vacinado será passado pelo respectivo mé- dico-veterinário um boletim de vacinação que habilitará o proprietário ou possuidor dos animais
Boletim Religioso
C u lto C a tó licoMISSAS
5.*-feira — às 8,30 e 9 horas.6.®-feira — às 8 e 9 horas.Sábado — às 8,30 e 9 horas. D om ingo— às 8, 9, 10, 11,30;
11,30 (Atalaia); 18 Montijo.
Esp ectácu lo sCINE P O P U L A R
Quinta-feira, 2 1; (13 anos), Novamente o filme de grande sucesso «Anjo Mudo», com complementos curtos e Revista Paramount.
Sexta-feira, 22; (13 anos) Outra grandiosa reprise que vem na hora própria para todos os montijenses «Tarde de Toiros», No programa, complementos curtos.
Sábado, 23; (seis anos) O interessante filme espanhol com Mi- guelito Gil (Pipo), o rival de Pa- blito Calvo, «O Recruta e o Gaiato» com complementos curtos e Imagens de Portugal.
Atenção: — Neste espectáculo têm entrada crianças maiores de 6 anos.
Domingo,24e Segunda-feira, 25; (13 anos) Pablito Calvo em «Meu Tio Jacinto», o filme que será o grande êxito do ano. No programa, «O Balão Vermelho», o grande prémio do Festival de Cannes, em tecnicolor.
Terça-feira, 26; (18 anos) Um programa mexicano de grande crédito «Para sempre Meu Amor», com Jorge Mistral e Rosário Granadas e em complemento «E’ bom gostar de Alguém» com a escultural Elsa Aguirre e Armando Calvo.
Quarta-feira, 27 ; (13 anos) Pela 4.® vez o sucesso mexicano «Seis Corações a Compasso» em 2 sessões ãs 20 e 22,15. No programa, complementos curtos.
CINEMA 1.° DEZEMBRO
Quinta-feira, 21; (para 18 anos) A super-produção histórica em tecnicolor e ècran panorâmico «Maria Antonieta», cópia n o v a com novos artistas.
Sábado, 23; (para 18 anos) O filme mais discutido do ano em cinemascópio «O Homem do Fato Cinzento» com Gregory Peck.
Domingo, 24; (para 13 anos) O grande drama de aventuras 11a selva em tecnicolor «A Oeste de Zanzimbar» e o filme histórico de aventuras «O Leão de Malfi.»
Segunda-feira, 25; (para 18 anos) O famoso filme em cinemascópio com o malogrado actor James Dean «A Leste do Paraíso» e lindos complementos.
Quarta-feira, 27; (18 anos) Um programa duplo de grande sucesso «Intermezo», o grande drama musical com lngrid Bergmam e Leslie Iloward e o filme espanhol «Virgem Cigana» com Paquita Rico.
Quinta-feira, 28; (para 18 anos) A obra máxima do ano «O Regresso à Malásia», um grande' drama dc amor.
a obter a guia sanitária de trânsito;
4.® — A partir de 1 Maio é proibido o trânsito de ovinos que não tenham sido vacinados, qualquer que seja o seu destino;
5.®— A Direcção Geral dos Serviços Pecuários publicará oportunamente as condições a que fica sujeito o trânsito dos o inos.
4 A PROVINCIA 21-2-957
Para que 0 mundo saiba...( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i j i a )
« S e n t i m o - n o s h o n r a d o s d a n o s s a l i n h a g e m p o r t u g u e s a e n ã o n o s o r g u l h a m o s a p e n a s d a h e r a n ç a h u m a n a , d o p a t r i m ó n i o b i o l ó g i c o q u e r e c e b e m o s d e P o r t u g a l ; o r g u l h a m o - n o s , a c i m a d e t u d o , d e a l g u m a c o i s a m a i s q u e r e c e b e m o s t a m b é m d e P o r t u g a l— u m a a m á l g a m a ú n i c a d e c o e s ã o s o c i a l , u m a c o n s c i ê n c i a d e f a m í l i a o r g â n i c a , e e s p í r i t o d a m a i s l a r g a c o n v i v ê n c i a e d a m a i s h u m a n a t o l e r â n c i a , t o d o s o s f a c t o r e s m a t e r i a i s e e s p i r i t u a i s q u e p e r m i t i r a m a o B r a s i l p r e s e r v a r a s u a u n i d a d e e a s u a s o b e r a n i a s o b r e t o d o o s e u e x t e n s o t e r r i t ó r i o » .
N ã o s a b e m o s o e f e i t o q u e t a i s p a l a v r a s p o s s a m t e r c a u s a d o n a í n d o l e d o tal d e l e g a d o d o I r a q u e . F u t u r a m o s q u e e l e , e m b o r a n ã o i s c l a d o , p o r q u e h á s e m p r e c o m p a n h i a p a r a a i n t r i g a e p a r a a m e n t i r a , t e n h a f i c a d o s u r p r e e n - d i d o c o m a r e a c ç ã o d u m d e l e g a d o e s t r a n h o a o p a í s q u e v i s a v a a t a c a r .
E q u e 0 c a l o r e a s i n c e r i d a d e d a s p a l a v r a s d o D r G r i e c o t i v e r a m 0 c o n d ã o d e m o s t r a r a o m u n d o o e x e m p l o d e u m p o v o q u e , v i v e n d a o u t r o r a c o m o p r o v í n c i a p o r t u g u e s a , s o u b e c r i a r , p e l o v a l o r d e s e u s f i l h o s e p e l a h e r a n ç a r e c e b i d a d o s s e u s m a i o r e s , d e s c e n d e n t e s d e p o r t u g u e s e s , a g r a n d e N a ç ã o q u e s e c h a m a h o j e B r a s i l !
S e o s h o m e n s p r o c u r a s s e m e x e m p l o s e d i f i c a n t e s e s e c o n t e n t a s s e m c o m e s t a s d e m o n s t r a ç õ e s d e d e d i c a d a a m i z a d e e p u r o d e s i n t e r e s s e , a l i ç ã o m a g i s t r a l d e G r i e c o r e s u l t a r i a , s e m d ú v i d a , e m b e n e f í c i o d a v i d a d a s N a ç õ e s .
M a s t e m e m o s a i n c o m p r e e n s ã o , s o b r e t u d o p o r p a r t e d e q u e m , a g i n d o p o r d e t r á s d e c o r t i n a s m e t á l i c a s , n ã o p r o c u r a a p r e n d e r l i ç õ e s d a h i s t ó r i a n e m d a V e r d a d e , m a s a p e n a s l a n ç a r s o b r e 0 m u n d o a p o e i r a d a c o n f u s ã o , d a m e n t i r a e d a i n t r i g a .
Q u a n d o o u t r o d e l e g a d o , o d a U n i ã o I n d i a n a , c h a m o u a o d e s c o b r i m e n t o m a r í t i m o p a r a a í n d i a u m a c t o d e
p i r a t a r i a , f i c á m o s r e a l m e n t e i d e n t i f i c a d o s c o m a « p e r s o n a l i d a d e » d e c e r t o s m e m b r o s q u e a c t u a m n a s N a ç õ e s U n i d a s .
A s l i ç õ e s d a h i s t ó r i a p o r t u g u e s a , o s s a c r i f í c i o s d a n o s s a g e n t e , a n o s s a a c ç ã o c i v i l i - z a d o r a e c r i s t ã n o m u n d o , t u d o f o i e s q u e c i d o l a m e n t a v e l m e n t e p o r a q u e l e s d e l e g a d o s q u e , p e l o s V i s t o s , c o n t i n u a m a l e r n ã o p e l o l i v r o d o u r a d o d a r a z ã o e d o d i r e i t o m a s p e l o l i v r o v e r m e l h o d a s c o n v e n i ê n c i a s o c a s i o n a i s .
N ã o V a m o s c a r p i r l á g r i m a s d e a m a r g u r a s o b r e o i n c i d e n t e q u e a í f i c a r e g i s t a d o . S e n t i m o s q u e o u t r o s p o d e r ã o s u r g i r , p o r q u e o s h o m e n s q u e d e s a f i a m a p a z n o m u n d o e a t r a n q u i l i d a d e d o s e s p í r i t o s n ã o d e s c a n s a m d e l e v a r p o r d i a n t e a s s u a s e s t r a n h a s m a n o b r a s .
A m e a ç a r , c o n f u n d i r , e x a s p e r a r , e i s a t r i l o g i a e m q u e a s s e n t a a d i p l o m a c i a d e h o j e . P a r a l h e f a z e r f r e n t e , é p r e c i s o t e r c o r a g e m , t e r p a c i ê n c i a e t e r , a c i m a d e t u d o , c o n s c i ê n c i a d e r e p r e s e n t a r v a l o r e s q u e d e f o r m a a l g u m a s e p o d e m d e i x a r à m e r c ê d e a v e n t u r e i r o s , d e i n t r i g u i s t a s , d e a m b i c i o s o s o u d e t r a i d o r e s .
N ã o p r e c i s a m o s n e m q u e r e m o s s u p e r v i s o r e s n a s n o s s a s p r o v í n c i a s u l t r a m a r i n a s . O q u e q u e r e m o s , e d i s s o f a z e m o s q u e s t ã o d e s a l i e n t a r , é q u e n a s r e l a ç õ e s i n t e r n a c i o n a i s h a j a m a i s r e s p e i t o p e l o s d i r e i t o s d o s o u t r o s p o v o s , p r i n c i p a l m e n t e c o m o n o s s o , p a r a q u e m a v i d a d a s g e n t e s b r a n c a e d e c ô r s e m p r e m e r e c e u , a t r a v é s d o s s é c u l o s , 0 m a i o r i n t e r e s s e e a m a i o r p r o t e c ç ã o .
Á iv a r o P s r e i r a
@xónL&as iiretju ietas - 3 9
Às pessoas importantes( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )
S e D i ó g e n e s p o r a l i t i v e s s e p a s s a d o c o m s u u l a n t e r n a , t e r i a , c o m c e r t e z a , e n g u l i d o a v e l h a e r e v e l h a o b j u r g a t ó - r ia .
S e A r i s t ó f a n e s t i v e s s e v a s c u l h a d o o s e n t u l h o s d e s t a i n t e l e c t u a l i d a d e h u m a n a , a p r o v e i t a r i a , c o m c e r t e z a , e s t e s p e r s o n a g e n s p a r a s u a s c o m é d i a s e x c e l e n t e s .
E , e n t r e t a n t o , s e o s t r e - p a n á s s e m o s , e n c o n t r a r í a m o s a p e n a s t e i a s d e a r a n h a , b o l a s d e s a b ã o , n u v e n s d e f u m o . . •
D e v e m o s , p o r é m , s e r j u s t i c e i r o s . E s t e s prosápias s ã o e m e x t r e m o p e r i g o s o s . P a r a a l c a n ç a r e m o s ê x i t o s q u e s o n h a r a m , p a r a s e g u i n d a r e m a o s h i m a l a i a s q u e p r o j e c t a r a m , n ã o h e s i t a m n o s c a m i n h o s a s e g u i r , n ã o s e i m p o r t a m c o m o s m e i o s a e s c o l h e r . P o r t o d a s a s e n c r u z i l h a d a s s e i n f i l t r a m . P o r t o d o s o s r e c a n t o s s e m e t e m . O q u e é
A B I S M OQuisera ser aquele deslumbramento do luar sonhador e visionário, ou ser 0 velho cedro solitário cuja sombra é a voz dum pensamento.
Quisera set altivo como o vento, alma lieroica de poeta e de corsário, ou ser a voz do monge imaginário que murmura nas fontes esquecimento.
Quisera ser a luz da eterna esperança, mas sou talvez o eco sem lembrança dalgum desejo que morreu vencido.
Sinto o vácuo dum estranho fatalismo que se traduz apenas neste abismo: n a d a querer, nada ser, nada ter sido...
J O R G E R A M O S
p r e c i s o é c o n s e g u i r a s a t e n ç õ e s d o s m a n o s p a p u d o s e p a s p a l h o s .
E s e f o r n e c e s s á r i o d e n e g r i r r e p u t a ç õ e s , e s m a g a r a h o n e s t i d a d e a l h e i a , a c h i n c a l h a r 0 v a l o r d o s o u t r o s , d e lá d o « a s s e n t o e t é r e o » o n d e s e f i x a r a m d i g n a m - s e b a i x a r p i e d o s a m e n t e o v e n e n o d a s u a b a b a m a r a v i l h o s a .
E 0 c e r t o é q u e , n o c e n t r o d a v a c u i d a d e o b s t r u t i v a q u e c r i a r a m , f o r m a m claques i n a n e s q u e o s a p l a u d e m , t ê m coteries q u e o s i n c e n s a m c o m o i n d i s p e n s á v e i s , p o s s u e m a d m i r a d o r e s s u p é r f l u o s q u e o s a d u l a m e e n d e u s a m .
E u t e n h o u m m e d o q u e m e p e i o d e s t e s simpáticos b í p e d e s , q u e r a s t e j a m à n o s s a r o d a , s e m p r e à e s p r e i t a d o m o m e n t o o p o r t u n o p a r a s e l a n ç a r e m .
S e i b e m q u a l é o c o n t r a - v e n e n o e n s i n a d o p e l o s t r a t a d i s t a s , m a s n à o o p o s s o u s a r p o r c a u s a d u m a c e r t a c o l i t e h e p á t i c a q u e m e v i s i t a d e v e z e m q u a n d o .
P o i s v á 0 M u n d o g o z a n d o « a s p e s s o a s i m p o r t a n t e s » a q u e m e r e f i r o , c o m m u i t o g á u d i o e i n t e r e s s e , d e c ó c o r a s e b o c a a b e r t a , q u e e u c o n t i n u a r e i g o s t o s a m e n t e e n f i l e i r a d o n o p e q u e n o e x é r c i t o d o s o b s c u r o s , d o s n i n h a r i a s , d o s p i g m e u s , d o s q u e c o r r e m a v i d a n a â n s i a d e e s t u d a r e a p r e n d e r c o m h u m i l d a d e , e n v o l t o s n a c a p a d a s u a m o d é s t i a .
P r e f i r o s e r s a p o n a s e r v a s f r e s c a s d o c h ã o q u e m e h á - - d e c o m e r a j u l g a r - m e á g u i a n o s p a r a m o s d a i g n o r â n c i a . . .
A ’ lv a r o V a le n t e
Telefone 0^6 578
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F o te M o n t ije n s e
Publicacões Recebid as— R o d o v i á r i a — Revista de
Transportes e Turismo — N.° 17 .
Director — Oliveira Santos.
Redacção — Rua dos Navegantes, f 8 - i . a- E s q .° — Lisboa.
Este número de Janeiro passado continua a trajectória traçada. A revista «Rodoviária» vai dia a dia melhorando a sua apresentação e a escolha dos assuntos que vem tratando.
Associamo-nos desde já à homenagem que vai prestar a Alm eida Melo, por a entendermos bem justa e merecida.
Agradecemos o exemplar enviado à nossa Redacção.
— A « P l a t e i a » — Revista de Cinema — N.° 140 — 15 Janeiro.
D irector — Baptista Rosa.Redacção — Rua Saraiva
de Carvalho, 207 — Lisboa.Gostamos de sempre fazer
uma referência elogiosa a esta revista, já pela esplêndida colaboração da especialidade, já pela forma como vem ilustrada.
«Plateias impõe-se. «P lateia» é uma revista de C inema que desperta sempre a nossa atenção e que se lê e se percorre com extremo agrado.
Felicitamo-la e agradecemos a gentileza habitual do exemplar que nos remetem.
— B o l e t i m d a C a s a d o A l e n t e j o — N.° 238— Fevereiro de 1957.
D irector— Dr. Victor dos Santos.
Sede — Rua das Portas de Santo Antão, jS — Lisboa.
Mais um número da prestigiosa publicação, à qual o Alentejo deve inestimáveis serviços. Tudo se recomenda: o seu belo aspecto gráfico, a boa colaboração, os assuntos adequados, as suas secções informativas e noticiosas.
O Boletim da Casa do Alentejo cumpre a sua nobre missão e honra a imprensa portuguesa.
Gratos pelo numero reíe- rido.
— M e r c a d o F i l a t é l i c o —Revista mensal — N.“s 90 e 9 1 , de Dezembro e Janeiro findos.
Director — Artur de Vasconcelos.
Redacção — R. de Santo António, 190-1 ° — Porto,
Números da especialidade filatélica que muito devem saborear os interessados, em vista dos sumários tratados e do valor dos assuntos.
C a p a s interessantes e impressivas.
Agradecidos pela deferência dos exemplares reme. tidos ao nosso jornal.
— B a n c o P o r t u g u ê s do A t l â n t i c o — Relatório do exercício de 19 5 6— No 38.* ano da sua fundação, cumprindo o dever do seu relatório anual, o Banco Português do Atlântico historia o seu movimento e documenta com mapas a sua comprovada prosperidade. Cumprimentamos e agradecemos a amabilidade do exemplar que temos presente.
— B o l e t i m d o P o r t o d eL i s b o a — N.° 71 — Dezembro de 1956.* Director — Dr. Raúl Simões.
Sede — Cais do Sodré — Lisboa.
Número interessante 0 presente, a contar da expressiva capa.
O sum ár io , excelente, sempre dentro dos assuntos especiais que lhe são próprios.
A notar, além da matélia portuária, o artigo «O bem estar no trabalho» e «A descoberta da Europa».
O Boletim do Porto de Lisboa é das mais curiosas e valiosas publicações no género, pelo que se impõe aos interessados e aos estudiosos.
Os nossos agradecimentos pelo exemplar que nos oferecem.
M onum entos de Lisboa( C o n t i n u a ç ã o da p r i m e i r a p á g i n a )
s e n t i m e n t a l m e n t e e e s t è t i c a - m e n t e . O a u t o r d o c a p í t u l o d i r á t a l v e z q u e e s s a s o p i n i õ e s n a d a v a l e m e q u e i m p r e s s i o n a m a l o s q u e t ê m e d u c a ç ã o a r t í s t i c a e n ã o o s q u e , c o m o e u , d e a r t e n ã o p e r c e b e m p a t a v i n a , m a s m e s m o a s s i m m a n t e n h o a m i n h a o p i n i ã o .
C o m 0 m o n u m e n t o a o M a r q u ê s d e P o m b a l 0 c a s o é d i v e r s o . A i n d a e l e n ã o e r a n a d a e j á s e d i z i a m a l . F o i m o d a d i z e r q u e n ã o p r e s t a v a e a m o d a p e g o u , c o m o p e g a m t o d a s a s m o d a s , e s p e c i a l m e n t e a s q u e s e j a m a s - n á t i c a s .
É c l a r o q u e a o M a r q u ê s n ã o i n t e r e s s a n a d a a o p i n i ã o b i z a n t i n a d o n o s s o h o m e m . E s t á l á e m c i m a a r i r à s o c a p a d o s q u e a n d a m c á p o r b a i x o , n e s t a t e r r a d e n i n g u é m , a a p r e g o a r e m a l t o s b e r r o s
a s e x c e l s a s v i r t u d e s d o s elix i r e s d e l o n g a v i d a e dos v á r i o s p ó s d e m a t a r p u lg a s , b a r a t a s e p e r c e v e j o s .
M a s n o m e i o d i s t o tudo n o t o n o l i v r i n h o u m a falta i m p e r d o á v e l p a r a u m guia d e p r o p a g a n d a t u r í s t i c a : <ís- q u e c e - s e d e n o s i n d i c a r onde p o d e o u v i r - s e 0 f a d o , essa c a n t i l e n a f a m o s a q u e f a z p a r t e i n t e g r a n t e d o fo l c lo r e n a c i o n a l . E q u a n d o L isboa d e l i r a d o e n t i a m e n t e perante u m a g u i t a r r a a g e m e r d o lo r o s a e u m a v o z a v i n h a d a a v o m i t a r v e r s i n h o s d e p é qu e1 b r a d o q u e f a z e m a r r e p i a r a g e n t e , t u d o é p o s s í v e l , m es m o u m l i v r i n h o a d i z e r aos q u e n o s q u e r e m v i s i t a r que n ã o v a l e a p e n a c á v i r .
S o m o s v e r d a d e i r a m e n t e
u n s a s e s n a c i ê n c i a turíst i c a
A m a r a l F ra s ã 8
21-2-957 A PROVINCIA 5
M E U D I Á R I OExclusivo para «A Província»
Marrado pela jovem actriz cinematográfica
J íía r ia ã)ulceIN IC IA Ç Ã O N A A R T E
p a p e l q u e e u t i n h a q u e t e r
Crítica Literária«Água? diferentes» - Poemas - Cidália
« F i c a a d q u i r i d o a s s i m o d i r e i t o d e c a d a q u a l s e m a n i f e s t a r c l a r a m e n t e , s e m p e i a s d e claque, c o m o q u a l q u e r e s p e c t a d o r q u e c o m p r o u o s e u b i l h e t e » .
D e s t a f o r m a s e e x p r e s s a a p o e t i s a e m s e u p r e â m b u l o , p o n d o - n o s à v o n t a d e n o c a m p o d a c r í t i c a , e m b o r a n ã o t i v é s s e m o s c o m p r a d o o « b i l h e t e d e e s p e c t a d o r » , i s t o é , o s e u l i v r o r e f e r i d o .
P e r c o r r e n d o - o e s a b o - r e a n d o - o , p a r a b e m o s e n t i r , e n c o n t r a m o s n e l e o s a b o r a c r e d o s t u r b i l h õ e s d a v i d a q u e d e s i l u d e e o c â n t i c o s e n t i m e n t a l , f l o r i d o e b e l o d a N a t u r e z a q u e e n l e v a a c r i s o l a d a m e n t e .
N a a l m a d e C i d á l i a h á c o n f l i t o s q u e c h i s p a m e h á l a m p e j o s b u c ó l i c o s q u e e n t e r n e c e m .
— N a g e n e r a l i d a d e , s ã o a s s i m a s a l m a s d o s v e r d a d e i r o s p o e t a s , s e m p r e e m s u p e r i o r e s a m b i e n t e s , p a r a a l é m d a s c o m e z i n h a s v u l g a r i d a d e s c o m q u e d i a a d i a e n c o n t r o a m o s .
E ’ i n d i s c u t í v e l , p o i s , q u e n a p o e s i a d e C i d á l i a h á r e f l e x o s e x p r e s s i v o s d e s s e s c o n f l i t o s e d e s s e s l a m p e j o s , q u a n d o s e u s v e r s o s e n t r a m « N u m a e s c o l a » e t r a s m i t e m « S a u d a d e s d o M i n h o » .
P o r v e z e s , a i n d a s e a v e n t u r a à s e s c a r p a s d a F i l o s o f i a a g r e s t e , q u a n d o n a « Â n s i a d e I n f i n i t o » a b o r d a o s p r o b l e m a s h u m a n o s q u e a t o r t u r a m .
A o d i a n t e , « c a i n d o n o s i l ê n c i o e s m a g a d o r d a m a i o r d o r » , t a n g e a l i r a d o s e u a m o r m a t e r n a l , d e d i c a n d o à s f i l h a s m o r t a s o s g r i t o s d o c o r a ç ã o a t o r m e n t a d o .
E , e m s e q u ê n c i a , o f e r e c e d e p o i s a « A g u a d a t o r n e i r a » a o s f i l h o s v i v o s e a v á r i o s m o t i v o s m a i s o u m e n o s i n t e r r o g a t i v o s e p l e n o s d e i n v e s t i g a ç õ e s d i v a g a n t e s .
P o r f i m , e m « G o t a s d e o r v a l h o » , e m « A g u a m e d i
c i n a l » , e e m « A g u a c e i r o s » , s u b i n d o , s u b i n d o s e m p r e n a a m p l i t u d e d o s a n s e i o s , a p o e t a r , a d o u t r i n a r , a r e b u s c a r a n á l i s e s . . .
T ê m m í s t i c a o s p o e m a s d e C i d á l i a ?
J u l g a m o s q u e e m t o d o s e l e s p e r p a s s a u m a c e r t a e s p i r i t u a l i d a d e , e s p a r s a n o s v e r s o s e m p o a l h a c o n v i n c e n t e , a i n d a q u e s e m o b e d i ê n c i a a q u a l q u e r d i r e c t r i z q u e o s l e v a s s e , d e f o l h a a f o l h a , a o c é u a l m e j a d o d e s o n h o s r e d e n t o r e s .
O l i v r o d e C i d á l i a d á - n o s a i m p r e s s ã o d e q u e j u n t o u o s p o e m a s d i s p a r e s , u n s d e h o j e , o u t r o s d e o n t e m , e p o s s i v e l m e n t e a i n d a o u t r o s d e a m a n h ã , f a z e n d o c o m t o d o s e s t a c o l e c t â n e a o n d e a s u a s e n s i b i l i d a d e f e m i n i n a v i b r a e s e o s t e n t a , o n d e a s u a a l m a s e d i f u n d e .
« A g u a s d i f e r e n t e s » , — e s p e l h o d a a u t o r a — , m o s t r a - n o s , p o r t a n t o , a s u a e s t r u t u r a i n s p i r a d a , c a r i n h o s a , e m e s t o s d e f e b r i l a n e l o , a c a m i n h o d a s u m a p e r f e i ç ã o .
E ’ p o s s í v e l d i s c o r d a r - s e d a f o r m a q u e a d o p t o u e a q u e s e r e s o l v e u c h a m a r « p o e s i a m o d e r n a » .
P o r n o s s o l a d o , n ã o é s ó p o s s í v e l , é c e r t o
A p r o s a e m v e r s o n ã o a c l a s s i f i c a m o s d e v e r s o . .
N o e n t a n t o , c o m o a s m o d a s i m p e r a m , m a n d a q u e m p o d e .
E s t a r e m o s , p o i s , t o d o s c o n c o r d e s , s e m p e i a s d e claque, e m a p l a u d i r a f e m i n i l i d a d e d a s u a i n s p i r a ç ã o , a s i n g e l e z a d o s s e u s verdadeiros v e r s o s , a b e l e z a e s p i r i t u a l d a s s u a s c o n c e p ç õ e s .
E , s e a s s i m c o m o s e a d a p t o u à m o d a f o r m a l , s e a d a p t a r t a m b é m a o m o v i m e n t o d a s i d e i a s e d o p e n s a m e n t o m o d e r n o , v e r e m o s l u z i r m a i s u m a e s t r e l a d e s l u m b r a n t e e n t r e o s a s t r o s d a p o e s i a p o r t u g u e s a .
Á lv a r o V a lo n t *
A M IN H AO m e u p r i m e i r o c o n t a c t o
e o n i o p ú b l i c o i o i n o R á d i o G r a ç a , q u a n d o , e m O u t u b r o d e 1 9 4 6 , a l i r e c i l e i u m a p e q u e n a p o e s i a . T i n h a e u e n t ã o o i t o a n o s . A n i m a d a j á p e l o f o g o s a g r a d o d a A r t e , s o b t o d o s o s s e u s a s p e c t o s , i n s i s t i c o m m e u s p a i s p a r a q u e m e d e i x a s s e m f r e q u e n t a r o s c u r s o s d e a r t e d e r e p r e s e n t a r e d e ballet, d o C o n s e r v a t ó r i o N a c i o n a l d e L i s b o a . T o d a v i a , s e b e m q u e m e u p a i t i v e s s e s i d o u m a m a d o r d r a m á t i c o e n c a r n i ç a d o , a i n d a l u t e i c o n t r a c e r t a
Maria Dulce
r e s i s t ê n c i a d a s u a p a r t e p a r a q u e c o n s e n t i s s e q u e e u r e a l i z a s s e o s m e u s m a i s q u e r i d o s d e s e j o s . A l u z d a r i b a l t a a t r a i a - m e , ta l c o m o a l u z d a c a n d e i a a t r a i a f a l e n a . P o r f i m , c o n s e g u i d o s o s m e u s i n t e n t o s , i n g r e s s e i n a q u e l e e s t a b e l e c i m e n t o d e e n s i n o n o d i a 9 d o m ê s d e O u t u b r o d e 1 9 4 9 , o n d e t i v e p o r p r o f e s s o r e s o s a c t o r e s S a m w e l D i n i z e C a r l o s d e S o u s a . D e c o r r e u u m a n o e s c a s s o e n q u a n t o e s t i v e n o C o n s e r v a t ó r i o , a t é a o d i a e m q u e o r e a l i z a d o r c i n e m a t o g r á f i c o A n t ó n i o L o p e s R i b e í r o , t e n d o n e c e s s i t a d o d u m a p e s s o a q u e i n t e r p r e t a s s e o p a p e l d e D . M a r i a d e N o r o n h a , n a p e l í c u l a « F r e i L u í s d e S o u s a » , s e g u n d o a p e ç a d o V i s c o n d e d e A l m e i d a G a r r e t t , a s o r t e q u i s q u e m e c o u b e s í è e s s a h o n r a ; e d i g o s o r t e p o r q u e , t e n d o t o d a s a s m i n h a s c o l e g a s f e i t o o n e c e s s á r i o test n o s E s t ú d i o s d o L u m i a r , p a r a o d i t o p a p e l , s e m r e s u l t a d o s s a t i s f a t ó r i o s , fu i e u , a m a i s n o v a d o c u r s o , e m i d a d e , u t i l i z a d a c o m o ú l t i m o r e c u r s o . O s ú l t i m o s s e r ã o o s p r i m e i r o s . E m r e s u m o , a s m i n h a s p r o v a s a g r a d a r a m e
f u i i n c u m b i d a d a q u e l a g r a n d e r e s p o n s a b i l i d a d e , m a s q u e t a m b é m h a v i a d e s e r p a r a m i m o r i g e m d e m u i t a s a l e g r i a s . F o i a s s i m q u e e n t r e i
f s c r i t o p o r
Aníbal Anjosa a c t u a r n o s Estúdios da Lisboa Filme. F o i d e s t a f o r m a q u e g a l g u e i d a s e m i s s õ e s d o R á d i o G r a ç a e d a s a u l a s d o C o n s e r v a t ó r i o N a c i o n a l , a o a m b i e n t e f e b r i l d a s filmagens n a p e l í c u l a « F r e i L u í s d e S o u s a » .
F o i n o s á b a d o 2 2 d e A b r i l d e 1 9 4 7 q u e t o m e i p e l a p r i m e i r a v e z c o n t a c t o a s é r i o c o m o plâteau e c o m a c â m a r a d e filmar.
S e a o e n c a m i n h a r - m e p a r a a q u e l a p e q u e n a c i n e l â n d i a , s i t u a d a n o s s u b ú r b i o s d e L i s b o a , e u s e n t i a u m a a l e g r i a i n d i z í v e l i n v a d i r - m e a a l m a , n ã o é m e n o s c e r t o d e q u e a n o i t e q u e p r e c e d e u e s s e d i a i n o l v i d á v e l f o i d a s m a i s m e d o n h a s q u e j a m a i s p a s s e i , n a e x p e c t a t i v a d e s s e g r a n d e d i a q u e i a d e s p o n t a r p a r a m i m . A c o m u n i c a ç ã o t e l e f ó n i c a q u e e u r e c e b e r a d o C o n s e r v a t ó r i o p a r a c o m p a r e c e r n o L u m i a r , c a u s a r a - m e p e s a d e l o s p e l a i n c e r t e z a d o r e s u l t a d o d a r e a l i z a ç ã o d a q u e l e s o n h o d o i r a d o q u e m e a t o r m e n t a v a o e s p í r i t o .
U m p o r t e i r o f a r d a d o , c o m c e r t o g a r b o , r e c e b e u - m e a m i m e a m i n h a m ã e , à p o r t a d a Q u i n t a d a s C o n c h a s , e c o n d u z i u - n o s d e p o i s a u m a s a l a m u i t o g r a n d e . T o d o a q u e l e a p a r a t o m e i n s p i r a v a c u r i o s i d a d e e e s p a n t o , e q u a n d o e u e s t a v a n u m a e s p é c i e d e m e d i t a ç ã o c o n t e m p l a t i v a , s u r g i u - m e n a f r e n t e u m c a v a l h e i r o s i m p á t i c o , q u e m e d i s s e s e r u m d o s a s s i s t e n t e s d a p e l í c u l a ’ « F r e i L u í s d e S o u s a » , c u j a r o d a g e m ia i n t e r p r e t a r , e d e p o i s m a n d o u - m e e n t r a r c o m m i n h a m ã e p a r a u m g a b i n e t e s i t u a d o a o l a d o . U m a v e z a í , d e u - m e a c e n a f i n a l d a p e ç a e x t r a í d a d a q u e l a o b r a , e d i s s e - m e q u e a e s t u d a s s e a l i m e s m o . C o n f e s s o q u e , a p e s a r d e t o d a a m i n h a b o a v o n t a d e p a r a m e m a n t e r c a l m a , n ã o c o n s e g u i d o m i n a r o s m e u s n e r v o s . F o i - - m e c o n c e d i d o q u e e s t u d a s s e a c e n a e x i g i d a , e m c a s a , e d i t o i s t o , o a s s i s t e n t e m a n d o u - m e v o l t a r n a s e g u n d a - - f e i r a s e g u i n t e .
O d o m i n g o p a s s o u - s e s e m n o v i d a d e d e m a i o r e t e r i i s i d o q u a s e i g u a l a t a n t o ; o u t r o s , s e n â o f o r a o n v : a
s a b i d o n o d i a s e g u i n t e , q u a n d o v o l t a s s e a o s E s t ú d i o s d o L u m i a r . D e s p r o v i d a d e q u a l q u e r e n s a i a d o r , v a l i - - m e d o s m e u s p r ó p r i o s r e c u r s o s . N a q u e l a s e s c a s s a s v i n t e e q u a t r o h o r a s e m q u e t a n t a s o u t r a s r a p a r i g a s d a m i n h a i d a d e p a s s e a v a m p e l o s j a r d i n s d a c a p i t a l , o u d e q u a l q u e r f o r m a d i s t r a í a m o e s p í r i t o , e u , e n t r e a s q u a t r o p a r e d e s d o m e u la r , t r a b a l h e i a f i n c a d a i n e n t e a ú l t i m a c e n a d o ú l t i m o a c t o d e « F r e i L u í s d e S o u s a » , p a r a a l c a n ç a r o s m e u s d e s e j o s , a r e a l i z a ç ã o d o m e u s o n h o m a i s d o i r a d o — r e p r e s e n t a r d e a n t e d a c â m a r a d e filmar , e n c a r n a r p a r a o p o v o p o r t u g u ê s , p a r a P o r t u g a l i n t e i r o , a f i g u r a m i m o s a d a m a i s l í d i m a t r a g é d i a d o t e a t r o e d a l i t e r a t u r a p o r t u g u e s a .
N a s e g u n d a f e i r a 2 4 d e A b r i l d i r i g i - m e a o s E s t ú d i o s , p a r a o «test» d e f i n i t i v o . O m e s m o p o r t e i r o q u e n o s h a v i a r e c e b i d o n o p r i m e i r o d i a e m q u e a l i f o m o s , a n u n c i o u - - n o s p e l o t e l e f o n e a o S r . G u i m a r ã e s — a s s i m s e c h a m a v a o s e n h o r q u e , u m p o u c o i n q u i s i t o r i a l m e n t e , m e h a v i a d e s f e c h a d o u m a s é r i e d e p e r g u n t a s , a s q u a i s , d i g a - s e d e p a s s a g e m , m e c h o c a r a m , — e x a c t a m e n t e p o r e u n à o e s t a r h a b i t u a d a a ta l . T o d a v i a , a g o r a p a r e c i a - m e m a i s s i m p á t i c o , m a i s a c o l h e d o r d o q u e d a p r i m e i r a v e z . A t r a v e s s á m o s c o r r e d o r e s v á r i o s e , , p o r f i m , e n t r á m o s n u m a s a l a o n d e f u i s u b m e t i d a à s m i l e u m a t o r t u r a s d a m e t a m o r f o s e q u e t o d a s a s m o r t a i s d e s e j o s a s d e f a z e r e m c i n e m a— c o m o v u l g a r m e n t e s e d i z— s o f r e m , p a r a s e r e m a r t i s t a s c i n e m a t o g r á f i c a s : c a r a c t e r i z a ç ã o e g u a r d a r o u p a . D e p o i s a t a r a m - m e o c a b e l o n a n u c a e a i n d a n ã o r e f e i t a d e t o d a s e s t a s n e c e s s á r i a s t r o p e l i a s , q u e e s t ã o n a r a z ã o d i r e c t a d a q u e l e d i t a d o : « s o f r e r p a r a s e r f o r m o s a » , m a s , q u e n o « e s t ú d i o » , c o m o n o t e a t r o s i g n i f i c a : « s o f r e r p a r a t e n t a r a g l ó r i a » , a p a r e c e u u m c a v a l h e i r o a l t o e m a g r o q u e , a o m i r a r - m e d o s p é s à c a b e ç a , e x c l a m o u : — E na verdade isto mesmo de que eu preciso! C l a r o q u e f i q u e i m e i o a p a v o r a d a p e r a n t e a q u e l a a f i r m a ç ã o p a r a m i m t ã o s i n g u l a r , q u e c o n f e s s o m e s e n t i c o m o q u e v e x a d a .
D a í a m o m e n t o s s o u b e q u e o s e n h o r q u e t i v e r a p a r a m i m a ta l e x c l a m a ç à o , e r a p a r a m i m n e m m a i s n e m m e n o s d o q u e o r e a l i z a d o r c i n e m a t o g r á f i c o A n t ó n i o L o p e s R i b e i r o , r e a l i z a d o r d a p e l í c u l a . D e p o i s s i m p a t i z e i c o m
e l e , e p o s s o a f i r m a r - v o s q u e e l e f o i p a r a m i m u m e x c e l e n t e o r i e n t a d o r , a q u e m m u i t o d e v o n o s m e u s p r i m e i r o s p a s s o s n a d i f í c i l a r t e d e r e p r e s e n t a r p a r a o c i n e m a .
D a s a l a d a s c a r a c t e r i z a ç õ e s a o <iphlteau» , é a p e n a s ú m p a s s o . E q u a n d o p e l a p r i m e i r a v e z f i z e m o s s e m e l h a n t e t r a j e c t o , p a r e c e - n o s t e r m o s v o l v i d o a l g u n s s é c u l o s a t r á s , t e r m o s m e r g u l h a d o n o s t e m p o s i d o s d a I d a d e M é d i a , n u m a e n c a r n a ç ã o p a s s a d a — s e o l e i t o r m e p e r m i t e e s t a i m a g e m — e q u a l c o n d e n a d o à f o r c a c a m i n h á s s e m o s p a r a o c a d a f a l s o . A q u i , e s s e c a d a f a l s o p r e s s e n t i d o o n o s s o s u b c o n s c i e n t e , é o <s.test> i n e x o r á v e l , a o b j e c t i v a i n t r a n s i g e n t e e o film t v i r g e m q u e n ã o p e r d o a m , q u e t u d o r e g i s t a r ã o d a s n o s s a s e x p r e s s õ e s e g e s t o s , e s e s a i r e r r a d o , a i d e n ó s , a i d e m i m .
U m a v e z n o iplâteau» , m a n d a r a m - m e q u e r e c i t a s s e a l g u m a c o i s a . N u m r e l a n c e a r
p r o c u r e i n o m e u c é r e b r o o q u e p o d e r i a c o n v i r m e l h o r , o q u e m a i s p o d e r i a a g r a d a r . T o d o s o s p o e m a s q u e e u s a b i a a f l u i a m , s o b o d o m í n i o d o n e r v o s i s m o q u e s e a p o s s a r a d e m i m , a o m e u c é r e b r o , n u m t u m u l t u a r i m e n s o , e p o r f i m a c a b e i p o r e s c o l h e r » L a d y G o d i v a » , d o D r . J ú l i o D a n t a s . À m e d i d a q u e e u i a r e c i t a n d o , s e n t i a a i m p r e s s ã o d e q u e a g r a d a v a , a j u l g a r p e l a s a t i s f a ç ã o q u e m e p a r e c i a n o t a r n o s r o s t o s d a p e q u e n a a s s i s t ê n c i a q u e m e r o d e a v a . F i n d a e s t a p r o v a , D . A n t ó n i o , o r e a l i z a d o r A n t ó n i o L o p e s R i b e i r o e o c h e f e o p e r a d o r A q u i l i n o M e n d e s c o n d u z i r a m - m e e a m i n h a m ã e , a o r e s t a u r a n t e d o s E s t ú d i o s o n d e a l m o ç á m o s . I n f o r m a r a m m i n h a m ã e q u e e r a i m p r e s c i n d í v e l q u e f i c á s s e m o s a t é m a i s t a r d e , p o i s e m b r e v e i a m c h e g a r o s d e m a i s a r t i s t a s q u e i r i a m c o n t r a c e n a r c o m i g o n a p e l í c u l a , e q u e e r a a b s o -
(C ontinua na p á g in a 6)
6 A PROVINCIA 21-2-957
C j z u t e l % ô L
C a m p e o n a t o N a c i o
n a l d a 2 . a D i v i s ã o
M o n t e m o r , 2 - M o n t i jo , 1Equipas:MONTEMOR : — Lisboa; Sal
gueiro e Gatinho; Jordão, Heis, e Vinueza; Frazão, Babino, Narciso, Leonel, e Luís Lopes.
M ONTIJO: — Redol; Anica e Manuel Luís; Neto, Barragon, e Serralha; Barriga, Veredas, Jcão Mário, Mora, e José Paulo.
Árbitro : -- Alfi edo Louro, de Lisboa.
Campo: == Campo 1.° de Maio, em Montemor-o-Novo.
Ora aqui está um encontro de futebol em cuja apreciação não pode haver duas opiniões:
A turma dc Montemor fez uma boa exibição e mereceu a vitória.
A turma montijense cumpriu o seu dever, mas fo:. impotente para vencer.
O péssimo eslado do campo, devido aos últimos temporais, dificultou bastante o trabalho das duas equipas, obrigando-as a um e s fo r ç o demasiado, — o que se ressentiu principalmente no segundo tempo do encontro. Não obstante, na primeira parte fez-se bom futebol, com avançadas bem delineadas que muito agradaram aos assistentes.
Principalmente os de Montemor tiveram jogadas magníficas que entusiasmaram.
Os nossos também se adaptaram, esbarrando, porém, com a defesa contrária em grande actuação.
Foi Narciso o marcador dos dois tentos da primeira parte, sendo certo que o primeiro teve maior valor.
Na segunda parte o jogo já se não comparou com o da primeira.
O estado do campo continuou influenciando o trabalho a realizar.
De notar, e até para salientar em extremo, a forma como a defesa do nosso Desportivo se comportou. Devido a ela não só o
0 Meu DiárioJ H a iia rD (dee
(Continuação da página 5)
lutamente necessário fazer um «test» com eles. Mas se eu nunca tinha falado com Raúl de Carvalho, João Vil- laret ou com Maria Sampaio e apenas os conhecia de os ver no teatro? E fiquei um pouco atemorizada com isso. Contudo, quando tomei contacto com estes artistas e compreendi que eram todos pessoas muito dadas, o gelo do temor que se apossara do meu espírito desfez-se como por encanto, e a conversa foi das mais amenas entre todos nós. Hoje, que as f i l magens de «Frei Luís de Sousa» já vão longe, se bem que de todos com quem privei nos Estúdios da Quinta das Conchas eu conservo a melhor das recordações, pelo grande mestre da cena portuguesa que é Raúl de Carvalho, tenho uma amizade filial, professo uma admiração profunda por João Villa- ret e pelo seu talento de de- clamador insuperável, e por Maria Sampaio, actriz distinta, que ao Brasil de novo regressou, uma simpatia afectuosa.
A segit i r : — Q u a n d o eu f i l m e i « F r e i Luís de Sousa».
marcador não subiu como ainda conseguiu, em conjunto com os deslizes de Beis e Vinueza, aos oito minutos do final, o golo de João Mário.
A arbitragem, embora por vezes incompleta e iriegular, em nada influiu no decorrer certo e justo do encontro.
O próximo jogo é o de maior responsabilidade para o Desportivo.
Estamos certos de que o deverão ponderar e que tudo correrá pe!o melhor.
() Farense continua à cabeça com 36 pontos e o nosso Desportivo com 32, mas seguido de perto pelo Coruchense com 31. Ii preciso não esquecer este último pormenor . . .
C o n c u r s o d e
P r o g n ó s t i c o sEm virtude de se não terem
realizado os jogos da 1.* divi- são, no domingo, passado dia 17, lambem não se publica a l is ta dos concorrentes contemplados lio cupio N.° 22.
E esta semana não haverá cupão, visto o nosso jornal andar com uma jornada adiantada, e na presente data não se ter efectuado o sorteio da 2 .* fase da 2 .a divisão.
O Concurso de Prognósticos recomeçará na próxima semana.
No entanto, acreditamos que não haverá novidade maior e que lá iremos «à final», como é de inteira justiça.
João di cá
R e c r e i o e D e s p o r t o
O v a l o r d o d e s p o r t o
n a s c o l e c t i v i d a d e s d e r e c r e i o
( B a M f u e t e à f r l
Q u e l u z , 5 3 - M o n t i jo , 2 6Jogo efectuado em Queluz a
contar para o Campeonato Nacional e arbitrado pelo sr. Alexandre Rafael.
As equipas alinharam :Queluz: (25 cestas e 3 lances
livres, transformados em 6 tentados) Rui (6), Rola, Valente (29,), Inocêncio (14), e Fazenda (4).
Montijo: (11 cestas e 4 lances livres, transformados em 8 tentados) Adriano (2), Luciano, Heitor (1), Teodmiro (8), Elisiário (12), Pinto (3), Rogério e João José.
Ao intervalo 25-15.Em primeiro lugar^ devemos
lamentar novamente, já o ano passado o fizemos, a péssima organização que encontramos quando de deslocações para encontros com clubes de Lisboa.
Compareceram as duas equipas, menos a de arbitragem, marcador e cronometrista. Não pode ser assim. 0 Montijo, ou qualquer outro clube que sai para longe do seu burgo, não pode estar à mercê dos caprichos de dirigentes (se serão estes os culpados) ou dos srs. oficiais ao jogo. Há que encarar as responsabilidades. Há que ter respeito pelo sacrifício do clube que se desloca com um tempo como o que se fazia sentir no domingo e pelo sacrifício de jogadores que não são profissionais. Houve falta, não foi justificada, anterior ou posteriormente, e não tivesse sido a louvável atitude de um antigo jog dor do Queluz, ao prontificar-se para arbitrar o jogo, este não se efectuaria. Despesas foram feitas. A quem pedir indemnização? Só a uma entidade : à Federação.
Desculpas, muitas desculpas? mas a caso não tornaria a suceder. Entretanto, tenha p a c iê n c ia o Montijo, mas não podemos arcar com os vossos g a s t o s . - Seriíi assim, disso temos a certezi", poi* o Montijo é um clube «que fica ali para o outro lado do Tejo».
Há que rever os vossos processos de trabalhos, srs. dirigente» lisboetas 1
Posto este intróito, que achamos conveniente e oportuno, vamos dar aos nossos leitores breves anotações acerca do encontro.
Depois dum começo prometedor, esteve em 6-6, 6-8 e depois 8- 10, o Montijo deixou que a equipa do Queluz se superiorizasse para não mais perder o comando do jogo. A inspiração de Valente ocasionou boas mas felizes cestas de longe que decidiram o resultado do jogo e o seu vencedor.
De apreciação digna de nota só a boa vontade demonstrada pelos contendores a jog-irem num ter
reno verdadeiramente impróprio para a prática de qualquer modalidade. O jogo confuso e propício ao choque predominou durante a partida, e sempre que assim sucede, nada de positivo se poderá concluir.
A arbitragem lutou também com o estado do terreno e, à parte alguns deslizos depois reconhecidos, nada mais teremos a dizer que palavras elogiosas pelo espírito demonstrado.
Em Juniores e em jogo efectuado no Seixal, o Montijo venceu este clube pela marca de 29-17. E a terceira vitória consecutiva.
Concludente sobre o valor verdadeiro da equipa, que foi menos feliz nos primeiros jogos.
Luciano Mocho
Em tempos idos, o homem imaginou a forma de passar as horas de folga, quando banido o trabalho de sol a sol e, dentro de um princípio natural, procurou preencher o espaço entre o trabalho e o descanso. Assim, apareceu a forma de recrear! Juntaram-se às esquinas, servindo então de «sede», um poste telefónico ou a coluna de um candieiro a gás ou petróleo, trocando impressões, até que nasceu a ideia de um agrupamento, onde as famílias, até então sentadas às portas da rua, planeavam casamentos dos adolescentes que, entretanto, praticavam os primeiros desportos; a bilharda, o berlinde e a barra.
Apareceu a primeira sociedade de recreio, como ambiente familiar, desenvolvendo-se de maneira digna do maior aplauso, formando- -se grupos dramáticos, filarmónicas; criando o gosto por facetas de vária ordem que não cabe neste pequeno artigo e finalmente, na luta contra o analfabetismo, montando escolas de instrução primária. Daqui, nasceu o gosto pela leitura, aparecendo as primeiras bibliotecas no meio, criadas e mantidas por operários, possuidor da melhor vontade e espírito de sacri- fício .| 0 recreio continua, mas desapareceram por falta de interesse as filarmónicas, tunas, orfeões, etc. atribuindo-se tal facto, ao desenvolvimento do desporto.
Não acreditamos sinceramente nessa alusão, porquanto desporto sempre existiu. Quanto muito se pode aceitar que a mocidade desta época se prendeu ao futebol, como modalidade apaixonante de multidões, não só em Portugal, como no resto do Globo. No campo desportivo, não só existe o futebol, que em nosso entender, será modalidade a desaparecer, dado que, por factores vários, embora com finanças largas, não deve corresponder num futuro à índole de adeptos, que acabarão por fugir, por não aceitarem de boa mente o comercialismo.
Fora desta modalidade, tantas existem para o revigoramento da raça, que não admira, pelo contrário é de aceitar, que as colectivi dades de educação e recreio, chamem a si as suas práticas.
Não é só o SPORT LISBOA-
( d & t i w L b & l i L L a
R o n d a p e lo s p o m b a isProsseguindo na campanha de
valorizar e propagandear a Columbofilia em Montijo, tarefa a que há muito lançámos ombros, tomámos a iniciativa de ouvir alguns amadores, sobre o que pensam da próxima campanha.
Como o espaço que dispomos é restrito, limitámo-nos a duas perguntas: «Quem será o campeão») e «Quais as suas aspirações».
O primeiro amador a depor foi o jovem José Correia Leite, que presentemente possui uma excelente colónia.
— Ele nos diz: — Não posso prever quem será o campeão, porque a campanha deve ser disputada ardorosamente. Espero vencer um concurso.
— Segue-se António Joaquim Lucas Catita, actual presidente da Direcção:
— 0 campeão deve ser Amândio Carapinha, possuidor da colónia mais numerosa e cheia de aves de grande categoria. Espero vencer Madrid.
— José Martins Barros, amador da velha guarda, diz-nos também:
— Victor Viegjis será de longe o campeão. Não tenho aspirações, porque não tenho podido treinar como era meu desejo.
— Jorge Sotano Lopes, actual campeão de velocidade:
— Não preve-jo q u em será o
campeão. Não tenho aspirações.— Benjamim Neves Silva, um
dos amadores mais regulares da campanha finda, é de opinião que Eduardo Terras será o campeão. Espera vencer três provas.
— António Fonseca Nunes, dá o seu parecer dizendo : É difícil d izer qual será o campeão, porque estou vendo que esta época há muitas peneiras. Espeto marcar muito bem.
— José Pedro Carabineiro, também dá a sua opinião, dizendo: O campeão será Jorge Sotano Lopes. Espero marcar muito bem, muitas vezes à frente do campeão Victor Viegas.
— Francisco Jesus da Silva, o pòpular «Gheta», um dos melhores amadores da sociedade: O campeão deve ser o Benjamim Silva. Aspirações poucas, porque no defeso mataram-me o Stassart.
— António Cuquego F irm in o confia-nos as suas impressões, dizendo : Victor Viegas deve ser o campeão. Não tenho aspirações.
— Francisco Amaro Lança, diz também: Não faço prognósticos, não tenho aspirações.
— O campeão Victor Viegas: Não prevejo quem será o campeão. Esta época espero marcar mal, porque estou desinteressado.
— O velhote Terras, grande entusiasta, nos diz: O campeão será
-LA PA que se encontraempenhado na constituição da sua secção desportiva, são quase todas as agremiações do género que adoptam o sistema, e, das que o possuem, bem dizem os benefícios adquiridos, porque a mocidade pretende rasgar novos horizontes, penetrar na vida sàdia dos campos atléticos, sem contudo deixar de praticar recreio, que anda de mãos dadas com o desporto.
As sociedades de recreio necessitam arejar o seu ambiente, mas não esquecer que, a fazer-se desporto, ele deve ser feito com consciência, lealdade e noção de respeito pelo adversário de hoje, vencedor de amanhã.
Assim, podem as colectividades, já referidas, dar mais um exemplo de quanto podem e valem, como iniciativa particular.
Recreio sim; mas desporto pelo desporto, será mais uma legenda a esmaltar o sacrifício de qne se encontram possuídas.
Ribeiro Nunes
Desastre de viaçãoNa passada quarta-feira, pelas 9
horas, junto ao Correio, quando o carro de instrução, da Escola de Silvano Saraiva, descia a Avenida Dr. Oliveira Salazar, e já se encontrava do lado esquerdo da placa da Avenida D. Nuno A ’lva- res Pereira, o motociclista Jaime Cardoso, solteiro, 1.° cabo aviador da Base Aérea N.° 6 — Montijo, e natural de Vila Franca das Naves, foi embater com o citado veículo, originando ao motociclista fractura do húmero esquerdo. Transportado ao hospital subregional de Montijo, s e g u iu depois na ambulância da Base de Montijo para o hospital da Estrela, era Lisboa.
A Polícia de Segurança Pública tomou conta da ocorrência.
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C E N S U R A
João Teodoro da Silva. Espero vencer três provas como na época finda.
— Eugênio da Purilicação Oliveira, diz ainda: A campanha deve ser muito bem disputada, não prevejo quem será o campeão. Espero marcar muito bem.
— António Cabreiro, é de opinião que João Teodoro da Silva será de longe o campeão. Aspirações não tem, porque se inicia esla época.
— Aldemiro Eduardo Borges, sócio f u n d a d o r da sociedade, | columbófilo de muitos méritos. E de opinião que Jorge Sotano Lopes será o campeão. Tem muitas aspirações.
— António Júlio Rocha: O campeão deve ser Victor Viegas. Te- | nho aspirações.
— Francisco Galipa, dá o seu I parecer, dizendo: João Teodoro será o campeão. Espero vencer um | concurso.
— António J. Cepinha Santos, Não prevejo quem será o campeão, Não ienho aspirações.
— José Correia de Almeida: 0 campeão deve ser o Benjamim. Náo | tenho aspirações.
— Por último a nossa opinião: I Sou de parecer que Victor Viegas I será o campeão. Não tenho asp1' | rações.
Como se vê, a campanha pr°‘ | mete ser muito bem disputada, Vontade não falta, oxalá tudo *e| çonjugue para uma boa jornada I desportiva.
E d u a r d o i a è t 3
2 1 -2 -9 5 7 A PROVINCIA 7
Difhcme Z-78
Baixa da BanheiraAlhos Vedros
— Limpeza de fossas — No número 86 do nosso jornal, referimo-nos às péssimas condições em que têm sido feitas as limpezas das fossas nesta localidade, pedindo-se a quem de direito, as necessárias providências, para que estes trabalhos fossem regulamentados, mas parece que de nada nos valeu o chorar. Como tal, no p. p. dia 9 de Janeiro findo, alguns moradores das ruas 13, 17, 19, 25 e 27, chamaram a nossa atenção, para vermos o que se passava.
De facto, reclamavam e com muita razão, visto notarmos que, com início cerca das 19 horas, uma brigada de operários procedia à limpeza de uma fossa , que existe no pátio do prédio do Sr. Marçalo, situado na referida rua 13, servindo-se de um meio de transporte, também em péssimas condições ! Com a força dos gases e mau cheiro procedentes da mesma, só de nariz tapado nos era p o s s í v e l transitar por aquelas artérias, não se respeitando assim a saúde pública.
E já agora que estamos com as mãos na massa, vamos um pouco mais além : Não tem ainda esta importante e progressiva povoação, com os seus aproximados 12 mil habitantes, os necessitados canos de esgotos, mas em último recurso, manda a Ex.,na Câmara, dia sim dia não, a camioneta municipal aqui recolher os respectivos dejectos. Não sabemos, porém, se é com
ordens superiores, se é por determinação e por conveniência particular dos respectivos empregados encarregados destes serviços, que a referida camioneta, só de 3 em 3 quando não é ao fim de 4 e 5 dias percorre a Zona-Sul da E. N. (Zona esta mais habitada) conservando-se os dejectos acumulados durante todo este tempo.
Algumas donas de casa há que morando perto da rua 11 e vendo-se aflitas, são obrigadas a fazer os necessávos despejos nas dependências de um prédio que se encontra em construção na referida rua 1 1 , em frente da habitação dO' assinante do nosso jornal, Sr. António J o a q u i m de Sousa, t o rn a n d o - s e ali aquele lugar, num foco de infecção, atentatório contra a saúde pública. Pedimos por este motivo às entidades competentes, as providências que as circunstâncias exigem.
— Nova Igreja — Em 27 de Janeiro findo, cerca das16,40 horas e sob a presidência do rev .0 José Feliciano R o d r i g u e s Perina, mui digno prior da nossa freguesia, reuniu a Comissão P ró-Const rução da nova igreja, na «Quinta do C abeço», a fim de localizarem acentuadamente o terreno onde deve ser construído o novo edifício em referência. Entre outras individualidades de destaque, apraz-nos registar a presença dos srs. Arquitecto Júlio Gil e Dr. Manuel Vicente Moreira Ju nior.
O terreno suficiente para a dita construçáo, foi gen
tilmente oferecido pelo sr. Manuel dos Santos Silva, proprietário da r e f e r i d a Quinta e nosso prezado assinante, a quem, em nome da Comissão e do povo de Baixa da Banheira, expressamos a nossa maior gratidão. «A Província», assistindo a esta reunião, orgulha-se em registar nas suas colunas, tão simpático gesto de solidariedade.
fundãoJoão Vilareí
O inexcedível artista de- clamador João Vilaret fez recentemente uma V isita aos três principais centros urbâ- nos da Beira Baixa, com a já conhecida peça «Esta noite choveu prata». Espectáculos esses que agradaram plenamente, como se esperava já.
No Fundão houve, entretanto, uma louvável iniciativa de trazer novamente o artista; mas desta Vez com um recital de poesia, o qual teve lugar no passado dia 12. Uma antologia bem elaborada dos mais representativos valores portugueses e brasileiros, como raramente Vilaret tem reunido. Espectáculo raro de beleza, cultura, e "encantamento.
Parabéns à Comissão realizadora, provando o público, por outro lado, que cerca de uma dezena de escudos não são só bem empregados num desafio de futebol, de pé, à chuva, ao frio, e ao vento. - ( C . )
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C E N S U R A
Viana do Castelo— Aurora do Lima — No
dia 15 do mês de Dezembro p. p., completou este V elh o jornal, defensor acérrimo dos interesses de Viana do Castelo — 101 anos.
Foram 101 anos de sacrifício e de vida laboriosa, defendendo sempre com o mesmo ardor a terra que lhe serviu de berço.
Ao seu Director — Felipe Fernandes — enviamos um grande e apertado abraço, fazendo votos para que a «Aurora» continue a trilhar o caminho que tem procurado sempre e ser desta Viana que é a terra dos encantos.
— z.® F oral de Viana — A Câmara Municipal — na sua última sessão— resolveu comemorar ens 1958 — a entrega do 1.° Foral a Viana pelo Rei Afonso III, e que será o VII centenário de tão notável acontecimento, A esta comemoração o Ex .m0 Sr. Presidente da Câmara eo dinâmico Presidente do Turismo, pretendem dar o maior relevo. Do Presidente da Comissão de Turismo, Dr. Paulo Santos, muito há que esperar, porque o mesmo Ex.mo Sr. v i v e pensando neste cantinho florido, que se chama Viana e que no mesmo ano de 1958 — deve receber os bombeiros de Po r tuga l em congresso — com os braços bem abertos— para os estreitar de encontro ao coração. — (C.)
( Continuação da í . a página)
Batata miúda — 1.953, 1.413, 855,I.559. T o ta l — 11.328, 10.974,II.271, 11.792 kgs.
Analisando o presente quadro, somos levados a tirar as seguintes conclusões:
a) Que efectivamente a maior produção se registou nas parcelas tratadas com D ith a n e Z - 7 8 .
b) Que as parcelas testemunhas produziram maior quantidade dc tubérculos que as parcelas trata- dadas com os produtos à base de cobre, o que naturalmente se admite, se tivermos em linha de conta a acção depressiva que os fungicidas cúpricos podem exercer sobre a vegetação. Tenhamos ainda em vista a ausência dos ataques de míldio, pelo que só assim se pode compreender a existência de tais diferenças de produção, sobretudo em relação à testemunha.
c) Pelas produções obtidas, verifica-se que o D ith a n e Z - 7 8 / além de não ter manifestado qualquer sintoma fisiológico contrário ao desenvolvimento normal da vegetação, pelo contrário, parece ainda tê-la estimulado.
d) Sendo assim, estamos convencidos de que, se os tratamentos tivessem sido iniciados um mês mais cedo, os resultados teriam sido mais significativos e as diferenças de produção mais acentuadas.
Esperamos no próximo ano poder continuar os ensaios com D it h a n e Z - 7 8 , quer na cultura d i batata, como na do tomateiro, porquanto estamos certos que, com tais aplicações, náo só poderemos proteger eficazmente estas culturas contra o míldio, como ainda torná-las susceptíveis de mais e melhores produções.
Obros de Álvaro Valente— «Eu», livro de sonetos,
esgotado; «D aqui.. .fala R ibatejo», contos monográiicos, 30 escudos; «Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto, 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas*, romance, 15 escudos; «Viagem de Maravilhas», reportagem, 20 escudos.
Pedidos à Redacção de «A Província».
N.° 44 Folhetim de «A Província» 21-2-957
fffldeia do ffívessoc % t c A l v a r o 9 ? a l e n t e
— Claro, — pois? No tempo do mê home que Deus haja, é que isto se havia de da r . .. Eram esmurrados que nem caduço nas adegas! — continuava a segunda.
— Aquela minha sobrinha é uma criança corrente, não tem mal algum, e lá vai no embrulho com o tal fiel-.. Eu já a avisei; e «quem me avisa, meu amigo é». O resto é lá com e la . .. — confidenciou a ti Mila.
— Ô . . .0 ! E a minha? Essa é mesmo uma paz de alm a! Ela lá anda com o oitro toda derretida. Olhe, ti M ila : Quem boa cama fizer, nela se deitará! Querem assim ... ’Stá tudo perdido, ’nha miga!
E o Jacinto já parara a descansar e já ia com outra «moda» às voltas.A dança marchava de qualquer maneira. O essencial era o contacto, o
apertão de estalo, o encosto legalizado pelos costumes novos.A certa altura a comadre Felícia, vendo o serviço a atrasar-se, inter
rompeu :— Bem. Por agora, chega. Vamos ao resto que a merenda arrefenda...E voltaram a «cascar».Num recanto, junto ao prédio, ti Romão e o lagareiro da casa bicha
navam :— Não têm servência nenhuma, que lo digo eu ! Nesta aldeia anda
tudo tolo de há meses a esta parte.— Ora, deixe, ti Romão. Os tempos é que são oitros. A gente nâo
gosta porque fomos inducadts de feitio inverso; mas vai tudo assim do avesso e temos que nos conformar.
— Menos eu. Que também, pios dias que cá hei-de andar, tanto se me dá... Agora, que isto vai na maior perdição, não tenha dúvida.
— Toda a vida foi o mesmo. Sempre houve malandrice...— Mas como agora, nunca,— já lo disse. Cá na nossa terra nunca se
viti tamanho descaramento, tanta falta de pejo e de recato. É demais! ’Stou a ver que não se salva uma! F eles vão pia mesma.. . Isto lo digo eu, que vou prós setenta pia Santa Eufêmia.
— Milho-rei, milho-rei... — gritaram da roda.Um da fábrica mostrava a espiga negra, ao alto, ancho e orgulhoso
da sorte.Foi o diabo!Ele já se preparava para usar do direito consuetudinário que lhe auto
rizava beijos e abraços nas circunstantes, quando os protestos estoiraram desabridos:
— Daqui não levas nada.. .— Nas «cascadas» da comadre Felícia é proibido...— Isso, nentes ! Talvez quisesses...— Vamos todas embora!E vai dali uma loirita esgrouvlada e aplica-lhe o golpe de misericórdia:— Tirou-a da algibeira, que eu bem vi. Já vinha prevenido com ela. . .Então, foi o maior escândalo !— Olha o seresma!— O espertalhão !— O enguiço!— Prá donde ele vinha, — o finório !A pontos que o homem não teve outro remédio senão levantar-se e
despedir-se:— ’Stá dito ! Nesse caso, passem por cá muito bem e até outra vez se
Deus quiser.— Nem nunca devias cá ter posto os pés !— Fazes cá uma falta. . .— Vai pia sombra !JOs outros dois levantaram-se também e acompanharam-no.Só as cachopas que andavam de esperanças é que ficaram amua la;;,
tristes com o desenlace...
( C O N T I N U A )
8 A PROVINCIA s i -2-957
C om a c o la b o ra çã o da
Sociedade PermutadoraS . A . R . I__
Data da colheita — 20-11-1955
E S Q U E M A DO CAMPO DE ENSAIOS
A distribuição das parcelas foi sucessivamente a seguinte: DITHANE Z-78, Oxicloreto de Cobre, Oxicloreto mais mercúrio e testumunha, efectuando-se ao todo três repetições, o que consideramos suficiente dada a natuieza homogénea do solo.
Assim tem os:Parcelas tratadas com DITHANE
1-5-9; Parcelas tratadas com O xicloreto de Cobre, 2-6-10; Parcelas tratadas «com Oxicloreto de Cobre mais mercúrio, 3-7-11; Parcelas testemunhas (não tratadas) 4-8-12.
A seguir, reunimos as datas, os números e as datas de aplicação dos tratam en to s, bemr como a quantidade de calda gasta em relação ao hectare e respectivamente as áreas das superfícies tratadas.
QUADRO DOS TRATAM EN TOS — Nomes dos produtos: Di- thane Z-78, Oxicloreto de cobre, Oxicloreto maia mercúrio, testemunhas Data de tratamentos:
parcelas tratadas quer com o oxicloreto de cobre, quer com o composto de oxicloreto e mercúrio, mantiveram-se v e r d e s durante mais 8 dias relativamente às parcelas testemunhas.
C O L H E IT A
r— pelo Eng.“ Àgrón.° “ —j
Acácio Madeira Pinto ]
Algumas considerações acerca do
N o v o s f u n g i c i d a s
20-10-55, 28-10-55, 3 -11-5 5 e 18-11-55; N.° de tratamentos, 4; ,Doses de aplicação: 0,2% 0.2°/o e0.15°/o : Quantidade de calda para Ha, 1.000 litros; Area de cada par cela, 4i.8m2; Area total das parcelas 134,4m2.
INTENSIDADE DOS A TA Q U ES:
Não se observaram ataques de míldio, o que não é vulgar e se
Efectuada a colheita, procedemos à escolha dos tubérculos, dividindo-os em dois lo tts; um consli-
por um lado esse facto nos impediu de atingir o nosso objectivo, por outro veio proporcionar-nos a oportunidade de mais uma vez verificarmos certos pontos de vista de ordem fisiológica. Além disso, como mais adiante se verá, existem efectivamente diferenças de produção que não obstante serem pouco acentuadas, dão na realidade uma ideia da acção dos produtos, destacado pelo interesse votado a tendo em linha de conta os seus £t'eitos fisiológicos sobre a vegetação.
A S P E C T O VEGETATIVO DA C U L T U R A :
E m b o r a tivéssemos acompanhado com regularidade a evolução da cultura nas diferentes parcelas, o que nos parece mais importante salientar, diz respeito à fase final do ciclo vegetativo das plantas.
Assim, as plantas que se apresentaram um pouco melhor desenvolvidas. diziam respeito às par- celastratadas com D ith a n e Z - 7 8 .
Por outro lado, as plantas das
Eaclerotox da lihizoctonia nos tubérculos
tuído por tubérculos de interesse comercial, que classificamos de batata grada e o outro formado pelos tubérculos miudos ou deteriorados.
A seguir, apresentamos os resultados obtidos.
Em relação a 3 parcelas. — Ba- tada gra d a — Testemunha, 126; Cobre mercurisado, 128,5; Cobre Berk, 140; Dithane Z-78, 137.0. Batata miúda — 26,25, 19,0, 11,5, 21,5. Total —r 152,25, 147,0, 151,5, 158,5 kgs.
Em relação ao hectare (11a)— Batata grada — Testemunha, 9.375; Cobre mercurisado, 9.561 ; Cobre Berk, 10.416; Dithane Z-78,10,193,
(Continua na página 7)
Boa colheita de ba ta ta
'Plantação de batatas
Com vista a averiguarmos a acção fungicida no D ith a n e Z - 7 8 no controle do míldio da batateira, realizámos um ensaio em que participou também um produto à base do oxicloreto de cobre e um outro composto de oxicloreto e mercúrio.
COMPOSIÇÃO E DOSES DOS PRODUTOS EN
SAIADOS:
DITHANE Z-78 com 65 % de ethilene-bisdi- thiocarbamato de zinco a 0,2“/°-
O X I C L O R E T O DE COBRE com 50% de cobre metal a 0,2% .
O X IC L O R E T O DE COBRE com 50% de cobre metal e 0,6% de mercúrio a 0,15%.
Local do ensaio — A lgarve, concelho de Vila Real de Santo António.
N a tu r e z a do solo — Arenoso.
s D ata da plantação 12-8-1955,
Em consequência da ú lt im a guerra verificou-se, no mercado mundial, enorme escassez de cobre; isto contribuiu para que se procurassem novos produtos de substituição do cobre que, desde 1884, vinha sendo utilizado pelas suas propriedades fungicidas.
Certamente, muitos outros factores contribuíram e estimularam esta investigação, e assim foram descobertos produtos orgânicos de síntese com propriedades comparáveis às do cobre.|| Há já mais de uma dezena de anos que nos E. U. da América tais produtos vêm sendo experimentados, e na Europa numerosos ensaios têm sido feitos, a fim de determinar o comportamento desses produtos de síntese em relação a várias doenças das plantas cultivadas. Muitos Centros de investigação da Holanda, da França, da Itália, da Suiça, etc., tèm-se
AsfUício da rama atacada dc doença
p*r Margarida de Aboim Inglês — twgenheira Agrónoma
destacado pelo interesse votado a este problema, sendo já vasta a literatura publicada sobre o assunto.
Muitos procuraram ver neles não só um produto que vinha substituir o cobre, mas suplantá-lo, melhorando a qualidade e a quantidade das colheitas, produzindo frutos mais perfeitos, melhor coloridos, vegetação mais exuberante.
Iremos realmente com os novos anticriptogâmicos produzir mais e melhor ?
Lamentamos que entre nós. pelas entidades competentes, não tenham sido publicados ainda resultados de ensaios, certamente já realizados com os novos fungicidas.
Animados pelos resultados obtidos em diferentes países, transcritos em diversas publicações, realizámos um pequeno ensaio com a cultura da batata, e só o desejo de poder contribuir no despertar de igual curiosidade nos leva a publicar tão pequeno quanto modesto ensaio.
OBJECTIVO DO ENSAIO: Comparar os resultado da aplicação de um fungicida orgânico de zinco (Dithane Z-78) e da Calda Bordalesa no combate ao míldio da batateira.
RESUMO DO ENSAIO:
Local: V. Nova de Famalicão-Cultura: Batata (Arran-Banner)Modalidade: Talhões de 5 regos com 10 metros de compri
mento, para apuramento das linhas correspondentes aos 3 regos centrais. — Compasso : 50x40 cm.
Adubação: Sulfonitrato de amónio (26%) 1000 Kg/ha; Su- perfosfato de cálcio (45%) 500 Kg/ha: Sulf. de potássio, 200 Kg/ha.
Dithane Z-78: 200 gr/100 litros.Calda Bordalesa: 1,5% (alcalina).Número de tratamentos: 5-(19/5, 29/5, 2 6, 12 6 e 22,6).Data da plantação: 5 de Abril de 1956.Data do arranque : 24 de Julho de 1956.Produções : Todos os talhões, quer os tralados com Calda
Bordalesa, quer com Dithane, não foram atacados pelo míldio; todavia, as plantas dos lalhões tratados com Dithane apresentavam maior vigor vegetativo.
O ensaio foi prejudicado por uma extrema irregularidade climática, devendo as batatas ter jofrido excesso de humidade e temperaturas dcrrasiado baixas, que muito íetardaram o seu desenvolvimento;
Kg/ha— Produtos DITH ANE: 1.° talhão, 18.470; 2.°. 19.330;3.8, 21.330; Média, 19.71o. Produtos C. BORDALESA: 1.° lathão, 17.600; 2.°, 17.330; 3.*, 13.330; Média, 16.090.
Verificamos assim um aumento de produção médio de 3.620 kg/ha nos talhões tratados com Dithane Z-78.
Registamos baixas produções que são, no entanto, muito frequentes na região.